À SOMBRA DE HÉLIO OITICICA Arethusa Almeida de Paula1 Resumo:O presente trabalho tem por escopo dissertar sobre a influência poética do artista plástico Hélio Oiticica em artistas da nova geração da arte brasileira. A partir do livro de Harold Bloom, “A angústia da influência: uma teoria da poesia” mostra como a presença de um poeta-artista forte age positivamente na produção artística, num fluxo contínuo de trocas poéticas. Palavras-chave: influência. Poética. Arte contemporânea. Abstract:This paper aims to discuss the influence of artist Hélio Oiticica in artists of the new generation of Brazilian art. Based on the book by Harold Bloom, “The Anxiety of Influence: a theory of Poetry” shows how the presence of a strong poet-artist acts positively in artistic production. Key-words: influence. Poetic. Contemporary art.
Existe, atualmente, um grande campo de possibilidades para se trabalhar com Arte nas suas diversas áreas, ou seja, literatura, artes plásticas (agora chamada por um conceito alargado de artes visuais), cinema, teatro, música, dança e/ou qualquer outra categoria que possa vir a ser denominada dessa forma. Contudo o artista contemporâneo, diante desta situação, muitas vezes perde sua referência, ou até mesmo não sabe qual seria esta. Tanto ele quanto seus espectadores sentem falta de algo. Pode ser uma grande nostalgia, em que sentem saudade de algo que não viveram, ou que nunca chegarão a ver e presenciar. O artista traduz esse sentimento, porém, na maior parte do tempo não sabe identificá-lo. Harold Bloom, em seu livro “Angustia da Influência: uma teoria da poesia” traz para a crítica literária a figura do poeta forte: aquele que enfrentará um poeta precursor reconhecendo sua influência, porém conseguindo transformá-la em algo seu. O autor elege seis categorias que fazem o poeta forte ser quem ele é: Clinamen (leitura distorcida;
apropriação);
Tessera
(completude
e
antítese);
Kenosis
(movimento
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de
Ms. Arethusa Almeida de Paula. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Bolsista CAPES. 148 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
descontinuidade); Daemonização (movimento para um Contra-Sublime); Askesis (autopurgação); Apophrades (retorno dos mortos). (BlOOM, 2002, p.64) Em nosso mundo contemporâneo, que pode ou não ser chamado de pós-moderno, vivemos em dois grandes movimentos: Clinamen,e Tessera. Se um é a queda e o outro a completude e a antítese, diante de tantas possibilidades, percebemos que continuamos à procura de nossa outra parte, seja esta poética, social, histórica, dentre outras tantas. A impressão que se tem é que apenas vemos mais do mesmo: continuamos caindo e as partes não se completam como deveriam. Portanto, o presente artigo irá trabalhar com um artista que pode ser considerado como um poeta-artista forte, no que tange à Arte Brasileira, e cuja obra, percebe-se ser grande influência para os artistas brasileiros atuais: Hélio Oiticica. Escolho este artista, por ser também influenciada por ele, e por perceber que o mesmo passou por todos os passos do efebo de Harold Bloom, saindo vitorioso em sua obra desviada de seus próprios artistas fortes. Também, apresentarei rapidamente, três artistas2, quais seja Marcelo Silveira (1962 -), Hugo Houayek (1979 -) e Alexandre da Cunha (1969 -), cujo os trabalhos a autora pode apreciar na exposição Nova Arte Nova, realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, em 2009, na cidade de São Paulo. Estes três artistas eram, no momento daquela exposição, efebos em relação ao artista forte, pois podemos perceber claramente como o trabalho de Hélio Oiticica se encontra presente em suas produções. A trajetória de Hélio Oiticica inicia-se com o Grupo Frente, os componentes cariocas do Concretismo, movimento brasileiro da década de 1950, e com forte influência do Construtivismo e do Abstracionismo Geométrico europeu. Durante sua vida, primou por uma pesquisa plástica e
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As imagens dos trabalhos de Hélio Oiticica, Alexandre da Cunha, Marcelo Silveira e Hugo Houayek foram retiradas de vários sites de Internet, via Google Imagens. 149 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
