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editorial
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Produzir a Revista Atua sempre é um desafio e, nessa edição, em particular, eles foram maiores. Realizamos, em parceria com o SEBRAE-SP, a primeira edição do Atua Fashion. Participaram do evento 16 empresas anunciantes, desfilando as tendências da moda para o outono/inverno 2014. As modelos concorreram ainda a uma escolha para serem a capa da próxima edição da revista, através de votação realizada na página da Atua, no Facebook – votação esta que elegeu Luiza Bocolli Loup, com quase 500 votos. Falando assim, a organização de um desfile e de uma eleição como essa não parece nada. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, a ação mobilizou dezenas de pessoas, envolvendo desde lojistas e organizadores, até o pessoal que elaborou o sistema de votação online. Foram muitos colaboradores que se dedicaram ao máximo, para que tudo saísse da melhor forma possível. Portanto, somos gratos a todos, especialmente Ana Cláudia Carvalho e Patrícia Rehder, por todo o apoio que ofereceram à produção do evento; bem como os parceiros do SEBRAE-SP e da Associação Comercial, que elaboraram toda a infraestrutura para que o desfile e o sorteio pudessem ser realizados. Mas a edição não gira em torno apenas desses eventos. Muito tem se falado, atualmente, sobre o polo aeronáutico em São João da Boa Vista e, por isso, entrevistamos os proprietários da INPAER – a primeira empresa a se estabelecer em nosso aeroporto, em meados de 2012. Trazemos também uma matéria que serve de alerta para os pais, sobre o perigo de lotar o dia das crianças com atividades. Temos, ainda, mais um editorial da Selaria São José, que já nos coloca em clima de EAPIC. Enfim, estamos recheados de conteúdo e informação mostrando, nessa edição de Julho, o melhor da Revista Atua. Boa leitura!
Ops... erramos! Na edição anterior cometemos um erro na frase da entrevistada Anna Julia Lopes, na página da Galera. A frase correta seria: “Leva na brincadeira, nem me leve a mal, nem tudo é de primeira, nem tudo é banal, uma vida é só perfeita, quando chega no final”. Também na matéria Nome sujo na Praça?, no box Mutirão para limpar o nome, faltou a inlcusão do telefone do posto de atendimento da Associação Comercial no DER. Para quem tiver interesse em realizar acordos, o telefone é (19) 3631-4864.
A Revista Atua (ano 7, número 27, Julho de 2014) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. (19) 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretor responsável Angela Loup Pessanha | angela@acesaojoao.com.br
Ângela Loup Pessanha
Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br
Editora-chefe
Jornalista responsável Fernanda Goulardins - MTb. 73.172 | imprensa@acesaojoao.com.br Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br
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10 Hora de tratar sua pele
70 Culinária
14 Dicas de beleza
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Galera
22 Tendências
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Agito
28 Como usar almofadas
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Elas chegaram pra te ajudar
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Agito
40 Agito
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A grande enchente de 1949
42 Aproveite para pedalar
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O que o dinheiro não compra
46 Adrenalia a 10 mil pés
102 Dicas de livros / dvds
50 Quanto vale o amor pelo seu pet?
104 É preciso desmilitarizar a polícia?
Capa Modelo: Luiza Bócoli Loup Acessórios: Arezzo - (19) 3623-3503 Maquiagem: Cássio Rios - JM Cabelereiros (19) 3633-8347 Cabelo: Jú Souza - JM Cabelereiros Foto: Juan Landiva - (19) 9-9371-4781
58 Dicas de viagem
108 3ª. Semana Assad
Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:
60 Entrevista central
112 Confusões
facebook.com/atuarevista
68 Conheça nossa capa
116 A maconha na faixa
@atuarevista
Editorial
Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | patrehder11@ig.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br Fotos publicitárias Juan Landiva - (19) 9-9371-4781 Fotos sociais Davis Carvalho - (19) 9-8210-9499 Impressão GRASS (São Sebastião da Grama / SP) - (19) 3646-7070
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caixa de entrada Cartas para esta seção...
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Podem ser enviadas para o email falecom@atuarevista.com.br ou por carta à rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.
Capa de Março Quero parabenizar a revista pela capa com uma mulher plus size. É muito importante a mídia mostrar que não existe um padrão de beleza. Que cada mulher tem a sua beleza e suas qualidades, e principalmente que todas podem ser sensuais, não só as magras. Aline Fonseca Capa da edição 26 - Março de 2014
“Gostei muito da matéria sobre autismo, ela alerta os pais sobre os sintomas do transtorno”. Solange Pereira Ribeiro
Jovens
Sr. Natal
“Adorei a entrevista com o casal de irmão empreendedores. É muito legal ver que temos jovens de sucesso levando o nome da nossa cidade para fora. Isso serve de exemplo para que muitos outros jovens façam o mesmo caminho” Algusto Jorge
“Parabéns pela matéria com o ex-jogador do Palmeiras Futebol Clube. Pessoas como o Sr. Natal precisam ser lembradas. Tenho certeza que ele deve ter ficado feliz com a história dele na revista. Voltou a ser reconhecido pelos amantes do futebol. Fábio Aguiar
Maquiagem para a pele negra “Gostaria de parabenizar a revista por escrever uma matéria sobre maquiagem para pessoas com a pele negra. Dificilmente encontramos matérias tão específicas como essa. Adorei! Raquel dos Santos Mendes
Veja o mundo com outros olhos Criado em novembro de 2000, o Apolo11.com é hoje o mais importante portal de informações científicas em língua portuguesa, com foco principal em Espaço & Astronomia, Imagens de Satélite e Ciências da Terra. Através de linguagem simples e descontraída, os assuntos mais complexos são abordados de forma agradável e prazerosa, permitindo que sejam compreendidos pela maioria dos leitores Acompanhe: www.apolo11.com
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moda
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Tendências para o inverno Destaque para o jeans, o couro e a lã por Mafê Murad
Oi bonitos! Nesta edição da revista gostaria de contar a vocês um pouquinho do que será tendência no nosso inverno que já está começando! Então, bora montar looks incríveis com as peças chaves da estação. Durante as semanas de moda do nosso país, o jeans total, o couro e a lã foram destaques! Os looks com uma pegada mais esportiva também estiveram presentes na maioria dos desfiles, com bastante moletom e neoprene. Aliás as principais marcas do mundo todo lançaram tênis esportivos para abrilhantar seus looks de inverno, sendo que os mais fofos são os da Chanel e Valentino (e têm até uma versão para a Copa!). O moletom sempre foi a peça mais confortável do armário e, neste inverno, o tecido se espalha pelos casacos, blusas, saias, vestidos e calças, com ares mais sofisticados, mesclados ao couro, ganhando brilhos ou paetês. A dica é misturá-lo com uma peça mais arrumadinha. Pode ser encontrado em diversas cores, porém a mais tradicional continua sendo o cinza mescla. Outros tecidos bacanérrimos da estação são os tricôs estilizados, do básico ao cool e o xadrez, seguindo o mesmo conceito dos moletons, com uma releitura bem atual. No SPFW a cor predominante foi o vermelho, enquanto no Fashion Rio o que prevaleceu foi o cinza. Porém, vocês já podem ver pelo comercio de São João, que nosso inverno foi invadido por cores fortes, como 8
amarelo, rosa e azul, que não são tão comuns nesta época do ano. O mix de estampas ainda continua forte com temas florais em tons mais fechados e femininos; o animal print mais maduro e sexy e os grafismos abstratos. Mas a estampa queridinha da estação é o Pied de Poule adaptado às peças modernas e divertidas. Para aquecer, as pernas vão ser cobertas por modelos de calças mais modeladas, da flare até as skinnys e cigarretes. Elas podem ser estampadas, jeans ou de sarja lisa. Uma das tendências que eu, pessoalmente, mais gostei e já uso, é das franjas!! Sejam elas nas jaquetas, vestidos, acessórios, bolsas ou calçados.
Dando uma pegada mais rústica no look bem ao estilo western, ao boho-chic com inspiração gypsy. Aliás, nesta temporada, lancei minha coleção Gypsy no site e nas principais semanas de moda do país. Cada detalhe faz a diferença não é? Então vale abusar das fendas, cortes, recortes, decotes e tiras. São pequenos detalhes para as roupas mais fechadinhas, que dão um ar mais sexy e ousado, deixando pelo menos um pouquinho de pele à mostra. Nas lojas do comércio de nossa cidade você encontra todas estas tendências já à venda. Então, bora se jogar e criar looks lindos, quentinhos, fashions e confortáveis.
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beleza
Hora de tratar a sua pele O inverno é o melhor momento para fazer peelings faciais Todo mundo sonha em ter a pele do rosto igual às modelos e artistas que saem nas capas das revistas, não é mesmo? Quem não quer ter a pele lisinha, sem manchas e marcas? Mas será que isso é possível? Bom, além de muita correção e efeitos no Photoshop (programa de computador que edita imagens), existem alguns tratamentos dermatológicos que, feitos corretamente, com a orientação de profissionais especializados, podem sim realizar esse feito e deixar a pele renovada. São os peelings. Originário do inglês, o termo provem do verbo “to peel”, que significa pelar, descamar, desprender. Portanto, o ato de esfoliar, descamar a pele para promover renovação celular, tendo como principal objetivo a eliminação das camadas danificadas da epiderme, é o chamado peeling. Conforme a dermatologista Maria Cecília Lombardi, existem vários tipos deles: químicos, físicos, por radiofrequência, laser e luz intensa pulsada. E esse tratamento é capaz de atingir desde a córnea, camada mais superficial da pele, até a derme, camada mais profunda. Sendo assim, são classificados em peeling superficial (atua na epiderme), médio (atua na derme papilar) e profundo (atua na derme reticular). Tipos - Os peeling químicos utilizam o efeito químico de substâncias (ácido retinóico, ácido salicílico, ácido glicólico, fenol); os físicos promovem lixa10
mento e abrasões na pele (peeling de cristal, diamante); os por radiofrequência fazem com que o calor produzido pelo aparelho atinja a derme, modificando o colágeno e enrijecendo a derme; e, por fim, os a laser, que são peelings ablativos, provocando a retirada da pele pela ação da energia luminosa do laser. Há, ainda, os não ablativos, que utilizam o IPL (luz intensa pulsada). Segundo a dermatologista, eles podem ser indicados para várias patologias de pele, entre elas: acne, manchas (melasma ou melanose solar), envelhecimento cutâneo, cicatrizes.
“Cada tipo de peeling pode ter uma ou mais indicações. Por exemplo: o peeling de ácido retinóico é indicado para tratamento de acne, clareamento da pele e estímulo de colágeno. Já o peeling de ácido salicílico é indicado somente para tratamento de acne. O peeling de fenol, considerado um peeling profundo, é aconselhado para envelhecimento cutâneo acentuado”, explica ela. Preparo da pele – Esse tratamento é considerado um procedimento seguro, desde que seja bem orientado e realizado por profissional habilitado.
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Mas para que o resultado seja positivo é necessário fazer um preparo da pele antes e pós peeeling. “Os cuidados no pré e pós procedimento são fundamentais para obtenção de resultado satisfatório. Uma avaliação prévia do paciente e suas queixas, além de investigação sobre alergias e reações medicamentosas também são necessários”, afirma Maria Cecília. No caso dos peelings químicos, a maioria deles exige um preparo da pele. Esse preparo é realizado, geralmente ,duas semanas antes do procedimento, através de fórmula prescrita pelo médico, que o próprio paciente aplica em casa. No pós procedimento, orienta-se o uso de produtos para acalmar a pele que fica sensível e também proteção solar. Nos casos de laser e luz pulsada, a única orientação é que o paciente
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use filtro solar, antes e após o procedimento: “É importante salientar que esse tipo de tratamento é contra indicado para pacientes com pele bronzeada”, avisa a médica. Alguns métodos superficiais podem ser realizados por qualquer profissional de saúde habilitado. Pórem, os médios e profundos, que utilizam substancias ácidas ou laser ablativos (como o laser de CO2) só podem ser realizados por médicos. Quando fazer - Sem dúvida, o inverno é a estação mais segura para intensificar os cuidados com a pele, já que as baixas temperaturas são aliadas de quem pretende chegar ao próximo verão com o rosto lisinho, mais jovem e sem manchas. “Nessa época do ano o risco de complicações pós-procedimento são infini-
tamente menores, pois a exposição solar é menor. Porém, alguns tipos podem ser realizados mesmo no verão, com cautela”, comenta Maria Cecília. E o resultado, será que a pele ficará parecida com as das modelos? O resultado esperado depende do tipo de peeling utilizado. Dentre os resultados, a melhora da textura da pele e o clareamento das manchas são os primeiros sinais positivos a serem notados. “Deve- se deixar claro ao paciente que alguns deles precisam de mais de uma sessão para chegar ao resultado esperado. Por esse motivo, é importante a documentação fotográfica do paciente, antes e após o procedimento, para que o médico e o paciente consigam acompanhar a evolução dos tratamentos realizados”, finaliza a dermatologista. A
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beleza
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Deu nos blogs - dicas de beleza Dermotivin Soft Foam “Gosto muito da sensação de limpeza que ele deixa: eficaz, mas suave, fresquinha e sem repuxar! Pesquisando pro Post descobri que existem tipos diferentes pra cada tipo de pele. O meu é o “Soft”, mas tem um “Control” que dizem ser bafo pra pele oleosa. Indicadíssimo! Custa em torno de R$69,90 e dura muito. Tem pra vender em todas as farmácias e drogarias.”
Camila Coutinho
@gestupidas @garotasestupidas
Liquid Halo HD Foundation Smashbox
Creme para as mãos Granado Mariah recomenda o hidratante da Granado, de uso diário para todos os tipos de pele. A castanha é uma noz nativa da região amazônica com propriedades hidratante, antioxidante e umectante. Seu extrato forma uma camada protetora deixando a pele macia e hidratada. R$ 9,00. “Adoro por ser prático e gostoso. Amo os produtos da Granado”.
Mariah Bernardes Maia
@blogdamariah blogdamariah.com.br
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Lançada em maio de 2013 no exterior, a base que completa a família Halo do pó, blush e iluminador tem lugar garantido na mala de vários experts em maquiagem (postamos a foto dela no Instagram e Júnior Mendes logo comentou que ela é mesmo ótima!). O motivo é a tecnologia liquid light, que reflete a luz em três dimensões com seus difusores ópticos – a base em si, está dentro desses difusores, o que garante o efeito de um filtro de fotografia. Ela chega ao Brasil disponível em 10 cores, mas quem determina o subtom dela, aquela coisa de fundo acinzentado, rosado, etc. é a própria pele, explica Ana. Já à venda na Sephora, por R$ 194.
