NOTÍCIAS DA ANVFEB Boletim Informativo – Ano I – Nr 02 – Nov 2009 A AS SS SO OC CIIA AÇ ÇÃ ÃO ON NA AC CIIO ON NA ALL D DO OS SV VE ETTE ER RA AN NO OS SD DA A FFO OR RÇ ÇA A E EX XP PE ED DIIC CIIO ON NÁ ÁR RIIA AB BR RA AS SIILLE EIIR RA A “CASA DA FEB” Fundada em 16 de julho de 1963
NOSSA VITÓRIA FINAL... 1 General-de-Exército R/1 PAULO CESAR DE CASTRO
...As asas do meu ideal... A glória do meu Brasil.. 2 Em Pistóia, turistas brasileiros iniciavam o percurso pela senda da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Aqueles turistas, além de brasileiros, eram, também, irmãos de armas, acompanhados de suas esposas, que se dispunham a visitar sítios até hoje marcados pela passagem e pelos combates travados por nossos sempre lembrados e queridíssimos pracinhas. Aqueles turistas e irmãos de armas eram quase todos do Exército. Perfeitamente integrados ao grupo e, também, com suas esposas, um oficial aviador da Força Aérea Brasileira e dois generais do Exército Uruguaio, um dos quais ex-aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. A viagem turística bem poderia ser batizada como exercício no terreno (ET) de História Militar, o ET do Vale do Rio Reno. A família militar aquartelou-se em excelente hotel do Exército Italiano. Um hotel de trânsito em Florença. Não poderia ter sido melhor a escolha, posto que visitar aquela pérola da renascença italiana permitia ainda desfrutar da cidade na qual o General Truscott, substituto do Gen Mark Clark como Comandante do V Exército, instalara seu posto de comando (PC). Em Florença estiveram, durante a guerra, os generais Dutra e Mascarenhas. Visitá-la significou ajoelharmo-nos e rezarmos na Igreja de Santa Maria Novella, na qual também se persignou e orou o Comandante da FEB. 3 Em Pistóia, pela aposição de flores no Monumento Votivo Brasileiro, homenageamos aqueles que tombaram pela causa da liberdade e que, por seu gesto, honraram o juramento de inteira dedicação ao serviço da Pátria, juramento proferido por todos nós, militares brasileiros, “... cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida”. Naquele Monumento repousam os restos mortais de um combatente brasileiro desconhecido, encontrados em Montese, muitos anos após a Guerra, mas que não puderam ser identificados. 4 Em Pistóia começamos a compreender em sua plenitude o significado da “Nossa Vitória Final... As asas do meu ideal... A glória do meu Brasil...” A presença de autoridades italianas, municipais e regionais, todas com mensagens: de cumprimentos fraternos; de agradecimentos sinceros pelo generoso sangue derramado; de autêntica alegria em receber comitiva de brasileiros; de honra aos soldados brasileiros, na guerra representados pelos pracinhas, e, durante nossa visita, por nós mesmos e nossos adidos, que nos acompanharam e orientaram em cada sítio. Ali estávamos como descendentes dos guerreiros da liberdade. Os soldados-adidos, evidenciando relacionamento fraterno com os italianos, demonstravam para os soldados-turistas como foram se tornando cada vez mais sólidos os laços de amizade tecidos durante os dias de guerra e privação, sempre fortalecidos ao longo dos tempos pelas mútuas e sucessivas demonstrações de amizade, ano a ano trocadas entre os toscanos e os militares brasileiros. As emoções foram se sucedendo. Assim, em Monte Castelo, Montese, Castelnuovo, Zocca, Fornovo e Collechio. A Bandeira Brasileira hasteada ao lado do pavilhão italiano, os monumentos aos nossos homens de armas e as placas recordatórias da luta pela Libertação da Itália ─ denominação pela qual os italianos se referem à 2ª Guerra Mundial ─ perpetuam a passagem da Força Expedicionária Brasileira por aqueles rincões e mantêm viva a chama daquela amizade especial e eterna forjada nos campos de batalha. Ratificamos, in locco, que não apenas as tropas aliadas lutaram contra os inimigos nazista e fascista: inspirados pelo mesmo ideal, ali também combateram guerrilheiros locais, os “partiggiani”. Imagine o leitor a forte e inesquecível emoção de ouvir, ao sermos recepcionados em Castelnuovo, a voz embargada pelo choro contido e de receber o abraço ainda firme e sinceramente reconhecido do Senhor Lino, um octogenário partiggiani, que pelejou ombro-a-ombro com a tropa brasileira.
