1
2
3
’ índice
carta ao leitor Chegou o fim de ano: é época de festividades e esperança. É nesse clima que a Revista Atua completa seu primeiro aniversário. O que era um sonho, um projeto distante, hoje tomou forma e, ouso dizer, até já ganhou seu destaque e espaço junto ao público de nossa cidade. Isso nos deixa muito felizes. Felizes, primeiramente, porque começamos do nada, sem um ponto como base. Encontramos muitas dificuldades pelo caminho, é verdade. Porém, conseguimos vencer cada uma delas graças ao nosso esforço e dedicação. A partir de nossa próxima edição, a Revista Atua passará a contar também com um website onde você leitor poderá opinar sobre nosso conteúdo, próximas capas, enviar suas receitas e sugerir matérias. Queremos aumentar a interatividade com você, para que continuemos a melhorar nossa revista a cada edição. Se me perguntassem qual foi a maior lição que poderíamos tirar da Revista Atua neste ano, eu diria que é uma só: não importa qual o tamanho do seu sonho, com trabalho e determinação ele pode se tornar realidade. Acho que essa é a mensagem fundamental para o próximo ano. Perseverança. Sempre e em todas as situações. Para você amigo leitor, eu desejo um ótimo fim de ano, e que 2009 estejamos juntos novamente! Boa leitura! Ana Cláudia Z. C. Ribeiro Santos Presidente da ACE
Cartas Making Off Novidades Aposte no Tie-Dye Prepare-se para Enfrentar o Verão Dicas de Presentes Agito: Bar do Clube É dos Carecas que Elas Gostam Mais Alimentos Funcionais Tendências Troque de Operadora sem Perder o Número Agito: Cachorrão Etiqueta x Ceias de Natal Momento Mágico De Rio Pardo para a Irlanda Agito: Amnesya O Desafio das Novas Famílias Ele Atua: Fritz Ei, Não sou de Plástico! Ilumine Sua Casa Galera Receitas Turismo: Uma Entrevista Crescente Dicas de Saúde Revivendo Quem Atuou: Palmyro Ferrante Check In: As Belezas do Paraíso Figura Que Atua: Fernanda Carraro Dicas de Leitura Em Que Bandas Estão as Bandas Opinião: Clóvis Vieira A Beleza das Gravatas São João no Cinema
A Revista Atua (ano 2, número 05, Dezembro de 2008) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial. Rua São João, 237, Centro São João da Boa Vista, SP, CEP 13870-906. Tel. (19) 3623-1524. Distribuição Gratuíta. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos autores, e não representam a opinião deste veículo. E-mail: atuarevista@acesaojoao.com.br tiragem: 4 mil exemplares
colaboradores João Sérgio J. de Souza, Helen Amorin, Luiza Helena Ferreira, Rosana Cruz, Vânia M. D. Magalhães, Sophia Beltran, Telma Salles Corulli, Francisco de Assis Carvalho Arten
jornalista responsável Heloise Amorim - MTB 39.685
impressão Gráfica São Sebastião
revisão João Sérgio Januzelli de Souza | jscoaching@ig.com.br
capa Modelo: Ana Lígia Rossi Foto e Produção: Leandro Gulin Cabelo, Maquiagem e Produção: Fernanda Carraro - (19) 3631-6125 Corpete: Zilda Cristina Saraiva Design Capa: Bronka Design - (19) 3631-8297 Agradecimentos: Studio Gianelli
projeto gráfico e arte Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br Flávia Soares | flavia@acesaojoao.com.br
4
06 08 10 14 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 50 54 58 60 64 66 70 78 82 90 94 102 104 106
fotos Leandro Gulin | leandrogulin@hotmail.com
5
’ cartas
Cinema Nacional “Olá! Gostei muito das dicas de cinema que foram publicadas na Revista Atua. Os filmes foram muito bem escolhidos e a matéria ficou muito legal. Minha sugestão é que na próxima edição vocês façam uma lista semelhante, mas com os melhores filmes nacionais. Isso é importante porque divulga nosso cinema para a população, que muitas vezes o menospreza. Mas mesmo assim, sem o apoio do seu povo, ele vem crescendo muito nos últimos anos e merece esse destaque. E aproveito para parabenizar a todos que trabalham nesta revista pelo seu primeiro aniversário. Todos vocês estão fazendo um ótimo trabalho!” Bruna Núbia Mesquita São João da Boa Vista -SP
Aniversário
Finazzi
Colunas
“Ao ler essa edição edição em que a Revista Atua completa um ano, fui obrigado a escrever para dar meus parabéns a vocês. Nesse curto espaço de tempo, ela já conquistou seu público.
“Achei fantástica a entrevista com o jogador Finazzi, publicada na última edição da Revista Atua. Para nós, sanjoanenses, que estamos longe de nossa cidade natal, é muito legal poder receber um material de qualidade como esse.
“Sou leitor assíduo da Revista Atua, desde sua primeira edição e não posso deixar de notar a evolução que vem acontecendo a cada edição. Na última edição, havia um texto interessantíssimo de Francisco Arten, sobre o cão amigo. Acho que falta à revista mais colunistas fixos, como este último, que sempre nos brinda com texto leves, mas ao mesmo tempo muito bons. Em minha opinião, são essas colunas assinadas que é o grande charme dessa publicação.
Em seu segundo ano, acredito que ela crescerá, e se desenvolverá ainda mais, e ser uma referência para muitas outras revistas e até jornais da região. A Revista Atua tem provado que o determinismo não existe. O que existe é o esforço de homens e mulheres que buscam se superar cada vez mais e acabam fazendo a diferença.
Além disso, a revista é a grande amostra de que São João está crescendo e se desenvolvendo, deixando para trás aquela imagem que era pregada de cidade ‘modorrenta’ do interior. Eu acredito que, não só eu, mas todos ficam muito felizes com isso. A equipe da Revista Atua está de parabéns por todas essas conquistas”
Meus sinceros parabéns.”
Renato Fonseca Bauru -SP
Luciana Carvalho São João da Boa Vista -SP
“
Acho louvável a idéia de trazer em sua capa de setembro uma negra. Isso mostra a maturidade da revista e seu posicionamento imparcial, fundamental para qualquer veículo. João Pedro Dias São João da Boa Vista -SP
6
”
Creio que quanto mais colunas assinadas e fixas houver na revista, mais ela irá se destacar, não que ela não deva trazer matérias sobre modas, saúde, etc; mas as colunas são, sem dúvida, os carros chefes de qualquer revista. Mas de qualquer jeito, a Revista Atua está simplesmente fantástica, e cada edição traz matérias diversificadas, que agradam a todos os tipo de público. Vocês estão de parabéns! Gilberto Gomes Rodrigues São João da Boa Vista -SP ATUA: Giberto, agradecemos seu e-mail e também seus elogios à nossa revista. Quanto às colunas fixas, estamos nos esforçando no sentido de aumentar o número de articulistas. O grande problema, é que muitos, devido a compromissos, têm dificuldade de contribuir regularmente conosco. Mas toda a colaboração é sempre bem vinda!
7
8
making of
’
9
’ novidade
Shiatsu a qualquer hora Mais uma novidade para o segmento de bem estar é a segunda geração das cadeiras de massagem da Panasonic do Brasil, a EP-30006KU. O equipamento traz uma série de benefícios além da massagem a qualquer hora do dia, em casa, ou até mesmo no trabalho. O estímulo da circulação sanguínea, o alívio de tensões e atenuação do cansaço das pernas e pés são apenas alguns bons motivos para providenciar imediatamente a sua.
Diversões cotidianas “Coisas que funcionam, colocam um sorriso no seu rosto e não custam uma fortuna”. Esse é o slogan do Fred&Friends. Os americanos ganharam fama pelo design criativo para as situações mais corriqueiras. Itens como o porta clipes que imita uma torneira, a caneta em forma de cactos com vasinho de apoio ou as caixas de som para o computador que imitam um fone de ouvido gigante farão aquela reunião interminável no escritório se tornar um bocado mais divertida. Já a forma de gelo de caveirinha e os copos de shot com desenhos sugestivos são garantia de sucesso absoluto nos seus get together.
Potinho de luz
Que tal aproveitar um pouquinho da energia solar à noite? Não
sabe como? Conheça o Sun Jar. Trata-se de um recipiente tipo potes de vidro para guardar biscoitos, com uma lâmpada que recebe luz solar durante o dia e, à noite, produz uma suave iluminação. A luminária-pote funciona com uma lâmpada e uma pilha solar de energia recarregável e acende apenas na escuridão. Com luminosidade semelhante a de uma vela, é perfeita para colocar no jardim, no quarto das crianças ou ainda para criar aquele clima íntimo em casa em num jantar a dois.
Fofura Tech “O mundo é muito maior e bem mais divertido”. Esta é a frase mágica que levanta qualquer baixo astral com probleminhas corriqueiros. É só pensar nela e um horizonte se abre à nossa frente - de forma ainda mais colorida quando temos diante dos olhos os divertidos pen drives da Mimoco. A empresa americana criou uma linha muito fofa. Uma mistura de toy art com tecnologia. Ah, e o mais importante de tudo: tem venda online com entrega no Brasil pelo Mercado Livre. Não é ótimo?
10
11
’ novidade
Câmera de 8mp A Samsung lançou na Coréia do Sul o innov8 (i8510), o primeiro celular com câmera fotográfica de 8 megapixels. O innov8 tem duas opções de capacidade de armazenamento, de 8 GB ou 16 GB. Há ainda um slot para cartão microSDHC, que suporta até 16 GB. Ele possui GPS, o que possibilita gravar a localização das fotografias. Além de recursos como auto-foco e detector de sorrisos. O Preço ainda não foi divulgado.
Urbano e Aventureiro Mais uma inovação da parceria Victorinox SwissArmy chega às lojas. Com o instigante nome de Black Ice, que trata de sua caixa, em um tom cinza, mais escuro que o titânio, que além da impor mais beleza, ainda protege o aço. Os novos modelos são ideais tanto para mergulhadores de final de semana, quanto para os profissionais: resiste até 500 metros de profundidade. A caixa é outro detalhe que chama a atenção. É robusta, com fundo rosqueado e vidro de safira. O design arrojado deste relógio faz dele um sonho de consumo perfeito tanto para a aventura, quanto para a vida cotidiana.
Guitarras Femininas Neste mundo em que a mulheres ganham cada vez mais destaque, inclusive no cenário musical, nada melhor que uma guitarra personalizada para mostrar atitude sem perder a feminilidade. Essa guitarra Fender, baseada nos personagens Hello Kitty, resultou em um instrumento que fala a linguagem de gerações de músicos mais velhos à geração mais nova, de mulheres e crianças que adoram os rostos graciosos desse universo particular da Hello Kitty.
Teclados Modernos O teclado flexível de silicone possui um design ultra moderno e inovador. Além de ser todo emborrachado e flexível, é higiênico e pode ser lavado. Desenvolvido com silicone de altíssima qualidade, o usuário terá uma digitação macia e silenciosa; seu transporte também é simples: é só enrola-lo.
12
13
’ moda
aposte mesmo
no tie-dye
Quando dizem que a moda é cíclica, acredite. O tiedye, que se tornou febre mundial nos anos 60 com o movimento hippie, estará de volta neste verão. Várias grifes estão apostando nessa tendência. E se você gosta, invista pelo menos em uma peça.
praia ao escritório e, de lá, direto para a noite. Isso sem falar dos artigos para o lar como toalhas, lençóis e edredons disponíveis com esse tingimento. Graças à tecnologia têxtil, hoje é possível produzir o tie-dye em série e sobre os mais diversos materiais.
Tie-dye é uma técnica de tingir tecidos muito simples. Seu nome,
Mas a grande diferença do método de tingimento (e o que o tor-
Foto: Leandro Gulin
que significa “amarrar e tingir”, é uma antiga técnica que perdeu o ar artesanal e ganhou sofisticação para o verão. As manchas multicores são chiques e enfeitam tecidos nobres, tricôs e até sandálias de couro. Ao que tudo indica, essa velha técnica, agora repaginada, irá abranger as peças que vão da
14
na diferente do demais) está na estamparia manual, que garante efeitos únicos que remetem a um caleidoscópio. Uma outra técnica que muitas vezes se confunde com tie-dye, e que também vem ganhando mais espaço é o batique. O método, também manual, de pintura sobre o tecido, teve origem na In-
donésia. Chegou à Europa pelos holandeses, que o trouxeram de suas expedições pelo continente Asiático. O processo consiste em cobrir áreas do tecido a serem trabalhadas com cera ou parafina. Depois são imersos em latões com tintas de cores variadas para o tingimento desejado de acordo com o desenho pretendido. Por último, são retiradas a cera ou parafina com água quente; e os tecidos são lavados e passados. Quem está apostando pesado nessa moda é a Cia. Marítima. O tie-dye tem colorido a maior parte dos biquínis, maiôs e saídasde-praia da empresa, que tem usado o pink e amarelo, menos envelhecedor do que os marrons e lilases usados na década de 1960. Mix de florais, também setentistas, estamparam peças sem deixar ninguém com cara de criança. Onça e cobra, meio disfarçadas, apareceram para cumprir tabela (a cliente deve gostar bastante), mas em versões renovadas. A primeira, acesa por verde flúor; a segunda, meio desconstruída.
15
’ moda
xadrez ainda
domina
O inverno acabou deixando um hit para a próxima estação: o xadrez. Não há regra para o tipo de xadrez. Você pode optar pelo colorido, pelo preto e branco, estampas maiores ou menores. O que muda mesmo são os tecidos, que passam a ser mais leves como algodão, popeline, organza, tricoline, cetim de seda etc. Você poderá combinar o seu xadrez de forma bem charmosa e
16
casual, com jeans básico e acessórios leves, que não gritem junto com a estampa, ou mais elaboradas com o uso de leggins, cintos largos e outros acessórios. O que vale é a criatividade e o gosto pessoal, sem deixar de usar o xadrez, que é um charme desde o tempo das nossas vovós.
17
’ moda
prepare-se para
enfrentar o verão O verão chegou despojado, sem muito pano e curto... muito curto! Na hora de montar o look para a noite, o dia ou até mesmo para uma festa, vale abusar dos shorts, que mais uma vez imperam nessa estação, como o grande coringa para quem quer escapar do calor com estilo.
xo foi por água abaixo.
Isso porque, aquela velha história de que short serve para ir para a praia ou no máximo para tomar um sorvete no quarteirão de bai-
Os modelos com pregas e em risca de giz foram confeccionados para simbolizar mais o ambiente de trabalho, mas é preciso ter cuidado com esse tipo de combinação. Para a estação mais quente do ano, continuam valendo as estampas floridas e as cores fortes, que dão aquele ar de “viva o país tropical”, que todo mundo gosta.
Foto: Divulgação TNG
Estão em alta os shorts com uma dobra nas pernas e também com o bolso faca. Para quem tem pernas mais finas e longas, o estilo balonê, mais apertadinho nas pernas e solto em cima, também é uma boa pedida.
Os microshorts e shorts caem bem nas magras, principalmente nas que não têm coxas muito volumosas. As de pernas mais compridas são favorecidas pelos shorts com comprimento cerca de 15 cm ou no máximo 20 cm acima dos joelhos. Para as que têm volume nas coxas, é melhor optar pelos de corte reto.
