Jovem do Semiárido abre trilhas por oportunidades

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Ano 8 • nº 1851 Outubro/2014 Riachão do Jacuípe Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Jovem do Semiárido abre trilhas .por oportunidades Anderson Flancklin, agricultor, 20 anos, morador da Comunidade de São Lourenço, em Riachão do Jacuípe, seria um jovem como qualquer outro se ele não buscasse trilhar por oportunidades, na maioria das vezes, criados por ele mesmo. Anderson valoriza suas experiências, abre caminhos antes inexistentes, explora novos conhecimentos, define objetivos e dá o primeiro passo. “Era 3º ano do ensino médio e fui imprimir um trabalho sobre horticultura e a dona da gráfica me falou sobre uma seleção para formação de jovens rurais como eu, e disse que estava sendo desenvolvida pelo MOC”, começa assim a narrar sua experiência como futuro integrante do Programa de Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR), uma das diversas oportunidades abraçadas por ele. “Passei por uma seleção bastante concorrida. Fiquei entre os primeiros colocados, mas não fui selecionado. Liguei e me explicaram que seria difícil o custeio do transporte de só um jovem para Feira, já que era o único selecionado do município de Riachão”, lembra. Engana-se quem pensa que Anderson se conformou com a decisão. Ele insistiu. “O pessoal do projeto gostou tanto da minha postura em ter corrido atrás da vaga, que marcou nova seleção só para jovens de Riachão. Foi quando mais quatro foram selecionados e nós cinco ingressamos no PEJR”, conta. O Programa foi iniciado em 2001 oferecendo uma formação complementar à educação formal, tendo como público-alvo jovens rurais, com idades entre 16 e 29 anos. Intercalando teoria e prática e com a participação da família, mesmo antes de concluir sua proposta de negócios, denominada no curso como “projeto de vida”, Anerson passou na seleção do Programa de Águas e Segurança Alimentar, como monitor do curso de Gestão da Água para a Produção de Alimentos (GAPA) e de Sistema Simplificado de Manejo da Água (SISMA), passando a prestar serviços ao MOC e à Apaeb Serrinha.

“Apesar da dificuldade de conciliar tudo e antes da conclusão do PEJR e com o dinheiro recebido nas monitorias do Gapa e Sisma, coloquei em prática meu projeto do curso que fiz pensando na criação de galinhas caipiras”, conta complementando que logo em seguida comprou seu primeiro lote com 200 pintos e teve lucro com a comercialização deles vivos. Não para aí. Novos caminhos são abertos por Anderson. Ao concluir o curso em 2012, fundou a Cooperativa de Jovens Empreendedores Rurais (Coopjer), junto com a primeira e segunda turmas do PJER, com apoio do MOC e da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familia (Unicafes). Hoje, atua como presidente da Cooperativa. “O programa de juventude do MOC corria o risco de enfraquecer com a retirada do financiamento do Instituto Souza Cruz nos deixando preocupados de como discutir juventude em nossos territórios. Sabemos que muitos municípios dentro do nosso território discutiam suas realidades e todas diferentes, daí a idéia de se constituir a Cooperativa e fortalecer a discussão”, diz.


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