Revista Atua - Março 2014

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editorial

A vida é cheia de decisões, opções e desafios que vivenciamos todos os dias, porém temos que tomar atitudes com entusiasmo, fazer o que for melhor para si mesmo antes que seja tarde porque, depois que o copo trincou, nunca mais será o mesmo. A vida é curta, o tempo é inexorável e a missão haverá de ser grandiosa, quando vivida com amor. Hoje meu agradecimento é essencial para todos os colaboradores da equipe que se dedicaram com muita garra, em especial a esta edição, os colaboradores que engrandecem sempre com seus textos e pensamentos construtivos para serem compartilhados, os empresários que publicam e acreditam na qualidade do produto e a você leitor(a), por curtir e fazer com que a Revista Atua seja um meio de comunicação de excelência. Nesta edição trouxemos os jovens irmãos Fábio e Luana Peres, que em momentos sociais na cozinha da família, transformaram-se em profissionais de sucesso no ramo da gastronomia e hoje administram um dos melhores restaurantes de São Paulo (Bendito Cacao). A escolhida para a capa, que posou naturalmente para o fotógrafo Juan Landiva, é Bárbara Angélica da Costa Matos, a Miss Plus Size Internet. Sorridente, despojada e vendendo saúde, ela simplesmente se ama. Vamos torcer por ela em sua participação no concurso Miss Brasil Plus Size, levando o nome de São João para todo país.

Ops... erramos! Em nossa última edição, na frase “Você poderá conhecer a empresária paulista Cristina Lerosa, empreendedora que busca constantemente o melhor para a beleza e a saúde feminina”, cometemos um erro ao trocarmos o nome da empresária paulista Cristiana Arcangeli, que foi a nossa entrevistada especial

A revista vem recheada de matérias deliciosas, como as histórias de São João, recordações magníficas de nossa cidade; traz o lado bom da Copa do Mundo, fala também sobre comportamento, saúde, beleza, moda e por aí vai. Curta a página da Revista Atua no Facebook e escreva também através do Twiter, site ou email (contato@revistaatua.com.br), dando sugestões de matérias, produtos, fotos, dicas de assuntos diversos. Afinal, ela existe por você e para você. Deixo em nome de toda a equipe, nosso obrigado e desejamos a você uma excelente leitura.

A Revista Atua (ano 7, número 26, Março de 2014) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. (19) 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretor responsável Angela Loup Pessanha | angela@acesaojoao.com.br

Ângela Loup Pessanha

Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br

Editora-chefe

Jornalista responsável Fernanda Goulardins - MTb. 73.172 | imprensa@acesaojoao.com.br Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br

12 Acessórios exóticos

70 Culinária

14 O sobe e desce das saias

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Agito

22 Conheça os efeitos do formol

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Construção verde

28 Cuidado ao triturar ou partir remédios

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Tic Tac das horas

32 Tendências

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A Copa é um bom negócio para o Brasil?

34 Editorial

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A fazendinha de Natal

42 Previna-se do câncer bucal

100 Nome sujo na praça?

44 Autismo:o transtorno azul

102 Dicas de livros / dvds

48 Conheça as cidades da Copa

108 Agito

58 Agito

110 Adaptação

60 Entrevista central

112 Luz contra a violência urbana

68 Conheça nossa capa 4

Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | patrehder11@ig.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br Fotos publicitárias Juan Landiva - (19) 9-9371-4781 Fotos sociais Davis Carvalho - (19) 9-8210-9499 Impressão GRASS (São Sebastião da Grama / SP) - (19) 3646-7070 Capa: Modelo: Bárbara Angélica Matos Veste: Catleia - (19) 3622-2745 Acessórios: Morana - (19) 3622-3837 Maquiagem: Fernanda Carraro - (19) 3631-6125 Cabelo: Jacqueline Calixto Foto: Juan Landiva Siga a Revista Atua nas principais redes sociais: facebook.com/atuarevista @atuarevista


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caixa de entrada

’ Clonagem “Eu gostaria de parabenizar o autor da matéria O que a clonagem pode fazer por nós. Gostei muito da abordagem séria e sem radicalismos da matéria, principalmente na parte em que fala sobre o que as principais religiões pensam sobre o tema. Confesso que fiquei surpreso ao descobrir o motivo pelo qual a Igreja Católica é contra o processo e, por outro lado, admirado com a clareza e o senso crítico do Islã sobre o tema. Parabéns ao autor!” Rafael Silveira

Capa da edição 25 - Dezembro de 2013

“A matéria sobre os cinemas de São João é emocionante (...) recordo a minha juventude nessa cidade” Maria Auxiliadora da Costa

Impostos

Dica de livro

Panelas

“Achei esclarecedora a matéria publicada na ultima edição sobre os impostos no Brasil. É uma aberração que jatos, lanchas e afins não pagem IPVA (...) O problema da reforma tributária reside no modelo de ­financiamento das campanhas políticas. Uma das heranças mais pesadas da era FHC foi a autorização, a partir de 1997, do ­financiamento corporativo das campanhas. Esta deformação torna a aprovação de novas leis tributárias difícil” José Luis

“Vi a sugestão do livro Do Enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião e gostaria de informar que muito do que este livro aborda está disponível no site do autor, um português de nome B. Motta. O site é o seguinte: www.bmotta.planetaclix.pt. Para quem se interessa pelo tema dos Templários, Santo Graal e afins, é uma leitura quase que obrigatória” Fernando Bruscareta

“Acho que vocês poderiam se aprofundar mais na matéria sobre as panelas e falar sobre outros itens de nossa cozinha que também podem fazer mal a nossa saúde” Rafaela Silva

Cartas para esta seção... Podem ser enviadas para o email falecom@atuarevista.com.br ou por carta à rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.

O que você não vê na mídia A mídia nacional se tornou algo meio modorrento, com uma assustadora homogeneidade da atividade editorial, sem pluralidade e com pouca vida. Boas iniciativas tem vindo da internet, como o blog Vi o Mundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha. A ideia é mostrar o outro lado da notícia, que a grande mídia não mostra: os jogos de interesses, luta pelo poder, etc. Vale apena acompanhar diariamente. Acompanhe: www.viomundo.com.br

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radar

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moda

Animando o guarda roupa masculino O que realmente importa no mundo da moda é estilo próprio, ousadia e conhecer bem seu corpo por Mafê Murad

Para os homens as cores são um ponto crítico e temido em seu guarda roupa. Normalmente encontramos cores fortes apenas nas camisetas, sendo que as camisas têm sempre cores em tons pastel. Para a moda masculina, na qual os homens tem medo de sair do comum, a maneira mais bacana de quebrar a barreira do preto/cinza/branco, foram as calças coloridas. Quem pensa que essa é uma moda da ‘família Restart’, engana-se. Os parisienses foram alguns dos primeiros a começarem essa ‘tendência supercolorida’ com calças em

tons mais escuros. Chamativas, essas peças são garantia de um belo look para os homens de estilo. Eu, particularmente, adoro. Mostram que o homem está antenado com a moda, são divertidas e muito bacanas. Alguns preferem discrição, com modelos em cores mais comuns, como azul escuro e verde militar. Já os mais ousados optam por modelos em cores chamativas como vermelho, verde limão e amarelo. Para os que ainda estão na dúvida, as calças coloridas valem a pena, por deixarem seu look mais divertido, usando roupas mais sóbrias, combinadas a sapatos coloridos. Meus preferidos são docksides e sapatênis.

Exemplos coloridos para homens O guarda-roupa masculino está ficando mais moderno e renovado. Observamos muitas tendências das passarelas sendo adaptadas para as ruas e para produções casuais. Agora, você verá desfilando por aí, looks compostos por calças coloridas e lavagens impactantes. O receio que os homens tinham em relação à moda tornou-se decadente e eles devem ficar mais abertos para o novo e o diferente! Verde esmeralda Diferentes tons de azul

Jeans estampado

Bordô & púrpura

Mostarda

Fotos: Reprodução Internet

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moda

Acessórios exóticos A nova coleção de acessórios embarca em um mundo repleto de mistérios. Não é só o clima que muda com a estação, a moda também. E quando se trata de moda os acessórios também estão incluídos. Afinal, eles fazem composições e definem os looks. Falando nisso, a nova coleção de outono/inverno de acessórios irá surpreender a todos com um mix de tendências que proporcionam uma valorização das culturas exóticas, assim como a exploração de formas puras e da geometria. Em um refresh de inspirações, o dark e o folk contracenam sem medo. Viagens ao oriente, o rock dos anos 80, o minimalismo moderno e todo o glamour das realezas estarão na próxima temporada. O que vai usar - A nova coleção de acessórios embarca em um mundo repleto de mistérios. Os ricos detalhes do Império Bizantino tomam conta dos acessórios, carregados de brilhos. Desenhos de vitral, mosaicos e sobreposição de materiais como o vidro, resina, metais e madeira caracterizam a estação. Destacam-se os maxibrincos, os anéis suntuosos, e o dourado será essencial para criar uma sensação de luxo e poder. Em sintonia, a linha Exotismo Oriental da Morana, explora toda a suntuosidade do folclore de diversas culturas, principalmente do Leste Europeu. As belezas naturais, tradições e até mesmo o estilo único e diferente das jovens russas dão lugar a maxicolares enriquecidos com pedras estilo cabochon em cores fortes e impactantes como o vermelho rubi, verde escuro, azul Royal, roxo e tons de ouro e prata envelhecidos. Colares que lembram os clássicos sautoirs

também estão presentes, com suas franjas e pingentes. Mais além – Direto da Ásia vem à tona todo o minimalismo característico da moda japonesa. O “niponismo” que tomou conta do universo fashion nos anos 80, disseminado por estilistas como Yohji Yamamamoto, Rei Kawakubo e Issey Miyake, retornou com força total nas últimas temporadas. Formas geométricas e quase arquitetônicas, limpeza de excessos e cores sóbrias dominam os acessórios. Materiais sintéticos como PVC, acrílico, resina, vinil e cristais compõem as peças. Os tons mais neutros também podem ser vistos em peças. O preto, um clássico do guarda-roupa feminino, é adaptado aos colares, brincos e anéis com inspiração no universo punk e no rock dos anos 80, outra aposta dos grandes desfiles. Para a temporada de outono/inverno, mitos e memórias se fundem ao buscar reviver a magia do mix de estilos com irreverência e ousadia. Aproveite essas dicas e abuse dos acessórios na próxima estação. A

Pedras - As belezas naturais, tradições e até mesmo o estilo único das jovens russas dão lugar a maxicolares enriquecidos com pedras estilo cabochon em cores fortes e impactantes como o verde escuro, azul Royal, roxo e tons de ouro e prata envelhecidos. Fotos: Divulgação

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moda

O sobe e desce das saias As saias são peças coringas em qualquer estação por Mafê Murad

As saias são peças coringas em qualquer estação. Nem curtas, porque não combinam com as estações frias, nem longas. As saias, destaque desta temporada outono-inverno 2014, virão em comprimento midi, elegante tendência que remete aos anos 60. Por midi entende-se médio, ou seja, um comprimento médio terminando abaixo dos joelhos ou em cima da canela. Sempre acreditei que a sensualidade da mulher está mais presente em seu comportamento e atitudes do que no tamanho da sua saia ou na profundidade do decote. Claro, há aqueles dias em que você quer usar um vestido decotado, justo e

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acho válido. No entanto, é lindíssimo o comprimento de saia midi com cós alto, marcando bem a cintura e as curvas da mulher brasileira. Este comprimento fica bem tanto em magrinhas quanto em gordinhas. Pede um saltinho para não achatar visualmente o corpo e também cintura bem marcada para não ficar com cara de vovó. Dentro do universo midi há basicamente seis modelos: reta, lápis, evasê, godê, enviesada e plissada. As minhas queridinhas são as lápis e godês!! Para quem tem quadris largos, existe a opção pelo modelo evasê. Quem usa números maiores, pode se jogar no modelo godê, desde que seja com uma blusa mais sequinha. O grande segredo para usar o

comprimento midi é o equilíbrio. Basicamente, se você opta por uma saia mais justa, é bacana compor com uma blusa ou camisa que não marquem tanto o corpo. Mas, se o modelo que você escolher for o godê, aposte em uma camiseta mais justinha. Se quiser blusa e saia larguinhas é interessante marcar a cintura No caso, dá pra jogar um cintão, o que fica lindo! As saias longas nunca saem de moda. São sempre confortáveis nos dias quentes,. com chinelinhos. No inverno ficam lindíssimas com bota. E para quem ainda quer abusar das saias curtas, as godês ficam lindas com bota, em dias não tão frios ou com meia calça para dias com temperaturas baixas. Você tem que ter algumas no armário!


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Iza Graça para Glam-up

Uma loja, um ateliê, um espaço de criação, um ponto de encontro. Um ambiente no qual você encontra a sua moda, entre roupas e acessórios de marcas conceituadas no mercado nacional e internacional – como Uma, Alexandre Herchcovitch, Huis Clos, Juliana Gevaerd – ou novas marcas, garimpadas entre as mais atuais tendências. É também um espaço no qual você participa da criação da sua própria moda, seja encomendando roupas sob medida ou reciclando peças que já estavam esquecidas em seu guarda-roupa. Dessa forma, você concebe peças com estilo e personalidade. Com um olhar sensível aos movimentos da moda e do comportamento, a Glam-up trás para vocês dicas de moda para a nova estação:

Cores: os tons de cinza, preto, azul, vermelho, marrom, bege e off white. Silhueta: mais ampla e fluida. Assimetrias, fendas e recortes em paralelo com o romantismo dos bordados, nervuras e tricots Tricots e tecidos maleáveis favorecem o jogo de sobreposições, amarrações. Tecidos: veludo, crepe, seda, viscose, malha, couro e tricot.

