"Ele forma as hortas e eu planto"! Zefinha e Diáis - A Mudança depois da Cisterna

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 9 • nº 1748 Junho/2015

Divisão do trabalho

Campo Redondo

Para manter o trabalho do manejo no quintal, os trabalhos de casa e do roçado Dona Zefinha e Seu Diáis tem sua divisão do trabalho organizada, e também contam com a ajuda dos filhos nas vendas na barraca. Ela conta sobre a divisão do trabalho com o companheiro e o cuidado na produção: “ele é quem toca também sabe? Ele é quem ajeita quando tá cheio de mato, formas as hortas, É ele e eu. É nós dois. Ele faz o mais pesado e eu faço o mais simples. Ele forma as hortas e eu planto! Quem vende é os dois. Os meninos também: meus filhos quando tão por aí, porque ele também trabalha na agricultura, descreve.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

“ELE FORMA AS HORTAS E EU PLANTO”! ZEFINHA E DIÁIS - A Mudança depois Cisterna Calçadão

Josefa

Maria de Oliveira Galdino, mais conhecida como Zefinha, e Francisco Galdino de Oliveira, conhecido como Diáis, são casados a 35 anos, tem 9 filhos, e moram na comunidade Serra do Doutor I, no município de Campo Redondo, no Semiárido Potiguar. Quem passa pela BR 226 é provável já ter conhecido o casal, que, juntos com seus filhos, comercializa os produtos da agricultura familiar há mais de 30 anos.

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Dona Zefinha relembra do início do costume de vendas na rodovia:

Guardar as Sementes – para quando a chuva faltar A dificuldade ainda é a falta de chuvas. Atualmente, o casal compra água para poder encher a cisterna, mas agradecem a oportunidade de ter um reservatório com a capacidade de guardar 52 mil litros, para aguar sua horta e o plantio de frutas. Mas aguardam ainda com muita esperança ver a cisterna cheia da água da chuva: “tá sendo mais difícil porque tem que colocar água, porque não chove né? Tem que colocar água pra conseguir as plantação!!! Eu juntei uma base de mais de 2 quilos de sementes. A derradeira eu plantei e já tá pra nascer: três hortinha ali nascendo. Essa semana eu plantei uma e já tem outra estourando. Já foi da semente que eu já produzi aí....... agora deu essas chuvinhas, mas não é um inverno por completo. Dá aquela chuvinha, anima qualquer coisa, quando pensa que não... E no caso da água parece que vai ser preciso sempre botar água nela. Deus querendo que dê uma chuva... como anteriormente a três anos atrás”, conta.

Apoio Realização

“Quando nós cheguemos não tinha essas barracas não, tinha uns menino de fora que chegava com umas baciazinha de pinha embaixo dos pés de Jurema, ali mesmo ficava e oferecia os carros”. Seu Diáis conta como o casal começou a comercialização nas barracas “o primeiro que botou barraca aqui foi eu. A gente começou vendendo uns umbuzinho. A pinha chegava aqui mês de maio, mês de junho né? Tinha muita pinha aqui antigamente.. manga, sempre tinha coisa pra vender”!

A maioria da produção vem da própria região e da vizinhança na comunidade. De quem compram e vendem diversos tipos de frutas verdura, legumes, ovos etc. Mas, dificilmente, a família podia vender sua própria produção, devido a falta d'agua. Onde teria a oportunidade de produzir agroecologicamente, com menos custos e podendo obter mais lucros na comercialização, já que não precisaria comprar de terceiros o que comercializava.


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