Camila Coutinho
@gestupidas garotasestupidas.com
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beleza
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Cuide dos seus cabelos Isso vai além do simples lavar e hidratar por Gabriela Carvalho Domingues
Embora não tenha uma função vital, o cabelo é uma das poucas partes do corpo que podemos mudar para transformar e dar mais personalidade ao nosso visual. Cabelos maltratados, frágeis e sem vida são responsáveis por uma aparência envelhecida e são uma das maiores queixas estéticas das mulheres, atualmente. Cuidar dos cabelos é muito mais
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do que simplesmente lavar e hidratar. Um cabelo realmente bonito exige muito mais cuidado do que isso. Por isso, lavar da maneira correta e investir em ingredientes mais adequados é fundamental. As agressões externas do dia a dia como sol, chuva, vento, cloro, secador, chapinha, poluição e produtos químicos podem alterar a estrutura do fio, deixando os cabelos fracos e sem vida. Cabelos frequentemente expostos à
luz solar e ao calor excessivo tendem a ser mais quebradiços, mais duros e mais secos, além de possuírem uma absorção de água reduzida. Além disso, fatores intrínsecos como envelhecimento e genética também influenciam na qualidade dos fios. Com o processo de envelhecimento, o fio torna-se mais frágil, mais fino e esparso, e mostra taxas de crescimento diminuídas. Aos 30 anos o cabelo apresenta discreto afinamen-
to e a cutícula (camada externa dos fios) já mostra rachaduras, deixando as pontas mais secas. Dos 40 aos 50 anos ocorrem mudanças hormonais e os cabelos apresentam afinamento e queda mais intensos. Após os 60 anos o cabelo fica muito fino, frágil e seco. Para acabar com os fios quebradiços a palavra é reconstrução. “Reconstruir” os fios significa devolver vida aos cabelos e prevenir danos ainda mais profundos. O processo de reconstrução deposita nos fios proteínas, aminoácidos e minerais, que são hidratantes essenciais para manter a estrutura física dos cabelos. É de extrema importância ficar atento à qualidade do produto que vamos usar. Atualmente existem diversos tratamentos cosméticos que consistem em reparar os fios, utilizando micronutrientes que são ativos “inteligentes”, capazes de penetrar nas
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camadas mais profundas, promovendo hidratação eficaz e de maior duração. Se for aplicado algo apenas na camada superficial, o composto sairá logo na primeira lavagem. A reconstrução capilar também acontece de dentro pra fora. Inúmeros estudos evidenciam o consumo de produtos específicos ligados à melhora da saúde dos cabelos. A ingestão de proteínas, ferro, vitaminas e minerais é muito importante para manutenção da integridade dos fios. Esses nutrientes estimulam a reposição de cabelos mais espessos e resistentes, evitando a queda. O fio de cabelo é basicamente composto de proteínas, sendo a principal delas a queratina. Sua função é deixar os cabelos fortes e saudáveis. Além da queratina, o fio é composto por lipídios (gordura), água, sais minerais, dentre outros com-
ponentes que vão gerar maleabilidade e maciez. Nesta edição, destacamos os principais ativos utilizados para contribuir com o sonho de toda mulher: conquistar cabelos de capa de revista, sem aquelas intermináveis horas no salão! A
beleza
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Make up de inverno Conheça o que será usado nesta estação e aproveite as dicas da maquiadora Seja na hora de valorizar a beleza do seu rosto, ou mesmo de disfarçar algum detalhe que incomoda, a maquiagem é uma importante aliada! Funciona assim: se quer destacar determinada região do seu rosto, ilumine-a. Se quer corrigir algum traço, use a técnica do contorno. Se prefere destacar os olhos, abuse das sombras, delineadores e máscaras para cílios. E por aí vai. Assim a maquiagem transforma a aparência das pessoas. E como a moda, o make up também segue tendências. Muda a estação e, junto com ela, mudam as cores, as formas de aplicar o delineador, o tipo de batom e até a escolha da pele com aspecto mais bronzeado ou mais pálido. Por isso, é bom conhecer e seguir blogs, sites e ler revistas que mostram as tendências do momento, com dicas de maquiadores e fashionistas. Segundo os desfiles do SPFW para o inverno 2014, três grandes tendências de maquiagem prometem conquistar as mulheres apreciadoras do make up. É só conferir as dicas a seguir e colocá-las em prática para arrasar nas noites frias. Texturas cremosas - Habitualmente associadas às altas temperaturas, a maquiagem feita com produtos cremosos deixa sua cadeira cativa no verão para transitar também pelo inverno. A base leve teve companhia de blush, sombra e iluminador com textura creme em desfiles como Reinaldo Lourenço, Tufi 18
Duek e Forum. Não pense em extremos: o cremoso da vez vem em doses homeopáticas para contrabalancear o acabamento mate que primordialmente reina nas passarelas de inverno, criando focos de luz naturais na maquiagem proposta no SPFW. Trabalhe a sobrancelha - Ao invés de
concentrar seu tempo e expertise de beauté criando olhos poderosamente esfumados ou se esmerando em um delineador que custa em sair, que tal fazer como as belezas de Vitorino Campos, Osklen e Alexandre Herchcovitch e mudar o foco do olhar para as sobrancelhas? As arcadas ganharam destaque absoluto no make dessas
marcas em versões gráficas, douradas e até mesmo com contorno inferior branco como forma de inovar o conceito de olhos bem maquiados - e completamente usáveis no dia a dia da estação mais fria do ano. Beleza de imperfeição - Traços rígidos, quilos de cotonetes, litros de demaquilante, pânico de assimetrias. Se essas palavras costumam fazer parte do seu ritual na busca por uma maquiagem harmônica, é hora de relaxar: o make do inverno 2014 é feito com mão livre e criativa que louva as assimetrias naturais criadas pelos pincéis e permite ousadias que facilitam nossa vida em frente ao espelho. “Não é uma maquiagem de bonita e nem tem compromisso com a perfeição: é um esfumado difuso que vai à tendência, aliás, de falta de compromisso com a perfeição”, resume a beauty artist Fabiana Gomes. A
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Truques infalíveis para o inverno! Para ser mais especifico e aprofundar o assunto, a maquiadora Grazziela Piccolo revela alguns truques infalíveis de maquiagem para o inverno: A maquiagem outono-inverno vem com cores suaves e lindas. A tendência está no tom claro e diferente! Os tons pastel nunca saem de moda, além de combinar com qualquer visual e ocasião; Os olhos pretos continuam em alta, mas agora o esfumado está mais solto, seguindo um formato mais retangular, fugindo dos olhos amendoados para deixar a produção mais moderna. Além disso, o delineador também marca presença nas tendências de outono e inverno deste ano; O brilho metálico e perolado é outra forte tendência. Olhos coloridos, sobrancelhas marcantes, pele iluminada e textura de gloss apareceram em diversas grifes, principalmente na boca; O “bocão” vermelho escuro é perfeito para o inverno!
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tendências
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tendências
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saúde
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O perigo dos pombos A recomendação é não alimentar os animais O que parece ser saudável pode criar um problema de saúde pública. O hábito de pessoas alimentando pombos em praças, lugares públicos ou até mesmo residências, aumenta cada vez mais a população dos pombos, trazendo muitos riscos à saúde. A problemática da urbanização desordenada das cidades, associada à falta de políticas de controle ambiental urbano, rural e silvestre eficientes também criam dificuldades e desafios na relação homem e ambiente. Entre os fatores que propiciam a criação da ave está a arquitetura urbana de edifícios, monumentos e obras que oferecem quantidade enorme de vãos, frestas e espaços,os quais servem adequadamente para o pouso, abrigo e formação de ninhos, abrigando os pombos das chuvas, mesmo em locais onde a falta de verde é significativa. Outro fator é a ausência ou pequena existência de aves de rapina, predadores naturais das pombas em seu habitat, para o controle de aves doentes e fracas. E ainda, a grande quantidade de alimentos disponíveis. Considerando que essas aves são pouco seletivas em sua alimentação, nos meios urbanos as fontes de alimentação artificial são amplas e diversificadas por conta de resíduos de comida deixados pela população nos locais públicos, ou pela alimentação oferecida por pessoas na comunidade, de forma eventual ou permanente. 24
Os principais riscos à saúde - É muito comum ver pessoas alimentando os pombos nas praças e lugares públicos das cidades. Essa ação atrai e aumenta a população desses animais.
Assim, quando existe grande concentração de pombos em determinada área, além de causar sujeira no local acarreta um problema de saúde pública. O acúmulo de fezes de pombos
Doenças transmitidas pelos pombos É importante evitar o contato com os pombos de rua porque as doenças causadas por eles incluem cegueira, infecções no cérebro, dos pulmões e dos intestinos. A forma mais comum de infecções causadas pelos pombos é feita pelas vias respiratórias, através da inalação das fezes secas depositadas nos mais variados lugares, como em carros, chãos, janelas e calçadas. Inalá-las com a poeira urbana pode trazer de uma simples alergia de pele a sérios problemas de respiração e, até mesmo, afetar o sistema nervoso central. Tudo isso de forma praticamente invisível.
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em edifícios públicos, monumentos e residências é muitas vezes tão grande que a tarefa de limpeza se torna indispensável. É arriscada para quem a executa, caso cuidados básicos não sejam adotados, tanto com vistas ao ambiente quanto com o trabalhador. Muitos são os problemas encontrados pelo acúmulo de fezes, penas e restos de ninhos, que levam a entupimentos de sistema de drenagem de águas de chuva, comprometimento no funcionamento de equipamentos e riscos de contaminações diversos em fontes de água e alimentos. O mais grave é a grande a quantidade de micro- organismos patogênicos e parasitas veiculados por estas aves, especialmente nas fezes. Controle - Para ter controle de forma efetiva e mais duradoura é preciso implantar ações populares e vistorias zoosanitárias ao local, identificando todos os pontos que contribuem para a situação em questão. Colher informações da população do entorno, observar as revoadas, locais de abrigo e detectar as fontes de alimentação dos pombos, também é importante. Não esquecer que uma abordagem com a comunidade local, seja aquela
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fixa ou eventual, é fundamental para o sucesso das ações empregadas. Um programa de educação permanente e esclarecimento das principais dúvidas podem ter papel essencial no resultado esperado. Vale ainda ressaltar que não apenas planos para minimizar riscos já existentes devem ser buscados, mas medidas de prevenção devem ser adotadas. Casas- É importante também ficar atento quanto à aparição das aves nas áreas residenciais. O contágio em casas, apartamentos e até mesmo escolas pode acontecer se houver pombos voando e, principalmente, comendo por ali. Afinal, quem nunca viu uma pombinha encostada no parapeito de um apartamento? Ao comer e, depois, defecar, deixa as fezes próximas do nosso convívio e ainda mais próximas de um eventual contágio. O cuidado contra o contágio deve ser ainda mais específico quando o assunto é comida. Alimentos contaminados por fezes de pombos, que contenham a bactéria Salmonela, trazem grandes prejuízos à saúde ao comprometer o aparelho digestivo com uma intoxicação alimentar. Além disso, ácaros de pombos provenientes de aves e ninhos podem causar dermatites em contato com a pele do homem. A
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decoração
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Saiba como usar as almofadas Elas podem ser lisas, com texturas, retrô. .. É só usar a criatividade na hora da escolha por Ivana Aielo
Ao decorar um ambiente, é impossível não pensarmos em fazer uso de um item essencial para dar aconchego e charme: as almofadas. Podem ter vários tamanhos, formatos, texturas e cores. O importante é que elas estejam presentes, contemplando a personalidade do ambiente. Assim como uma bijuteria, joia ou acessório embelezam e dão estilo ao visual de uma mulher, as almofadas trazem esta contemplação na decoração de um ambiente e ainda dão conforto, dependendo do lugar em que são dispostas. Como usar - É indicado o uso em números ímpares, pois dão mais harmonia no visual do local decorado, principalmente nos ambientes de estilo moderno ou despojado. Mas nos espaços mais românticos ou clássicos, podem aparecer aos pares, conforme a necessidade. São vários tipos e estilos de almofadas que podem ser usadas: lisas, listradas, estampadas, bordadas, texturizados. Ou então fazer a mistura de várias delas, formando um composê de tons. O mais relevante é que estejam em sintonia com os tons do ambiente a ser decorado. Por exemplo, em locais de tons mais escuros, indica-se o uso de almofadas com tons mais fortes e quentes ou mais claros, dando maior destaque e vida. Em ambientes mais claros ou 28
neutros, pode-se ousar mais com as estampas e mistura de cores que se harmonizem ao estilo do lugar decorado. Atualmente, além dos formatos quadrados, as charmosas almofadas também tem se apresentado em forma retangular, redonda, oferecendo, assim, mais criatividade na hora de decorar. Tendência - A tendência no momen-
to são as estampas serigrafadas com imagens retrô de cantores, atores e estrelas de Hollywood, principalmente para hometheater. Almofadas com temas divertidos como raças de cães, gatos, embalagens retrô de alimentos, carros, cervejas, também estão em alta. Cada um deve atentar ao seu uso e respeitar a personalidade do ambiente em que serão postas. E ainda,
nessa tendência, está presente o uso de almofadas para ambientes externos e áreas de lazer, como varandas, espaços gourmet, piscinas e praias. Nestes espaços elas se apresentam com estampas florais e de pássaros. Também podem ser com tecidos especiais como o acquablock, que dão maior durabildade diante da exposição ao sol e à água da chuva ou da piscina. Nesses espaços fica interessante usar as almofadas futtons, que são firmes e altas, e podem ser usadas sobre móveis mais duros ou espalhados no chão, dando maior conforto e deixando o ambiente mais descontraído. Elas também são acessórios práticos e de baixo custo na hora de reformar, inovar ou transformar o estilo do seu ambiente. Assim, cada vez mais as almofadas se tornam essenciais na decoração.
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psicologia
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Cuidado com o exagero As super agendas para as crianças podem prejudicar ao invés de desenvolvê-las por Maryá Rehder Ambroso
Colégio, aulas de línguas, de música, de dança, de informática, de natação, reforço escolar, etc. A variedade de atividades que preenche o dia-a-dia das crianças vem crescendo a cada geração e saber gerenciar o tempo do cotidiano dos pequenos virou um desafio para os adultos. Mas se esse gerenciamento esta difícil para os pais, imagina para as crianças? A globalização trouxe consigo a competitividade e, por consequência, a correria do dia-a-dia. “Não tenho tempo!” é frase constante na vida de muitos indivíduos e está se tornando fala presente no vocabulário dos pequenos, também. A preocupação que os pais possuem com relação ao bom desenvolvimento e desempenho de seus filhos é
notória. Sabemos que a concorrência é grande e que se destacar nos dias de hoje tornou-se tarefa árdua, mas é preciso ter consciência das más consequências que essa super agenda pode suscitar na vida das crianças. Optar por preencher o tempo dos filhos com atividades extras não é errado, pelo contrário, mas é necessário pensar, em premissa, no bem estar da criança. E para que isso aconteça é imprescindível implantar o equilíbrio. O primeiro passo para uma boa organização das tarefas diárias é o diálogo, pois através dele será possível avaliar o que de fato desperta interesse e desejo na criança, visto que esses são componentes fundamentais para a existência de prazer em realizar; e assim dar continuidade à atividade. Os pais devem sentar com o seu filho, questiona-lo sobre quais são suas atividades favoritas e as estabelecer como indispensáveis na agenda dele. Depois de elegerem as preferidas, deve-se oferecer outras atividades já pré-estabelecidas como importantes para os pais, uma vez que a opção de novas escolhas também é item fundamental para se criar uma agenda prazerosa, a qual a criança se sentirá satisfeita em cumprir. Porém, caso haja desinteresse por parte do pequeno, em relação a alguma atividade que os pais julgam essencial, há a possibilidade de se estabelecer negociações. Estabelecidos os itens, o segundo passo é colocar horários de descanso entre as atividades. Afinal, brincar é preciso e brincando se
Stress - Sabia que uma agenda exageradamente cheia pode resultar em estresse para a criança? Elas podem acabar não conseguindo se dedicar a nenhuma das tarefas de forma adequada. Acabam ficando frustrados e desmotivados, pois percebem que não se saem muito bem. A quantidade muito grande de atividades pode tornar o que antes era positivo em algo estressante para a criança. 30
aprende! É através da brincadeira que a criança amplia o desenvolvimento da inteligência emocional, integra questões subjetivas com a realidade, reflete sobre suas experiências e atividades, internaliza suas vivencias, organiza e elabora suas ideias a fim de construir sua identidade. Ser criança faz parte do desenvolvimento humano. Então, é preciso deixar seu filho agir como tal. As pausas também são importantes, porque afastam o risco de canseira excessiva e do estresse infantil se manifestarem. Agendas lotadas podem provocar sensações de cobranças e incompetências e com elas trazerem sintomas físicos e psicológicos tais como: dor de cabeça, dor de barriga, gagueira, falta de apetite, impaciência, agressividade, choro excessivo, insegurança, ansiedade, distúrbios do sono, uma baixa no rendimento escolar, etc.
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Existe um máximo de atividades extracurriculares para uma criança? Não existe um número certo que valha para toda criança, uma vez que cada uma tem ritmo, interesse e capacidades diferentes. O importante é observar e conversar com os filhos para procurar saber quais são seus interesses, podendo também ter a chance de estimular a descoberta de novas habilidades.
Portanto, mesmo com o equilíbrio instituído nas atividades diárias das crianças, os pais devem estar sempre atentos em planejar uma rotina suave para os pequenos e observar como eles estão lidando com a carga de compromissos e responsabilidades. Porque, mesmo com todo afã de melhorias para os filhos, os pais não devem esquecer
de que se trata de crianças e que elas estão na fase da qual todos os adultos dizem sentir saudades. Por isso é necessário permitir que essa nova geração também tenha boas lembranças de sua infância, regada de brincadeiras, fantasias e descobertas; e não só de pensamentos já relacionados às problemáticas da fase adulta.
