ano XIII | nº 61 | fev/mar 2012 | www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços (só para assinantes)
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Edifício Santo Antônio, centro do Recife / Acácio Gil Borsoi, década de 60
ENTREVISTA
José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC: Brasil além da Copa
INFRAESTRUTURA
Pavimento em concreto ou asfalto? As vantagens de cada um
VIDASUSTENTÁVEL
Geração mista mostra seu potencial
Arquitetos que seguem ideias nascidas nos anos 30 e um emblemático livro de 1976
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SUMÁRIO CAPA | 36
ECONOMIA & NEGÓCIOS
ARQUITETURA Os mestres da arquitetura pernambucana e seus seguidores
62 Expo Revestir tem recorde de estrangeiros interessados no mercado brasileiro 70 Construção encara custos de mão de obra acima da inflação 74 Série Infraestrutura: pavimentos de concreto e cimento 76 Salão Imobiliário de Pernambuco: novos bairros ascendem
ENTREVISTA
18 José Carlos Martins: o horizonte do Brasil não é a Copa do Mundo CADERNO VIDA SUSTENTÁVEL
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Geração de energia com tecnologia cearense
TECNOLOGIA
66 Novidades em refrigeração valorizam empreendimentos
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SEÇÕES 24 RESPONSABILIDADE SOCIAL 28 DIA A DIA NA OBRA 30 PAINEL 34 VITRINE 52|4 BOAS PRÁTICAS 64 COMO SE FAZ COLUNAS 14 SHARE – Asaph Sabóia 16 PALAVRA – Manuela da Fonte 32 TRENA – Etiene Ramos 44 D&A – Ricardo J. Pessoa 50 EU DIGO – Luiz Priori 51 VISTO DE PORTUGAL – Renato Leal 78 CONSTRUIR ECONOMIA – Mônica Mercês 80 INDICADORES/IVV – Danyelle Monteiro
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CARO LEITOR
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reportagem de capa desta edição faz um resgate histórico à obra do arquiteto pernambucano Armando Holanda e ao seu Roteiro para Construir no Nordeste, publicado em 1976. O livro formou uma geração de profissionais que seguiram e ainda seguem as orientações do mestre que bebeu na fonte de arquitetos como Acácio Gil Borsoi, Delfim Amorim e Mário Russo, ícones da Escola Pernambucana de Arquitetura. A reportagem da editora-assistente da Construir NE, Cristina França, mostra que os seguidores deixaram seus traços na paisagem urbana do Recife e continuam a surgir, criando projetos sustentáveis com muita luz, sombra e água fresca e uma identidade cultural própria ao clima da região. Na nossa entrevista principal, o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, fala sobre a Copa 2014 e do seu mérito de ter despertado a decisão política de se investir em infraestrutura no Brasil. Muito será feito, mas ainda há muito a construir e o Movimento Vida Sustentável, idealizado pelo Sinduscon-PE e a Revista Construir NE, em parceria com o Governo de Pernambuco, pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos, defende que seja de forma sustentável, responsável e econômica. Nesta linha, o caderno Construir Vida Sustentável, traz uma entrevista com o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, onde aponta novos ventos para a geração de energia. O mercado não deixa passar e apresenta alternativas que aproximam, cada vez mais, a realidade da geração eólica e solar para a sociedade. O que começa no Brasil, por Abreu e Lima, cidade da Região Metropolitana do Recife, pioneira na implantação de Leds em toda a sua iluminação pública. Ainda nesta edição, apresentamos novidades na tecnologia de refrigeração que vem ganhando espaço nas novas obras como o Shopping Riomar, em construção no Recife, e já são acessíveis para uso doméstico com a difusão do sistema inverter. Novidades também nas tintas que mudam até de cor nas paredes. Apresentamos ainda a primeira matéria da série Infraestrutura que trará, nas próximas edições, abordagens sobre o mercado, tecnologia e mão-de-obra no segmento da pavimentação. Ainda tem mais. É só começar a abrir as páginas. Boa leitura.
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EXPEDIENTE Diretora Geral Elaine Lyra
RCN Editores Associados
Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, Professor Joaquim Correia,José G. Larocerie, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião Bispo e Carlos Valle. Conselho Técnico Professores: Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas PUBLISHER | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br EDITORA EXECUTIVA | Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br EDITORA ASSISTENTE | Cristina França cristinafranca@construirnordeste.com.br REPORTAGEM Recife | Cristina França | cristina@construirnordeste.com.br | Patrícia Braga Ceará | Hugo Renan Nascimento Bahia | José Pacheco Maia Filho COLUNISTAS Danielle Monteiro| Mônica Mercês| Renato Leal | Ricardo Castro REVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo FOTOGRAFIA | Alexandre Albuquerque | José Alves | Divulgação DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO | Samuca PUBLICIDADE Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br construir@construirnordeste.com.br Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste REPRESENTANTES PARA PUBLICIDADE CEARÁ NS&A – Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br SANTA CATARINA | NS&A SC Ana Luisa +55 48 9981.9588 | analuisa@nsaonline.com.br RIO DE JANEIRO | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br SÃO PAULO | NS&A Demetrius Sfakianakis +55 11 3255-2522 | demetrius@mobrasil.com.br RIO GRANDE DO SUL | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br PORTUGAL - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal 351 210329111 | renato.leal@b4.com.pt ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br SECRETÁRIA EXECUTIVA | Pollyanny Chateaubriand pollyanny@construirnordeste.com.br ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br ENDEREÇO E TELEFONES Av. Domingos Ferreira, 890 sala 704 – Boa Viagem – Recife - PE +55 81 3038 1045 / 3038 1046
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AGENDA
CARTAS Quais são as medidas mais eficientes para reduzir o consumo de água em prédios residenciais? O consumo de água em um prédio é a soma do volume necessário para as atividades com o volume desperdiçado, seja por descaso do usuário ou por perdas físicas, devido a defeitos em equipamentos e tubulações. Assim sendo, é importante investir tanto em programas de conscientização dos usuários, quanto em um diagnóstico do consumo de água setorizado do prédio, a fim de detectar vazamentos ou equipamentos com operação inadequada para uma posterior correção. Cada prédio possui uma situação particular que varia em função de diversos fatores: idade, periodicidade da manutenção preventiva das instalações hidráulicas, padrão (jardins, piscina, áreas de lazer) e perfil e nível de conscientização dos usuários. Portanto, é necessário avaliar a situação do prédio para identificar as medidas que surtirão maior efeito em cada caso. É bom lembrar que a redução do consumo de água reflete não apenas na economia de água tratada, mas na economia de energia necessária ao bombeamento e também na redução dos efluentes gerados. *Profa. Dra. Simone Rosa da Silva (PEC/Poli/UPE)
O que tem de especial uma argamassa que serve para proteção radiológica? A argamassa de proteção radiológica é uma argamassa de cimento que possui em sua composição, por exemplo, a barita. A barita (sulfato de bário) é utilizada como agregado para aumentar a densidade da argamassa, impedindo a passagem de radiações. Sua espessura de aplicação depende do ambiente em que haverá utilização de raios X. No mínimo, aplica-se uma espessura de 50mm. *Profa. Dra. Yêda Vieira Póvoas Tavares (PEC/Poli/UPE)
20ª edição da Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção Data: 27 a 31 de março de 2012 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo/SP) www.feicon.com.br Construir Bahia - Feira Internacional da Construção Data: 12 a 15 de setembro de 2012 Local: Centro de Convenções da Bahia (Salvador) www.feiraconstruir.com.br/bahia Brazil Road Expo Data: 2 a 4 de abril de 2012 Local: Expo Center Norte (São Paulo/SP) www.brazilroadexpo.com.br Expoalumínio 2012 - Exposição Internacional do Alumínio Data: 24 a 26 de abril de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo/SP) www.expoaluminio.com.br/ M&T Expo - 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção Data: 29 de maio a 2 de junho de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo/SP) www.mtexpo.com.br/ Holzhaus / Wooden House-Building (feira internacional de design e construção de cabanas e casas feitas de troncos de madeira) Data: 9 a 13 de abril de 2012 www.holzhaus.ru Mosbuild Crocus Expo - Exposição de Construção e Interiores da Rússia e do Leste Europeu Data: 2 a 13 de abril de 2012 Local: Moscou (Rússia) www.mosbuild.com
CARTAS Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
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ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@contruirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS redacao@construirnordeste.com.br Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
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UMA EVOLUÇÃO NATURAL E VIRTUAL Asaph Sabóia
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s amigos leitores, que nos acompanham na grande rede, perceberam que foi lançado, na segunda semana de março, o novo site da revista Construir NE. O Portal Construir NE é muito mais que uma página na Internet. Trata-se de um veículo de comunicação integrado, que funciona como centro aglomerador e distribuidor de conteúdo para nossos internautas. Na hora da concepção do novo site da revista, estudamos todas as formas de alterações e escolhemos montar um portal de notícias que se encaixa com a realidade da Construir NE: crescimento e evolução. Num ambiente 2.0, os portais disponibilizam informações específicas e direcionadas para clientes e parceiros, permitindo que eles possam personalizar aquilo que pretendem ver, fornecendo também novos conteúdos e serviços com base nos perfis de usuários e ações passadas.
Mantendo o mesmo endereço ( www.construirnordeste.com. br), o Portal Construir NE além de ter mudanças estruturais, trouxe também modificações em seu formato noticioso. Matérias mais leves e sempre ilustradas, layout clean e interatividade aparecem na nova página. Seguindo o conceito da importância do relacionamento na comunicação, tema principal desta coluna na edição passada, o Portal Construir NE conta com outra inovação: a possibilidade de você poder comentar diretamente as matérias publicadas por nossa equipe. Além de estreitar o nosso relacionamento, é uma forma de compartilhar as experiências e utilizar esses comentários como pautas para futuras publicações. O caderno Vida Sustentável ganha uma seção especial, reforçando o compromisso da Construir NE com a sustentabilidade. O portal de notícias da Construir Nordeste é mesmo uma evolução natural de uma revista que não para de crescer... Aguardo os comentários de vocês.
FÓRUM NO PORTAL
SE LIGA NA DICA
A sustentabilidade é um conceito defendido, trabalhado e valorizado por nós que fazemos a Construir NE. Por isso, no próximo fórum do Movimento Vida Sustentável, o Portal Construir NE fará a transmissão ao vivo do encontro, exibindo debates e também tudo que acontecer nos bastidores. Fique ligado (www.construirnordeste.com.br)!
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Responsรกvel pelo mercado brasileiro: Renato Leal renato.leal@ecochoice.pt +55 81 99868079 Avenida Visconde de Jequitinhonha, 2522, 10ยบ Boa Viagem - Recife / Pernambuco CEP. 51.030-020 / C+55 81 9986 80 79 www.ecochoice.pt
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Palavra
PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO, ESTÍMULO AO MERCADO IMOBILIÁRIO Manuela Moura da Fonte
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aquisição da casa própria representa para muitos brasileiros a realização de um sonho. Para isso, parte destas pessoas investe as economias acumuladas durante anos na compra de apartamentos que, muitas vezes, nem sequer tiveram sua construção iniciada quando do início da comercialização das unidades. É a chamada venda “na planta”. Neste passo, a Lei nº.4.591/64, objetivando conferir o mínimo de proteção aos adquirentes, estabelece que a comercialização das unidades autônomas apenas ocorrerá depois de arquivado no Cartório de Imóveis o respectivo memorial de incorporação, que compreende o memorial descritivo da obra e aprovação do projeto de construção pelos órgãos competentes, apresentação de certidões negativas de débitos incidentes sobre o imóvel, além de outros requisitos. No entanto, esta exigência não é bastante para garantir aos consumidores o recebimento de suas unidades prontas e acabadas, ou afastar o chamado “efeito bicicleta”, ou pedalada, que consiste na utilização pelas incorporadoras de receitas de um novo empreendimento para a construção daqueles mais antigos. Esta denominação deve-se ao fato de que o equilíbrio da bicicleta se dá enquanto ela está em movimento, no caso, enquanto o mercado absorver os lançamentos das incorporadoras. Entretanto, com o desaquecimento do mercado imobiliário, muitas construtoras que se utilizam de tal mecanismo entram em sérias crises financeiras. O caso mais emblemático e que ganhou repercussão nacional foi o da Construtora Encol, que, com sua falência em 1999, deixou mais de 700 empreendimentos inacabados e mais de 42 mil mutuários aguardando a entrega dos imóveis adquiridos, além de várias instituições financeiras sem ter como receber seus créditos.
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Neste ínterim, depois da repercussão gerada pelo referido caso, viu-se a necessidade de resguardarem-se os direitos dos consumidores e das instituições financeiras em relação à solidez dos empreendimentos, de forma a recompor a segurança jurídica das incorporações, tendo sido aprovada em 2004 a Lei Federal nº. 10.931, que alterou a Lei de Incorporações e regulamentou o chamado patrimônio de afetação. Este instituto funciona como uma espécie de blindagem no patrimônio da incorporação. Assim, o patrimônio afetado, salvo raras exceções, não se comunica com os demais bens, direitos e obrigações do patrimônio geral do incorporador e só responde por dívidas e obrigações vinculadas à respectiva incorporação. Para isso, deverá ser feita averbação no Registro de Imóveis de termo firmado pelo incorporador, passando este, a partir de então, a manter e movimentar os recursos financeiros do patrimônio de afetação em conta aberta especificamente para tal fim. Esta inovação legislativa permitiu às instituições financiadoras e à Comissão de Representantes, eleita pelos adquirentes das unidades da incorporação, fiscalizarem e acompanharem o patrimônio de afetação,
com livre acesso à obra, bem como aos livros, contratos e movimentação da conta criada para administração da incorporação, obrigando-se ainda a incorporadora a entregar à Comissão de Representantes, a cada três meses, o demonstrativo do estado da obra e aplicação dos recursos. Além disso, com a afetação do patrimônio, é possível ao incorporador fazer a opção pelo Regime Especial de Tributação (RET), que se dará através da inscrição da “incorporação afetada” no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, bem como com a apresentação do Termo de Opção pelo RET ao órgão da Receita Federal competente. Através do RET, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento mensal de 6% das receitas mensais recebidas, o qual corresponderá ao pagamento unificado do IRPJ, CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, podendo a referida alíquota ser reduzida a 1% no caso da incorporação de imóveis residenciais de valor comercial de até sessenta mil reais no âmbito do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal. Destaque-se que, apesar da opção pelo patrimônio de afetação ser ainda desconhecida por muitas empresas e uma faculdade do incorporador, a utilização deste instituto é um forte instrumento de atração do consumidor, especialmente para as construtoras menores, que ainda não possuem a necessária confiança do mercado, além de facilitar a obtenção de crédito e a diminuição dos juros e simplificar e desonerar o pagamento de alguns tributos, constituíndo tal inovação um verdadeiro estímulo ao desenvolvimento do mercado imobiliário. Manuela Moura da Fonte é titular da Área de Direito Empresarial do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia
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ENTREVISTA
José Carlos Martins “A COPA DO MUNDO É SÓ UM EVENTO”
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esenvolvimento urbano planejado é o cavalode-batalha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) neste ano de eleições municipais. O vice-presidente da entidade, engenheiro José Carlos Martins, diz que a Copa 2014 tem o mérito de ter agilizado a decisão política de investir em infraestrutura e vai deixar um saldo positivo, mas o mais importante é continuar se pensando nas cidades. O Brasil, com ou sem Copa, precisa de portos, aeroportos, estradas, saneamento e moradia para acabar com o gargalo de infraestrutura que dificulta o crescimento econômico e joga para escanteio a equidade social. A CBIC prepara-se para munir o debate político deste ano com números e propostas para um Brasil pós-Copa.
Cristina França
A Copa do Mundo como vitrine é inquestionável. Mas o evento está sendo visto com um divisor de águas no Brasil. É mesmo assim? O Brasil está atrasado. Passamos décadas pagando juros e postergando investimentos. Dizíamos que não havia projeto, que a questão ambiental era um empecilho. Acredito, pessoalmente, que foi de caso pensado para não comprometer metas econômicas. O marasmo comprometeu inclusive a formação de profissionais e, quando foi preciso começar a fazer as coisas, gente que estava aposentada teve que tirar o pijama e voltar a trabalhar. As obras que hoje estão em andamento não começaram no momento certo. Nosso dia a dia está um caos. Entre 2010 e 2011, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, duplicou o movimento no mesmo espaço. A Copa do Mundo só evidencia uma realidade que estressa
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o brasileiro comum e o grande investidor. Grandes investimentos estão em curso na área de mobilidade urbana e sempre a Copa é colocada como destino. Na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, por exemplo, um novo bairro está previsto em torno da Arena da Copa, demandando estradas e trilhos. A urgência de soluções pode prejudicar a eficácia de se pensar uma cidade? Não conheço em detalhes o caso do Recife. O que posso afirmar é que, de um modo geral, a infraestrutura de transporte induz o crescimento de uma cidade. Curitiba, minha cidade natal, é um exemplo. O sistema lá está ultrapassado porque faltou constância na execução. Esse bairro em Recife é um bom legado, assim como a despoluição da Baía de Guanabara para
as Olimpíadas de 2016, no Rio. O transporte coletivo de qualidade beneficia todo mundo, tenha o cidadão carro ou não. A alta renda vai andar melhor com seu carro e o trabalhador vai estar num ônibus, num metrô confortável e se locomover em tempos aceitáveis. Creio que tudo o que a Copa vai nos deixar é positivo. A questão é continuar pensando as cidades que queremos e conectar de forma planejada e continuada o que vai sendo criado. Como a CBIC pretende interferir nesse planejamento? Estamos discutindo e formatando um documento que iremos entregar aos nossos associados com subsídios para debates nas eleições municipais. O documento será finalizado logo após o Encontro Nacional da Indústria da Construção, em junho, em Belo
ENTREVISTA
As obras que hoje estão em andamento não começaram no momento certo
Horizonte, quando estaremos com alguns expoentes internacionais e nacionais no tema. Quais os alvos da CBIC nas eleições municipais? No cenário econômico internacional, o Brasil recebe merecidos elogios. No microcenário das cidades, falta tudo: saúde, segurança,
saneamento, moradia, transporte. Um amigo me falou que, em São Luís, capital do Maranhão, o trânsito está pior do que em São Paulo. Já pensou um gringo precisando de atendimento no posto do SUS durante a Copa? É preciso forçar as políticas públicas da base
para o topo. O cidadão precisa exigir seus direitos, gostar da sua cidade, criar espaços de convivência. O que nos separa do Primeiro Mundo é a pouca noção de cidadania. Saneamento, por exemplo, é obra que não se vê. Com bons aeroportos, boas estradas, bons estádios, bons hotéis, o turista da Copa talvez nem se dê conta dessa mancha nas cidades. A questão do saneamento é muito mais de gestão do que de recursos. É preciso que seja dado um choque igual ao que se fez com os bancos, através do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - o Proer. Sei que em Pernambuco o governador Eduardo Campos tem conseguido bons resultados com uma gestão profissional. Alagoas, que por muito tempo foi uma total calamidade, também passa a apresentar dados positivos. No município de União dos Palmares, temos notícia de um conjunto habitacional com quatro mil unidades já atendendo às suas necessidades de esgoto e água. No Brasil, há poucos bons exemplos
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em saneamento. Sabe-se ainda que, no geral, a perda de água entre a estação de tratamento e a torneira do consumidor é absurda. Voltemos ao fato de que estádios estão valorizando áreas urbanas, que estão sendo ocupadas pela alta renda. É um esforço concentrado elitizando os efeitos da Copa? Pode parecer, mas vamos olhar da seguinte forma: o investimento privado libera o Estado para políticas públicas focadas na habitação social. Se o estádio é para todos, propiciar lazer é também dever do poder público. Não importa quem deu o pontapé inicial. Aquela área criada ou revitalizada passará a ser de todos. Com um planejamento contínuo, todos os níveis de renda se beneficiam. Um
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Saneamento é problema de gestão, não de recursos. Pernambuco e Alagoas começam a dar bom exemplo bairro planejado tem equipamentos públicos, envolve serviços, cria postos de trabalho, difunde qualidade de vida. Em todas as cidades-sede, está acontecendo esse movimento de valorização dos espaços urbanos. Porto Alegre, com o estádio do Grêmio, e Salvador,
com a Arena Fonte Nova, são ótimos exemplos na casa dos bilhões de reais em futuros empreendimentos. Este ano é, então, ideal para pensar as cidades do Brasil? Pensar todas as cidades. Grandes, especialmente. Mas também médias e pequenas que estão inchando e se confundindo com as metrópoles, em função dos investimentos em curso. Em um ano e meio, Xangai construiu 240 quilômetros de metrô. São Paulo, cidade mais estruturada nesta modalidade, não tem nem um terço disto. Precisamos compreender que não dá para morar num lado da cidade e trabalhar do outro. O investimento habitacional tem que acompanhar o produtivo.
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ESPAÇO PEC
A RESPOSTA QUE A SOCIEDADE ESPERA Prof. Dr. Arnaldo Cardim de Carvalho Filho
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s vésperas da realização de um dos maiores eventos do planeta, a “Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20”, os seus diversos eixos temáticos nos direcionam a refletir e discutir sobre o futuro dos povos, suas redes e organizações. Essa reflexão passa, sem dúvida alguma, por instalar em Pernambuco um movimento local de igual importância, já que o Estado experimenta um momento especial de desenvolvimento com obras estruturadoras que, sendo realizadas do litoral ao interior, estão modificando o ambiente e trazendo riqueza e desenvolvimento que alteram a sua geopolítica. Em 2008, por iniciativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), foi instalado o Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, com o objetivo claro de disseminar a educação ambiental com conceitos e práticas mais sustentáveis e contemplando as dimensões social, econômica e ambiental da cadeia produtiva da indústria da construção civil, de modo a contribuir para diminuir os impactos causados com a geração de resíduos, reconhecendo que os aspectos ambientais e sociais afetam não apenas o desenvolvimento econômico, mas a sobrevivência da humanidade a longo prazo. Ao reunir entidades empresariais e acadêmicas, mensalmente, para discutir diversos temas, com vistas a alcançar os objetivos propostos, logrou-se a realização de quatro seminários nos consecutivos anos da sua instalação. Os seminários realizados entre os anos de 2008 e 2011 cumpriram o papel de reunir e sintetizar as ações propostas pelo fórum e ensejaram a criação do Movimento Vida Sustentável, com raiz nas discussões e contribuições apresentadas nesses eventos e colocando empresários,
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profissionais, professores, estudantes e a sociedade não especializada na discussão e no entendimento de fatos ligados ao desenvolvimento sustentável. A eficiência energética e a construção sustentável são eixos temáticos do movimento. A sustentabilidade na construção passa pelo uso racional de matéria e energia, recursos cada vez mais escassos e caros, com grande impacto sobre o ambiente natural (da obtenção à utilização final), que têm na inovação tecnológica a resposta imediata para os anseios cobrados pela sociedade. Não basta apenas saber construir (edificar), é necessário conhecer o espaço (ambiente construído) para avaliar a verdadeira contribuição da tecnologia para o desenvolvimento sustentável. O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) da Escola Politécnica de Pernambuco/Universidade de Pernambuco (UPE) é parceiro ativo no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável. Sempre
presente, tem atuado para garantir a formação acadêmica de profissionais qualificados, focado na inovação tecnologia e no desenvolvimento sustentável. Com um número considerável de dissertações defendidas com temáticas voltadas para a sustentabilidade ambiental da construção civil, o programa saiu em busca de centros nacionais e internacionais para parcerias que somem experiências e saberes. A gestão dos resíduos da construção civil foi dos temas tratados no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável que mais recebeu contribuição do PEC/Poli. Outros como a avaliação do ciclo de vida de produtos e processos da construção, que tem reconhecida importância para o entendimento das relações do setor, e como o entorno ambiental foram objeto de disseminação da informação no último seminário realizado pelo Sinduscon/PE, quando houve uma apresentação da experiência mexicana na utilização do método, em um estudo de caso ocorrido no México que contou com a colaboração e a participação do PEC/Poli, resultado de um convênio entre as instituições. Com isso, indiscutivelmente o Movimento Vida Sustentável é formado pelo agrupamento de entidades focadas em um objetivo comum: garantir melhor qualidade de vida no presente com um desenvolvimento baseado na sustentabilidade, garantindo as mesmas condições às gerações futuras pela construção de ações que sejam a resposta que a sociedade espera. Universidade de Pernambuco - Escola Politécnica de Pernambuco Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) cardim@poli.br
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
2012: NOVOS SONHOS Recife/PE e Cuiabá/MT vão ganhar o Q’Alegria
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epois de beneficiar crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer em Fortaleza, no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), e em João Pessoa, no Hospital Napoleão Laureano, o projeto Casa da Criança irá implantar novos espaços do Q’ Alegria nas cidades de Recife - no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) - e Cuiabá, no Hospital de Câncer do Mato Grosso. O diagnóstico dos resultados do uso do Q’Alegria aponta para uma transformação na aceitação, por parte de crianças e adolescentes, do momento de receber a quimioterapia.
