MATÉRIA DE CAPA
As mãos mágicas do Natal de São João
O Natal Mágico de São João da Boa Vista já ganhou os corações dos moradores da cidade e também do grande número de turistas que visitam São João para ver a decoração, as atrações culturais e a Parada de Natal. Diariamente, diversos profissionais trabalham para construir cada detalhe das guirlandas, luzes, árvores, e postes que são espalhados pela cidade. Conheça quem faz o Natal de São João acontecer!
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O escotismo na cidade
A Revista Atua, ano 13, número 51 (novembro de 2022), é uma publicação semestral sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial de São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição
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sumário da edição
OUTROS DESTAQUES: moda e beleza 006 nossa cidade 012 negócios 028 empreendedorismo 048 educação 016 culinária 060 história 080 sociedade 084 meio ambiente 076
é gratuita. Colaborações, crônicas e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, a opinião desta publicação ou da Associação Comercial
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O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 por Robert Baden-Powell, na Inglaterra. Ele aproveitou valores aprendidos na vida militar, como camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina para ajudar no desenvolvimento dos jovens e criar um movimento educacional. São João da Boa Vista é o lar de dois grupos escoteiros tradicionais, além da vizinha Águas da Prata que abriga o mais recente da região. Foto: Leo Beraldo / Cromalux
Coco Chanel, o nome da revolução
Gabrielle Chanel inovou e mudou o comportamento feminino no campo da moda.
POR LETÍCIA BONARETI LORETTE SOB SUPERVISÃO DE JOSÉ DIAS PASCHOAL NETO
Figura marcante no universo da moda, Coco Chanel fez muito mais do que roupas para a alta costura francesa. Ela inovou o modo de se vestir no século XX e atuou em uma mudança comportamental no mundo feminino.
Antes de tudo, é necessário contextualizar a época em que Chanel vivia. Era Belle Époque (1871-1914), sinônimo de exuberância e camadas e mais camadas de babados. As roupas possuíam muitos detalhes, e, para complementar, os chapéus chamativos eram essenciais. Por trás dessa “armadura”, estava uma mulher já cansada pela falta do direito de ser quem queria, se sentindo inferior aos homens e enquadrada em diversos estereótipos.
Gabrielle Chanel foi, desde o princípio, uma personalidade à frente do seu tempo, esteve sempre aberta para se reinventar e pronta para incomodar. De acordo com a revista Elle, Chanel perdeu a mãe ainda criança e o pai a colocou em um orfanato de freiras. Cresceu sem afeto, e desde muito nova, cuidou de si mesma. Foi com as irmãs que Gabrielle aprendeu a costurar e a criar alguns modelos. Seu primeiro emprego foi em uma loja de chapéus, onde se aperfeiçoou e descobriu sua grande vocação: inovar.
No quesito amoroso, Chanel foi uma mulher de muitos amores. O maior deles foi Arthur Copel, jovem da elite parisiense. Para ele, ela era sua amante, mas para ela, ele era o amor de sua vida. Copel proporcionou a Coco um passe livre para a nobreza, onde frequentavam festas, clubes e eventos. Mas, mais do que isso, Chanel, conquistou inúmeros contatos, que no futuro seriam suas clientes. Arthur financiou a primeira loja da até então nova estilista, que já destoava das demais. Em uma tarde de golfe, a modista decidiu se vestir de uma maneira mais confortável: escolheu roupas de seu amado, uma calça de alfaiataria e uma malha de listras. Em meio a tantos vestidos vo-
lumosos, Chanel se destacou. Tamanho foi o burburinho naquele dia, mas, ainda maior, foi a curiosidade feminina pelas peças que “Coco” poderia criar. Outra mudança relevante no mundo da moda foram os chapéus de Coco Chanel. Por volta de 1912, seus produtos se tornaram famosos entre as mulheres sofisticadas da França. Em contraposição, diferente do estilo costumeiro de chapéu da época, Coco substituiu a composição cheia de “informações” desse adereço, para chapéus com detalhes mais simples e requintados.
EMPODERAMENTO
Na semana seguinte, surgiram inúme-
ÍCONE DA MODA
Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, foi uma estilista francesa e fundadora da marca Chanel S.A.. É a única estilista presente na lista das cem pessoas mais importantes da história do século XX da revista Time
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ras novas clientes para a Maison, todas querendo uma cópia do mesmo modelo. Gabrielle percebeu que aquele era seu caminho, e criou uma nova coleção, repleta de vestidos leves e fluidos, e com uma peça-chave: a famosa calça. Até então, a calça era somente utilizada por homens, principalmente em seus ambientes de trabalho. Os tecidos mais simples, como a malha, eram destinados às famílias mais pobres, e com menos recursos para comprar roupas. A introdução dessas peças no guarda-roupa feminino representou uma mudança de comportamento para a época. “Chanel libertou as mulheres da opressão. Criou roupas femininas leves, soltas, práticas e confortáveis”, aponta Andreia Meneguete, professora de moda da FAAP, em seu curso de Fashion Branding
Na Segunda Guerra Mundial, os homens tiveram de abandonar suas posições de chefes de famílias e embarcaram rumo às batalhas. Para que a economia continuasse funcionando, as mulheres tiveram de assumir as rédeas dos negócios. Com problemas tão grandes, eram raras as moças que tinham o luxo de pensar em novas compras. Como os tecidos também começaram a entrar em escassez, Coco criou o icônico tweed, que entrou para o mundo da moda pela leveza e conforto, tecido até então considerado pobre, usado nas vestimentas de trabalhadores.
De maneira indireta ou direta, Gabrielle auxiliou em diversas mudanças comportamentais no mundo feminino. Seu grande diferencial foi sempre estar pronta para criar o que a época lhe pedia. Por isso, pode ser considerada uma estilista comportamental, já que suas roupas sempre foram espelhos do tempo em que vivia, afirma Andréia.
MAIS DO QUE ESTILISTA, OBSERVADORA DA REALIDADE
O trabalho de Chanel foi intensamente influenciado pelas etapas de sua vida pessoal e as pessoas que ela conheceu ao longo de sua vida. O rigor das cores reflete a simplicidade da vida monástica observada de perto por ela durante os anos passados no orfanato.
Sua preferência pelos esportes equestres foi o ponto de partida para a criação das calças femininas e de seus
CHANEL Nº. 5
Foi o primeiro perfume da Maison Chanel, tendo sido lançado em 1921. Coco Chanel pretendia criar um perfume de aroma inimitável, em suas palavras "um perfume com cheiro de mulher". Seu nome se deu por ser o quinto aroma a ser produzido e por ser o número da sorte da estilista que o apresentou aos seus amigos, no dia 5 de maio.
famosos chapéus de palha, assim como os anos passados em Deauville foram inspiração para criação das blusas de gola. Um fato interessante é que Chanel desenvolveu a gola de forma muito curiosa e especulativa. Quando estava no balneário de Deauville sentindo frio, Chanel se apoderou de uma velha malha do namorado da época. Fazendo o contrário, no lugar de vestir a roupa pela cabeça, resolveu abrir a parte da frente e, dessa forma, criar uma espécie de gola. Usando os retalhos da malha Coco improvisou um cinto, aplicando bolsos generosos em uma altura que as mãos pudessem estar plenas em conforto. Por incrível que pareça, assim que a estilista apareceu com esse look, foi possível vender mais 10 modelos exatamente iguais.
O ICÔNICO Nº 5 DE COCO CHANEL
De acordo com Coco Chanel, o perfume é um acessório básico e inesquecível, que nos permite reviver lembran -
ças. Por isso dedicou tanta atenção ao seu icônico perfume N°5, lançado em 1921. Durante a Segunda Guerra, o ateliê da estilista foi fechado, no entanto, sua loja na Rue Cambon continuou aberta. O sucesso de Coco Chanel era tanto, que mesmo nos tempos de guerra e diante do grande frenesi social e econômico da época, soldados norte-americanos faziam fila para comprar o famoso Chanel nº 5 para enviar para suas mães e mulheres nos EUA.
E é dessa forma que Chanel se tornou inabalável mesmo em tempos de guerra e diante de tantas mudanças ocorridas naquelas décadas.
A sensibilidade, os valores e o estilo de Coco Chanel continuam a influenciar profundamente o mundo da moda e a nossa sociedade. A estilista tornou-se o símbolo do estilo feminino, mesmo nas décadas após a sua morte, em 1971. “A moda sai de moda, somente o estilo permanece”, você estava certa Coco. A
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VERSATILIDADE É A CHAVE
Um blazer colorido leva, de maneira criativa e elegante, um vestido preto para o trabalho. O mesmo vestido ganha outra estética se tirar o blazer e reforçar a make para sair à noite.
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Não seguir tendências virou uma tendência da moda
O ato de vestir-se, ainda que para ser visto, é individual. Nos inspiramos naquilo que desejamos comunicar. Sensualidade, independência, maternidade, saúde, proteção e uma infinidade de sentidos que podem ser expressos por meio de cores, cortes e costura de tecidos. Entretanto, muitas vezes, caímos na tentação de comprar aquela peça tendência de que todas as blogueiras estão falando ou vestindo, e não nos sentimos bem ou até abandonamos a roupa com pouco uso.
Primeiro é preciso entender o que é uma tendência. Ao contrário do senso comum, tendências não são as roupas e as cores que bombaram em uma estação. Muito menos o consumo urgente, como aquele acessório ou corte de cabelo que surgiu na novela das nove. Para a história da moda, esses fenômenos rápidos são chamados de febre ou onda.
A tendência (em um senso mais estrito) é uma mudança em larga escala, que demonstra o comportamento e valores de uma sociedade a longo e médio prazo. É na tendência que vive até hoje o vestido preto curto, proposto por Gabriele Chanel nos anos 1920 ou a alfaiataria feminina, da mesma época, que compõe uma nova visão sobre a mulher na sociedade. Há mais de 100 anos que os símbolos de feminilidade e elegância foram revistos e perduram até hoje, o preto deixa de ser sobre o luto e ocupa um lugar na elegância, assim como, as mulheres ganham mais poder e movimento (físico e político).
A moda sustentável, perene e elegante não se alcança por meio das tendências. Um bom look pode ser ao mesmo tempo sensual e elegante, formal e despojado, e acima de tudo adequado ao que você deseja comunicar.
A Alfândega Store cria sua moda inspirada nesse zeitgeist (espírito do tempo em alemão), uma moda que não ignora, nem despreza e muito menos se opõe às novidades, desde que essas sirvam o propósito da criatividade alinhada à elegância. Por exemplo, um blazer colorido leva, de maneira criativa e elegante, um vestido preto para o trabalho. O mesmo vestido ganha outra estética se tirar o blazer e reforçar a make para sair à noite.
Se você não quer errar na escolha da roupa para a foto de formatura, casamento ou para aquela festa que eternizará um momento especial, a Alfândega Store quer transformá-la na melhor versão de você mesma. O Fábio, a Sabrina e o Silas são treinados para manter a escuta ativa durante o atendimento e propor uma solução (feita de tecidos, cortes, brilhos, texturas e cores) que vai de encontro com a sua expectativa de vestir.
Esta é a preocupação da Alfândega Store : oferecer roupas, femininas e masculinas, com beleza e significados para que sua elegância perdure além do tempo.
Serviço: ALFÂNDEGA STORE
Av. Dona Gertrudes, 25 – Centro
São João da Boa Vista - SP
Instagram: @alfandega_store_sjbv
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Oamor é doce
A saga gastronômica de uma família é premiada.
POR JOSÉ DIAS PASCHOAL NETO
“Desde que eu me conheço por gente, a cozinha está envolvida na minha vida. Eu lembro da minha avó sempre fazendo muita comida, coisa de família libanesa”. Foi com esta frase, que Flávia Yazbeck Delalibera, neta de Dona Lahila (se pronuncia Laila), filha da Rita, e madrinha da Laura, de 6 anos, se apresentou no programa Que seja Doce, do canal GNT Com a mãe como assistente, ela venceu o episódio onze, da temporada oito, que foi ao ar no dia 12 de abril deste ano. O tema, a comida da Síria e do Líbano. O doce premiado: Burma (cabelinho de anjo) de recheio de damasco, raspinha de limão, amêndoas, pistache e calda de flor de laranjeira. (veja a receita e mais outra delícia)
Quem conhece a família e seus quitutes maravilhosos (Café Lafarrihe, que é mais conhecido como Café da Rita), que fica bem no centro de São João, torceu e vibrou bastante. “Muita gente veio nos dizer que sentiu a presença da minha mãe na premiação”, conta Rita, olhando, orgulhosa, para a filha: “a Flávia é muito melhor do que eu” Também emocionada, a filha complementa: “não existe Flávia sem Rita e nem Rita sem Flávia”. E nenhuma delas existiria sem Dona Lahila, que mais do que a herança genética, junto com o pai, “seo” Waldemar, deixou o legado da cozinha feita com muito esmero e grandes porções de amor e afeto. Fui privilegiado de viver, por muitos anos, na minha infância e como adolescente, quase que diariamente, este acolhimento. São doces lembranças dos maravilhosos sabores e da generosidade de Dona Lahila.
NÃO FALTOU EMOÇÃO
Do primeiro contato da produção no final de agosto do ano passado, até a gravação do programa nos dias 31 de ou-
tubro e 01 de novembro, foram muitas emoções. Desde o “achar que era trote”, gravação de vídeo, feito com a irmã Fabiana, que havia sido escolhida para ir junto, períodos de ansiedade sem respostas, falta de tempo para estudar e preparar a receita teste. “Quase desisti”, lembra Flávia que sabia “era a chance da minha vida”. A confirmação de que foi escolhida, foi “indescritível”. Foi uma festa, mas muito reservada. Poucos da família sabiam, incluindo a Laurinha, que também guardou segredo. O programa punia com a desclassificação quem “vazasse” a informação.
Mas muitos desafios vinham pela frente. Fabiana não apresentou os índices de imunização exigidos para as gravações em estúdios. Era preciso substi-
tuir a parceira, que deveria estar no dia seguinte em São Paulo para o teste. Rita embarca num ônibus às três da madrugada, faz o teste e vai para o programa. Estava formada a dupla!
PAPÉIS TROCADOS
“Nós discutimos muito, o tempo todo”. Na entrevista com as duas, esta frase foi repetida várias vezes. Não era para menos, pela primeira vez na vida, chefe e assistente trocaram de papéis. “Pelo amor de Deus, ouça sua mãe, pelo menos uma vez”. “Não, mãe. Eu estudei a receita, fiz os testes e vai ser do meu jeito”. E foi assim que o Ataife de Nozes, mesmo com as críticas dos jurados sobre a textura da calda, levou a dupla para disputar a final. Mas o que marcou mesmo a calda,
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nossa cidade
Foto: Arquivo pessoal
foi a Rita ter servido numa xícara. Rindo, elas lembram que virou até meme a conversa entre elas gravada nos bastidores e apresentada no programa.
LEGADO
A disputa final seria com Virgínia, que trazia também muita tradição em sua culinária. E Burna, doce típico, que lembra fios de ovos, é o doce a ser produzido em uma hora e meia de prova. Mas Flávia e Rita perdem quinze minutos porque na dinâmica surpresa de sugerir o peso de uma massa, a concorrente chega mais próximo. Mesmo com este revés, Flávia se mantém calma e confiante “Me perguntava onde estava minha filha”, comenta Rita, com o sorriso aberto que a caracteriza tanto.
