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MATÉRIA TÉCNICA

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Energia solar ultrapassa 14 gigawatts no Brasil e supera Itaipu em potência

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OBrasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 14 gigawa� s (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Como resultado, a fonte solar supera a potência instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a en� dade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 74,6 bilhões em novos inves� mentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 420 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 18,0 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversifi car o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, acrescenta Sauaia.

Segundo análise da en� dade, o setor espera um crescimento acelerado este ano nos sistemas solares em operação no Brasil, especialmente os sistemas de geração própria solar, em decorrência do aumento nas tarifas de energia elétrica e da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia. “Trata-se, portanto do melhor momento para se inves� r em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, explica Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

O Brasil possui 4,7 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do País. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil mais de R$ 25,1 bilhões em novos inves� mentos e mais de 142 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 7,9 bilhões aos cofres públicos. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil e estão presentes em todas as regiões do País, com empreendimentos em operação em dezenove estados brasileiros e um por� ólio de 31,6 GW outorgados para desenvolvimento. No segmento de geração própria de energia, são 9,3 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 49,5 bilhões em inves� mentos, R$ 11,0 bilhões em arrecadação e cerca de 278 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é u� lizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis na matriz elétrica brasileira. Segundo Koloszuk, além de compe� � va e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia elétrica. “Energia elétrica compe� � va e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”, conclui o presidente do Conselho. 

Braskem e Molécoola instalam pontos de coleta de resíduos

Visando conscien� zar a população sobre a importância do descarte adequado de resíduos sólidos, facilitando o engajamento com a reciclagem, a Braskem se uniu à startup Molécoola em um projeto que irá instalar dez pontos de coleta de material reciclável em diversos locais do estado de São Paulo. Os primeiros chegam a Campinas e São Vicente em março, e outros oito serão distribuídos ao longo do primeiro semestre em outros municípios e bairros da capital paulista. A ação funciona em um sistema de cashback, que gera pontos àqueles que levarem seus resíduos recicláveis, como embalagens plás� cas, vidro, papel, papelão, alumínio e outros materiais às estações da Molécoola (ver endereços abaixo). Os pontos podem ser trocados por descontos em produtos de diversas empresas parceiras.

“Essa é mais uma inicia� va que tangibiliza a atuação da Braskem em prol da Economia Circular. É uma maneira de engajarmos a população na causa da reciclagem gerando conscien� zação, noção de corresponsabilidade e educação ambiental”, afi rma Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular na Braskem.

A execu� va explica que o projeto está relacionado com as metas da companhia, dentre as quais a de produzir 300 mil toneladas de resinas termoplás� cas e produtos químicos com conteúdo reciclado até 2025, e 1 milhão de toneladas até 2030. Além de trabalhar para evitar que 1,5 milhão de toneladas de resíduos plás� cos sejam enviados para incineração, aterros, ou depositados no meio ambiente.

A expecta� va é que em cada estação sejam coletadas 8 toneladas de resíduos sólidos por mês. Os resíduos plás� cos gerados nesses e em outros pontos da Molécoola serão direcionados para a Braskem, que irá realizar a reciclagem dos mesmos, fazendo com que retornem à cadeia em novos produtos, fechando o ciclo da Economia Circular.

Como par� cipar – O consumidor interessado em se engajar na causa, par� cipar do projeto e acumular pontos para trocar por produtos e serviços deve, como primeiro passo, se cadastrar no site ou no aplica� vo da Molécoola. Nessas plataformas, há vídeos curtos com informações educa� vas sobre reciclagem. Feito isso, é preciso entregar os materiais recicláveis em uma das estações, levando-os já limpos e, de preferência, separados por categorias (plás� co, vidro, metal etc.). Nas estações, os materiais serão pesados e, de acordo com o peso verifi cado, os pontos correspondentes serão des� nados para a conta cadastrada. “É muito importante que as pessoas aprendam a reciclar e, a par� r daí, incorporem a reciclagem no dia-a-dia como um hábito. O principal problema que temos que resolver como sociedade para que a reciclagem funcione é educacional, e para ajudar nisso montamos uma plataforma para que o consumidor aprenda a reciclar de forma diver� da e incen� vada, no formato ‘Recicle e Ganhe’”, explica Rodrigo Jobim Roessler, fundador da Molécoola. Os endereços das estações de coleta: Campinas; Rod. Dom Pedro I, s/n – Km 139 – Jardim Nilópolis, Campinas – SP, 13082-901 – Horário de funcionamento: Seg – Sáb das 8:00 às 16:00; São Vicente; Av. Prefeito José Monteiro, 1045 – Jardim Independência, São Vicente – SP, 11380900 – Horário de funcionamento: Seg – Sáb das 8:00 às 16:00. 

