Revista Atua - Novembro 2016

Page 1

1

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


2

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


3

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


sumário da edição

www.revistaatua.com.br

facebook.com/atuarevista

@atuarevista

A Revista Atua, ano 9, número 36 (novembro de 2016), é uma publicação quadrimestral sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição é gratuita, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretora Ana Claúdia Carvalho | anaclaudia@acesaojoao.com.br Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br Jornalista responsável Franco Junior - Mtb. 81.193 - SP lfrancojunior@gmail.com

Foto: Marcelo Horn/ GERJ

MATÉRIA DE CAPA

038 Fernanda Carraro

Jornalistas Bianca Vaz de Lima Bruna Mazarin Clóvis Vieira Gabriela Uliana Wesley Colpani Pedrinho Souza Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br

Conheça a história de Fernanda Carraro. Expulsa de casa aos 18 anos e considerada uma “vergonha”, buscou abrigo na casa de uma vizinha, que a acolheu e lhe deu a oportunidade de ter um salão de beleza.

Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | contato@revistaatua.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br

024 Oniomania: o comprar compulsivo Diante a uma sociedade capitalista, onde o consumismo é fortemente sustentado e estimulado, a compulsão por compras não é notada prontamente pelo indivíduo doente, nem tão pouco por sua família. O tratamento para essa compulsão inclui acompanhamento psicológico e medicação.

O vinho é uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo, não importa se ele é doce, seco, branco ou tinto. Difícil achar quem não se renda aos seus encantos, seus amantes estão espalhados por todo o mundo e sabem como apreciar cada faceta dessa bebida em todos os momentos.

SEÇÕES

4

moda & beleza saúde & psicologia

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

034 042

educação nossa cidade

Capa Modelo - Fernanda Carraro Acessórios - Camila Klein Fotos - Gabriel Daibert - Two Moon Produção Criativa Cabelo e maquiagem - JM Cabelereiros - (19) 3633-8347 Impressão Grafilar - (14) 3812-5700

090 Harmonização de vinhos

006 030

Fotos publicitárias Two Moon Produção Criativa - www.twomoon.com.br

056 070

perfil & empreendedorismo cultura & eventos

Erramos Em nossa última edição, algumas das fotos utilizadas para ilustrar as matérias acabaram saindo sem os devidos créditos. Lamentamos profundamente essa falha.


5

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


moda & beleza

Reiveillon: já pensou no que vai vestir? Aposte em roupas e acessórios que façam você se sentir bem POR BIANCA VAZ DE LIMA

O final do ano está chegando! Você já pensou no que vai vestir? Pensou em quais são as tendências e as cores para começar 2017 com toda a elegância e estilo? O universo da moda não para e precisamos ficar atentos às tendências que darão forma e vida ao verão e ao réveillon, para que possamos arrasar na virada e entrarmos no próximo ano deslumbrantes e com o pé direito. Moramos num país tropical, de forma que a melhor alternativa para as mulheres é apostar na simplicidade e harmonia dos vestidos. “O branco é tradicional por representar a paz, tranquilidade e energias positivas”, diz Márcia Araújo, gerente da Boutique Forró. Mas, ainda assim, é uma boa opção de look. DICAS PARA MULHERES Márcia sugere que, se você, mulher, pas-

sar a virada do ano no litoral, onde o local não exige muita formalidade e requinte, a opção mais acertada é a de vestidos rendados na altura dos joelhos, saias longas ou saídas de banho, de tons leves. Para as noites de muito calor, porém, vale trocar as roupas mais fechadas por tops menores ou vestidos mais curtos. Entre os acessórios preferidos, as guirlandas e os chapéus são perfeitos para esse tipo de cenário. Já nos pés, aquela rasteirinha adornada com pedrarias ou um chinelinho customizado. Ficará chique e informal ao mesmo tempo. Há, além disso, um crescente investimento em vestidos estampados, mais alegres, mais quentes, e até mesmo de uma única cor. Tons pastel floridos estão em alta, pois, além de não fugirem do que é tradicional, acabam sendo descontraídos e agradáveis. Quer economizar no brilho para não parecer over? Aposte no metalizaFoto: Reprodução Internet

do, principalmente o dourado: opções envelhecidas de prata e dourado iluminam na medida, sem deixar o look com cara de noite. Outra tendência é o uso de tons nude que puxam para a mesma cor, estilo champanhe. São extremamente elegantes e muito indicados para quem vai participar de eventos mais charmosos e chiques. HOMENS “Já para os homens: bermudas ou calças de cores leves e tradicionais para essa época do ano”, Márcia complementa –“ as peças combinam bem com qualquer evento social comemorativo, formal ou informal, ou na praia”. Assim, dá para perceber que o auge dessa temporada será marcado pelos tons pastel, ao lado das cores rosa e azul claro. Sem falar sobre a grande variedade de estampas florais, e as listras. Peças longas, médias ou curtas irão conviver harmoniosamente, como os caftãs e quimonos. O clássico vestido branco foi renovado pelos estilistas, e vem em modelos apaixonantes, em todos os tamanhos, que prezam pela delicadeza através do mix de renda e bordados em tela. A

HIPPIE CHIC O hippie chic é a escolha de quem gosta de um look mais despojado, mas não abre mão de um pouco de glamour. Isso porque ele pede roupas de tecidos leves de uma simplicidade quase rústica, e sua combinação com metais e pedrarias, com maxibrincos, maxipulseiras e maxicolares.

6

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


7

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


moda & beleza

Maquiagem, passo a passo Preparamos dicas simples para você montar um look dia que, com alguns poucos passos, pode se transformar em um look para noite POR ADRIANA C. SOUZA CIACCO

Para essa edição da Revista Atua, convidamos a maquiadora profissional Adriana Ciacco. Ela preparou um passo a passo com uma dica de maquiagem simples, para você arrasar nesse final de ano. O melhor é que, com algumas pequenas alterações, sua make feita para o dia, poderá ser transformadas em uma make chic para a noite. Além desse detalhe, escolhi essa make pois acho que a maquiagem deve realçar a beleza e não transformar completamen-

Aplique a sombra Silk Contém1g Make-Up na pálpebra toda. Isso facilitará a aplicação da próxima sombra.

Em seguida, aplique a sombra corsage Contém1g Make-Up no côncavo e no canto externo dos olhos.

te a pessoa. Gosto quando acabo de fazer a make e a cliente se olha no espelho e se ama, sem muitas mudanças, muitos exageros. Nossa modelo, Maria Laura, já é linda, e com um toque de maquiagem, fica ainda mais! USAMOS na make: CORSAGE OPACO

Aplique a máscara para cílios Black lashes Contém1g Make-Up nos cílios superiores e inferiores.

PRETO OPACO

SILK CINTILANTE

Em seguida aplique o Duo Blush Marrom Opaco/Bronze cintilante nas maçãs do rosto.

Pronto, seu look dia está finalizado! Agora, vamos começar a trabalhar na maquiagem para noite. Vamos acrescentar alguns produtos da linha Contém1g Make-Up e mostraremos o quanto é fácil elaborar um look acrescentando apenas alguns produtos. Confira na próxima página > Gosto muito desse produto, Radiant Skin iluminador corretivo. Aplique nas linhas de expressões e abaixo das olheiras em direção às têmporas. Espalhe dando leves batidinhas.

8

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Para finalizar o Look Dia aplique o batom mate alta cobertura CHIC Contém1g Make-Up nos lábios.


9

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Aplique a sombra preta opaco Contém1g Make-Up no canto externo dos olhos e espalhando em direção ao côncavo.

Com a mesma sombra preto opaco aplique rente aos cílios inferiores em seguida esfume com ajuda de um pincel.

Para finalizar esse lindo look , com ajuda de um pincel aplique no canto interno dos olhos o creme fix e o glitter em pó branco dourado furta-cor Contém1g Make-Up.

10

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Aplique novamente mais uma camada da máscara para cílios Black Lashes Contém1g Make-Up nos cílios superiores e inferiores.

Aplique um batom mais escuro mate cor magenta Contém 1g Make-Up para deixar sua make mais marcante.

Look finalizado, com apenas alguns detalhes alterados! É uma maquiagem rápida e fácil, que voê pode aproveitar esse look para seu Reveillon. Essas dicas de maquiagem foram preparadas pela cabelereira e maquiadora Adriana Ciacco e-mail driciacco@hotmail.com e telefone de contato 9-9339-5454. A


11

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


tendências

12

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


13

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


tendências

14

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


#R E V I V E N DO LEMBRANÇAS _ G ISELE _ A LTO VE RÃO 2017 _ A RE ZZ O .CO M .B R A R E Z Z O S Ã O J OÃ O D A BOA VISTA A V. DONA GERTRUDES, 38 TEL 1 9 3 6 2 3 3 5 0 3

15

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


tendências

16

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


17

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


seu pet

Pets e os fogos de artifício Proximidade com Natal e Réveillon é alerta para donos de cães e gatos POR FRANCO JUNIOR

Quem tem um pet em casa já sabe: começou o foguetório, é um Deus nos acuda! É o cachorro latindo e chorando sem parar. E o gato miando, chorando e andando de um lado para o outro. Mas se você acha que o problema é só esse, está enganado. O foguetório pode fazer seu pet fugir, pular pela janela, ter ataques violentos contra você mesmo e, no mais trágico dos casos, pode levá-lo à morte. RISCO IMINENTE A proximidade de finais de campeona-

tos de futebol, do Natal e do Réveillon é um alerta para os donos de cães e gatos. E por saberem que estes tipos de acontecimentos são certeza dos famosos estouros de rojões e fogos de artifício, é preciso pensar no bem-estar do animal. Por terem os sentidos de audição muito mais apurados que os nossos, esses barulhos estressam, assustam e incomodam muito os cães e gatos, podendo causar diversos acontecimentos e danos, assim como explica o médico veterinário André Luiz Bussamara de Freitas, da Pet Center São João. Segundo ele, os maiores perigos são fugas, que

Por que os cães se assutam? Os cães possuem uma capacidade auditiva diferente do ser humano. Assim, para efeitos de comparação, o ouvido canino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz e 40.000 Hz; já o homem percebe sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. Além disso, os cães conseguem detectar sons quatro vezes mais distantes do que o ser humano. Isto acontece por razões de evolução e adaptação: o ser humano, com seus olhos posicionados bem à frente (ao contrário dos cães, que são mais laterais), consegue focar um objeto com maior precisão, além de ter um campo visual maior. Com esse aprimoramento da visão, a audição ficou em segundo plano. Nos cães, há maior dependência do sentido auditivo que nos homens; assim, sua audição deve “compensar” a sua visão. Por fim, o ser humano se tornou tão especializado em suas faculdades mentais (cognição e raciocínio) que a audição é apenas mais um suporte ao processo (junto com todos os outros sentidos). Foto: Reprodução Internet

18

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

podem acarretar acidentes graves como atropelamentos e ferimentos, caso no momento da tentativa de sair do local eles pulem muros e portões. O veterinário alerta também para afogamento em piscinas, em ocasião de queda acidental do animal. “É preciso estar atento, também, em apartamentos, à queda pela janela, além de ataques violentos contra os donos ou pessoas que estejam próximas, brigas com outros animais no mesmo ambiente. Situações essas que podem ocorrem em qualquer local”, explica André. Ele destaca ainda o risco de falecimento do pet. Isso se os animais possuírem algum problema de saúde como, por exemplo, convulsões ou problemas cardíacos. “Esse momento de estresse pode até levar à morte, o que não é raro”, salienta o profissional. COMO AGIR Para evitar qualquer tipo de problema com os pets na hora do excesso de barulho, existem alguns cuidados que podem ser tomados. O melhor a se fazer nessas horas, conforme ensina o médico veterinário, André Freitas, é colocar o animal em um lugar fechado, com luz baixa, sem muitos móveis ou objetos quebráveis. Outra medida que pode ser tomada é tentar abafar de alguma maneira os sons que entram pelas janelas e portas. André destaca, ainda que outra saída é colocar algodão no ouvido dos animais, para tentar diminuir esse estresse, lembrando sempre de tirar após o término dos fogos. “É importante separar os animais para evitar brigas e jamais levá-los aos locais de fogos, por mais bonzinhos e mansos que eles possam ser”, frisa o médico veterinário. E finaliza pedindo para os donos de pets “jamais darem remédios como tranquilizantes ou calmantes, sem a orientação e supervisão de um veterinário”. A


19

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


lançamento nova coleção Aguamar

20

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


21

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


decoração

Decore sua casa para as festas de final de ano Acompanhe nossas dicas e acerte na escolha POR WESLEY COLPANI

Quando se trata de decorar ambientes, inicialmente a escolha dos elementos para essa transformação parece fácil, mas existem detalhes que fazem toda a diferença no resultado final, principalmente nesta época de festas, onde tudo o que se quer é surpreender quem nos visita, apresentando uma decoração criativa e original. Cesar Araujo, promotor de vendas da Flor do Cedro, orienta que, na passagem do ano 2016/2017, a tendência é apostar no rústico e em peças luxuosas, usando desde flores feitas com madeira até peças douradas com cristais swarovski. INOVE NAS CORES Para o Natal, “o que não pode faltar nunca é a presença do bom velhinho, o Papai Noel; e a cada dia ele vem mais estiloso, se adequando a novas tendências”, observa Cesar. Em relação às cores, o promotor de vendas analisa que quem prefere o tradicional pode apostar sem medo no vinho, cor que veio como uma tendência superforte, esse ano. “Já quem gosta de ousar, pode se jogar em verde-menta, azul e cobre, que são as cores do momento, em todo tipo de decoração”, sugere. Cesar comenta que, nas festas de fim de ano, os móveis que costumam ser mais procurados são mesas, armários, aparadores e bancadas,

ILUMINAÇÃO

Gaiolas decoradas, arandelas de velas e castiçais são opções econômicas para decoração, que causam um grande efeito. Vale a postar e investir nelas sem medo. Só deve-se ficar atento para evitar o excesso de luzes, para não poluir visualmente o conjunto.