“O que mais tem nos impressionado são os depoimentos, a superação daqueles que consideravam o tratamento um tormento e hoje frequentam o espaço com prazer. O que antes parecia uma eternidade (as horas de tratamento, segundo eles), agora passa rápido demais. Isto é muito gratificante e nos fortalece para expandirmos essa metodologia”, comenta Patrícia Chalaça, presidente fundadora da Casa da Criança. O projeto vem acompanhando esses resultados e realizou um diagnóstico envolvendo equipe médica, usuários e familiares, depois de um ano e dois meses de uso por centenas de crianças da Paraíba. Brincar ajuda a passar o tempo
MANAUS-AM E JOÃO PESSOA-PB, ARQUITETOS VOLUNTÁRIOS NAS NOVAS OBRAS Para este ano, já foram confirmadas duas obras da Casa da Criança em Manaus, atendendo à casa de apoio do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), e João Pessoa, dando continuidade ao trabalho no Hospital Napoleão Laureano, contemplado com a reforma da Casa da Criança na ala de oncologia pediátrica, em 2008, e que agora recebe a humanização na ala de internação para crianças e adolescentes. No mês de fevereiro, a coordenação nacional do projeto Casa da Criança já se fez presente nas duas cidades, realizando visitas de acompanhamento das obras. Na Região Norte, o vice-presidente, Marcelo Souza Leão, e a gerente nacional, Lavínia Petribú, estiveram reunidos com os franqueados sociais do projeto no Amazonas - Mauren Brasil, Alessandra Campbell e Edmar Andrade, bem como com a presidente da instituição beneficiada, Jakeliny Bastazi, e representantes do parceiro máster (Instituto Ronald McDonald) - Suéllen Gomes e Cláudia Lossio (foto ao lado).
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Já em João Pessoa, a presidente Patrícia Chalaça, acompanhada de Marcelo Souza Leão e da franqueada social na Paraíba, Sandra Moura, reuniuse com a médica oncologista Andréa Gadelha e com João Batista Simões, diretor geral do Hospital Napoleão Laureano, para formalizar a atuação da Casa da Criança nesta unidade, em 2012
CHEGARAM AS NOVAS LÂMPADAS LORENZETTI
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
JBR ENGENHARIA ASSISTE JOVENS PARA O FUTURO Adolescentes têm aulas de informática, português, matemática e já chegam à universidade
Da redação
Instituto prepara para o mercado de trabalho
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á nove anos, a JBR Engenharia mantém o Instituto Maria Madalena Oliveira Cavalcanti (Immoc) vizinho à sua sede, em Campo Grande, zona norte do Recife. A entidade, sem fins lucrativos,promove a capacitação e o desenvolvimento de adolescentes e jovens das comunidades de Olinda e Recife. Este ano, o Immoc iniciou suas atividades participando do Programa para o Futuro Jovens Mulheres em Ação, com 60 alunas. O objetivo é fazer com que, ao final do programa, as alunas se reconheçam como mulheres na família, na comunidade e no mercado de trabalho. Para isso, participarão de oficinas de gênero, literatura, tecnologia e planejamento orçamentário. O instituto tem estrutura própria com laboratório de informática, auditório e refeitório. No local são desenvolvidos os projetos Futuro Digital, que ensina de processamento de dados a programas específicos da área de arquitetura; e Tô Ligado, com aulas de português e matemática, além de oficinas de postura profissional. A leitura como base de transformação social é estimulada, sendo oferecido também um acompanhamento
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psicológico mensal para os alunos. Já foram atendidos 180 jovens na formação completa, que inclui a passagem pelo Futuro Digital, pelo Tô Ligado e pelo Educação Ambiental, Cultura e Lazer. Destes, 150 estão no mercado de trabalho, dos quais 12 na própria JBR, atuando nas áreas administrativa e de projetos. Outros dois se graduaram em Administração e Jornalismo. O instituto já ofereceu oficinas de capacitação profissional para 120 jovens, no intuito de estimular sua projeção no mercado de trabalho e transmitir noções de como se comportar em seleções, bem como de empreendedorismo para 40 pessoas, cursinho de matemática e física para o vestibular para 20 adolescentes, leitura como instrumento de transformação social para outros 80 jovens e curso de inglês básico para mais 25. O sucesso das ações é resultado do investimento de 0,5% da receita anual bruta da empresa no Immoc. “A JBR entende que, além de inovação, qualidade técnica e de vida, o respeito ao meio ambiente e a responsabilidade social são as bases fundamentais para o sucesso empresarial”, comentou o diretor da JBR, Pedro Pereira.
EX-ALUNO DO IMMOC SERÁ ENGENHEIRO “Eu era um maloqueiro, não queria nada da vida. O Immoc me deu outra visão do mundo e me estimulou a mudar de rumo”. Felipe Carvalho da Paz, 23 anos, auxiliar de engenharia da JBR Engenharia, recém-aprovado em Engenharia Cartográfica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), credita a conquista aos projetos Tô Ligado e Futuro Digital. De família humilde, do bairro de Campo Grande, depois de passar pelos projetos do Immoc, em 2006, Felipe trabalhou como aprendiz, estagiário na JBR e, no fim de 2007, tornou-se funcionário. As atividades do dia a dia o estimularam a escolher a futura carreira. “Cartografia tem tudo a ver com o meu serviço atual. Com o reforço das aulas que tive no Immoc, passei a estudar em casa. Tentei o vestibular em 2009 e 2010, mas fiquei no remanejamento. Este ano, sabia que conseguiria pelas boas provas de química e física que fiz”, contou. Além de se tornar engenheiro, Felipe pretende fazer um curso de inglês e, num futuro próximo, dar aulas de matemática e física a alunos do Immoc. “Quem vem de baixo como eu, tem vontade de ajudar outras pessoas a alcançarem os mesmos objetivos”, conclui.
Oficinas para o mercado de trabalho facilitam a empregabilidade
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DIA A DIA NA OBRA
SEM COZINHEIRO, MAS COM CARDÁPIO Cristina França
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m outubro de 2010, contratada pela construtora Moura Dubeux, a nutricionista Isabella Prado deu início a um diagnóstico nutricional que resultou em um programa de nutrição atento e focado na saúde do operário. Em uma amostragem de 10% dos três mil trabalhadores da Moura Dubeux no Recife, foram encontrados vários deles com sobrepeso ou obesidade, fatores de risco para doenças crônicas como o diabetes. Testes de glicemia capilar apontaram cerca de 7% deles com glicose alterada. “Este diagnóstico direcionou ações que incluem palestras sistemáticas sobre saúde e alimentação, e vigilância constante no cardápio oferecido a todos os operários em todos os canteiros”, diz a nutricionista. Quem já chegava à construtora com indicação de dieta restrita recebia a devida atenção. A questão é que, pela própria natureza do serviço, a alimentação precisa ser reforçada e é fácil confundir quantidade com qualidade. O número de trabalhadores com sobrepeso foi quase que uma surpresa. Mas, no vai e vem de uma obra, existem funções como guincheiro, ferreiro e carpinteiro que requerem “estacionar” em um andar. A falta de movimento favorece os quilinhos extras. É o caso de Severino Félix do Nascimento, 59 , há cerca de quatro anos na função de betoneiro – aquele que prepara o cimento. Acima do peso e com taxas de glicose alteradas, ele foi alertado sobre a necessidade de mudar hábitos alimentares e afirma que já se sente mais leve. “Como no almoço feijão, arroz e salada consistente, que nós não somos passarinhos, além de fruta na sobremesa. Mas diminuir muito o macarrão foi difícil”, diz. Ele lembra do tempo em que os canteiros não ofereciam refeições e tinha sempre alguém que era eleito cozinheiro. “Às vezes, a comida trazida de casa azedava e se jogava fora. Também vi muita gente comer na pá e no capacete, porque não tinha prato”.
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A nutricionista Isabella, o guincheiro Valdir e o betoneiro Severino - de olho no prato e na balança para ter saúde
A Moura Dubeux tem cinco fornecedores espalhados pelo Recife, o que favorece a logística de entrega das refeições. O tempo de chegada aos canteiros e a temperatura durante o transporte são fundamentais para a qualidade do alimento. Quando a obra está em fase inicial, os poucos operários recebem quentinhas de isopor. Depois, o refeitório é instalado e um funcionário é designado para servir. “Esta pessoa é treinada para induzir o consumo de verduras e frutas, com moderação nos carboidratros. É uma reeducação alimentar para fazer frente às atividades que despendem energia”, explica a nutricionista. Valdir Ricardo de Assis, 43, é guincheiro. Ele passa o dia operando o elevador da obra e estava no grupo de risco dos que tem mais de 94cm de cintura. Uma barriguinha em processo de expansão entrou em fase de extinção com a dieta iniciada há cerca de três meses. “Já perdi uns cinco quilos e continuo no frango grelhado e na salada no jantar, evitando ao máximo comer coisas pesadas como macaxeira e batata-doce. Mas no final de semana saio da dieta”, confessa. Voltar a fechar o botão das bermudas foi um grande incentivo para Valdir.
A presença constante de um nutricionista na obra leva ao convívio e à percepção individualizada dos hábitos alimentares. Nas palestras, a nutricionista Isabella Prado sempre deixa claro que o saudável é chegar ao peso ideal lentamente. Perdas bruscas de peso não fazem bem à saúde. “Às sextas, sempre tem feijoada ou dobradinha no almoço. O café da manhã das segundas, quartas e sextas tem macaxeira, inhame ou cuscuz acompanhado de uma proteína que pode ser carne, frango ou charque. Todo dia tem fruta e iogurte só nas terças e quintas. Mortadela só vez por outra. O que queremos é a prevenção de doenças através da alimentação balanceada”, reforça. A Moura Dubeux vai terceirizar totalmente a área de alimentação no Recife – fornecedores irão se responsabilizar por todo o processo, desde o preparo da comida às mesas e cadeiras dos refeitórios, como já acontece em Salvador, Fortaleza e Natal. Mas o cardápio permanece nas mãos da nutricionista, que já busca interferir na dieta dos filhos dos operários. Nada de biscoito recheado para a filha de quatro anos do Valdir. É difícil negar doces. Mas é do pequeno que se faz o grande.
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PAINEL CONSTRUIR TINTAS FORTES No Nordeste, o ritmo das vendas de tintas está mais acelerado do que no resto do Brasil e a região deve dar a maior contribuição para o crescimento de 4% previsto para o setor em 2012. A constatação é do presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Dilson Ferreira. O mercado de tintas no Brasil amadureceu com o consumidor mais exigente quanto à qualidade do produto o que levou ao aumento da procura por linhas Premium e com características especiais como fragância e textura. “A indústria de tintas utiliza hoje 85% de sua capacidade produtiva e pode responder imediatamente ao aumento da demanda”, diz Ferreira. O cenário positivo é, porém, manchado pela dependência das importações, em função da ineficiência dos portos e da burocracia na liberação, e pela falta de grandes investimentos programados pela indústria química globalmente.
LUZ ALTA Depois de um 2011 iluminado, com um faturamento de R$ 3,7 bilhões, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, espera um crescimento em torno de 7% em 2012. As condicionantes para alcançar esta performance são não sofrer os impactos da crise internacional e não haver escassez de recursos para financiamento das obras. O bom, segundo Fagundes, é que a Copa do Mundo e as Olimpíadas também atrairão negócios via construção de estádios, vilas olimpícas e hotéis. Mas os principais entraves para a evolução do setor no país estão relacionados ao custo Brasil - altos impostos, altos juros para financiamento, taxa cambial, custo de logística, custo do investimento e concorrência de produtos importados, que prejudicam a economia de escala na industrialização de produtos para o mercado local e para exportação. Um retrato do setor mostra que das 604 indústrias, 45% são micros e pequenas.
HOTÉIS DA MHA ENGENHARIA A MHA Engenharia, empresa especializada em engenharia consultiva desde 1975, está envolvida no desenvolvimento de sete projetos de engenharia para futura construção de complexos hoteleiros. São cinco hotéis da rede Marriott nas capitais Manaus, Curitiba, Vitória, Salvador e Rio Janeiro, um resort no litoral pernambucano e um hotel em Santos, litoral paulista.
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MOURA DUBEUX MIRA A BAHIA A incorporadora Moura Dubeux, com sede em Recife e atuação em cinco Estados do Nordeste, amplia os investimentos no mercado da Bahia em 2012. Juntos, os empreendimentos em Salvador deverão atingir um Valor Geral de Vendas (IVG) de R$ 500 milhões. Serão quatro residenciais, somando 700 apartamentos, um empresarial, o primeiro da incorporadora na capital baiana, um residence e um novo hotel onde hoje existe o Salvador Praia Hotel. “Estes dois empreendimentos são nossa contribuição à revitalização do bairro de Ondina e esperamos lançá-los no segundo semestre”, informa o diretor regional Ronaldo Barbalho.
PAINEL CONSTRUIR
CIPA NOS CONDOMÍNIOS Com o crescimento do mercado imobiliário, cresce também o número de pessoas empregadas nos condomínios, tanto residenciais quanto empresariais. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) é obrigatória em condomínios com mais de 51 funcionários, mas praticamente inexiste nos condomínios em Pernambuco, excluídos os shopping centers. O diretor da área de condomínios do Sindicato da Habitação no Estado (Secovi-PE), Genival Aguiar, diz que a média de funcionários para residenciais é de seis a dez pessoas e para empresariais, de dez a doze. As empresas associadas ao Secovi tem por norma prover cursos básicos de prevenção e combate a incêndios para os funcionários, assim como realizar periódicos exames dentro de um Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
ETERNIT NOS METAIS A Eternit S. A. - maior e mais diversificada indústria de coberturas do Brasil, com atuação nos segmentos de louças sanitárias e componentes para sistemas construtivos - anuncia o lançamento de sua linha de metais sanitários. A entrada neste mercado tem como objetivo transformar a Eternit na mais completa indústria de materiais de construção do país. No Nordeste, ela tem 21 representantes e domina 36% do mercado. Assim como no segmento de louças, a linha de metais sanitários terá produtos do standard ao luxo que serão fabricados, inicialmente, por terceiros. Há dois anos a Eternit estreou a linha de louças sanitárias e já é o quinto fornecedor brasileiro no segmento, com crescimento de vendas de 75% por trimestre. Esta performance motivou a empresa a iniciar a construção de fábrica multiprodutos no Complexo Industrial Portuário do Pecém, no Ceará. Élio Martins, presidente do Grupo Eternit, adianta que a linha de metais sanitários estará disponível em revendads do Sudeste, no início, mas que uma forte logística permite entrega em todo o país.
AZEVEDO CASTRO NO MCMV A construtora pernambucana Azevedo Castro Engenharia recebeu certificação do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat\PBQP-H e se credita a colocar um empreendimento de 248 casas, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, e outro entre Jaboatão dos Guararapes e Recife, em Pernambuco - três torres com 13 pavimentos cada, total de 312 apartamentos - dentro do Programa Minha Casa Minha Vida\MCMV. O PBQP-H tem por objetivo organizar o setor da construção civil em dois eixos: melhoria da qualidade do habitat e modernização produtiva. Os sócios da Azevedo Castro, Leonardo Castro e Silva e Francelino Azevedo, também comemoram a certificação ISO9001, que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade(SGQ). A ISO9001 é selo para o consumidor que passa a ter parâmetro de confiança quanto à capacidade da empresa em fornecer bens e serviços de forma consistente e sistemática.
COBERTURAS METÁLICAS GANHAM MERCADO Fabricante exclusiva do sistema de cobertura metálica roll-on, a Marko Sistemas Metálicos quer impulsionar sua presença no Nordeste e está buscando parcerias regionais. Nos últimos dois anos, a empresa instalou mais de 600.000 m² do sistema na região, fornecendo para grandes empreendimentos como shoppings, hipermercados e indústrias. A agilidade na execução do serviço, instala-se até 3.000m² por dia, e redução de gasto com ar-condicionado em até 20%, se a bobina roll-on for pintada de branco (o que reflete 75% dos raios solares), são os grandes trunfos do sistema. O produto é patenteado em 17 países e nova fábrica deve ser inaugurada até o final do ano, no pólo industrial de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com um investimento de R$ 16 milhões.
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Trena
TREINAR, CONTRATAR E RETER Etiene Ramos
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ste é o desafio que vem obrigando construtoras em todo o país e, especialmente no Nordeste, a pensar diferente as relações de trabalho. A economia aquecida e promissora é só um sinal de que a demanda ainda tem muito a crescer. Mas, sabemos, o Brasil não estava preparado para isso. Agora é preciso construir a infraestrutura para não mirrar o desenvolvimento. Mas quem vai fazer isso se há obras em todo o país e os nordestinos, que foram de pau de arara construir o Sudeste, não têm mais por que sair da sua região? “Hora de abrir o bolso”, conclui Durval Luchetti, presidente da D Luchetti Gestão de Pessoas, empresa paulista que seleciona engenheiros para uma construtora com atuação nacional. Segundo ele, os empresários não estão tão preocupados com esse custo. Se precisam pagar mais, pagam. A questão é que agora a temporada é de caça e ela está escassa. “Contratamos todos os engenheiros que aparecem”, declara Luchetti. Mas nem só de engenheiros vive uma obra. O problema maior está na base. Procuram-se profissionais em todas as regiões e, quando eles
são encontrados, não estão qualificados. As empresas sofrem ainda outra tensão: a volatilidade da mão de obra, movida por qualquer real a mais nos contracheques. Diferente de quem segue carreira, pedreiros, marceneiros ou serventes são imediatistas. A solução é pagar acima da concorrência e oferecer benefícios, a fim de segurar a mão de obra que a empresa treinou, contratou e não quer perder. Hora de investir em políticas de recursos humanos para profissionais de toda a cadeia da construção. Mas o tempo é curto. Como atender às obras urgentes de avenidas, aeroportos e rodovias, que vão levar o mundo aos estádios da Copa daqui a apenas dois anos? O Brasil está em construção. Durval Luchetti pensa rápido: “Por que não importar mão de obra e abrir a fronteira do emprego também para operários”? A demanda faz com que eles sejam colocados no nível dos profissionais de engenharia e de TI que já não são novidade nos grandes mercados. E nos remete ao tempo em que italianos e japoneses vieram colher café e nunca mais foram embora. Ganhamos todos.
OPOSTOS SE ATRAEM A curadora, escritora e professora de História do Design, da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e da Escola São Paulo, Adélia Borges, lançou no Recife, em março, o livro “Design + artesanato: o caminho brasileiro” (editora Terceiro Nome). Com edições em português e inglês, o livro traz uma radiografia da revitalização recente do objeto artesanal brasileiro e observa a aproximação dos campos do design e do artesanato, atividades que até então eram vistas em oposição e hoje se complementam.
NOVA MARCA
SANEAMENTO EM PERNAMBUCO
A Construtora Conic Souza Filho aproveitou o 5º Salão Imobiliário de Pernambuco, em março, para mostrar sua marca nova. Fundada há 62 anos, buscou um grafismo que remete ao conceito de sustentabilidade, lembrado pelo símbolo da renovação e reciclagem. Até o fim do semestre, todos os elementos que compõem a identidade visual da Conic terão a nova logo - dos tapumes das obras ao portal da empresa.
O sistema de esgotamento sanitário da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do município de Goiana será construído por meio de PPP. O estudo de viabilidade, tocado pela Foz do Brasil, das Organizações Odebrecht, e pela Andrade Gutierrez, prevê R$ 4,3 bilhões em investimentos - dos quais R$ 1 bilhão sairá da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O edital da PPP, já apontada como a maior do país, será lançado até junho. Pelo projeto, em 12 anos as 14 cidades da RMR e Goiana estarão totalmente saneadas. “Apenas com recursos do Estado levaríamos até 60 anos”, estima o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
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Perfil Institucional
ABCP: HÁ 75 ANOS DESENVOLVENDO O MERCADO DE PRODUTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS À BASE DE CIMENTO Com 75 anos de existência, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) tem feito grandes contribuições para o desenvolvimento do país. Desde sua criação, trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, bem como para a transferência constante de tecnologias e conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras, dentre outros meios. A ABCP elabora pesquisas e projetos, mantendo uma equipe de profissionais à disposição do mercado para consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Um exemplo disso é a consultoria em pavimento de concreto prestada na duplicação da BR-101, nos lotes executados pelo Exército brasileiro em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Os laboratórios da entidade também são referência na prestação de serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Não menos importante tem sido a contribuição da ABCP para a elaboração de normas técnicas brasileiras, no que se refere ao concreto. Além da sede em São Paulo, a ABCP está presente em 12 capitais brasileiras. São escritórios e representações regionais. Um deles é a Regional N/NE, que nos últimos dez anos disseminou no mercado temas como a racionalização dos sistemas construtivos à base de cimento, o aumento de produtividade das fábricas e a industrialização de habitações populares e empreendimentos como shoppings centers, hotéis, hospitais, entre outros. Atualmente a ABCP lidera, em parceria com outros órgãos da construção civil como Sebrae, Sinduscon, Sinprocim e Ademi, programas importantes para o desenvolvimento do setor. Um deles é Comunidade da Construção, presente em 13 polos no país e que busca integrar a cadeia produtiva e aumentar o desempenho dos sistemas construtivos à base de cimento, reunindo construtoras, fabricantes de materiais, entidades e consultores em um só grupo. Outra importante ação é o Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE) para fabricantes de blocos de concreto, que identifica, junto com as empresas, oportunidades de melhoria para proporcionar mais competitividade e qualidade às indústrias e aos produtos.