18
Já as baixinhas vão se beneficiar com os shorts bem curtos, pois eles alongam as pernas. E não esqueçam meninas: os saltos agora ficam valendo com qualquer visual de verão. Dá-lhe shorts com saltos altíssimos, que para as mais baixas, ajudam na composição. Para quem estiver fora do peso ideal, uma boa opção são bermudas, pois elas também têm o poder de alongar a silhueta, abuse também de blusas mais soltinhas, que ajudam a disfarçar o famoso pneuzinho. Essas blusas, ao estilo bata, além de dar aquele “apoio”, estão super em alta. Como os shorts estão curtos, as blusas soltas chegam para que a mulher se sinta bem a vontade ajudar a despistar o grande pedaço do corpo à mostra. As gordinhas devem evitar os modelos mais larguinhos ou balonê, pois eles vão aumentar as proporções das coxas e quadris. As jardineiras e macacões também são apostas de muitos estilistas. As regras para não errar na hora de usar uma são as mesmas dos shorts. Mas como normalmente as jardineiras são mais justas, as que estão fora de forma devem preferir os shortinhos básicos.
19
’ presentes
dicas de presentes
para este Natal
Fim de ano é tradicionalmente a melhor época para presentear amigos e familiares, por conta do Natal. Pensando nisso, trouxemos algumas boas sugestões e dicas de presentes, dos mais variados valores, que vão agradar a todos os gostos. Mesmo com seus preços um pouco mais salgados, mais uma vez, câmeras digitais e celulares devem prevalecer como os grandes destaques neste Natal. A criançada, e também muitos marmanjos, devem se derreter pelo Playstation 3, que agora pode ser encontrado em preços mais acessíveis. Confira abaixo nossa seleção de presentes, para que você não erre ao presentear ninguém:
03
02
04
01
08
07
06 05
01 - Relógio Casio, com pulseira em aço inox – R$ 160,00 02- Perfume Azzaro Pour Homme – R$ 89,90 03- Pen Drive PQi 2Gb – R$ 30,00 04- Câmera Digital Sony 7.2 Mp – R$ 799,00 05- Polly Pocket Festa na Piscina – R$ 69,00 06- Celular K550 Sony Ericsson – R$ 600,00
09
07- Queimador de Incenso - R$ 15,00 08- Chateau de La Tuileire – R$ 60,00 09- Max Steel Sword Storm - R$ 39,00 10- Video Game Playstation 3 - R$ 1.700,00
20
10
21
22
agito
’
23
’ beleza
é dos carecas que
elas gostam mais? Na opinião dos homens não. “When I get older, loosing my hair, many years from now...” Este é o parágrafo inicial de uma música dos Beatles, aonde se exemplifica de forma muito clara a correlação entre a perda dos cabelos e a velhice. O cirurgião
Foto: James W. Porter/CORBIS
plástico Dr. Milton Peruzzo, que trata de problemas de calvície há mais de 20 anos, esteve em São João da Boa Vista e falou um pouco sobre esse problema, que
24
atinge principalmente os homens. Segundo ele, 96% dos homens apresentarão perda de cabelos em algum estágio de suas vidas. Evidentemente a maioria dos homens assume ou tolera esta perda sem prejuízos de seus aspectos psicoemocionais, porém outros aceitam de forma bastante negativa a perda precoce de seus cabelos, o que acaba causando transtornos à sua vida afetiva e profissional. Para as mulheres essa queda é ainda mais traumática. Para quem sofre com a perda dos cabelos, existem quatro optar por não fazer nada, usar uma peruca, tentar tratamentos clínicos ou partir para cirurgia. Sem tratamento, a calvície é progressiva. O uso de perucas, entrelaçamentos ou qualquer outro método de cobrir a calvície apresenta, além das desvantagens estéticas evidentes,
o risco de desenvolvimento de micoses do couro cabeludo e várias outras complicações. Quando se fala em cirurgias para o tratamento da calvície, a primeira imagem que vem é a de uma cabeça de boneca. E não sem razão. Durante muitos anos a técnica mais comum utilizada consistia em se retirar da região posterior da cabeça dezenas de mudinhas de couro cabeludo que eram “plantadas” na área calva da vítima, gerando um resultado semelhante à de uma cabeça de boneca. Hoje essa técnica foi abandonada, e os transplantes de cabelos são feitos com no máximo 3 fios, que são inseridos na região calva do paciente em uma cirurgia segura e confortável. O Dr. Milton Peruzzo pretende trazer para Santa Monica Sthetics esse moderno conceito de micro transplante. Apesar de ser um procedimento cirúrgico, o pósoperatório é suave e indolor, com retorno às atividades normais em 3 dias.O resultado é adquirido progressivamente, de forma natural e imperceptível. O mesmo conceito é utilizado para as mulheres que apresentam perdas de cabelos ou mesmo de sobrancelhas.
25
’ saúde
alimentos
funcionais
A cada dia que passa a Nutrição surge com novidades que contribuem para nossa saúde. É justamente essa a definição de alimentos funcionais que refere-se aos alimentos processados, similares em aparência aos alimentos convencionais, usados como parte de uma dieta normal e que demonstraram benefícios fisiológicos e, ou, reduziram o risco de doenças crônicas, além de suas funções básicas nutricionais.
Alimentos sem alegação de propriedade funcional ou de saúde cientificamente comprovada devem trazer no rótulo o seguinte aviso: “O Ministério da Saúde
Ao contrário do que muitos pensam, os alimentos funcionais devem ser alimentos, não pílulas, cápsulas ou qualquer forma de suplemento. Devem ser eficazes em quantidades normalmente consumidas em uma dieta padrão e não existe uma recomendação de dose mínima de ingestão.
Os estudos a respeito deste assunto iniciaram-se no Japão, e, em meados de 1980, denominaram estes alimentos como “Alimentos Funcionais”. Porém é necessário estar atento, pois estes alimentos restringem-se à promoção de saúde e não à cura de doenças. Ocorrem certas dúvidas por parte dos consumidores entre alimentos funcionais e alimentos sem comprovação científica de funcionalidade.
adverte: não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças.”
Os alimentos realmente considerados funcionais possuem registro junto ao órgão competente.
Deve-se lembrar sempre que o consumo isolado de alimentos funcionais não traz todos os be-
Foto: Steve Woods
26
nefícios necessários à saúde. O resultado positivo de seu consumo é muito mais efetivo quando acompanhado de uma alimentação balanceada e exercícios físicos.
Ao comprar um alimento funcional, deve-se estar atento, pois ele pode ser natural ou a ele um componente foi adicionado, do qual um componente foi removido e a natureza de um ou mais componentes foi modificada. Ou ainda, a biodisponibilidade de um ou mais componentes foi modificada. As substâncias citadas a seguir, que por estarem presentes em alguns alimentos os tornam funcionais, estão sendo apontadas em muitos estudos com uma função
efetiva na prevenção de doenças cardiovasculares e certos tipo de câncer. Alguns já são bem conhecidos dos consumidores, como, por exemplo, o ômega-3, presente em peixes, principalmente de água fria, com alto teor de gordura, nos óleos vegetais e linhaça; os flavonóides, presentes em uva, amora, framboesa, frutas cítricas, brócolis, repolho, chá verde, soja, etc.; esteróis, como fonte em milho, soja e trigo; resveratrol, encontrado em casca de uva, vinho tinto e maçãs; isoflavonas, presente na soja (fonte principal), feijões, amendoim, alcaçuz e legumes, comprovadamente ligada à melhora de sintomas da menopausa, sendo até usada na substituição de reposição hormonal em mulheres climatéricas. A catequina, principal substância
27
do tão famoso chá verde que possui atividade antioxidante e participa da inibição da formação das placas de ateroma (obstrução de artérias) e certos tipos de câncer, e limonóides que, como o próprio nome já diz, estão presentes em frutas cítricas e estimulam a produção de enzimas protetoras contra o câncer; betaglucana, que participa ativamente do controle da glicemia e colesterol sérico devido à ação no fígado, é adquirida no consumo de aveia; luteína e zeaxantina, presentes em folhas verdes, milho e pequi, respectivamente e que promovem a manutenção de uma boa visão; lignanas, encontradas na linhaça e alicina, presente em cebola e alho, usados diariamente em nossas cozinhas para dar mais sabor às nossas preparações e exercem proteção
ao nosso coração. Não pode-se esquecer de que estes alimentos devem fazer parte do consumo alimentar habitual e quanto maior variedade de alimentos funcionais tiver nas nossas refeições, maiores serão os benefícios à saúde, como a prevenção de doenças. São necessários ainda muitos estudos, a médio e longo prazo, para verificarem a total eficácia dessas substâncias, todos os benefícios exercidos à saúde humana e até, com certeza, a descoberta de novas substâncias, pois, como disse o pai da Medicina, Hipócrates, “faça do alimento o teu medicamento e do teu medicamento o teu alimento”. Marilia Zielinski Toledo Betito é nutricionista. CRN: 315.843 matoledonutri@yahoo.com.br
’ tendência
Bermudas Jeans Sempre atuais e na moda, as bermudas ajudam a compor looks descontraídos e leves pra ficar sempre bem neste verão. INVERSÃO
Bolo Natalino Delicioso e tradicional, este bolo têm frutas secas, nozes e castanhas e é uma excelente pedida para as festas de final de ano. À venda no Spaço Restaurante. SPAÇO BUFFET
Vestido Balonê Tomara-que-caia Como forte tendência para o verão Novos Modelos A Nike lançou seu novo modelo Nike Shox Experience, com torres e bolhas de ar, que prometem revolucionar o sistema de amortecimento. Já o clássico Puma Disc, sem
2009, o Tomara-que-caia vem com tudo. Vestido em Tricoline lixada com Stretch e laço em cetim de seda. MARILENE MARTINS
cadarço com ajuste de cabedal disc, está de cara nova.. CIA DO ESPORTE
Baby Looks Fiorucci Sempre na moda, as baby looks nunca são demais em seu guardaroupa, ainda mais com essas estampas exclusivas Fiorucci. BIA COBRINHA
Poltrona Relaxante Conforto é a palavra chave para esta linha Vestido em Algodão Tendência para o verão 2009, o estilo anos 70 vem em vestidos de cores fortes e com listras assimétricas, acima do joelho e em algodão, tendo caimento leve e confortável. FILOMENA CECÍLIO
28
de poltronas, com estilo e ótimos preços. Disponível em várias cores. CIA DO SONO
Blusa Mexicana Neste verão, uma das modalidades que estará em alta será a blusa mexicana, com seu decote canoa e laço que modela a cintura, definindo as curvas femininas. PROVÍNCIA BRASIL Camisas Polo Camisetas de gola polo, uniformes de times de Polo e Rugb do exterior. Sofisticação é sua marca registrada. VIA FIORI
Rasteirinhas A grande tendência para esse verão, as rasteiras vem mais elaboradas e podem ser usadas não só durante o dia, mas também pra noite, já que vêm com detalhes mais elaborados, brilhos e pedras. REDE PADOVAN
Almofadas estão em alta A tendência é a riqueza em detalhes e abusar da
Vestido Florido
quantidade, seja no sofá ou na cama, deixando o
Vestido longo, leve, com cruzado nas cos-
espaço mais acolhedor e agradável. Almofada em
tas, essa é a dica da Atmosfera pra esse
shantung com beirada dupla e cristais; em camurça,
verão. As estampas floridas estão em alta. ATMOSFERA
bordada com pedras e pingentes e em seda com medalha de metal. SÃO PAULO DECORAÇÕES
Óculos de Sol Empório Armani Lançamentos da nova linha da grife Camisas Xadrez Seu filho irá se divertir com Moon Sand. Basta
Empório Armani, venha conferir. ÓTICAS CAROL
moldar, pressionar e pronto! A areia Moon Sand nunca endurece e você poderá brincar quantas vezes quiser, e ela também bóia na água! REGINA PRESENTES
Frente Única Vestido frente única em tafetá, saia com tomas. Excelente opção para coquetéis e ocasiões especiais. A bolsa de mão tipo carteira complementa o look. REALCE
29
29
’ tecno
troque de operadora sem
perder seu número
A grande novidade nesse fim de ano é a possibilidade aberta pela Anatel para que usuários migrem de operadora sem perderem seu número, independentemente da operadora
(de fixa para fixa e de móvel para móvel) e mantenha o seu número; permite que o usuário mantenha o número de telefone na mudança de endereço e que o usuário mantenha o número ao mudar o
Foto: Barun Patro
a que esteja vinculado. É a chamada portabilidade númerica. “É um estímulo à competição, com conseqüente redução nos preços e aumento da qualidade do serviço e do atendimento ao usuário”, avalia o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. Assim, a portabilidade permite que o usuário mude de operadora, desde que no mesmo serviço
30
seu plano de serviço (de pré para pós ou vice-versa). É importante lembrar que na telefonia fixa, a portabilidade numérica vale para a mesma área local (mesmo município ou localidade com continuidade urbana). Na telefonia móvel, a portabilidade somente é possível dentro da mesma área de registro (mesmo DDD). “Somente depois da total
implantação do serviço, poderemos começar a estudar a portabilidade numérica total, cujo número de telefone poderá valer para qualquer lugar do país”, disse Sardenberg. Usar o serviço é muito fácil: o assinante pode procurar a operadora para qual quer migrar seu número, apresentar seus documentos, o número do telefone e a partir daí tudo é feito automaticamente, sem interrupção de chamadas e sem precisar entrar em contato com a operadora antiga. Esta novidade está disponível, por enquanto, apenas para as capitais e até março de 2009 estará disponível para todas as demais cidades do país. As pendências com operadoras antigas poderão ser resolvidas já com a nova operadora, prevê Pedro Jaime Ziller, Conselheiro da Anatel. “Mais isso ainde precisa ser definido”, afimour ele. Ele acredita que serão celebrados acordos entre as empresas para resolver essa questão, sem custos adicionais para os assinantes. No caso do telefone com contrato de fidelização, será cobrada a multa prevista se o cliente migrar para outra operadora antes do fim do prazo.
31
32
agito
’
33
’’ tendência etiqueta
etiqueta x ceias
de fim de ano
Separamos algumas dicas da professora de etiqueta Janir Jurado Fraga, para você não errar com a etiqueta nestas festas de fim de ano! Como deixar quem é de outra religião à vontade? Não é porque seu namorado (ou sua namorada) tem outra religião que você não pode chamá-lo para a sua ceia. Respeite se ele preferir não comparecer. Mas, se ele for, ótimo: basta tomar alguns cuidados simples. É bom avisar sua família que ele pratica outra religião. Mas lembre-se: o momento é de celebração. Não vá entrar em discussões teológicas e históricas no meio da ceia. Durante a ceia, me ofereço para ajudar? Você pode se oferecer para levar algum prato ou para lavar a louça. Mas tem que ser sincero! “Nada pior do que aquela pessoa que diz: ‘olha, se precisar de algo, estou aqui’, porque está na cara que a pessoa não quer ajudar”, diz Janir Fraga. Devo ficar elogiando a casa e a comida do anfitrião? Se quiser, pode elogiar a decoração, os pratos... mas seja discreto. Há uma diferença grande entre elogio e bajulação.
34
Durante a ceia, devo me integrar ou ficar mais reservado? Se você não conhece bem as pessoas que vão estar na festa, é natural se sentir pouco à vontade. Assim como não é nada adequado querer ser o centro das atenções, sumir no fundo do sofá também não é legal. A dica para esses casos é: seja natural, mostre quem você é e não faça tipos. E se eu não gostar da comida? Você está de regime ou não gostou da comida. Será que pode recusar a ceia ou abandonar resto no prato? Nesse ponto, Janir é enfática: “de jeito nenhum!”, diz ela. “Coma tudo, nem que seja para se acabar depois”. A anfitriã é a minha sogra. O que eu levo? Essa caso é delicado: ninguém quer trocar os pés pelas mãos na hora de agradar justo a sogra! A professora sugere que, pela personalidade dela, você saberá se um jogo de taças de cristal agradará mais do que uma blusa. Janir diz ainda que presentes como bolsas, echarpes e flores caem bem em qualquer situação. É educado levar um presente para o anfitrião? Sim. Já que a pessoa está preparando uma festa da qual você vai participar,
é de bom tom levar um agrado para o anfitrião. Como apresentar os presentes? Leve as bebidas e sobremesas embrulhadas e diga que a pessoa pode ficar à vontade para servir no mesmo dia ou guardar para tomar ou beber sozinho depois. Até porque seu vinho pode ser muito melhor do que o que está sendo servindo, ou pior - o que pode causar constrangimento. E se eu preferir dar flores? Se levar flores, não leve buquê. Dê a flor em vaso, porque provavelmente a casa já estará enfeitada com flores e pode ser que a dona da casa não tenha mais um vaso. Se preferir, você pode mandar as flores antes ou depois do jantar. Se você não tem intimidade com a pessoa, pode substituir o cartão com dedicatória pelo seu cartão de visitas. Quais são bons presentes para quem me convidou para a ceia? Alguns presentes são neutros e servem como curingas nessas horas: vinhos, flores, bombons. Se preferir, você pode levar uma lembrancinha mesmo. Isso é ótimo quando você conhece bem o anfitrião e sabe que vai acertar na escolho.