Rua Getúlio Vargas 201 São João da Boa Vista Tel: 19 3631 5446

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Informe publicitário

OUTONO / INVERNO - 2014


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beleza

Foto: Reprodução Internet

Chegou a vez dela: a pele negra Saiba como conseguir a maquiagem perfeita A pele negra é naturalmente bonita e cheia de vitalidade. Mas, para torná-la ainda mais linda, nada como um make up adequado, com os produtos corretos e as cores perfeitas. É preciso estar atenta aos detalhes e usar sempre a base certa, os tons apropriados de sombra e de batom. Afinal, esse tipo de pele exige cuidados, e o risco de usar as cores erradas e ficar deselegante é grande. Entre algumas dicas, testar o produto antes de comprá-lo é fundamental. 18

Assim será possível escolher o melhor tom do corretivo, base e pó para que a pele não fique acinzentada. Antes de começar qualquer make, principalmente na pele negra que tende a ser mais oleosa, é preciso higienizá-la antes de iniciar a maquiagem e, em seguida aplicar o primer facial. Pele homogênea – Nas peles negras, algumas regiões do rosto tendem a ser mais escuras que as outras, como por exemplo, ao redor da boca, em volta

dos olhos e próximo à raiz dos cabelos. Por isso, a base deve ser bem escolhida. E aquelas que se adaptam melhor à pele negra são as de tons quentes e mais dourados. Para a maquiadora, Susan Junqueira, escolher a base ideal é muito difícil, porque são poucas as opções de cores disponíveis no mercado. “Devido as várias misturas de raças, hoje encontramos diversos tons de pele negra, e infelizmente não achamos muitas opções de produtos e cores específi-

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Proteção solar para pele negra A melanina, responsável pela pigmentação, é a principal diferença entre a pele negra e a branca. Ela funciona como um protetor solar natural e, por isso, diminui a propensão aos tumores cutâneos e minimiza o foto-envelhecimento. Mas mesmo assim a pele negra necessita de proteção solar e, ao contrário do que muitos pensam, é indispensável. A pele negra não fica avermelhada quando superexposta ao sol e por isso não dá o alerta de que está sendo prejudicada. Mas o uso de protetor solar é fundamental porque este tipo de pele tem predisposição à hiperpigmentação. Como a quantidade de melanina é maior na pele negra, ela precisa ser mais protegida do que as outras, para não pigmentar demais. A exposição solar sem a devida proteção aumenta o risco de câncer de pele. Para negras, a recomendação é de, no mínimo, um fator de proteção solar 30, que protege contra a degeneração do DNA das células e deve ser usado diariamente.

cas. Algumas marcas têm as cores marrom, chocolate, castanho claro e escuro, então o jeito, muitas vezes, é fazer uma boa análise da pele e ir misturando tons para dar a cor ideal”, explica Susan. Ela também fala sobre como melhorar algumas imperfeições: “Dá para diminuir a bochecha, afinar o nariz e diminuir a testa, usando um tom abaixo da cor escolhida. Ainda falando de base, se a cor da pele estiver mais uniforme, sem manchas, pode-se usar uma que deixe a pele mais clara junto a um pó mais escuro, ou vice-versa, resultando num tom ideal”, comenta a maquiadora. Para corrigir as temidas olheiras, a dica é fazer uma mistura de cores com o corretivo e um pouco de base.“Para olheiras, a dificuldade de encontrar a cor piora ainda mais, mas tome muito cuidado, pois você pode deixar a região dos olhos mais clara fazendo essa misturinha.Na dúvida, só uniformize a pele com a base”, avisa. Outras tonalidades de corretivos podem ser aplicadas dependendo da cor da imperfeição: corretivo verde é 20

indicado para imperfeições ou cicatrizes avermelhadas; corretivo amarelo é indicado para pequenos hematomas roxos; corretivo lilás é indicado para imperfeições amarronzadas ou amarelo-alanranjadas. “É muito importante ressaltar a dificuldade de se encontrar cores de base, pó e corretivo para comprar. Mesmo com o grande número de pessoas negras, com seus vários tons de pele, os produtos são escassos no mercado.” Cores – A escolha das cores que serão usadas no make é fundamental, quando se trata da pele negra. Algumas delas cairão perfeitamente bem, mas em compensação outras, ao invés de melhorarem a aparência, podem estragar toda a produção. De acordo com a maquiadora, o pó compacto deve ter um tom acetinado, pois não tem excesso de brilho e deixa a aparência aveludada. Quanto aos iluminadores, a melhor opção é usar aqueles com partículas douradas que realçam a beleza da pele negra. “No caso da pele ser oleosa, é bom usar o pó opaco. O emprego de cores er-

radas leva ao risco de a pele do rosto destoar da do corpo, ficando esbranquiçada, acinzentada ou até amarelada”, complementa Susan. Agora, quando se trata de sombras, tudo fica mais fácil. Afinal, a diversidade de cores é grande. Os tons que se encaixam melhor na pele negra são: marrom, dourado, verde, azul escuro (o azul claro tende a puxar para o branco) tons de rosa, roxo, vinho e lilás. E o blush? Quais as cores mais indicadas? Conforme a especialista nada melhor que usar blush rosa queimado, framboesa, ameixa e terracota. São os ideais para a beleza negra. Para os lábios, interessantes são o batom rosa, o vermelho escuro, o ameixa e o vinho. No caso do gloss, usar tons rosa escuro, vinho e ameixa. “Em lábios muito carnudos, é bom evitar as cores claras como vermelho-alaranjado e rosa claro, pois darão mais volume”. Já as máscaras para cílios, aquelas que destacam mais intensamente os cílios da mulata ou negra, a melhor tonalidade é a preta. A


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beleza

Conheça os efeitos do formol Especialista indica alternativas para deixar os cabelos lisos sem prejudicar a saúde Quando o assunto é beleza, as mulheres não medem esforços para conquistá-la das formas mais absurdas possíveis . Suportam dores, tratamentos desconfortáveis, cheiros fortes e até riscos de prejudicarem a saúde. É o caso da escova progressiva, que expressa bem esse cenário de sacrifícios, e que tomou conta dos salões de beleza nos últimos anos. Quem opta por esse tratamento tem sempre a mesma opinião: ele dá brilho, balanço, maciez e naturalidade aos fios por aproximadamente 30 dias. Sem contar que cabelos lisos são a preferência das mulheres brasileiras. Mas o problema é que, por falta de informação, muitas pessoas acabam prejudicando a saúde na tentativa de conFoto: Reprodução Internet

seguir deixar os cabelos lisos. Conforme a dermatologista, Renata Sales, a escova progressiva não é considerada um procedimento seguro pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Os cabelos levemente ondulados, com movimento e um pouco de volume estão tomando o lugar do efeito muito liso. Com isso, novos tratamentos para disciplinar os fios, sem deixá-los tão escorridos, foram lançados e estão sendo bastante utilizados.”, afirma Renata. Proibida – O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando absorvido pelo organismo, por inalação e principalmente pela exposição prolongada, apresenta como risco

o aparecimento de câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça. Pode causar também dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório, levando até ao edema pulmonar e pneumonia. “Quando inalado em excesso há grande chance de provocar alergia, ardor na pele e nos olhos e irritação das vias aéreas, com tosse e falta de ar. No caso da escova progressiva, dependendo da concentração do formol, pode ainda causar a queda dos cabelos”, explica a dermatologista. O risco do formol em sua aplicação indevida é maior em proporção à concentração e à frequência do uso. Ocorre pela inalação dos gases e pelo contato com a pele, sendo perigoso para profissionais que aplicam o produto e para usuários. “A Anvisa não registra relachantes capilares que tenham como base o formol em sua fórmula de alisamen-

Formol - Devido a sua solubilidade em água, o formol é rapidamente absorvido no trato respiratório e metabolizado. Embora o formol seja capaz de penetrar na pele humana, sua absorção é mais leve, porém pode induzir a ferimentos de contato. Desta forma, o formol é tóxico se ingerido, inalado ou tiver contato com a pele, segundo o INCA.

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to. A substância só tem uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (limite máximo de uso permitido 0,2%) e como agente fortalecedor de unhas”, fala Renata. Todos os produtos registrados pela Anvisa, que apresentam o formol na sua composição, têm as concentrações da substância dentro dos limites previstos nas legislações. Antes de se decidir pelo alisamento, o ideal é solicitar ao salão que verifique qual é o produto que está sendo utilizado. E aceitar apenas se for um produto industrializado, pois se for fórmula própria do salão, não há segurança sobre o produto, sendo que há o risco de conter formol. Alternativas – A especialista afirma que já existem outros princí-

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pios ativos que substituem o formol, como os silicones. Mas um cuidado deve ser sempre mantido: é preciso fazer o teste alérgico antes de aplicar a técnica. Outras substâncias que podem ser utilizadas em alisamentos capilares já foram registradas pela Anvisa. Entre elas estão o Tioglicolato de Amônio, Hidróxido de Sódio, Hidróxido de Potássio, Hidróxido de Cálcio, Hidróxido de Lítio e o Carbonato de Guanidina. Mais uma alternativa de alisamento é a luz azul que, em combinação com outros produtos, deixa os fios lisos. Essa luz não é laser, não fere os olhos e não esquenta. “Ela ativa as substâncias dos produtos e faz a transformação dos fios . Outras opções são: a selagem capilar, na qual se utiliza uma chapa de

cerâmica para que o produto aplicado penetre no interior do fio, sendo que no lugar do formol entram ampola e máscara à base de aminoácidos. Ainda, a escova de óleo de argan e escova de aminoácidos”, explica a dermatologista. Cuidados - Após realizar qualquer uma delas, é preciso tomar alguns cuidados. Aconselha-se lavar os cabelos com xampu sem sal, o que vai manter o efeito da progressiva por mais tempo. Mesmo quem tem progressiva no cabelo precisa aplicar uma máscara hidratante, pelo menos a cada 15 dias, para recuperar a umidade natural que envolve os fios e que perdemos no dia-a-dia pelas agressões do ambiente (sol, vento, poluição, ar condicionado, etc). A


beleza

Cigarro, bebida alcoólica e noite mal dormida... Se não quer que sua pele envelheça, fique bem longe desses hábitos Envelhecer? Ninguém quer. Rugas, pé de galinha e manchas? Dizem que são características de pessoas mais velhas. Mas, será mesmo? Afinal, especialistas confirmam: noites mal dormidas, consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, muitas festas e outros hábitos colocam a pele dos jovens em risco. Essa rotina intensa de baladas, além de causar danos à saúde, pode envelhecer precocemente a cútis dos baladeiros. Isso porque cada vez mais novos, e independente do dia, eles se reúnem em bares próximos às faculdades, em postos de gasolina, nas casas de amigos e depois esticam para as baladas até amanhecer. De segunda a segunda. Sempre consumindo bebidas alcoólicas e cigarros. Mas, o que faz parecer uma vida cheia de emoção, representa, na verdade, um grande risco a essas pessoas, que provavelmente terão problemas de saúde muito antes do que seus pais. Outro problema pode ser em relação à aparência, que pode ficar bastante comprometida, resultando em milhares de jovens adultos envelhecidos precocemente. Para a médica dermatologista Renata Lise a pele sofre e envelhece antes da hora se não for cuidada da maneira correta. “Noites mal dormidas, só por alterarem o horário de sono, podem causar problemas para a saúde, assim como 24

para a pele, que sofre algumas consequências como ressecamento, edema, acentuação das olheiras e envelhecimento precoce”, explica a dermatologista. Tabagismo - Cada cigarro diminui a oxigenação da pele por 90 minutos. Imagine quem fuma mais do que um por dia. Resultado: a pele fica grossa e amarelada, por causa da nicotina, sem viço e opaca. Além de todos os problemas que causa à saúde, o cigarro também provoca distúrbios no metabolismo e acelera a perda de colágeno, células responsáveis por dar sustentação e elasticidade à

pele, favorecendo a flacidez. Existe até uma expressão para descrever o conjunto de características faciais que incluem rugas, sulcos, falta de brilho e tonalidade acinzentada da pele: ‘rosto de fumante’. A especialista confirma que o fumo acelera o envelhecimento, e assim faz com que o jovem fumante aparente mais idade que os outros que têm vida saudável. “O tabaco inalado afeta o nível de oxigenação da pele. A nicotina é um potente vasoconstritor e dificulta o fluxo sanguíneo, assim a oxigenação faz-se deficientemente no nível celular, o que

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HERING STORE - S達o Jo達o da Boa Vista / S達o Jos辿 do Rio Pardo


acarreta envelhecimento prematuro”, afirma a médica. É comum nas mulheres que fumam surgirem precocemente imensas rugas à volta da região perioral, perpendiculares aos lábios. São pequenas rugas, que ainda não têm a profundeza das pessoas mais velhas, mas que já começam por volta dos 30 anos. “Além do envelhecimento precoce da pele, o tabaco também inibe a produção dos fibroblastos, células importantes que produzem o colágeno e a elastina, materiais existentes na derme, que dão textura e elasticidade à pele e impedem a flacidez, a pele se torna amarelada e sem brilho.”, conta Renata.

ganismo descansar. Durante o sono são produzidos hormônios “rejuvenescedores”, como a melatonina e o hormônio do crescimento. Estes são calmantes e reparadores. Por isso, a falta de sono ou noites badalando pela madrugada resultam em pele sem viço e com olheiras. Se além de não dormir bem e fumar, a pessoa também costuma ingerir álcool regularmente, o inchaço poderá ser percebido não apenas nos olhos, mas no rosto todo. Então, além de evitar uma vida de excessos, os jovens devem dormir pelo menos sete horas por noite se não quiserem envelhecer precocemente.

Noites mal dormidas – Outro fator importante para manter a pele bonita e saudável é a qualidade do sono. Dormir mal, sem a quantidade necessária, causa estresse e não dá tempo para o or-

Bebidas alcoólicas - Mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode acelerar o envelhecimento da pele. Duas latinhas de cerveja já são suficientes para causar danos à saúde da cútis.

