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CONJUNTURA AUTOMOTIVA AINDA É DESAFIADORA, APESAR DAS MELHORAS Todos os segmentos automotivos apresentaram recuperação em junho sobre maio deste ano, embora a queda acumulada também seja geral.

De acordo com FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, no acumulado do 1º Semestre/2020, foram emplacados 1.225.663 veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, o que representa queda de 36,13%, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram emplacadas 1.918.977 unidades. Em junho foram vendidos 194.354 veículos, contra 100.422 unidades em maio, num aumento de 93,5%. Mas, se comparados aos resultados de junho de 2019, os emplacamentos de junho de 2020 fi caram 38,58% abaixo das 316.453 unidades comercializadas no ano passado. Para o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Jr, a pandemia do Coronavírus, iniciada na segunda quinzena de março, impactou, nega� vamente, no balanço do primeiro semestre do setor. “A queda já era esperada, em função do atual cenário, considerando os efeitos da pandemia do Covid-19, que obrigou o fechamento do comércio e o isolamento social, durante longo período. Mas, quando avaliamos o mês de junho, na comparação com maio deste ano, já observamos uma expressiva melhora, explicada pelo retorno das a� vidades dos DETRANs, principalmente, em São Paulo, que representou 32,1% das vendas nacionais, e da reabertura das concessionárias, para vendas, na capital paulista e em outras localidades”, explica o Presidente da en� dade, para quem o aumento de vendas, em junho, refl ete, parcialmente, possíveis vendas represadas e realizadas em maio, enquanto os DETRANs não estavam operando, mas, também, revela a melhora nos índices de confi ança por parte do consumidor e empresários, “principalmente, em segmentos como de caminhões e motocicletas, que só não � veram resultados melhores pela falta de produtos, já que as montadoras estão retomando a produção aos poucos e ainda de forma reduzida”, comenta. Segundo levantamento da en� - dade, os resultados de emplacamentos no acumulado do semestre revelam que 2020 está na 17ª posição, no ranking histórico dos primeiros semestres, e na 20ª colocação entre os meses de junho.

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Automóveis e Comerciais Leves

Com aumento de 116,78%, as vendas de automóveis e comerciais leves, em junho, totalizaram 122.772 unidades emplacadas, contra 56.635 em maio deste ano, mês que ainda teve uma base baixa para comparação, em função de muitas Concessionárias estarem fechadas. Se comparado a junho de 2019 (213.416 unidades vendidas), o resultado de junho/2020 mostra queda de 42,47%. Também no acumulado do 1º. Semestre, os impactos da pandemia sobre as vendas de automóveis e comerciais leves fi zeram o resultado cair de 1.248.843 unidades, vendidas nos seis primeiros meses de 2019, para 763.280 unidades, comercializadas no 1º. Semestre de 2020. “A evolução de junho já nos

mostra um sinal de recuperação, principalmente, em função da retomada de operações do DETRAN-SP e do retorno das Concessionárias da Capital Paulista, que somam mais de 370 empresas que atuam nestes segmentos. Claro que um aumento desta magnitude nos indica que, além das vendas efe� vadas em junho, há registro de vendas realizadas em maio e que não haviam sido registradas pelo DETRAN (casos onde os DETRANs não estavam operando)”, pondera o Presidente da FENABRAVE. Para ele, “mesmo diante de um mês de junho melhor, o acumulado do primeiro semestre de 2020 está na 19ª colocação, no ranking histórico dos primeiros semestres e, se considerarmos apenas o mês de junho, estaremos na 21ª posição, o que demonstra o retrocesso, provocado pela pandemia e consequente fechamento das concessionárias e isolamento social, por longos períodos. A queda no semestre só não foi mais intensa em função das vendas não presenciais”, avalia Assumpção Júnior.