35
’ natal
momento
mágico
Na vida, realmente nada é permanente, tudo gira como os ponteiros do relógio, mas sempre para o novo, para novos momentos, novas oportunidades, novos aprendizados e novas reflexões. Neste momento, a humanidade
de dar presente, de dar carinho, de fortalecer a fé e a esperança dentro de nós. O Natal da Ajuda é um destes momentos mágicos. É uma campanha promovida por diversas entidades de nosso Município: Associação Comercial,
ruas e prédios ficam iluminados e enfeitados para crianças e adultos que sonham e encantam como nos contos de fadas. É uma contradição. Portanto, agrada e faz feliz muita gente. A cidade está preparada para receber seus visitantes. O comércio oferece presentes de todos os gostos e bolsos. Veja nossas dicas na página 52). Natal, não se resume a presentes, Papai Noel, árvores enfeitadas, guloseimas, coisas que muitos não podem ter, mas de ter oportunidade de ajudar e transformar vidas pertos de nós. Natal é o nascimento do Menino Jesus em nossos corações, na nossa vida. É preparar a casa interior para receber o Salvador. É tempo de festejar com a alma e o coração.
Foto: Luis Gustavo Lucena
está na expectativa de um novo giro da roda e novamente a esperança de dias mais felizes, de novos amores, novos caminhos, que preenchem todos os corações, em todas as regiões do planeta, em todos os níveis sociais... O natal é um momento mágico, é hora de desembrulhar esperanças, de construir, de refletir,
36
Projeto Alpha e TV União. Conta ainda com parceria da Prefeitura para arrecadar brinquedos usados que serão reformados e entregues às crianças carentes da cidade. São pequenos gestos como esse que fortalecem nosso espírito e transformam muitas vidas. Nesta época, a cidade fica maravilhosa, vira atração turística. Pessoas de toda a região visitam o Natal Mágico de São João. As
A equipe da Revista Atua deseja aos seus leitores, associados, parceiros e a toda família sanjoanense um natal santo, cheio de paz e que o Menino Jesus nasça em seus corações e renove seus valores e suas atitudes. Que as famílias se unam e se amem em nome do Salvador que vem! Feliz Natal! Heloise Amorim é professora e jornalista heloise.nara@itelefonica.com.br
37
’ opinião
de Rio Pardo
para a Irlanda
Encontrou a SAÍDA. Morava em São José do Rio Pardo-SP, trabalhou meses em importante empresa. Fazia doces e gostava. Sonhava com dias melhores. Resolveu fazê-los em casa. Os familiares eram abelhas e num instante “acabava-se o que era doce”. Estalo mental. “Vou vendê-los?” Ousou e fez dinheiro. Fez e refez cálculos e conclusão: era vantajoso ser vendedor de doces. Sair ou não da empresa? Protestos familiares e ameaças de rompimento amoroso. Ele saiu. E vendeu doces nas ruas e feira, onde passaram irlandeses. E se encantaram. Na Irlanda, nada era tão doce. Veio o próspero e empreendedor convite: “Se quiser, vá para lá. Seremos seus sócios. Anote os endereços”. E Danilo está na Irlanda e faz sucesso com doces.Virá ao Brasil no natal. Depois, volta mais e mais feliz para lá. Quem me contou este caso de SUCESSO foi André Luís, aluno de Economia, amigo de Danilo. Mas, afinal, o que fez Danilo? Acreditou no talento para fazer doces. Desejou isto, buscou conhecimentos,planejou ,ousou, realizou e encontra a felicidade no Antigo Continente. A Filosofia - Amor à sabedoria - há tempos estuda questões essenciais
38
que orbitam as mentes e agitam corações dos homens desde os primórdios dos tempos. “Existe algum sentido para a vida? O que se busca na vida?” Sócrates, Platão e Aristóteles chegaram perto. E há um consenso hoje que diz: “As pessoas buscam a Felicidade”. Definir FELICIDADE,eis o desafio! Concordo com Flora Victoria, co-fundadora da Sociedade Brasileira de COACHING: “A Felicidade é um estado essencial que atingimos quando usamos nossos TALENTOS na potencialidade máxima e atingimos a realização,o sucesso e a plenitude ao nos permitir satisfazer nossos valores mais profundos.” Embora existam mil idéias sobre o que viria a ser talento, por experiência, acredito que é fator real que pode nos levar à FELICIDADE, se não total,pelo menos parcial. Assim,leitor, ao usar seu talento natural,você pode conquistar, em menor tempo e custo, realização pessoal ou profissional. Quando se fala em talento no Brasil, liga-se isto às artes e aos esportes principalmente. Mas a verdade é que você, eu, nós possuímos uma habilidade natural,seja qual for: fazer pessoas rirem, planejar bem uma ação, ajudar pessoas incondicionalmente, ser excelente profes-
sor (a), pai,mãe,irmão,amigo,ouvir pessoas, cuidar de animais ou plantas, organizar coisas, vender roupas,gostar de ler ou estudar...A Mulher Melancia,desculpe a abundância do exemplo, ganha fama mexendo um de seus talentos naturais,não é mesmo? E vai uma dica para (re)descobrir seus talentos, potenciá-los e,mais cedo ou mais tarde, ser feliz em algum grau: faça um inventário de seus principais talentos. Antes,disponibilize lápis e papel e depois responda às seguintes perguntas - O QUE eu gosto de fazer? EM QUE eu sou bom (boa)? O QUE eu faço muito bem? O QUE eu faço e me dá satisfação? O QUE eu gosto tanto de fazer que até pagaria para fazer? QUAIS SÃO AS ÁREAS ou TEMAS pelos quais sou apaixonado (a)? As respostas, tenha certeza, serão SEUS TALENTOS. Invista neles!Aproveite o ano novo. E muito sucesso e felicidade na vida, que é curta e não espera os acomodados. E como bem lembra Eugênio Mussak, professor de MBA,conferencista e consultor: “Talento é moeda da Antigüidade grega e romana. Opa,talento também é dinheiro.” João Sérgio Januzelli de Souza - JS - é coach e professor de Comunicação Empresarial no UNIFAE e UNIFEOB
39
40
agito
’
41
’ família
o desafio das
novas famílias
Temos uma grande novidade no mundo contemporâneo: as novas famílias, construídas principalmente a partir de separações e novos casamentos, mas também de uniões que dão origem a famílias antes impensadas, como as que têm como matriz a união de um casal homossexual.
decidem se unir e compartilhar a vida presente e, se der tudo certo, futura. Trata-se, em suma, de um contrato sem precedentes entre pessoas que pretendem compartilhar a vida. O casamento -ou o
Homens e mulheres que um dia se uniram e tiveram filhos e depois estabeleceram novas relações homossexuais após a primeira ter sido heterossexual, inclusive- criaram novos grupos familiares bem complexos. E as relações entre os integrantes desses grupos diversos têm sido um grande desafio. Além das uniões homossexuais, há os casais com diferenças de idade fora do padrão, ou seja, o homem mais novo que a mulher. Muitas mulheres com filhos adolescentes se uniram a homens bem mais novos, com idade próxima a de seus filhos. Vale a pena lembrar, em primeiro lugar, que tudo o que estava implícito em uma união estabelecida por um casal agora não pode mais ser considerado como certo: tudo deve e precisa ser explicitado, acordado, pactuado pelas duas pessoas -quem sabe três?- que
42
relacionamento, como muitos têm chamado- precisa ser reinventado. Desse modo, temas como fidelidade, respeito, companheirismo, tipo de relação a ser estabelecida com os ascendentes e descendentes -inclusive os da união anterior- precisam ser motivo de conversas, negociações, ajustes e combinações. E é bom saber,
nessa hora, que conviver bem não significa, de modo nenhum, viver sem conflitos. Ao contrário: conviver bem supõe aprender a negociar os conflitos que surgem. Também não têm mais sentido os papéis atribuídos por antecedência, que funcionavam bem nos casamentos anteriores. Como as funções do homem e da mulher se confundem cada vez mais no mundo contemporâneo, as pessoas precisam saber que compartilhar, colaborar, dialogar e compreender são palavras-chave na construção de um relacionamento. Tudo o mais são modelos a serem superados. Finalmente, é preciso reconhecer que as novas famílias supõem a reunião de, no mínimo, duas famílias, e isso exige a organização de um novo grupo. Estereótipos que temos da relação entre ex-companheiros, de genros e noras com sogros, de enteados com seus respectivos padrastos são, atualmente, apenas chavões a serem revistos com a originalidade que as novas famílias pedem para que confirmem seu importante papel na contemporaneidade. Rosely Sayão é psicóloga e consultora em educação.
43
’ entrevista
ele atua:
Fritz
FLÁVIA SOARES e MATEUS FERRARI
Dono de fala pausada e calma, além de uma simplicidade ímpar, Alfredo Nagib Filho, o ‘Fritz’, destaca-se como um dos grandes expoentes da fotografia. Fritz é paulistano, estudou direito e jornalismo na USP. É fotógrafo profissional desde 1977. Uma vez que todos os caminhos o levaram à fotografia, em 1988 montou seu estúdio em nossa cidade. Tem seu trabalho publicado em muitas revistas e já capturou imagens dos mais diversos produtos e empresas, dando sempre seu toque sensível e artístico, imprimindo sua personalidade inconfundível.
No trabalho “comercial, procuro
imprimir um pouco de sensibilidade 44
”
Além de se dedicar à fotografia, ele trabalha com projetos para o incentivo do turismo sustentável e programas ecológicos e é um de seus grandes apoiadores. Uma de suas grandes lutas é reunir apoio ao projeto para revitalização do rio Jaguari, que corta toda a cidade de São João da Boa Vista. “Acho que temos que engrossar esse movimento para a limpeza do rio e criação de um parque”, afirma. Para ele, o Jaguari possui um potencial enorme, porém pouco explorado, que vem se deteriorando por conta do descaso e do distanciamento da popula-
hoje, pessoas “ Ainda acham que um jornal é um bloco de coisa preta
”
ção. Fritz é ainda muito crítico em relação à sociedade atual. Ele considera que ainda persiste um misto de hipocrisia, individualismo e ignorância, que acabam deteriorando as relações humanas e o meio ambiente. Em busca de um ambiente mais harmonioso, procurou escapar da metrópole e encontrou em São João uma sociedade mais “bonita”. Sua expressiva arte talvez seja fruto desta simplicidade e peculiar visão de mundo. Ele nos recebeu em seu estúdio, onde concedeu uma entrevista exclusiva e descontraída à Revista Atua, fazendo algumas críticas, falando sobre o mundo e suas experiências.
João tem “umSão astral legal, faz
parte da minha história. E tem a Serra...
”
O que é a fotografia para você? Eu a considero um jeito de lidar com o mundo, enxergá-lo. Como você emergiu e cresceu nesse mundo da fotografia? Eu sempre gostei de fotografia e, na verdade, eu comecei a fotografar sem nunca pensar que ia me profissionalizar na área. Todo esse desenvolvimento que acabei tendo foi, digamos, acidental. Eu sempre estava pensando em fazer uma coisa qualquer e a fotografia sempre aparecia e acabava se sobrepondo às outras possibilidades, eu fui ficando com isso. Mas eu comecei fazendo fotos na faculdade. Nós participávamos de um grupo estudantil muito forte e ali havia uma imprensa nanica violenta. Foi para um desses jornais, chamado O Operário, que eu comecei a fazer fotos. O que começou como um prazer e acabou se tornando uma profissão? É, eu quando jovem cursei direito. Depois, quando foi aberto o curso de jornalismo na ECA fui para lá, e comecei a estudar e a trabalhar com isso. Já havia morado nos Estados Unidos e iniciado a faculdade de fotografia. E fui meio que esperando para ver o que faria da vida. E continuo esperando até hoje! (risos) Sabemos que sua ligação com a fotografia não é somente profissional, mas também pessoal. Você acha que isso é um fator decisivo para que suas fotos transmitam tanta expressão? Fico contente que você tenha essa impressão
45
da minha fotografia, porque eu não consigo desvincular muito o jeito de sentir a fotografia do jeito de fazer uma foto comercial, encomendada. No trabalho comercial, procuro imprimir um pouco de sensibilidade, através do meu modo de fotografar. Às vezes dá certo. Quando as pessoas percebem isso, que naquela foto ou sequência de imagens, há uma busca por uma verdademaior, fico mais feliz.
“
Eu estava pensando em fazer uma coisa qualquer e a fotografia sempre aparecia e acabava se sobrepondo às outras possibilidades
”
Quando se assume a fotografia como profissão você acha que se perde um pouco de essência dessa arte? Sabe que eu acho que sim? É duro falar isso, mas é muito mais pelo que a vida profissional te obriga a fazer e viver, do que pela concepção desse tipo de trabalho. Às vezes dá vontade de mudar de profissão, tê-la como hobbie, para eu conseguir fazer fotos voltadas para o que eu gosto, para o que acho interessante realmente.
