Revista Atua - Outubro 2015

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sumário da edição

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A Revista Atua, ano 8, número 32 (Outubro de 2015), é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretora Ana Claúdia Carvalho | anaclaudia@acesaojoao.com.br Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br Jornalista responsável Misael Mainetti - MTb. 73.171- SP misaeljornalista@gmail.com Jornalistas Ana Carolina Belchior Antonio Luiz Magalhães Bruna Mazarin Franco Junior Pedrinho Souza

Foto: Divulgação

ENTREVISTA ESPECIAL

Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br

046 Crescendo na crise Em tempos de juros estratosféricos, desemprego em alta e inflação superando a meta fixada pelo governo, ainda vale a surrada máxima de que “é na crise que surgem as oportunidades”. Segundo o gerente regional do SEBRAE, Fernando Sanches, os empreendedores que não se assustam com a crise ocupam os espaços que outros não conseguem enxergar por medo ou despreparo.

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Vizinhança unida

Programa Vizinhança Solidária, liderado pela Polícia Militar, tem reduzido consideravelmente a criminalidade em alguns bairros da cidade. O Vizinhança Solidária consiste em um canal de informações entre população e polícia. Nela, cada vizinho se encarrega de tomar conta do lugar em que mora e, ao perceber qualquer movimentação estranha, aciona imediatamente a PM por meio do Disk Denúncia.

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SEÇÕES

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moda & beleza saúde & psicologia

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viagem & decoração nossa cidade

Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | patrehder11@ig.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br Fotos publicitárias Juan Landiva - (19) 9-9371-4781 Capa Modelo - Letícia Moreira Roupas - Filomena Cecílio - (19) 3623-2635 Acessórios - Estela Geromini (acervo pessoal) Fotos - Juan Landiva Maquiagem - Michelli Make Up - (19) 9-9212-2425 Cabelo - José Ayres Impressão Grafilar - (14) 3812-5700

Erramos

Cirurgia plástica em adolescentes

O principal fator que impulsiona o crescimento do mercado de cirurgias plásticas entre os jovens é a busca por um corpo ideal e a rejeição de características que fogem ao padrão de beleza dominante. Há uma busca desmedida por esse padrão de beleza massificado que, na maioria dos casos, é biologicamente impossível de ser alcançado. Essa busca obsessiva acaba desfigurando a tênue linha entre o cuidado saudável com o corpo e uma obcessão.

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Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br

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educação & segurança cultura & eventos

Em nossa última edição, no verso da revista, na página com os dados de contato das empresas anunciantes, duas empresas acabaram ficando de fora da lista. São elas: UNIFAE Largo Eng. Paulo de Almeida Sandeville, 15 Tel.: (19) 3623-3022 www.fae.br IPEFAE Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, 340 Tel.: (19) 3622-3119 www.ipefae.org.br


Um conceito nobre de seus sonhos

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moda & beleza

Estampas florais e fundo do mar são tendências para a primavera O que está em alta para o clima quente são as aves, peixes e flores.

POR ANA CAROLINA BELCHIOR

Isso mesmo, as estampas mudaram e se misturaram com formas geométricas, estilo retrô anos 70, etnias, obras de arte, arquitetura e referências à moda esportiva. Muitas novidades apresentadas nas passarelas de todo o mundo já chegaram às lojas sanjoanenses. A variedade é grande, então se prepare para não ficar perdida com tantas possibilidades e conseguir definir seu estilo no mundo das estampas. O colorido das penas das aves tropicais serviu de inspiração para a criação de algumas coleções que imprimiram cores em tecidos puros como cambraia, algodão, linho, seda pura lixada, etc. Tudo muito leve, colorido e variado para agradar a todos os gostos e fazer jus à diversidade, palavra também em alta. Baseando-se na fauna e flora de modo geral, cada marca conta uma história em sua coleção primavera/verão. A grife BobStore, por exemplo, foi buscar

ESTAMPAS

suas referências nos jardins orientais. A blusa vermelha com grandes flores e decote fechado sobrepõe-se a uma saia xadrez de mesmo tom. O vestido salmão traz pequenos elefantes indianos estampados. Saias longas, shorts, calças flare e vestidos curtos vêm marcados na cintura pelos cintos Obi Belt, uma faixa de tecido que faz referência ao tradicional quimono japonês. Além dos elementos da natureza, referências, traduzidas em cortes retos, saias-shorts e blusas trapézios inspiraram estilistas na criação de suas coleções, informações expostas em estampas, bordados, transparências, cores e formatos assimétricos. Cores A cartela de cores vai desde tons mais sujos até os mais vibrantes, assim como é visto na natureza, principalmente nas flores, pássaros e peixes exóticos. O branco merece posição de destaque com bordado ou barrado. Pode se apresentar num visual único ou compor com preto,

cinza, bege e cores. O estilo retrô está presente nos diversos tipos e tamanhos de flores que também podem vir com renda. O amarelo, vermelho, azul, lilás, roxo, laranja e nude também recontam histórias da natureza ou obras de arte. Tudo muito vibrante e ao mesmo tempo leve, como pede a estação quente. Modelos Algumas formas já conhecidas dos anos 70 e 80 chamam a atenção pelos cortes. A cintura marcada no lugar com faixa ou cinto ajuda a delimitar o cós das saias e calças elevando-os um pouco com a intenção de chamar a atenção para a cintura. Saias justas modelo lápis e saias amplas como godê e pregueadas ganham as ruas. Saias longas ou na altura midi, um pouco abaixo do joelho, continuam aparecendo. E surge o novo midi, estendendo-se até à canela em vestidos e saias. A proprietária da loja Glam Up, Iza Graça, lembra que toda mulher pode

O mar, a água, as flores, os pássaros, serviram de inspiração na criação das estampas para esta estação, com traços étnico. Muitos estilistas foram buscar sua inspiração no Oriente e outros preferiram o Ocidente, como Peru e México que aparecem nas peças com um trabalho artesanal.

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usar o tipo de roupa que bem entender, não existe limite na moda para algum tipo de corpo “a pessoa tem que usar o que a faz sentir-se bem, o que está de acordo com sua personalidade. Não existe isso pode ou isso não pode para tal tipo de corpo.” As calças pantalonas curtas, pela canela ou longas, estilo flaire e skiny (cigarrete) continuam. Macacões vêm nos três comprimentos, longo, na canela, e

curtos. Os vestidos todos com a cintura marcada anos 50, ou sessentinha em forma A. Blusas cropped curtas serão usadas com cós mais altos das calças e saias aparecendo uma faixa do estômago, não é mais barriga de fora. Casaquinhos e coletes estão de volta, curtos ou compridos. Pelo que se pode perceber, a variedade está multiplicada em quase todas as formas, cores, estampas, misturas e cortes presentes nesse verão.

Contudo, sempre é importante saber harmonizar as peças “procurar cores que se complementam ou uma das cores tem que ser a mesma nas duas peças compostas”, indica Iza. Para finalizar, ela aposta no cós alto como o grande elemento atual: “o cós alto com a blusa curta, aparecendo uma faixa da barriga na altura do estômago, dá um toque de novo ao visual. Além das saias que descem e as calças que sobem, afinam e encurtam”. A

FORMAS

A cintura no lugar, o cós das saias e calças sobem com a intenção de marcar a cintura. Saias justas modelo lápis e saias amplas como godê e pregueadas.

CALÇAS

Pantalonas curtas pela canela ou super longa, flair (boca de sino) e skiny (cigarrete) continuam. Macacões: nos três comprimentos, longo, na canela, e curtos.

VESTIDOS

Com a cintura marcada anos 50, ou sessentinha em forma A. Blusas cropped (curtas usadas com cos mais altos das calças e saias), casaquinhos e coletes estão de volta curtos ou compridos.

TECIDOS

Estão em alta os tecidos naturais como algodão, linho e seda; além dos rendados, como rendas, laise, bordados e crochê.

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IC Celebrar 15 anos

Fotos: Thiago Lavras

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moda & beleza

Joias ecléticas e democráticas A design de joias, Carolina Araújo, desenvolve peças para todos os gostos e bolsos, possibilitando que o acessório se adapte aos mais variados estilos. POR BRUNA MAZARIN

No mundo da moda a roupa não é mais a única peça chave. Em diversas produções os acessórios roubam a cena e se tornam os protagonistas do visual. Nada melhor para engrandecer o look do que belas peças de joias. São esses acessórios que a design Carolina Araújo desenvolve há 11 anos. Formada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes de São Paulo e especialista em direção de arte, ela conta ter conhecido a profissão quando trabalhava como assistente de fotografia, em um estúdio em São Paulo. “Uma designer de joias levou suas peças para fotografarmos. Foi amor a primeira vista. Alguns meses depois comecei a trabalhar para ela. Com seis meses de trabalho, já estava criando minha própria linha”. Durante seu trajeto no setor, Carolina comenta que compartilhou seu ateliê com outras designers e participou de exposições e feiras de grande porte, na capital. “Tive oportunidade de conhecer muita gente bacana do meio”, complementa. Carolina define suas criações como “ecléticas” e afirma que elas são desenvolvidas para atender a um público amplo. São peças de design exclusivo, que fazem parte do catálogo de criações assinadas por ela. “Essas são chamadas joias de autor. Também tenho uma linha de desenvolvimento personalizado ao cliente, para ocasiões especiais como casamentos, por exemplo — alianças, tiaras, braceletes”. Além das joias, o portfólio de Carolina conta com a linha de bijoux, que, segundo ela, são mais dinâmicas e acessíveis. “Agora estou trabalhando no lançamento da linha kids, para as pequenas moçoilas que gostam de se enfeitar”, brinca. Segundo a design, a criação das peças acontece de forma dinâmica e natural. Ela destaca a importância de estar sempre an12

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tenada no movimento artístico. “Também gosto de desenvolver coleções através de um tema — metrópole, etnias, animais—, ou do tipo de material escolhido para trabalhar — ecojoias, madeira, fibra, sementes”. E ela diz acreditar que o diferencial do seu trabalho está justamente na mistura dos materiais utilizados, a fim de compor uma peça. “Eu gosto de inovar as formas de uso do material. Trabalho sempre acrescentando algum novo, aliado às criações”. Carolina antecipa que sua próxima coleção em prata e folheados será inspirada nas memórias da vida. “Terão texturas, imagens, tatuagens, cicatrizes. Aguardem pelo lançamento, em novembro”. Era do vale tudo Assim como as roupas, os acessórios também seguem tendências conforme a época, estação e hits do momento. Carolina avalia que vivemos na “era do vale tudo” no mundo da moda. “Tudo chega pra ficar. Isso permite uma identidade visual

para todos. Brincos grandes voltaram para ficar, assim como os maxicolares e as pulseiras. Adornos de cabelo estão em evidência e não podem ficar de lado”. Com a chegada do verão, os acessórios aderem cores “choque”, mais brilhantes, sem deixar as variações de nude para trás. Quanto aos metais, o destaque fica para a prata e o ouro velho. “O dourado e a prata, rosé e ródio negro, seguem presentes. Aneizinhos delicados também. Pode-se usar um, dois, três, vários”, explica a design.Peças manufaturadas, artesanais, têm conquistado seu lugar ao sol e se tornaram as queridinhas das produções. “Estamos valorizando artistas e artesãos, incentivando o produtor local. Isso é tendência, é social e chique”, acrescenta.Mas independente do estilo ou da moda da estação, Carolina diz ser fundamental sentir-se bem. “Nosso mercado dispõe de opções para todos os gostos e bolsos. O ramo dos acessórios atende a todas as idades, às classes sociais e aos estilos”, finaliza. A


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moda & beleza

Lipocavitação: de que se trata? Conheça o tratamento especializado em dar adeus à gordura localizada. POR ANA CAROLINA BELCHIOR