22

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

pois todos enfeitam, acomodam e auxiliam nestes eventos.“Para os móveis, são essenciais o conforto e a comodidade. Afinal, o móvel será usado o ano todo e tem que se adequar bem ao ambiente. Já para a decoração em geral, podemos nos utilizar de coisas diferentes e chamativas, porque a festividade permite peças assim, então pode-se usar e abusar de cor e luz”, argumenta Cesar. BOLAS E ILUMINAÇÃO Helen Pipano, decoradora da Futuro Natal, aponta que as bolas estão em alta este ano, e vêm revestidas em diferentes materiais, como pérolas, brilhos, lantejoulas, desenhos com pássaros, renas e flores. “Nos últimos anos, predominaram os bonecos de pelúcia e eles continuam em 2016, mas as bolas ricas é que são o destaque. As cores novas são as claras: rosa, acobreado e verde ou azul piscina”, cita Helen. A decoradora acrescenta que as pérolas e o prata envelhecido são os destaques nestas festas, mas o vermelho, o verde e o dourado são eternos clássicos. “Além da Árvore de Natal, as guirlandas também são itens muito

procurados, em todos os motivos e cores; e estão sempre presentes nas portas, para dar as boas-vindas. A tradição dos presépios está voltando e eles estão, a cada ano, mais e mais sofisticados, com roupas de seda e pedras douradas”, acentua. Para os móveis internos, Helen revela que figuram sempre as almofadas para sofá e os caminhos de mesa, tanto para a função de decorar o centro como para servir, na forma de jogos americanos, demarcando lugares. “Gaiolas decoradas, arandelas de velas e castiçais compõem o clima nas mesas de centro ou nas laterais e, para quem não quer comprar uma árvore nova, damos as dicas de trocar os laços, colocando bolas diferentes em alguns galhos, a fim de transformá-la numa árvore nova”, Helen sugere. A mini-cidade, com ringes de patinação, roda gigante, carrossel, chapéu mexicano, casinhas e teleféricos é outro acessório de decoração que Helen deixa como dica aos nossos leitores, frisando que tem feito enorme sucesso entre as crianças. “A iluminação e o movimento fazem a gente sonhar”, finaliza. A Foto: Reprodução Internet


23

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


psicologia

Oniomania: o comprar compulsivo O desejo incontrolável tem tratamento: inclui acompanhamento psicológico e medicação POR MARYÁ REHDER AMBROSO

A tecnologia vem crescendo e traz consigo uma gama extensa de novas possibilidades de expansão da publicidade. Se não é na rádio, a propaganda está presente nos televisores, nos outdoors, nos painéis de led, nas revistas, nos jornais, em sites de notícias, em spams, nas redes sociais, etc. Em todo canto que os olhos alcançam, há um anúncio pronto para atrair o consumidor com promessas de bem-estar, conforto, status, projeção imediata e ilusão de segurança e de poder. E concomitantemente a esse bombardeio de divulgação, vem a crescente psicopatologia Oniomania, que se trata de um transtorno compulsivo e, muitas vezes, impulsivo, que se manifesta através da compulsão em fazer compras e ou da aquisição de bens, produtos e serviços. É um distúrbio alimentado muitas vezes pela ansiedade e, quase sempre, acompanhado pela depressão. Mas como identificar essa doença? Diante a uma sociedade capitalista, onde o consumismo é fortemente sustentado e estimulado, a compulsão por Foto: Reprodução Internet

24

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

compras não é notada prontamente pelo indivíduo doente, nem tão pouco por sua família. Além disso, quem sofre desse transtorno leva alguns anos para reconhecer o caráter patológico do seu comportamento, pois o ato de concretizar a compra proporciona, na maioria das vezes, uma sensação de prazer seguida por um sentimento de alívio e bem estar. Um dos sintomas muito comuns, apresentado pelos oniomaníacos, é o pensamento compulsivo que se exprime quando, mesmo após uma compra, a pessoa já tem necessidade de fazer uma nova aquisição (comportamento repetitivo) e utiliza-se da auto-sabotagem para justificar tal ato. Exemplos: liquidações, cupons de descontos, presentear a si mesmo, achar que tal item terá utilidade algum dia, etc. Sintomas como sudorese, irritação, taquicardia, tremor e sensação de desmaio iminente podem ser apresentados caso a efetivação da obtenção não for possível. Além disso, a sensação de remorso e decepção, que podem ser manifestadas logo após a compra, devido à percepção da incapacidade de controlar os impulsos.

Alguns autoquestionamentos servem de ajuda para a prevenção e avaliação de tal transtorno: “O quanto isso é essencial para a minha vida?”, “Não seria melhor pesquisar os preços antes de levar esse item?”; “Deveria pensar um pouco antes de realizar essa compra?”. Identificando a demanda, o tratamento psicológico deve ser iniciado prontamente, através de acompanhamento psicoterapêutico, supostamente adjunto com o uso de fármacos específicos da classe de ansiolíticos e antidepressivos, além do apoio familiar para que haja a superação do problema, ao invés de uma postura crítica e discriminativa. Isso se faz fundamental para o sucesso do prognóstico. Portanto, cada vez mais, é preciso ter uma atenção voltada para a diferença existente entre o comprar por necessidade, desejo, satisfação, realização de um sonho ou prazer e o comprar por compulsão, que se caracteriza por um impulso doentio para consumir qualquer elemento, pois o que é sinônimo de conquista para alguns, pode estar sendo a derrota emocional e psicológica para outros. A


25

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


26

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


27

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


28

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Foto: Divulgação


29

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


30

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


31

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


natal

O Natal pelo mundo em São João Cidade terá um pouco de como a festividade natalina é comemorada nos principais países POR FRANCO JUNIOR

Fim de ano chegou e uma certeza: o sanjoanense aguarda as tradicionais decorações natalinas na cidade e também a já tradicional Parada de Natal. E a expectativa será atendida, assim como tem ocorrido nos últimos anos, por meio de uma parceria entre a Associação Comercial e Empresarial (ACE) e Prefeitura de São João. Desta forma, foi planejado um Natal diferente para a cidade, em 2016. Com o tema “Magia do Natal no Mundo”, os expectadores farão, literalmente, uma viagem pelas festividades natalinas de diversos países, a partir do fim de novembro. Toda essa magia natalina pelas ruas vai se juntar com a Parada de Natal no mês de dezembro. Antes dela, no primeiro domingo do último mês do ano, ocorre a chegada do Papai Noel, na parte alta da cidade. Já nos próximos dois domingos, a avenida Dona Gertrudes recebe a Parada de Natal. “Estamos na

etapa de confecção das fantasias e das alegorias do evento. A Parada de Natal deste ano terá cerca de 150 integrantes no elenco e cinco carros alegóricos. O pessoal já está ensaiando para que tudo ocorra da melhor maneira possível”, explicou Ana Claudia Carvalho, coordenadora artística da Parada de Natal. Diretora da Associação Comercial e uma das criadoras do evento, Ana destacou que a produção do evento “está a todo vapor”. DESTAQUE NACIONAL Desde sua primeira edição, a tradicional parada em São João da Boa Vista se tornou referência não apenas dentro da cidade. Devido ao número de pessoas que vêm ao evento – no ano passado foram 30 mil, segundo a Polícia Militar – cada vez mais a festividade se destaca e chega ao conhecimento de todo o país. A Parada já foi alvo de reportagens de renomados veículos de comunicação como a revista Veja e os portais Terra e G1, na internet. Isso

tudo engrandece ainda mais o evento e atrai pessoas dos mais variados locais para São João da Boa Vista. IMPASSE Para a realização da decoração e da Parada, este ano, não foi possível apenas a captação de recursos por meio do ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado e Cultura. Por conta disso, a Prefeitura de São João precisou repassar R$ 273 mil para que a ACE preparasse a Parada de Natal (125 mil reais) e a decoração natalina (148 mil). Devido ao valor maior, houve impasse para que a Câmara Municipal aprovasse a destinação de verba da prefeitura para a ACE. A Associação Comercial tentou ao máximo buscar os recursos por meio do ProAC, visando não onerar os cofres públicos. Uma vez que foram esgotadas as possibilidades, o projeto de convênio foi apresentado à Câmara, em caráter de urgência. Por querer analisá-lo, o vereador Claudinei Damalio (PTB), pediu ‘vistas’ – adiamento da votação por uma semana. Sete dias depois, representantes da ACE estiveram na sede do Legislativo sanjoanense, explicaram aos vereadores os detalhes do projeto e ele foi aprovado. O presidente da ACE São João, Antonio Baesso Junior, esclareceu que a Associação Comercial não conseguiu captar os recursos necessários para a realização do evento junto à Secretaria de Estado da Cultura, “por conta das novas exigências e também pela baixa arrecadação de ICMS, devido à crise econômica”. BENEFÍCIOS PARA A CIDADE O movimento no comércio sanjoanense no período natalino traz benefícios para São João da Boa Vista, seja com a contratação dos chamados trabalhadores temporários, como pelo aumento nas vendas em todos os seguimentos.

32

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

>


33

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Segundo dados do IBGE, os setores de comércio e serviços juntos empregam mais de 15.800 pessoas do município, nesta época do ano. Esses dois setores, inclusive, são os principais na economia da cidade, movimentando mais de um milhão de reais. Esse valor representa 51,38% do PIB local, que é a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos em São João. Outro fator importante deste período, como salienta Baesso, é que o movimento nos setores de comércio e serviços, no período do Natal, representa para a Prefeitura uma receita extra de ICMS de quase um milhão de reais. Essa receita é 22,18% maior do que a média do que é arrecadado nos meses anteriores. “Esse aumento de arrecadação vai direto para o orçamento municipal, sendo reinvestido entre os mais diversos setores como Saúde e Educação. Com a crise econômica, se torna fundamental investir nos eventos natalinos para preservar empregos e manter o ritmo da atividade econômica do município”, salienta Baesso.

34

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

O presidente da ACE, com base em números do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), destaca ainda que a situação é ruim por conta do movimento de vendas do varejo ter caido em média 6,9% na primeira quinzena de outubro, frente ao mesmo período do ano passado. “Por isso é importante atrair a população pras ruas e trazer o máximo possível de visitantes à nossa cidade. Mesmo que os visitantes não realizem compras no comércio, os pequenos gastos com alimentação, por exemplo, já auxiliam a manter a roda da economia local girando. Isso ajuda a evitar a queda de arrecadação da prefeitura, recessão e desemprego”, frisa o presidente. A coordenadora do evento, Ana Cláudia, destaca também que, além da questão comercial, é preciso considerar que a Parada se torna uma opção de lazer e diversão para a família. “É uma tentativa de recordar um pouco da questão lúdica da data, deixando de lado o consumismo que a sociedade moderna e o final de ano trazem”, explica.

MARQUE NA AGENDA Após os enfeites estarem instalados pelas principais ruas de São João, o primeiro evento natalino na cidade será realizado na Parte Alta para a chegada do Papai Noel. Já os desfiles da Parada de Natal ocorrem em dois finais de semana. A chegada do Papei Noel está marcada para o primeiro domingo do mês de dezembro, dia 4, e a Parada de Natal está agendada para os dois domingos seguintes, 11 e 18. Todos os eventos estão marcados para terem início às 20h30. As atrações de Natal em São João da Boa Vista só são possíveis, além da participação da ACE e da prefeitura, pela ajuda dos grupos participantes de dança e teatro da cidade. São eles: alunos do Departamento de Esportes da Prefeitura, Estúdio de Dança Fernanda Docema, Grupo Blackout, Grupo de Dança Gabriel Maschio, Grupo de Teatro & Dança Art Expressão, Grupo NaMarca, Grupo Teatral Artes Insanes, Studio Personal Dance Elaine Juliari, além da tradicional participação da fanfarra da EMEB José Peres Castelhano. A


35

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


36

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


37

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


matéria de capa

Fernanda Carraro Ela enfrentou desde o preconceito da década de 1970 até a luta para a mudança do seu nome POR CLOVIS VIEIRA

Em alguma edição da década de 1970, reportagem na Revista O Cruzeiro chamava a atenção: “Meu nome é Astolfo, mas pode me chamar de Rogéria”. Estava ali, oficializado, o ‘nascimento’ da atriz e transformista que até hoje é presença marcante no teatro e em programas de televisão, causando agora muito menor alvoroço do que naquela época. Se fôssemos atualizar e trazer para o nosso convívio aquela longa entrevista, quem sabe o seu título seria: “Meu nome é Adauto, mas pode me chamar de Fernanda... Fernanda Carraro”. Convívio, quem sabe, pode ser a palavra certa para identificar a presença de Adauto Antonio Fernandes entre nós: atriz, transformista, figura de destaque em passarelas de concursos Beleza Gay e em vários programas de TV, até há pouco tempo. Fernanda Carraro é, talvez, a cabeleireira de nove entre dez sanjoanenses, que podem ser chamados de ‘celebridades’. UM NOME DE PESO “Eu sempre tive muito orgulho do meu nome masculino e de tudo o que eu fui”, dispara o transexual sanjoanense, logo no início da conversa. “A minha vida... [baixa o tom de voz] era para ter sido uma tragédia, minha família era muito preconceituosa, um pai preconceituoso. Mas eu sou forte em tudo o que faço” -orgulha-se, voltando a falar com mais volume. Desde os seus 17 anos, Adauto se percebeu um ‘menino diferente’ dos demais. E resume que não houve uma epifania, instalando, de repente, a Fernanda no corpo do Adauto. “Veio devagar, houve uma mudança em mim se realizando aos poucos. Até, porque, foi uma mudança muito drástica de gênero: eu tinha um guarda-roupas masculino, uma vida masculina, um cartão de identidade masculino. Um dia, quando eu ‘acordei’, já era 38

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Fernanda Carraro, por inteiro”. Revelar a escolha do nome ‘de guerra’ ainda a diverte. Adauto participava de um concurso de beleza travesti, em Poços de Caldas, e não sabia que era preciso ter um nome feminino para a passarela. “Pensei: não quero ter um nome de travesti, como Veruska, Mariusha, etc. Eu queria ter um nome comum e, como o meu sobrenome é Fernandes, escolhi Fernanda”, comenta. Mas essa escolha não bastou: ainda era preciso um sobrenome, “porque, vai que um dia você se torne famosa, e só Fernanda não vai identificar você”, explicou

a produtora do evento. “Daí, eu me lembrei que gostava de alguns livros de Adelaide Carraro [autora, falecida em 1992], como ‘Eu e o Governador’ e ‘Eu Mataria o Presidente’. E ficou Fernanda Carraro, que tem um nome comum, com um sobrenome de peso. Um dia, até que tentei mudar, mas não consegui, porque o nome ‘pegou’”. Desde outubro de 2012, o seu cartão de identidade diz que ela é Fernanda Carraro Fernandes. “Eu agradeço profundamente ao Dr. Misael dos Reis Fagundes, Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de São João da Boa Vista, de extrema imparcialidade, que me concedeu este

>


39

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


nome sem que eu participasse de uma audiência para isso. Ele foi muito sensato, o mandado que ele expediu para a mudança do meu nome – sem mudança de sexo - me fez chorar”. Fernanda explica que essa oficialização facilitou muito a sua vida em situações como check-in de aeroportos, consultas em postos de saúde, onde é preciso confrontar o usuário com o nome que consta em sua certidão de nascimento, por exemplo. “Hoje, isso não existe mais e as pessoas me olham diferente de antes”, revela. EU PENSO QUE... A Revista Atua propôs um jogo a Fernanda Carraro: para cada palavra sugerida, ela revela o seu ponto de vista, a sua percepção do significado. Acompanhe. HOMOSSEXUALIDADE “Ah, é uma maravilha para os gays que estão assumindo hoje em dia! É muito diferente da época em que eu assumi, em 1980. Naquele tempo, não era ‘feio’ para a família ter um filho gay... era feio para

40

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

o bairro onde ele morava. Com relação à homofobia, hoje parece que há menos casos de homofobia. Mas há preconceito contra tudo por aí: contra rico, contra pobre, gordo, negro, deficiente... Eu acredito que as pessoas mais homofóbicas são os ‘piores’ homossexuais. Se formos fazer uma comparação, açougueiro não falaria mal de mecânico, ele falaria mal de outro açougueiro. Assim, as pessoas que falam mal de gays, são os ‘piores’ gays; estas acabam manifestando esse ódio, porque elas não conseguem se expor como um gay assumido expõem a si mesmas. É como aquela madame de sociedade que critica a menina que usa vestido curto; ela não usa porque talvez não tenha as pernas bonitas. Então, esse gosto reprimido se revela em ataque frontal.” RELIGIÃO “Eu acredito, piamente, que há um Deus. Tem que existir uma força superior! Principalmente quando eu penso na engenharia disso tudo, que Deus criou um fruto doce para que o pássaro o coma e leve a semente para dali a 40 quilômetros, como uma ma-

neira de disseminar aquele fruto... E a água limpa que cai, a gente suja, daí ela evapora sem a sujeira e cai limpa de novo. Nós não estamos aqui por acaso, tem que haver um criador disso tudo. No dia a dia, eu peço a Deus por tudo o que faço. Eu sou uma pessoa muito grata, porque, comigo, havia tudo para dar errado, eu tinha todas as ferramentas para andar à margem da sociedade, sendo gay, pobre, sem estudo... eu fiz até o terceiro ano primário [ensino fundamental]. A minha força vem, talvez, daquele sentimento de querer provar a todos- à família, principalmente - que não se é apenas gay, que sou um ser humano, que exerço um trabalho, que eu participo da sociedade” TRABALHO “Eu tive uma família muito importante em minha vida. O casal Maria Aparecida Ventura Ferreira, que tem o apelido de ‘Darci’, e o Régis, me acolheu numa época muito difícil da minha vida. Eu fui levado para a casa deles e fui criado como filho. Quando eu assumi, tive muitos problemas com a minha família e esta outra me acolheu. Eu fazia a faxina da casa de