Além disso, o consumo do álcool etílico, o tipo mais comum encontrado nas bebidas, pode tirar o brilho e causar desidratação no organismo. Sem contar que com o tempo priva a pele de nutrientes e vitaminas (principalmente a vitamina C) acelerando o processo de envelhecimento. Essa bebida é um agente dilatador dos vasos sanguíneos e provoca alterações nas células. Assim, causa doenças como dermatite seborreica, elevação da oleosidade no rosto, vermelhidão facial e desidratação. Conforme a dermatologista o consumo de álcool altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que são os causadores do envelhecimento. “Com exceção à regra é o vinho tinto, que contém flavonoides, com ação antioxidante, que pode ser consumido moderadamente e combater os radicais livres”, explica ela. A

Revitalize a pele depois da balada! O que acontece? Em uma noite de balada, a pele sofre com diversos agentes. Cigarro e bebidas alcoólicas liberam radicais livres que intoxicam a pele, deixando-a opaca. A maquiagem entope os poros e dificulta a respiração da pele. O que fazer? • Beba muito líquido para repor a hidratação que a pele ..... ......perdeu, principalmente por conta da bebida; • Retire toda a maquiagem antes de dormir e passe um .....hidratante a base de vitaminas C e E, que melhoram a .....aparência da pele. Faça o processo mesmo que não .....tenha utilizado maquiagem; • Procure dormir até se sentir descansada. Máscara Se nada adiantar, faça uma máscara calmante e hidratante com duas colheres de sopa de abacate, uma colher cheia de mel e cinco rodelas de pepino. Depois de bater tudo no liquidificador, aplique na pele e deixe agir por uma hora. Depois, lave bem. As propriedades hidratantes do mel e do abacate e as antioxidantes do pepino devolverão à pele o aspecto saudável, além de diminuir as olheiras. 26


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saúde

Cuidado: triturar ou partir remédio altera seu efeito Drogas podem ter ação reduzida ou potencializada Ingerir o medicamento com bebidas como refrigerante, leite e suco também pode interferir na absorção da droga pelo organismo. Farmacêuticos alertam para os maus hábitos relacionados à forma como os medicamentos são ingeridos. Partir, triturar ou ingeri-los com alimentos pode potencializar ou reduzir seus efeitos. “90% das pessoas que consultam o médico saem com receita médica. Mas a farmácia precisa estar vinculada aos serviços de saúde; do contrário, o paciente pega o remédio na gôndola e toma como quiser. Por isso existe um grande número de intoxicação e de inatividade do medicamento”. É falta de orientação, diz Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo). Um dos principais erros é triturar comprimidos ou abrir o conteúdo de cápsulas para facilitar a deglutição.

“É um problema e é sério. Uma cápsula pode ser desenvolvida para não se degradar no estômago. Se você retira o conteúdo da membrana, ele pode perder o efeito”, afirma Chung Man Chin, do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara. Absorção acelerada - Outro problema desse procedimento é acelerar a absorção dos princípios ativos pelo organismo. Como cada comprimido é planejado para ter um tempo de atividade e assimilação no corpo, a quebra de um revestimento, por exemplo, pode desregular esses mecanismos. “Se for um remédio com revestimento ou estrutura que permitem uma liberação prolongada, acaba-se com a função do medicamento, correndo o risco de ocorrer uma absorção intensa

e sofrer intoxicação”, alerta Maria Aparecida Nicoletti, farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo). O mais indicado, caso seja difícil ingerir o remédio inteiro, é procurar outras formas de apresentação, como gotas ou xaropes. “Existem fórmulas para crianças, em tamanhos ou formas mais adequadas, por exemplo. Não é preciso improvisar”, afirma Rizzi. Quebrar o comprimido ao meio também não é indicado. Alguns especialistas acreditam que os princípios ativos da droga não estejam distribuídos igualmente por todo o produto, ainda que sejam feitos testes de uniformidade durante a produção. O principal problema nesse caso é, novamente, a absorção incorreta do medicamento pelo organismo. Alguns analgésicos e antialérgicos, por exemplo, têm um sistema de libera-

Cápsulas - Um dos principais erros é triturar comprimidos ou abrir o conteúdo de cápsulas para facilitar a deglutinação. “ Uma cápsula pode ser desenvolvida para não se degradar no estômago. Se você retira o conteúdo da membrana ele pode perder o efeito”.

Foto: Reprodução Internet

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ção modificada, se cortados, podem perder o efeito. Antibióticos são normalmente revestidos por serem sensíveis ao pH ácido do estômago e devem passar íntegros pelo órgão. Uma vez quebrados, podem perder parte das propriedades. “No entanto, quando o médico sugere que se parta o medicamento, entende-se que ele conhece a proposta do remédio e sabe se é possível ou não usar somente uma parte”,

pondera Nicoletti, da USP. Bebidas - Alguns remédios interagem com bebidas, caso dos antibióticos, que não devem ser ingeridos com leite - o alimento reduz o efeito da droga. “Alguns antipsicóticos podem interagir com algumas bebidas e perder as propriedades desejadas”, acrescenta Chin. Ingerir remédios em gotas misturados a bebidas com sabor

-como sucos e refrigerantes- para mascarar o gosto ruim também pode levar à redução do potencial terapêutico do remédio. O recomendado é diluí-los em água. Segundo o CRF-SP, os remédios são a principal causa de intoxicação nos centros de fármaco-vigilância em todo o país, um dos motivos são interações medicamentosas, que podem ocorrer com falta de orientação sobre o uso das drogas. A

Os perigos das interações medicamentosas Valer-se de remédios ao belprazer. Deixar de ler bulas. Ingerir cápsulas ou comprimidos para fins diversos. Eis aí a receita de um coquetel molotov capaz de mandar a saúde, e em alguns casos, a própria vida, para o espaço. Trata-se do que os especialistas denominam de interação medicamentosa. Em outras palavras, é o que acontece quando o princípio ativo de uma determinada droga, a substância que produz os efeitos terapêuticos esperados, interfere na atuação do composto de outro remédio. A combinação química, então, é capaz de gerar resultados diversos. Pode ocorrer o que é definido como sinergia. “Nesse caso, uma medicação acaba potencializando a ação da outra”, explica Roberto Belo Pereira, coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Rio de Janeiro, que fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Situação inversa também pode ocorrer, ou seja, uma droga anularia o efeito da outra, configurando-se o chamado antagonismo. A interação medicamentosa é um problema mais comum do que se supõe. “Não só no Brasil, mas em todo o mundo”,revela o clínico geral Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. “No entanto, não temos ideia de sua dimensão”, completa o médico sanitarista José Ruben de Alcântara Bonfim, coordenador executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos.Em terras brasileiras o quadro talvez seja até mais grave. Isso porque, como lembra Bonfim, as pessoas têm acesso indiscriminado a quase todo tipo de remédio nas farmácias nacionais, mesmo àqueles que requerem a apresentação de receita. “Além disso, mesmo os medicamentos de venda livre, podem interagir com aqueles adquiridos sob prescrição”, alerta o médico sanitarista.

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saúde

Câncer bucal: previna-se O câncer bucal é mais frequente entre os indivíduos do gênero masculino A prevenção é a melhor forma de cuidar da saúde. Principalmente quando se trata do câncer bucal. Se o caso for diagnosticado rapidamente e o tratamento feito corretamente, ele poderá ser curado. Mas não exagere, pois nem toda ferida, mancha ou inchaço na boca, língua ou lábio são tumores. Cerca de um terço de toda a população sofre ou sofrerá com isso em algum momento da vida. Há vários tipos de feridas e de enfermidades bucais. As mais comuns são as aftas, o herpes simples, a leucoplasia (placa branca) e a candidíase (sapinho). Mas, se a ferida persistir durante uma semana ou mais, aí sim ela deverá ser examinada por um dentista. Às vezes é recomendável que se faça uma biópsia (retirada de tecido para ser examinado) para que se possa detectar a causa, e assim eliminar a possibilidade de doenças sérias como o câncer e também a AIDS.

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A doença - O câncer bucal é mais frequente entre indivíduos do gênero masculino e com idade superior a 40 anos, apesar da observação recente do aumento da incidência em mulheres e jovens. Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, é a quinta doença cancerígena que afeta os homens e a oitava entre as mulheres. Nele inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de dois centímetros de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Também dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço.


Os principais fatores de risco são: álcool, bebidas destiladas ingeridas cronicamente por longos períodos, tabaco; riscos cumulativos com o aumento do período de exposição à radiação solar. Afeta principalmente pessoas de pele clara, sendo responsável pela maior parte dos cânceres de lábio inferior. Prevenção - Hoje em dia, muitos tipos de câncer têm cura, desde que tratados no início. O câncer de boca é um dos mais prováveis de serem curados, pois está em local de fáceis visualização e acesso. Além disso, é possível esclarecer a população sobre a necessidade da eliminação dos fatores de risco associados ao desenvolvimento do câncer, bem como orientá-la sobre a importância da realização do autoe-

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xame de boca periódico, já que a doença nas fases iniciais não apresenta sintomas e a chance de cura representa 80% dos casos. O autoexame bucal trata-se de um exame simples e eficaz, capaz de detectar precocemente as alterações na cavidade bucal. Pode e deve ser realizado por qualquer pessoa, principalmente em homens e mulheres acima dos 40 anos, fumantes e que fazem uso de bebida alcoólica. A técnica consiste em inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle,

a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas. Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). Vale ressaltar que qualquer pessoa pode e deve fazer o autoexame. Procure um local bem iluminado, na frente de um espelho e observe toda a pele do rosto, do pescoço e dos lábios. Veja se encontra alguma mancha, caroço ou ferida que não tenha cicatrizado em 15 dias. Observe todo o interior da boca, como as bochechas, a língua e não se esqueça do céu da boca. Se encontrar algum dos sinais citados acima, procure rapidamente a Unidade de Saúde da sua área de abrangência e comunique ao seu médico ou dentista. A


saúde

Autismo: o transtorno azul Para o diagnóstico, é preciso observação extrema O mês de abril ficará azul. E sabe por quê? Porque é neste mês o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Dia 2 de abril foi a data decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas), desde 2008, para divulgar o transtorno do espectro autista (nome “oficial” do autismo). E o azul? Esta é a cor definida como símbolo do autismo, pois a síndrome é mais comum entre os meninos, na proporção de quatro meninos para cada menina. A ideia deste dia é iluminar os pontos importantes do planeta na cor azul, para chamar a atenção da sociedade, falar sobre o assunto e levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome. No mundo, a ONU calcula que existem 70 milhões de pessoas com o transtorno. No Brasil, estima-se cerca de 2 milhões de autistas,sendo que mais da metade ainda não foi diagnosticada. Autismo - Vários estudos e pesquisas estão em andamento. Existem muitas indagações e falta de conhecimento a respeito deste transtorno, que ainda é desconhecido por grande parte dos educadores e pais. O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), também conhecido como transtorno global do desenvolvimento (TGD). Há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro até de raros casos com di44

Foto: Reprodução Internet

versas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger, um tipo leve, atribuído, inclusive, aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein. Ele pode aparecer nos primeiros anos de vida ou durante o período do desenvolvimento da criança. Normalmente, as características se tornam aparentes por volta dos três anos de idade. Alguns números relatam que a taxa média de prevalência do Transtorno Autista é cerca de 20 casos por 10 mil indivíduos, sendo mais comum entre os meninos. E essa incidência em crianças é mais comum

e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. As primeiras pesquisas relacionadas ao transtorno foram publicadas em 1943, por Leo Kanner. Em 1944, Hans Asperger, outro pesquisador, desenvolveu uma tese expondo um conjunto de sinais semelhantes aos descritos por Kanner, observados em crianças de três anos de idade. Conforme a pedagoga, Flavia Alencar, o transtorno é um conjunto de sintomas, onde a capacidade para pensamentos abstratos, jogos imaginativos e simbolização fica muito prejudicada. “A criança cria for-

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Sistema Nacional de Transplantes

Aos 7 meses, eu ganhei um coração.

Há 7 anos, eu agradeço esse presente. Matheus tinha apenas 7 meses quando recebeu um coração. Hoje ele já tem 7 anos e comemora esses anos de vida graças a um doador. Todos nós podemos ser doadores de órgãos, basta comunicar esse desejo à família.

Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com sua família. @doeorgaos_MS

/doacaodeorgaos

Matheus Bitencourt Lazaretti

Melhorar sua vida, nosso compromisso.

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mas próprias de relacionamento com o mundo exterior. Não interage normalmente com as pessoas, inclusive com os pais, e nem manuseia objetos adequadamente, gerando problemas na cognição, com reflexos na fala, na escrita e em outras áreas”, explica ela. Diagnóstico - Para o diagnóstico é preciso observação extrema. Não existem exames médicos para diagnosticar o autismo. Ele deve ser baseado na observação de comunicação do indivíduo, do comportamento e níveis de desenvolvimento. No entanto, pelo fato de muitos dos comportamentos associados ao autismo são serem também compartilhados por outros transtornos, vários exames médicos podem ser utilizados para excluir ou identificar outras possíveis causas dos sintomas que estão sendo exibidos. À primeira vista, algumas crianças aparentam ter distúrbio de comportamento, problemas de audição, ou até mesmo um comportamento excêntrico, sintomas que podem ocorrer com os autistas. No entanto, é importante distinguir o autismo de outras condições, uma vez que um diagnóstico preciso e identificação precoce proporcionam a base para a construção de uma educação adequada e um eficaz programa de tratamento. Uma breve observação em uma única configuração não pode apresentar uma imagem fiel das habilidades de um indivíduo. Pais, professores e o histórico de desenvolvimento são importantes componentes na hora de se fazer um diagnóstico preciso. Ainda que o espectro demande cuidados por toda a vida, o derrotismo é o maior inimigo da criança. 46

É fundamental que a concepção na educação não seja centrada apenas na patologia, mas principalmente no indivíduo. No Brasil, há necessidade se alertar as autoridades e governantes, sobretudo, para a criação de políticas de saúde pública com vistas ao tratamento e diagnóstico do transtorno, além de apoiar e

subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico e, consequentemente uma intervenção precoce, podem oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para que a seguir se inicie estatísticas na área, a fim de se ter a ideia da dimensão dessa realidade no Brasil, e assim transformá-la. A


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Conheça as cidades da Copa O que não falta, são lugares maravilhosos para se visitar no Brasil É, a Copa do Mundo de Futebol 2014 está chegando. E desta vez o Brasil foi o país escolhido para sediar o campeonato mundial. Nota-se que o gosto pelo futebol parece ser uma das poucas unanimidades nacionais do Brasil. Resta saber se as cidades brasileiras conseguirão vencer a batalha de sediar uma Copa. Afinal, são vários os problemas que precisam ser sanados: saneamento básico, transporte, violência, entre outros. A Copa 2014 será a oportunidade para o país dar um salto na modernização e aproveitar para captar investimentos que possam transformar - nos em um dos mais importantes destinos turísticos do mundo. Pois lugares maravilhosos para se conhecer é o que não faltam.

