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QUÍMICA

QUÍMICA

A SUSTENTABILIDADEA SUSTENTABILIDADE JÁ AFETA POSITIVAMENTE JÁ AFETA POSITIVAMENTE OS NEGÓCIOSOS NEGÓCIOS

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A sustentabilidade vem se rmando nos últimos tempos como um dos fatores essenciais para o sucesso dos negócios na economia moderna. A adoção do ESG (“Environment, Sustentability and Governance”), que em português podemos interpretar como Meio Ambiente, Sustentabilidade e Governança, é uma prática que se dissemina pelas empresas, alavancando investimentos e servindo como um selo de identidade às boas práticas administrativas, sociais e ambientais.

Aglobalização mundial é uma realidade que integra os meios de produção industrial e comercial em paralelo com um sistema fi nanceiro ágil, integrado e sustentado por uma comunicação em tempo real. Este fenômeno permi� u desenvolvimentos tecnológicos impensáveis há uma década, gerando uma expansão econômica mundial extraordinária, notadamente no con� nente asiá� co. Porém, nem tudo caminhou na mesma velocidade. A necessidade de uma demanda em expansão por bens e serviços pressionou uma oferta que correu atrás para atendê-la. O sucesso foi inegável, mas fi caram para trás questões ambientais e sociais. Nem todas as pessoas estão bem atendidas em saúde, educação e qualidade de vida. A disparidade econômica entre profi ssionais qualifi cados e trabalhadores braçais a� ngiu o ápice neste século XXI. Pressões sociais vão se avolumar num futuro próximo. No entanto, a questão ambiental está se mostrando mais urgente com o uso indiscriminado dos recursos naturais, a ponto de já causar alterações climá� cas que geram catástrofes e afetam economicamente diversas nações. Em um mundo globalizado, os problemas locais podem se tornar um desafi o mundial.

EM UM MUNDO GLOBALIZADO, OS PROBLEMAS LOCAIS PODEM SE TORNAR UM

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DESAFIO MUNDIAL. Energia solar ganha força no Brasil

A energia ocupa um lugar de destaque no quesito sustentabilidade. Ela sempre foi, e ainda é, sustentada por fontes fósseis, principalmente o carvão e o petróleo. A situação começou a mudar com inves� mentos em energias limpas como a eólica e a solar, vislumbrando um cenário de esperança e o� mismo. Essa conjuntura geopolí� ca/ambiental afeta sobremaneira o Brasil, detentor da maior fl oresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. Vale lembrar que o Brasil assinou o Acordo de Paris em 2016, comprometendo-se a reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37%, comparados aos níveis emi� dos em 2005, estendendo essa meta para 43% até 2030. Seu principal obje� vo é combater o aumento da temperatura provocada pelo aquecimento global. Na prá� ca, signifi ca impedir o aumento de 2ºC na temperatura global em relação à era pré-industrial. O Acordo de Paris foi defi nido a par� r de acordos que ocorreram durante a 21.ª sessão anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climá� cas (COP 21). Segundo o novo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 9 gigawa� s (GW) de potência operacional da fonte solar em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 46 bilhões em novos inves� mentos ao País e gerou mais de 270 mil empregos acumulados. Ainda de acordo com a ABSOLAR, o avanço da energia solar no País, via leilões para grandes usinas ou pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para reduzir o chamado “custo Brasil”, com uma energia elétrica mais compe� � va aos brasileiros, reduzindo a ocorrência das bandeiras vermelhas na conta de luz da população e diversifi cando o suprimento de energia elétrica do País. No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,3 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais compe� � va entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sé� ma maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocan� ns). Os inves� mentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 18 bilhões. Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combus� veis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW. No segmento de geração própria de energia, são 5,7 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 28 bilhões em inves� mentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é u� lizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

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Instalação da turbina eólica do primeiro Aerogerador Nacional. Fonte WEG e Engie.

Primeiro aerogerador nacional de energia eólica

A energia eólica é uma das fontes mais limpas de energia e tem um enorme potencial de u� lização no nordeste brasileiro. Por conta disso, inúmeras empresas privadas e algumas en� dades públicas estão empenhadas em desenvolver esta importante alterna� va energé� ca. A Engie, mul� nacional francesa de energia, está concluindo a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento “Aerogerador Nacional”, que é a montagem do equipamento. Localizado no município de Tubarão, em Santa Catarina, o aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da ENGIE e é resultado de um Projeto Estratégico do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Companhia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O aerogerador foi projetado e construído pela WEG S.A e a segunda etapa do projeto também contou com recursos do P&D das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC). O projeto, denominado “Desenvolvimento e cer� fi cação de aerogerador nacional de 4,2 MW de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes e conversor de potência plena”, tem por obje� vo desenvolver e incen� var a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte. A fabricação dos segmentos da torre de concreto com mais de 1.100 toneladas de aço e concreto foi realizada pela WEG no próprio local de instalação do aerogerador. O gerador, o hub e a nacele, instalados no topo da torre de concreto, foram produzidos pela WEG, cuja matriz e principal operação global está localizada em Jaraguá do Sul (SC). Já as pás eólicas foram fabricadas pela empresa Aeris, em Caucaia (CE). Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protó� po construído pela WEG no Brasil. Ele entrou em operação em 2015 e a análise do seu desempenho contribuiu para o

O OBJETIVO É DESENVOLVER E INCENTIVAR A TECNOLOGIA NACIONAL EM ENERGIA EÓLICA PARA REDUZIR A DEPENDÊNCIA DE OUTROS PAÍSES.