Moda country Selaria São José - (19) 3622-3414 - Av. Dona Gertrudes, 441 - Centro Modelos: Fábio Moreira da Silva Renata A. da Silva Antonio Luis C. de Souza Fotos: Juan Landiva Cabelo: Jú Souza - JM Cabelereiros - (19) 3633-8347 Maquiagem: Cássio Rios - JM Cabelereiros Locação: Sítio Manamá
“Aqui não se vê tristeza em meio à natureza, no coração sertanejo é que é o meu lugar” 32
Fábio veste bota Durango, calça Wrangler, cinto Cincow (couro de jacaré), camisa Austin Western e chapéu Resistol. Renata veste bosta Tucson, calça e camisete 8 Segundos. Antonio veste camisa Smith Brothers, chapéu Lone Star, cinto Selaria São José, calça e bota Classic.
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Fábio veste calça Cinch Carpenter, cinto e fivelaPaul Western, camisa Austin Western, chapéu Lone Star e sela Selaria São José. Renata veste calça 20x Wrangler, cinta Paul Western, fivela Nocona importada, camisete Poggio, colete Austin Western e chapéu Pralana 30x
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Renata veste calรงa 20x Wrangler, camisa Lee e cinto Paul Western
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Fábio veste bota Durango, calça e colete Wrangler, camisa Austin Wester e chápeu Resistol. Renata veste calça Tassa, cinto Master importado, camisete Rendler e chapéu El Dorado
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Fábio veste calça 20x Wrangler, camisa Austin Western, bota Durango, cinto Com Charroa, fivela Master, boné importado Cinch e cabresto de fabricação própria. Renata veste calça 20x Wrangler, camisa Lee, chapéu El Dorado, bota Jácomo, cinto Paul Western e fivela importada Nocona
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Fábio veste bota de jacaré Goyazes, calça Cinch Carpenter, camisa Austin Western, chapéu lone Star, cinto Paul Western e fivela Master PBR. Renata veste bota de avestruz Durango, calça 20x Wrangler, camisete Poggio, colete Austin Western, cinto Paul Western, chapéu Pralana 30x e fivela importada Nocona. Antonio veste bota Classic bico quadrado escamada, calça Classic, camisa Smith Brothers, chapéu Lone Star e cinto.
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Aproveite para pedalar Agora aos domingos, a população sanjonense tem nova opção de lazer Domingo é dia de pedalar. Nada melhor do que poder pedalar com a família em segurança e, de quebra, com a vista maravilhosa da Serra da Mantiqueira. Agora em São João é assim. Com a instalação da ciclofaixa na Av. Dr. Durval Nicolau, a população tem nova opção de lazer. Todos os domingos, das 7h às 13h, com trajeto de 6,9 km, adultos e crianças podem praticar essa modalidade física a vontade. E toda essa ideia surgiu porque moradores da cidade, depois de sofrerem acidentes ao pedalarem pelas ruas, resolveram se unir e pedir à Prefeitura que a demarcasse. O começo – Alguns ciclistas de São João já tinham a ideia de estimular o projeto junto às Prefeituras de São João e Águas da Prata, a fim de construírem uma ciclovia que ligaria as duas cidades. Como não deu certo, buscando alternativas, eles tiveram a ideia da ciclofaixa. Tudo começou depois de um acidente que o ciclista Beto Mansanares sofreu com seu filho ,enquanto pedalavam em uma avenida da cidade. Logo depois, conversando entre amigos, Beto e outros ciclistas, como Udo Matielo, resolveram criar um abaixo assinado e conseguiram 4.400 assinaturas. “O Udo fez o abaixo assinado e o levou às academias, studios de pilates, etc... E a população aderiu, inclusive juízes e promotores. Depois levamos para os políticos e fomos muito bem recebidos pelo Prefeito Vanderlei Borges de 42
Carvalho e a Amélia Queiroz, coordenadora da Agência de Desenvolvimento, os quais deram segmento ao projeto”, conta Beto.Assim, com todos envolvidos, o projeto foi estudado e desenvolvido, sendo que no dia seis de abril a ciclofaixa foi inaugurada. Ciclofaixa – O local escolhido para instalá-la foi a Av. Dr. Durval Nicolau. Lá existe a maior concentração de academias da cidade e o local é destinado às práticas esportivas como, por exemplo, caminhadas. Durante o horário de funciona-
mento são colocados, ao longo da Avenida, 1.350 cones patrocinados por empresas locais, com a finalidade de reforçar a demarcação do local. “A faixa é um espaço que foi criado para as famílias e pais incentivarem os filhos a praticarem esportes, além de ter função educacional, pois ensina os motoristas a respeitarem o espaço dos ciclistas. O mesmo acontece com as faixas de pedestres, em que aos poucos os motoristas formam essa consciência”, comenta Udo. E a intenção é que futuramente ela se expanda para a cidade, sendo uma
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alternativa de transporte público, ligando vários pontos do município. “A ideia é que a partir de agora todas as avenidas feitas em São João ternham passarelas para caminhadas e ciclofaixas. E, no futuro, queremos estimular uma vida mais saudável, usando a bike como veículo de locomoção”, explica Beto .O prefeito Vanderlei Borges de Carvalho afirma que a entrega da ciclofaixa é a primeira ação do projeto São João+Verde, iniciativa da Agência de Desenvolvimento que tem o apoio da Prefeitura e que propõe uma agenda de mobilização intersetorial voltada para a sustentabilidade. “Começamos pela ciclofaixa da Durval Nicolau, mas já estamos trabalhando no projeto da ciclovia São João/Águas da Prata. Além disso, o
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setor de Meio Ambiente está fazendo o plantio de cerca de 50 mil mudas de árvores. Queremos toda a sociedade envolvida no São João+Verde, para que tenhamos um padrão de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente”, conclui. “É muito legal ver pessoas que nunca praticaram esportes e que agora estão tirando as bicicletas das garagens e saindo para a avenida. O resultado que a ciclofaixa gerou tem sido muito gratificante e positivo. Podemos ver famílias com crianças pequenas andando de bicicleta”, enfatiza Beto.
Entre as cidades de São João e Águas da Prata ela visualizará a paisagem natural maravilhosa para os amantes do esporte, servindo a natureza como incentivo ao turismo. “Muitos ciclistas virão de fora para pedalar aqui. É um atrativo também para o turismo esportivo e ecológico das duas cidades. Afinal, ciclista viaja bastante e costuma levar a família junto. A família consome na cidade e assim melhora a economia do local”, esclarece. É também uma forma de educação sobre como cuidar do verde, da
Ciclovia – Enquanto uma faz sucesso, a outra se empenha para sair do papel. A ciclovia já está quase certa e a verba para a sua construção foi arrecadada. Esta será a primeira a ligar dois municípios, no Brasil.
natureza, da limpeza e envolve muito mais coisa que o esporte: “São João e Águas da Prata são cidades turísticas, temos lugares maravilhosos na Serra da Mantiqueira - e as duas prefeituras estão empenhadas no projeto”, finaliza Udo. A
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esporte
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Adrenalina a 10 mil pés A Azul do Vento está instalada no Aeroporto de São João da Boa Vista há dois anos por Franco Junior
Deste fevereiro de 2012, a Azul do Vento está instalada no Aeroporto de São João da Boa Vista e vem colorindo o céu da cidade pelos amantes do paraquedismo. A procura pela prática do esporte aéreo é grande e turistas vêm de todo país para, muitas vezes, realizar o sonho de saltar. Alex Valentin, 36, é um deles. Ele veio de Bento Gonçalves (RS) até São João da Boa Vista em busca de realizar seu desejo.O empresário sempre foi fã desse tipo de esporte e, ao pesquisar na internet, encontrou a Azul do Vento. Sem dúvidas do que fazer, viajou de avião de Porto Alegre até São Paulo e de ônibus da capital paulista a São João. A aventura de Alex ocorreu em uma manhã ensolarada de sábado. Antes do salto, conheceu toda a estrutura da Azul do Vento e ouviu atentamente os ensinamentos do instrutor Valdemir da Costa, o Val, que realizou o salto duplo com o gaúcho. “Por ser a primeira vez que vou saltar, estou ansioso. Sempre tive vontade
e agora é a hora”, comemorou. Chegou então o momento esperado pelo empresário. Junto com Val ele embarcou no avião e voou por cerca de quinze minutos até atingir a altura de dez mil pés (o que equivale a três quilômetros). Já no alto, a porta do avião se abriu e, preso ao instrutor, saltou para uma queda livre de cerca de 40 segundos. Já com o paraquedas aberto, chegou a hora de um passeio panorâmico pelo céu da cidade, até que o pouso foi realizado em frente ao hangar da Azul do Vento, no Aeroporto. De volta ao solo, Alex não teve dúvidas ao resumir a sensação vivida: “inesquecível”. O lado negativo da realização do sonho de Alex foi o fato de o empresário ter pagado quase a mesma quantia da passagem da capital a São João para um taxista levá-lo da rodoviária
Chegou a hora - Gaúcho se prepara para realizar seu sonho: “Por ser a primeira vez que vou saltar, estou ansioso. Sempre tive vontade e agora é a hora”.
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ao Aeroporto sanjoanense. “Gastei R$ 44 para vir de ônibus de São Paulo para cá e paguei R$ 40 para vir de táxi ao Aeroporto”, lamentou. Salto duplo - A chance de Alex realizar o sonho só foi possível devido à invenção do salto duplo, nos anos 1980. Coordenador da Azul do Vento, Marcos Pettená ressalta que na empresa toda segurança é proporcionada para a realização da prática esportiva.“Temos excelentes instrutores e proporcionamos total segurança. Desde 1979, quando a Azul do Vento foi fundada, em Campinas, temos o histórico zero de acidentes. No salto duplo é como se o passageiro pegasse uma carona com o paraquedista”, ressaltou. O salto duplo pode ser realizado por pessoas entre 16 e 100 anos,
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que queiram sentir a emoção da aventura. As únicas restrições são praticamente as mesmas que para viagens de avião: não ter praticado mergulho nas últimas 24h (pois existe o risco de embolia); não ter doado sangue nas últimas 24h (recomendação médica); não estar com nariz e/ou ouvidos congestionados (pode causar um ferimento no tímpano, por não conseguir descomprimir o ar); e não ter menos de 16 anos. Além disso, é necessário passar por avaliação médica prévia, caso apresente qualquer condição física adversa, como problemas cardíacos, respiratórios, ortopédicos, de labirinto, convulsões, desmaios, ou de qualquer natureza que possa vir a restringir ou até impedir a pessoa de realizar um salto de paraquedas.
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Nas alturas... meu salto! Manhã de sábado, céu azul e ansiedade. Enquanto o avião sobe até chegar a dez mil pés, muitos pensamentos vêm à tona: acontecimentos da semana e, principalmente, o que vai ocorrer quando a porta se abrir e chegar a hora de saltar com o paraquedas. Um pouco de frio na barriga é inevitável, afinal, a três quilômetros de altura é possível ver praticamente a cidade toda do tamanho de uma maquete. São cerca de quinze minutos de voo até a porta do avião se abrir. Instantes antes, palavras de incentivo do fotógrafo e cinegrafista Murilo Da Grama, além do apoio de Valdemir da Costa, o Val, instrutor da Azul do Vento que, literalmente enganchado comigo, realizou o salto duplo. Três, dois, um... inexplicável. Uma mistura de liberdade, paz de espírito e muita, muita adrenalina. Tudo isso a 200 quilômetros por hora. São segundos de queda livre, em que pensamento algum permanece na mente. O que se tem na cabeça é a pura emoção de estar livre e não ter problema algum pela frente. Cerca de 40 segundos depois, o paraquedas abre e a sensação muda: de adrenalina para a calmaria de uma viagem panorâmica até a hora do pouso. Pés no chão e vontade de fazer tudo outra vez.
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pet
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Quanto vale o amor pelo seu pet? Para ter um animal de estimação, além de tempo e dedicação é preciso ter dinheiro
Pequeno, grande, peludo, marrom, gordinho. Não importa, pois o bom mesmo é ter o melhor amigo do homem em casa. Sendo de raça ou vira-latas, faz companhia do mesmo modo e traz vários benefícios para seus donos. Crianças, pessoas solitárias e, principalmente idosos, são favorecidos com a presença de um pet, pois eles oferecem carinho, amizade e afastam a solidão. Mas é preciso saber que, para ter o resultado , o cão ou o gato precisa ser tratado com carinho e necessita de cuidados especiais, que geram gastos financeiros para a família e portanto devem entrar no orçamento. 50
Conforme a médica veterinária Hellen Oliveira, o preço de um filhote varia conforme a raça, o “pedigree” (certificado de registro de animal doméstico), sexo, e canil. “As diferentes raças, portes e sexo têm variações de preço, sendo a fêmea mais cara que o macho, lembrando também que cada filhote tem seu preço. Um filhote de procedência da raça, com boa linhagem, poderá custar mais de R$ 5.000,00”. Então, o ideal é se preparar e fazer a escolha conforme o bolso permitir, pois são várias as raças e com as opções de ter ou não o pedigree. E se os valores forem altos para o orçamento
da casa, o bichinho poderá ser adquirido em feiras de adoções. Assim esse custo da compra poderá ser evitado. Comprou. E agora? - Depois da compra do filhote vem a segunda etapa. Os pequenos precisam de cuidados específicos, por isso precisam ser levados à primeira consulta veterinária, para receber as orientações corretas sobre o manejo sanitário (vermifugações e esquema de vacinação) e manejo nutricional adequado. “O animal vai precisar ser avaliado, vermifugado e vacinado. Ele precisa estar protegido contra as doenças contagiosas, causadas por vírus. Lembran-
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do que as vermifugações e vacinações, precisam ser feitas anualmente e não somente quando filhotes e, ainda, receber alimentos apropriados para a sua espécie e idade”, explica a veterinária. Na fase adulta, o bom tratamento dos cães continua e com ele os investimentos financeiros. Porém, tudo por uma ótima razão: manter o pet saudável e bem cuidado, a fim de se relacionar com os donos e proporcionar qualidade de vida a eles. Fora isso, existem alguns acessórios como casinhas, camas, roupinhas, brinquedos, petiscos, entre outros disponíveis em clínicas e lojas especializadas. Alguns necessários, outros nem tanto, mas todos produtos criados especialmente para os cães e gatos. Outro ponto que não pode ser esquecido antes da compra do animal é com relação às viagens da família. Dá ou não para levar o cão junto? Muitas vezes não, por isso existem hoteizinhos específicos para a hospedagem deles. É um gasto que precisa ser bem pensado e que muitas vezes se faz necessário. Manutenção - Para manter o melhor amigo durante a vida toda, o custo não é dos mais baratos, mas o esforço vale a pena. Ao considerar a média de vida deles por porte de animal, temos a seguinte tabela de custos: “O gasto médio com um animal de estimação varia conforme a raça, tamanho, idade, pelagem e também o perfil do dono, pois, alguns proprietários seguem as instruções básicas de cuidados. Outros têm excesso de cuidado e ainda há aqueles que não fazem nem o básico”, comenta Hellen. A médica veterinária fala que entre os gastos mensais estão inclusos os banhos, as tosas, a alimentação, 52
Manter um amigo fiel custa caro O brasileiro não economiza quando se trata dos seus bichos de estimação. Cães e gatos, que cada vez ganham mais espaço nos lares brasileiros, também estão ampliando sua presença nos gastos das famílias. A “mesada” vai para bancar custos como banho, tosa, alimentação e medicamentos, além de outros mimos, como acessórios e roupas. Em algumas famílias – principalmente as que têm mais de um animal – as despesas podem chegar a cifras próximas de R$ 1 mil.
