Ano 8 • nº1810 Setembro/2014 Lagoa do Barro
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Uma diversidade em hortaliças e frutas garante alimentação farta e saudável à família de seu Antonino José e dona Antônia Na localidade Aparecida, a 1 km do perímetro urbano do município de Lagoa do Barro, Piauí, está localizado o quintal produtivo de seu Antonino José e dona Antônia, Um local que enche os olhos de quem o descobre em meio ao cenário cinza de um longo período de estiagem, um quintal totalmente verde que reluz esperança pra quem vem aprendendo a conviver com a seca. Casados há 20 anos, pais de 5 filhos: Alcimar, Renato, Mislane, Daiane e José Daniel, sempre viveram da agricultura. Conta seu Antonino, que muitas vezes teve que se ausentar de sua casa para trabalhar, deixando sua família com uma certa tristeza, mas era a única forma que ele via de poder pagar suas contas e sustentálos. “Sempre tive que ir para São Paulo, para poder juntar dinheiro e pagar minhas contas, já que minha família é grande e não tínhamos renda o suficiente para sustentá-los”, relata o mesmo. “Mas, o meu sonho é aqui, é isso aqui. Fiz esse quintal para acrescentar na renda e alimentar minha família, tenho fé que eu não precise mais voltar para São Paulo”, afirma com bastante animação. Seu Antônio José é um exemplo de quem faz e acredita que é possível produzir com qualidade de vida no Semiárido durante o ano inteiro.
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí
“Comecei plantando um pezinho de melancia, outro de abóbora, de laranja e depois fui crescendo plantando o que eu sentia vontade de colher no meu próprio quintal”, afirma seu Antonino. Na sua plantação, os canteiros em forma de giral se destacam pelo belo verde das folhas de coentro e pela alta produtividade. O mamão é outro que enobrece o quintal, já que são mais de 20 pés, ele proporciona um boa renda. “Saio pra vender o mamão, não passo mais que 20 minutos na rua, a população vem e compra tudo, é uma festa”, conta dona Antônia. É uma variedade e tanto no quintal tudo livre de agrotóxicos, onde encontramos entre outros: o coentro, a cebolinha, alface, banana, laranja, goiaba, pimentinha, limão, mamão, melancia, melão, abóbora, cana de açúcar, coco. Se antes se acreditava que a vida e o trabalho na cidade grande poderiam melhorar a condição das pessoas, hoje seu Antonino e dona Antônia comprovam o contrário, que é possível e prazeroso viver do que a terra do Semiárido nos dá. É uma atividade que envolve toda a família e que passa por gerações. "Os meninos estudam de dia e, nos horários livres, nos ajudam na horta. É isso que eu esperava pra eles. Construindo um futuro perto da natureza e longe da insegurança da cidade grande",diz Antonino, experiente no assunto. Com a chegada dessas tecnologias, além de prover água e alimento de qualidade e diversificar a renda da família, também criou um novo significado de relacionamento com a terra. "A cisterna de 16 mil litros, a primeira água, veio para melhorar a qualidade de vida e a saúde de minha família, pois é dela que bebemos e cozinhamos, já são 11 anos que a mantemos e nunca precisamos abastece-lá por outro meio, a não ser com a água da chuva”, conta dona Antônia O casal, que faz a irrigação através da água de um poço artesiano, se anima com a chegada de mais um tecnologia, a segunda água do Programa Uma Terra e Duas Águas(P1+2), para aumentar sua produção, já que terão água bem mais próxima de sua casa e própria para irrigar.
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