>


41

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Darci. Um dia, ela sentou-se comigo e disse que eu precisaria ter um trabalho, um ganha-pão. Eu revelei que o sonho da minha vida era ter um salão de cabeleireiro. Daí, ela montou um salão para mim, nos fundos da casa. Esta era uma profissão na qual a minha família não acreditava. Para eles, eu precisava de um emprego com registro em carteira. Eu acabara de sair de uma carreira de bailarino, de professor de dança, que eu também amava, mas que não me trazia um retorno financeiro legal. Como cabeleireiro, eu comecei cobrando baratinho, praticando em crianças, em pessoas mais simples e fazendo o meu nome. E vi, um dia, que eu já tinha um nome expressivo na cidade.” BELEZA “Eu penso que a beleza é um sonho atrás do qual todos corremos. Eu me lembro de quando era jovem, e muito bonita, e as pessoas me diziam como eu era bonita, o meu corpo, o meu cabelo... mas eu não via essa beleza! Embora eu creia na perfeição do Universo, acho que com o ser humano Deus ‘cochilou’ [e ri dessa afirmação]. Seria bom se nós nascêssemos bem velhos e, depois, fôssemos esticando, ficando bonitos. É muito triste para alguém que já foi muito bonito, ir se olhando no espelho, depois da passagem do tempo e ver o que restou. Eu até brinco, dizendo que o Tempo é uma fábrica de monstros... hahaha. A beleza é uma ideia inatingível. Quem entra no meu salão, vem em busca da beleza. Algumas dizem: ‘olha, eu tinha uma prestação das Casas Bahia para pagar, mas quer saber, depois eu vou lá e acerto. Eu vim fazer o meu cabelo, que está horrível’. É a beleza o motor que move o mundo.” ESPIRITUALIDADE “Eu me preocupo muito com o ser humano. Eu choro quando vejo, em programas de televisão, alguns políticos furtando merenda, sabendo que há crianças que vão à escola só para comer aquela merenda que está sendo usurpada. Acho que todos nós estamos vivendo um ciclo de expiação tremenda, dias de um egoísmo muito grande, sem se preocupar se deixa ou não um legado para os seus filhos e netos e que tipo de legado será. Quando se vê mães permissivas, deixando que seus filhos usem drogas, sem se preocupar onde o filho obteve 42

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

aquela bicicleta, mesmo sabendo que ele não tem dinheiro para comprar. Nós estamos caminhando para um caos. Há mais de 12 anos, eu cedo em empréstimo perucas que minimizam o impacto da perda de cabelos nas pessoas em tratamento contra o câncer, a quimioterapia. É um trabalho pequeno, como um grão de mostarda, mas eu faço com muito amor. E como cada caso é um caso, eu procuro adequar a aparência da peruca a quem vai usá-la – realizo pequenos cortes, mudo a cor dos fios se necessário, ajusto um penteado de forma voluntária... de modo que quase ninguém percebe o artifício. ” VAIDADE “Eu vejo meninas lindas, novas, que frequentam o meu salão, e acham ruim a perna que têm, o cabelo etc. E eu sempre brinco, dizendo: ‘minha filha, fique tranquila porque você estará no modo como pensa já estar, quando tiver a minha idade’. E a minha vaidade frequentou os maiores concursos de beleza: eu já venci o Miss Gay São Paulo, o Miss Pantera... eu tinha três sacos repletos de troféus naquele quarto. Veja só - num show que fiz no Mantiqueira Country Club, eu estava num maiô bonito, com um penteado elaborado e uma senhora ficou me olhando. Depois de um tempo, ela fala em voz alta: ‘gente, quem fala que isso é homem, que coisa mais linda!’ [e solta uma risada]. Na televisão, eu estive no Sílvio Santos, no Programa do Bolinha, no Super Pop da Luciana Gimenez, no programa da Adriane Galisteu, várias vezes,

na Hebe Camargo, no João Kleber... só não estive na Globo. Já fui capa de revista, apareci em entrevistas no Correio Braziliense, Estadão, na Folha de São Paulo e muitos outros jornais.” SÃO JOÃO “A minha cidade – falando de Prefeitura - nunca me deu oportunidade de apresentação. Quando eu estive em alguns programas de televisão, em que eu precisava de um veículo para transportar minhas roupas e fantasias, eu fui buscar apoio em Poços de Caldas, cidade que me ajudou em tudo. O que eu penso, é que algumas pessoas têm certo medo de ajudar e ser taxado como ‘envolvido’ comigo. Muita gente, eu sei, tem vontade de me ajudar nas ocasiões em que eu preciso, mas têm medo de uma sombra de envolvimento pairar sobre a sua imagem... Preconceito, mesmo! Eu tenho, entre clientes e amigos, muitas pessoas de bem, mas nunca tive o apoio da cidade. Quando houve aquele momento de tombamento do Theatro Municipal, eu participei ativamente. Depois, tentei por várias vezes realizar um evento, me apresentando no Theatro, mas nunca tinha vaga para mim. Não sobrou mágoa, mas restou um sentimento de curiosidade: por quê?” FILOSOFIA DE VIDA “A minha filosofia de vida é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Eu adoro trabalhar. Todas as manhãs eu peço a Deus que me dê 100 anos de vida e força para trabalhar. Esta é a minha filosofia de vida.” A

É preciso discutir o tema No início do mês de fevereiro, o então Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, apresentou um estudo apontando que ao menos cinco casos de violência homofóbica são registrados todos os dias no Brasil. Os dados estão longe de corresponder à totalidade dos crimes ocorridos, já que apenas são captadas as queixas feitas por meio das ouvidorias do SUS e do Disque 100. Devido à dificuldade de apuração das instituições oficiais, outras organizações fazem trabalhos paralelos, como é o caso do Grupo Gay da Bahia, que há 30 anos preocupa-se em retratar e denunciar a homofobia no país. O último relatório deles é referente ao ano de 2015 e sugere que, pelo menos 318 pessoas foram mortas vítimas de homofobia, naquele ano. Os dados são recebidos através do site Quem a homofobia matou hoje?,mantido pela entidade. É necessário que, mesmo os heterossexuais, se deem conta de que este não é só um problema da comunidade LGBT.


43

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


educação

Mesada: 7 pecados dos pais Se bem aplicada, ela se torna um meio de educar financeiramente os jovens POR WESLEY COLPANI

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a mesada é uma ótima ferramenta para inserir as crianças e jovens no universo financeiro. No entanto, há alguns erros cometidos pelos pais/responsáveis nessa hora, que podem fazer com que tenha o efeito contrário, dando maus exemplos à nova geração. Se bem aplicada, ao invés de ser um incentivo ao consumo, se torna um meio de educar financeiramente os jovens que, num futuro próximo, formarão uma sociedade mais consciente e sustentável. Então, com um cenário econômico instável, o momento é extremamente propício para refletir e tratar sobre questões que envolvam a relação desse público com o uso do dinheiro. Conheça os sete pecados capitais na implementação da mesada: Desequilíbrio A criança não deve guardar todo o seu dinheiro para os sonhos. Ela precisa separar 50% de sua mesada para o consumo cotidiano e se dar o direito de comprar algo que deseja – sem excessos. Por incrível que pareça, a disciplina rígida que alguns pais impõem dentro de casa pode acabar transformando seus filhos em crianças obsessivas com o dinheiro e, consequentemente, em futuras pessoas avarentas. Violação Os pais não podem, de forma alguma, usar o dinheiro que a criança vem guardando para os seus sonhos como empréstimo. Essa recomendação pode parecer absurda, mas existem muitos casos, no âmbito familiar, em que os pais ou responsáveis mexem no cofrinho do filho ou retiram algum valor da caderneta de poupança da criança para pagamento de uma conta da casa ou 44

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

mesmo para uso particular. Ruptura Nunca atravesse as etapas de esforço e crescimento de seu filho. Jamais compre o objeto de sonho dele antes que a criança consiga juntar o dinheiro para conquistá-lo. Isso fará com que ele registre na mente, para o resto da vida, a ideia de que não precisa lutar para conquistar as coisas que deseja. Permissão Aprenda a dizer não, é para o bem da criança. Durante a implementação da mesada, você vai se deparar com a seguinte situação: a criança vai gastar todo o dinheiro antes de o mês terminar. É natural, ela está aprendendo e vai pedir mais quando isso acontecer. Mas ela deve vivenciar as consequências de seus atos. Desmedida A mesada não pode ser usada nem como prêmio, nem como castigo. Há pais que,

por impulso, decidem não dar mesada por um período de tempo ao filho, por mau comportamento ou notas baixas, por exemplo. Ou então, dão a mesada porque o filho fez alguma atividade doméstica. A mesada deve ser respeitada e jamais virar uma moeda de troca ou “barganha” entre pais e filhos. Remuneração A mesada não é salário. Salários são pagos para quem trabalha e criança não pode e não deve trabalhar. Esse é um dos conceitos que nunca é demais reforçar, para que as coisas fiquem realmente claras. Salário é salário, mesada é mesada! Sonegação Os adultos devem ensinar às suas crianças, desde cedo, que tudo que compramos deve vir com nota fiscal, desde um chocolate até uma bicicleta. Portanto, não deem o exemplo errado para os seus filhos, negociando uma compra sem nota fiscal para obter desconto. A


45

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


inauguração ZAV

46

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


47

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


opinião

Gun: projetos e panelas Em mesa de clã espanhol, olé!, a paella agrada, aglutina e reina POR LAURO BORGES

Nem sempre a inspiração para lavrar vem em porções abundantes como nas linhas que seguem. Nem sempre o estímulo para a escrita brota da mistura de amizades da escola primária com comida que restaura e encanta. Nem sempre o lampejo para as letras salta da brava trajetória de um casal imigrante. Nem sempre... Oliva Arias Garcia de Misa, a dona Bibi, esbanjando vigor e lucidez aos 88 anos, essa espanhola de El Barco de Valdeorras, na Galícia. Com o marido, Carlos Misa Gonzalez, que veio um pouco antes, e dois infantes, ela buscou nestes trópicos além-mar oportunidades de vida melhores do que na combalida Europa do pós-guerra nos idos da década de 1950. A localização desta província de majestosos crepúsculos era interessante para o trabalho do marido, um itinerante vendedor de autopeças. Aqui dona Bibi fixou morada e criou os quatro rebentos, os dois que vieram da Espanha —Maria Soledad e Carlos Manuel— e mais dois nascidos às margens do Jaguari —Marcos Antônio e Luís Fernando. O caçula do quarteto é o Gun, carinhoso apelido de família de Luís Fernando Misa Arias, amigo deste escriba desde o saudoso Joaquim José dos dançantes anos 70. Diplomado arquiteto em Alfenas, Gun trouxe das Gerais alguns queijos, o canudo e a franco-mineira Tamara Moreira Swerts, uma paixão universitária que rendeu um casamento e o descendente Caetano, hoje com 12. Nas reuniões familiares, sangria, jamón e afins, dona Bibi evocava as origens ibéricas através da mesa. Em mesa de clã espanhol, olé!, a paella agrada, aglutina e reina. Gun, 46, influenciado por uma vida de generosas e aromáticas caçarolas maternas, decidiu cozi48

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

nhar paellas como ofício. A prancheta não foi abandonada, mas a gastronomia das suas raízes absorve cada vez mais tempo, energia e dedicação. Há poucos meses funcionando, abriu as portas em dezembro, a Divina Paella opera só no delivery e serve em Sanja essa maravilha culinária de Valência, que tem fãs espalhados por todo o planeta. Em tempo: se a valenciana pela tradição encabeça o cardápio, paladares ecléticos também têm vez com a ma-

riñera e a caçador. Em tempo 2: noite destas, tivemos, eu e Josi, o privilégio de provar a soberba paella do Gun, temperada com a gentileza e com as curiosas histórias dessa galeguinha simpática, dona Bibi. Em tempo 3: Gun não é o primeiro herdeiro de dona Bibi a labutar para o bem comer. Marcos, o filho número três, é o exitoso empreendedor da Kuka Fresca, a rotisseria mais longeva da cidade, mercadejando consistentes sabores desde 1990. A Fotos: Arquivo pessoal

MEMORÁVEL PAELLA Acima, o guloso escriba, dona Bibi e Gun: noite espanhola na Benedito Araújo. Abaixo, a clássica e deliciosa paella valenciana.


49

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


carreira

Facebook é a rede social mais usada para contratações A vantagem dele, em relação à concorrente, é ampla, especialmente entre os jovens POR REBECA OLIVEIRA

Ninguém duvida de que a Internet revolucionou a busca pelo emprego. O uso de sites especializados e redes sociais para compartilhamento de vagas e divulgação de processos seletivos facilitou a vida de candidatos e empresas. Um levantamento feito pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em programas de estágio e traineé no Brasil, revelou que mais de 30% dos jovens que conquistaram uma oportunidade de estágio, recentemente, o fizeram através de sites ou redes sociais. Essa tendência não é novidade, há tempos os tradicionais anúncios de jornal foram substituídos pelos posts, tanto para quem procura uma vaga quanto para empresas que precisam preencher postos de trabalho. Entre os estudantes, essa característica é ainda mais dominante: a principal ferramenta para busca de emprego é o Facebook. A rede mais popular do mundo está à frente até

mesmo de sites especializados como o LinkedIn na hora de procurar vagas. E a razão pela qual 35% dos participantes afirmaram utilizar a rede de Mark Zuckerberg também para fins profissionais é, sobretudo, a praticidade. “A oportunidade chega até você sem que precise fazer grandes buscas, elas aparecem na sua timeline enquanto você navega. Também é muito comum ver amigos compartilhando vagas e marcando outras pessoas que estão procurando emprego”, explica a estudante de psicologia, Fernanda Machado. A rede profissional Os brasileiros simplesmente amam redes sociais, desde os tempos de Orkut, sendo que esses sites para relacionamento e círculos de amizade fazem sucesso considerável por aqui. E a rede que popularizou termos como “curtir” e “compartilhar” conquistou a preferência dos usuários locais: o último levantamento do próprio Facebook apontou que 45% dos brasileiros acessam a rede frequente-

mente e mais de 2 milhões de empresas utilizam a plataforma de anúncios para prestação de serviços, venda de produtos e também anúncio de oportunidades de trabalho. Atualmente não basta ter um site para conseguir alcançar seu público, a empresa também tem que ter presença nas redes sociais. Da mesma forma, as empresas utilizam cada vez mais a análise do perfil do candidato nesses sites, como critério de seleção e de verificação de informações. O engajamento dos usuários é outro ponto que faz dessa ferramenta uma forte aliada para os recrutadores: “O envolvimento dos usuários é muito grande, ainda mais em tempos de crise como a que o país atravessa. Esse tipo de post é visto como uma prestação de serviço à comunidade, sendo amplamente compartilhado na rede por milhares de usuários. Essa colaboração aumenta o alcance da publicação e impacta exatamente quem precisa.” – explica Tiago Mavichian, diretor da consultoria. Foto: Reprodução Internet

50

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Juntos, Facebook e LinkedIn somam 68% das redes sociais utilizadas pelos entrevistados para procura de vagas de estágio, e a vantagem do Facebook em relação à maior rede especializada em contatos profissionais, especialmente entre os jovens, se deve por razões comportamentais: “Normalmente o jovem que busca estágio ainda não tem seu perfil profissional claramente definido ou suficientemente atraente a ponto de ser competitivo em uma rede de negócios. Além disso, o uso do Facebook para interação pessoal é mais atraente e até mesmo mais amigável para o jovem. Dessa forma é natural que, passando mais tempo conectado, aumentem as chances de que algum relacionamento profissional também surja nessa rede.” – explica a psicóloga Greta Sunhog. O tal Q.I.- quem indica Quem precisou enfrentar um processo seletivo, ou tentou conquistar uma vaga da maneira tradicional, de porta em porta, com certeza já ouviu a velha expressão “Q.I.”. Esse termo utilizado para denomi-