A lipocavitação é um tratamento estético que consiste em emitir energia ultrassônica, utilizando o aparelho de ultrassom, na gordura subcutânea, localizada em qualquer área do corpo. Lipo = gordura e cavitação = bolhas. A lipocavitação gera pequenas bolhas dentro das células de gordura - os adipócitos. Essas bolhas aumentam progressivamente em número e causam agitação no interior da célula, levando-a ao seu rompimento. A gordura, então, se divide em ácido graxo e glicerol: o ácido graxo se liga a uma substância chamada albumina que é eliminada pelo fígado, já o glicerol é solúvel em água e, por isso, eliminado pelos vasos linfáticos e urina. Segundo a esteticista, Neka Costa, que trabalha com lipocavitação há quatro anos, “o tratamento melhora bastante o aspecto da celulite, mas o trabalho dela é especificamente na gordura localizada. E é nessa gordura que o trabalho da lipocavitação é maravilhoso, porque a gordura sai do estado sólido para o líquido”, resume. A esteticista conta que a onda sonora emitida pelo aparelho de ultrassom Power Cavit é capaz de penetrar na pele até chegar nas células de gordura, causando um tremor que quebra essas células. Ao quebrar a membrana da célula, a gordura se divide em ácidos graxos e glicerol. “O ácido graxo livre é transportado via sistema linfático, para o fígado ou para outras células, onde é reaproveitado pelo organismo como energia. Por isso é necessário fazer exercícios físicos no mesmo dia em que se faz a lipocavitação. Esse processo de queima de gordura continua por três dias. Então, neste período, não se deve comer gorduras e doces. É necessário beber muita água. Outra dica é fazer sessão de drenagem linfática, para acelerar a perda de medidas”, indica Neka. De modo geral, a proposta desse tra14

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tamento é definir ou modelar o contorno corporal, diminuindo a gordura localizada. Mas não há perda de peso, apenas de medidas. Para perda de peso, sempre será necessário reeducação alimentar e exercícios físicos regulares. A lipocavitação é, ao contrário, um tratamento para quem está no peso ideal, mas tem gordura localizada. Depois de cada sessão, há a necessidade de fazer alguma atividade física, já que a gordura liberada pelo aparelho precisa ser consumida pelo corpo, caso contrário ela se alojará no mesmo tecido de novo ou em outros lugares. Neka indica alguns exercícios como spinning, caminhada acelerada, plataforma vibratória com intensidade alta, natação e corrida. Contraindicações É importante reforçar que o método não serve para pessoas que estejam no sobrepeso ou obesas. Nesses casos, somente com a liberação do médico. Em pesso-

as com doenças de pele, colesterol alto, comprometimento hepático ou que estão em crise de labirintite não é indicado o tratamento. Gestantes e portadores de marca-passo também não devem fazer. A medida de segurança principal é escolher bem a clínica. Os aparelhos devem ser potentes, pois aparelhos de qualidade inferior vão demandar um número maior de sessões, consequentemente o custo do tratamento aumentará. O conselho da esteticista é “sempre procurar recomendação de amigas e de clínicas que podem comprovar os resultados” Os profissionais responsáveis por realizar esse tratamento são médicos, fisioterapeutas ou esteticistas treinados. Portanto, deve-se ter cuidado ao escolher o local, levando-se em consideração quem irá aplicar o tratamento, o tipo de aparelho, que deve estar bem calibrado na potência adequada e regulado para não causar queimaduras, o número de sessões e o valor, em média R$100,00 cada sessão. A


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sua saúde

Cirurgia plástica em adolescentes O Brasil é o primeiro país no mundo em número de cirurgias plásticas. Entre os adolescentes a procura cresceu 141% nos últimos anos. POR ANA CAROLINA BELCHIOR

A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) divulgou, no mês de julho, o ranking de países que mais realizam cirurgias plásticas, no mundo. Os dados são referentes a 2013 e o Brasil ganhou o primeiro lugar, com 1, 491 milhão de cirurgias estéticas, seguido dos E.U.A com 1, 452 milhão. Em terceiro lugar vem o México, com 486 mil procedimentos realizados. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas (SBCP) “as cirurgias mais realizadas no Brasil foram lipoaspiração e colocação de próteses mamárias. O país também é líder quando o assunto é rinoplastia (nariz) e abdominoplastia (abdomem). Entre os procedimentos estéticos, ganha destaque também a aplicação da toxina botulínica (botox). O volume é o segundo maior do mundo, com 308.185 procedimentos realizados.” Ainda segundo a organização internacional, “as mulheres foram as que mais procura-

ram especialistas em 2014 e passaram por algum processo estético (87,2%). Já entre os adolescentes, a pesquisa apontou um aumento de 141% até 2012, perfazendo mais de 91 mil operações” Os números podem assustar por se considerar que todos esses casos são cirurgias. Contudo, é preciso salientar que existem dois tipos de cirurgias plásticas feitas em larga escala, no país. As plásticas estéticas e as plásticas reparadoras. Entre os jovens, na faixa de 12 até 18 anos, na região sanjoanense, as plásticas estéticas mais procuradas são as de correção de orelhas de abano e implante de próteses mamárias, esta última mais requisitada pela faixa dos 18 a 27 anos. ALERTA No entanto, o cirurgião plástico, Rovilson Ferreira dos Santos (CRM 52.614), especialista em cirurgia plástica com título registrado no CRM 18.023/2, alerta que fazer uma cirurgia plástica, no Brasil, não é algo que deve ser banalizado.

Há alguns cuidados fundamentais que o paciente deve ter antes da realização desse tipo de cirurgia. “Uma adolescente que deseje implantar próteses nas mamas tem que passar por avaliação do ginecologista ou endocrinologista e fazer alguns exames, previamente”, e acrescenta “além disso, as pessoas devem procurar um profissional credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que possua o número do título registrado no CRM.” Depois de feito o check list aconselhado pela SBCP e passar por avaliações do cardiologista, anestesista e exames clínicos, o paciente, adolescente ou adulto, ainda deve “operar num lugar que tenha todas as condições adequadas para atender qualquer eventualidade imprevista”, orienta o cirurgião plástico. Dr. Rovilson também chama a atenção para o aumento no número de plásticas reparadoras, como as de pele. “A prevenção ao câncer de pele é uma necessidade urgente nossa, devido à grande incidência de sol a que estamos expostos. Os casos de melanoma têm crescido bastante”, salienta o médico. Outros tipos de cirurgias reparadoras, como as de acidentes, queimaduras, defeitos congênitos, traumas, abano, retiradas de nevos

EXCESSIVA BUSCA PELA BELEZA

O principal fator que impulsiona o crescimento do mercado de cirurgias plásticas no Brasil é a busca por um corpo ideal e a rejeição de características que fogem ao padrão de beleza dominante. Há uma busca desmedida por esse padrão de beleza massificado que, na maioria dos casos, é biologicamente impossível de ser alcançado. Essa busca obsessiva acaba desfigurando a tênue linha entre o cuidado saudável com o corpo e uma obcessão.

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(pintas e manchas) ajudam a intensificar o índice de cirurgias plásticas. “Para se ter uma ideia, só no ano de 2013 operei mais de 300 casos de câncer de pele, na região”, relata o médico. RISCOS Apesar dos números exorbitantes, e o fato do Brasil estar no topo da realização de cirurgias plásticas, da procura por plásticas estar crescendo entre os adolescentes, os procedimentos ainda são muito caros. Planos de saúde não cobrem essas operações, principalmente, as estéticas. Sendo assim, tomar o máximo de precaução possível, antes de se arriscar numa mesa de cirurgia, é princípio básico. O médico orienta que além de procurar um especialista credenciado pela SBCP, o paciente não pode, em hipótese alguma, se servir de métodos caseiros, que parecem simples e práti-

cos, mas que não têm qualquer respaldo científico. “Quando a pessoa procura resolver algum problema estético sozinha, pode agravar, dificultar ou até prejudicar o resultado da correção do problema, depois, para o cirurgião.” Outra indicação é não se deixar levar por pesquisas feitas na internet sobre cirurgia plástica, costume muito comum entre pacientes adolescentes. A melhor opção sempre é conversar e tirar dúvidas direto com um médico especialista. Com relação à cirurgia, principalmente a de implante de mama, a mais procurada nacionalmente, o médico explica que toda prótese possui um documento de identificação e certificação do material usado, localização, quantidade, etc. “É obrigação do cirurgião passar esse documento ao paciente, após a cirurgia. Em caso de acidente ou rompimento, um outro médico terá conhecimento de todas

as informações sobre a prótese.” E depois da cirurgia? Atualmente, com a tecnologia aplicada nas operações, alguns cuidados específicos foram amenizados e o tempo de recuperação encurtado, contudo, o médico salienta a importância do pós-operatório “nunca devemos banalizar a recuperação após uma cirurgia, pois é uma fase em que o corpo está se recuperando e deve ser respeitada.” Se diante das observações e orientações do especialista, ainda sobrarem dúvidas ou inquietações, o melhor mesmo é procurar um bom profissional para que ele ajude a realizar o sonho de uma cirurgia plástica, seja estética ou reparadora. Um último conselho do Dr. Rovilson é ter a consciência de que “a cirurgia plástica opera o corpo e trata a alma, porém devemos lembrar e considerar que a perfeição pertence a Deus”, finaliza. A

A ditadura da beleza Para a psicóloga Cleives Carvalho, vivemos uma ditadura da beleza, influenciada pela mídia. “Os canais de comunicação têm um papel preponderante na vida do indivíduo. Somos perseguidos pelo ‘PIB’, o ‘Padrão Inatingível de Beleza’. E não existe a perfeição. Precisamos nos conscientizar de que não somos bonecos, somos de carne e osso. Precisamos nos conhecer para sabermos o que nos tornará mais felizes. Temos nossa beleza, basta ter coragem para despertá-la”, explica. Ao realçar o que gostamos em nós, seria possível evitar opções mais drásticas como uma cirurgia. A psicóloga Lina Rosa Morais, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, explica que o culto ao corpo nasceu na década de 80: “Desde então estamos imersos numa sociedade narcísica, onde a beleza passou a ser um capital. A pressão para que o jovem tenha uma ‘boa imagem’ é muito maior”. Para Lina, a escolha por um processo de resultado imediato, mas invasivo, é resultado de baixa autoestima intimamente relacionada à busca por se enquadrar no protótipo do que se acredita belo. “Podemos trabalhar a autoestima desenvolvendo qualidades não perecíveis como elegância, estilo, bom humor e criatividade: percorrendo um caminho um tanto custoso, mas certamente garantido: o autoconhecimento”, analisa.