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desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica. Mais de R$ 300 milhões já foram inves� dos desde 1999 em Pesquisa e Desenvolvimento pela empresa no Brasil, em mais de 200 projetos realizados e/ou em desenvolvimento, unindo esforços de mais de 40 organizações, incluindo universidades, centros de pesquisa, empresas e startups.

HUB de hidrogênio verde

O Estado do Ceará implementará o primeiro HUB de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, com o obje� vo de ser um player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação do hidrogênio verde, que é considerado um elemento-chave para a descarbonização do sistema energé� co mundial. As informações sobre esse projeto foram apresentadas durante o BW Talks HUB de Hidrogênio Verde – Ceará, promovido pelo Movimento BW, inicia� va da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Para essa inicia� va, foi ins� tuído um Comitê Gestor mul� disciplinar, formado por representantes do Governo do Estado do Ceará; Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC; Universidade Federal do Ceará – UFC e Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP. Um dos projetos do HUB do Hidrogênio Verde tem a meta ambiciosa de produzir 900 mil toneladas de H2V por ano, em uma área de 200 ha e com capacidade de eletrólise de 5GW, mas há espaço para vários outros projetos e para a instalação de plantas de toda a cadeia de valor do hidrogênio verde. As reuniões com empresas globais e locais já se iniciaram. O Complexo do Pecém é um ponto estratégico não apenas para exportar o H2V, mas também para produção, armazenamento e distribuição, uma vez que no local já se encontra um grande número de indústrias que podem consumir o hidrogênio verde. Duna Gondim Uribe, diretora execu� va comercial na CIPP, explica que o porto possui como vantagens compe� � vas sua infraestrutura e os bene� cios fi scais (por conta da Zona de Processamento de Exportação) e funcionará como mobilizador de toda a cadeia de valor, recebendo, por exemplo, componentes para plantas de energia eólica off shore, além de propiciar a instalação de painéis solares, plantas de eletrólise, armazenamento de H2, planta de dessalinização e linhas de transmissão de energia, a fi m de que o H2V possa ser consumido não apenas pelas indústrias, mas também usado nos diversos serviços logís� cos e na mobilidade urbana. No caso da exportação, o Porto de Roterdã tem uma par� cipação no capital do Pecém, além de ser parceiro neste projeto. Duna afi rmou que ideia é que o Porto de Pecém se torne a porta de saída para o H2V produzido no Brasil e o Porto de Roterdã seja a porta de entrada na

HIDROGÊNIO VERDE PRODUZIDO NO CEARÁ DEVERÁ SER EXPORTADO PELO PORTO DO PECÉM PARA A EUROPA.

Europa. “Teremos um corredor logís� co, conectando os dois portos, e a chegada do H2V brasileiro aos países europeus”, informa Duna Gondim Uribe. Na avaliação de Jurandir Picanço, consultor da FIEC e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará – CSRenováveis/CE, outro ponto fundamental para o sucesso do hidrogênio verde no Ceará é o seu potencial na área de energias renováveis. Ele lembrou que o Ceará foi o primeiro a implantar plantas eólicas e solares no país, além de ter médias melhores em relação a outros países tanto no fator de capacidade eólico como de radiação solar.

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Extração sustentável de bioativos da oresta Amazônica

Projetos importantes estão tomando corpo na área de extração sustentável na região Amazônica. Novamente a inicia� va privada aumenta seu interesse e par� cipação em projetos sustentáveis que geram desenvolvimento econômico e social em regiões menos favorecidas. O lucro gerado permite reinves� mentos e aprimoramentos das condições sociais, fi xando as populações em seus locais de origem e evitando a degradação ambiental e migração das pessoas para os grandes centros urbanos. Um destes projetos é desenvolvido pela empresa Dow em colaboração com o Ins� tuto Peabiru e a “ The Nature Conservancy (TNC)” . O nome do projeto é Ybá: conservação que transforma, o qual visa contribuir para a valorização da conservação da fl oresta amazônica. Por meio da parceria com o Ins� tuto Peabiru, a empresa irá trabalhar para capacitar comunidades de Breu Branco, no Pará, e fomentar o desenvolvimento social por meio do extra� vismo sustentável de a� vos da fl ora na fl oresta amazônica, possibilitando alcançar diferentes mercados como o de insumos para bioa� vos à indústria de cosmé� cos. Em colaboração com a TNC será realizada a medição dos serviços ambientais – como regulação da temperatura e preservação da água – que benefi ciam a comunidade por meio das áreas conservadas da empresa em Breu Branco, onde conta com um complexo fabril que concentra a� vidades de manejo sustentável de fl orestas plantadas, fábrica de carbonização e produção de silício metálico, principal matéria-prima u� lizada na produção de silicones. A unidade tem uma posição única em seu segmento, integrada a uma cadeia de valor global do negócio de silicones. A Palmyra Recursos Naturais reúne cerca de 45 mil hectares (o equivalente à área de 45 mil campos de futebol), com 80% de área total composta por fl orestas na� vas preservadas. É nesse ambiente que será realizado o projeto Ybá: Conservação que transforma, des� nando inves� mento de R$ 1 milhão para capacitação da comunidade local. A produção de silício metálico de Breu Branco é des� nada à própria Dow nos Estados Unidos e na Europa, e uma parte dela retorna como silicone para ser fi nalizada na fábrica de Hortolândia (SP), onde a empresa produz suas especialidades de alto valor. Os silicones da Dow benefi ciam mais de 25.000 clientes em todo o mundo em várias aplicações, como: cosmé� cos, construção, eletrônicos, eletrodomés� cos, automóveis etc. A viabilização do projeto Ybá será entre a Dow, o Ins� tuto Peabiru e a “ The Nature Conservancy (TNC)”. Es� ma-se que até 2022 as comunidades estejam aptas a negociar produtos fl orestais não-madeireiros que possam ser de interesse do mercado, como é o caso da indústria de cosmé� cos, impactando posi� vamente a vida de mais de 150 famílias da região. O Ins� tuto Peabiru atuará no mapeamento da biodiversidade local presente na área preservada pela Dow para iden� fi car espécies de interesse e, também, na formação para a organização social dos moradores da região de Breu Branco, visando o desenvolvimento de exper� se para fornecimento de bioa� vos à indústria de cosmé� cos. “Como organização paraense, para nós do Ins� tuto Peabiru é fundamental fazer parte de inicia� vas de conservação da fl oresta voltadas para a valorização dos recursos naturais aliadas à geração de renda para comunidades tradicionais da Amazônia.