PROGRAMAS DA ABCP: - Mercado (projetos: Autoconstrução, Clube da Reforma, Reforma Assistida, Plataforma Técnica) - Cidades (Habitação de Interesse Social – HIS, Habitações em Concreto PVC) - Acessibilidade - Edificações (Comunidade da Construção, Paredes de Concreto, Alvenaria Estrutural e de Vedação com Blocos de Concreto, Programa de Desenvolvimento de Construtoras, Revestimentos de Argamassa) - Indústrias de Pré-Fabricação (Blocos de Concreto, Pavimento Intertravado, Tubos de Concreto, Telhas de Concreto, Desenvolvimento Empresarial, Pavimento Permeável, Pesquisa e Inovação) - Infraestrutura (Pavimento de Concreto em Rodovias, Pavimento Urbano de Concreto) - Tecnologia (Laboratórios de Ensaios, Meio Ambiente, Coprocessamento, Mudanças Climáticas) - Qualidade (Normalização) - Comunicação (Difusão da Informação Técnica, Universidades)
ASSOCIADAS A ABCP é uma entidade sem fins lucrativos, que reúne oito grupos industriais associados, com 57 fábricas de cimento no território brasileiro: • Camargo Corrêa Cimentos S.A. • Cimento Itambé • Cimento Nassau • Cimentos do Brasil (Cimpor) • Ciplan – Cimento Planalto S.A. • Holcim Brasil S.A. • Lafarge • Votorantim Cimentos Contatos Regional N/NE (81) 3092-7070 Rua da Aurora, 2000, Santo Amaro Recife – PE abcpnne@abcp.org.br www.abcp.org.br
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ARQUITETURA
UMA IDENTIDADE TROPICAL O que resiste do ideário de uma arquitetura moderna adaptada aos trópicos, 36 anos após a publicação do guia prático Roteiro para Construir no Nordeste, do arquiteto Armando Holanda
O esquecido espaço de convivência projetado por Armando de Holanda para o Monte dos Guararapes, Jaboatão dos Guararapes/PE
“COMECEMOS POR UMA AMPLA SOMBRA, POR UM ABRIGO PROTETOR DO SOL E DAS SOMBRAS TROPICAIS; POR UMA SOMBRA ABERTA ONDE A BRISA PENETRE E CIRCULE LIVREMENTE, RETIRANDO O CALOR E A UMIDADE; POR UMA SOMBRA AMENA, LANÇANDO MÃO DE UMA COBERTURA VENTILADA, QUE REFLITA E ISOLE A RADIAÇÃO DO SOL” Armando de Holanda, Roteiro para Construir no Nordeste
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Cristina França
A
emblemática presença de Pernambuco no cenário da arquitetura moderna brasileira começa no ano de 1934, quando o carioca Luiz Nunes assumiu o cargo de arquiteto da Secretaria de Viação e Obras Públicas do Recife e passou a comandar a Diretoria de Arquitetura e Construções. Foi um período rico de adaptação da arquitetura moderna aos trópicos, criando-se prédios públicos em estreita relação com o ambiente externo, respeitadas as peculiaridades
climáticas da região que utilizavam o combogó para propiciar naturalmente ambientes luminosos e ventilados. Nunes teve ao seu lado nomes que se tornariam famosos como Joaquim Cardozo e Burle Marx, mas também engenheiros, projetistas, artistas e operários trabalhando em sua equipe, dividindo saberes acadêmicos e empíricos. Em 1937, Luiz Nunes faleceu. Os então quase famosos voltaram para o Rio de Janeiro. Veio um lapso que durou até a década
ARQUITETURA Escola Alberto Torres, Recife/PE, Luis Nunes
“LANCEMOS AS PAREDES SOB ESTAS SOMBRAS, RECUADAS, PROTEGIDAS DO SOL E DO CALOR, DAS CHUVAS E DA UMIDADE, CRIANDO AGRADÁVEIS ÁREAS EXTERNAS DE VIVER: TERRAÇOS, VARANDA, PÉRGOLAS, JARDINS SOMBREADOS.” Armando de Holanda, Roteiro para Construir no Nordeste
de 50, quando o italiano Mário Russo, o carioca Acácio Gil Borsoi e o português Delfim Amorim chegaram para ocupar cátedras na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nascia, assim, a Escola Pernambucana de Arquitetura como que retomando, ampliando e colocando no ambiente universitário o pioneirismo de Luiz Nunes. Uma arquitetura moderna tropical entrava no ambiente acadêmico, trazendo consigo o vento, o sol, a sombra, o homem em estreito contato com o seu entorno. As cidades precisavam de uma cara e esta deveria ser espelho e face do meio no qual estavam inseridas. O autor do emblemático livrinho Roteiro para Construir no Nordeste, Armando Holanda, foi aluno destes mestres. A publicação de 1976 veio do seu mestrado em Desenvolvimento Urbano. “Holanda condensou os preceitos de uma arquitetura tropical nesse livro e virou referência. Mas essa escola tem outros alunos ilustres da mesma época como Heitor Maia Neto, Augusto Reynaldo, Vital Pessoa de Melo, Wandenkolk Tinoco, Alexandre Castro e Silva. Todos eles deram ao Recife edifícios públicos e de moradia com espaços vazados, peitoris ventilados, janelas recuadas e com jardineiras, saliências definidas e recortes
Professor Fernando Diniz: quando a inflexibilidade econômica nega a estética, esta passa a depender das obras públicas
Edifício Mirage, Recife/PE, Acácio Gil Borsoi
estruturais para o aproveitamento das correntes de vento e das sombras. Uma arquitetura permeável ao meio, que teve identidade clara até meados dos anos 80, quando começou a sobreposição do mercado à estética e ao que hoje se chama sustentabilidade”, diz o professor de Teoria e História da Arquitetura da UFPE, Fernando Diniz. Diniz reconhece as dificuldades do espaço urbano, lembrando que “a permeabilidade entre o público e o privado parece ter
sucumbido à violência e ao medo”; admite que projetos idealistas podem ser empurrados para o campo e a praia, ao afirmar que “o resort, o condomínio horizontal fora da cidade, ainda é maleável a tais conceitos”; e chama o poder público para o papel de condutor de um fio que não pode acabar no passado. “A arquitetura é história e arte. Cabe ao governo, em suas licitações, dar espaço para a concretização do que se procura preservar na universidade”.
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ARQUITETURA
Marco Antonio Borsoi: as luzes e sombras do edifício ao lado, em parceria com o pai Acácio Gil Borsoi, não se repetem mais
Blue Tower, Recife/PE, Marco Antonio Borsoi
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Mas quem são os arquitetos que em meio às exigências do mercado ainda conseguem imprimir as ideias dos mestres aos próprios projetos, mantendo uma identidade tropical? A Construir NE mostra o trabalho de três escritórios pinçados das várias indicações do professor Fernando Diniz em Pernambuco. Começamos pelo herdeiro de Acácio Gil Borsoi, Marco Antônio Borsoi. “Acredito que, nos projetos de edifícios, nos restou o espaço interno para trabalhar os conceitos de ventilação cruzada, luminosidade, integração dos ambientes. No envoltório, não há muita condição de repetir a explosão volumétrica/prismática do Movimento Moderno, como meu pai fez em 1967 no edifício Mirage, e nem a forma curva de superfícies luminosas e sombreadas que fizemos juntos, em 1989, no Maria Virgínia. Esse é um custo que o mercado não absorve mais”, diz. Marco Antônio Borsoi transita por extremos. É dele o Blue Tower, uma estrutura com
fachada de vidro azul que virou referência espacial na zona sul da capital pernambucana. “É um projeto contemporâneo e fico feliz de saber que, no auge dos kombeiros como transporte alternativo, a indicação era “gira no Blue Tower!, gira no Blue Tower”! Há tecnologia hoje para proporcionar conforto térmico a um custo que não existia no passado, então podemos influir na paisagem da cidade com outras propostas”, pondera. Ele concorda com o professor Fernando Diniz quando este se posiciona sobre o papel do Estado. “As obras públicas são o nosso campo para fazer história. Considero o meu projeto do Centro de Tecnologia Ambiental do Complexo Portuário de Suape, em 2009, uma releitura contemporânea dessa nossa escola”. No escritório VPRG, dos arquitetos Vera Pires e Roberto Ghione, ela é uma das integrantes do Arquitetura 4 - as quatro mulheres que foram referência no Recife, nos anos 70, de uma arquitetura apropriada ao lugar;
ARQUITETURA
Condomínio Winterville, Gravatá/PE, VPRG Arquitetos
ele é argentino e trabalhou com a arquiteta e pesquisadora argentina Marina Waisman, uma das fortes personalidades que marcaram os Seminários de Arquitetura Latino-Americana, encontros que na década compreendida entre 1985 e 1995 giraram pelo continente discutindo uma identidade para as cidades latino-americanas. Conheceram-se em 1998, em Caracas, na Venezuela, e desde então estão juntos na vida pessoal e profissional. “A boa arquitetura é por natureza sustentável. Todos os nossos projetos partem deste conceitual e são adaptados às condicionantes do lugar, sempre integrando a forma com a paisagem”, diz Vera. O escritório assinou, em 2001, o primeiro projeto de edifício com teto inclinado e estrutura em madeira de João Pessoa, na Paraíba - o Terraços do Atlântico. O objetivo era dar uma identidade praieira a uma orla urbana. O mercado comprou a ideia e já se seguiram mais dois: o Morada do Atlântico, em 2002, que conseguiu o feito de
juntar casas e apartamentos num único e harmônico conjunto; e o Costa Esmeralda, em 2009, que transferiu o conceito de casa para os apartamentos duplex da cobertura. “Tivemos a cumplicidade e a confiança das construtoras nestes projetos. Mas sabemos que as condições de mercado são diferentes hoje”, afirmam. Vera e Roberto também atestam as dificuldades, por vezes, de utilizar materiais do lugar, dizendo que há preconceito, por exemplo, com o combogó, visto como “coisa de pobre”. Da orla urbana para o campo, eles assinam, na cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, a urbanização, o paisagismo e as construções do condomínio Winterville, um projeto contemporâneo baseado na cartilha dos mestres – a mesma busca de sombras, ventilação, integração espacial entre o interno e o externo. O VPRG assina também as 16 tipologias de casa do condomínio Alto da Serra, do programa Minha Casa, Minha
“ESTABELEÇAMOS COM A NATUREZA TROPICAL UM ENTENDIMENTO SENSÍVEL DE FORMA A PODERMOS NELA INTERVIR COM EQUILÍBRIO. NÃO PERMITAMOS QUE A PAISAGEM NATURAL – QUE JÁ FOI CONTÍNUA E GRANDIOSA – CONTINUE A SER AMESQUINHADA E DESTRUÍDA.” Armando de Holanda, Roteiro para Construir no Nordeste
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ARQUITETURA
Centro de Tecnologia Ambiental do Complexo Industrial Portuário de Suape/PE – transparência e leveza pelas mãos de Marco Antonio Borsoi
Vera Pires: desde os anos 70 fazendo arquitetura para o lugar
O pioneiro projeto para o Minha Casa Minha Vida, do VPRG Arquitetos: adequação ao clima e afirmação da individualidade dos moradores
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Vida (MCMV) em Campina Grande, uma das principais cidades do interior da Paraíba. “Nada de unidades repetidas, sem identidade. Adaptamos o projeto à realidade do terreno acidentado e criamos casas realmente integradas ao meio. Já estão inclusive previstas ampliações que os futuros moradores queiram fazer, isto para não quebrar a harmonia do conjunto”, sintetizam. Eles vão participar, no final de abril, de um encontro de arquitetos em Brasília, do qual deve sair um documento propondo a adequação do MCMV às peculiaridades de cada região. O Norte Oficina de Criação, aberto em 1998, é formado pelo quarteto Bruno Lima, Chico Rocha, Lula Marcondes e Lúcia Duncan. São os mais jovens de todos os arquitetos citados nesta matéria, apontados entre os mais promissores do Norte/Nordeste. Não é
à toa que estão na seleção de “novatos com bagagem conceitual” do professor Fernando Diniz. Eles fazem arquitetura, design, artes visuais e vídeo. A casa em madeira onde mora o Bruno Lima, próxima a uma das avenidas mais movimentadas do Recife, é um marco na história do escritório. “Na verdade, a casa veio da necessidade de construir já pensando na possibilidade de venda do terreno. Como é desmontável, posso levar para onde for”, revela Bruno. Dessa vitrine pessoal, surgiram outros projetos que ainda não foram concretizados. Cada vez mais o Norte Oficina de Criação se preocupa em incorporar a sustentabilidade aos seus projetos, imprimindo conceitos de adaptação ao meio onde estão inseridos. Há a assinatura deles em casas de bairros da periferia da capital feitas com poucos
ARQUITETURA
Casa de madeira, Recife/PE, O Norte Oficina de Criação
recursos, onde Armando Holanda e seus pares se sentiriam extremamente à vontade – canais de ventilação e iluminação natural mesmo estando emparedadas entre outras residências. O quarteto está debruçado em um projeto para um prédio público de 12 mil metros quadrados, inicialmente concebido para uma total utilização de ar-condicionado. A nova proposta é utilizar ventilação e iluminação naturais nas áreas comuns. “Sustentabilidade é o novo termo para o que já se fez. Agora temos que ampliar o conceito, rastreando todo o processo produtivo dos materiais que vão dar forma aos projetos”, reforça Lula Marcondes. Marco Antônio Borsoi fez questão de dizer que não há nostalgia. Há o compromisso de avançar em bases conceituais sólidas, inegáveis. “A ideia é fazer a arquitetura deste tempo e deste lugar, integrando a cultura e a tradição construtiva com a contemporaneidade”, confirma Roberto Ghione.
O trio do escritório O Norte e a proposta de ventilação natural em casa popular na periferia do Recife
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ARQUITETURA
“COMECEMOS POR UMA COBERTURA DECIDIDA, CAPAZ DE SER VALORIZADA PELA LUZ E DE INCORPORAR SUA PRÓPRIA SOMBRA COMO UM ELEMENTO EXPRESSIVO.” Armando de Holanda, Roteiro para Construir no Nordeste
Costa Esmeralda, João Pessoa/PB, VPRG Arquitetos
BAHIA
EXEMPLO NA PRÓPRIA ESCOLA José Pacheco Maia Filho
A moderna arquitetura, que teve como expoentes mundiais o francês Le Cobusier e o alemão Mies Van Der Rohe, ganhou contornos tropicais na Bahia pelo arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças. O baiano da cidade de Amargosa é o autor de projetos que remodelaram a face urbana de Salvador entre os anos 40 e 60. Avenidas de vale e ícones da moderna arquitetura baiana como o Hotel da Bahia, o estádio da Fonte Nova e a Escola Parque passaram pela prancheta de Rebouças. “Ele é o maior arquiteto da Bahia no período”, afirma o professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Nivaldo Andrade, que desenvolve tese de doutorado sobre a arquitetura baiana da época. Para Andrade, Diógenes Rebouças adequou o repertório internacional da arquitetura moderna à realidade local, a exemplo de Armando Holanda no Recife. “Diógenes, como outros arquitetos nordestinos, teve a preocupação de adequar seus projetos ao clima da região, que é tropical úmido com grande incidência de sol”.
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Faculdade de Arquitetura da Bahia
A Faculdade de Arquitetura da Bahia é um exemplo dado por Andrade de projeto de Diógenes Rebouças que segue os pressupostos reunidos no livro Roteiro para Construir no Nordeste, do pernambucano Armando Holanda. “Lá estão a criação de sombra, a convivência com a natureza, o vazamento de muros para permitir a ventilação cruzada, a proteção de janelas, a abertura de portas, a continuidade de espaços, a construção com pouco e frondosamente”. Realmente quem chega à Faculdade de Arquitetura, localizada num dos morros do bairro da Federação, em Salvador, depara-se com um conjunto de prédios integrados
bastante arejados e harmonizados com a natureza. Logo na entrada está o pórtico, uma área coberta e sem paredes laterais com vista para um gramado. É uma área de convivência de alunos e professores. As salas de projetos da faculdade dispensam refrigeração. Em amplos espaços contínuos, janelões em esquadrias de alumínio com venezianas possibilitam a ventilação cruzada e a entrada de luz natural. No Auditório Américo Simas Filho, as paredes são constituídas de combogós, elementos vazados de concreto, também possibilitando o arejamento do espaço e a dispensa de equipamentos elétricos para atenuar o calor.
ARQUITETURA
O jardim do Teatro José de Alencar integra o espaço cultural à paisagem urbana : permeabilidade induzindo à convivência
CEARÁ
ADAPTAÇÃO NATURAL, DO PASSADO AO CONTEMPORÂNEO Hugo Renan do Nascimento
“O Ceará é um Estado adaptável aos traços culturais e climáticos de suas construções”, diz o professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) Napoleão Ferreira. Ele é categórico ao afirmar que não há uma preocupação específica de adaptar tecnologias com as características do clima e mesmo da cultura local. “Esta é uma tendência pernambucana”, enfatiza. Apesar dessa característica pouco marcante, o professor cita a sede do Banco do Nordeste (BNB), construída na década de 80 e projetada pelos arquitetos Marcos Thé e Wesson Nóbrega, e o Teatro José de Alencar, ambos em Fortaleza, como exemplos de boa convivência entre projetos e o clima nordestino em épocas distintas. O teatro, inaugurado em 1910, foi ideia do engenheiro cearense Bernardo José de Mello, que imaginava um teatro-jardim na capital. Mas o José de Alencar só ganhou o jardim propriamente dito na década de 70, com a atuação de Roberto Burle Marx em Fortaleza. É um projeto de grande visibilidade pelo caráter de uso coletivo. Na restauração do equipamento, em 1990,
o teatro recebeu outro jardim. “Esse jardim constitui um espaço diferenciado na estrutura fundiária do entorno, contribuindo ainda para realçar a elevação lateral do edifício histórico. O jardim cumpre uma importante ligação entre o pátio interno do teatro – que separa o foyer e a sala de espetáculos – e o ambiente urbano”, relata o artigo “Caminhos da arquitetura moderna em Fortaleza: a contribuição do paisagista Roberto Burle Marx”, de Ricardo Alexandre Paiva e Beatriz Helena Nogueira. Além da sombra criada pela vegetação arbustiva, eles destacam como um dos elementos mais interessantes da obra o muro posterior tomado por trepadeiras, servindo de cenário para um pequeno palco. A sede do BNB é também comentada no artigo, onde os autores mostram que a centralização das atividades administrativas do banco foi a solução para setorizar a diversidade de funções. Isto resultou na implantação de blocos horizontais interligados por uma grande coberta metálica. “A extensa cobertura foi concebida para promover a integração dos diversos blocos, conferindo um
sentido de unidade ao complexo, condicionada por questões de conforto e, sobretudo, de proteção contra a insolação”. Napoleão Ferreira diz ainda que houve uma preocupação bioclimática na concepção do projeto do BNB, a fim de promover uma espécie de “microclima” responsável pelo ambiente com ventilação cruzada. Para o professor, a preocupação com o clima cearense nos projetos arquitetônicos foi apenas para garantir a permanência da população em terras de constantes secas. “Houve avanços e conquistas na arquitetura cearense e uma grande capacidade de adaptação de ideias”, reitera. Ainda de acordo com o artigo dos arquitetos, os jardins da sede do BNB se inserem entre os blocos como extensões verdes das áreas de trabalho, intermediadas pelo balanço da estrutura de concreto que mais se assemelha a uma varanda. Segundo os arquitetos, o formato foi pensado para proteger os panos de vidro da insolação e como apoio para as jardineiras pré-moldadas de concreto, que não foram construídas, mas estavam no projeto original.
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Decoração e Arquitetura
Ricardo J. Pessoa
KAZA, D&A E CASA VALDUGA
A Kaza Presentes e Decorações, das empresárias Flávia Córdula e Patrícia Ribeiro, completou três anos de sucesso e foi palco de um badalado e concorrido coquetel, no dia 1º de março. Além de lançar sua primeira revista impressa, inaugurou um fantástico espaço gourmet com vinhos, espumantes, geleias e sucos da Casa Valduga. Na noite foi lançada também a sexta edição da Revista Digital D&ADecoração e Arquitetura, apresentada aos convidados vips num grande telão. Por lá circularam arquitetos, decoradores, designers de interiores, lojistas e, é claro, muitos clientes da Kaza. Sucesso total! Luiz Carlos Queiroz, Patrícia Ribeiro, Nelsir KuƱer, Afra Soares, Gutemberg e Flávia Córdula em noite de lançamentos na loja KAZA
TWS NO CLUB A
A TWS Empreendimentos, representada pelos empresários Eric e Simone Gassmann, reuniu no badalado Club A, no último dia 3 de fevereiro, clientes, parceiros e amigos, para uma festa vipérrima que marcou o lançamento do “mixed building” Tour Geneve na capital paulista. O projeto de luxo, em construção também no Altiplano Nobre, tem como garoto propaganda o apresentador Amaury Jr. e já superou as expectativas de vendas. No jantar, um prato especial, o exclusivo ‘Risoto de Arraia’, e para brindar o sucesso da TWS, estiveram por lá Ana Botafogo, Arione Diniz, Paulo e Veronica Macedo, João Kleber, Clóvis Junior, Luiz Flávio D’Urso, este editor, entre outros convidados vips e celebridades. Simone e Eric Gassmann com Amaury Junior e Celina Ferreira no lançamento do Tour Geneve, em São Paulo
REVEST
Os empresários do segmento de mármores e granitos, Douglas Monteiro e Heber Prado, participaram da Expo Revestir 2012, em São Paulo, de 06 a 09 de março, no Transamérica Expo Center. O evento Revestir é considerado a Fashion Week da Arquitetura e Construção e, este ano, teve 230 expositores, público estimado em 40 mil visitantes de 60 países e volume de negócios acima de US$ 170 milhões. Uma novidade na área é que Douglas e Heber são os novos proprietários da loja Espaço Revest, em João Pessoa, que será inaugurado em breve.
JARDINS DO ÉDEN SACCARO
Os empresários Tereza e Ricardo Ibraildo, que tão bem administram a franquia da Saccaro em João Pessoa, lançam o livro “Não conte a ninguém: tem que viver”, edição especial comemorativa aos 65 anos da Saccaro, escrito pela historiadora Tânia Tonet e pelo jornalista Charles Tonet, com imagens exclusivas clicadas pelo fotógrafo Leopoldo Plentz. A obra traz as experiências vividas pela Família Saccaro desde a criação da marca até os dias atuais. São 16 crônicas baseadas nos fatos e personagens importantes para o crescimento da empresa, como fornecedores, funcionários, arquitetos, consultores, franqueados e consumidores.
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A arquiteta e paisagista Patrícia Lago comemora mais uma vitória: será a responsável por todo o projeto paisagístico das luxuosas torres gêmeas Tours Mont-Blanc, construídas pela suíça TWS Empreendimentos, líder na Europa e que entrega, em breve, este seu primeiro projeto na Paraíba, um dos mais luxuosos edifícios do Nordeste, localizado no bairro do Altiplano Nobre. Patrícia foi escolhida por Eric Gassmann, diretor da TWS Empreendimentos, e não foi à toa. Considerada uma das melhores profissionais da região por seus projetos que chamam a atenção pelo cuidado na análise de solo, plantio e escolha correta da vegetação, resultando em belos jardins e espaços de contemplação em meio a natureza.
