Dora Lilia de Campos Sabor

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A FOTOGRAFIA COMO ELEMENTO DIDÁTICO NO ENSINO DA ESCOLA PÚBLICA: A educação do olhar no meio ambiente construído Dora Lilia de Campos Sabor 1 Resumo: Este artigo descreve os processos de criação, projeto e desenvolvimento do uso de novas tecnologias dentro do ambiente escolar, partindo do referencial de que hoje em dia, o ato de registro fotográfico é um recurso utilizado no cotidiano do educando; sendo que esta proposta vem a desenvolver a sensibilidade do olhar, proporcionando a cada um, a descoberta d e uma poética pessoal. O próprio registro fotográfico, que acontece dentro do ambiente escolar e de onde parte e começa a busca desta poética é que vai propiciar ao educando elementos do cotidiano para resignificá-los através de recursos tecnológicos, partindo da fotografia digital. Palavras-chave: tecnologia; fotografia; poética. Abstract: This article describes the creation process, project and developing of uses of new technologies inside school environment getting as reference that nowadays the fact of photography is a device used in the education everyday life of pupils;this proposal is developing seeing sensibility, providing everyone, the discovery of a personal poetry. The own photograph, wich happens inside the school environment, is where it comes from and where the searching of this poetry stars and is what provides pupils the elements of everyday life to give a new meaning throw technical resources starting from digital photography. Keywords: technology; fotography, poetic.

O Projeto Fotografia na Escola -“Olhar Poético” é uma pesquisa que tem por objetivo promover uma maior interação poética e crítica do aluno com o ambiente escolar, através de elementos auxiliando no processo de ensino-aprendizagem, com isso promovendo a busca de um olhar mais atento ao meio ambiente construído no qual está inserido, possibilitando o uso da tecnologia, através da fotografia digital e em seguida, a manipulação destas imagens através de elementos projetuais de sua construção. “Graças aos programas de criação de imagens e de sons, tornaram-se disponíveis a qualquer usuário de computador, recursos esses que permitem a qualquer pessoa realizar experimentos com cores, luzes, linhas, formas, figuras, sons e texturas, dando vazão a suas habilidades criativas.” (Santaella, 2007, p.256).

Com o ato do registro fotográfico e em seguida com a editoração destas imagens, através de uma poética pessoal, que pode levar desde uma nova forma de olhar até um 1

UNIVERS IDADE ANHEMB I MORUMB I - dorasabor@yahoo.com.br

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mergulho na ficção. O aluno tem a possibilidade de experimentações e resignificações que a tecnologia hoje possibilita. Como certifica Santaella: “A estética tecnológica, está voltada para o potencial que os dispositivos tecnológicos apresentam para a criação de efeitos estéticos, capazes de acionar a rede de percepções sensíveis do receptor, regenerando e tornando mais sutil seu poder de apreensão das qualidades daquilo que se apresenta aos sentidos.” (Santaella, 2007: 255).

Atualmente, a fotografia digital é uma ferramenta utilizada no cotidiano, seja através de uma máquina digital ou de um aparelho celular, o que torna possível, levar os alunos a projetos individuais de experimentações da imagem dentro do âmbito educacional. Segundo Claudia Giannetti (2006) o processo de interação e o tempo de reação sujeito-máquina redundam na potencialização da visualização e da percepção, a partir de outros sentidos humanos, da informação existente e manejada no computador. A partir dessas considerações o presente projeto foi realizado em uma escola pública da Rede Municipal de São Paulo, capital, com alunos do último ano do ensino fundamental. Eileen Adams (1993) nos fala que o lugar da escola pode ser usado como espaço ou assunto de estudo. Um meio ambiente fora da sala de aula promove a aprendizagem e o ensino, o desenvolvimento físico, social e intelectual dos alunos dentro do contexto da educação formal. Os alunos também pesquisaram sobre as fotos antigas do álbum de família com objetivo de perceber a importância do registro no percurso de sua história pessoal. Segundo SANTAELLA: “A cada nova emergência tecnológica são gerados novos recursos e procedimentos de criação e consequentemente novas formas de sensibilidade estética que configuram o presente à med ida que resignificam o passado.” (SANTA ELLA, p. 254).

O registro fotográfico aconteceu dentro do ambiente escolar, em áreas externas às salas de aulas, onde foram trabalhados aspectos da natureza e do design do meio ambiente construído como os elementos concretos da arquitetura.

Segundo ADAMS (1993, pg.122):

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É importante que a escola considere o estudo do seu entorno como currícu lo informal. O meio ambiente escolar, como edifício, entorno, transmitem mensagens e significados. É u ma extensão do currículo escondido. Que mensagens a cerca das relações entre pessoas e lugares o jovem recebe a partir do meio ambiente de sua escola?