Na ponta do lápis: Rações - R$ 30,00 a R$ 300,00 Vermífugos – R$ 6,00 a R$40,00 Vacinas – R$ 40,00 a R$ 90,00 Produtos para controle de pulgas e carrapatos – R$ 20,00 a R$ 150,00 Banho e tosa – R$ 30,00 a R$ 200,00 Veterinário – R$ 60,00 a R$ 250,00
Gasto médio: R$ 100,00 a R$ 600,00 / mês
os medicamentos, acessórios e consultas veterinárias. “O item alimentação é o que mais pesa, mas existem no mercado produtos standarts, mais em conta, e produtos Premium, mais caros e de melhor qualidade”, afirma. Planejamento - Planeje e prepare seu orçamento antes de comprar ou adotar um animal de estimação. Ele fará parte da sua vida por muitos anos. Passeie sempre pra que ele faça exercícios e evite despesas extras com o veterinário. Não compre produtos exóticos, caros e supérfluos. Um carinho é de graça e será mais apreciado pelo pet. Alguns animais levam uma “vida
de cão”, com sofrimento e abandono. Outros, felizmente, são bem cuidados e considerados membros da família, trazendo ótimos benefícios para a saúde e o emocional das pessoas. A troca na relação entre os animais e os seres humanos é benéfica para ambos. A compra ou adoção com responsabilidade por parte dos novos proprietários é importante para o início dessa relação. Vale a pena reservar uma quantia no orçamento familiar, destinada a ter um melhor amigo bem tratado em casa. “Obedecendo rigorosamente as instruções do seu médico veterinário, você terá um animal saudável e feliz”, finaliza a veterinária. A
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viagem
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Petrópolis: Destino histórico Na cidade Imperial os visitantes conhecerão parte da história do Brasil Essa é literalmente uma viagem no tempo. Tempos de rei, rainha e princesa. Mas não se trata de uma visita ao parque temático da Disney, e sim, de vivenciar um pouco da história do Brasil na cidade de Petrópolis. Cidade Imperial, a região começou a ser explorada no século XVIII pelos tropeiros que percorriam a Estrada Real, entre o Rio de Janeiro e Ouro Preto, em Minas Gerais. Localizada no alto da Serra da Estrela, a 845 metros de altitude, Petrópolis surgiu em 1843, quando Dom Pedro II ergueu ali a residência de verão da família real. Hoje abriga o incrível Museu Imperial, no centro histórico, guardando quase 7.000 peças dos séculos XVIII e XIX, que vão desde o mobiliário e vestimentas à armas e a coroa de brilhantes e pérolas. Atualmente a cidade é considerada polo turístico do estado do Rio de Janeiro, e um dos 65 Destinos Indutores do Turismo Regional no país. Mas não são só as atrações históricas que atraem. A cidade é reduto de ótimas pousadas, sinônimo de boa mesa e contato com a natureza. E apresenta em seus distritos opções de lugares românticos ou restaurantes badalados.É uma viagem para qualquer época do ano. Os finais de semana são sempre concorridos, principalmente no inverno, quando as chuvas dão trégua e o frio chega com tudo. Em junho e julho dois importantes eventos são promovidos: a Festa do Colono e o Festival de Inverno. 54
Foto: Daniel Sant’Anna Lisbôa
Palácio Quitandinha - Construído para funcionar como o maior hotel-cassino da América Latina, o palácio foi construído há 70 anos e hoje grande parte do complexo funciona como espaço cultural.
Onde ficar - A cidade reúne sete hospedagens de charme, classificadas pelo GUIA BRASIL 2013. A maioria delas fica em distritos distantes do Centro, como os vales das Videiras do Cuiabá, Araras e Itaipava. Quando o assunto é novidade, considere o Grande Hotel Petrópolis, eleito o Hotel do Ano do GUIA BRASIL 2013. O antigo hotel-cassino foi restaurado, manteve o glamour dos anos 30 no lobby e está a 50 metros do Museu Imperial. As duas outras novidades são econômicas: o Itaipava Hostel e o Alber-
gue da Samambaia – em casarão de fazenda de 1742, restaurado e reinaugurado como hospedagem, mantendo os móveis de época e o clima de roça. A Pousada Palácio de Cristal entra no grupo de boas hospedagens, com diárias entre R$ 200 e R$ 400, juntamente com a Casablanca, Casablanca Koeller, Passaredo Arte e Repouso, Pousada Dom Pedro II, Pousada do Golf e Pousada Magistes. Gastronomia - Comida boa é o que não falta em Petrópolis, pois existem
Uma cidade que transpira história
ótimos restaurantes por quase toda a cidade. O conjunto mais nobre fica em Itaipava, sobretudo na Estrada União e Indústria. Recentemente surgiram estabelecimentos em cantinhos escondidos, como o caso do Cocotte Bistro, com a chef carioca Manoela Rabin. Todo fim de semana ela monta um menu com três opções de entradas, pratos e sobremesas. Outra novidade é o restaurante 2 Vales, criado por funcionários, e o chef do Tambo Los Incas (o restaurante foi destruído nas chuvas de 2011). A casa é misto de restaurante, delicatessen e loja, entre os vales do Cuiabá e da Boa Esperança. Os estrelados Fazenda das Videiras, Locanda Della Mimosa e Parrô do Valentim são clássicos imperdíveis. Roteiros - Para quem pretende passar apenas um final de semana, dá para conhecer todas as atrações do Centro Histórico, como o Palácio Cristal, a Casa de Santos Dumont e a Casa da Ipiranga, além de aproveitar a noite de Itaipava. Lá estão os conceituados II Perugino e Parrô do Valentim, bem como as principais casas notur-
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Essas terras serviram como ponto de parada e apoio para os tropeiros e viajantes em sua jornada do Rio de Janeiro a Minas Gerais. Dom Pedro I costumava se hospedar com sua família na Fazenda do Padre Correa Em 1846, coube ao Major Julio Frederico Koeler, engenheiro do exército, fundar Petrópolis. Em uma época onde o pioneirismo dava o tom da história, a cidade abriu os braços para imigrantes portugueses, alemães, italianos, entre outros, que muito contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Com a construção do palácio de verão (foto abaixo) de Dom Pedro II - hoje Museu Imperial - Petrópolis tornou-se importante, dando origem ao belo e preservado conjunto arquitetônico .
> Foto: Halley Pacheco de Oliveira
nas da região, perfeitas para quem gosta de dançar. Domingo é dia de acordar tarde e almoçar no Cocotte Bistro, novo estrelado da cidade. Para quem pode ficar mais dias, com mais tempo, é hora de explorar melhor as opções de compras de Itaipava. Ao longo da Estrada União e Indústria estão várias galerias e lojas bacanas, como a Olhar o Brasil e a Galeria Salvador. Para respirar ar puro e curtir a paisagem do Vale do Cuiabá, o legal é curtir um passeio a cavalo no Haras Analu. Museu Imperial - Caminhar pelos salões do palácio, antigo refúgio da família imperial durante os meses de verão, é como viajar para dentro de um livro de história. Um dos tronos usados por Dom Pedro II está na Sala de Estado - a sensação é de que o imperador pode entrar ali a qualquer momento. Reúne relíquias como móveis, joias e documentos do Segundo Reinado (1840/1889). No salão anexo, há carruagens e a locomotiva que fazia o trajeto Rio de Janeiro-Juiz de Fora pela Estrada de Ferro Mauá. O jardim valoriza ainda mais a construção. Preste atenção na sala das joias. Impossível não se impressionar com o cetro feito para a sagração de D. Pedro I, com a coroa de brilhantes e pérolas de D. Pedro II ou com a pena de ouro e rubis usada pela Princesa Izabel para assinar a Lei Áurea da abolição da escravatura. A melhor foto é do jardim, com a imponente fachada ao fundo. Fotos internas não são permitidas. Tempo de visita: em uma hora dá para ver tudo, mas quem se interessa por história pode gastar bem mais que 56
isso. Quando ir: qualquer época do todo. O espetáculo Som e Luz conta a história de Dom Pedro II (5ª/sáb 20h, R$ 20), e o Sarau Imperial é uma dramatização de 45 minutos que simula uma conversa entre a Princesa Isabel e seus amigos, entre músicas e poesias (6ª/sáb 18h30, R$ 10). Ser-
viço: Rua da Imperatriz, 220 (Centro), 2245-5550; 3ª/dom 11h/17h30, R$ 8). Os jardins do museu ficam abertos de 3ª/dom 8h/18h, grátis. As visitas não são guiadas, mas há painéis explicativos nas salas. Na entrada você retira um folheto com o mapa da construção. A
Não deixe de visitar: Cervejaria Bohemia Centro de experiência cervejeira, está instalado na mais antiga fábrica de cerveja do Brasil (1853), com mais de 20 ambientes que proporcionam uma viagem interativa pela evolução da cerveja através dos tempos. Reúne entretenimento, história e curiosidades da cultura da produção cervejeira. Rua Alfredo Pachá, 166 - Quarteirão Nassau - Centro Visitação: Quarta a sexta, 11h às 16h30 Sábados, domingos e feriados, 11h às 18h30
Catedral de São Pedro de Alcântara Construção em estilo neogótico francês, no seu interior destaca-se o Mausoléu onde estão os restos mortais da Família Imperial (dom Pedro II, dona Teresa Cristina, Princesa Isabel e Conde D`Eu) . Também podem ser vistas esculturas de Jean Magrou, Bertozzi, vitrais e pinturas de Carlos Oswald. O altar gótico contém relíquias de São Magno, Santa Aurélia e Santa Tecla, trazidas de Roma pelo Cardeal D. Sebastião Leme. As portas principais pesam 2.400 kg, cada. Rua São Pedro de Alcântara, 60 – Centro Visitação: diariamente, 8h às 18h
Palácio de Cristal Sua estrutura pré-moldada em ferro fundido foi encomendada a uma fundição francesa pelo Conde D’Eu, sendo montada em Petrópolis pelo engenheiro Eduardo Bonjean. Foi inaugurado em 1884 com a finalidade de abrigar as já tradicionais exposições de produtos hortícolas e pássaros da região, que aconteciam em instalações provisórias no local. No Palácio, em abril de 1888, foram libertados os últimos escravos de Petrópolis, em uma bela festa com a presença da Princesa Isabel. Rua Alfredo Pachá s/nº – Centro Visitação: terça a domingo, 9h às 18h
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viagem
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por Lauro Augusto Borges
la Cité Lumière O Sena, a torre, os queijos, o vinho, o Louvre, o metrô, a baguete... As infinitas alamedas arborizadas, as pontes clássicas, as luminárias de ferro, os cafés cheios de charme, os prédios nunca exageradamente espichados, a Torre Eiffel iluminada ou não, os museus indescritíveis e os monumentos mais conhecidos do mundo, os crepes de chocolate na rua... Paris respeita seu passado, mas não abdica da constante renovação, de forma ponderada, prudente, associada sempre a um inimitável bom senso: elegância. Essa elegância, sofisticada sem ser arrogante, magnetiza qualquer visitante, em qualquer esquina da cidade, em qualquer época do ano.
Underground Nas inúmeras viagens que fizemos no fantástico metrô parisiense, eram raros os vagões que não tinham artistas de rua, cantores, se apresentando. Imigrantes na sua maioria. Toda sorte de world-music nos repertórios. Roupas e instrumentos puídos, mas muita, muitíssima energia, nas performances. Os aplausos ante as exibições eram raríssimos e o semblante indiferente, quando não de incômodo, dos passageiros, imperava nos trens. Apesar desse sentimento de rejeição, da acústica pouco adequada, do vai-e-vem extenuante entre as estações e dos míseros euros arrecadados em prosaicos copinhos, os cantantes mantém a altivez e soltam a voz com alma, dignificando a arte que, num ambiente hostil, leva o sustento a suas proles e alimenta o sonho remoto de, quem sabe, um dia retornar ao torrão natal.
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Veneza Patrimônio da humanidade, berço de seis Papas, de Tintoretto, de Vivaldi... Foi uma pujante locomotiva comercial do planeta a partir do décimo século e, segundo alguns historiadores, foi também a primeira capital econômica do capitalismo. Hoje, graças!, vivas!, salve!, os encantos são menos monetários e mais históricos. Desembarcar em Veneza pela primeira vez é de arrepiar. O pranto é certo até para o mais casca-dura dos viventes. As expectativas criadas em torno da cidade viram sombras diante dos espetáculos de desenhos, cores e luzes que se espalham ao longo dos canais que costuram a inusitada malha urbana. Zanzando sem rumo pelas vielas ou navegando nas gôndolas, é impossível passar sessenta segundos sem que esbarremos em novas e singulares atrações. Veneza acolhe, ensina, inspira e emociona!
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entrevista
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De São João para o mundo A INPAER aposta no crescimento de negócios na área aeronáutica e já prevê a ampliação da sua linha de produção no município por Mateus Ferrari Ananias
A indústria aeronáutica brasileira é hoje, sem sombra de dúvidas, a maior do hemisfério sul. Opera de forma globalizada competindo no mercado mundial, posicionando-se como líder em vários segmentos de mercado, graças ao domínio tecnológico e a qualidade dos produtos aqui fabricados. As empresas que formam esse parque industrial atuam desde a concepção até o suporte pós-venda dos itens por ela produzidos, além de prestarem diversos tipos de serviços especializados. De olho nessa oportunidade que o mercado tem oferecido, a prefeitura de São João da Boa Vista traçou um plano ambicioso: criar um polo aeronáutico no entorno do aeroporto municipal, que já conta com uma pista asfaltada e homologada para voos noturnos. O que parecia
apenas sonho acabou se tornando realidade. Hoje já são três empresas instaladas no local, além da Azul do Vento – uma das mais tradicionais escolas de paraquedismo do país - e do aeroclube local. Por isso, a Revista Atua entrevistou os empresários Milton Roberto Pereira e Hélio Gardini, sócios-proprietários da INPAER – Indústria Paulista de Aeronáutica, fundada em 2001 em Campinas (SP) e a primeira empresa a se instalar no aeroporto de São João da Boa Vista. Seu primeiro projeto, o Conquest 160, voou pela primeira vez em abril de 2002, dando início a uma geração de sucesso. Hoje, com poucos anos de existência, a empresa já tem em sua carteira mais de 300 aeronaves vendidas e possui planos para a ampliação do seu espaço físico nos próximos dez anos, o que significa aumento da produção e aumento de emprego. E o principal: com um indice de nacionalização do projeto beira 100%.
Engenheiro, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Milton Roberto Pereira atuou no mercado financeiro por 38 anos, em instituições destacadas no cenário nacional, ocupando, na maior parte do tempo, posições de diretoria estatutária. Nos últimos 20 anos foi Diretor Executivo e Vice-Presidente do Banco Votorantim.
O empresário Hélio Gardini atua no setor de aviação desde 2006, quando fundou a Aerogard Indústria Aeronáutica, na cidade paulista de Itápolis, uma das principais montadoras de aeronaves experimentais. Em 2012, a INPAER fez uma joint venture com a Aerogard e Gardini assumiu o cargo de sócio-diretor.
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A jóia da coroa - O Explorer, aeronave para quatro pessoas, é o modelo mais completo produzido pela INPAER. A aeronave traz diversas inovações e diferenciais, especialmente no quesito segurança, como a célula de sobrevivência, uma estrutura em aço inox extremamente resistente que protege os ocupantes do impacto de uma eventual queda.
Como surgiu a INPAER? Qual foi o primeiro projeto da INPAER? A Indústria Paulista Aeronáutica Ltda. – INPAER – está no mercado há 14 anos e já alcançou a liderança nacional no desenvolvimento de projetos, fabricação e vendas de aeronaves desportivas. O primeiro projeto da empresa está ligado ao início de suas atividades, quando em 2001, desenvolveu o protótipo do Conquest 160. Trata-se de uma aeronave da categoria leve, com dois lugares e atributos como segurança, design moderno, desempenho e conforto. Voou pela primeira vez em abril de 2002 e o sucesso desta experiência nos deu o “aval” para iniciarmos a produção em série deste modelo. Com esta finalidade, iniciamos as operações da INPAER em agosto de 2002. Quantos funcionários a empresa possui hoje? A equipe da INPAER é formada por 105 colaboradores, entre engenheiros, especialistas, menores aprendizes e executivos. Hoje a grande maioria dos colaboradores da INPAER é sanjoanense e mais de 90% dos colaboradores moram na cidade de São João da Boa Vista. 61
Quais os produtos da empresa? Atualmente fabricamos três modelos de aeronaves, o Conquest LSA, o Excel e o Explorer. O Conquest é uma aeronave com dois lugares e que pertence à categoria Aeronave Leve Esportiva (ALE ou LSA, sigla em Inglês para Light Sport Aircraft). É o primeiro LSA desenvolvido no Brasil. O modelo é uma evolução do Conquest 180. Tem autonomia para até 1.200 km de voo, graças ao seu motor Rotax 100 hp, que confere ao LSA uma velocidade de cruzeiro de até 110 kt (ou 210 km/h). O Excel é um avião monomotor com espaço para três ocupantes. É equipado com o motor Lycoming de 160 hp, que proporciona à aeronave uma autonomia de 1.700 km de alcance e velocidade de cruzeiro de até 250 km/h. O Explorer, enfim, é um avião com capacidade para quatro ocupantes e é o lançamento mais recente da INPAER. Está no mercado há pouco mais de um ano e meio. O modelo traz em si as marcas do
conforto e do acabamento luxuoso, com destaque para as asas dispostas de forma alta para favorecer a melhor visibilidade aos ocupantes. São projetos nacionais? Qual o índice de nacionalização deles? A tecnologia aplicada pela INPAER no projeto e fabricação de suas aeronaves é 100% nacional. Importamos apenas alguns itens presentes nos aviões, como o conjunto motopropulsor, painel e elementos de fixação, tais como, parafusos AN, rebites e conexões tipo Ball-link. Por que monomotores? São diversas as razões que justificam a preferência pelos monomotores. Entre elas estão as novas tecnologias, que aumentaram a confiabilidade dos motores aeronáuticos e, consequentemente, diminuíram os benefícios de um motor adicional. Os monomotores também possuem melhor razão de planeio, o que os tornam mais seguros em uma eventual situação de emergência.
