Edição de final de ano 1
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sumário da edição
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A Revista Atua, ano 9, número 33 (Dezembro de 2015), é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretora Ana Claúdia Carvalho | anaclaudia@acesaojoao.com.br Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br Jornalista responsável Misael Mainetti - MTb. 73.171- SP misaeljornalista@gmail.com
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Jornalistas Ana Carolina Belchior Antonio Luiz Magalhães Bruna Mazarin Franco Junior Pedrinho Souza
ENTREVISTA ESPECIAL
Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br
050 José Maria Pezzi
Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br
O empresário José Maria Pezzi é sócio-fundador da rede de supermercados Sempre Vale, juntamente com seu irmão Euclides Pezzi. Natural de Poços de Caldas (MG) e, desde 1992 em São João da Boa Vista, sempre esteve envolvido com o desenvolvimento econômico e social do município.
Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | patrehder11@ig.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br Fotos publicitárias Juan Landiva - (19) 9-9371-4781
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Em clima de Natal
A cidade de São João da Boa Vista prepara-se para receber o maior evento natalino do interior de São Paulo. Em seu sétimo ano, a Parada de Natal se consolida como tradição e traz uma programação variada e totalmente gratuita para o público de todas as idades.
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SEÇÕES
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Impressão Grafilar - (14) 3812-5700
Criatividade é a chave para superar a crise
Diariamente os veículos de comunicação publicam notícias sobre a crise. O prospecto negativo assusta e os números corroboram para criar um clima de estresse no mercado econômico. Na avaliação de Sirlandei Mariano, consultor de marketing do Sebrae São João da Boa Vista, isso é inevitável e faz parte de um processo.
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Capa Modelo - Veruska Blasck Roupas - Paruxa Boutique - (19) 3631-5902 Acessórios - Acervo pessoal Fotos - Juan Landiva Maquiagem - Fabiana Fortuna - (19) 9-8919-2360 Cabelo - Jacqueline Calixto - (19) 9-9281-9828
moda & beleza saúde & psicologia
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viagem & decoração nossa cidade
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educação & segurança cultura & eventos
Erramos Em nossa última edição, por uma falha de produção, todas as fotos acabaram sendo publicadas sem créditos aos autores. Lamentamos profundamente essa falha e estamos trabalhando para evitar que esse tipo de problema volte a acontecer.
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moda & beleza
Tendências da moda primavera verão 2015-2016 Separamos algumas tendências “usáveis” para você arrasar nesse verão. A cada estação, surgem novas experimentações da moda. O verão traz o seu brilho e alegria que se transformam em tendências – dos tecidos às estampas. A moda verão 2016 promete muitas tendências, mas as pessoas estão realmente interessadas naquelas mais “usáveis”. São aquelas peças que não
são apenas “conceito”, mas se tornam totalmente amigáveis em qualquer armário, no uso cotidiano. Ou, seja, não é uma moda distante. Que tal peças que facilitem a moda prática do dia a dia para aproveitar bem o verão? Selecionamos algumas tendências da moda verão 2016, totalmente usáveis:
COR CÁQUI
Cor neutra e clássica. Nunca sai de moda. Pode vir com uma proposta militar, safári, urbano, tradicional! As passarelas do exterior exploraram bastante essa cor. Vestido, camisa, bermuda, calça. Escolha a peça que quer usar. É possível ir de um tom bege ao areia. É aquele tipo de cor que fica bem com quase tudo. Uma combinação clássica é o cáqui com branco. E, fica um charme para homens ou para mulheres, não é mesmo?
LISTRAS NÁUTICAS
Fotos: Reprodução Internet
vESTIDO CAMISA (CHEMISE)
Muitos designers apostaram nessa peça nas passarelas. Essa é considerada uma peça clássica, atemporal. Pode vir de uma maneira mais clássica, mais verão, com tecidos bem leves, mais chique. É uma peça que pode ser bem versátil, para uso em diversas ocasiões: trabalho, passeio e, também, para os mais variados tipos de corpo. Isso o torna facilmente usável
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Listra marinheiro que deixa qualquer guarda-roupa mais divertido! Algo tão simples que possui uma exuberância clássica e chique. As listras náuticas serão vistas em blusas, camisas, vestidos. A estampa pode vir de uma forma mais esportiva ou mais elegante. Eis aqui um design têxtil que vale a pena ter! Lindo para todos!
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KIMONO
Peça japonesa na tendência da moda verão 2016! Jaqueta quimono ou blusa estilo quimono. A modelagem é bem parecida com o quimono, com faixa marcando a cintura. Normalmente, uma peça para fazer sobreposição. A vinda do kimono substitui algumas peças como o cardigan e o blazer, os “basiquinhos” do armário, porém o kimono tem muito mais estilo, estampas e cores que garantem aquele charme a mais. Além de super estiloso, é o item perfeito para usar o truque da terceira peça e dar muito mais graça ao look. Ao invés de sair apenas com uma saia e uma blusa ou um vestidinho simples, muitas vezes desejamos um casaquinho para complementar, mas as vezes está tão quente que não é possível utiliza-lo . É aí que o kimono entra em ação!
UMA DICA FINAL Estar na moda é estar bem com você mesma. Não adianta deixar de ser você só para estar na ‘moda’. Não faz sentido você abrir mão da sua própria identidade só para montar um visual igual ao da capa da revista. Vestir o que te deixa confortável, assumir a sua identidade, é sempre o caminho para estar bem com você fisicamente, mentalmente e economicamente. Ser estilosa não é seguir tendências. Ser estilosa é ser você mesma, aceitar-se como é, é assumir um estilo só seu. Sua roupa deve representar você. Quando você vestir algo,
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pense no seu gosto, no seu humor do dia, em como você quer ser vista. Se a tendência do momento casar com isso, ótimo. Na hora de produzir um look, de comprar aquela roupa nova, pense se ela irá te representar, te deixará confortável e feliz. Para isso é preciso se conhecer e se entender. Conhecer o próprio corpo, o que há de melhor para valorizar, o que combina com seu estilo de vida. Saber se vestir não é só uma questão fútil. Envolve autoestima, segurança e economia de dinheiro. E lembre-se segurança e amor próprio valem mais do que qualquer roupa nova no armário. A
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moda & beleza
O terror dos adolescentes. Mas só dos adolescentes? Como prevenir e tratar cravos e espinhas, seja qual for a fase da vida em que elas apareçam. Foto: Reprodução Internet
POR ANA CAROLINA BELCHIOR
A acne é uma doença de pele. Isso mesmo, uma doença que acomete a maior parte dos adolescentes, não se restringindo, porém, a eles. Segundo a dermatologista, Dra. Maria Cecília Lombardi, os responsáveis pelo aparecimento desses incômodos na pele são “os hormônios sexuais que começam a ser produzidos na puberdade, mas que podem aparecer em outras fases da vida.” E além dos hormônios, a médica explica que também existe uma predisposição genética para o surgimento dessa doença, dado que alguns adolescentes não apresentam o quadro. A doença é subdividida em graus, de acordo com a gravidade do quadro, que varia de 1 a 5. O grau mais leve é o 1, quando aparecem apenas os comedões conhecidos como cravos, até o grau 5, a mais grave, composta por lesões inflamatórias, pústulas ou as famosas espinhas e nódulos, com potencial risco de evoluir, deixando cicatrizes. Nesse campo, a acne ainda pode ser classificada como primária (acne vulgar) e secundária (acne da mulher adulta, acne cosmética, acne medicamentosa, entre outras). As primárias são o tipo mais comum na adolescência, e estão relacionadas com a predisposição genética e hormônios sexuais. Já a acne da mulher adulta ocorre mais em mulheres entre 25 e 35 anos e está relacionada com alterações hormonais, como SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos). A acne medicamentosa é causada pelos efeitos colaterais de alguns medicamentos, como por exemplo, barbitúricos, corticóides, lítio, esteróides. No entanto, estes casos de acne são au10
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APERTAR CRAVOS E ESPINHAS CAUSA CICATRIZES?
Sim, mas essa não é a única causa. Quem tem tendência a ter cicatrizes de acne poderá apresentá-las independente de espremer ou não a pele. O perigo de apertar cravos e espinhas com as mãos é justamente ferir a pele e causar cicatrizes pelo atrito exagerado. Melhor do que espremer as espinhas é usar produtos secativos.
tolimitados, ou seja, resolvem-se gradualmente com o término do uso do medicamento que a ocasionou. Outra categoria é a acne cosmética, desencadeada após o uso de algum produto cosmético, de forma indevida. A dermatologista dá o exemplo de um paciente com pele oleosa que usa um produto para peles secas. Isso pode provocar o citado tipo de quadro clínico, por obstruir os poros e estimular a produção de sebo. Por esse motivo, é importante remover toda maquiagem antes de dormir. Prevenção e tratamentos Ei, adolescente! Se você ainda não tem
acne e está na puberdade,a sugestão é perguntar para seus pais e parentes próximos se eles tiveram acne. Logo descobrirá se tem predisposição genética para apresentar a doença ou não. Se a resposta do histórico familiar for positiva, o jeito é começar a prevenir, pois alguns tratamentos bem orientados podem ajudar você a passar por essas dolorosas erupções, tão temidas na adolescência. A médica indica que, após descoberta a predisposição genética, o melhor caminho é procurar um dermatologista, antes que a evolução da acne seja desfavorável. O período ideal é logo no início da puberdade. Na
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Rua Cel. Ernesto de Oliveira, 374 S達o Jo達o da Boa Vista/SP - (19) 3631 2159
consulta, provavelmente, o especialista dará orientações quanto à dieta e uso de produtos específicos para esse tipo de pele, chamada pele acneica, com o intuito de prevenir e evitar que a doença se agrave e deixe cicatrizes profundas. Agora, se elas realmente já surgiram e estão pipocando pelo seu rosto, costas e peito, está na hora de procurar um bom tratamento. Isso inclui o uso de medicamentos tópicos, como sabonetes, loções de limpeza, cremes noturnos (como ácidos e secativos) além do filtro solar, nos casos mais leves. Em casos moderados e mais graves, a doutora explica que pode ser necessário o uso de medicamentos orais, como antibióticos e isotretinoina oral, conhecido no mercado como Roacutan. Além disso, pode se associar o uso de peeling e laser, ou luz pulsada para tratamento das lesões ativas (espinhas), além das cicatrizes e/ou manchas. Quando a acne é cosmética, o tratamento é suspender o uso do cosmé-
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tico que causou o quadro. Já para o tratamento da acne da mulher adulta, é bem complexo, necessitando de uma investigação com diversos exames de sangue e ultrassom ginecológico, sendo posteriormente aplicado um tratamento com medicamentos tópicos (cremes, sabonetes) e orais. Outra orientação importante da especialista é a seguinte: “os pacientes que possuem o quadro de acne devem sempre usar um sabonete específico para controle da oleosidade e um tônico facial ou loção de limpeza, para equilibrar o pH da pele.” É fundamental também uma boa escolha do filtro solar para não piorar o quadro com a recepção dos raios ultravioletas, “deve-se optar por filtro solar oilfree, toque seco ou efeito mate.” Há também o uso de ácidos noturnos, que devem sempre ser prescritos pelo médico, já que sua composição é formulada de acordo com a necessidade de cada paciente. É de suma importância que o produto seja manipulado em uma farmácia de confiança, para
