Festival artes vertentes artes visuais

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Festival de Artes Vertentes apresenta obras de artistas nacionais e internacionais em uma exposição sobre o tema da loucura

Fiel ao propósito de oferecer ao público espetáculos de alto nível artístico, representativos dos diversos campos da arte, a edição 2016 do Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes – apresenta uma consistente programação nas áreas de artes cênicas, dança, música, artes visuais, literatura e cinema. Entre os dias 8 e 18 de setembro, músicos, atores, diretores e escritores de diversas origens promovem junto com o público, na histórica Tiradentes (MG), um diálogo intenso, através de concertos, espetáculos cênicos, filmes, exposições, leituras, palestras e debates. Todas as linguagens artísticas contempladas se complementam, alinhadas pelo mote curatorial “Elogio à Loucura”. Nise da Silveira, renomada psiquiátrica brasileira, que se opôs às formas agressivas de tratamento de sua época, como o confinamento, o eletrochoque e a lobotomia e revolucionou o tratamento dado aos pacientes através da arte, será a personalidade homenageada pelo Festival Artes Vertentes na sua quinta edição. A programação da vertente Artes Visuais apresentará obras de artistas brasileiros e estrangeiros. Destaque para a exposição “A alguns centímetros do chão”, do Bispo do Rosário – um dos artistas contemporâneos brasileiros mais importantes, que vai expor cerca de 11 obras, em sua primeira individual em Minas Gerais. As ilustrações para o livro “Brutus”, da famosa animadora e ilustradora russa Svetlana Filippova, retratam as atrocidades cometidas pelo ser humano durante o Holocausto, período mais sombrio da história do século XX, através do olhar do cão Brutus. A ilustradora e diretora realizou também um desenho animado homônimo, que vem recebendo os mais importantes prêmios nos festivais internacionais e que também será exibido durante o Festival Artes Vertentes. Outro artista internacional presente no festival será o palestino Qais Assali , que apresentará a vídeo-­‐instalação “1948”. Assali é um dos principais artistas do seu país e a instalação “1948” recebeu o prêmio de artes visuais do Festival Palest’In & Out, em Paris. O título do trabalho faz referência ao ano em que a Palestina deixa de existir oficialmente, sob o silêncio da grande mídia. Após realizar uma extensa pesquisa nos arquivos mundiais, o artista menciona diversos eventos que aconteceram naquele ano. O artista paulista Peter de Brito foi convidado a preparar uma instalação especialmente para o Festival. Para isso, desenvolveu “Darcy Dias”, uma personagem fictícia com quem ele trabalha há anos, uma homenagem a seu alter ego. Uma provocação de gênero que entra em diálogo com os


espetáculos cênicos apresentados por Charles Gonzalès, que se metamorfoseia em três mulheres; e com o filme “A Lei do Desejo”, de Pedro Almodóvar, ambos apresentados durante o evento. A programação apresenta ao público também o impressionante arquivo sobre o Hospital Colônia, em Barbacena (MG), pelo fotógrafo Luiz Alfredo, da extinta Revista Cruzeiro. “Este é um dos principais documentos visuais que registram a tragédia ocorrida em Barbacena e a omissão de toda a sociedade diante de uma prática manicomial absolutamente desumana”, comenta Luiz Gustavo Carvalho, diretor artístico e curador das exposições. A história do Hospital Colônia será abordada também em palestra da escritora Daniela Arbex, autora do livro “O holocausto brasileiro”; e no espetáculo “Nos Porões da Loucura”. Em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rei, o Festival Artes Vertentes apresenta a exposição “Fernando Diniz e o cinema”, no Solar da Baronesa, em São João Del Rei (14 quilômetros de distância de Tiradentes). O trabalho exibe 19 telas realizadas por Fernando Diniz nos ateliês de pintura organizado pela psiquiatra Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Mais sobre os artistas: Bispo do Rosário -­‐ Arthur Bispo do Rosário (1911 - 1989). Artista visual. Na década de 30 é