Três minutos antes do final do tempo reduzido, o doce está pronto. O ritual de apresentação aos jurados segue o modelo midiático dos “shows de realidade”, que mistura suspense, emoção e comentários dos juízes que vão das críticas aos elogios. Quando o apresentador do programa, Felipe Bronze,
anuncia: a confeiteira mais doce é você, Flávia, a surpresa da vitória se transforma numa explosão de alegria. Flávia entrega medalha para a mãe e recebe o troféu. As duas, emocionadas, se abraçam, “O dia mais feliz da minha vida”, diz Flávia com os olhos mareados. Mas toda esta alegria teria que esperar seis meses para ser contada e compartilhada com todos.
No dia da exibição, 12 de abril, Laura estava tão emocionada que não assistiu ao programa. Mas ela já sabia que o prêmio seria dela, como prometera a madrinha “Gigi”. Uma premiação que consagra o amor da família Yazbeck pela culinária e que a pequena Laura, com certeza, seguirá seu legado. Até porque ela cozinha desde pequena. E já aprendeu a mais importante de todas as lições; que o amor é doce! A
Foto: Arquivo pessoal
Arezzo - lançamento de coleção
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America Cursos e Viagens, inovando há 30 anos em São João
São quase 30 anos com foco no desenvolvimento, crescimento e na satisfação pessoal e profissional de cada aluno. Com um olhar no crescimento pedagógico de todos eles, o America Cursos e Viagens sabe da importância de acompanhar os estudantes durante todo o processo de aprendizagem. A formação pedagógica das proprietárias Adriana e Flávia é muito forte! Sem perder o foco que é a preparação das pessoas para que elas se comuniquem em inglês, as duas sabem que o processo de aprendizagem vai se transformando ao longo do tempo, e o jeito que se ensinava inglês há 30 anos não é o mesmo que atualmente. O aspecto humano é sem dúvida nenhuma, outro grande diferencial. Ter o teacher presente se comunicando em inglês, e atento no desenvolvimento e no acolhimento do aluno é essencial para um bom andamento das aulas A paixão pelo idioma, a vontade de ensinar bem e o compromisso com o indivíduo é o que move o America Cursos e Viagens. Se o aluno está bem e aprendendo, crescendo como profissional e principalmente como pessoa, é isso que importa.
A inovação constante seja do material, do aprendizado e até do próprio ser humano, faz com que o espaço não seja um
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
O principal diferencial do America Cursos e Viagens é a formação pedagógica de suas proprietárias, Adriana e Flávia, que garante a certeza da melhor metodologia de ensino.
negócio, uma empresa, mas sim um local onde as pessoas se desenvolvem para a vida. Assim que o aluno chega, já é inserido numa imersão 100% em inglês, porque a língua é uma ferramenta de comunicação e não uma disciplina escolar. Você precisa aprender a se comunicar e a melhor forma disso acontecer é FALANDO!
Com três anos de idade a criança já pode chegar na escola e dar início neste ciclo de aprendizado, passando pelas crianças maiores, os adolescentes, até chegar no inglês voltado para os adultos.
NÃO EXISTEM LIMITES!
Ao longo do tempo, o America Cursos e Viagens viu a necessidade de expandir o horizonte dos alunos, oferecendo possibilidades de conhecer novas culturas, novos povos, novas experiências. Foi assim, que em 2000, deu-se início ao programa de intercâmbio, dando chance ao aluno de colocar na prática
todo o conhecimento que ele aprendeu pra vida. Tudo isso surgiu naturalmente, já que o ensino do inglês em sala de aula aborda a socialização, a visão de mundo e a descoberta de que as linhas do mapa não se limitam por ali, que o mundo todo está à disposição para descobertas.
O America é hoje o maior especialista da região no envio de jovens para o exterior para um intercâmbio! E isso não é de uma hora pra outra. A equipe teve que estudar, se preparar e se especializar para isso, seja fazendo cursos, viajando, e participando com frequência de congressos e treinamentos.
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João da Boa Vista – SP
18 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 Jantar do Empresário 2022
As mãos mágicas do Natal de São João
Mais de 50 profissionais trabalham no planejamento e na construção do Natal da cidade.
POR PEDRO HERNANDEZ
O Natal Mágico de São João da Boa Vista já ganhou os corações dos moradores da cidade e também do grande número de turistas que visitam São João para ver as luzes, a decoração, as atrações culturais e a Parada de Natal.
Há mais de 15 anos, a Associação Comercial e Empresarial (ACE) é a responsável pelo Natal Mágico da cidade, que anualmente evolui nos detalhes e cores. O Natal sanjoanense acontece pelas mãos de muitas pessoas, servidores públicos, funcionários de entidades, voluntários e prestadores de serviços, que começam a pensar na chegada do Papai Noel muito antes de dezembro.
CONSTRUINDO O ENCANTO
O Gilberto Evangelista, é funcionário da Prefeitura, e trabalha há 11 anos na construção da decoração natalina da cidade. Cada árvore, guirlanda ou luz de natal tem um pouco do trabalho dele. O servidor contou que participar da construção de uma data tão especial, é motivo de muita alegria. “A primeira vez que eu vim pra trabalhar, ninguém imaginava como ia ser, mas eu confesso que gostei demais disso. A hora que tudo isso está na rua, montado, aceso, é uma emoção enorme”, ressaltou Gilberto.
O Sebastião Cãndido, que todos conhecem como Guinho , é outro amante da festa. Ele é o responsável pela pintura das estruturas metálicas,
que sustentam as luzes que brilham e encantam os olhos de todos. “Pra mim e eu tenho certeza que pra todos nós aqui, é uma satisfação bem grande participar disso. A gente sai do trabalho às 17h e todo mundo se encontra aqui, cada um com a sua função nas luzes, na pintura, na montagem. Todo mundo fica muito feliz de montar o Natal e ver que a nossa cidade fica ainda mais bonita”, disse Guinho.
Outra mão mágica do Natal é o Seu Sérgio Faustino, que logo logo vai ter o descanso merecido da aposentadoria. Há 6 anos ele vem pro barracão pra fazer um trabalho de artista. É ele o responsável pela pintura dos detalhes dos carrinhos, do rosto do Papai Noel e de
FÁBRICA DE SONHOS
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São utilizados na cidade dois barracões para armazenar e produzir os materiais da Decoração e da Parada de Natal. Neles, trabalhadores armazenam todo tipo de material, como soltado de chumbo, na imagem acima.
TRABALHO ÁRDUO
Serralheiros e eletricistas se desdobram para montar e instalar iluminação nas estruturas metálicas que ganharão as principais ruas da cidade.
ONZE ANOS DE TRABALHO
diversas outras peças. “Pra mim é gratificante demais, ainda mais este ano que o tema é ‘O Mundo Mágico dos Brinquedos’, que pra mim, que sou pai de quatro filhos e já tenho netos, é a chance de ver os rosto de felicidade deles, né. O Natal é muito emocionante, e ver tudo pronto chega até a ser emocionante. Pra você ver, os carrinhos por exemplo, eles chegam no isopor puro, sem cor, e o nosso papel é dar vida pra eles, isso tudo é prazeroso”, contou seu Sérgio.
TRABALHO DE UM ANO TODO
Para a chefe de turismo Lilian Marrique, o Natal de São João é esperado não só pelos moradores, mas também por muitos turistas, comerciantes e famílias. “A gente brinca que nós terminamos um Natal e já começamos a pensar
NOVA EXPERIÊNCIA
Sebastião Cãndido, o Guinho, é responsável pela pintura das estruturas metálicas que sustentam as luzes, que brilham e encantam os olhos de todos nas ruas. "A gente saí do trabalho as 17h e todo mundo se encontra aqui, cada um com a sua função nas luzes, na pintura, na montagem. Todo mundo fica muito feliz de montar o Natal".
no próximo, né? Porque o planejamento começa em fevereiro com a separação de todos os documentos necessários pra montagem do Chamamento Público. São servidores de diversos setores da administração que se juntam aqui no barracão com um único propósito, que é o de fazer com que tudo saia bonito e perfeito para ser instalado nas ruas da cidade” , reforçou.
Segundo a diretora do Departamento Municipal de Turismo, Rose Vasconcellos, o Natal de São João da Boa Vista já se tornou de relevância
regional, atraindo visitantes de várias cidades do estado e do país. “É algo que foi crescendo naturalmente e passou a ganhar uma importância ainda maior neste momento pós-pandemia. Sabemos que esta é a principal data comercial do país e decidimos, portanto, dar a ela a atenção estratégica que merece. Estabelecemos um planejamento para que esta evolução não seja apenas no caráter festivo, mas que faça girar todo um círculo econômico puxado pelo comércio e pelos serviços”, ressaltou Rose.
NÚMEROS IMPRESSIONAM
Em 2022, o Natal de São João conta com 100 milhões de leds coloridos, 18 mil metros de mangueiras de luzes, 13 prédios, praças e ruas decoradas, além de uma programação especial.
Por falar em programação, o outro show à parte é a Parada de Natal, que
Faz onze anos que o funcionário público Gilberto Evangelista tem colaborado com a produção de alegorias e elementos para o Natal de São João. “A primeira vez que eu vim pra trabalhar, ninguém imaginava como ia ser, mas eu confesso que gostei demais disso. A hora que tudo isso está na rua, montado, aceso, é uma emoção enorme”, ressaltou. >
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reúne mais de 200 participantes na avenida, além de uma equipe de quase 100 pessoas envolvendo seguranças, apoio, logística e infraestrutura. “O Mundo Mágico dos Brinquedos” vai levar pra Avenida Dona Gertrudes, um espetáculo à parte. Segundo Ana Claúdia Carvalho, ex-presidente da ACE e coordenadora da Parada, o desenvolvimento das peças começa ainda no primeiro semestre.
“Desde o início do ano a gente já começa a planejar as fantasias, os carros, o tema e até a música que vai tocar durante a Parada. É uma batalha intensa para colocar esse desfile tão lindo na avenida”, disse Ana, que ainda reforçou a importância que a Parada tem para a economia e o turismo sanjoanense.
EMOÇÃO DO NATAL
Há 6 anos, Sérgio Faustino vem para o barracão fazer um trabalho de pintura artística. Agora, próximo de sua aposentadoria, revela que vai sentir falta desse trabalho. “Pra mim é gratificante demais (...) sou pai de quatro filhos e já tenho netos, é a chance de ver os rostos de felicidade deles, né?", comentou. Ele é responsável por coordenar a pintura de materiais e alegorias.
COSTURANDO SONHOS
Além de desenvolver as fantasias, Heloísa, Adriana e Beatriz trabalham em família para tirar as medidas dos alunos dos grupos de dança e teatro, além de costurar fantasias e desenvolver acessórios. Todas as fantasias, acessórios e sapatilhas são dadas gratuitamente aos participantes do desfile, como forma de fomento aos grupos locais, para uso posterior em peças e eventos.
CRIANDO A FANTASIA
As responsáveis por transformar os croquis das fantasias em realidade são a Heloísa, a Adriana e a Beatriz. Desde 2014 elas exercem a criatividade para planejar as roupas e costurar cada lantejoula e veludo nas peças. “O pro -
cesso de criação de uma fantasia não é tão simples assim, levam alguns meses estudando, procurando referências, para cada detalhe e formas de movimentos dos personagens. A sensação que sentimos no dia dos desfiles é uma emoção tão maravilhosa, de dever cumprido e
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EXPERÊNCIA DO CARNAVAL
Valdemar Nascimento é a principal cabeça por trás dos carros e alegorias do desfile da Parada de Natal.
"Pra gente, que já trabalhou como carnavalesco, a hora que tudo isso ‘tá’ montado na avenida é lindo demais!”.
confiança na equipe toda que esteve por detrás de todo desenvolvimento. A magia do Natal é uma das sensações mais perfeitas que o ser humano pode ter. A emoção de relembrar o nascimento de Jesus, a esperança de um ano novo, a união familiar. Acredito que esse ano será um ano muito mais emocionante e muito mais especial”, disse a designer de moda Heloísa Sargaço.
“Desde a primeira Parada de Natal, lá em 2009, a gente já estava aqui pra montar as coisas. No começo a Parada era menor, e foi crescendo e ficando ainda mais bonita ao longo do tempo. Pra gente, que já trabalhou como carnavalesco, a hora que tudo isso ‘tá’ montado na avenida é lindo demais”, disse Waldemar Nascimento, que jun -
to com a esposa Sônia Gonçalves, são os responsáveis por coordenar no barracão, a equipe que constrói os carros e as alegorias da Parada de Natal. Para ele, participar deste processo é “recompensador”.
IMPORTÂNCIA PARA A CIDADE
A realização do Natal Mágico acontece por meio de chamamento público, divulgado pela Prefeitura Municipal de São João da Boa Vista.
Segundo a prefeita Maria Teresinha de Jesus Pedroza, esta parceria entre a ACE e o poder público é essencial. “Não é possível concretizar grandes incentivos ao setor comercial sem que seja dada uma atenção especial ao que os comerciantes e empresários têm
TRABALHO EM EQUIPE
A esposa de Valdemar, Sônia Nascimento, trabalha com o marido na produção da Parada de Natal. Junto com outros colaboradores, ela é responsável por produzir muitas das alegorias que descem a Avenida Dona Getrudes, além de coordenar uma equipe de profissionais nas mais diversas tarefas.
a dizer. E a Associação Comercial tem sido este agente de interlocução. No Natal Mágico não é diferente: a entidade faz parte de toda a estratégia promocional, que envolve também os departamentos de Cultura e de Turismo da Prefeitura”, disse a prefeita.
Para o presidente Associação Comercial, Luis Fernando de Melo, a decoração e os eventos natalinos auxiliam no bom movimento no comércio varejista. A entidade é parceira do poder público na organização do Natal em São João e investe diretamente mais de R$ 60 mil em recursos próprios na organização e divulgação dos eventos – fora outros R$ 760 mil oriundos de recursos do Departamento Municipal de Turismo.
“Nossa cidade tem um PIB [Produto Interno Bruto] que é extremamente dependente do setor de comércio e serviços. Mais de 50% das receitas vêm desses setores. Por isso, para nós sanjoanenses, é tão importante investir na decoração e nos eventos natalinos. Eles são uma forma de ajudar a roda da economia a girar”, explica.
Depois de dois anos sem a realização da Parada de Natal, Luis acredita que a ansiedade vai tomar conta e trazer muita emoção a todas as idades. “A Parada está linda. Com certeza vai encantar muita gente e trazer a alegria de volta aos nossos corações. Natal é momento de renascimento, de paz espiritual e de amor, tudo o que desejamos para o novo ano que está por vir”, afirmou Luis. O evento vai acontecer na Avenida Dona Gertrudes, nos dias 03 e 10 de dezembro, a partir das 20h30. A programação completa de eventos de Natal pode ser consultada no site www.natalemsaojoao.com.br
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Dra. Cherie é certificada como excelente lugar para trabalhar
Agora, a Dra. Cherie é certificada como excelente lugar para se trabalhar, pela Great Place To Work (GPTW) que publica, anualmente, o ranking das Melhores Empresas Para Trabalhar, em âmbito nacional, regional, setorial e temático. Fundada nos Estados Unidos, a GPTW desenvolve o trabalho em mais de 50 países, com objetivo de ajudar empresas a transformarem seu ambiente de trabalho. O certificado obtido pela Dra. Cherie é a coroação da cultura da empresa, servindo, inclusive, como um fator de atração para bons profissionais. Muito mais do status, o selo traz a garantia de boa cultura organizacional e um ambiente de trabalho saudável para o profissional desenvolver suas habilidades e ser valorizado.
