Uma troca que deu certo: a conquista a terra e da água possibilitando a produção e alimentos

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Pernambuco Paraíba excedente é vendido na própria comunidade. Com o dinheiro da venda, eles podem comprar outros alimentos para complementar a alimentação da família. Seu Zé diz que agora a sua família tem água e alimento saudáveis.

Zé Quitério e Maria Luiza com os filhos e o sobrinho

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

| |nº 72 | abril | 2011 Ano Ano 3 | nº524 Setembro | 2009 Jataúba - PE SolâneaParaíba

Uma troca que deu certo: a conquista da terra e da água possibilitando a produção de alimentos

Eles também cultivam frutas como jaca, umbu, graviola, maracujá, banana, pinha, laranja, caju, manga, mamão, abacate e acerola.

Essas frutas são usadas para complementar a alimentação da família. São tantas frutas que Seu Zé e Dona Maria sentem a necessidade de começar a beneficiar o que sobra, produzindo polpas e sucos das frutas. A família também continua com a roça onde cultivam milho, feijão e fava, utilizando as sementes guardadas de anos anteriores em garrafas pet. Além da cisterna-calçadão, utilizam outras fontes de água como a cacimba e um tanque de pedra, para dar de beber aos animais e aguar as hortaliças, economizando assim a água da cisterna. Possuem ainda uma pequena criação de animais, como galinhas, porcos, cabras e ovelhas. Esses animais servem como uma renda extra, uma poupança, quando precisam comprar alguma coisa como um remédio, podem utilizar o dinheiro da venda dos animais. Hoje Seu Zé, Dona Maria e os filhos vivem com o dinheiro da venda das hortaliças além do salário de Dona Maria que há alguns anos passou em um concurso da prefeitura de Jataúba e trabalha como merendeira em uma escola do município. Ela também continua vendendo as peças de renascença que produz. A família não se arrepende de ter trocado a casa da Vila do Jacu pelo Sítio Sobrado, pois é nesse local que se estruturaram, onde buscam viver em harmonia com a natureza e continuam sempre buscando novos conhecimentos que tragam melhorias para eles e outras famílias da comunidade. Hoje Seu Zé de Quitério é presidente da Associação dos Pequenos Agricultores de Sobrado. Ele diz que sempre teve um bom relacionamento com as famílias, mas que agora está bem melhor.

ARTICULAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

O casal Maria Luiza e Zé Quitério trocaram a casa da vila pelo terreno onde hoje vivem e produzem alimentos

Há mais de 20 anos, Maria Luiza da Silva morava na Cachoeira do Jacu e José Quitério da Silva era morador na comunidade Sítio Sobrado, em Jataúba, município de Pernambuco, quando se casaram e foram morar na Vila do Jacu. Lá eles passaram três anos, tempo em que o agricultor trabalhava de alugado, brocando mato, e Dona Maria fazia renda de renascença para conseguir o sustento da família. Nessa época nasceu o primeiro filho do casal, Gildo, que hoje tem 21 anos. Mas o casal sempre teve desejo de viver no Sítio Sobrado, pois onde eles moravam não havia espaço para terem sua própria plantação. Foi quando uma tia de Seu Zé de Quitério, que morava no Sítio Sobrado e queria morar na Vila, propôs trocar de casa com eles. O agricultor não pensou nem duas vezes e fez a troca, voltando a morar no sítio com Dona Maria e Gildo, pois ele disse que se sentia um peixe fora da água quando morava na Vila.

Paraíba1 Pernambuco


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