Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Projeto Piloto
Ano 1 | nº 07 | novembro | 2008 Castelo do Piauí - PI
A conquista da independência Cajuína garante renda para mulheres agricultoras da comunidade Livramento
Em Castelo do Piauí existe uma comunidade onde as mulheres fazem a diferença. Mulheres que até que podiam estar só cuidando da casa e da família, mas elas queriam mais. Queriam um trabalho digno e uma boa renda no final do mês. A comunidade Livramento, que fica a 18 quilômetros da sede do município, é assim: lugar de mulher batalhadora. Tudo começou quando a família do marido de dona Francisca Alves Melo foi morar na comunidade e deu início a uma imensa família. Até então, todos se dedicavam à agricultura cultivando produtos como o arroz, feijão, legumes, verduras, milho e mandioca; e criando animais como bodes e algumas galinhas para o consumo próprio.
Algumas das mulheres batalhadoras do Livramento
O início das mudanças na comunidade começou com a filha da dona Francisca, a Raimundinha. Desde pequena, ela sempre foi muito esforçada. Mesmo quando não havia luz elétrica ela estudava a luz da lamparina para um dia ser alguém na vida. Até que se formou professora e começou a ministrar aulas para os moradores da comunidade mesmo sem estrutura e sem material didático. Essa força foi reconhecida por um parente da família que falou para Raimundinha sobre as vantagens de se criar uma associação comunitária para que a comunidade fosse beneficiada com muitos projetos. Foi quando os moradores se reuniram em assembléia para criar a Associação de Desenvolvimento Comunitário da Comunidade Livramento. A partir da criação da associação, os moradores puderam ser beneficiados com o curso de fabricação da cajuína, para aproveitar o potencial da região, que é o plantio do caju. No curso foram fabricadas 25 garrafas de cajuína que foram comemoradas com uma grande festa pela comunidade. Festa que serviu também para a comercialização de tudo que foi produzido. Cajuína Castelina pronta para a venda
Entretanto, a comunidade não tinha um local próprio para a fabricação do produto. No primeiro
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