Você acredita que sua formação jornalística o auxilia nesse processo fotográfico? Sem dúvida. Inclusive ontem eu estava comentando com um amigo, que hoje o fotógrafo é cobrado no sentido de possuir um diploma ou até mesmo uma pós-graduação na área. Para trabalhar em jornal, ele tem que ser jornalista. No meu caso, a visão jornalística ajudou, mas não só ela, acredito que toda minha formação acabou colaborando. O jornalismo é uma matéria de interesse pessoal, que gostaria de voltar a estudar e entender melhor. Não sei dizer se primeiro me interesso pelo jornalismo, e conseqüentemente pela fotografia, ou se é o jornalismo que me fez ver a fotografia de outra forma. Acho que os mesmos interesses me fizeram ver a fotografia com um olhar mais documental. Muitos dizem que em um jornal as fotos servem para contextualizar matérias. O que você acha desse tipo de fotos? É verdade. Se pegarmos os jornais, são eles quem mais se utilizam de fotografia, mais até do que as revistas. Porém, a fotografia jornalística teve um grande desenvolvimento nas revistas até meados da década de 70. Hoje esse papel foi ocupado pelos jornais. Por algum tempo as revistas desempenharam o papel que a televisão tem hoje. Tanto que muitos desses fotógrafos de revistas como a Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos foram para o cinema e para a televisão. Tempo depois, os jornais começaram a se desenvolver mais, começaram a ter uma
45
qualidade de impressão boa, fotos coloridas e investiram muito no visual. Embora ainda hoje haja pessoas que acham que um jornal é um bloco de coisa preta. E essa opinião não é de pouca gente. O jornal é um grande formador de opinião, mas não é veículo de massa. A tiragem dos grandes jornais de circulação nacional não passa de 800 mil exemplares. Mas os jornais têm grandes profissionais da fotografia, quase sempre jornalistas, muitas vezes pós graduados, dominam pelo menos uma língua estrangeira e são incentivados a desenvolver uma visão autoral em suas coberturas. Mas tem o outro lado. Às vezes esse desenvolvimento técnico pode ser superado pelo desenvolvimento humanístico. As redações dos jornais já tiveram gênios de pouca formação técnica, como Nelson Rodrigues, e que legaram um trabalho cotidiano de extraordinário valor. O contato mais democratizado entre as classes sociais e intelectuais produziam uma fermentação muito fértil. Artistas excepcionais como Cartola, Pixinguinha, Patápio Silva, Noel Rosa e tantos outros vieram de famílias pobres da periferia, alguns do morro, e deixaram uma obra eterna. A destruição da escola pública foi catastrófica não só pela restrição ao acesso à informação mas também pelo confinamento das classes em guetos estéreis. Pobres e ricos não se tocam. O mundo está ficando cada vez mais técnico e menos humano. Por isso valorizo tanto a importân-
46
cia da arte e da cultura na vida das pessoas. Ontem fui buscar a Ana Paula na escola, e fiquei refletindo sobre a cena que via. Os coitados todos parados na porta esperando para sair, uma coisa bem arcaica, entediante. A criatividade é pouco estimulada, acho até que é reprimida. A criança não pode inventar uma bolinha para jogar com o outro. Falta essa liberdade e o estímulo de criar, de descobrir o mundo, descobrir possibilidades, por-
“
As redações já tiveram gênios de pouca formação técnica (...) e que legaram um trabalho cotidiano de extraordinário valor
”
que falta experiência, vivências. Acho que pode vir a acontecer uma nova onda humanista com a redemocratização de muitos países, inclusive o Brasil; e temos de trabalhar duro para recuperar o tempo perdido. Principalmente os profissionais de comunicações e de artes têm um papel muito importante nesse momento, devem se dedicar em abrir mais canais de contato entre as pessoas de todas as classes e categorias. E como você vê isso acontecen-
do? Temos possibilidades específicas em cada área. O canal mais importante é nas escolas, mas esse trabalho é mais pesado, caro e político. O povo tem que exigir mudanças. Mas isso requer a adoção pela sociedade de um novo conjunto de idéias e ideais. Aí entram os formadores de opinião, nos jornais, nas galerias de artes, nos centros culturais. Faço parte de uma turma que atua na área cultural, no cineclube Beloca do Theatro Municipal, que procura criar novas experiências sensoriais e criativas com um público que não tem que pagar para participar. Participo também de um grupo que busca o desenvolvimento sustentável da cidade. São João da Boa Vista é para você como um refúgio? Eu nasci em São Paulo, me formei lá, tive grandes amigos, grandes experiências, ela me deu muita coisa. Mas é uma cidade que perdeu qualidade de vida de tal forma, que, para mim pelo menos, ficou inviável, eu não conseguia mais morar lá. Apesar de ela ter muitos benefícios, os custos deles, não só financeiramente falando, eram muito altos. Poluição, barulheira, miséria, violência, aquele excesso de freqüências de coisas acontecendo ao mesmo tempo, enfim isso me incomodava muito. Há quanto tempo você está aqui? Cheguei por aqui há 20 anos, mas uns três anos antes eu já tinha abandonado São Paulo com minha namorada com a idéia de conhecer um pouco mais do Brasil, das Américas. Só que minha
47
namorada engravidou e quando meu filho fez dois anos, achamos que era hora de conseguirmos um lugar que oferecesse qualidade de vida, educação, estabilidade. Nesse momento escolhermos São João. Engraçado que quando ele fez 15 anos, a primeira coisa que fez foi ir para São Paulo (risos). Enfim, mas pelo menos eu dei a ele a oportunidade de respirar ar puro, brincar na terra, no mar, sair para a rua e subir na árvore para chupar jabuticaba. E o que mais o atraiu nessa cidade, uma vez que você conhece boa parte do Brasil e do mundo? Bom, sem fazer demagogia, mas são as pessoas. Eu já tinha ligações fortes com pessoas daqui, e elas só foram aumentando com os anos. Eu acho que talvez pudesse criar todos esses vínculos que possuo aqui em outra cidade, mas não sei, São João tem um astral legal, faz parte da minha história. E tem a Serra... Qual sua ligação com o cinema? É paixão mesmo. Desde garoto já tinha esse carinho especial pela sétima arte. Talvez até o gosto que tenho pela fotografia tenha vindo primeiro pelo cinema. Antes de minha primeira câmera fotográfica já tinha uma filmadora Kodak Super 8mm. Depois, lembro-me que a Cinemateca abriu uma sala em São Paulo, que se chamava ‘Sociedade Amigos da Cinemateca’, uma espécie de cineclube. Só que críticos de cinema e diretores freqüentavam a sala e apareciam por lá para falar para meia dúzia de pesso-
48
as. Às vezes passavam dois, três ou quatro filmes seguidos, e eu ficava lá assistindo a todos. Anos mais tarde tive a oportunidade de realizar alguns trabalhos em vídeo, enquanto trabalhava na TV Cultura. Na sua opinião, qual o futuro da fotografia em meio a essa era digital? Muitos dizem que seria o fim da credibilidade da imagem por conta da possibilidade rápida e fácil de manipulação. Mas pa-
“
O gosto que tenho pela fotografia tenha vindo primeiro pelo cinema. Antes da minha primeira câmera fotográfica já tinha uma filmadora
”
rece que isso não está acontecendo. Imagens sempre puderam ser manipuladas e não acredito que seja isso que irá mudar algo. O que mudou é a rapidez da coisa e tudo mais, é algo quase instantâneo, mas independente disso, o fotógrafo ainda é a parte primordial da imagem. Quando Ronald Reagan sofreu um atentado nos EUA, o único fotógrafo que conseguiu uma foto do tiro acertando o presidente foi Sebastião Salgado com uma máquina manual e
analógica. Que lições você já tirou da vida dedicada à arte? Meu maior aprendizado foi dar um valor extraordinário para a verdade, se é que a gente consegue dizer o que é isso. Mais ainda para as coisas autênticas, verdadeiras, relações, sentimentos, atitudes etc. Eu acho que isso é mais um elemento que coloca a gente de frente com a natureza, porque não há nada mais verdadeiro que a própria. Confesso que tive de fazer um esforço muito grande para me compreender como pessoa, e essa troca com a natureza, essa possibilidade de aprender com a importância das relações, me ajudou muito. Aumentar o tempo de contato com os ambientes de pouca intervenção humana pode ser muito revelador. Costumo dizer que fazer trilhas na mata desenvolve habilidades e ajuda a compreendermos melhor o “jogo” da vida, através de metáforas concretas: temos de pular obstáculos, tomar cuidado com espinhos e cobras venenosas, andar sobre pedras molhadas sem escorregar, subir em árvores e em encostas íngrimes, andar à beira de precipícios sem perder o equilíbrio, manter o senso de orientação e pricipalmente manter a conexão com os companheiros. Então se eu pudesse sugerir alguma coisa para as pessoas mais jovens, provavelmente seria essa busca por focar e procurar o que é autêntico e verdadeiro, porque isso abre uma série de portas e caminhos durante toda a nossa vida.
49
’ ecologia
ei, não sou de
plástico!
Quando a rede de lojas de produtos orgânicos Whole Foods, em Manhattan, colocou a venda cerca de 20 mil sacolas ecológicas com a inscrição “Não Sou uma Sacola de Plástico”, centenas de pessoas fizeram fila antes da abertura da loja para comprar a sacola, de US$ 15, em poucos minutos. A idéia era que os clientes comprometidos com o meio ambiente levassem as sacolas para a loja. Isso diminuiria o uso de sacos plásticos que levam cerca de 500 anos para se desintegrar - ou de papel - o que evitaria a derrubada em massa de árvores. A estratégia, que tinha sido considerada uma moda passageira, mostrou que veio para ficar. Além disso, a mensagem escrita nos sacos é vista com freqüência no ombro de milhares de pessoas. Graças a essa ação, o uso de embalagens plásticas com conceito de rápida e total degradação tornou-se realidade.
onde supermercados substituíram suas sacolas plásticas por sacolas oxi-biodegradáveis. Hoje, projetos semelhantes se espalharam pelo país, inclusive sendo implantado em nossa cidade, sob o nome de Ecobags. Essas sacolas feitas de modo diferente, com tecido, são
Foto: Moodboard/Corbis
No Brasil, a cidade pioneira neste tipo de trabalho foi Maringá,
50
comercializadas por um preço simbólico em supermercados da cidade e tem sua renda revertida em prol de instituições de caridade do Município. O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, também tem trabalhado pelo consumo consciente, através de campanhas educativas sobre o consumo de embalagens. A meta é esclarecer a população que consumir embalagens de maneira
consciente é evitar comprar produtos “superembalados” e, sempre que possível, dar preferência a bens não-embalados (como, por exemplo, alimentos frescos). É evitar embalagens demais, do tipo “caixinha-dentro-de-um-saquinho-dentro-da-sacola-dentro-dosacolão”, que geram uma quantidade enorme de lixo desnecessário. Temos de abandonar a falsa impressão de que a mudança de hábitos de apenas uma pessoa não fará diferença para o meio ambiente. Mas isso não é verdade. Imagine a diferença que fará apenas um consumidor deixar de consumir 20 sacolas plásticas em uma semana e passar a consumir apenas uma, que não seja de plástico. Ao final de um longo período, serão muitas sacolas a menos no ambiente. Imagine agora se muitos outros consumidores passarem a ter essa mesma postura? A atitude individual faz a diferença na conta final que sobra para o planeta.
51
’ radar
Novidade Criativa A Art´Ervas trás para você toalhas para lavabo de menta, chocolate e morango.
Camisetas
Prontas para presentear, e com um preço
Camisetas básicas, malha 100%
pra lá de especial. Vale a pena conferir!
algodão, da Aramis Mens Wear. Ótima
FARMÁCIA ART´ERVAS
sugestão para um final de tarde de verão. LORDS MEN´S WEAR
Sabonetes e Loções Hidratantes Ótima pedida para presentear neste Natal. Kit exclusivo Florence com loções hidratantes, sabonetes e sabonetes líquidos corporais, em diversos fragrâncias.
Personalize sua Hawaiana Os pins são a nova tendência das Hawaianas para este verão, que deixam suas sandálias mais ousadas e pessoais.
PELE MORENA COSMÉTICA
LOJAS HAWAIANAS
Vestidos Longos As festividades do final do ano já estão ai e os vestidos longos como sempre estão em alta, decotes profundos, tecidos leves, glamour e recortes inusitados. As roupas de festa estão mais elaboradas do que nunca, e vestidos cheios de detalhes serão destaque para noites ultra sofisticadas.. TOQUE FINAL Vestido Tomara que Caia Em diversas estampas e modelos, esse vestido é o destaque da próxima Sucesso no verão Arrase neste verão com um biquini amarradinho bordado e bermuda de tule com a mesma estampa. DISTAK
52
estação, e não pode faltar no guardaroupas feminino. CONVERSÃO
53
’ decoração
ilumine
sua casa
Não há época do ano melhor para falar de luzes, como o Natal. Época em que as luzes se acendem para trazer luz no sentido emocional da palavra, ou seja, trazer boas energias, paz, iluminar nossa casa e nossas vidas. E é esse o poder que a luz tem, de encantar, de transformar... e que podemos ter durante todo o
gância ao projeto de decoração. Portanto, quando pensamos em decorar, pensamos em móveis especiais, objetos de arte, tecidos diferenciados, cores e texturas, mas também em iluminação. Em trazer luz, não apenas para iluminar, proporcionando uma luz geral para o ambiente, mas também causando efeito de destaque
como as LEDs; lâmpadas com filtro UV que protegem quadros e objetos do desbotamento; e, acreditem, há ainda uma nova opção no mercado: a lâmpada que elimina germes prejudiciais à respiração, odores e fumaça graças à emissão de íons negativos. Aliadas a toda essa tecnologia temos as peças decorativas, sendo que para cada projeto há a necessidade de se escolher não só o tipo de lâmpada, dependendo do efeito que se deseja criar, além da escolha assertiva da peça que irá abrigar cada lâmpada. E a variedade é cada vez maior, entre plafons, lustres, trilhos, spots, arandelas etc. Algo que encanta, mas também confunde. Portanto, há que se pensar com calma e consultar, se possível, um profissional para a melhor escolha.
para móveis, objetos de arte, foto, etc.
Devendo haver o cuidado com a escolha das lâmpadas, das peças de iluminação (cores e acabamentos), do circuito adequado e funcional, para que a iluminação se torne um diferencial no projeto, aliando charme e funcionalidade à proposta de cada ambiente da residência ou mesmo de um espaço comercial.
Foto: Rosana Cruz
ano, sem os excessos (encantadores) do Natal. Podemos transformar os ambientes de nossa casa através desse envolvente recurso da iluminação. Muitas vezes, não há uma preocupação em se fazer um projeto luminotécnico de uma residência, levando em conta a distribuição dos móveis, os materiais e texturas utilizadas. Mas é ele que, com certeza, dará charme e ele-
54
Para cada tipo de iluminação desejada utilizamos recursos específicos, como lâmpadas e luminárias e hoje este mercado oferece opções variadas e interessantes, visando atender às necessidades de cada projeto. Lançando mão da tecnologia, hoje dispomos de lâmpadas cada vez mais econômicas e com maior durabilidade,
Rosana Cruz é designer de interiores Tel.: (19) 9282-3110 rosana _ bento@itelefonica.com.br
55
’ decoração
sem medo de
exagerar
O Natal e o Ano Novo estão chegando: é hora de se preocupar em organizar e decorar sua casa. Pensando nisso, vamos ajudar você a não entrar em pânico (ou, pelo menos, perder os cabelos) neste final de ano. Mas, por onde devemos começar? Bom, o essencial é o planejamen-
dade nos lares do país. Ela pode ser grande, pequena, natural ou artificial, com pisca-pisca, enfeites ou até mesmo estilizada. O primeiro passo é escolher onde a árvore vai ficar. Ache um local perto de uma tomada (se for usar luzes) e que não atrapalhe a passagem.
Foto: Ana Tuyama
to. Um pouco de planejamento prévio economiza tempo e evita dores de cabeça. Dada esta importante dica, vamos agora ao que interessa. Hoje, há muitas opções de decoração natalina, para todos os gostos e preços. O legal é que você pode fazer algo surpreendente para ornamentar sua casa sem gastar muito. As árvores de natal são quase uma unanimi-
56
Depois é só começar a montagem. Uma boa árvore de 1,20 m, por exemplo, pode ser encontrada por menos de R$ 40, e junto com uma bela fita (que está em torno de R$ 10), um tubo de bolas (R$ 14,00) e um fio de 100 microlampadas (R$ 5,90) você conseguirá montar uma bela árvore, deixando sua casa alegre e pronta para o Natal.
As bolas coloridas, junto com as árvores, ainda são os maiores símbolos de decoração de natal. Bolas grandes, pequenas, simples, brilhantes ou foscas. Hoje em dia, é possível encontrar uma opção mais diferente que a outra no mercado. Foi-se o tempo que bolas tinham que combinar com a proporção da árvore. Essa história de bola grande só pra quem teve coragem de investir no pinheirinho do fim de ano, já virou balela. Hoje em dia, o que conta é o estilo. As cores das bolas não precisam ser as mesmas, nem combinar em tamanho: basta saber como organizá-las no espaço que você escolheu para pendurá-las. Os presépios ainda são uma boa pedida para enfeitar a casa. Com imaginação e materiais corriqueiros é possível fazer um belo cenário do nascimento de Jesus. Ele pode ser montado sob capim, pó de serragem, papel amassado ou folha de coqueiro. Uma iluminação especial destaca um dos mais belos símbolos do Natal e fortalece em nós a verdadeira razão da festa. Para isso, use e abuse de velas. Experimente colocá-las na mesa ou nos móveis da casa, com a base enfeitada por fitas ou frutas. As formas podem ser as mais variadas e as cores também.