Um evento grandioso como esse torna o país uma vitrine capaz de mostrar, a milhões de pessoas, de todos os lugares do planeta, aspectos que vão muito além de estádios e disputas esportivas. Turismo – Graças à exposição midiática causada pela Copa, o setor cresceu 5,6% em 2013 -acima da média mundial e quebrou o recorde histórico que havia sido em 2005. O Brasil recebeu mais de seis milhões de estrangeiros e, em 2014, só a Copa, deve trazer meio milhão de pessoas. Serão 12 cidades brasileiras, todas capitais, que terão em seus estádios jogos do Campeonato Mundial. Entre elas estão:

Belo Horizonte - Minas Gerais Capital projetada no final do século XIX, Belo Horizonte é conhecida por seu potencial econômico e atrai milhares de turistas de negócios anualmente. Terceiro centro industrial do país, BH também é a porta para o turismo cultural em cidades históricas como Ouro Preto, Mariana, Sabará, Congonhas e Caeté. Clima agradável, belas paisagens, arquitetura eclética completam o amplo mosaico oferecido. Atualmente Belo Horizonte — ou BH, como é conhecida por todos — é o sexto município mais populoso do Brasil, com pouco mais de 2,4 milhões de habitantes, enquanto a área metropolitana, que engloba um total de 34 cidades, ocupa a terceira posição no país, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.

Foto: EMBRATUR

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Brasília - DF Formada por pessoas vindas de todos os cantos do país, a capital possui uma rica diversificação cultural e gastronômica, além de ocupar o posto de terceira cidade mais rica do país. Tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, a cidade inaugurada em 1960 foi projetada pelo arquiteto Lúcio Costa, com edificações desenhadas por Oscar Niemeyer. Uma das características mais marcantes da cidade são as largas avenidas, que envolvem os prédios públicos e se espalham pelas asas norte e sul, as quais, por sua vez, são divididas nas chamadas superquadras, cada uma contendo diversos edifícios. No extremo leste do plano piloto está a Praça dos Três Poderes, onde se encontram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Considerada uma cidade de vanguarda em termos de arquitetura, Brasília tem na Catedral Metropolitana e na Ponte Juscelino Kubischeck, estruturas mais distintas. Ambas foram projetadas por Oscar Niemeyer, o homem por trás da maioria das marcantes construções da nova capital. Pela sua arquitetura, Brasília é a única cidade do mundo construída no século XX a ser declarada pela UNESCO como um Patrimônio da Humanidade.

Cuiába - Mato Grosso do Sul A capital do Mato Grosso, Cuiabá, está localizada exatamente no centro geográfico da América do Sul. Conhecida como “cidade verde”, por conta de sua generosa arborização, Cuiabá é o principal centro industrial, comercial e de serviços do estado de Mato Grosso. Importante polo agropecuário do país, é também porta de entrada de belíssimas regiões turísticas, tais como a Chapada dos Guimarães e a região norte do Pantanal, berço da fauna e da flora regionais. Cuiabá localiza-se em um local privilegiado para os turistas, ponto de encontro de três dos ecossistemas mais importantes e característicos do Brasil: as savanas do Cerrado, as terras úmidas do Pantanal e a Amazônia.

Fotos: EMBRATUR

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Curitiba - Paraná Cidade do Brasil que mais prima pelo planejamento urbano, Curitiba tem boa estrutura de transportes e acessibilidade garantida, o que facilita percorrer em um dia suas principais atrações, como o parque da Pedreira Paulo Leminski e a Ópera do Arame. Apesar de seu crescimento vertiginoso, a cidade ainda consegue manter-se relativamente calma, graças ao sistema de transporte coletivo. A diversidade cultural curitibana é fruto da imigração do século XIX. Nesta época, a região Sul recebeu um grande número de alemães, italianos, ucranianos e poloneses. Esses traços são perceptíveis, principalmente no bairro de Santa Felicidade, que abriga diversas cantinas italianas, no Bosque Alemão e no Memorial Ucraniano, localizado dentro do Parque Tingui, o qual conta com a réplica de uma igreja típica do país.

Fortaleza - Ceará Destino turístico dos mais procurados, Fortaleza se destaca pelas belezas do seu litoral. Só nos limites do município são 15 praias, sendo que uma das mais frequentadas é a de Iracema. Nela, além de prédios históricos, como a Igreja de São Pedro, o Estoril e a Ponte Metálica, o visitante encontra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Fotos: EMBRATUR

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Manaus - Amazonas Muita natureza e prédios históricos compõem a paisagem da capital amazonense, ponto de partida para passeios ecológicos que apresentam a Floresta Amazônica. Parques ecológicos, passeio de barco até o encontro dos rios Negro e Solimões e trekking na mata agradam os turistas mais radicais, enquanto museus e o Teatro Amazonas cuidam da diversão daqueles que preferem algo mais tranquilo.

Natal - Rio Grande do Norte Belas praias e dunas atraem anualmente mais de dois milhões de turistas brasileiros e estrangeiros à Natal. Por conta do ar puro e do clima privilegiado, a capital do Rio Grande do Norte ficou conhecida como “Cidade do Sol”. Com mais de 800 mil habitantes, passa atualmente por um crescimento demográfico e imobiliário que fortalecem a economia local.

Foto: EMBRATUR

Porto Alegre - Rio Grande do Sul Apesar de ser uma cidade grande, a capital gaúcha ainda conserva os ares e as tradições de uma cidade pequena. Os parques são frequentados por muitos e são ideais para tomar o bom e velho chimarrão. Há também churrascarias e restaurantes tradicionais italianos e alemães para quem aprecia a boa culinária.

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Recife - Pernambuco Cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando seus bairros, Recife apresenta diversos atrativos turísticos. Conhecida como Veneza Brasileira, a capital pernambucana é repleta de praias e história. Olinda, município vizinho, abriga um patrimônio histórico valioso. Igrejas, museus e feiras de artesanato completam o cenário.

São Paulo - SP São Paulo é hoje uma metrópole global. A cidade abriga os melhores locais para comer, dormir, comprar, passear e fazer negócios do país. Com mais de onze milhões de habitantes, a capital paulista recebe cerca de 90 mil eventos anuais. O espaço cultural da cidade também é amplo, com diversos cinemas, museus, centros culturais, teatros e casas de espetáculos.

Salvador - Bahia Conhecida por sua beleza natural e pela boa receptividade do povo, Salvador é umas das principais cidades turísticas do Brasil. Sua orla é conhecida por ter águas calmas e cristalinas. A cidade fica ainda mais iluminada durante o Carnaval, com festas de rua tanto na orla quanto no centro histórico (Pelourinho).

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Fotos: EMBRATUR

Rio de Janeiro - RJ A Cidade Maravilhosa, como é conhecida, é um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país. O Rio de Janeiro é internacionalmente conhecido por diversos ícones culturais e cartões postais, como o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, além das praias de Copacabana e Ipanema. Palco da final do Mundial, os cariocas também se preparam para a Olimpíada de 2016.

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entrevista

Eles dominam a cozinha... Jovens, irmãos e empreendedores, Fábio e Luana Perez se destacam na alta gastronomia

por Fernanda Goulardins

O ato de cozinhar definiu a essência, enquanto que o sucesso é a consequência de muito trabalho. Tudo começou com o gosto pela culinária e se transformou em vida profissional. De família sanjoanense, os irmãos Fabio e Luana Perez, que cozinhavam socialmente, para os amigos, por puro prazer, hoje administram o restaurante Bendito Cacao, em Aldeia da Serra, São Paulo. O gosto vindo da mãe e do avô materno despertou Foto: Divulgação

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nos dois o interesse e a curiosidade pela gastronomia. E assim, graças a uma ideia em família, surgiu o primeiro restaurante: O Spaço. Hoje os dois estão no comando do Bendito Cacao Restaurante e Buffet, que está localizado em Aldeia da Serra, Barueri, a 8 km de Alphaville e 30 km de São Paulo. O Bendito Cacao é um complexo com pouco mais de 2500 metros quadrados, com restaurante para aproximadamente 100 pessoas e dois salões de eventos: o Bendito Cacao Buffet, com a capacidade para até 300 pessoas e a Bendita Toscana, que comporta até 500 pessoas.


Como tudo começou? Por esse gosto vem da família, conte como foram passados a vocês dois esses dotes culinários? Tudo começou com nossos almoços familiares na chácara ou na casa dos meus avós. Sempre nos reuníamos e desde aquela época a gastronomia fazia parte da nossa família. Muitas receitas e sabores fizeram com que essa paixão viesse à tona. Passamos muitos domingos com meu avô Oswaldo e minha mãe, nossa inspiração, rodeados de panelas. E nós, sempre ali de olho, aprendendo e ajudando como podíamos. Sem contar os deliciosos almoços e doces preparados pela Dona Denis, minha avó paterna, que também tem mãos de ouro. Com toda essa base, não poderíamos ter seguido outro caminho. O hobby que virou profissão começou com o restaurante Spaço, em São João, inaugurado no final de 2005. Minha mãe passava em frente à casa onde ele funciona hoje e dizia: ‘Um dia vou ter um restaurante aqui, nessa casa´. Na mesma época, meu irmão (Fábio), que sempre gostou de cozinhar e tinha essa mesma vontade, voltou a São João depois de concluir seus estudos fora. Assim aconteceu deles fazerem essa parceria, essa sociedade. Na verdade, o Spaço começou com festas pequenas, feitas entre minha mãe e a D. Salma Adib, nas quais eu também, de certa forma, já estava inserida. Eu tinha apenas 15 anos, mas ajudava, fazíamos eventos para no máximo 100 pessoas. Lembro–me de que chamavam ‘Entre Amigos’, porque eram comemorações bem pequenas. Depois disso veio a oportunidade de criar o restaurante, entrando os quatro sócios – Cecília Perez, Fábio Perez, Salma Adib e Vera Adib, mães e filhos. Nessa época eu estava fazendo intercâmbio e, quando voltei para o Brasil, o restau61

rante já estava aberto. Então entrei na Faculdade de Gastronomia, em São Paulo, mas voltava para São João todos os finais de semana, para ajudá-los.

Qual foi a formação sua e de seu irmão nesta área da gastronomia? Eu me formei em Gastronomia no ano de 2008, no Senac São Paulo, Campus de Santo Amaro. Meu irmão se formou em Administração em Marketing na ESPM, em 2000, também em São Paulo. Começamos cedo a trabalhar juntos. Como disse, nos finais de semana voltava para São João para ajudá-los no restaurante e no Buffet - sem dúvida uma das épocas em que mais aprendi profissionalmente. Foi uma experiência única, aplicar tão cedo o que estava aprendendo na faculdade, no próprio negócio da família. Hoje curso Pós Graduação em Administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e me formo neste ano. Um conhecimento que encarei na vida real e que hoje estou usando para entender e aplicar, sempre da melhor forma. Como foi trabalhar no Grupo Fasano? Entrei para o Grupo Fasano logo no segundo semestre da faculdade. Tinha acabado de completar 18 anos. Lembro que foi bem cansativo, mas simplesmente incrível. Morava com a minha irmã em SP e ela teve que me emprestar o carro dela para que pudesse ter essa oportunidade. Aliás, obrigada minha amada irmã! Você sabe que me ajudou muito e fez parte disso! Saía da faculdade e ia direto para o estágio (que depois virou trabalho), e voltava para casa perto da meia noite. Grande parte do que sei hoje devo ao Chef Salvatore Loi e toda sua equipe. Passei por vários restaurantes do grupo, como Gero, Parigi, Nono Ruggiero,

Fasano, Forneria Armani e o CD (Centro de Distribuição de Confeitaria e Panificação do Grupo). É onde fazem os sorvetes, sobremesas e pães, distribuindo para a rede de restaurante e para o Buffet Fasano, também. Lá vi muito profissionalismo e criatividade, com um padrão de qualidade excepcional. Não é a toa que são considerados dentre os melhores do país. Trabalhei com muitos produtos diferenciados e tive o privilégio de degustar e, claro, preparar todos os pratos. Alguns quilinhos a mais, mas que valeram muito a pena (risos). Quando vocês perceberam essa veia empreendedora? Vem dos meus pais e avós. Os avós maternos, Oswaldo e Odila, com a famosa e inesquecível Casa Changai e também os avós paternos, Ditinho e Denis, com o Grupo Peres Diesel. Eles sempre nos passaram essa garra empreendedora e crescemos vendo-os trabalhando muito nos próprios negócios. Lembro que quando pequena ia à loja ajudar a fazer pacotes ou ficava no caixa e ganhava alguns trocados do meu avô. Meu irmão não saia da Peres, também sempre junto com nosso avô Dito. Sem falar nos nossos pais, nossa inspiração, espelho e orgulho, que sempre batalharam muito, nos apoiando e ajudando em todos os momentos. Logo depois que sai do Fasano, voltei para São João e fui trabalhar no Spaço. Paralelo a isso surgiu uma oportunidade de abrirmos a Taliere, em parceria com o Paulo Zamora, empresa que existe até hoje na cidade. Foi meu primeiro negócio, também junto com o meu irmão, Fábio. Uma experiência profissional muito importante, principalmente no âmbito administrativo, onde aprendi muito. Foram dois anos de parceria, até o final de 2011, quando eu e o Fá-