Sócia fundadora da Dra. Cherie e diretora de RH, Cacá Navarro, é especialista em formação de times e cultura organizacional. Ela ressalta que a premiação traz uma conquista ímpar : "é um orgulho receber essa certificação porque nos mostra que estamos no caminho certo. Nós realmente acreditamos nessa valorização do colaborador! Este é um trabalho que a gente vem desenvolvendo desde a criação da Dra. Cherie, que é ter uma cultura positiva, de felicidade dentro da empresa. Esta certificação é uma honra porque valida todo esse carinho, esse trabalho que a gente vem fazendo de cuidar das pessoas”, comenta. Criada em 2014 pelas irmãs Ana Carolina e Ana Cecília Navarro, a Dra Cherie se tornou referência nacional e internacional no ramo de jalecos e scrubs - pijamas cirúrgicos - que oferecem cor, forma e uma identidade única para cada profissional em suas especialidades. Os modelos são inspirados nas últimas tendências da moda e lifestyle, encontradas nas passarelas nacionais e internacionais. Além dos carros-chefe, a marca evoluiu e hoje conta também
com linhas especiais de vestuário e acessórios para o dia a dia. Além disso, a conta com grandes collabs de sucesso como a Disney, Mattel, PatBO e Smiley, proporcionando linhas especiais e exclusivas.
Atualmente, além da matriz localizada em São João da Boa Vista, cidade onde nasceu a marca com atuação no e-commerce, a Dra. Cherie possui loja em sete pontos físicos em locais de reconhecimento do mercado pelo público - contando a nova loja, inaugurada recentemente em Curitiba (PR). Isso sem contar o Café Cherie, situado ao lado da loja física, em um local nobre na região da Oscar Freire, em São Paulo. Os mais de 150 funcionários podem, a partir de agora, afirmar que trabalham em uma das melhores empresas para do Brasil. Sara Gomes, atualmente, coordenadora de produção da Dra. Cherie, começou sua trajetória na empresa como estagiária, aos 16 anos, passando por vários setores até assumir a coordenação. Hoje, aos 22, ela se orgulha do local
de trabalho. “A Cherie é um lugar muito especial para se trabalhar. A gente se sente em família. A gente merece ter conquistado tudo! Eu digo a gente porque o sonho não é só da Cacá ou da Cici ou dos gestores, é um sonho da equipe. Nós queremos ouvir falar da Cherie e sermos diferenciados e inovadores”, explica. Segundo Cacá Navarro,"nossa marca, além de focarmos em moda, bem-estar e proporcionar produtos de alta qualidade, quer levar propósito e gerar amor, e isso não só para os clientes. Nosso propósito começa dentro da empresa, com os nossos funcionários. Eles são a chave para o nosso negócio dar tão certo e sempre com muito amor e carinho em tudo o que fazemos". "Estamos muito felizes com esse reconhecimento", finaliza.
28 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 negócios
INFORME PUBLICITÁRIO
36 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 Jantar do Empresário 2022
Hortas: do campo para a cidade
O cultivo de hortaliças e outras plantas pode melhorar a relação das pessoas com a natureza e sua alimentação, mesmo em centros urbanos.
Com a vida corrida, estímulos digitais e tantos dispositivos on-line, o contato com a natureza é cada vez mais difícil e breve. Além disso, manter hábitos saudáveis, como comer bem, torna-se cada vez mais desafiador. Quem nunca parou para engolir uma coxinha, com tantos afazeres para resolver na hora do almoço? Ou se pegou mastigando bolachas durante o trajeto do circular? Mesmo em casa, muitas vezes, é impossível ter tempo para comprar os ingredientes e cozinhar no mesmo dia.
Diante de tal realidade, muitas pessoas procuram maneiras para incrementar a própria realidade com um pouco de verde e deixar hábitos nocivos em busca de qualidade de vida. Mais do
que isso, estimular o contato frequente com a terra pode trazer inúmeros benefícios: redução de estresse e hipertensão, ajuste de níveis de cortisol, melhora da saúde mental, desenvolvimento da memória e até redução do risco de miopia para crianças.
São João da Boa Vista está em 50º lugar no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), segundo os dados mais atualizados (2010) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de fatores sociais, culturais e econômicos, ruas arborizadas, praças conservadas e a proximidade a matas, cachoeiras e outros espaços verdes, contribuem para essa posição por aumentar a interação entre
pessoas e natureza.
Locais verdes, como as hortas urbanas, são uma alternativa moderna e ecológica de bem-estar e abastecimento para cidades – sobretudo as mais afastadas da zona rural. Algumas das principais vantagens do modelo, em quase todos os casos, é a redução no desperdício de alimentos; valores mais acessíveis para clientes; cultivo sem agrotóxicos; menos poluição (por usar pouca ou baixa automatização) e zero desmatamento.
HORTA URBANA
A empresária Cesarina Mattos (foto abaixo), proprietária de uma imobiliária, orgulha-se de sua horta, cultivada em uma área urbana próxima ao Tribunal de Justiça, a um centro universitário e a
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POR MATHEUS LIANDA
Foto: Matheus Lianda
HORTA URBANA
A empresária Cesarina Mattos, proprietária de uma imobiliária, orgulha-se de sua horta e considera o espaço uma grande herança para suas netas.
“É um pedacinho de terra dentro da cidade, mas o valor é inestimável".
uma escola particular. “Eu tenho pepino, berinjela, limão galego, limão cravo, tomatinho cereja, um pé de goiaba com um sabor maravilhoso, amora, manga, três pezinhos de jabuticaba, vários tipos de plantas medicinais, como erva-cidreira, ora-pro-nóbis, guaco, hortelã e manjericão”, enumera. “Posso dizer que é minha recreação. Estar ali me faz muito bem, é um espaço maravilhoso”.
Quem cuida do espaço de cerca de 5 mil m² é o jardineiro Paulo Donizeti Roque. “As pessoas podem vir aqui e comprar as hortaliças diretamente com o Seu Paulo, é um senhor apaixonado por terra, que ama o que faz. Ele planta, colhe e vende, tudo com muito amor e carinho”, conta Cesarina. “Nós não usamos nenhum tipo de agrotóxico, o único adubo é o esterco de origem animal”.
A plantação é dividida entre horta, pomar e jardins com muitas flores. Além de proporcionar hortaliças, legumes, frutas e temperos frescos, a proprietária frisa os benefícios medicinais de algumas plantas. “O boldo ajuda o fígado; o limão cura problemas digestivos; o ora-pro-nóbis, a anemia e vários outros tipos de doença”, cita. “Toda noite, faço um chá de erva-doce em casa, a família vem e toma. É um estilo de vida
que adotei, vindo do meu pai. Tudo é tirado da horta”. Ela considera o espaço uma grande herança para suas netas. “É um pedacinho de terra dentro da cidade, mas o valor é inestimável. Eu não pretendo vender nunca, e sei que meus filhos e netas também não vão, porque eles têm o mesmo pensamento”, afirma. “É uma bênção divina, tudo que se planta ali, nasce”.
VÍNCULO NATURAL
A conexão da proprietária da horta com o meio ambiente remonta à sua infância. “Meu pai adorava a natureza, tinha uma fazenda da qual adorava cuidar, pegando na enxada, tirando ervas daninhas e matos”, recorda. “Talvez seja por
isso que eu tenha tanto prazer e alegria por estar em um espaço como esse. Sempre procurei mostrar, tanto para meus filhos quanto para minhas netas, o valor da terra, que devemos ter respeito por ela; e cada vez que eu estou na horta, de coração, eu me emociono por ver que tudo transcorre com muito amor”. Por ter sido uma propriedade inalterada por décadas, a ideia de Cesarina estruturar uma horta ali gerou incredulidade. “Meu marido fez as divisões na terra, já fazia uns cem anos que não era tocada, foi uma herança dos antepassados de seu avô, o Seu Felício Rossi. Disseram 'Você está louca, vai fazer o que aqui?' Na época, um menino estava ajudando a construir uma fazenda no Bairro Alegre, tirava muita terra de lá e precisava colocar em algum lugar. Ele me perguntou se podia ser nessa área, e eu achei uma maravilha”, recorda. “Ele botou vários caminhões de terra e, devagarzinho, nós fomos ajeitando, o Seu Paulo e eu”.
ONDE FICA?
A horta urbana da Cesarina, cuidada pelo Seu Paulo, está localizada na Av. Dr. Octávio da Silva Bastos, 02. E se você está pensando em começar a cultivar uma horta, ela se coloca à disposição para ceder o fertilizante, bem como terra e mudas, e deixa o incentivo: “Tudo depende de você, de seu empenho e sua conexão com a Terra".
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> Foto: Matheus Lianda Foto: Matheus Lianda
Cesarina também propõe aos leitores criar uma ligação espiritual com a natureza. “Eu sinto a terra como uma energia muito poderosa”, explica. “Gosto de colocar o pé no chão, há um descarregamento poderoso de energias negativas. Acho que todos precisamos nos transformar, nos voltar mais para o nosso interior, mudar a forma de pensar, sermos mais humildes e humanos, ter respeito pelo próximo. A humanidade está falhando, foi isso que me despertou o desejo de cuidar do planeta Terra”, conta. “E durante a minha vida inteirinha, Deus esteve ao meu lado. Eu só tenho que ter muita gratidão”.
A horta urbana da Cesarina, cuidada pelo Seu Paulo, está localizada na Av. Dr. Octávio da Silva Bastos, 2. E se você está pensando em começar a cultivar uma horta, ela se coloca à disposição para ceder o fertilizante, bem como terra e mudas, e deixa o incentivo: “Tudo depende de você, de seu empenho e sua conexão com a Terra. Tem que começar. Em apartamentos, pode-se usar vasinhos, floreiras. Só precisa querer”.
INDOOR
Na cidade, muitas pessoas não dispõem de um terreno ou quintal com espaço
suficiente para cultivar uma horta nos moldes tradicionais – ainda bem que, hoje em dia, existem outras opções, como as hortas indoor, ou seja “internas”, que podem ser cultivadas dentro de casa. A atividade pode se destinar à alimentação ou mesmo à decoração.
O professor de Paisagismo do curso de Arquitetura e Urbanismo do centro universitário Unifeob, José Edwalto de Lima Junior, é mestre em Sustentabilidade do Ambiente Construído pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele diz que as hortas indoor podem ser cultivadas em qualquer ambiente de uma residência. “Se o objetivo for a composição estética, como elemento decorativo, podem ser implantadas em quartos, banheiros e áreas externas; se visar também o consumo das espécies, o mais indicado seria dentro ou próximo à cozinha ou área gourmet”, indica.
De acordo com José Edwalto, os principais benefícios são o baixo custo de investimento em equipamentos e insumos; pouca área de ocupação; boa adaptabilidade a locais pouco utilizados; praticidade (não requer mão de obra especializada nem cuidados extremos); além do bem-estar (a prática pode ser tornar prazerosa e gratificante). “Na
Onde montar a horta?
arquitetura, as hortas indoor podem ser propostas como elementos de composição dos ambientes, complementando a ideia do projeto de interiores. São indicadas principalmente para apartamentos, que costumam ter ambientes bem limitados”, afirma o professor. “No paisagismo, são uma estratégia para quem busca um estilo de vida próximo à natureza, com consumo imediato de alimentos mais saudáveis, um público específico que gosta e encara o manuseio como um hobby doméstico”.
TRABALHO E PACIÊNCIA
Mas ele alerta sobre a necessidade de dedicar um tempo definido para o cultivo e a manutenção: “É preciso ter paciência e satisfação no ato de cuidar das plantas. Muitas pessoas não simpatizam com a ideia, buscam mais objetividade no dia a dia; outras dizem gostar, mas não têm tempo, ou simplesmente não se arriscam na atividade”, exemplifica. “Por isso, profissionais de Arquitetura e Paisagismo precisam avaliar o perfil de cada cliente para indicar ou não essa prática. Implantar uma horta indoor em casa é ter um novo estilo de vida, e nem todos se adaptam”.
A paixão de Cesarina pela natureza,
Confira as dicas do professor de Paisagismo da Unifeob, José Edwalto de Lima Junior, e identifique o melhor ambiente para construir um espaço tão agradável quanto o de Cesarina. Priorize locais com boa iluminação natural e pouca ventilação: algumas espécies podem receber um banho de sol, desde que em um curto período de tempo –o mais apropriado é pela manhã. Evite lugares extremamente secos ou onde as plantas possam ficar expostas a fumaça (como churrasqueiras e fogões) e insolação direta: como estão compactadas em nichos ou pequenos vasos, suas raízes têm uma área de expansão limitada, então são mais vulneráveis a temperaturas extremas. Sempre tenha moderação e sensibilidade. Afinal, por mais que estejamos falando de alimentos ou decoração, são seres vivos, certo?
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Foto: Reprodução Internet
HORTAS INDOOR
De acordo com José Edwalto, entre os principais benefícios são o baixo custo de investimento em equipamentos e insumos, praticidade, além do bem-estar.
“Se o objetivo for a composição estética, como elemento decorativo, podem ser implantadas em quartos, banheiros e áreas externas; se visar também o consumo das espécies, o mais indicado seria dentro ou próximo à cozinha ou área gourmet”.
por outro lado, é tão grande que, mesmo dentro de sua casa, no quintal, arranjou mais um espacinho para um pequeno pomar. “É só um quadradinho, mas tem dois pés de manga, pé de limão, etc”, conta, orgulhosa. “Eu sinto que nossa Mãe Terra nunca vai deixar faltar nada para os seus filhos, desde que estejamos em conexão com ela, porque nós já praticamos muito desamor, estragamos e machucamos demais o planeta. Por isso, eu só tenho gratidão, gratidão e gratidão pela vida.”
MICROPLANTAS
E se um dos principais benefícios das hortas – especialmente aquelas mais próximas de onde a maioria da população vive – é a melhora na qualidade dos alimentos, vale a pena mencionar uma predisposição cada vez maior na horticultura: o cultivo e consumo de microplantas ou microverdes. “São espécies que deixaram de ser um broto, mas não atingiram a fase baby leaf, em que podem ser colhidas precocemente para consumo e comercialização”, explica o professor José Edwalto. “Por serem bem pequenas, podem compor pequenos espaços para efeitos estéticos ou de consumo, já que se caracterizam por serem mais saborosas e concentrarem maior quantidade de nutrientes”.
Segundo o blog Plantei, onde há disponibilizados vários materiais informativos sobre hortaliças e plantas em geral, a colheita dos microverdes deve ser feita entre 7 e 21 dias após a germinação, quando as primeiras folhas estão totalmente desenvolvidas e já ocorre a presença de folhas verdadeiras. Algu-
mas, como o manjericão, chegam a concentrar 40 vezes mais nutrientes do que em sua fase adulta. Além disso, elas têm um ciclo de cultivo muito mais rápido e necessitam de um espaço mínimo para se desenvolver, por serem cultivadas em bandejas ou mantas de fibra de coco. “Está se tornando uma tendência atual, principalmente no mercado gastronômico; a competitividade por pratos exóticos e sabores personalizados entre os estabelecimentos alimentícios e amantes da culinária, cresce cada vez mais”, finaliza José Edwalto.
MODERNIDADE NA TERRA
A elaboração de uma horta indoor não precisa estar separada da tecnologia. Uma releitura feita pela startup Yes We Grow, por exemplo, propõe espalhar plantas com o objetivo de ajudar pessoas a resgatarem o hábito milenar do cultivo. A grande diferença é a assistência prestada: eles desenvolvem a terra perfeita para o plantio, composta por turfas (material decomposto de origem vegetal) misturadas a bionutrientes e pedras vulcânicas, para segurar melhor a água no vaso.
O apoio a jardineiros de primeira viagem segue com a possibilidade de adquirir vários outros produtos totalmente pla-
CULTIVO SIMPLES
Muito fala-se no cultivo indoor, ainda assim muitas pessoas não fazem ideia do que se trata. O cultivo indoor é um método de cultivo viável e que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive as que não dominam os conhecimentos necessários para o desenvolvimento de plantas de qualidade.
