Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 6 | nº 964 | outubro | 2012 Caém - Bahia
Tecnologias sociais ajudam a transformar realidade de mulheres no sertão da Bahia Uma casa, e ao lado dela uma bica no telhado direcionada por um cano para uma cisterna de placa de 16 mil litros. No quintal, uma cisterna-calçadão e ao redor um tapete colorido de hortaliças e leguminosas. Do outro lado, um pomar com uma diversidade de frutas da região. Esse é o novo cenário da moradia de dona Isabela, Ednalva e Marines, da comunidade de Inácio João, zona rural do município de Caém, na Bahia. No ano de 2011, elas foram três das 77 famílias que receberam uma tecnologia social capaz de armazenar água da chuva para garantir a produção de alimentos e a dessendentação animal. Mais do que satisfeitas, elas se sentem reanimadas com as possibilidades de viver bem no campo. A rotina destas senhoras tem ganhado Uma nova rotina: D. Isabela aguando a horta novos hábitos e com isto significados recheados por uma dose de esperança. Com a participação no P1+2 e em outros projetos sociais, passaram por momentos de formações e viagens de intercâmbios onde conheceram e trocaram experiências com agricultores familiares. A partir disso, o trabalho empenhado por elas vêm provocando, entre outros resultados, uma nova visão sobre a vida no campo e a importância das famílias da zona rural dos municípios brasileiros para a concretização do desenvolvimento participativo e sustentável no semiárido. Neste Candeeiro, falaremos um pouco da experiência exitosa dessas três mulheres, a partir do acesso ao conhecimento e à água descentralizada com o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), executado pela Unidade Gestora Territorial Cooperativa de Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte com o financiamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) .
A vida pulsa no campo
D. Ednalva na horta dela
Terra, água e Conhecimento não faltam para dona Isabela, Marines e Ednalva. A vida delas pulsa no campo. As três, cada qual na sua terra, além de cuidar das hortas, estão sempre buscando informações para continuarem produzindo alimentos orgânicos. E para garantir uma produção independente do mercado externo, elas estão guardando as sementes dos primeiros plantios. Para elas, o aprender diário com as especificidades climáticas da região Semiárida tem sido uma das mais significativas experiências dos últimos anos. Atualmente, é no quintal de casa que elas empregam toda a sua força para plantarem e
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