O charme é irresistível. Um belo arranjo de flores central seguindo as cores dos pratos e acessórios sempre é recomendado, mas lembrem-se: se o jantar for americano, ele pode ser alto, o que valoriza sua mesa, porém se o jantar for servido todos sentados à mesa, o arranjo deve ser baixo para não incomodar a conversa com os convidados na mês. Quanto às cores que devem predominar, há uma forte tendência com o prata, que será trabalhado com preto, o que fica muito chique para um ambiente comercial, quando trabalhado com o vermelho e branco dá uma impressão de gelado. A decora-
ção branca e vermelha é muito forte, representado pelos doces. Quem nunca sonhou em saborear uma bengalinha vermelha e bran-
Foto: Stefan Wagner
57
ca, os famosos “candy” os doces americanos de natal? Para esses, bengalas, balas, duendes, quebra nozes, tudo em vermelho e branco, com os clássicos dourado,
vermelhos, e verdes sempre são uma boa pedida. Por fim, uma dica interessante é também usar a criatividade para dar cara nova à decoração antiga. Revire antigas caixas e use sua imaginação para decorar a casa. Vale colocar pequenas lâmpadas na janela, reaproveitar bolas coloridas e até transferir para a sala o vaso de planta da varanda e enfeitá-lo. Não precisa temer o exagero. A decoração natalina ajuda a envolver todos na casa com o espírito de Natal. Helen Amorim é decoradora hnmundoca@terra.com.br
58
galera
eles
’
elas
59
’ cozinha
tender com abacaxi
fresco grelhado • Ramos de alecrim e pimenta dedo-demoça para decorar; azeite para pincelar.
Ingredientes • 01 tender com osso de aproximadamente 3 kg • Cravos da índia • ¼ de xícara de molho de soja (shoyu) • 02 colheres (sopa) de molho inglês • 02 colheres (sopa) de mostarda • 02 colheres (sopa) de mel • 02 colheres (sopa) de suco de limão • Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto • 01 abacaxi grande, descascado, cortado em fatias de 1 cm de espessura • ¼ de xícara de açúcar granulado
60
Modo de Preparo Com uma faca afiada, faça cortes no tender nos dois sentidos, sem aprofundar muito, formando quadradinhos. Em cada ponto do quadrado espete um cravo-daíndia. Reserve. Numa vasilha, misture o molho de soja, o molho inglês, a mostarda, o mel e o suco de limão. Tempere com sal e pimenta. Derrame sobre o tender e leve para assar, em forno moderado (180º), coberto com papel alumínio, por 1 hora e 40 minutos, regando de vez em quando com o molho da assadeira. Se necessário, acrescente um pouco de água para não deixar o caldo secar. Retire o papel e asse por mais 20 minutos. Enquanto isso, grelhe as fatias de abacaxi. Pincele-as com o azeite e reserve. Aumente o fogo, polvilhe-as com um pouco de açúcar granulado e deixe dourar dos dois lados. Repita a operação até terminar todas as fatias. Corte-as ao meio. Amarre ramos de alecrim no osso do tender, coloque em uma travessa e arrume as fatias de abacaxi grelhadas em volta. Decore com algumas pimentas dedo-demoça inteiras e sirva. Rende 8 porções. Fique de Olho O formato da peça e o sabor marcante fazem do tender uma excelente opção para acompanhar o Peru na ceia de Natal. Se preferir, você também pode servi-lo em temperatura ambiente, cortado em fatias bem finas, dando um toque de requinte e nobreza às entradas da ceia.
61
’ cozinha
charlotte de
creme com frutas cortados em cubos
Ingredientes • • • • • • • • • • • •
62
04 gemas ¾ de xícara de açúcar 02 ½ xícaras de leite 01 colher (chá) de essência de baunilha 01 envelope de gelatina em pó, sem sabor 02 caixas de biscoito champagne 02 colheres (sopa) de rum 400ml de creme de leite fresco gelado 02 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro 50g de suspiro esmigalhado 100g de morango picado 02 pêssegos ou nectarinas (naturais ou em calda),
Modo de Preparo Em uma vasilha, bata as gemas e o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada. Acrescente aos poucos o leite fervente e leve ao fogo baixo, em banho-maria, mexendo com uma colher de pau até engrossar, mas sem deixar ferver para não talhar. Retire do fogo, junte a baunilha e misture. Reserve. Deixe a gelatina de molho em ½ xícara de água fria por alguns minutos. Leve ao fogo em banho-maria até derreter. Misture a gelatina ao creme de baunilha, mexendo rapidamente para não empelotar. Transfira para uma vasilha e cubra com filme plástico, aderido ao creme para não formar película, até esfriar e ficar com consistência de clara crua. Forre uma forma lisa de bordas altas, de aproximadamente 25 cm de diâmetro, com papel-manteiga. Com uma faca pequena, corte alguns biscoitos em forma de pétalas e cubra o fundo da forma. Junte uma colher (sopa) de rum a ½ xícara de água. Corte mais biscoito do tamanho da altura da forma, umedeça-os com a mistura de rum e forre com eles toda a borda. Regue com o rum restante os biscoitos do fundo. Reserve. Bata o creme de leite, junte o açúcar de confeiteiro e bata por mais alguns minutos até formar bicos duros. Delicadamente, misture ao creme de baunilha frio e despeje na forma preparada com os biscoitos. Leve ao freezer coberta com papel alumínio por cerca de 15 minutos. Cubra com os suspiros e com as frutas picadas. Finalize com alguns biscoitos picados grosseiramente. Cubra com papel alumínio e leve para gelar de um dia para o outro. Desenforme e polvilhe com açúcar de confeiteiro e enfeite espalhando as fitas de coco ao redor da charlotte. Sirva em seguida. Rende 8 porções.
63
’ turismo
uma estrutura
crescente...
Qualquer freqüentador não muito assíduo de São João da Boa Vista, pode ver que nos últimos anos a cidade vem tomando ares de “cidade grande”, não pela violência ou criminalidade (cujos índices são normais para um município deste porte) mas pela imponência de seu comércio, movimento de negócios, eventos e empreendedorismo.
cadastrou cerca de 50 empresas do setor e vem acompanhando o surgimento de outras tantas que somadas proporcionam ao turista (visitante) conforto e bom atendi-
Foto: Mateus Ferrari Ananias
Só o fato de São João estar localizada na região polarizada por Campinas, não longe da divisa com o Estado de Minas Gerais; ou pelo fato de suas terras estarem na região cristalina da Serra da Mantiqueira (região geomorfológica de Lindóia e Serra Negra) e próximas à linha de contato com a região sedimentar (depressão periférica), que estão a oeste do município, em direção a Aguaí, já seria suficiente para considerar que esta cidade é linda e cheia de atrativos naturais.A CTUR – Comissão de Turismo da ACE, que há quase seis anos vem trabalhando o desenvolvimento do turismo receptivo,
64
mento, especialmente nas áreas de alimentação e hospedagem. Não existe um banco de dados turísticos na cidade, por enquanto, mas é possível relatar alguns dados estatísticos que em nada contrastam com a realidade.
Uma cidade que recebe turistas precisa de um bom sistema de acessibilidade. Além de rodovias estaduais, a cidade conta com 01 Terminal Urbano com; 08 linhas urbanas – 130 mil passageiros pagantes/mês; 06 pontos de Táxi – 63 veículos; 285 moto táxis. A estrutura de transporte inclui: 01 terminal Rodoviário com 32 linhas intermunicipais e 64 linhas interestaduais e movimento de 900 passageiros/dia, além de um Aeroporto Regional; Estação Ferroviária (terminal de carga). No que diz respeito à hospedagem, a cidade conta hoje com 07 hotéis e 03 pousadas – total: 301 UHs (em 2006 eram 168) - 520 leitos (em 2006 eram 371), além de centenas de casas e chácaras de aluguel para finais de semana e férias. No quesito alimentação, a cidade conta atualmente com mais de 50 pontos de alimentação (restaurantes, lanchonetes, bares, sorveterias em regiões estratégicas e na zona rural). A gastronomia é farta, variada e com preço bastante accessível nas
suas diferentes categorias. Lazer e cultura são focos principais da estrutura turística local. São 04 museus (incluindo o Cemitério – Arte Tumular); Theatro Municipal; sala de cinema para mil pessoas; Cine Clube; Centro Cultural; Biblioteca pública; 04 Igrejas históricas; prédios e instituições (Theatro Municipal, acervo do Museu de Arte Sacra, Banda Dona Gabriela e outros). No Recinto de Exposições “José Ruy de Lima Azevedo, acontecem os maiores eventos em público registrados na cidade, como a EAPIC e feiras de temas variados. Já foram formatados e estão sendo comercializados 01 Circuito EcoCultural (Circuito Fortaleza) ; 01 Roteiro formatado (Roteiro Sol & Lua); Há eventos fixos e eventuais o ano todo. O recém inaugurado
65
ramal do Caminho da Fé, é uma conquista da comunidade que se mobilizou para que a cidade mais próxima da sede do roteiro religioso (Águas da prata) pudesse, finalmente, fazer parte deste importante roteiro turístico de repercussão nacional e internacional. Outro aspecto de impacto no turismo sanjoanense é o comércio, considerado pólo regional com 4 mil empresas. As duas áreas que mais se desenvolveram nos últimos anos no setor turístico, foram, sem dúvida, o da alimentação e da hospedagem. Com o crescimento do movimento de turistas (visitantes), a cidade teve de se estruturar melhor nestes dois setores. A iniciativa privada investiu grandes somas para atender a esta demanda crescente. Na área de hospedagem, por exemplo, destacamos a inauguração
de dois novos empreendimentos (um hotel e uma pousada rural), a duplicação da capacidade de um hotel em funcionamento há mais de 10 anos, a reforma e recuperação de um dos mais antigos hotéis da cidade e a construção (em fase de acabamento) de um hotel e com 60 apartamentos e estrutura voltada menos para o viajante e mais para o turista. A Serra da Paulista, está na mira de investidores e, provavelmente em 2009, o setor hoteleiro poderá apresentar novidades. Por essas e por outras (que, aliás, ainda estão por vir), São João está otimizando o seu potencial turístico, que dentro de alguns anos poderá significar parcela importante na economia local. Telma Salles Corulli é jornalista e hoje também atua como secretária da Comissão de Turismo CTUR - E-mail: atendimento@ctur.org.br
’ saúde
dicas para
o verão
Comece a agir já para você chegar à forma à temporada de calor e praia- e enfrentar esses dias sem detonar a beleza. Depois, é manter os bons hábitos para sempre. A esteticista Vânia Magalhães explica que existem 2 fatores para o envelhecimento cutâneo e, conseqüentemente, as tão temidas rugas e flacidez. “Existem dois fatores, o intrínseco, que é o tempo cronológico; e o extrínseco, que são as causas externas, como o vento, a umidade
66
e principalmente o sol. Seus efeitos são cumulativos, aparecem com o passar dos anos”, alerta a especialista. A exposição exagerada no sol é responsável por 80% dos problemas de pele. Não desgrude do filtro solar A partir deste mês, os dias ficam mais quentes e as roupas mais curtas, mais do que nunca é preciso usar diariamente filtro solar ,com FPS 15, não só no rosto, mas no corpo todo. Quando o verão
chegar, eleve para FPS 40, diz. Para peles oleosas, a recomendação é um produto livre de óleo. O filtro evita câncer de pele e o foto envelhecimento. O produto deve ser aplicado trinta minutos antes e reaplicado cada vez que entrar ou sair da água, chapéu e óculos deve ser indispensáveis. Esfoliação: vida nova para a pele Esfoliações trazem vida nova para a pele. O sol a praia e o cloro agridem a pele, que tende a
ressecar e ganhar um aspecto envelhecido, se não forem tomados alguns cuidados. A esfoliação retira as impurezas, é um recurso que deixa a pele mais fina e agradável, lisa e uniforme que contribuem também para um bronzeamento por igual. O tratamento é indicado, sobretudo para peles envelhecidas, oleosas, cansadas, com cravos ou comedões e principalmente para as que apresentam ásperas. E deve ser feita não só na face, colo e pescoço, mas também nas costas que ficam expostas no verão e por isso merecem cuidados especiais. O tipo de pele é outro aspecto que deve ser levado em conta usando produtos específicos para cada área do corpo, com diferentes concentrações de seus componentes. Face, colo e pescoço são regiões mais sensíveis. Para que a pele resista
67
melhor ás agressões naturais da estação que esta para chegar o ideal é fazer uma hidratação profunda com uma profissional. A esteticista Vânia Magalhães recomenda um tratamento para regenerar e suavizar peles secas, desidratadas e maduras.
frágil. Ela perde sua proteção natural e precisa de cuidados especiais com a esteticista e uso diário de um hidratante para repor a água perdida; • Protetor solar nas áreas mais expostas: face, colo, pescoço, braços e costas.
Cuidados essenciais • Três dias antes de esfoliar, faça uma limpeza de pele com uma esteticista para desengordurar a pele e potencializar a ação dos produtos; • Não faça esfoliação e depilação no mesmo dia; • A primeira regra é só esfoliar peles saudáveis, sem feridas, queimaduras, pústulas (espinhas com pus); • Para conseguir bons resultados, a regularidade é essencial; • Após a esfoliação, a pele fica
Beba mais liquido É fundamental também sempre manter a face e o corpo hidratados, bebendo pelo menos 2 litros de água por dia. Água de coco e frutas, como melancia e o abacaxi, também ajudam a hidratar. Mas atenção: refrigerantes não valem. Falta de liquido no organismo provoca a diminuição da espessura da pele e a perda gradual do tônus muscular. Coloque como hábito uma boa academia. com a colaboração de Vânia Maria Delgado Magalhães, esteticísta da clínica Tudo AV C/ Face
’ saúde
os perigos da
meningite
A meningite é uma doença grave, que causa inflamação das meninges e medula espinhal. É causada por vírus ou mesmo por bactérias. O risco de contrair a meningite existe para todas as idades, sendo que o período de maior risco é dos três meses de vida a um ano de idade Quando as meninges são atacadas por um microorganismo, o corpo reage com suporte de células de defesa para a região
68
das meninges. Lá a reação entre as células de defesa e o agente infeccioso causa uma reação inflamatória. Dentre os principais sinais e sintomas dessa perigosa inflamação, podemos destacar a febre alta, a forte dor de cabeça, vômitos em jato, além da rigidez da nuca (pescoço duro); em bebês, moleira abaulada (estufada), febre e irritabilidade. Pode ocorrer também abatimento do estado
geral, confusão mental (palavras desconexas, atitudes estranhas e comportamento agressívo), manchas roxas, entre outros. A criança, geralmente contrai a doença de um familiar, que apesar de possuir a bactéria, pode não apresentar os sintomas de meningite, mas ainda assim é capaz de transmiti-la. O contágio ocorre pelas gotas de saliva expelidas através da fala, tosse, espirro e beijos. O
diagnóstico da meningite é feito através do exame físico realizado pelo médico e confirmado através da punção do “líquido da espinha”. O tratamento é feito em hospitais com administração de antibióticos. Quanto mais precoce o diagnóstico e a introdução do tratamento adequado para a doença, maior a chance de cura. A prevenção começa em casa e no trabalho, mantendo um ambiente limpo, ventilado e ensolarado. Essas medidas, além das medidas gerais de higiene (lavar as mãos, evitar beijar as crianças na boca, hábito esse freqüente na nossa população) dificultam a transmissão das bactérias. Dentre as bactérias, as mais
69
importantes, são as meningites meningocócicas, especialmente pela sua gravidade, pois causam um número elevado de mortes e seqüelas. Existem vários tipos de meningococos, os mais importantes são o tipo A, B, C e o W135. Atualmente o meningococo C tem a maior incidência no Estado de São Paulo e no Brasil. Apesar das importantes melhorias no diagnóstico (mais precoce) e no tratamento, a meningite ainda se mantém como uma das doenças mais preocupantes em nosso meio. A meningite pode gerar inúmeras complicações e seqüelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Por isso, o tratamento
precisa ser rápido. Fora do sistema nervoso a meningite também pode causar complicações. A doença inflamatória pode levar ao choque séptico e distúrbios da coagulação. Além disso, há registros de surdez parcial ou completa. Hoje, existem eficientes vacinas contra os meningococos, em especial contra o tipo C, que proporciona proteção duradoura para adultos, adolescentes e para crianças a partir de dois meses, sendo extremamente segura. Essa vacina está disponível em alguns consultórios e nas clínicas particulares de vacinação em nossa cidade. Luiza Helena Milan Lise Ferreira, é pediatra.