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Foto: Arquivo Pessoal
nejados: kits de microplantas, kit de mudas, vasos autoirrigáveis, adubos e outros acessórios, além de uma completa horta inteligente – com sistemas de irrigação e iluminação automatizados.
“Desenvolvemos pensando nos apartamentos, que geralmente não têm incidência suficiente de luz solar”, conta o fundador e diretor executivo Rafael Pelosini. “Cresci vendo meus avós e minha mãe plantarem. Queria retomar esse hábito, mas me vi adulto sem saber cultivar um pé de manjericão. Quando a pessoa começa a plantar, ela ganha um novo ritmo, porque é impressionante como a gente perdeu isso no mundo digital. As coisas são muito rápidas”.
Para conhecer mais sobre o negócio, acesse o site oficial da startup: yeswegrow. com.br. “A proposta é apoiar todo mundo que quer cultivar e permitir que os usuários sigam alguém que cultive o mesmo tipo de planta, interajam com outros participantes e se conectem a produtores para comprar direto deles. Nossa ideia é deixarmos de ser o único fornecedor para virarmos um marketplace”, finaliza. A
STARTUP
A startup de agricultura urbana Yes We Grow deseja difundir um novo conceito: “from kitchen to table”, ou seja, da cozinha (do consumidor) para sua própria mesa. Resumindo, você pega na hortinha ou no vaso que plantou ali na cozinha mesmo alguns dos ingredientes que vai usar para preparar uma refeição. A partir da esquerda: Rafael Pelosini, André Moraes e João Levy, fundadores da Yes, We Grow.
Foto: Reprodução Internet
Uma sanjoanense em campo
Alinne Fanelli se destaca no jornalismo esportivo nacional.
POR ALÉXIA MELISSA
SOB SUPERVISÃO DE JOSÉ DIAS PASCHOAL NETO
Criada em um lar onde se respira futebol, Alinne frequentava, desde criança, diversos gramados de São João da Boa Vista. Seu pai, tio e avô jogaram futebol em times amadores e profissionais da cidade. Mas foi quando seu tio Teté Fanelli virou treinador que ela conseguiu acompanhar melhor. “Sempre quando possível, eu assistia aos treinos na Sociedade Esportiva Sanjoanense. Quando os jogos eram em São João eu ia, às vezes, fora também”, Alinne lembra, com nostalgia. A repórter afirma que isso a ajudou a encarar o mercado com mais naturalidade.
Desde que ingressou em Jornalismo na UNIFAE, em 2007, todos seus trabalhos tiveram como tema o futebol. Já no primeiro mês de curso, começou a trabalhar de maneira voluntária. “Ter feito a graduação em São João me possibilitou navegar por diferentes áreas do jornalismo e aprender em todas elas. As aulas práticas foram me dando a certeza de que estava no lugar certo. Tive oportunidade de aprimorar meu texto e treinar desenvoltura diante das câmeras”, conta Alinne. O primeiro emprego fixo, porém, por muito tempo, não foi como jornalista, mas sim no departamento de marketing da Conexão, antiga BVCi
AMOR PELO ESPORTE
E claro que, se todo trabalho feito na faculdade foi sobre esporte, o seu trabalho de conclusão de curso não poderia ser ser diferente. Alinne pensou numa obra sobre o Luís Roberto de Múcio, pelas suas origens na imprensa esportiva de São João da Boa Vista e na Rede Globo Foi assim que nasceu o livro-reportagem Lances de uma vida, uma biografia de Luís Roberto. “Ele aceitou o convite na hora e adorou o livro”.
Foi em 2010 que Alinne se formou. A jornalista já trabalhou em veículos de
Comunicação sanjoanense, como o jornal O Município e a TV Serra Azul. Em 2012, conseguiu um contato com o editor do website da Folha e disparou e-mails para saber se havia vagas. Depois de muita persistência, surgiu um trabalho temporário de quinze dias após os Jogos Olímpicos de Londres. “Depois disso, me ofereceram uma oportunidade para trabalhar quinze dias por mês. Na ocasião, recusei por conta da minha pós-graduação em Jornalismo Esportivo, na FMU”. No final daquele ano, veio outro convite e ela começou a alternar matérias para o site e para o jornal. “Foi o período em que comecei a cobrir os treinos dos times de São Paulo. Ainda sem contrato de trabalho, era a
46 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 esportes
Fotos: Arquivo pessoal
freelancer que cobria as faltas de setoristas dos clubes paulistanos”.
RUMO A SÃO PAULO
O maior desafio foi sair de São João e buscar trabalho na capital paulista, sem conhecer ninguém. Mesmo sem saber se daria certo, ela encarou. “Esse foi um passo muito importante. Trabalhei por seis anos no Grupo Folha, entre Folha de São Paulo e Agora São Paulo”. Antes de morar na cidade grande, a jornalista admirava muito a Renata Fan. Depois que se mudou e começou efetivamente a trabalhar na área, passou a admirar também aqueles que talvez não sejam tão conhecidos, mas que estão na luta diariamente e são excelentes profissionais. Alinne cita uma das pessoas que admira: “O Eduardo Affonso, dos canais Disney. Ele é um grande amigo e mentor”. Com uma trajetória cheia de garra, força de vontade e muita competência, atualmente Alinne Fanelli é repórter esportiva da rádio BandNews FM, empresa em que trabalha desde 2018. Ela faz as coberturas das partidas, entrevistas e ancoragem. Também divide um podcast com amigos setoristas sobre
o São Paulo FC, o Isso é São Paulo. Sobre ser mulher no jornalismo esportivo, Alinne acredita que hoje em dia não se pode mais falar disso como se fosse algo separado, e ressalta: “As mulheres estão na área por mérito e competência, com cada vez mais abertura. Precisamos tratar isso como comum e não como diferente”. Em 2020, o decano do jornalismo, Milton Neves a descreveu como a melhor repórter esportiva da atualidade. “Aline Fanelli tem voz de jornalista esportiva, tem conhecimento profundo, uma simpatia e uma capacidade de improviso notáveis. Nunca tivemos uma repórter tão fluente”, Fanelli foi a vencedora da categoria Repórter de Rádio, da premiação Mais Admirados da Imprensa Esportiva, em 2021. A
Foto: Arquivo pessoal
Perfil dos empreendedores
POR DANIELA PRADO
Com tantas transformações impostas pela pandemia, que gerou uma palavra de ordem - reinventar(se)-, empreendedores dos mais diversos segmentos precisaram abusar da criatividade para descobrir novas maneiras de fazer seu negócio "sobreviver" à Covid-19. O propagandista de medicamentos e farmacêutico Carlos Eduardo de Paula Valim, que mantém a Valentina’s, e o comunicador Cristiano Mistura Dorico, empreendedor de Turismo responsável pelo King Park Adventure, contam como driblaram este período, saindo dele com sucesso.
Há quanto tempo, a Valentina's existe e como você resolveu iniciar este empreendimento?
A Valentina's iniciou-se em 2016, como um sonho que partiu de meu pai, Newton Valim, juntamente com minha mãe, Maria Lúcia Vasconcellos de Paula Valim, que nos ensinaram todos os princípios de como gerir uma empresa. E mais, de como tratarmos um ser humano, com respeito, integridade, sem olhar a classe social, mas olhar cada um como pessoas iguais a nós. Um atendimento respeitoso, com carinho, para que todos pudessem se sentir acolhidos da melhor forma possível. Juntos, decidimos criar um local que agregasse comida saudável, sucos e vitaminas feitos com produtos frescos e naturais, a um atendimento diferenciado. Tudo isso com um preço justo, para que toda a população pudesse frequentar. Eu sou vegetariano, em particular, e estava cansado de comer comidas industrializadas, congeladas, com temperos pesados, que eu ‘lembrasse’ delas no restante do dia. Tudo foi amadurecendo, e com ajuda da minha família, criamos a Valentina's.
Como foi o começo? O público, acostumado a fast foods
e lanches que levam ingredientes mais ‘pesados’, aceitou bem a proposta de opções mais saudáveis?
No início já foram superadas as nossas expectativas. O público nos acolheu muitíssimo bem. Aos poucos, foram surgindo novas sugestões de cardápio e assim fomos ganhando esse mercado que, no município, ainda era pouco ou nada divulgado. Como dito anteriormente, criamos um modelo de comer uma comida mais leve, com produtos frescos e naturais, o que propicia melhor qualidade de vida aos nossos amigos e clientes.
Pode-se considerar que o negócio prosperou, pois continua firme e em novo espaço, mais amplo. Porém, houve momentos de insegurança?
Momentos de insegurança nos sondam a todo instante, já que nosso País nos assombra a cada dia. Mas, graças a Deus, com nosso novo espaço, estamos conseguindo acolher várias pessoas que antes não nos conheciam, por conta do ambiente que tínhamos ser fisicamente menor. Hoje podem ir lá com seus familiares e amigos. Isso está suprindo muito o momento atual. Creio que tudo que Deus faz é perfeito e
48 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 empreendedorismo
Leo Beraldo /
Foto:
Cromalux
estamos batalhando para, a cada dia que passa, sermos melhores no que fazemos, para atender a população da melhor forma possível.
Qual a 'receita' para superar a pandemia?
Como vocês driblaram o período em que tudo fechou? Creio que ainda não superamos. Vestígios e sequelas ainda nos rondam, pois o impacto no ramo alimentício foi drástico. Tínhamos a ideia da ampliação e, com isso, fomos nos preparando. Tivemos que adiar esta ideia, por bem dizer, por 2 anos, e utilizar dos recursos para manter nossos funcionários e as portas abertas neste período de muita tristeza e dor que passamos. Sempre digo: o dinheiro não será recuperado, pois com o dinheiro dessa época, foram junto famílias, vidas, respeito, dignidade e a esperança de um mundo mais humano. O que foi perdido nesse período, nada substituirá!
E quais conselhos você daria a quem pretende empreender, sobretudo no setor de alimentação?
Meu conselho seria empreender no que você ama --no meu caso, alimentos saudáveis-, pois não tem nada mais prazeroso do que trabalhar com o que a gente ama. Depois, com certeza, é trabalhar com produtos de qualidade, sempre visando, não somente o que nos dá lucro, mas o que nós mesmos gostaríamos de ver servidos. Temos que trabalhar com o intuito de servir o melhor. Se almejamos o melhor, que seja pra todos.
Buscar um diferencial favorece o sucesso do empreendimento?
O diferencial sempre será a cereja do bolo. E creio que o nosso seja ao carinho e cuidado com tudo o que fazemos, nos respeitando, respeitando nossos clientes e tentando nos qualificar, para sermos referência em nosso ramo. Fazemos tudo com muito amor e zelo, e nos denominamos a "Família Valentina's", pois queremos que todos se sintam em casa!
Desde quando o King Park Adventure existe? Em qual ano foi oficialmente fundado?
O King Park existe como sonho desde janeiro de 2019, mas os trabalhos de construção efetiva do projeto se iniciaram em março de 2019. Dessa data, até março de 2020, foram concluídas as etapas necessárias do projeto, para que a abertura ocorresse no mesmo mês, e assim foi. A inauguração oficial ocorreu nos dias 07 e 08 de março de 2020.
Qual o motivo principal que o levou a pensar neste empreendimento e como este foi planejado, até tornar-se real?
O King Park Adventure é o maior e mais amplo investimento feito em turismo na região, nos últimos 50 anos. Ele nasceu para potencializar a força de Águas da Prata (SP) como destino turístico no cenário nacional, fomentando assim o desenvolvimento do setor de Turismo e de todos os
outros ligados diretamente a ele. Sua atuação comercial foi planejada para promover o esporte, a cultura, o turismo pedagógico, o entretenimento de qualidade, a natureza e todas as suas causas.
A intenção é que a estrutura do parque - pista de caminhada, pista de mountain bike xco, teatro de arena, pista de bike kids, pista de velocross, mirante, playground, vista panorâmica, bar e praça de alimentação, assim como sua programação de atividades e eventos, atraia um grande fluxo turístico e este movimente outros serviços importantes para o desenvolvimento do nosso município, como hospedagem, alimentação fora do lar, transporte, comércio local e outros empreendimentos turísticos. Esse foi o plano, o objetivo principal e assim tem sido nos dias atuais. Não temos economizado esforços para essa engrenagem coletiva se movimentar cada vez mais e com mais força.
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Foto: Leo Beraldo / Cromalux
No início, chegou a dar aquela insegurança, típica de quem se lança a um novo desafio?
O início sempre é desafiador ao extremo. Empreender no Brasil, numa cidade pequena, do interior, com um negócio inovador e fora dos padrões do mercado local, com poucos recursos financeiros e humanos é uma luta que só se vence com muito trabalho duro, propósito alinhado, planejamento estratégico e amor envolvido. A falta de políticas públicas e legislação que incentivem o turismo e o desenvolvimento dos empreendimentos, com certeza deixa maior a sensação de insegurança, ainda mais no início do negócio. Por isso as questões ligadas ao planejamento estratégico, as análises de mercado e perfil de público-alvo se fazem tão fundamentais, principalmente nesse início. Muitas vezes é preciso desapegar das questões pessoais, do tempo livre, aumentar a dose de dedicação e até de esforço físico para que as ações saiam do papel e tudo aconteça conforme planejado. É puxado, embora constantemente recompensador.
De lá para cá, quais os principais problemas que surgiram e como vocês se organizaram, a fim de superá-los? Legislações de incentivo, dificuldade de crédito para investimentos e falta de mão de obra têm sido os principais desafios durante nosso caminho. Isso limita muito o desenvolvimento de qualquer negócio. Driblar essas questões é um desafio diário. Temos atuado dentro do que a legislação permite e utilizado órgãos municipais - como o Comtur, por exemplo - para sugerir ações, projetos e legislações que possam facilitar esse caminho. E buscado capacitação técnica e meios estratégicos para prospectar editais, programas e oportunidades que nos permitam, por meio de recursos financeiros, acelerar nosso processo de desenvolvimento e antecipar toda a onda de benefícios para Águas da Prata e região, que virá com ele. A valorização da equipe, a participação do time com ideias e sugestões, o reconhecimento por resultado, o ambiente motivacional, liderança participativa, oferta de treinamento e de ferramentas ideais para a prestação do serviço e o cumprimento
dos combinados com a equipe diminuem a rotatividade e custos ligados à contratação. Além disso, a satisfação do time aumenta, o padrão de qualidade se mantém e o cliente percebe tudo isso. Essa é nossa maneira de reter talentos e não ter grandes problemas ligados à falta de mão de obra.
Como o King Park Adventure se reinventou na pandemia, para continuar em atividade?
Num primeiro momento, tivemos um grande impacto, por estarmos fechados ao público e ao mesmo tempo precisar manter os serviços de manutenção do espaço, que é bem amplo. Direcionamos recursos pessoais para o projeto e fomos para a linha de frente das ações, visando reduzir custos. Fase difícil, mas desistir jamais foi opção! Num outro momento, tivemos o caminho inverso, pois tínhamos a estrutura ideal para estarmos abertos, mesmo durante a segunda fase da pandemia. Tivemos um ‘boom’ de posicionamento de marca e frequência de público, daí o desafio foi se adaptar a esse grande volume de maneira imediata. Ambas as fases deixaram grande aprendizado e nos ajudaram a construir o que hoje é um modelo de sucesso, que tem feito feliz a quem vem pra cá.