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bio viemos para São Paulo. De repente a vida de vocês mudou. Como foi isso? Foi exatamente isso, de repente. Estávamos fazendo muitos eventos em Campinas e São Paulo, com vários clientes. Assim surgiram contatos que nos levaram a um jantar na casa de um dos diretores do Bradesco, em Aldeia da Serra. Enquanto trabalhávamos no evento, Alexandre Costa, um dos convidados da festa, entrou na cozinha para nos conhecer, elogiou o nosso trabalho, e ainda aproveitou o momento e nos convidou para fazer uma “pequena confraternização” na semana seguinte, em comemoração ao aniversário de sua esposa. Ele perguntou: “Vocês topam vir pra Aldeia de novo?” - Meu irmão aceitou, claro, mas no primeiro momento não sabíamos quem era ele, e só depois o dono da casa nos contou. Foi assim que o empresário pediu o nosso cartão e, depois de quatro dias, a secretária de AlexanFoto: Divulgação

dre nos ligou contratando para realizarmos o “pequeno evento”. Era um jantar envolvendo 180 pessoas e que estava marcado para três dias após esta data. Foi tudo em uma semana. Na quarta-feira soubemos que faríamos a festa. Seria no sábado. Tivemos quatro dias para preparar tudo. Locação de material, incluindo desde os guardanapos até as mesas e cadeiras, decoração, bebida, enfim, tudo ficou na nossa mão. E tudo deu certo! Alexandre gostou da personalização nos pratos, das cumbuquinhas individuais, também chamadas de petit menu. Foi tudo como ele queria. E no mesmo dia da festa, em uma ocasião informal, ele contou sobre a ideia e vontade de abrir um restaurante, no espaço que já estava comprado em Aldeia da Serra. Estava procurando por pessoas para trabalhar com ele e fazer essa parceria. Bom, fizemos a festa no dia 27 de agosto e, no dia 7 de setembro, ficamos sócios. Então a minha vida e a do

Fábio mudou realmente do dia 20 de agosto, quando estávamos simplesmente fazendo mais um evento. Foram parar em Aldeia da Serra no comando de um restaurante impecável, de alta gastronomia e sócios do Alexandre Costa. Como foi essa preparação do restaurante e também buffet? Vocês se inspiraram em que? No dia 1 de outubro começamos o negócio juntos, de forma efetiva. No local já funcionava um buffet, chamado de Familia Carvalho. Assumimos as festas já vendidas por eles e aos poucos fomos reformando todo o espaço, que necessitava de uma mega reforma. Começamos pela cozinha, com mais de 220 metros quadrados e depois reformamos e construímos o restaurante. Foram seis meses de obra até que, no dia 01 de março de 2012, inauguramos o restaurante. Sem nenhum arquiteto ou decorador, tudo foi pensado pelos sócios, Luana, Fábio e Alexandre. Desde a escolha do piso, das cadeiras, mesas, lustres personalizados com formato de cacau e todo o deck de vidro do ambiente, tudo foi projetado por nós. A cada dia uma ideia diferente, mas no fim tudo se encaixou harmoniosamente e hoje temos um espaço bem aconchegante e diferente. A inspiração veio da região da Toscana, na Itália. Restauramos a frente do restaurante e deixamos azulejos originais pintados a mão, de quando ainda era uma fazenda. Arcos com vidros coloridos, também originais, contracenam com as vigas de madeira e os lustres personalizados. Tudo com a nossa cara e o nosso jeito. Como é trabalhar com o Alexandre Costa? A cada dia e a cada reunião aumenta a experiência. Aprendemos com ele, que já tem anos de carrei-

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Fotos: Divulgação

ra. É como se o Alexandre fosse um pai para nós, um pai empreendedor. Recebemos muita ajuda. Nós só chegamos onde estamos com o apoio e visão dele, e com toda a sua força. Até as broncas que recebemos, também, afinal ele não deixa barato, mas elas nos fazem bem. Ele não chegou onde está à toa. É uma experiência muito positiva que aconteceu nas nossas vidas. Agradecemos de coração e ainda temos muita coisa pela frente, e muito o que aprender. Por que o nome Bendito Cacao? Essa é uma historia bem marcante para nós. No começo não sabíamos que nome colocar e tínhamos a ideia inicial de chama-lo Villa Toscana, devido à inspiração para construir e decorar o restaurante. Em uma conversa informal o Alexandre disse que tinha uma marca, que ele gostava muito, que representava para ele uma forma de agradecimento ao fruto que mudou sua vida. O acaso, se assim posso chamar, ocorreu. No dia anterior a essa conversa informal, meu irmão teve um sonho com o nosso falecido avô Benedito, passando uma mensagem sincera de bons votos e de confiança, com um forte e intenso abraço entre os dois, no final. Assim que ele disse “Bendito Cacao”, nos veio à mente, no mesmo segundo, o vô 64

Benedito, com quem tínhamos uma relação extremamente próxima e que condizia muito com o sonho que meu irmão teve. Para nós foi muito forte o nome e aceitamos na hora. E o “Cacao” nos trouxe o desafio de trabalhar com este frutos não só nas sobremesas, mas também em pratos principais. O que vocês oferecem hoje no Bendito Cacao? Hoje o Bendito Cacao Restaurante trabalha de terça a domingo, com almoços todos os dias e jantar de quinta a sábado. Nos dias de semana, com preço diferenciado, atendemos muitos executivos e moradores da região, que podem se servir de um buffet de saladas e antepastos, além de também pedir um dos pratos do dia, que mudam diariamente. Aos finais de semana, no almoço, também trabalhamos com buffet de saladas, pratos do dia e nosso cardápio a la carte, recheado com muitas opções deliciosas. No jantar sempre trazemos sugestões semanais, juntamente com o cardápio a la carte. Entre os nossos pratos do cardápio a la carte, colocamos duas receitas de família, um pouco da nossa essência. No cardápio temos o frango do Oswaldo e o capelette da Dona Denis, receitas muito marcantes e que nos inspiraram a vida toda. Eu e o Fábio bolamos novos pratos toda semana,

usando os ingredientes mais frescos. Já no Bendito Cacao Buffet, temos dois salões de eventos e trabalhamos com todos os tipos de festas, casamentos, formaturas, aniversários e confraternizações em geral. Há mão de obra especializada? Hoje temos uma equipe de 30 funcionários no nosso empreendimento. É uma equipe que conseguimos construir desde o inicio e que se tornaram nossos braços e pernas, tanto na parte do salão, quanto na parte da cozinha. Contamos também com treinamentos constantes para profissionalizá-los, cada vez mais. Como está o mercado da gastronomia? Aqui, em Aldeia da Serra, somos um restaurante bem diferenciado, em ambiente e também em cardápio. Entretanto, em São Paulo e também Alphaville, o mercado de gastronomia está em alta e cada vez mais crescente. Isso exige, com mais frequência, atenção aos detalhes para que possamos ter um “algo a mais”. Estamos sempre vivendo o negócio na prática e atentos às novidades e tendências, na busca de surpreender nossos clientes. Quais as maiores dificuldades nesse segmento de negócios? Para nós a

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maior dificuldade neste segmento é a exigência física e mental, diária. Não só pensando no negócio, mas efetivamente colocando a mão na massa. A carga horária é excessiva e bem cansativa, principalmente nos finais de semana. Por isso sempre digo que tem que ter paixão. Outra dificuldade igualmente relevante é sempre estar em equilíbrio com o serviço e a gastronomia. Ambos têm que estar muito alinhados, transmitindo uma experiência única ao cliente. Vocês têm clientes sanjoanenses, lá? A gente sabe que sanjoanense tem em todo lugar, não é mesmo? (risos)... Sempre temos um conterrâneo em nosso restaurante. E isso é muito gratificante para nós. Familiares e amigos frequentemente nos visitam e prestigiam! Nosso muito obrigado a todos aqueles que já estiveram em nosso restaurante, ou que já o conheceram. Foto: Divulgação

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E aos que ainda não conhecem, estamos aguardando vocês! Como é ser empreendedor de sucesso sendo ainda tão jovens? Esse é um desafio para nós e principalmente para mim. Eu tenho 25 anos e meu irmão 32. Começamos muitos novos com nossa vida de responsabilidades, claro, sempre apoiados pelos queridos pais. Sem eles, sem dúvida alguma, não teríamos conseguido. Eu, aos 18 anos, ainda na faculdade, já comecei com o estágio. Aos 21iniciei na fábrica de massas e aos 23 estava com um negócio novo nas mãos. O Fábio também começou muito cedo, fazendo faculdade e na época trabalhando na American Express, em SP. Ele largou tudo para uma nova oportunidade. Aos 23 anos começou o seu primeiro negócio, o Spaço, que é até hoje um empreendimento de sucesso e, com certeza, a base da nossa experiência. Apenas agarramos

as oportunidades das nossas vidas e vamos aprendendo coisas novas a cada dia. Perdemos muitos finais de semana, muitos casamentos, festas e confraternizações familiares e de amigos. Mas acreditamos que faz parte do nosso crescimento profissional. São escolhas que temos que fazer ao longo da vida e uma coisa que aprendi é que não podemos ter tudo que queremos ao mesmo tempo. Tudo tem seu tempo e espaço para acontecer. Hoje, com a equipe estruturada, já conseguimos nos revezar para estarmos presentes em alguns momentos importantes para nós. Quando contamos nossa história, brincamos que hoje em dia eu administro mais que o Fábio, enquanto ele cozinha mais que eu. Realmente uma parceria que deu muito certo. Por serem novos, enfrentaram algum tipo de preconceito e falta de confiança por parte de clientes e fornecedores? No começo sim, principalmente quando começou com o Spaço. O Fábio conta que ainda com cara de menino, as pessoas pediam para falar com o dono (risos). Depois ele deixou a barba crescer e as aparências mudaram um pouco. Fomos ganhando a confiança dos clientes, colaboradores e fornecedores. Hoje eles ficam impressionados e nos dão credibilidade. A experiência do Spaço e das oportunidades da vida nos fizeram profissionais responsáveis e de alguma maneira conseguimos passar isso aos nossos clientes. O Fábio tem um carisma sem igual, conquista muito as pessoas com seu jeito de ser, seu jeito de encarar as coisas, o seu modo único de cativar as pessoas, somados ao seu profissionalismo. É o que o torna meu espelho, meu ídolo e meu parceiro pra vida inteira. A


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capa

Agora só dá elas As Plus Sizes estão em alta e por isso a capa da Revista Atua é a Miss Plus Size da internet Como sempre a Revista Atua está atualíssima. Por isso, nesta edição, a capa é a Miss Plus Size da Internet, Bárbara Angélica da Costa Matos. O momento agora é delas, das plus sizes. Elas estão ganhando espaços no mundo da moda e nas mídias e mostrando a cada dia que a mulher, independente do peso, é sempre bonita e sensual. E isto, a sanjoanense ganhadora do concurso Miss Plus Size Internet tem de sobra. Bárbara posou para as fotos do fotógrafo Juan Landiva com muita naturalidade, como se essa rotina já fizesse parte da sua vida há muito tempo. Mas, espera aí, ela já é modelo? Não, não é. Ela é bióloga, médica veterinária e nunca pensou em ser modelo. “Fui professora de biologia e me formei em Medicina Veterinária em 2012. Agora estou clinicando”. - conta ela. Como tudo começou - Bárbara se inscreveu no concurso que começou pela internet e foi dividido em três etapas. Ao receber mais de 7,3 mil curtidas em uma foto, ela venceu todas elas e foi escolhida a Miss Brasil Plus Size na categoria Internet. E, assim, conquistou uma vaga para concorrer ao título de Miss Brasil Plus Size 2014. “Vi nesse concurso um caminho que agora está sendo mais respeitado, onde buscamos a valorização da mulher real. Como me enquadro entre as mulheres plus sizes, então com o apoio de algumas pessoas resolvi tentar.”- explica a veterinária. 68

Segundo nos conta Bárbara, a competição é importante para quebrar padrões de beleza impostos pela sociedade, pois, para ela, estereótipos de perfeição sempre existiram e quem não se encaixa neles sofre preconceito. Ela confessa, ainda, que teve dificuldades para se aceitar acima do peso considerado ideal e, depois de fazer vários tipos de dietas, percebeu que era uma questão genética, pas-

sando a se ver com outros olhos. “Chega uma idade em que a gente tem que se aceitar, se achar bonita e a se gostar. Não me aceito por falta de escolha, me amo assim, e fico feliz por cada dia mais as pessoas sentirem admiração pela realidade que não busca apelação pra comportamentos destrutivos como bulimia e anorexia, os quais escravizam corpos na ditadura da beleza ‘magérrima’.”- afirma. Para a veterinária, a saúde vem em primeiro lugar. Ela sempre se cuidou, Foto: Divulgação


frequentou academia, não exagera na quantidade de comida e se preocupa com o seu bem estar. Deixa bem claro que não está fazendo apologia à obesidade, mas que hoje entende e vê que o preconceito está diminuindo. Isto a deixa feliz, ver que o mercado da moda está investindo na Plus Size. “Antes era difícil encontrar roupas atraentes nas lojas. Nós íamos e saíamos frustradas, até que a moda resolveu buscar a realidade das ruas.”- analisa Bárbara. A espera do título - Percebendo o crescimento da moda Plus Size em todo o mundo, Alberto Conde, da Impacto Produções, criou o concurso nacional para candidatas acima do manequim 44. Assim, aumentaram as oportunidades de muitas mulheres participarem, e não só aquelas com manequins 36 e 38. Bárbara, hoje com 30 anos, usa tamanho 46, pesa 80 quilos e tem 1,67 m. de altura. Além disso algumas marcas de roupas já estavam sentindo a necessidade de oferecer peças mais próximas à realidade de suas clientes. E tudo isso foi criando um ambiente novo e a moda foi abrindo espaço para as Plus Size. Um exemplo disso foi a participação, pela primeira vez, de uma marca desse segmento desfilando na Semana de Moda de Nova York. Desta forma, o título do Miss Brasil Plus Size se tornou mais desejado. Afinal, o concurso é considerado um dos mais importantes de beleza do país, e já tem o reconhecimento internacional. Neste ano ele será realizado na cidade de São Paulo, no mês de abril. “Estou bastante contente e realizada até aqui, não esperava a vitória, mesmo porque competi com modelos profissionais. Mas também estou ansiosa pelo dia do concurso e muito feliz por já ter chegado até aqui”, finaliza Bárbara. A 69

Na contramão do estereótipo de ‘beleza ideal’ A autoestima é a capacidade do ser humano de se gostar, de admirar as próprias qualidades, o famoso amor próprio. Não é uma característica inata — é algo que evolui com o tempo, que depende de um processo de autoconhecimento para definir as melhores qualidades, aquelas que podem ser melhoradas e as outras que são imutáveis. Em uma sociedade em que a imagem tem um peso gigantesco, o desafio é conseguir enxergar a beleza em todas elas. Assumir que as formas não são exatamente as “estabelecidas” pela sociedade, que os cabelos estão ficando brancos, que os efeitos da gravidade chegaram ao corpo podem ser atitudes libertadoras. Mas não tão fáceis. De acordo com um levantamento da antropóloga norte-americana Jean Kilbourne, que analisa a imagem do corpo feminino na publicidade há mais de duas décadas, somos bombardeadas a cada semana por cerca de 3 mil anúncios publicitários que trazem modelos (mulheres ou homens) extremamente manipulados por programas de edição de imagem. Gente sem uma ruga, cicatriz ou imperfeição – além de serem quase sempre pessoas brancas e extremamente magras, cujo biotipo “small” (pequeno) diz respeito geneticamente a apenas 5% da população. Depois disso, como é que os outros 95% vão se sentir normais? A preocupação em se encaixar é tão grave que pesquisa realizada, ao redor do mundo, pela marca de cosméticos Dove mostrou que apenas 4% das 6.400 mulheres entrevistadas se sentem seguras o suficiente para se definirem como belas. Entre as brasileiras, a porcentagem é maior, 14%, mas ainda baixa. Outro dado preocupante: 59% afirmam sentir pressão para ser bonita. O levantamento, intitulado A Verdade sobre a Beleza, mostra, porém, uma luz no fim do túnel: 72% das mulheres se dizem satisfeitas com a própria beleza, ainda que não se considerem necessariamente bonitas.