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ano II | nº 10 | Fevereiro 2012
VENTO E SOL UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS Slogans à parte, a tecnologia de geração mista eólica-solar quer seu espaço
ENTREVISTA Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica: “vento é business”
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL A Construir NE e o Sinduscon-PE abrem espaço para a sustentabilidade FEV/MAR 2012 |
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EXPEDIENTE
SUMÁRIO ENTREVISTA CONSELHO EDITORIAL Ana Lúcia Rodrigues Carlos Valle Inez Luz Gomes José Lucas Simon Kilvio Alessandro Ferraz Ozeas Omena Renato Leal Ricardo Leal Serapião Bispo PUBLISHER Elaine Lyra
elainelyra@construirnordeste.com.br
EDITORA EXECUTIVA Etiene Ramos
Os leilões de energia inflaram a geração eólica no país. Com a crise europeia, o Brasil pode absorver tecnologia, diz o vice- presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, o pernambucano Everaldo Feitosa
ENERGIAS ALTERNATIVAS Duas propostas para a complementaridade da geração eólica e solar disputam mercado. Grupos apostam no consumidor produtor de energia
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL Há tecnologia para se fazer muito pela eficiência e sustentabilidade energética. É importante que a legislação fomente essa consciência. Mas leis não bastam
etieneramos@construirnordeste.com.br
REPÓRTER Cristina França CARO LEITOR COLABORAÇÃO TÉCNICA Roberta Marques Feijó | gestora ambiental REVISÃO DE TEXTO Betânia Jerônimo betaje@hotlink.com.br
FOTOS (CAPA) André Prietsch
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Apagar a luz, tomar um banho com água fria (os cabelos e a pele adoram), comprar equipamentos de baixo consumo de energia, desligar totalmente os aparelhos eletroeletrônicos, tirando-os inclusive da tomada, abrir pouco a geladeira. Os conselhos para poupar na conta de luz cabem em uma longa lista. A tecnologia de geração eólica e solar descentralizada anuncia para o Brasil uma nova realidade, na qual o consumidor unitário ou coletivo poderá ser gerador e ter compensações tarifárias por essa geração superior ao consumo. O vento e o sol nosso de cada dia vão entrar no nosso bolso. Isto é bom demais. Porém, é preciso enxergar muito além do que podemos poupar. Essa poupança não será apenas de cédulas expedidas pelo Banco Central, que chegam ao nosso bolso pelo nosso trabalho. Pelo menos no caso da grande maioria dos brasileiros. Essa terra abençoada, com ventos e sol invejáveis, deve retribuir com uma consciência ampla do que seja sustentabilidade. É bom começarmos a fazer escolhas sustentáveis e exigir do poder público, nos seus vários níveis, atitudes ideológicas e práticas nesta direção, sem retrocessos, e em relação a todos os aspectos do cotidiano. Somente abandonando a condição de predador, o ser humano terá presente e futuro. Parafraseando o poeta Renato Russo: “é preciso preservar como se não houvesse amanhã”, porque se você parar para pensar, na verdade não há.
AGENDA CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR O Studio Equinócio e a Academia Solar realizam no Recife (9 a 12 de abril), Salvador (21 a 23 de julho) e Natal (4 a 6 de agosto) o curso Introdução a Projetos de Sistemas de Aquecimento Solar. Com uma carga horária de 24 horas, é direcionado para todos os interessados no tema, desde arquitetos, engenheiros e projetistas hidráulicos, até integrantes de ONGs. No conteúdo, as várias formas de captação e aplicação da energia solar em habitações de interesse social, hotéis e hospitais, além da análise de viabilidade econômica e ambiental dos projetos. O curso será ministrado pelo engenheiro Carlos Felipe da Cunha Faria, sócio-fundador do Studio Equinócio e também criador e coordenador técnico da iniciativa Cidades Solares. No Recife, o curso faz parte do Movimento Vida Sustentável. Informações: www.studioequinocio.com.br.
CONCURSO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) propõe o Concurso Internacional de Estudantes como atividade integrante da programação do 2° Congresso Internacional de Sustentabilidade e Habitação de Interesse Social (CHIS 2012), a se realizar de 28 a 31 de maio de 2012, em Porto Alegre. Quem quiser concorrer aos prêmios de US$ 5000, US$ 3000 e US$ 1000 deve enviar, até 30 de abril, propostas arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas, visando à reinserção social, qualificação do espaço público e soluções habitacionais inovadoras e sustentáveis para a população que ocupa a Ilha do Pavão, na margem do Lago Guaíba, no delta do Rio Jacuí, em Porto Alegre. Despesas de viagem e acomodação para um representante de cada equipe premiada serão custeadas pelo CHIS 2012. Informações: www.pucrs.br/fau/chis2012.
FEIRA DA FLORESTA, PALESTRAS E SEMINÁRIO A Feira da Floresta acontece de 9 a 11 de maio, em Gramado, no Rio Grande do Sul. É uma feira de negócios nacional voltada para a produção florestal e as cadeias produtivas decorrentes, reunindo empresários, profissionais, institutos e empresas ligados às áreas de pesquisa, tecnologia e formação técnica do setor. Na programação, estão previstos dois dias de palestras para produtores rurais, trazendo temas como fomento e desenvolvimento florestal integrado com agricultura, pecuária leiteira e de corte, ovinocultura, entre outros, além do seminário 1º Biomassa Florestal e Energia, que trata sobre o estado da arte da utilização da biomassa como insumo energético no Brasil e no mundo. O credenciamento para visitantes pode ser feito on-line (www.futurafeiras.com.br/feiradafloresta).
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EU DIGO
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Luiz Priori Junior
A
construção civil – mesmo se configurando entre os maiores ramos da economia brasileira – ainda apresenta baixas taxas de produtividade entre os setores fabris no Brasil, sendo uma característica marcante o emprego de métodos ainda praticamente artesanais de produção, o que contribui para a elevada utilização da mão de obra, muitas vezes, não qualificada que, aliada à mecanização (pouca ou quase nenhuma), influi diretamente nos processos de gestão dos canteiros de obra. Em nível regional, a instalação de grandes empreendimentos estruturadores em Pernambuco necessita de diversos investimentos, de modo que eles agreguem valores sustentáveis como aumento da qualidade e produtividade, desenvolvimento de novas tecnologias, uso racional de insumos (incluindo energia e água), redução da geração e gestão de resíduos, uso e conservação de equipamentos, capacitação de funcionários, segurança e qualidade de vida no trabalho. Além do mais, a sustentabilidade na gestão do negócio pode alavancar a reputação da empresa e melhorar a satisfação dos
empregados e a boa vontade dos clientes, entre outras vantagens. A satisfação dos trabalhadores pode proporcionar relevantes benefícios financeiros para a empresa, através da redução de custos decorrentes de rotatividade, verbas rescisórias, novos treinamentos e perda de produtividade. Tais circunstâncias acentuam-se na construção civil, por ela ser uma atividade de bases ainda muito artesanais, principalmente na nossa região. A influência da mão de obra no resultado do processo construtivo é muito grande, como também a implantação de qualquer inovação tecnológica e/ou gerencial que afete diretamente o trabalhador. O cenário é agravado pelo crescimento desse segmento, que está mais rápido que o da formação de capital humano, o que já provoca uma escassez de trabalhadores qualificados no setor. Dessa forma, faz-se necessário um esforço da construção civil para transpor o estigma de setor atrasado, conservador e manufatureiro, transformando-se em uma indústria moderna através da adoção de novas tecnologias e modelos de gestão concebidos na
forma de programas de melhoria das condições de trabalho e produtividade. Evidenciam-se como causas principais desse desfecho a falta de comprometimento da alta direção das empresas com o desenvolvimento e a implantação de melhorias nos canteiros de obra; a carência de um planejamento estratégico com planos de ação a longo prazo; e a pouca ou quase nenhuma participação dos funcionários no processo de gestão das obras, causada principalmente pela desmotivação devido à falta de investimentos na melhoria da qualidade de vida do trabalhador. A proposta de conceituação da responsabilidade socioambiental corporativa como pilar para o desenvolvimento sustentável – através de ações de melhoria das condições sociais e do respeito ao meio ambiente – pode ser uma solução para o problema, nas organizações do setor que forem capazes de ver oportunidades nesse mundo em mudanças, por meio da adoção de práticas mais sustentáveis como vantagem competitiva. Entretanto, o desenvolvimento sustentável só é encarado como oportunidade de negócio pelas empresas que têm uma visão futurista do mercado, uma vez que a adoção da sustentabilidade como estratégia de gestão ainda é considerada por muitos empresários um ônus (e não um diferencial competitivo). Essa conjuntura corrobora com o continuísmo na adoção de antigos métodos de construção e gestão, que se perpetuam em detrimento às novas técnicas construtivas, geralmente mais sustentáveis. Luiz Priori Júnior é engenheiro civil, doutor em Engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco, professor, consultor e pesquisador na área de construção sustentável (luizpriori@gmail.com).
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VISTO DE PORTUGAL
POR QUE NÃO FALAR DE DESPERDÍCIO DE ENERGIA? RENATO LEAL
N
inguém negará a importância de uma reflexão estratégica permanente, no que se refere à matriz energética de um país ou região. Não é matéria simples, dada a teia de fatores que, de alguma forma, interferem nesse processo, tais como política, tecnologia, valores de investimentos (e seus longos prazos de maturação) e, até mesmo, de fatores climáticos, entre outros tantos. Estes últimos, com sua aura de imprevisibilidade, dada a intensa agressão do homem infringindo o meio ambiente nas últimas décadas, ganharão, paulatinamente, maior protagonismo. Aliás, quando falo de imprevisibilidade – um mal que vem se tornando praga em muitas ciências, a matriz energética brasileira é muito dependente da energia hidroelétrica e há sempre que se pensar em alternativas para os períodos de seca prolongada. Temos que analisar também, com a mesma intensidade e prioridade, a matriz de consumo sob as mais diferentes perspectivas, sem esquecer os desperdícios: consumo doméstico e industrial na economia; consumo público e privado por Unidade da Federação e município; idade dos imóveis e indústrias instaladas. Assim compreenderemos melhor como estamos utilizando este fator de produção de custos crescentes e criaremos mecanismos que estimulem a redução do seu consumo em cada uma destas vertentes. Não podemos só pensar em aumentar a produção de energia ou produzir fontes alternativas, mas tornar mais eficientes a sua distribuição e o seu consumo. Toda vez que reflito sobre a questão, saltam algumas perguntas: • Por que ainda se constrói tanto com a atenção voltada para a estética e o custo da obra, desconsiderando soluções de sustentabilidade através de projetos, materiais e
tecnologia que, às vezes, nem sequer agregam tanto custo e proporcionam economias substanciais de energia para famílias e empresas? • Por que, em termos de sustentabilidade, alguns números não incomodam? Por que quando publicados não causam indignação? Dois exemplos: Recife perde 64% de sua água tratada contra 26% de São Paulo e 3,6% de Tóquio, no Japão; a reciclagem de resíduos sólidos é de 4%, no Recife, e de 70% nos países europeus. E o desperdício de energia – mais diretamente ligado ao nosso tema – ronda os 16% contra uma média mundial de 7%. • Por que os grandes prédios industriais, residenciais ou de escritórios, construídos há décadas, não se submetem a auditorias
energéticas que demonstrariam a viabilidade econômica de investimentos de “retrofit” energético? A mesma pergunta aplica-se aos governos em todas as suas esferas e aos grandes proprietários de imóveis de escritórios do país. Sabemos que quanto mais antigos os prédios, maiores os ganhos sobre o investimento. Teríamos, assim, quedas significativas no consumo energético nacional e maior eficiência na gestão dos empreendimentos. As respostas para essas questões são o mapa da mina da melhor gestão das matrizes de produção e consumo energético do país. É evidente, aos olhos de todos, que já existem soluções tecnológicas na arquitetura e engenharia de edifícios - e nos seus materiais construtivos - que permitirão ao país viver não só do aumento da produção de energia. E que, para empresas e famílias - inclusive poderes municipais, estaduais e da União, este será o caminho para reduzir a fatura energética. Iniciou-se, em fevereiro deste ano, no Recife, o Movimento Vida Sustentável, uma iniciativa que será realizada ao longo do ano pelo Sinduscon/PE, pela revista Construir NE e pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado de Pernambuco. Trata-se de um conjunto de atividades – fóruns, debates, cursos, premiações e uma feira sustentável – voltadas não só para discutir, mas principalmente para levar, aos diversos públicos, informações e conclusões desses debates, de forma a inserir, na vida de cada um, a preocupação com a sustentabilidade e a eficiência energética em suas decisões. Daqui para frente vai se ouvir falar muito neste movimento. Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal. renato.leal@b4.com.pt
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BOAS PRÁTICAS Pedras e bolsas da Norberto Odebrecht A Construtora Norberto Odebrecht montou, em Salgueiro, no sertão pernambucano, uma pedreira exclusivamente para atender às obras da Ferrovia Transnordestina, que interligará os estados do Ceará, Piauí e Pernambuco em 1.728 km de estrada de ferro. Lá, produz brita com uma granulometria específica para ser utilizada em diversas etapas da colocação dos trilhos. A cada trituração da pedra, é separado o material que será utilizado como lastro, para dar suporte ao dormente, e o que não é empregado para este fim - por conta do tamanho menor que o indicado - é reutilizado na obra, como componente do concreto usado para fabricação das dormentes. Com isto, consegue diminuir os impactos ao meio ambiente, uma vez que evita o acúmulo de material em áreas de bota fora. Em Salvador, resíduos de uniformes dos trabalhadores da Arena Fonte nova - obra da Construtora Norberto Odebrecht - são transformados em bolsas, bonecos, sacola ecológicas, puxa-sacos, dentre outros produtos. Através do Projeto Axé, o que antes tinha o lixo como destino final, ganha nova forma e beneficia mais de 22 famílias, que lucram com a venda dos itens. Higienizadas, as fardas ganham uma nova cara pelas mãos dos participantes da Rede de Costura Modaxé, que tem como eixo temático a função social da moda. Nesta ação, são desenvolvidas atividades técnico-pedagógicas, enfatizando os aspectos criativo (estilístico) e técnico (modelagem e costura).
Vitrine para a sustentabilidade Entre 19 e 22 de setembro, no Espaço Ciência, maior museu a céu aberto do Brasil, localizado entre Recife e Olinda, acontecerá a Feira Movimento Vida Sustentável que vai reunir profissionais e empresas do Brasil e do exterior em torno do tema da sustentabilidade na construção civil.
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O sol da Copa Veja quais estádios terão energia solar no Mundial de 2014 Arena esportiva Pituaçu, Salvador/BA Licitada em 2011, a instalação de um conjunto de painéis fotovoltaicos de 400 kW no teto e no estacionamento do estádio já está sendo feita pelo consórcio Gehrlicher/Ecoluz. Utilizará filmes finos de silício amorfo. O custo estimado do projeto, de R$ 5,5 milhões, será pago pela Coelba (52%) e pelo governo da Bahia (48%). Estádio do Maracanã A Light Esco (51%) e a EDF Consultoria (49%) criaram um consórcio e juntas, vão instalar módulos solares sobre o estádio do Maracanã para gerar energia elétrica. o projeto fotovoltaico terá 391 kWp de potência instalada. A eletricidade gerada será comercializada no mercado livre. O investimento total será de R$ 7 milhões. Estádio do Mineirão, Belo Horizonte/BH Terá um conjunto de painéis fotovoltaicos com 1,5 MWp. O custo, estimado em R$ 10 milhões, será bancado pela Cemig, com financiamento do banco alemão KfW.
Estádio Nacional de Brasília/DF - Mané Garrincha Terá 2,5 MWp de potência instalada. A energia gerada será suficiente para atender a 50% da demanda durante os jogos e horários de pico. No restante do tempo, o excedente será enviado para a rede brasiliense.
Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata/PE O novo estádio, na Região Metropolitana do Recife, terá usina solar com capacidade de 1MWp de potência instalada, o equivalente ao consumo médio de 6 mil brasileiros. Deve entrar em funcionamento em 2013 e faz parte do Projeto Estratégico de Pesquisa e Desenvolvimento - Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira, lançado em agosto de 2011 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),que será realizado pelas concessionárias do Grupo Neoenergia (Celpe, Coelbae Cosern) e a Odebrecht Energia, com investimento total de R$ 24,5 milhões.
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ENTREVISTA
A PAISAGEM NORDESTINA VAI GIRAR
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ice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica - a World Wind Energy Association (WWEA), o pernambucano Everaldo Feitosa é PhD em energia eólica pela Universidade de Southampton, na Inglaterra. Trabalha na área desde a década de 80 e fez parte do grupo de experts que projetou as primeiras turbinas eólicas inglesas. Professor licenciado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e empresário, está presente na maior parte dos projetos eólicos instalados no Nordeste. Feitosa reúne capital e ciência para falar de uma fonte que deixou de ser alternativa para integrar-se definitivamente à paisagem nordestina. Na opinião dele, isto vai acontecer também com a energia solar.
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Cristina França
Qual a realidade da energia eólica no Nordeste? Em 1998, a UFPE apresentou o Atlas dos Ventos na Região Nordeste do Brasil, um trabalho do qual participei, e provou para o mundo que a região tem uma das melhores jazidas eólicas do mundo. Da Bahia ao Maranhão, os ventos são uniformes, fato que só se repete em partes do Rio Grande do Sul. Os estudos também comprovaram a fantástica complementaridade natural entre a menor vazão do Rio São Francisco nos meses de julho, agosto e setembro, além do maior volume de vento nestes meses. Na época, a energia eólica era uma alternativa distante, hoje representa um mercado de R$ 80 bilhões até 2020.
Isso significa que o Brasil vai estar entre os países que mais utilizam a força dos ventos como fonte de energia? O Brasil já é um país de fonte energética limpa. A Alemanha tem fama, mas 60% de sua energia vêm do consumo de carvão. O Programa de Infraestrutura de Fontes Alternativas (Proinfa), criado em 2002 pelo governo federal, e os leilões de energia eólica, a partir de 2009, com o governo propondo a compra de 1,500 a 2,000 MW/ano, criaram condições para que se desenvolvesse no país toda uma expertise de apoio em engenharia civil, elétrica, eletrônica, montagem e manutenção. Isto nos garante know-how para figurar entre os quatro países de maior matriz eólica.
ENTREVISTA
Serão R$ 80 bilhões em investimentos em parques eólicos até 2020, considerando os leilões previstos Certamente estaremos na frente da Espanha, atualmente a quarta colocada, e atrás de China, Estados Unidos e Alemanha. Até 2020, o Brasil prevê a necessidade de gerar mais 68,000 MW, somando os valores dos leilões até lá (30% desta nova capacidade instalada serão de parques eólicos). Vento realmente virou business? Sim. E o Brasil tem a melhor legislação reguladora de mercado e a melhor forma de comercialização - os leilões. O custo da geração é o mais baixo do mundo. Chegamos a US$ 58,6/MWh contra US$ 168/MWh da Espanha. A concorrência entre as empresas é acirrada e saudável. Encontrar o lugar certo para instalar um parque eólico é tão complicado quanto prospectar petróleo. O dia a dia de uma empresa do ramo inclui o desenvolvimento de ferramentas computacionais sofisticadas, para prever ventos futuros e evitar riscos. Arrisco dizer que no Nordeste vivemos um momento único, no qual há euforia no setor automobilístico e também no eólico. Todos os grandes fabricantes de aerogeradores estão na região. Com tal cenário, o risco de apagões no Brasil é zero. O senhor diz que é difícil achar o lugar certo para instalar um parque eólico. Quais os Estados mais cotados? As variáveis são muitas. Por exemplo, a Bahia tem a maior área territorial e por isso comporta uma maior capacidade instalada, mesmo considerando que pelo interior a complexidade do relevo interfere nos ventos e nos custos de instalação. Os resquícios de Mata Atlântica no litoral pernambucano provam que os ventos são mais amenos, diferentemente do litoral do Rio Grande do Norte, com suas dunas sem vegetação. O Ceará tem o maior número de parques - hoje são 17
- e contribui com 518,9 MW da capacidade instalada de 1.471,2 MW. O importante é a soma de tudo isso e o fato de termos espaço mais que suficiente e não precisarmos, como Inglaterra, Dinamarca e Alemanha, instalar parques eólicos offshore, ou seja, no mar. Esses parques são 50% mais caros. A crise na Europa pode favorecer o Brasil em termos de tecnologia na área? Acredito que sim. As empresas vão procurar mercado com mais força e haverá naturalmente uma maior convivência entre os especialistas. O know-how periférico nós temos; precisamos avançar no centro, na tecnologia de montagem das turbinas. Mas a grande beneficiada com a crise europeia será, creio eu, a geração solar. Hoje os projetos eólicos são mais baratos que há dez anos. O mesmo deve acontecer com a geração solar. Há projetos prontos aguardando leilões que devem ocorrer ainda este ano. Isto vai fomentar a tecnologia e a formação de pessoal, favorecendo a competitividade com a presença de players internacionais.
Em potencial solar, o Nordeste só perde para a Arábia Saudita e, nos próximos dez anos, essa fonte será competitiva
retira energia da rede, mas injeta. É assim que funciona no Japão, Alemanha e Itália. As concessionárias de energia terão que se adaptar para tornar isto possível e criar mercado. Já a energia eólica personalizada é pura propaganda. Os aerogeradores precisam de espaço aberto contínuo, já que não é viável instalar no telhado de casas, hospitais ou hotéis. Com essas perspectivas, qual o sentido de instalar uma usina nuclear no Nordeste, como prevê o Ministério das Minas e Energia? Falando do ponto de vista da tecnologia, é fundamental para o Brasil desenvolver seu programa nuclear. A questão não é simplesmente se precisamos ou não de energia nuclear para abastecer a economia e a sociedade. Trata-se de um fator de soberania numa realidade internacional conturbada. O que diria para quem pensa que os parques eólicos poluem a paisagem e que os ventos não são confiáveis? Num parque eólico, todo o cabeamento interno pode ser subterrâneo, encarecendo o projeto elétrico em 30%, mas vale a pena para que apenas as turbinas gigantes de 100 metros de altura e de 100 metros de diâmetro sejam parte da paisagem. Quanto à confiabilidade dos ventos, isto é um risco individual para os empresários do setor que assinam os contratos de geração. No geral, é a soma anual da geração que conta - e não o vento que sopra a cada minuto.