Deixe um conselho para quem pretende empreender, independentemente do setor almejado para o negócio. Tenha certeza de que o negócio te fará feliz, além de só trazer recursos financeiros. É um bom começo para decidir no que empreender. Se não houver alinhamento pleno de propósito pessoal e profissional, o caminho será muito mais difícil. Entenda suas habilidades como profissional e as direcione de maneira estratégica. Busque capacitação técnica, faça networking, pense fora da caixa, não meça esforços, analise indicadores do seu cenário, pesquise referências, ouça seus clientes, registre suas ideias, faça conexões com pessoas, empresas e instituições relevantes, crie constantemente diferenciais inovadores, crie um modelo de atendimento personalizado, faça revisão constante dos seus resultados e tenha muito amor envolvido em tudo que fizer. Empreender passa por todo esse caminho. Não é garantia de nada mas, assim, as chances de dar errado diminuem bastante. A
ANGLO ANGLO SÃO JOÃO SÃO JOÃO NINGUÉM TEM TANTAS CONQUISTAS. NINGUÉM FAZ TANTO PEL A EDUCAÇÃO. Ensino Fundamental 19 3623- 4818 19 97151-3541 Ensino Infantil Tigrinho 19 99717-6809 Ensino Infantil Acalanto 19 3622-2909 Ensino Médio e Pré-Vestibular 19 3623 -3361 19 99941-9649 MATRÍCUL AS ABERTAS AGENDE UMA VISITA
Aperfeiçoamentos enxadrísticos
POR MARCELO PIRAJÁ SGUASSÁBIA
Embora de origem controversa, indícios apontam que o xadrez pode ter sido inventado na China, cerca de 200 anos a.C. Entretanto, antes de se espalhar pelo mundo, o jogo precisou passar pela avaliação do imperador à época. Consta como sendo dele o parecer que segue:
• Para início de conversa, é um jogo mal pensado.
• Comecemos pelo Bispo. Bispo chinês é meio fora de contexto. Ainda se fosse monge, vá lá.
• Os cavalos. Eles andam em "L", o que significa um alcance de movimentação muito maior que a dos peões, que seguem de casa em casa e andam apenas para a frente. Só que é de se supor que os peões tenham domínio sobre os cavalos e sejam os donos deles. Seria razoável que os guerreiros, no jogo, valessem mais que suas montarias. Entretanto, o peão vale 1 e o cavalo vale 3. Outra aberração: cavalo e Bispo valem, igualmente, 3 pontos. Como pode um religioso graduado valer a mesma coisa que um quadrúpede?
• Vamos agora à Dama, e minha crítica à função desta peça é severa. Damas devem ficar em casa em tempo de guerra.
Nada justifica a sua extrema liberdade de movimentação no tabuleiro e o fato de ser a peça mais importante e valiosa do jogo. Esta desenvoltura da dama em campo de batalha soa falsa, não corresponde à realidade. Fora isso, a expressão "comer a Dama", que consta nas instruções enviadas para avaliação junto com o jogo, é bem vulgar.
• O Rei anda de um em um. É quase que um prisioneiro. Não protege, só pode ser protegido. Isso é papel de um monarca valoroso? Afinal, o Rei deste jogo é um Rei de verdade ou é um tutelado? Eu, como imperador, não permitirei esta caricatura.
• O tabuleiro parece pequeno para tantas peças. Há momentos em que fica tudo meio que embolado. Aumentar o campo de batalha de 64 quadrados para 128 pode deixar tudo mais "arejado", com maior liberdade de movimento.
• Por falar em movimento, como é possível que as torres se movam? O criador deste jogo deve ser um psicopata ou usuário de droga alucinógena.
Minha avaliação geral: um jogo burro e infantiloide, sem futuro. Nossos chineses, proprietários de lojas de 1,99, certamente ficarão com os estoques encalhados. A
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crônica
Foto: Pexels
Da genética ao preparo da carne
Casa de Carnes Mantiqueira segue cinco pilares para garantir qualidade do produto.
A segmentação de mercado, que procura oferecer produtos diferenciados aos consumidores, chegou aos apreciadores da carne em São João da Boa Vista pelas mãos de um grupo de empresários que investiu na Casa de Carnes Mantiqueira.
Localizada na Avenida Dr. Durval Nicolau, nº 2.538, o empreendimento nasceu a partir da idealização de uma família e amigos, tradicionalmente envolvidos com o agronegócio. Eles tinham como desejo comum abrir um empreendimento em que fosse possível realizar a verticalização da carne, ou seja, em que pudessem acompanhar não só os processos tradicionais de criação e abate do gado, executados pela maioria dos pecuaristas, mas também os de desossa, fracionamento e comercialização. O projeto deu tão certo, que tomou um rumo muito maior do que o planejado, e juntos, os sócios inauguraram também um restaurante, localizado no segundo
andar da loja de carnes: o Carnes Mantiqueira Bistrô. No ano de 2020, Joaquim Pessanha Filho, também conhecido como Kico, administrador, foi convidado para fazer parte da sociedade e se apaixonou por todo o processo. Atualmente, ele é o único proprietário do Carnes Mantiqueira e do Carnes Mantiqueira Bistrô, e segue dando continuidade ao árduo trabalho e legado dos ex-sócios, ao lado dos mais de 25 colaboradores. Para além da verticalização das carnes, o diferencial da loja provém do atendimento especializado e do cuidado para com o critério de escolha da carne ideal, cujo controle de qualidade é baseado em cinco pilares: genética, nutrição, bem-estar animal, manipulação e preparo.
GENÉTICA
A carne comercializada pelo Carnes Mantiqueira é, exclusivamente, de novilhas meio sangue Angus, geradas a partir do processo de inseminação artificial em vacas Nelores, com
TRATAMENTO DIFERENCIADO
“O bem-estar animal é muito importante. Uma nutrição balanceada, somada ao tratamento e abatimento adequados, evitam o estresse animal, que causa o enrijecimento da carne. Esses cuidados, portanto, fazem toda a diferença”, explica Joaquim Pessanha Filho.
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negócios
POR NICKOLAS SANTOS E MAYQUELE LOIOLA
DIFERENCIAIS
Segundo Joaquim Pessanha Filho, proprietário do Carnes Mantiqueira e do Carnes Mantiqueira Bistrô, além da verticalização das carnes, o diferencial da loja provém do atendimento especializado e do cuidado para com o critério de escolha da carne ideal.
sêmen de touros selecionados da raça Angus. Essa fusão genética une as melhores características das raças, isto é, a rusticidade e adaptabilidade da vaca Nelore à precocidade, maciez e marmoreio da raça Angus. O resultado é obtenção de uma carne com excelente marmoreio, termo que faz referência a peças de mármore que possuem listras em sua composição, e garante maciez e sabor diferenciado. “(..) quando você observa o mármore, é possível identificar rajados na pedra. A carne do animal Angus, apresenta essa mesma característica. Entre a carne vermelha existem veias de gordura, que estão totalmente ligadas ao sabor e maciez da peça. Ainda é importante destacar, que nós trabalhamos apenas com novilhas, justamente, porque essas características se fazem mais presentes”, explica o proprietário.
A escolha de trabalhar com a raça se deu a partir de análises e estudos realizados pelos amigos de longa data, Joa-
quim Oliveira e Luís Ernesto Oliveira, dois irmãos integrantes do grupo de fundadores do estabelecimento e atuais parceiros do negócio, que depois de muitos anos de manuseio com essa e outras raças de gado, observaram que a eficiência, qualidade e custo-benefício [entre Nelore e Angus] eram maiores e mais vantajosos.
NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR ANIMAL
Para chegar ao padrão desejado, o Carnes Mantiqueira investe na compra do gado criado pelos irmãos Oliveira. Na fazenda de criação deles há uma equipe específica responsável por preparar a dieta necessária aos animais em cada fase de suas vidas, atividade que está totalmente ligada ao refinamento da carne. Outra grande preocupação do Carnes Mantiqueira é em relação à maneira como o gado é tratado na fazenda. Kico e os irmãos Oliveira acreditam que cuidar do bem-estar é uma obrigação, sobretudo em um momento em que muitas pessoas preferem deixar de consumir carne por considerar inadequado o tratamento dado ao animal. Mas além de ser uma obrigação, eles entendem que não tratar bem o gado faz com que a qualidade da carne diminua. “O bem-estar animal é muito importante. Uma nutrição balanceada, somada ao tratamento e abatimento adequados, evitam o estresse animal, que causa o enrijecimento da carne. Esses cuidados, portanto, fazem toda a diferença”, informa Kico. E, Joaquim Oliveira, pecuarista, complementa: “Na fazenda as matrizes, bezerras e novilhas, são todas mantidas em pastos cultivados de alta qualidade. Além disso, elas são manejadas por profissionais treinados e experientes, em cur- >
CARNE IN NATURA
Outro diferencial do Carnes Mantiqueira é que não recebe os produtos já embalados. Existe uma equipe específica na Casa responsável por desossar e embalar as carnes. “Esse é o processo que eu chamo de 'porteira para fora'”.
55 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 55 REVISTA ATUA NOVEMBRO DE 2022
rais de concreto antiestresse, e recolhidas a um confinamento coberto e com espaços adequados, apenas, para o período necessário para a terminação, que não excede 3 meses, sempre com total atendimento aos protocolos sanitários e veterinários”
MANIPULAÇÃO E PREPARO
Outro diferencial do Carnes Mantiqueira é que não recebe os produtos já embalados. Existe uma equipe específica na Casa responsável por desossar e embalar as carnes. “Esse é o processo que eu chamo de 'porteira para fora'”. "Depois do abate, eu recebo a carne devidamente resfriada, após 72 horas, tempo adequado para que o resfriamento chegue até o osso do animal e elimine as bactérias nocivas ao ser humano. Isso é primordial para um consumo seguro. Depois, início as técnicas de desossa e fracionamento na câmara fria, e com todos os equipamentos adequados e exigidos pelos órgãos regulamentadores”, destaca o empresário.
A empresa conta com uma equipe de especialistas que cozinha e serve os alimentos no restaurante e ainda oferece dicas de como preparar a carne de maneira adequada, para os clientes da loja. Conforme Kico, esse é um dos muitos
destaques do estabelecimento. “Hoje nós trabalhamos com uma carne fresca e padronizada, que é uma das nossas maiores vantagens em relação aos demais. Além disso, o nosso atendimento especializado e treinamento de equipe são constantes, em busca de sempre aprimorar as técnicas de manuseio das carnes”, salienta ele.
CLIENTES DE ‘CARTEIRINHA’
Em funcionamento há quatro anos, o Carnes Mantiqueira agrada a sua clientela com esse perfil de cuidado com a carne, que vai desde a genética do gado até o preparo. O contador Geovane
Francisco é um apreciador de churrasco e, assim que soube da abertura da Casa, tornou-se cliente de ‘carteirinha’.
“Assim que abriu [a Casa], a ideia já me empolgou bastante, visto que em São João era muito difícil comprar uma carne realmente boa, aí eles vieram com angus, uma raça premium, muito saborosa, uma proposta diferente do que São João estava acostumado, ter uma boutique de carnes na cidade era algo meio longe da realidade, até então (...) e depois ainda começaram com o restaurante em cima, que também tem uma qualidade altíssima”, relata. A
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58 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 Jantar do Empresário 2022
Arroz sírio
INGREDIENTES
• 03 copos de arroz lavado
• 01 tablete de manteiga
• 01 ramo de canela
• 01 copo de grão-de-bico
• 04 cebolas
• 800 gramas de músculo em cubo
• Óleo
• Sal a gosto
• Pimenta Síria a gosto
MODO DE PREPARO
Deixe o grão-de-bico de molho em água em durante 12 horas. Em uma panela de pressão acrescentar quatro colheres de sopa de óleo e meio tablete de manteiga. Adicionar 2 cebolas cortadas em cubos grandes, deixar refogar até dourar. Colocar a carne e fritar bem. Acrescente água quente até cobrir a carne. Adicione sal, pimenta Síria e a rama de canela à gosto. Tampe a panela e após pegar pressão, deixe cozinhar por mais 15 minu-
tos. Retire a carne e reserve. Neste caldo da carne, acrescente o grão-de-bico, previamente escorrido, e deixar cozinhar por 15 minutos. Reserve. Em outra panela, colocar quatro colheres de óleo e mais o restante do tablete de manteiga. Adicione as outras 2 cebolas cortadas sem cubos grandes. E refogar bem.
Quando as cebolas estiverem bem douradas, adicione o arroz e deixar fritar bem. Retirar a água do cozimento do grão-de-bico, da panela de pressão e adicionar na panela de arroz. Ajustar o sal, se necessário. Quando o arroz estiver quase pronto, colocar o grão-de-bico e a carne. Esperar a água secar totalmente para retirar do fogo. Com o arroz já na travessa, adicionar mais cubos de cebola e carne para enfeitar.
FIQUE DE OLHO
O grão-de-bico é rico em fibras e proteínas, assim atua na prevenção da diabete e faz bem pra digestão. Além disso, ajuda a manter a sensação de saciedade e atua na manutenção do peso, controla os níveis de açúcar no sangue, protege contra doenças como câncer e problemas cardíacos.
60 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022
culinária
Burma de Damasco
INGREDIENTES
Massa kadaif
• 250 gramas de farinha de trigo
• 90 gramas de amido de milho
• 02 colheres de sopa de sopa de óleo
• 02 xícaras de chá de água
• 02 colheres de sopa de vinagre
• 01 tablete de manteiga
• 01 pitada de sal
Recheio
• 200 gramas de damasco
• 100 gramas de pistache Inteiro ou moído
• 100 gramas de amêndoas ou moído
• 200 gramas de açúcar
• 02 xícaras de Água (adicionar mais se necessário)
• 01 colher de chá água de flor de laranjeira
Calda
• 500 mililitros de água
• 01 quilograma de açúcar
• 03 colheres de sopa de limão
• 01 colher de sopa de água de flor de laranjeira
MODO DE PREPARO
Para a Massa Kadaif, junte os ingredientes secos e a água.
Mexa bem, cuidado para não deixar bolinhas. Acrescente o óleo e o vinagre. Cubra com papel filme e deixe descansar por 15 minutos. Esquente uma frigideira antiaderente e comece fazer círculos com a massa. Espere secar e retire. Unte com manteiga derretida as forminhas da assadeira e enrole o kadaif com os dedos fazendo cestinhas. Coloque nas forminhas já untadas. Regue novamente com manteiga derretida. Leve ao forno por cerca de 30 minutos.
Para o recheio, deixe o damasco de molho em água por 1 hora. Bata tudo no mixer ou no liquidificador, junte o açúcar e leve ao fogo baixinho até dar o ponto de geleia, mexendo de vez em quando e pingando água, aos poucos para não grudar ou queimar. Para a calda, misture o açúcar com água e leve ao fogo brando para engrossar. Quando atingir o ponto de fio, junte o limão misture e retire do fogo. Após esfriar acrescente a água de flor de laranjeira. Na hora de montar o prato, depois de frio, desenforme o kadaif e recheio com o damasco e decore com pistache. A calda deve ser servida a parte, sendo regada em cima do doce.
RECEITA INDICADA POR: Café Lafarrihe
Telefone / Whatsapp : (19) 3631-8771
Instagram: @cafelafarrihe
62 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 culinária
Nesta última edição do ano, Lara Merlin fecha o ciclo de apresentação de seu trabalho com o tema que a consagrou no mundo da fotografia: “sereias”.
É muito importante primeiramente conhecer a representatividade da sereia aos olhos artísticos da fotógrafa e o quanto isso influencia seu trabalho tão diferenciado.