Foto: Reprodução Internet

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culinária

por Eduardo Pradella Filho (Comidaria)

Costela de porco com legumes assados e tempura de salvia

Foto: Juan Landiva

Ingredientes Para a costela: • 800 gramas de costela de porco • 30 gramas de manteiga • 01 raminho de alecrim e 01 raminho de tomilho • Sal e pimenta-do-reino a gosto Modo de preparo Tempere a carne com sal, pimenta, tomilho e alecrim. Esfregue a manteiga por toda a carne, embrulhando em papel alumínio. Leve ao forno pré-aquecido a 155º por mais ou menos 3 horas ou até que a costela esteja macia e assada. Para os legumes: • 02 cenouras • 02 batatas • 01 cebola e 01 cabeça de alho • 01 ramo de alecrim • Azeite de oliva extravirgem, sal e pimenta-do-reino a gosto 70

Modo de preparo Cozinhe os legumes separadamente em uma panela com água e sal por 5 minutos, escorra bem os legumes e disponha-os em uma assadeira. Tempere-os com sal, pimenta e alecrim e leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por mais ou menos uma hora ou até que os legumes estejam dourados. Para o tempura de salvia • 08 folhas de salvia frescas • 80 gramas de farinha de trigo • 43 ml de água com gás gelada • Sal e pimenta-do-reino a gosto Modo de preparo Misture a farinha, o sal e a pimenta. Vá despejando a água com gás gelada até obter uma massa lisa e brilhante. Passe as folhas de salvia na massa de tempura e frite em óleo quente até que dourem.


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culinária

por Eduardo Pradella Filho (Comidaria)

Zabaione gratin de morangos, figo e amêndoas torradas Ingredientes • 02 gemas • 45 gramas de açúcar • 51 ml de vinho Marsala (ou uma bebida de sua escolha) • 02 figos • 08 morangos • 30 gramas de amêndoas torradas Modo de preparo Corte as frutas ao meio e disponha dentro de ramequins. Em um bowl coloque as gemas com o açúcar (já previamente batidas com um fouet) e leve ao banho-maria. Despeje o vinho e bata vigorosamente até que a mistura dobre de tamanho. Despeje esta massa dentro dos ramequins já com as frutas cortadas e leve ao forno por 10 minutos, a 180 graus. Para finalizar salpique as amêndoas torradas. Fique de olho! O figo contém algumas substâncias antioxidantes, como os carotenóides, que têm uma ação preventiva no desenvolvimento de certas doenças, como as cardiovasculares e alguns tipos de câncer. O figo também contém uma quantidade razoável de oxalatos. Essas substâncias são produzidas naturalmente em plantas e animais. No organismo humano, se atingem concentrações elevadas, podem estar associadas a formação de cálculos renais ou da vesícula biliar. Foto: Juan Landiva

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agito

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decoração

Construção verde: inovação e criatividade O seu principal objetivo é diminuir o impacto ambiental Já que a palavra da moda é sustentabilidade, legal mesmo seria colocar em prática essa ideia e introduzi-la também nas construções. Já pensou se a moda pega? Seria genial ver um planeta onde as casas teriam energia solar, eólica, e a água da chuva fosse utilizada para a limpeza externa da casa e também para regar os jardins. Ou então ver os moradores se questionando: Quantos kW/h de energia solar é possível produzir em casa? Qual o impacto dessa decisão na conta de luz? E quanto seria a diminuição no consumo de energia? Imagine que a conta de água e energia chegue à casa zerada, ou pelos menos com um desconto de até R$ 100,00, por exemplo. Até parece um sonho. Mas esse sonho pode ser realizado, basta criar um projeto de construção sustentável, ou verde, como dizem os engenheiros e arquitetos. Afinal, reduzir o impacto ambiental da própria casa é uma ideia que vem ganhando adeptos.

Construção verde – O conceito de “construção verde” ou “ prédio verde” está inserido em um contexto maior chamado de arquitetura sustentável, que vai além do prédio em si, pois se preocupa também com seu entorno e todo o processo envolvido. A Eco Arquitetura, ou arquitetura sustentável, surgiu na segunda metade do sec. XX e o seu principal objetivo é produzir edificações que minimizem os impactos ambientais sobre o meio ambiente, seus habitantes e usuários. São construções que aproveitam melhor a água e a energia por meio do uso de materiais ecológicos. Acredita-se que o processo desse tipo de construção não só beneficia a comunidade de forma geral, como também logo se tornará lei. Ao procurar maneiras inovadoras e criativas, arquitetos e projetistas conseguem erguer prédios que refletem um senso crescente de proteção ao meio ambiente. Problemas como escoamento de água, consumo de energia para aquecimento e refrigeração, além de resí

Pequenas iniciativas, grandes impactos O telhado verde oferece grandes benefícios para o local e também aos arredores da sua área de construção. Uma medida altamente sustentável, o telhado verde contribui de forma significativa para a preservação do meio ambiente e também por agregar maior área verde, principalmente em grandes áreas metropolitanas. Porém, para surtir efeito e ter sucesso em sua implementação, esse tipo de construção exige alguns cuidados e medidas práticas. A área de instalação do telhado verde deve ser plana. Lajes são ideais para execução do projeto, porém a camada impermeabilizada precisará ser reforçada e a inclinação pode ser de até 2%. Seja qual for a superfície de construção do telhado verde, precisará de uma impermeabilização de qualidade e segura, para não comprometer a estrutura da edificação. Foto: Reprodução Internet

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-duos de construção e desperdícios de água são resolvidos através de soluções encontradas por eles. Conforme o arquiteto Rangel Quessa, os princípios dessa arquitetura incluem: • A consideração das condições do ambiente - sejam elas climáticas, hidrográficas e dos ecossistemas do entorno em que os edifícios são construídos, para obter o máximo desempenho com o menor impacto; • A eficácia e moderação no uso de materiais - dando prioridade ao baixo consumo de energia em sua produção, em comparação com os de alta energia; • A redução do consumo de energia - seja para aquecimento, refrigeração, iluminação e outros equipamentos, cobrindo o resto da demanda com fontes de energia renováveis; • A minimização do balanço global de energia do edifício - que abrange a concepção, construção, utilização e seu fim;

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• O cumprimento com os requisitos de conforto - entre eles o hidrotérmico, salubridade, iluminação e ocupação dos edifícios; • Uso de materiais locais - evitando assim o impacto ambiental causado pelo transporte; • Priorizar a maior durabilidade da construção - buscar evitar a todo custo a chamada “obsolescência programada” da construção. “Para conseguir atender esses princípios existem vertentes da arquitetura que priorizam o resgate de técnicas tradicionais e regionais mais antigas, como o uso da terra, de taipa entre outras, de acordo com a localidade e cultura”, aconselha o profissional. Ele comenta, ainda, que recentemente surgiu a Eco–Tech architecture, um segmento que prega o uso da alta tecnologia para minimizar os impactos ambientais. Ela utiliza sistemas computadorizados, autogestores e materiais high tech, que devem seguir as normas ambientais em sua fabricação. A


galera

Nicole Angelotti

Anna Julia Lopes

16 anos, estudante

13 anos, estudante

O que não pode faltar na sua bolsa? Acho que na minha bolsa o que não pode faltar é o carregador do meu celular e os fones de ouvido. Esse vício já tem até nome, acredita? Nomofobia! rs

O que não pode faltar na sua bolsa? Meu celular, maquiagem básica, escova de cabelo, absorvente, hidratante, lenço umedecido. O que você não usaria nunca? Drogas. Must have? Bolsa, sapato ou acessório? Sapatos. Uma dica de beleza: Beba muita água nesse verão, ela ajuda a hidratar o corpo. Must have do verão? Acessórios coloridos.

Must have? Bolsa, sapato ou acessório? Sapatos. Quando seu sapato é bonito, os acessórios e a bolsa são só o complemento. Uma dica de beleza: Hidratação no cabelo. Você olha a garota , ela tá toda arrumada, mas com aquele cabelo palha. Aí não dá, né? Must have do verão? Roupas basiquíssimas, né? Com esse calor insuportável tá difícil. E estampas de frutas, elas estão em alta, mas eu não curti, não.

Destino dos sonhos? Disney. O que se leva da vida? Leva na brincadeira, nem me leve a mal, nem tudo é de primeira, nem tudo é banal, uma vida só éS perfeita, quando chega no final.

Destino dos sonhos? Suíça, talvez. O que se leva da vida? As lembranças e experiências adquiridas com o tempo. Tudo o que você cultivou ao longo dos anos. Uma dica para ser feliz. Tomar atitudes sem se preocupar com as consequências e usar muito protetor solar! rs

Uma dica para ser feliz. Seja positivo e sorridente. Defina-se em uma palavra: Engraçada. Como você se vê daqui 5 anos? Trabalhando para conseguir o que quero e para pagar minha faculdade, quando eu terminar de estudar.

Miguel de Lucas

Quando você se sente poderoso? Quando provo que estou certo. O que não pode faltar na sua carteira? Camisinha! Brincadeira... Dinheiro, se faltar dinheiro, já era. Vamos para casa ver um filme e comer pipoca!

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O que você não usaria nunca? Pochete, com toda a certeza. Acaba com qualquer look!

Qual super herói é o seu preferido? Homem-Aranha.

Como você se vê daqui 5 anos? Ajudando pessoas de alguma forma, seja com trabalho voluntário ou qualquer coisa parecida.

18 anos, estudante

O que se leva da vida? Na vida todo dia você aprende, chorando e sorrindo, fazendo amizades e inimigos, se apaixonando. Isso é o legal da vida, todo dia é como uma caixa de surpresa, e no final, a gente leva um pouquinho de tudo que a gente fez durante ela. Futebol, basquete ou artes marciais? Artes marciais Destino dos sonhos? Nunca pensei em um lugar assim, em especial. Por isso meu destino

dos sonhos não é um lugar só, e sim conhecer o mundo todo! Cerveja, vodka ou whisky? Cerveja. Uma dica para ser feliz? Paciência. Tudo tem a sua hora, não seja ansioso. Como você se vê daqui 5 anos? Concluindo a faculdade de Designer de Games.


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história

O tic-tac das horas Quando o tempo parecia transcorrer sem pressa, os relógios eram não apenas um acessório importante, como também objetos de decoração. por Ana Lucia Finazzi

Algumas profissões são consideradas como arte, tamanha a complexidade de conhecimentos que exigem. Antes dos tempos pós- modernos, da tecnologia digital e virtual, um invento que permitisse marcar as horas requeria muita engenhosidade. Com o passar do tempo, as invenções evoluíram dos simples relógios de sol, ou de água, à precisão das máquinas suíças. E foi assim que a profissão de relojoeiro passou a ser vista como arte. Estes profissionais eram chamados mestres relojoeiros. Também a relação do homem com a máquina era diferente. Havia uma intimidade entre eles, com a necessidade de acionar diariamente o sistema de cordas e ajustar manualmente os ponteiros. Por consequência, as relojoarias marcaram época, também em nossa cidade. Giuseppe De Rosa deixou a Itália em 1891, e imigrou para o Brasil. Muito engenhoso, dirigiu-se para a cidade de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, que lhe prometia construir uma rede de relações pessoais com

diversos compatriotas seus. Giuseppe De Rosa fundou, juntamente com seu conterrâneo e amigo, Frederico Blasi, um estabelecimento dedicado ao ramo da relojoaria, que prosperou graças à operosidade dos sócios, e que funcionou inicialmente na Rua São João (hoje Rua Getúlio Vargas), próximo ao número 54. Adquirindo a devida experiência, tornou-se o único proprietário de uma importante casa comercial. Em março de 1926, a Joalheria De Rosa passou por uma grande reforma, oferecendo a todos os fregueses armações novas, de luxo, proporcionando um melhor atendimento ao público sanjoanense. Era uma moderna relojoaria, com vitrinas na frente e diversos outros implementos. Manteve-se até o fim de sua vida à frente desse estabelecimento, localizado à Praça da Matriz, número 37, próximo à residência da famiia Ferreira. Após seu falecimento, a esposa Catharina Zanine Zabeu de Rosa trabalhou e manteve a relojoaria até o ano de 1949. Por volta de 1912, a Famiia Dattoli, também de origem italiana, transferiu-se para São João da Boa Vista. Em pouco tempo de atividade em terras sanjoanenses, Braz Dattoli

Em extinção - Em um mundo cada vez mais apressado, ainda há gente que insiste em preservar tradições de um tempo que aparentemente já passou. É o caso de Giuseppe De Rosa (foto) e Braz Antonio Dattoli. O relojoeiro, a modista, o afinador de pianos e o alfaiate têm em comum virtudes raras nos dias de hoje: a paciência, a disciplina e a persistência. Inerentes à profissão de cada um, essas características foram responsáveis por transformar esses personagens em exemplares de espécies em risco de extinção.