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sua saúde

Vacinar é um cuidado essencial Com a erradicação de diversas doenças e uma cobertura que atinge mais de 95%, o Brasil é um dos países que mais oferecem vacinas, gratuitamente. POR BRUNA MAZARIN

Prevenir é melhor que remediar. O provérbio não poderia ser mais oportuno, quando o assunto é vacinação. Ela começa logo nos primeiros minutos de vida das crianças e as acompanha ao longo de toda a vida. Vacinar uma criança, logo ao nascer, é um cuidado essencial para que ela tenha a oportunidade de atingir uma expectativa de vida que vá além dos 90 anos. De acordo com Luiza Helena Milan Lise Ferreira, médica especialista em saúde pública pediátrica, diretora e responsável técnica da Univaci, a vacinação nos bebês é, inicialmente, uma aliada na redução da mortalidade infantil. “No Brasil, a mortalidade infantil caiu 77% em 22 anos — de 62 mortes para cada mil nascidos vivos para 14 óbitos por mil nascidos vivos. Em crianças menores de cinco anos, a vacinação foi responsável pela acentuada queda nos casos e incidências de doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras”. O Brasil está entre os países que mais oferecem um grande número de vacinas

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gratuitamente para sua população, com calendário para crianças, adolescentes, adultos, povos indígenas e grupos com problemas especiais. O país alcançou a erradicação da Poliomielite e da Varíola, além da eliminação da circulação do vírus autóctone do Sarampo, desde 2000, e da Rubéola, desde 2009. O Programa Nacional de Vacinação (PNI), é um dos grandes responsáveis na garantia de uma cobertura ampla de vacinação da população, como um todo. Iniciado há 40 anos, ele reduziu radicalmente a incidência de doenças imunopreveníveis, com consequente melhora da qualidade de vida dos brasileiros, além de redução dos recursos gastos em internações e tratamentos por sequelas. “A vacinação também é obrigatória no Brasil, está no Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 14. Os pais ou responsáveis poderão sofrer penalidades legais por não administrarem em seus filhos as vacinas que constem no Programa Nacional de Imunização”, adverte a especialista. Um exemplo da eficácia da prevenção no país é a vacina meningocócica C conjugada, implantada há cinco anos, com co-

bertura superior a 96%. Outro exemplo é a vacina contra Difteria — que faz parte desde 1977 do primeiro Calendário oficial—, associada às vacinas contra Tétano e Coqueluche. “Sua incidência e letalidade caíram muito. De cinco casos por 100 mil habitantes na década de 70, para nenhum caso desde 2007”. O Tétano Neonatal, que tem relação com a gestante adequadamente vacinada, também teve redução. Conforme explica Luiza, a incidência por 100 mil menores de 1 ano declinou de 6,53, em 1993, para 0,07, em 2012 e 2013. “Os números falam por si mesmos. É inquestionável o papel da vacinação na redução de todas essas doenças”, conclui. Novas vacinas Recentemente foi lançada uma vacina eficaz contra o meningococo B, que ao lado do meningococo C é responsável por elevado número de casos de meningite no Brasil. Segundo o Sireva — sistema que monitora infecções bacterianas invasivas—, em 2012, cerca de 60% das meningites meningocócicas em crianças menores de 1 ano, e 25% dos casos entre aquelas de 2 a 5 anos foram causados pelo meningococo B. “Com essa vacina, mais a vacina ACWY, já disponível no Brasil, é possível proteger-se contra todos os tipos de doenças meningocócicas”, explica a médica. A vacina contra Herpes Zoster foi outro lançamento recente, ainda desconhecido de muita gente. Está licenciada para maiores de 50 anos. “Já foi aprovada nos EUA uma vacina com nove subtipos do Vírus HPV, com proteção esperada para 90% dos casos de câncer do colo de útero”, antecipa Luiza. A especialista ainda lembra que será lançada uma vacina que oferece proteção ainda maior contra o pneumococo — bactéria responsável por grande número de pneumonias, otites, sinusites, entre outros, além da tão aguardada vacina contra a Dengue. A


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sua saúde

Cuidando dos primeiros dentinhos A dentista Maria Paula Hecht, especialista em odontopediatria, dá dicas para garantir uma dentição saudável na infância. POR BRUNA MAZARIN

Os primeiros dentinhos, chamados de dentes decíduos, começam a aparecer por volta dos seis meses. Geralmente até os 2 anos e meio a criança terá 20 dentinhos, considerada a dentição completa para a idade. Nesse período, a gengiva do bebê coça e provoca grande desconforto. A dica da dentista Maria Paula de Azevedo Hecht, especialista em Odontopediatria pela Unesp, é amenizar o incômodo com mordedores, gel anestésico ou massagem na gengiva. “As dedeiras de silicone funcionam como ótimos massageadores quando o bebê reclamar. Podem, inclusive, auxiliar na aplicação do gel anestésico”, orienta a dentista. Mesmo antes da aparição dos dentinhos, Maria Paula explica que as mães devem fazer a higienização bucal do bebê. “Com a mão limpa, poderá enrolar uma gaze no dedo indicador umedecida com água filtrada e limpar o interior da boquinha do bebê —bochechas, gengiva, palato e língua”. Quando os primeiros dentes surgirem, a dentista diz que já pode ser usada a escova dental de cerdas macias, próprias para a idade. “A mãe deve higienizar os dentes da criança sempre após as refeições, sendo a última escovação a mais importan-

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te. Use uma pequena quantidade de creme dental sem flúor para crianças até 3 anos”. Introduzir o hábito do fio dental também não deve ficar para mais tarde, comenta Maria Paula. “Tendo dois dentinhos, um ao lado do outro, já pode ser usado. A partir de 2 aninhos já podemos priorizar seu uso porque a dentição decídua estará quase completa. Usando antes de dormir, na última escovação, já é suficiente. Deve-se passar até mesmo entre os dentes mais espaçados para retirar qualquer excesso de alimento. A falta do fio dental, além de causar cárie na face proximal dos dentes [entre os dentes], pode causar inflamação da gengiva”, alerta. Outra dúvida que a dentista esclarece é em relação ao aparecimento de cáries, que, segundo ela, não tem idade para surgirem. “A criança que já tem dente, tem a formação da placa bacteriana —hoje chamada de biofilme. As bactérias presentes transformam o açúcar dos alimentos em ácidos, que desmineralizam o esmalte dos dentes. Por isso, é bom evitar que a mamadeira da criança não contenha leite com açúcar ou achocolatados”. Maria Paula destaca a importância de bons hábitos para que a cárie aconteça. “Escovar os dentes após todas refeições, sob a supervisão dos pais, proporcionar uma alimentação saudável com alimentos naturais, oferecer água e sucos na-

turais e levar a criança periodicamente ao dentista para fazer a prevenção. Pirulitos, balas e chicletes, que demoram para serem ingeridos, são cariogênicos, já que promovem um tempo de contato prolongado do açúcar com os dentes”. Primeira consulta A primeira visita ao dentista deve ocorrer antes que a criança complete 1 ano de idade para orientações a mãe sobre higiene bucal adequada e hábitos saudáveis. “A partir de 2 anos e meio as crianças geralmente permitem que se execute procedimentos de prevenção dental”, salienta Maria Paula. Chupeta Motivo de controvérsias, a chupeta costuma ser o calmante aliado das mães nas horas de desespero. Mas a dentista não discrimina seu uso. “A chupeta realmente acalma o bebê, mas seu uso contínuo pode alterar a arcada dentária. Pode fazer com que a criança passe a respirar pela boca. Com o tempo irá ter dificuldade na mastigação, deglutição e fala. O ideal seria retirar a chupeta até os 2 anos de idade”. Portanto, não é preciso entrar em pânico, basta fazer o uso moderado da chupeta para garantir a calma do bebê e a saúde dentária. A


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psicologia

A febre dos livros de colorir Psicologia explica os motivos do seu grande sucesso. POR MARYÁ REHDER AMBROSO

Desde cedo, todos aprendemos que cada cor tem seu nome e que cada coisa tem a sua cor. Identificar as cores dos objetos faz parte dos estímulos dados pelos pais aos seus pequenos, que aos poucos vão descobrindo que o mundo é regado de cores e que esse colorido é uma das formas de manifestação de vida, de felicidade, de bem querer e até mesmo de sofrimento, de solidão e de desprazer. Infinitos são os exemplos encontrados como forma de demonstração de sentimentos através das cores: Vermelho é a cor do amor e da paixão, mas também pode representar perigo; branco traz paz e está relacionado à fé; o verde é esperança e fertilidade; o amarelo é capaz de iluminar, representa a riqueza e produz prosperidade; a cor azul é saúde e carrega consigo o poder de transmitir bondade; já o preto vem associado ao luto, à dor, à tristeza, mas pode transformar-se em mistério e poder se bem utilizado. Ao identificar cada cor e suas representações, a idéia de que há um arco-íris de energia que deixa o mundo cheio de alegria, fica mais clara. O fato de que existe uma vida mais colorida se existir o amor se esclarece e, por outro lado, uma vida preta e branca, sem sentido e sem cor, agora ganha seu valor. E é por conta dessa cartela de cores, rica em nuanças e repleta de significados particulares que os livros de colorir vêm ganhando cada dia mais adeptos. Em 2013, na França, a ilustradora Johanna Basford lançou a série Secret Garden, uma coleção de livros para colorir, destinados aos adultos e que está se tornando cada vez mais popular em todo o mundo e também no Brasil. Com o intuito de atenuar o estresse do dia a dia, os livros vêm recheados de páginas com desenhos complexos, requintados e ricos em detalhes, deman28

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dando muita dedicação e atenção do indivíduo para a realização do preenchimento e elaboração de cada página. É colorindo que o leitor relaxa, diminui a ansiedade, expressa suas emoções, suas fantasias, exercita sua imaginação, expõe suas angústias e se permite entrar em contato consigo mesmo, transferindo sua subjetividade, através das cores, para o papel e proporcionando, assim, um período de introspecção que, muitas vezes, com a correria do cotidiano, as pessoas deixam de vivenciar. E, além desse contato direto com conteúdos do presente, o ato de colorir remete à infância, às boas lembranças e às grandes descobertas, exercitando a memória e concedendo um momento nostálgico e prazeroso ao colorista. Mas é preciso ressaltar que, mesmo com essas inúmeras bem feitorias, co-

lorir os livros não possui um efeito terapêutico, trata-se apenas de uma nova ferramenta capaz de auxiliar na diminuição do estresse, através do exercício da criatividade. Por isso, se o indivíduo possui um nível de estresse elevado, a ponto de prejudicar seu rendimento profissional, convívio social e paz interior, se faz necessária a ajuda de um profissional especializado, em prol de um prognóstico adequado, capaz de fazer o sujeito entrar em contato com seus conteúdos inconscientes e refletir sobre os mesmos, através do diálogo, da resignificação e da elaboração de cada vivência, pois para que se tenha conhecimento e entendimento de cada semente plantada, brotada e semeada nas florestas da vida, é preciso se permitir mergulhar nos jardins secretos da alma. A


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AREZZO Sテグ JOテグ DA BOA VISTA AV. DONA GERTRUDES, 38 CENTRO TEL 19 3623 3503 REVISTA ATUA | OUTUBRO 2015


educação

Devo falar sobre dinheiro com as crianças? Diversos especialistas afirmam que é bom ensinar educação financeira às crianças. POR LÉLIO BRAGA CALHAU

No dia a dia do Fórum encontramos conflitos dos mais variados tipos. Muita coisa gira ao redor do dinheiro. Gente que se desentende por conta de dívidas ou compras mal feitas. Tem pessoas que não gostam de arcar com compromissos assumidos previamente, filhos que buscam interditar pais idosos para administrarem o seu dinheiro, ladrões que não gostam de trabalhar e preferem o crime como sustento de vida, gente que casa e se divorcia por amor e dinheiro, etc. Tem de tudo. Juízes, promotores de justiça e advogados acompanham esses dramas diários. Uma grande parcela desses conflitos poderia ser resumida a uma única situação: falta de limites. EDUCAR FINANCEIRAMENTE Diversos especialistas afirmam que é bom ensinar educação financeira às crianças. Uns defendem que o ensino deva começar aos quatro, outros, aos cinco ou seis anos. Cada um adota uma idade como referência e têm lá os seus motivos. Há quem defenda a existência de três cofrinhos: um para curto, outro para médio e o terceiro para economias de longo prazo - tudo para facilitar a assimilação dos princípios da educação financeira pelas crianças. A meu ver, estão todos certos, não só pela necessidade de ser feito prematuramente mas, também, pela importância de se preparar aquela criança em formação para um dos grandes desafios do ser humano na atualidade e que desencadeia uma série de conflitos sociais: a tal falta de limite. Nesse contexto, educar financeiramente as crianças é a transformação de um ser humano, um processo pedagó30

