Andréa Tavares

Page 1

MAPEAMENTO PARA CURSO DE DESENHO POR CORRESPONDÊNCIA: Relato de processo Andréa Tavares 1 Resumo: Esta comunicação pretende apresentar a estratégia de pesquisa e estudo de uma seleção do levantamento bibliográfico para a tese de doutorado em poéticas vi suais “Curso de desenho por correspondência” um estudo sobre os caminhos trilhados pela prática desenho na arte ocidental tomando como ponto de partida minha produção poética. O presente texto relata este processo em andamento, examina as estratégias de pesquisa desenvolvidas na sua composição. Palavras-chave: desenho. Arte contemporânea. Mapeamento. Bibliografia.

Curso É preciso traçar um curso, um caminho. E não se sabendo o destino é preciso atentar para o ponto de partida. O ponto de partida de “Curso de Desenho por Correspondência” é minha produção poética. Utilizando- me de diversos meios constitui na última década uma produção que lida com imagens apropriadas da história da arte, do cinema, da mídia de massa, justapostas a imagens mais pessoais, relacionadas mais com a memória pessoal e afetiva do que com a coletiva. Nesta justaposição surge a tensão entre o individual e o coletivo, a fronteira se torna visivelmente porosa. Para realizar este diálogo entre diferentes fontes de referência uma das estratégias é o desenho, seja sobre o papel ou sobre a chapa de cobre envernizada na produção de águas-fortes. Desenhar imagens que já existem, é uma forma de apropriação, de tornar, por meio do gesto que copia, a imagem que é da cultura, do consciência coletiva, uma memória pessoal. Minhas memórias ao se tornarem públicas, são coletivizadas e seus “vazios” completados, seus significados primeiros esvaziados e/ou reificados. Este caminho percorrido leva a outro curso, o que indaga sobre como as imagens chegam a nós. E chegam através de reproduções, traduções, interpretações entre meios e linguagens. Uma pintura é fotografada, transformada em informação digital, daí pode se tornar um fotolito que gera uma imagem impressa, ou uma imagem luminosa na tela do comput ador, do tablet ou do celular. Em “Prints and Visual Communication” William Ivins conta que Ephraim 1

Doutorando em poéticas visuais pela Escola de Co municação e A rtes da Universidade de São Paulo. 430 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


Lessing escreveu sua teoria estética, “Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia”, sem nunca ter visto a obra cuja a análise das figuras esculpidas no conjunto Laocoonte é fundamental para seu raciocínio contava em sua época com a possibilidade acessar cerca de 9 reproduções, em gravura em metal e xilo, não muito maiores do que uma folha A4, em branco e preto, da escultura de mármore. (IVINS, 1969. pp, 90, 174) Lessing com a imagem gráfica que a tecnologia de seu tempo colocava a sua disposição e nós hoje com o que temos a mão olhamos as imagens como transparências. Dominamos um vocabulário que nos permite ver direto a coisa representada antes do que a representação, ignoramos o processo de tradução e interpretação. Não é apenas no ato de traduzir uma imagem de um meio para outro que existe a interpretação, isto acontece no próprio ato de desenhar a partir da observação. O historiador Ernst Gombrich defendeu em muitos de seus textos, contrários a idéia romântica de gênio criador ou de criatividade autêntica e original, que sempre desenhamos com o desenho de alguém. “Não há naturalis mo neutro. O artista, não menos que o escritor, precisa ter umvo cabulário antes de poder aventurar-se a uma “cópia” da realidade. (...) O estilo, como veículo, cria u ma atitude mental que leva o artista a procurar napaisagem que o cerca elementos que seja capaz de reproduzir. A pintura é umaatividade, e o artista tende, conseqüentemente, a ver o que pinta ao invés de pintar oque vê” (GOMBRICH,1995. pp. 91,92)