Longe da crença de todo misticismo que se criou em torno de um suposto ser metade humana e metade peixe, descrita de forma aterrorizadora como uma criatura maléfica em filmes, livros de história e contos de fadas, a fotógrafa a retrata simplesmente como uma mulher sem um padrão de beleza idealizado ou um tipo físico estruturado. A aparência exterior não é importante!
No entanto, para serem retratadas de forma natural, espontânea e per-
suasiva, a ponto de incitar a criatividade da artista, devem ser mulheres que se identificam com o mar, com o meio ambiente, fascinadas com a natureza e com o tema; mulheres que ao se vestirem com uma cauda de sereia podem se olhar encantadas com a liberdade que conquistam mergulhando em águas profundas onde transbordam a imaginação, o prazer pela vida, a alegria e o amor-próprio. Com comandos decisivos, a fotógrafa se inspira e inicia seu trabalho singular; e como que esculpindo a linda forma de uma sereia, pincelando gradativamente cada escama de seu corpo assim como ressaltando e enriquecendo cada um de seus ornamentos originários do seu próprio habitat, consegue um registro inigualável, e sela então numa lembrança viva, um momento que se
torna inesquecível.
Com arte, a fotógrafa consegue personificar na imagem de suas fotos sensações que essa aventura proporciona a cada uma das mulheres fotografadas: a estima é renovada e os dons que elas naturalmente têm se afloram e se intensificam ainda mais com esta experiência; o dom de conquistar, o de envolver e o de seduzir no mais puro sentido do amor.
Para conhecer mais sobre o trabalho da artista sanjoanense Lara Aline Merlin. acesse:
64 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022
@kempvonsellessen www.kempvonsellessen.com em meio à realidade: Modelos: Nadine Alba (esquerda) e Ana Damski (direita)
65 | NOVEMBRO DE 2022 65 NOVEMBRO DE 2022 Modelo: Larissa Thaíza Modelo: Julia Breda
Modelo: Hamanda Campos Modelo: Lídia Paiva
Modelo: Julia Breda Modelo: Drielly Malaquias Amorim
68 Modelo: Ana Damski Modelo: Nadine Alba
Modelo: Ursula Westin Modelo: Thay Abreu
A sociedade do cansaço: costumes de uma cultura que esgota
Síndrome de Burnout é uma das doenças psicológicas destes tempos.
O dia 10 de setembro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o dia mundial da prevenção ao suicídio. Por isso, no Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado à prevenção do suicídio e a outras doenças psicológicas. O Setembro Amarelo, como foi intitulado, promoveu diversas campanhas pelo país no intuito de levar informação e buscar a conscientização da população sobre os assuntos.
Nesta perspectiva, o filósofo alemão-coreano, Byung-Chul Han, tendo como base principal o livro de sua autoria, Sociedade do Cansaço, de 2010, aprofunda a análise sobre as diversas patologias psicológicas causadas pelo atual modelo de sociedade, modos midiáticos e costumes. Nascido na Coreia, porém, radicado na Alemanha, desde quando iniciou os estudos em filosofia, na Universidade de Friburgo, atualmente é professor da Escola de Artes de Berlim.
O pensamento de Byung-Chul busca observar como as tarefas do dia a dia, trabalho, estudos e vida pessoal, acabam por causar um desgaste psicológico no humano contemporâneo. Ele parte da ideia de que os comportamentos sociais contemporâneos são extremamente relacionados e, em última instância, causadores de doenças psicológicas. Doenças estas que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atingem, atualmente, cerca de 700 milhões de pessoas, ao considerar todos os tipos de transtornos psicológicos: depressão, bordeline, burnout¸ entre outros.
Diante dessas reflexões, o autor descreve o ser humano contemporâneo como “escravo” da própria rotina e como isto o leva para o esgotamento psicológico. Hoje em dia, as pessoas estão preocupadas em produzir, trabalhar e lucrar; para Chul Han, isto é fruto do sistema econômico, político e mesmo cultural da sociedade contemporânea. Contudo, a tentativa de se alcançar uma “boa vida”, em um bom cargo profissional, acadêmico e estável sob a ótica econômica, leva as pessoas a se sacrificarem para atingir esses objetivos e ao consequente esgotamento.
Síndrome de Burnout
A partir disso, Byung Chul-Han traz à discussão as doenças psicológicas, como a Síndrome de Burnout, enfermidade psicológica causada pelo excesso de trabalho, que leva ao esgotamento tanto físico, quanto psicológico e atinge as relações sociais desses indivíduos. Para ilustrar as questões
citadas por Byung-Chul Han, a psicóloga clínica e organizacional, Cinthya Miranda Marçal, profissional com experiência no atendimento a pacientes com a síndrome de burnout, fala sobre o distúrbio.
Como a síndrome de burnout pode ser desenvolvida?
A sobrecarga de trabalho, a pressão de tempo, a falta de suporte e de autonomia nas relações de trabalho são condições objetivas dadas por fatores econômicos, administrativos e gerenciais, que definem toda uma dinâmica organizacional estressante, característica do mundo do trabalho no atual contexto histórico e que estabelece determinado campo de possibilidades.
Quais são os principais sintomas e quais você normalmente verifica junto aos seus pacientes?
São diversos, físicos: fadiga, dores musculares, distúrbios do sono e do sistema respiratório, transtornos cardiovasculares, alterações da memória, sentimento de solidão e de impotência, baixa autoestima, desânimo, desconfiança; sintomas comportamentais, como a negligência, irritabilidade, agressividade, dificuldade na aceitação de mudanças, aumento do consumo de substâncias, comportamento de risco, suicídio; sintomas defensivos como o isolamento, perda do interesse nas atividades, abandono do trabalho, ironia/cinismo.
Como é o processo de reabilitação de um paciente que possui a síndrome de burnout?
O Ministério da Saúde preconiza como tratamento da Síndrome de Burnout o acompanhamento psicológico e médico, além de intervenções psicossociais. É importante que sejam desenvolvidos meios de enfrentamentos com a intenção de minimizar os impactos existentes no ambiente de trabalho, diminuindo dificuldades, dando suporte aos trabalhadores, proporcionando melhores condições de vida, dentro e fora da organização, e, consequentemente, melhorando a qualidade do cuidado prestado ao indivíduo”.
Chul Han afirma que até no século XX, impunha-se a sociedade disciplinar, regida por motes militares, epidemias virais e fanatismo religioso. Na sociedade do desempenho (a atual), o ser humano, em tese, teria todas as ferramentas capazes de livrá-lo da disciplina e colocá-lo como agente social principal da cultura contemporânea. Para Byung-Chul Han, hoje, “o indivíduo se explora e acha que isso é realização”. A
70 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 saúde
POR DIEGO SEBASTIÃO DE DEUS
Conheça Fausto Panicacci, renomado escritor sanjoanense
Promotor de justiça, é autor de quatro livros - um deles, líder de vendas na Espanha.
POR NICKOLAS SANTOS
O promotor de justiça e escritor Fausto Panicacci é natural de São João da Boa Vista (SP). Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Ciências Jurídicas na Universidade do Ninho, em Portugal, resolveu também dar mais espaço a uma paixão de infância: a escrita. Foram anos estudando literatura e aumentando o apreço pela área. Até que, por incentivo de sua esposa, Fausto decidiu escrever de forma profissional.
"O amor pela Literatura vem desde a infância e sempre gostei do universo ficcional. Escrevi alguns textos quando bastante jovem, passei anos lendo e estudando Literatura, e chegou um momento em que escrever tornou-se uma necessidade, algo
que eu sabia que tinha que fazer. Mas vinha postergando isso, e foi por incentivo da minha esposa, Gabrielle, que parei de adiar meus projetos literários e comecei a escrever com seriedade", relatou.
PRIMEIRAS OBRAS
Apesar da paixão pelas obras de ficção, Fausto Panicacci iniciou sua carreira literária escrevendo sobre Direito. O primeiro livro publicado foi Compromisso de ajustamento de conduta, em janeiro de 2017. Fruto dos estudos de Doutorado de Panicacci, a obra trata de aspectos jurídicos, negociações envolvendo empresas e impactos no meio ambiente. A ficção entrou em cena pouco mais de um ano depois, em fevereiro de 2018, com o livro Naufrágios: contos e poemas. A obra apresenta quatro perso-
nagens. Isolado numa ilha, um rico empresário naufraga em suas memórias sobre a esposa e o filho. Um barbeiro aprecia seu ofício incomum. Um matuto que vê sua vida naufragar com seu país. No leito do hospital, um idoso rememora suas amantes pelas letras do alfabeto, criando poemas.
SUCESSO INTERNACIONAL
Em outubro de 2019, foi publicada a obra de Fausto que atingiu grande sucesso internacional. O silêncio dos livros tem versões em espanhol e inglês e foi líder de vendas na Amazon da Espanha e do Brasil. "Foi uma grande alegria (...) ver o livro se destacar na Espanha foi uma grata surpresa e um enorme estímulo para continuar escrevendo", relatou. A obra retrata aventuras carregadas de suspense vividas
72 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022
cultura
Foto: Matheus Lianda
pelo misterioso Santiago Pena, que acaba de se mudar para Portugal e conhece Alice, uma menina desprezada pelos pais. A história se passa em um mundo em que os livros são proibidos.
A ILHA E O ESPELHO
O último lançamento de Fausto Panicacci foi A ilha e o espelho, publicado em maio de 2022. É uma reflexão profunda sobre ações e comportamentos humanos diante de situações sofridas por aqueles que são invisíveis aos olhos da sociedade, mas que, sem eles, a vida moderna não teria conforto. Entre encontros e desencontros do protagonista Theo B. com seu eclético grupo de amigos, a trama se passa por vários lugares do mundo e perpassa as mais diversas áreas do saber humano, abordando temas como xenofobia, agressões físicas e morais, amores e amantes, indecisões, crises de identidade e de profissão. "Os temas surgem naturalmente junto com a criação dos personagens e do enredo. Eu não começo a escrever um livro com uma lista de temas sociais que pretenda abordar. Esses temas vão aparecendo
dentro da dinâmica da história, mas têm, claro, ligação com a realidade em que estamos imersos", explicou Fausto, que em A ilha e o espelho, usou da sua experiência como promotor para construir a história.
“(...) alguns dos temas sociais estão presentes no meu trabalho na Promotoria, como, por exemplo, violência contra as mulheres e danos ao meio ambiente. Outros são episódios que presenciei ou sobre os quais pesquisei, e também muito atuais, como xenofobia e refugiados. Quando esses temas brotam na história, organicamente, passo a aprofundá-los, como um chamado ao leitor para que olhe com atenção o mundo à sua volta e se sensibilize com esses dramas humanos", completou. O livro chegou às mãos de Oscar Schmidt, maior jogador brasileiro de basquete da história.
NOVOS LIVROS
Fausto Panicacci pretende publicar novas obras de ficção. Atualmente, ele está escrevendo um livro no qual o enredo se passa totalmente no Brasil. "Um escritor está sempre observando a realidade e coletando material para novos livros.
Tenho alguns projetos já delineados, e no momento estou escrevendo outra ficção literária, cujo enredo se passa totalmente no Brasil e entrelaça temas da História do nosso país", revelou.
ESCRITA É FRUTO DE ESFORÇO
Panicacci acredita que escrever livros é um processo que exige muito esforço e atribui a isso o sucesso que vem tendo na carreira. Ele acredita que há uma romantização da atividade do escritor, como se ela dependesse apenas de inspiração. "Costuma haver uma romantização da atividade do escritor, como alguém que tem uma grande inspiração e de repente escreve uma obra inteira. Não sei se isso acontece com outros escritores, mas o meu processo de escrita envolve muita dedicação e reflexão sobre a obra, lapidando o texto frase a frase, palavra a palavra, e muitas vezes reescrevendo trechos ou capítulos inteiros dezenas de vezes, até ficar como tem que ficar. Até encontrar a palavra exata", analisou. Os quatro livros publicados por Fausto Panicacci estão disponíveis no site da Amazon e em livrarias de todo o Brasil. A
Cardiologia Integrativa: melhorar a qualidade de vida do paciente aliando a medicina tradicional
A Dra. Renata Mazi explica como ela pode ajudar nos mais diversos tipos de tratamentos.
PROFISSIONAL ESPECIALIZADA
Em São João da Boa Vista, a Cardiologista Dra. Renata Mazi é a pioneira na Cardiologia Integrativa, e uma das poucas médicas voltadas para a Saúde Integrativa, que vem, aos poucos, crescendo na região.
A Medicina Integrativa é uma maneira humanizada e integrada de abordar a saúde em busca de qualidade de vida, bem-estar físico, emocional, vivacidade e longevidade. Ela propõe uma parceria entre médico e o paciente, aliando a medicina convencional no processo, principalmente, de prevenção de doenças e de condições que certeiramente levarão à instalação das doenças. O ator principal neste processo é o próprio paciente, que deixa de receber passivamente um tratamento medicamentoso e passa a participar ativamente da sua própria saúde. Inclui-se nesta abordagem, um olhar detalhado aos hábitos de vida, desde o sono, estilo de vida, alimentação e manejo do estresse, à análise de macro e micronutrientes essenciais e a modulação dos eixos hormonais. E a regulação de todos estes pilares em equilíbrio é a base para o alcance de uma saúde plena. Em São João da Boa Vista, a Cardiologista Dra. Renata Mazi é a pioneira na Cardiologia Integrativa, e uma das poucas médicas voltadas para a Saúde Integrativa, que vem, aos poucos, crescendo na região. Trouxe para a cidade uma das mais modernas ferramentas e tratamentos avançados disponíveis na atuali-
dade: as Terapias Injetáveis e os Implantes Subcutâneos, que, aliados à cardiologia convencional, visa alcançar o máximo de desempenho em saúde.
Princípios da Medicina Integrativa:
• A saúde é vista como um estado vital de bem-estar físico, mental, emocional e social que capacita a pessoa a estar engajada em sua vida.
• O médico atua como parceiro no processo de cura e na saúde.
• O paciente informado é parte do processo de decisão do plano de tratamento.
• As intervenções são dirigidas para tratar condições que levam à instalação das doenças, todo o processo da cura, até condições paliativas.
• Os pacientes são orientados a reconhecer, administrar e diminuir os fatores estressantes.
• Os pacientes recebem orientações nutricionais e há-
74 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 saúde
INFORME PUBLICITÁRIO
bitos de vida: os alimentos são considerados agentes fundamentais na promoção de doença e saúde.
• O impacto das influências sociais no processo de adoecimento é considerado e incluído no plano de tratamento.
• A promoção de saúde e a prevenção são enfatizadas no plano de tratamento.
• Bem-estar, Longevidade, Vivacidade e Saúde plena é o objetivo.
Para melhor aproveitamento deste modelo de atendimento, visando o equilíbrio de todo o organismo em seu estado ótimo, podem ser utilizados recursos avançados da medicina, como as Terapias Injetáveis, disponíveis na clínica. Elas são a maneira mais rápida e eficaz de se repôr vitaminas, minerais, além de antioxidantes, coenzimas e substâncias deficitárias ou necessárias para a otimização do funcionamento pleno do nosso corpo.
O que você sabe sobre as Terapias Injetáveis?
• Podem ser utilizadas as vias intramuscular, endo........ venosa e subcutânea, com substâncias muitas vezes já no seu estado ativado, garantindo eficácia das suas ações;
• A absorção é rápida e de 100%, assim como sua biodisponibilidade na corrente sanguínea após a aplicação, diferente do que ocorre com os tratamentos via oral onde a absorção intestinal pode não alcançar a 20% e grande parte é perdida nas fezes;
• O prazo de tempo para melhora dos sintomas e dos perfis laboratoriais é muito inferior ou até imediato, comparado aos meses necessários de reposição via oral;
• Os resultados são eficazes e significativos;
• A segurança é a mesma dos tratamentos tradicionais via oral, desde com a correta indicação e acompanhamento clínico-laboratorial por um médico.
