Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 5 | nº 84 | Julho | 2011 Cachoeira do Pajeú- Minas Gerais
Trabalho Coletivo é o Combustível na Luta pela Terra Um pedaço do céu em forma de uma maravilhosa fazenda repleta de muita fartura. É isso o que se encontra ao atravessar a porteira que fica a 500 metros da cidade de Cachoeira do Pajeú. Desde 1992 o sítio situado ali é o destino de muitas famílias que por muito tempo adiaram o sonho de ter um pedaço de terra para plantar. Há 18 anos, o Padre Sérgio Stroppiana, na época recém-chegado ao município, buscava uma solução para as várias famílias que não tinham uma atividade que desse renda e sustentabilidade àquela paróquia que o acolheu com tanto carinho. Mas não bastava ter uma ideia, era importante construir as possibilidades junto á população. Integrantes da AGRICAP em frente á farinheira após o mutirão Padre Sérgio passou a fazer reuniões após a missa para consultar seus fiéis que tanto lhe pediam socorro. Foi durante essas reuniões que ele percebeu que seus fiéis não precisavam de esmolas, mas a demanda era por terra, para que aquelas pessoas pudessem produzir e ter condições de uma vida digna. Seu Valdemar, um dos agricultores e ex-presidente da associação, afirma que comprar e principalmente manter uma terra é algo muito caro e difícil para famílias humildes como a dele. Foi com um projeto escrito por Padre Sérgio para a comunidade europeia que se conseguiu o dinheiro para a compra do pedaço de terra de cerca de 116 hectares, que foi batizado de Sítio Maravilha. Em conjunto, os primeiros integrantes do grupo de agricultores de Cachoeira do Pajeú decidiram que não seria interessante que as famílias morassem no sítio. Seria melhor continuar a morar na cidade, onde teriam mais facilidade de acesso á educação e saúde e manter o sítio através de uma gestão compartilhada. Era preciso que todos ajudassem a tomar as decisões e ao mesmo tempo se responsabilizassem pelos cuidados com o sítio. A horta é um belo exemplo do trabalho coletivo
Minas Gerais
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