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Enfim, apresentam um custo operacional menor e se adéquam às limitações de regulamento estabelecidas para a categoria LSA. Há muitas empresas genuinamente nacionais nesse segmento? De acordo com informações da Associação Brasileira de Fabricantes de Aeronaves Leves – ABRAFAL, existem 22 empresas deste setor em operação no Brasil. A INPAER atende somente ao mercado civil? A maioria dos clientes da INPAER é formada por civis. O perfil é variado. Em geral, os compradores têm em média 47 anos de idade e são empresários bem estabelecidos ou profissionais liberais, como médicos, advogados e dentistas. Também compõem o perfil de clientes da empresa, fazendeiros que bus-
cam uma solução de transporte pessoal ágil, pilotos e aposentados que desejam manter o “espírito jovem”. A INPAER fabrica ainda para escolas de aviação, que contam com política especial de preços. Quais os futuros projetos da INPAER? A meta da INPAER é tornar-se uma empresa global, pronta para conquistar o mercado externo com sua eficiência, profissionalismo e qualidade. Também estão entre os objetivos, de médio prazo, a abertura de capital e a busca por um novo sócio do ramo, bem como consolidar a governança em termos de gestão e procurar parceiros, tais como os fundos de private equity. Desde junho de 2013, foram investidos R$ 16 milhões para a formação de equipe, aprimoramento de processos, go-
vernança corporativa e finalização de aeronaves. Também foi implantada uma gestão industrial na fábrica, tornando-a modelo em aviação experimental. No mesmo ano, a INPAER construiu 16 aeronaves, média de 1,33 por mês. Atualmente, a empresa possui 44 aviões em fase de produção. O Brasil possui mecanismos de incentivo à inovação no setor aeronáutico? Atualmente, as empresas do segmento podem se beneficiar do Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeronáutica Brasileira, o RETAERO, instituído pela Medida Provisória (MP) 472, de dezembro de 2009. A iniciativa é da Receita Federal do Brasil e concede incentivos fiscais para as empresas que se dedicam, entre outras ativi-
O futuro do polo aeronáutico Segundo Amélia Queiroz, diretora municipal de Planejamento Gestão e Desenvolvimento, as características do nosso aeroporto - 1.500 metros de pista, balizamento noturno, área do entorno ainda sem nenhuma construção - e as perspectivas econômicas favoráveis para setor de aviônicos credenciam São João da Boa Vista a receber um polo aeroportuário de significativa expressão. “Eu, particularmente, acredito muito que o polo aeroportuário será o start do desenvolvimento econômico futuro do nosso município, naquilo que se refere á captação de empresas de alta tecnologia”, explica. Amélia explicou, ainda, que há fatores externos preponderantes. “A UNESP vai iniciar o curso de engenharia aeronáutica; a UNIFAE estuda o lançamento do curso de Aviação Civil em parceria com a Gol, soma-se a demanda que existe hoje no mercado de aviônicos por componentes nacionais e o programa federal para investimentos em aeroportos regionais. Enfim, todos estes itens, juntos, aliados à existência de um aeroporto em condições iguais ao aeroporto Santos Dumont do Rio de Janeiro, me fazem acreditar que dá samba”. Hoje, além da INPAER, a empresa SEAMAX também está instalada na cidade. Segundo Amélia, também existem outras empresas do setor de aviônicos procurando a Prefeitura, interessadas em se instalar no espaço do aeroporto.
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Fábrica - Linha de produção da INPAER, com poucos anos de existência, a empresa já tem em sua carteira mais de 300 aeronaves vendidas e possui planos para a ampliação do seu espaço físico nos próximos dez anos. Hoje a empresa emprega mais de cem pessoas, a maior parte de São João da Boa Vista.
dades, ao desenvolvimento de inovações tecnológicas para a indústria aeronáutica. Você poderia descrever um breve panorama do mercado aeronáutico hoje no Brasil? O Brasil possui uma indústria aeronáutica sólida, com empresas cada vez mais empenhadas em aperfeiçoar suas tecnologias e operações. E esse desenvolvimento é reconhecido até mesmo no exterior, pois países como China, Índia, entre outros, compram aviões brasileiros. Os números da chamada “Aviação Geral” (que abrange aeronaves utilizadas de forma particular ou por empresas, excluindo-se os voos regulares e militares) também demonstram o potencial da nossa indústria aeronáutica. De acordo com a edição de 2013 do Anuário ABAG (editado pela Associação Brasileira de Aviação Geral - ABAG), a frota de aeronaves que servem a esta categoria cresceu 6,7% em relação ao ano anterior, totalizando quase 14 mil unidades. 64
É possível traçar um paralelo entre o desenvolvimento do mercado / transporte aéreo brasileiro e o desenvolvimento da INPAER? O desenvolvimento da INPAER acompanha as evoluções da indústria aérea brasileira. À medida que crescem a demanda de clientes e as exigências tecnológicas, cresce também o compromisso da empresa em se inovar para atender sempre com qualidade àqueles que nos procuram. Para isso, investimos constantemente no desenvolvimento e aperfeiçoamento de nossa carteira de produtos, estando sempre à frente das atuais técnicas de construção e projeto. Porque a INPAER escolheu São João? A vinda da INPAER para São João da Boa Vista foi motivada pela possibilidade concreta de criação de um polo aeronáutico na cidade, projeto que existe desde a construção do aeroporto local, no fim da década de 70. Em 2007, a Prefeitura intensificou a procura por fabricantes de ae-
ronaves que pudessem se instalar na cidade e nos fez o convite. Começamos as negociações e, atraídos pelos incentivos oferecidos, em 2012 inauguramos a nossa fábrica, que ocupa uma área de 5 mil metros quadrados. Como a INPAER enxerga a possibilidade de São João se tornar um polo aeronáutico? E, na opinião de vocês, o que falta para isso se concretizar? Fomos a primeira empresa a se instalar na área do futuro polo aeronáutico de São João e isso demonstra o quanto acreditamos neste projeto. O polo será realidade à medida que mais incentivos forem oferecidos para que outras fabricantes também se instalem na cidade. Existe dificuldade para encontrar mão de obra especializada para o setor aeronáutico ? Existe ainda muita dificuldade em encontrar profissionais especializados, principalmente nas áreas de Fibra, Montagem e manutenção de motores. >
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Paixão pela aviação O jovem Douglas Alexandre Ribeiro é um exemplo de vida dedicada à aviação. Além de mecânico aeronáutico, Douglas é também aeromodelista. “A paixão começou desde pequeno. Um dia, por curiosidade, eu e meu irmão compramos um aeromodelo bem simples”. Douglas conta que nasceu ali o interesse e a curiosidade sobre o funcionamento de aeronaves. “Baixei apostilas, manuais e li bastante, principalmente sobre aerodinâmica. Com a ajuda do antigo Aeromodelistas de São João [hoje, ASA - Associação Sanjoanense de Aeromodelismo ] consegui me aprofundar nessa área”. Mas a grande oportunidade veio com a instalação da INPAER na cidade. “Com os primeiros boatos sobre a instalação da empresa eu vi a possibilidade de transformar meu hobby em emprego”. Ele contou que tentou realizar cursos de capacitação no SENAI, mas os horários conflitavam com seu emprego na época. “Foi ai que meus pais, minha esposa e meu irmão me apoiaram para que realizasse o curso de MMA (Mecânico de manutenção de Aeronaves) em Campinas. Durante um ano e meio acordava aos sábado de madrugada pegava a estrada, voltava só no domingo à tarde”, contou. “Mas valeu apena. Hoje faço parte de uma grande empresa do ramo da aviação e estou aprendendo a cada dia com os excelentes profissionais que lá atuam”, finalizou. Quem quiser conhecer um pouco do trabalho de aeromodelista do Douglas Ribeiro, pode acessar o site www.startmodel.com.br.
Existe uma parceria entre a UNIFAE e a INPAER para o curso de Ciências Aeronáuticas? A INPAER mantém parcerias com a UNIFAE (Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino) e a UNESP (Campus de São João) para a realização de pesquisas relacionadas à Engenharia Aeronáutica. Além da UNIFAE, a empresa possui parceria com SENAI ou outras entidades para capacitar pessoal para trabalhar neste setor? A INPAER tem parceria com o SENAI, Senac, IF e UNIFEOB para formação e capacitação técnica de mão de obra. Há algum tempo ventilou-se a possibilidade de São João vir a receber voos regionais, com a ampliação do aeroporto e construção de novas instalações. Como a INPAER vê essa possibilidade? Todas as iniciativas que favoreçam o potencial aéreo da cida66
de são bem vistas pela INPAER. Um aeroporto com voos regulares atende à demanda local, desafoga outros aeroportos, enfim, gera movimento e melhorias estruturais que podem despertar, inclusive, a atenção de novas empresas para o polo aeronáutico. A INPAER tem planos para realizar algum tipo de evento aeronáutico na cidade? Este ano, promovemos uma ação social com o cadeirante Daniel Ribeiro, realizando o seu sonho de fazer um voo panorâmico. A iniciativa mobilizou amigos, poder público e diversas associações. Foi um sucesso. Outros eventos podem vir a ser planejados e certamente contribuirão para estimular a “veia” aeronáutica de São João da Boa Vista.
Muita gente tem receio de voar em aviões de pequeno porte, especialmente porque consideram que eles não são seguros. O que dizer a essas pessoas? As regras para a fabricação de aviões de pequeno porte – que, tecnicamente falando, pertencem à categoria de aeronaves leves, agora estão bem definidas, o que muito contribuiu para diminuir a atuação de fabricantes amadores no setor. A ANAC certificou a categoria LSA no Brasil e essa é uma das principais garantias de segurança para compradores e usuários dessas aeronaves, cuja qualidade evolui cada vez mais. A INPAER é comprometida com esses requisitos e preza sempre pela segurança em seus projetos. A
® Yasmin Brunet e Evandro Soldati doaram parte dos seus cachês para a campanha O Câncer de Mama , no Alvo da Moda marca licenciada do Conselho de Moda da América - Fundação CFDA Inc., EUA. Ao adquirir os produtos contendo o
“Alvo Azul”, você doa R$ 6,50 ao Instituto Brasileiro de Controle do Câncer - IBCC.
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Período 12/05/2014 a 12/06/2014. Sujeito à analise cadastral, de crédito e demais condições do produto. ¹ Dependendo da data de compra e do vencimento. ² Parcelamento acima de cinco (5) vezes terá incidência de juros. Operação sujeita a incidência de IOF e demais tributos e/ou
HERING STORE - São João da Boa Vista / São José do Rio Pardo
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culinária
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por Bento Experidião (Bento´s Restaurante)
Risoto primavera Ingredientes • 4 copos americanos de arroz arbóreo • 03 a 4 litros de brodo (caldo de legumes) • 01 cebola grande picadinha • 04 colheres de sopa de manteiga • 02 copos americanos de vinho branco • Queijo parmesão ralado • Sal e pimenta a gosto • Legumes cortados em cubos pequenos – mandioquinha, cenoura, abobrinha etc. Modo de Preparo Cozinhe os legumes ao dente e reserve. Refogue a cebola na manteiga, acrescente o arroz, misture bem, coloque um copo de vinho e mexa até evaporar. Vá incorporando o caldo bem quente aos poucos, mexendo sempre. Depois de 15 minutos de cozimento, acrescente os legumes e continue adicionando o brodo aos poucos. Continue
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mexendo. Quando o arroz estiver cozido, finalize o risoto com o restante do vinho, a manteiga e o queijo parmesão ralado. Sirva em seguida, polvilhado com queijo. Rende 04 porções. Um pouco de história O risotto é um prato típico italiano. Originário do leste do Piamonte e do oeste de Lombardia, a receita data de 1574. Existe toda uma lenda por trás desse prato, que aponta como criador um jovem discípulo de Valério de Flandes, que, depois de se apaixonar pela belíssima filha de seu mestre e comemorar o matrimônio com ela, decidiu surpreender seus convidados com um prato engenhoso e simples. Ocorreu-lhe, então, colorir o prato com açafrão e o resultado foi o início do preparo do risoto, que hoje tem muitas variantes, dependendo da zona onde é feito. Atualmente é um dos pilares da gastronomia italiana em geral.
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culinária
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por Bento Experidião (Bento´s Restaurante)
Brownie com sorvete Ingredientes • 06 colheres de sopa bem cheias de margarina (sem sal) • ¾ xícara de chá de achocolatado • ½ xícara de chá de chocolate em pó • 1 e ¼ de xícara de chá de farinha de trigo • 2 xícaras de chá de açúcar • 04 ovos • Gotas de baunilha • 01 tablete de chocolate meio amargo picado • ½ xícara de nozes picadas ou castanha de cajú Modo de Preparo Bata os ovos, o açúcar e a manteiga na batedeira até formar um creme volumoso. Depois, agregue os demais ingredientes aos poucos com a ajuda de uma espátula. Des-
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peje o conteúdo em uma assadeira previamente untada e enfarinhada. Leve ao forno médio por 40 minutos e corte em quadradinhos. Sirva quente com sorvete de creme. Um pouco de história Ele é o favorito “baked treats” (bolinhos assados) dos americanos e conquistou o brasileiro rapidamente. Assim como outras receitas, o Brownie também não possui origem certa, mas sabemos que ele apareceu para o mundo no inicio do século. O famoso livro Larousse Gastronomique, afirma que o primeiro registro de uma receita de Brownie apareceu para o mundo em 1896. Mas alguns historiadores de culinária, afirmam que o primeiro registro foi em 1909, em uma versão com menos chocolate do que a atual.
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Rafaela Alves 20 anos, estudante de ciências biológicas
Fernanda Cavalcante de Lucca 30 anos, enfermeira
O que não pode faltar na sua bolsa? Dinheiro e celular. O que você não usaria nunca? Drogas.
O que não pode faltar na sua bolsa? Trident
Must have? Bolsa, sapato ou acessório? Sapato.
O que você não usaria nunca? Pochete
Uma dica de beleza: Usar filtro solar sempre.
Must have? Bolsa, sapato ou acessório? Acessórios.... os mais variados possíveis!
Must have do inverno? Casaco, bota e lenço. Destino dos sonhos? Sucesso profissional.
Uma dica de beleza: Bom humor! Must have do verão? Lenços e echarpes
O que se leva da vida? Levamos aprendizados, amigos eternos, lembranças de bons momentos, grandes amores, família e saudades.
Destino dos sonhos? Punta Cana - Caribe O que se leva da vida? Boas lembranças
Uma dica para ser feliz? Relaxe! Defina-se em uma palavra: Determinada. Como você se vê daqui a cinco anos? Terminando uma pós-graduação.
Uma dica para ser feliz. Fazer o que se tem vontade! Defina-se em uma palavra: Espontânea Como você se vê daqui a cinco anos? “ O futuro a Deus pertence....”
Bruno Augusto Pereira 23 anos, estudante de direito
Futebol, basquete ou artes marciais? Artes marciais.
Quando você se sente poderoso? Quando sinto que pude ajudar alguém a melhorar como pessoa, seja num gesto, conselho ou ação.
Destino dos sonhos?Ilha de Creta, Grécia.
O que não pode faltar na sua carteira? Uma palheta de violão/guitarra.
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Cerveja, vodka ou whisky? Whisky.