A emoção se renova quando visitamos as sedes governamentais daquelas paragens, nas quais encontramos o pavilhão do município, o gonfalão, como o chamam, ostentando a Medalha do Pacificador, outorgada pelo Exército Brasileiro, lado a lado com medalhas concedidas por associações de veteranos e de excombatentes do Brasil. E é preciso falar dos museus, nos quais fotos, mapas e peças da época marcam nossa contribuição para a libertação daquele povo. Voltando ao ET de História Militar, foi marcante a oportunidade de reconhecer vias de acesso de batalhões, PC da 1ª DIE, objetivos, limites e outras medidas de coordenação e controle; a par de identificar e de assimilar, no próprio terreno, as manobras montadas por nossa Divisão, como os ataques coordenados a Monte Castelo, a Castelnuovo e a Montese, de cuja torre foi possível entender, perfeitamente, porque o Marechal Mascarenhas de Moraes considerou a posse dessa localidade a chave para a conquista do vale do Panaro. E, com a mesma clareza, visualizamos as manobras de aproveitamento do êxito, em Zocca, e a de perseguição, em Collechio-Fornovo. No mesmo local em que foi assinada a rendição da 148ª Divisão de Infantaria Alemã, em Pontescodogna, festejamos “Nossa Vitória Final...” e desfrutamos do merecido repouso pós-exercício no terreno. Não podemos omitir a emoção de ouvir palavras de alguns italianos que não se cansavam de elogiar o comportamento da tropa brasileira, cujos homens eram conhecidos por tratarem muito bem as famílias italianas e com elas compartilharem as próprias refeições. Esta é a maneira de ser do soldado brasileiro, bravo e solidário, audaz e amistoso, patriota e compreensivo, criativo e comunicativo, atributos que tanto têm marcado nossa atuação, não apenas naquelas paragens durante a II Guerra Mundial, mas também em São Domingos, Angola, Moçambique, Timor Leste e, hoje, no Haiti. Foi assim que a “Cobra fumou!” É assim que a “Cobra continua fumando!” E foi assim que a Força Expedicionária Brasileira conquistou “Nossa Vitória Final...!” Foi assim que ela escreveu para as gerações dos soldados de hoje o que são “... As asas do meu ideal...!” Foi assim que legaram para os homens e mulheres de armas do Século XXI a lição de como se constrói “... A glória do meu Brasil...!” 1 – Versos da Canção do Expedicionário, cuja letra é de Guilherme de Almeida e a música, de Spartaco Rossi. 2 – Versos da Canção do Expedicionário, cuja letra é de Guilherme de Almeida e a música, de Spartaco Rossi. 3 - Memórias do Marechal Mascarenhas de Moraes, volume II. BIBLIEx e Livraria José Olímpio Editora. Rio de Janeiro, 1969. 4 - Verde-Oliva Edição Histórica. 50 Anos de Glória. Exército Brasileiro. Brasília, 1995.