ESTIMA-SE QUE ATÉ 2022 AS COMUNIDADES ESTEJAM APTAS A NEGOCIAR PRODUTOS FLORESTAIS NÃOMADEIREIROS QUE POSSAM SER DE INTERESSE DO MERCADO.

Estes recursos não-madeireiros, como as sementes e os frutos, possibilitam às comunidades organizadas alcançar autonomia acessando mercados, enquanto exercem seu papel de guardiãs da biodiversidade amazônica”, destaca João Meirelles, Diretor do Ins� tuto Peabiru. Já a TNC contribuirá com a medição dos serviços ambientais – como regulação da temperatura e preservação da água – que benefi ciam as comunidades por meio das áreas conservadas da Dow. “A colaboração com parceiros, fornecedores e comunidade é fundamental para viabilizar projetos inclusivos como o Ybá, que vai dar uma alterna� va, não só para a sobrevivência, mas também para o desenvolvimento econômico dessas famílias e, consequentemente, da região, podendo servir de inspiração pra outras empresas atuantes em localidades próximas”, destaca Ana Félix, gerente de produtos da Dow e uma das líderes da inicia� va.

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Tecnologia brasileira de hidrogênio verde

A Hytron, empresa que nasceu no Laboratório de Hidrogênio da Unicamp/ Fapesp, apresentou no Biofuture/BBEST o ‘reformador de etanol’ para produção de hidrogênio em larga escala, voltado a carros elétricos em postos de combus� veis, diretamente onde se dá o consumo. Há dezoito anos o sonho de cinco alunos de pós-graduação da Unicamp de viabilizar a produção de hidrogênio globalmente a par� r de fontes renováveis e limpas resultou na Hytron, uma empresa especializada no fornecimento de tecnologias para a produção de hidrogênio a par� r de fontes renováveis como etanol. Seu projeto de pesquisa e desenvolvimento – um ‘reformador de etanol’, também chamado de ‘transformador de hidrogênio verde’ – foi fi nanciado pelo Programa FAPESP Pesquisa Inova� va em Pequenas Empresas (PIPE). Esta tecnologia foi um dos destaques do evento internacional de bioenergia Biofuture Summit II / Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST) 2020-21. A conferência conjunta — organizada pelo governo brasileiro, através do Itamaraty, que conduz a presidência da coalizão Plataforma para o Biofuturo, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com apoio da APEX-Brasil, reuniu virtualmente representantes de governos, órgãos internacionais, setor empresarial e pesquisadores de mais de 30 países entre 24 e 26 de maio. As soluções de descarbonização para contribuir com a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global como as da Hytron têm sido apontadas como tecnologias viáveis para a subs� tuição dos combus� veis e fontes de energia fósseis. O uso energé� co do hidrogênio (H2) não produz gases de efeito estufa como o metano e o gás carbônico. Quando misturado com o oxigênio, a exemplo do que ocorre nas células a combus� vel (Fuel Cell), produz água, que volta para o meio ambiente em forma de vapor. No caso do etanol usado na produção do hidrogênio, há uma grande vantagem, uma vez que o etanol pode ser transportado de forma efi ciente e compe� � va, viabilizando a produção descentralizada do hidrogênio que poderá ser produzido próximo ao consumidor. Melhor ainda: o uso do hidrogênio em células a combus� vel é bem mais efi ciente, já que apenas 38 litros de etanol produzem hidrogênio sufi ciente para abastecer um carro elétrico com célula a combus� vel, garan� ndo-lhe uma autonomia de 750 quilômetros.

Vantagens do hidrogênio – “Nosso sonho e desafi o era provar que o hidrogêAs soluções de descarbonização para contribuir com a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global têm sido apontadas como tecnologias viáveis para a substituição dos combustíveis e fontes de energia fósseis.

nio é uma solução viável. E conseguimos demonstrar que é possível usar o hidrogênio de forma descentralizada”, afi rma o sócio-fundador e diretor Comercial da Hytron, Daniel Lopes. Ao longo de quase duas décadas de pesquisas, a Hytron desenvolveu sistemas de produção de hidrogênio a par� r de insumos renováveis dentro de um contêiner. Esse contêiner pode ser instalado, por exemplo, nos postos de distribuição de combus� veis e produzir o Hidrogênio localmente. As diversas soluções da Hytron permitem u� lizar como insumo, além do etanol, outras fontes como o metano, o biometano e a eletrólise da água, adaptando-se aos recursos de cada região. O etanol, no entanto, destaca-se como insumo para a tecnologia Hytron por ser um combus� vel que permite produzir hidrogênio de forma segura e rápida, além de estar presente na bomba de cerca de 48 mil postos de combus� veis em todo o País. “Nossa tecnologia produz um hidrogênio ultra puro, com até 99,9999% de pureza, neutralizando a emissão de carbono”, afi rma Lopes.