Qual super herói é o seu preferido? Homem de Ferro.
Uma dica para ser feliz? Fazer o bem, e sempre o melhor; jamais esperando algo em troca.
O que se leva da vida? Experiências, boas e ruins; pois faz a percepção de realidade tornar-se mais concreta, e a personalidade - que é o que marca - jamais esquecida.
Como você se vê daqui a cinco anos? Realizado, objetivos pessoais e profissionais consolidados, colhendo os frutos plantados hoje.
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Começando com o pé direito O estágio pode ser uma ótima oportunidade para seu começo de carreira
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A palavra estágio significa fase, etapa, aprendizagem, exercício, prática, situação transitória. Ele é um passo muito importante na qualificação de estudantes, porque diferente do emprego, oferece o conhecimento, melhora competências e gera experiências práticas daquilo que o estudante somente aprende de forma teórica na faculdade.
alguns pontos de uma atividade que, muitas vezes, só são bem melhor compreendidos no ambiente de trabalho do que nas instituições de ensino. Outro ponto positivo, que é pouco lembrado, é que o estágio permite que você saiba se sua escolha profissional foi acertada e, de quebra, você ainda pode sair com um emprego nas mãos!
Pontos positivos - E esse é justamente o grande trunfo: permitir a aprendizagem, de forma mais objetiva, sobre
Grande chance - Muitos empregadores oferecem um plano de carreira para aqueles estagiários que obtive-
rem bons resultados, concedendo a oportunidade de serem efetivados. E mesmo que o estágio não garanta um emprego fixo na empresa, você sempre poderá aproveitar essa chance para aprender com profissionais experientes que estarão ao seu lado. São pessoas que poderão servir como seus mentores, contatos profissionais e referências para a carreira que você vai desenvolver futuramente! Se interessou? Então preste atenção nessas dicas que montamos:
Como achar um estágio? Existem vários “agentes de integração” que fazem a ponte entre as faculdades e as empresas, sendo responsáveis por recrutar os estudantes e acompanhar o estágio. Um deles é o PROE, mantido pela Associação Comercial de São João. Os estudantes interessados podem se cadastrar no site www.proe.org.br/estagio e encaminhar um currículo com foto para a Associação Comercial (o endereço é Rua São João, 237 – Centro) Esse contato pessoal é importante, pois ele já serve como uma pré-entrevista para determinar a área de interesse do estudante, de acordo com o seu curso, com as vagas em aberto. Uma dica: é fundamental manter o currículo e cadastros atualizados em caso de troca de telefone ou e-mail – o candidato pode perder a vaga porque a empresa tem dificuldade para entrar em contato.
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seu lar
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Elas chegaram para te ajudar As organizadoras de ambientes estão prontas para acabar com sua bagunça Levante a mão quem nunca pediu para o São Longuinho ajudar a encontrar um objeto perdido. É uma peça de roupa, uma chave, um documento. Passam minutos, horas ou até dias procurando e gastando tempo na busca; e ainda, muitas vezes, não encontram mais o objeto. É comum acontecer essa situação. Por isso, organização é tudo. Com lugares adequados, aproveitamento de espaços, e cada coisa em seu lugar, a vida fica mais fácil, flui com mais leveza, perde-se menos itens e, principalmente, não desperdiça - se tempo tentando encontrá-los em meio ao caos da bagunça, e ainda sobra tempo para realizar outros tipos de tarefas mais prazerosas. Mas, para aqueles que não gostam, não sabem, ou simplesmente não têm tempo para organizarem a casa e o escritório, eis que surge a solução: as organizadoras de ambientes ou personal organizer. Profissão considerada nova, a organizadora trabalha para manter a vida das pessoas mais fácil. Ótima ideia para quem necessita colocar os armários e os cômodos da casa em ordem e sair de vez da bagunça. Bendita Hora - O trabalho de organização profissional tem exatamente a proposta de oferecer tempo e qualidade de vida às pessoas, fazendo por elas o trabalho que muitas vezes, por falta de tempo, por não saber como, ou simplesmente por não gostar, aca80
ba ficando em segundo plano. Foi pensando nisso que duas sanjoanenses resolveram montar uma empresa de organização de ambientes. Aline Macedo e Rose Pipano estão, desde o final de 2013, com a Bendita Hora. Elas oferecem serviços de organização de ambientes domésticos, de qualquer cômodo, desde a biblioteca ao banheiro, escritórios (menos documentos), preparação e finalização para mudanças, montagem de residência para solteiros, recém- casados e separados, e ainda o treinamento para domésticas. Conforme ressalta Aline, a correria das atividades diárias faz com que as pessoas precisem desse tipo de serviço. “Atualmente, neste
mundo moderno em que vivemos, tendemos a ter um consumo exagerado de praticamente tudo, desde a tecnologia até as roupas e utensílios domésticos. Isso gera problemas, tanto para acomodação quanto para descarte e tempo para organizá-los”. Entre os benefícios de se manter a casa e a vida sempre arrumadas estão: aumento do espaço útil, que pode até triplicar; facilidade na manutenção da limpeza doméstica; agilidade na busca por objetos e materiais; mais tempo para projetos pessoais e consequente qualidade de vida. Personal Organizer ou organizadora de ambientes é uma forma de prestação de serviços que vem crescendo
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no Brasil e, para a realização desse trabalho, as empresárias fizeram cursos de capacitação em Organização de Ambientes. Aprenderam como fazer mudanças, montagem de residências, entre outros serviços. “É importante lembrar que a proposta é de organização e não de decoração e limpeza, embora o ambiente organizado, por si só, fique mais harmônico e limpo”, explica Rose. Dados apontam que 80% da bagunça das pessoas é resultado de desorganização e não de falta de espaço, por isso observe sua casa ou local de trabalho e repare se eles não estão precisando de mudanças racionais e atenção quanto à organização. Como funciona – As organizadoras chegam ao local e fazem uma visita técnica, conversam bastante com o cliente, entendem a rotina da casa, verificam quais os maiores problemas, seja a falta de espaço, ou seja a desorganização e ali já decidem qual será o tipo de serviço. Se é preciso arrumar os armários, a cozinha, o escri82
tório, ou a casa toda. Isto já será decidido na visita. O trabalho é realizado e cobrado por dia e de acordo com as possibilidades financeiras do cliente. “Fazemos propostas baratas para todos os tipos de orçamentos, com muitas opções. O trabalho de organização é para qualquer casa e recurso”, comenta Rose. Elas mesmas fazem tudo e, quando o projeto fica maior, contratam pessoas para auxiliarem. Depois de colocarem cada coisa no seu lugar, elas ensinam os clientes a manterem o ambiente organizado. Após um mês voltam ao local para uma manutenção. Aline argumenta que, quando são contratadas, muitas vezes acontece de se surpreenderem ao chegarem às casas: “Às vezes chegamos e encontramos a casa mais organizada do que a proprietária descreveu , mas em outras a situação está um caos.” Outros serviços - Entre tudo o que é necessário para se estabelecer um lar harmonioso, a mudança é início. É onde começa a bagunça que pode
muito bem ser organizada, quando feita com a ajuda de uma personal. Tem toda a preparação para a mudança: encaixotar, desencaixotar, colocar cada coisa em seu lugar, e isso elas trabalham também. “Fazemos a mudança toda, da casa antiga para a nova, principalmente quando a família não tem tempo para isso, ou então quando trata-se de idosos e a família toda trabalha. Neste caso os familiares contratam os nossos serviços para deixarmos a casa toda organizada, já que eles não conseguem fazer esse trabalho pesado. Outro caso comum que preocupa as famílias é quanto aos solteiros que estão chegando de outras localidades e não sabem onde encontrar as coisas na cidade. Ajudamos em tudo”, acrescenta Rose. Uma situação bem trabalhosa é quando o casal acaba de se casar e tem que guardar ou trocar vários presentes que ganharam. É preciso ver presente por presente, separar os repetidos, encontrar espaço para guardá-los e depois ir trocá-los, se necessário. Isso tudo leva tempo e paciência. Portanto, mais uma circunstância na qual o trabalho das organizadoras é importante. “Casei, ganhei muitos presentes e não quero troca-los, mas preciso de ajuda para guarda-los? Pode nos chamar que também fazemos esse serviço”, comenta Aline. Treinamento para empregadas – Aqui na cidade a procura pelo treinamento de empregadas domésticas é crescente. Principalmente com as mudanças que ocorreram devido à nova lei dos empregados domésticos. Agora os patrões estão mais exigentes e querem profissionais mais
capacitados e que cumpram corretamente as obrigações exigidas por lei. E elas, as empregadas domésticas, podem aproveitar essa capacitação para se tornarem mais profissionais. Assim, as organizadoras estudam as necessidades dos empregadores, a carga horária contratada, a rotina doméstica de cada casa, as atividades atribuídas ao empregado e a forma correta de executá-las. “Os empregadores querem regulamentar a situação de suas funcionárias, mas querem, em contrapartida, serviços mais profissionais por parte das mesmas”, destaca a personal. O treinamento é realizado na própria casa e pode ser feito tanto pela patroa quanto pela empregada. “Em alguns casos a dona da casa quer contratar, ensinar como fazer as tarefas do dia, mas não sabe como, ou então tem medo de dar ordens e causar atrito, sem
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contar a falta de tempo. Ensinamos a ela, ou já fazemos o treinamento direto com a funcionária”, explica Rose. A novidade será o curso realiza-
do para grupos de 15 a 20 pessoas. Ele será ministrado pelas organizadoras Aline Macedo e Rose Pipano da Bendita Hora. A
agito
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história
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A grande enchente de 1949 A cidade de São João já viveu episódios de enchentes que se tornaram memoráveis por Ana Lúcia Finazzi
Em 17 de dezembro do ano de 1949, por volta das 20 horas, uma chuva muito pesada prosseguia noite a dentro em ritmo de tempestade. O resultado desta tormenta acarretou tamanho prejuízo à cidade, que mereceu registro jornalístico e é tópico do livro“ Minhas memórias”, de Octavio Pereira Leite. Conta o texto: “Fui ao terraço observar a rua. Sobre ela rolava, numerosa, a enxurrada barrenta, extravasando as sargetas, tomando quase todo o leito carroçável da via pública. Durante quatro horas seguidas, a chuva, diluviana, prosseguia sem quartel. Amainou, depois, quando o relógio da igreja Matriz, com as doze badaladas já havia anunciado o fim do dia e o começo de outro. Pela manhã, após uma noite mal dormida, com espanto, fiquei sabendo
as trágicas conseqüências da enchente. Havia caído uma tromba d’agua nas cabeceiras do córrego São João. Aquele curso d’água havia crescido bastante, tornara-se volumoso à maneira de caudaloso rio. Suas águas transbordaram do leito atormentado, invadindo grandes áreas ribeirinhas. As construções que aí existiam, sempre precárias, moradias de gente pobre, foram colhidas pela torrente e por esta levadas, envolvidas no turbilhão. O número de desabrigados era grande. Seus móveis, vestuários, seus escassos bens, adquiridos, quiçá, ao preço de árduas jornadas de trabalho, foram levados pela torrente. O panorama, observado “in-loco”, era desolador. Ruínas, devastações, pontes avariadas, plantações submersas, árvores arrancadas; algumas delas , as menores, à flor dágua, à deriva, acompanhando outros destroços que emer-
giam da vasta área conflagrada. Naquela noite de temporal e de angústia e de dor, muitas pessoas acudiram para prestar serviços de socorros aos desabrigados. Graças a essa assistência imediata, à coragem de muitos, vidas preciosas foram salvas. Os prejuízos materiais foram incalculáveis. Contudo, ninguém pereceu aqui na cidade. As autoridades municipais, o vigário Antonio David, ao tempo cônego honorário, o Dr. Santos Lansac e outros, improvisaram providências imediatas. O serviço de salvamento foi bem ordenado, perfeito. Algumas canoas sulcaram o alagadiço transportando moradores do lugar. Aqueles que perderam o lar e tudo quanto nele havia, foram recolhidos em asilos, grupos escolares e casas de particulares. Os desabrigados não ficaram um momento sequer no abandono. Vítimas da grande enchente, por todos amparados, lograram sobreviver. As águas do córrego São João, transformado em lago, durante vários dias cobriram as várzeas adjacentes. Naquele cenário convulsionado pela inundação não ficara a não ser a triste recordação de uma tragédia que ver-
Tragédia - Rua São João, cortada pelo córrego de mesmo nome, nos arredores da Rangel Pestana, área muito devastada pela enchente de 1949. Segundo Octávio Pereira Leite, que visitou os locais atingidos, “as águas do córrego São João, transformado em lago, durante vários dias cobriram as várzeas adjacentes” 86
Rio da Prata - Outra grande enchente, que ficou registrada em São João da Boa Vista, ocorreu em 1947, quando o Rio da Prata, que corta o Bairro do Pratinha, transbordou. A Rua Racticlif, principal e de acesso à saída para Vargem Grande do Sul, ficou toda tomada pela água, causando muito prejuízo aos moradores e comerciantes do bairro.
gastou a cidade e a parte mais sofrida, mais carente, de sua população. Logo após o drama vivido naquela noite imemorial, alguns abnegados, dentre eles os vicentinos e os irmãos Marcos, planejaram construir para os pobres algumas casas. Surgiu, então, a vila São José, localizada na periferia da cidade. Nesse local, em casas humildes, contudo, bem melhores do que aquelas que existem nas favelas, os desabrigados pela enchente e outros vindos depois, encontraram o seu lar e neles passam os seus dias amparados pela generosidade
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de um grande povo.” Na verdade, houve um saldo de 4 mortos, no Município de Águas da Prata. Outros relatos somam-se a estes, de pessoas que vivenciaram os eventos da catástrofe, ou que ouviram, de familiares, muitas estórias narradas. Mukina Mazzi: Diziam que depois dessa chuva minha avó lavava os
rádios e meu avô os montava novamente. ... foi aí que começou. .... ( com referência ao tradicional comércio da família Mazzi na cidade). Marcia Trafani Petinati: Tinha um armazém de café na Rua São João que desabou e represou o rio. Eu tinha nove meses, fui amarrada nas costas do Ze-
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lão e ele saiu nadando. Esse homem salvou muitas vidas. Eduardo Pirajá: Minha sogra, Dona Nancy, morava na Rua Rangel Pestana e a família perdeu tudo nessa tragédia. Ela tem muitas histórias sobre esse dia. Conta que o seu pai, Jurandir Corrêa da Fonseca, Felipe Sartelão (não sei se está correta a ortografia), o Canela e o Virgílio foram de barco salvar muitas pessoas e animais. Diz que chegaram à casa dela e salvaram o cachorro de nome Lulú, que estava em cima do guarda roupa, e um papagaio fêmea, chamada Mulata, que estava boiando e falando sem parar...”coitada da Mulata”. Nelson Theodoro Oliveira: Meu avô perdeu tudo nesta época da tragédia. Ele morava na zona rural, às margens do rio Jaguari e contava que perdeu porcos e galinhas. Tiveram que começar do zero.
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Marta Salomão: Minha mãe falava muito dessa enchente. Foi um grande desastre. Meu avô tinha um armazém na Saldanha Marinho que foi tomado pela enchente. Marilourdes Giavarotti: Minha casa, na Rua Rangel Pestana, encheu de água quase até o teto. Meu pai nos colocou no forro e fomos resgatados pelo telhado, de barco. Eu tinha 9 meses, mas sempre ouvi falar dessa enchente.
Ele fez uma marca no batente da cozinha, para marcar a altura da água. Minha mãe dizia que foi horrível! Marisa Januzelli: Meus pais se casaram em 31/12/1949. Meu pai perdeu o terno do casamento, feito sob medida, em uma alfaiataria da Rua Saldanha Marinho, nesta enchente. Casou-se com um terno vindo de São Paulo, da Alfaiataria Krauss, que ficava na Líbero Badaró.