A produção de “Curso de Desenho por Correspondência” quer tornar visível caminhos, cursos. Alumbrar correspondências entre tempos e espaços. Antes de desvelar uma linha unindo dois pontos, o projeto desvela um emaranhado de linhas. Identifica-se um conjunto de nós na rede, para em seguida perde-los. Estes nós da rede que compõem a concepção e as práticas de desenho na arte ocidental são sublinhados tanto pelas ima gens contidas no projeto, como na análise bibliográfica e nos textos (como este). Um processo contínuo de produção, a ação do artista que se utiliza de diversas estratégias de trabalho, da pesquisa acadêmica, da organização biblioteconômica, do desenho, da fotografia, do design gráfico, se apresentará como pesquisa de pós graduação, em diversas formas, um série de 7 álbuns de gravura, ou fascículos, um livro de ensaios sobre a origem da idéia de desenho na arte ocidental, e uma exposição. A exposição tornará publico os álbuns em um espaço construído como ateliê, onde 431 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


acontecerão atividades como aulas, palestras e performances que digam respeito as práticas do desenho na arte contemporânea. Ainda em fase de pré-projeto a exposição recebe o nome de “Sala de Exercícios”. A proposta deverá ser apresentada no momento da qualificação. O local e a programação das atividades serão definidos na sequência. Os sete álbuns de gravura, por sua vez, simulam fascículos, cada um se constituindo numa aula sobre um determinado aspecto do desenho que é ensinado através das imagens, ou da cópia delas. Assim no fascículo “Desenho de modelo vivo” podemos encontrar uma reprodução da “Origem do Mundo” de Gustave Courbet (fig.1), uma foto de um rapaz qualquer na grama (fig. 2) e uma imagem fotográfica de um tubarão (fig.3). Todas estas imagens tendo sido impressas com matrizes de cobre. Todas as imagens gravadas partem de imagens pré-existentes. Estes fascículos serão finalizados antes da banca de qualificação.

Fig.2: Alê na grama , 2010. Estampa de gravura em metal. 10 X 15 cm.

Fig.2: tubarão, 2010. Estampa de gravura em metal. 9 X 15 cm.

Fig.1: Courbet, 2010. Estampa de gravura em metal. 42 X 42 cm.

O livro de ensaios é uma forma de discutir e refletir sobre todo o processo, apontando além das referências plásticas as teóricas. Este repertório de imagens acompanha, produz e é produzido com escolhas, me interessa mapear estas escolhas. Como parte da estratégia de trabalho o projeto conta com uma pesquisa bibliográfica, assim como em qualquer outro projeto de pesquisa de doutorado. No entanto a pesquisa bibliográfica aqui será também texto e imagem no sentido que sua estrutura, ou parte dela, será incluída no “Livro do Curso”, exposta como mais um dos nós da rede sobre o conceito e as práticas de desenho na arte

432 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


ocidental. O que pretendo examinar a seguir é o processo de levantamento e análise bibliográfica que antecede o momento da banca de qualificação do projeto. UM CURSO “Um caminho é uma interpretação a priori da melhor maneira de se atravessar uma paisagem, e esguir uma rota é aceitar a interpretação, ou perseguir seu predecessor nele como eruditos, rastreadores e peergrinos fazem.” 2 – (SOLNIT, 2000. p.68)

Rebecca Solnit, em “Wanderlust”, escreve sobre como seguir uma trilha de peregrinação é uma maneira de acessar a estrutura que compôs o trajeto que o peregrino está trilhando, o que ela diz sobre percorrer um caminho antes trilhado se aplica a leitura de qualquer mapa, ao planejamento de um curso para uma viagem. O “Livro do Curso” quer traçar uma rota, mapear um caminho. Indicar e tornar visível um caminho muitas vezes trilhado. Seguindo os conselhos de Umberto Eco pode-se comecei a pesquisa a partir de informações e dados, previamente conhecidos, daquilo que está acessível (ECO.1993). Parti de dois autores que me interessam, Ernst Gombrich, e Nicolas Bourriaud, que entendi defenderem duas hipóteses complementares, sendo que a minha hipótese é a relação complementar entre eles. Gombrich defende principalmente em “Arte e Ilusão” a idéia de que desenhamos com um “desenho” que pré-existe, um repertório de soluções como citado acima. Bourriaud explora a necessidade de trabalhar com o pré-existente, tomando consciência do que se tem a mão, resignificando imagens, formas e conceitos, criando novos modelos de ação no mundo, ele afirma que “a arte é um estado de encontro”(2006.p.17) e que “produzir uma forma é inventar encontros possíveis, é criar condições de um intercâmbio, algo assim como devolver a bola a uma partida de tênis.” (2006.p.24). Em “Estética Relacional” o autor se apropria da idéia de Michel de Certau compactuando com ele ao entender que o artista contemporâneo é um inquilino da cultura. Um inquilino não coloca a casa a baixo, pinta as paredes, troca o piso, redefine o lugar dos móveis, talvez até quebre uma parede,... lida com o que já existe sem a pretensão de fazer tabula rasa. No glossário do livro há o verbete semionauta onde se lê que todo o artista contemporâneo inventa trajetos entre os signos (BOURRIAUD, 2006.p.141). E 2