MONUMENTO NACIONAL AOS MORTOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL O Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial foi idealizado pelo Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes, inesquecível Comandante da Força Expedicionária Brasileira. Graças a seu denodado esforço e dedicação, seu sonho de trazer de volta à Pátria os heróis imolados nos Campos de Batalha da Itália transformou-se em magnífica realidade. O Monumento teve sua construção iniciada a 24 de junho de 1957 e, embora inaugurado a 07 de abril do mesmo ano, a sua obra só foi concluída em 24 de junho de 1960. Em 20 de junho de 1960, partiu para Pistóia, na Itália, uma Comissão com a incumbência de proceder à exumação dos 462 corpos existentes no Cemitério Brasileiro ali localizado e prepará-los para o translado para o Brasil. A Comissão de Transladação, presidida pelo Marechal Oswaldo Cordeiro de Faria, que integrou a FEB como Comandante da Artilharia Divisionária, chegou ao Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1960, trazendo os corpos dos brasileiros falecidos, em caixas de zinco individuais, encerradas em urnas de madeira e colocadas nos respectivos jazigos do Mausoléu. Uma das urnas de mortos não identificados passou a simbolizar o "Soldado Desconhecido" e foi entregue pelo Ex-Comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Moraes, ao Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek, que a depositou na base do Pórtico Monumental, onde se encontra até hoje.
O Projeto, de autoria dos arquitetos Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto, foi concebido com a preocupação dominante de dar ao Monumento Nacional a integração necessária ao belíssimo cenário natural em que se encontra e torná-lo participante da composição urbanístico-arquitetônica planejada para o local. O Monumento é composto por uma sala de exposições, mausoléu e plataforma e está situado em um belíssimo cartão postal da cidade do Rio de Janeiro, o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes - “Parque do Flamengo”. Visite o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial ! O acesso à sala de exposições e estacionamento é gratuito. Visitas guiadas para grupo de até quarenta pessoas mediante agendamento pelo telefone (21) 2240-1283 ou e-mail: mnm2gm@ig.com.br .
Colabore com a preservação da memória de nossa Pátria e prestigie aqueles que deram o sangue pela liberdade das gerações futuras: nossos pracinhas! O atendimento ao público é realizado as terças e quintas-feiras, das 13h às 17h. Para mais informações, acesse a página eletrônica http://www.veteranos.org.br ou envie uma mensagem para anvfeb@uol.com.br . Conheça a Casa da FEB e contribua com a sua manutenção! Banco Bradesco (237) Agência Nr 3176-3 (Cinelândia) Conta Corrente Nr 84.692-9 CNPJ: 33.856.7758/0001-85
“Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não
cultiva os seus feitos heróicos.”
MENSAGENS RECEBIDAS Olá Grandes Heróis... Grandes Heróis mesmo pois acabaram de batalhar mais uma guerra, a burocratica. Mas estou aqui para elogiar o Boletim Informativo editado pelo meu grande amigo Sr. Rosental, ficou ótimo, já li todo e fiquei com o gostinho de quero mais. Sim quero mais notícias de vocês. Um grande abraço. Anne Lansillote. Rio de Janeiro, 29 de Outubro de 2009. Bravos Companheiros, Com alegria, recebi o NOTICIAS DA ANVFEB nº 01, e aproveito a oportunidade para agradecer, e felicitar aos amigos pela brilhante iniciativa. Saudações Expedicionárias, Cte. SAMUEL MILLER 28 de outubro de 2009. Prezados amigos da ANVFEB, Muito obrigado pela remessa do Notícias da ANVFEB, Nr 01. Cumprimentos pela publicação, cujos textos, conteúdos e apresentação estão excelentes. Com renovado apreço, Gen Castro Rio de Janeiro, RJ, 28 de outubro de 2009. Prezados Senhores Veteranos Agradeço o envio do Boletim Informativo da Casa da FEB, infelizmente com a singela mensagem de falecimento de meu grande amigo Roberto. Esclareço que como colaboradora do site www.anvfeb.com.br, estamos, nos organizando para dar continuidade ao digno e elogiável trabalho do grande patriota e admirador dos feitos de nossos pracinhas no Teatro de Operações na Itália. Era esta sua vontade. Gostaria de estar sempre mantendo contado com os nobres veteranos da Casa da FEB. Coloco-me a disposição de todos Saudações Febianas Zenaide Maria Tavares Duboc Filha do Veterano da FEB - Major Álvaro Duboc Filho.
