Clipping Atlântico Sul

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Brasil recebe autorização para pesquisar recursos minerais no Atlântico Sul



Brasil recebe autorização para pesquisar recursos minerais no Atlântico Sul

Clipping Julho de 2014

Assessoria de Comunicação CPRM





NOTÍCIAS ONLINE



23/07/2014

Blog CPRM

Brasil recebe autorização para pesquisar recursos minerais no Atlântico Sul

O Brasil é o primeiro País do Hemisfério Sul a ter aprovado Plano de Exploração na área internacional dos oceanos, considerada patrimônio comum da humanidade pela ONU. A aprovação da proposta do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) ocorreu durante a 20ª Sessão Anual do Conselho da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA), realizada em Kingston, na Jamaica, do qual participam mais de 160 países. Nessa mesma ocasião foram aprovados outros seis planos da Rússia, Reino Unido, Índia, Singapura, Cook Island e Alemanha. O Plano de Trabalho da CPRM apresentado à ISBA é para pesquisar e explorar, ao longo de 15 anos, recursos minerais no Alto do Rio Grande, uma elevação submarina no lado oeste do Atlântico Sul, a cerca de 1.500km do Rio de Janeiro. Estudos da CPRM demonstram que essa região pode ser um continente submerso. A aprovação do Plano é o resultado de importantes investimentos do PAC e demonstra a capacidade brasileira de enfrentar novos desafios. O Brasil entra no seleto grupo de países que são referência em pesquisa mineral em águas profundas. O projeto vai promover a formação de recursos humanos e o desenvolvimento científico e tecnológico. Além de viabilizar cooperação com outros países, fortalecendo as relações internacionais, técnicas e científicas. Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de R$ 60 milhões em pesquisas no Atlântico Sul. Para este ano estão previstos mais de R$ 20 milhões. O trabalho é resultado de mais de quatro anos de estudos da CPRM, que contou com a participação de mais de 60 pesquisadores e universiários de diferentes instituições, das áreas de geologia, biologia, geofísica e oceonografia. Com essa iniciativa o Brasil vai aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes em região próxima à plataforma continental


brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do potencial econômico desses recursos minerais, bem como do desenvolvimento de estudos oceanográficos. A proposta de pesquisa é fortemente sustentada em parâmetros técnicos, revelando a preocupação do país com o desenvolvimento sustentável. Inclui, ainda, o compromisso em oferecer oportunidades de treinamento em benefício de outros países em desenvolvimento.

Diretor da CPRM Roberto Ventura, embaixador Antonio Francisco Neto e comandante Carlos Leite, durante reunião da Isba, que aprovou a proposta brasileira

Elevação do Rio Grande localizada em águas internacionais a cerca de 1.500km do Rio de Janeiro


22/07/2014

Estadão

Brasil consegue registro de reserva mineral em alto-mar

O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


21/07/2014

O Globo

Brasil recebe autorização para explorar minérios no Atlântico Sul Pedido tinha sido feito pelo país no ano passado

BRASÍLIA – O Brasil recebeu uma autorização da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba, em inglês) para realizar pesquisa e exploração de minérios em uma área no Atlântico Sul localizada além das águas jurisdicionais do país. O pedido tinha sido feito no final do ano passado. A área que o Brasil poderá explorar é chamada de Elevação do Rio Grande, distante mais de mil quilômetros da costa, e fica em frente ao estado do Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o plano é pioneiro no Atlântico Sul e há a possibilidade de cooperação internacional com outros países. Na proposta enviada ao Isba, o Brasil se dispunha a investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos de contrato, que tem duração de 15 anos. A região tem potencial de exploração de cobalto, manganês e ferro. A ISBA é uma entidade multilateral que administra a exploração do fundo dos oceanos. Foi a primeira vez que o Brasil pediu a autorização da entidade para explorar áreas além de seus limites no mar.