Caminhões, Ônibus e Implementos Rodoviários

Em junho, os 8.762 caminhões emplacados fi caram 12,28% acima do volume comercializado, no mesmo mês de 2019 (7.804 unidades), e 85,05% acima das vendas de maio de 2020 (4.735 unidades). “Responsáveis pelo transporte de itens essenciais, durante a pandemia, e com o agronegócio impulsionando o setor, os caminhões têm sido mais demandados, principalmente, os pesados e extra-pesados. Os resultados só não foram melhores porque as montadoras ainda estão retomando a produção, mas em ritmo menor. Mesmo em dois turnos, em função do necessário distanciamento social, a produção não está alcançando a demanda e, com isso, as concessionárias já têm entregas previstas para os meses de setembro e outubro”, comemora o Presidente da FENABRAVE, para quem os níveis de confi ança dos empresários já estão melhorando, além de os bancos estarem retomando os fi nanciamentos, com taxas mais atra� vas, oferecendo juros abaixo de 1% a/m. Mesmo sendo um dos segmentos automotivos menos afetados pela crise, o mercado de caminhões registrou retração de 19,71% nas vendas do primeiro semestre de 2020, sobre mesmo período de 2019, totalizando 37.629 unidades, contra 46.865 unidades no 1º. Semestre do ano passado. “Historicamente, estamos na 15ª colocação entre todos os primeiros semestres, e na 10ª posição se considerarmos apenas o mês de junho”, revela Assumpção Júnior. As vendas de Ônibus registraram baixa no primeiro semestre, chegando a uma queda de 36,5% sobre o acumulado de 2019, somando 7.875 unidades, contra as 12.402 unidades emplacadas no mesmo período do ano passado. Na comparação com junho de 2019, a queda refletida foi de 34,09%. Mas, se comparados com o mês de maio/2020, os números apresentam crescimento de 58,03%. O segmento de Implementos Rodoviários registrou 6.614 unidades emplacadas em junho/2020, numa alta de 25,98% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com maio deste ano, o segmento apresentou crescimento de 76,23%. No entanto, houve retração de 13,42% nos licenciamentos do primeiro semestre deste ano, frente a igual período do ano passado, totalizando 26.702 unidades, contra 30.841 implementos rodoviários registrados em 2019.

Motocicletas

Com a expansão dos serviços de entrega (delivery), durante a pandemia, o segmento de motocicletas teria acelerado mais as vendas não fosse a falta de produtos nas concessionárias. “Com as fábricas paradas e somente agora retornando às a� vidades, e também com problemas de abastecimento de componentes em Manaus, o segmento de motocicletas retraiu 33,93% no primeiro semestre de 2020, sobre idên� co período de 2019, totalizando 350.290 unidades”, comenta o Presidente da FENABRAVE. Em junho, foram licenciadas 45.893 motos, 42,66% a menos do que em igual mês do ano passado, que registrou 80.040 motos emplacadas. Já na comparação entre junho e maio/2020 (29.221 motos emplacadas), os resultados de junho foram 57,05% superiores. “Esse crescimento nos mostra o aumento de demanda, principalmente, por motos de até 250 cilindradas, que foi o segmento que mais sofreu com a paralisação das fábricas”, ressalta Alarico Assumpção Júnior.

Tratores e Máquinas Agrícolas

Para o segmento de Tratores, Máquinas Agrícolas e Colheitadeiras, os dados da FENABRAVE mostram que foram comercializadas, no atacado, de janeiro a maio (dados de junho ainda não disponíveis, pois esse segmento não é emplacado), 14.612 unidades, numa retração de 6,9% ante igual intervalo do ano passado, quando foram comercializadas 15.688 unidades. Na comparação entre os meses de maio/2020 e maio/2019, houve expansão de 16,1% este ano, totalizando 3.673 unidades, contra 3.164, em maio do ano passado. Maio de 2020 também superou o mês de abril, com aumento de 57,3%, superando, portanto, as 2.335 unidades vendidas. “Estamos num bom momento para o agronegócio, mas estamos sen� ndo falta de tratores de alta potência para soja para atender à demanda, o que deve ser normalizado no segundo semestre”, declara o Presidente da FENABRAVE.