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gico onde os limites sociais são explicados e vivenciados em pequenas moedas num cofrinho e nas explicações de seus familiares. É um aprendizado que influenciará positivamente outras áreas de sua vida, pois há desejos, vontades, mas há limites. O dinheiro, então, serve de exemplo para que as coisas tenham um bom uso em toda a sua vida. A IMPORTÂNCIA DO COFRINHO Não podemos continuar nessa fúria consumista global. O planeta não aguenta mais! Aquelas moedinhas que as crianças aprendem a manusear, ajudam a formar um adulto com maior senso de limites e com a capacidade de entender que a Terra não pode continuar a ser saqueada e destruída como vem sendo feito há tempos. Á água acabou, os apagões de energia elétrica são iminentes e as matas vão sendo devastadas

e só não vê quem não quer. Fruto dessa educação financeira social deficiente, nos transformamos nas últimas décadas em adultos que não analisam a fundo o limite dos recursos disponíveis (e o dinheiro está incluído nisso), gastamos, consumimos e saqueamos o planeta mais e mais. Não vou apontar uma idade certa para se falar com crianças sobre dinheiro. Na minha visão, qualquer idade é excelente para se começar a educação financeira. Todavia, tudo aponta que, quanto mais cedo aquele cofrinho for dado para uma criança e sua família passar a lhe explicar sobre como funciona o dinheiro e sobre as suas limitações, mais chance haverá de um adulto bem preparado para enfrentar um mundo com cada vez menos recursos disponíveis (financeiros ou não); e estará sendo formado adequadamente. A Terra agradece, também! A Foto: Reprodução Internet


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esporte

A vez do funcional Equilíbrio, flexibilidade, potência, agilidade e força; tudo isso sem monotonia. POR LUIZ GUSTAVO GASPARINO

A prática está ganhando cada vez mais adeptos nos clubes e academias, especialmente por ser mais interativa, completa e divertida, passando longe da monotonia. O próprio nome já diz: o treinamento funcional foi concebido para tornar mais eficientes as funções do nosso corpo, como equilíbrio, flexibilidade, potência, coordenação motora, agilidade e força. Arthur Paiva, um dos professores de educação física no Palmeiras Futebol Clube, e responsável pelo Treinamento Funcional - juntamente com a também professora Bia Garcia –, conta um dos principais motivos da procura das aulas. “Por ser uma atividade mais dinâmica, acaba sendo mais atrativa que os treinos convencionais”, explica. Segunda Paiva, o Funcional é conhecido por trabalhar diferentes capacidades físicas, com a combinação de vários exercícios relacionados a movimentos do cotidiano. “Sem contar nos benefícios, como a melhora da coordenação motora e a capacidade respiratória, entre outros”, destaca.Na academia, há diversos aparelhos que trabalham um músculo por vez e, em geral, os praticantes não precisam pensar muito para realizar os exercícios. Mas para fazer o treinamento funcional são usados apenas alguns acessórios e os exercícios apresentam uma complexidade maior. “O Funcional trabalha o corpo de forma global, com treinos variados, estimulando vários grupos musculares, ao mesmo tempo. A musculação trabalha o corpo de uma forma mais isolada, focando a força em um determinado músculo”, ressalta o professor. Além de fatores como idade e sexo, a prática do treinamento funcional tem muito a ver com o histórico de cada praticante. Pessoas que, ao longo da vida, praticaram diversas modalidades esportivas e atividades físicas, certamente se adaptarão melhor a este tipo de treinamento. “O importante é estar com a saúde em dia, e cabe ao profissional de educação física respeitar a individualidade de cada um, sabendo de suas principais necessidades”, salienta Paiva. Devido à complexidade envolvida, esse método não é um dos mais indicados para as pessoas previamente sedentárias. O ideal para este público é se preparar com exercícios mais simples, como a própria musculação, antes de se submeter ao treinamento. VANTAGENS Além da tonificação muscular, o treinamento 34

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funcional implica numa maior complexidade do movimento e no envolvimento de várias capacidades físicas. Isso faz com que o organismo tenha um gasto energético muito maior, além de trazer grandes contribuições, como a melhora da flexibilidade, o emagrecimento, a otimização da coordenação motora, o ganho de equilíbrio e o condicionamento cardiorrespiratório. Isso tudo, além de motivação e da elevada autoestima. Com a proximidade do verão, o professor espera que a procura pelas aulas só aumente no clube. “Por ser uma atividade dinâmica e desafiadora, as pessoas acabam saindo da monotonia e vão em busca de resultados de uma forma diferente. E garanto que funciona com o Treinamento Funcional”, completa Paiva. BAIXO RISCO DE LESÕES Como o foco do Funcional é trabalhar os músculos de forma global, o perigo de sobrecarregar uma ou outra parte do corpo ou se machucar é menor. Porém, como em qualquer atividade física, o ideal é contar com a orientação de um profissional capacitado para a modalidade, se concentrar em dobro nos movimentos e respeitar os limites do seu corpo, enquanto se exercita. Um dos pilares do treinamento funcional é o fortalecimento do core, o centro de força do corpo, que inclui os músculos do abdômen, dos quadris e da região lombar, respondendo pela estabilização da coluna vertebral. A sacada é acionar essa musculatura em todos os exercícios, não só nos abdominais. A


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Carol veste short e blusa Linda de Morrer, sandália gladiadora Schutz e bolsa Luz da Lua

Roupas Filomena Cecílio - (19) 3623-2635 Rua Carlos Rehder, 21 Sapatos e acessórios Scarpe - (19) 3631-5287 Av. Dona Gertrudes, 327 Modelo: Carolina Raposo Nascimento Fotos: Juan Landiva Maquiagem: Fabiana Fortuna (19) 9-8919-2360 Cabelo: Jacqueline Calixto (19) 9-9281-9828

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Carol veste conjunto cropped em laise Skunk, sandรกlia salto bloco e bolsa Schutz

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Carol veste macacรฃo Mob e sandรกlia salto bloco Schutz

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Carol veste vestido com detalhe em renda Skunk e sandรกlia Clean Gisele Schutz

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Carol veste vestido Lady Like, sandรกlia Gisele Schutz e clutch Luz da Lua

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Carol veste Cocktail Dress, sandรกlia Clean Gisele Schutz e carteira Luz da Lua

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segurança

Vizinhos se unem para evitar crimes em São João Liderado pela Polícia Militar, programa fez com que DER passasse período de “crime zero”. POR FRANCO JUNIOR

É fato que muita gente fica incomodada com o chamado “vizinho bisbilhoteiro” - aquele que basta ouvir um barulhinho na rua para sair na janela e ver o que acontece. Por outro lado, em São João da Boa Vista, este tipo de morador é cada vez mais “bem-vindo” após o catastrófico janeiro de 2015, na cidade. Foram 21 roubos no período (média mensal sempre foi na casa de seis), fazendo com que o mês fosse elevado ao cargo de pior da história do município, neste quesito. O dado divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) alertou a população sanjoanense e fez com que surgisse um importante meio de unir os moradores por uma causa nobre: a “Vizinhança Solidária”. A ação, liderada pela Polícia Militar, consiste em um canal de informações entre população e polícia. Nela, cada vizinho se encarrega de tomar conta do lugar em que mora e, ao perceber qualquer movimentação es-

tranha, aciona imediatamente a PM por meio do Disk Denúncia 190. FUNCIONANDO Depois de já implantado no Jardim Santarém, Parque dos Jequitibás, Recando do Lago, DER/Vila Brasil e Jardim dos Ipês, o Jardim Canadá será a 6ª área a contar com a “Vizinhança Solidária”, em São João da Boa Vista. Comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar de São João da Boa Vista, o capitão Alexandre Bergamasco aponta a ação, que une população e segurança pública, como importante fator para a diminuição dos crimes na cidade.“Com a ‘Vizinhança Solidária’ é criada uma rede de ligação para troca de informações entre os moradores daquela determinada região. Com isso, quando verificam questões anormais, carros desconhecidos circulando pelo local, entre outras situações, a Polícia Militar é acionada por eles e os próprios moradores se comunicam quanto à suspeita, para que todos fiquem em

estado de alerta”, descreveu o capitão Bergamasco. Segundo o comandante da 1ª Cia, todas as informações que chegam por meio do Disk Denúncia 190 são averiguadas pela Policia Militar. “Temos o dever de verificar a ocorrência, este é o nosso papel e é desta forma que os crimes serão e são evitados. A população nota algo anormal, somos acionados e vamos ao local. Isso faz com que o crime possa ser evitado e os moradores confiem ainda mais na Polícia Militar”, esclareceu o comandante. REDES SOCIAIS PELO BEM Em tempos de facilidade de acesso à internet, as redes sociais são consideradas, em pesquisas, os locais em que os internautas mais “gastam” tempo. Seja para conferir o feed de notícias, bater papo, ficar por dentro da vida dos outros ou apenas passar momentos sem preocupações. São os sites de relacionamentos os campeões de acesso. No Brasil, a situação é ainda “pior”, pois o brasileiro gasta cerca de dez horas de seu mês neste tipo de plataforma. Se é nas redes sociais que o povo fica, nelas também as trocas de informações podem acontecer e até evitar crimes. Grupos no WhatApp foram criados nos bairros em que a “Vizinhança Solidária” foi implantada, e os moradores, por lá, passaram a enviar mensagens para alertar sobre possíveis anormalidades. SENSAÇÃO DE SEGURANÇA A ação entre vizinhos é uma forma de união da comunidade de determinado local e faz com que crimes realmente possam ser evitados. Com ela é possível que a famosa e tão sonhada “sensação de segurança” seja alcançada. Exemplo de

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Pça Cel. José Pires, 11A - Centro São João da Boa Vista - 19 3623 4606

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área que alcançou um período de crime zero, é a parte alta da cidade, em que estão englobados os bairros do DER e a Vila Brasil. Liderados pelo comerciante Edvaldo Gonçalves, por iniciativa própria, os moradores da região acionaram a Polícia Militar e resolveram implantar a “Vizinhança Solidária”, depois que grande quantidade de crimes ocorreu no local. Como resultado desta união, em que estão envolvidos comerciantes e moradores da região, a parte alta da cidade chegou a ficar, entre maio e junho, quase trinta dias sem que nenhum tipo de crime ocorresse. “Chegamos a evitar um roubo no comércio local, na rua Henrique Cabral de Vasconcelos. Um comerciante, ao perceber movimentação estranha de uma dupla de motocicletas, enviou no grupo do WhatsApp a informação de que dois rapazes estranhos estavam rondando a região, de moto, sendo que um deles usava uma blusa amarela. Os comerciantes passaram então a se precaver, movimentaram a porta dos estabelecimentos e

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acionaram a Polícia Militar, que iniciou ronda no local. Os rapazes então sumiram e soubemos depois que uma loja da Ademar de Barros foi assaltada por indivíduos com características parecidas com as informadas no WhatsApp, inclusive a blusa amarela”, recordou o comerciante Edvaldo. FURTOS A interação entre população e Polícia Militar contribuiu para que São João da Boa Vista diminuísse o número de roubos na cidade. Depois dos 21 roubos de janeiro, a quantidade de crimes deste tipo ficou na casa dos dez até o mês de julho, último período divulgado pela SSP, até o fechamento desta matéria. No entanto, outra questão precisa também da ajuda, tanto da PM quanto da “Vizinhança Solidária”. Isso porque, se por um lado os roubos diminuíram, os furtos aumentaram em grande escala. No total, São João da Boa Vista anotou, em julho de 2015, 113 crimes deste tipo – pior número de furtos em um mesmo

mês dos últimos três anos. No primeiro semestre, 539 furtos foram registrados na cidade. Antes de julho, o mês com maior número de furtos este ano havia sido março, com 85. VIZINHANÇA SOLIDÁRIA Concebido em 2009, o programa “Vizinhança Solidária” promove uma linha de ação comunitária preventiva, baseada na filosofia do policiamento não necessariamente oficial, mas social. Trata-se de um conjunto coordenado de atividades, que envolve a participação dos próprios cidadãos em prol de um nível mais elevado de segurança nas ruas. Acima de tudo, esse programa estimula a consciência de que a solidariedade praticada entre residentes e trabalhadores de uma determinada região seja uma ferramenta facilitadora do policiamento preventivo contra a criminalidade. Sua finalidade é a consolidação de um trabalho conjunto entre sociedade e autoridades policiais, pelo qual a prevenção a qualquer forma de criminalidade nas ruas seja possível. A