’ história
revivendo quem atuou:
Palmyro Ferranti
HELOISE AMORIM
Palmyro Ferranti, cirurgião dentista, chega aos 102 anos de vida com um histórico grandioso. Formado pela USP- Ribeirão Preto, com curso de especialista em Endodontia, na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos,
de Janeiro, uns dos fundadores e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista, membro e provedor por 37 anos da Santa Casa Carolina Malheiros de São João. Filho de imigrantes italianos, o sanjoanense nasceu em 7 de abril de
Foto: Clóvis Vieira
viajou muito divulgando seu principal trabalho de infecção em canal dentário, que foi editado na revista Dental Digest, em 1959, na Pensylvania, EUA, entre outros, como o “Instrumentos Morfoanatomicos em Endodoncia”, na Argentina. Foi rotariano, membro da Academia de Odontologia do Rio
70
1906, atuou até 90 anos de idade na profissão e hoje descansa em sua casa ao lado da esposa. Casado com Benedita Barbosa Ferranti - Dona Bina - há 65 anos, tem dois filhos, Vera Sílvia e Palmyro Ferranti Júnior; tem 6 netos e 3 bisnetos. Lúcido, tranqüilo e falando com alguma dificuldade
respiratória, Dr. Palmyro nos recebeu para esta entrevista. Fale um pouco de sua formação acadêmica. Sou cirurgião dentista, formado pela USP de Ribeirão Preto, em 1928. Me especializei em Endodontia, que é o tratamento do canal, pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, em meados de 1957. Quando iniciou sua carreira? Iniciei minha carreira muito cedo em São João. Desde meus 11 anos de idade, eu já trabalhava como dentista auxiliar. Me formei e trabalhei até os 90 anos de idade. Minha vontade era crescer dentro da profissão e ensinar o que eu pudesse, transmitindo meus conhecimentos a todos. O que pude transmitir, eu transmiti, através de cursos. Realizei muitos cursos fora de nossa cidade, principalmente nas faculdades de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e aqui também, em São João. Eu viajei muito divulgando meu artigo que foi publicado na revista dos EUA, em 1959. Este artigo trouxe um reconhecimento muito grande ao senhor.
71
Fale-nos um pouco sobre ele. Bom, eu fiz especialização de Endodontia, em Chicago. O artigo foi publicado na revista Dental Digest e era intitulado “Treatment of the Root Canal of An Infected Tooth In One Appointment: A Report of 340 cases”. Esse artigo teve repercussão muito grande nos Estados Unidos e no mundo. Acontece que nos EUA havia uma Foto: Clóvis Vieira
concepção diferente sobre esse tipo de tratamento, e este trabalho foi encarado como uma revolução para eles. Eu fiquei muito feliz com isso porque mostrou para eles que nós não somos atrasados, só não possuímos equipamentos de ponta. Os EUA possuem muitos aparelhos interessantes, mas eles [os americanos] não são prepara-
72
dos para usá-los. O senhor teve outros trabalhos publicados? Publiquei diversos trabalhos. Há um ano e meio publiquei um trabalho muito interessante também, só que não sei como foi recebido. Não obtive retorno. O senhor foi provedor da Santa Casa por muitos anos, não? Por 37 anos. Era membro do conselho e provedor. Construí a Santa Casa. Construir uma santa casa era um assunto técnico, deveria ter um especialista. Então descobri um técnico brasileiro especialista em co n s t r u çã o de hospitais, recém chegado do Estados Unidos. Através de amizades, arrumei uma fazenda e o trouxe com sua família para São João para nos ajudar na construção da Santa Casa. E este trabalho valeu a pena? Ah, sim! Eu sinto orgulho de ter participado dessa empreitada. Até hoje o hospital é bem administrado, e os médicos de outras localidades,
quando o visitam, fazem elogios e boas referências sobre ele. Dona Bina completa: “Havia uma harmonia muito grande entre todos os membros do conselho, entre os médicos e entre os doentes. Ele conseguia conciliar as diferentes classes.” O senhor também atuou por muitos anos em trabalhos sociais? Vivia o Rotary. O que pude fazer de bem, tenho certeza que fiz para melhorar a situação da cultura, do social e das experiências do trabalho. Sempre ao seu lado, Dona Bina continuou: “Nós emprestávamos o salão de casa ao Rotary para fazer a entrega de materiais para os estudantes carentes, pois era central. Ele nunca foi egoísta, sempre ajudou a todos”. E o que o senhor acha do governo Lula? Lula foi uma revelação, porque não tínhamos conhecimento dele. Sabíamos apenas que era um nortista comum, um líder sindical. Porém esse homem de origem humilde se revelou como um grande estadista, um dos maiores que o Brasil já teve. O senhor que passou um bom tempo nos EUA, acredita que a vitória de Barack Obama trará mudanças àquele país? Achei que tem o dedo de Deus nesta mudança. Agora igualou tudo. Botou o preto junto com o branco. Como é viver em São João durante 102 anos? São João é uma cidade muito pacífica e boa de se viver. Eu gosto muito!
73
’ opinião
2009, como
viveremos
Eu queria mergulhar nos olhos de meus amigos, familiares e aquelas pessoas com quem cruzo pelas ruas, semblantes preocupados, para mostrar-lhes caminhos floridos na manhã de cada dia, ser-lhes o norte para este ano que já se anuncia e desejarlhes bons sonhos, paz, amor e alegria, mas existe uma pergunta que não cala. 2009, como viveremos? Apesar de já estarmos batendo à porta do ano novo parece-nos difícil respondêla com exatidão.
Foto: Ayhan Yildiz
Muita coisa acontecerá ainda este ano e, diga-se de passagem, 2008 tem sido castigado com a crise do mercado imobiliário americano que se espalhou pela economia do mundo todo gerando a crise financeira mundial que temos acompanhado. Será possível antecipar ou conhecer as tendências do futuro próximo (bem próximo) em nosso país se, em parte, dependemos do controle da crise financeira
74
externa? Parece que a confiança começa a voltar ao sistema de crédito internacional, mas dizem os comentaristas econômicos que devemos torcer para que não aconteça a desaceleração ou recessão, que é assunto grave e quase inevitável. Estamos sobressaltados (quando digo estamos, refiro-me a você e a mim) e
cheios de dúvidas com a instabilidade das bolsas de valores ao redor do mundo e aqui, além da instável taxa de câmbio no Brasil, apesar das medidas tomadas pelo ministério da fazenda com as intervenções do Banco Central. Queremos um sinal para voltarmos a ser otimistas, coisa de brasileiro cansado da vida dura, de tanto trabalho, das poucas alegrias, mas a realidade é dura, fria e calculista e não aponta um final muito feliz a curto prazo
para esta crise mundial, então, sem exageros nos gastos, vamos chegar ao Natal conscientes que devemos colocar a mão no bolso com reservas, sem nos endividarmos. Mas, também, sem deixarmos a crise abalar a tradição de troca de presentes, tão importante como a confraternização, nessa data. Quanto a 2009, vamos recebê-lo como fizemos anteriormente, com confetes e serpentina pelos salões da cidade ou em casa, na praia, em algum restaurante, entre desconhecidos tão somente, não importa, mas brindando a sua chegada agradecidos pela oportunidade de presenciarmos mais uma vez a virada do ano. Ah! E com todas aquelas superstições, para dar sorte. Não esqueça! De coração, desejo um feliz Ano Novo para o mundo, para o Brasil e em especial para você, que está lendo este artigo. Lucelena Maia é escritora e poeta. lucelena@netsite.com.br
75
76
agito
’
77
’ check in
as belezas
do paraíso
A partir dessa edição a Revista Atua trará para você as melhores dicas de viagem, tanto dentro quanto fora do Brasil. Nossa primeira sugestão é um lugar muito pouco conhecido pelos Foto: Secretaria de Turismo do Maranhão
brasileiros, mas de uma beleza natural muito grande: o Parque Nacional do Jalapão, situado no leste do estado de Tocantins.O
78
Jalapão é um verdadeiro oásis perdido no meio do cerrado. Seu nome se origina de uma planta muito comum da região: a erva jalapa-do-brasil. Mas já avisamos: para conhecer essa região inóspita é preciso ter espírito aventureiro, pois o Jalapão, além de ter uma das den s idades demográficas mais baixas do país, não possui quase inf ra - e s t r u tura para os turistas. Um prato cheio para quem está atrás de grandes emoções. Só para se ter uma idéia, o único modo de chegar até lá é através de carros - onze horas de Brasília, DF, até Ponte Alta do Tocantins, TO (187km de Palmas). Embora
cansativa, a viagem não é das piores: asfalto bom, cidades pequenas e paisagens maravilhosas. As coisas começam a mudar após o fim da estrada nova, que acaba a cerca de 40 km de Ponte Alta, uma pequena cidade que deve seu nome ao Rio Ponte Alta, que nasce na serra, chegando já volumoso no ponto em que corta a cidade. São inúmeras as atrações que se escondem no meio do cerrado. Saindo de Ponte Alta pela estrada que leva a Mateiros, depois de rodar 17 Km localiza-se a Gruta Sussuapara, uma grande fenda formada pela erosão por onde correm as águas cristalinas de um riacho que nas grandes secas chega a desaparecer. Mais adiante estão as cachoeiras do Brejo da Cana que formam um remanso onde se pode tomar banho e a bela cachoeira do Lajeado com a sua coloração ocre, onde também é possível banhar-se nas águas límpidas que formam pequenas piscinas naturais. Distante cerca de 100 km da cidade de Ponte Alta, em uma área desapropriada pelo governo de Tocantins, localiza-se a Cacho-
79
eira da Velha, uma das maiores atrações do Jalapão. Alimentada pelas águas do rio Novo a Cachoeira é formada por duas quedas em forma de ferradura com cerca de 100 metros de largura e 25 de altura. No local, é possível acampar nas praias Foto: Secretaria de Turismo do Maranhão
formadas nas margens acima da queda e também se divertir nas águas do rio. Mais adiante o espetáculo é garantido pelas dunas de até 40 metros de altura e formadas por areia que vem dos chapadões da Serra do Espírito Santo, de cor amarelo ouro. As dunas são o grande cartão postal do Jalapão. É possível praticar o Sandboard, banhar-se no riacho existente no local, além de se caminhar por elas. Muito próximo das dunas está a lagoa do Jacaré, com pés de Buriti, espécie de palmeira encontrada na região, em suas margens e a Serra do Espírito Santo ao fundo.
cia e a coloração azul da água que nasce a centenas de metros acima da pequena cachoeira formando um remanso onde é possível banhar-se. O Fervedouro é uma surpresa para os viajantes, um olho d’água forma uma piscina natural com oito metros de diâmetro e água azulada, que borbulha sobre a areia branca e muito fina que cobre o fundo. Por mais que se tente é impossível afundar devido à pressão da água, o que garante o banho mais divertido do Jalapão. Além do turismo, outro fator que está revolucionando a economia local é a crescente popularidade do artesanato de capim dourado. A planta, que só existe nessa região, permite a realização de
trabalhos de extrema beleza. As bolsas, cintos, pulseiras, bandejas, descansos e chaveiros feitos com a palha ficam com a aparência e o impressionante brilho de ouro. Valorizadas quase como o metal, algumas peças de capim dourado chegam a custar US$ 500,00 no exterior. Após visitar o Jalapão, o viajante voltará com a sensação e de ter estado em um lugar único no planeta, completamente diferente de deserto, de floresta, de cerrado e de tudo mais onde se possa ter estado anteriormente. Onde ficar? • Pousada e Restaurante Planalto (63) 3378-1141 Ponte Alta do Tocantins/TO • Portal do Jalapão Pousada (63) 3378-1313 Ponte Alta do Tocantins/TO • Fazenda Santa Rosa - (63) 35341033 - São Félix do Tocantins/TO
No município de Mateiros, se encontram duas jóias do Jalapão: o Fervedouro e a Cachoeira do Formiga. Esta impressiona pela transparênFoto: Marcelo Costa
80
81
’ entrevista
figura que atua:
Fernanda Carraro
DA REDAÇÃO
Fernanda Carraro é uma figura polêmica. Por onde quer que passa, atrai comentários. Dona de uma personalidade forte e marcante, ela concedeu à Revista Atua uma entrevista exclu-
separando muito cedo de minha mãe. Com isso, acabei não tendo oportunidades de estudar. Desde cedo tive que trabalhar. Trabalhei por oito anos na lavoura”. “Naquela época, eu comecei a perceber que ia a festas e olhava mais para os garotos do que
Foto: Leandro Gulin
siva, e falou sobre sua carreira, as dificuldades, o sucesso e sobre sexualidade. Nascido Adaulto em São João da Boa Vista, Fernanda é de uma família de sete irmãos, sendo 5 homens e apenas duas mulheres. “Eram tempos difíceis”, desabafou ela. “Meu pai, por conta do alcoolismo, acabou se
82
para as garotas”. Não demorou muito para ela perceber que se enquadrava num grupo que até hoje é vítima de preconceito: os homossexuais. “Para você ter uma idéia, nessa época ser ‘gay’ não era feio só para a família; era vergonhoso para o bairro”, afirmou. Não sem razão. Se hoje o pre-
conceito continua sendo um problema, na década de 70 era ainda pior. Embora o movimento homossexual estivesse se fortalecendo na luta por reivindicação dos direitos civis e da cidadania, mais de 78% da população o via com aversão. Os homosexuais eram taxando como doentes, anormais, imorais, pecadores ou promíscuos. Ela afirma que hoje tem uma visão mais clara das coisas e considera que a homofobia parte até dos próprios homossexuais. “Olha, eu acho que o maior homofóbico é aquele homossexual que não se assume. Do mesmo modo, o verdadeiro hetero é aquele que quando passamos nem se vira para falar mal ou comentar com alguém”. “Já aconteceu de estar em uma festa hetero, e numa rodinha de pessoas, uma pessoa começar a comentar, rir e debochar, e você chegar à conclusão de que aquele é o mais feminino da turma. Porque o hetero não tem porque comentar, e ele não comenta”, afirmou ela. Talvez tenha sido esse preconceito todo que moldou seu caráter, e deu forças para que Fernanda Carraro assumisse sua sexualidade e sua identidade. “Eu sempre
pensei que ia conquistar minha família e o respeito dessa cidade com trabalho e honestidade. Isso foi algo que sempre almejei e hoje acho que foi esta postura que me ajudou nestes anos difíceis”.
nos bastidores, pouco antes de entrar no palco, ela perguntou qual era meu nome. Eu disse que era Adauto. Daí ela virou e me disse ‘Não... não posso te apresentar com nome de homem’. E o
Foto: Leandro Gulin
Inspirada por travestis européias que se apresentavam na Babineaux, Fernanda decidiu assumir seu ‘personagem’ e começou a se apresentar em concursos e shows pelo Brasil. Foi em um desses concursos, realizado em Poços de Caldas, que seu nome ‘surgiu’. “Me lembro que a Rogéria estava apresentando o evento. Ai,
83
nome Fernanda Carraro veio assim, em cinco minutos, e, para ser
sincera, não tenho a menor idéia de onde veio. Na época, havia uma escritora Adelaide Carraro, muito famosa, que me serviu como inspiração. Quanto à Fernanda, pensei em um nome que pudesse ser usado freqüentemente, porque na época, ‘bicha’ tinha nome de remédio, e eu queria um nome mais comum. Então acabou ficando esse nome comum com um sobrenome mais pesado. Hoje, eu acho que foi uma boa escolha, acabou combinando e por incrível que pareça, soa bem”, brincou ela. Começou aí, uma carreira bem sucedida. Nesses 25 anos, Fernanda participou
ainda de muitos concursos de beleza, ganhando mais de setenta deles, o que acabou projetando sua carreira para todo o Brasil, mas nem tudo eram flores. “Lembro da época que cheguei em São Paulo para fazer shows e participar dos concursos. Os gays não deixavam a gente fazer, era o lance de ameaçar mesmo, eles chegavam no camarim e diziam: ‘olha, você não vai concorrer, porque se você concorrer e ganhar, você vai apanhar’. E ai, se a gente chamasse a policia, eles iam dizer ‘quem mandou você botar roupa de mulher? Agora você agüenta’”. Segundo Fernanda, era uma situação sem saída. “Você tinha duas escolhas, ou arregaçava as mangas e partia para cima deles; ou entrava, ganhava e apanhava. Eu apanhei muito”. Fernanda Carraro se apresentava com freqüência no então programa Silvio Santos, que durante algum tempo tinha como carro chefe os shows de travestis e transformistas. “Foi esse programa que me deu toda a visibilidade. Eu acredito que perdurei devido ao meu talento e minha batalha, mas ele me ajudou muito, aliás, não sei se ele me ajudou ou foi uma recíproca.