Internacionalização – A tecnologia da Hytron despertou o interesse internacional. Em novembro de 2020, a empresa foi adquirida pelo grupo alemão Neuman & Esser (NEA), um dos líderes mundiais

Nos úl� mos anos um tema tem ganhado cada vez mais força na sociedade e presença na imprensa. A busca das empresas por uma estratégia ESG (Ambiental, Social e Governança, em livre tradução) nunca esteve tão em alta. Mas, antes mesmo deste assunto se tornar fundamental nas conversas corpora� vas, o setor de pneus já demonstrava a preocupação com o impacto ambiental de seus produtos – afi nal, pneus não são feitos apenas de borracha, mas também de outros materiais como lonas, cordonéis de aço e náilon, e mesmo que não seja possível reu� lizar esses materiais ainda na indústria de pneus, outras indústrias podem u� lizar esses componentes em diferentes aplicações, fazendo com que o pneu seja reaproveitado após o fi m de sua vida ú� l. A Sumitomo Rubber do Brasil, que detém as marcas Dunlop, Falken e Sumitomo, reafi rmou seu compromisso como membro integrante da Reciclanip e que atua para que o descarte dos produtos produzidos pela empresa tenha o des� no ambiental correto. Além disso, o Grupo Sumitomo Rubber também tem a responsabilidade ambiental em todos os seus processos e busca con� nuamente tornar-se uma empresa que contribua para a concre� zação de uma sociedade sustentável. Sua fábrica conta com uma estação de reaproveitamento de água que realiza o tratamento de 100% de seu efl uente domés� co através da osmose reversa, que permite reu� lizar 50% do efl uente gerado no processo produ� vo. Com relação à preservação ambiental, as tecnologias empregadas na fábrica no Brasil garantem uma expulsão mínima de gases poluentes no processo de fabricação dos pneus e envia apenas o mínimo de resíduos para aterros. A empresa possui a cer� fi cação ISO 50001, norma que estabelece parâmetros para o fornecimento, u� lização e consumo de energia de maneira mais efi ciente, e também a cer� fi cação ISO 14001 que capacita a empresa a operar sob um regime mais sustentável do ponto de vista ambiental. A Bridgestone reforçou seu compromisso com a sustentabilidade como parte de sua estratégia global. O Marco 2020 de sustentabilidade da companhia, que � nha como um dos obje� vos a� ngir o aterro zero em todas as unidade foi alcançado entre 2019 e 2020. Além disso, os projetos desenvolvidos estão alinhados ao compromisso de responsabilidade social da companhia, trabalhando sua gestão de resíduos visando o Marco 2030 com metas para reduções adicionais no impacto ambiental, promovendo a economia circular e a jornada rumo ao carbono neutro, por meio de tecnologias e inovação. Através de inicia� vas como campanhas para redução do uso de copos descartáveis, conscien� zação sobre a coleta sele� va e a implementação de um biodigestor que trata uma média de 15 toneladas de resíduos orgânicos ao mês, a unidade baiana da Bridgestone, em Camaçari, inaugurada em 2007, alcançou, em 2020, a reciclagem de 100% dos resíduos gerados pelo processo de produção da planta. Os resíduos de borracha, negro de fumo, papel, papelão e plás� co são reciclados por meio de empresas parceiras especializadas. Já a madeira tem aproveitamento energé� co em fornos de cerâmica. Os itens que não são passiveis de reciclagem direta são tratados em uma blendagem para coprocessamento – todos processos de des� nação ecologicamente correta. Em direção à economia circular, a planta de Santo André, a primeira fábrica de pneus da Bridgestone no Brasil, inaugurada em 1940, desenvolve projetos como o processo de compostagem, em que cerca de 177 toneladas de resíduos são transformados em adubo orgânico, u� lizado, em parte, nos jardins e canteiros da planta. Além disso, a unidade reduziu os resíduos orgânicos gerados no restaurante em 14% e, desde 2020, iniciou um projeto junto a empresas parceiras para destinação ambientalmente responsável de resíduos de produção com maior grau de dificuldade de separação, como a lona de aço. Os resíduos de nylon, componente utilizado em camadas de pneus, é doado para artesãos locais para produção de trabalhos de artesanato como bolsas, joias, cintos e brincos. A lona de nylon é aproveitada na fabricação de pneus de empilhadeira, retornando para o uso da própria Bridgestone. Já o resíduo de madeira é transformado em subprodutos utilizados na fabricação de móveis, assim como plásticos e papéis transformam-se em novas embalagens, big bags de matéria-prima retornam ao fornecedor e, no fim de sua vida útil, são destinadas para reciclagem para a confecção de subprodutos automotivos. Campanhas de conscientização também são promovidas entre os colaboradores, que podem levar à unidade o óleo de cozinha utilizado em sua residência para reciclagem. Desde 2020, as duas fábricas Bandag em Campinas e Mafra, responsáveis pela produção das bandas de rodagem da companhia, alcançaram 100% de resíduos reciclados e o aterro zero. Entre as inicia� vas que contribuíram para estes resultados estão o treinamento de coleta sele� va, mapeamento das entradas e saídas de materiais e o monitoramento da geração de resíduos. Os materiais orgânicos gerados nas fábricas são levados para compostagem para serem processados e transformados em adubo para o jardim. Pallets de plás� co se convertem em granulado para fabricação de baldes e embalagens e a borracha vulcanizada em sola de sapato e asfalto. Papel, plás� co e madeira também são reciclados.