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matéria de capa

Crescendo na crise Fernando Sanches, gerente regional do SEBRAE: “empreendedor deve ocupar espaços que outros não enxergam por medo da crise”. POR ANTONIO LUIZ MAGALHÃES

Em tempos de juros estratosféricos, desemprego em alta e inflação superando a meta fixada pelo governo, ainda vale a surrada máxima de que “é na crise que surgem as oportunidades”. Segundo o gerente regional do SEBRAE, Fernando Sanches, os empreendedores que não se assustam com a crise ocupam os espaços que outros não conseguem enxergar por medo ou despreparo. Formado em Turismo e pós-graduado em Gestão de Pessoas, Sanches está à frente do Escritório Regional do SEBRAE há cinco meses. Em entrevista à revista Atua, ele diz que “está na hora de o empresário pensar diferente, de flexibilizar horários, de ter um pouquinho mais de visão empreendedora, de variedade, de prestar um bom atendimento à população”. Se é na crise que as oportunidades aparecem, este é o momento de investir em novos projetos? Durante a crise, sem dúvida, muitas oportunidades aparecem. Porém, com a situação crítica, a maioria das empresas deixa de aproveitar as oportunidades que surgem. Outras, no entanto, apostam em novas ideias e conseguem obter bons resultados. Por exemplo, está sendo instalada uma grande empresa em Aguaí e ela deve trazer algumas necessidades de logística e de serviços. Como aproveitar isto? O empreendedor deve usar de muita criatividade, olhar para dentro do seu negócio e ocupar os espaços que outros não enxergam, por medo da crise. Você diria que as empresas que têm coragem de ousar são as mais preparadas, mais sólidas, e mais organizadas e por isso vislumbram um cenário positivo, mesmo na crise? Só pode assumir risco – e não correr risco – quem está mais preparado, tem solidez, segurança financeira, visão de longo prazo e a certeza de que a decisão tomada não irá impactar a empresa no futuro. Outro aspecto fundamental é possuir maturidade de gestão. Empresários que já enfrentaram condições desfavoráveis na economia entendem a necessidade de se adaptar, até porque a crise pode demorar, mas vai passar. A expectativa mais otimista considera 46

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que esta situação ainda perdure pelos próximos 12 meses. O empresário tem que estar preparado para colher os resultados no longo prazo. Neste momento, ele deve continuar pagando suas contas, sobrevivendo e mantendo sua empresa aberta. Qual o setor mais atingido pela crise? O de bens duráveis. Eletrodomésticos, veículos e eletroeletrônicos são itens que as pessoas deixaram de comprar neste momento, ou porque ainda estão pagando produtos desta linha, adquiridos em prestações de 12, 36, 48 meses, ou porque perderam o emprego. Em consequência disso, os empresários do setor são os que mais sentem. A estes nós aconselhamos cautela nos cortes e muito critério nas planilhas de custos e de vendas. Aposte em novos produtos, deixe os de margem de lucro menor em segundo plano e promova cortes realmente onde pode ser cortado. Reduza a conta de energia, diminua o estoque, faça uma promoção para garantir o fluxo de caixa. Existem caminhos, sim, para que o empresário evite tomar alguma decisão drástica. O setor de bens duráveis se manteve aquecido durante um bom tempo e por isso deve ter alguma “gordura” para queimar... Espera-se que sim, mas nem sempre a expectativa se traduz em realidade.

Muitos empresários acreditaram que a boa fase da economia seria mais longa, por isso investiram e acabaram perdendo dinheiro. Houve uma política de estímulo, com redução de impostos, mas de forma pontual. Esses impostos estão de volta, a economia está complicada e as pessoas pararam de comprar. Certamente o SEBRAE deve estar recebendo muitas pessoas que decidiram abrir o próprio negócio ou aderiram ao sistema MEI (Micro Empreendedor Individual). Que cuidados elas devem tomar para não perder dinheiro e nem se frustrar como empreendedores? É fundamental que as pessoas, antes de investirem o dinheiro suado e ganho com sacrifício de anos de trabalho, pensem e estudem muito bem o que vão fazer. Precisam avaliar o mercado, a concorrência, conhecer o seu público-alvo, ver quem são seus clientes e descobrir o que eles querem. Muitas vezes nós acreditamos que o que a gente quer é o que os outros querem; e não é bem assim. Existe uma grande diferença entre o sonhador e o empreendedor que trabalha para conquistar resultados. Planeje, pesquise e não coloque todo o dinheiro numa ideia. Converse com quem está no mercado e aprendeu com os erros. E o principal: não desista. Por que os pequenos empreendedores preferem o ramo da alimentação?


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Classe C irá consumir R$ 1,35 tri durante a crise O presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, afirmou recentemente que a classe C irá continuar consumindo durante a crise e gastará, nesse período, cerca de R$ 1,35 trilhão. Segundo ele, como a Classe C emergiu de uma situação de crise, ela sabe transformar crises em momentos de oportunidades. Conforme o executivo, levantamentos recentes indicam que 92% da Classe C já estão fazendo economia no seu dia a dia; 81% estão comparando mais os preços; 65% estão se preparando para conseguir renda externa e 45% já possuem essa renda externa. “Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal. Porque eles têm a consciência de que a economia depende dos políticos, já a vida deles depende só deles e só trabalhando conseguem reverter a situação”, declarou. Além disso, conforme o instituto percebeu, a Classe C, nesse período de maior aperto, tem adquirido mais dinheiro e/ou cartão de crédito emprestado, comprando mais fiado, escolhendo as marcas e priorizando os gastos. Meirelles também ressaltou que nos próximos anos, haverá uma mudança do perfil da Classe A e B. Dados do Instituto Data Popular mostram que, em 2014, 23% da população é de classe alta; 56% média e 21% baixa.

Pode parecer fácil, mas alimentação é um dos ramos mais difíceis, pois o empreendedor vai lidar com produtos perecíveis e, além disso, o cliente estará na sua frente e terá que encará-lo todos os dias. Normalmente não existe final de semana ou feriado para quem trabalha com alimentos. Então, trata-se de uma realidade bem complicada. Como ser um empresário criativo em meio a uma conjuntura pessimista? Por exemplo, no feriado de 7 de setembro não havia comércio aberto na cidade e tinha muita gente aqui. Está na

hora de pensar diferente, de flexibilizar os horários, de ter um pouquinho mais de visão empreendedora, de variedade, de prestar um bom atendimento à população. Muitas vezes o comerciante não abre a loja em feriados porque acha que está gastando, mas na verdade ele está deixando de vender. Por que o atendimento ao cliente é considerado ruim em grande parte do comércio de São João? Há muito a ser melhorado e o SEBRAE está trabalhando para isso. Promovemos a Semana do Comércio Varejista,

capacitando os empresários em qualidade de atendimento, em melhoria de disposição de produtos nas vitrines, etc. Acredito que não seja algo generalizado, mas existe realmente uma dificuldade de se encontrar mão de obra qualificada. Às vezes não há tempo hábil para o empresário treinar o funcionário e isso acaba refletindo no atendimento ao cliente. Quais as recomendações do SEBRAE aos empreendedores neste momento de dificuldades na economia? Neste período de crise deve-se ter uma percepção muito boa de como a sua empresa está. Rever as relações com clientes e fornecedores e suas políticas de atendimento, tentar estabelecer parcerias e procurar investir em negócios de curto prazo. Tendo dúvidas de como fazer o levantamento de custos e despesas da empresa, e mesmo o planejamento de marketing, procure o SEBRAE. A

VISÃO OTIMISTA

Para Fernando, o Brasil tem complexidades e problemas, mas também muitas oportunidades e espaços para serem explorados por quem quer empreender. “Se a gente parar para discutir a crise, a gente desiste. Como empreendedor, você não gere variáveis macroeconômicas, você gere um grupo de pessoas. É saudável participar da discussão da crise, mas não levá-la para a empresa”

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opinião

Operação Cardápio Fitness Essa minha tentativa de vida saudável tá bem complicada. POR CARLOS ALBERTO MOLLE JÚNIOR

“Quem-quer-pão-quem-quer-pão-quem-quer-pão-que-tá-quentinho-tá-quentinho-tá-quentinho-tão-gostosinho...”. Quando criança cansei de ouvir a Xuxa cantar isso aí. Influenciado pela sugestiva canção, eu queria todo dia e toda hora: com manteiga, geléia, salame, presunto, muçarela, requeijão, na chapa... Cresci comendo pão que, até então, era liberado. E hoje? À noite sei que foi proibido. No café da manhã tem que ser o integral. Ou o light. Mas o sem glúten não tá na moda? De sete grãos pode? E de nove? Doze? Será que não é melhor fazer como o Maradona e só cortar a farinha branca? Com tanta opção fico imaginando o problemão com os fiéis, se Jesus multiplicasse os pães, atualmente... E o ovo? Ovo faz mal. Não, péra, mudou: faz bem. Quer dizer, faz mal pra caramba. Imagina, faz um bem danado! Assim como as letras do Djavan, o ovo é incompreensível. A gema é fonte de proteína, antiga responsável pelo colesterol alto e de repente pode ser a cura da impotência. Já a clara é ótima pra pele e péssima pros dentes. Poxa, o que fazer então? Chegar nos 50 com cara de 25 e dentadura? Na dúvida é melhor comer a casca, que ninguém (ainda) crucificou. Pois é. Essa minha tentativa de vida saudável tá complicada, a começar pelas idas ao supermercado. Encontrar os produtos não é tarefa das mais fáceis – especialmente a tapioca, que não fica perto das farinhas, nem no corredor dos orgânicos. Falta um GPS no carrinho. Os tomates estão sempre verdes. O orégano nem sei onde fica porque só comprei uma vez – me parece que é infinito. Mas o pior de tudo é a logística: da gôndola pro carrinho, do carrinho pro caixa, do caixa pra sacola, da sacola de novo pro carrinho, dali pro carro, do carro pra casa, de casa pro armário ou pra geladeira. É mais ou menos como 56