Sumitomo alçança meta de 100% de energia renovável

As duas fábricas de pneus da Sumitomo Rubber Industries, na China, a� ngiram a meta de possuir 100% de sua energia elétrica proveniente de fontes de energia renovável, em janeiro de 2022. A ação faz parte dos esforços con� nuos da companhia para contribuir com uma sociedade livre de carbono. Além disso, com novos planos para instalar geradores de energia solar a partir do segundo semestre deste ano, essas duas fábricas estão agora programadas para reduzir suas emissões totais anuais de CO2 dos processos de fabricação de pneus em cerca de 70%, em comparação com seus níveis de emissões de 2021.

Em dezembro de 2020 a Sumitomo Rubber Industries promulgou uma nova estrutura de fi losofi a corpora� va ba� zada de “Nossa Filosofi a”. Ela enfa� za o envolvimento da empresa em a� vidades de negócios sustentáveis, enquanto coexiste em harmonia com a sociedade e com o meio ambiente.

É desejo da empresa que este pensamento sirva como inspiração para todo o Grupo e possa acelerar os esforços estratégicos para a� ngir estas metas. Em agosto de 2021 a companhia anunciou também uma nova Polí� ca de Sustentabilidade de Longo Prazo chamada de “Driving Our Future Challenge – 2050”. O plano almeja reduzir as emissões totais de CO2 em todas as fábricas do Grupo no mundo em 50% até 2030 (em comparação com os níveis de emissões verifi cadas em 2017) para, em seguida, a� ngir a neutralidade total de carbono até o ano de 2050. 

Investimento de € 300 milhões em polímeros para baterias de veículos elétricos

A Solvay está anunciando inves� mento de 300 milhões de euros para expandir a capacidade de produção do polímero de alto desempenho Solef® (fl uoreto de polivinilideno – PVDF), em sua unidade em Tavaux, França, com o obje� vo de ampliar sua posição de liderança no mercado global de baterias de íons de lí� o u� lizadas em veículos elétricos e híbridos.

Este novo projeto expandirá a capacidade de produção da empresa na Europa para 35 mil toneladas, criando a maior unidade de produção de PVDF da região. O inves� mento será concluído em dezembro de 2023 e reforçará a liderança global da Solvay neste campo, posicionando-a para capitalizar a crescente demanda por veículos elétricos e híbridos. O rápido crescimento desse segmento de veículos está impulsionando uma demanda sem precedentes por PVDF, um fl uoropolímero termoplás� co usado como aglu� nante e reves� mento separador em baterias de íons de lí� o. O PVDF da Solvay ajudará os fabricantes a o� mizar a efi ciência do armazenamento de energia, aumentando a densidade de energia, além da segurança e a potência da bateria.

A Solvay desenvolve soluções para

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a indústria automo� va há mais de 30 anos. Além do PVDF, a empresa tem em seu por� ólio uma série de polímeros e materiais leves que permitem que os OEM’s automo� vos reduzam o peso e as emissões de CO2. Com a previsão de aceleração da transformação para eletrifi cação na próxima década, a Solvay es� ma aumentar suas vendas do negócio de Materiais Avançados para o mercado automo� vo de aproximadamente 800 milhões de euros em 2021 para mais de 2,5 bilhões de euros até 2030. “A demanda por veículos elétricos está passando por um grande crescimento”, explica Michael Finelli, presidente das plataformas de crescimento global da Solvay. “Estamos capitalizando essa poderosa megatendência focando na inovação que gera tecnologias para os nossos clientes e posicionando a Solvay como líder nesse campo. Temos um longo histórico de inovação em tecnologias de PVDF e estamos ampliando nossa liderança por meio desse inves� mento; que demonstra ainda mais nosso profundo compromisso com nossos clientes e está alinhado com nossa própria estratégia de crescimento de longo prazo e nossas ambições de sustentabilidade”, afi rma Michael Finelli. 

Governo cria Comitê em Economia Circular

No dia 10 de fevereiro foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a portaria MCTI nº 5.614 que cria, no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e de sua Política de Gestão baseada em rede, o Comitê de Especialidade em Economia Circular, com a finalidade de apoiar a instituição de políticas públicas de pesquisa, desenvolvimento científico, tecnológico e de inovações na temática da economia circular. Poderão participar do Comitê, na qualidade de convidados e sem direito a voto, cientistas e especialistas de notório saber com experiência no tema e em áreas correlatas, sendo indicados e designados pelo ministério. 