Já este ano a Itália emplaca a maior geração de energia solar do mundo, com capacidade instalada igual às usinas nucleares. O que está reservado para o Nordeste onde, nos pacotes turísticos, faz sol o ano inteiro? A UFPE também fez um mapa solarimétrico do Brasil, há mais ou menos três anos. Piauí, Paraíba, Pernambuco e Bahia estão entre os Estados de maior potencial e o Nordeste só perde para a Arábia Saudita. A solar ainda é uma energia cara, mas nos próximos dez anos o Brasil chega lá. O conceito de energia solar é de geração pessoal com contadores girando ao contrário, quando o cidadão não
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PRODUÇÃO CONJUNTA
GERAÇÃO EM DOBRO Geração eólica em expansão e geração solar fotovoltaica como a próxima bola da vez. Neste cenário, sistemas mistos e complementares buscam espaço
Sistema misto da GreenLuce prevê autonomia de 36 horas
Cristina França
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entre as várias perguntas que pairam na cabeça de quem não é expert em energias renováveis, duas são onipresentes: Como gerar energia solar se o sol se esconder? Como gerar energia eólica se parar de ventar? Os especialistas esclarecem estas dúvidas falando sobre as tecnologias que armazenam energia do sol e dos ventos em pequenas ou grandes gerações. A Green Luce Soluções Energérticas colocou no mercado um sistema que agrega aerogeradores e painéis solares para tirar proveito dessas duas fontes. A energia é armazenada em baterias que alimentam as luminárias acionadas por fotossensores. A autonomia do sistema garante 36 horas de funcionamento — o suficiente para a iluminação por três noites. A sócia-diretora da Green Luce, Carla Van Deursen, destaca a dupla fonte e o ganho para quem aderir à ideia, por não depender da rede elétrica existente, tornando o sistema especialmente indicado
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para condomínios residenciais e comerciais. “A economia na conta de energia é total”, garante. No Ceará, a Gram-Eollic oferece a mesma possibilidade de geração mista com o Produtor Independente de Energia (PIE), patenteado em 2009 pelo engenheiro mecânico Fernando Ximenes. Os postes têm entre 12 e 18 metros de altura. As hélices de um avião no topo capturam a energia do vento (até 1.000W) e, as asas, com células solares, a energia do sol (até 400W). O sistema da Gram-Eollic tem autonomia de 70 horas e cada poste abastece outros dois. Desde 2010, um protótipo está montado no Palácio Iracema, sede do Governo do Ceará. “Apresentei um projeto para instalar 176 postes na rodovia CE-025, que liga Fortaleza ao litoral leste, a um custo 7% abaixo do sistema convencional. Não foi adiante porque os gestores e a população não acreditam. Também há preconceito, pois se eu fosse alemão já teria tido sucesso”, supõe Ximenes. O PIE
recebeu o Prêmio Inova da Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Ximenes, que é professor da Faculdade de Tecnologia do Nordeste, secretário da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará e membro do Conselho Temático de Meio Ambiente do Estado, instalou também uma torre eólico-solar no campus da faculdade. “A tecnologia é 100% cearense. A torre tem 24 metros de altura e capacidade para gerar 720KW/dia, o suficiente para a demanda de 100 salas, laboratório, parque aquático, ginásio e lanchonete”, informa. Carla Van Deursen diz que o aerogerador da GreenLuce é capaz de gerar energia com velocidade de vento mais baixa do que qualquer outro disponível no mercado. Suas turbinas geram de 160W a 2,4kVA. O painel solar possui células encapsuladas entre camadas de vidro temperado, acetato de vinil etilênico e polivinil fluorídrico, o que confere resistência contra as intempéries. A Green Luce tem parceria com empresas chinesas e
PRODUÇÃO CONJUNTA
americanas, países nos quais tais sistemas são usados há mais de cinco anos. A estratégia da Green Luce é mostrar para as grandes empresas a eficiência em termos de iluminação, redução de custos e sustentabilidade do sistema, além do apelo de marketing dessas iniciativas. Quinze unidades estão instaladas nos canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e 38 no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. Na área de transportes, o sistema está sendo avaliado em São Paulo pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e pelas concessionárias Camargo Corrêa e OHL (rodovia Fernão Dias). A Green Luce também está buscando homologar o sistema na Prefeitura do Rio de Janeiro, de olho na Copa 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Para isto, instalou um poste no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste carioca. O sistema da Green Luce varia entre R$ 17 mil e R$ 21 mil, em razão da quantidade de postes a ser instalada, do tamanho do painel
solar a ser utilizado, da potência da luminária e do local de instalação. Na Gram-Eollic, os cálculos não são feitos por unidade. Instigado a dar valores, Ximenes compara o custo do sistema convencional numa rodovia por quilômetro. “Considerando a transmissão e os equipamentos de iluminação, chegamos a praticamente R$ 2 milhões por quilômetro. Nosso sistema misto e autônomo varia de R$ 200 mil a R$ 700 mil”, estima. O engenheiro eletricista pernambucano, especialista em distribuição de energia, Francisco Belo, pondera que a tecnologia ainda é cara e também chama a atenção para o fato de que é preciso educar a população no sentido de evitar vandalismo. “Mas acredito que vamos caminhar nesta direção. Quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regularizar a microgeração e a casa de praia que passa dez meses do ano fechada compensar, por geração solar e/ou eólica conectada ao sistema, o consumo da residência na cidade, teremos uma nova realidade energética”, prevê.
A tecnologia cearense tem uma faculdade como vitrine
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NOVA LUZ PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A cidade de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, será a primeira do Brasil a implantar um sistema de iluminação pública com leds, lâmpadas mais econômicas do que as de vapor de sódio e mercúrio, que estará associado à tecnologia para a geração de energia eólica e solar. Dentro de seis meses, nas principais avenidas do município, serão instaladas minitorres eólicas de oito metros de altura que irão produzir até 1kVA de energia, o suficiente para iluminar cerca de 33 lâmpadas. Chamado de Nova Luz, o sistema foi desenvolvido pelo Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra), em conjunto com o Centro de Tecnologia Climática Avançada (CTCA), e já foi experimentado em praças e escolas nas cidades de Maracanaú, Eusébio e Aquirá, no Ceará, além de Lajedo, em Pernambuco. Mas, segundo o presidente do Eubra, Robson Oliveira, Abreu e Lima será a primeira cidade do país a implantar o sistema em todo o seu parque de iluminação pública.
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O programa Nova Luz é também uma opção para a energia fornecida pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), que apoia a iniciativa. “Vamos economizar na conta mensal com geração própria e ainda desafogar o fornecimento da rede nos horários de pico, o que é incentivado pela Eletrobras e pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel”, explica o prefeito de Abreu e Lima, Flávio Gadelha, que irá investir R$ 2 milhões em recursos da prefeitura no programa. A iniciativa atende à Resolução 414/2010 da Aneel, que previa a municipalização da iluminação pública ainda em 2011, prazo estendido até julho de 2013. O gestor de clientes corporativos dos poderes públicos da Celpe, Alberto Júnior, acredita que o sistema de Abreu e Lima irá incentivar outras prefeituras a buscar um modelo semelhante e até mesmo procurar mais o Reluz, programa do governo federal que estimula o consumo econômico. “O programa de Abreu e Lima será uma revolução na oferta de iluminação pública no Brasil”, afirma.
Abreu e Lima, no Grande Recife, será a primeira cidade do Brasil com leds em todas as ruas
O diretor de iluminação pública de Abreu e Lima, engenheiro Milton Leôncio, explica que o sistema da LED Brasil/Loadbest, empresa ganhadora da licitação pública, oferece uma tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos, adequada ao nosso meio ambiente e com capacidade de suportar as variações de energia de 110v a 220v sem problemas. “Fizemos testes e descobrimos que a led apresenta uma redução de até 1/5 do consumo normal. Esperamos uma economia de até 70%”, revela o diretor, ressaltando que não serão necessárias mudanças na estrutura existente. Os mesmos postes e luminárias poderão ser utilizados com as leds. A redução promete beneficiar a população de baixa renda do município, com isenção na Contribuição de Iluminação Pública (CIP) das unidades consumidoras residenciais da cidade que consomem entre 0kW e 80kW. De acordo com o cadastro da Celpe, das 27.759 residências, 15.267 passarão a ser isentas. “Nada mais justo do que repassarmos a economia que teremos com a instalação do novo sistema de iluminação”, afirma Flávio Gadelha.
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FORUM
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
SE O CONSUMIDOR ADERIR... Especialistas debatem a eficiência energética das construções e o potencial da energia solar e são unânimes em afirmar que a legislação ajuda, e muito, mas o mercado é soberano O Sinduscon\PE abre espaço para discutir ideias e práticas
Cristina França
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convite do Movimento Vida Sustentável, uma parceria da Construir NE com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/ PE), a consultora portuguesa Isabel Santos, engenheira de Energia e Meio Ambiente, e o professor Heitor Scalambrini, do Núcleo de Apoio a Projetos de Energias Renováveis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), participaram do encontro de março do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável e discutiram a eficiência energética e o potencial da energia solar, respectivamente, com construtores e profissionais da área. Em Portugal, assim como em todos os países da União Europeia, a certificação energética é obrigatória desde 2002. Portugal adequou-se à norma em 2006, o que fez crescer o mercado para especialistas da área. “Para vender ou arrendar qualquer imóvel, é obrigatório apresentar a certificação. Isto dá, a quem compra, uma ideia de quanto o imóvel irá custar em desperdício de energia ao longo do tempo. Claro que é mais fácil vender e mais inteligente comprar imóveis certificados”, diz Isabel Santos. A reação do
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mercado à certificação foi positiva, segundo ela muito mais em função do medo difuso e generalizado em relação ao aquecimento global do que por uma consciência em relação ao uso racional da energia. O professor Heitor Scalambrini, responsável técnico pelo convênio entre a Prefeitura do Recife e a UFPE, em 2007, que criou o projeto Recife Cidade Solar para divulgar essa energia como mitigadora do efeito estufa e propor políticas públicas para usar o sol como fonte de luz e calor, só conseguiu a instalação de painéis fotovoltaicos no Centro de Economia Popular, no Recife, que opera com energia solar. A ideia também gerou um esboço de projeto de lei municipal, prevendo incentivos para quem adquirir painéis produzidos em Pernambuco. Mas o projeto não foi adiante.
MUITO A DESCOBRIR A quem, após a apresentação no fórum, se mostrou entusiasmado com a iniciativa de cinco anos atrás, o professor Scalambrini respondeu com ceticismo, mas não conformação: “Nem as pessoas, nem os gerentes de
instituições bancárias, sabem que é possível financiar a aquisição e a instalação de sistemas para aquecimento de água, que custam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Muito menos que esse investimento inicial dá retorno em 18 meses, em média. Também não há legislação para evitar que se construam prédios jogando sombra sobre painéis já instalados. No Recife, ainda estamos discutindo esses temas fundamentais depois de tanto tempo”, alerta Scalambrini. O chuveiro elétrico está presente em 67% das casas no Brasil, mais de 90% no Sul e Sudeste. Esses chuveiros consomem cerca de 8% da energia elétrica produzida no país e representam, normalmente, mais de 30% da conta de luz. Outro alerta de Scalambrini é quanto à necessidade de formação de mão de obra (instaladores e projetistas) para não “queimar” o filme da energia solar nas residências. O crescimento da geração solar descentralizada, quando o consumidor se propõe a ser independente do fornecimento de energia das concessionárias, espera a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para definir incentivos à
FORUM
Atentos, empresários e executivos da Construção Civil preparam-se para projetos sustentáveis
microgeração (menor que 100kW) e à minigeração (menor que 1MW) distribuída de energia solar. Está prevista a criação de um Sistema de Compensação de Energia, onde a energia gerada superior à consumida cria um saldo a abater na fatura do mês seguinte. O coordenador do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, Serapião Neto, adiantou que estão para ser anunciados empresariais e residenciais numa das principais avenidas do Recife, com painéis solares e
Izabel Santos: certificação energética, obrigatória desde 2002, em Portugal, levou empresas à adequação
geradores eólicos para suprir à demanda de energia dos ocupantes. Do ponto de vista do mercado imobiliário, segundo ele, o construtor depende da receptividade do consumidor ao marketing verde. A regulamentação é essencial, mas o alvo é o comprador. A consultora Isabel Santos, sócia da empresa de engenharia em performance energética e construção sustentável Ecochoice, diz estar pronta para um período de catequese no mercado brasileiro. Ela conta que, em Portugal, foram dois anos de “pedagogia”, em relação à certificação energética, para mudar a visão de que sustentabilidade custa caro. “Muitos ainda se recusam a acreditar que uma lâmpada LED poupa 80% de energia. Em percentuais, diria que algo em torno de 15% dos portugueses percebem que a certificação vai muito além do ganho financeiro”, relata. O país calcula perdas de energia por volta de 50 milhões de euros\dia. “A legislação prevê exigências diferenciadas para edifícios com menos ou mais de mil metros quadrados, tanto novos quanto antigos. A questão da conscientização aparece quando o proprietário do antigo decide não fazer as
Scalambrini: projeto de lei para incentivar uso da energia solar não foi adiante no Recife
obras previstas na auditoria energética. Não tem a visão do todo a longo prazo”, sintetiza a consultora. A Ecochoice escolheu chegar ao Brasil pelo Recife, em função do crescimento econômico do Estado, com o apoio da Câmara de Comércio Portugal-Pernambuco. A empresa trabalha com três unidades de negócio – energia, construção sustentável e ambiente urbano sustentável. Neste último, os serviços incluem desde a simulação de cenários sustentáveis do território até estratégias de desenvolvimento do ecoturismo.
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EXPO REVESTIR
TECNOLOGIA E ECOLOGIA Fabricantes estrangeiros e nacionais apostam alto em produtos para atrair o consumidor, propondo características high tech aliadas ao marketing ambiental
Kieling, presidente da Expo Revestir: a feira representa o mercado interno brasileiro
Cristina França
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ez anos de feira em um momento econômico extremamente favorável no Brasil. Bons motivos para comemorar e apresentar números promissores. A Expo Revestir 2012, realizada de 6 a 9 de março, em São Paulo, cresceu 30% em relação a 2011, contando com 230 expositores, dentre eles 46 internacionais, a maior presença de todas as edições. “O Brasil é hoje um dos protagonistas no cenário global e tem um mercado interno em franca expansão, então é natural o interesse dos fabricantes
internacionais pela vitrine que a Expo Revestir proporciona”, disse o presidente da feira, Antônio Carlos Kieling, evitando comentar reflexos da crise internacional nessa presença maior de estrangeiros. O grupo espanhol Roca foi um dos debutantes da feira. Líder mundial em peças e acessórios para banheiros, o grupo trouxe, além da linha Armani - parceria com o estilista italiano Giorgio Armani, a suíça Laufen. O diretor comercial da Roca, Sérgio Melfi, detalha que as duas marcas
O arquiteo italiano Antonio Citterio: pela atemporalidade do design
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terão posicionamentos diferentes no Brasil - “a Roca aposta no desenho universal; a Laufen, por ser suíça, tem um desenho mais conceitual e autoral, de influência ítalo-germânica, e peças com grandes medidas”. A Laufen chega ao mercado no segundo semestre. Outra novata foi a norueguesa Lundhs, com seus granitos azulados conhecidos como Blue Norueguês. O produto é importado em blocos e recebe acabamento final no Brasil. “É cedo para avaliar os resultados da feira, mas estamos confiantes porque nossos granitos representam uma cor que não tem no mercado e com preço médio e viável para construtoras e o consumidor final”, diz o representante Fábio Biselli. Público para apresentar as novidades não faltou. Segundo a organização da Expo Revestir, mais de 40 mil profissionais entre arquitetos, designers de interiores, revendedores, construtores, jornalistas e compradores internacionais marcaram presença na feira e no Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, evento que aconteceu paralelamente. A presença de 120 jornalistas e compradores de 35 países teve apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).
EXPO REVESTIR
O piso da Revitech e as pastilhas da Mazza Cerâmicas
A Dânica apresentou a telha Termo House: estilo colonial, efeito térmico
Dentre os produtos que apostaram na tecnologia e sustentabilidade para conquistar a atenção, destaca-se a ducha manual da fabricante alemã Hansgrohe, que promete reduzir o fluxo de água em até nove litros por minuto, sem prejudicar o conforto do banho. Em matéria de pisos, a marca Ecopietra mostrou produtos com 95% de permeabilidade, uma solução para a drenagem da água em áreas externas. Já a Revitech apresentou o Unique SK, com superfície autodesinfetante em oito cores, ideal para hospitais, laboratórios, consultórios. Tanto para pisos quanto para paredes, a Mazza Cerâmicas propôs pastilhas compostas de resíduos de louças sanitárias. Reciclando vidros de lâmpadas fluorescentes e usando pintura com esmalte ecológico, a Lepri apresentou sua linha de pastilhas metalizadas para destacar ambientes residenciais ou chamar a atenção de lojas, bares e restaurantes. A Dânica levou para a Expo Revestir a telha Termo House. Em estilo colonial, é fabricada em aço pré-pintado nas duas faces, com núcleo isolante que bloqueia a entrada de frio ou calor em 95%. Serão produzidas no Brasil a partir de abril. Evento paralelo, o 10º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção teve
palestra do arquiteto italiano Antonio Citterio, uma das principais referências em estilo e autenticidade na área de design, a qual abordou a interação entre os espaços e os objetos. Citterio falou da importância de criar produtos atemporais, pensando-se na sustentabilidade do planeta. Vieram também ao fórum o jovem talento português Diogo Brito, do OODA, escritório reconhecido por seus projetos inovadores como o Ntcart Museum, em
Taiwan, e o Disaster Center, na Turquia; e o crítico de arquitetura espanhol Luís Fernandez-Galiano distribuindo ideias instigantes: “A arquitetura deve juntar o carnaval da forma com a quaresma da construção e se integrar aos interesses políticos e econômicos”. Já Brito conversou com os arquitetos presentes sobre a capacidade de realizar trabalhos considerados utópicos e as influências da ficção na inspiração de projetos inovadores.
O design conceitual da suíça Laufen chega ao mercado no segundo semestre
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COMO SE FAZ
TINTAS INOVADORAS VÃO ALÉM DO ARCO-ÍRIS Mudam de cor, impermeabilizam e garantem efeitos inusitados. As novas tintas fazem a diferença
Patrícia Braga
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Com a técnica de monocapa, acabamento é feito pelo pintor
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cor da parede é, decididamente, condição sine qua non para o resultado da decoração de um ambiente. Escolher tintas decorativas que tenham maior durabilidade garante um ambiente bonito por mais tempo, somando economia ao saldo final. Com o crescimento acelerado da construção civil no país e dos investimentos em novas tecnologias, o consumidor passou a dispor de produtos com qualidade e que maximizam o tempo de vida da pintura. As marcas inovadoras já são várias, assim como os fabricantes. As chamadas tintas de primeira linha diferenciam-se das comuns por oferecer cobertura mais homogênea, praticidade na aplicação e, claro, durabilidade. “Possuem maior teor de óxido de titânio, responsável pela alvura da tinta, e de resinas acrílicas, que dão maior durabilidade e resistência à cor”, explica o engenheiro Péricles Leal, responsável pela construção do Condomínio Vila dos Corais, na Reserva do Paiva, no litoral sul da Região Metropolitana do Recife. Segundo ele, quanto mais resina e titânio, melhor o recobrimento e maior a duração da tinta. Ele ressalta que esse tipo de produto ainda possui fungicidas para proteger a parede contra mofo e algicidas que atuam contra o limo, dois componentes fundamentais que garantem um resultado diferenciado. Segundo ele, apesar de ter preço mais alto, o
custo-benefício desse tipo de produto acaba superando os tradicionais. A explicação é simples: a tinta popular exige aplicação de várias demãos até uma cobertura ideal, enquanto a especial pode proporcionar um revestimento perfeito com apenas uma demão, se a parede for virgem e tiver um bom acabamento. “Quando não há controle na forma de revestimento da argamassa, é preciso mais de uma demão”, ensina Leal, lembrando que, em muitos casos, o serviço só é liberado após uma avaliação do revestimento. Já em reformas, é necessário lixar a superfície e aplicar pelo menos duas demãos de tinta. Para sanar essa e outras dificuldades, existem fórmulas que vão além, ou seja, possuem aditivos químicos capazes de eliminar as imperfeições das paredes e a problemática da mão de obra. É a conhecida textura ou pintura projetada, aplicada com auxílio de equipamento pneumático de projeção, que opera com uso de ar comprimido. Além da rapidez e de um acabamento superior e sem desperdício, o grande diferencial é que, com tal tipo de máquina, uma mesma pessoa pode fazer o revestimento de fundo com argamassa seguida da pintura, aliando economia de mão de obra. Trata-se da textura de monocapa, que dispensa o reboco e pode ser aplicada pelo próprio pintor para o acabamento final da superfície. “Se eu fosse utilizar a técnica convencional num apartamento, precisaria
COMO SE FAZ
PARA UMA PINTURA BEM FEITA Ş $RODBHficar o tipo de tinta de acordo com a área a ser pintada (tetos de banheiros, cozinha e lavanderia devem levar Tinta Acrílica) Ş $RBNKGDQ NR @BDRR®QHNR CD @BNQCN BNL @ superfície a ser pintada Ş /QDO@Q@Q @ RTODQE¨BHD CDHW@MCN @ firme, uniforme, limpa, seca e sem qualquer tipo de gordura ou mofo. Em parede virgem, após o reboco, deve-se esperar que a parede seja curada. Ş OKHB@Q RDK@CNQ Ş OKHB@Q @ @QF@L@RR@C@ Ş +HW@Q Ş OKHB@Q CT@R NT SQ¥R CDL NR dependendo da necessidade Péricles Leal : textura projetada garante acabamento superior
de pelo menos quatro profissionais; já com a projetada, utilizaria apenas dois”, exemplifica Péricles. A pintura projetada é recomendada para interiores, tetos e exteriores, e também na aplicação de texturas com efeito - o Orange Peel, a popular casca de laranja. No Brasil, já são muitos os fabricantes que investem no quesito inovação. A Coral, por exemplo, trabalha com três tipos de tinta: econômica, Standard e Premium, cada uma com performance e indicação de uso que varia de acordo com a necessidade do consumidor. Priorizando o aspecto da durabilidade, os destaques são os produtos da linha Premium, com as tintas Coral Decora e Super Lavável. Segundo Guillermo Jaureguy, gerente de Marketing da Coral, são produtos que costumam custar, em média, até 60% a mais do que uma tinta econômica da marca, mas que conservam a qualidade da pintura por mais tempo. Há ainda a linha Rende Muito, com diluição de 80% em água e rendimento
de 500 metros quadrados para uma demão com lata de 18 litros, rendendo duas vezes mais. “Em condições normais de conservação, geralmente duram mais do que o dobro de tempo das pinturas com tintas tradicionais”, garante Jaureguy. Já a linha Sol & Chuva, indicada para exteriores, é fabricada para proteger a parede contra algas, mofo, maresia e variações climáticas. Considerando a dificuldade na hora de escolher a cor, a paraense Mundial Prime inovou com a tinta spray Camaleão, que muda de cor dependendo do ângulo de visão. As tonalidades básicas são o azul, que varia para roxo, rosa e verde; o verde, para azul e roxo; o amarelo, para laranja e verde; e o vermelho, para rosa, roxo, laranja e amarelo, quando aplicadas em qualquer superfície com fundo preto. A tinta também pode ser aplicada nas latarias de carros, sendo adquirida em supermercados e casas de material de construção e produtos automotivos.
Já a paulista Universo Tintas lançou a Unilar Acrílico Econômico, indicada para superfícies internas, massa acrílica, texturas, concreto, fibrocimento, repinturas sobre PVA, tetos, quartos e ambientes de menor circulação. Outro exemplo é a tinta impermeabilizante da Denver para fachadas que une pintura com impermeabilização e acabamento. A Denvercril Parede, à base de resina acrílica, flexível, monocomponente e pronta para uso, também promete uma pintura imobiliária com elevada durabilidade e boa resistência à chuva e à ação dos raios ultravioleta. “Há tipos de texturas que só precisam ser aplicados uma vez”, afirma Péricles Leal. Ele garante que quando uma fachada recebe tinta especial, normalmente só é preciso refazer a pintura de três em três anos. “A economia de uma linha para outra pode chegar a 30%, dependendo da forma como a tinta foi aplicada e do acabamento dado”, afirma.
