7 minute read
QUÍMICA
from Ed154
by Aspa Editora
os clientes dos diversos segmentos atendidos pela empresa, auxiliando-os a crescer e a prosperar a par� r das inovações desenvolvidas pela Evonik”, destaca Elias Lacerda, Diretor Presidente para a Região América Central e do Sul da Evonik. A cidade de Americana tem uma localização estratégica, estando próxima de universidades, indústria, agronegócio, aeroportos, malha rodoviária e clientes, além de ter boa infraestrutura. O polo industrial da Evonik em Americana já conta com uma planta dedicada à produção de ingredientes para a indústria de cosmé� cos e cuidados para o lar e uma fábrica de sílicas que atende fabricantes de borracha, nutrição animal e humana, agroquímicos e cremes dentais, inauguradas em 2014 e 2016, respec� vamente. A produção nessas plantas reforçam o por� ólio de produtos sustentáveis oferecidos pela empresa, como as sílicas u� lizadas para a fabricação dos chamados pneus “verdes”, que possuem baixa resistência ao rolamento; e os biossurfactantes baseados em recursos renováveis e que se encaixam perfeitamente nas exigências dos consumidores por maior sustentabilidade na produção de bens de consumo. Também na planta de cosmé� cos e cuidados para o lar, em Americana, a Evonik teve a oportunidade de contribuir com as ações da indústria química em prol do combate à disseminação do Coronavírus. Desenvolveu um sani� zante para as mãos, para distribuição na área da Saúde. Várias en� dades e hospitais da região de Americana já receberam a doação do sani� zante, bem como de outros itens de limpeza, higiene e alimentos, reforçando a corrente do bem que se formou para amenizar os desafi os impostos pela pandemia.
Importação de produtos químicos bate recorde
Advertisement
©MICHAELGAIDA/PIXABAY
Nos quatro primeiros meses do ano, as importações de produtos químicos movimentaram 17,2 milhões de toneladas, aumento de 17,8% na comparação com iguais meses de 2020. Trata-se de recorde em quan� dades adquiridas para o período, tendo sido registrados aumentos importantes em pra� camente todos os grupos acompanhados, como em resinas e elastômeros (34,1%), e em produtos químicos orgânicos (18,4%) e inorgânicos (16,1%), todos com signifi ca� va fabricação nacional. Já o volume das exportações, de janeiro a abril, chegou a 5,4 milhões de toneladas, aumento de 7,3% em relação aos quatro primeiros meses de 2020, concentrado fundamentalmente em produtos inorgânicos (grupo que isoladamente representa pra� camente 70% de todas as quan� dades exportadas pelo Brasil em produtos químicos), em que pese forte queda de 24,1% nas vendas ao exterior de resinas termoplás� cas (380 mil toneladas exportadas no período). O défi cit da balança comercial de produtos químicos teve, por sua vez, um expressivo aumento de 24,5% em relação ao mesmo período de 2020 e a� ngiu US$ 11,2 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, contextualizado pela inédita e extremamente preocupante marca de 46% de par� cipação de mercadorias estrangeiras no consumo aparente nacional (dados até março, conforme o Relatório de Acompanhamento Conjuntural – RAC da Abiquim). Esse ritmo do crescimento do défi cit não foi deses� mulado nem pelo aumento dos preços médios dos importados de US$ 785/T, em dezembro de 2020, para US$ 1.066/T, em abril de 2021. De janeiro a abril de 2021 foram importados mais de US$ 15,3 bilhões e exportados pra� camente US$ 4,1 bilhões em produtos químicos, aumentos de 20,3% e de 9,9%. No acumulado dos úl� mos 12 meses (maio de 2020 a abril de 2021), o défi cit é de US$ 32,6 bilhões, maior valor em bases anualizadas em todo o histórico da balança comercial de produtos químicos e que, até o fi nal do ano, poderá superar US$ 33 bilhões. Para o presidente-execu� vo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados da balança comercial em produtos químicos, até abril, evidenciam a urgência de uma agenda estruturante de compe� � vidade e da retomada imediata do Regime Especial da Indústria Química – REIQ. “O Brasil precisa de uma estratégia voltada para o seu desenvolvimento e a retomada sustentada da a� vidade econômica somente será possível com o fortalecimento da compe� � vidade dos setores que mais contribuem para a garan� a do