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curioso
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São João assombrado Veja locais famosos por aparições fantasmas e conheça as estórias que os cercam Histórias sobre fantasmas e assombrações existem desde que os humanos desenvolveram a linguagem, há pelo menos um milhão de anos atrás. Para se ter uma ideia, a mais antiga referência registrada a aparições de espíritos vem da Suméria, na obra literária Épico de Gilgamesh, que data do século VII A.C. Para os mais descrentes, tratam-se apenas de lendas. Outros, mais desconfiados, acreditam piamente que espíritos vagam por ai. Claro que uma parte sig-
nificativa desses relatos é identificável como fenômeno natural; outra parte, no entanto, está no limbo de nosso conhecimento. E, por mais estranho que pareça, nossa cidade possui um hall de estórias e causos espalhados por suas esquinas, muitos dos quais até já se perderam na tradição oral. Verdade ou mito, a questão é que muitos lugares de São João guardam estórias, no mínimo, curiosas. Conheça algumas das mais famosas:
O Theatro Municipal Como todo antigo teatro, esse também tem suas estórias sobre assombrações. O Theatro foi construído em 1913, projetado pelo arquiteto italiano J. Pucci e construído por Antonio Lanzac. Conta-se que ainda hoje é possível ouvir conversas, fortes barulhos no palco, passos misteriosos e vozes que chamam pessoas pelo nome. Esses misteriosos sons são atribuídos aos espíritos das mais diversas companhias que já se apresentaram lá. Atrás do palco, em uma parede de tijolos original do teatro, é possível ver gravados centenas de nomes de pessoas que já se apresentaram ali durante esses mais de cem anos de existência do local. Na foto, o Theatro Municipal, na década de 1920.
A Santa Casa Hospitais nunca são lugares agradáveis. Mas a Santa Casa de Misericórdia de São João possuía uma antiga história sobre um quarto em específico onde, segundo contam, todas as pessoas que eram internadas ali – mesmo com problemas simples – acabavam indo a óbito. A estória era levada tão a serio que o Dr. Francisco Maringolo, renomado médico sanjoanense, negava-se a internar pacientes naquele quarto. Até hoje enfermeiras e funcionários comentam que, principalmente nas alas mais antigas, são ouvidos estranhos ruídos, passos e vultos são vistos nos corredores, durante a noite. Nos fundos do hospital existe também um cemitério, onde estão enterradas algumas irmãs da ordem do Sagrado Coração de Jesus, que trabalhavam na Santa Casa. Ao foto ao lado é da antiga sala de cirurgias, provavelmente na década de 1930 ou 1940. 92
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O Corpo Seco e a “dama da serra” De acordo com a lenda, o corpo-seco foi um fazendeiro que também morava na Serra da Paulista. Ele era tão ruim que maltratava familiares e realizava sadismo com escravos. Após sua morte - de acordo com a lenda - ele foi rejeitado por Deus e pelo diabo. Até mesmo a terra, onde havia sido enterrado, o expulsou. Com o corpo em estado de decomposição teve que sair de seu túmulo e começou a viver como alma penada, vagando pela serra. Outras histórias mais antigas falam sobre o espírito de uma mulher, que era muito importante e famosa, que morava naquela região. De fato, nos arredores de São Roque da Fartura morava uma espanhola de nome Carmem Maldonado. Pelo menos uma vez por ano vinha, a cavalo, até São João. Era muito alta e de físico volumoso. Mudou-se menina para lá, e enviuvou cedo. Possuía veia política e era muito respeitada, sendo consultada em casos de conflitos ou problemas. Ela também promovia festas religiosas e liderava a população do bairro. A região também era habitada pelos índios Caiapós, os quais, com a chegada do homem branco, viram-se forçados a migrar para as barrancas do Rio Pardo. Conta-se (embora não se possa provar) que existiam relatos sobre luzes misteriosas, provavelmente atribuídas à “Mãe de ouro”, mito que afirma que supostamente existe uma bola de fogo a qual, com sua presença, mostra jazidas de ouro. Existe uma variação do mito em que esta bola se transforma numa bela mulher loira, capaz de refletir a luz do sol em seu vestido de seda branco, com o qual voa pelos ares. Essa pode ser a origem dos relatos sobre o espírito da mulher que vaga pela Serra.
A “dama de branco” do Palmeiras Estórias sobre “damas de branco” são recorrentes em diversas culturas, e um denominador comum é o tema da perda ou traição de um marido ou noivo. Por aqui não é diferente. Reza a lenda que, durante um baile promovido pelo Palmeiras Futebol Clube, em sua sede (é provável que essa história faça referência à antiga sede social do clube, localizada no que era a então Sociedade Italiana, atual Clube Gama), o jovem conheceu uma linda garota, toda vestida de branco. Segundo a estória, este jovem passou a noite toda conversando com a bela dama e ofereceu-se para acompanha-la até sua casa, ao final do baile. No momento em que passavam pela porta principal do cemitério, a jovem desapareceu no ar. O rapaz então correu apavorado, em busca de ajuda. Esse não é o único relato sobre a aparição de “damas de branco” em São João. Nas regiões rurais, existem outras histórias envolvendo mulheres que, supostamente, morreram de forma trágica ou sofreram alguma espécie de trauma durante a vida. A tradição reza, também , que avistar um desses fantasmas é sinal de que alguém na família morrerá. Essencialmente, essa história sobre a moça do Palmeiras, nada mais é de que um conto de moralidade para homens algo do tipo “nunca tente sexo casual”. 94
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Praça Cel. Joaquim José Muita gente não sabe, mas, até 1894 o cemitério da cidade era onde hoje está localizada a Praça Cel. Joaquim José, Praça Roque Fiori e a escola Cel. Joaquim José. Conhecido como “Cemitério Municipal da Fábrica da Igreja Matriz”, somente entre maio de 1887 e janeiro de 1892, o local recebeu 1.151 cadáveres. Devido à superlotação, em 1894 foi inaugurado o atual Cemitério São João Batista, para onde trasladaram as ossadas e sepulturas perpétuas. Relata-se que na década de 1950, por volta da meia noite, diariamente um cavaleiro era visto pela população cruzando o cemitério. O mistério não durou muito: tratava-se de um homem que morava no “Morro da Bomba” e trabalhava em uma fazenda, na estrada velha São João – Aguaí. Se esse caso foi resolvido, o mesmo não pode ser dito das supostas aparições noturnas de uma menina que caminhava cantarolando e segurando uma boneca, desaparecendo próximo ao terminal rodoviário. As aparições são atribuídas a Mirian Terezinha Joaquim, falecida em 1987. Outro detalhe: existia também o chamado Cemitério do Rosário, tradicionalmente utilizado para sepultar escravos, negros libertos e também os nãos católicos. Ele situa-se onde hoje é o atual bairro do Rosário. Não há relatos de que as ossadas tenham sido retiradas do local. A foto acima é da praça Cel. Joaquim José, tendo ao fundo o sobrado de Procópio do Amaral Pinto, durante a década de 1920.
A Casa Bancária Christiano Osório O sobrado, construído por Nicolau Rehder em 1890, foi reformado e ampliado em 1910, tornando-se a residência e, posteriormente, sede da Casa Bancária Christiano Osório (foto ao lado), fundada em 1914. Afirma-se que o casarão é assombrado pelas almas dos fazendeiros que perderam tudo por conta de três conjunturas desfavoráveis à cafeicultura: o final de Primeira Guerra Mundial, a geada de 1918 e a crise de 1929. Esses elementos contribuíram para a execução judicial de muitos clientes da Casa Bancária, que obtiveram crédito através de contratos de hipotecas e penhor. Em 1960 o casarão tornou-se residência oficial do Bispo e sede da Cúria da Diocese.
Fazenda Cachoeira Construída em 1871, a Fazenda Cachoeira tem um casarão com mais de 40 quartos e remete ao tempo dos escravos (a Abolição só aconteceu em 1888 e, provavelmente, mesmo depois de oficialmente encerrada, ainda deviam existiar escravos na fazenda). Dentro da casa permaneceram alguns móveis da época e utensílios de cozinha. Atualmente a fazenda também é administrada pela Diocese, a qual realiza, no local, quermesses e retiros espirituais. Participantes desses retiros relatam que, por vezes, é possível ouvir sons estranhos, como barulhos de correntes, passos no assoalho e cavalos em volta da casa. 96
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cultura
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O que o dinheiro não compra Ou os limites morais do mercado por Francisco de Assis Martins Bezerra
Vivemos em uma sociedade essencialmente capitalista, na qual somos impelidos a um consumo desenfreado e altamente descartável. Bombardeados que somos, intensamente a cada instante, e nas mais variadas formas, o apelo ao consumo se torna irresistível. Sempre fizeram parte da história da humanidade, o apego aos bens materiais e a busca pelo acúmulo da riqueza. Com a revolução Industrial e o advento de novas tecnologias, a produção de bens em massa exigiu um mercado que a consumisse integralmente. Este novo modelo de mercado passou então a definir quais são os valores de troca e de uso nas relações comerciais. São justamente estes valores, que o mercado passou a desempenhar na vida social, os que são analisados no livro “O Que o Dinheiro Não Compra”, de Michael Sandel. Quais são seus limites? O dinheiro compra tudo? Não são muitas as coisas, atualmente, que o dinheiro não pos-
sa comprar. Hoje, quase tudo está à venda. Não há limites entre o mercado e a moral. Dentro desta percepção, transcrevo alguns casos reportados por Sandel, tais como: O direito de lançar uma tonelada métrica de gás carbônico na atmosfera: 13 euros (aproximadamente US$18). A União Europeia mantém um mercado de emissões de gás carbônico que permite às empresas comprar e vender o direito de poluir; Barriga de aluguel indiana: US$ 6.250. Os casais ocidentais em busca de uma mãe de aluguel recorrem cada vez mais à terceirização na Índia, onde a prática é legal e o preço corresponde a menos de um terço das taxas em vigor nos Estados Unidos. Matrícula do seu filho numa universidade de prestígio: embora o preço não seja divulgado, funcionários de certas universidades de primeira linha disseram que aceitam
O autor - Michael J. Sandel é um dos filósofos políticos mais importantes do nosso tempo. Sua principal argumentação é que as últimas três décadas têm sido um período de triunfalismo mercado. A época começou com os gostos de Margaret Thatcher e Ronald Reagan, que proclamaram a convicção de que os mercados, não o governo, tinham a chave para a prosperidade e liberdade. Nós nos afastamos de ter uma economia de mercado para se tornar uma sociedade de mercado.
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Foto: Stephanie Mitchel
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alunos não propriamente brilhantes cujos pais sejam ricos e suscetíveis de fazer doações financeiras substanciais. Com bom humor, Sandel reconhece que nem todo mundo pode pagar por estas benesses e sugere algumas possibilidades inovadoras para quem precisa ganhar algum dinheiro: Alugar espaço na testa (ou em outra parte do corpo) para publicidade comercial: US$ 777. A Air New Zeland contratou trinta pessoas para rasparem a cabeça e usarem tatuagens temporárias com o slogan “Precisando mudar? Vá para a Nova Zelândia”. Comprar a apólice de seguro de uma pessoa idosa ou doente, pagar os prêmios anuais enquanto ela está viva e receber a indenização quando morrer: potencialmente, milhões de dólares (dependendo da apólice). Esse tipo de aposta na vida de estranhos transformou-se numa indústria de US$ 30
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bilhões. Quanto mais cedo o estranho morrer, mais o investidor ganhará. Ou, quem sabe, combater na Somália ou no Afeganistão num contingente militar privado: US$ 250 por mês a US$1.000 por dia. O pagamento varia de acordo com a qualificação, a experiência e a nacionalidade. Como se depreende dos exemplos acima, a lógica do mercado não se aplica apenas a bens materiais, governa a vida como um todo. O pai que dá um carro de presente ao filho por seu ingresso na Universidade também faz parte deste contexto. Na década de 80, os governos de Ronald Reagan e Margaret Thatcher proclamavam a supremacia do mercado, que teria a chave da prosperidade e da verdade em detrimento ao governo. Convicções liberais mais tarde reafirmadas por Bill Clinton e Tony Blair. Hoje, já não há mais essa convic-
ção, especialmente depois da crise financeira de 2008. Uma sociedade que caminha rapidamente para onde tudo está à venda, é fator de grande preocupação. Para decidir o que o dinheiro pode ou não pode comprar precisamos antes saber quais valores governarão as diferentes áreas da vida cívica e social. Esta decisão tem, implicitamente, o que vai ser tratado como mercadoria, como instrumento de lucro e de uso. É justamente a análise desta questão o tema deste livro. Falta na sociedade um debate sobre o limite moral do mercado, em que circunstâncias os mercados atendem ao bem público e quais aquelas em que eles são intrusos. Como já observara Oscar Wilde, em pleno século XIX, “vivemos em uma sociedade em que sabemos o preço de tudo, mas não sabemos o valor de nada”.
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dicas
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por Hélinho Fonseca
Num período em que estamos já em Copa do Mundo no país, Festa Juninas pipocando aqui e ali e quase tudo pronto para mais uma EAPIC em nossa cidade, escrever estas dicas e sugestões fluiu rapidamente. Até porque, foram muitos os lançamentos recentes que servirão para embalar quaisquer festas ou eventos a que você, nosso leitor, for comparecer, com uma dica especial de livro para leitura descompromissada.
Eterna Alegria: Alcione ao vivo
25 anos do Prêmio da Música Popular Brasileira Essa é uma dica para o leitor descompromissado com aventuras e ficções e que quer um livro de
Com uma carreira de muitos anos, Alcione lan-
altissimo conteúdo onde possa conhecer não só a
ça mais um cd/dvd com um repertório musical
histório desse prêmio, como também muita coisa
de extremo bom gosto, acompanhado de uma banda de músicos escolhidos um a um. Prá quem quer ouvir música boa, fica a dica.
boa de dentro da nossa MPB. José Mauricio Machiline é um dos que assina o seu texto, criador e incentivador desse prêmio anual. CARDIA, GRINGO; MACHLINE, ZÉ MAURÍCIO, MIGUEL, ANTÔNIO CARLOS Edições de Janeiro- 380 Págs.
Samba Book- Zeca Pagodinho Depois dos lançamentos de João Nogueira e Martinho da Vila, o selo Samba Book traz Zeca Pagodinho em cd/dvd e blue ray com 25 convidados interpretando destaques da carreira deste sambista, que é sucesso há anos. Com participações de Gilbero Gil, Roberta Sá, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, entre outros, na última faixa de gravação se juntam todos a Zeca para cantar Camarão Que Dorme A Onda Leva.
Roxette Live: Travelling The World Ivete Sangalo 20 Anos Multishow No formato cd/dvd, com certeza o repertório deles deve embalar as comemorações da Copa do Mundo que esta acontecendo aqui no Brasil. Mais uma vez o talento e a competência musical e de produção são as marcas fortes desse novo trabalho de Ivete Sangalo.
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Quem não ouviu ou dançou muito nas discotecas ao som do Roxette? Eles estão de volta numa coletânea imperdível em cd/dvd, gravado ao longo de uma turnê internacional com a participação de público recorde por onde quer que passassem. How Do You Do? dá pra ficar parado ouvindo esse sucesso eterno?