garantir a eficácia do tratamento e evitar reações adversas na pele. CHOCOLATE CAUSA ESPINHA? Durante muito tempo, a maioria das pessoas acreditava que sim, e até evitava a delícia por causa da pele. Médicos chegaram a proibir o consumo por quem tivesse problema com acne. Na adolescência, então, quando os hormônios estão literalmente à flor da pele, é quase um veneno. Mas a verdade, acredite ou não, é que até agora não apareceu nenhuma comprovação científica ou mesmo qualquer ligação de que o chocolate é culpado pelo aparecimento de espinhas. Se depois de exagerar na comilança você vê que apareceram algumas erosões na pele, a culpa não é apenas do chocolate. O doce é rico em gordura saturada e ela é a vilã dessa história toda. Como o chocolate contém muita gordura saturada, é esperado que em algumas pessoas, que têm propensão ao desenvolvimento de acne surjam prejuízos à pele após o consumo. A
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Inauguração Lina
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Segunda a Sábado: 9 às 18hs. Av. Dona Gertrudes, 273. São João da Boa Vista. f. 19 36222929
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moda & beleza
Os benefícios da luz pulsada Da remoção de manchas até o rejuvenescimento da pele, o procedimento traz resultados desde a primeira sessão. POR BRUNA MAZARIN
Ao contrário do que muitos acreditam, a Luz Intensa Pulsada, ou LIP, como é conhecida, não é um tipo de laser. Ela emite um amplo espectro de comprimento de onda, enquanto o laser, somente um. A dermatologista Maria Cecilia Lombardi ainda destaca outras diferenças entre os dois procedimentos. “Diferente do laser, a energia emitida pela luz pulsada não é direcionada, ela se espalha, tornando-se mais suave e de menor intensidade do que o laser”. Conforme explica a dermatologista, por apresentar vários comprimentos de onda, a LIP pode ser indicada para tratar diversos problemas de pele como depilação, remoção de manchas, vasinhos e no rejuvenescimento. “O tratamento com luz pulsada promove o rejuvenescimento da pele através do estímulo na produção de colágeno e o clareamento das manchas. Possui bons resultados para depilação, porém menos eficaz e duradouro do que o laser. Ajuda no controle de doenças de pele como acne e rosácea”, acrescenta. O tratamento é indicado para rosto e regiões extracorpóreas, mas Maria Cecilia diz que em regiões como colo, braços
e pernas a luz deve ser aplicada com “cautela”. “Há maior risco de queimaduras, já que a cicatrização dessas regiões é mais lenta que na face”, orienta. Segundo a dermatologista, o procedimento pode ser considerado indolor, dispensando o uso de anestesia injetável ou tópica. Mas ela faz uma ressalva: “em pacientes com limiar de dor mais baixo — mais sensíveis a dor— podemos utilizar o resfriamento da pele com placas de gelo ou aparelho resfriador, para minimizar o desconforto durante o procedimento”. O tratamento mostra resultados logo na primeira sessão, mas o tratamento completo dura em torno de três a cinco sessões, em média. “Isso pode variar de paciente para paciente”, acrescenta Maria Cecilia. CONTRA INDICAÇÕES Antes de realizar o tratamento com luz pulsada, o paciente deve observar se não se enquadra em nenhum dos casos em que ele é contra indicado. Maria Cecilia explica que pessoas com doenças fotossensíveis — desencadeadas pela luz, com pele bronzeada ou com fototios altos — mulatos ou negros — não devem realizar esse tipo de procedimento. A Foto: Reprodução Internet
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sua saúde
Paracetamol e seus riscos Alta dosagem, automedicação e associar o medicamento com bebidas alcoólicas são as principais ações responsáveis por lesões sérias POR BRUNA MAZARIN
O paracetamol é um medicamento amplamente indicado para o tratamento de várias dores, inclusive em casos de Dengue. Mas uma recente pesquisa liderada por Philip Conaghan, do Instituto de Medicina Reumática e Musculoesquelética, apontou que doentes que ingeriram o medicamento em grande quantidade, por vários anos, tendem a aumentar o risco de desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos. Além desse, outros oito estudos tinham revelado uma taxa maior de letalidade — de até 63% — comparando usuários do paracetamol com quem não tinha sido tratado com o medicamento no período em que o estudo foi realizado. Outras quatro pesquisas apontaram alto risco de problemas cardiovasculares, variando de 19% a 68%. O risco de hemorragia gastrointestinal e outros efeitos colaterais, no intestino, chegou a 49%. “Mesmo o risco sendo baixo, na maior parte das vezes, os médicos deveriam ser cautelosos ao receitarem a droga”, alertaram os pesquisadores. FALSA SEGURANÇA O paracetamol é tido por muitas pessoas como mais seguro do que aspirina e o ibuprofeno. Mas o estudo também levou a outras conclusões. Ao comparar com outros remédios, o paracetamol pode não ter qualquer vantagem para o tratamento de osteoartrite, reumatismo e dores agudas na coluna lombar. O artigo sustenta que deve- se levar em conta um uso mais cauteloso e alerta os médicos para que fiquem atentos às reações individuais de cada paciente ao paracetamol, observando o aumento no grau de toxicidade quando a dosagem for maior e por um período regular. Os dados da pesquisa de Philip refe18
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Foto: Reprodução Internet
rem-se apenas a pessoas que tiveram o remédio receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria. Isso mostra que a automedicação pode proporcionar danos maiores do que os já estudados. O médico José Guilherme Ferreira explica que a dosagem média é de oito comprimidos diários, mas só pode ser tomado por pessoas que não tenham problemas hepáticos, estejam tomando medicamentos que podem causar problemas se combinados ou se associados ao consumo de bebidas alcoólicas. “Tomar paracetamol combinado com álcool pode causar lesão hepática, mesmo em doses menores. A automedicação também é extremamente desaconselhada, pois aumenta os riscos de complicações em todos os casos”. Ele também lembra que é um costume tratar a gripe com aspirina, além de a maioria dos antigripais terem o paracetamol na composição. “As pessoas que
se automedicam tomam deliberadamente os medicamentos para gripe, que contém em suas fórmulas até 800 mg de paracetamol. Isso pode causar facilmente uma overdose por conta do consumo excessivo”. A dica de José Guilherme é observar sempre a fórmula dos remédios e procurar o auxílio médico antes de tomar qualquer medicamento. “Com consultórios lotados, poucos horários disponíveis e as dificuldades do nosso sistema público de saúde, fica difícil combater a automedicação. Mas, na medida do possível, devemos orientar as pessoas a darem mais atenção à saúde. A população precisa criar a cultura de ir ao médico com mais frequência. Como o paracetamol é de fácil acesso, nos preocupa seu uso sem prescrição ou prescritos deliberadamente e sem um aconselhamento dos fatores adversos que ele pode causar. Por isso vale a pena informar a população e mostrar alternativas que se enquadrem em cada caso”, conclui o médico. A
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sua saúde
Burnout: O fim da linha Conheça a síndrome do esgotamento profissional, cada vez mais comum no Brasil POR BRUNA MAZARIN
Num dia estressante de trabalho, é comum usar expressões como “estar no limite” ou “a ponto de explodir”. Aparentemente essas frases parecem não passar do sentido figurado, mas o que pouca gente sabe é que, quando se atinge o nível máximo de estresse profissional, é possível entrar num colapso mental grave, semelhante a uma explosão: trata-se da síndrome de Burnout. Conhecida desde os anos 70, a síndrome de Burnout faz referência ao ato simbólico de “ser consumido pelo fogo”, e representa o mais elevado estágio de esgotamento. Estudos recentes sugerem que a síndrome de Burnout pode diferir entre gêneros, sendo que em homens há maior prevalência de sintomas de despersonalização, enquanto em mulheres mais sintomas de exaustão emocional. “Os mais afetados são os chamados workaholics [viciados em trabalho], em especial, aqueles que possuem empregos emocionalmente desgastantes”, explica Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo. “Sobrecarga de tarefas, baixa autonomia e excesso de demanda são alguns dos fatores que podem levar ao quadro”, completa o especialista. SINTOMAS Quando somado a problemas pessoais, o estresse profissional se torna cumulativo e, aos poucos, causa danos emocionais e físicos, e também impacta relações sociais e afetivas. “Comportamento agressivo, mudanças bruscas de humor,
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irritabilidade, ansiedade, depressão e baixa auto-estima são algumas das consequências do Burnout. A síndrome também leva à baixa imunidade, e favorece problemas como dores de cabeça, cansaço, suor excessivo, pressão alta, dores musculares, insônia, distúrbios gastrintestinais e outros”, alerta Armando. Desmotivadas e sob pretexto de falta de tempo, é comum que as vítimas de Burnout percam, aos poucos, o interesse em hobbies e atividades de lazer, entretanto, renunciar a esses hábitos só agrava a situação. “O tratamento da síndrome é baseado em psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental), práticas meditativas (conhecidas como mindfulness) e, eventualmente, antidepressivos, mas também preza pelo bem-estar e qualidade de vida”, explica o especialista. “A prática de esportes, exercícios, alimentação saudável, sono regular e, especialmente, momentos de descontração são ações essenciais para se curar”, conclui. AMBIENTE DE TRABALHO Porém, é preciso que a prevenção e o tratamento do Burnout sejam abordados como problemas coletivos e organizacionais e não como um problema individual. Porque o problema está no contexto laboral e a prevenção consiste no desenvolvimento de medidas de prevenção para melhorar o clima organizacional, tais como programas de socialização para prevenir o choque com a realidade e implantação de sistemas de avaliação que concedam aos profissionais um papel ativo e de participação nas decisões laborais. A organização pode também adotar algumas outras medidas simples, como evitar o excesso de horas extras, dar suporte social às equipes e fomentar a sua participação nas decisões. A
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decoração
Orquídeas, orquidário, orquidófilo... No reino das flores há sempre algumas que ganham mais atenção do que outras. Esse é o caso da orquídea, uma espécie muito cultivada e requisitada no Brasil. POR ANA CAROLINA BELCHIOR
Colorida, perfumada, resistente, adaptada a vários climas, mais de 25 mil espécies catalogadas, longevidade, fácil de cuidar, e muito, muito bela. Essa é a orquídea, uma das plantas mais cultivadas no mundo. Da família Orchidaceae, entre as maiores em termos de botânica, ela está presente em todos os continentes, com exceção da Antártica, devido ao clima. Há relatos de que as orquídeas estão no mundo há mais de quatro mil anos e suas espécies se difundem cada vez mais. Uma flor com tantos atributos merece ser investigada para se descobrir qual o segredo de sua atração e sucesso, há tanto tempo. Antigamente as orquídeas eram artigo de colecionadores e custavam caro. Hoje em dia elas estão por toda a parte e muito mais acessíveis em termos financeiros. Isso se deve à tecnologia investida na produção das espécies que permitiu, principalmente aos brasileiros, a aquisição mais frequente da planta. O gênero Phalaenopsis ou Falenópsis é o mais conhecido e comercializado. Sua origem é asiática e a palavra quer dizer mariposa, em grego, pois elas realmente lembram borboletas, devido ao formato de suas pétalas. Nos últimos tempos a produção das Falenópsis cresceu mais de 400% e na região o maior produtor é a
CULTIVO
É ideal para cultivo em ambientes fechados ou apartamentos, desde que o local tenha um mínimo de ventilação natural e principalmente boa luminosidade indireta e esteja exposta a um mínimo de luminosidade solar filtrada entre 7 e 9 horas da manhã ou das 16hs até o anoitecer. Resolve-se isso colocando seu vaso sobre aparadores junto de janelas.