Classe Ouro em sustentabilidade

A Pirelli foi premiada como Classe Ouro no Anuário de Sustentabilidade 2022, publicado pela S&P Global com base na avaliação dos perfis de sustentabilidade de mais de 7.500 empresas. O ranking é elaborado anualmente com base na Avaliação de Sustentabilidade Corporativa dos índices S&P Global Dow Jones Sustainability. Em 2021, a Pirelli foi confirmada como um dos excelentes desempenhos no setor de Automóveis e Componentes no contexto dos índices de sustentabilidade da Dow Jones mundo e Europa, com uma pontuação de 77 pontos em comparação com a média de 31 do setor. 

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Mulheres

conquistam mais espaço e a economia cresce

No dia 8 de março comemorou-se em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. Em países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, o mês da mulher é março inteiro. Na verdade, dia da mulher é todo dia, e felizmente a parti cipação feminina em redutos antes ditos masculinos, como o empresariado, tem crescido, apesar de ainda haver difi culdades. Aqui, Borracha Atual mostra como essa presença tem aumentado em vários segmentos, melhorando o desempenho das empresas e do mercado em geral.

Aumento da presença feminina em cargos de liderança antevê futuro de igualdade

Historicamente homens prevalecem em posições de liderança dentro do universo empresarial. Mas essa perspec� va tem se modifi cado, com as mulheres conquistando espaços em nível de paridade. A mudança de visão no meio empresarial é infl uenciada por uma maior profi ssionalização feminina percebida nas úl� mas décadas, fruto de um pacto social pela igualdade de gêneros. Estudos e números comprovam os bene� cios de inves� r em diversidade de gênero nas empresas: uma pesquisa da OECD de 2018 mostrou que as economias em que as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho apresentam maior potencial de crescimento. Por outro lado, o mesmo estudo es� ma que inequidade de gênero pode diminuir em até 15% o PIB de um país.

No Brasil, o mercado empresarial muda sua perspec� va e enxerga nas mulheres novos potenciais. Em 2021, o Ins� tuto Brasileiro de Geografi a e Esta� s� ca (IBGE) publicou a segunda edição da pesquisa “Indicadores sociais das mulheres no Brasil”. O estudo aponta que, atualmente, 37,4% dos cargos de diretoria ou gerência no país são ocupados por mulheres. Mas ainda há muito o que avançar. Segundo ranking divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 2021, 135 anos é o tempo que o Brasil levará para a� ngir a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Empresas que investem em processos sele� vos focados em avaliar critérios técnicos e aspectos psicológicos dos candidatos, independentemente do sexo, estão conectadas com agenda de sustentabilidade e equidade de gênero.

Desafi os adicionais

Empresas de setores tradicionalmente liderados pelo gênero masculino, como indústrias de peças e lubrifi cantes automo� vos e industriais, de energia e do tabaco, também estão atentas e buscando ampliar a par� cipação feminina em cargos estratégicos.

Nestes setores, as mulheres têm crescido e conquistado espaços: “Minha carreira é na área industrial, e an� gamente era bem ní� da a predominância masculina. Hoje, assim como em outros segmentos, percebemos uma mudança. Temos mais mulheres, é um movimento constante e que vem crescendo”, afi rma Márcia Espósito, diretora de Leaf Opera� ons Services da Japan Tobacco Interna� onal (JTI) no Brasil, que ocupa posição de liderança em um setor conhecido por sua tradicionalidade, mas que vem deliberadamente ampliando a par� cipação feminina em cargos estratégicos. Márcia é resposável pelo supply chain, engenharia e facili� es, fi nanças e P&A, inteligência de mercado e melhoria con� nua da JTI no país.

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A JTI é destaque entre as empresas do setor ao inves� r em programas de incen� vo e amparo aos colaboradores, sendo premiada como a empresa número 1 no Top Employer de 2022.

Luciene Marjorie Rossi, Head Jurídico e RH do Grupo Universal Automo� ve Systems, também relata ter encontrado desafi os adicionais ao buscar espaço em um mercado com pouca representa� vidade feminina: “Ser líder é desafi ador. Ser líder em uma empresa do setor tradicionalmente masculino é um desafi o em dobro, porém, a par� r do momento que sua voz ganha “peso” na organização, os desafi os são igualitários independente do setor ser tradicionalmente masculino”, afi rma.

O Grupo Universal Automo� ve Systems atua no setor de a� ermarket automo� vo. A empresa conta com 27 mil produtos no mercado, além de exportar para mais de 20 países. Hoje, tem em seu quadro mais de 800 colaboradores no país.