Mercado de veículos usados retrai 34%

Segundo dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as transações de veículos usados, considerando todos os segmentos somados – automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros – apresentaram alta, de 69,18%, no mês de junho, totalizando 744.643 unidades, contra 440.147 em maio. Se comparado com junho do ano passado (1.068.013 unidades), a queda foi de 30,28%. No fechamento do primeiro semestre, na comparação com igual intervalo de 2019, as transações retraíram 34,01%, somando 4.505.981, ante as 6.828.225 unidades vendidas no mesmo período do ano passado. “Este mercado sofreu durante o primeiro semestre, assim como o mercado de novos, pela retração nos negócios e pela difi culdade dos registros nas transações pelo fechamento dos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANs), que afetou, diretamente, o segmento de usados. Outro fator relevante foi o período em que as Concessionárias permaneceram fechadas, durante a quarentena mais restri� va”, comenta Alarico Assumpção Júnior, presidente da FENABRAVE. Automóveis e comerciais leves – Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, as vendas de usados, em junho, somaram 546.538 unidades, 71,79% acima dos 318.150 veículos vendidos em maio. Em relação a junho de 2019 (805.014 unidades), houve retração de 32,11%. Do total de automóveis e comerciais leves transacionados em junho, os modelos, com até três anos de fabricação, representaram 13,34% do volume comercializado, e 11,8% do acumulado do ano. De janeiro a junho

deste ano foram registradas 3.346.928 vendas de veículos, numa queda de 34,67% sobre o primeiro semestre do ano passado, quando 5.123.380 unidades foram transacionadas.

Revisão das Projeções para 2020

A FENABRAVE revisou suas expecta� vas para o mercado de veículos em 2020. Para o setor em geral, a en� dade projeta queda de 35,8%, ante o crescimento de 9,7% esperado na previsão feita em janeiro. Com isso, o mercado total, com exceção de tratores e máquinas agrícolas, que não são emplacados, deverá somar 2.522.560 unidades. A previsão para as vendas de automóveis e comerciais leves, ao mercado interno, passou de uma alta esperada de 9%, para uma retração projetada em 37,1%, somando, agora, 1.672.428 unidades. Para caminhões, a projeção, que era de alta de 24%, passou a uma queda de 18,6%, totalizando 82.854 unidades. As vendas de ônibus devem retrair 39,1%, com o total de 16.554 unidades, ante a expecta� va anterior, de aumento de 16%. O mercado de implementos rodoviários deve apresentar queda de 7,6% este ano, o que representa 58.600 unidades, contra os 23% de aumento, previstos em janeiro. Para o mercado de motocicletas, a en� dade projeta retração de 35,8% e não mais alta de 9%, como avaliou, inicialmente, em janeiro. Agora, as projeções apontam para 692.124 unidades vendidas este ano.

Produção de motocicletas indica retomada

A indústria brasileira de motocicletas registrou em junho 78.130 unidades produzidas no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo. Este volume representa uma alta de 427,6% em relação a maio do presente ano (14.809 unidades), mês em que as montadoras retomaram a produção de forma gradual. Na comparação com junho do ano passado (68.121 unidades), houve uma alta de 14,7%. Esse crescimento, no entanto, está relacionado ao período de

férias parciais registrado no ano passado em algumas fábricas de motocicletas do PIM. No primeiro semestre de 2020 foram fabricadas 392.217 motocicletas, correspondendo a uma redução de 27% na comparação com o mesmo período de 2019 (537.105 unidades). “Esses números mostram que o setor registra uma retomada consistente. Logo no início da pandemia, Manaus foi uma das cidades mais a� ngidas pela covid-19 e agora, com o retorno grada� vo da produção, o segmento de motocicletas apresenta uma tendência de recuperação, cuja evolução dependerá ainda da normalização das operações de varejo”, avalia Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Fermanian acrescenta que existe também um nicho na demanda por motocicletas, cons� tuído pelos co� stas contemplados de planos de consórcio, que ainda não u� lizaram suas cartas de crédito para adquirir os veículos por razões diversas. “O consórcio tem uma par� cipação importante nos negócios com motocicletas e o obje� vo das fabricantes e suas concessionárias é atender estes clientes com efi ciência e qualidade, oferecendo os modelos exatos de produtos desejados por eles. Juntamente com a retomada e evolução da produção, as fábricas têm procurado adequar o mix de produtos para atender às necessidades destes clientes, bem como de todos os compradores de motocicletas”, explica. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC, há mais de 100 mil cotas contempladas de planos de motocicletas, no País, com crédito pendente de u� lização. Em relação à revisão das projeções de produção e vendas do setor originalmente feitas para 2020, Marcos Fermanian esclarece que isso ainda não é possível de ser feito com a devida precisão, tanto por conta do cenário atual, bastante complexo, quanto à instabilidade do comportamento do mercado. “Estamos acompanhando a implementação das medidas de saúde pública, prevenção ao contágio pelo coronavírus e combate aos impactos da pandemia e, simultaneamente, analisando como as operações comerciais se desenvolvem nesse contexto. Acreditamos que mais à frente já será possível rever as projeções, considerando que o mercado nacional de motocicletas, assim como em outros setores econômicos, tem sido bastante impactado pela pandemia”, completa.