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cooperativa Veiling, localizada na cidade de Holambra, o maior polo de floricultura do país. Só em 2014 o mercado de flores movimentou quase seis bilhões de reais. Os números são grandiosos e a procura só tende a aumentar. Os engenheiros agrônomos Heloisa Brunetto e Diego Miranda, proprietários da Ecojardim, em São João, dizem que o negócio das orquídeas tem se difundido muito devido ao “investimento tecnológico nesse mercado.” A variedade cresceu muito também e, além das 25 mil espécies conhecidas, considerando-se aquelas selvagens, ainda está sendo cultivada uma quantidade equivalente de híbridos. “O leque é muito grande, a Falenópsis, por exemplo, que domina o mercado brasileiro, tem uma florada maior e é bem resistente, por isso esse crescimento ao longo dos últimos anos. A forma de produção também mudou, hoje é feita por sistema de clone meristemal, ou seja, o laboratório consegue reproduzir com eficiência muitas
espécies, com isso aumentou a oferta e o preço diminuiu”, explica Diego. Mercado e cultivo O mercado de orquídeas no Brasil se divide em dois grandes nichos: o mercado massivo, no qual as preferências recaem sobre as espécies de flores grandes, vistosas e dispostas em longos cachos, mais consumidas para fins decorativos ou para presentear. Do outro lado estão as orquídeas de colecionador, em que prevalecem as espécies nativas e seus híbridos. As pétalas costumam apresentar alguma característica diferente como flores pintadinhas, formatos raros que aumentam o valor agregado sobre a planta. Nesse campo o destaque é para as cattleyas. Para o consumo brasileiro, assim como no mercado internacional, as principais ofertas são das orquídeas envasa, entre as quais predominam as phalaenopsis, cymbidium, denphal, wanda e oncidium. Foto: Shinjuku Gyoen National Garden
CUIDADOS ESPECIAIS Segundo a agrônoma Heloisa, cuidar de uma orquídea é muito fácil porque ela não é uma planta exigente. “A maioria gosta de luz, mas não de sol direto. É preciso regar uma orquídea pelo menos duas vezes por semana, mas ela não gosta de ficar encharcada com pratinhos embaixo. Sua raiz deve estar sempre seca e sua flor dura de 40 a 60 dias, repetindo a florada a cada seis meses”, explica. Agora, se quiser passar da fase de orquídea apenas para enfeitar a casa, você pode começar a cultivar as plantas num orquidário e se tornar um orquidófilo ou colecionador. Na maioria dos casos começa como um hobby, mas pode também se tornar uma fonte de renda, depois. Os agrônomos contam que algumas pessoas mantém um orquidário como terapia, pois o ambiente é aconchegante, fresco e é gratificante cuidar das plantinhas, vê-las crescerem. Mas dá para ter um orquidário em casa? Depende do seu espaço. “O orquidário é uma mini-estufa onde deve se conseguir fornecer para as plantas condições mais adequadas de sombreamento, umidade, luminosidade e ventilação. Para
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começar a cultivar orquídeas, você precisará apenas do substrato composto por fibras de coco, casca de pinos e uma muda”, explica o agrônomo. Heloisa complementa uma orientação “no orquidário, é importante, ao fazer a manutenção de uma espécie para outra, sempre higienizar a ferramenta. Isto porque, às vezes, alguma espécie pode estar com fungo em sua folha, mas é próprio de sua espécie enquanto que, se
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passar para outra, pode matar.” A partir deste ponto você poderá se tornar um orquidófilo, um indivíduo que se dedica ao cultivo e coleciona orquídeas, ou o famoso colecionador, uma pessoa que além de ter conhecimento específico sobre como cuidar e fazer a reprodução das espécies, também participa de feiras, exposições, associações podendo, até, virar um produtor de orquídeas, fornecendo-as ao mercado consumidor. A
decoração
Tendências para festas infantis A variedade de temas e a criatividade para realizá-los não têm mais limite nas festas infantis. POR ANA CAROLINA BELCHIOR
Um setor que movimenta cerca de R$ 500 milhões por ano e emprega mais de 24 mil pessoas, direta e indiretamente, sempre estará se renovando e apresentando novidades. Afinal, fazer uma festa infantil, hoje em dia, não é brincadeira. Custa caro, necessita de uma equipe de profissionais treinados e a decoração é cada dia mais variada, sem falar nas exigências dos aniversariantes. A projeção dos organizadores de festas infantis deu tão certo que, neste ano, aconteceu o 2º Congresso Brasileiro de Buffets Infantis. No site da revista online, Infância e Festa, os organizadores do congresso, Walmir Fernandes e Odécio Maréga, explicam que a principal proposta do evento foi aprofundar as discussões a respeito do futuro dos Buffets
infantis, criar um nível de excelência no atendimento ao público, além de prestar assessoria para pessoas interessadas em ingressarem no segmento. Mas o que chama tanto a atenção de pais e crianças para o buffets infantis? A praticidade, claro. Sempre muito organizados e decorados, os buffets estão se especializando cada vez mais a fim de suprir a demanda por novidades nos temas. Algumas apostas são as releituras de clássicos da Disney, as princesas já consagradas Cinderela, Bela e Branca de Neve e agora as da animação Frozen. Outra procura em alta é montar a festa do aniversariante de acordo com a sua personalidade, onde os enfeites são reciclados e refeitos, a cada novo pedido. De acordo com o site portalfesta. com.br, “o que já era tendência ganhou mais evidência: decorações clean, mas
ao mesmo tempo divertidas e sofisticadas. Mesas exclusivas com um toque artesanal, decorações cheias de detalhes, bolos e doces no tema da festa e lembrancinhas cada vez mais personalizadas, contribuem com a estética das festas infantis em 2015”. Bons negócios As festas infantis se tornaram um negócio tão lucrativo e atrativo que existe até um programa específico, do canal por assinatura GNT, para tratar desse assunto. Lá, a cada episódio, uma criança escolhe o tema que deseja e toda a equipe entra em cena para produzir uma festa totalmente personalizada. Os temas, em sua maioria, fogem aos mais tradicionais, que vão desde ETs até maquiagem. O foco do programa, assim como em qualquer festa, é realizar o sonho de
EM ALTA
As guloseimas que estão em alta são o Naked Cake, bolos sem coberturas nos quais as camadas ficam à mostra e os brigadeiros de potinhos com sabores e misturas variadas (foto).
Foto: Reprodução Internet
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uma criança com criatividade e riqueza de detalhes, apostas dos buffets, atualmente. Criatividade que movimenta muitos subsetores e só cresce. De acordo com os organizadores do 2º Congresso Brasileiro de Buffets Infantis, “O setor movimenta uma enorme cadeia de produtos e serviços, como decoradores, fotógrafos, recreadores, boleiras, fabricantes de balões, fabricantes de equipamentos e artesãos que produzem lembrancinhas”, lembra Maréga. Na capital de São Paulo existe até o Cheers Off Kids, um evento que reúne todos os serviços necessários para se realizar uma festa infantil, em um só lugar. Já nas cidades do interior a procura é grande por buffets, equipados com brinquedos. Os mais escolhidos Apesar dos buffets estarem se adaptando cada vez mais ao gosto dos pequenos fregueses, alguns temas estão na lista dos mais escolhidos e são as apostas para este ano. As dicas são do portalfestas.com.br. Os temas para meninos como Fazendinha, Futebol, Fun-
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do do Mar, Circo e Pirata são os mais comuns e ainda em alta. Outros como Toy Story , Angry Birds, Super Heróis e de personagens como Mario Bros, Minecraft e Star Wars são os preferidos dos maiorzinhos. Para as meninas, temas como Bonecas e Ursinhos também estão na lista dos preferidos, mas a grande pedida continua sendo pelos clássicos da Disney, Princesas, Mickey & Minnie, seguidos dos sucessos garantidos, Frozen e Peppa Pig.Na linha de temas novos e exclusivos os mais pedidos são Praia, Pool Party, Balões, Viagem, Esportes, Londres. Normalmente as mães definem o tema com base em algum hobby ou preferência da família. Ultimamente, as festas com temas genéricos, ou seja, sem personagens conhecidos, estão atraindo mães de crianças bem pequenas que querem fugir dos personagens famosos. Tais como jardim, corujas ou balões. Já o site catering.com. br, um site criado para intermediar contatos entre clientes e buffets, indica outras particularidades que estão em alta.
Cardápios Em se tratando do cardápio, o tema “festa bar”, presente em casamentos e formaturas, agora aparece nas festas infantis. Além de incluir os tradicionais salgadinhos de festas, nessa proposta, há inúmeras personalizações como opções vegetarianas, sem glúten ou lactose. Outras guloseimas que estão em alta são o Naked Cake (bolo nu) bolos sem coberturas nos quais as camadas ficam à mostra e os brigadeiros de potinhos com sabores e misturas variadas. No campo da diversão e distração, a famosa dupla brinquedos + monitores estão presentes em quase todo tipo de festa em buffet. Há também a sugestão de se criar dois ambientes na festa com trilhas sonoras diferentes ou até colocar uma cabine de fotos para que adultos e crianças interajam, enviando suas selfies instantaneamente para as redes sociais. As opções criativas estão realmente ilimitadas hoje em dia, é só pedir que qualquer sonho de festa pode ser realizado, basta estar disposto a investir. A
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Em breve novo showroom com todas as novidades de mercado
esporte
Amor sem fronteiras Estudante torce para o Arsenal e já faz loucuras pelo clube inglês. POR FRANCO JUNIOR
Foi em 2003, quando tinha apenas nove anos e jogava videogame, que Willian Pereira, 20, conheceu o Arsenal. Três primaveras mais tarde, o carinho pelo time inglês se tornou amor, justamente em uma derrota na final da Champions League, contra o Barcelona, do então melhor do mundo, Ronaldinho Gaúcho. Foi aí que começou uma paixão sem limites pelo clube da Inglaterra, a qual já o fez chorar e até converter a namorada, que torcia para outra equipe britânica. Palmeirense de nascença, o estudante diz acreditar que os jogos virtuais e a mídia são os responsáveis por fazerem com que brasileiros torçam por times de outros países. Além desses fatores, Willian aponta que “sem dúvida nenhuma, as grandes estrelas e grandes astros que atuam na Europa, proporcionando clássicos, gols maravilhosos, em estádios incríveis, com torcidas extremamente apaixonadas”, são também ingredientes importantes para atrair mais adeptos. Há quase dois anos, o gooner (como o torcedor do Arsenal é
conhecido) namora Lillian Aguiar, 20 anos. Paulistana, a jovem tinha no Liverpool seu clube inglês favorito. No entanto, a influência do fanático fez com que ela trocasse de time. “Demorou certo tempo para conseguir convencê-la. Foi complicado porque ela ama os Beatles, que são de Liverpool. Por isso não foi fácil fazer com que gostasse de outro clube senão os reds. Mas, com muito custo, consegui. Para comemorar, dei de presente para ela uma camisa do Arsenal personalizada com o seu nome”, lembrou. Desde que começou a simpatia pelo Arsenal, a equipe conquistou um Campeonato Inglês e uma Copa da Inglaterra. Entretanto, desde que realmente virou um gooner, o time não havia ganho mais nada, até que maio de 2014 chegou. No quinto mês do ano, o Arsenal chegou à final da Copa da Inglaterra, contra o Hull City. O sentimento de todos os torcedores do Arsenal no Brasil era tão positivo que foi marcado um evento no O’malleys, um pub de São Paulo, para reunir todos os torcedores para assistirem à final. Willian esteve lá e viveu sua maior emoção, até
então, como fanático pelo clube. “Começamos perdendo por 2 a 0, o desespero tomou conta das mais de 100 pessoas que ali estavam. Entretanto, conseguimos empatar e virar o jogo na prorrogação. Foram nove anos de tabu esquecidos em um segundo. Aquele andar do pub foi nossa arquibancada. Não precisava estar em Wembley para sentir a sensação de alegria”, relembrou. MAIOR ÍDOLO “Sem dúvidas, Thierry Henry, ele é um dos principais responsáveis por eu ser torcedor”. É assim que Willian define seu maior ídolo com a camisa do Arsenal. Atualmente, jogadores com bastante identificação com o clube como Szczesny, Wilshere, Walcott, Cazorla e Ozil são os favoritos, mas um novato tem chamado sua atenção. “Por ter simpatia com o futebol chileno, meu atleta preferido é Alexis Sanchez, que sempre quis jogar no Arsenal e no começo desta temporada o sonho virou realidade”, comemorou o estudante. Gooner e palmeirense, Willian Pereira não tem um favorito entre um dos dois, pois, para ele “amor não se mede”. “O Palmeiras é a minha vida pela proximidade, poder estar indo ao estádio e ter vindo primeiro, com meu pai. Já o Arsenal, é o time pelo qual peguei simpatia e me identifiquei. Não perco os jogos de nenhum e isso já basta. O Palmeiras me escolheu quando nasci, e o Arsenal eu escolhi depois de grande”, finalizou. A
TORCIDA REUNIDA
De cachecol, ao lado da namorada, Willian acompanhou a final da Copa da Inglaterra, no O’malleys, pub de São Paulo. “Após o apito final, pessoas que não se conheciam se abraçavam e comemoravam fervorosamente o título. O grito de campeão, finalmente, saiu da garganta. Aquele andar do pub foi nossa arquibancada”.
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psicologia
Somos todos mortais A morte é um fato, uma realidade inexorável, gostemos ou não. POR MARYÁ REHDER AMBROSO
Morte: uma palavra carregada de significados, envolvida por sentimentos e que figura nas mais diversas culturas como um dos assuntos que desperta maior complexidade e mistério. É comum ouvir-se dizer: “A única certeza que temos na vida é a morte!” e não há afirmação mais coerente que essa, pois se trata de uma realidade concreta, oriunda de certezas, visto que todos os seres vivos são mortais e que a lei natural da vida é: nascer, crescer e morrer. Mas, mesmo sabendo da inevitabilidade desse ciclo vital, a fuga, a negação e a repressão à ideia de morte se apresentam de forma constante a fim de amenizar e silenciar essa angústia que a finidade causa em cada indivíduo. Por essa razão, tal assunto deve ser abordado com ética, seriedade e respeito diante dos valores pessoais, familiares e culturais de cada um. Cada vez mais é possível visualizar o quanto o ser humano vem tentando negar o findar da vida. Exemplos disso são vistos através da incessante busca pela longevidade, dos inúmeros estudos em prol de uma velhice tranquila, de uma medicina avançada em termos de prevenção e cura e de novos métodos de rejuvenescimento que são criados dia após dia. Logo, a realidade da vida esta sendo esquecida e substituída por uma fantasia de imortalidade que se dá devido ao fato de que existe uma rejeição ao concreto e uma auto-sabotagem
diante das possíveis frustrações e temores que a morte transmite. E para que esse medo natural não se transforme em pânico, a visão sobre a morte deve ser redirecionada, trazendo consigo, principalmente, a desmistificação e a aceitação. Entra aqui, então, o papel da sociedade, das instituições de ensino e da família, que devem tratar do assunto com mais naturalidade, proporcionando um desenvolvimento pessoal que tenha como base uma preparação para a morte, onde exista uma correlação entre aceitar o fim da vida e o entendimento sobre os relacionamentos pessoais, as perdas e as situações limites. Dentro desse processo de elaboração do tema, entra ainda a importância das crenças, das religiões e suas funções nas vidas das pessoas, pois com fé as condutas e atitudes se enriquecem no sentido de se tornarem mais incondicionadas e arraigadas, promovendo uma compreensão e coerência dos fatos, simbolizando os acontecimentos e tornando-os mais confortáveis durante a existência de cada um. Assim sendo, amadurecer o significado da morte em nossas vidas faz com que o vivenciar diário se enriqueça, que os planos futuros se concretizem mais facilmente e que os sentimentos de perda e de solidão não estejam imediatamente associados à tomada de consciência de nossa finidade, porque por mais que a vida seja breve, ainda assim, nesse curto espaço de tempo, cada um de nós criamos e vivenciamos uma biografia linda e única. Por isso, escreva a sua de forma singular, respeitando o limite original que representa o não mais existir. A
MEMENTO MORI
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil
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A morte pode até ser tratada como um tabu. Mas, seja como for, aceitemos isso ou não, a morte é um fato, uma realidade inexorável. E que vem para todos nós. Por mais que queiramos nos esconder dela, deixar de existir é uma coisa tão natural quanto existir. Memento mori é uma expressão latina que significa “lembre-se da morte”.