teórica, num movimento intelectual bastante intenso. Escreveu muito sobre seus trabalhos, e em como estes poderiam atingir seu público, artisticamente e sensorialmente. Iniciou seus trabalhos com os Metaesquemas (1957-1958), que se constituíam por representações de figuras geométricas em guache sobre cartão, passando pelos Núcleos (19601963), que por sua vez fazia a pintura sair do suporte do quadro ganhando o espaço. Passa pelos Bólides (1963-1964), objetos intencionais que armazenam cores e outros fragmentos de sua memória, e chega até os Parangolés (1963-1964), que são estruturas coloridas projetadas para serem vestidas. Suas produções culminam nas Manifestações Ambientais (1966), que seriam uma síntese artístico-sensorial de todas essas experiências. Os Metaesquemas, Bilaterais e Relevos Espaciais (1959-1960), são de sua fase Concreta e Neoconcreta. A influência do Abstracionismo Geométrico e do Construtivismo vem pelo grupo do qual fazia parte, mas quando o artista chega aos Núcleos, vemos a grande influência de Piet Mondrian (1872-1944) e também de Kasemir Maliévitch (1878-1935), especialmente em relação às cores. Aqui sua teoria se baseará na da filosofia de Merleau-Ponty, especialmente no que tange a sensorialidade. Hélio Oiticica, estuda, produz e escreve, de modo a estruturar sua obra. Ele acredita numa arte construtiva, que constrói o artista e o espectador juntos, dentro da linguagem da arte. De acordo com o próprio artista: Esta é sem dúvida a época da construção do mundo do homem, tarefa a que se entregam, por máxima contingência, os artistas. Considero, pois, construtivos os artistas que fundam novas relações estruturais, na pintura (cor) e na escultura, e abrem novos sentidos de espaço e tempo. São os construtores, construtores da estrutura, da cor, do espaço e do tempo, os que acrescentam novas visões e modificam a maneira de ver e sentir; portanto, os que abrem novos rumos na sensibilidade contemporânea, os que aspiram a uma hierarquia espiritual construtiva da arte. (OITICICA, 1986,p.54)
Esta pode ser as fases de Clinamen e Tessera de Hélio Oiticica, ou seja, a identificação e queda de suas influências, o complemento com seus pares, e o início de sua caminhada para o esvaziamento de seus artistas fortes, ou para a Kenosis. 150 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
Quando nos deparamos com seus Bólides, podemos perceber o movimento de revisão tanto de seus artistas fortes, como de sua própria caminhada artística. Por mais que as cores e materiais, dentro destes recipientes, vencessem suas barreiras, Hélio Oiticica já os havia libertado em seus Grandes Núcleos. Dessa forma, o movimento de descontinuidade já estava posto. O artista não tem mais como engarrafar esta influência, e nem mesmo suas memórias. Assim, só lhe resta o esvaziamento e a homenagem a seu artista forte, reconhecendo a força do outro e enxergando-se como parte dele: o B17 Bólide Vidro 5 [Homenagem à Mondrian], 1965. A Daemonização de Hélio Oiticica acontece quando o artista vai para o Morro da Mangueira: lugar da marginalidade carioca, comunidade de excluídos, com suas construções nãoarquitetônicas, e sua dança exuberante acompanhada pelo samba e exaltada pela Estação Primeira da Mangueira. É o este local dionisíaco que será, nos termos de Bloom, o anjo cobridor deste artista forte. Assim, tendo diante de si todo o espaço da favela, adota uma atitude revisionária de seu trabalho, e este entra num estado de redução, colocando em xeque seus artistas fortes e ele próprio. É o momento da autopurgação, da Askesis, a qual Bloom se refere. Neste ponto, a pintura de Hélio Oiticica já havia saído do quadro em forma de corespaço. Ele já havia tentado aprisionar suas memórias e aprendizados em seus Bólides, táteis e sensoriais, apresentando os vestígios mais caros de seu aprendizado visual. E quando o artista se depara com outro estilo de vida, que não o meramente erudito, uma solidão criativa acontece em meio à ebulição de informações, música e arquitetura precária. Oiticica elabora então seu conceito de “antiarte”, isolando-se de todo um aprendizado pautado na arte européia, e voltando-se a um objetivo pontual, qual seja, o espectador. O artista já não é único e depende do outro, que não é seu artista forte, mas seu leitor-participador: Antiarte compreensão e razão de ser do artista não mais como um motivador para a criação criação como tal se completa pela participação dinâmica do „espectador‟, agora considerado „participador‟. Antiarte seria uma complementação da necessidade 151 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