Tradução da autora. No original: “A path is a prior interpretation of the best way to traverse a land scape, and to follow a route is to accept an interpretation, or to stalk your predecessors on its as scholars and trackers and pilgrims do.” 433 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


se procurarmos o verbete artista encontraremos: “o artista de hoje se apresenta como um operador de signos, que modela as estruturas de produção com o fim de alcançar duplos significados”.(2006.p.136)”. Em “Pós-Produção”, Bourriaud analisa justamente as formas de apropriação de linguagens e signos inerentes as práticas artísticas contemporâneas, e a respeito de Pierre Huyghe oferece o que para mim é a hipótese complementar a de Go mbrich, a idéia de que em nosso cotidiano dispomos de um número restrito de imagens- forma que se repetem a exaustão e que portanto caberia ao artista esvaziar, e re-significar essas formas causando mesmo o surgimento de outras neste processo. “(...)contrariamente a idéia co mu m, não estamos saturados de imagens, mas, sim, submetidos a miséria de u mas poucas imagens, portanto trata-se de produzir contra a censura.” (Bourriaud, 2009.p.63)

O autor enfatiza a necessidade do artista trabalhar para dar consciência desta censura, usando os signos e também as dinâmicas que as produzem, acredita ser necessária a adoção de “uma concepção de arte como produção de modelos re-atualizáveis infinitamente, como cenários possíveis para a ação cotidiana.”(2009.p.65). Uma opinião que pode se aliar com facilidade a teoria exposta por Gombrich:

Toda a arte tem origem na mente humana, em nossas ao mundo mais que no mundo visível em si, e é exatamente por ser toda arte “conceitual” que todas as representações são reconhecíveis pelo seu estilo. Sem algu m ponto de partida, sem algu m esquema in icial, nunca poderíamos captar o flu xo da experiência. Sem categorias, não poderíamos classificar nossas impressões. Verificou-se que, paradoxalmente, pouco importa que categorias sejam essas.Podemos sempre ajustá-las às nossas necessidades. Na verdade se o esquema mantém-se elástico e flexível, essa imprecisão inicial pode vir a ser não u m obstáculo, mas u m trunfo.” – (1995. P.93)

Modelos flexíveis que nos servem conforme a nossa necessidad e, estão a serviço do artista, e não o contrário. Sendo a ação dele crítica e libertadora, quando retira as formas de seu fluxo habitual, corriqueiro. O artista também é um produtor de tempo (BOURRIAUD, 2006. p.137). Utilizar os modelos é torná- los visíveis, utilizar as imagens preexistentes é uma forma de interpretação. “Se toda arte é conceitual, então a questão é simp les. Porque os conceitos, como as pinturas,não podem ser verdadeiros ou falsos. Podem ser apenas mais ou menos úteis à formação de descrições.” (GOM BRICH,1995)

434 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


A este dois autores somou-se outro, Plínio, autor romano do século III que é identificado na história da arte como quem narrou o nascimento do desenho, da pintura e da escultura, em um único gesto, o de uma mulher, conhecida apenas como a filha de Butades.

O Suficiente já foi dito aqui sobre a arte da pintura. Agora é hora de dizer algo sobre modelagem. Tirando partido da própria terra, Butades, um oleiro de Sicyon, foi o primeiro a introduzir a modelagem de retratos em arg ila em Cor into. Isto foi graças a sua filha. Ela estava apaixonada por um rapaz, e quando ele estava indo para o exterior, ela desenhou uma silhueta na parede ao redor da sombra da face dele produzida pela lamparina. Seu pai prensou o barro sobre a marca para fazer um relevo e o queimou com o restante da cerâmica. Dizem que este foi preservado no Santuário das Ninfas até Mummius saquear Corinto.3 (PLINY, 2004.p.336)

A experiência vivida por eles, principalmente por ela, a saudade, se constitui em um objeto, que presentifica a ausência. O objeto, o retrato modelado em argila, não ficou circunscrito àquele pequeno círculo familiar, Plínio termina relatando que a pequena escultura havia sido preservada no Santuário das Ninfas. O que seria valorado apenas num pequeno círculo, passa para um domínio maior, o da coletividade. Segundo John Dewey (2005), as obras de arte são constituídas a partir e com a experiência, a partir de um indivíduo ou grupo para as experiências de outros indivíduos e grupos. O que faz com que a arte inclua em si a comunicação, mas não só isso, pois não se trata apenas de comunicar uma experiência, se trata de constituir experiências. Aqui posso voltar a Gombrich para terminar de identificar meu campo de partida para a constituição da pesquisa: “...aquilo que a linguagem faz não é dar nome a coisas ou conceitos preexistentes, mas articular o mundo da nossa experiência. As imagens da arte, suspeitamos, fazem a mes ma coisa.” – pp96 (GOMBRICH 1995)