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Três Ideias
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viagem
Asas de um sonho Localizado em São Carlos, Museu TAM é visita obrigatória aos apaixonados por aviões POR LUIZ GUSTAVO GASPARINO
O Museu TAM, em São Carlos, interior de São Paulo, é a maior instituição de uma companhia aérea voltada para aviação em todo o mundo. O local foi aberto em novembro de 2006, com pouco mais de 30 aeronaves expostas e, no dia 12 de junho de 2010, foi inaugurado de forma oficial, com 72 aeronaves no acervo e mais de 22 mil metros quadrados de área. Atualmente são quase 90 modelos em exposição e mais 30 aguardando o trabalho de restauração. Em 2014, o museu recebeu 110 mil visitantes. O local foi criado da restauração de um antigo monomotor Cessna, dos irmãos Amaro, o que os inspirou na realização do sonho de preservar a memória da aviação e de homenagear o homem que há mais de 100 anos sonhou que podia voar – Santos Dumont. Funcionários do museu costumam dizer, de brincadeira, que o avião mais antigo tem cem Foto: Reprodução Internet
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anos, é uma réplica do 14 Bis. Foi com ele que Santos Dumont fez o primeiro voo de um objeto mais pesado que o ar, em 23 de outubro de 1906. Outra réplica de aeronave do pai da aviação também está ali, o Demoiselle, de 1909, o primeiro ultraleve de que se tem notícia. Outra raridade do museu é o American Flea Ship, de 1939, primeiro avião projetado por uma mulher, a norte-americana Cassel Hibbs. Visitas Alguns sanjoanenses já tiveram a oportunidade de conhecer o Museu, como é o caso do bancário Lucio Garbossa. “É um lugar incrível, cheio de histórias e com aeronaves muito bacanas”, conta. O jovem recomenda o passeio e destaca o que mais lhe impressionou: a réplica do 14-Bis. “Eu sempre vi em fotos, mas nunca temos ideia do tamanho e de como ele foi feito. É impressionante e tudo o mais bem interessante”, conclui Garbossa. O
eletricista Jurandir Santos, que nunca viajou de avião, adorou conhecê-los de perto e encantou-se com os modelos antigos. “Foi um passeio em família, muito bem aproveitado. Pude entrar em alguns modelos e ter um contato que nunca imaginei que teria. Tudo com muita tecnologia e bem estruturado”, ressalta. Uma de suas particularidades é que o Museu mantém uma completa oficina de restauração e reparos, na qual trabalham mecânicos-restauradores coordenado por profissionais com alta capacidade técnica. Com o objetivo de restaurar seu próprio acervo – e na medida do possível manter as aeronaves em condições de vôo, todos dedicam tempo à restauração e à recuperação das aeronaves, mesmo com as dificuldades, pois alguns fabricantes simplesmente desapareceram há mais de 50 anos e não existe mais nada que relate ou ensine qual a solução de determinados problemas técnicos.
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Raridades Os apaixonados por aviação militar encontram um cardápio farto. Uma das estrelas é o alemão Messerschmitt Bf 109, conhecido como Me 109, que custou mais de 1 milhão de dólares. Três MiGs russos, modelos 15, 17 e 21 e nove exemplares da Força Aérea Brasileira - a principal doadora - completam o acervo. Entre os destaques da FAB está o P-47D, usado na campanha brasileira na Itália. Na frota de aeronaves civis, é possível apreciar o Lockheed Constellation, pintado nas cores da Panair do Brasil, que carregava passageiros nos anos 40 e abrigou um restaurante no Paraguai, décadas mais tarde. Esse avião levava mais de 24 horas para chegar a Nova York (e pensar que hoje gasta-se apenas nove horas). Origem da coleção Concebida pelos irmãos Amaro em 1996, a coleção do museu começou com dois Cessna e hoje, apresenta grandes peças da história da aviação mundial — das replicas dos primeiros balões à aviões de caça modernos. O museu possui mais de setenta modelos, organizados em ordem cronológica. Uma das principais atrações é o hidroavião Jahú, que cruzou o Atlântico em 1927, pilotado pelo paulista João Ribeiro de Barros. Há ainda o Cessna 140, repleto de assinaturas na fuselagem — uma delas do presidente Getúlio Vargas.
Museu pode mudar de cidade Pouco mais de nove anos após sua inauguração, o Museu da TAM poderá ser transferido para outra localidade, segundo a diretoria da instituição cultural. Provavelmente para a região de São Paulo, capital. João Francisco Amaro contou que, no início, o objetivo era ter aproximadamente 30 aviões, para que aviadores pudessem pilotar aeronaves antigas e raras, numa experiência única. Mas, com o passar dos anos, o museu recebeu diversas doações. Atualmente são quase 90 aviões expostos, mas o número de visitantes é baixo. De acordo com Amaro, apenas às quartas-feiras, quando a entrada é gratuita, é que a procura é maior. Ele defendeu ainda que, em um raio de 100 quilômetros a partir de São Carlos (uma distância razoável para um visitante percorrer quando deseja visitar o local), o número de habitantes é muito menor do que na mesma área, no caso de São Paulo. Apesar dos planos, ainda não há um local concreto para onde todo o acervo deve ir. Entre as possíveis candidatas, João Amaro mostrou, em seu computador, uma área que está em negociação no aeroporto Campo de Marte, na capital paulista, ao lado do Hospital Militar. Entretanto, por causa da discussão sobre o fim dos voos particulares no local, a concessão do espaço está parada. Amaro espera ter uma autorização para o uso da nova área por 50 anos e a mudança do museu ainda não possui uma data definida. Mas, segundo o presidente, deve acontecer entre os próximos três e cinco anos.
Nos anos 50, transportou a paulistana Ada Rogato em sua travessia solitária pelas três Américas. Funcionamento O Museu TAM está aberto de quarta a domingo, das 10h às 16h (entrada permitida somente até as 15h). Às quartas, é
gratuito para todos os visitantes. Nos demais dias o ingresso tem o valor de R$ 25,00 - com desconto para estudantes, idosos, professores, deficientes físicos e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O museu situa-se na rodovia SP 318, no km 249,5. A Fotos: Reprodução Internet
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nossa cidade
Em clima de Natal A tradicional Parada de Natal deve levar 40 mil pessoas às ruas de São João. POR BRUNA MAZARIN
A cidade de São João da Boa Vista prepara-se para receber o maior evento natalino do interior de São Paulo. Em seu sétimo ano, a Parada de Natal se consolida como tradição e traz uma programação variada e totalmente gratuita para o público de todas as idades. As decorações típicas e as luzes natalinas deixam a cidade com um clima alegre e bonito, levando a população às ruas para celebrar essa época mágica do ano. A programação desta edição está marcada para os dias 13 e 20 de dezembro, às 20h30, na avenida Dona Gertrudes. O evento é organizado pela Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista (ACE) e contará com 28 alas, cinco carros alegóricos e mais de 250 componentes, que desfilarão o tema Alegria. No dia 6 de dezembro, no DER, a partir das 20h30, também acontece a Chegada do Papai Noel. O evento contará com um carro alegórico e figurantes. Expectativa A previsão de público chega a 40 mil pessoas para o ano de 2015, segundo Ana Cláudia Carvalho, diretora geral da Parada de Natal. Segundo Antonio Baesso Junior, presidente da ACE, esse fluxo de pessoas, durante o evento, traz
vários aspectos positivos para o comércio. “O Natal como um todo, parada e decoração, ajudam a reafirmar São João da Boa Vista como polo comercial regional. Se imaginarmos que metade desse pessoal gaste R$ 50 em nossa cidade, seja em alimentação ou presentes, temos ideia do tamanho da importância desse evento. Assim, nós conseguimos atrair visitantes e evitar a evasão de nossos consumidores para outras cidades. Isso é fantástico para a economia local”. O presidente
da ACE ainda destaca que a Parada de Natal promove o incentivo da produção artística local e utiliza serviços e mão de obra de profissionais da cidade, como marceneiros, pintores e artesãos, entre outros. Baesso acrescenta que, além da questão comercial, é preciso considerar que a Parada torna-se uma opção de lazer e diversão para a família. “É uma tentativa de recordar um pouco da questão lúdica da data, deixando de lado o consumismo que a sociedade moderna e o final de ano trazem. Para quem participa, e eu gosto de destacar isso, é uma possibilidade fantástica. Fantástica porque a reunião entre vários grupos de dança, de projetos sociais da Prefeitura e de escolas privadas permite uma integração de classes sociais diferentes, que provavelmente não se realizaria fora do evento”. Novidades e desafios A diretora geral do evento antecipa que para este ano houve a incorporação de mais artistas circenses ao evento, além de carros alegóricos mais produzidos.
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DIVERSÃO PARA TODAS AS IDADES
Além de promover o incentivo da produção artística local e utilizar serviços e mão de obra de profissionais da cidade, a Parada de Natal torna-se uma opção de lazer e diversão para a família.
Coordenar tantas pessoas, manter a harmonia e excelência da Parada em um curto espaço de tempo é, para Ana Cláudia, o maior desafio. “Por isso temos uma ótima equipe, que vai do pessoal do barracão até as costureiras, passando pelos importantíssimos funcionários da Prefeitura que auxiliam no dia do evento, o pessoal do Marcão e do Zé Osmar. Sem eles, seria impossível coordenar isso”, reconhece. Mas todo o esforço retorna com um feedback positivo do público. Ana Cláudia confessa que há pontos que precisam ser melhorados e “olhados com mais aten-
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ção”. “Pessoalmente, creio que um deles seria a instalação de arquibancadas e mais banheiros químicos para o público”. Realização A Parada de Natal é uma realização da Associação Comercial e Empresarial, Prefeitura de São João da Boa Vista, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do
Estado de São Paulo. O evento conta com o patrocínio da Sequoia Loteamentos, copatrocínio da Autocam, Batatas Big B, Dakota Fios e Cabos, Fer-Alvarez, Sempre Vale Supermercados e Têxtil São João; além do apoio da Aldeia Criativa, Sabesp, Palmeiras Futebol Clube, Polícia Militar e Departamentos de Trânsito, Esporte e Cultura da Prefeitura Municipal. A
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entrevista
Transformando desafios em oportunidades A visão empreendedora de José Maria Pezzi fez de seus investimentos uma referência de negócio POR BRUNA MAZARIN
O empresário José Maria Pezzi é sócio-fundador da rede de supermercados Sempre Vale, juntamente com seu irmão Euclides Pezzi. Natural de Poços de Caldas (MG), casado e pai de dois filhos, trouxe o empreendedorismo como uma herança de família. Os pais, comerciantes, deixaram a José Maria a vocação para os negócios. Mesmo antes de iniciar as atividades com a rede de supermercados, atuou em empreendimentos nas áreas de padaria, restaurantes e hotelaria, em sua cidade natal. Desde 1992 em São João da Boa Vista, sempre esteve envolvido com o desenvolvimento econômico e social do município. Em entrevista à Revista Atua, ele destaca que seus esforços atualmente estão todos voltados para a gestão da rede de supermercados. “Dedico todo meu tempo nesse setor”, revela. Como surgiu a rede Sempre Vale? O Sempre Vale nasceu em Limeira, em 1990, quando surgiu a oportunidade de adquirir um supermercado na região central da cidade, o Supermercado Guerra. Eu e meu irmão Euclides investimos todas as nossas economias na compra dessa loja e começamos a administrá-la. Inclusive ela funciona até hoje, no Largo da Boa Morte. Depois, em 1992, viemos para São João da Boa Vista, com a inauguração da loja na Avenida Rodrigues Alves, no Bairro do Rosário, atraídos pelo grande potencial de
crescimento que a cidade já demonstrava naquela época, assim como por sua localização privilegiada, num importante eixo rodoviário que liga a região Nordeste de São Paulo ao Sul de Minas Gerais.
em oportunidades, para expandir e usar toda experiência que tivemos ao longo de 25 anos em uma rede conceituada na região, aprendendo algo novo a cada dia, tornando o varejo encantador.