51

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

nar aquele que conseguiu uma oportunidade graças à um contato pessoal, ou à indicação de um conhecido, às vezes irrita muitos candidatos que estão na fila do emprego. E por mais que o mercado esteja passando por transformações, a tal “indicação” também marcou presença na pesquisa de carreira e mercado realizada pela Consultoria: 24% dos entrevistados que conseguiram uma vaga de estágio afirmaram que o fizeram graças à indicação de terceiros. “É frustrante, muitas vezes você percebe que a pessoa não é a mais preparada ou mais dedicada à oportunidade, mas acaba sendo contratada pelo fato de conhecer alguém dentro da empresa.” – opina Fernanda. Essa situação pode ser bastante comum, especialmente no começo da vida profissional do jovem, que sem muita experiência não sabe como ser competitivo diante de uma entrevista, cabendo-lhe procurar oportunidades através de terceiros. Apesar de não diminuir o mérito do candidato, a indicação pode representar um risco tanto para empresa quanto para profissional, se o

perfil do candidato não for bem avaliado. “Indicar não é um problema desde que a indicação passe por todas as etapas do processo, como os demais candidatos” - afirma Tiago Mavichian. Ajuda profissional aumenta as chances de sucesso De fato, para fugir do “quem indica” a solução mais adequada é buscar ajuda profissional. Na frente do tal “Q.I.” apenas sites de recrutamento tiveram um percentual superior, em relação à conquista de uma vaga de estágio. Mais de 26% dos entrevistados conseguiram uma oportunidade de trabalho graças ao auxílio de consultorias especializadas. Metade desses jovens afirmam possuir cadastro em, pelo menos, 5 sites de seleção de vagas e apenas 1% deles não fazem uso desse tipo de recurso. Isso significa que o meio mais eficaz de conseguir uma vaga de estágio é através de sites especializados, de acordo com a pesquisa. A grande vantagem é que essas ferramentas normalmente são gratuitas para os candidatos e toda intermediação

>


entre candidato e empresa é feita por recrutadores especializados, com sistemas aprimorados de seleção. Além de reduzir o tempo de procura e a necessidade de deslocamento, a ajuda profissional aumenta as chances de sucesso, uma vez que a escolha do candidato mais adequado é a principal preocupação dos processos realizados por essas empresas. Outro motivo pelo qual o jovem deve aproveitar ao máximo esse tipo de recurso é o volume e diversidade das vagas: “Grandes empresas utilizam consultorias para boa parte de seus processos. Isso faz com que em um único site o candidato tenha acesso a vagas para diversas áreas e em várias empresas. Logo, o candidato que faz uso desse recurso pode conseguir uma vaga mais rapidamente.” – finaliza Mavichian. NUNCA SE ESQUEÇA! A sabedoria popular diz que política, futebol e religião não se discute. Mas basta uma espiada no Facebook para saber que, pelo menos nas redes sociais, a máxima não é levada a sério.

52

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Alguns cuidados, contudo, são necessários quando o profissional em busca de emprego (ou mesmo o já empregado) resolve se manifestar nas redes, ainda mais sobre temas polêmicos como esses. Um vacilo pode chegar aos ouvidos de um recrutador ou do seu chefe e provocar até demissão por justa causa.“Muitos esquecem que tem gente lendo o que eles escrevem na internet”, diz André Miotto, consultor de gestão empresarial da AMX Gestão Integrada. “Manifestar pontos de vista é natural”, diz Irina Bezzan, CEO da empresa de consultoria e recrutamento Genter. “Mas, quando as opiniões são agressivas, até mesmo incitando a violência, a em-

presa pode achar que o profissional tende a reagir mal sob pressão e isso tende a atrapalhar as relações de trabalho.” São exemplos de comportamentos agressivos xingar partidos políticos, candidatos a cargos públicos e torcidas de times rivais, além de agir com preconceito contra qualquer grupo social. “Praticar discriminação na internet pode motivar até demissão por justa causa, se a empresa for prejudicada pelo conteúdo postado”, diz o especialista em direito do trabalho, José Daniel Gatti Vergna, da Mesquita Barros Advogados. O prejuízo pode ser, por exemplo, a perda de um cliente pertencente ao grupo social que foi alvo do preconceito. A


53

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


lançamento nova coleção EB Kids

54

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


| ARQUITETURA

www.marianamendesdeluca.com.br

| INOVE SEUS CONCEITOS |

19.3631.7230 | 19.9 9204.6170

contato@marianamendesdeluca.com.br

PRAÇA DR. OTÁVIO DA SILVA BASTOS, 61 BAIRRO ALEGRE 55

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

MARIANA MENDES DE LUCA | ARQUITETA


56

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


57

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


meio ambiente

Do caos às flores Mesmo com a crise, há opções para todos os bolsos e interesses POR FRANCO JUNIOR

O dia 3 de janeiro de 2016 vai ficar marcado na memória da população de Águas da Prata como a data do caos. Chuva forte, alagamentos e ventania, na tarde daquele domingo, desabrigaram mais de 40 famílias que chegaram até a perder tudo que tinham em suas casas. Para os desalojados, os dias seguintes à tragédia foram de recolher os cacos, erguer a cabeça e iniciar a reconstrução do que a água destruiu. Com o passar dos meses, a vida na cidade foi voltando ao normal, mesmo que de maneira angustiante, pela má lembrança. E para tentar transformar as lágrimas e o medo que ficaram na memória dos pratenses em felicidade e sorrisos, surgiu a ideia de inserir na cidade um dos símbolos que refletem a alegria construída de maneira simples: flores. Foi aí que nasceu o movimeno Prata Florida. OBJETIVOS Inspirado em dona Rosa Araújo, que cuida voluntariamente de vários jardins, o movimento em Águas da Prata surgiu em uma Oficina de Resolução Criativa de Problemas, aplicada pela Universidade do Trabalho, no Espaço Cultural Boca do Leão, onde participaram 31 pessoas. A partir disso surgiu o tema de como deixar a cidade mais bonita e atrativa. Quatro objetivos foram elencados para que isso se tornasse possível: agregar mais vida a Águas da Prata - beleza, movimento e sustentabilidade contribuindo para a qualidade de vida e incremento do turismo; resgatar a autoestima do pratense, mobilizando a sociedade para embelezar o município; tornar a Prata referência entre as estâncias hidrominerais com diferenciais próprios das Cidades Inteligentes; e estimular a atualização da vocação da cidade para gerar oportunidades de trabalho, renda e lazer. Além dos quatro objetivos, Vanessa Hanhela, Musicista e

Coordenadora da Orquestra de Câmara Stravaganzza, que também é participante do movimento, explica que o Prata Florida foi separado em quatro fases. A primeira é embelezar a cidade com mais flores. E, para isso, foi estimulada a colocação de vasos nas calçadas - ação que já teve muita adesão dos moradores. O estimulo ocorreu com a realização da Caminhada das Flores, no dia 1º de Maio, onde a população teve conhecimento do projeto, podendo se integrar. A segunda etapa é a Lixo x Flores. Ela consiste em cuidar de espaços abandonados, que são utilizados como depósitos de lixo, revitalizando-os com flores e plantas. “Esta fase já teve início e se perpetuará, pois trata-se de uma conscientização e de mudanças comportamentais constantes. Nessa etapa foi realizada a ação no Bairro Pé Vermelho e já temos aproximadamente outras oito ações programadas”, descreveu a voluntária. Estimulação de movimentos econômicos e geração de renda para a cidade é a terceira etapa que terá início oficialmente com a Festa das Flores. Entretanto, assim como destaca Vanessa Ha-

Foto: Divulgação

58

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

nhela, muitas atividades econômicas se fortaleceram, como, por exemplo, as Floriculturas locais que relatam a ampliação das vendas e jardineiros que começaram a ter mais oportunidades de trabalho. A quarta etapa é a consolidação do movimento com o Turismo, que se baseia na criação do Caminho das Flores e visitação aos recantos floridos que serão criados na segunda etapa. “Essa fase começou instintivamente, porém será fortalecida com o tempo e com a união da população, poder público e poder privado”, frisou ela. EXPANSÃO Os principais parceiros do projeto são membros da população que agem de maneira voluntária, mas existem também empresas locais que contribuem com as ações em parceria com a prefeitura local. “Gostaríamos muito que outras cidades viessem conhecer o trabalho e que pudessem levá-lo para seus municípios, pois esse trabalho contribui com a quebra de paradigmas, empoderando pessoas e, de quebra, melhorando o entorno em que vivemos”, apontou Vanessa. A


59

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


viagem

Dicas para sua viagem nesse final de ano Mesmo com a crise, há opções para todos os bolsos e interesses POR WESLEY COLPANI

Mais um ano chega ao fim e, com isso, as férias se aproximam, trazendo aquela vontade de viajar um pouco, de mudar os olhos dos cenários já conhecidos e buscar outras paisagens, seja para uma viagem romântica, a dois, como com a família e filhos. E com a crise na economia que atinge o Brasil, viajar para destinos dentro do país, nesse final de ano, está barato para os estrangeiros e também para os brasileiros, se comparados os custos com as viagens para o exterior. Dilson Jatahy, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, esbanja otimismo, “nós temos uma expectativa fantástica, fabulosa. Pela primeira vez na vida muitos fatores estão convergindo para melhorar o turismo internacional, para que nós possamos realmente nos tornar um destino turístico mundial. Isso acontece principalmente por causa da

moeda, mas também pela divulgação que houve na Copa do Mundo e nas Olimpíadas”, explica Jatahy. E, de fato, o Brasil oferece inúmeros lugares, independente do perfil de quem deseja viajar. Marco Perinoto Campos, gerente de vendas da CVC, em São João, destaca algumas opções que valem a pena conhecer. Quando se pensa em viajar no final do ano, as rotas que Marco destaca como as mais procuradas são Gramado, Porto Seguro, um Cruzeiro para o Reveillon em Copacabana, Rio de Janeiro ou Fortaleza. Destes, um dos mais badalados é Porto Seguro. “O município baiano tem festas todos os dias, não apenas no Reveillon. Fortaleza, sempre com muitas atrações nas praias para os turistas, também é uma boa quando se quer agitação e lugares badalados”, lembra o gerente de vendas. Já para quem quer mais sossego e espairecer após um ano inteiro de tensões e trabalho, Marco sugere fazer um cruzeiro. “Um

cruzeiro seria o mais tranquilo, por assistir à queima de fogos do próprio navio. Mas, nesta data, é difícil encontrar lugares tranquilos”, comenta ele, entre risos. Considerando a atual crise econômica, há alguns roteiros menos dispendiosos, porém interessantes. “O melhor destino, com um bom custo beneficio, é Porto Seguro, pois tem as melhores tarifas e é super badalado”, aponta Marco. Sobre possíveis dicas para melhor escolher onde você vai curtir seu fim de ano, o gerente de vendas da CVC observa que depende do perfil de cada cliente. “Tem cliente que gosta mais de tranquilidade e indicamos lugares mais tranquilos, sem muita badalação. Se o cliente gosta de curtir as festas, sempre indicamos os mais badalados como os já citados acima. O importante é que o cliente sempre esteja satisfeito com o destino escolhido”, finaliza. mais dicas No site www.feriasbrasil.com.br, você en-

PORTO SEGURO Um dos roteiros queridinhos de quem curte badalação é Porto Seguro, na Bahia. Mas, além disso, o destino oferece grande opções de roteiros históricos e belezas naturias.

Foto: Reprodução Internet

60

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


contra um guia completo com fotos belíssimas e mais de 500 ideias para decidir qual a sua melhor viagem e passar um fim de ano inesquecível. Falando em dicas, Thiago Khoury, em seu site Rodei, ressalta que é fundamental que os principais pontos do roteiro e, principalmente, os custos, estejam bem definidos. Escolher um local que seja condizente com seu tempo disponível é uma dica preciosa, mas Thiago lembra que vale a pena também inovar na hora da escolha. “Quem foge dos destinos mais comuns e se arrisca nos improváveis, geralmente não se arrepende. Muitas pessoas não abrem mão de uma praia no verão, mas os destinos típicos do inverno

CRUZEIROS

Fazer um cruzeiro pode ser uma opção para o final de ano. Existem as mais diversas opções, voltadas para públicos bem distintos. Esquece a idéia de que cruzeiros são apenas para jovens: as opções de pacotes e destinos são muitas e envolvem gastronomia de qualidade e descanso garantido.

61

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

fazem ótimas promoções nessa época”, indica o viajante. Para sua segurança, outro ponto para o qual ele alerta é fazer uma busca mais detalhada pela internet, de modo a descobrir várias informações que você vai precisar para planejar a sua viagem: quais os meios de transporte disponíveis? Há pacotes especiais para turistas?

Quais os pontos turísticos? Não se esqueça de checar se precisará de passaporte e visto de autorização para poder embarcar para o seu destino ou ainda se é preciso algum tipo de documento especifico. Algumas cidades do Norte do Brasil, por exemplo, pedem um atestado de vacinação contra algumas doenças, como febre amarela. A Foto: Divulgação


educação

O futuro começa aqui São João da Boa Vista conta com o campus do IFSP desde 2008. Instituição produziu, somente em 2016, mais de 35 pesquisas POR WESLEY COLPANI

Reconhecida como uma das principais instituições de ensino público no país, o campus sanjoanense do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), é hoje um dos maiores desenvolvedores de pesquisas na região. Com cursos de graduação, especialização, tecnológicos e ensino médio, o ateneu soma, ao todo, quase 1.200 alunos. A instituição produziu, em 2016, cerca de 38 projetos, sendo 23 de Iniciação Científica e 15 de Extensão, mas esse número ainda pode subir para 46, já que há 8 iniciações aguardando aprovação para serem iniciadas. Algumas destas pesquisas se destacam. Uma delas, iniciada neste ano, ganha evidência. O projeto, que promete alertar a população sanjoanense contra enchentes, tem duas vertentes, a Iniciação Científica e Extensão. Este segundo, fica responsável por coletar e armazenar, Foto: Wesley Colpani

62

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

em uma base, diversos dados ambientais, como por exemplo, temperatura, pressão atmosférica e índices de chuvas. Enquanto a Iniciação Científica, coordenada pelo Profº Glauber Fernando Furlan e desenvolvida por um aluno de Engenharia de Controle e Automação, constrói um protótipo que visa monitorar, ininterruptamente, o nível do rio e dos córregos que cortam a cidade, como o Rio Jaguari e o córrego São João. “Esse sensor vai ficar medindo os níveis fluviaiss sempre, armazenando essas informações na base de dados. Quando atingir níveis de alerta, o dispositivo irá mandar um sinal para quem estiver cadastrado nessa base - prefeitura, defesa civil e a própria população, especialmente para aqueles que moram no entorno. Com isso, as pessoas já podem se preparar para uma possível enchente”, explica o professor. Outra pesquisa que ganhou repercussão foi o protótipo desenvolvido para

limpeza de rios, que já teve solicitação de patenteamento, mas aguarda um retorno. A criação é fruto de uma Iniciação Científica realizada em 2015. ÓTIMAS NOTAS Embora os institutos federais sejam voltados para o desenvolvimento de pesquisas, ensino superior e técnico de qualidade, o ensino médio, oferecido pelo campus de São João, se destaca cada vez mais. No exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, os colegiados do IF obtiveram a terceira maior nota entre as escolas do município, ficando atrás somente dos colégios de ensino privado, Anglo e Colégio Experimental Integrado. Para o físico e Pós-Dr. em Engenharia de Materiais, Renato Chaves, o resultado é fruto de uma excelente qualificação dos docentes e um plano de carreira que os incentiva a dar sempre o melhor. “Quem faz, e passa nos concursos, já é mais qualificado. A maioria de nossos professores que compõem o quadro de docentes são Doutores e Mestres. Pouquíssimos têm somente graduação ou especialização”, salienta Chaves. Apesar da maioria dos adolescentes que vai ao IF cursar o ensino médio ser de comunidades carentes, vindos de escolas estaduais e com certa deficiência ocasionada pela progressão continuada, o bom desempenho dos educadores com estes adolescentes já trouxe retornos positivos. “Nossos professores conseguem lapidar esses jovens. Muitos deles estão saindo do Instituto e indo direto para universidades públicas de Minas, São Paulo e até no Mato Grosso. Temos um ex-aluno que cursa Direito na Unesp de Franca, uma das mais concorridas”, destaca o docente. Mesmo diante de todas essas conquistas científicas e educacionais, o IFSP ainda é pouco reconhecido como uma instituição de ensino de ponta pela

>


63

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


64

cidade. Para os docentes Renato Chaves e Glauber Furlan, o que ocasiona esse efeito ainda são os poucos cursos de ensino superior e a pouca divulgação do trabalho desenvolvido na rede. “Falta uma luta dos políticos locais para aumentar a oferta de cursos de bacharelado e licenciatura. Atualmente contamos efetivamente com três, o que faz parecer que o IF não tem a mesma importância que uma instituição com 15, 20 cursos, por exemplo”, relata. Glauber completa, alegando o problema de comunicação e divulgação que a entidade tem para levar informações até a população sanjoanense. “Nós sofremos, sim, um problema no feedback com a imprensa local e com a população. Não temos um setor de comunicação para realizar este trabalho, que, por muitas vezes, nós mesmos realizamos. É uma deficiência que temos. Faz falta um profissional do ramo de comunicação, para isto”, finaliza Glauber.