Eu era interessante para o programa dele, e o programa dele me colocava dentro das casas”. Em breve, ela deve voltar à televisão, participando de um novo programa do SBT, uma espécie de “Topa Tudo por Dinheiro”, mas ainda sem data para estréia. “Pessoalmente, eu acredito que essa é uma fórmula que já está
Foto: Leandro Gulin
84
esgotada”, afirmou Fernanda, referindo-se à dinâmica do programa. Para ela, o SBT tem trabalhado como se ainda estivesse nos anos 70, e isso se deve, em parte, ao rigoroso controle imposto por Silvio Santos, que dirige a emissora com mãos de ferro há mais de 25 anos. “Colo-
cam uma transformista ou travesti para fazer um show de um minuto, e por outros trinta minutos ele [Silvio] a entrevista, sendo que o mais importante é o show”. Essa fórmula, somada ao sistema de jurados, seria a grande responsável pela estagnação do programa. “Se você pegar as gravações de todas as vezes que estive lá, os comentários são sempre os mesmos. Falta algo diferente, falta um pouco de verdade ali”. Mas, como ela mesma faz questão de deixar claro, isso é só uma opinião. “Talvez o problema seja que eu sou pessoa difícil de lidar e só fui descobrir isso aos quarenta anos”, brinca ela. “Eu acho que sou muito exigente, por vezes até severa demais. Eu busco um perfeccionismo que não existe, sempre saio do palco pensando ‘droga, deixei a desejar’ ou ‘poderia ter feito isso ou aquilo’”. O fato é que Fernanda Carraro se tornou referência por sua beleza, dedicação à carreira artística e também por seu trabalho como cabeleireira. Seu salão está localizado na rua Orlando A. Rezende, 184 - Maestro Mourão. Seu telefone para contato é o (19) 3631-6125 ou ainda o celular, (19) 9797-7585.
85
86
agito
’
87
’ cultura
a importância do
espanhol
A crescente globalização da economia mundial e as privatizações que têm ocorrido nos últimos anos são um alerta para que profissionais brasileiros de todas as áreas procurem adquirir o mais rápido possível a capacidade de comunicação em diferentes idiomas. Com o Mercosul, aprender espanhol deixou de ser um luxo intelectual para se tornar praticamente uma emergência. Além do
88
Mercosul, O Brasil tem ao longo de toda sua fronteira um enorme mercado, tanto do ponto de vista comercial como cultural que não fala o português. Com a exceção apenas 3 países, todos os outros países desse mercado falam espanhol. Mais além da América do Sul, tem a América Central e o México, onde também predomina o idioma espanhol. A situação atual do espanhol não é muito diferente da do inglês.
A posição que a língua espanhola ocupa no mundo hoje é de tal importância que quem decidir ignorá-la não poderá fazê-lo sem correr o risco de perder muitas oportunidades de cunho comercial, econômico, cultural, acadêmico ou pessoal. O espanhol é de suma relevância para a comunidade mundial da atualidade, não somente pelo fato de ser a língua mãe de mais de 332 milhões de pessoas, na sua maioria concentradas em dois dos mais impor-
tantes continentes da nossa era (Europa e América), mas também por desempenhar um papel crucial em vários aspectos do mercado mundial contemporâneo. Depois do inglês, o espanhol é a segunda língua mais usada no comércio internacional, especialmente no eixo que liga a América do Norte, Central e do Sul. No caso da América Latina, um dos mercados mais promissores do novo século, o português e o espanhol representam os dois meios de comunicação mais importantes para esse comércio global. Conheça cinco razões para aprender o espanhol como segunda língua: Língua mundial: O espanhol é
89
umas das mais importantes línguas mundiais da atualidade. É a segunda língua nativa mais falada do mundo.
dos Unidos e Canadá, o espanhol é a língua estrangeira mais popular e a mais ensinada nas universidades e nas escolas.
Língua oficial de muitos países: O espanhol é a língua oficial de 21 países.
O Mercosul: O Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram um acordo, que transforma esses quatro países em uma única zona comercial e econômica. O espanhol é a língua oficial de três desses países e desempenhará um papel de suma importância para qualquer indivíduo ou companhia que queira ter acesso ao maior mercado da América do Sul.
Importância internacional: O espanhol é, depois do inglês, a segunda língua mundial como veículo de comunicação internacional, especialmente no comércio, e a terceira língua internacional de política, diplomacia, economia e cultura, depois do inglês e do francês. Muito popular como segunda língua: Aproximadamente 100 milhões de pessoas falam espanhol como segunda língua. Nos Esta-
Língua dos nossos vizinhos: Todos os países que fazem fronteira com o Brasil têm o espanhol como língua oficial, com a exceção apenas da Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
’ cultura
a gente quer comida,
diversão e arte
Fim de ano é época de pensar em presentes e agrados para as pessoas queridas, ou até um mimo para nós mesmos. Para um ano que foi regado a notícias sobre a Bossa Nova e também sobre a ascensão do samba, uma excelente opção é o novo DVD de Maria Rita, Samba Meu, que traz diversos sucessos, muitos de composição de Arlindo Cruz. Já o crítico e historiador Zuza Homem de Melo, vem com o livro Eis aqui os Bossa Nova, que percorre toda a história desse movimento culSamba Meu – Ao Vivo - DVD Depois do sucesso das temporadas do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, BH, Vitória, Londres, Espanha e Portugal, Maria Rita lança o DVD Samba Meu, gravado no Rio de Janeiro no Vivo Rio. O DVD vem para comemorar os sucessos do cd Samba Meu, lançado em setembro de 2007, que já vendeu mais de 125 mil cópias. Com direção de Hugo Prata e produção da própria Maria Rita e cenografia de Zé Carratu, a cantora recém ganhadora do prêmio Multishow de “melhor CD” está acompanhada por Jota Moraes (piano), Sylvinho Mazzuca (baixo acústico), Tuca Alves (violão), Camilo Mariano (bateria), Márcio Almeida (cavaquinho), Neni Brown e Miudinho (percussão). No set list do show, estão os novos sucessos “Tá Perdoado”, “O Homem Falou” e “Num Corpo Só”, além dos clássicos “Cara Valente”, “Encontros e Despedidas” e “Caminho das Águas”.
Sou - CD Sou é o título do primeiro disco solo de Marcelo Camelo, o artista que coleciona uma legião de fãs desde o início de sua carreira com o grupo Los Hermanos. Gravado em novembro de 2007, com produção do próprio Camelo, o trabalho traz 14 músicas, incluindo o sucesso “Doce Solidão” e “Janta”. Não deixe de conferir.
90
tural com um olhar intimista, próprio de quem viu de perto o nascimento desse movimento. Destaque também para a minissérie Agosto, que ganhou um box especial. Baseado na obra de Rubens Fonseca, ela apresenta um clima noir, marca registrada dos antigos romances policiais. E, para uma despedida não menos melancólica, volta ao cenário musical Marcelo Camelo, o vocalista do extinto Los Hermanos, com o disco Sou que traz músicas suaves, no melhor estilo de sua antiga banda. Eis Aqui os Bossa-Nova - Livro O livro traz a biografia oral do movimento Bossa Nova, tecida pelo crítico e historiador Zuza Homem de Mello. Testemunha ocular e auditiva de todos os passos decisivos que nossa música popular deu nas últimas seis décadas, Zuza escreveu a primeira versão de ´Eis aqui os bossa-nova´ em 1976. A obra logo se transformaria numa raridade bibliográfica.Passados 32 anos, Zuza Homem de Mello remontou todos os depoimentos recolhidos entre 1967 e 1971, acrescentou detalhes esclarecedores e enriqueceu a obra com novas reminiscências. O livro traz ainda o depoimentos de 27 grandes nomes da música popular brasileira. Entre eles, estão: Tom Jobim, Caetano Veloso, Carlos Lyra e Chico Buarque.
Agosto - DVD Baseada na obra de Rubem Fonseca, a minissérie Agosto tem um clima totalmente noir onde personagens e situações fictícios se encontram com personagens e situações da história do país. Ela é extremamente fiel ao livro que lhe deu origem, até porque o roteiro também leva a assinatura do escritor que gosta muitíssimo da adaptação. Voltando ao clima. policial, a série é uma das melhores obras da televisão brasileira.
91
Nos Campos de São João - Livro
Maré - CD
Neste seu segundo livro, o autor faz com que a paródia e o humor rascantes presentes em seu título de estréia O Prefeito e o Capeta, cedam lugar a uma envolvente narrativa em que nos conta as origens e o desenvolvimento de São João da Boa Vista. Um cão misterioso. Intrigantes urdiduras de vidas em desterros e recomeços nos grotões de um território a desbravar, tomados dos índios Caiapós por mineiros e paulistas. Com essas e outras tramas como plano de fundo, o livro Nos Campos de São João, do jornalista e professor Francisco de Assis Carvalho Arten é uma viagem pela história de nosso município.
Neste CD, Adriana conseguiu que uma leve imagem unisse todo o disco, talvez por isso o mais bem acabado. Essa ligação entre as músicas ela mesma sugere quando denomina o CD de “Maré”. Se os outros discos possuem músicas mais fortes, como “Mentiras”, “Esquadros”, “Cariocas”, “Vambora”, “Metade” e “Cantada”, neste fica evidente aquilo que é possivelmente o principal diferencial da artista (não apenas cantora ou compositora): a união inteligente entre a palavra poética e a música.
Sangue Negro - DVD Sangue Negro é uma obra-prima aclamada pela crítica e considerada um épico americano pelo público, com atuação antológica de Daniel Day Lewis. Daniel Plainview e seu filho são caçadores de petróleo, que perfuram poços na Califórnia no início do século XX.
92
A Cabana - Livro A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana e acertar as contas. O que encontra nesta cabana muda sua vida para sempre.
93
’ cultura
em que bandas estão
as bandas?
Em meio a cervejas e prosas de buteco, surgiu uma das duplas de sertanejo universitário de maior destaque da região, Pedro e Nando. Formada a menos de um ano por Aurelius Abraão Zaneti Fialho (Pedro) e Luiz Fernando Guimarães (Nando), a dupla já gravou seu primeiro CD e se apresenta em diversas cidades da região. “O Pedro já era meu amigo há
94
muito tempo, mas não sabia que ele cantava tão bem assim. Posso dizer que quando cantamos nossa primeira música juntos, foi amor
à ‘primeira música’. Ali, a dupla se formou”, confessou Nando. “E graças a Deus tem dado tudo certo para nós. Atualmente temos
tocado bastante e por onde estamos passando, temos conquistado muito mais que fãs, e sim grandes amigos, o que nos deixa muito feliz”. “Devo admitir que essa é uma experiência nova para mim”, afirma Pedro. “Nunca havia trabalhado como cantor profissional. A primeira vez que você sobe em um palco dá aquele medo, e até hoje fica aquele friozinho na bar-
riga”, brinca ele. O sertanejo universitário é uma música sertaneja tocada de uma forma diferente, privilegiando o acústico. E por ter muita aceitação entre os jovens, ganhou a alcunha de “sertanejo universitário”. “Isso não quer dizer que somente os universitários gostam de nossa música, nosso objetivo como o de todas as duplas sertanejas é cantar para todo o tipo de público, independente de idade ou posição social, o importante é que sejamos lembrados”, afirmou Pedro.
incluído composições próprias e regravações, como “Cabelo Loiro”, “Pingão” e “Te Amo Tanto”. “É um CD que mistura nosso jeito alegre e dançante de ser,
Foto: Leandro Gulin
O primeiro CD da dupla, lançado recentemente, possui 14 músicas,
95
com o romantismo que não pode faltar em disco sertanejo algum. É um CD produzido, gravado e mixado em São João, no TL Stu-
dio. O nosso amigo Tim Logobone fez um fantástico trabalho com os arranjos e a regência”, disse Pedro. Segundo Nando, “é um disco feito com muito amor e carinho, e esperamos que seja bem recebido pelo público”. Para a dupla, as perspectivas para o futuro são boas. “Nesse momento, estamos divulgando nosso trabalho. Nossa parte está sendo feita hoje, o futuro nós deixamos para o Papai do Céu”, brinca Nando. Os interessados em contratar a banda, devem entrar em contato com Junior Fagotti, pelo telefone (19) 8138-0132 ou (19) 8116-09069
’ cultura
última parada:
ônibus 174
Neste mês de Dezembro, estréia no circuito nacional de cinemas o filme Última Parada 174, baseado na vida de Sandro do Nascimento, menino de rua que sobreviveu à chacina da Candelária e, em 2000, seqüestrou um ônibus no Rio de Janeiro. O longa, é dirigido, por Bruno Barreto e forte candidato a representar o Brasil na disputa do prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Oscar 2009. O filme de Barreto não foi o primeiro e provavelmente não será o ultimo a abordar esse tema. Em 2002, o igualmente competente Ônibus 174 foi lançado. O documentário, é sem duvida, um dos mais apavorantes filmes de terror que você poderá ver. Não há roteirista, por mais delirante que seja, capaz de imaginar uma história tão absurda, cruel e tragicamente humana, fruto do descaso de uma sociedade e da ineficiência de uma polícia.
de arquivos, entrevistas e documentos oficiais sobre o seqüestro. E deste modo temos acesso a fragmentos da vida passada e desconhecida de Sandro, desde
Sandro não sabe o que fazer. As reféns não sabem o que fazer. A polícia não sabe o que fazer. As autoridades não sabem o que fazer. O caos instala-se. Uma situação que pareceria banal (uma das reféns chega a telefonar para o cursinho a avisar que vai chegar atrasada) acaba se tornando um filme de terror. Padilha faz uma análise profunda dos fatos e convida o espectador a refletir.Até por conta desse choque que o documentário causa, ele acabou ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, incluindo Melhor Roteiro Original, Melhor Documentário, Melhor Som e Melhor Montagem no Grande Prêmio Cinema Brasil.