Por que optou pelo segmento de supermercado? Nossa família sempre atuou como comerciante em diferentes áreas. O Supermercado foi uma oportunidade de entrada no segmento de varejo. Entramos, gostamos e aproveitamos. Transformamos desafios
Quais as principais dificuldades em gerenciar esse ramo? Como qualquer empresa do ramo de serviço, nosso maior desafio são pessoas, por isso a rede está constantemente treinando as equipes de atendimento ao cliente e desenvolvendo mais profissionais para lideranças nas lojas, a fim de acompanhar o crescimento da rede. Variedade e bons preços seriam a chave para o sucesso da rede? A rede Sempre Vale mantém negócios com cerca de 1,2 mil fornecedores, para compra de milhares de itens que são comercializados pelas lojas. Essa tarefa exige muito esforço de uma grande equipe comercial, no sentido de obter as melhores condições de compra, para podermos garantir sempre um preço justo aos nossos clientes.
EMPRESÁRIO DE SUCESSO Foto: Divulgação
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José Maria Pezzi, ao lado de sua esposa, Katia Pezzi, companheira na vida pessoal e nos negócios.
Atualmente, a rede de supermercados conta com quantas lojas? São 19 lojas localizadas nas cidades de Limeira, São João da Boa Vista, Porto Ferreira, Mococa, Vargem Grande do Sul, São Carlos e Araraquara, além de um Centro de Distribuição, em Limeira.
FAMÍLIA EMPREENDEDORA
Filho de pais comerciantes, José Maria já se aventurou nas mais diversas áreas de negócios. Na foto, José Maria; sua mãe, Nadir Mendes Pezzi e o irmão, Euclides Pezzi, durante a inauguração da nova unidade da rede Sempre Vale em São João da Boa Vista.
Quais as mudanças observadas desde o começo da rede até agora? Embora o setor supermercadista pareça simples, vivemos em constantes mudanças. As principais, comparando com o início das atividades, há 25 anos, são as melhorias nos processos. Por exemplo, a informatização nas lojas, com registro de produtos por códigos de barras, acredito ser a principal mudança. Mas com a evolução da rede, tivemos que reescrever todos os processos de gestão da empresa, devido à necessidade de tomadas de decisões rápidas e mais assertivas. Nesse sentido, desenvolvemos um controle rigoroso de entrada e saída de produtos, gestão logística, controles financeiros e contábeis, todos integrados. Por conta da constante
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Foto: Divulgação
evolução que temos no portfólio de produtos, precisamos estar alinhados com as grandes indústrias para nos mantermos atualizados com a variedade e assim atendermos cada vez melhor nossos clientes. Como funciona o gerenciamento de uma rede como o Sempre Vale? Voltamos ao tema pessoas. Para o sucesso de qualquer grande empresa precisamos de pessoas capacitadas. Temos pro-
fissionais de mercado em nossa empresa, mas também podemos dizer que somos uma escola — e temos obrigação de ser. Hoje somos uma empresa de 2,5 mil colaboradores diretos. Não conseguiríamos buscar esse número de profissionais formados no mercado, até porque o supermercado tem a tradição de ser empresa de primeiro emprego. Os noticiários não mudam, a crise tem
sido a principal pauta. Quais as estratégias para driblar esse período? Sabemos dos desafios econômicos. É uma realidade. Acreditamos que nos grandes desafios aparecem as grandes oportunidades. Estamos nos preparando desde o segundo semestre para este momento. Reduzimos custos, mas não cortando pessoas e, sim, trabalhando para melhorar nossa eficiência energética, eliminando desperdícios, renegociando nossos contratos de serviço e, principalmente, negociando melhor os produtos de revenda junto aos nossos fornecedores. Tudo isso a fim de termos um preço mais competitivo nas regiões onde atuamos. Mesmo neste período de retração, o senhor tem feito investimentos na cidade. Sim, a nova loja na cidade de São João da Boa Vista já estava em nosso plano de expansão. Acreditamos e sabemos do potencial que a cidade tem e não vamos diminuir os passos para geração de novos empregos para a cidade. Inauguramos uma loja maravilhosa, moderna e com todo conforto que a população
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da cidade merece. Esta expansão vai ao encontro de nosso plano diretor, que é crescer pelo interior de São Paulo. A nova loja foi construída em uma área total de 10.200 m², sendo 5.610 m² de área construída e 2.200 m² em área de vendas, 16 caixas e cerca de 20 mil itens comercializados em vários setores, como açougue, padaria, rotisseria, floricultura, adega, hortifrutigranjeiros, frios, laticínios, entre outros. O empreendimento terá também 13 lojas de apoio, com estacionamento para mais de 200 veículos. As ações para as melhorias de estrutura e expansão da Rede são constantes. Em 2014, a rede Sempre Vale adquiriu e incorporou a rede Patrezão, na cidade de Araraquara. Em maio do mesmo ano, reinauguramos nossa loja na cidade de Porto Ferreira, com completa reestruturação interna e externa, ampliando e modernizando sua área de vendas. No mesmo mês inauguramos uma nova loja em Limeira, também com instalações modernas e confortáveis, com estacionamento amplo para atendermos aos clientes. No primeiro semestre de 2015, iniciamos uma grande reforma na loja da
Vila Xavier, em Araraquara, que também será completamente reformulada para otimizarmos serviços ao público consumidor. No início de agosto, demos mais um grande passo em nossa companhia e concluímos um importante projeto para a rede Sempre Vale. Fizemos a automação de seu Centro de Distribuição, com a função de controlar estoques e automatizar as tarefas, visando reduzir perdas, custos operacionais e maximizar o uso do espaço físico do Depósito. Isso reflete em grandes benefícios a todos os seus colaboradores, fornecedores e clientes. Já tem alguma novidade quanto à rede ou a futuros investimentos? Temos um plano de expansão formatado para novas lojas e reformas. Não podemos descartar aquisições, em especial para a cidade de São João. Temos um projeto pronto e aprovado para uma nova loja na avenida Oscar Pirajá, em um terreno próprio ao lado do prédio da TV União. Como construído na vila Tenente Vasconcelos, projetamos essa nova loja com todo modernidade e comodidade que nossos clientes merecem. A
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sua carreira
Estágio: um meio de integração Conheça os benefícios do estágio para empresas e alunos. POR BRUNA MAZARIN
O estágio é a porta de entrada de muitos estudantes no mercado de trabalho. Será o primeiro contato que terão, na prática, com a área de atuação que escolheram. Nesse sentido, o PROE Estágios, um programa de recrutamento, seleção e contratação de estagiários, possibilita às empresas a descoberta desses novos talentos. A Associação Comercial de São João da Boa Vista (ACE) oferece esse programa como um agente local de integração entre empresa, escola e aluno, administrando, fazendo encaminhamentos para empresas e viabilizando as contratações de estagiários. “A ACE desenvolve esse trabalho social ao integrar as partes. Com isso, dá oportunidades ao jovem de São João da Boa Vista e oferece ao associado essa possibilidade de contratação”, explica a coordenadora do programa no município, Juliana Betito Grillo Raymundo, psicóloga especialista em psicologia organizacional do trabalho e coaching. O estágio cria e mantém o espírito de renovação e inovação dentro das empresas. Permite ao empresário cumprir o seu papel social, contribuindo para a formação de novas gerações. São dois anos em que a empresa poderá manter cada estagiário, sem vínculo empregatício e com baixo custo. A parte documental é toda elaborada pela ACE, facilitando ainda mais esse vínculo. “Será uma mão de obra com um custo pequeno, mas que trará um grande retorno. O estagiário traz um oxigênio novo para a empresa. As novas gerações que estão entrando no mercado têm muita vontade de aprender. Quando a empresa souber aproveitar esse talento, terá um excelente colaborador”, comenta. Ela também destaca que essa parceria possibilita que a empresa “molde” o estagiário conforme as necessidades da empresa. “As empresas têm um gasto grande com a folha de pagamento. Nisso entra o 72
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treinamento e desenvolvimento de pessoas. Mas se o associado tem essa consciência, ele vai ‘moldar’ o estagiário de acordo com o que é importante para ele. Tudo isso aliado ao dinamismo e inovação do estagiário, que vai se comprometer e trazer resultados”. Já para o estagiário, os benefícios são “incontáveis”, ressalta Juliana. Dentre eles, ela destaca a oportunidade de serem inseridos no mercado de trabalho, conhecerem melhor a prática da profissão que escolheram e ganharem experiência. “Como estagiário ele trabalhará competências e habilidades que a teoria do curso não fornece. Vai desenvolver uma identidade profissional, postura, ética, responsabilidade e cumprirá metas. Também é importante a interação social que o ambiente de trabalho vai proporcionar. São diversas características que ele só vai desenvolver no dia a dia”. Juliana ainda diz que o próprio ambiente de trabalho da empresa sairá ganhando ao promover a integração entre
funcionários mais antigos e novos estagiários. “São duas gerações com perfis diferentes de trabalho. Um irá colaborar com o outro e agregar no relacionamento deles. As empresas exigem cada vez mais habilidades de comportamento”. Relação de troca Para a psicóloga, as partes envolvidas nesse processo devem encarar como uma oportunidade. “Todos saem ganhando se acontecer uma inserção saudável desse jovem no mercado. De um lado o aluno ganha experiência e aprendizado. Já a empresa ganhará um profissional qualificado e em consonância com suas necessidades”. Ela considera importante que o estagiário se mostre interessado e execute cada tarefa da melhor forma possível. Esse tipo de atitude fará com que ele se destaque e torne-se um “investimento” para a empresa. “Com isso, ele ganhará respeito e confiança e será visto pela empresa como um potencial a ser valorizado”, finaliza. A Foto: Reprodução Internet
DIVERSAS ÁREAS
São João oferece oportunidades de estágio nas mais diversas áreas de atuação. Para concorrer à uma vaga, o interessado deve se cadastrar no site www.proe.org.br
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negócios
Criatividade é chave para superar crise Em um momento de recessão, empresas que apresentam soluções criativas saem na frente. POR BRUNA MAZARIN
Diariamente os veículos de comunicação publicam notícias sobre a crise. O prospecto negativo assusta e os números corroboram para criar um clima de estresse no mercado econômico. Na avaliação de Sirlandei Mariano, consultor de marketing do Sebrae São João da Boa Vista, isso é inevitável e faz parte de um processo. “Crise é uma palavra que assusta muita gente. Mas desde que o mundo é mundo existe crise. Traduz uma mudança. Entretanto, no mercado econômico é uma mudança não muito agradável, porque normalmente está associada à recessão. E de fato o mercado tem se apresentado de forma recessiva. Muitas empresas boas estão deixando de vender e de faturar, muitas pessoas estão perdendo o emprego”. O consultor destaca que essa mudança no cenário econômico implica diretamente em mudanças no modelo de gestão. Segundo ele, “antigos moldes” não funcionarão neste período em que a comodidade precisa ser deixada de lado para dar espaço a novas soluções. “A primeira regra é ficar atento ao seu mercado e entender como essa crise reflete no per-
INOVAÇÃO NA CRISE
“Em tempos ruins, só coisas realmente boas é que vendem”. O ditado norte-americano serve de referência para tratar de inovação em tempos de crise como a que atravessamos. “É nesse momento em que se repensam as despesas e que o supérfluo é suprimido. Inovar em períodos de crise é fazer o desnecessário virar imprescindível, agregando valor aos serviços e estreitando a conexão com seu público. Dar-lhe mais por menos, procurando retê-lo até que passe a turbulência”, explica Sirlandei.
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fil do seu consumidor, ou na renda deste. Em que patamar de consumo seu produto está. Se eu estiver falando de um produto de primeira necessidade, por exemplo, dificilmente deixará de ser consumido. Mas se é uma coisa que agrega, lá no final da linha de consumo mensal, o consumidor vai cortar esse gasto”. Sirlandei também avalia as possibilidades que esse momento traz ao empreendedor, por exemplo, usando a crise como um agente impulsionador para o negócio. “Toda mudança traz consigo vários aspectos. Um deles é impulsionar. O mercado muda e possibilita novas oportunidades de trabalho. O interessante é que o empresário reflita sobre Foto: Alexandre Carvalho
o que ele pode fazer para aproveitar esse momento”. Uma das dicas do consultor é identificar quais são as soluções que podem ser tomadas no sentido de melhorar preços, serviços e trabalhar diferenciais. “Mesmo com a crise o cliente busca comodidade, versatilidade e parceria. Por exemplo, ampliar o prazo de pagamento, principalmente agora no Natal. Você estica um pouco o prazo, mas possibilita ao cliente manter a compra que ele havia programado antes da dificuldade”. Demissões Segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), São João da
Febre, COCEIRA, MANCHAS AVERMELHADAS, dor no corpo todo, na cabeça ou atrás dos olhos.