22/07/2014

IstoÉ

Brasil consegue registro de reserva mineral em altomar O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


23/07/2014

O Popular

Brasil consegue registro de reserva mineral em altomar

O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


22/07/2014

Folha Vitória

Brasil consegue registro de reserva mineral em altomar Brasília - O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


23/07/2014

BBC

Brasil obtém permissão da ONU para explorar minério em fundo do oceano Área a ser explorada fica em águas internacionais, a 1.500km da costa do Rio de Janeiro

O Brasil foi autorizado por um braço da ONU a explorar recursos minerais em águas internacionais do oceano Atlântico, levantando tanto potenciais ganhos econômicos quanto preocupações ambientais. Essa mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial moderna. A permissão foi concedida pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à ONU, e confere ao país o direito de atuar por 15 anos em uma área de 3 mil quilômetros quadrados na região do Atlântico conhecida como Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1,5 mil km da costa do Rio de Janeiro. O pedido foi feito em dezembro pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em nome do Ministério de Minas e Energia, depois do investimento de R$ 90 milhões ao longo de quatro anos de estudos sobre o potencial geológico desta área.

Potencial econômico O Brasil poderá estudar as chamadas crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto em projetos de mineração submarina. Segundo o CPRM, esses depósitos foram identificados como os de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos realizados em expedições a essa região.


“Nestes 15 anos, mapearemos o que existe lá e avaliaremos seu potencial econômico. Depois, podemos entrar com um novo pedido para explorar economicamente”, afirma à BBC Brasil Roberto Ventura Santos, diretor de geologia e recursos minerais do CPRM. “As possibilidades são interessantes, porque é uma região rica em elementos químicos usados na indústria, especialmente nas de alta de tecnologia, na produção de chips, peças de usinas eólicas e carros elétricos.” Santos afirma ainda que o Brasil ampliará seu conhecimento técnico sobre este tipo de mineração submarina, formará profissionais capacitados a trabalhar nesta área e criará tecnologia para tal. “Somos o primeiro país da América Latina a conseguir essa permissão e, assim, entramos no seleto grupo de países que fazem este tipo de exploração, como Japão, Estados Unidos e China”, diz Santos.

Novas permissões

Reservas de metais no fundo do oceano são consderadas nova fronteira da mineração

Além do Brasil, a ONU concedeu outras seis novas permissões a empresas públicas e estatais do Reino Unido, Cingapura, Ilhas Cook, Índia, Alemanha e Rússia. Com isso, a área total do leito oceânico liberada para exploração foi ampliada para 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sob um total de 26 permissões de exploração científica. A ONU ainda não conferiu nenhuma permissão de exploração econômica, conhecida como explotação, mas as primeiras devem ser concedidas nos próximos anos, segundo a Isba. “Existe um interesse crescente”, disse Michael Lodge, da Isba, à BBC. “A maioria dessas últimas permissões foi concedida a empresas que esperam minerar estas áreas em pouco tempo”.


No entanto, ainda precisam ser negociadas as condições e regras dessa atividade econômica, como por exemplo a divisão de royalties, já que um dos princípios básicos da Isba é que as riquezas do fundo do oceano devem ser compartilhadas globalmente. A exploração mineral do fundo oceano começou a ser investigada na década de 1960, mas só recentemente tornou-se possível graças a avanços tecnológicos – criados nas indústrias de petróleo e gás. Ao mesmo tempo, o preço destas matérias-primas aumentou, também as chances de se obter um bom retorno econômico, o que viabilizou os investimentos necessários para obtê-las.

Impacto ambiental No entanto, esse tipo de exploração não é vista com bons olhos por grupos de defesa do meio ambiente, que alegam que a exploração pode trazer prejuízos para ecossistemas marinhos. Um protocolo para minimizar o impacto ambiental ainda está sendo estudado. O biólogo marinho Jon Copley, da Universidade de Southampton, vem monitorando a mineração nas chamadas dorsais oceânicas, nome dado às cadeias de montanhas submersas que se originam do afastamento de placas tectônicas. “Cerca de 6.000km de dorsais oceânicas, ou 7,5% do total, são exploradas hoje por seu potencial mineral”, afirma Copley. “Essas dorsais são um dos três locais do fundo do oceano em que há depósitos mineirais que atraem o interesse de países e empresas. Mas também vivem nestes locais colônias de espécies que não são encontradas em outras partes do oceano e podem ser suscetíveis a impactos ambientais gerados pela mineração.” Santos, da CPRM, diz que isso será levado em conta no caso brasileiro: “Faremos um estudo de impacto ambiental junto com o de potencial econômico. Nosso pedido foi muito elogiado por causa disso”.