Foto: Divulgação
José Padilha fez uma investigação minuciosa, baseada em imagens
96
os traumas de infância (ver a mãe ser esfaqueada por três homens) aos traumas de adolescência, ponto alto, que foi o ‘Massacre da Candelária’. Fio a fio, a novela vai tomando forma até que se embrulha descontroladamente naquela tarde de Junho de 2000.
Ônibus 174 é um dos filmes de que tempos em tempos devemos assistir e refletir, ainda mais no fim de ano, quando o mundo é todo colorido e belo. Filmes como esses servem para nos mostrar que mais uma vez a realidade superou de longe a ficção.
97
’ cultura
bossa sempre nova:
50 anos
Nós éramos um grupo de jovens que procurava uma identidade musical, pois o que se tocava no Brasil no final dos anos 60, apesar de ser uma música bonita, bem feita, não era em absoluto uma realidade de uma geração mais solta, mais alegre, mais liga-
quero ficar sozinho, garçom me deixe comigo que a mágoa que eu tenho é só minha”. Imaginem nós, com 20 anos de idade, cantando todo esse sofrimento! Passamos então a criar um outro universo mais leve e mais otimis-
Foto: Internet
da à natureza do que a geração anterior que curtia a noite, as boates, os amores sofridos e cuja música refletia essas situações de seu dia-a-dia. Ouvíamos e tocávamos sambascanções que diziam: “Sei que falam de mim, sei que zombam de mim, ó Deus, como sou infeliz”, ou “Se eu morresse amanhã de manhã, não faria falta a ninguém”, ou “Garçom apague essa luz que eu
98
ta na maioria das vezes, como: “Era uma vez um lobo mau que resolveu jantar alguém”, ou “Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver”, ou “Dia de luz, festa de sol, e um barquinho a deslizar no macio azul do mar”. Todas essas mensagens vinham acompanhadas de uma música que era uma fusão de tudo que ouvíamos, como samba-canção, samba, bolero, jazz e muito musical norte-americano que passava
sempre nos cinemas Metro. Essa fusão de melodias e harmonias veio embalada por uma batida que ficou famosa como “a batida da Bossa Nova” que todo mundo queria aprender, aliás, todo “O Mundo”. Nossa música, que sofreu essas influências que enumerei, viria, pouco mais tarde, a influenciar compositores, músicos e arranjadores do mundo inteiro. Para mim, música é isso, uma coisa em eterna transformação, mutante e recebendo influências (boas) de todos os lados, pois se ela tentar se manter totalmente fiel às suas origens, tenderá a se extingüir, dando lugar a outras formas. A Bossa Nova está aí há 50 anos com sua forte personalidade, mas com novas harmonias, melodias mais arrojadas, e até a célebre batida da Bossa Nova hoje tem uma série de variações. Poucos anos atrás, ou seja, no final do século passado, na Europa e Japão, principalmente, começou um movimento de uma música mais dançante, ligado à Bossa Nova, fazendo uma fusão com a música eletrônica e DJs. Com isto, compositores vários da Bossa, como Joyce, Marcos Valle, Jobim etc., tiveram suas músicas regravadas e lançadas nessa nova onda, fa-
zendo com que milhões de jovens saíssem dançando e cantando canções compostas há mais de 40 anos, como se fossem feitas para eles hoje em dia. Claro que tem muita coisa ruim sendo feita para aproveitar essa “onda”, mas também tem muita coisa legal. Bebel Gilberto, filha de Miúcha e João Gilberto, fez sucesso mundial com sua Nova Bossa, Marcos Valle e Joyce têm feito shows pelo mundo inteiro com suas Bossas revalorizadas, eu mesmo participei de algumas viagens com o grupo Bossa Cuca Nova fazendo shows em festivais com público de mais de 200 mil pessoas, coisa que a Bossa Nova tradicional nunca poderia ter alcançando com a intimidade de sua música. Hoje podemos ter
99
Foto: Internet
uma convivência pacífica entre a Bossa tradicional e a atual e acho isso super benéfico para as duas formas. Não tínhamos a menor noção de que nossa música, nascida no final dos anos de 1950, continuasse com o vigor que tem hoje, 50 anos depois... E
se a deixarmos caminhar por aí se juntando às boas coisas que forem aparecendo, garanto que ela chegará a mais 50 anos. Quem sabe a gente ainda verá isso acontecer! Roberto Menescal, Livro-Agenda 2008, 50 anos de Bossa Nova.
’ curioso
a história (des)conhecida
do tarô
Todo fim de ano, videntes, cartomantes e adivinhos revezam-se nas previsões para o ano que vai começar. Necromancia, quiromancia, runas, búzios. Eles usam toda a sorte de meios para prever o futuro. Destes, o que mais se destaca é o tarot, por sua história cheia de mistérios e significados. A origem desse jogo é duvidosa. Há quem acredite que as cartas foram levadas para a Europa pelos cruzados. Contudo, a última Cruzada terminou em meados de 1291, e não existem referências que comprovem sua presença até pelo menos cem anos mais tarde.
Foto: Internet
Outros defendem a origem árabe do jogo, devido ao nome espanhol e português naipe, que derivaria do árabe naibi. Também a palavra hebraica naibes se assemelha a naibi, o antigo nome italiano dado às cartas e, em ambas as línguas, a palavra
100
indica bruxaria, leitura da sorte e predição. Do ponto de vista histórico, o que se pode afirmar com segurança é que os árabes utilizavam, já em meados do séc. 14, um baralho de 52 cartas, com estrutura idêntica aos que hoje conhecemos como “arcanos menores” ou “baralho”.
Se sua origem é duvidosa, seu significado é mais nebuloso ainda e tem sido motivo de debates há centenas de anos, quando numerosas revisões e interpretações vincularam-no ostensivamente à alquimia, às sociedades secretas e às ciências ocultas. Adeptos da sua utilização defendem que a
principal função do jogo não é a previsão do futuro, mas o autoconhecimento do consultante, que leva as repostas necessárias. Mas, carregados por estes arcanos, estão antigos mitos passados de geração à geração. A maior parte destes mitos deve-se à coincidência entre o período de introdução do tarô na Europa e a existência histórica e lendária da Ordem dos Templários, fundada sob os muros de Jerusalém e aniquilada pela aliança de Clemente V e Felipe, o Belo. A tradição oral diz que os Templários introduziram novas cartas ao jogo e contidos nelas estavam segredos envolvendo o fim de sua Ordem e o Graal. As duas cartas mais famosas do jogo, O Tolo - ou “O Homem Comum”, e o Curinga também são bons exemplos. O “Homem Comum” faz referência à Parsifal, que para iniciar-se nos segredos,
Foto: Internet
101
precisa fazer as perguntas certas. Já o Curinga é justamente o oposto, ele conhece todos os segredos, sendo um professor da tradição hermética. Outros estudos apontam relações entre o Tarot e Cabala. De fato, as 22 lâminas dos “trunfos”, ou “Arcanos Maiores”, são em igual número ao das letras do alfabeto hebraico e ao dos 22 “caminhos” ou conexões entre os sefirot do desenho simbólico denominado “Árvore da Vida”. As 40 cartas numeradas, dos Arcanos Menores, representam o mesmo número de sefiroth da “Escada de Jacó”, esquema resul-
tante da superposição de quatro “Árvores da Vida”. Tal constatação, porém, não exclui a hipótese de contribuições árabes, que tiveram um forte e prolongado impacto, através do sufismo, sobre a mística cristã, em particular na Península Ibérica. Como você percebeu, a origem do Tarot continua em questão e são muitas as teorias propostas. A verdade, porém, é que nada existe de idêntico em outras culturas, pintado ou impresso em cartões, que pudesse ter originado ou servido de modelo direto para o jogo de 78 cartas que veio à luz na Europa no final do século nono. Sophia Beltran é graduada em direito e hoje atua como promotora em São Paulo. sophiab@gmail.com
’ opinião
natal sim,
natal não
Era pra eu estar me sentindo melhor. Em outros anos, por esses dias, meu coração infantil já estava em festa com as possibilidades do Natal. Uma vez, cheguei a identificar o ‘cheiro do Natal’, que um coqueiro plantado naquele casarão da esquina exalava logo no início de dezembro. Muito especial. As coisas que compõem o mundo e a vida vão espremendo para fora nosso conteúdo menino e, en-
102
tre eles, a alegria de esperar e viver essa festa que encerra bem o final de um ano. Vamos ficando enxutos, secos das ilusões que colorem nossa existência. É por isso que muitos desistem ali pelo meio do ano: já sabem que não chegarão inteiros em dezembro. Nossa diversão é decompor o ano em bimestres, trimestres, semestres... na tentativa insana de fazê-lo durar menos, porque assim segmentado imaginamos ter mais
controle sobre esses eventos tantos que nos escapam pelos vãos dos dedos. A desilusão do mundo se instala quando o sentimento infantil do Natal desaparece, levando consigo a imaginação. Há quem não resista a tanta perda e a solução é a morte dos próprios sentimentos. Ainda não me tornei tão extremista e assim vou resistindo. Vou me deixando enganar pelos pacotes luminosos com presentes carinhosos, pelas
reuniões com muitos assados e risos e pessoas agindo de modo diverso do restante dos meses.
Essas também são desistentes. E merecem carinho e merecem compreensão.
Esse Natal que temos hoje virou você já sabe o quê. Avalio que, no mesmo momento em que o Papai Noel deixa de existir como verdade, também abandonamos o Natal como acontecimento que põe cor na alma. A partir daí, tudo o que temos e o que somos tem cor de grafite sobre papel em branco.
Para saber como é isso, basta assistir ao filme “Irmão Sol, Irmã Lua”, de 1972. Se você ainda tiver um pouco de decência no coração, vai morrer de vergonha por agir como age, pensando que está ‘seguindo a corrente’.
Muitos de nós já chegamos naquele estágio da vida em que a tristeza do próximo nos entristece. A dor de outro homem também dói em mim. Por isso, é que sabemos muito bem identificar as pessoas humildes, que pedem com os olhos e que têm as mãos vazias.
103
Eu confio em que ainda há pessoas intrinsecamente boas, que plantam flores nos sorrisos e oferecem os raios do Sol a qualquer alma congelada pela indiferença. Acho que ainda confio no ser humano! Já me disseram que não paro de sorrir quando encontro pessoas, e me disseram que estou demorando muito para envelhecer. Você deveria experimentar isso. Dever-
ia se dar esse presente neste mês de Natal. Comece a imaginar que toda ofensa recebida é um pedido de socorro. Faça de conta que o desrespeito atirado em sua face é uma declaração de dor, de alma. Empreenda esse esforço pessoal. Faça um test-drive de uma semana. Se funcionar, prolongue por mais uma... Não há riscos a correr: se você tentar, é porque há a pequena chama interna que poderá iluminar uma vida. A sua. Pensando agora nessas coisas todas, e sabendo que as pratico todo dia, acordo do mau humor e percebo que era pra eu estar me sentindo pior. Clovis Vieira é membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista, e atualmente escreve para o jornal O Município clovisvieira@bol.com.br
’ sugestão
a beleza das
gravatas
A gravata deve ser usada com as duas pontas na altura do furo do cinto. Nunca use por dentro da calça ou sobre a barriga. Prendedores são elegantes, mas use-os no ponto correto - 20 cm acima da ponta da gravata, prendendo-a à camisa. A cada manhã, escolhe-se uma gravata
A gravata, por obedecer a um estilo pessoal (e não mais a regras sociais), tem a função de reafirmar a personalidade de quem a veste. Por isso, gravatas não são só um adorno, mas um elemento de construção do seu estilo pessoal.
Foto: Zefa/Corbis
de acordo com a disposição ou o tipo de compromisso que se vai ter no dia. Embora seja um complemento da roupa, a gravata pode mudar completamente o espírito do que se está vestindo. Nessa questão do uso da gravata, é fundamental relembrar que ela é um cartão de visita, porque é a primeira coisa a atrair a atenção em num homem.
104
Por meio delas, o homem pode deixar expandir a sua fantasia e revelar sua própria visão do mundo, assinalando sua presença. Como se vê, algo bastante importante para um componente aparentemente tão supérfluo. É importante prestar atenção às padronagens. Gravatas lisas usadas sobre camisas também lisas, em tom sobre tom, são elegantes.
A liberdade no uso de roupas hoje em dia permite até mesmo gravatas listradas sobre camisa xadrez, desde que empregado o bom senso na escolha das cores, e de preferência com um elemento clássico, como um paletó liso. Mantenha-se atento aos limites do bom senso. Gravatas em tons berrantes, como vermelho ou roxo, só são adequadas se camisas e ternos forem em tons equilibrados, como branco e azul-claro, no caso das camisas, e tons escuros para os paletós. Com terno claro ou marrom, gravata berrante é inadmissível. Gravatas de cores muito vivas, por exemplo, podem dar um tom mais ousado a alguém que esteja usando um terno clássico. Uma camisa de cor azul ou cinza, por exemplo, pode abafar um pouco a força da gravata. já camisas brancas dão maior destaque a uma gravata supercolorida, em geral, é preferível usar, com essas camisas, gravatas mais claras, como em tons ou desenhos bege. Também como forma de “abafar” as cores pode-se usar o colete, que deixa à mostra somente a parte de cima da gravata. Nos dias frios, esse papel pode ser cumprido pelo colete de malha.
105
’ opinião
são joão no
cinema
04 de dezembro de 1957. Dia marcante para São João. Raras vezes o sanjoanense sentiu tanto orgulho de sua cidade. Noite de gala: avant premiére. Logo ao entardecer, enorme fila se formou na Avenida Dona Gertrudes, em frente ao Cine Avenida. A fila se repetiria todos os dias, nos próximos meses, também em frente ao Cine Theatro Municipal. Por quê? Durante três anos, a cidade viveu intensamente as filmagens do longa-metragem João Negrinho e nessa data assistiu ao lançamento do filme, que mais tarde seria apresentado em circuito nacional, com grande sucesso. A idéia de fazer o filme foi de Oswaldo Censoni. “Ele foi maravilhoso no trabalho que fez. Preparava os artistas, ensaiava, cuidava da iluminação, enfim, foi o responsável pela obra”, afirma Maria Amaziles Oliveira Costa, conhecida como Ziloca, que trabalhou no longa. Interpretou a malvada Sinhá Jacinta. Numa das
cenas, ela queima a mão de João Negrinho: “O garoto interpretou tão bem, fiquei assustada e per-
Fotos: Dilo Gianelli
106
guntei se ele havia machucado”. O garoto era o engraxate Santo Costa, filho de Dona Cida, moradora do Bairro Santo Antônio. Ela diz que, enquanto viveu, o filho foi lembrado por este personagem que interpretou tão bem. Infeliz-
mente, o único, pois faleceu precocemente. Ele foi escolhido para o papel por Dilo Gianelli que foi outra peça fundamental para a realização do filme. E assim foi filmado João Negrinho: só com sanjoanenses. A começar pelo roteiro, elaborado a partir do romance de Jaçanã de Altair, passando pela música, O Canoeiro, interpretada por Jandira Cassiano, que lembra a repercussão das filmagens na época: “Durante os anos que gravamos, todo mundo só falava no filme que foi aguardado com ansiedade, exibido inúmeras vezes.”Como se vê, são muitas histórias a ser contadas. O Centro Universitário UNIFAE está preparando um vídeo documentário sobre as filmagens de João Negrinho. Será um resgate histórico desta epopéia, tipicamente sanjoanense. Francisco de Assis Carvalho Arten é advogado, professor, jornalista, mestre pela Faculdade Cásper Líbero e professor do Unifae fdaca@uol.com.br
107
108