Lula da Silva, sancionava a Lei 11.892 que transformava os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), Escolas Agrotécnicas Federais e Escolas Técnicas, vinculadas à universidades, em Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Nascia, oficialmente, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Em 2016, a Presidenta Eleita, Dilma Rousseff, inaugurava 41 novos campi do Instituto Federal. Com isso, hoje, a rede de ensino é integrada por mais de 600 campi existentes. Cobrindo todo o território nacional, a Rede Federal dá continuidade à missão de qualificar profissionais para os diversos setores da economia brasileira, pesquisas, novos processos, produtos e serviços, em colaboração com o setor produtivo. Porém, há um risco à continuidade da expansão do sistema e também à qualidade do ensino ofertado pelo IF.

Instituto Federal No dia 29 de dezembro de 2008, o então Presidente da República, Luiz Inácio

RETROCESSO O presidente Temer enviou ao Congresso, em 15 de junho, uma Proposta

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

de Emenda Constitucional (PEC 241) que prevê o congelamento dos gastos sociais por 20 anos. A proposta foi aprovada e investimentos em Educação, Saúde e Previdência, direitos básicos garantidos pela Constituição, passariam a ter um teto limitado a valores dos anos anteriores, corrigidos apenas pela inflação. Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), prevê um cenário catastrófico para a educação brasileira como um todo. “Com o congelamento, haverá uma redução de gastos sociais da ordem de 8% do PIB nos próximos 10 anos, o que inviabiliza a possibilidade de manutenção de um sistema público de educação e saúde”, critica. Para Denise Gentil, professora do Instituto de Economia (IE) da UFRJ, a proposta rasga a Constituição de 1988 e levará ao desmantelamento do Estado social brasileiro. “Os trabalhadores terão que dedicar parcela da sua renda para pagar serviços que antes eram fornecidos pelo Estado”, assinala. A


65

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


sua saúde

Bem natural e necessário Benefícios do Ômega 3, substância não produzida pelo corpo que é encontrada em peixes POR FRANCO JUNIOR

Você sabia que os alimentos que consumimos podem influenciar nosso corpo? Sim, eles podem e, além disso, têm muito mais do que uma simples influência no funcionamento do nosso cérebro. Motivação, humor e performance mental estão diretamente ligados ao que ingerimos. Diversos estudos mostram que algumas substâncias contidas em determinados alimentos podem aumentar a capacidade mental. Nosso cérebro é constituído de mais de 20% de substâncias gordurosas que desempenham importantes funções. E a saúde do nosso cérebro depende não apenas da quantidade de gordura que ingerimos. Ela depende, principalmente, do tipo de gordura. Aí é que surge um tipo específico encontrado mais frequentemente em peixes: o Ômega 3. O QUE É O ÔMEGA 3 O ômega 3 é um ácido graxo poliinsaturado, que é o tipo de gordura mais saudável de todas. Os ácidos graxos são unidades básicas de gordura, como os tijolos em uma casa. O nosso organismo precisa de gordura para funcionar adequadamente, e os ácidos graxos são essenciais na formação e no funcionamento das células. O problema é que nem todos os tipos de gordura são essenciais, e algumas delas, quando em excesso, podem nos fazer mal, como é o caso das gorduras saturadas. Na verdade, o ômega 3 é uma família de ácidos graxos poliinsaturados, composta pelos EPA (ácido ecosapentaenóico), DHA (ácido docosaexaenoico) e ALA (ácido alfa-linolênico). O EPA e o DHA são um tipo de ômega 3 normalmente encontrado em peixes, como salmão e sardinha, enquanto o ALA é um tipo de ômega 3 existente nas car-

66

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

nes, soja, óleos vegetais e alimentos tais como óleo de canola, óleo de linhaça, nozes, sementes de chia e sementes de cânhamo. AMBIENTE IDEAL A presença de Ômega 3 no organismo cria um ambiente ideal para a troca rápida de “mensagens” entre as células do nosso cérebro. Se o cérebro para de receber Ômega 3, ele procura se adaptar a essa deficiência. Como consequência ele fica “preguiçoso” e as respostas passam a ser mais lentas. Quando esse comportamento é repetido dia-após-dia, o cérebro passa a encarar esse novo estado como sendo o seu novo padrão normal de funcionamento. Desta forma, problemas de memória, alterações de humor e dificuldades de aprendizado podem se tornar frequentes.

BENEFÍCIOS Com consumo regular de Ômega 3 surgem diversos benefícios. Estudos mostram que ele está ligado diretamente à boa concentração, boa memória, motivação, boas habilidades motoras, boa velocidade de reação, neutralização do stress e ação anti-inflamatória. Além disso, também fortalece o sistema imunológico, contribui para uma pele saudável, auxilia no controle da pressão arterial, possui efeito antitrombótico, melhora o desempenho cognitivo, auxilia no tratamento da depressão e ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides no sangue. FONTES NATURAIS E SAUDÁVEIS Encontrar e conseguir consumir Ômega 3 é mais fácil do que parece e não ne-

PRINCIPAIS FONTES

Foto: Reprodução Internet

Ômega 3 é facilmente encontrado nos peixes. Para garantir sua presença é importante que o alimento não seja preparado em altas temperaturas, nem seja frito.


cessita comprar suplementos importados ou ingerir alimentos refinados. Suas principais fontes são os peixes de águas profundas e frias, ou seja, salmão, atum, bacalhau, sardinha, truta, entre outros. Além de óleos derivados de peixe. Já, se você não consome peixe ou é vegetariano, as opções são sementes de linhaça e óleo de linhaça. Ambas alternativas são as melhores como fonte de Ômega 3. Além de todos esses benefícios para o cérebro, o Ômega 3 atua na redução dos níveis de triglicérides e consequentemente reduz os riscos de doença do coração. FONTES ARTIFICIAIS Conforme os benefícios para a saúde do ácido graxo Ômega 3 foram sendo descobertos e divulgados na mídia, a indústria dos complementos alimentares viu nesta substância uma ótima fonte para obtenção de novas apresentações. Atualmente, ele é facilmente encontrado sob a forma de cápsulas gelatinosas, que contêm 1000 mg de óleo

67

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

de peixe. É importante destacar que as concentrações de EPA e DHA, os tipos de ômega 3 que o nosso corpo precisa, podem ser bastante diferentes de uma marca para outra. Em 1000 mg de óleo de peixe podem haver desde apenas 200 mg até 950 mg de EPA + DHA. A dose diária atualmente recomendada de EPA + DHA é de cerca de 250 a 500 mg, o que pode ser obtida através de 1 ou 2 comprimidos por dia de óleo de peixe, de acordo com a marca que você comprou. LIGAÇÃO COM O CÂNCER Uma pesquisa realizada em 2013, por pesquisadores de diversas universidades e centros de pesquisas, entre elas a Ohio State University College of Medicine e o Fred Hutchinson Cancer Research Center, sugere uma ligação semelhante entre altas concentrações sanguíneas de Ômega 3 e o câncer de próstata mais agressivo. A pesquisa, divulgadada na publicação científica Journal of the National Cancer Institute, ligado à Universidade de Oxford, confirma os resultados ini-

ciais de um estudo de 2011, que indica que “estes ácidos graxos estão envolvidos na gênese do tumor e recomendações para aumentar a ingestão de Ômega 3, principalmente através de suplementos, devem considerar seus riscos potenciais”, escreveram os autores. De acordo com o estudo, o risco de homens que tomam suplementos de Ômega 3 desenvolverem o tipo mais agressivo de câncer é até 71% maior do que entre os que não usam a substância. No caso do tipo menos letal, o risco é até 44% mais alto entre os que consomem suplementos, em comparação com pessoas que não usam as cápsulas. Em geral, ácidos gordurosos estão associados a um risco até 44% maior de câncer de próstata, dizem os pesquisadores. Nos últimos anos, muitos estudos vêm sendo feitos para examinar o impacto de ácidos graxos na saúde. Cientistas alertam que a maior parte das pesquisas não é conclusiva e que, antes de mudar a dieta, as pessoas devem consultar seus médicos. A


perfil

Jovens empreendedores POR PEDRINHO SOUZA

Nesta edição vamos descobrir como Gil Sibin, diretor do GLOC, iniciou sua carreira e saber algumas dicas para se tornar um artista. A publicitária Thaciana Jeronimo, proprietária do Café do Canto, conseguiu reunir, além das tradicionais bebidas, um ambiente agradável para encontros. Leia, curta e aproveite! Por que você se tornou empresária? Percebemos, em conversas com amigos, que havia falta de um lugar em São João que reunisse ao mesmo tempo um ambiente agradável para encontros e que oferecesse, além das tradicionais bebidas de café, vinhos, licores e doces exclusivos.

Foto: Bárbara Moreira / Two Moon

Qual foi o maior desafio que você encontrou? O maior desafio é a fidelização de uma clientela que está sempre buscando o melhor lugar, o melhor produto e o melhor atendimento. Para vencer este triplo desafio, decidimos pela capacitação dos funcionários, pelo tratamento ao cliente como único e de forma muito atenciosa, e, claro, oferecendo produtos de alta qualidade, sempre feitos com muito carinho.

Thaciana Jeronimo

Você já sentiu algum tipo de preconceito neste ramo, por ser mulher e jovem? Não, pelo contrário, sempre fui muito respeitada e elogiada pelo meu trabalho.

quer ser “ Quem seu próprio chefe

No mundo dos negócios, quem seria a sua inspiração? Poderia citar várias pessoas nas quais me inspirei, além das “celebridades” do mundo dos negócios, mas destacarei uma em especial: minha avó Ophélia Dragão, que foi uma comerciante de muita garra, dedicação e honestidade. Ela foi quem me ensinou a lutar pelos meus sonhos e ser perseverante.

35 anos, empresária

deve se tornar seu primeiro funcionário

68

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Na sua opinião, qual a melhor forma para enfrentar essa crise economica? Acredito que com muito trabalho. A dedicação e o esforço são recompensados, sempre. Não se deve desanimar com aqueles índices econômicos pavorosos, muito menos com a negatividade de muitos que acreditam sempre no fracas-

so de um comércio. Qual a chave para ter sucesso nesse ramo de alimentação fora do lar? Ter sempre produtos de alta qualidade, sejam aqueles que eu produzo (as cheesecakes, as tortinhas de limão) quanto aqueles que eu ofereço (o grão do café, os vinhos, os licores). Ficar sempre atento a prazos de validade; ouvir o cliente e suas sugestões; criar sempre mais opções de produtos, para fugir do convencional; ter sempre o melhor atendimento e personalizá-lo (cada cliente para nós é único e demanda diferentes formas de atenção). O que você gosta de fazer nas horas vagas? Gosto de sair com os amigos, ler, ir à academia e ficar com a família. Além disso, gosto também de pesquisar e experimentar receitas novas. Qual livro e/ou filme você indicaria a um amigo? Tenho vários que indicaria, mas vou citar os dois últimos que li: “Cem Anos de Solidão” e “A Menina que Roubava Livros”. Um filme que indicaria, com certeza, é “ A festa de Babette”, que mostra bem como é grande o prazer em cozinhar e proporcionar, com isso, a felicidade dos amigos. Qual o seu sonho? São vários, mas gostaria muito de fazer um curso de confeitaria no exterior. O que você pode dizer aos interessados em trabalharem com alimentação? Como tudo na vida, deve-se ter a consciência da necessidade de muito trabalho e dedicação, pois o caminho não é fácil. Quem quer ser seu próprio chefe deve se tornar seu primeiro funcionário.


69

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Qual a sua formação? Sou formado em Administração de Empresas e Comércio Exterior com pós-graduação em Artes Visuais e Multimeios, pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Foto: Patrícia Passos

Gil Sibin

55 anos, fotógrafo

sonho “ Meu sempre foi o da democratização da cultura. Tanto que o projeto do GLOC foi fruto de muita pesquisa e estudos de viabilização para cumprir uma pequena parcela desse sonho

70

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Como iniciou sua carreira? Bom, comecei a fotografar no final dos anos 70 e durante os anos 80, fascinado pelo trabalho dos mestres da fotografia. Estudei artes fotográficas; participei da exposição coletiva “Tradição e Ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo; fui selecionado para a Mostra Internacional de Fotografia Nikon de Tóquio, no Japão, e outras exposições, algumas nas quais fui premiado. A partir da década de 90, a fotografia abriu espaço para o estudo das artes visuais, cujos códigos acabei incorporando aos projetos fotográficos que marcam uma nova fase do meu trabalho, resultando na criação de diversas séries fotográficas, as quais puderam ser vistas em dezenas de exposições em diversos museus e galerias do Brasil, Inglaterra e Portugal. Algumas de minhas obras integram acervos públicos da Universidade de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, do Museu do Douro (Portugal), bem como coleções privadas. Qual o maior desafio que você já encontrou? O maior desafio foi em 2013, quando fiz residência artística em Portugal. Fui o único fotógrafo brasileiro a participar de um mapeamento visual e artístico da região do Douro. Neste contexto, antes de conhecer o local onde faria o ensaio fotográfico, fiz um projeto do que pretendia pesquisar e realizar. Quando cheguei ao local, chovia sem parar, desabaladamente. Com aquele clima, jamais conseguiria cumprir o prazo de 15 dias, que consistia na criação, produção e finalização. Com dias ensolarados, este prazo já seria uma loucura. Chovendo, então, seria impossível. Após uma semana perdida e quase desesperado com o inesperado, mudei o projeto inicial aproveitando a época do ano, que era a Semana Santa, com o clima chuvoso, com nuvens pesadas e sombrias e criei uma atmosfera apropriada ao tema que escolhi. Terminei no prazo estabelecido e o resultado foi considerado um dos mais criativos ensaios fotográficos apresentados no festival, resultando em convites para gravações de documentário

e um especial para uma rede da televisão europeia, além das exposições em espaços públicos em quatro cidades portuguesas. Quais são suas principais referências artísticas? O cinema, em especial, os italianos produzidos e rodados na Cinecittà. Recentemente voltei a pesquisar os trabalhos dos cineastas alemães Friedrich Murnau, Fritz Lang e Paul Leni - os três maiores representantes do movimento expressionista alemão. Esses diretores empregavam nas suas obras os tons escurecidos. Acho que não há ninguém da minha geração que não tenha sido influenciado pelo fotógrafo americano Ansel Adams e pelo francês Henry Cartier Bresson. Na fotografia contemporânea, algumas das minhas referências atuais são trabalhos de Cristina De Middel, Eustaquio Neves, Joel-Peter Witkin, Diane Arbus, Martin Parr, Rosangela Renno. Na pintura, as influências provêm do italiano Carravaggio e do norueguês Edvard Munch, que foi um dos precursores do expressionismo alemão. Ele envolvia o uso estático da cor e a distorção emotiva da forma, tratando também do aspecto profundo, divino e imperceptível das coisas. Na literatura, a obra de Vilém Flusser e Norval Baittelo Junior têm sido minhas investigações filosóficas e teóricas. Estas influências são observadas nos meus últimos ensaios fotográficos. E qual é a chave para se destacar? A chave para se destacar é determinação, foco, sistematização, profissionalismo, suor e muito trabalho. Nas horas vagas, o que você gosta de fazer? Eu gasto horas assistindo filmes, vendo livros de fotografias, lendo e jogando conversa fora – atividades que certamente influenciam nas minhas criações artísticas e pesquisas. O ‘respiro’ do ócio é fundamental para atividades criativas. E quais livros e filmes indicaria? Um filme que fez homenagem à história do cinema, que me impressionou pelo roteiro, narrativa e fotografia é “Cinema Paradiso” (1988), do diretor italiano Giuseppe Tornatore. O primeiro título de livro que me aparece na memória é a história de Franz Kafka: “O Processo”, que conta a história de um sujeito que é preso e levado >


71

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


chave para se “ Adestacar é determinação, foco, sistematização, profissionalismo, suor e muito trabalho.