Caberia então seguir um curso que buscasse os antecedentes da idéia de desenho, de seu ensino e aprendizagem, dentro do campo da arte contemporânea, ou da arte ocidental. Traçar correspondências, buscar os diálogos da tradição. Levantar uma bibliografia. Ainda seguindo 3

Tradução da autora. No Original: “Quite enough has been said here about the art of painting. It is now time to say something about modeling. By taking advantage of earth itself, Butades, a potter from Sicyon, was the first to introduce modeling of portraits in clay at Corinth. These was thanks to his daughter. She was in love with a young man, and when he was going abroad she drew a silhouette on the wall round the shadow of his face cast by the lamp. Her father pressed clay on this to make a relief and fired it with the rest of the pottery. This is said to have been preserved in the Shrine of the Nymphs until Mummius sacked Corinth.”

435 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


os conselhos de Eco, delimitar meu foco, buscar uma bibliografia recente sobre o desenho na arte contemporânea. Um grande número de textos foi se avolumando em minha biblioteca, e a pesquisa começava a identificar textos, autores, artistas, locais, instituições coleções citados de forma recorrente. Como identificar e dar visibilidade para estas recorrências? Visualmente gráficos e mapas poderiam fazer isso. Selecionei 6 fontes recentes, tomadas como fontes primarias dentro da pesquisa, publicadas nos últimos 13 anos. Elas são: “On Line”(2010), de Catherine De Zegher e Cornelia Butler; “The Primacy of Drawing”(2009), de Deanna, Petherbridge; “Disegno. Desenho. Desígnio” (2007), de Derdyk, Edith; "Vitamin D. New perspectives in drawing.”(2005), de Emma Dexter; “The Stage of Drawing: Gesture and Act (2003)” de Catherine de Zegher; "Afterimage: Drawing through Process.”(1999) de Cornelia Butler. Cada uma ao seu modo busca entender como a tradição do desenho na arte ocidental se manifesta na produção artística hoje. Como estratégia de investigação desta bibliografia uso os fundamentais fichamentos e mais além investigo a estrutura dos textos, e da composição da seleção de artistas e de imagens na bibliografia de cada uma, primeiro listando as bibliografias de cada volume, que nem sempre estão disponíveis como apêndices ou anexos, e depois transformando isso em listas, gráficos ou mapas. A análise desta bibliografia cria campos de referências teóricas, geográficas, históricas. O mapeamento responde a questões simples, como a nacionalidade e local de trabalho dos autores e artistas incluídos em cada volume, o período em que se concentra a bibliografia utilizada. Este é um princípio para um mapeamento uma vez que cada mapa poderia levar a outro, cada gráfico levanta outro. Assim se crio um mapa sobre a nacionalidade e local de trabalho dos artistas (fig.4), me interesso em fazer outro com a nacionalidade e o local de trabalho dos curadores, e ainda um terceiro sobrepondo ambos (fig.5). A pesquisa atualmente se encontra neste processo de levantamento e cruzamento de informações constituindo-se mapa e território ao mesmo tempo. Uma bibliografia leva a outra, um gráfico leva a outro em uma proporção aritmética. O mapa não cria uma rota para algum lugar, mas um labirinto.

436 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


Fig.3: mapa da nacionalidade e do local de trabalho dos artistas presentes na publicação VItamin D.

Fig.4: mapa da nacionalidade e do local de trabalho dos artistas e dos curadores presentes na publicação VItamin D.

Dar forma visual a este mapa-território é desafiador. A princípio optei por utilizar materiais de papelaria para compor os gráficos e mapas como colagens. Utilizei um painel de feltro e cortiça, um atlas velho, alfinetes, tachinhas, linhas e lãs, papéis coloridos, post- it, canetinhas para me distanciar de gráficos limpos e higiênicos, parecidos com os utilizados por revistas como Veja ou Época. As colagens são então fotografadas (fig.6). São estas fotos que farão parte do trabalho. Ampliadas em tamanho real ou na escala do livro, decisão que ainda não está tomada. Um relato de processo é um relato sobre as incertezas e insucessos. Fica a 437 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


idéia de criar um pequeno livro com inúmeros gráfico, absolutamente obsessivos, na forma daqueles utilizados pela impressa. As colagens e as fotos são um nó da rede em “Curso”.