Para Danielle Ferrari Silva, supervisora de produção na PETRONAS Lubrifi cantes Brasil, um dos maiores desafi os do setor como um todo é sobrepor a visão preconceituosa do público masculino. A engenheira relata que “há um desmerecimento do valor feminino, como se mulheres não � vessem capacidade de realizar determinadas funções tão bem quanto os homens”. Ainda assim, Danielle reforça que tem percebido avanços, especialmente no que diz respeito à maior par� cipação das mulheres em posições de liderança no segmento. Na empresa em que atua hoje, por exemplo, o público feminino tem alcançado cada vez mais destaque. “Há alguns anos temos visto surgirem polí� cas consistentes que encorajam as mulheres a buscarem as esferas mais altas da corporação”, alega. A PETRONAS Lubrifi cantes Brasil é responsável pela fabricação e comercialização de lubrifi cantes automo� vos e industriais nacionalmente e também na América La� na.

Realização profi ssional é forte motivador

A qualifi cação é um diferencial no momento da contratação de um profi ssional. As diferenças impostas pelo gênero são superadas por meio da crescente profi ssionalização das mulheres. “O mercado industrial, principalmente para os engenheiros, ainda era masculino porque poucas mulheres se formaram nessa área. Hoje a gente vê uma posição de igualdade em competências e conheci-

mento técnico, e isso favorece a conquista desses espaços por mulheres”, afi rma Márcia Espósito.

Além disso, existe um sen� mento de mudança social, que mo� va ainda mais as mulheres a ocuparem espaços que há alguns anos eram apenas ocupados apenas por homens. “É muito sa� sfatório quando entendemos que somos um degrau na evolução da mulher no mercado. Penso na minha fi lha e nas futuras gerações, sei que teremos um contexto mais igualitário quando elas chegarem ao mercado de trabalho”, afi rma Danielle Ferrari Silva, que se sente orgulhosa em fazer parte desta transformação. Sugestões para um ambiente mais inclusivo – A equidade de gênero no ambiente corpora� vo é parte de uma polí� ca social que preconiza o respeito às diferenças. É uma mudança cultural que ultrapassa as paredes de uma empresa e encontra sua base na sociedade. “Entendo que não existe uma fórmula pronta de como tornar um ambiente profi ssional mais inclusivo. Depende da realidade e do momento vivenciado na companhia. Porém, não existe ambiente profi ssional inclusivo onde não se vivencia a inclusão. No primeiro momento as empresas devem entender conceitualmente o que é inclusão e implantar programas e polí� cas corpora� vas que mudem a cultura interna da empresa e, consequentemente, dos seus colaboradores”, afi rma Luciene.

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Motocicletas ganham espaço entre as mulheres

Alice Castro, escritora mineira, radicada em Brasília (DF).

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Andar de motocicleta é uma opção que cresce cada vez mais entre as mulheres brasileiras. Há nove anos, 4.512.753 pessoas do gênero feminino � nham licença para pilotar. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, até outubro do ano passado, esse número saltou para 8.190.135, o que representa um crescimento de 81,5% em nove anos. Cada vez mais presentes nas ruas e avenidas do Brasil, as mulheres representam cerca de 31% dos compradores, segundo levantamento da Abraciclo. “As mulheres são mais exigentes e cuidadosas na hora da compra: querem um modelo que ofereça segurança, alto nível tecnológico e conforto, mas sem perder em design e pra� cidade”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Associação.

Atentas às tendências, elas têm acompanhado as categorias que mais crescem no mercado. Esse é o caso da escritora mineira, radicada em Brasília (DF), Alice Castro, de 55 anos. “A mulher nasceu para pilotar, mas algumas ainda não sabem disso”. Alice é fã dos modelos de grande porte e alta cilindrada, como as Big Trails, categoria que registrou o segundo maior crescimento porcentual na produção do ano passado. Ao todo, foram fabricadas 21.564 unidades, alta de 40,6% na comparação com 2020. Segundo ela, o mo� vo da preferência é o maior conforto e desempenho nas estradas. “Viajar de motocicleta é uma terapia. Todo dia aprendemos algo novo. Estamos sempre testando nossos limites e isso nos ajuda a ser pessoas melhores”, diz.

Para incen� var outras mulheres a encararem o guidão, Alice criou em 2009 o grupo on-line “Mulheres Motociclistas e Apaixonadas por Motos”, que hoje conta com mais de 17 mil integrantes.

Quem também compar� lha experiências na internet com motocicletas de maior cilindrada é Cecília K., de 57 anos, conhecida nas redes sociais por Japagirl Rider. Apaixonada por viagens e sempre atenta aos cuidados para garan� r a sua segurança, a paulista nascida em Perei-

ra Barreto faz relatos de suas viagens e dá dicas para quem quiser se aventurar a bordo de uma motocicleta em sua página no Instagram. “Já passei por muito perrengue, mas foi exatamente isso que deu sabor à viagem”, afi rma.