22/07/2014

Repórter Diário

Brasil consegue registro de reserva mineral em altomar

O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘’Atlântida’’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


23/07/2014

Ministério de Minas e Energia

Brasil recebe autorização para pesquisar recursos minerais no Atlântico Sul

O governo brasileiro, por intermédio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), recebeu autorização da Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), entidade vinculada a ONU, para pesquisar e explorar recursos minerais em uma área no Atlântico Sul, chamada Elevação do Rio Grande, localizada em águas internacionais. O Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados. Os blocos formam oito grupos, totalizando 3 mil quilômetros quadrados. O Plano de Trabalho apresentado pela CPRM à Isba é para exploração de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto. Ele foi elaborado no âmbito do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA). A escolha das crostas deveu-se a levantamentos preliminares realizados após diversas expedições que indicaram serem esses os depósitos de maior potencial. O trabalho da CPRM permitirá ao Brasil aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes em região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do potencial econômico desses recursos minerais, bem como do desenvolvimento de estudos oceanográficos e ambientais. Ampliando assim, a presença brasileira no Atlântico Sul. A proposta de pesquisa é fortemente sustentada em parâmetros técnicos e ambientais, revelando a preocupação do país com o desenvolvimento sustentável. Inclui, ainda, o compromisso em oferecer oportunidades de treinamento em benefício de outros países em desenvolvimento, sobretudo, os membros da Zona de Paz e de Cooperação do Atlântico Sul. Segundo o diretor presidente da CPRM, Manoel Barretto, a autorização da Isba é o resultado de mais de quatro anos de estudos e atividades da CPRM, que contou com a participação de mais de 60 e pesquisadores brasileiros de diferentes instituições, estudantes universitários, que reuniu diversas áreas de conhecimento, como geologia, biologia, geofísica e oceonografia. Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul. Para este ano estão previstos mais R$ 20 milhões; com a aprovação do pedido brasileiro pela Isba, a CPRM vai investir em pesquisas na Elevação do Rio Grande, mais R$11 milhões nos próximos cinco anos.


23/07/2014

Brasil Soberano

Brasil consegue registro de reserva mineral em altomar

O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil. A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa. “Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha. A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.


Aprovado Plano de Trabalho brasileiro para exploração mineral na Elevação do Rio Grande O Brasil acaba de ter importante êxito na aprovação do Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG), na Reunião em curso em Kingston, na Jamaica, da Comissão Jurídica e Técnica da Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas responsável pela coordenação das atividades relacionadas aos recursos marinhos em área internacional. O Plano de Trabalho apresentado na ISBA, no dia 31 de dezembro do ano passado, sob a Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar – CIRM, foi o resultado de mais de quatro anos de estudos desenvolvidos no Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA), com intensa cooperação dos setores técnicos e políticos envolvidos, como o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Ministério das Minas e Energia (MME), o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Esse Plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada, por, pelo menos, quinze anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário políticoestratégico dessa região de interesse. Acresce ainda a importante contribuição para as pesquisas no Atlântico Sul e o nosso desenvolvimento socioeconômico. As atividades de pesquisa relacionadas à geologia e biologia marinha em áreas internacionais ganharam prioridade no País, a partir de 2009, com a criação do PROAREA, no âmbito da CIRM, que tem como propósito a identificação e avaliação da potencialidade mineral de áreas com importância econômica e político-estratégica, localizadas na Área, por meio do desenvolvimento de tecnologia de ponta, da geração de empregos e qualificação de recursos humanos. Como exemplo dessa sinergia pode ser citada, nos estudos para construção do Plano de Trabalho, a contribuição de mais de 60 estudantes e pesquisadores de diferentes instituições e áreas científicas como geologia, biologia e geofísica. Além das crostas ricas em cobalto, as pesquisas na ERG também constataram a ocorrência de outros minérios, como níquel, platina, manganês e terras raras que possuem relevante potencial científico e econômico.