Nós da Rede: seleção bibliográfica Prosseguindo com o relato do processo apresento a bibliografia selecionada em ordem da data de publicação.

DE ZEGHER, Catherine e Cornelia Butler. On Line. A century under the sign of line. New York, MOMA, 2010; Catálogo de Exposição. A autora, Catherine de Zegher é atualmente diretora do The Drawing Center em Nova Iorque. Nesta curadoria para o MOMA ela conta com a ajuda de Cornelia Butler é a chefe do departamento de desenho do mesmo museu. Juntas elas elegem a linha, elemento essencial do desenho para alinhavar as suas práticas no século XX (e inicio do XXI), a exposição apresenta obras feitas entre 1910 e 2010, de 107 artistas de 23 países. As obras estão reunidas porque utilizam a linha como elemento autônomo, ou que adquire autonomia nas práticas destes artistas selecionados. Fig.5: linha do tempo indicando a relação entre a quantidade de artistas nascidos no período, para a publicação Vitamin D. “Justapondo mais de 300 obras, On Line examina diferentes estágios da explo ração estética 438 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


da linha no plano (tensao de superficie); da linha libertada do espaço ilusionista para o espaço real (linha extendida); e finalmente seu aparente retorno para o espaço relacional do real e do imag inário, mas com cada u m deles transformado no processo. Ao seguir a dilatação dos significados da linha, nós também a traçamos no movimento, entre disciplinas, e sua conectividade e continuidade ao ser desalinhada a realinhada no tempo e no espaço..” 4 (2010. p.24)

O percurso da montagem da mostra era quase cronológico, descrevendo um certo desenvolvimento da autonomia da linha e do desenho, em meios diversos, como desenho sobre papel, pintura, escultura, instalação, fotografia e vídeo. Um primeiro levantamento da publicação lista: Referente aos artistas na exposição: Total: 107 artistas Nascidos entre: 1866 (Paul Klee) – 1979 (Nina Canell) Origem: 23 países Distribuição: País USA França Itália Bélgica Russia Inglaterra Índia Brasil Canada Alemanha Argentina Suécia Venezuela República Tcheca Espanha Chile Japão Uruguai Lituânia Austrália Polônia

Quant.arts 31 10 9 6 6 5 4 4 4 4 3 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1

4

Tradução da autora: No original: Justaposing over 300 works, On Line examines different stages of the aesthetic exploration of line in the plane (surface tension); the line broken free from that illusory surface into real space (line extension); and finally its apparent return to the relational space of the real and the imaginary, but with each now transformed in the process. In following the dilation of line’s meaning, we also trace it in movement, across disciplines, and in its connectivity and continuity as it is drawn out and rewoven in time and space. 439 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


Holanda Suiça

1 1

Referente a bibliografia: publicações:138 textos citados: 149 autores citados: 114 Quantidade de citações Autor(ES)

5

4

3

2

KRAUSS, Rosalind; KANDINSKY, Vasily

BUCHLOH, Benjamin; DE ZEGHER, Catherine

ETTINGER, Bracha; RODCHENKO, Alexander; CLA RK, Lygia: MATISSE, Pierre

LIPPA RD, Lucy; TUTTLE,Richar d; UM LAND, Anne; KLEE, Paul; BRETT, Guy

Período em que foram publicadas: 1918-2010 Década

1910

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

Quantidad

1

3

0

4

3

3

10

17

34

54

e de textos

Local de publicação: Total de Países: 13 LOCA USA ING FR L QUAN 69 18 11 T

ES AL BR AUSTRL AR 5

3

3

2

1

BEL

HOL

IT

1

1

1

REP. SUI TCH. 1 1

DERDYK, Edith. Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo, SENAC, 2007; A autora, pesquisadora do ensino e aprendizagem do desenho e artista, tem publicados outros títulos especificamente sobre o desenvolvimento cognitivo da criança e sua relação com o desenho. Em “Disegno. Desenho. Desígnio” a autora reúne textos e ensaios visuais pré existentes e/ou encomendados de outros 31 autores oriundos de diversas áreas do conhecimento além das artes plásticas, sendo que todos trabalham no Brasil.