Posse do Cel ROSTY na Academia de Historia Militar Terrestre do Brasil - AHIMTB Foi empossado na ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL (AHIMTB), sediada em Resende-RJ, o Coronel da Reserva Claudio Skora Rosty, em Sessão Solene de 22 de outubro último no auditório do Arquivo Nacional, na antiga Casa da Moeda da Praça da República. O Cel Rosty é pesquisador das Invasões Holandesas no Brasil (Insurreição Pernambucana) e sobre os feitos do Cel ARCISZEWSKI – Polonês à serviço da Companhia das Índias Ocidentais (1º polonês nos anais da História do Brasil). Realizou diversas palestras sobre a FEB, inclusive a de fevereiro último no auditório da DAC, alusiva a Tomada de Monte Castelo. Atualmente é assessor da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exercito e consultor técnicocientífico em História Militar do Laboratório de Arqueologia do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco. Passa a ocupar a Cadeira cujo Patrono e o Prof. Dr. José Antônio Gonsalves de Mello, pela elevação a Acadêmico Emérito do ocupante anterior, o Prof. Dr. Frederico Pernambucano de Mello, historiador do Brasil profundo, sobrinho do Patrono. A posse, realizada no Arquivo Nacional, na Praça da Republica, contou com a presença do Presidente da Academia, Coronel Claudio Moreira Bento, do Delegado da Academia no Rio de Janeiro, Professor Israel Blajberg e de inúmeros professores e historiadores civis e militares.
Na sua saudação ao Patrono, o Cel Rosty destacou a atuação de GONSALVES DE MELLO (1916-2002), GRÃO MESTRE DA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO E DO NORDESTE, que realizou estudos da língua holandesa para melhor pesquisar e descrever em suas mais de 30 obras, a Influência da ocupação holandesa na vida urbana e na vida rural do Nordeste do Brasil - primeira metade do século XVII, abordando a situação do negro sob o domínio Holandês, os negros e a escravidão; os índios e a catequese; os portugueses e os judeus; as religiões católica e a israelita. Ainda como estudante de Direito, Mello tomou parte no Congresso Afro-Brasileiro do Recife em 1934 e iniciou as pesquisas sobre o domínio holandês em Pernambuco, quando estudou holandês antigo com padres holandeses residentes no Recife. Esteve varias vezes nos Arquivos dos Países Baixos, onde examinou a Documentação da Companhia das Índias Ocidentais, e no Arquivo Municipal de Amsterdã, onde estudou Documentos relativos à Comunidade Judaica do Recife. A sua obstinação de pesquisador prolífico foi reconhecida por relevante titulação, como a Livre-docência da Real Universidade de Utrecht, a concessão da Ordem de Orange-Nassau, no grau de oficial, outorgada pela Rainha Juliana. a Ordem Militar de Cristo, concedida pelo Governo português, e a admissão na Academia Portuguesa da História – Correspondente - cadeira 37. Autor de TEMPO DOS FLAMENGOS, sua mais importante obra no que concerce ao judaísmo foi sem duvida Gente da Nação, lançada em 1989 abordando os Cristãos-Novos e judeus em Pernambuco 1542-1654, ele mesmo se considerando um descendente remoto daqueles pioneiros que viveram no Recife na época holandesa e que formaram a primeira comunidade judaica das Américas. O Cel Rosty tem obras publicadas sobre as batalhas travadas pelos patriotas brasileiros que determinaram a expulsão dos holandeses no Brasil, e comandou o Regimento Guararapes no Recife, guardião ao Parque do mesmo nome, PARQUE HISTÓRICO NACIONAL DOS GUARARAPES (PHNG). – JABOATÃO DOS GUARARAPES – PE, que recorda a fantástica historia da união entre índios, negros e portugueses, formando o nascente Exercito Brasileiro, considerada a sua origem como sendo em 19 de abril de 1654, data da segunda Batalha de Guararapes. Durante o seu comando o Cel Rosty teve oportunidade de acompanhar de perto os trabalhos que levaram ao resgate da primeira sinagoga do Recife e das Américas, com a confrontação da planta original encontrada pelo arquiteto José Luiz da Mota Menezes da Empresa de Urbanização do Recife – URB, confirmando a identificação do local da Sinagoga Zur Israel do Recife, cujo sitio foi escavada pelo arqueólogo militar Marcos Albuquerque do Laboratório de Arqueologia da UFPE, seu amigo. Entre outras autoridades compareceram também o Pároco Jan Sobieraj, da Igreja Polonesa da Rua Marques de Abrantes, o Presidente da SPK – Sociedade Polonesa dos Veteranos de Guerra, o Gen Jonas de Moraes, exMinistro-Chefe do Estado Maior das Forcas Armadas e o General Geraldo Nery, Coordenador do Programa de Historia Oral do Exercito.