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TECNOLOGIA
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA ECONOMIA E DO CONFORTO Novos sistemas de refrigeração baixam o calor do Nordeste e o consumo de energia
Termoacumuladores do arrojado sistema de refrigeração do Shopping Riomar, a ser inaugurado no Recife
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Patrícia Braga
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aceleração de investimentos imobiliários e empresariais resultou num incremento dos projetos de arquitetura, que se adequaram às tecnologias e equipamentos inovadores. Surgem, a cada dia, alternativas que aliam sofisticação e praticidade à economia e qualidade de vida. A necessidade de redução no consumo de eletricidade e a criação de um ambiente mais salubre nas edificações motivaram o surgimento de novos processos de climatização, tais como o Inverter, os sistemas de vigas frias e os vidros e pisos especiais. Apropriados para ambientes maiores como edifícios empresariais e escolas, os sistemas VRV (Volume de Refrigerante Variável) ou VRF (do inglês Variable Refrigerant Flowe) estão entre esses processos com características que fazem a diferença: controle automatizado de temperatura e autonomia. Ou seja, uma só máquina é capaz de fazer a refrigeração de vários ambientes, cada um mantendo a temperatura que lhe convier. Uma máquina só pode aplicar 60 evaporadores. Sua tubulação é capaz de atender a 10, 20, 30, 40 ambientes ao mesmo tempo. Desta forma, num prédio de vários pavimentos, salas de diversos tamanhos podem ser alugadas para clientes diferentes, cada um com o seu controle independente de ar condicionado. É graças à autonomia na refrigeração de cada espaço que parte do sistema pode ser desligada à noite, quando apenas os ambientes que necessitam de condicionamento de ar continuam sendo resfriados. Além da praticidade e economia de energia elétrica, o VRV e o VRF ainda propiciam ambientes mais saudáveis, pois utilizam gás R-410 A, fluido refrigerante que não ataca a camada de ozônio. Outra tecnologia já bastante procurada é a Inverter, para equipamentos do tipo Split, utilizados em empreendimentos empresariais
TECNOLOGIA
Luciano Prestelo: sistema de vigas frias traz economia fabulosa na refrigeração
e imóveis residenciais. Também criado com o objetivo de economizar energia elétrica, o Inverter é capaz de proporcionar o mesmo ambiente confortável do sistema tradicional, com um gasto de energia até 40% menor em relação aos equipamentos convencionais. O diferencial está em fatores como o compressor, que opera com velocidade fixa e aumento gradativo da rotação, variando sua capacidade em função da temperatura ideal para o ambiente, ao contrário do convencional, cujos compressores ligam e desligam com picos de partida e, consequentemente, de energia. Outra diferença é que os aparelhos com o Sistema Inverter apresentam nível de ruído menor que os Splits convencionais, pois a temperatura estável leva o compressor a operar com baixa rotação em carga parcial, o que reduz o barulho da condensadora. Também utiliza gás R-410 A e proporciona temperatura mais uniforme, já que a flutuação da variação de temperatura no ambiente é mínima. O filtro dos equipamentos com a nova tecnologia é de íons desodorizantes, que permitem a remoção completa de sujeiras e odores do ar, possibilitando a instalação dos aparelhos com
uma maior distância entre as unidades interna e externa, em relação ao Split tradicional. Mas a vantagem fundamental é o custo-benefício do Inverter, que apesar de ser, em média, até 50% mais caro, acaba compensando a diferença financeira do investimento inicial num período de 12 a 16 meses, pela significativa redução da queda no consumo de energia. “O sistema é uma tecnologia já procurada no balcão da loja; temo consumidores exigindo esse tipo de produto”, declara Rodrigo Paes Barreto, gerente comercial da Arclima no Recife. Apesar do sistema ter chegado ao Brasil há mais de uma década, só há aproximadamente dois anos conseguiu se popularizar, graças à queda dos preços do equipamento, que se tornou bem mais acessível. “Hoje um equipamento de 9 mil BTUs pode ser adquirido por preços entre R$ 800,00 e R$ 1.300,00”, afirma. Mais potentes e de maior alcance, os equipamentos Multi Split Inverter também possuem tecnologia SRV. Indicados para empreendimentos empresariais, são capazes de atender a andares inteiros, com economia de energia, espaço e conforto ambiental, já que opera de forma silenciosa.
Riomar terá sistema com 5.550 toneladas de refrigeração e economia de até 50%
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Vidros permitem a entrada da luz solar, sem incidência de calor
INEDITISMO Apontado como um dos mais modernos e eficazes, o sistema de vigas e tetos frios, desenvolvido para aquecimento de ambientes na Europa, foi adotado no Brasil para ter efeito contrário, ou seja, refrigerar grandes empreendimentos. Tendência mundial na climatização de ambientes, o sistema permite que a temperatura natural da água, que é de 25 graus, baixe só para 15 e não para cinco graus, como nos resfriamentos convencionais. Segundo o engenheiro Luciano Prestelo, professor do curso de refrigeração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), isso permite uma economia de energia fabulosa. No Nordeste, a tecnologia já implantada na Bahia, no Salvador Norte Shopping, chega a Pernambuco no Shopping Riomar, em construção no Recife, que irá trabalhar com 5.550 toneladas de refrigeração. De acordo com Prestelo, responsável pela climatização do empreendimento, as vigas frias irão gerar uma economia de energia de 40% a 50% em relação aos outros sistemas. No sistema de resfriamento por vigas
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frias, a água gelada que climatiza o shopping é gerada por chillers (resfriadores de líquidos), que à noite permanecem trabalhando para armazenar o líquido resfriado em tanques de termoacumulação – no Riomar são dois, com 33 metros de altura por 10,5 de diâmetro cada. Um tanque conserva a água a uma temperatura de 15 graus e, o outro, a cinco graus. No horário de pico, a água reservada é utilizada para complementar a que é gerada pelo chiller, reforço que permite uma significativa economia de energia. De acordo com o professor, outro projeto que contempla o sistema voltado para a economia de energia é o chamado piso radiante, também implantado no Riomar, no Espaço Gourmet. Prestelo explica que a tecnologia permite a troca do ar quente com o frio, através de uma tubulação que passa sob o piso e por onde circula água refrigerada a 15 graus. Segundo ele, além de economizar energia, o piso radiante, que é fabricado na Itália, evita a distribuição de ar só através de dutos, o que provoca disseminação de bactérias, permitindo refrigeração com ar totalmente puro. Considerando ainda a economia e o
conforto, outra alternativa já bastante utilizada no país são os vidros fabricados com material especial para aproveitamento da luz solar, sem incidência do calor externo. No novo shopping recifense, parte da fachada e a cúpula serão recobertas por este tipo de vidro importado da Colômbia. Segundo o engenheiro, além de mais sofisticados, os vidros especiais impedem que a luz do sol afete a carga térmica dos equipamentos de ar, garantindo uma temperatura confortável. Outra novidade adotada pelo empreendimento, que terá 295 mil metros quadrados de área construída, é o sistema de rodas entálpicas, processo químico que desumidifica o ar. “Teremos 17 para desumidificação do ambiente interno”, revela, ressaltando que a tecnologia faturou o Selo Procel A, do Inmetro. As rodas entálpicas são equipamentos que auxiliam as trocas de calor, fazendo com que o ar que entra seja resfriado pelo ar que sai do prédio. Mais uma tecnologia que adota uma filosofia mundial: utilizar a própria natureza como auxiliar de equipamentos artificiais no controle climático de interiores. O planeta e seus habitantes agradecem!
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MÃO DE OBRA: CUSTO ALTO AINDA É O MENOR PROBLEMA Reajustes acima da inflação e alta contratação elevam salários, mas empresários lamentam a falta de qualificação de trabalhadores para a construção
Patrícia Braga
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raciocínio lógico aponta que o aumento de investimentos em um determinado setor resulta na demanda de mão de obra e na consequente corrida por novas contratações. O intenso ritmo de crescimento da construção inclui profissionais do segmento entre os mais valorizados do país. No Nordeste e, mais precisamente, em Pernambuco, o nível de emprego jogou para cima os custos de mão de obra, principalmente a qualificada. Segundo a Pesquisa de Sondagem da Indústria da Construção Civil realizada pela CNI e pela Fiepe, enquanto no Brasil o percentual de contratação de empregados do setor, em dezembro de 2011, foi de 49%, resultado considerado insatisfatório em relação ao ponto limite de 50%, o Nordeste registrou 52,2 pontos e Pernambuco foi além, com 55 pontos. Já no Brasil, o aumento foi de 48 pontos. “Aqui no Estado temos demanda de profissionais de engenharia civil para salário de R$ 10 mil e não existe engenheiro, pois todos estão empregados”, revela André Freitas, coordenador da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe. Na avaliação de Freitas, a demanda crescente de obras, a partir de 2009, e de trabalhadores no setor manterá a mão de obra valorizada, mas em 2012 haverá uma estabilização sem maiores ajustes, na busca pela prestação de serviços na construção, apesar de estimativas como a da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe/ Fidem), que prevê uma aceleração de 5% na economia do Estado. “O mercado vai permanecer em patamares muito bons, mas a avaliação dos preços vai ficar estável”, calcula.
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A conclusão das empresas que representam o setor é que, com a acomodação nos custos de matérias-primas e insumos, a tendência para 2012 é manter os números de 2011, refletindo-os no valor da mão de obra e no preço final dos imóveis que, segundo o coordenador, “não têm mais como subir”. Para Gustavo Miranda, presidente do Sinduscon/PE, como houve muita valorização nos últimos três anos, a economia dá sinais de arrefecimento, sobretudo no Sul e Sudeste. “Pernambuco ganhou muita musculatura com a vinda de empreendimentos sazonais. Isto criou uma efervescência grande e nós fomos pegos de surpresa”, confessa, referindo-se à demanda e à consequente valorização de profissionais capacitados - dos pedreiros aos engenheiros. E o resultado, segundo ele, foi a última negociação salarial do ano passado, quando a inflação não chegou a seis pontos e os trabalhadores conseguiram fechar o acordo em 12%, uma grande vitória para a categoria. “Vínhamos parando, mas quando descomprimimos foi de vez”, constata. Sobre a disputa por categoria de profissionais no setor, Gustavo diz que o mais procurado hoje é o bom profissional. “Temos muitos carpinteiros, armadores e soldadores, mas ainda poucos capacitados. Nós viramos o Senai das empresas de grande porte que vêm em busca de nossos profissionais capacitados”, lamenta. Segundo ele, o Estado progrediu em oferta de operadores de máquinas graças às capacitações oferecidas por programas oficiais como o Promata (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco).
Sobre a progressão nos percentuais salariais, o presidente do Sinduscon/PE diz que é relativa, já que os reajustes variam de acordo com os respectivos sindicatos, com exceção de profissionais como mestres de obras e engenheiros civis. “A situação de Pernambuco hoje é um paradoxo, uma incoerência”, afirma, referindo-se aos salários de engenheiros, que variam entre R$ 1.800,00 para profissionais experientes e R$ 4.600,00 para recém-formados.
Bezerra: repasse dos custos para os preços dos imóveis
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De qualquer forma, no que tange aos indicadores gerais, em cinco anos os reajustes em Pernambuco passaram de 3,5% para 10%, registrando uma variação de 25,58% pelos cálculos do INPC/IBGE. Já para o diretor técnico da Duarte Construções, Leonardo Bezerra, os empresários têm compensado o “peso” dos custos com mão de obra no preço final dos imóveis; já a mecanização de atividades nos canteiros, com o uso de novas tecnologias. Esta é uma saída também para a própria escassez de profissionais qualificados. Sobre a perspectiva de acomodação salarial no setor, Leonardo acredita que isto irá acontecer em quase todo o país, mas Pernambuco será uma exceção. “Acredito que não vai haver mais aumento vertiginoso, mas acho que Recife e Rio de Janeiro vão continuar ainda aumentando um pouco fora da curva do restante do país”, prevê. E um dos fatores, para ele, é o aumento nos valores da produção e nos custos com profissionais como carpinteiros, pedreiros e ferreiros, que tem superado os índices do INCC.
VARIAÇÃO DO INPC/IBGE ACUMULADO DE OUTUBRO DE 2005 A SETEMBRO DE 2010 – 25,58% GANHOS REAIS: Ş REAJUSTE GERAL
14,17%
Ş PISO AJUDANTES
18,23%
Ş PISO PROFISSIONAIS
17,51%. Fonte: Sinduscon-PE – Quadro Reajustes – 5 Anos.
POSIÇÕES MAIS DEMANDADAS EM 2011 Cargo - Salário Gerente de Manutenção Gerente de contratos Controller Gerente de obras Gerente regional de vendas
Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş R$ 14 mil Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş R$ 25 mil Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş R$ 13 mil Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş R$ 12 mil Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş R$ 10 mil
Ş Ş Ş Ş
Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş Ş
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NA BAHIA, DEMANDA ALTA E BAIXA QUALIFICAÇÃO José Pacheco Maia Filho
O boom da construção na Bahia foi acompanhado de um apagão na mão de obra. Em Salvador e na região metropolitana, de uma média de 350 novos empreendimentos imobiliários em construção por ano, até 2006, pulou-se para 1.250, no período 2007-2011. “Em 2007, tínhamos 75 mil trabalhadores formais e, em 2011, eles somavam 193 mil. A demanda mais do que dobrou em alta velocidade, sem haver estoque de operários qualificados”, informa o presidente do Sinduscon/BA, Carlos Alberto Vieira Lima. A necessidade premente de trabalhadores para dar conta das obras causou a entrada de
um contingente profissional sem qualificação e desconhecedor da cultura da atividade. A consequência disso, segundo Vieira Lima, foi a queda brutal da produtividade do setor. “Os novos operários, em média, produzem 25% de um profissional qualificado”. Na avaliação do presidente do Sinduscon/BA, a baixa produtividade tem sido o principal problema do custo da mão de obra. “Acarreta custos paralelos. Hoje são necessários 200 operários para uma obra que antes se fazia com 100”, reclama, acrescentando que, além da produtividade baixa, há retrabalho e desperdício de materiais.
Os reajustes salariais dos operários nos últimos anos, que alcançaram ganhos reais de 22%, não são problema, de acordo com Vieira Lima. “O crescimento do mercado absorve isso. A questão é a baixa produtividade e o fato dela não acompanhar os ganhos salariais”, afirma. Para o dirigente do sindicato empresarial, a saída para as empresas, que estão se prejudicando com a situação que causa atrasos nas obras, é investir em qualificação e inovação tecnológica. “A tendência é que o setor da construção continue crescendo acima do PIB. Então os problemas com a mão de obra precisam ser resolvidos”.
CEARÁ PODE ENFRENTAR GREVES Hugo Renan do Nascimento e Patricy Damasceno
Os reajustes dos salários dos trabalhadores da construção no Ceará estão acima da inflação do último ano no Brasil, segundo o presidente do Sinduscon/CE, Roberto Sérgio Oliveira. De acordo com ele, em março de 2011 o reajuste foi de 9,8%, com uma inflação de 6,5%. Para 2012, a expectativa do reajuste é de 6%, contra uma inflação de 5,47%. Apesar do reajuste estar acima do índice inflacionário, os trabalhadores querem 25%. Roberto Sérgio diz que a expectativa está
Servente Salário atual
muito difícil e que poderá haver greves na capital, a partir de abril, caso a categoria não entre em acordo com o Sinduscon/CE. “No Nordeste como um todo, estão ocorrendo dificuldades nas negociações”, complementa. Na tabela a seguir, seguem os salários atuais e os reajustes oferecidos pelo Sinduscon/ CE, frente aos reivindicados pela categoria. Oliveira diz que, para todos os outros trabalhadores da construção civil, o reajuste sugerido é de 6%.
Meio profissional R$ 654,00
Reajuste oferecido pelo Sinduscon-CE
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R$ 1.534,00 R$ 1.120,00
$ 95 , R$ 950,00 R$ 820,00
R$ 725,00
Mestre
R$ 1.045,00
R$ 700,00 $ 625,00 5, R$
Reajuste reivindicado pela categoria
Encarregado (contra-mestre)
R$ 880,00
R$ 577,50
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Profissional
$ 1.650,00 5 , R$ R$ 1.310,00
R$ 1.120,00
R$ 1.925,00
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SÉRIE INFRAESTRUTURA
UM MERCADO DURO Os investimentos em pavimentação de estradas, portos e aeroportos acirram a competição entre asfalto e cimento. Custo e durabilidade são as armas do jogo
Cristina França
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penas 10% dos 1.724.931 quilômetros de estradas brasileiras, ou seja, 172.493 quilômetros, são pavimentados e, destes, somente 6% em concreto. Olhando para estes números, o presidente regional (Norte-Nordeste) da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Eduardo Moraes, enumera argumentos para aumentar a fatia de concreto no bolo. “No mundo inteiro, 90% das rodovias são em concreto. Os critérios para seu uso são economia, a longo prazo, e durabilidade. No Brasil, asfalto se dá de graça, porque é subproduto do petróleo e precisa ser consumido. Dos 90% das estradas sem pavimento, de 30% a 35% delas têm características que apontam o concreto como solução ideal. É por este percentual que a ABCP luta. Sem falar nos portos e aeroportos”, diz. Moraes reconhece que na briga por um mercado onde as obras são para ontem, a logística do pavimento em concreto é um ponto
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negativo. O maquinário necessário é mais sofisticado, as obras param quando chove e há um lapso de 15 a 28 dias entre o fim da obra e a sua liberação para uso. O Brasil utiliza concreto desde 1925. Recife, onde fica a sede da ABCP Nordeste, é a Meca do concreto. As principais avenidas da capital pernambucana, feitas há mais de 35 anos, são em concreto. A quantidade e a qualidade do tráfego são fatores determinantes na escolha do material. Os defensores do concreto também colocam o conforto térmico e a visão de longo alcance noturno como pontos a favor, esta última em função do pavimento ser mais claro. O concreto ganhou a briga pela duplicação da BR-101 nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Mas só na pista de rolagem. O acostamento e a faixa de segurança são em asfalto. Na obra, um dos cinco conjuntos de máquinas importadas há mais de dez anos para difundir a tecnologia foi usado pelo contingente do 1º Grupamento de
Engenharia do Exército, sob a supervisão do engenheiro Martônio Francelino, especialista dos quadros da ABCP. Desde 2006, a entidade tem um acordo de cooperação técnica com o Exército. “A disciplina em seguir as recomendações técnicas é o grande ganho de se trabalhar com a tropa, tanto que o trabalho feito virou referência para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O concreto já teve vitrines negativas em função de ajustes equivocados feitos por empreiteiras contratadas, que têm dificuldades em aceitar nossa expertise”, diz Francelino. O engenheiro civil Luiz Maranhão, da pernambucana ATP Engenharia, é um dos responsáveis pelo projeto de infraestrutura do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), uma das grandes obras nordestinas previstas para a Copa 2014. Ele afirma que a escolha entre asfalto ou concreto, para além dos argumentos técnicos, é uma questão meramente econômica.
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Acima, o cais do Porto do Itaqui, no Maranhão. Ao lado, o engenheiro Martônio Francelino, da ABCP, na linha de frente na difusão do uso do pavimento de concreto
“Não sou ABCP ou Petrobras; falo pela experiência. O asfalto projeta-se para dez anos e precisa de maior manutenção; já o concreto se projeta para 20 anos e é extremamente vantajoso no quesito manutenção. Isso em geral. A característica específica de um pátio de estacionamento de aeronaves, por exemplo, demanda concreto por não absorver perdas de óleo e suportar grande peso imóvel por longo tempo. As pistas de pouso e taxiamento têm variáveis nas quais uma e outra opção apresentam vantagens. Mas manutenção de concreto implica fechar a pista por um período. Nesse novo aeroporto, seria possível deslocar os voos para o atual Augusto Severo. No Recife, por exemplo, não há opção para o aeroporto”, analisa Maranhão. A pista do aeroporto de São Gonçalo será em asfalto. O Galeão, no Rio de Janeiro, tem pista em concreto e é o cartão de visitas da ABCP nessa área. Em relação aos portos, no
Maranhão, por exemplo, o porto do Itaqui utiliza pavimentação em concreto nos pátios de estocagem e na beira do cais. O diretor de Engenharia e Infraestrutura da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Alexandre Falcão, elogia a durabilidade e a adequação ao tipo de carga operada, mas adianta que “não está prevista a utilização de concreto nas vias dentro da poligonal do porto, nem há previsão do Dnit em termos de usar este material nas vias de acesso”. O Maranhão é um mercado que interessa muito e uma representação deve voltar a atuar no Estado até o final deste ano. No Ceará, a duplicação da BR-222, entre o município de Caucaia e o porto do Pecém, sem previsão de início, será em concreto. Além dela, a duplicação do anel viário de Fortaleza (BR-020) tem obras iniciadas agora. Na Bahia, a briga entre asfalto e concreto é por 169,2 quilômetros da BR-101, obra que está em processo de licitação. “Em Sergipe,
Eduardo Moraes: a ABCP quer pelo menos 30% do mercado de pavimentação de estradas e mira a expansão de portos e aeroportos
depois de um pequeno acesso de 4,5 quilômetros a uma fábrica, também conseguimos a duplicação de quatro lotes da BR-101. São 153 quilômetros em andamento, num total de 206 quilômetros”, relata Eduardo Moraes. Pelos cálculos da ABCP, um pavimento em concreto é de 5% a 10% mais caro que em asfalto, percentual que, segundo a entidade, é recuperado ao longo do tempo.
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O RECIFE ESPALHOU-SE O 5º Salão Imobiliário de Pernambuco teve público recorde e interessado em novos destinos
Cristina França
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Estado de Pernambuco, especialmente sua capital, Recife, vive dias de ebulição imobiliária. Áreas centrais da cidade estão passando por um processo de reocupação e áreas periféricas começam a ser vistas pelas construtoras como opção para os bairros tradicionais. É neste cenário promissor que se encaixou o 5º Salão Imobiliário de Pernambuco, realizado de 14 a 18 de março, em Olinda, reunindo 31 construtoras ligadas à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/ PE) e ofertando, ao maior público de todas as edições do evento, segundo o coordenador geral, Marcello Gomes, cerca de três mil unidades com valor médio de R$ 4.200,00 o metro quadrado.“Ainda mais em conta do que Salvador, Fortaleza e Natal, para citar outras capitais do Nordeste”, informa Gomes. O salão trouxe praticamente 90% dos imóveis em fase de lançamento, fundação ou estrutura, o que, segundo ele, diminui entre 20% e 30% o valor do metro quadrado. Nos estandes, ficou comprovado que a escassez de terrenos em bairros já adensados está levando as construtoras a propor prolongamentos, ancoradas no discurso da mobilidade. A Duarte Construções, por exemplo, levou ao salão lançamentos nos bairros da Boa Vista, Centro e Imbiribeira, antes ocupados praticamente por casas. “Os investimentos previstos em transporte público e novas vias e viadutos vão interligar melhor toda a cidade. Nosso empreendimento na Imbiribeira, uma extensão de Boa Viagem, está a
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Lançamento da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes/PE
500 metros do maior shopping do Recife. São dois edifícios de 17 andares, com oito apartamentos de 45 metros quadrados por andar, e valores entre R$ 150.000,00 e R$ 180.000,00. Tanto este quanto o da Boa Vista, de 65 e 76 metros quadrados e preços em torno de R$ 360.000,00, foram muito bem aceitos. Nossa estratégia na Boa Vista será o morador do próprio bairro, em busca de maior segurança”, antecipa João Felipe Melo, gerente comercial da Duarte. A construtora saiu do salão com 81 interessados em realmente adquirir um imóvel. “São pessoas que deixaram cheques de sinal, um valor que pode ser ressarcido, mas que é um compromisso inicial de compra”, comemora Melo. Outros clássicos endereços de casas como
os bairros periféricos de Tejipió, Barro e Areias, na capital; Socorro e Barra de Jangada, na vizinha cidade de Jaboatão dos Guararapes, ao sul da Região Metropolitana do Recife; e Janga, em Paulista e ao norte, estão sendo estrategicamente transformados em objetos de desejo da classe média. A Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) aproveitou o salão para anunciar sua chegada à Barra de Jangada, com duas torres de 26 pavimentos, seis apartamentos por andar e uma área de 64 metros quadrados. “Acreditamos que o Complexo de Suape oferece demanda para empreendimentos com este perfil”, comenta Carol Boxwell, superintendente comercial e de marketing da QGDI. No extremo oposto, a QGDI, em parceria
E&N com a ACLF Empreendimentos, reforçou sua presença no segmento de unidades mais compactas, que leva a marca Slim, com a quarta e última etapa do Park Jardins, considerado o primeiro condomínio clube da cidade de Paulista. “A valorização da área é crescente por conta da proximidade com o polo de desenvolvimento da zona da mata (norte)”, diz Boxwell. Pela primeira vez no salão, a Incorporadora Ferreira Pinto, com 40 anos de atuação no Recife, buscou dar visibilidade à marca. “Com tantos anos de mercado, queríamos aparecer e o evento recebeu um público qualificado. Para nós, foi bastante positivo. Levamos três empreendimentos, sendo dois lançamentos, com apartamentos de um a quatro quartos no valor máximo de R$ 630.000,00. A aceitação foi compensadora”, revela o diretor Zeferino Pinto. Quem também buscou aparecer foi a Cidade da Copa, no município de São Lourenço da Mata, zona oeste da capital. Maquete do bairro planejado, apresentado como a nova centralidade urbana do Recife, ganhou espaço próprio no salão. A Cidade da Copa, que nasce junto com a Arena da Copa, seria inicialmente direcionada para habitações populares, mas ganhou contornos de classe média alta sob a batuta
Cidade da Copa: atrativo para criar demanda por expansão imobiliária
do Consórcio Arena Pernambuco (sociedade de propósito específico formada pela Odebrecht Participações e Investimentos e pela Construtora Norberto Odebrecht do Brasil). A Cidade da Copa será a primeira smart city (cidade inteligente) da América Latina, com sistema de segurança pública, gerenciamento de energia e uma gama de serviços conectados. “Creio que atingimos a intenção de jogar
holofotes sobre o novo bairro, pois ouvi de vários expositores que a zona oeste é passível de expansão”, disse o coordenador geral, Marcello Gomes. Eduardo Moura, executivo da Construtora Moura Dubeux, confirma o possível interesse em lançar empreendimentos na área. João Felipe Melo, da Duarte Construções, acredita que na zona oeste pode realmente surgir uma nova opção para o setor imobiliário.