72

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

a julgamento num processo por um crime que ele não conhecia. Muito apropriado ler, pensar e analisar fazendo num paralelo com a violência irracional no atual século.

vo inicia-se pelo acúmulo de conhecimento e percorre por tudo o que o interessado leu, assistiu e viu durante toda a vida. E assim, deverá continuará a ler, assistir e absorver.

Qual seu principal sonho? Meu sonho sempre foi o da democratização da cultura. Tanto que o projeto do GLOC foi fruto de muita pesquisa e estudos de viabilização para cumprir uma pequena parcela desse sonho. Localizado fora do circuito tradicional, o GLOC foi idealizado com o propósito de tornar-se um centro catalisador do pensamento, criação, produção e comercialização das artes visuais, em especial a fotografia, abriga galerias expositivas e de vendas; salas para ação educativa.

Quais seus planos pessoais? Finalizar a montagem do meu ateliê de criação e produção de fotografias, dentro do GLOC Villa; finalizar e lançar quatro projetos de livros para cada uma das séries fotográficas “Céus Imaginários”, “Via Sacris”, “Morte e Ressureição” e “Semeadura”.

Para quem tem interesse em seguir a carreira artística, que conselho você daria? Aos interessados em se tornarem artistas sugiro mergulharem na imensidão do ‘se conhecer e se reconhecer’. Em primeira instância, o reconhecimento do que se cria vem de dentro para fora. O processo criati-

E para o GLOC, quais os planos para o futuro? O principal é finalizar o prédio sede do Instituto Global de Cultura e torná-lo mantenedor da Escola GLOC de Cinema e Fotografia; consolidar o GLOC Villa como um mix de casa de hospedagem e meu ateliê artístico - ambos propondo uma experiência personalíssima para compartilhar acolhimento, arte e beleza, onde também se realizam exposições e vendas de arte, design e artesanato, num conceito integrado de atendimento personalizado. A


73

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


João Pedro veste conjunto Charpey, calça e tênis Tigor T. Tigre. Benício veste conjunto 1+1 e sandália Tip Toey Joey. Maria Eduarda veste conjunto Lilica Ripilica e tenis de Led Bibi.

74

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Enzo veste Camisa Calvin Klein, calรงa Ogochi e tenis All Star. Davi veste Camisa polo VRK, bermuda Tigor T. Tigre e mocassim Laroche.

75

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Maria Luiza veste Conjunto 1+1 e sandรกlia Lilica Ripilica. Valentina veste vestido 1+1 e sapatilha Hoki Baby. Davi veste camiseta 1+1, bermuda Charpey e mocassim Laroche.

76

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Valentina veste regata, short Pitushinhus e tĂŞnis de Lead Bibi. Sara veste vestido 1+1 e sapatilha Toke. Daniela veste vestido TWO In e sapatilha Pampili.

77

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Guilherme veste regata Tigor T. Tigre, bermuda VRK e sandália Tip Toey Joey. Yasmim veste vestido Lilica Ripilica e sandália Pampili. Pietro veste camisa, bermuda Tigor T. Tigre e sapatênis Tip Toey Joey

78

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Miguel veste camisa polo, bermuda Charpey e sandália Hobby. Maria Eduarda veste blusa, short animê e sandália Pampili. Maryah veste vestido Animê e sandália Lilica Ripilica.

79

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Bianca veste macação 1+1 e sandalia Ortopé. Julia veste blusa Charpey e short pitushinhus e sapatilha Pampili. Luiza veste conjunto Lilica Ripilica e sapatilha Pampili.

80

CADA PASSINHO - Telefone: (19) 3631-2755

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Rua Benedito Araújo, 155 - Centro

facebook.com/cada.passinho

@cadapassinho


81

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


82

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


83

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Jantar do Empresรกrio

84

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


85

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


figura que atua

Costurando sonhos Yollanda Toratti, agora com 85 anos, ficou famosa por seus vestidos de noiva perfeitos POR BRUNA MAZARIN

A idade não corresponde à vivacidade. Essa é a impressão de quem conversa com Yollanda Toratti. Aos 85 anos, a estilista e costureira sanjoanense conta suas memórias com riqueza de detalhes. Assim como alinhava cada peça para formar seus famosos vestidos de noiva, remonta seu passado no presente e tece planos para o futuro. Ao relembrar o caminho que a levou para a costura, Yollanda se emociona e conta, com lágrimas nos olhos: “eu era moça, tinha 14 anos e queria estudar. Mas meu pai me disse —hoje sei que foi Deus falando por ele — ‘filhinha, se eu mandar você estudar fora, o dinheiro que eu tenho não vai dar. Além de você, tenho mais seis meninas. Filhinha, vai aprender a costurar’. Na hora eu chorei porque eu queria ser professora e tocar piano. O sonho de uma menina pobre da roça, mas era o que eu queria. Claro que não respondi a meu pai, apenas obedeci e me silenciei”. A partir da fala de seu pai, Yollanda foi procurar uma escola de corte e costura, onde teve seu primeiro contato com a profissão que levaria para a vida toda. “Em nove meses eu já costurava e fazia vestidinhos. Um dia, minha prima, Lourdes Bonfante, que iria se casar em breve, pediu pra que eu fizesse o vestido de casamento dela. Fiquei surpresa, não sabia se conseguiria. Mas aceitei e deu certo. E

RECONHECIMENTO

O capricho e a perfeição dos vestidos de Yollanda Toratti não demoraram a atrair noivas de várias partes do Brasil e do mundo, em mais de 70 anos de trabalho. Da secretária do Juscelino Kubitschek à neta de uma condessa italiana, histórias interessantes não faltam em sua carreira.

86

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

três meses depois fiz outro. E por aí foi, um atrás do outro”. O capricho e a perfeição dos vestidos de Yollanda não demoraram a atrair noivas de várias partes. E o talento se aperfeiçoou ao longo dos anos e dos muitos cursos que a estilista se preocupou em fazer. “Depois de casada e com filhos decidi montar um ateliê em São Paulo, porque meu marido teve um problema financeiro e eu precisava ajudar. Fiquei 12 anos lá e costurei para a neta da Consuelo Badra, que era secretária do Juscelino Kubitschek. Também fiz vestido para a neta de uma condessa italiana, a Paola. Enfim, foram muitos vestidos que fiz para pessoas importantes. Cheguei a fazer cinco vestidos por semana”. Durante essas sete décadas, Yollanda recebeu muitas mulheres que buscavam muito mais do que um vestido

de noiva, buscavam a materialização de um sonho. “O meu dever é fazer o melhor. Costuro sonhos e é isso que me faz feliz. Eu sempre digo para as noivas que tudo o que faço é pra a honra de Deus e para a alegria e felicidade delas, além da minha alegria pessoal, por ter conseguido realizar um sonho”. Vestido mais difícil Dos milhares de vestidos que Yollanda fez, um que a noiva não usou foi o que a costureira destaca como o mais difícil de todos. “Ela veio até mim para fazer seu vestido. Quando ela o colocou gritou que havia ficado muito gorda. Pois bem, refiz novamente a blusa do vestido. Ainda assim não estava bom para ela. Refiz novamente e liguei para a mãe dela. A mãe, meio sem jeito, me pediu muitas desculpas Foto: Bruna Mazarin

>


87

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


e disse que a filha havia ido a São Paulo e compraria a primeira coisa que gostasse”. Yollanda conta que não ficou chateada por conta da noiva não ter usado seu vestido, mas por não ter conseguido fazê-la “feliz”. “Disse à mãe dela que não havia o que desculpar. Ela acertou os pagamentos e eu não tive prejuízo. Ficou tudo certo”. Mas a história do vestido não acabou com aquele telefonema. Convidadas da festa não hesitaram em comentar que o vestido da noiva “jamais” teria sido feito por Yollanda. “Soube que disseram que eu nunca faria um trabalho como aquele, que não era um de meus vestidos, pois meu trabalho era perfeito e aquele traje não”, conta. Tudo pronto Yollanda confessa que já está em seus planos deixar algumas roupas prontas, por conta de um problema nos joelhos. “Já tenho algumas blusas e vestidos lindos para deixar pronto. Eu quero sarar logo para poder trabalhar [recentemente um problema de saúde a afastou do trabalho]. Tenho que deixar tudo encaminhado. E

88

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

eu gosto de tudo muito perfeito, sou muito exigente com o meu trabalho”. Além disso, suas encomendas estão a todo vapor. Ela ainda atende noivas e faz as contas dos prazos que tem para entregar seus vestidos. “Tenho um casamento para daqui um mês, de uma noiva de Nova Odessa. Tenho outra também que se casará aqui, mas que preciso marcar a prova, ainda”. E acrescenta, brincando: “meus filhos dizem que foi bom eu ter tido esse problema nos joelhos, senão ninguém ia me segurar”. Exposição De dezembro de 2015 a janeiro de 2016, foi realizada no GLOC Fábrica, uma exposição sobre os 70 anos de atividades de Yollanda. O público pôde ver de perto alguns vestidos de noiva confeccionados por ela, acessórios e diversas fotos. Todo o material foi reunido por sua sobrinha, Adriana Torati. “Meus familiares resolveram prestar essa homenagem nos meus 70 anos de trabalho. Fiquei imensamente feliz. Significa que tudo o que fiz na vida trouxe alegria para as pessoas. Sinto-me

realizada”, finaliza Yollanda. ORIGEM DO VESTIDO DE NOIVA Os vestidos de noiva tornaram Dona Yollanda famosa. A tradição tem uma origemmuito antiga e também questionável. De início, as cores eram variadas, contanto que os vestidos fossem suntuosos, luxuosos. Até porque o casamento era visto como um arranjo comercial e o vestido da noiva servia justamente para mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. “Os vestidos podiam ser de qualquer cor, inclusive muito se usou vermelho em épocas mais remotas, como na Idade Média (entre 476 d.C. e 1453 d.C.) e em culturas diferentes, como no Japão, Índia e China”, conta Míriam Costa Manso, professora do curso de Design de Moda da UFG (Universidade Federal de Goiás). A discrição nem sempre foi sinônimo de bom gosto na moda, tanto que a noiva romana, por exemplo, podia usar um véu vermelho escuro, quase em tom de vinho, sobre uma túnica amarela cor de açafrão. Na Grécia antiga, as mulheres usavam cores escuras, inclusive com estampas. >


89

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Foto: Divulgação

Já o preto predominou na alta Renascença (século XVI), entrando no período barroco (século XVII), diz Míriam, que ensina história da moda. Foi a época em que a Espanha ganhou primazia nos costumes europeus, e a cor mais propícia para se apresentar em uma sociedade extremamente religiosa, inclusive para as noivas, era o preto. Esqueça o bom e velho preto básico, pois as vestimentas eram pesadas e luxuosas. O BRANCO ENTRA EM CENA Sobre a origem do vestido branco, não há consenso. Registros indicam que a rainha Mary Stuart, da Escócia, foi pioneira e aderiu ao branco no século XVI. Uma das explicações para a escolha foi que Mary Stuart fez uma homenagem à família Guise, de sua mãe, que tinha a cor branca no brasão. Mas o amor romântico faz com que muitos atribuam a origem do vestido de noiva branco à rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX. Isso porque ela foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e em um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que também foi inédito. Por ser uma rainha, foi ela quem pediu o marido, o príncipe Albert, em casamento. Depois que o marido morreu, a rainha Vitória só usou preto, conta Míriam. A

90

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

RAINHA VITÓRIA Reprodução da cena com a réplica do exuberante vestido de noiva da Rainha Vitória criada para o filme “Victória e Albert” de 2009 (The Young Victoria)


91

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


gastronomia

Harmonização de vinhos Confira alguns conceitos básicos para a combinação de vinhos e pratos POR BIANCA VAZ DE LIMA

“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente… Ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida, que se apaga. Se você bebe moderadamente, em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã… Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida, gentilmente, a uma agradável alegria”. Quem disse isso foi Sócrates (470 – 399 a.C.), famoso pensador e filósofo, lá na Grécia Antiga. Muito tempo se passou desde a data da citação, porém, cada vez mais nos dias de hoje podemos provar da veracidade de suas palavras. Como já deu para perceber, o vinho é uma bebida antiquíssima, além de muito refinado e comumente associado à arte, à cultura, aos pensamentos médicos e filosóficos, e também à mitologia – nos mitos romanos, por exemplo, é Rá, o deus solar do Antigo Egito e criador do mundo, quem introduz o vinho à Terra. Assim, há séculos, o vinho, com suas inúmeras possibilidades de sabores, aromas e cores, conseguiu consagrar-se como o acompanhante ideal para as refeições de milhares de pessoas ao redor de todo o mundo. Na Europa, não raro, as famílias produziam o seu próprio vinho caseiro, a partir de pequenos vinhedos em suas terras, sempre tendo uma garrafa à mesa. Hoje, nos quatro cantos do planeta, o vinho é uma bebida extremamente acessível. De acordo com a EMBRAPA, há uma vasta variedade de uvas que contam com ampla capacidade de adaptação e que, somadas à expansão do cultivo, à tecnologia de sua produção e da produção dos vinhos, nos permitem maior facilidade na hora de escolher, comprar e degustar um bom vinho. Ademais, existem ainda as variedades de uvas de adaptação mais

restritiva, que não são possíveis de serem cultivadas fora de sua região de origem, o que permite a produção de vinhos típicos e exclusivos aos habitantes locais. É a partir da história e da produção de uvas e vinho que surge, então, a Enogastronomia – a arte de combinar vinho e comida, que envolve a escolha de vinhos com características particulares, para acompanhar pratos elaborados das culinárias tradicional, regional e criativa, ressaltando suas propriedades e criando um conjunto sensorial de grande prazer. Combinar a bebida com o prato que será servido em uma ocasião especial é sempre uma tarefa difícil. A escolha depende dos temperos ou molhos que serão servidos na ocasião e a dica que prevalece, é tentar harmonizar os paladares, unindo vinhos e pratos para um bom resultado. Levar em consideração a experiência pessoal e usar a criatividade também pode ser uma boa pedida. Mas.... se você não entende ab-

solutamente nada de vinhos, não tem lá muita experiência e não se sente muito seguro para se aventurar às cegas e dar vida às boas combinações, como saber qual vinho casa melhor com o tipo de comida? Qual é a diferença entre o vinho frisante e o espumante? O que é vinho de mesa? É verdade aquela história de que quanto mais velho e mais caro melhor o vinho? O vinho é realmente um bom aliado da saúde? Para obter essas e outras respostas, convidamos Ricardo Pereira (Sommelier Profissional, formado pela Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo, e dono da Sognare Importadora de Vinhos de São João da Boa Vista), para uma conversa esclarecedora e que poderá nos auxiliar a desvendar alguns dos mistérios que envolvem essa bebida tão peculiar e apaixonante, e podermos criar e combinar, sem medo, jantares saudáveis, sofisticados ou não, regados a vinhos e bons momentos. >