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querer saber o andamento de um recurso num órgão público. Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles, num pão com gergelim! Segundo a minha nutricionista, fast food só de vez em quando; a não ser que eu coma apenas a alface, a cebola e o gergelim do pão. Só que, depois que li o significado de gergelim na Wikipédia, nunca mais: também conhecido como sésamo, é uma planta anual herbácea, gamopétala, originária do Oriente, pertencente à família das pedaliáceas (sesamum indicum), com propriedades medicinais, de flores alvas, róseas ou vermelhas, hermafroditas, malcheirosas, dispostas nas axilas das folhas, e cujo fruto é cápsula oblonga, pubescente, com sementes oleaginosas, pequenas, amarelas, alvas ou pretas, arredondadas e levemente comprimidas. Ou tô errado em dispensar uma semente malcheirosa que fica alojada no sovaco? Voltando à vaca fria (e magra), outro dia li no jornal que tomar suco de berinjela com laranja de manhã, para baixar o colesterol ruim, não é bom. E precisava pesquisa para mostrar que suco de berinjela com qualquer coisa não é bom? Com pouca empolgação e muita coragem, arrisquei o tal suco detox, que vai couve batida. Couve? Sim, couve! O gosto é o mesmo de

sorvete de limão com torresmo e azeite. Até um ano atrás eu nunca tinha ouvido falar de patê de biomassa de banana verde, quinua, linhaça ou chia – que pra mim só serve pra parar no meio dos dentes. Mas hoje me pego comparando as informações nutricionais nas embalagens, perguntando se tem sal rosa do Himalaia, se chegou o suco de uva novo, que além de ser integral, não ter conservantes nem adição de açúcar, ainda tem fibras ou se baixou o preço de algum adoçante natural. Já o açaí não me seduz de jeito nenhum! Acontece que no meio de tanto perrengue, novidade e esquisitice, pelo menos acabei comendo mais castanha de caju, que na minha cabeça era só petisco pra acompanhar cerveja. Também melhorei meu omelete (parêntesis: o Aurélio e o Word preferem “a omelete”, mas o Houaiss e eu, não), aprendi que posso substituir o feijão por ervilha, que queijo cottage não é tão ruim e descobri a gostosa paçoquinha sem açúcar e glúten. Sim, vale o esforço. Não, não é dieta. São apenas hábitos saudáveis, que fizeram de mim um homem melhor a ponto de passar a noite refletindo o que mais quero pros meus futuros filhos. E cheguei à conclusão de que, da Xuxa, eles só vão ouvir uma música: pêra, uva, maçã, salada mista... A


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galera

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figura que atua

Os passos de Joelen A bailarina Joelen Moreno deixou um legado na arte do balé. Foram mais de seis décadas dedicadas à arte. Joana D’ Arc Cervera Moreno, carinhosamente conhecida como “tia Joelen”, fez da dança sua profissão e seu maior ideal. Aos 64 anos, após complicações no quadro de hipertensão e diabetes, a exímia bailaria deixou saudades. Seu falecimento, em julho deste ano, comoveu a todos, principalmente pelo carinho e respeito que deixava por onde passava. Natural de Mirassol, foi criada por muito tempo em Ribeirão Preto. Em 2001, mudou-se para São João da Boa Vista, com a família. No âmbito pessoal, Joelen teve que buscar forças para superar diversos contratempos. Em seu primeiro casamento perdeu um filho de 8 anos, vítima de um acidente fatal. No segundo casamento ficou estéril depois de uma gestação de gêmeos, com várias complicações. Mas a vontade de ser mãe não foi abalada. Joelen e o marido decidiram adotar. Assim tiveram dois filhos, André e Adriano. “Por ser bailarina, ela queria uma menina, para que seguisse os passos na arte. Mas eu me interessei pela dança e fiz o gosto de minha mãe: prolongar sua história no ballet. Eu e meu irmão tivemos pais muito presentes. Nunca faltou o apoio de ambos para seguirmos carreira no meio artístico”, explica André Moreno, filho de Joelen. Ele se recorda carinhosamente do esforço que a mãe fazia para conciliar a

LEGADO

“Ela [Joelen] construiu uma história de integridade e seriedade com a educação das crianças e jovens. Mamãe transmitiu para os alunos valores éticos e morais, não apenas no contexto da dança, mas para a vida. O nome Joelen é grandeza, luz, coragem, força. É isso que ela espera de nós. Que continuemos e tenhamos energia para levar seu nome a muitos palcos”.

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carreira e a família. “Mesmo com muitos compromissos profissionais — festivais, espetáculos, eventos —, ela sempre conseguiu conciliar o tempo para se dedicar à família. Foi uma mãe presente na vida dos filhos, em todos os momentos.” André também diz guardar um grande arrependimento. “Em algumas conversas, ao longo dos anos, comentava que, na falta dela, não teria forças para continuar o trabalho e acabaria saindo da área da dança. Pois bem. Estou aqui, prosseguindo e garantindo o que mamãe me deixou”, comenta. André conta que no sepultamento de Joelen as alunas cumpriram seu desejo e foram vestidas de tuttus— trajes típicos do balé — para homenageá-la. “Ela sempre pediu: ‘força, bailarinas!’ E assim faremos!”, complementa.

Trajetória Desde muito cedo Joelen se interessou pela arte. Com apenas 5 anos iniciou o curso de balé clássico. Já na década de 50, passou grande parte da infância e da adolescência no Conservatório Dramático e Musical “Carlos Gomes”, em Ribeirão Preto. Foi aluna de nomes consagrados, como a bailarina Ana Polla e o maestro francês Eduardo Sucena. Influenciada pelo pai, também tocava piano clássico, violão e acordeom. Anos depois, todos os cursos foram concluídos e Joelen se profissionalizou. Atuou como bailarina profissional em Ribeirão Preto na década de 70, onde dançava principalmente ballets de repertório e coreografias de dança moderna no Theatro Pedro II. Participou de festi-


Av. Dona Gertrudes, 80 Centro S達o Jo達o da Boa Vista -SP- Tel 19 3633.1592 / 3635.1870 61

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vais sediados no auditório da PRA-7 — atual Sistema Clube de Comunicação de Ribeirão Preto. Em 1982, inaugurou sua escola de dança, em sociedade com a professora Garima Augusta Calixto. Em 1985, fundou a Joelen Arte e Dança, em parceria com a bailarina Elaine Aguita Bueno, até 1988. No ano seguinte, assumiu sozinha a direção da escola e seguiu as atividades na “Califórnia Brasileira”, até o ano de 1999. A bailarina também foi integrante do Conselho Cultural da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por oito anos. Por mais de uma década fez parte da Associação das Escolas de Dança de Ribeirão Preto-SP (AED-RP), inclusive no ano de sua fundação, em 1988. Anos depois se uniu à Federação Brasileira de Ginástica, a fim de participar da Gymnaestrada Mundial, em Berlim, Alemanha, em 1995, com o grupo infantil da escola. Durante nove anos Joelen foi voluntária do Projeto Alpha, em parceria com o falecido amigo Osmar Garcia, também diretor da iniciativa. Ela ministrou aulas de ballet para menores de bair-

ros periféricos e os levou aos palcos de vários teatros, para apresentações. Quando Joelen mudou-se para São João da Boa Vista, tinha a intenção de abrir uma loja de artigos de dança, no município. Mas a amiga Vânia Noronha fez um pedido: “Faça por São João o que você fez por Ribeirão Preto. Essa cidade precisa da sua arte”, pediu Vânia. André conta que Joelen atendeu ao pedido da amiga e juntos iniciaram as atividades do Studium Joelen. “O primeiro endereço foi na rua Maurílio Alvarez, no alto do bairro Pratinha, onde ficou por três anos. Em seguida foi para a movimentada rua Saldanha Marinho, no centro da cidade, durante oito anos. Há três anos o Studium funciona na avenida Dr. Durval Nicolau, no bairro Colinas da Mantiqueira”. Em 14 anos de atividades, o Studium teve alunas congratuladas. São mais de 350 troféus de terceiras, segundas e primeiras colocações, além de 40 medalhas de bronze, prata e ouro. Legado André conta com o apoio do pai e do

irmão para dar continuidade ao trabalho de sua mãe. “Procuramos ser fiéis às ideologias de mamãe, quando tomamos as decisões. Por isso, cada vez mais faremos belas e grandes produções. Tudo para cumprir o legado da minha mãe. Afirmo que, até o último dia de minha vida, levarei comigo a disciplina, a garra, a técnica, as lições de vida e o amor pela arte que o nome Joelen possui. Sou muito grato por ter sido escolhido como filho do coração e adquirir todo esse conhecimento vindo dela. Minha guerreira, que a cada dia está mais viva no meu coração. Nosso amor é imortal”. O filho da bailarina finaliza prestando uma homenagem à mãe, a ‘Tia Joelen’, que dedicou-se integralmente à arte. “Ela construiu uma história de integridade e seriedade com a educação das crianças e jovens. Mamãe transmitiu para os alunos valores éticos e morais, não apenas no contexto da dança, mas para a vida. O nome Joelen é grandeza, luz, coragem, força. É isso que ela espera de nós. Que continuemos e tenhamos energia para levar seu nome a muitos palcos”, finaliza André. A

Descubra os prazeres da alta gastronomia Com uma proposta gastronômica envolta pelos prazeres oferecidos pela culinária, nosso cardápio conta com pratos tradicionais e inovadores, elaborados pelo Chefe Muriel Filho, toda semana com uma sugestão exclusiva. Deixe-se envolver pelo prazer da gastronomia!

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evento - Três Ideias

Fotos: Babi Marques

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opinião

Pensar ou refletir? Eis a questão Não basta absorvermos tudo o que nos é dito, mas sim refletir. POR JULIO CESAR PISSUTI DAMALIO

Vivemos em um mundo que está em constante transformação, seja econômica, política, social ou tecnológica. Todos sempre têm seus próprios ideais, quando não os tem, logo se apropriam de pensamentos alheios. Como as opiniões são inúmeras, divergências sempre ocorrem, o que leva a discussões. Discussões essas para todos os tipos de gosto, que variam desde a teoria quântica da gravidade até sobre quem é o culpado pelo assassinato do Fulano na novela da moda. Um assunto recorrente nos últimos anos trata da discussão sobre Ciência e Religião. Em todas as classes da sociedade encontramos opiniões diversas acerca do assunto, opiniões essas muito sólidas e inabaláveis. Mas será que toda essa segurança no que se pensa, ou no que se diz, vem de um processo reflexivo e consciente? Ou vem da mídia? Ou do vizinho? Enfim, será que as pessoas realmente sabem o que estão discutindo e defendendo com unhas e dentes? Muitos creem na religião como uma forma de salvação, passam a vida toda se preocupando com a morte, ou com o que vem depois dela. Nós, seres humanos, somos os únicos animais na face da Terra que temos essa “consciência social”, moldada ao longo dos anos para mascarar nossos instintos animais. E esse é um meio pelo qual nos colocamos superiores a todos os outros organismos vivos. O que é uma grande audácia e inverdade! Dizer que o homem é mais evoluído que uma bactéria, por exemplo, é uma tremenda arrogância da nossa parte, já que elas surgiram antes, são imortais e vivem em ambientes inóspitos, nos quais não conseguiríamos viver, como em ambientes que chegam a 120 °C. Assim, as bactérias são “felizes” no que se propõem a fazer, isto é, vivem da mesma forma que nós. Então o que temos de especial? O poder da reflexão! Sim, todos os animais pensam, mas os seres humanos são os únicos capazes de refletir. Há uma diferença muito grande entre informação e conhecimento. Nos deparamos com muita informação durante todo o dia, mas para essa informação se transformar em conhecimento é necessário um processo reflexivo. Não basta absorvermos como esponjas tudo o que nos é dito, mas sim refletir, para chegarmos a uma conclusão própria, ou para concluirmos que não temos conhecimento suficiente para concluir nada! Estar aberto a novas ideias é fundamental, independente se essa nova ideia for contra aquilo que você acreditou a vida toda. Tome como exemplo grandes gênios que por aqui passaram, que foram contra todos os preceitos de suas épocas, que inovaram. Galileu Galilei, Charles Darwin, Gregor Mendel, 66