440 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


“(..) em cada texto as reflexões e conceitos sobre o desenho são apresentados da maneira como são vividos e formalizados de acordo com as necessidades e os desejos que cada área de atuação demanda. (...) A convivência dessas faces e interfaces se soma, configurando contornos mais fluidos para a compreensão de experiências tão distintas, porem co mpartilháveis.”(p.24)

É a experiência, o desenho vivido que guia o relato destes profissionais, que falam do seu próprio ponto de vista, da sua prática cotidiana, não confinando a idéia de desenho, ou tentando defini- la de forma universalizante, se a definem o fazem em sua prática dentro de um determinado campo que é poroso sujeito a influências de todo o tipo. Assim temos textos os seguintes autores nesta coletânea:

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31.

Autor Evandro C. Jardim Alberto A. Martins Waltercio Caldas Cecilia de A. Salles Alexandre Wollner José Resende Antonio Lizárraga Paulo Pasta Sergio Fingermann Flávia Ribeiro Ester Grispum Arnaldo Battaglin i Lu iz Tatit João Bandeira Cristina Freire Tadeu Chiarelli Geógia Ky riakakis Regina Silveira Gal Oppido Osvaldo Gabrieli Helena Katz Tadeu Jungle Ary Perez Marcelo Ferraz Laerte Sodré Jr. Tom Marar David Sperling Guto Lacaz Mirian C. Mart ins Peter P. Pelbart Miriam Chnaidermann

Profissão Artista Plástico, Pro fessor Artista Plástico, Escritor, Ed itor Artista Plástico Professora (Semiótica) Designer Artista Plástico, arquiteto Artista Plástico Artista Plástico, professor Artista Plástico, professor Artista Plástico, professor Artista Plástico, arquiteto Artista Plástico, designer Músico, professor Artista Plástico, poeta Curador, pro fessor Curador, pro fessor Artista Plástico, professor Artista Plástico, professor Artista Plástico, fotografo Artista Plástico, dramaturgo, diretor de teatro Filosofa, crít ica de teatro, professora Artista Plástico, video maker Engenheiro, Art ista Plástico, cenógrafo Arquiteto, professor Físico, astrônomo Matemático e pro fessor Arquiteto, professor Artista plástico, arquiteto Educadora Filósofo, professor Psicóloga, documentarista

A autora cita como referência para a empreitada os textos reunidos e publicados pelo Grêmio 441 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


FAU-USP em 1975, um pequeno volume que reúne textos de Mário de Andrade, Vilanova Artigas e Flávio Mota. Estas três referências por sua vez se utilizam de conceitos tradicionais da historia da arte no Ocidente, como a idéia de linha como estrutura “óssea” de todo o pensamento plástico. Um primeiro levantamento da publicação lista: Referente aos artistas com imagens reproduzidas: Total: 27 Paises de origem e trabalho: 5 país

BR

AR

FR

AL

USA

artista

25

2

1

1

1

Período compreendido entre o nascimento do artista mais velho e do mais jovem: 1882-1961 Referente a bibliografia: autores: 114 publicações: 112 Quantidade de publicações por autor Quantidade citações Autor(ES)

de

Déc. quantida de

40 2

5

4

3

2

MARTINS, M irian Celeste

DELEUZE, Giles

ARNHEIM , Rudolf; GARDNER, Howard, ANDRADE, M ário

ARTIGAS, Vilanova; BARBOSA, Ana M ae; BOURGEOIS, Louise; KLEE, Paul; DAWKINS, Richard; GUATTARI, Felix; DERDYK, Edith; FREIRE, Cristina, PILLAR, Annalice

Período da publicações: 1949 – 2006 50 2

60 6

70 11

80 18

90 6

2000 26

DEXTER, Emma. Vitamin D. New perspectives in drawing. Phaidon Press, 2005; Esta publicação faz parte de uma série da editora Phaidon que tem por objetivo mapear um panorama atualíssimo das práticas artísticas divididas por meios, assim há um volume sobre pintura, escultura e desenho. Foram chamados 77 autores de 20 países para indicar artistas 442 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