Vendas no atacado – Em junho, as fábricas venderam no atacado – para suas concessionárias – 76.189 motocicletas, representando um crescimento de 315,1% no compara� vo com maio (18.355 unidades) e elevação de 5,6% ante junho do ano passado (72.121 unidades). No acumulado do primeiro semestre do presente ano, as vendas no atacado somaram 377.119 unidades, signifi cando uma queda de 28,7% na comparação com o mesmo período de 2019 (528.893 unidades).

Emplacamentos – Os emplacamentos registraram alta em junho na comparação com maio do presente ano. Segundo levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) analisado pela Abraciclo, foram licenciadas 45.855 motocicletas, representando um aumento de 57,1% na comparação com maio (29.192 unidades) e um recuo de 42,7% em relação a junho de 2019 (80.023 unidades). “A alta no número de emplacamentos de junho em comparação com maio, no entanto, em parte também inclui vendas realizadas no mês anterior, quando os DETRANs não se encontravam em operação plena e, em vários estados, quase não efetuaram licenciamentos”, lembra o presidente da Abraciclo. Com 20 dias úteis, a média diária de vendas em junho foi de 2.293 motocicletas, a menor para o mês desde 2003 (3.107 unidades). Na comparação com maio (1.460 unidades/dia), no entanto, que também teve 20 dias úteis, ocorreu uma alta de 57,1%. Em relação a junho de 2019 (4.212 unidades/dia, em 19 dias úteis), houve um recuo de 45,6%. Com 18.299 unidades, a região Sudeste foi a que mais emplacou motocicletas em junho no Brasil. Na sequência vieram Nordeste (13.190 unidades), Norte (5.657 unidades), Sul (4.651 unidades) e Centro -Oeste (4.058 unidades). O estado de São Paulo voltou a liderar o ranking de licenciamentos com 13.294 unidades, seguido por Minas Gerais (4.008 unidades), Maranhão (3.428 unidades), Pará (2.903 unidades) e Bahia (2.689 unidades). No acumulado do primeiro semestre do ano, as vendas no varejo somaram 350.141 unidades, representando uma retração de 33,9% na comparação com o mesmo período de 2019 (530.034 unidades). Exportações – As exportações em junho totalizaram 2.945 unidades, signifi cando um aumento de 1.147,9% na comparação com maio (236 unidades) e uma elevação de 3,2% ante as 2.854 motocicletas embarcadas para o exterior no mesmo mês de 2019. De acordo com dados do portal de esta� s� cas de comércio exterior Comex Stat, que registra o volume de embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais mercados para as motocicletas produzidas no PIM foram Colômbia (372 unidades e 63,9% do volume total exportado), Estados Unidos (157 unidades e 27%) e Austrália (48 unidades e 8,2%). No acumulado do primeiro semestre do ano, foram exportadas 10.432 motocicletas, correspondendo a uma queda de 48,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (20.392 unidades). A Argen� na foi o principal des� no (4.285 unidades e 40,6% do total exportado), seguida por Colômbia (1.744 unidades e 16,5%) e Estados Unidos (1.451 unidades e 13,8%). 

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