Pilotando motocicletas, ela carimbou passagens pela Carretera Austral, na Patagônia chilena, que classifi ca como uma das rotas mais incríveis da América do Sul; pela Estrada da Morte, que fi ca na Bolívia e é considerada uma das mais perigosas do mundo; e foi até a cidade de Ushuaia, na Terra do Fogo, também conhecida como “fi m do mundo”, entre muitos outros roteiros no Brasil e no exterior. “Vivi experiências incríveis. Motociclismo é minha vida”, declara.

Scooters conquistam espaço

No ranking de produção de 2021, as Big Trails só foram superadas pelas Scooters, com 107.285 unidades produzidas, volume 40,9% superior ao registrado em 2020. A artesã Priscila Loubach

Cecília K, conhecida como Japagilrs Rider.

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Tavares, de 35 anos, moradora do município de Alto Jequi� bá, no interior de Minas Gerais, não abre mão do modelo. Ela conta que, há dois anos, realizou a “viagem da vida” até a terra natal, Londrina (PR). “Foram dois dias e meio na estrada. É preciso ter alguns cuidados como fi car na pista da direita e seguir um ritmo tranquilo. A scooter respondeu muito bem”, comenta.

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Priscila Loubach Tavares, artesã.

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Debora de Sousa, auxíliar administrativa.

Como Priscila, a auxiliar administra� vo Debora de Sousa, de 43 anos, também é fã das scooters. Moradora da capital paulista, ela admite que nunca se imaginou pilotando uma motocicleta. Tudo mudou, quando ganhou um carro num sorteio. “Vendi meu prêmio e com o dinheiro, comprei uma scooter. Minha qualidade de vida deu um salto. Antes levava duas horas para ir de casa até o trabalho. Agora são 40 minutos. O tempo poderia ser menor, mas sou muito cautelosa e prezo pela minha segurança”, comemora. A fotógrafa Fernanda Balster, de 38 anos, moradora da cidade do Rio de Janeiro (RJ), levou sua paixão pelas Scooters para a internet, quando criou, em março de 2020, o grupo Mulheres de Scooter, que hoje conta com mais de mil integrantes no Facebook e outras mil seguidoras no Instagram. “A proposta é trocar experiências, � rar dúvidas, promover encontros e unir o público feminino, que é cada vez maior no mundo motociclís� co. As scooters acabam sendo uma porta de entrada para entrar no mundo das duas rodas”, destaca Fernanda. 

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Fernanda Balster, fotógrafa.

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Continental Pneus lança plataforma direcionada ao público feminino

No Dia Internacional da Mulher a Con� nental anunciou o lançamento da plataforma de conteúdo para as redes sociais da marca: “Con� nental com Elas, conectando as mulheres a novos des� nos”. E o primeiro deles, elaborado em parceria com a Se Vira, Mulher!, organização focada na oferta de minicursos para manutenção automo� va e residencial, tem justamente a proposta de aumentar o conhecimento feminino sobre pneus e assim proporcionar a esse público mais confi ança na hora de realizar cuidados básicos ou serviços de manutenção preven� va. “É um conteúdo feito exclusivamente por mulheres e para mulheres. Essa parceria refl ete o nosso compromisso de apoiar uma condição igualitária em uma sociedade baseada no respeito mútuo para que as mulheres recebam todas as informações necessárias e assim tenham autonomia e confi ança na hora de escolher todos os seus caminhos, inclusive na hora de cuidar ou de comprar os pneus de seu carro”, comenta Caio De Marchi, gerente de marke� ng da Con� nental Pneus.

No mês de março, cinco vídeos foram veiculados no Instagram da Con� nental com dicas prá� cas envolvendo a manutenção dos pneus para contribuir com a educação e com a autonomia das mulheres motoristas.

A Con� nental apoia de forma consciente a promoção e o desenvolvimento do talento feminino em sua polí� ca de pessoal. Atualmente, na fábrica da Con� nental Pneus em Camaçari, na Bahia, 32% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.

Como parte desses esforços, a Con� nental fi rmou a Carta de Princípios de Empoderamento das Mulheres, conhecido internacionalmente pela sigla WEPs (Women Empowerment Principles). Criado em 2010 pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global, o documento visa promover orientações e metas para empoderar as mulheres e promover a igualdade de gênero, especialmente, no mercado de trabalho.

O Instagram da Con� nental Pneus para acompanhar os conteúdos exclusivos da Se Vira, Mulher! é @con� nentalpneus 

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