cujo meio principal de produção fosse o desenho, sendo selecionados 109 artistas. A curadora Inglesa Emma Dexter organiza a publicação e escreve o texto de introdução. A autora enfatiza a essencialidade do ato de desenhar como inerente ao processo do pensamento e da comunicação, que nos fazem humanos, assim o desenho está presente em todo o lugar. Em vista do crescente interesse do mercado, do circuito de arte e dos artistas pela prática do desenho, Dexter escreve: “A escrita teórica recente sobre o desenho tende a concentrar-se sobre a natureza conceitual e orientada para o processo da linguagem, portanto, ignorando uma tendência subjetiva, associativa e prevalescentemente liderada pela narrativa no desenho contemporâneo. Se faz necessário, no entanto, explorar além das características primariamente ontológicas do desenho para investigar as razões para a crescente ascendência do desenho. Descrevendo cruamente: os pós-conceitualismos e o pós-romant ismo. Crucialmente, é dentro do campo do desenho que as tensões e contradições inerentes são encenadas” 5 (p.6)

A autora termina sua introdução enfatizando a característica autográfica do desenho como meio essencial de comunicação, o ato de desenhar como um ato cotidiano banal e por isso um campo de liberdade para a produção artística. A partir do levantamento dos dados bibliográficos deste volume cheguei a formular dois mapas e três gráficos (figuras 4-6) como pode ser visto nas ilustrações. Sua forma, a maneira de organizar visualmente os dados servirá de modelo para os outros que serão montados.

Um primeiro levantamento da publicação lista: Referente aos artistas: Total: 109 Período: 1944 (Roland Flexner) – 1981(Devendra Banhart) Provenientes de: 34 países Quantidade de artistas nascidos ou que trabalham por país País 1) USA 2) Inglaterra

Quant. Art 48 18

5

Tradução da autora. No original: Recent theoretical writing about drawing tends to concentrate on the conceptual and process-oriented nature of the medium and hence ignores a very prevalent narrative-led, associative, and subjective tendency in contemporary drawing. It is necessary, however, to explore beyond the primal ontological qualities of drawing in order to look at other reason´s for drawings recent ascendancy. Described crudely: the post-Conceptual and the neo-Romantic. Crucially, it is within the field of drawing that the inherent tensions and contradictions are intriguingly played out” 443 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) 25) 26) 27) 28) 29) 30) 31) 32) 33) 34)

Alemanha Japão Canada França África do Su l Bélgica México Suiça Brasil China Cuba Espanha Itália Peru Suécia Uruguai Venezuela Austrália Austria Bulgária Colo mb ia Eslovenia Et iopia Holanda Islandia Lituânia Noruega Paquistão Quênia Ro mênia Rússia Turquia

16 5 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Referente a bibliografia: autores: 13 publicações: 10 Período da publicações: 1925 - 2003 Déc. quantidade

1920 1

1960 1

1980 1

1990 6

2000 4

DE ZEGHER, Catherine. The Stage of Drawing: Gesture and Act. TATE, 2003. De Zegher organiza uma mostra de desenhos a partir do acervo da TATE com a ajuda da artista Avis Newman que é a real responsável pela seleção das obras, 120 desenhos e 30 estampas, cobrindo um período que vai do século XVIII a década de 80 do século XX. A 444 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


organizadora reúne na publicação textos dos seguintes autores: Norman Bryson, Jean Fischer, Michael Newman e Yves Bonnefoy além da transcrição de um longo diálogo entre ela e Avis. Esta última entende o desenho como um “espaço geracional de pensamento” assim a seleção pretende dar visibilidade às obras como evidencias de um processo mental do qual o desenho é índice. “Em última análise, The Stage of Drawing é também uma tentativa de discutir o que Newman acredita ser uma crise na arte, como os artistas se relacionam de uma forma não-literal com o sentido de humanidade, o que para ela é parte da essência do projeto artístico” 6 (p.278)

A exposição segundo De Zegher se interessa pela característica quase obssessiva do desenho como ferramenta de investigação do mundo, uma atividade sem fim, sempre um processo. As obras estão concentradas, na exposição e na publicação, em três módulos, “The mirrored self”, “Coded Imprints” e “Invented Bodies”. Estes subtítulos enfatizam as características autográficas e subjetivas do ato de desenhar bem como a identificação entre um processo interno de pensamento, constituição da imagem, com um processo de exteriorização, o ato de marcar uma superfície. Um primeiro levantamento da publicação lista: Referente aos artistas: Total: 69 artistas Provenientes de 11 países. Nascidos entre 1665 (Albert Seba) e 1947 (Giuseppe Penone) Total de Obras: 150

Referente a bibliografia: Total de autores: 72 Total de publicações: 76 Publicadas entre: 1934-2001 Autores mais citados: Agambem, Artaud, Baudelaire, Benajmin, Derrida, Didi6