Transpassaram os muros da escola, levando a fotografia para a comunidade onde cada um está inserido, trazendo para escola o resultado desta leitura crítica da fotográfica, já com um conhecimento estético e com uma resposta sensível ao lugar. Os resultados foram novas leituras, nova interação de contextos e novas narrativas.

Metodologia Com a finalidade de colocar o aluno em contato com a imagem, a proposta foi trabalhar a partir de três palavras-chaves, são elas: abertura, conexão e poética. Estas palavras tiveram como objetivo, levar o educando a começar a relacionar o tema de composição com o objeto de estudo. O projeto consistiu em uma pesquisa bibliográfica e imagética, que resultou em um estudo de imagens e temas através da internet que foram organizadas esteticamente através do programa Power Point e relacionadas às palavras supracitadas em questão, para apresentação coletiva. O trabalho fotográfico foi realizado após pesquisas de diferentes fotógrafos como Henri-Cartier Bresson, Dorothea Lange, Cristiano Mascaro, Anne Gudes, entre outros. E a partir da exposição de fotos de Sebastião Salgado tendo como tema a Escola: ao ar livre, em campos de refugiados, entre outros (fig.1, 2, 3, 4 e 5):

FIGURA 1: Escola Indígena http://oldmanphotos.wordpress.com/2009/ 08/ 31/ sebastiao-salgado-parte-quatro/

FIGURA 2: Escola para crianças do Movimento Sem-Terra no acampamento de Santa Clara Sergipe, Brasil, 1996 http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976 482

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FIGURA 3: Berço da desigualdade http://alunasleituranabibliodiversidade.blogspot.com.br/ 2011/01/poema.ht ml

FIGURA 4: Escola para jovens que escaparam do recrutamento forçado no sul do Sudão, no campo de refugiados em Kaku ma - Norte do Quênia, 1993. http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976

FIGURA 5: Escola no campo de refugiados de Nahr el-Bared - Região de Trípoli, Norte do Líbano, 1998. http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976

Paralelamente foi feita uma relação de nomes de fotógrafos de diferentes estilos e épocas, para que fosse possível observar como se dá o tratamento da imagem e a identificação das possibilidades do “olhar” e de suas poéticas. Foi proposta para os alunos a escolha de um tema de composição no trabalho fotográfico do fotógrafo em questão, para que posteriormente, com o uso de recursos tecnológicos fosse confeccionado um vídeo com música e texto, para apresentação de sua pesquisa. Gerando dessa forma uma conclusão do trabalho por meio de uma contextualização

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de todo o processo, conectando dessa forma as fotografias tiradas com a música, a temática e o artista que serviu de inspiração para cada aluno. O registro fotográfico aconteceu dentro do ambiente escolar, em áreas externas às salas de aulas, com máquinas digitais e alguns celulares (com permissão da Diretora da escola em questão), sendo tema gerador para realização do trabalho. Foram abordados nas fotografias diversas questões, entre elas as técnicas de composição das imagens fotográficas, demonstrando que a utilização de ângulos diferenciados, traz à composição a explicitação de sua poética, ampliando a dimensão e dando um significado ao seu olhar. O que se pode entender ao que Barthes afirma sobre o punctum: “O punctum de u ma foto é esse acaso que, nela, me punge (mas também me mort ifica, me fere).” (Barthes, 1984 p. 46).

Concluído o trabalho fotográfico, este foi submetido tecnologicamente, ao tratamento de imagens, para a manipulação das mesmas. Com o intuito de aliar a fotografia à tecnologia mas também com o objetivo de gerar novas imagens através de um novo olhar, o “olhar digital”. “O objetivo amb icioso é mostrar o valor cognoscitivo do design”. (Bonsiepe, 2001,p.3)

Da fotografia autoral à remixabilidade Sara Diamond (2003) segundo Santaella (2007, p. 266) afirmou que a cultura remix empresta seus procedimentos de muitos movimentos próprios do modernismo tardio e do pósmodernismo: apropriação, colagem, grafite, mail art, objetos manipulados, fotomontagem, arte pop, arte processual, rascunho de vídeo. E que o remix é uma forma de colagem. Foi neste contexto, que os alunos trabalharam a imagem, c aptada por eles no ambiente escolar. Com a utilização de um software, através da internet, foi possível a manipulação da imagem, como cita (Santaella, apud. p.268) “Na remixabilidade, são os softwares, as interfaces de usuários, o fluxo do design que permitem combinar múltiplos níveis de imagens 484 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


com vários graus de transparência.” Surge então, uma nova forma de olhar. Não existe mais o instante decisivo e podemos discutir a questão de autoria. Com o avanço da tecnologia, os recursos para a produção de image ns, interferências, manipulações de registros documentais, resgate de arquivos esquecidos, tornaram-se disponíveis a qualquer usuário de computador. Essa nova imagem, passa da realidade à ficção, trazendo novas leituras, novos contextos e novas narrativas. (fig. 5 e fig. 6).

