De volta à terra natal Seu Luiz e família, encontram qualidade de vida

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Ano 9 nº1967 Janeiro/2015

Granito Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

De volta à terra natal Seu Luiz e família encontram qualidade de vida

Há dois anos, Luiz Pereira Caldas, 56 anos, voltou à cidade de Granito, em Pernambuco, depois de morar mais de 20 anos em São Paulo. Ao chegar no sitio Venceslau onde cresceu, à pedido de sua mãe que havia sido beneficiada com um barreiro-trincheira se dedicou à plantar. O ofício de agricultor que sempre correu nas veias de Luiz voltou a ser sua paixão e, pensando na qualidade de vida da sua família que ainda morava na capital paulista, trouxe-os para morar na pacata comunidade. “Está aqui significa ter tranquilidade e segurança. Lá em São Paulo tinha muita violência”, conta Seu Luiz. O agricultor que também exerce a profissão de pedreiro, mora com sua esposa Nilza de Oliveira Caldas de 58 anos e seu filho mais novo. Junto com a esposa, ele cultiva próximo ao barreiro-trincheira, feijão, andu, maracujá, acerola, tomate, jerimum, abóbora, banana e macaxeira. Recentemente, a família conquistou mais uma tecnologia de convivência: a cisternacalçadão. Agora, junto com à água que já tem estocada no barreiro-trincheira de sua mãe, Seu Luiz e sua esposa, Dona Nilza, planejam iniciar o plantio de hortaliças e diversificar mais ainda o quintal produtivo.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Pernambuco

“Agora com o calçadão vai melhorar mais. Eu estou começando agora, mas daqui a dois anos aqui vai ser cheio de frutas. Eu quero plantar de tudo aqui e fazer uma agrofloresta. Deixar tudo cheio de plantas”, planeja Seu Luiz. Depois que veio para Granito, a família melhorou sua qualidade de vida como afirma Dona Nilza. “A nossa vida melhorou depois que vim pra cá, porque tenho problema pulmonar e vivia no hospital. Aqui eu ando de bicicleta, ajudo a molhar as plantas e me alimento de muita coisa que a gente planta. Não senti mais nada”, afirma. O casal está agora construindo uma casa próximo ao barreiro e à cisterna-calçadão pretendem aumentar mais ainda a produção, e se possível até vender. “O que a gente planta aqui é para consumo, mas quem sabe se aumentar a produção pode até dá pra vender maracujá e mandioca na feirinha agroecológica de Granito. Se Nilza quiser vender eu garanto de produzir”, propôs sorrindo, Seu Luiz. A renda da família vem do aluguel da casa que têm em São Paulo, dos serviços que Seu Luiz arranja como pedreiro e das coisas que plantam que embora não sejam vendidas, ajudam na economia da casa, já que não é preciso comprar fora. O casal planta e aduba com esterco, faz cobertura morta e combate algumas pragas com calda de nim. Além disso, armazenam sementes de abobora, andu, feijão, gergelim, pitanga, coentro e outros para plantio. A família também produz mudas, de árvores nativas e frutíferas para plantio na propriedade. “As mudas que estou fazendo agora é para plantar, mas vou fazer um bocado, depois se o pessoal quiser comprar eu vendo”, diz.

Dona Nilza e Seu Luiz plantam frutíferas e legumes no quintal produtivo.

Realização

Apoio

O Casal estoca sementes para plantar no inverno e também para produzir suas próprias mudas.


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