Cisterna-enxurrada: uma mudança na vida de Dona Cecília

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Ano 08 • nº1448 Janeiro/2014

Macajuba Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Cisterna-enxurrada: uma mudança na vida da família de dona Cecília Na comunidade de Iramaia, município de Macajuba, mora dona Cecília Fonseca da Silva e sua família. Até pouco tempo eles viviam basicamente da agricultura de sequeiro cultivando mandioca, feijão, milho, abóbora e outras, mas com a falta de chuva dona Cecília diz que tudo o que plantou morreu. Em 2013 a família recebeu uma cisterna de enxurrada de 52 mil litros pelo Projeto 'Mais Água' – uma parceria entre a Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa e o Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. A cisterna de enxurrada é uma tecnologia implantada na região com objetivo de coletar água da chuva para produção de alimentos.

“Esse projeto é muito bom, pois além de a gente receber muitas informações, ainda viaja para conhecer outras experiências”, fala dona Cecília. Com a cisterna de produção a família recebeu 04 canteiros econômicos para produzir hortaliças. Esses canteiros são feitos com paredes de tijolos, revestidos por dentro com uma lona plástica e um cano PVC com furos é responsável pela distribuição da água na terra já preparada com adubo. É uma tecnologia simples, de baixo custo e adaptada à região semiárida por utilizar pouca água. Dona Cecília fala que “com os canteiros feitos dessa forma não precisa molhar todos os dias e economiza muita água. Aqui só molha a cada 03 dias e quando está muito quente a gente joga um pouquinho de água por cima dos canteiros”.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

A família diz que a alimentação melhorou bastante, pois hoje eles cultivam coentro, cebolinha, alface, beterraba, couve, tomate e cenoura, embora a produção seja ainda pequena. “Antes, o pouco de hortaliças que a gente comprava era na feira e quando chegava em casa já estava tudo sem vida e quase seco - agora quando a gente quer uma verdura vai aos canteiros e tira”, relata dona Cecília. Uma pequena parte dessa produção já está sendo comercializada na feira da cidade, nas barracas dos amigos. Dona Cecília diz que aprendeu muitas coisas nas capacitações sobre como fazer defensivos naturais para lagarta e pulgão e composto orgânico para colocar nos canteiros. “Antes eu colocava o esterco direto nos canteiros, mas aprendi que é necessário deixar curtir antes de colocar nas plantas”, conta ela. Outro fator importante são as visitas dos animadores nas casas, pois “quando tem algum problema na horta os meninos nos orientam como resolver e isso é muito importante pra gente”, diz ela se referindo aos animadores do projeto. “Antes a gente tinha vontade de plantar alguma coisa, mas não tinha água; hoje tem a cisterna e está cheia então agora não falta mais água para produzir” diz ela com um doce sorriso.

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