Foto: Reprodução Internet

92

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


93

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Foto: Reprodução Internet

FRISANTES Começando com os vinhos frisante e espumante, Ricardo explica que a diferença básica entre eles está na quantidade de pressão/gás carbônico que existe no interior da garrafa. “Geralmente para frisantes existe de 1,5 a 2 atmosferas de pressão, não sendo necessário que levem rolhas de espumantes. Já os espumantes, é usual terem entre 4 e 5 atmosferas de pressão e, por isso, é comum terem rolhas, mantidas por uma ‘gaiolinha’, para a garrafa permanecer tampada”. Champagne é com certeza um dos espumantes mais conhecidos e apreciados que existem. Se optar por usá-lo, prefira combiná-lo com frutos do mar como camarão, lagosta e salmão, acompanhados de molhos mais encorpados. Outras opções, mais aprimoradas, são canapés e caviar. Não tem como errar, salienta. VINHOS DE MESA Os vinhos de mesa, segundo Ricardo, são aqueles produzidos com uvas americanas (vitis labrusca - isabel, itália, niágara, bordô, etc.), aquelas que comemos, e não de uvas europeias (vitis viníferas - cabernet sauvignon, merlot, chardonnay, etc)”. O especialista salienta que, no caso dos vinhos suaves, há adição de açúcar para se atingir uma graduação alcoólica mais elevada e para que o mesmo seja adocicado ao paladar, em alguns casos. “Dessa forma, o vinho tinto suave, por exemplo, é um excelente acompanhante para massas de molhos leves, carnes brancas e aves. Enquanto o vinho tinto seco, como Merlot ou Cabernet, é melhor associado a carnes vermelhas, massas de molhos mais pesados, como o bolonhesa e os condimentados, além dos queijos parmesão e gouda. Peixes e frutos do mar, além de se juntarem bem com o champagne, podem ser servidos com vinhos franceses brancos ou tintos, como o Sauvignon Blanc e o Pinot Noir – perfeito para pratos feitos com bacalhau. Vinhos brancos, como o Chardonnay, se ajustam bem à culinária a base de frango e, se for seco, a queijos suaves, aperitivos em geral e embutidos à base de carne ou miúdos de porco”, acrescenta. As opções de vinho que variam em idade e preços são muitas. Porém, não necessariamente, o tempo do vinho e o 94

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

valor que se paga por ele, são sinônimos de qualidade. No que se refere à idade do vinho, Ricardo Pereira explica: “Há vinhos que, de acordo com a forma de produção e acondicionamento, são destinados a serem guardados por um tempo. No entanto, outros, por sua vez, são de consumo breve, devendo ser consumidos no prazo máximo de 1 ou 2 anos. Esses últimos, se guardados por muito tempo, provavelmente estragarão”. PREÇOS E BENEFÍCIOS Sobre o preço, o especialista garante: “Costuma-se dizer no mundo do vinho que o vinho bom é aquele que lhe agrada ao paladar, independente de custo” – existem vinhos premiados internacionalmente e que são de baixo custo, acessíveis, da mesma forma que existem aqueles que são super caros e, ao mesmo tempo, não indicados como os melhores”. Dessa forma, independentemente de qualquer coisa, o comum acordo é que o vinho é sim um aliado da saúde, pode até mesmo ajudar na perda dos quilinhos a mais, contribui com a qualidade de vida em diversos aspectos. Ricardo Pereira nos explica o porquê: “Usado com moderação, as diversas substâncias do vinho nos proporcionam benefícios dos mais variados, como diminuição das inflamações, além de evitar o endurecimento das artérias e inibir a coagulação do sangue.

Melhora os processos cognitivos do cérebro, sendo grande aliado na perda de peso, impedindo a formação de novas células de gordura. Combate o cansaço através da substância resveratrol, aumenta as endorfinas, reduz o colesterol, devido aos polifenóis (resveratrol novamente), ricos em antioxidantes, que também reduzem o risco de câncer. O vinho também é rico em vitamina E, que ajuda a limpar o sangue, evita coágulos e protege os tecidos sanguíneos. Além disso, graças à suas propriedades antioxidantes e adstringentes, o vinho consegue evitar que as bactérias se adiram à bexiga e rins, otimizando a filtração e depuração dos mesmos”. Concluindo, é inegável a versatilidade e os benefícios que o vinho pode trazer para a nossa saúde e o nosso dia-a-dia – seja através de jantares animados com amigos, eventos sofisticados, comemoração de datas importantes, ou do consumo solitário, acompanhado apenas de uma boa música ou um bom livro. As sugestões que apresentamos não são regras, claro! São apenas opções rápidas para que sua aventura na combinação de vinhos e pratos seja proveitosa, e possa se configurar como uma experiência gostosa e agradável. Lembre-se de que as preferências pessoais e a criatividade poderão levá-lo a descobertas maravilhosas, apaixonantes e ricas na área dessa fascinante bebida! A


95

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


Jantar do Empresรกrio

96

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


97

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


culinária

Bacalhau do Terapia INGREDIENTES • Uma posta de bacalhau dessalgada, de 250 a 280gr • 05 cenouras baby • 05 buques de brócolis ninja • Azeitonas pretas sem caroço • 05 dentes de alho graúdos com casca • 05 tiras de pimentão colombo • 04 fatias de batatas Asterix (rústicas) • Salsinha picada a gosto • Purê de batata ou mandioquinha salsa para a cama do bacalhau MODO DE PREPARO Em uma frigideira, faça um refogado no azeite com todos os ingredientes e reserve. Em uma panela com água fervente, cozinhe o bacalhau por cerca de três minutos. Após isso, em uma outra frigideira, frite o 98

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

bacalhau até ele dourar. Reserve. Cozinhe a batata e a divida em 4 gomos. Frite-a em óleo bem quente. Para a montagem, em um prato grande, coloque o arroz e o purê escolhido, montando uma capa para o bacalhau. Sobre ela, adicione o bacalhau. Também adicione o refogado sobre o bacalhau. Para finalizar, adicione as batatas e salpique a salsinha sobre o prato. FIQUE DE OLHO Deixar o bacalhau de molho em água é a primeira e mais importante etapa do preparo do bacalhau. O processo, conhecido como dessalgue, além de tirar o sal, hidrata a carne do peixe. Nunca prepare o bacalhau logo após a sua compra. O correto é dessalgá-lo sempre em água gelada, mantendo a travessa na geladeira.

O tempo de dessalgue e a frequência de trocas de água dependem da altura das postas. Geralmente, o processo todo dura de 48 a 72 horas, dependendo da espessura do peixe. Para não errar, use sempre a proporção: 2/3 de água para 1/3 de bacalhau. Para simplificar, você pode seguir a seguinte regra: bacalhau desfiado - 6 horas de molho, com trocas a cada 2 horas; postas normais - 24 horas de molho, com trocas a cada 6 horas; postas grossas - 42 horas de molho, com trocas a cada 7 horas; postas muito grossas - 48 horas de molho, com trocas a cada 6 horas. Receita indicada por: Terapia MBC (19) 3623-5671


99

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


culinária

Tiramisu INGREDIENTES • 05 gemas • 05 claras • 01 ovo inteiro • 170g de açúcar • 300g de mascarpone • ½ litro de creme de leite fresco • 04 gotas de baunilha • 02 pacotes de biscoito tipo champanhe, com 200g cada um • 400ml de café bem forte e sem açúcar (06 colheres de sopa de café para 400ml de água) • 01 colher de cacau em pó

MODO DE PREPARO Bata as gemas com o açúcar por 15 minutos, até esbranquiçarem. Reserve na geladeira. Bata o creme de leite gelado com o mascarpone, até o ponto de chan-

100

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

tilly (cerca de 3 minutos, dependendo da temperatura). Após isso, misture com o creme de gemas. Bata as claras até o ponto em neve. Ao final do processo, adicione uma pitada de sal e misture ao creme. Passe o café e nele embeba os biscoitos de champanhe. Em um refratário, coloque uma camada de creme e os biscoitos embebidos em café. Acima deles, adicione mais creme e mais uma camada de biscoitos. Acima dessa camada, adicione o restante do creme. Para finalizar, adicione o cacau em pó sobre o doce. UM POUCO DE HISTÓRIA O Tiramisu foi inventado na região da Toscana e compreende – em sua versão original - um pavê com creme de mascarpone, vinho marsala, biscoito de champagne molhado no café, cacau em pó e/ou chocolate em barra, tudo dis-

posto em camadas. O principal ingrediente, o mascarpone, é um queijo Italiano, suave, variando de 60% a 75% de gordura. Possui um sabor delicado, é bastante cremoso, e de cor branca. É originário da região da Lombardia, ao norte da Itália, e produzido a partir do leite de vaca, sem o uso de queijo coalho ou fermento. A umidade é drenada através do uso de uma pequena quantidade de ácido cítrico, e um pano bem fino. O resultado é um creme liso, que serve de base para muitas receitas, como por exemplo, essa famosa sobremesa italiana.

Receita indicada por: Terapia MBC (19) 3623-5671


101

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


a gente quer diversão e arte... em CDs, DVDs e Blue Ray POR HÉLINHO FONSECA

102

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


103

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


tecnologia

Rapidez com fibra ótica Serviço de banda larga ainda é mais caro, mas ‘ganha’ do modelo tradicional pela velocidade POR FRANCO JUNIOR

A internet não tem fronteiras e a velocidade dela tem evidenciado ainda mais isso. Com ela, por meio de redes sociais, é possível se comunicar de qualquer lugar para qualquer lugar. E, para que se possa estar conectado, seja via aparelho celular ou pelo computador, em uma cidade de médio ou grande porte, você tem, provavelmente, pelo menos duas ou três opções de serviços de banda larga para escolher. Em São João da Boa Vista, que se enquadra neste tipo de município, é difícil andar pelas ruas, ir a algum restaurante e, até mesmo, à missa ou ao cinema e não ver alguém navegando na internet. FIBRA ÓTICA Na contramão dos modelos de banda larga tradicionais, em que são utilizados os fios telefônicos, surgiu, há algum tempo, a fibra ótica. A infraestrutura desta modalidade já cobre 54% dos municípios brasileiros, segundo levantamento recente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), encaminhado para a Anatel. Até então, a informação era a de que a fibra chegava a 48% das cidades brasileiras. Ainda de acordo com o estudo, provedores regionais chegam a 930 cidades com fibra. Em 308 dessas cidades (ou 34%), as grandes operadoras não têm rede em fibra. O levantamento dá mostra também de que 216 municípios devem receber rede de transporte em fibra, dentro de um ano. São João da Boa Vista já conta com esta possibilidade de banda larga. Em um primeiro momento, a região central dispõe deste serviço que, gradativamente, irá migrar para os demais bairros.

104

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

POSITIVO E NEGATIVO Além da velocidade maior – de até 200 Mbps (megabits por segundo), uma rede de fibra óptica tem como ponto positivo ser mais estável do que uma tradicional. Isso ocorre porque o material é imune a interferências eletromagnéticas - o chamado “ruído” na transmissão. Por outro lado, o ponto negativo deste produto é a fragilidade do material. Por ser feito de um composto parecido com vidro, o usuário precisa ter cuidado ao manuseá-lo, pois uma simples dobra pode quebrar o cabo. Brasil Inteligente No início do ano, o Ministério das Co-

municações lançou o programa Brasil Inteligente, uma nova versão do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O foco fundamental seria universalizar o acesso à internet em alta velocidade no país, com destaque para o uso da banda larga em serviços públicos de educação e saúde. O programa tem como metas levar, até 2018, a internet para 95% da população brasileira e expandir a fibra ótica a 70% dos municípios brasileiros. Hoje, esse número ultrapassa pouco mais de 53%. Porém, com os recentes cortes promovidos pelo presidente Temer, é provável que o plano não consiga sair do papel. É um entrave que o governo, sozinho, não conseguirá resolver. A

O que é fibra ótica? Estes cabos são feixes de “fios de vidro” extremamente puros que foram revestidos em duas camadas de plástico reflexivo. A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas características óticas do meio, esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas. A fibra possui, no mínimo, duas camadas: o núcleo (filamento de vidro) e o revestimento (material eletricamente isolante). Sistemas baseados em fibra óptica podem transmitir bilhões de bits de dados por segundo, e eles podem até mesmo levar vários sinais ao longo da mesma fibra usando lasers de cores diferentes. Esses cabos são tão finos quanto um fio de cabelo humano, carregam a informação digital ao longo de grandes distâncias. Foto: Reprodução Internet


105

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


história

Um homem a ser lembrado O sanjoanense Antonio de Oliveira Camargo foi um dos mais importantes pesquisadores da doença de Chagas no Brasil. Em São João, hoje, ele é quase desconhecido POR WESLEY COLPANI

Sábado, 20 de fevereiro de 1915, mais um dia comum na história mundial, mas não para São João da Boa Vista (SP). Nesta data vinha ao mundo um dos nomes mais importantes do município. Nascia Antonio de Oliveira Camargo, um dos principais pesquisadores da doença de Chagas no Brasil. Casado com a professora de piano, Benedicta Estevam de Camargo, e pai de três filhos: Marly Evangeline Estevam de Camargo, Antonio Claret Estevam de Camargo e Marly Therezinha Estevam de Camargo, o professor, título recebido em reconhecimento ao importante trabalho desenvolvido, mais conhecido como “Titi Camargo”, não cursou ensino superior e trabalhava no Centro de Saúde. Devido ao convívio diário com a população mais pobre e impressionado com o grande número de casos da doença de Chagas na região, resolveu, por conta própria, montar seu laboratório para pesquisar e combater o barbeiro, inseto transmissor da doença. Após anos de pesquisas ele venceu um dos prêmios mais importantes da década de 60. No Natal de 1966, Titi acabara de vencer o prêmio Bondade Noite de Natal, em reconhecimento ao trabalho que vinha desenvolvendo no combate à doença. PREMIAÇÃO Patrocinado pela Folha de São Paulo, a entrega do prêmio ocorreu no sempre luxuoso Edifício Itália. A cobertura era feita pela maior emissora de televisão da época, a TV Tupi. Seu Titi recebeu o prêmio das mãos de Wélter Forster, o mais famoso apresentador do Brasil nos anos 60. O professor disputou com outros 21 candidatos de todo o país. Quando pre106

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

miado, já realizava suas experiências há 18 anos. Instituído pelo Circolo Italiano di San Paolo, o prêmio visava homenagear pessoas anônimas que realizavam trabalhos diferenciados. Para concorrer era necessário a indicação de outra pessoa. Camargo foi lembrado pelo cunhado, Geraldo Rodrigues Estevam. Titi era conhecido e admirado por todos na cidade, pois, além de criar um ambiente adequado para estudar o barbeiro e desenvolver na cidade uma conscientização sobre o perigo que o inseto representava, ele dava toda assistência e carinho àqueles que, picados pelo “bicho”, o procuravam durante o dia ou no meio da noite. A professora Marly Camargo, filha mais nova de Titi, conta que o pai nunca esperou qualquer retorno financeiro de suas pesquisas. Ela lembra que o objetivo dele sempre foi o bem estar dos mais carentes, maiores vítimas do inseto transmissor. O professor manteve seu laboratório e pesquisas, voluntariamente,

por mais de 20 anos. Suas experiências ajudaram o país a melhorar suas técnicas para diminuir a doença, drasticamente, SACRIFÍCIO Marly ainda relembra que o pai, por diversas vezes, foi a própria cobaia de seus experimentos. Com a falta de voluntários para realizar as pesquisas, permitia que o barbeiro o picasse, para, em seguida, analisar como era a reação ao inseto. Titi, que ficou famoso no meio acadêmico e cientifico, recebeu a visita do ilustre e mais importante médico da época, Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, que fez questão de vir a São João para conhecer o pesquisador pessoalmente. Antonio de Oliveira Camargo veio a falecer no dia 28 de outubro de 1972, aos 57 anos, vítima do Mal de Chagas. Se foi devido às experiências ou por ironia do destino, ninguém sabe afirmar. Mas a convicção que nos resta é esta: “Seu Titi” merece, e muito, ser sempre lembrado por todo o seu trabalho. A Foto: Arquivo pessoal