24/07/2014

G1

Brasil obtém permissão da ONU para explorar minério em fundo do oceano Segundo estudos do governo federal, área de 3 mil quilômetros quadrados contém minerais raros usados em indústria de alta tecnologia.

Área a ser explorada fica em águas internacionais, a 1.500km da costa do Rio de Janeiro

O Brasil foi autorizado por um braço da ONU a explorar recursos mineirais em águas internacionais do oceano Atlântico, levantando tanto potenciais ganhos econômicos quanto preocupações ambientais. Essa mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial moderna. A permissão foi concedida pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à ONU, e confere ao país o direito de atuar por 15 anos em uma área de 3 mil quilômetros quadrados na região do Atlântico conhecida como Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1,5 mil km do Rio de Janeiro. O pedido foi feito em dezembro pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em nome do Ministério de Minas e Energia, depois do investimento de R$ 90 milhões ao longo de quatro anos de estudos sobre o potencial geológico desta área.


Potencial econômico O Brasil poderá estudar as chamadas crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto em projetos de mineração submarina. Segundo os estudos realizados pela CPRM, esses depósitos foram identificados como os de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos realizados em expedições a essa região. “Nestes 15 anos, mapearemos o que existe lá e avaliaremos seu potencial econômico. Depois, podemos entrar com um novo pedido para explorar economicamente”, afirma à BBC Brasil Roberto Ventura Santos, diretor de geologia e recursos minerais do CPRM. “As possibildades são interessantes, porque é uma região rica em elementos químicos usados na indústria, especialmente nas de alta de tecnologia, na produção de chips, peças de usinas eólicas e carros elétricos.” Santos afirma ainda que o Brasil ampliará seu conhecimento técnico sobre este tipo de mineração submarina, formará profissionais capacitados a trabalhar nesta área e criará tecnologia para tal. “Somos o primeiro país da América Latina a conseguir essa permissão e, assim, entramos no seleto grupo de países que fazem este tipo de exploração, como Japão, Estados Unidos e China”, diz Santos.

Novas permissões

Reservas de metais no fundo do oceano são consderadas nova fronteira da mineração

Além do Brasil, a ONU concedeu outras seis novas permissões a empresas públicas e estatais do Reino Unido, Cingapura, Ilhas Cook, Índia, Alemanha e Rússia. Com isso, a área total do leito oceânico liberada para exploração foi ampliada para 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sob um total de 26 permissões de exploração científica.


A ONU ainda não conferiu nenhuma permissão de exploração econômica, conhecida como explotação, mas as primeiras devem ser concedidas nos próximos anos, segundo a Isba. “Existe um interesse crescente”, disse Michael Lodge, da Isba, à BBC. “A maioria dessas últimas permissões foi concedida a empresas que esperam minerar estas áreas em pouco tempo”. No entanto, ainda precisam ser negociadas as condições e regras dessa atividade econômica, como por exemplo a divisão de royalties, já que um dos princípios básicos da Isba é que as riquezas do fundo do oceano devem ser compartilhadas globalmente. A exploração mineral do fundo oceano começou a ser investigada na década de 1960, mas só recentemente tornou-se possível graças a avanços tecnológicos – criados nas indústrias de petróleo e gás. Ao mesmo tempo, o preço destas matérias-primas aumentou, aumentando o potencial retorno econômico, o que viabilizou os investimentos necessários para obtê-las.

Impacto ambiental No entanto, esse tipo de exploração não é vista com bons por grupos de defesa do meio ambiente, que alegam que a exploração pode trazer prejuízos para ecossistemas marinhos. Um protocolo para minimizar o impacto ambiental ainda está sendo estudado. O biólogo marinho Jon Copley, da Universidade de Southampton, vem monitorando a mineração nas chamadas dorsais oceânicas, nome dado às cadeias de montanhas submersas que se originam do afastamento de placas tectônicas. “Cerca de 6.000km de dorsais oceânicas, ou 7,5% do total, são exploradas hoje por seu potencial mineral”, afirma Copley. “Essas dorsais são um dos três locais do fundo do oceano em que há depósitos mineirais que atraem o interesse de países e empresas. Mas também vivem nestes locais colônias de espécies que não são encontradas em outras partes do oceano e podem ser suscetíveis a impactos ambientais gerados pela mineração.” Santos, da CPRM, diz que isso será levado em conta no caso brasileiro: “Faremos um estudo de impacto ambiental junto com o de potencial econômico. Nosso pedido foi muito elogiado por causa disso”.