abastecimento interno, da agregação de valor em território nacional e para geração de empregos e renda. Nisso tudo a indústria química possui papel central, pois é a base para diversas outras a� vidades e, assim, o que acontece com ela impacta consequentemente toda a economia. A manutenção do REIQ, nesse contexto, é condição sine qua non para o próprio posicionamento estratégico do País no cenário internacional”, destaca Marino. Demanda forte – O segmento de produtos químicos de uso industrial teve crescimento na demanda interna no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, conforme informações preliminares do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. A variável consumo aparente nacional (CAN) cresceu 7,8% no 1º quadrimestre de 2021, sobre igual período de 2020. Na mesma base de comparação, a produção teve alta de 5,12%, as vendas internas subiram 14,70%, enquanto as importações � veram elevação de 11,2%. Segundo a diretora de Economia e Esta� s� ca da Abiquim, Fá� ma Giovanna Coviello Ferreira, esses dados confi rmam a manutenção do ritmo forte de crescimento da a� vidade nos primeiros meses do ano, movimento que vem se repe� ndo no setor desde meados do ano passado, em especial devido à essencialidade da química no dia-a-dia da população, destacando-se, neste momento, a elevada procura por diferentes � pos de produtos u� lizados na prevenção, no tratamento e no combate ao coronavírus. No mercado internacional, o momento é de recuperação da demanda por produtos químicos e de um ciclo de alta no que diz respeito aos preços, puxados, em especial, pela China e pela Índia. Como os preços no Brasil acompanham as oscilações e fl utuações internacionais, o resultado é que o IGP-Abiquim-FIPE, específi co para as vendas realizadas no
A extinção do REIQ no momento que o País acaba de editar a nova lei do gás, que trará muitos efeitos positivos para a química, mas não no curto prazo, também parece um contrassenso, dando uma sinalização de que mais uma vez o Brasil está na contramão do que outros países estão fazendo.
mercado domés� co, teve elevação nominal de 42,39% no acumulado de janeiro a abril de 2021. No mesmo período, o petróleo Brent e a na� a petroquímica subiram 42,2% e 40,5%, respec� vamente, no mercado internacional – valores conver� dos de dólares para reais – pressionando os custos de produção interna. Vale destacar que o gás natural é referenciado ao Brent no mercado domés� co e vem sen� ndo muito esse impacto, na contramão do gás americano. A análise das informações rela� vas aos úl� mos 12 meses, encerrados em abril de 2021, mostra resultados também posi� vos e crescentes em relação aos doze meses imediatamente anteriores: produção cresceu 3,04% e vendas internas � veram alta de 9,49% (com aceleração em relação aos 12 meses anteriores, cujo resultado havia sido de +3,52%). Na média dos úl� mos 12 meses, a u� lização da capacidade instalada fi cou em 72%, três pontos acima do resultado do período anterior. Em doze meses, apesar da melhora de três pontos percentuais no uso das atuais instalações, o resultado representa ociosidade de quase 30%, muito alta para os padrões de produção da indústria química mundial. “O baixo índice de ocupação das instalações e a elevada penetração das importações sobre a demanda local evidenciam a falta de compe� � vidade da indústria nacional, com consequente deses� mulo a novos inves� mentos, além de risco de desa� vação de unidades produ� vas. Esse quadro precisa ser avaliado e modifi cado com urgência, especialmente pela importância da química para o crescimento e para o desenvolvimento do País”, alerta a diretora da Abiquim. Nesse contexto, preocupa a edição da MP 1.034/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, que, entre outras questões, ex� ngue o bene� cio de PIS/ Cofi ns concedido à indústria química por meio do Regime Especial da Indústria Química – REIQ. A eliminação do bene� cio sem a contrapar� da de uma Reforma Tributária mais ampla, que realmente diminua o peso do governo sobre a indústria, trará impactos muito ruins para o setor químico justamente em um momento em que as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento estudam mecanismos de es� mular a química, em razão da importância do setor para a segurança e para a vida da população, seja na saúde, seja na produção de alimentos, apenas para fi car em dois exemplos da mais alta relevância. A ex� nção do REIQ no momento que o País acaba de editar a nova lei do gás, que trará muitos efeitos posi� vos para a química, mas não no curto prazo, também parece um contrassenso, dando uma sinalização de que mais uma vez o Brasil está na contramão do que outros países estão fazendo.