coletiva de uma atividade criadora latente, que seria motivada de um determinado modo pelo artista: ficam portanto invalidadas as posições metafísicas, intelectualistas e esteticista (...) é pois uma „realização criativa‟ o que propõe o artista, realização esta isenta disto é uma simples posição do homem nele mesmo e nas suas possibilidades criativas vitais. (OITICICA, 1986, p.77)
Portanto, Oiticica percebe sua força como artista forte, ao sublimar suas influencias. Ele sente “o involuntário choque do poeta com sua própria expansividade daemônica”. (BLOOM, 2002, p.168). O artista, então chega ao estado de Apophrades, volta dos mortos, já purificado, sabendo que a influência de seus artistas fortes poderá voltar a qualquer momento, porém através de suas próprias ideias, de suas próprias falas. A independência de Oiticica, de seus artistas fortes, se dá quando ele cria seu Programa Ambiental, através de obras como os Parangolés (1964), e até mesmo a Tropicália (1967): A posição com referência a uma „ambientação‟ e à consequente de todas as antigas modalidades de expressão: pintura-quadro, escultura, etc., propõe uma manifestação total, íntegra, do artista nas suas criações, que poderiam ser proposições para a participação do espectador. Ambiental é pra mim a reunião indivisível de todas as modalidades em posse do artista ao criar as já conhecidas: cor, palavra, luz, ação, construção etc.; e as que a cada momento surgem na ânsia inventiva do mesmo ou do próprio participador ao tomar contato com a obra. (OITICICA, 1986, p.78)
De acordo com Bloom, os poetas fortes voltarão dos mortos à todo momento. E com Oiticica não será diferente: ele retomou seus artistas fortes, conheceu outros, e passou novamente todas as fases: queda, completude, esvaziamento, revisão, autopurgação e retorno dos mortos. No caso da Arte Brasileira, este artista pode ser um dos únicos que trabalharam nestes movimentos. Daí sua importância e influência, não só em seus contemporâneos, como nas novas gerações de artistas que surgiram no país. Uma das justificativas para eleger Hélio Oiticica como um artista forte dentro da Arte Brasileira, se dá por observar em diversas exposições a grande influência que sua obra exerce nos
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novos artistas. E infelizmente, a sensação de “mais do mesmo”, faz com que o espectador se desinteresse rapidamente da obra. Bloom nos coloca este sentimento de forma clara: Quando abrimos um primeiro volume de poesia hoje, esperamos ouvir uma voz característica, se podemos, e se a voz já não se diferencia de algum modo de seus precursores e colegas, tendemos a parar de escutar, independentemente do que a voz tem a dizer. (BLOOM, 2002, p.199)
Por isso é válido dizer que vivemos nos dois movimentos de Clinamen e Tessera. Ainda estamos em queda e lutando para achar nossos pares, para que nossa parte se encaixe em outra produzindo um significado, e não uma repetição. Em 2009 o Centro Cultural Banco do Brasil produziu uma exposição que tinha como objetivo mostrar a produção de novos artistas brasileiros: Nova Arte Nova. Esta exposição contou com a participação de 57 artistas de 14 estados do país, e com faixa etária por volta dos trinta anos. Ao visitar a exposição, pude reconhecer as influências dos artistas que expunham no espaço: Hélio Oiticica, Lígia Clark, Regina Silveira, Leda Catunda, Leonilson. Os materiais podiam ser diferentes, a intencionalidade com certeza outra, porém, não havia como fugir do reconhecimento da imagem do trabalho de outros artistas. O primeiro artista que vou apresentar é Marcelo Silveira. Em Nova Arte Nova, ele apresenta seu trabalho intitulado Arquitetura Interior, 2009 (Fig. 1). São peças em vidro, achadas em casas de artigo para decoração, e preenchidas com serragem e pedaços de madeira. O trabalho questiona as peças colocadas para decorar as casas. A imagem deste trabalho remete diretamente aos Bólides, 1965-66 (Fig. 2), de Hélio Oiticica. A influência deste artista é identificada, mesmo que a intenção de Marcelo Silveira seja diferente.
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FIGURA 1: Marcelo Silveira: Arquitetura interior, 2009. Fonte: Google Imagens.
FIGURA 2: Oiticica: B31 Bólide Vidro 14 “Estar”, 1965/66. Fonte: Google Imagens.