Cel Rosty, Cel Bento, Presidente da Academia, Gen Castro e Prof Israel, Delegado-Rio da AHIMTB
Dia do Oficial R/2
A ANVFEB apresenta mensagem recebida do Presidente do CNOR, e Membro do Conselho Deliberativo da ANVFEB, Ten R/2 Art Sérgio Pinto Monteiro, saudando a todos os Oficiais R/2 do Brasil, entre os quais se incluem, entre outros, os Veteranos Maj Ruy Fonseca, Maj Marcos Galper e Ten Israel Rosenthal. “No dia 4 de novembro, o Exército Brasileiro comemora o dia do Oficial da Reserva (R/2). A data, fixada pelo Comandante do Exército através da Portaria nº 429, de 18 de julho de 2006, em atendimento a uma proposta do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, reverencia o nascimento do Tenente-Coronel Correia Lima, idealizador dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva no país. Nascido em Porto Alegre, no ano de 1891, descendente de família de militares, Luiz de Araújo Correia Lima foi aluno aplicado, figurando sempre entre os primeiros classificados nos bancos escolares que freqüentou, tendo cursado o Colégio Militar de Porto Alegre e, posteriormente, o Curso de Artilharia da Escola Militar do Realengo, onde, posteriormente, foi instrutor. Uma das doutrinas emanadas ao término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, foi a necessidade de que às Reservas Mobilizáveis fossem incorporados elementos com formação militar e capacidade de liderança que os habilitassem a comandar subunidades e pequenas frações de combatentes. Surgiu, então, o atual modelo do Oficial da Reserva, com a criação nos Estados Unidos, em 1919, do Reserve Officers Training Corps. No Brasil, graças aos esforços do então Capitão Correia Lima, foi instituído, em 22 de abril de 1927, o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, Organização Militar pioneira do nosso Sistema de Formação de Oficiais da Reserva, do qual foi ele o primeiro comandante. O Curso, inicialmente, tinha a duração de três anos, o que perdurou até 1942, quando foi adaptado para dois anos. A partir de 1966, o modelo evoluiu para um ano de formação. Correia Lima não viveu para testemunhar a importância de sua obra. Servia como Major, promovido por merecimento, em Curitiba, comandando o 1° Grupo do 9° Regimento de Artilharia Montada, quando irrompeu a Revolução de 1930. Foi atacado de surpresa em seu quartel, e assassinado no dia 5 de setembro de 1930. No mesmo ano, foi promovido postmortem a Tenente-Coronel, por ato de bravura. A Segunda Guerra Mundial demonstrou o acerto dos ideais de Correia Lima. Dos 1070 Tenentes e Aspirantes da FEB, 433 eram R/2. Quase a metade. Muitos desses heróis, que há mais de sessenta anos venceram um inimigo traiçoeiro, encontram-se ainda entre nós, exibindo em seus cabelos brancos o orgulho da missão cumprida. Quando jovens, venceram um inimigo traiçoeiro e merecem a gratidão eterna de toda a nação brasileira. Dos doze Oficiais combatentes que deram suas vidas à Pátria, seis eram R/2. Exatamente a metade. Deram ao Brasil o seu bem mais precioso. O sacrifício desses heróis enobrece e dignifica a Nação e o Exército Brasileiro. O 1º Tenente R/2 Apollo Miguel Rezk foi o único integrante da FEB