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segurança
É preciso desmilitarizar a polícia brasileira? A desmilitarização das polícias estaduais voltou a ganhar espaço no debate público por Noelle Oliveira
Mais de 600 mortos em maio de 2006 em uma série de ataques na Baixada Santista. 111 presos assassinados em 1992 durante o Massacre do Carandiru. O desaparecimento do pedreiro carioca Amarildo de Souza e a e a violência policial contra professores na Câmara dos Vereadores do Rio, ambos em meados do ano passado. Esse histórico trouxe novos questionamentos sobre o papel da Polícia Militar. Assim, com as manifestações que ganharam as ruas do país desde junho e os episódios de violência na atuação da Polícia Militar, registrados em algumas ocasiões, a desmilitarização das polícias estaduais voltou a ganhar espaço no debate público. Em maio de 2012, a Dinamarca chegou a recomendar, na reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil extinguisse a Polícia Militar. A ideia, no entanto, foi negada nacionalFoto: Edson Lopes Jr./ GESP
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mente por ferir a Constituição Federal de 1988 e a dúvida permaneceu sobre o que de fato significaria uma proposta pela desmilitarização. Divisão - A divisão entre polícia Civil e Militar sempre existiu no Brasil. A atribuição de cada grupo está explícita no artigo 144 da Constituição Federal de 1988. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, cabem as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Já às polícias militares cabem o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. “Antes da ditadura militar, existiam polícias Militar e Civil, mas a Civil também desempenhava papel ostensivo. Foi com a ditadura que as atribuições da Polícia Civil foram se esvaziando e a Militar tomou para si toda a parte ostensiva”, destaca o professor de direito penal Túlio Vianna, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A proposta de desmilitarização consiste na mudança
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Letalidade policial aumenta 40,7% no interior Na contramão da onda de redução dos índices de crimes violentos no estado de São Paulo, as policiais militar e civil protagonizam um aumento alarmante: em comparação ao primeiro trimestre de 2013, os três primeiros meses de 2014 apresentaram um aumento de 40,7% (27 para 38) do número de pessoas mortas por policiais em serviço. Na capital, o total foi de 29 para 89, um aumento de 206,9%; na grande São Paulo, foi de 176,9%. O aumento desproporcional da chamada letalidade policial é uma das conclusões do relatório trimestral do Instituto Sou da Paz, que se baseou em dados da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo. Os números assustam por dois motivos. Primeiro por não ter havido aumento do número de policiais mortos ou feridos em confronto durante serviço. E, em um contexto mais amplo, pelo fato de ir na direção oposta da queda nos índices da maior parte de crimes violentos, como homicídio doloso, estupro e extorsão mediante sequestro. Para a pesquisadora Giane Silvestre, do Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), uma letalidade policial nesse nível indica que a polícia está adotando uma estratégia equivocada de controle do crime, contrária à garantia de direitos e também aos parâmetros internacionais. “Se está se mantando tanto para se controlar o crime, alguma coisa está errada. A morte como resultado de uma política de segurança pública não é a forma de política que estamos esperando”, ressalta.
da Constituição, por meio de Emenda Constitucional, de forma que polícias Militar e Civil constituam um único grupo policial, e que todo ele tenha uma formação civil. “Essa divisão atual é péssima para o país do ponto de vista operacional, pois gasta-se em dobro, e é ruim para o policial, que precisa optar por uma das carreiras”, explica Vianna. Treinamento - Uma das críticas feitas à militarização da polícia é o treinamento a que se submetem os policiais militares. “As forças armadas são treinadas para combater o inimigo externo, para matar inimigos. Treinar a polícia assim é inadequado, pois o policial deve respeitar direitos, bem como deve ser julgado como um cidadão comum e não por uma Justiça Militar”, argumenta o professor da UFMG. “Grande parte dos policiais militares que são praças também defendem essa ideia da desmilitarização já que eles são impedidos de acessar garantias trabalhistas, além de terem direitos humanos desrespeitados”, afirma Vianna. 106
Opiniões contrárias - Para o coronel reformado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-secretário de segurança do DF, Jair Tedeschi, entre os militares, a posição é outra: a ideia de desmilitarização policial é uma “falácia”, defende. “O que querem é quebrar a disciplina e a hierarquia que existe em qualquer organização. Não é porque a polícia é militar que age puramente como militar. A função dela é civil. As suas bases de disciplina e hierarquia que são militares”. O coronel avalia ainda que “o policial militar de hoje sabe distinguir quem tem direitos e deveres. Na rua, é obrigado a tomar decisões”, observa. A formação atual do policial, segundo o coronel Tedeschi, abrange o conceito de humanização. “Hoje a polícia é completamente diferente, isso foi na década de 1960. As academias ensinam segurança pública. Desde 1988 a polícia vem mudando a sua maneira de agir. Ela está na rua, não nos quartéis. Ela interage com a sociedade, não cumpre a lei porque tem que simplesmente cumpri-la, mas age da forma mais democrática possível”, avalia o coronel Tedeschi. Para
o coronel, “desvios de comportamento ocorrem em condições isoladas em vários grupos. Na situação atual não vemos isso só na Polícia Militar, mas também na Polícia Civil e em outros segmentos não militares”, aponta. Projetos - Atualmente, dois projetos de Emenda à Constituição (PEC) circulam no Congresso Nacional em defesa da desmilitarização da polícia. A PEC 102, de 2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR/MT), autoriza os estados a desmilitarizarem a PM e unificarem suas polícias. ”Ela não faz especificamente a unificação e a desmilitarização, mas autoriza que cada estado federado possa fazê-lo caso julgue necessário”, explica Vianna. A PEC está em tramitação no Senado. Já a PEC 430, de 2009, em tramitação na Câmara dos Deputados, visa a unificação das polícias Civil e Militar dos Estados e do Distrito Federal, além da desmilitarização do Corpo de Bombeiros, bem como dá outras funções para as guardas municipais. A proposta é de autoria do deputado federal Celso Russomanno (PP-SP).
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cultura
Todos os detalhes sobre a 3ª Semana Assad Evento será entre os dias 24 e 27 de Julho no Theatro Municipal e terá entrada franca
Com o sucesso das duas edições anteriores, a 3ª SEMANA ASSAD será realizada entre os dias 24 e 27 de julho, no Theatro Municipal de São João da Boa Vista, com uma programação repleta de atrações renomadas e entrada gratuita.Este ano, os artistas convidados são: Clarice e Keita, com participação de Badi Assad, Romero Lubambo além do Duo Assad, Duo Siqueira Lima, Carlos Malta & Pife Muderno, Uakit. Fechando o evento, o Festival de Choro Jorge Assad. A Semana Assad visa valorizar e resgatar as raízes musicais da Família Assad, que tem seu berço em São João da Boa Vista, além de homenagear seus componentes reconhecidos internacionalmente pelo talento, no cenário musical. Como nos anos anteriores, estão programadas masterclass para estudantes de música- aulas abertas onde os participantes têm a oportunidade de demonstrar sua técnica, repertório e interpretação, submetendo-os à avaliação do profissional orientador. Vale salientar que
tanto os shows como as masterclass são gratuitos e para as oficinas e aulas é preciso se inscrever no site (www.semanaassad.com.br) Promovido pela Amite – Associação dos Amigos do Theatro Municipal de São João da Boa Vista – o evento foi possível após aprovação de Projeto no Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet; e da Secretaria de Estado da Cultura, por meio de recursos estipulados pelo Proac – Programa de Ação Cultural. A presidente da Amite, Fafá Noronha, destaca que a programação está completa e que o evento está em fase de captação de patrocínios. “Como nos anos anteriores, a participação e o apoio dos empresários são fundamentais para o sucesso da Semana Assad”, destaca. Afirma, ainda, que a Semana está aberta a parcerias. Portanto, os empresários que se interessarem em patrocinar o evento podem entrar em contato com a Amite. Festival de choro - O Festival de Choro é uma grande inovação desta edição da Semana Assad. “Desenvolvemos esse festival a pedido da própria Família Assad. Portanto, a intenção é homenagear Jorge Assad”, comenta Fafá Noronha. O projeto trata-se de uma mostra competitiva do gênero musical Choro, no qual os artistas inscritos
Badi- Irmã caçula dos violonistas Sérgio e Odair Assad, nasceu em São João e também seguiu a carreira musical como violonista e cantora. Aos 14 anos, quando os irmãos mais velhos saíram de casa para fazer carreira internacional como concertistas, começou a tocar violão para acompanhar o pai, bandolinista. Depois formou-se em violão no Rio de Janeiro e a partir dai não parou mais.
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serão avaliados por júri especializado e concorrerão a prêmios em dinheiro. As premiações, a partir da seleção do corpo de jurados, serão distribuídas da seguinte forma: 1º Lugar: R$ 7.000,00 (sete mil reais); 2º Lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
3º Lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais). Os interessados em participar deverão se inscrever entre os dias 20 de maio a 10 de julho. O Festival será realizado em duas etapas: 1- Inscrição e Audição ; 2- Etapa Final. A Banca Julgadora será composta por cinco críticos
de música, sendo que um deles da família Assad. Compete ao júri julgar em todas as etapas da seleção, assim como na etapa final. Só serão aceitas inscrições feitas pelo site do Festival – www.semanaassad.com.br.
Novas sonoridades Formado por Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio dos Santos e Décio de Souza Ramos Filho, o UAKTI desenvolve, desde 1978, um trabalho singular ligado à música instrumental e à pesquisa de novas sonoridades. Para isto, utiliza uma extensa série de instrumentos artesanais confeccionados por seu diretor musical Marco Antônio Guimarães, a partir de materiais pouco convencionais como vidros, tubos de PVC, borrachas, madeiras, cabaças, rodas de bicicletas, etc. Esta pesquisa musical inclui desde a concepção do novo instrumento, até sua construção, o desenvolvimento de técnicas para a execução, sua aplicabilidade dentro do universo da composição e o trabalho em conjunto, visando a performance e gravações.
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Confusões Tudo é bom e correto sem exagero! por Clineida Junqueira Jacomini
Uma vez, depois de assistir ao filme Flash Dance, quisemos alugá-lo e eu fui a uma locadora. Pedi o filme. O vendedor me olhou, deu uma risadinha pernóstica e perguntou: Qual filme a senhora quer? Repeti o nome. E ele então: - Mas esse é um filme pornográfico! Expliquei que era sobre uma operária de Pittsburg (até me deu vontade de conhecer essa cidade devido às pedaladas que a linda morena dava ao ir trabalhar, depois treinar e finalmente dançar lindamente!) - Ah! Respondeu ele aliviado! Esse é outro filme! E me entregou o dito cujo correto. Que coisa essa de estereótipos e “escrito na cara” da gente! Tenho visto... e eu me surpreendo comigo mesma, senhoras de bastante idade com os cabelos curtinhos, tingidos, roupas decotadas, bermudas, estampas alegres, modernas em todo seu trajar... Que diferença dos tempos já passados! Lembro-me de minha avó que ficou viúva muito jovem, perdeu o marido e um filho justamente na época natalina, colocou vestidos pretos, compridos, mangas idem, sem nunca mais os tirar; coquinho amarrado na nuca, já parecendo uma
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velha antes dos 40 anos. Era rica e vivia como pobre; jovem, como velha e sua única alegria era ir à igreja e conviver com seus familiares. Não viajou como poderia; nunca usou as joias que poderia ter comprado; nunca curtiu a vida enquanto essa lhe era dada. Muita gente, (eu também), fica com os olhos e o coração voltados ao passado. Isso no presente, prejudicando o futuro que poderá nem chegar! Viver o “aqui e agora” mais parece aquele programa que vertia sangue, mesmo que virtual, na televisão. Essa é a recomendação dos entendidos. Faço sempre esse exercício com minhas alunas da Terceira Idade do Unifeob, antenadas e interessadas em tudo: reconhecer o que se tem de bom atualmente. Para mim, bem pessoalmente: durex, caneta bic e detergente. E muito, muito mais: micro ondas, televisão das bem grandes e com alta
definição, tevê paga com 300 filmes a escolher, computador, Internet, celular... Quanta coisa boa temos nesse nosso século de grandes descobertas, progresso e mudanças! Temos tecido que não amarrota, comida por quilo, que maravilha! E pronta! Cartão de crédito, o já famoso “dinheiro de plástico”, ignição eletrônica nos carros tão bons e bonitos de agora, em contraposição aos antigos que nem breque de mão tinham! Já não menciono a velha manivela, pois não sou desse tempo; não sou tão velha assim! Mas, como em tudo na vida, nada como moderação e racionalidade ao fazer e usar tudo. Compras são boas? Comida? Bebida? Plástica reparadora? Moda? Trabalho? Sexo? Lazer? Dinheiro? Sim para tudo isso! Tudo, enfim... mas sem exagero!
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A maconha na faixa 60% dos usuários de maconha chegam a evoluir para drogas mais pesadas por Guilherme A. R. Franco
Nos últimos anos, em escala mundial, fortes setores da mídia, autoridades, organizações sociais e artistas renomados têm se declarado publicamente a favor da legalização da maconha. Os argumentos são diversos e sedutores. “Maconha não faz mal, maconha não é droga, fastfood também é péssimo á saúde e é permitido, toda sociedade deve conviver com drogas, fumar maconha faz bem e previne até o câncer” (sinceramente, não sei como um fumígeno possa prevenir câncer), “a legalização dará um golpe certeiro nos traficantes e com isso a violência irá diminuir...” O que me chama a atenção, no entanto, é que essa toada, cantada em verso e prosa até por Chico Buarque
[“Sonhei (...) que maconha só se comprava na tabacaria, drogas na drogaria”), desafina com os mais elementares preceitos de Saúde Mental. Por razoes evidentes. A maconha contém, dentre outras substâncias canabinoides, um psicoativo que é o THC. O THC, em uma linguagem bem modesta, altera o funcionamento de nosso cérebro. E aos menores de vinte e um anos é um tiro mortal e irreversível na preservação da inteligência. Um estudo neozelandês, que durou vários anos, comprovou que o uso precoce e prolongado da maconha, por adolescentes e jovens, acarretou-lhes rebaixamento de QI (na ordem de 8 pontos!). Outro dado que não pode passar desapercebido - a Esquizofrenia, gravíssima doença psíquica é deflagrada em indivíduos predipostos,
se esses consumirem maconha. O Padre Haroldo Rahm, um dos criadores do grupo de ajuda mútua Amor Exigente, de extensa folha de serviços a famílias e dependentes químicos, dá o recado direto: “60% dos usuários de maconha chegam a evoluir para drogas mais pesadas. É bom lembrar que 95% do mundo não usa maconha e 90% não usa álcool e outras drogas. Só as autoridades e pessoas que não têm trabalho e apostolado com alcoólatras e toxicômanos estão a favor da legalização da maconha. Eles não entendem que uma dose de maconha tem 400 substâncias químicas e que o THC está entre 30% e 50% mais forte do que estava há 20 anos atrás. Desejamos destacar que os empresários querem uma milionária indústria da maconha.” Claro que, como toda dádiva da
Liberação da maconha divide opiniões no Brasil Enquanto no Uruguai a regulamentação da maconha ganha tratamento de política pública, no Brasil a discussão está longe de receber impulso oficial. Mas o assunto ganha as ruas, e a força do antagonismo entre prós e contras também. Os dois lados são capazes de enxergar perspectivas completamente opostas em relação, por exemplo, ao futuro do tráfico de drogas. Um comércio estruturado desmantelaria os pontos de tráfico ou reforçaria a venda paralela, que fugiria dos impostos? Essa é uma das incertezas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tornou-se um paladino da liberação, com manifestações em artigos, palestras e programas na TV. FHC também foi um dos primeiros a declarar adesão à política oficial de drogas na iminência de ser adotada pelos uruguaios.
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natureza, a planta Cannabis sativa pode e deve ser pesquisada para fins medicinais. O Brasil está na linha de frente nesse campo. Uma das substâncias promissoras é o canabidiol (CBD). E ao contrário do que os incautos podem pensar... “não dá barato” - não age como o THC. Sem querer beirar ao óbvio, uso medicinal de qualquer princípio ativo não tem nada a ver com o “maconhismo social” que se alardeia. Já ouvimos esse disco antes, mas nas outras faixas. Primeiro, veio a glamourização do cigarro de tabaco, depois ensinaram-nos que futebol é o esporte movido a chuteira e cerveja (apesar do paradoxo claro entre uma coisa e outra). O resultado era previsível, mas o mantra de que havia drogas socialmente aceitas (nicotina e álcool), levou-nos a uma sociedade tolerante
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com a violência, com os gastos estratosféricos na área da saúde… como se nada disso tivesse a ver com o nosso cotidiano. Felizmente, ainda que bem tarde, em relação ao cigarro, a verdadeira decisão inteligente falou mais alto. O país reduziu drasticamente o número de fumantes, graças a uma política de Saúde Pública digna de ser imitada por qualquer nação. Já com a bebida alcoólica, pelo visto teremos de conviver com o “Copo do Mundo”, ops!, a Copa do mundo e com o grito de gol abafando o choro de muitas crianças que convivem com pais e mães alcoólicos. Dizem que é da nossa cultura... E com a maconha? O que recomendo é ampliar o debate entre pais e educadores, buscar informação cientificamente honesta. Estudar um pouco mais da realidade do mundo
criminoso (não é só maconha que se trafica! Se a maconha for legalizada, haverá ainda outras drogas que movimentarão o tráfico, as cracolândias que o digam), compreender que a violência urbana está associada à falta de valores éticos e espirituais, que a vulnerabilidade sócio-urbanística-ambiental nos levará de volta a barbárie (se é que já não estamos nela). E não se deixar vencer por aqueles que carregam soluções mágicas ou imediatistas para um tema tão complexo que é a drogadição. Apesar de setores do governo e da mídia embalarem a glamourização e a “cultura” da maconha, como se fez com o cigarro e se faz ainda em larga escala com o álcool, o jovem brasileiro merece sonhos muito mais elevados e duradouros do que comprar maconha na esquina.
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