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Pneu de competição com 46% de materiais sustentáveis

A Michelin lançou um pneu para compe� ções contendo 46% de materiais sustentáveis, adaptado ao protó� po GreenGT Mission H24, movido a hidrogênio e desenvolvido para corridas de resistência. A alta porcentagem de materiais sustentáveis foi conquistada ao aumentar a quan� dade de borracha natural na composição do pneu e usando negro de carbono reciclado, recuperado de pneus em fi m de vida. Outros materiais sustentáveis, de origem biológica ou reciclados, u� lizados no pneu incluem itens de uso diário como casca de laranja e limão, óleo de girassol, resina de pinheiro e aço reciclado de latas de alumínio. Como um laboratório tecnológico do mundo real, o automobilismo permite que a Michelin desenvolva e teste novas soluções de alta tecnologia em condições extremas de uso. Com este lançamento, a Michelin mostra sua capacidade de incorporar uma proporção, cada vez maior, de materiais sustentáveis em seus produtos, sem comprometer seu desempenho. Junto com seu compromisso de integrar materiais sustentáveis em seus pneus, a Michelin também usa processos de eco-design para reduzir o impacto ambiental de seus pneus em todas as fases de seu ciclo de vida, desde a obtenção e produção de matérias-primas até o uso em estradas e reciclagem.

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Primeiro pneu do mundo com certifi cação FSC

A Pirelli se tornou a primeira empresa no mundo a produzir uma linha de pneus cer� fi cados pelo FSC (Forest Stewardship Council) e foram projetados para o BMW X5 xDrive45e Plug-in-Hybrid. Esses pneus contêm borracha natural e rayon com cer� fi cação FSC e representam um novo horizonte para a produção cada vez mais sustentável de pneus. A cer� fi cação de manejo fl orestal FSC confi rma que as plantações são manejadas de uma forma que preserva a diversidade biológica e benefi cia a vida das pessoas e trabalhadores locais, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade econômica. O complexo processo de cer� fi cação da cadeia de custódia do FSC verifi ca se o material cer� fi cado pelo FSC foi iden� fi cado e separado do material não cer� fi cado à medida que segue seu caminho ao longo da cadeia de abastecimento, desde as plantações até a fabricante de pneus. O pneu Pirelli P Zero, o primeiro pneu com cer� fi cação FSC do mundo usando borracha natural com cer� fi cação FSC e rayon proveniente de plantações cer� fi cadas pelo FSC, será fornecido na dimensão 275/35 R22 para a dianteira e 315/30 R22 para a traseira do BMW X5 xDrive45e Plug-in-Hybrid. A segunda geração do BMW X5 com direção elétrica combina um motor a gasolina de 6 cilindros em linha de 3,0 litros – com a tecnologia BMW TwinPower Turbo – com a quarta geração da tecnologia do BMW eDrive. O híbrido plug-in produz uma potência do sistema de 290 kW/394 hp, com um torque máximo do conjunto de 600 Nm, em uma faixa de energia elétrica de 7788 km (WLTP). O BMW Group realizou uma cer� fi cação de CO2 de ciclo completo para o BMW X5 xDrive45e, desde a aquisição de matéria-prima, a cadeia de suprimentos, a fabricação e a fase de uso, até a reciclagem. Este P ZERO foi desenvolvido pela Pirelli de acordo com sua estratégia de “perfect fi t”, atendendo assim às necessidades de desempenho do fabricante alemão para este modelo popular, ao mesmo tempo que contribui para a fi losofi a ‘verde’ deste veículo híbrido. O novo pneu será produzido exclusivamente na fábrica da Pirelli em Rome, Geórgia, nos Estados Unidos, e foi projetado para visar especifi camente a sustentabilidade ambiental juntamente com baixa resistência ao rolamento (pontuação ‘A’ no rótulo europeu de pneus), o que melhora o consumo de

na fabricação de compressores de pistão e diafragma, que atua globalmente. Hoje a solução de produção de hidrogênio verde da Hytron complementa as ofertas de soluções NEA, incluindo a produção e purifi cação de hidrogênio em seu por� ólio e a eleva a um patamar de fornecedora de soluções completas para este segmento. Segundo Lopes, o hidrogênio como combus� vel para veículos movidos a célula de combus� vel já é uma realidade em países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão, levando a empresa a buscar a internacionalização. Nesse contexto, a associação com a NEA foi vista como natural. “Con� nuamos sendo uma empresa brasileira, que gera inovação no Brasil e exporta para outros países. Os sócios-fundadores da Hytron permanecem na administração do negócio e agora podemos oferecer soluções completas, incluindo compressão e armazenamento de hidrogênio”.