Marcello Gomes, coordenador-geral do Salão: público recorde e decidido a comprar
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CONSTRUIR ECONOMIA
CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO BRASIL: MUITO ESPAÇO PARA CRESCER! Mônica Mercês
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lguns fatores são necessários para que uma determinada atividade econômica se desenvolva. No caso da construção civil voltada para a indústria imobiliária, além de demanda pelo produto e renda, o fator crédito imobiliário é peça fundamental desta equação. O Brasil, durante as últimas décadas, não ofertou à sociedade nem volume e nem variedade de crédito suficiente. Além disso, no caso do setor imobiliário, é fundamental que ele seja de longo prazo, e isto significa uma variável a mais para o processo de avaliação do tomador do empréstimo. Toda a sistemática do antigo Banco Nacional de Habitação (BNH) e do Sistema Financeiro da Habitação ruiu no passado e nada foi criado de estruturante no lugar até bem pouco tempo atrás. A ausência de políticas destinadas à problemática habitacional só fez agravar o déficit por moradias existentes no país, sobretudo nas faixas de renda onde se concentrava - e ainda hoje se concentra - a maior parte dele: de zero a três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos, o que corresponde a mais de 95% do déficit urbano do Brasil. Analisando-se as estatísticas recentes, observa-se que o volume de crédito imobiliário no Brasil elevou-se substancialmente, saltando de 1,5% (2007) para 5% (2011) do PIB. Mas, se comparada esta mesma relação com as praticadas em outros países, logo se verifica que o Brasil está engatinhando nesse quesito. Em economias fisicamente mais próximas como do Chile e da Argentina, por exemplo, o crédito imobiliário já representa 14% e 16% do PIB do país, respectivamente. No México, tem-se 12,5% e, se observarmos a relação em países da Europa como a Espanha, que já viveu seu boom imobiliário, o valor é de mais de 60%. Na Holanda, já ultrapassa
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66%; na França, um pouco mais de 40%; na Itália, acima de 23%; e, na Alemanha, atinge aproximadamente 38%. Mesmo com toda a crise vivida na atualidade pela zona do euro, a relação crédito imobiliário X PIB nessa região é de aproximadamente 40%, bem superior aos nossos tímidos 5%. Há países como os EUA que já alcançam mais de 70% e, à época da crise do subprime, esse montante situava-se perto de 80%. Ressaltam-se ainda Dinamarca e Reino Unido (mais de 100%) e Suíça (mais de 130%). Importante também é salientar que na China esse percentual é de 13%. Nesse contexto, destaca-se que a Caixa Econômica Federal, em 2011, registrou R$ 82 bilhões em operações de crédito imobiliário, levando-a a deter 75% do mercado neste tipo de movimentação. Comparativamente com 2010, a expansão dos financiamentos imobiliários, no mais tradicional dos agentes de crédito para a casa própria, alcançou aproximadamente 5%. Entretanto, é importante que se compreenda que há ainda muito espaço para crescimento desse crédito, quando levamos em consideração sua relação com a geração de riqueza no Brasil, medida através do PIB. Outro agente financeiro público com ingresso recente nesse mercado, o Banco do
Brasil, anunciou que estima quintuplicar sua carteira de financiamentos imobiliários até 2014, quando atingirá R$ 40 bilhões, usando a estratégia de oferecer empréstimos para famílias com renda mensal inferior a R$ 5 mil e ampliando seu público-alvo, antes só destinado às classes A e B. Há muito espaço para a expansão do crédito imobiliário no Brasil. Isto é fato! Mas, se por um lado há o desafio de abastecer a fonte originária desses recursos, criando novas opções de fundings, por outro se observa um movimento de endividamento dos brasileiros nunca visto. Aquisição de casa própria, carro, eletrônicos, viagens, cirurgia plástica, enfim, consumo, consumo e mais consumo. Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Data Popular, entre 2005 e 2010, as classes C e D entraram fortemente no mercado consumidor, ampliando seus gastos com automóveis próprios em 283% e 158% com viagens. Outro dado é que a classe C já responde por 49% dos celulares pós-pagos e por 54% dos domicílios com Internet. Essas referências servem para que possamos refletir sobre esse endividamento, pois mesmo com espaço para crescimento do crédito imobiliário no Brasil, há de se ter equilíbrio e disciplina nos gastos, pois na velocidade e diversidade em que se encontram, poderemos assistir, num futuro próximo, a um cenário que não desejamos: ampliação da oferta de crédito imobiliário, mas incapacidade dos consumidores em obtê-lo, tamanho o comprometimento da sua renda com outras aquisições. E o pior de tudo: de bens não duráveis! Economista, assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI)
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INDICADORES IVV
GRANDE RECIFE: PERSPECTIVAS E EQUILÍBRIO DE MERCADO
M
ais um ano se passou e o mercado imobiliário seguiu registrando números até então nunca antes observados na série histórica da pesquisa que mensura o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis residenciais novos na Região Metropolitana do Recife, realizada pela Unidade de Pesquisas Técnicas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Inicialmente, cabe esclarecer que, em se tratando do mercado de imóveis, uma situação de equilíbrio de mercado só seria possível hipoteticamente, visto que seria quase impossível as ofertas corresponderem exatamente à quantidade demandada, principalmente se levarmos em consideração o atual déficit habitacional e a problemática da oferta do setor ser inelástica a curto prazo. Porém, sob a ótica da teoria econômica, a análise é válida para que possamos discutir sobre os preços de reserva do consumidor e das imobiliárias. Ao voltarmos nossa análise para os últimos 11 anos, podemos facilmente perceber que praticamente tudo o que foi lançado foi vendido entre os anos 2001 e 2005, com as curvas de lançamentos e de vendas anuais (totais absolutos) seguindo a mesma tendência no período em questão. Houve uma leve oscilação entre o equilíbrio das curvas a partir de 2006, com superação das vendas sobre os lançamentos a partir de 2009 e até 2011, configurando um cenário de queda do estoque ofertado de imóveis na região. No entanto, num olhar mais apurado sobre a média anual de imóveis habitacionais novos ofertados, que inclusive engloba os lançamentos, verificamos que ela se manteve próxima da curva de imóveis vendidos em 2001. Ou seja, houve uma situação de proximidade do equilíbrio de mercado onde, conceitualmente, ocorreria um ajuste
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| FEV/MAR 2012
tal dos preços até que o total de produtos que as pessoas demandassem fosse igual ao total ofertado pelo mercado - no caso, imóveis, significando que o preço de equilíbrio foi atingido com a oferta e a demanda do mercado imobiliário de novos se igualando. Em sentido mais amplo, verifica-se que o preço de reserva do consumidor, ou o preço pelo qual o consumidor está exatamente disposto a comprar uma unidade do produto em questão, foi atingido pelo mercado, gerando satisfação tanto para o consumidor quanto para o ofertante de imóveis que, supostamente, também está comercializando e atingindo o seu preço de reserva, isto é, vendendo pelo preço que estimou vender, apesar de ser tomador de preço do mercado. A partir de 2002 e até meados de 2006, com a curva referente ao estoque de imóveis ofertados mais distante da curva relativa às vendas realizadas e voltando a posições de menor discrepância de 2007 a 2011, após passar por um novo suposto ponto de equilíbrio em 2009, mais uma vez supõe-se um mercado mais equilibrado, conforme apontado no gráfico abaixo.
Ademais, com a divulgação do último PIB trimestral da indústria pernambucana, puxado pela construção civil (que também engloba a construção de edifícios), a expansão do crédito, a elevação do rendimento médio do trabalhador, o déficit habitacional estadual da ordem de 263.958 mil unidades habitacionais em 2008 - último resultado divulgado pela Fundação João Pinheiro (125.254 só na Região Metropolitana do Recife) - e uma previsão de investimentos do programa Minha Casa, Minha Vida de R$ 279 bilhões entre 2011 e 2014 para subsidiar esse déficit habitacional, o cenário atual sugere perspectivas de continuidade do crescimento do setor da indústria da construção, influenciado também pelo aquecimento do setor imobiliário. Porém requer maior precaução e acompanhamento do equilíbrio de mercado, pois as pressões geradas pelo aumento nos custos advindos, principalmente, dos preços dos terrenos e da falta de mão de obra dificultam a manutenção dos preços dos imóveis sobre determinado patamar, podendo impactar no equilíbrio do mercado, apesar da oferta atual do setor ser uma das mais baixas da série histórica. Danyelle Monteiro é economista da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe
DEZEMBRO FEV/MAR 2012 2011 |
| 81
CUB – Custo Unitário Básico da Construção - Janeiro | 2012
VARIAÇÃO PERCENTUAL ACUM. EM PROJETOS
PADRÃO DE ACABAMENTO
Baixo
PROJETOS PADRÕES
R$/M2
MENSAL
ACUMULADO NO ANO
12 MESES
R-1-B
1.002,33
1,30%
1,30%
13,25%
Normal
R-1-N
1.212,25
1,12%
1,12%
13,52%
Alto
R-1-A
1.550,83
1,00%
1,00%
13,86%
Baixo
PP-4-B
929,14
0,60%
0,60%
Normal
PP-4-N
1.142,35
1,29%
1,29%
12,80%
Baixo
R-8-B
878,67
0,57%
0,57%
11,41%
Normal
R-8-N
981,20
0,81%
0,81%
11,84%
Alto
R-8-A
1.243,86
0,88%
0,88%
12,93%
Normal
R-16-N
957,70
0,73%
0,73%
11,61%
Alto
R-16-A
1.234,98
0,69%
0,69%
10,42%
PIS (Projeto de Interesse Social)
PIS
660,40
0,56%
0,56%
RP1Q (Residência Popular)
RP1Q
950,72
0,06%
0,06%
11,91%
Normal
CAL-8-N
1.108,15
0,73%
0,73%
10,45%
Alto
CAL-8-A
1.212,11
0,73%
0,73%
Normal
CSL-8-N
942,40
0,71%
0,71%
10,31%
Alto
CSL-8-A
1.055,48
0,72%
0,72%
10,72%
0,60%
10,19%
R-1 (Residência Unifamiliar)
PP-4 (Prédio Popular)
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
11,96%
12,04%
COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres) CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL-16 (Comercial Salas e Lojas) GI (Galpão Industrial)
Normal
CSL-16-N
1.256,03
0,60%
Alto
CSL-16-A
1.406,53
0,61%
0,61%
10,62%
GI
535,33
0,02%
0,02%
10,49%
OBSERVAÇÕES: Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006. Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador. Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de: 1 à 24 de Janeiro de 2012. A partir de fevereiro/2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721/2006, adotamos o projeto-padrão R-16-N como o novo CUB PADRÃO do SINDUSCON/PE, e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam este CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.
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| FEV/MAR 2012
10,55%
FEV/MAR 2012 |
| 83
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| DEZEMBRO FEV/MAR 2012 2011
INSUMOS Os preços unitários dos insumos utilizados nesta listagem foram cotados no período de 05 à 24 de janeiro/2012 Clelio Morais (81) 3236.2354 - (81)9108.1206 - cleliomorais@gmail.com Você pode adquirir com o consultor Clelio Morais, colaborador desta revista e responsável por esta seção, as composições detalhadas dos serviços apresentados na Tabela de Preços de assinantes Descrição do insumo
Unidade
Preço unitário
AGLOMERANTES Cal hidratado Calforte Narduk
kg
0,57
Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1
m
12,60
Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit
un
506,02
Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg)
sc
5,72
Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1
m
19,12
Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit
un
568,93
Cimento Portland
kg
0,390
Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1
m
27,92
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit
un
6,91
Cimento Portland (saco c/ 50 kg)
sc
19,70
Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1
m
35,68
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit
un
12,75
Cimento branco específico Narduk
kg
1,02
Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1
m
55,25
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit
un
12,70
Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg)
sc
40,99
Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1
m
102,80
Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit
un
114,52
Gesso em pó de fundição (rápido)
kg
0,42
Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1
m
152,10
Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit
un
155,95
Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg)
sc
16,71
Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1
m
204,50
Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit
un
176,44
Gesso em pó para revestimento (lento)
kg
0,32
Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2
m
43,06
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit
un
24,50
Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg)
sc
12,83
Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2
m
54,99
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit
un
30,70
Gesso Cola
kg
1,30
Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2
m
67,68
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit
un
36,60
Gesso Cola (saco com 5kg)
sc
6,50
Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2
m
100,43
Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit
un
42,85
Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2
m
180,79
Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit
un
48,50
Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2
m
241,55
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit
un
29,60
ARTEFATOS DE CIMENTO Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa)
un
1,55
Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2
m
444,01
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit
un
37,10
Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa)
un
1,73
Verga de concreto armado de 10x10cm
m
12,45
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit
un
44,00 51,50
2,04
4,84
un
un
m
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit
Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa)
Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit
un
60,31
Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa)
m
5,18
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit
un
39,50
un
2,37
Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit
un
49,70
Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa)
un
2,72
Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m
m
3,74
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit
un
59,50 69,70
54,33
3,97
un
un
m
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit
Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s aberta 60x40x40cm
Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit
un
79,90
Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s fechada 60x40x50cm
un
57,63
Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m
m
3,50
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x50x40cm
un
70,33
Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m
m
3,79
Areia fina
m3
42,50 45,00
71,00
3,57
m3
un
m
Areia grossa
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x45x60cm
Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m
Saibro
m3
36,67
m
m3
21,67
un
73,00
3,82
Barro para aterro
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s fechada 70x45x60cm
Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m
m3
37,50
Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm
un
2,60
Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m
Barro para jardim
m
Pó de pedra
m3
43,33
Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm
un
3,90
Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m
m
Brita 12
m3
70,00
Brita 19
m3
70,00
Brita 25
m3
68,33
Brita 38
m3
66,67
Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm
un
4,80
Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm
un
3,90
Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm
m2
14,00
Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm
m2
Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm
AGREGADOS
3,85 4,12
ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO Caixa d’água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit
un
79,02
Brita 50
m3
63,33
Caixa d’água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit
un
129,43
Brita 75
m3
64,00
Caixa d’água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit
un
253,26
Pedra rachão
m3
49,33
14,67
Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit
un
4,30
Paralelepípedo
un
0,43
un
14,93
Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit
un
4,30
Meio fio de pedra granítica
m
8,50
Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2
m
8,17
Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit
un
49,90
Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2)
m2
27,00
Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit
un
49,90
ARGAMASSA PRONTA
Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit
un
28,44
Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg)
sc
5,04
Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2)
m2
29,00
Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit
un
28,44
Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno
kg
0,25
un
28,44
Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg)
sc
9,82
Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2)
Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit m2
Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit
un
114,57
Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo
kg
0,49
Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2)
148,74
18,93
34,00
un
Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) sc
m2
Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit
un
200,63
23,21
m2
33,33
Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit
un
198,54
Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg)
sc
Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2)
Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit
un
231,42
Massa para alvenaria (saco 40kg)
sc
9,94
Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit
un
185,15
Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg)
sc
4,59
Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit
un
414,16
Reboco externo pronto (saco 20kg)
sc
4,98
Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit
un
458,00
Rejunte aditivado interno (saco 40kg)
sc
39,06
Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2)
m2
Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma)
m2
31,67
36,33 30,33
FEV/MAR 2012 |
| 85
INSUMOS
Descrição do insumo
Unidade
Rejunte aditivado interno Narduk
kg
0,98
Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg)
sc
50,47
Rejunte aditivado flexível externo Narduk
kg
1,26
ARAMES
m2
249,00
Porta de alumínio com saia e bandeira
m2
361,03
ESQUADRIAS DE FERRO
Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte
un
90,66
Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera
un
55,00
h
75,83
Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4” e barras de 1”x1/4”
m2
203,26
EQUIPAMENTOS
Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.)
m2
233,76
Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador) Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)
mês
10,33
Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm
kg
5,49
Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12
m2
Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm
kg
135,38
5,65
Tubo de ferro preto de 2”
m
Betoneira elétrica de 400L sem carregador
mês
330,57
Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm
kg
18,37
6,21
Tubo de ferro preto de 4”
m
Compactador CM/13 elétrico
mês
356,67
kg
38,76
Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm
6,44
Tubo de ferro preto de 6”
m
Compactador CM/20 elétrico
mês
688,08
Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm
kg
90,87
7,91
Tubo de ferro galvanizado de 2”
m
Cortadora de piso elétrica
mês
377,77
Arame recozido 18 BWG preto
kg
31,12
6,62
Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2”
m
Furadeira industrial Bosch ref. 1174
mês
201,67
Arame farpado “Elefante” - fio 2,2mm - rolo com 250m
un
38,98
118,14
Tubo de ferro galvanizado de 4”
m
Guincho de coluna(foguete)
mês
280,47
Arame farpado “Elefante” - fio 2,2mm - rolo com 400m
un
86,13
190,54
Mangote vibratório de 35mm
mês
72,50
Arame farpado “Touro” - fio 1,6mm - rolo com 250m
un
98,64
Mangote vibratório de 45mm
mês
75,30
Arame farpado “Touro” - fio 1,6mm - rolo com 500m
un
185,57
BOMBAS CENTRÍFUGAS
EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO Adaptador de 2.1/2”x1.1/2”
un
59,33
Motor elétrico para vibrador
mês
77,87
Adaptador de 2.1/2”x2.1/2”
un
65,37
Pistola finca pinos
mês
170,00
Pontalete metálico regulável (1 peça)
mês
6,33
Serra elétrica circular de bancada
mês
186,88
Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial
un
un
250,33
Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider
496,67
Chave Storz
un
Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider
un
20,67
561,67
Esguicho Jato sólido de 1.1/2”
un
un
60,00
Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider
594,67
Extintor de água pressurizada 10 litros
un
FERROS
Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider
un
113,00
792,67
Extintor de CO2 de 6kg
un
Ferro CA-25 de 12,5mm
kg
3,00
Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider
un
444,33
852,67
Extintor de pó quimico 4kg
un
Ferro CA-25 de 20mm
kg
3,10
Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider
un
94,27
694,07
Extintor de pó quimico 6kg
un
Ferro CA-25 de 25m
kg
3,18
Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider
un
110,93
821,53
Extintor de pó quimico 8kg
un
Ferro CA-50 de 6,3mm
kg
3,33
Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider
un
146,00
997,50
Extintor de pó quimico 12kg
un
Ferro CA-50 de 8mm
kg
3,30
Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider
un
177,00
483,33
Mangueira predial de 1.1/2” x 15m com união
un
Ferro CA-50 de 10mm
kg
3,16
Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider
un
265,00
547,67
Mangueira predial de 1.1/2” x 30m com união
un
Ferro CA-50 de 12,5mm
kg
3,00
Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider
un
375,00
641,33
Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m
un
Ferro CA-50 de 16mm
kg
3,05
Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG
un
730,00
153,67
Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m
un
Ferro CA-50 de 20mm
kg
3,05
Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG
un
795,00
157,00
Registro Globo 45° de 2.1/2”
un
Ferro CA-50 de 25mm
kg
2,96
Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG
un
142,33
187,67
Tampa de ferro fundido de 60x40cm “incêndio”
un
Ferro CA-50 de 32mm
kg
3,04
Bóia para bomba com 10 amperes
un
217,33
44,00
Tampão cego de 1.1/2” T.70 articulado
un
Ferro CA-60 de 4,2mm
kg
2,99
Bóia para bomba com 20 amperes
un
65,17
44,73
Ferro CA-60 de 5mm
kg
2,99
Ferro CA-60 de 6mm
kg
3,28
ESQUADRIAS DE MADEIRA
CARPETES
Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m
un
45,08
Ferro CA-60 de 7mm
kg
3,19
Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm
m2
11,23
Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m
un
Ferro CA-60 de 8mm
kg
2,61
Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm
m2
45,74
12,25
Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m
un
46,41
kg
5,44
Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m
un
49,66
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)
m2
5,42
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)
kg
5,39
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)
m2
8,26
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)
kg
5,17
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)
CONCRETO USINADO
Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI
un
m3
63,02
Concreto usinado FCK=10MPa
231,50
Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI
un
Concreto usinado FCK=15MPa
m3
66,55
237,50
Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI
un
m3
74,02
Concreto usinado FCK=15MPa bombeável
245,50
Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI
un
m3
84,44
Concreto usinado FCK=20 MPa
249,00
Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
un
Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável
m3
119,63
257,50
Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
un
m3
139,40
Concreto usinado FCK=25 MPa
268,67
Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
un
Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável
m3
175,66
275,00
Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
un
m3
166,43
Concreto usinado FCK=30 MPa
283,00
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
un
Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável
m3
112,00
292,50
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
un
m3
112,00
Concreto usinado FCK=35 MPa
295,00
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
un
Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável
m3
160,88
305,00
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
un
126,59
Taxa de bombeamento
m3
32,50
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
un
142,59
Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
un
167,33
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
un
194,33
Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte
un
45,33
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO
86 |
Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m
Preço unitário
Janela de alumínio com bandeira
m2
311,67
Janela de alumínio sem bandeira
m2
264,17
| FEV/MAR 2012
m2
9,31
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
kg
5,52
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
m2
12,13
Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória
un
4,50
Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm
un
2,50
Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado
m
8,00
FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO
Descrição do insumo
Unidade Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2” (vara com 3m)
vara
13,53
Eletroduto em PVC rígido roscável de 2” (vara com 3m)
vara
17,30
Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2” (vara com 3m)
vara
36,58
Eletroduto em PVC rígido roscável de 3” (vara com 3m)
vara
44,20
16,35
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2”
un
0,88
bd
63,28
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4”
un
1,07
Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg)
gl
44,40
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1”
un
1,63
Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg)
bd
150,00
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4”
un
2,65
Vedaflex (cartucho com 310ml)
cart
25,70
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2”
un
3,08
Vedapren preto (galão de 3,6 litros)
gl
37,36
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2”
un
5,10
Vedapren preto (balde de 18kg)
bd
138,98
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2”
un
12,40
Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado
m
9,70
Frioasfalto (galão de 3,9 kg)
gl
23,60
Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado
m
12,73
Frioasfalto (balde de 20kg)
bd
120,41
Junta de dilatação de gesso em “L” de 2x2cm aplicada
m
7,07
Neutrol (galão de 3,6 litros)
gl
56,49
Junta de dilatação de gesso em “L” de 3x3cm aplicada
m
8,03
Neutrol (lata de 18 litros)
lata
224,18
Vedacit (galão de 3,6 litros)
bd
Vedacit (balde de 18 litros)
FERRAGENS DE PORTA
Preço unitário
Dobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1500 LaFonte
un
Dobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1410 LaFonte
un
Dobradiça em latão cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 90 LaFonte
un
8,74
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte
un
75,88
Vedapren branco (galão de 4,5 kg)
gl
67,93
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3”
un
14,33
Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte
un
61,33
Vedapren branco (balde de 18kg)
bd
212,87
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2”
un
0,41
Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte
un
56,08
Sika nº 1 (balde de 18 litros)
bd
56,97
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4”
un
0,66
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte
un
56,31
Igol 2 (balde de 18kg)
bd
136,43
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1”
un
0,89
Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte
un
46,41
Igol A (balde de 18kg)
bd
201,48
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4”
un
1,40
Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte
un
46,41
Silicone (balde de 18 litros)
bd
170,01
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2”
un
1,78
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte
un
73,87
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2”
un
2,80
Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte
un
49,67
MADEIRAS
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2”
un
8,00
Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte
un
54,59
Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm
m2
71,74
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3”
un
9,68
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte
un
127,63
Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm
m2
78,05
Bucha de alumínio de 1/2”
un
0,30
Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte
un
101,49
Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm
m
8,93
Bucha de alumínio de 3/4”
un
0,43
Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte
un
101,49
Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm
m2
29,50
Bucha de alumínio de 1”
un
0,62
Folha de “Fórmica” texturizada branca de 3,08x1,25m
un
48,58
Bucha de alumínio de 1.1/4”
un
0,84
Folha de “Fórmica” brilhante branca de 3,08x1,25m
un
44,02
Bucha de alumínio de 1.1/2”
un
1,01
Estronca roliça tipo litro
m
1,73
Bucha de alumínio de 2”
un
1,89
Barrote de madeira mista de 6x6cm
m
5,68
Bucha de alumínio de 2.1/2”
un
2,40
Sarrafo de madeira mista de 10cm (1”x4”)
m
2,77
Bucha de alumínio de 3”
un
2,93
Tábua de madeira mista de 15cm (1”x6”)
m
4,11
Arruela de alumínio de 1/2”
un
0,19
4,31 4,55
GRANITOS Granilha nº 02 (saco com 40kg)
sc
11,80
Granilha nº 02
kg
0,32
Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.