Você pode estar com dengue, chikungunya ou zika. Se sentir algum desses sintomas, beba bastante água e procure uma unidade de saúde. Se mesmo depois do atendimento continuar com dor forte na barriga e vômito, volte imediatamente a uma unidade de saúde do SUS. Pode ser a forma grave das doenças.
É o Governo Federal trabalhando para o Brasil avançar.
PÁTRIA
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EDUCADORA
Novembro/2015
saude.gov.br/combatadengue #CombataDengue
Boa Vista registrou o maior número de demissões do Estado de São Paulo. Cerca de cinco mil funcionários foram desvinculados dos serviços de indústrias em um ano. Sirlandei avalia que inevitavelmente a economia da cidade ficará abalada diante desse cenário. “O primeiro setor que sofre é a indústria, porque trabalha com bens de consumo. Se ela não consegue um preço competitivo no mercado, não terá desempenho e vai mandar muita gente embora. E aquela renda que era gerada no município deixa de existir. Consequências virão por conta dessa falta de renda. O varejo seria o segundo afetado. Serviços mais comuns também. Já os especializados, como medicina e estética, não sofrem tanto”. Na visão do consultor, a equipe é o “maior valor” dentro da empresa. Isso porque, segundo ele, formar profissionais capacitados e com experiência de mercado é algo difícil. “Eu pensaria como último fator de corte. Mas digo isso baseado em uma equipe boa, que vai me proporcionar uma venda melhor, um atendimento melhor, que leve meu conceito de planejamento até o mercado”. “O
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Buscando ideias para seu negócio? A inovação é essencial porque a mudança é inevitável. O avanço da tecnologia e a globalização são apenas duas das muitas forças que moldam o cenário dinâmico da empresa moderna. Nem mesmo as organizações mais fortes conseguem sobreviver sem adaptação. Mas como sua empresa pode se adaptar? De que modo é possível inovar? Por onde começar? Para esclarecer essas perguntas e sanar muitas outras dúvidas, o SEBRAE preparou hotsite especial sobre o tema inovação, com artigos, cases de empresas, vídeos, aulas e soluções práticas para que você possa aplicar no seu negócio. Todo esse material está disponível no site www.sebrae.com.br/inovacao.
bom empreendedor arrisca a vida inteira, mas de forma controlada”, afirma Sirlandei. Para ele, vale analisar até onde é possível investir com consciência. “Pode ser uma simples fachada, uma promoção que surpreenda ou melhorias no atendimento. Não algo que necessariamente vai custar muito dinheiro”. A dica do consultor é pensar em soluções criativas para oferecer um dife-
rencial no mercado. “A necessidade é a mãe da criatividade. Agora é a hora de pensar diferente. Não dá mais para seguir com o ‘jeitão’ de sempre e achar que vai dar certo. Temos o conceito de economia criativa e economia colaborativa, que está em alta. É o momento de rever esses conceitos. Ter um olhar voltado para a sociedade. Aí está o diferencial, vender um conceito”, conclui. A
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A primeira impressão é a que fica Consultoria de imagem pode melhorar estabelecimentos e atrair novos clientes POR BRUNA MAZARIN
Um bom atendimento é fundamental para as empresas que trabalham com o público. Será a primeira impressão para o cliente e, muitas vezes, o motivo de seu retorno ou de seu não retorno. Ao analisar a importância desse processo para o bom funcionamento de um estabelecimento, a personal make-up, Gabriela Maineri, decidiu desenvolver um projeto que ofereça consultoria de imagem. “Muitos deixam de comprar ou frequentar um estabelecimento por conta do atendimento. E em vários casos o proprietário não imagina que esse é o problema dos resultados de seu negócio não serem satisfatórios”, explica. O projeto levará conceitos como bons modos, aparência e postura para melhorar o desempenho dos profissionais que trabalham diretamente com o público. “Vou analisar o modo de falar, pois muitos usam gírias inapropriadas. Também dar dicas de como se vestir, por exemplo, não usando roupas apertadas ou decotadas. Orientar sobre o uso de perfume excessivo, sobre a postura e outros aspectos que resultem em um melhor atendimento”. Ainda em fase de elaboração, o trabalho de Gabriela deve ser colocado em prática no final de janeiro do próximo ano. Inicialmente, ela diz que pretende oferecer sua consultoria para as empresas. “O projeto está em fase de elaboração. Assim que eu der início, vou apresentar para os estabelecimentos. Muitos não conhecem esse tipo de ação. É algo novo. Por isso vou oferecer a consultoria, para que eles conheçam e vejam a importância de um trabalho como esse”. Consultoria individual Paralelo ao projeto com empresas, Gabriela antecipa que pretende estender sua consultoria para pessoas que tenham interesse em melhorar sua ima78
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gem. “Vou desenvolver consultoria particular, também. Muitos querem arrumar um emprego ou buscam por uma promoção onde trabalham e não sabem como conseguir. Com o melhoramento da imagem eles terão um diferencial e conseguirão atingir seus objetivos”. Workshop A personal make-up atualmente ofere-
ce consultoria de maquiagem individual na casa do interessado. Também faz workshops em lojas que queiram proporcionar uma atração diferenciada para os clientes. “Inovar é essencial neste momento econômico pelo qual estamos passando. Ao oferecer uma tarde temática, com um workshop de maquiagem, a loja cria um vínculo com o cliente”, ressalta. A
A tendência do Dress Code As empresas começam a se preocupar com a apresentação dos seus profissionais, como reflexo da própria empresa. O que mudou? Quais as vantagens e desvantagens que a liberdade de expressão trouxe nesse conceito de vestimenta e apresentação pessoal? Porque as empresas estão investindo na imagem dos profissionais? Por um lado, podemos notar que com o passar dos anos as pessoas conseguiram ser mais autênticas, menos reprimidas e expressar mais o que querem e pensam, no entanto, por outro lado, existe uma falta de parâmetros que muitas vezes causa preocupação às organizações que recorrem ao Dress Code. Dress Code nada mais é do que um código de vestimenta, que serve tanto para a vida social como profissional. As empresas estão investindo nessa prática para que os profissionais entendam os valores e conceitos da organização onde trabalham e consigam traduzir a imagem da empresa na maneira de se vestir. Como cada empresa possui um foco e um público diferenciado, isso deve ser avaliado no momento de definir o dress code adequado. As definições de códigos de vestimenta de todos os níveis hierárquicos irão depender de como a empresa quer que aquele profissional seja visto e de como deseja que seu cliente receba a organização por meio dos funcionários. Foto: Reprodução Internet
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gastronomia
Sorvete gourmet, artesanal, funcional... qual escolher? Nos últimos anos, a tendência gourmet - alta gastronomia- se espalhou por diferentes campos da culinária e chegou até os sorvetes. POR ANA CAROLINA BELCHIOR
Cuidar do corpo, da saúde e da alimentação com consciência e persistência não é fácil. Exige esforço e busca de informação para diferenciar aquilo que é saudável daquilo que é apenas moda. Essa preocupação chegou até os sorvetes, já que, atualmente, encontramos diferentes propostas de sorvetes chamados artesanais, especiais e gourmets. Alguns deles são bem saudáveis e podem entrar na sua dieta sem estraga-la. Os sorvetes artesanais são conhecidos por não levarem basicamente três ingredientes industrializados, como gordura hidrogenada, corantes e aromatizantes. Algumas sorveterias apostam na ausência de ar na massa, como Leo Guedes, sócio da Stuppendo, na capital paulista: “o sorvete artesanal é aquele que não adiciona ar à receita para dar volume à massa.” Outras gelaterias possuem máquinas italianas específicas para misturar até 30% de ar à massa, garantindo sua leveza. No geral, a base para esse tipo de sorvete é a matéria prima e a técnica, que são italianas. Outros ingredientes, como açúcares e frutas, são adicionados conforme o gosto do brasileiro. Já os sorvetes gourmets não levam gordura e nem açúcar, mas isso depende da matéria prima do fabricante, sendo que a melhor é a chamada pasta, importada da Itália. São criados especialmente para harmonizar com pratos salgados, como servir um carré de cordeiro sob uma bola de sorvete de hortelã com
mel. Essa especialidade foi criada pelo proprietário da sorveteria, Copabacana, Beto Mançanares, aqui da cidade. Ele também é adepto da matéria prima de origem italiana. Na sorveteria a proposta é oferecer um sorvete saudável e que possa agradar a diferentes públicos, dos que têm intolerância a lactose aos atletas. “Queríamos quebrar o mito de que o sorvete é o vilão das dietas, assim foi criado o sorvete saudável, que pode fazer parte da dieta”, relembra Beto. Preocupado com a dieta e a saúde não só de sua família de esportistas, mas de atletas de modo geral, ele produz uma linha de sorvetes especiais com 0% lactose, 0% glúten e 0% açúcar. Outra aposta sua, que deu muito certo, foi a linha funcional, sorvetes que ajudam na regulação e no bom funcionamento do metabolismo. A linha é composta por sabores diversos, acrescidos de Potássio, Lizina (aminoácido essencial), Luteína (bioativo presente na retina), Colágeno, Vitamina C e os termogênicos que aceleram o metabolismo e ajudam no emagrecimento. Contudo, seu mais famoso lançamento é o sorvete de Whey Potein, com 20g de proteína pura e matéria prima importada dos EUA das empresas Glambia e Hilmar. Foi o primeiro a ser lançado no Brasil e atualmente é distribuído em diversas lojas para atletas e academias, por cidades da região. Por fim, o inusitado picolé para cachorro, um sorvete feito a base de água, carne moída e papinha de ração animal envoltas no osso de pet shop. Beto confirma que os cachorros
Foto: Reprodução Internet
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adoram e ainda adianta o lançamento para o final do ano do sorvete de massa para os caninos. ITÁLIA X MÉXICO NO BRASIL Brasileiro adora estrangeirismo e produtos importados. Diante disso, recentemente, o mercado dos sorvetes encontrou espaço para trazer suas técnicas de fora e agradar o paladar local. Assim surgiram as gelaterias italianas e as paleterias mexicanas, ambas com propostas de sorvetes artesanais e gourmets, ou seja, bem diferentes do que estávamos acostumados. O modo de fabricação varia conforme os sorveteiros e suas receitas adaptadas, mas a principal diferença de sabor e consistência está na origem da matéria prima. As famosas paletas mexicanas do Brasil, por exemplo, diferem das verdadeiras do México. Lá, esses picolés são feitos a base de água e frutas apenas, não são recheados e nem tão sofisticados. Uma das primeiras empresas a vender a novidade foi a Paleteria, da designer Elysa Barranco. Ela teve a ideia de trazer os picolés mexicanos para o Brasil. “No
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México, a paleta é feita artesanalmente e caseira. Demoramos um ano para desenvolver a receita aqui”, contou a empresária numa entrevista à revista Exame. As paletas mexicanas chegaram ao Brasil em 2011 e hoje são um sucesso em vários estados do país. O restaurateur mexicano, Hugo Delgado, que vive no Brasil há 15 anos, conta que o sabor mais comum no México é flor de hibisco. “Lá os sorvetes são populares, baratos e não se usa creme ou recheio”, acentua. A chef mexicana, Maria Paulina Etchegaray, diz que aqui as paletas são muito caras e adaptadas. “As paletas recheadas não representam meu país. A decoração das paleterias também não. Nem todos os mexicanos têm bigode, nem todas as mexicanas usam trança, não andamos por aí com sombreros”, reflete. Mesmo não sendo as paletas originais, muitos adeptos dos picolés começaram a se espalhar pelo país. Na internet, blogs testam receitas e compartilham vídeos ensinando a preparar uma típica paleta “mexicana”. Em sua maioria, as paletas, para agradarem o paladar nacional, foram sendo modificadas
e muito açúcar e ingredientes industrializados entraram na formulação, como o leite condensado. Com isso os sabores são bem variados e os picolés mais pesados, 120g por causa do recheio. Além disso, com a adaptação tornaram-se mais calóricos. Por isso, se a preocupação for não sair da dieta, prefira as paletas de frutas, já que as de leite carregam consigo mais açúcar e mais calorias. A paleta de amendoim, por exemplo, contém 402 kcal, o equivalente a 7,5 picolés nacionais de fruta. A de Maracujá tem 139 kcal, Abacaxi 150 kcal e Limão 152 kcal, mas isso pode variar de sorveteria para sorveteria. Independente das questões culturais, as paletas mexicanas e os sorvetes com matéria prima italiana foram muito bem aceitos em São João. E cada sorveteria modifica ou ajusta seu produto a sua proposta, seja ela mais saudável, atendendo a públicos diversos, ou mesmo sugestões mais encorpadas, satisfazendo diferentes clientes. O importante é que há espaço e possibilidade de escolhas para todos, nesse verão. A
culinária Foto: Reprodução Internet
Curry de vegetais INGREDIENTES • 02 unidades batatas médias • 02 unidades cenouras médias • 100g de vagem • 100g de couve-flor • 01 colher de chá de curry em pó • 01 colher de café de coentro • 01 colher de café de cominho • 01 colher de café alho moído • 01 colher de café gengibre moído • 01 colher de chá de páprica doce • 05 folhas de louro • 01 copo de água • 1/2 pimentão verde pequeno • 01 cebola média cortada em cubos pequenos • 02 colheres de chá de coentro fresco picado • 03 tomates maduros sem semente cortado em cubos • 01 colher de sopa de azeite • Sal a gosto MODO DE PREPARO Pré-cozinhe a batata, a cenoura, a vagem e o couve-flor sepa82
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radamente, depois junte todos os legumes em um recipiente e aguarde. Refogue em uma panela grande a cebola, os tomates e o pimentão. Em seguida acrescente o alho, o gengibre e deixe dourar. Acrescente o Curry em pó, o cominho, coentro em pó, páprica doce e as folhas de louro, e refogue por mais um minuto. Adicione a água aos temperos e misture os legumes, deixando cozinhar por cerca de cinco minutos. A água é que vai determinar a quantidade do molho e também a consistência. Para aumentar a quantidade do molho basta acrescentar mais água. Depois de pronto salpique o prato com coentro fresco. UM POUCO DE HISTÓRIA O curry uma mistura de especiarias muito utilizada na culinária da Índia, Tailândia e alguns outros países asiáticos. O “pó de curry” é feito à base de pó de açafrão-da-terra, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Para além destes ingredientes básicos, outros são incluídos, de acordo com as preferências: alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, noz-moscada, pimenta-da-jamaica, pimentão e alecrim, entre outros. Existem currys que chegam a levar setenta plantas diferentes.
