Quando a gente canta alegria, o Semiárido se transforma

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Ano 8 • nº 1625 Junho/2014 Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Caturama/Bahia

Quando a gente canta alegria, o Semiárido se transforma “Quando a gente canta alegria A força da canção explode se irradia É como a luz do sol, sendo a luz da gente, sendo a luz do dia, Ô oi felicidade, eu quero andar na vida Namorando você por todos os caminhos onde descobri Que apesar de tudo o meu povo sorri, Ô oi felicidade...” Gonzaguinha

Assim é o encanto e a alegria de Joana Maria Oliveira, dona de um sorriso encantador e um olhar cativante, a agricultora representa a força e a delicadeza do povo sertanejo que mesmo nas dificuldades não perdem a esperança e são capazes de enxergar as riquezas e potencialidades da região Semiárida. Riquezas estas encontradas no belo quintal produtivo que dona Joana cultiva com todo o amor juntamente com seu esposo Manoel Messias. Um quintal cheio de vida, fruto da luta e da persistência de dona Joana que ao conquistar sua cisterna de produção viu seus sonhos se transformar em realidade. A paixão e o cuidado com as plantas era tão grande que mesmo antes de ter uma


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

cisterna, dona Joana carregava água de longe para molhar as plantas em volta da sua casa que para ela é motivo de orgulho. A conquista da tecnologia não trouxe apenas 52 mil litros de água, mas a esperança de uma vida melhor. “A cisterna é muita boa, eu adorei, de invenção pra mim não tem outra não, eu chego arrepiar porque eu gosto muito de plantar as coisas, aquelas plantas de casa foi tudo pegando água na cabeça, e até hoje cuido de todas as plantas com o maior amor, não tem presente melhor no mundo do que uma planta”, afirma dona Joana. “Ô oi felicidade”, e é essa felicidade que a agricultora expressa ao mostrar a riqueza que possui no seu quintal, tem mandioca, abóbora, maxixe, cana, batata, andu e mamão, é a agricultura familiar garantido a segurança e a soberania alimentar no sertão, tem também as frutíferas, coisa linda de se ver; jabuticaba, abacate, caju, laranja, abacaxi, acerola, manga e goiaba, são as sementes que frutificam na região Semiárida. “A gente vende muita coisa lá em Caturama, o pessoal gosta porque sabe que não uso veneno, a verdura que tem veneno perde rápido, eu vendo coentro, alface, cebola, rúcula, abóbora, tudo a gente tenta com força de vontade”, pra mim a cisterna foi beleza, a gente não compra quase nada, eu tenho muito medo de veneno, tudo a gente tenta aproveitar, às vezes faço um doce de mamão e dou de presente para os vizinhos”, conta dona Joana cheia de orgulho do seu quintal. Dona Joana cultiva aos arredores da sua casa um verdadeiro tesouro, não há quem passe pela comunidade Lagoa da Tataira sem se lembrar do quintal cheio de vida da família da agricultora. O colorido das suas verduras, frutíferas e plantas ornamentais é como “a luz do sol sendo a luz da gente, sendo a luz do dia”; é isso que transforma o Semiárido num espaço rico em oportunidades e pleno em alegria, pois apesar de todas as adversidades o povo sorri.

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