m
151,97
Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm
m
19,93
Tábua de madeira mista de 22,5cm (1”x9”)
m
5,61
Arruela de alumínio de 3/4”
un
0,28
Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm
m
23,95
Tábua de madeira mista de 30cm (1”x12”)
m
8,09
Arruela de alumínio de 1”
un
0,48
Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm
m
16,50
Madeira serrada para coberta (Massaranduba)
m3
2.345,67
Arruela de alumínio de 1.1/4”
un
0,64
Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm
m2
79,75
Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm
m
26,93
Arruela de alumínio de 1.1/2”
un
0,80
Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm
m2
108,30
Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm
m
18,39
Arruela de alumínio de 2”
un
1,02
Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm
m2
111,00
Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm
m
9,53
Arruela de alumínio de 2.1/2”
un
1,65
Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm
m
200,77
Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm
m
4,74
Arruela de alumínio de 3”
un
3,15
Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm
m
29,70
Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm
m
14,88
Caixa de passagem em PVC de 4”x4”
un
3,06
Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm
m
35,33
Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm
m
28,53
Caixa de passagem em PVC de 4”x2”
un
1,79
Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm
m
24,67
Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m
un
38,97
Caixa de passagem sextavada em PVC de 3”X3”
un
2,82
Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm
m2
91,84
Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m
un
43,98
Caixa de passagem octogonal em PVC de 4”X4”
un
3,35
Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm
m2
61,80
Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m
un
51,66
Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho
un
1,53
Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm
ml
159,34
Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m
un
61,51
Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho
un
1,75
Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm
ml
22,77
Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m
un
76,51
Cabo de cobre nú de 10mm2
m
3,78
Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm
ml
27,50
Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m
un
13,81
Cabo de cobre nú de 16mm2
m
5,38
Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm
ml
19,00
Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m
un
20,36
Cabo de cobre nú de 25mm2
m
7,41
Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m
un
28,46
Cabo de cobre nú de 35mm2
m
10,96
Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m
un
36,33
Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico
m
0,46
Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m
un
41,58
Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico
m
0,74
Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico
m
1,31
Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico
m
1,83 3,46
IMPERMEABILIZANTES Acquella (galão de 3,6 litros)
gl
66,55
Acquella (lata de 18 litros)
lata
288,47
Bianco (galão de 3,6 litros)
gl
31,18
MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS
Bianco (balde de 18 litros)
bd
139,02
Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2”
m
1,12
Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico
m
Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg)
kg
37,80
Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4”
m
1,53
Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico
m
6,09
Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros)
gl
31,53
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2” (vara com 3m)
vara
3,84
Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico
m
10,40
Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4” (vara com 3m)
vara
5,35
Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico
Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros)
m
13,26
bd
126,31
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1” (vara com 3m)
vara
8,88
Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
m
0,46
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4” (vara com 3m)
vara
10,83
Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico
m
0,72
FEV/MAR 2012 |
| 87
Descrição do insumo
88 |
| FEV/MAR 2012
Unidade
Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico
m
1,36
Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico
m
2,03
Fita isolante de 19mm (rolo com 20m)
un
6,79
Disjuntor monopolar de 10A Pial
un
8,48
Disjuntor monopolar de 15A Pial
un
6,78
Disjuntor monopolar de 20A Pial
un
7,11
Preço unitário
Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis
cj
10,61
Suporte padrão 4”x2” Pial Pratis
un
0,61
Suporte padrão 4”x4” Pial
un
1,23
Placa cega 4”x2” Pial Pratis
un
1,91
Placa cega 4”x4” Pial Pratis
un
4,34
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Plus
cj
8,00
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Plus
cj
13,98
Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Plus
cj
18,45
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Plus
cj
10,36
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Plus
cj
19,00
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus
cj
16,40
Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus
cj
14,33 18,75
Disjuntor monopolar de 25A Pial
un
8,14
Disjuntor monopolar de 30A Pial
un
7,11
Disjuntor tripolar de 10A Pial
un
43,15
Disjuntor tripolar de 25A Pial
un
42,38
Disjuntor tripolar de 50A Pial
un
44,84
Disjuntor tripolar de 70A Pial
un
69,40
Disjuntor tripolar de 90A Pial
un
69,09
Disjuntor tripolar de 100A Pial
un
69,09
Disjuntor monopolar de 10A GE
un
5,38
Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus
cj
Disjuntor monopolar de 15A GE
un
5,25
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus
cj
7,24
Disjuntor monopolar de 20A GE
un
5,50
Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus
cj
16,13
Disjuntor monopolar de 25A GE
un
5,50
14,50
un
5,50
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus
cj
Disjuntor monopolar de 30A GE Disjuntor tripolar de 10A GE
un
45,00
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus
cj
11,03
Disjuntor tripolar de 25A GE
un
41,25
cj
10,50
Disjuntor tripolar de 50A GE
un
42,00
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus
Disjuntor tripolar de 70A GE
un
68,60
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus
cj
7,17
Disjuntor tripolar de 90A GE
un
60,00
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus
cj
7,53
Disjuntor tripolar de 100A GE
un
60,00
Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus
cj
13,53
Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores
un
12,84
Suporte padrão 4”x2” Pial Plus
un
1,20
Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores
un
40,24
Placa cega 4”x2” Pial Plus
un
2,00
Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores
un
65,90
Placa cega 4”x4” Pial Plus
un
4,87
Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores
un 108,23
Haste de aterramento Copperweld de 5/8”X2,40m com conectores
un
19,78
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores
un
Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis
cj
8,65
Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores
un 123,50
Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis
cj
14,73
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores
un
Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus
cj
11,68
Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores
un 168,15
Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus
cj
18,60
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores
m
0,24
un
Cabo telefônico CCI 50 - 1 par
66,10
Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares
m
0,45
Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de embutir
un
28,90
Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares
m
0,77
Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de sobrepor
un
29,35
Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares
m
0,91
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Pratis
cj
4,92
Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares
m
1,14
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Pratis
cj
9,84
Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares
m
1,54
Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Pratis
cj
12,24
Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm
un
37,75
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Pratis
cj
6,68
Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm
un
48,39
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Pratis
cj
11,79
Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm
un
88,50
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis
cj
11,70
Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm
un
83,56
Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm
un 155,99
Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm
un 249,99
Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm
un 602,50
37,73
46,33
Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis
cj
9,95
Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis
cj
12,65
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis
cj
5,97
Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis
cj
10,77
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis
Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda un
7,07
cj
7,38
Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda un
10,55
Conj. 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis
cj
8,90
Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda un
16,66
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis
cj
10,55
Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda un
17,08
Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha
un
4,64
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis
cj
5,15
Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório
un
1,09
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis
cj
5,45
Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm
un
1,20
MATERIAIS HIDRÁULICOS
FEV/MAR 2012 |
| 89
Descrição do insumo
90 |
| FEV/MAR 2012
Unidade
Curva de PVC soldável para água de 20mm
un
1,23
Curva de PVC soldável para água de 25mm
un
1,45
Curva de PVC soldável para água de 32mm
un
3,45
Curva de PVC soldável para água de 40mm
un
6,68
Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4”
un
1,78
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2”
un
0,85
Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4”
un
1,52
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1”
un
2,27
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4”
un
5,72
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2”
un
6,73
Joelho 90° de PVC roscável para água de 2”
un
13,30
Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm
un
0,29
Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm
un
0,45
Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm
un
1,22
Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm
un
2,77
Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm
un
2,93
Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm
un
13,74
Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm
un
45,25
Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm
un
54,91
Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm
un
8,45
Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm
un
Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm
un
9,45
Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4” CR/CR Deca
un
59,95
Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2” CR/CR Deca
un
89,50
Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/ CR) 1” Deca
un
Preço unitário
Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
23,80
Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
37,59
Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
46,00
Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
74,68
Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
112,33
Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
142,93
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m)
vara
20,30
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m)
vara
32,87
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m)
vara
40,07
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre(vara c/6m)
vara
52,13
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m)
vara
181,88
Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2” Docol
un
145,50
Vedação para saída de vaso sanitário
un
4,57
0,96
Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
litro
23,32
un
1,55
Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
litro
22,80
un
1,97 Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
94,47
42,24
Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
127,95
Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
236,44
Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat
un
460,63
Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
286,55
Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat
un
460,95
Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat
un
172,45
Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat
un
391,95
Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat
un
676,95
Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2”x 1 1/2”, Franke Douat
un
10,62
Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm
m
116,87
Bancada de mármore branco extra de 60x2cm
m
483,20
Bancada de mármore travertino de 60x2cm
m
201,20
Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm
m2
63,07
Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm
m2
54,00
Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm
m2
41,67
Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm
m2
68,33
Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm
m2
56,67
Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm
m
15,50
Rodapé em mármore travertino de 7x2cm
m
23,50
Soleira em mármore branco extra de 15x2cm
m
58,50
Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm
m
18,33
Soleira em mármore travertino de 15x2cm
m
29,00
Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2” Fabrimar
un
48,33
Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4” CR/CR Deca
un
62,40
Tê de PVC roscável de 1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
1,16
Tê de PVC roscável de 3/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
1,73
Tê de PVC roscável de 1” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
4,07
Tê de PVC roscável de 1.1/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
9,03
Tê de PVC roscável de 1.1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
11,47
Tê de PVC roscável de 2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
18,00
Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
0,63
Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
17,23
Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
30,97
Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
un
50,60
Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra
un
4,45
Tubo de PVC roscável de 1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
17,42
Tubo de PVC roscável de 3/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
22,57
Tubo de PVC roscável de 1” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
48,75
Tubo de PVC roscável de 1.1/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
59,27
Tubo de PVC roscável de 1.1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
73,03
Tubo de PVC roscável de 2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m)
vara
114,28
Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
7,63
Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m)
vara
11,10
MATERIAIS DE INOX
MÁRMORES
Descrição do insumo
Unidade
MATERIAIS DE PINTURA Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão)
gl
64,57
Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão)
gl
25,90
Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros)
lata
113,63
Selador acrílico para parede externa (galão)
gl
23,00
Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros)
lata
96,90
Massa corrida PVA (galão)
gl
11,00
Massa corrida PVA (lata c/18 litros)
lata
30,57
Massa acrílica (galão)
gl
23,20
Massa acrílica (lata c/18 litros)
lata
90,40
Massa à óleo (galão)
gl
42,76
Solvente Aguarrás (galão c/5 litros)
gl
56,80
Tinta latex fosca para interior (galão)
gl
21,40
Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)
lata
90,97
Tinta latex para exterior (galão)
gl
38,47
Tinta latex para exterior (lata c/18 litros)
lata
164,97
Líquido para brilho regulador (galão)
gl
45,40
Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros)
lata
225,70
Tinta acrílica fosca (galão)
gl
51,03
Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros)
lata
189,60
Textura acrílica (galão)
gl
Textura acrílica (lata c/18 litros)
lata
Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) Verniz marítimo à base de poliuretano (galão)
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite
un
Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite
un
163,90
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca
un
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite
Preço unitário
Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca
un
53,88
Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca
un
52,12
Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca
un
86,85
256,58
Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca
un
55,50
un
266,45
Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca
un
175,25
un
104,65
Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca
un
181,75
Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca
un
236,83
un
92,30
Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca
un
67,68
Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca
Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca
un
117,95
Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca
un
153,10
Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca
un
120,60
Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2” ref. 2550504 Deca
un
146,95
Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca
un
177,35
Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca
un
25,25
Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca
un
185,75
Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca
un
37,85
Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca
un
42,90
Válvula de PVC para lavatório
un
1,94
Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca
un
43,95
Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha
un
2,33
Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca
un
76,00
un Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca un Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco un gelo Deca
69,45
Corda de nylon de 3/8”
kg
13,78
Tela de nylon para proteção de fachada
m2
3,82
Bucha para fixação de arame no forro de gesso
kg
4,03
Pino metálico para fixação à pistola com cartucho
un
0,56
gl
33,63
Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca
220,54
55,55 130,45
OUTROS
Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca
un
71,28
Cola Norcola (galão com 2,85kg)
21,97
Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite
un
49,45
Cola branca (pote de 1 kg)
kg
7,43
95,80
Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2” Astra
un
2,00
Bloco de EPS para laje treliçada
m3
206,06
gl
48,29
17,22
39,90
Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre
un
gl
Tinta antiferruginosa Zarcão (galão)
gl
62,80
un
2,38
Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm
mil
386,67
Esmalte sintético acetinado (galão)
gl
65,17
Chicote plástico flexível de 1/2”x30cm Fortilit/Akros/ Amanco/Luconi
186,50
52,77
un
mil
gl
Chicote plástico flexível de 1/2”x40cm Fortilit/Akros/Luconi
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
Esmalte sintético brilhante (galão)
3,00
41,64
8,73
318,72
gl
un
mil
Tinta à óleo (galão)
Chuveiro de PVC de 1/2” com braço
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm
407,72
64,50
un
mil
gl
Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca
Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
Tinta à óleo para cerâmica (galão)
203,30
31,60
5,80
474,39
gl
par
mil
Tinta acrílica especial para piso (galão)
Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm
mil
450,00
Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros)
lata
144,00
Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)
Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm
mil
400,00
Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão)
gl
124,40
Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm
PRODUTOS CERÂMICOS
Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par)
par
12,20
l
15,57
Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par)
par
8,13
Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
mil
417,50
Lixa para parede
un
0,45
Sifão de alumínio fundido de 1” x 1.1/2”
un
46,95
Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2
mil
420,00
Lixa para madeira
un
0,38
Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1”x1.1/2” Esteves
un
71,50
Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2
mil
700,00
Lixa d’água
un
0,96
Sifão de PVC de 1” x 1.1/2”
un
6,52
mil
950,00
Lixa para ferro
un
1,92
un
1,50
Estopa para limpeza
kg
4,72
Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)
Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) 22un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2
mil
2.050,00
Ácido muriático (litro)
l
4,05
Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) 25un/m2
mil
1.640,00
Cal para pintura
kg
0,76
Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm
mil
1.285,80
Tinta Hidracor (saco com 2kg)
sc
2,98
Massa refratária seca
kg
0,72
Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)
lata
5,75
Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro)
mil
50,00
Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada
mil
720,00
Prego com cabeça de 1.1/4”x14
kg
5,51
Prego com cabeça de 2.1/2”x10
kg
6,02
Parafuso de 5/16”x300mm em alumínio para fixação de telhas
un
1,24
Arruela de alumínio para parafuso de 5/16”
un
0,16
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16”
un
0,17
Porca de alumínio para parafuso de 5/16”
un
0,15
Parafuso de 1/4”x100mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,31
Parafuso de 1/4”x150mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,52
Diluente epoxi (litro)
MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca
un
Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca
un
70,40
Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca
un
174,00
Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca
un
71,00
un
163,45
257,00
Tubo de cobre classe “E” de 15mm (vara com 5,00m)
un
60,69
Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite
Tubo de cobre classe “E” de 22mm (vara com 5,00m)
un
96,82
Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam
un
45,70
Tubo de cobre classe “E” de 28mm (vara com 5,00m)
un
114,33
Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol
un
45,88
Tubo de cobre classe “E” de 35mm (vara com 5,00m)
un
203,25
un
60,90
Tubo de cobre classe “E” de 54mm (vara com 5,00m)
un
376,78
Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol
un
69,35
Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca
un
230,10
Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca
un
371,80
Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca
un
369,10
MATERIAIS SANITÁRIOS Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca
un
74,95
Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra
un
38,40
Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra
un
22,06
PREGOS E PARAFUSOS
FEV/MAR 2012 |
| 91
Descrição do insumo
Unidade
Parafuso de 1/4”x250mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,71
Parafuso de 1/4”x300mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,92
Arruela de alumínio para parafuso de 1/4”
un
0,17
VIDROS
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4”
un
0,12
Porca de alumínio para parafuso de 1/4”
un
0,10
REVESTIMENTOS CERÂMICOS Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo “A”
m2
17,52
Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4
m2
14,45
Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm
m2
36,24
Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm
m2
31,66
Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722
m2
23,65
Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041
m2
21,15
Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073
m2
21,65
Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm
m2
17,17
Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo “A”
m2
16,41
REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS Pedra Ardósia cinza de 20x20cm
m2
12,33
Pedra Ardósia cinza de 20x40cm
m2
13,33
Pedra Ardósia cinza de 40x40cm
m2
14,67
Pedra Ardósia verde de 20x20cm
m2
21,03
Pedra Ardósia verde de 20x40cm
m2
26,33
Pedra Ardósia verde de 40x40cm
m2
26,42
Pedra Itacolomy do Norte irregular
m2
15,33
Pedra Itacolomy do Norte serrada
m2
26,00
Pedra São Thomé Cavaco
m2
33,00
Pedra Cariri serrada de 30x30cm
m2
16,33
Pedra Cariri serrada de 40x40cm
m2
17,00
Pedra Cariri serrada de 50x50cm
m2
17,67
Pedra sinwalita de corte manual
m2
20,33
Pedra Sinwalita serrada
m2
27,00
Pedra portuguesa (2 latas/m2)
m2
15,56
Pedra Itamotinga Cavaco
m2
16,00
Pedra Itamotinga almofada
m2
18,33
Pedra Itamotinga Corte Manual
m2
20,67
Pedra Itamotinga Serrada
m2
26,00
Pedra granítica tipo Canjicão Almofada
m2
32,50
Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm
m2
27,67
Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros)
lata
33,00
Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)
gl
38,00
REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHA Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash
m2
37,57
Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash
m2
43,81
Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash
m2
46,70
Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar
m2
22,10
TELHAS METÁLICAS
92 |
| FEV/MAR 2012
Preço unitário
un
82,10
Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)
m2
24,72
Vidro Canelado incolor (cortado)
m2
26,82
Vidro aramado incolor de 7mm (cortado)
m2
115,63
Vidro anti-reflexo (cortado)
m2
30,40
Vidro liso incolor de 3mm (cortado)
m2
25,53
Vidro liso incolor de 4mm (cortado)
m2
31,73
Vidro liso incolor de 5mm (cortado)
m2
40,43
Vidro liso incolor de 6mm (cortado)
m2
44,73
Vidro liso incolor de 8mm (cortado)
m2
67,92
Vidro liso incolor de 10mm (cortado)
m2
77,15
Vidro laminado incolor 3+3 (cortado)
m2
135,65
Vidro laminado incolor 4+4 (cortado)
m2
171,93
Vidro laminado incolor 5+5 (cortado)
m2
209,52
Vidro bronze de 4mm (cortado)
m2
45,12
Vidro bronze de 6mm (cortado)
m2
70,49
Vidro bronze de 8mm (cortado)
m2
109,50
Vidro bronze de 10mm (cortado)
m2
139,59
Vidro cinza de 4mm (cortado)
m2
38,34
Vidro cinza de 6mm (cortado)
m2
65,86
Vidro cinza de 8mm (cortado)
m2
89,81
Vidro cinza de 10mm (cortado)
m2
109,16
Espelho prata cristal de 3mm (cortado)
m2
57,66
Espelho prata cristal de 4mm (cortado)
m2
84,54
Espelho prata cristal de 6mm (cortado)
m2
130,39
Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)
m2
102,60
Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)
m2
126,31
Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)
m2
134,71
Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado
un
10,01
Junta de vidro para piso
m
0,40
Massa para vidro
kg
1,30
Armador
h
5,06
Azulejista
h
5,06
Calceteiro
h
5,06
Carpinteiro
h
5,06
Eletricista
h
5,06
Encanador
h
5,06
Gesseiro
h
5,06
Graniteiro
h
5,06
Ladrilheiro
h
5,06
Marceneiro
h
5,06
Marmorista
h
5,06
Pastilheiro
h
5,06
Pintor
h
5,06
Serralheiro
h
5,06
Telhadista
h
5,06
Vidraceiro
h
5,06
Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm
MÃO DE OBRA
Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm
m2
26,75
Pedreiro
h
4,11
Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm
un
98,25
Servente
h
3,09
Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm
m2
22,50
ONDE ENCONTRAR A
ADESIVOS
HENKEL http://www.henkel.com.br 0800-704-2334
E
ELEVADORES
ELEVADORES ATLAS SCHINDLER www.atlas.schindler.com +55 (81) 3423-1211
ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
THYSSENKRUPP
A GERADORA
OTIS
www.ageradora.com.br +55 (71) 21042555
ALUTEC www.alutec-pe.com.br +55 (81) 34716271
FERCUNHA +55 (81) 33415512
FORTEQUIP www.fortequip.com.br +55 (81) 21376700
MAGNA LOCAÇÕES www.magnaloc.com.br +55 (85) 32574600
www.thyssenkruppelevadores.com.br +55 (81) 21218500
PROENG LOCAÇÕES +55 (85) 32620112
RENTAL ANDAIMES www.rentalandaimes.com.br +55 (84) 32364278
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C
CLIMATIZAÇÃO
STR AR www.strar.com.br +55 (11) 36363580
ELIZABETH
www.sasazaki.com.br +55 (14) 34029922
www.ceramicaelizabeth.com.br +55 (81) 33266230
SINCOL - PORTAS
INCEPA
www.sincol.com.br +55 (49) 35615029
www.incepa.com.br +55 (41) 21052500
SQUADRA
PORTOBELLO
www.squadra.ind.br +55 (81) 3471-1636 - 3338.1720
PRODUTOS PLÁSTICOS
www.otis.com 0800 703 10 61
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BOSCH
www.herc.com.br +55 51 3021.4900
R
REATORES E LUMINÁRIAS
INTRAL
www.bosch.com.br +55 (19) 21031090
www.intral.com.br intral@intral.com.br (54) 3209.1496
DEWALT
RENOVADORES DE AR
www.dewalt.com.br +55 (34) 33183000
SICTELL
T
TINTAS E ACESSÓRIOS
BRASILUX www.brasilux.com.br +55 (16) 33837000
CORAL www.coral.com.br 08000117711
IQUINE www.iquine.com.br 08009709089
www.sictell.com.br sictell@sictell.com.br +55 (47) 34523003
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FLC
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www.flc.com.br sac@flc.com.br
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CEUSA
www.condor.ind.br +55 (47) 36312000
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FEV/MAR 2012 |
| 93
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94 |
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DEZEMBRO 2011 |
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