THDI@IPCA Artur Branco about Nigel Cross

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Mestrado em Design e Desenvolvimento do Produto 2011/2012

Teoria e História do Design Industrial Análise do texto “The coming of postindustrial design” de Nigel Cross

Trabalho realizado por: Artur Branco

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Índice Sumário

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Nigel Cross

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“the coming of post-industrial design”

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Conclusão

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Sumário Neste trabalho fez se a análise de um texto acerca das metodologias do design usadas e descobertas até 1980 com uma pequena sugestão do que poderá ser o futuro das metodologias do design assim como a sua influência na sociedade. Essa análise é levada a cabo a partir de um texto de Nigel Cross que traça vários paralelismos ao longo do texto para melhor compreensão da temática em estudo.

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Nigel Cross

Professor de Estudo do Design e chefe do Departamento de Design e Inovação da Faculdade de Tecnologia da Universidade Aberta do Reino Unido. Editor do Jornal “Design Studies”. É um celebrado autor no campo da metodologia do design assim como da percepção do design. Com trabalho prático nas áreas da arquitectura e design industrial, Nigel Cross dedicou-se à pesquisa e ensino do design nos anos sessenta. Os principais temas da sua pesquisa são o desenho assistido por computador, metodologias do design e epistemologia do design. Sendo os seus principais objectivos a percepção do design e a análise dos processos cognitivos e habilidades dos designers através de protocolos e estudos.

CV B.Sc. Architecture (University of Bath). M.Sc. Industrial Design Technology (University of Manchester Institute of Science and Technology - UMIST). Ph.D. Computer Aided Design (UMIST).

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Anรกlise do Texto

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“The coming of post-industrial design” Antes de mais é importante referir que este texto é de 1981 e é preciso interpreta-lo á luz do tempo em que foi produzido mas também traçar paralelismos com a actualidade. Este texto é composto por 4 partes: Introdução; Desenvolvimento; Mudança de Paradigma; e Soluções Futuras. Na Introdução, Nigel Cross, fala-nos da existência de 2 metodologias de design e da existência de um paradigma de alteração de conceitos referindo sempre o jogo de geração (generation game). Refere também a alteração na lógica projectual que esta intimamente ligada às mudanças tecnológicas. O Desenvolvimento do texto está subdividido em vários tópicos, sempre acompanhado por um estudo diacrónico da época em questão. Na 1ª parte Cross ilustra o que é o “generation game” fazendo referencia a um autor e explicando os seus conceitos em contraposição aos do autor. Na 2ª parte Nigel Cross traça paralelismos entre uma metodologia científica e uma metodologia para o design fazendo sempre um enquadramento histórico. Desde o “operational research” usado na II Guerra Mundial até aos princípios de Van Doesburg de “The Stijl” em 1923 onde se vêem influências para a metodologia projectual. A continuidade dos processos e métodos esta praticamente inalterada durante 40 anos apesar dos campos de pesquisa serem novos e necessitarem de uma nova abordagem e metodologias. A evolução das metodologias é depois explicada e organizada em etapas/gerações e fala de um autor que faz esse escalonamento e caracterização, falando até duma característica muito importante para a evolução da metodologia do design como a colaboração. Cross refere depois as falhas das três primeiras etapas de metodologias em que a falta de humanização dos processo e da organicidade das metodologias são causas da falha das etapas e condicionantes do processo criativo e suas metodologias. Na 3ª parte Cross faz uma introdução á mudança de paradigma na metodologia dos processos de design. Fala da vantagem do sistema de etapas/gerações de metodologias e das diferenças na sua implementação e influência. Contrapõe também o paralelismo entre os paradigmas científico e do design. Afirmando que o proteccionismo Modernista é sinal de uma mudança no sistema vigente, ou seja, uma profunda alteração das metodologias. Nunca esquecendo que os textos estão a ser interpretados nos anos 80. Nigel Cross faz referência à crise tecnológica em que as metodologias têm que ser adaptadas para a uma nova realidade em termos de tecnologia e produção. Sendo que as novas tecnologias são um motor para a evolução e criação de um pós modernismo e uma era pós industrial. Cross depois explica o seu conceito de pós industrialismo que está aliado aos avanços 5


tecnológicos explicado na Tabela 1 duma forma bastante interessante e usando uma sigla bastante caricata de “hyper-expansion” (HE) e “sane, humane, ecological” (SHE).

HE (hyper-expansion)

SHE (sane, human, ecological)

Fig.1 (Tabela 1)

Continuando: Cross segue para um novo modelo do processo de design que diz só ser de possível implementação se houver uma mudança social e estrutural que também inclua além dos designers os seus produtos. Criando por isso uma nova metodologia do design através da mudança social, passando de um design industrial para um design pós industrial, em que as maiores diferenças estão ilustradas na tabela 2.

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Fig.2 (Tabela 2)

Para concluir Nigel Cross usa o título de “the seeds of a post-industrial design” para deixar uma serie de indicativos para a mudança de paradigma. Dando duas vertentes para um melhor entendimento das metodologias de design, falando do design participativo e do despertar duma consciência social.

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Conclusão A análise deste texto serviu para melhorar o meu entendimento acerca do aparecimento de processos e metodologias do design que hoje em dia tomo como certos e adquiridos e perceber a dificuldade na sua implementação. Serviu também para ajudar a perceber o rumo que o design dito “contemporâneo” está a levar e reforçar as minhas intenções em relação ao papel da tecnologia nesse futuro, isto é, qualquer avanço seja conceptual ou criativo está intrinsecamente ligado a um avanço tecnológico por mais pequeno que este seja.

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Mestrado em Design e Desenvolvimento do Produto 2011/2012


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