Tecnologia social garante renda para família em General Sampaio

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Ano 8 • nº 1547 Novembro/2014 General Sampaio Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Tecnologia social garante renda para família em General Sampaio Família utiliza de cisterna de enxurrada para garantir o sustento familiar mesmo com o Estado passando por uma das maiores estiagens da história.

O agricultor familiar Antônio Damião Alves, 42 anos, a esposa Maria do Socorro Bento Alves, 37 anos, e os filhos (cinco mulheres e um homem), têm conseguido conviver com o semiárido apesar do Estado do Ceará passar por uma das maiores secas da história levando em conta o registro de chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Morador da comunidade de Morada Nova, em General Sampaio, ele garante que não saberia como poderia ser a vida se não fossem as cisternas de produção e a de água de beber. “Primeiro ganhamos uma cisterna para a água de beber feita pela igreja, aí quando ganhamos a cisterna grande feita pelos meninos da Fetraece e os outros que ajudam, minha nossa senhora, Foi bom demais! Não sei nem como dizer o tamanho da ajuda, mas tem mudado nossa vida”, enfatiza Antônio Damião.

“depois da cisterna estamos até mais unidos, cada um faz uma coisa” O quintal produtivo criado a partir da construção da cisterna de enxurrada tem sido o responsável pela renda de toda família. Todos os membros trabalham no regime familiar, cada um tem uma função dentro do processo de produção. “Todo mundo ajuda, depois da cisterna estamos até mais unidos, cada um faz uma coisa”, aponta o Agricultor.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará

A construção da cisterna de enxurrada fez com que o agricultor Damião Alves e a esposa Maria do Socorro Bento, casados há 23 anos, conseguissem realizar um antigo sonho. Após a implementação do quintal produtivo, eles não trabalham mais para nenhum patrão. O trabalho foi divido de forma organizada, atribuindo responsabilidades, maximizando a produção. “Eu e minha esposa plantamos os canteiros, nossos filhos agoam e colhem. Aí eu vou vender na nossa comunidade e em outros pontos do nosso município”, afirma Damião. Mas só é possível a produção constante graças à capacidade de 52 mil litros da cisterna e a proximidade do Rio Curu, que fica há 400 metros de distância de onde foi instalada a tecnologia de segunda água. “A cisterna é grande, o que ajuda muito, mas ficar perto do Rio tem sido essencial, pois mesmo com muita dificuldade, quando ela tá com pouca água, conseguimos encher ela”, garante o Agricultor. Com o trabalho exclusivo no quintal produtivo, a família consegue vender cerca de 300 molhos de cheiro-verde (coentro e cebolinha), entre outras culturas como pimenta, pimentão, tomate, banana e batata-doce. Além da renda conquistada com a produção, eles não precisam comprar diversos produtos, o que possibilita um duplo favorecimento econômico para a família. A família Alves também tem uma grande preocupação com uma vida saudável, com isso, nenhum tipo de agrotóxico é utilizado no quintal produtivo. O não uso de veneno mostra que o conhecimento repassado durante os cursos que antecederam a implementação da tecnologia foi bem absorvido pelo agricultor e a família dele.

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