Escala na produção de hidrogê-

nio – Um dos ganhos tecnológicos ob� dos pela empresa, instalada em Sumaré (SP), na região de Campinas, está na escala de produção do hidrogênio. “Conseguimos viabilizar a geração distribuída para produzir o hidrogênio diretamente onde é consumido”, conta. Para Lopes, o desafi o agora é ter acesso a linhas de fi nanciamento que viabilizem a aquisição dos equipamentos pelos clientes e, consequentemente, reduzam os custos de operação, promovendo a produção de hidrogênio a par� r de etanol dentro das indústrias e futuramente nos postos de combus� veis, por exemplo”. De acordo com o diretor da Hytron, o uso do hidrogênio como combus� vel para a mobilidade elétrica traz vantagens promissoras na redução de emissão dos gases de efeito estufa, eleva a efi ciência dos automóveis e viabiliza maior autonomia com menor tempo de abastecimento, uma vez que um veículo elétrico abastecido com hidrogênio necessita apenas de 3 a 5 minutos para uma recarga completa. O motor elétrico desses veículos terá alterna� vas de armazenamento e de geração embarcada de eletricidade; dentre elas, com o uso de hidrogênio com células a combus� vel, do � po PEM (Proton Exchange Membrane). Um veículo movido à célula de combus� vel (a base de hidrogênio) é um gerador e armazenador de energia. O sistema de tração é elétrico e o design modular possibilita diversas confi gurações: híbrida, com mais ou menos bateria, e o plug-in, para conexão na rede elétrica externa. Além disso, veículos movidos por célula a combus� vel de hidrogênio têm zero emissão de poluentes e o seu tempo de abastecimento é inferior a 10% do que leva para carregar uma bateria atualmente usada em carros elétricos tradicionais que u� lizam apenas baterias.

Um mundo hidrogenado – Segundo o estudo “Scaling-up do Hydrogen Council”, publicado em 2017, para que o mundo alcance as metas da COP 21, em 2050, o hidrogênio terá de representar 18% de toda a energia consumida mundialmente. Com isso, haverá a redução anual de 6G t de emissões de CO2 e a eliminação dos principais poluentes do ar como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO-X) e materiais par� culados. O setor de transporte vai consumir 20 milhões de barris de petróleo por dia a menos, aumentando signifi ca� vamente a segurança energé� ca dos países. Como resultado, o crescimento econômico será baseado em um desenvolvimento sustentável, gerando uma receita de mais de US$ 2,5 trilhões por ano e empregando mais de 30 milhões de pessoas mundialmente. A infraestrutura de abastecimento de veículos a hidrogênio tem crescido mundialmente, principalmente nos Estados Unidos, Europa, Japão, China e Coreia do Sul. A es� ma� va é que existam hoje 1100 postos de hidrogênio e 5 mil até 2030.

Equipamentos industriais impulsionam sustentabilidade

Segundo a pesquisa realizada pela Union + Webster, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), 87% dos brasileiros preferem comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% deles afi rmaram não se importar em pagar um pouco mais caro por isso. Sendo assim, a sustentabilidade no setor industrial é algo fundamental tanto para reparar os impactos causados no processo de produção, quanto para manter a empresa em vantagem compe� � va, a� va no mercado, e atendendo as demandas dos consumidores. Para impulsionar a sustentabilidade em uma empresa é necessário adotar, além de novas polí� cas internas, programas e processos que tragam impactos posi� vos no meio ambiente. Através da compra e venda de equipamentos usados, por exemplo, é possível diminuir a demanda por recursos naturais e reduzir a emissão de poluição, afi nal, dar uma segunda vida signifi ca que um equipamento a menos precisa ser produzido para atender a demanda de uma empresa. Três cuidados com os equipamentos industriais que impulsionam a sustentabilidade na indústria:

Evite o descarte de equipamen-

tos em bom estado – Quando uma empresa investe em novos equipamentos, surge a preocupação sobre o que fazer com os equipamentos an� gos. Para evitar que eles sejam encaminhados para aterros sanitários e poluam o meio ambiente, a empre-

sa pode adotar outra alterna� va que, além de sustentável, também é rentável. Os equipamentos industriais são desenvolvidos para ter uma vida ú� l muito longa. Isso signifi ca que, mesmo tendo uma jornada anterior de produção eles ainda estão funcionando e podem ser úteis para empresas que não possuem capital para novos maquinários. Dar uma segunda vida aos equipamentos contribui com uma economia sustentável, que agrega valor ao negócio ao mesmo tempo em que o torna mais responsável ecologicamente. A EquipNet, empresa norte americana com mais de 20 anos, oferece esse serviço para as empresas, auxiliando no processo de negociação de equipamentos industriais usados ou desa� vados, de qualquer valor, em mais de 20 segmentos como alimen� cio, farmacêu� co e P&D, uma solução prá� ca e posi� va para o meio ambiente.

Doação – Alguns a� vos não representam alto valor de recuperação fi nanceira e podem ser doados para ins� tuições de auxílio, como por exemplo, mobiliários e computadores. Dependendo da quan� dade disponível a ser vendida, condição do a� vo e da sua necessidade de reparo, a doação pode representar um ato de maior valor social do que a venda por quan� a irrisória.

Sucateamento consciente – O cenário ideal é fazer todos os esforços possíveis para que os equipamentos possam ser reu� lizados. Porém, se o equipamento es� ver além da sua capacidade de uso e sem condições de operação, o ideal é optar por uma empresa idônea para realizar o sucateamento e assim, de alguma forma, o material retorna ao processo de produção, servindo novamente a indústria ao invés de poluir o meio ambiente.

