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CALÇADOS
from Ed154
by Aspa Editora
Feiras digitais geram mais de US$ 2 milhões
©DIVULGAÇÃO
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Três eventos digitais neste primeiro semestre de 2021 renderam mais de US$ 2 milhões para empresas calçadistas nacionais. Um deles foi baseado nos Estados Unidos (Sourcing @ MAGIC Digital) e os outros na Itália – Expo Riva e Micam Milano. Em todos os eventos as empresas brasileiras foram apoiadas pelo Brazilian Footwear, programa de incen� vo às exportações desenvolvido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil. Este programa tem por obje� vo aumentar as exportações de marcas brasileiras de calçados através de ações de desenvolvimento, promoção comercial e de imagem voltadas ao mercado internacional. A feira digital italiana Expo Riva Schuh, apesar das necessidades de melhorias reportadas pelos expositores brasileiros, gerou US$ 630 mil em negócios imediatos e alinhavados para as 16 marcas verde-amarelas par� cipantes. A analista de Promoção Comercial da Abicalçados. Ruísa Scheff el, destaca que, apesar de necessitar alguns ajustes para o� mização, a plataforma digital da feira italiana é promissora, especialmente porque a organização se mostrou aberta para implementação de melhorias para as próximas edições. “O potencial é muito maior, pois a Expo Riva Schuh é uma feira caracterizada por grandes volumes de vendas. Nas feiras � sicas, por exemplo, as empresas chegam a vender 60% do total das suas exportações do ano”, acrescenta. A feira digital norte-americana Sourcing @ MAGIC Digital, que ocorreu entre os dias 1º de março e 1º de maio na plataforma NuOrder, gerou US$ 445 mil entre negócios efe� vados e alinhavados durante a ação para as marcas brasileiras. Foram 125 contatos com compradores dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, México, Equador, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Itália e Guatemala. A Micam Milano Digital Show, feira italiana que aconteceu entre 8 de março e 8 de maio, foi um sucesso para as 17 marcas calçadistas brasileiras par� cipantes. Conforme relatório da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram gerados mais de US$ 1,5 milhão em negócios, somando os realizados e alinhavados no evento, quase três vezes mais do que na Micam Digital passada.
A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pon� n, destaca que foram mais de 64 mil pares de calçados comercializados durante o evento, com destaque para compras feitas por grandes importadores dos Estados Unidos, França, Itália, Rússia, Inglaterra, Alemanha, Colômbia, entre outros. “No total, foram gerados contatos com mais de 30 países, uma procura mais efe� va e superior à registrada no evento anterior”, avalia Paola, ressaltando que tanto os consumidores quanto as marcas estão u� lizando cada vez mais as plataformas digitais para efe� var negociações. “Os eventos � sicos foram prejudicados no período mais crí� co da pandemia e com isso proliferaram os digitais. Existem vantagens de o� mização de tempo e custos logís� cos que vêm atraindo cada vez mais empresas para essa modalidade de negócios”, explica a analista.
Uma pesquisa realizada pela Abicalçados revela que mais de 70% das empresas seguirão par� cipando das ações digitais mesmo após a retomada dos eventos � sicos. O gerente de Exportação da Andacco, Leandro Oliveira, destaca que a experiência da marca foi considerada um sucesso comercial. “Diante da impossibilidade de termos feiras presenciais, eventos digitais são ferramentas para podermos estar em contato com os clientes em tempos de isolamento social”, avalia, ressaltando que os negócios foram realizados com clientes dos Estados Unidos, Rússia, Itália e Índia, todos importantes players do mercado internacional de calçados.
Também sa� sfeito com a par� cipação, o gestor comercial da Ferrucci, Leonardo Lachtermacher, ressalta a abertura de novos e importantes clientes durante o evento. “Pedidos fi caram enga� lhados e já estão chegando na fábrica”, comemora. Segundo ele, outro fato relevante foi a alta procura por produtos de marca própria. “Os clientes buscavam nossa marca”, acrescenta o gestor.
Couromoda digital – Adaptada aos desafi os que afetaram o planeta, a Usafl ex mais uma vez se reinventou para apresentar uma coleção totalmente nova, que faz da primavera uma mo� vação especial e libertadora. As novidades foram apresentadas na Couromoda digital, que aconteceu entre 7 e 9 de junho, completamente adaptada a oferecer oportunidades de negócios ao setor calçadista. Com o tema “Ser e Sen� r“, a ideia foi abrir janelas e portas para a natureza, respirar profundamente e se deliciar com os calçados que estarão nos pés das consumidoras pelo mundo todo. Fernando Eduardo Muller, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da marca, explica o conceito da coleção Primavera 2021: “Minimalismo e elegância hoje são internacionais. Chegam inseridos em design democrá� co com produtos inteligentes, duráveis e funcionais, feitos para todas. O conforto e a qualidade andam de mãos dadas e os itens básicos são transformados em novos clássicos.” As cores, embora minimalistas, trazem a alegria deliciosa da primavera: hortelã, camomila, lavanda e tan (aqueles tons de “terra” calorosos). Depois de muitas temporadas usando tênis e sapatos mais baixos, as fl atf orms reaparecem com uma esté� ca supermoderna, que traz a opção do uso do salto alto sem perda do conforto que é o DNA da empresa. Tamancos es� lo Birken são o hit, conforto e es� lo dentro de um despojamento total, embora aceitos com muita graça em composições mais formais, com alfaiataria, por exemplo. As sandálias têm detalhes em velcro e elás� co, o que as tornam funcionais e adaptáveis a qualquer ocasião.