O Globo

23/07/2014

Brasil recebe autorização da ONU para explorar recursos no fundo do mar País obtém direitos sobre área de 3 mil quilômetros quadrados em águas internacionais no Atlântico Sul com minérios ricos em cobalto

Mapa mostra a Elevação do Rio Grande, a 1,5 mil km da costa do Rio, com a áera de interesse do Brasil, em vermelho

RIO – O Brasil está pronto para ingressar em uma das últimas fronteiras na busca por recursos naturais valiosos no planeta, o fundo do mar. No início desta semana, a Autoridade Internacional para o Leito Marinho (Isba, na sigla em inglês), entidade ligada à ONU, aprovou pedido do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para pesquisar e explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados na chamada Elevação do Rio Grande, localizada a 1,5 mil quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro em águas internacionais no Atlântico Sul. O plano da CPRM tem como objetivo futuros projetos de mineração submarina de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto, depósitos identificados como de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos preliminares realizados após diversas expedições ao local. Pelos termos da concessão, o Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados, reunidos em oito grandes grupos. Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao país aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes na região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do seu potencial econômico e desenvolvimento de pesquisas oceanográficas e ambientais, ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul. Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro investiu cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com foco da exploração mineral do leito oceânico, que também está atraindo o interesse de diversos países. Para este ano, estão previstos mais R$ 20 milhões e, com a aprovação do pedido brasileiro pela Isba, a CPRM vai investir em pesquisas só na Elevação do Rio Grande mais R$ 11 milhões nos próximos cinco anos.


24/07/2014

O Globo

Brasil é autorizado a pesquisar e explorar o ‘pré-sal da mineração’ Região no Atlântico Sul tem potencial de reservas de cobalto e níquel

BRASÍLIA - O Brasil recebeu na terça-feira, pela primeira vez, uma autorização da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba, em inglês) para realizar pesquisa e exploração de minérios numa área no Atlântico Sul, localizada além das águas jurisdicionais do país. A região é vista por geólogos como um potencial “pré-sal da mineração”, tendo em vista sua capacidade exploratória, principalmente de cobalto, níquel, platina, manganês e tálio e telúrio, estes dois últimos da categoria terras-raras, mais valiosos. Contudo, a exploração econômica de jazidas no fundo do mar ainda é cara e seu retorno, incerto, como era o próprio pré-sal há alguns anos. — A realidade da exploração efetiva da mineração de águas profundas é uma fronteira tecnológica. Não se sabe quando começaremos, mas as produções de minério no mundo são quase todas no continente. No ritmo em que isso ocorre, você vai ter de procurar minério em algum momento no único lugar que restar, que é o fundo do oceano — disse Manoel Barreto, diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que enviou a proposta ao Isba.

INVESTIMENTO DE US$ 11 MILHÕES Enquanto a atividade mineral não vira realidade, pedidos de registro servem literalmente para o país demarcar território. Além do Brasil, ganharam da Isba direito de explorar áreas internacionais Índia, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Ilhas Cook e Cingapura. O pedido tinha sido feito no fim do ano passado pelo CPRM. Com o aval do Isba, o Brasil poderá explorar uma área de três mil quilômetros quadrados — o maior tamanho possível de concessão — na Elevação do Rio Grande, a cerca de 1,5 mil quilômetro da costa brasileira. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o plano é pioneiro no Atlântico Sul e há a possibilidade de cooperação internacional. Na proposta enviada ao Isba, o Brasil se dispôs a investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos da concessão, que tem duração de quinze anos. — Temos a concessão para estudar o fundo do mar e podemos avaliar o ambiente, envolvendo água, minerais, seres vivos e não vivos. Não é só atividade de mineração que faremos, há biotecnologia a ser descoberta. Segundo Barreto, o CPRM faz pesquisas também em região mais ao norte, além do arquipélago de São Pedro e São Paulo, para enviar outro pedido de exploração aos Isba. Antes da aprovação da área do Elevado do Rio Grande, o CPRM gastou cerca de R$ 60 milhões em pesquisas na região, desde 2009.