agraciado pelo governo dos Estados Unidos com a Distinguished-Service Cross, mais importante condecoração de bravura americana, “por extraordinário heroísmo em ação, comando inspirado e persistente coragem”. Recebeu, também, a Silver-Star e as quatro condecorações de guerra brasileiras. Nos dias atuais, vemos nos CPOR e NPOR o trabalho árduo e a dedicação de instrutores e monitores na formação e preparação dos jovens alunos, futuros Aspirantes a Oficial R2, com a nobre missão de completar os claros existentes nos corpos de tropa e, ao mesmo tempo, formar a reserva mobilizável do nosso Exército. Serão a voz civil do Exército na sociedade do amanhã. O Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, criado em 22 de abril de 1997,
congrega 15 Associações dispersas por todo o país, sendo extremamente gratificante para todos nós assinalar a recente filiação da Associação dos Oficiais da Reserva da Amazônia Oriental, ocorrida durante o 11º Encontro Nacional de Oficiais da Reserva do Exército, realizado há menos de trinta dias, em Brasília, tendo como Presidente de Honra o Comandante do Exército Brasileiro e com a presença de quase duas centenas de companheiros, oriundos das mais diferentes regiões do país. Os Oficiais R/2, na paz e na guerra, cumprem com eficácia suas missões de cidadão-soldado. Nos trajes que hoje envergamos, se mesclam os valores do soldado e os ideais do cidadão. Ao final deste evento, quando retornarmos ao segmento civil da sociedade, a Reserva certamente estará mais Atenta e Forte, para melhor contribuir no esforço de manter o Brasil no seu destino de pátria livre, desenvolvida e soberana, no concerto das nações”. Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2009.
Convite especial – Dia do R/2 A Diretoria de Mobilização da AORE/RJ convida o ilustre Ex- Aluno de CPOR ou NPOR, Aspirante ou Oficial R/2 (associado ou não associado), familiares e amigos a participar do Dia do Oficial R/2 que se realizará no pátio do quartel do CPOR/RJ no dia 06/11 (sexta-feira) às 8 horas. A programação consistirá em formatura, queima de fogos, exposições, visita ao museu do R/2, homenagem e entrega de diplomas aos jubilandos das turmas de 84 (25 anos) e 59 (50 anos) e coquetel. Desde já contamos com sua indispensável presença nesse memorável evento. RUYBERTO Silva de Oliveira 2º Ten R/2 Mat Bel Tu 1978 CPOR/RJ Diretor de Mobilização da AORE/RJ Tel.: (21) 2262-6358 / (21) 9271-1660 ruybertorj@ibest.com.br rjaore@gmail.com CPOR/RJ - Comandante: Cel Inf JULIANO Av. Brasil, 5292 - Bonsucesso CNOR - Presidente: 2 Ten R/2 MONTEIRO AORE/RJ - Presidente: 2 Ten R/2 MERGULHÃO Av. Brasil, 5292 - Rio de Janeiro/RJ - CEP 21040-361 Tel.: 2564-3276 * Fax.: 3868-8577 * 9166-6699 www.sangueverdeoliva.com.br *********************************** **************************** ********************* *************** ********* **** *
Presidente da ANVFEB: Vet MANOEL ADÃO FLORIANO Editor: ISRAEL BLAJBERG – Ten R/2 - Diagramação / Digitação: PAULO MARCELO DOS SANTOS – Cb Rua das Marrecas, nº 35 – Lapa – Rio de Janeiro / RJ - BRASIL – 20031-040 - Tel / Fax: (21) 2532-1933 http://www.veteranos.org.br ----- e-mail: anvfeb@uol.com.br