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EM 2020, MAIS DE 42 MILHÕES DE PNEUS DE PASSEIO TIVERAM UM DESTINO CORRETO.

RECICLAGEM REFORÇA A ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE

A reciclagem da borracha é fundamental para o sucesso de todo e qualquer programa de sustentabilidade, bem como na implantação da economia circular.

A borracha é uma matéria-prima nobre com características únicas, essencial nos processos industriais. Porém, leva um longo tempo para se degradar naturalmente no meio ambiente e assim assume posição de destaque entre as vilãs da geração de resíduos. E dentre todos os artefatos de borracha, os pneus respondem por mais de 85% desta geração de resíduos a serem reciclados. No Brasil, 100% dos pneus inservíveis tem des� nação ambientalmente correta, por meio do programa de coleta da Reciclanip, uma ins� tuição criada pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumá� cos). Fundada em 2007, a Reciclanip hoje é considerada uma das maiores iniciativas da indústria nacional na área de responsabilidade pós-consumo, também conhecida como logística reversa. Para se ter uma ideia da importância desta iniciativa, só em 2020, mais de 42 milhões de pneus de passeio tiveram um destino correto devido ao trabalho realizado pela entidade. Dentre as destinações corretas está a reciclagem dos pneus para uso em campos de futebol, solas de sapato, pisos e tapetes de borracha. Todas as indústrias pneumá� cas estão comprome� das com a des� nação de seus produtos após o uso. É pra� camente um caso único, onde o fabricante acompanha seu produto desde a produção até sua transformação em outro artefato.

combus� vel e reduz as consequentes emissões danosas. Além disso, os níveis de ruído são mais baixos, o que benefi cia ainda mais o meio ambiente. A cer� fi cação FSC para a borracha natural usada para fazer o novo pneu P Zero, des� nado ao BMW X5 Plug-in-Hybrid, adquirida de plantações cer� fi cadas, é o úl� mo passo no caminho que a Pirelli trilhou por muitos anos em direção ao gerenciamento sustentável da cadeia de abastecimento da borracha natural. Isso é alcançado por meio de um roteiro de a� vidades baseado na capacitação e compar� lhamento de boas prá� cas nos países de origem do material, em consonância com os princípios e valores con� dos na Polí� ca de Borracha Natural Sustentável da Pirelli, emi� da em 2017. Este documento é o resultado de consultas às principais partes interessadas na cadeia de valor da borracha natural, incluindo ONGs internacionais, os principais fornecedores de borracha natural da Pirelli, produtores e comerciantes na cadeia de suprimentos, clientes automo� vos e organizações globais mul� laterais. A Pirelli também é membro-fundadora da plataforma global para borracha natural sustentável (GPSNR). Esta plataforma multi stakeholder foi criada em 2018 com o obje� vo de apoiar o desenvolvimento sustentável do negócio da borracha natural em todo o mundo, benefi ciando toda a cadeia de abastecimento.

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Veículos com tecnologia de célula de combustível de hidrogênio

O BMW Group começou a testar o seu sistema de propulsão alimentado por célula de combus� vel de hidrogênio, em veículos próximos ao estágio fi nal de desenvolvimento, ou seja, unidades de pré-produção. A avaliação envolve rodagem em condições co� dianas das ruas e estradas europeias, visando simular todas as possibilidades a serem enfrentadas no momento em que essa tecnologia chegar aos produtos fi nais da marca bávara. Sem qualquer emissão de CO2, os protó� pos BMW i Hydrogen NEXT examinarão o comportamento na vida real dos chassis de cada modelo, sistemas de tecnologia e eletrônica embarcada, simulando condições da vida real, quando equipados com essa nova propulsão. O BMW i Hydrogen NEXT é um veículo puramente elétrico, que u� liza o hidrogênio como combus� vel primário que, por sua vez, é conver� do em energia elétrica dentro de uma célula de combus� vel. O recém-lançado programa de testes irá pavimentar o caminho para que o BMW Group apresente uma pequena gama de modelos dotados dessa tecnologia voltada à mobilidade sustentável, que é uma das bandeiras da empresa. A tecnologia de célula de combus� vel de hidrogênio tem potencial de longo prazo para complementar os motores de combustão interna, sistemas híbridos plug-in e veículos elétricos a bateria, dentro da estratégia de diversifi cação do BMW Group. Pode se tornar uma alterna� va atraente aos veículos elétricos a bateria – especialmente para clientes que não têm seu próprio acesso à infraestrutura de carregamento ou àqueles que frequentemente dirigem longas distâncias. Como o tanque de combus� vel de um modelo de motor de combustão convencional, o tanque de hidrogênio do BMW i Hydrogen NEXT pode ser abastecido entre três e quatro minutos, garan� ndo uma autonomia de várias centenas de quilômetros em todas as condições climá� cas.

A energia é gerada na célula a combus� vel como resultado de uma reação química entre o hidrogênio transportado pelo veículo e o oxigênio do ar. Um conversor elétrico localizado abaixo da célula de combus� vel ajusta sua voltagem para a do motor elétrico. A energia armazenada em uma bateria de buff er de desempenho também é usada para manobras de aceleração dinâmica e pequenas explosões de velocidade para ultrapassagens. Essa energia armazenada na bateria do buff er de desempenho é gerada de uma forma par� cularmente efi ciente durante a direção, recuperando a energia das fases de desaceleração e de frenagem. O hidrogênio necessário para abastecer a célula a combus� vel é armazenado em tanques de resina reforçada com fi bra de carbono (CFRP), que juntos suportam até 6 kg de hidrogênio. Sua reação é precisamente controlada com o oxigênio na célula de combus� vel e gera eletricidade. Como resultado, o que sai do escapamento dos modelos é nada mais que vapor d’água.

