Família sobrevive da tradição de fazer beiju

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 04| nº 66| maio| 2010 Serrinha-Bahia

Família sobrevive da tradição de fazer beiju Seu José de Jesus Macedo, 89 anos, é o patriarca da família, viúvo e filho de agricultores, ele conta que junto com os irmãos herdou parte da terra que era dos pais, e quando casou comprou uma outra parte. Hoje ele possui 70 tarefas, no município de Baixa Grande. Dos sete filhos que teve apenas um mora com ele, que é seu Valdomiro, casado com, Dona Marinalva, vive com os quatro filhos Danilo, Ricardo, Márcia e Adriane. A família desenvolve na propriedade diversas atividades, mais o ponto forte é a produção de beiju, passada através de gerações, como conta Seu Valdomiro. Tem 60 anos que a gente lida com Família reúnida na frente da Casa de Farinha beiju, meus pais deixaram e a gente continuou, desde quando casei, há 15 anos, a gente vive disso. Junto com a esposa ele produz toda semana, vende na feira do município e para Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), que repassa o beiju para a alimentação escolar. O beiju de tapioca é o que garante a renda da família, a gente vive disso, também trabalhamos com o beiju colorido, para fazer passa a cenoura e a beterraba no liquidificador, o suco a gente mistura com a goma, dá um colorido tão bonito, mas como é uma coisa nova, as pessoas ainda não estão acostumadas, diz Seu Valdomiro. Com a ajuda de Dona Marinalva, eles plantam mandioca e depois fazem todo o trabalho na casa de farinha, ela ensina como se faz. Primeiro raspa a mandioca, depois rala, mistura no cocho com água, coloca no saco e põe numa prensa para separar a água da massa, depois a gente côa água, e deixa assentar, coloca outra água, deixa assentar de novo, até a goma ficar no jeito de peneirar, não pode ficar úmida demais e nem seca, se não o beiju não resseca. Ela explica que durante a produção do beiju mistura a goma e sal com a própria água da mandioca, que é para dar mais sabor. O litro da quebradinha é vendido de um real e vinte e cinco centavos e o quilo a oito Seu Valdomiro e Dona Marinalva sevando a massa juntos reais, já o saquinho com oito beijus é um real. Além do beiju tradicional, eles fazem o beiju com coco e o beiju viradinho. Seu Valdomiro criou uma caixa para sevar a goma, que ele colocou em volta do triturador para proteger a mão. Alguns dos irmãos que moram vizinhos também trabalham com o beiju em suas casas, mostrando que o beiju é uma tradição de família. Da mandioca eles aproveitam tudo,

Bahia


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