Quais os principais tratamentos ofertados?
• Reposição de vitaminas e minerais (vitaminas B12, D e C, complexo B, ferro, zinco, selênio, etc);
• Melhora da disposição e energia;
• Melhora da fadiga mental e física;
• Terapias de síndromes pós-covid;
• Doenças Cardiovasculares;
• Detoxificação hepática e antioxidação;
• Melhora da cognição mental e memória;
• Terapias adjuvantes na ansiedade e depressão;
• Dores crônicas (artrite, artrose, fibromialgia);
• Imunidade;
• Emagrecimento Saudável;
• Controle de compulsão alimentar;
• Hipertrofia muscular;
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75 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 75 REVISTA ATUA NOVEMBRO DE 2022
Energy Source oferece alternativas sustentáveis para baterias de lítio
Empresa sanjoanense é a primeira no mundo a oferecer solução com reuso, reciclagem e reparo.
PIONEIRISMO
Além do pioneirismo em reciclagem no Brasil, a empresa tem a patente do processo de reciclagem com zero emissão de carbono, desenvolvido em parceria com a UNESP, CNPQ, UFSC e Uni Maringá.
ce, em São João da Boa Vista (SP).
A sustentabilidade é um dos temas mais discutidos atualmente em todo mundo. Autoridades, líderes mundiais e grandes empresas buscam formas de promover o desenvolvimento sem esgotar os recursos naturais e prejudicar as futuras gerações. Uma das principais preocupações é em relação à geração de energia. A Agência Internacional de Energia aponta que, em 2021, as emissões de CO2 chegaram a 36,3 bilhões de toneladas para produção energética: aumento de 6% na comparação com 2020, quando o montante de emissão diminuiu por conta da pandemia. Em meio às discussões sobre como gerar energia sem poluir o meio ambiente, surge a empresa Energy Sour-
Fundada em 2016, a Energy Source foi uma iniciativa de dois sócios: o dinamarquês Peter Mattisen e o brasileiro David Noronha, que juntos pensaram em uma forma de produzir baterias de lítio de baixo custo no Brasil de forma sustentável. A partir disso, eles decidiram fazer o reuso de baterias descartadas. "A única solução que encontramos naquele momento foi utilizar uma tecnologia de reuso que permitisse com que nós coletássemos as baterias que estavam sendo descartadas no seu primeiro ciclo de vida (...) e transformá-las em novas para uma segunda vida", contou David Noronha, que até hoje é um dos sócios da Energy Source.
Atualmente, Bruna Dias está no co-
mando da empresa junto com Noronha. Peter Mattisen retornou à Dinamarca em 2020 por questões familiares.
REUSO E RECICLAGEM
Um exemplo de bateria de lítio que a Energy Source costuma pegar e dar nova utilidade é a que está presente em celulares, notebooks, entre outros aparelhos eletrônicos. Aí são dois caminhos: o reuso ou a reciclagem. Depende do estado do material que chega à empresa. “O nosso trabalho é transformar todo o descarte, todo o resíduo em novas baterias (...) Quando não é possível fazer essa transformação em um novo produto, essa bateria é destruída e reciclada. Dessa forma, a gente recupera 97% dos metais que compõem
76 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 meio ambiente
POR NICKOLAS SANTOS
NOVOS PROJETOS
Em 2022, a Energy Source criou o BRW - Centro de Reparo de Baterias para Carros Elétricos, apresentando ao mercado uma nova forma de lidar com baterias danificadas que, no lugar de serem descartadas sem precedentes, passam por uma minuciosa análise realizada pela equipe de engenheiros e, com muito trabalho e dedicação, são consertadas, retornando então aos seus proprietários para uso.
essa bateria”, explicou Noronha.
Os metais extraídos das baterias no processo de reciclagem são comercializados para vários mercados, como o de fertilizantes e de maquiagens. “A indústria de fertilizantes usa muito o cobalto. A indústria de cerâmica usa todos os metais para fazer a coloração (...) o azul da maquiagem também é com cobalto”, ressaltou Bruna Dias.
A empresa também trabalha com baterias de veículos elétricos, nas quais,
geralmente, é possível fazer o reuso. As baterias de produtos eletrônicos normalmente são destinadas à reciclagem.
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ciclagem que já vinham sendo feitas, a Energy Source iniciou, em 2022, um projeto de reparo de baterias. A iniciativa surgiu após uma parceria com a Renault, montadora de automóveis francesa. As baterias de veículos elétricos da empre-
São João da Boa Vista
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OUTRAS PARCERIAS
Parte das baterias de carros elétricos reutilizadas pela Energy Source é destinada à criação de dispositivos de armazenamento de energia. Esses sistemas são vendidos pela Aldo Solar, empresa de distribuição de energia solar brasileira. Essas reservas energéticas podem ser usadas para abastecer regiões com quedas constantes de energia ou equipamentos que precisam de um backup energético.
A Energy Source também tem parceria com a montadora de veículos BMW. Nesta iniciativa, a empresa sanjoanense desenvolveu uma estação de recarga de carros elétricos off grid, ou seja, sem a necessidade de utilizar a rede de energia convencional. A estação funciona à base de energia solar e baterias que passaram pelo processo de reuso. Esse projeto ganhou um prêmio de intraempreendedorismo na BMW.
Não satisfeita, A Energy foi além e desenvolveu uma estação híbrida. "Ela também funciona desligada da rede elétrica convencional, mas também pode devolver energia das próprias baterias para o local. Então vamos supor que eu tenho uma estação de recarga funcionando e acabou a energia no meu prédio. Eu posso usar energia que está armazenada nas baterias", contou Bruna. A Renault também utiliza essas tecnologias.
A montadora Audi é outra parceira da Energy Source. Neste caso, foi desenvolvido um sistema de carregamento de celulares e notebooks. Vale ressaltar ainda que o sistema de reciclagem da Energy Source foi desenvolvido em conjunto com a Unesp - Campus São João da Boa Vista. UNIFAE, Instituto Federal - Campus São João da Boa Vista e Universidade Estadual de Maringá também têm parcerias com a empresa sanjoanense.
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
Em 2021, David Noronha palestrou na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia. Na oportunidade, Noronha falou sobre as atividades da Energy Source, destacando que a empresa é a única no mundo que apresenta a solução completa para o descarte de baterias, com reuso, reciclagem e reparo. O convite para palestrar na COP26 veio por meio da Greentech , nome dado ao conjunto de empresas que têm como foco o desenvolvimento sustentável pelo mundo.
"Eles [membros da Greentech] indicaram nosso nome ao Ministério do Meio Ambiente, o MMA, que validou e
nos convidou para participar. Num primeiro momento foi até curioso, porque a gente não conhecia essa estrutura da discussão da crise climática desenvolvida pela ONU, e foi através desse convite que nós passamos a entender a importância disso no cenário mundial", contou Noronha.
"Foi uma satisfação poder representar São João da Boa Vista e o Brasil lá na COP26 e de lá a gente voltou com muitas coisas positivas em relação à repercussão da relevância da empresa no cenário global, no cenário econômico brasileiro, das oportunidades e desafios ambientais que o mundo enfrenta. E saber que nós temos uma tecnologia sustentável muito nos orgulha", concluiu. A
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A TV em São João da Boa Vista
Em São João da Boa Vista um dos pioneiros responsáveis por instalar os primeiros aparelhos de retransmissão foi Rosário Mazzi, dono da Tele Rádio.
GABRIELA SODRÉ
A televisão chegou no Brasil na década de 1950, o empresário Assis Chateaubriand foi o responsável pela difusão da TV e criador da TV Tupi, a primeira emissora brasileira. Os primeiros aparelhos de TV só chegam a São João da Boa Vista em 1959 - um foi instalado à rua Getúlio Vargas 746, na casa de Rosário Mazzi e, o outro, na residência de Bogus Adib, que ficava na esquina da rua Saldanha Marinho com a praça Governador Armando Salles. E, junto com a TV, faz-se necessário a instação de um serviço de retransmissão de sinal na cidade. O pioneiro em instalar os primeiros aparelhos de retransmissão foi o comerciante Rosário Mazzi, dono da empresa Tele Rádio que, mais tarde, passou a se chamar RMazzi Filhos, com a entrada dos filhos de Rosário nos negócios.
Para saber um pouco mais sobre Mazzi e sua importância para a história da
televisão na cidade, a reportagem da Revista Atua conversou com José Roberto Vilia Alberto, conhecido como Zequinha (foto abaixo), que trabalhou por 40 anos como técnico em eletrônica e começou na empresa de Mazzi com 14 anos.
Rosário trabalhava com eletrônicos e com consertos e montagens de rádio a válvula, mas foi na década de 50 que ele começou a trabalhar com os aparelhos de televisão e retransmissores. “Ele já era técnico em eletrônica, mas, na parte de TV, era uma tecnologia que estava começando, ele não tinha conhecimento ainda, o conhecimento nosso era em rádio. Televisão era completamente diferente do rádio”. Um retransmissor possibilita a recepção de um sinal de uma rede transmissora, usado na televisão em VHF (Very High Frequency) e UHF (Ultra High Frequency). Zequinha explica que para os aparelhos retransmissores funcionarem era necessário trabalhar no sinal mudando de frequência, porque não podia
transmitir na mesma frequência, ele ainda comenta que na época o sinal era em VHF, não existia UHF. Atualmente, as torres dos aparelhos retransmissores ficam localizadas no Mirante, transmitindo os sinais das emissoras Band, EPTV / Globo, Record, Século XXI, TV União, Canção Nova, Rede TV, Rede Vida e em alguns pontos da cidade chega sinal de Poços de Caldas, mas nem sempre foi assim, principalmente no começo onde não se conseguia sinal de qualidade.
“Cada época nós procurávamos melhorar o sinal, o sinal que era na capital de São Paulo não chegava no interior, então colocávamos o equipamento em um lugar, só que depois, esse sinal desaparecia, ficava péssimo para retransmitir, então a gente mudava sempre de lugar". Ainda de acordo com Zequinha, “para encontrar um sinal de televisão, começou a procura nas partes altas da cidade, como o Bairro Santo Antônio, prédios altos, Morro da Fazenda Santa Inês e finalmente no Mirante,
80 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 história
POR
Foto: Arquivo pessoal
onde está até hoje”. No período de testes, como não havia torre instalada na cidade, eles eram realizados com mastro de cano nos pontos mais altos da cidade.. Como nesta época a busca por sinal não era algo fácil de achar, era necessário muita criatividade para realizar adaptações e reajustes para melhorias. “O processo era calibragem e uma parte dos equipamentos era usada no estágio de TV, que era o seletor de canais UHF áudio e vídeo. Esses dois sinais de áudio e vídeo eram juntados e depois divididos em duas antenas: uma transmitia áudio e a outra vídeo”, explica Zequinha. Ele ainda comenta que era necessário principalmente corrigir o vertical, que era a falta de sincronismo de um sinal que recebia o nome técnico de pedestal e sem este não tinha estabilidade no sincronismo da televisão na imagem. Rosário Mazzi foi o pioneiro para a instalação dos primeiros aparelhos retransmissores do sinal de tele-
PIONEIRO
Rosário Mazzi é o pioneiro da TV em São João. Ele trabalhava com eletrônicos e com consertos e montagens de rádio a válvula, mas foi na década de 50 que ele começou a trabalhar com os aparelhos de televisão e retransmissores.
visão, ficou encarregado durante quase 30 anos pelo projeto até fazer a doação dos equipamentos para a prefeitura, que criou o Serviço de Televisão Municipal e aí, começaram as montagens das torres. “Começou a ter mais recurso financeiro para melhorar o sinal de TV e com isso também a prefeitura começou a entrar em contato com as emissoras para trazer equipamento, trabalhando em parceria”. Zequinha também comentou que com o passar do tempo, as emissoras acabaram assumindo e cada uma é responsável pelos seus transmissores e a prefeitura já não tem mais participação, como acontece, também, nas prefeituras da região, como Caconde e Divinolândia.
A
Foto: Arquivo pessoal
O escotismo na cidade
Conheça a história de três grupos, sediados em São João da Boa Vista e Águas da Prata.
POR NICKOLAS SANTOS
O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 por Robert Baden-Powell, na Inglaterra. Ele aproveitou valores aprendidos na vida militar, como camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina para ajudar no desenvolvimento dos jovens e criar um movimento educacional.
De acordo com o site Escoteiros do Brasil, tudo começou quando, em 1899, a partir de experiências que adquiriu enquanto esteve na Índia e na África, Baden-Powell escreveu um livro chamado Ajudas à Exploração Militar, com informações sobre seguir pistas, exploração e técnicas que se referiam à vida em campo. O sucesso foi tanto que os jovens ingleses usaram para se divertir e viver novas aventuras.
Percebendo o enorme interesse dos jovens em aprender e replicar as técnicas citadas no livro, Baden-Powell decidiu adaptá-lo para ser utilizado pelas escolas britânicas. E foi assim, reunindo as
experiências e as atividades ao ar livre, que criou um estilo de vida que passou a ser utilizado na educação e formação dos jovens: o escotismo.
O movimento ganhou força e se espalhou pelo mundo até chegar ao Brasil em 1910, por meio de militares que vinham de uma viagem na Europa. Na nossa região, o escotismo tem bastante representatividade e conta diversos grupos. Vamos agora contar a história de três deles, que, ao todo, reúnem 165 pessoas, entre participantes e adultos voluntários.
RAINHA DAS ÁGUAS
O Grupo Escoteiro Rainha das Águas 403/SP foi criado em 2015, após a iniciativa de um jovem escoteiro de São João da Boa Vista, que desejava iniciar o movimento em Águas da Prata. Os pais do garoto compraram a ideia e iniciaram o grupo. Atualmente as atividades são realizadas aos sábados de manhã, das 9h às 11h, na Praça dos Esportes, em
Águas da Prata. A presidente do grupo é Isabel Cristina Quirino dos Santos, que fala sobre a dinâmica dos encontros. “As atividades são ao ar livre, com jogos, canções, acampamentos, viagens, jornadas e muito mais”, relatou.
O Grupo Escoteiro Rainha das Águas é dividido em faixas-etárias, que recebem um nome diferente. “Atualmente o grupo tem 30 membros associados e conta com 4 ramos: Lobinho, dos 6 anos e meio aos 10 anos; Escoteiro, dos 11 aos 14; Sênior dos 15 aos 17; e Pioneiro, dos 18 aos 21”, explicou. Vale destacar que essa separação é uma norma seguida por todos os grupos de escoteiros. Para fazer parte, basta a criança ou jovem ir até a Praça dos Esportes aos sábados, a partir das 9h e aproveitar. O principal valor do grupo é ‘acreditar na juventude’. "Mudou minha vida. Para mim é uma força que transforma", disparou Isabel sobre o escotismo.
MARECHAL RONDON
Já com um pouco mais de história, o Grupo Escoteiro Marechal Rondon 194/ SP foi fundado em 19 de abril de 1969, em São João da Boa Vista. A data escolhida para a criação é uma homenagem ao Dia do Ííndio. Já o nome faz referência ao Patrono das Comunicações do Exército Brasileiro, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. O grupo, atualmente, é presidido por Ulisses Va-
RIQUEZAS PRATENSES
O Grupo Escoteiro Rainha das Águas nasceu com o objetivo de explorar todas as belezas naturais de Águas da Prata. Recentemente, os escoteiros foram conhecer e se aventurar nas cavernas da região.