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entre vários outros exemplos que, apesar de não reconhecidos em sua época, marcaram para sempre as gerações futuras. Refletindo, progredimos. E a Ciência nos proporciona isso, refletir sobre nossos problemas e procurar meios de resolvê-los. Então, no mínimo, seria uma injustiça se esse direito nos for tirado, o direito de duvidar do mundo e buscar meios para compreendê-lo e melhorá-lo. Voltando ao tema central desse texto, a Ciência não deve em momento algum ser considerada uma ameaça à religião e a seus fundamentos. Ela não busca provar a inexistência de um ou mais deuses, mas sim entender melhor o mundo em que vivemos e a responder questões em aberto, porque, acima de tudo, o cientista não consegue viver com dúvidas ou acreditar em explicações surreais. E é graças a pessoas assim que hoje o mundo é mundo, claro que muito distante de uma sociedade ideal, mas será que sem a Ciência seria melhor ou, no mínimo, menos pior? Será mesmo que os avanços científicos que proporcionam uma melhor qualidade de vida (e em alguns casos a única chance de vida) é algo ruim? Será que todas as pesquisas, ditas “polêmicas”, devem ser imediatamente interrompidas devido à falta de conhecimento de uma maioria (infelizmente uma maioria)? Todos têm o direito de expressar suas opiniões e, realmente, devem fazê-lo. É a partir da troca de idéias que aprendemos e progredimos, desde que saibamos respeitar, escutar, refletir e, a partir de então, decidir se o que nos foi dito faz sentido, e não simplesmente aceitar aquilo como verdade ou mentira. Se acreditar em algo lhe faz bem, acredite! Mas não permita que essa crença tome sua vida e o deixe cego para o mundo real. A


ver達o 2015

Por um mundo mais casual

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Hering Store - S達o Jo達o da Boa Vista - tel. (19) 3623 5949


culinária

Lombo de cordeiro al pesto INGREDIENTES

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Lombo de cordeiro temperado Sal Pimenta Tempero árabe (pimenta síria) Tomates Cebola, alho, sal e pimenta a gosto Nhoque de mandioquinha ou batata

Para o molho:

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Azeite Manjericão Nozes ou pinoles Alho, pimenta e sal Queijo parmesão ou pecorino

MODO DE PREPARO Tempere o lombo de cordeiro com sal, pimenta e tempero árabe. Refogue os toma68

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tes - sem pele e sementes – com a cebola, alho, sal e pimenta a gosto. Reserve. Para o molho, macere os ingredientes e bata levemente no liquidificador. Grelhe o lombo e coloque sobre ele o molho al pesto. Misture o molho de tomates ao nhoque e finalize com parmesão ralado. UM POUCO DE HISTÓRIA Pesto é um molho italiano, originário de Gênova, na Ligúria, norte da Itália. É composto tradicionalmente de folhas de manjericão moídas com pinhões, alho e sal, queijo parmesão ou pecorino ralados e no fim misturados com azeite extra virgem e temperado com pimenta preta. A “receita oficial” do pesto alla genovese é mais restrita, mas apenas no que diz respeito à qualidade e origem dos ingredientes e

à forma de o preparar: o basílico deve ser da Riviera Ligure, utilizando-se apenas as folhas mais novas; o azeite deve ser extra virgem, de preferência também daquela região; já o queijo, pode ser o “Parmigiano-Regiano”. O mais importante é que os ingredientes devem ser moídos num almofariz de mármore com a mão de madeira, começando por moer o manjericão com sal grosso marinho e juntando depois os outros ingredientes; esta é a origem do nome do molho – moer, em língua italiana, diz-se pestare. Receita indicada por: Bento´s Restaurante e Bar (19) 3623-4442 | (19) 9-9756-7593


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culinária

Crème brûlée INGREDIENTES

• 500 ml de creme de leite fresco • 06 gemas de ovo • 04 colheres de sopa de açúcar • 01 rama de fava de baunilha ou 5 ml de baunilha MODO DE PREPARO Com uma faca pequena abra a fava da baunilha e retire todas as sementes. Em seguida misture com o creme de leite e duas colheres de açúcar e leve ao fogo, para ferver. Quando a mistura levantar fervura, desligue o fogo e reserve. Em um bowl, coloque as gemas peneiradas com as duas colheres restantes de açúcar e bata com fuet, até que as gemas clareiem. Neste ponto, adicione a mistura de creme de leite, açúcar e favas e, em seguida,

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distribua em potinhos, que devem ser levados ao forno a 130˚ por cerca de 30 minutos. Após retirar do forno, aguarde que esfrie e polvilhe açúcar cristal. O segredo está em endurecer e escurecer o açúcar sem cozinhar demais o creme. Para isso, pode-se usar o maçarico ou um prato sob um gratinador. Na segunda opção, é aconselhável dispor os ramekins com o creme em água gelada para que não cozinhem novamente. Para a decoração, utilize uma folha de hortelã. UM POUCO DE HISTÓRIA A origem do Creme Brûlée é um pouco controversa. Para os espanhóis, é uma variação da crema catalana, que dizem ter surgido no século XVII. Para os ingleses, é uma variação do burnt cream, que traduzido para o francês virou “Creme Brû-

lée”, que chegou na França no século XIX e ficou mundialmente famoso como uma invenção francesa. Considerado uma sobremesa sofisticada, ele oferece infinitas possibilidades de sabor, tais como café, chocolate, doce de leite, limão, bebidas alcoólicas, entre outras. Dado o traço notadamente elitizado, a palavra Brulée (pronuncia-se Brulê) acabou se tornando um termo usado para referir-se à pessoas com alto poder aquisitivo que possuem atitudes de menosprezo, sendo esnobes nos seus comentários e hábitos. Receita indicada por: Spaço Restaurante (19) 3633-1196 | (19) 3366-8492


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Bento´s Restaurante

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Maria Paula veste conjunto 1+1 e sandália Kimey

Cada Passinho - (19) 3631-2755 Rua Benedito Araujo, 155 Locação: Sociedade Esportiva Sanjoanense Fotos: Juan Landiva

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Valentina veste vestido Pituchinhu´s e mocassim Gats. Lara veste vestido 1+1 e sandália Kimey

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Guilherme veste conjunto 1+1 e sandรกlia Tip Toey Joey. Marcela veste macacรฃo Lilica e sandรกlia Hobby. Mateus veste conjunto Tigor e sandรกlia Tip Toey Joey

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Julia veste macaquinho 1+1 e sapatilha Gats. Luma veste conjunto Pituchinhu´s e sandália Gats.

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Ana Gabriela veste jardineira 2in e sandรกlia Pampili. Larissa veste vestido Lilica, sapatilha e bolsa Pampili

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Lucas veste camisa 1+1, bermuda Charpey e sapatênis Hobby. Vinícius veste camiseta e calça Calvin Klein e tênis All Star Converse. Pedro veste camisa Tommy Hilfiger, bermuda Charpey e tênis All Star Converse

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curioso

Na boca do povo Ela reflete o jeito de ser do homem simples, sem preocupação com o rigor da língua. POR BRUNA MAZARIN

Em São João da Boa Vista não basta ser bom. Se não for “bom por bosta” qualquer coisa cai no conceito mediano ou até ruim. Essa expressão popular é tão típica da cidade que uma simples busca no Google traz a seguinte definição: “gíria sanjoanense”. Mas essa não é a única pérola. Um pouco mais conhecida na região, o bilim é usado para designar as tampas metálicas de garrafas de refrigerante e cerveja. Essas frases e palavras que não são conhecidas, e até inexistentes no dicionário formal da língua portuguesa, fixam-se na língua falada e tornam-se comuns. Várias regiões do Brasil têm um vocabulário muito próprio e peculiar. A maioria delas são difíceis de datar quando surgiram e de que forma. O membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista, Lauro Augusto Bittencourt Borges, é também autor do blog Baú Crepuscular. Em uma de suas crônicas ele tenta remontar o surgimento da célebre expressão “bão por bosta”. “Confrade Wildes Bruscato, compadecido pela enfezada pesquisa deste blogueiro, revelou sem mais detalhes o autor do carimbo fecal: Neno Quessa”. O possível autor da frase explica a Lauro que a expressão surgiu na década de 60. “Em meados dos anos 60, compadre Fica-Fica acordava a audiência da Piratininga com o programa ‘Amanhecer na Roça’. Na época, quando um resfriado o impediu de empunhar o microfone, ele mandou o rebento Neno para apresentar a atração. No dia, as Casas Pernambucanas, patrocinadora, liquidava tecidos e retalhos. Depois de ler o script da propaganda, Neno arrematou com um caco antológico: ‘Comprem nas Pernambucanas, é barato por bosta!’”. A repercussão, descreve Lauro, foi negativa por parte dos ouvintes e da direção da Piratininga. “Alguns ouvintes ficaram indignados. Neno foi repreendido pela direção da emissora e o Dentel ameaçou suspender a 80

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programação por três dias. Se uns poucos se sentiram ofendidos, a maioria adorou ver a voz das esquinas nas ondas da Piratininga. Até então, o ‘por bosta’ era mais popular nas bocas da plebe rude”. Mesmo com a repercussão negativa num primeiro momento, Lauro lembra que depois do fato a frase se tornou sinônimo de São João. “Qualquer classe, da gema ou por adoção, enche a boca pra falar da sua província: ‘São João, ô cidade boa por bosta!’”. Como surgem as expressões A Sociolinguística é uma área do saber que considera todos os usos da língua como objeto de estudo. Ela vai justamente buscar na história o surgimento dessas palavras e expressões de acordo com a regionalização, faixa etária e grupos. Ana Cristina Salviato Silva, doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela USP, explica que essas especificidades podem surgir por diversos fatores. “Geralmente são junções de outras palavras ou uma pessoa influente começa a usar aquela expressão e os demais copiam.

Cada uma delas tem uma história. E em muitos casos as pessoas só vão descobrir que aquele não é o uso comum de determinada palavra quando saem da cidade. Aquilo passa a fazer parte do vocabulário”. Ana Cristina cita o exemplo do “arroz afogado”, que principalmente pessoas mais velhas dizem. “Nesse caso temos o afogar sonoramente parecido com o refogar. Também faz um certo sentido porque você coloca o arroz na panela e enche de água. Por ver esse sentido e a semelhança sonora, a pessoa se apropria do termo. Outro exemplo é falar que a “regina” da árvore mancha roupa, fazendo menção à resina da árvore. Como resina é uma palavra desconhecida, ela faz uma adequação com outra palavra semelhante e conhecida”. A doutora em Linguística destaca que muitas palavras que eram tidas como gírias passaram a integrar o dicionário formal. “Um exemplo é o você, antes falado vosmecê. Por muito tempo o você era vulgar, inapropriado. Mas hoje faz parte da linguagem culta”. A

Linguajar do interior O linguajar do interiorano adapta palavras já existentes a outro sentido, cria expressões ou inventa um vocabulário de acordo com o folclore de cada região. A língua sofre influências da imigração estrangeira, da terminologia indígena e uma série de outros fatores, até mesmo geográficos. Assim é, por exemplo, que surgiu a expressão “córguinho”, com referência ao Córrego São João, que atravessa o município. Já há quem se dedique a estudar a origem destas palavras e expressões, bem como se preocupe em preservá-las, como uma forma de se conhecer a cultura das diferentes regiões. Lendas, “causos” e acontecimentos deram origem ao linguajar característico do interiorano. Ela reflete o jeito de ser do homem simples, sem preocupação com o rigor da língua portuguesa e que, na falta de palavras, não hesita em emprestar outras àquele sentido ou em expressar o que sente com termos aparentemente sem nexo, como um solene “vichi”, que provavelmente originou-se de “Virgem” e cujo sentido literal refere-se a um tipo de tecido.