Calçados de segurança crescem na pandemia
A pandemia do novo coronavírus mudou hábitos de consumo mundo afora. O setor calçadista brasileiro não passou incólume à mudança, tendo registrado uma queda de 18,4% na produção de calçados no ano passado (para 763,7 milhões de pares), mas viu a produção de calçados de segurança aumentar 1% em par� cipação, encerrando o ano com 41,6 milhões de pares produzidos (5,4% do total nacional). Os dados estão no Relatório Setorial da Indústria de Calçados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Entre os mo� vos apontados pela Abicalçados para o incremento desse mercado está a mudança no perfi l do consumo e a baixa par� cipação das importações nesse segmento, de apenas 2% - a média nacional é 3% - , o que es� mula a produção nacional. Sempre houve uma necessidade de casar as necessidades de design e segurança em um produto. O trabalhador moderno busca um calçado que possa ser u� lizado no dia a dia e mantenha as caracterís� cas de segurança norma� zadas pelos órgãos ofi ciais.
Mesmo diante de uma base compara� va fraca, o setor calçadista está comemorando a recuperação gradual das suas exportações. Entre janeiro e maio, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 49,3 milhões de pares, que geraram US$ 323,57 milhões, altas de 24,7% em volume e de 9,8% em receita no compara� vo com igual período do ano passado. Somente em maio foram embarcados 8,77 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 65,2 milhões, expressivos incrementos de 223% em volume e de 172,8% em receita no compara� vo com maio de 2020. Além disso, foi a terceira alta consecu� va, mesmo em relação aos respec� vos meses de 2019. O presidente-execu� vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os embarques seguem em recuperação e que o setor deve fechar 2021 com exportações 13% superiores a 2020. “Nos próximos meses, a base de comparação não será tão fraca como a dos primeiros cinco meses, por isso cresceremos menos”, destaca o dirigente. Segundo ele, diante do avanço da vacinação contra Covid-19 e a normalização do comércio mundial, a expecta� va é de recuperação de parte do estrago de 2020, quando os embarques caíram 18,6%. “Mesmo com essa recuperação, não recuperaremos as perdas do ano passado”, acrescenta. Nos primeiros cinco meses de 2021, o principal des� no do calçado brasileiro foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 5,38 milhões de pares por US$ 70,1 milhões, altas de 41,2% em volume e de 21,6% em receita no compara� vo com igual ínterim de 2020. O segundo des� no do período foi a Argen� na, para onde foram embarcados 4,15 milhões, que geraram US$ 38,48 milhões, incrementos de 44% e 30,6%, respec� vamente, ante mesmo intervalo do ano passado. O terceiro des� no dos cinco primeiros meses do ano foi a França. No período, os franceses importaram 3,1 milhões de pares, pelos quais pagaram US$ 23,46 milhões, altas de 16,7% e 20,5%, respec� vamente, diante do mesmo período de 2021. O Rio Grande do Sul seguiu sendo o principal exportador do setor calçadista no Brasil. Nos primeiros cinco meses, os calçadistas gaúchos embarcaram 11,82 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 136,75 milhões, altas de 27,8% em volume e de 8,3% em receita em relação a 2020. O segundo exportador de 2021 é o Ceará, de onde par� ram 15,7 milhões de pares, que geraram US$ 82 milhões, incrementos de 14,5% e 5,4%, respec� vamente, ante os cinco primeiros meses de 2020. São Paulo apareceu no terceiro posto entre os exportadores. Nos cinco meses de 2021, os calçadistas paulistas embarcaram 3,45 milhões de pares por US$ 36 milhões, altas de 25,1% e 18,2% ante o período correspondente de 2020.
Exportações seguem em recuperação Importações asiáticas crescem mais de 70% Respondendo por 83% do total importado em calçados no período, as importações de calçados do Vietnã, Indonésia e China aumentaram mais de 70% em maio. No geral, o mês cinco registrou a entrada de 1,88 milhão de pares, pelos quais foram pagos US$ 28 milhões, altas tanto em volume (+58,1%) quanto em receita (+86%) ante o mês correspondente de 2020. Somente do Vietnã, principal origem, foram importados 775 mil pares, pelos quais foram pagos US$ 15,5 milhões, altas tanto em volume (+51,7%) quanto em receita (+79%) ante maio do ano passado. A Indonésia foi a segunda origem de maio, tendo embarcado para o Brasil 249 mil pares por US$ 4,97 milhões, incrementos tanto em pares (+50,8%) quanto em dólares (+91%) ante maio de 2020. A terceira origem do mês foi a China, de onde foram importados 551 mil pares por US$ 2,74 milhões, altas em volume (+33,1%) e receita (+45%) ante o mês cinco do ano passado. Já no acumulado dos cinco meses, as importações somaram 10,8 milhões de pares por US$ 136 milhões, quedas de 7,1% e de 1,7% ante o mesmo período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (3,88 milhões de pares e US$ 76,42 milhões, quedas de 17,2% e 3% ante 2020), Indonésia (1,27 milhão de pares e US$ 22,85 milhões, quedas de 9% e 0,8%) e China (4,66 milhões e US$ 16,86 milhões, incremento de 1,8% e queda de 6,8%). Em partes - cabedais, palmilhas, solas, saltos etc - as importações dos cinco meses somaram US$ 10 milhões, 7,2% mais do que no ano passado. As principais origens foram Paraguai, China e Vietnã.