Tradução da autora. No orig inal:“Ultimately, The Stage of Drawing is also an attempt to discuss what Newman believes to be a crisis in art as to how artist deals in a non -literal way with the sense of humanity, which for her is part of the essence of the artistic project”. 445 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


Huberman, Freud, Nietzsche, Kristeva, Krauss

BUTLER, Cornelia H. Afterimage: Drawing through Process. The MIT Press, 1999. A exposição da qual a publicação é catálogo, aconteceu no Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, organizada por Cornelia Butler e Pamela Lee reúne obras de artistas americanos cujas as poéticas estão relacionadas ao que podemos chamar de arte processual e as manifestações artísticas originadas nos anos 60 e 70, a arte conceitual e ao minimalismo. Lee inicia seu texto com uma frase de Richard Serra como epígrafe: “não há maneira de se fazer um desenho – existe somente o desenhar. A ênfase então recai no processo ou no verbo e não no substantivo, no objeto. A autora examina historicamente as acepções e funções do desenho e do ato de desenhar para alcançar as estratégias dos artistas que utilizam a prática com suas características entrópicas, transitivas e contingentes, como processo aberto cujo resultado, se é que podemos chamar assim é indicial. Butler por sua vez propõe em seu texto uma atenção maior a materialidade das obras destes artistas que configuraram a desmaterialização do objeto de arte, sua epígrafe é uma frase de Smithson onde ele diz que sua obra é “uma catástrofe entre mente e matéria”. Ela enfatiza justamente esta aparente contradição temporal, no mesmo momento em que a arte conceitual surge, e praticamente no mesmo lugar, desmaterializando os objetos de arte, surgem também “trabalhos de terra” como os de Smithson, noções de anti forma se materializam em obras gigantescas. Butler analisa as obras e os textos dos artistas de maneira minuciosa, entendendo que os desenhos são o lugar onde essas complexas diferenças aparecem.

PETHERBRIDGE, Deanna. The Primacy of Drawing. Yale University Press, 2009. Ou por uma conclusão.

Petherbridge é a artista e pesquisadora do desenho. Seu livro, de 523 páginas de 30 X 25 centímetros é o resultado de duas décadas de pesquisa e está baseado no princípio de que o desenho é a base de toda a arte e pensamentos visuais (2009.p.2). Aqui meu relato de processo chega ao fim, um pequeno fracasso. A listagem dos 6 volumes selecionados da bibliografia para serem examinados em sua estrutura está em processo, não 446 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


está pronta. O livro Petherbridge está em processo de leitura, não pode ndo ter seus dados revelados aqui, porque ainda são desconhecidos. Outras falhas podem ser vistas nos levantamentos e listagens publicados aqui, ainda não encontrei um padrão para o levantamento por exemplo e os mapas e estatísticas ainda não estão todos prontos. Um processo que leva a outro e outro e que não termina, mas é parado por virtude do tempo, das responsabilidades frente as datas de entrega, deste texto mesmo, da qualificação ou do depósito da tese. Até aqui 29.326 caracteres com espaço, sem caixas de texto, notas de rodapé, bibliografia e resumo.

Referências Bibliográficas BOURRIA UD, Nico las. Estética Relacional. Buenos Aires, Adriana Hidalgo Ed itora, 2006. ______. Postproducción. Buenos Aires, Adriana Hidalgo Editora, 2009. BUTLER, Co rnelia H; LEE, Pamela. Afterimage: Drawing through Process. The MIT Press, 1999. GOM BRICH, E. H. Arte e Ilusão. São Paulo, Martins Fontes, 1995. DE ZEGHER, Catherine; BUTLER, Cornelia e. On Line. A century under the sign of line. New York, MOMA, 2010. DE ZEGHER, Catherine; NEWMAN, Avis. The Stage of Drawi ng: Gesture and Act. TATE, 2003. DERDYK, Ed ith. Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo, SENAC, 2007. DEXTER, Emma. Vi tamin D. New perspecti ves in drawi ng. Phaidon Press, 2005. IVINS, W illiam, Jr. Prints and Visual Communication. Cambridge, Londres, The MIT Press, 1969. PETHERBRIDGE, Deanna. The Pri macy of Drawi ng. Yale University Press, 2009. PLINY (the Elder). Natural History a selection. Londres, Penguin Books, 1991. SOLNIT, Rebecca. Wanderlust. A history of walking. Londres, Penguin Books,2000.

447 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.