Foto: Foto Perigo

cal莽ados . bolsas . acess贸rios Rua Saldanha Marinho, 541 | 81

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opinião

Por que? Para a Sílvia, uma de minhas quintas filhas. POR CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI

Nessa época de tantos crimes e suicídios ponderemos: por que se matou? Se matou porquê? Não sou Moraes Moreira, nem baiana, mas vale a repetição. Na maioria das vezes foi porque alguém deixou de amar alguém. Não parece, aos mais velhos, aquele oferecimento de música nos parques que visitavam as cidades do interior em 50, 60? “Alguém oferece a alguém com muito amor e carinho!” Cada um sabia a quem aquelas palavras se referiam. Não cabia nem precisava explicação. Pois é, ama-se, pronto e ponto. Verbo intransitivo como disse Mário de Andrade. Ninguém explica o amor. Ele vem, chega de mansinho ou de supetão, apodera-se do coração, da mente e da situação; fica ou vai-se embora. De uns tempos para cá está um tal de matar por amor! Não se mata por esse sentimento. Por ódio, mágoa, vingança, desforra, ruindade nua e crua... talvez; mas por amor? Minha filha muito bem me lembrou. Como pode uma pessoa deixar de amar-se a si mesma (cacófato!) a tal ponto que se mate por causa de outra pessoa! Não é incoerência, (palavrinha que uso tanto), pois dela está cheia a nossa vida? O maior instinto que existe é o vital. Então, ama-se tanto outra pessoa que, no caso, abandonou alguém, que se esquece da própria vida e se dá cabo dela! Loucura? Fora dos sentidos e da razão? Que conselho se daria à tal pessoa voltasse ou pudesse ouvir alguém? Dê a volta por cima, seja mais você, encontre uma outra saída, procure alguém ou a ajuda de outros, adote um cachorro, coma um brigadeiro, abra sua geladeira, compre um anel, um sapato, um vestido...vá cuidar de suas plantas, aguá-las ...sem desperdício da preciosa e escassa água, veja o céu azul, as árvores verdes, a su82

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jeira do chão que precisa ser varrida, a roupa que tem que ser consertada, ouça um belo concerto de piano, pinte, borde, cresça e apareça ... mas não desista de viver! Nessa nossa época de crise econômica, infelizmente, muitos casos de desespero e morte ainda veremos, para nossa tristeza. Perder amigos, gente antes animada, querida, dinâmica que se prostra frente à falta de horizonte, mesmo morando numa cidade considerada feliz com seus lindos e avermelhados crepúsculos maravilhosos! Muito triste mesmo! Fico acabada com tais notícias! Assumindo minha condição de evangélica, mas com tantos amigos espíritas, reitero que não acredito na reencarnação, nem na vida conhecida depois da morte. Mas assisti ao filme Amor Além da Vida em que o meu ator preferido, Robin Willians, morre,

vai para o céu e reencontra seus filhos que já haviam falecido. O lugar me pareceu uma Holambra celestial. Cada flor! Campos e mais campos delas! Sua mulher, não aguentando a vida que lhe resta, se suicida, outro cacófato, pois suicídio só pode ser morte de si mesmo. Ela vai, obviamente, para um lugar tenebroso. Pois ele, esposo amoroso e amado vai até ela e se recusa a viver no céu, preferindo o inferno para ficar ao lado da mulher que ele tanto amou e ainda ama. No filme tudo acaba bem, os erros são perdoados e todos ficam juntos, até o cachorro da família. E eu continuo a me perguntar: mesmo com essa lição que o filme ensinou ao personagem, Robin ainda não teve a coragem de viver e se matou? Não aprendeu nada com a vida, mesmo sendo ela uma das formas de arte? Que triste conclusão chegamos sobre a vida! A


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coquetel Portobello Lovers

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opinião

Vanderbilt & Rockefeller O casamento do ano em sanja. POR LAURO BORGES

Depois de treze anos de um conturbado namoro, o empresário Carlos Alberto Vanderbilt, o Betinho da Borracharia, contraiu núpcias com a balconista Sandra Regina Rockefeller. No caso, o verbo contrair teve uma conotação mais ampla. Acometida de terrível conjuntivite, a noiva, ao trocar alianças, estava com os olhos rubros, lacrimejantes e remelentos. Este colunista apurou o estrago no day after: padre, noivo, daminha e quarenta e sete convidados foram contaminados. Prevenida com a possibilidade de infecção em massa, Sandrinha incluiu nas lembrancinhas, além do tradicional bem-casado, uma caixa de lenços de papel e um frasco do colírio Moura Brasil. Este colunista apurou o embuste no mimo medicamentoso: era água. Foram inevitáveis os mexericos na entrada da noiva. Ela trocou a marcha nupcial por How Deep Is Your Love. Não é segredo na cidade que, antes de conhecer Betinho, Sandrinha se relacionou com Johnny Goiabada, integrante da banda Doces Caseiros, cover dos Bee Gees. Este colunista apurou que os dois outros músicos da Doces Caseiros são Frank Abóbora e Bob Marmelada. Na recepção, a ala de parentes do noivo estava revoltada com o menu escolhido por dona Filomena, mãe de Sandrinha: risoto de frutos do mar. Um motim, liderado pelo primo Frederico, chegou a ser ventilado. O protesto fora motivado por aquilo que eles chamaram de “arroz empapado com sardinha”. O primo Leopoldo fuzilou sarcasmo: “Sandrinha combi-

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na com sardinha”. Este colunista apurou que, ao contrário do colírio, o risoto não era engodo. A família Vanderbilt conhece nada de gastronomia e muito de fuxicos. Dona Agadir, sogra, se insurgiu contra o vestido da nora: “Indecentemente decotado, vergonhoso”, cochichou para a irmã. “Meu menino não merece essa moça de reputação duvidosa”, ainda lamentou. Este colunista apurou que, de fato, o figurino era um tanto ousado nas fendas e transparências. Senhoritas casadoiras disputaram no corpo a corpo o tradicional buquê arremessado que, pasmem!, foi agarrado pela ágil —e casada— Gisela Silva Guggenheim. O burburinho correu o salão. Antenor, o marido, aumentou o bas-fond ao bradar carraspanas impublicáveis à ligeira Gigi. Este colunista apurou que o senhor Guggenheim só foi amansado horas depois, entre quatro paredes, pelas peripécias libertinas —e também impublicáveis— da mulher. Os noivos sonharam com uma lua de mel em Itanhaém. Os planos praianos foram frustrados em razão da baita grana injetada na festa. Cinco dias em Pocinhos do Rio Verde só foram possíveis graças aos caraminguás arrecadados com os picotes da gravata. Este colunista apurou que Betinho padeceu de insucessos eréteis nos dois primeiros dias da viagem. A partir do terceiro, aleluia!, a coisa engrenou e Sandrinha deu-se por satisfeita com o desempenho do rapaz. Sigilo da fonte é um princípio basilar para a prática do bom jornalismo. De antemão, este colunista bisbilhoteiro invoca-o. A


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divers達o e arte em CDs, DVDs e Blue Ray

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nossa cidade

Gastronomia local em alta Unindo sabor e diversão, festivais gastronômicos mostram ao público o que o São João da Boa Vista tem de melhor. POR BRUNA MAZARIN

O cenário gastronômico se mostra cada vez mais promissor. Uma pesquisa de demanda turística internacional, realizada pelo Ministério do Turismo, constatou que a gastronomia foi apontada como um dos ítens de maior aprovação entre os visitantes estrangeiros no Brasil, com quase 90% de satisfação. Se considerados os aspectos econômicos, os gastos com a alimentação estão entre as principais despesas dos turistas, atrás apenas do transporte. Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) apontam que o setor gastronômico representa 2,7% do PIB nacional e quase 40% das visitações no país. Além do turismo gastronômico, as refeições do cotidiano também demonstram um aspecto positivo para o setor. A última pesquisa de orçamento familiar (POF), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que mais de 1/4 das refeições no Brasil são consumidas fora do lar. Nos grandes centros urbanos, por exemplo, esse número ultrapassa 1/3. Só no ano passado, o setor de alimentação, fora do lar, movimentou cerca de R$ 242,8 bilhões em todo o país. Diante de um cenário tão próspero, São João da Boa Vista também tem mostrado seu potencial gastronômico por meio de festivais como o São João da Boa Mesa e o Festival SAL (Sabor, Arte e Lazer). Ambos buscam nos estabelecimentos locais as iguarias tradicionais do município, incentivando o setor e mostrando o que a cidade tem de melhor no quesito comida. SÃO JOÃO DA BOA MESA Realizado pela Associação Comercial e Empresarial (ACE), o festival ocorre anualmente na segunda quinzena de setembro. O objetivo da iniciativa da ACE é incentivar e aumentar o movimento do público

SÃO JOÃO DA BOA MESA

O festival São João da Boa Mesa ocorre anualmente na segunda quinzena de Setembro, com o objetivo de incentivar e aumentar o movimento do público nos bares e restaurantes da cidade, além de despertar o gosto pela gastronomia e tornar São João da Boa Vista referência regional em entretenimento.

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nos bares e restaurantes da cidade, além de despertar o gosto pela gastronomia e tornar o município referência regional em entretenimento. “Além disso, ações como essa seguem a ideia dos eventos natalinos na cidade, que são uma forma de atrair visitantes para nosso município, injetando mais dinheiro na economia da cidade e favorecendo todo o arranjo produtivo local”, justifica a assessoria de comunicação da ACE. A época do festival também não foi escolhida por acaso. Por ser um período de baixo movimento, ele incentiva o público a frequentar os bares e restaurantes. “Quando a gente se reúne para organizar o evento, nós sentamos com proprietários e buscamos escolher justamente essas épocas em que o movimento é menor, para tentar reverter a situação. Também é uma ação de marketing para o bar, para conquistar novos consumidores”, explica a assessoria. Ao unir elementos como temporada, turismo e gastronomia, o festival fomenta no público o hábito de frequentar os estabelecimentos locais e apreciar os mais variados sabores da cidade. No ano de 2015, quando o evento transcorreu entre 14 e 27 de setembro, participaram 20 empresas no festival, sendo elas: A Casa do Pastel, Café do Canto, Café e Cia, Comidaria, Dellicatesse Café & Confeitaria, Dom Caneco, Espaço 55, Felice Gourmet, Genki Culinária Oriental, Gran Natto Café, Inverno D’Italia Coffee, Lanchotente Paraki, Mr. Beer São João, O Coronel, Pakalolo’s Bar, Peixoto Bar, Pizzaria do Thiago, Restaurante Barracão, Choperia Tekinfin e Villa São Jorge.


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SABOR, ARTE E LAZER Culinária, música, designer e aroma. Tudo em um só lugar e a preços acessíveis. Essa é a proposta do Festival SAL, que teve sua primeira edição realizada em julho deste ano. O evento teve lugar no estacionamento ao lado da antiga prefeitura e contou com uma decoração aconchegante e descontraída. Os participantes puderam desfrutar de um ambiente rico em experiências gastronômicas, musicais e sensoriais, além da interação com amigos e familiares. O festival SAL foi realizado por ocasião da Semana Assad, época em que São João recebe visitantes de diversos estados e até mesmo países. Uma oportunidade única de mostrar ao público o que o município tem de melhor. André Dornellas, coordenador geral do evento, identificou essa oportunidade em uma de suas viagens para Belo Horizonte e trouxe a ideia para São João. Foi organizada uma comissão para o desenvolvimento do festival. Camila Bassi Teixeira, também coordenadora geral, comenta que o SAL segue a tendência de um festival gastronômico e cultural.

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FESTIVAL SAL

O Festival SAL tem como objetivo reunir o melhor da culinária, música, cultura e arte em um ambiente agradável e aconchegante.

“Queríamos agregar valor à Semana Assad e aproveitar seu público”. Ela antecipa que já está confirmada uma nova edição do SAL, para o começo do próximo ano. “Ainda não temos data, mas já estamos programando para que seja no começo do primeiro semestre de 2016”, diz Camila. A primeira edição contou com a presença do 4All, Genki Comida Oriental, Pizzaria

Bedrock, Mr. Beer São João, Gran Natto Café, Felice Gourmet, Capitão Brigadeiro e Laticínio Montezuma. Também teve o apoio de uma equipe de profissionais que contribuiu na elaboração e realização do projeto, como a Casa Coletiva, Leonardo Nogueira, Thaís Araújo, Carina Forlin, Gloc, Clac, Glam Up, Ilumio, Carol Araújo Design e Encantadoras Brasileiras. A


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