‘CUIDADOS COM A PREVENÇÃO’ David Zee, professor da faculdade de oceanografia da UERJ, diz que a exploração do fundo do Atlântico Sul pelo governo tem de ser acompanhada de um cuidado com a preservação do ambiente marinho e com atenção extrema à biodiversidade: — O Brasil tem de construir tecnologia para chegar até lá e ao mesmo tempo ter cuidados com a prevenção, para que isso seja feito de maneira que não existam efeitos colaterais negativos. Ele lembra que o acidente no campo de petróleo de Macondo, no Golfo do México, resultou num vazamento que durou cerca de um ano e afetou muito a biodiversidade da região, porque não havia tecnologia disponível para evitar o desastre.


23/07/2014

CPAD News

Brasil recebe autorização da ONU para explorar recursos no fundo do mar Trabalho permitirá ao país aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes na região O Brasil está pronto para ingressar em uma das últimas fronteiras na busca por recursos naturais valiosos no planeta, o fundo do mar. No início desta semana, a Autoridade Internacional para o Leito Marinho (ISA, na sigla em inglês), entidade ligada à ONU, aprovou pedido do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para pesquisar e explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados na chamada Elevação do Rio Grande, localizada a 1,5 mil quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro em águas internacionais no Atlântico Sul. O plano da CPRM tem como objetivo futuros projetos de mineração submarina de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto, depósitos identificados como de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos preliminares realizados após diversas expedições ao local. Pelos termos da concessão, o Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados, reunidos em oito grandes grupos. Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao país aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes na região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do seu potencial econômico e desenvolvimento de pesquisas oceanográficas e ambientais, ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul. Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro investiu cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com foco da exploração mineral do leito oceânico, que também está atraindo o interesse de diversos países. Para este ano, estão previstos mais R$ 20 milhões e, com a aprovação do pedido brasileiro pela ISA, a CPRM vai investir em pesquisas só na Elevação do Rio Grande mais R$ 11 milhões nos próximos cinco anos.


Portal Brasil

23/07/2014

Brasil recebe autorização para pesquisar minérios no Atlântico Sul Plano de trabalho apresentado à Isba, entidade vinculada à ONU, visa explorar crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto

Objetivo é pesquisar e explorar crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto na área

O Brasil recebeu o sinal verde da Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba) para pesquisar e explorar os recursos minérios da chamada Elevação do Rio Grande, área localizada em águas internacionais que integram o Atlântico Sul. Com a autorização, o Brasil terá um prazo de 15 anos para pesquisar 150 blocos com 20 quilômetros quadrados de extensão cada. O plano de trabalho apresentado à entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) visa a exploração de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto. A escolha das crostas deveu-se a levantamentos preliminares realizados após diversas expedições que indicaram serem esses os depósitos de maior potencial. O trabalho permitirá ao Brasil aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes em região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do potencial econômico desses recursos minerais, bem como do desenvolvimento de estudos oceanográficos e ambientais. Ampliando assim, a presença brasileira no Atlântico Sul. A proposta de pesquisa é fortemente sustentada em parâmetros técnicos e ambientais, revelando a preocupação do País com o desenvolvimento sustentável. Inclui, ainda, o compromisso em oferecer oportunidades de treinamento em benefício de outros países em desenvolvimento, sobretudo, os membros da Zona de Paz e de Cooperação do Atlântico Sul.


