Ano 7 • nº1860 Julho/2014 Curimatá
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Trabalho duro e força de vontade são sinônimo de
mesa farta para agricultores do Piauí Andar pelo semiárido piauiense e ver que a vida dos agricultores e agricultoras está mudando é uma realidade hoje em dia. Na comunidade Olho D'Água, a 12 km do município de Curimatá – Piauí, um casal de agricultores é exemplo de força de vontade e trabalho duro. Depois de muito sofrimento caminhando quilômetros para encontrar água, hoje Manoel e Delvani falam com orgulho das melhorias que conquistaram após serem contemplados com as cisternas do programa de convivência com o semiárido da Asa Brasil, executado em Curimatá pela Obra Kolping do Piauí. “A um quilometro e pouco de distância a gente pegava água pra beber com uma lata na cabeça e um carrinho de mão. Ai, graças a Deus, veio a primeira cisterna que foi onde nós melhoremos mais o sofrimento. Mas graças a Deus agora com essa segunda água ai é só alegria. Nós tem a nossa hortinha aqui, a renda aumentou pra nós, a mesa é farta pra nós e pra nossa família, é só alegria”, disse Seu Manoel com um sorriso no rosto. Mesa farta na casa do Sr. Manoel e D. Delvani
Cisterna trouxe melhoria de vida para a família do Sr. Manoel
No início Dona Delvani conta que teve um pouco de resistência do marido para aceitar a cisterna do programa P1+2, mas que tudo se resolveu com uma boa conversa e incentivo. O casal, que tem dois filhos, nunca teve medo do trabalho e essa seria uma ótima oportunidade de melhorar a vida da família. “Quando chegou essa grande ele ainda não queria pegar. Disse que ia dar muito trabalho. Ai eu disse assim: ‘pois trabalhe, se a gente não trabalha a gente não tem nada’. Até que ele resolveu. Ai a gente fizemo esses canteiro, plantemos e ta ai. Tamo vendendo graças a Deus’’, ressaltou Dona Delvani. O casal iniciou a plantação há um ano e, hoje, já possui uma grande variedade de frutas e verduras, além de alguns animais. Os produtos são comercializados na feira do município e também por encomenda. Antes das cisternas chegarem, a família vivia apenas das diárias de pedreiro que Seu Manoel ganhava quando aparecia trabalho. “Aqui por semana eu tiro na faixa de uns 150 reais por semana. Tenho cebola, alface, tomate, pimentão, cenoura, couve, cana, banana, abóbora, melancia, capim de corte pro gado, mamão. Antes
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí
eu tinha só um poquim de gado agora depois da cisterna eu consegui os porco, a galinha, aumentei minha produção porque a água aumentou graças a Deus’’, destacou Seu Manoel. O agricultor conta ainda, com humor, um episódio vivido por seu filho depois das melhorias na vida da família. “Eu trazia 1 quilo ou 2 de tomate da cidade, antes da gente chegar pro almoço os meninos já tinham comido tudo. Hoje meus fii vem aqui ó e traz a baciinha e leva tomate, almoça, janta, tudo. A coisa que eu achei mais interessante foi ele um dia aqui, tava lá com um prato de cuscuz e eu tava aqui alimpando os canteiros ai ele 'pai eu vou comer é cuscuz com tomate', eu disse 'não meu filho, pelo amor de deus, ai também já é demais'. Ai eu falei, 'pois leva os tomate, mas você vem comer aqui pra mim ver essa comida sua'. Então eu disse, olha ai como melhorou. Minha vida aqui melhorou 100% depois disso aqui, 100%”, contou Seu Manoel com um sorriso largo “Se não fosse a Obra Kolping nós não tinha realizado esse sonho porque isso aqui tava praticamente abandonado. Hoje ta ai o sucesso. Agradeço a Obra Kolping. Gostei muito!”, finalizou Seu Manoel com emoção. Residência do casal de agricultores ladeada pelas cisternas da P1MC e P1+2
Casal exibe com orgulho o resultado de seu trabalho
Canteiro fruto dos benefícios trazidos pela cisterna calçadão
Balança feita com pratos e sal utilizada para pesar os produtos comercializados
Realização
OBRA KOLPING DO PIAUÍ
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