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culinária
Badejo grelhado ao molho cítrico de pimentão INGREDIENTES Para o brandade: • 240g de mandioquinha • 400ml de leite (1 2/3 xicaras) • Sal e pimenta do reino • 200g de bacalhau dessalgado • 60ml de azeite extra virgem • 20g de alho moído (2 dentes) • 10g de ciboulette ou cebolinha picada Para o badejo: • 400g de filé de badejo inteiro • Sal e pimenta • 10ml de azeite extra virgem Para o molho: • 80g de pimentão vermelho • 50g de cebola • 100ml de vinho branco seco • 50ml de creme de leite • 40g de manteiga sem sal em cubinhos • Sal a gosto • 100ml de suco de laranja MODO DE PREPARO Para o molho cítrico, coloque o pimentão diretamente sobre a chama do fogão, vi-
rando até que toda a superfície fique escura e queimada. Abafe dentro de um saco plástico fechado até que resfrie. Quando estiver frio, retire toda a camada de pele negra e as sementes. Pique em cubos e reserve. Em uma panela, coloque as cebolas roxas e o vinho, e reduza até quase secar o líquido. Acrescente creme de leite e deixe engrossar. Adicione a manteiga aos poucos, incorporando com um batedor de ferro. Acerte o sal e acrescente o suco do limão, junte os pimentões e bata no processador. Passe por uma peneira e volte para a panela para reaquecer. Reserve. Para os badejos, em uma frigideira bem quente, coloque o azeite e doure os tournedos em ambos os lados. Para o brandade, cozinhe a mandioquinha no leite até que fique macia. Escorra as mandioquinhas e reserve o caldo do cozimento. Passe as mandioquinhas no espremedor, fazendo um purê. Leve ao fogo, numa panela, o purê de batatas com o creme de leite. Na mesma panela adicione o caldo aos poucos, misturando sem parar, até obter uma consistência cremosa. Acerte o sal e a pimenta e reserve. Cozinhe o bacalhau já dessalgado
em uma panela com água fervendo por 5 minutos. Resfrie e desfie. Em uma panela coloque 1 colher de azeite e refogue o alho, acrescente o bacalhau e mexa por mais 3-4 minutos.Adicione ao purê o azeite com o bacalhau, mexendo até engrossar. Acerte o sal e se for necessário adicione um pouco mais de leite. Acrescente as cebolinhas picadas e seu brandade está pronto. Na hora da montagem, com a ajuda de um aro de metal coloque o brandade no centro do prato, sobre ele os tournedos e, ao redor, o molho e as alcaparras. FIQUE DE OLHO Com pouca gordura e baixo teor de colesterol, este peixe proveniente do mar possui maior teor de sódio e iodo. Estes minerais são essenciais para o bom funcionamento da tireoide, mas devem ser consumidos com moderação pelas pessoas com pressão alta. Receita indicada por: Spaço Restaurante (19) 3633-1196 | (19) 3366-8492 Foto: Juan Landiva
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história
Comércio e indústria em São João Série História, da Revista Atua, traz a origem desses dois segmentos em nossa cidade. POR ANA LÚCIA FINAZZI
A colaboração que trouxeram os imigrantes ao comércio e indústria na cidade de São João da Boa Vista, proporcionou-lhe um rápido crescimento, sobretudo no final do século XIX e início do XX. Inicialmente concentrados na Rua Racticliff, bairro do Pratinha, os estabelecimentos comerciais estenderam-se por todo o município, que até então só dispunha de mercadorias que vinham de outros centros comerciais. Também, segundo consta nos registros históricos, a indústria, tanto artesanal quanto de maquinários, foi instalada por iniciativa de imigrantes e seus descendentes.
Marmoraria S. Joannense Em 1896, o italiano Antonio Furlanetto montou sua marmoraria, a primeira da cidade, na Avenida Dona Gertrudes. Para ajudar nos trabalhos decorativos, associou-se ao escultor, também italiano, Giuseppe Zarri, parceria esta que perdurou até o ano de 1900. Antonio enviou os filhos Jácomo e Fernando para estudarem escultura na Europa, sendo que, na volta dos mesmos, estando estes trabalhando com o pai, tornaram ainda mais famosa a então A. Furlanetto & Filhos, na execução de mausoléus e ornamentação de túmulos.
Fábrica de Chapéus Colombo Na década de 1910 foi instalada na cidade, por Ary Fialho e Vicente Gragnanelli, a Fábrica de Chapéus Colombo-Fialho, Gragnanelli & Cia. Precisamente na esquina do Largo do Jardim (Estação) com Quintino Bocaiúva (hoje Guiomar Novaes), em 31 de março de 1920 a empresa montou um depósito para vendas no varejo, mudando-se, posteriormente, para a Rua Saldanha Marinho, época em que esta rua começou a ser ocupada por importante comércio da cidade.
Pharmácia Antonio Jacintho & Filho Antonio Jacinto Cabral de Vasconcellos e o filho Felippe Cabral de Vasconcellos fundaram a primeira farmácia (botica) da cidade, em 1882, localizada à Rua Sete de Setembro (hoje Professor Hugo Sarmento), ao lado do antigo Mercado Municipal. Posteriormente foi vendida ao Cel. José Pires de Aguiar, tendo o nome mudado para Farmácia Central. Uma curiosidade: o primeiro telefone particular instalado na cidade, em 1896, pertenceu ao Dr. Júlio Pedreira de Freitas, com extensão a esta farmácia. Fotos: Logradouros de São João da Boa Vista / Revista Alvorada Maravilhosa
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Foto: Foto Perigo
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Fábrica e Casa de Móveis Balestrin Em 1900, Antonio Balestrin e o sócio conhecido como Moro, montaram uma oficina de marcenaria à Rua São João (hoje Getúlio Vargas), onde eram confeccionados móveis sob encomenda para fazendeiros da região. Anos mais tarde, Antonio fundou a fábrica de móveis finos, inspirados em catálogos italianos. O filho Roberto, que estudou desenho arquitetônico na escola de Belas Artes, em São Paulo, passou a desenhar móveis para a empresa da família, nos estilos colonial e provençal, o que contribuiu para que o comércio se tornasse famoso em toda a redondeza. Tornou-se uma verdadeira escola de marcenaria para muitos trabalhadores que, após sua passagem pela fábrica, abrissem seus próprios negócios.
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Filardi e Blasi Ltda Nos primeiros anos do século XX, Frederico Blasi, em parceria com os sobrinhos Francisco e José Filardi, montou um armazém na Rua São João (hoje Getúlio Vargas), esquina com a Rua General Osório, onde ficava o sobrado da família. Com o passar do tempo a loja especializou-se na venda de materiais de construção, mas contando, ainda, com utilidades domésticas, cutelaria, higiene pessoal, implementos agrícolas, chapéus da tradicional grife Ramenzoni, máquinas de escrever Olivetti ( representantes na região), máquinas de somar Facit, entre outros, caracterizando-se um eclético comércio na cidade.
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Jantar do Empresรกrio 2015
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Ray-Ban e chinelos Um veneno com a substância letal da morenice brasuca. POR LAURO BORGES
Estacionei o carro na lateral da estradinha de terra. Dali em diante, só caminhando. Fui... A trilha até a cachoeira pode ser vencida com pouco esforço em míseros setenta passos. O terreno, relativamente limpo, sem obstáculos, deixa mais agradável a vereda em seu suave declive. Aquela imensidão verde para no limite da estreita faixa onde os urbanoides circulam. Nestes dias de temperaturas desérticas, o corredor descrito transporta o vivente da secura infernal para um recanto de água abundante, fresca e limpa. Banhos ali são mais do que refrescantes, são restauradores de civilidade. O mergulho na piscina natural resgata uma dignidade quase destruída pelo calor que não é de Deus. Bicho do asfalto e gorducho, desço vagarosamente ao paraíso. Ressabiado com o cenário off-cidade, sou precavido para que peçonhas não estraguem o meu recreio. Observo muito e, perdão cachorrada, farejo idem. PQP! Tem veneno no pedaço! Um veneno com a substância letal da morenice brasuca. No deck rochoso, uma beldade esculpida em harmônicas sinuosi-
dades relaxa sem qualquer material têxtil ou sintético a cobrir-lhe as vergonhas. Seu traje se resume a um par de Havaianas num extremo e óculos ao estilo Jackie Kennedy no outro. Fones nos ouvidos e um geme-geme ritmado entregam que ela escuta Marisa Monte. A pose de estátua erótica também se quebra com os lentos movimentos que a acomodam numa posição mais confortável. Lagartear ao léu é preciso... Respeitoso com o repouso alheio, me abstive da aproximação que poderia provocar um afoito gesto para esconder pele e pelos. Admirador da natureza bruta, camuflei-me nos arbustos como um paciente fotógrafo da National Geographic. Buscador incansável da paz conjugal, foquei a câmera do meu iPhone na direção de paisagens menos insinuantes. Faminto insaciável, depois de sessenta minutos plantado, abandonei a posição de voyeur para devorar um curau no bosque da Prata. Entusiasta de gente bem resolvida, aplaudo a socialite sanjoanense que renunciou temporariamente ao universo do jet set crepuscular para, numa quinta-feira de primavera, se desnudar sozinha e despreocupada num torrão recôndito da floresta platino-pratense. A mata densa, o canto das aves, o ruído da vigorosa catarata, a formiga operária, o milho verde e a moça nua se espreguiçando na pedra. Biodiversidade, eu curto! A Foto: Reprodução Internet
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O que não usar neste verão – nem no outono, inverno e primavera Bermuda jeans e copo de requeijão: ambos deviam ser banidos do mundo. POR CARLOS ALBERTO MOLLE JÚNIOR
Ciúmes. Traição. Bebida. Dinheiro. Convivência. Whatsapp. Tudo isso pode acabar com um casamento, só que não – pra usar o termo da moda. Pra mim, o vilão tem nome: bermuda jeans. A bermuda jeans está para a pochete assim como a pochete está para a... Não, péra, a pochete é hors concours. Enfim, é mais (broxante) do que a calcinha bege da mulher ou o conjunto que o homem coloca para ficar em casa de fim de semana: short translúcido do Palmeiras e camiseta desbotada de alguma capital do Nordeste. É uma âncora. Se a esposa veste um shortinho jeans, aliás, está ok. Da mesma forma se o marido usa uma calça. O problema, veja, é o comprimento; e pouco importa a marca. O homem quando entra na fatídica fase da bermuda jeans tem por hábito usá-la com camisa de manga curta, deixando de abotoar, de cima pra baixo, um botão por ano. Já a mulher prefere combiná-la com camiseta um pouco mais folgada e de cor neutra. Tá tudo errado! Ele não gosta e ela abomina. Precisava de alguém pra contar isso, e esse alguém sou eu. Felizmente é difícil ser presenteado com uma bermuda jeans, vez que quase sempre é comprada ou decorre de uma calça jeans antiga – o que é ainda pior. Tá, eu sei que combina com tudo, mas bermuda preta ou branca também. A compra dessa roupa por pessoa comprometida ainda não é prevista como crime pelo Código Penal, mas sei que o uso, na praia, será inafiançável. No entanto, já tramita um projeto de lei na Câmara dos Deputados acrescendo um inciso ao artigo 1550 do Código Civil prevendo ser passível de anulação o casamento em que um dos cônjuges use reiteradamente a vestimenta
malquista. Ainda que os solteiros convictos, obviamente, não incorram no risco de engrossar o clube do SBJ (separados pela bermuda jeans), não devem se submeter às agressivas campanhas das redes varejistas e adquirir o bem, sob pena de não ter o perfil aceito nem no Tinder. Só deve usar bermuda jeans quem usa terno branco na balada, ou seja, ninguém. Sim, a moda é imprevisível, cheia de tendências e de vai e vens. Afinal, tem rapaz usando até crop top (um top masculino que, segundo a reportagem que li, tem dividido opiniões no mundo fashion masculino). Bom, se for pra usar isso, melhor esquecer a bermuda jeans. Nem ela merece! Não sei ao certo qual a idade limite para abandonar a bermuda jeans. Acredito ser por volta dos 7 anos, com o início do primeiro grau. A escala de aposentação é a seguinte: chupeta, fralda, mamadeira, lancheira, mochila de rodinha e bermuda jeans. Às vezes me pego pensando se há alguma exceção para vestir o traje. Há quem defenda ser aceitável o uso da bermuda jeans na missa de domingo, desde que o homem a combine com camiseta pólo listrada e sapatênis. Outra corrente entende que gestantes até a décima sexta semana igualmente estão liberadas. Uma terceira doutrina, na qual me filio e faço coro, abraça a ideia de que deve ser
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usada apenas por jogadores de futebol de folga curtindo pagode, mas somente se tiver como acompanhamento corrente de ouro, boné de aba reta e fone de ouvido colorido (dos grandes). Por fim, o jornalista Humberto Werneck escreveu um texto há alguns anos com um pensamento parecido, elegendo outro culpado para o começo do fim das uniões: o copo de requeijão. Prega ele que quem compra requeijão é porque quer passar uma coisa gostosa no pão. Só que de repente alguém lava a embalagem, remove o rótulo e põe no armário. Pronto. Ninguém pediu aquela coisa vulgar, mas por desleixo e inércia ela está lá convivendo no armário com os copos importados. E quando o outro pede água, adivinha em qual copo será servida? Quando é assim, segundo ele, o copo de requeijão dura mais que o casamento. Faz sentido. Então se você é casado(a), usa bermuda jeans e tem copo de requeijão em casa, atenção: os associados do SBJ promovem baile toda quinta-feira! A
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diversão e arte em CDs, DVDs e Blue Ray POR HÉLINHO FONSECA
E chegamos à última edição de 2015, bem pertinho do Natal, época de presentear amigos e familiares. Aqui algumas dicas bem variadas (sempre em CD e DVD) que poderão agradar quem ganhar e depois guardar como lembrança. Feliz Natal e um Ano Novo repleto sempre de boas notícias, a todos vocês que sempre prestigiaram a Revista Atua, seja como leitor ou anunciante.