23/07/2014

Extra

Brasil recebe autorização da ONU para explorar recursos no fundo do mar

RIO – O Brasil está pronto para ingressar em uma das últimas fronteiras na busca por recursos naturais valiosos no planeta, o fundo do mar. No início desta semana, a Autoridade Internacional para o Leito Marinho (Isba, na sigla em inglês), entidade ligada à ONU, aprovou pedido do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para pesquisar e explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados na chamada Elevação do Rio Grande, localizada a 1,5 mil quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro em águas internacionais no Atlântico Sul. O plano da CPRM tem como objetivo futuros projetos de mineração submarina de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto, depósitos identificados como de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos preliminares realizados após diversas expedições ao local. Pelos termos da concessão, o Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados, reunidos em oito grandes grupos. Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao país aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes na região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do seu potencial econômico e desenvolvimento de pesquisas oceanográficas e ambientais, ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul. Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro investiu cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com foco da exploração mineral do leito oceânico, que também está atraindo o interesse de diversos países. Para este ano, estão previstos mais R$ 20 milhões e, com a aprovação do pedido brasileiro pela Isba, a CPRM vai investir em pesquisas só na Elevação do Rio Grande mais R$ 11 milhões nos próximos cinco anos.


24/07/2014

Extra

Brasil é autorizado a pesquisar e explorar o ‘pré-sal da mineração’ BRASÍLIA - O Brasil recebeu na terça-feira, pela primeira vez, uma autorização da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba, em inglês) para realizar pesquisa e exploração de minérios numa área no Atlântico Sul, localizada além das águas jurisdicionais do país. A região é vista por geólogos como um potencial “pré-sal da mineração”, tendo em vista sua capacidade exploratória, principalmente de cobalto, níquel, platina, manganês e tálio e telúrio, estes dois últimos da categoria terras-raras, mais valiosos. Contudo, a exploração econômica de jazidas no fundo do mar ainda é cara e seu retorno, incerto, como era o próprio pré-sal há alguns anos. — A realidade da exploração efetiva da mineração de águas profundas é uma fronteira tecnológica. Não se sabe quando começaremos, mas as produções de minério no mundo são quase todas no continente. No ritmo em que isso ocorre, você vai ter de procurar minério em algum momento no único lugar que restar, que é o fundo do oceano — disse Manoel Barreto, diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que enviou a proposta ao Isba. INVESTIMENTO DE US$ 11 MILHÕES Enquanto a atividade mineral não vira realidade, pedidos de registro servem literalmente para o país demarcar território. Além do Brasil, ganharam da Isba direito de explorar áreas internacionais Índia, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Ilhas Cook e Cingapura. O pedido tinha sido feito no fim do ano passado pelo CPRM. Com o aval do Isba, o Brasil poderá explorar uma área de três mil quilômetros quadrados — o maior tamanho possível de concessão — na Elevação do Rio Grande, a cerca de 1,5 mil quilômetro da costa brasileira. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o plano é pioneiro no Atlântico Sul e há a possibilidade de cooperação internacional. Na proposta enviada ao Isba, o Brasil se dispôs a investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos da concessão, que tem duração de quinze anos. — Temos a concessão para estudar o fundo do mar e podemos avaliar o ambiente, envolvendo água, minerais, seres vivos e não vivos. Não é só atividade de mineração que faremos, há biotecnologia a ser descoberta. Segundo Barreto, o CPRM faz pesquisas também em região mais ao norte, além do arquipélago de São Pedro e São Paulo, para enviar outro pedido de exploração aos Isba. Antes da aprovação da área do Elevado do Rio Grande, o CPRM gastou cerca de R$ 60 milhões em pesquisas na região, desde 2009. ‘CUIDADOS COM A PREVENÇÃO’ David Zee, professor da faculdade de oceanografia da UERJ, diz que a exploração do fundo do Atlântico Sul pelo governo tem de ser acompanhada de um cuidado com a preservação do


ambiente marinho e com atenção extrema à biodiversidade: — O Brasil tem de construir tecnologia para chegar até lá e ao mesmo tempo ter cuidados com a prevenção, para que isso seja feito de maneira que não existam efeitos colaterais negativos. Ele lembra que o acidente no campo de petróleo de Macondo, no Golfo do México, resultou num vazamento que durou cerca de um ano e afetou muito a biodiversidade da região, porque não havia tecnologia disponível para evitar o desastre.


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