diagnosticado como esquizofrênico-paranóico e internado na Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. No começo da década de 1960 inicia seus trabalhos, realizando com materiais rudimentares diversas miniaturas, como de navios de guerra ou automóveis, e vários bordados. Em 1964, regressa à Colônia, onde permanece até a sua morte. Cria por volta de 1.000 peças com objetos do cotidiano, como roupas e lençóis bordados. Em 1982 o crítico de arte Frederico Morais inclui suas obras na exposição À Margem da Vida, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Sua produção está reunida no Museu Bispo do Rosário localizado na antiga Colônia Juliano Moreira. Fernando Diniz – Foi um dos primeiros clientes da psiquiatra Nise da Silveira, nos ateliês de pintura criado pela psiquiatra no Centro Psiquiátrico D. Pedro II. Autor de uma extensa obra, teve sua trajetória registrada por Leon Hirzman, no filme “Em busca do espaço cotidiano”. Luiz Alfredo – “Tudo que não pode acontecer no mundo, acontece em Minas Gerais.” Assim começa o relato do fotógrafo mineiro Luiz Alfredo sobre sua visita ao Hospital Colônia, na cidade de Barbacena, em 1961. A situação que ele presenciou e registrou ficou conhecida como o “Holocausto Brasileiro”, quando trabalhava para a revista semanal O Cruzeiro, que circulou entre 1928 e 1975. A convite de Magalhães Pinto, então governador de Minas Gerais, o fotógrafo partiu ao lado do repórter José Franco para conhecer as instalações do hospital. As fotos da exposição fazem parte do livro Holocausto Brasileiro, da jornalista Daniela Arbex, lançado pela Geração Editorial. Peter de Brito -­‐ nasceu em Gastão Vidigal, interior de São Paulo, em 1967. Formado em Artes Plásticas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), em 1997, ganhou vários prêmios em exposições como o Salão de Artes de Santo André (2000 e 2001), 39º Salão de Piracicaba SP (2007). Em exposições coletivas participou do 4º Prêmio Revelação de Artes Plásticas de Americana SP (2001), 28º SARP Salão de Arte de Ribeirão Preto SP (2003) e 15º Salão da Bahia (2008). Realizou diversas exposições individuais como a do Centro Cultural São Paulo SP (1998) e a da galeria Emma Thomas (2008 e 2013). Recebeu indicação para a 3ª Edição Prêmio CNI-­‐SESI Marco Antônio Vilaça para as Artes Plásticas.


Qais Assali – O artista palestino vem despontando como um dos principais artistas visuais do seu país. Suas obras foram expostas em Berlim, Cairo, Munique, Oslo, Paris e New York, onde atualmente vive e trabalha. Foi vencedor do Festival Palest’In & Out 2016. Svetlana Filippova – formou-­‐se na Faculdade de Filologia da Universidade Estatal do Cazaquistão em 1991, e na Escola Superior de roteiristas e diretores de cinema em Moscou em 1997, com especialização em direção e animação. Ela fez estudos nos estúdios de grandes mestres de animação russa, como F. Khitruk, Y. Norstein e A. Khrzhanovsky. É o membro da União dos cinematógrafos e da União dos Artistas. Svetlana Filippova trabalha com pintura, desenho gráfico, litografia e animação. Participa de vários festivais de cinema, arte e exposições de livros na Rússia e no exterior. Foi premiada nos festivais internacionais nos EUA, Austrália, Eslováquia, Itália, Espanha, França, Irã, Argentina, Brasil, Rússia e Geórgia pelos filmes de animação "A noite veio", "O conto de Sarah", "As três Histórias de Amor", "Onde morrem os cachorros" e "Brutus". Serviço: Exposição “Festival Artes Vertentes: Elogio à loucura” Abertura dia 08 de setembro, quinta-­‐feira, às 18:00 Endereço: SESI Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168) Horário de visitação: de terça-­‐feira a domingo, de 09:00 às 20:00 Sobrado Quatro Cantos (Rua Direita, 5) Horário de visitação: de domingo a quinta-­‐feira, de 10h às 18h e sexta e sábado, das 10h às 20h Exposição “Fernando Diniz e o Cinema” (Fernando Diniz) Abertura dia 12 de setembro, segunda-­‐feira, às 19h Endereço: Solar da Baronesa (Praça Dr. Augusto das Chagas Viegas, 17 ) Horário de visitação: de quinta-­‐feira a sábado, das 9h às 22h Entrada gratuita! O Festival Artes Vertentes conta com o patrocínio da CEMIG e da E Brasil. Mais informações: www.artesvertentes.com. Assessora de Imprensa: Bárbara Chataignier (21) 99738-­‐1243 – bchataignier@gmail.com


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