107

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


cultura

Fazer da arte um negócio Conheça o trabalho desenvolvido pelo CLAC, que transformou a paixão de duas artistas em referência no ensino de vários segmentos artísticos Foto: Divulgação

POR BRUNA MAZARIN

A pianista Vania Noronha e a artista plástica Fafá Noronha (foto ao lado) fizeram de sua arte um empreendimento em São João da Boa Vista. O Centro Livre Arte e Cultura (CLAC) foi inaugurado em 2001 e, de lá para cá, tem promovido a formação artística e a integração dos profissionais das mais diversas áreas culturais. “Na área de música oferecemos o estudo de praticamente todos os instrumentos. Inclusive, os cursos de música da Prefeitura são dados pelo CLAC, por meio de uma parceria que firmamos. Temos ainda os cursos de desenho, modelagem em argila e, mais recentemente, o curso de teatro para crianças e adolescentes. Recebemos todas as faixas etárias, desde bebês de seis meses, com a musicalização infantil, até os mais velhos, com aulas particulares ou em grupo”, explica Fafá. Ela atribui o sucesso da escola às fortes influências que o município tem, como a pianista Guiomar Novaes e a família Assad. “Acredito que seja uma referência, principalmente na área musical. Tem a ver com o próprio perfil da cidade, que é muito voltado para essa área. Por conta disso, a escola se tornou também uma referência na região. Muitos músicos, artistas e professores passaram por aqui. Temos casos também de jovens que querem fazer alguma faculdade que requer habilidade com desenho, como arquitetura, que passaram por nós. Isso contribui para a disseminação do trabalho que desenvolvemos e do próprio nome da cidade”, acrescenta Fafá. A artista plástica confessa que seria impossível desenvolver qualquer outro empreendimento ou trabalho que não estivesse ligado à educação artística e cultural. “Felizmente tenho essa afinidade muito grande com a Vania e consegui108

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

mos nos unir para trabalhar nessa área. Aliás, muitos acham que ela é minha irmã, principalmente por conta do sobrenome, mas na verdade é casada com um primo meu”, brinca Fafá. Arte modifica Para Vania, mesmo que os alunos não sigam profissionalmente nas áreas dos cursos, é possível perceber o poder transformador que a arte proporciona. “A música, a arte e o teatro interferem no modo de ver o mundo. Proporcionam um olhar mais sensível e ajudam em outros aspectos como coordenação, disciplina e socialização. São habilidades que atuarão durante a vida dessa pessoa de uma maneira muito positiva”. Vania diz ouvir muito que o CLAC é um “lugar de energia positiva” e proporciona muitos outros benefícios para os participantes. “As pessoas dizem sentir melhorias na autoestima, no equilíbrio emocional, no raciocínio. Para nós, isso

é motivo de muito orgulho. É esse o papel da arte”. Outro trabalho importante que Vania destaca é com alunos que possuem alguma necessidade especial. “Temos alunos com deficiências mentais e motoras e, nesse caso, a arte funciona como um estímulo importantíssimo e como inclusão, também”. Cooperativa Como o CLAC oferece muitos cursos em diferentes áreas, Fafá explica não ser possível manter tantos funcionários. Por conta disso, criaram um sistema de “cooperativa”. “Cada um vem em um dia, porque também trabalham em outros lugares. Então todo mundo é dono, formando uma grande sociedade. Foi uma forma que a gente achou para viabilizar a escola”. Segundo Fafá, o objetivo não é ser uma “mega escola”, mas manter uma relação de proximidade entre o aluno, o professor e a cooperativa. “A essência do CLAC é, além de ensinar, acolher”. A


109

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

PROGRAMA DE ESTÁGIO CONCURSOS PÚBLICOS TREINAMENTOS PALESTRAS CONSULTORIA


empreendedorismo

Fornarii Boulangerie: o mais novo empreendimento de São João Após cinco anos de estudos e pesquisas, grupo coloca em prática novo projeto Empreendedor, segundo o dicionário de língua portuguesa, é o indivíduo que possui capacidade para idealizar projetos, negócios ou atividades; pessoa que empreende, que decide fazer algo difícil ou trabalhoso. Ser empreendedor nada mais é que ter ideias e depois executá-las. Para todos os empreendedores, o nascimento ocorre mesmo quando consegue-se formar um time que acredita nessas ideias e trabalha com a missão de torná-las realidade. “Geralmente estas ideias, que por vezes são chamadas de sonhos, surgem a partir de informações que estão disponíveis para todos e que poucos aproveitam para criar ou aperfeiçoar algo existente. Empreender exige muito trabalho, estudo e disciplina. É transpiração!”, destaca Jefferson Mira, proprietário da empresa Mira. FORNARII Há cinco anos a empresa de Mira iniciava, para São João e região, o desenvolvimento do mais novo empreendimento do grupo: Fornarii Boulangerie. O projeto contou com diversos estudos e pesquisas, realizados, inclusive, na Alemanha. Hoje o projeto conta com duas empresas, a indústria Fornarii e a Fornarii Boulangerie. “A Fornarii [indústria] é a responsável pela fabricação da confeitaria, do pão francês, de pães artesanais e outros produtos desenvolvidos exclusivamente para nosso negócio. Todos feitos a mão por nossos padeiros e seguindo rigorosamente as receitas dos mais tradicionais países produtores de pães do mundo”, explica Jefferson. Mira ainda explica que as receitas deste empreendimento foram implantadas por dois chef ’s especializados em panificação. O chef tem, em seu currículo, participação num campeonato sul-americano de panificação, além de ter sido eleito, pelo segundo ano consecutivo, o melhor padeiro do 110

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

ano pela revista ‘Panificação Brasileira’. Ele também realiza diversos treinamentos dentro e fora do Brasil. Já a Chef, Simone Lemos, é a sócia de Jeferson neste empreendimento, mas seu nome ficou marcado em São Paulo, onde desenvolveu uma confeitaria de excelência. “Enquanto a Fornarii indústria fabrica, a Boulangerie vende. Esse é o nosso ponto de venda, onde as pessoas encontrarão, além dos pães e doces, uma linha completa de bebidas a base de café; e sanduíches feitos com os nossos deliciosos pães, com os melhores ingredientes existentes no mercado”, explica entusiasmado. E completa: “Nossa missão é transformar a Fornarii Boulangerie em uma rede onde as pessoas terão uma ótima experiência de consumo”, salienta Jeferson. OBJETIVO Como todo empreendedor, Mira também tem objetivos a serem alcançados com o novo projeto. Questionado, ele afirma que “o objetivo final é ouvir o maior número de

pessoas falando sobre pão”. E finaliza, em seguida. “Qualidade dos insumos, tecnologia e, acima de tudo, muita paixão pela panificação, aliados a um time de colaboradores com o mesmo sentimento, são os ingredientes e temos a certeza de que teremos clientes felizes”. ORIGEM DO PÃO É estimado que o pão tenha surgido há doze mil anos na Mesopotâmia juntamente com o cultivo do trigo. No Brasil, o pão começou a ser popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães feitos no Brasil eram escuros, enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês, que tanto é usado no Brasil, não tem muito a ver com os verdadeiros pães francês, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu , por conter um pouco de açúcar e gordura na massa. A


pães • doces • cafés • sanduíches

F. 19 3636.4727 Av. Dona Gertrudes, 252. São João da Boa Vista - SP.

111

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


lanรงamento de nova coleรงa - Loja Lina

112

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


113

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


guia de anunciantes Confira a lista das empresas que anunciaram nesta edição. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consultas: Arezzo Av. Dona Gertrudes, 38 - Centro Fone: 19 3623.3503 www.arezzo.com.br Art’ Ervas Rua Cel. Ernesto de Oliveira, 99 Centro Fone: 19 3623.4112 www.artervas.com.br AUTO BETI Rod. SP-342 - São João / Águas da Prata - Km 229 Fone: 19 3622.3811 www.autobeti.com.br Bar do Russo Rua 14 de Julho, 741 – Vila Conrado Fone: 19 3623.2107 Big Bom Supermercados Av. Brasília, 1950 - Vila Zanetti www.bigbom.com.br Boa Vista Seguros Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, 440 Fone: 19 3633.1233 www.boavistacorretora.com.br Byte Web Rua Floriano Peixoto, 11 - Centro Fone: 19 3631.7875 www.byteweb.com.br Cada Passinho Rua Benedito Araújo, 155 – Centro Fone: 19 3631.2755 Casalecchi Av. Doutor Durval Nicolau, 1074 Fone: 19 3623.2045 www.casalecchi.com.br Celso e Zilene Rua Antônio Machado, 221 -Centro Fone: 19 3622.2457 / 3631.7478 Center Luz Av. Dr. Durval Nicolau, 523 Fone: 19 3633.7978

114

Donni Artesanato e Relojoaria Praça Cel. José Pires, 28 - Centro Fone: 19 3623.3109 Dr. Josuel Azarias Av. Tereziano Valim, 266 - Centro Fone: 19 3623.3635 Dr. Luis Ramos Rua Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade, 308 Fone: 19 3623.5021 Dr. Tomás de Aquino Av. Tereziano Valim, 300 - Centro Fone: 19 3623.3482 Drª. Gabriela Noronha Av. Dr. Durval Nicolau, 2140 sala 15 Fone: 19 3631.5944 EB Kids Av. Dona Gertrudes, 247 – Centro Fone: 19 3633.7864 Empório da Serra Av. Dr. Durval Nicolau, 956 Fone: 19 3631.5515 Estética Fortes Rua Carlos Chagas, 110 – Vila Loyola Fone: 19 3633.3563 Flor do Cedro Rua Cel. Ernesto de Oliveira, 374 Fone: 19 3631.2159 www.flordocedro.com.br Forguaçu Av. Senador Marcus Freire, 730 Fone: 19 3633.1848 Fórmulas & Fórmulas Rua Oscar Janson, 201 – Centro Fone: 19 3623.6251 Fornarii Av. Dona Gertrudes, 252 - Centro Fone: 19 3636.4727 Geração.com Praça Gov. Armando Sales, 45 - Centro Fone: 19 3633.6343

CIESP Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, 870 Fone: 19 3622.2373 www.ciesp.com.br

Gráfica Sanjoanense Praça da Catedral, 122 - Centro Fone: 19 3623.1708

Clero Brasil Praça Coronel José Pires – Centro Fone: 19 3633.4735 www.clerobrasil.net

G Stone Av. Marginal Luiza B. Farnetani, 535 Fone: 19 3624.1631 www.gstonemarmoraria.com.br

Conforto com Classe Rua Benedito Araújo, 125 - Centro Fone: 19 3623.1801 www.confortocomclasse.com.br

Gráfica Rápida JF Rua João Pessoa, 403 Vila Oriental Fone: 19 3631.0420

Depósito Vanzela Rua Henrique Martarello, 761 – Jardim São Paulo Fone: 19 3633.3022

Havaianas Av. Dona Gertrudes, 317 Centro Fone: 19 3623.1985

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Ipefae Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, 73 Fone: 19 3622.3119 www.ipefae.org.br Lina Boutique Av. Dona Gertrudes, 273 - Centro Fone: 19 3622.2929 Luis Figueiredo – Quiropraxia Rua 14 de Julho – Vila Conrado Fone: 19 3623.4484 Madeiras Tavares Rua Henrique Cabral de Vasconcelos, 1804 - Jardim Sao Nicolau Fone: 19 3623.4777 Mariana Mendes Arquiteta Praça Otávio da Silva Bastos, 61 – Bairro Alegre Fone: 19 3631.7230 Mazzi Baby Kids Av. Dona Gertrudes, 147 Fone: 19 3635.2163 Odontologia Riviera Av. Durval Nicolau, 2140 - Riviera de São João Fone: 19 3631.5944 Ótica Boa Vista Rua 14 de Julho, 759 - Vila Conrado Fone: 19 3631.7025 Pakalolo Rua Marister C. de Alvarenga, 1320 Fone: 19 3631.3678 Plano Mais Saúde Rua Conselheiro Antônio Prado, 301 – Centro Fone: 19 3634.4444 Ponto Alto Empreendimentos Rua Prudenciana de Azevedo, 125 – Centro Fone: 19 3631.1981 Regina Noivas Loja 1- Rua 13 de Maio, 237 – São J. do Rio Pardo Fone: 19 3681.4081 Loja 2- Rua General Carneiro, 291 – São João Fone: 19 3633.5204 / 3633.5186 Loja 3- Rua João B. L. Figueiredo, 2465A - Mococa Fone: 19 3665.1680 Regina Presentes Praça Gov. Armando S. Oliveira, 65 Fone: 19 3623.3631 Ritmo SP Veículos Av. João Osório, 257 – Centro Fone: 19 3634.2500 Rosa Flor Rua Prudente de Moraes, 27 - Centro Fone: 19 3631.4116

Rubro Calçados Rua Henrique C. de Vasconcelos, 1955 Fone: 19 3631.1614 Sabor Gastronômico Av. Durval Nicolau, 1625 - Mantiqueira Fone: 19 9.9317.4906 / 9.9992.9160 Salão Real Rua Santo Antonio, 48 A - Centro Fone: 19 9.9707.5394 São Paulo Decorações Rua Prudente de Moraes, 50 - Centro Fone: 19 3623.1009 Senac Rua São João, 204 - Centro Fone: 19 3366.1100 Sequoia Loteamentos Av. João Batista Bernardes, 1150 Jd. Boa Vista Fone: 19 3633.3197 www.sequoia.imb.br Sicredi Av. Doutor Oscar Pirajá Martins, 657 – Jd. Santo André Fone: 19 3631.4744 / 3631.0015 Sofy Av. Dona Gertrudes, 06 - Centro Fone: 19 3623.2413 Unimed Rua Cel. Ernesto de Oliveira, 735 Fone: 19 3638.2888 Univaci Av. Oscar Pirajá Martins, 951 – Jd. Santo André Fone: 19 3633.1122 Walk Loja 1 - Rua Prudente de Morais, 201 – Centro Fone: 19 3623.6588 Loja 2 – Rua Getulio Vargas, 173 Centro Fone: 19 3623.4160 ZAV Av. Dona Gertrudes, 242 - Centro www.zavmodas.com.br Zero% Rua Carlos Gomes, 212 - Centro Fone: 19 3056.5144 www.zeroporcento.com.br

Precisa de mais informações? Entre em contato com a Associação Comercial pelo telefone (19) 3634-4300


115

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016


O melhor da vida

é viver com (19) 3634-4444

www.maissaudesantacasa.com.br

Vantagens de ser um Beneficiário Mais Saúde Abrangência Nacional em casos de emergência. São mais de 4000 pontos em Todo Brasil; Atendimento personalizado e humanizado; Ambulatório de Pediatria para atendimentos de urgência e emergência (segunda a sexta das 13h30 às 18h30, sábados, domingos e feriados, das 8h às 10h30).

A Associação Mais Saúde, está preparando algo para

melhorar o atendimento dos beneficiários Aguarde! Prevent – Casa de Medicina Preventiva da Associação Mais Saúde Oferece aos seus beneficiários, gratuitamente, acompanhamento com uma equipe multidisciplinar constituída por profissionais especializados nas áreas de enfermagem, educador físico, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e terapia ocupacional, sempre visando Mais Saúde com qualidade de vida.

Venha nos fazer uma visita para conhecer nossas atividades. (19) 3633-4183 (19) 3623-5806 Av. Oscar Pirajá Martins, 147, Santo André 116

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2016

Prevent Prevent


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.