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tornou-se conhecido entre os sanjoanenses. A relojoaria Dattoli (foto ao lado), instalada na Avenida Dona Gertrudes, rapidamente ficou famosa em toda região, não somente pela qualidade dos produtos, como também pelas características do atendimento, sempre com muita cortesia. Até o seu falecimento, Braz Antonio Dattoli foi o encarregado pela manutenção do relógio da torre da Igreja Matriz de São João da Boa Vista, com maquinaria alemã do século XIX, importado por Nicolau Rehder. Ajudando o pai na relojoaria, Felício Dattoli deu continuidade à profissão de relojoeiro, como um dos sócios na relojoaria. Em 1957 comprou a parte dos demais herdeiros, tornando-se o único proprietário do estabelecimento. No mesmo ano, sua irmã Antonieta abriu seu próprio negócio na

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Rua Saldanha Marinho, com o nome de Relojoaria Esmeralda. Felício Dattoli tornou-se uma dos mais benquistos e respeitados profissionais de São João da Boa Vista, onde trabalhou por toda a vida sempre no mesmo ramo, com consertos e comércio de relógios, aju-

dando a tornar o sobrenome Dattoli sinônimo de Relojoaria. Seu filho Braz Francisco, manteve o trabalho junto com o pai, e hoje o comércio continua com uma nova geração da família. (Bibliografia e fotos: Logradouros de São João da Boa Vista- Rodrigo Rossi Falconi) A


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economia

A Copa é um bom negócio para o Brasil? #VaiTerCopa: argumentos para enfrentar quem torce contra o Brasil Nos últimos meses, no Brasil, ficou claro a existência de uma barulhenta campanha organizada pelo pessoal do #NãoVaiTerCopa, contra o mundial que começa em Junho. A campanha anticopa é tão forte e tão eficiente, que até agora tem sido muito bem sucedida em oferecer um festival de informações desconexas e erradas sobre o evento. Por essas e outras, alguns manifestantes chegam a defender um boicote ao evento, em protesto contra o que consideram um desperdício de recursos públicos. A alegação é que os governos deveriam investir em educa-

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ção e hospitais, não construir estádios e outras obras ligadas ao evento. Copa mais cara da história? - A previsão atual do comitê organizador é que seja investido em obras um total de R$ 28,1 bilhões (para comparação, o orçamento do Ministério da Saúde para o ano de 2014 será de R$ 106 bilhões). Aí estão incluídos 327 projetos que vão desde infraestrutura básica, como aeroportos e corredores exclusivos para ônibus, até gastos diretamente ligados ao torneio de futebol. Do total, R$ 7,5 bilhões serão gastos em estádios; R$ 8,9 bilhões em

obras de mobilidade urbana; R$ 8,4 bilhões em aeroportos e R$ 1,9 bilhão em segurança. O restante será investido em desenvolvimento turístico, portos e telecomunicações. Argumenta-se que esta é uma das Copas mais caras da história, porém a comparação entre países é complicada por uma série de razões, como explicou Holger Preuss, Professor de Economia do Esporte na Universidade Johannes Gutenberg-University, em recente entrevista à BBC Brasil. Ele, que estudou o impacto econômico das duas últimas Copas, afirmou que “para começar, nem sempre os governos reali-

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zadores dos eventos disponibilizam seus gastos. E mesmo que o façam, a prestação de contas não é padronizado, o que dificulta a comparação”. Ele citou como exemplo a Rússia, que anunciou que os gastos para o evento de 2018 devem ficar em R$ 35 bilhões (incluindo obras de infraestrutura básica e mobilidade urbana). É claro que isso não quer dizer que os custos de determinadas obras não possam ser contestados – nem que não haja exageros de gastos, irregularidades ou superfaturamento em algumas, ou muitas delas. Siga o dinheiro - Cerca de um terço do valor das obras (R$ 8,7 bilhões) está sendo financiado por bancos federais – Caixa Econômica Federal, BNDES e BNB (Banco do Nordeste do Brasil). Boa parte desses empréstimos é tomada pelos governos estaduais, so-

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zinhos ou em parcerias com o setor privado (PPPs), embora alguns empréstimos também sejam contraídos por empresas privadas (como os R$ 400 liberados pelo BNDES para o Corinthians construir o Itaquerão). Segundo a secretaria de Controle Interno da Controladoria Geral da União, dos 12 estádios, 4 são públicos e foram construídos ou reformados pelos governos estaduais (Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e Cuiabá – apesar de o Maracanã, no Rio, estar prestes a ser entregue para exploração pelo setor privado), 5 estão a cargo de esquemas de Parcerias Público-Privadas, ou PPPs, (Salvador, Natal, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte) e 3 são privados (Curitiba, Porto Alegre e São Paulo). O retorno - O evento esportivo, porém, terá efeito multiplicador capaz

de quintuplicar os investimentos diretos realizados para a viabilização da Copa do Mundo, injetando no total de R$ 142,39 bilhões na economia, segundo o estudo “Brasil Sustentável Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”, desenvolvido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda segundo o estudo, serão gerados 3,63 milhões de empregos e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impulsionando o consumo interno. A arrecadação também vai ser beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar cofres públicos. O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões - valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões. Turismo – Graças à exposição midiá-


tica causada pela Copa, o setor cresceu 5,6% em 2013 -acima da média mundial - e quebrou um recorde histórico (a última maior marca havia sido em 2005). Recebemos mais de 6 milhões de estrangeiros e, em 2014, só a Copa deve trazer meio milhão de pessoas (e não, os estrangeiros não estão com medo de visitar o Brasil como muitos pensam). De quebra, o Brasil ainda foi colocado em primeiro lugar entre os melhores países para se visitar neste ano de 2014, conforme o prestigiado guia turístico Lonely Planet (“Best in Travel 2014”). Tema esquecido – Mas, estranhamente, um dos temas esquecidos pelo pessoal do #NãoVaiTerCopa é justamente um dos principais: a questão das violações dos direitos humanos promovidas ao desalojarem famílias

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pobres para atender a especulação imobiliária, as obras dos estádios e as exigências da FIFA. Essas ações mostram que muitas cidades avançam em sentido oposto ao da integração social e da promoção da dignidade humana. Decretos, medidas provisórias, leis votadas ao largo do ordenamento jurídico e longe do olhar dos cidadãos, assim como um emaranhado de portarias e resoluções, constroem uma institucionalidade de exceção que só prejudicam os mais pobres em nome das “Parcerias Público-Privadas”. Torcer pelo fracasso – Ouvimos sempre “o Brasil não está preparado para sediar o mundial e vai passar vexame”. Se demos conta de sediar a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, porque teríamos dificuldades para receber um evento

com menos turistas, e espalhados em mais de uma cidade? Em 2009 e 2010, diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e nem a gripe “suína”, o H1N1. Segundo esses especialistas em catástrofes, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Soa parecido com o discurso anticopa, não? A essa altura do campeonato, já não se trata mais de Fifa. É do Brasil que estamos falando.Ter orgulho do país e torcer para que as coisas deem certo, não deve ser confundido com compactuar com as mazelas sociais que persistem e precisam ser superadas. Mas esse objetivo não será atingido se nos basearmos apenas nessa campanha fúnebre que tenta desmoralizar o Brasil. A


esporte

A Fazendinha de Natal O ex-jogador torce para que o alvinegro sanjoanense volte a ser profissional por Franco Junior

Enquanto administra o campo e todas as dependências do estádio Getúlio Vargas Filho, Natal relembra a época em que foi campeão Paulista da Segunda Divisão, em 1979, com o Palmeiras Futebol Clube e torce para que o futebol profissional retorne a São João da Boa Vista. Aos 58 anos, José Antônio Baroni, ou melhor, Natal, há quatro anos cuida do gramado, dos vestiários e de toda a infra-estrutura do estádio do Palmeiras, ou como ele mesmo denomina, da “fazendinha” dele. Casado há 34 anos e pai de dois filhos – um homem e uma mulher,

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Natal se considera feliz pelo trabalho que desempenha e relembra com saudade e emocionado da época em que estava com a bola nos pés e era conhecido pela torcida como ‘Ligeirinho’. “O pessoal hoje em dia fala muito do Euller (ex Vasco e Palmeiras), mas o negócio dele eram os piques rápidos. No meu caso, o negócio era pique longo e o pessoal gostava muito”, comparou. Esperançoso, ele cruza os dedos para que em um futuro próximo o alvinegro sanjoanense volte a disputar campeonatos profissionais e a torcida lote novamente o Getúlio Vargas Filho. “Seria lindo ver o estádio lotado como ficava anti-

gamente. Agora é torcer para que em breve dê certo”, anima-se. Natal - O ex-jogador vestiu por apenas um ano a camisa do alvinegro sanjoanense, mas foi o bastante para transformar o clube e a cidade em algumas paixões da vida dele. “O Palmeiras é minha vida. Cheguei aqui ao acaso, por um convite do Guará (jogador que atuava na época pelo clube como meia-direita). Ele me convidou, perguntou se eu queria vir jogar em São João. Eu não conhecia a cidade e perguntei:- Mas é Brasil?- relembra gargalhando. A escolha foi positiva e não poderia ter tido resultado melhor. “Foi quando


cheguei a São João que conheci minha mulher e construí minha família.- diz, com lágrimas nos olhos. O primeiro jogo do ex-ponta-direita com a camisa dos Lobos da Vila foi na derrota por 1 a 0 para o time de Amparo, a quarta partida do Palmeiras na campanha do título de 1979. Natal relembra que o time ainda não estava montado e foi depois de alguns jogos que reforços como Mirandinha, Carioca e Titica chegaram e ajudaram o Palmeiras a levantar a taça, no dia 15 de novembro daquele ano. “Para mim todos eram craques. O Mirandinha sabia fazer gol como ninguém e o Carioca jogava muito. Mas o melhor de todos, que eu acho, era o Titica. Ele era um excelente jogador”.- recorda. Sobre Mirandinha, o goleador na campanha do título , Natal recorda de um jogo, do qual não se lembra

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do adversário, em que, após ter feito uma bela jogada na ponta- esquerda, a bola foi tomada do pé dele pelo artilheiro. “Foi uma linda jogada que eu tinha feito. Aí o Mirandinha pegou a bola do meu pé e disse: ‘deixa que eu faço, pois eu sei fazer gol e você não

sabe”.- relembra sorridente. Com a chegada dos craques, Natal acabou indo parar no banco de reservas, mas não se importa com isso, pois a torcida sempre pedia para que ele entrasse em campo. “Participei de 99% dos jogos, a torci-

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da sempre gritava: “Natal, Natal, Natal...”. No segundo tempo, aí eu entrava e colocava fogo no jogo”. - descreve animado. Carreira - Natal herdou como apelido o nome do irmão dez anos mais velho, Natal de Carvalho Baroni, ex atleta que teve passagens pelo Cruzeiro e chegou até à Seleção Brasileira. Natural de Belo Horizonte, o Natal do Palmeiras deu os primeiros passos no futebol na categoria de base do Cruzeiro, em 1969. Mas foi dois anos mais tarde, já na equipe juvenil do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, que ele viveu uma situação que, agora, nunca imaginaria. O ponta-direita fazia parte da equipe de base do Vasco, em que Roberto Dinamite, um dos maiores ídolos da equipe cruzmaltina, também atuava. “Roberto era um cara espetacular, muito gente boa. Depois virou o ídolo, com todos os méritos”. - relembra. Além do Vasco, no Rio de Janeiro, Natal atuou também na base do Flamengo e se tornou profissional no final de 1975, na equipe do Volta Redonda. A partir daí passou por Operário, em Campo Grande (MS), e Anápolis (GO), até chegar ao Palmeiras, em 1979. Depois da equipe sanjoanense, Natal passou por outros

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clubes e voltou novamente para São João, quando atuou por seis anos com a camisa da Sociedade Esportiva Sanjoanense (SES). A


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agito

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psicologia

Como falar sobre sexo com as crianças Sexo sem tabus abre portas para um bom relacionamento familiar Foto: Reprodução Internet

por Maryá Rehder Ambroso

Quando o assunto é criança e o seu desenvolvimento, falar sobre curiosidades se torna algo imprescindível. Não há seres vivos mais curiosos que esses pequenos. Dentre as manifestações, estão as brincadeiras, tentativas de erros e acertos, as experiências e principalmente, as perguntas sem fim. Mas o que fazer quando essas perguntas se focam no tema sexualidade? Em premissa, é preciso ter consciência de que a curiosidade é fundamental para o aprendizado, pois através dela é possível explorar o universo que há ao redor e compilar novas informações. Falar sobre sexo com as crianças não é tarefa fácil, gera desconforto, angustia e vergonha aos pais, mas perguntas com esse enfoque geralmente chegam sem preliminares e devem ser respondidas com o intuito de preservar a espontaneidade das crianças e assim, gerar a autonomia das mesmas. Não existe uma idade exata para que os pequenos comecem a questionar sobre a sexualidade, porém os adultos devem estar sempre preparados para esse tipo de questionamento visto que trata-se de um contexto natural e de debate indispensável. O primeiro passo para um bom diálogo sobre o assunto é dizer sempre a verdade. Não importa se de uma maneira 94

tolhida ou mais natural, o importante é respeitar as perguntas elaboradas e a capacidade de compreensão das crianças sem antecipar informações desnecessárias no momento, nem fantasiar conteúdos. Temas coerentes que não devem ser dispensados são: diferença entre os gêneros masculino e feminino, órgãos genitais e como eles funcionam, doenças sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos, virgindade, gravidez, o abuso sexual (com o intuito de impor limites, salientando que ninguém tem o direito de tocar no corpo do outro e nem obrigar a fazer coisas que não queira) e o mais importante, salientar que uma boa sexualidade esta relacionada

ao afeto. Deste modo, propiciar uma conversa séria, mas ao mesmo tempo descontraída com um discurso simples, elaborado com exemplos do dia-a-dia, é o segredo para que o tema flua com maior naturalidade. Tratar o sexo sem tabus abre portas para um bom relacionamento familiar e bons relacionamentos afetivos futuros. Por essa razão, os pais devem entender que falar de sexo com os filhos faz parte de um relacionamento saudável entre as famílias e que, se desde pequenos eles tentarem compreender e orientar seus filhos, os vínculos estarão mais fortalecidos e eles serão vistos como fonte de confiança e segurança por essas crianças.