Uma coletânea gravada em estúdio de bandas, grupos e cantores do bom rock nacional que estiveram no Rock In Rio 2015 , de altíssimo bom gosto e ótima qualidade de gravação. Tem Cidade Negra, Skank, Fernanda Abreu, Paralamas do Sucesso, Paula Toller, Pato Fu, entre outros......e até a música tema do evento...... oooooooooo Rock in Rio...... ooooooooooo A eterna carioca Alcione canta ao lado de convidados e amigas do primeiro time do samba nacional, entre eles Jamelão, Andreia Café, Djavan, Diogo Nogueira, Martinho da Vila, Vitor e Léo e MV Bill. Alcione, convidados e sua banda arrasam nas interpretações de músicas que marcaram época, quando foram gravadas. Para os/as sambistas de plantão fica uma dica para presentear seu amigo(a) secreto(a). Quando chegaram às lojas em CD, DVD e até Blue Ray, não parecia que iriam emplacar da forma como aconteceu. Num ambiente com clima dos charmosos Cabarés e das Boates Azuis, Leonardo e Eduardo Costa desfilam os maiores sucessos da música sertaneja tradicional. O show que tem o mesmo nome, percorre o Brasil desde março lotando os locais por onde passa e sendo a grande vedete das grades de shows das festas agropecuárias. Comemorando 50 anos de sua carreira no exterior, Roberto Carlos lança o álbum Primeira Fila, gravado no lendário estúdio Abbey Road, em Londres. O CD possui 17 faixas: 9 em português, 1 inglês e 7 em espanhol. Roberto Carlos está acompanhado de uma banda totalmente nova e com arranjos nunca antes lançados. Este álbum é de uma apresentação intimista para 150 convidados. Produzido por Afo Verde, presidente da Região Latino Ibéria, e com direção musical de Tim Mitchell, ganhador de Grammy que produziu Shakira e Ricky Martin, é uma lembrança para fãs de Roberto Carlos, que imaginam seus maiores sucessos com novos arranjos. Para a criançada de plantão a grande sugestão é a coleção de curtas-metragens da Walt Disney ,recém lançados, premiados e adorados, incluindo Frozen: Febre Congelante, estrelado por Anna, Elsa, Olaf, Sven e Kristoff. Esta coleção traz o inovador desenho animado do Mickey Mouse de 2013, Hora de Viajar, O Avião de Papel (2012), e O Banquete (2014). Imperdível e a certeza de que os adultos também vão curtir naquele domingo à tarde, com uma pipóquinha no sofá. Encerrando a coluna em 2015 nossa sugestão final é para uma produção de nossa cidade. Com 105 minutos o filme documentário Theatro Municipal – Música & Drama é uma viagem inesquecível ao nosso maior patrimônio cultural desde 1.914 na região central da cidade. A direção, edição e finalização é de Eduardo Menezes, produção de Adriana Torati Magalhães e roteiro de Neusa Menezes. Esse registro traz mais de trinta depoimentos interessantes e emocionados de pessoas que fazem parte dessa história e ajudaram a mantê-lo vivo e restaura-lo, sendo que hoje alguns até fazem sucesso no seu palco. Informações para adquiri-lo telefone (19) 36317653, secretaria da AMITE subsolo do Theatro. 104
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literatura
Casa-Grande & Senzala Formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal POR FRANCISCO DE ASSIS MARTINS BEZERRA
O pernambucano Gilberto Freyre foi pioneiro e original ao analisar a formação da família brasileira. Nesta esteira de pesquisa e de estudos, foi seguido por Caio Prado Junior, em Formação do Brasil Contemporâneo e por Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil. O livro Casa-Grande & Senzala é um ensaio de sociologia genética e de história social pretendendo fixar, e às vezes interpretar, alguns dos aspectos mais significativos da formação da família brasileira. É um livro muito rico, abrangente, fruto de profundas pesquisas realizadas em arquivos no Brasil e exterior. Esta análise, contudo, está restrita ao regime de economia patriarcal, principalmente a estabelecida no nordeste brasileiro e em especial em Pernambuco, com a economia centrada na monocultura da cana de açúcar e na escravidão com o uso da mão-de-obra índia ou negra. A mesma relação de subordinação existente na monocultura do café nos estados do sul do país, especialmente em São Paulo. Abordaremos aqui, resumidamente, apenas dois temas do livro: a monocultura e a escravidão. Deixo, ao leitor, como sugestão, a sua leitura integral, onde temas relevantes como a miscigenação, a religiosidade do povo, a ação dos jesuítas, a presença dos judeus, a colonização, entre outros, são magistralmente analisados. A influência do negro sobre a vida íntima do brasileiro à ação de escravo, do sistema social da escravidão, e não do negro em si que é analisada. Ruediger Bilden, citado por Freyre, explica pela influência da escravidão todos os traços de formação econômica e social do Brasil. Ao lado da monocultura foi a força que mais afetou a nossa plástica social. Da capacidade imensa deste sistema para rebaixar moralmen106
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te senhores e escravos, o negro aparece deformado pela escravidão e pela monocultura de que foi instrumento, o ponto de apoio firme, ao contrário do índio, sempre movediço. A monocultura da cana-de-açúcar e a produção do açúcar exigiam grande número de trabalhadores braçais. Como o índio, arredio e não adaptado a este regime de trabalho, foi substituído pelo negro escravo, vindo da África, forte e adaptado a estas condições. O enriquecimento dos senhores de engenho foi expresso na construção das casas-grandes. Dali, da varanda, observava a vastidão de sua propriedade, terras imensas, muitas delas de tamanho maior que muitos países europeus. Separados da casa-grande eram amontoados os escravos, nas senzalas, em condições extremamente precárias. Dentro desta relação conflituosa de classes, entre o opressor e o oprimido, formou-se uma teia de complexas relações humanas, econômicas e sociais, que perduram até hoje. Gilberto Freyre aponta que, mesmo após a abolição do trabalho escravo, a monocultura latifundiária
subsiste em diversos pontos do país, ainda mais absorvente e esterilizante do que no antigo regime, e ainda mais feudal nos abusos, criando condições menos favoráveis de vida à massa escrava. O escravo foi substituído pelo paria de usina, a senzala pelo mocambo, o senhor de engenho pelo usineiro ou pelo capitalista ausente. Infelizmente esta situação descrita por Freyre continua plenamente atual. A escravidão colonial não é um fenômeno do passado e já superado, é um fenômeno atual, verdadeiramente expressa na natureza do trabalho assalariado nas metrópoles e nas profundas desigualdades sociais ainda vigentes. Há uma evidente e permanente luta de classes. Ilustrando este quadro, o filme “Que horas ela volta?”, com ampla repercussão mundial, retrata a vida de uma doméstica em uma casa de classe média. É a versão acabada e atualizada da casa-grande e da senzala. No interior do país, o que mais tem é menina de 12 anos trabalhando por um prato de comida. A flexibilização das leis trabalhistas e a terceirização do trabalho são movi-
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mentos da casa-grande para manter seus privilégios em detrimento da senzala. A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, que entrou em vigor em 1943, excluiu os domésticos de muitos benefícios, um claro resquício do espírito escravocrata arraigado nas elites que fazem as leis. Só agora, em 2015, a LC 150/2015, com a denominada lei dos empregados domésticos, foi introduzida uma formalização nesta relação desigual. Tentativa de apaziguar conflitos de classe e encobrir uma antiga dívida da Nação com seus serviçais, desde os tempos da abolição, quando muitos ex-escravos seguiram trabalhando de graça em troca de abrigo e comida, Eram as mucamas, cozinheiras e babás que criavam as elites da nação. Consequentemente, o Brasil continua sendo o país com o maior número de empregados domésticos no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O legado cultural mais forte do trabalho serviçal espraia-se por todos os setores da sociedade. E a lógica da senzala continua, ganhando novos contornos com a banalização do servilis-
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mo. A figura do valet, para nós, é comum, o que é luxo em outros países. Manobristas de carro em restaurantes, passeadores de cachorros, babás universitárias, e os personal shoppers, que dão dicas de compras, colorem a paisagem do servilismo brasileiro. Esta fixação por servidão tem como fonte a desigualdade. Politicas públicas tratam o transporte coletivo como coisa secundária. Nítida relação de classe, valores da cultura brasileira, na qual a desigualdade é a norma. Basta ouvir as reclamações de que os aeroportos parecerem rodoviárias. Seguindo esta lógica da casa-grande e da senzala, em tempos de crise, cortam-se os benefícios sociais dos mais pobres, dos da senzala, enquanto permanecem intocados os privilégios dos ricos, dos integrantes da casa-grande. Aprofundam-se as desigualdades. Gilberto Freyre admite que, mesmo não sendo inclinado ao materialismo histórico, a influência considerável da técnica da produção econômica incide sobre a estrutura das sociedades e na caracterização da sua fisionomia moral.
Uma influência poderosa, como nenhuma na capacidade de aristocratizar ou de democratizar as sociedades, de desenvolver tendências para a estratificação ou a mobilidade. O sentido sociológico, estudado por Gilberto Freyre, das relações escravocratas e patriarcais da casa-grande e da senzala, evidencia-se, ainda hoje, nos planos urbanísticos que definem as estruturas das cidades. O caos urbano, a divisão das cidades em bairros luxuosos e a dita “periferia”, os sobrados e os mocambos, os condomínios de luxo e as favelas, espelham uma profunda desigualdade social. E traduzem um Brasil de ranço colonial, arcaico, com uma permanente luta de classes, envolto sob a sombra das relações da casa-grande e da senzala. Apesar dos avanços sociais ocorridos ultimamente, compartilharemos, ainda por muito tempo, esta herança escravocrata com os nossos antepassados, quer tenham sido senhores de engenho, coronéis do café ou simplesmente escravos. Casa-Grande & Senzala é de uma triste atualidade. A
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