Ano 8 • nº1681 Agosto/2014 Crato Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Na Chapada do Araripe a produção e a colheita andam juntas o ano todo: Hortaliças, Pequi,Fava’Danta. Na chapada do Araripe, município de Jardim no Cariri, Ceará, conhecemos Seu Francisco, 39 anos Agricultor, conhecido popularmente como Nego Viu, casado com dona Francileide, 41, mora no Sítio Veríssimo desde criança, lugar aconchegante pelo clima o ano todo. Eles nos chamaram a atenção pelo jeito descontraído de levarem a vida com muito humor e humildade. Dona Francileide, uma mulher muito sorridente e trabalhadora, se esforça bastante para dar conta das atividades diárias. O casal não tem filhos, cuidam com muito prazer e orgulho do seu quintal produtivo e da colheita da Fava D'anta e o Pequi. Seu Francisco nos falou da dificuldade de acesso à água antes de receber as tecnologias, tinha que buscar água em um jumento a quase três quilômetros da casa em uma fonte no sopé da Chapada. Quando foi beneficiado na primeira água tudo mudou por aqui, começou o cultivo de frutas, legumes, e hortaliças. Há um ano e meio recebeu uma visita dos técnicos do Instituto Flor do Piqui, em seguida participou das capacitações e orientações técnicas, e logo foi beneficiado com uma cisterna- enxurrada através da parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará
A produção de verduras sem o uso de agrotóxicos já vem sendo usado há algum tempo mesmo sem maiores conhecimentos da técnica. As hortaliças como pimentinha, coentro, cebola, e alho são preparadas diariamente pelo casal para serem comercializadas mensalmente na feira livre da cidade Juazeiro do Norte. O cultivo, sua estufa planejada e preparada por ele nos faz ter a certeza do amor do casal pela produção de hortaliças, e sem contar que na propriedade tem plantios de maracujá, banana, e abacaxi, criam porco e galinha que servem tanto ao consumo da família quanto à comercialização. Durante todo a colheita podemos ver a grande produção pelo no terreiro da casa. Durante o mês de maio a julho seu Francisco e dona Francileide se desdobram para aproveitar ao máximo a safra do pequi e fava. O agricultor tem acesso livre na área de preservação ambiental para fazer a sua colheita, isso só vem a facilitar o trabalho em coletividade de 10 ou mais pessoas, conseguem colher mais de 200 mil toneladas por ano. O processo da produção se dá à parte. Da colheita até o ensacamento para exportação, esse processo dura até 90 dias. “Sou muito feliz de viver aqui no campo, a liberdade que sinto não tem preço, na cidade mandamos só na nossa casa, temos uma sensação de vida limitada, prisão, aqui é outra sensação, o que eu quero plantar eu planto o tanto que quero, por isso me sinto feliz e realizado aqui, a terra com água para plantar é tudo, só saio daqui morto”, diz seu Francisco Augustinho.
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