FIGURA 5: Fotografia de Sofia Cespedes no âmbito escolar. 2011

FIGURA 6: Sofia Cespedes - Fotografia man ipulada através de software.2011

FIGURA 7: Bruno Nonaka- Foto do âmb ito escolar.2011

FIGURA 8: Bruno Nonaka- Foto manipulada através de recursos de software.2011

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FIGURA 9: Bruno Nonaka – Fotografia de sua autoria dentro do âmbito escolar.2011

FIGURA 10: Bruno Nonaka – Foto manipulada com utilização de software. 2011

Considerações Finais Este projeto concluiu-se, a partir do momento em que saiu dos muros da escola, ou seja, teve uma devolutiva através das fotografias realizadas na comunidade na qual o aluno está inserido, onde ele pôde utilizar os conhecimentos adquiridos nas experiências vivenciadas no ambiente escolar. “Imagens são superfícies que pretendem representar algo. Na maioria dos casos, algo que se encontra lá fora no espaço e no tempo” ( Vilem Flusser, 1985 p. 07).

Após a efetiva elaboração do trabalho, eles apresentaram um portfólio, relacionando as imagens a poesias e também um relatório, com seu depoimento pessoal, relatando o desenvolvimento desta pesquisa e de como esta proposta modificou sua maneira de olhar e registrar fotograficamente. “O poder mág ico, inerente à estruturação plana da imagem, dominaa dialética interna da imagem” (Vilem Fusser,1985 p.8)

Enquanto educadora, pude participar das descobertas, dos acasos que se transformaram em temas, como a interferência de um “pé” de outro colega diante da câmera, aparecendo ao fundo se sua composição, imagem esta que a princípio seria deletada, mas que se tornou uma bela composição. Ou, o dia programado para sair da sala de aula para 486 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


fotografar dentro do ambiente escolar, e o local passa a ser lavado, molhando os espaços que seriam objetos de estudo dos alunos, mas que se transformaram em material de estudos para os mesmos onde uma espuma de sabão cria um efeito abstrato à imagem fotográfica entre outras descobertas. Das inquietações, das buscas por ângulos diferenciados em um espaço físico tão recorrido por seus olhares, que durante muitos anos, fizeram parte do seu cotidiano, pois muitos destes alunos estudaram nesta escola deste as séries iniciais, mas que com a criatividade, cada um deles, transformou em imagens que nos propiciaram novas leituras.

São os signos, as linguagens que abrem as portas de acesso ao que chamamos de realidade. É justamente a linguagem, camada processual mediadora, que nos revela, vela, desvela para nós o mundo, é o que nos constitui como hu manos. ( SANTA ELLA, 2007, p.8).

Como cita LUPTON e PHILLIPS (2008, p.13):

(...) que há várias maneiras de experimentar co m os elementos básicos do design bidimensional co m base em ponto, linha, plano, forma e volu me, mas também cor, transparência e outras características; observando o entorno, diagramando com ferramentas reais e digitais, usando algum programa para criar e manipular imagens (...).

E foi sob esse olhar que estes alunos experimentaram através do registro fotográfico no espaço escolar uma nova maneira de ver e também de expressar sua poética. Ao realizar o ato de projetar, o indivíduo que o faz não somente projeta uma forma ou um objeto mas, necessariamente, também se projeta naquela forma ou naquele objeto.(CARDOSO,1998, p.37). A COR

FIGURA 11: Cyntia Carla Silva M iranda - 2011

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FIGURA 12: Rafaela Rainho Pontes -201

FIGURA 13: Rafaela Rainho Pontes -201

FIGURA 14: Barbara Caffaro

FIGURA 15: M ichelle Almeida dos Santos -2011 488 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


FIGURA 16: Pedro Demarqui- 2011

FIGURA 17: Pedro Demarqui- 2011

A FORMA

FIGURA 18: Sofia Cespedes- 2011

A LINHA

FIGURA 19: Taissa Santos Barbosa - 2011 489 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


FIGURA 20: Yasmin Carvalho Macedo – 2011

A LUZ

FIGURA 21: Daniel Pereira – 2011

A FIGURA

FIGURA 22: Luan Barros de Oliveira -2011 490 Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9


A TEXTURA

FIGURA 23: Luca Juan Souza da Silva -2011

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