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Carro elétrico solar de longo alcance

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Uma parceria exclusiva entre a Bridgestone e a Lightyear, companhia inovadora em mobilidade baseada na Holanda, permi� rá o desenvolvimento de pneus exclusivos para o Lightyear One, o primeiro veículo elétrico solar de longo alcance do mundo, com comercialização prevista para o fi nal de 2021. Uma pesquisa recente, realizada pela Bridgestone, apresentou que 50% dos motoristas europeus consideram adquirir um veículo totalmente elétrico, porém 37% ainda estão cé� cos quanto a fazê-lo devido a preocupações em torno da efi ciência e alcance limitado. O Lightyear One chega ao mercado para desconstruir esse conceito, com seu alcance sem precedentes de 725 km e até três vezes mais efi ciência em termos de energia do que os veículos elétricos alterna� vos atualmente no mercado. O veículo é carregado diretamente pelo sol por meio de um grande teto solar, minimizando as emissões de CO2 e a necessidade de carregamento, maximizando sua efi ciência e autonomia. Para alcançar esse desempenho, a Lightyear ultrapassou os limites da tecnologia atual, projetando um veículo que se diferencia pelo coefi ciente aerodinâmico, por meio de ganhos substanciais em diversas áreas do seu design. Para suportar este desempenho único e melhorar ainda mais a sua efi ciência, a Lightyear procurou um pneu que oferecesse resistência ao rolamento muito baixa e peso reduzido, a fi m de preservar a vida ú� l da bateria, maximizar o alcance do veículo e reduzir o impacto ambiental. A Bridgestone desenvolveu os pneus Turanza Eco com engenharia personalizada exclusivamente para o Lightyear One, combinando pela primeira vez as revolucionárias tecnologias ENLITEN e ologic. Juntas, as tecnologias reduzem o peso do pneu com o uso de menos matéria-prima ao longo do processo de fabricação, enquanto reduzem a resistência ao rolamento por meio de uma banda de rodagem inovadora e mais estreita, diâmetros maiores, altas pressões de infl ação, somadas a um design refi nado. A baixa resistência ao rolamento dos pneus também signifi ca que o Lightyear One pode se benefi ciar de uma bateria mais leve. Como resultado, os pneus Turanza Eco são projetados para aumentar o alcance quando comparados aos pneus Bridgestone EV alterna� vos, o que equivale a uma redução de peso de mais de 90 kg.

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Além de ajudar o Lightyear One a viajar mais entre as recargas, a dispersão de sílica do pneu foi melhorada pela aplicação de uma nova tecnologia de mistura, em que há uma redução geral de 3,6 kg (cerca de 10%) no peso do pneu por veículo, sem qualquer impacto ou comprome� mento na quilometragem e aderência. Pela primeira vez, os pneus Turanza Eco levarão a nova marcação EV da Bridgestone nas paredes laterais, reforçando o processo rigoroso de aprovação dos fabricantes de automóveis. Esses pneus suportam as caracterís� cas exclusivas dos veículos elétricos e atendem aos requisitos dos fabricantes quanto à autonomia da bateria, controle do veículo e vida ú� l do pneu. A Bridgestone também u� lizou sua tecnologia Virtual Tire Development, que permite a modelagem precisa do desempenho de um pneu sem ter que produzi-lo e testá-lo fi sicamente, economizando até 40 mil quilômetros em testes externos e de frota na vida real. Além disso, a tecnologia pode reduzir o tempo de desenvolvimento de produtos e testes de pneus de frota e ao ar livre em até 50%. A base para o Lightyear One foi lançada durante o Bridgestone World Solar Challenge, uma corrida de 3 mil quilômetros no Outback australiano, que ultra-

O VEÍCULO É CARREGADO DIRETAMENTE PELO SOL POR MEIO DE UM GRANDE TETO SOLAR, MINIMIZANDO AS EMISSÕES DE CO2 .

passa os limites da inovação tecnológica e da mobilidade movida a energia solar. A Bridgestone colabora há oito anos com a Eindhoven Technical University e os profi ssionais por trás da Lightyear, que formam a Solar Team Eindhoven, venceram a Bridgestone World Solar Challenge Cruiser Cup quatro vezes consecu� vas, de 2016-2019. Emilio Tiberio, COO & CTO da Bridgestone EMIA, explica: “A Lightyear tem impressionado com sua abordagem à mobilidade sustentável desde que vimos a equipe enfrentar o Bridgestone World Solar Challenge e, por isso, estamos felizes em par� cipar do projeto do Lightyear One. A Bridgestone está comprome� da com uma redução de 50% nas emissões de CO2 até 2030 e materiais 100% sustentáveis até 2050 e parcerias estratégicas como esta são fundamentais para a� ngir esses obje� vos.” Lex Hoefsloot, CEO da Lightyear, acrescenta: “Estamos par� cularmente felizes em ver esta colaboração entre a Bridgestone e a Lightyear, como duas empresas que compar� lham uma visão para a mobilidade sustentável. O mundo já está passando por mudanças e desafi os sem precedentes e, por meio da inovação e de tecnologias de ponta, podemos trabalhar juntos para aproveitar as oportunidades e criar um mundo mais sustentável.” 

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