82 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 sociedade
DESDE 1969
O GE Marechal Rondon é hoje o grupo escoteiro com mais tempo de atividade em toda a região, com 53 anos de fundação. Por aqui já passaram filhos, seus pais, e até os avós de muita gente.
lin e conta com 80 jovens e 20 adultos, que se reúnem aos sábados, das 9h às 12h, na sede localizada à Av. Jorge Estevam Rodrigues, n.º 1725, Jardim das Bromélias, em São João da Boa Vista. Podem participar crianças a partir de 6 anos e meio de idade. É só ir até a sede e preencher uma ficha de inscrição.
“O escotismo tem como proposta o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei Escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento físico, afetivo, caráter, espiritual, intelectual e social", ressalta o presidente Ulisses.
Ele está no movimento escoteiro há 23 anos e acredita que isso o ajudou a aprender diversos valores e a seguir o caminho certo. Atualmente, o escotismo contribui na formação acadêmica de Ulisses. "Aprendi muito com o método escoteiro e hoje estou me formando em Pedagogia, podendo alinhar o método escoteiro aos fundamentos da Peda -
gogia", analisou.
GRUPO ESCOTEIRO CURUPIRA
O Grupo Escoteiro Curupira 99/SP existe há 32 anos, no bairro do Santo Antônio, em São João da Boa Vista. Ele surgiu por ideia de um jovem seminarista chamado Roberto Carlos Scaller (hoje, padre Roberto) e de Carlos Rinaldi. Eles tinham o objetivo de criar um grupo em um bairro da periferia.
Maria Lúcia Pereira Nicolas, primeira presidente do grupo, conta que na época foi um desafio, visto que manter um grupo demandava investimento financeiro para comprar materiais e era necessário encontrar adultos dispostos a ajudar de forma voluntária. Apesar de tudo isso, os idealizadores seguiram em frente. “Em uma tarde de sábado, sentados na escada da igreja de Santo Antônio, discutimos a cor do lenço, o nome do grupo e o número
de registro. E foi assim, olhando para o pôr do sol, o vermelho, o amarelo e o verde da Serra da Mantiqueira que se avistava da escada, o Curupira, que é o protetor das matas, e o 99, nosso numeral, que significa o começo e o fim de um ciclo de preconceito que ser escoteiro era só pra quem tinha condições financeiras”, recordou. Hoje em dia, o Curupira realiza suas atividades aos sábados, das 9h às 12h, na área de lazer Clarisse Damálio Borato (campo do Santo Antônio). O local é cedido pelo Departamento de Esportes da Prefeitura de São João da Boa Vista. Cinquenta pessoas integram o grupo, somando os jovens que participam e os adultos voluntários, chamados de escotistas. Para se tornar membro, basta ir até a sede e conversar com os líderes. Já quem se interessa em ser escotista, precisa fazer cursos de proteção infanto-juvenil e aprender o programa de atividades a serem aplicadas.
“O criador do escotismo, Baden Powell, tem uma frase que retrata o objetivo do movimento escoteiro: 'deixar o mundo um pouco melhor do que encontramos'.
E assim incentivamos nossos jovens dos 7 aos 21 anos, através de atividades progressivas e variadas de acordo com a idade, a cumprir esse ideal”, salienta a atual presidente do grupo Curupira, Maria Carolina Najar Nicolas.
CURUPIRA
No Escotismo o sistema de progressão pessoal dos jovens é muito valorizado, baseado no Programa Educativo. Cabe ao próprio participante se desenvolver como pessoa e levar aprendizados pra vida.
83 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 83 REVISTA ATUA NOVEMBRO DE 2022
A
Influenciadores gastronômicos
Com o aumento de pessoas que descobrem o quanto cozinhar traz satisfação, sanjoanenses transformaram hobbie em negócio.
Nestes últimos anos, duas coisas têm aumentado consideravelmente – o uso de tecnologias mobile, atitude que já era esperada, pela rapidez com que tudo se torna obsoleto e a descoberta da paixão por cozinhar, que muitas pessoas têm cultivado, possivelmente movidas por reality shows de culinária. Em São João da Boa Vista, dois influencers gastronômicos compartilham, pelos seus perfis do Instagram, receitas que vão das mais simples às mais elaboradas e complexas, que atraem cada vez mais seguidores e fazem com que a ‘cozinha’ caiba na tela do celular ou tablet.
NA COZINHA COM LUIS
O servidor público municipal Luis Fernando Fontana Campos criou o Instagram, @nacozinhacomluis, em outubro de 2021, ideia que surgiu casualmente, enquanto assistia a um filme, junto da esposa. “A temática central do filme era sobre um garoto que fotografava e postava nas redes sociais tudo que ele comia ou cozinhava. E, como sempre gostei de cozinhar e
de comer, me senti motivado a fazer algo parecido”, lembrou. Campos pondera que a ideia inicial não era a de postar receitas, mas fotos com comidas que fazia, acompanhadas de uma breve crônica sobre o prato em questão. “Mas, diante das solicitações dos meus seguidores, eu comecei a colocar as receitas dos pratos. E após esta mudança, eu busco postar receitas possíveis, com ingredientes acessíveis e procuro ser didático sem ser pedante, pois cozinhar tem que ser uma atividade prazerosa e não o contrário”, disse.
Sobre o objetivo pelo qual criou o @nacozinhacomluis, ele revela que é mostrar ao público que cozinhar é possível, acessível e prazeroso. “Pelo impacto que eu vejo que a página vem obtendo, organicamente, eu pretendo, cada vez mais, aprimorar e diversificar o meu conteúdo, para conseguir falar com mais gente. A repercussão tem sido a melhor possível. Recebo comentários positivos de toda parte do Brasil. E as pessoas do meu trabalho e amigos me dão bastante incentivo para eu não desistir”, analisou.
Indagado se está satisfeito com a proporção que este perfil, surgido casualmente, alcançou, Campos confessa que sim,
TV É A META
"Hoje, produzo conteúdo para o Instagram e, com a repercussão da página, tenho uma coluna no Jornal do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São João. Mas pretendo expandir para novas plataformas, acho que seria muito legal um podcast sobre o tema ou até mesmo ir para a TV", afirma Luis.
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POR DANIELA PRADO
nossa cidade
> Foto: Leo Beraldo / Cromalux
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e muito. “Encaro a página como um trabalho que ainda não é remunerado, pois quero entregar o melhor conteúdo possível para os meus seguidores. Sempre respeitando a realidade do país e respeitando os alimentos. Hoje, produzo conteúdo para o Instagram e, com a repercussão da página, tenho uma coluna no Jornal do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São João, na qual posto uma receita por mês. Mas pretendo expandir para novas plataformas, acho que seria muito legal um podcast sobre o tema ou até mesmo ir para a TV. Agora que eu comecei, ninguém me segura”, comentou, com bom humor.
VAMOS COZINHAR? LET’S, COZINHA!
Outra influencer que literalmente alimenta um perfil no Instagram, o @lets_cozinha, desde outubro de 2020 é a servidora pública Letícia Ferreira. “Sempre gostei de cozinhar e de testar receitas e, com a pandemia, passando mais tempo em casa, retomei esse hobbie que, às vezes, era deixado de lado, por conta da rotina sempre corrida. A princípio, só compartilhava, por meio do WhatsApp, com família e amigos próximos, as receitas que estava fazendo. Com o incentivo deles e com alguns pedidos de compartilhamento das receitas, criei o perfil no Instagram”, comentou ela, sobre como foi o começo.
Em @lets_cozinha, Letícia costuma postar tudo o que ela e/ou sua família comem, no dia a dia, bem como em ocasiões especiais, de modo que os seguidores encontram receitas, das mais práticas às mais elaboradas, no que se refere aos métodos de preparo. E foi a partir da intenção de compartilhar conhecimento e dicas que inspirassem pessoas a se aventurar
na cozinha e também como forma de registro, para eventuais consultas, que nasceu o @lets_cozinha
“A repercussão deste perfil tem sido bastante satisfatória, ao ver que algumas pessoas acompanham o que compartilho, se inspiram e me dão o retorno positivo de algumas receitas que testaram ou de receitas que fiz e que puderam provar. Já recebi pedidos de encomendas e também convite para divulgar algumas receitas em um aplicativo de receitas”, alegra-se. Sobre partir para outras plataformas ou realizar novos projetos, Letícia confessa que pretende organizar as receitas em formato de livro físico e talvez, virtual.
“Quando entro na cozinha, não vejo o tempo passar. Tenho muito prazer em acompanhar a transformação dos ingredientes em um prato nutritivo, saboroso, aconchegante, afetivo. Adoro aproveitar o que tenho na geladeira ou despensa e, de lá, criar e/ou reproduzir uma receita. Busco aproveitar o máximo dos alimentos, evitando o desperdício, sobretudo em tempos tão tristes como os atuais, em que há inúmeras famílias em situação de insegurança alimentar, em um país com produção tão rica em questão de qualidade, variedade e quantidade. Em casa, nada se perde: o que sobra em uma refeição se junta a outros temperos ou ingredientes e se transforma em novos pratos, com novas cores, texturas e sabores, ou viram porções congeladas para serem consumidas posteriormente”, finalizou. A
PRAZER EM COZINHAR
“Quando entro na cozinha, não vejo o tempo passar. Tenho muito prazer em acompanhar a transformação dos ingredientes em um prato nutritivo, saboroso, aconchegante, afetivo. Adoro aproveitar o que tenho na geladeira ou despensa e, de lá, criar e/ou reproduzir uma receita", explica Letícia Ferreira.
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Foto: Leo Beraldo / Cromalux
Conheça Pérsio Freitas: um médico comprometido com a vida e o bem-estar de seus pacientes
Uma vida dedicada ao desenvolvimento da cirurgia plástica, da estética e da beleza. Uma vida dedicada às pessoas.
Dr. Pérsio Freitas é cirurgião plástico de vasta experiência e uma história de muita conquista, trabalho e a vontade de levar o bem-estar para as pessoas. A sua vida se confunde com a medicina e o voluntariado, as suas experiências, no Brasil e no exterior ilustram toda a sua dedicação ao desenvolvimento da cirurgia plástica e a crença de que com ela, uma pessoa não apenas altera alguma característica física, mas sim, realiza sonho e se abraça, se ama mais.
Desde cedo, Pérsio entendia a sua vocação. Fez os primeiros anos escolares em escolas públicas e em seu último ano do ensino médio, ganhou a oportunidade de estudar nos Estados Unidos, a sua primeira experiência estrangeira. Em 1968, cumpriu o serviço militar no Centro de Preparação de
Oficiais da Reserva (CPOR), em São Paulo, de onde saiu 2º Tenente da Reserva do Exército.
Em 1974, formou-se médico pela Faculdade de Medicina da USP , em Ribeirão Preto e, entre os anos 1977 e 1981, fez residência em Cirurgia Plástica no serviço do Dr. Roberto Millan, no Hospital Santa Catarina , em São Paulo.
Assim que o Dr. Pérsio Freitas deu seus primeiros passos de uma carreira de mais de 40 anos transformando vidas e realizando sonhos, como cirurgião plástico. Para ele, “as pessoas estão vivendo mais e melhor, com isso, querem viver bem também esteticamente. Isso contribui significativamente para o processo de autoestima e felicidade dos pacientes” (Dino, 25/04/2019).
Um dos mais respeitados e proeminentes profissionais do país, além de dedicar-se por completo aos seus pacientes, é conhecido pelo seu trabalho voluntário e sempre atuou em prol de causas sociais importantes. Em 1974, foi voluntário no Acre e, nos anos 1979 e 1980, partiu para a África Oriental, onde realizou mais de 400 cirurgias, como médico voluntário da Organização das Nações Unidas (ONU) .
Pérsio é fluente em três idiomas — inglês, francês e espanhol — e viajou o mundo para aprender com os mais renomados profissionais. Em 1980, esteve em Paris, onde estagiou com o Professor Paul Tessier, um dos grandes nomes da cirurgia craniofacial no mundo e pioneiro na área. Depois, partiu para a Cidade do México, onde realizou estágio em Cirurgia Plástica com o Professor Fernando Ortiz Monastério, outro grande nome da cirurgia craniofacial no mundo.
Por fim, Dr. Pérsio, foi para os Estados Unidos, onde fez estágio no Jackson Memorial Hospital , em Miami, com
CARREIRA DE SUCESSO
88 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 saúde
Dr. Pérsio Freitas, mais de 40 anos transformando a vida dos seus pacientes.
MELHORA DA AUTOESTIMA
A
o Dr. Ralph Millard, importante cirurgião plástico que desenvolveu várias técnicas utilizadas em cirurgias de fissura labiopalatina e também popularizou a cirurgia de pálpebra dupla ou “blefaroplastia asiática”. E depois, em abril de 1986, em Nova York, com o Dr. Thomas Rees, outro grande expoente da cirurgia plástica mundial, também conhecido por liderar missões voluntárias no continente africano.
Com todo conhecimento adquirido, o Dr. Pérsio Freitas passou a ser reconhecido em sua área, e tornou-se professor universitário, na cadeira de Cirurgia Plástica, na Faculdade de Medicina do ABC . Além de ser autor do livro Cirurgia Plástica sem Segredos, onde apresenta a cirurgia plástica como uma solução para a saúde física e mental dos pacientes e a desmistifica, mostrando que ela está ao alcance de quem a deseja.
Pérsio Freitas é Cirurgião Geral pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) , especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e membro titular da Federación Ibero
Latino-americana de Cirurgia Plástica y Reconstructiva , desde 1988.
Desde 1982, atende em São João da Boa Vista, em sua clínica especializada e também atende em São Paulo/ SP. Nelas, oferece uma grande diversidade de cirurgias plásticas, como: Rinoplastia (cirurgia do nariz), Blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), Lifting (rejuvenescimento facial), cirurgias nas mamas (Mamoplastia Redutora, Prótese de Silicone e Ginecomastia), Lipoaspiração, Dermolipectomia Abdominal, Pós-Bariátrica, Mentoplastia (cirurgia do queixo), Otoplastia (correção da orelha de abano), Botox, cirurgia para correção de Lábio Leporino (Fissura Lábio Pala -
tal), além de cirurgias íntimas feminina e masculina. Para entrar em contato com o Dr. Pérsio Freitas e conhecer mais sobre o seu trabalho e agendar uma consulta, basta acessar o seu site www.persiofreitas.med.br. Dr. Pérsio também compartilha conteúdos sobre a sua área de atuação nas redes sociais. Busque por @drpersiofreitas , no Instagram ou no Facebook e acompanhe o seu conteúdo.
Em São João da Boa Vista, a sua clínica fica situada na Av. Durval Nicolau, 1034 (Clínica Seixas) e, em São Paulo, na Av. Angélica, 2491- 9º andar. Os telefones para contato são (11) 94110-7755 (em São Paulo) e (19) 3633-4109 (em São João da Boa Vista).
RINOPLASTIA
89 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 89 REVISTA ATUA NOVEMBRO DE 2022
cirurgia plástica "contribui significativamente para o processo de autoestima e felicidade dos pacientes" (Pérsio Freitas).
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Rinoplastia - cirurgia plástica de correção do nariz - procedimento que pode ser tanto estético como para alguma correção fisiológica.
ECONOMIA FAMILIAR
90 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 olhares - Clóvis Vieira
Feira livre aos domingos em São João da Boa Vista. A tradição de colher verduras e legumes, de prepará-los para a venda à clientela, passa de pai e mãe para filhos e filhas. "É de menino que se torce o pepino".
91 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022 91 REVISTA ATUA NOVEMBRO DE 2022
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92 REVISTA ATUA | NOVEMBRO DE 2022