Os Bólides constituem-se por objetos que dão forma à cor. Alguns poderiam ser manipulados pelo espectador, criando uma experiência sensorial. No trabalho de Marcelo Silveira, a cor, e a serragem, também ganham a forma do objeto. A diferença está mesmo na intencionalidade do artista: Oiticica possui um questionamento estético; Silveira possui um questionamento social. Caminhando um pouco mais pela exposição, me deparei com outra obra que evoca fortemente a memória de Hélio Oiticica. Trata-se do trabalho Cama, 2008 (Fig. 3) de Hugo Houayek, em que ele constrói uma estrutura com espuma e lona plástica vermelha. O visitante da exposição pode entrar dentro desta estrutura e deitar, interagindo com a obra. Impossível não se lembrar dos Penetráveis, 1960 (Fig.4) de Hélio Oiticica, e toda sua pesquisa em relação à cor, e à criação de uma estrutura que abriga o espectador, de modo que este pudesse ter uma experiência sensorial.
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FIGURA 3: Hugo Houayek: Cama, 2008. CCBB /SP. Fonte: Google Imagens.
FIGURA 4: Oiticica: PN1 Penetrável, 1960. Fonte: Google Imagens.
O trabalho de Hugo Houayek se diferencia dos Penetráveis pela disposição horizontal e pelas duas placas de lona dourada que emolduram a estrutura vermelha, fazendo uma contraposição de cores. Porém, a interação do público é, senão a mesma, muito parecida com a interação com os Penetráveis. Buscando uma referência mais forte, temos o Bólide Cama, 1968 (Fig. 5). A interação entre a obra e o espectador é que este se deite na estrutura feita de juta, madeira e um colchão. As duas obras são estruturas para com a mesma intencionalidade.
FIGURA 5: Oiticica: Bólide Cama, 1968. Fonte: Google Imagens. 155 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
Alexandre da Cunha apresentou um trabalho na mostra Nova Arte Nova que à primeira vista não vemos a influência do artista forte. Mas podemos perceber a influência dos movimentos Concretistas e Neoconcretista. Em suas Public Sculptures, 2008 (Fig. 6) podemos notar o uso comum de materiais cotidianos e que fazem o diálogo entre arte-vida. Porém, ao pesquisar um pouco mais sobre seu trabalho, pude identificar esta influência.
FIGURA 6: Alexandre da Cunha: Public Sculpture, 2008. CCBB/SP. Fonte: Google Imagens.
Porém, ao pesquisar um pouco mais sobre seu trabalho, a influência se torna clara: uma dessas referências seria na obra Pool, 2004 (Fig. 7). Consiste numa caixa d‟água, com seu interior pintado com tinta automotiva. Aqui também, as intencionalidades dos artistas são diferentes, porém a referência imagética é muito forte.
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FIGURA 7: Alexandre da Cunha : Pool, 2004. Fonte: Google Imagens.
FIGURA 8: Oiticica: Bólide caixa 22 Mergulho do corpo, 1967. Fonte: Google Imagens.
Alexandre da Cunha discute os materiais cotidianos e seu uso. Dessa forma, o artista reaviva uma discussão bastante Modernista: a significação do objeto. Hélio Oiticica já trata de outra questão com seu Bólide Caixa 22 Mergulho do Corpo (Fig. 8). Esta obra ganha uma conotação denúncia contra as torturas praticadas pelo governo militar brasileiro, na época da Ditadura (1964-1985). Não posso afirmar que estes artistas têm consciência dessa influência, ou que estão no processo para tornarem-se artistas fortes. Também não conheço a obra destes artistas a fundo para fazer tamanho juízo de valor. Contudo, o objetivo deste artigo foi apontar está influência que estava clara à época da exposição Nova Arte Nova e que foi facilmente reconhecida por mim, enquanto espectadora. Pelo menos, posso alegar que o posto de efebo, dentro do que nos explica Harold Bloom, estes artistas ocupam. Eles conseguem ler mal as obras de seu artista precursor, e ainda estão na construção de uma fala própria. Dessa forma, concluo que Hélio Oiticica é um artista forte dentro da Arte Brasileira, pois através de muito trabalho, ele consegue produzir um trabalho seu e seus precursores aparecem apenas nas sutilezas de sua linguagem.
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É por isso que este artista forte influencia tanto os artistas contemporâneos à nossa época: se hoje fazemos teoria, e vivemos num grande movimento de Clinamem e Tessera, é porque ainda estamos procurando nossos pares. E Hélio Oiticica é um par de uma força imensa.
Referências Bibliográficas BLOOM, Harold. A angústia da influência: uma teoria da poesia. 2º ed. Rio de Janeiro: Imago, 2002. JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga: a arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. 2º ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. Internet www.canalcontemporâneo.art.br www.driobook.com/houayek
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