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cultura

O que é uma Constituição Política? Quem faz as leis? por Francisco de Assis Martins Bezerra

Ferdinand Lassale, autor desta obra, foi um dos maiores expoentes do socialismo. Em 1863 fundou a Confederação Geral Alemã de Trabalhadores, embrião do que hoje conhecemos como social-democracia. O socialismo de Lassale compunha-se de um exacerbado nacionalismo germânico, à época do processo de unificação da Alemanha sob a liderança de Bismarck e o sufrágio universal. Existem variadas correntes doutrinárias que indagam sobre qual sentido se deve procurar entender a constituição. No seu aspecto sociológico, político ou no jurídico? O aspecto sociológico é tratado neste livro, que é uma síntese de uma palestra proferida por Lassale aos estudantes de uma universidade alemã, em Berlim, abril de 1862. A pergunta básica feita por Lassale é: Onde podemos encontrar o conceito de uma Constituição, seja ela qual for? Nessa conferencia Lassale se propõe a demonstrar que a essência de uma constituição política são os fatores reais de poder. Assim mostra as influências sofridas pelas Constituições em diversos momentos históricos. O poder do Rei, da nobreza e da Igreja nas monarquias absolutistas. O surgimento da burguesia, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial mol96

daram diferentemente as Constituições do seu tempo. Para Lassale a Constituição política deve ser a soma dos fatores reais de poder, definidos como a força ativa e eficaz que informa todas as leis e instituições jurídicas da sociedade, determinando que não possam ser, em essência, a não ser tal como se apresentam. Em face disso, a Constituição política de um Estado, formalmente exteriorizada como uma estrutura de normas jurídicas colocadas numa folha de papel, não passa da expressão da Constituição real, material, de uma sociedade. Se quisermos saber o que realmente é uma Constituição política, devemos buscar uma interpretação sócio econômica de seus dispositivos, nos quais os fatores reais de poder veladamente se manifestam. E quando são submetidos ao cumprimento de certas formalidades, estes fatores reais de poder transformam-se em fatores jurídicos quando, então, são transportadas para uma folha de papel, recebendo

forma escrita. Transformam-se, a partir deste instante, no próprio direito positivo, imposto pelo Estado e carregado de coerção, cabendo punição aos seus opositores. Deste modo existem duas constituições no Estado: a real ou social, formada pela soma de fatores reais de poder que prevalece num dado momento histórico; e a escrita, simples documento, folha de papel. Esta será duradoura apenas se corresponder à constituição real, ou seja, à soma das forças capazes de alterar, verdadeiramente, o modo

Lassalle - considerado um precursor da social-democracia alemã. Foi contemporâneo de Karl Marx, com quem esteve junto durante a Revolução Prussiana de 1848. Combativo e ativo propagandista dos ideais democráticos. Ele morreu em agosto de 1864, nos subúrbios de Genebra, três dias depois de ser ferido em um duelo pela mão de sua ex-noiva, Hélène von Dönniges. Seu corpo foi enterrado num cemitério judeu de Breslau- atualmente Wroclaw, na Polônia.

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Foto: Reprodução Internet


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formal de ser da sociedade. Pois a norma só tem efetividade se estiver regendo a realidade social nela descrita, em uma aproximação tão estreita quanto permitida ou possível, entre o dever-ser normativo e o ser da realidade social. Os problemas constitucionais, diz Lassale, não são problemas jurídicos, mas de poder, pois a verdadeira constituição é a real e efetiva. As constituições escritas, formalizadas num documento, não terão valor, nem serão duráveis se não forem expressão fidedigna dos fatores do poder. Uma Constituição política elaborada em desacordo com estes fatores “seria um corpo sem alma, mera folha de papel”. Vejamos o exemplo de nossa Constituição de 88, reflexo de um momento histórico de mudanças. Durante a Constituinte, para superar o trauma causado

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às instituições pelo regime ditatorial militar, buscou-se dar um caráter humanista e de proteção aos direitos fundamentais. Mas as forças conservadores também mantiveram o liberalismo econômico em sua essência. Ao passar do tempo, os fatores reais de poder se manifestam, confrontando com o que está escrito. Concretizam-se através das inúmeras emendas constitucionais, na flexibilização das leis trabalhistas, na concepção minimalista dos direitos fundamentais e nas teorias do mínimo possível e reserva do possível. O mercado também exige garantias jurídicas para seus investimentos. As agências de classificação de risco monitoram todas as economias mundiais, através das avaliações do “grau de investimento”. A ida da Presidente Dilma Roussef ao Fórum Econômico

de Davos, na Suíça, faz parte desta correlação de forças. Rui Barbosa em seus Comentários à Constituição Brasileira de 1891, dizia que as Constituições são consequências da irreversível evolução econômica do mundo. A pressão dos fatores sócio culturais e da infraestrutura econômica da sociedade sempre condicionaram, ao longo da história, o ideal de Constituição, posto que o Estado e o Direito são meras superestruturas que se sustentam sobres as relações de produção da sociedade dividida em classes. Lassale, expoente máximo do sociológico constitucional, afirma que o conceito jurídico normativo diz o que as constituições fazem, mas não o que é. Não há critérios para reconhecê-la. Não indica onde está o conceito de constituição, a essência constitucional.


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finanças

Nome sujo na praça? Conversamos com um especialista que ensina, passo a passo, como limpar seu nome Todo começo de ano é igual: contas e dívidas do ano anterior se arrastam até o novo ano, se acumulando com os impostos. Essa é a fórmula que leva muita gente a perder o controle de suas finanças e, de quebra, terminar com o nome incluso no SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito. E se isso acontecer, como você pode resolver este problema? Para entender melhor como o consumidor pode solucionar a questão, procuramos o gerente da Associação Comercial e Empresarial, Anselmo Moreira, que falou com exclusividade à Revista Atua sobre como regularizar sua situação. Limpando o nome - “Só tem um jeito de retirar o seu nome do banco de dados ou lista de devedores: pagando a dívida. Na maioria dos casos, não existe outra maneira”. É o que Anselmo já explicou logo no início da entrevista. “Não existe uma fórmula mágica para resolver essa situação. O primeiro passo sempre é procurar a empresa credora [aquela onde o consumidor possui a dívida] e tentar negociá-la”. Segundo ele, é importante tentar negociar com a empresa o parcelamento dessa dívida em valores menores, que caibam no seu bolso. “Dessa forma você conseguirá pagar seu débito e, de quebra, assim que realizar o acordo, seu nome já será regularizado”, explicou. “Existe uma falsa ideia de que o devedor é uma espécie de estelionatário, o que não é verdade. A maior parte das pessoas inclusas no SCPC é trabalhado100

ra, e por motivos adversos, acaba comprometendo sua renda”. Ele justificou essa afirmação apresentando números que mostram que a maior parte dos devedores acabou chegando a essa situação por conta de uma doença na família ou a perda do emprego. “Não podemos julgar as pessoas por isso, pois em uma situação adversa nós mesmos teríamos de agir dessa forma”. Ajuda – Visando auxiliar essa parcela da população, a Associação Comercial tem trabalhado com um programa de reabilitação de crédito, co-

nhecido como SRC – a sigla significa Serviço de Reabilitação de Crédito –, que procura ajudar o inadimplente a quitar sua dívida. “O primeiro passo é entender porque ele contraiu essa dívida. Daí, após entender a situação do inadimplente, o SRC faz o máximo possível para auxiliá-lo a limpar seu nome”. Segundo ele, a ACE negocia com as empresas credoras para tentar eliminar juros e aumentar prazos para baixar a prestação, tudo com o objetivo de facilitar o pagamento. “Esse é o meio mais prático, o que gera menos dor de cabeça para ambas as partes. Então


existe uma grande chance de resolver o caso da forma mais simples”. Nome limpo - Depois de paga ou renegociada a dívida, a empresa credora providencia a retirada do nome do inadimplente do SCPC, em até cinco dias úteis. “Outra grande vantagem de realizar o acordo diretamente via SRC é que conseguimos excluir o nome do devedor do SCPC na hora”. Anselmo argumenta que o SRC somente não consegue resolver casos que envolvem títulos protestados em cartório. “Nesse caso o inadimplente deverá ir até ao cartório e solicitar a identificação e contato da empresa credora”. Golpes – Ele fez questão de ressaltar que existem, porém, muitos golpes envolvendo pessoas e até empresas que prometem limpar o nome, sem

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Mutirão para limpar o nome Desde o dia 10 de março, o Serviço de Reabilitação de Crédito (SRC) tem realizado um verdadeiro mutirão que permite aos consumidores consultar seus débitos, realizar acordos e negociar suas dívidas com empresas da cidade, tudo sem burocracia. Ao todo são quase 200 empresas que estão oferecendo condições especiais de pagamento durante a campanha, que vai até dia 15 de Abril. “O consumidor merece a oportunidade de renegociar suas dívidas. É com isso que buscamos ajudar sempre o sanjoanense”, explica Anselmo Moreira. Conheça os pontos de atendimento: Associação Comercial e Empresarial Rua São João, 237 – Centro Telefone: (19) 3634-4300 Posto de atendimento - DER Rua Henrique Cabral de Vasconcellos, 2109 – DER

o pagamento da dívida. “É importante que as pessoas tenham muita atenção para não cair em armadilhas, como a de kits vendidos pela internet, consultorias ou qualquer outro tipo de serviço

que prometa o seu nome limpo”. Anselmo finalizou explicando que, caso o consumidor não concorde com o motivo ou mesmo com a dívida, ele deverá procurar o PROCON. A


dicas

por Hélinho Fonseca

A primeira coluna deste ano traz como novidade a sugestão de livros e um almanaque com a música e seus intérpretes, como tema central em seus mais variados estilos, ao lado, é claro, de algumas dicas de cd’s e dvd’s, lançados recentemente.

Guiomar Novaes do Brasil: a trajetória da pianista em Nova Iorque Esse livro da pianista nascida em nossa cidade, que inclui dois CDs, é uma preciosidade para os amantes da música erudita. Com carreira internacional consagrada, que lhe rendeu diversas premiações, Guiomar Novaes é respeitada até hoje pelo seu talento onde quer que seja lembrada e esse livro merece fazer parte da biblioteca de todos que procuram conhecer um pouco de cada estilo musical. LUCIANA MEDEIROS e JOÃO LUIZ SAMPAIO Kapa Editorial - 200 Págs.

Almanaque da Jovem Guarda Lançado no mês passado, essa publicação terá outras em sequência e é uma delícia de ser lida, pois retrata muito bem uma época que ficou muito marcada dentro da música brasileira. E não há quem não tenha saudade ou uma boa recordação dos tempos da jovem guarda. Uma brasa, mora? J. FAGUNDES Discovery Publicações - 128 Págs.

1001 discos e 1001 músicas para se ouvir antes de morrer Apesar de achar que o título poderia ser mais leve, essas duas publicações são muito interessantes e bem feitas, levando-se em consideração a pesquisa que foi feita com critério. Para uma leitura sem compromisso e pressa, vale a pena conferir essas indicações. ROBERTO DIMERY Editora Sextante - 900 Págs.

Filmes - DVDs Música - CDs

Os Eleitos: Onde o futuro começa

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Serra Pelada

A Arca de Noé de Vinicius De Moraes

Jorge e Mateus – at the Royal Albert Hall


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cultura

O arquivo histórico municipal Negligenciar documentos a qualquer sorte significa perder a própria dimensão da História por Stefani Costa

Para quem já leu estratégias de guerra, entenderá o que vale dizer para salvar a História de um povo, que traz consigo uma identidade passada e gravada pelo tempo. E o que significa estar na condição de povo? Significa pertencer institucionalmente ao conjunto que obedece às leis, normas e regras em comum; ao passo que o povo está inserido dentro de uma Nação; e esta palavra significa apenas um grupo de descendência comum, nascidos no mesmo território. Portanto, vamos ao raciocínio: o povo tem alicerce dentro da Nação. E não seria subjugar demais, porém Foto: Stefani Costa

é o povo quem está votando — com variáveis interrupções, desde a Grécia Antiga. Já que nosso objetivo é transmitir aqui a importância do passado, para assim podermos nos encontrar no presente e semear o melhor futuro; tudo dentro de nossa temporalidade e possibilidade. No entanto, esta importância está sendo tratada de forma tão indiferente pela atual postura dos eleitores e elegidos, que o ponto de partida para os fatos históricos são claros. E vamos a eles: Em 1916 nascia Matildes Rezende Salomão, em São João da Boa Vista. Mulher perseverante e estudiosa, na década de 1960, interessou-se por pesquisas históricas e viajou grande parte do país

atrás de documentos oficiais (certidões, inventários, testamentos) a fim de reunir a nossa História. Matildes fez pesquisas, explorando inexoravelmente a verdade que só os documentos contam, devido a toda serventia do Estado, seu esforço em criar e instalar o chamado Arquivo Histórico Municipal em São João – mesmo que não diretamente por suas mãos, mas com seu nome, em fraterna ocasião de gratidão aos documentos recuperados por ela. Desde então, o Arquivo Municipal está disponível no Centro Cultural Pagu, mesmo prédio que aloja a biblioteca da cidade. Os documentos oficiais contam a memória viva de um povo, e sem eles, jamais poderemos recorrer à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico como elementos de prova e informação. Assim como está previsto na Lei 8.159/91, pela Constituição Federal, que resumidamente quer dizer que negligenciar documentos públicos a qualquer sorte (incêndio, desabamento, interrupções, etc.) significa deixar perder a própria dimensão da história, sob pena de perdas irreversíveis. Se viver é construir, posso ressaltar que é dever do Poder Público elaborar uma qualificada e apurada gestão

Arquivo municipal - Os documentos oficiais contam a memória viva de um povo. Sem eles jamais será possível recorrer à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico como elementos de prova e informação.

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documental com proteção especial aos arquivos, que explicando bem seguramente, são o que dá apoio; senão característica, ao desenvolvimento de consultas históricas em prol da exploração cultural. São, também, os elementos de prova e informação ao cidadão – habitante ou não desta região e que queira saber a História, o que requer um enorme cuidado ao manusear e usar o conteúdo que temos em nosso Arquivo Histórico. E se nada for feito — o tempo — continuará a ruir até que todos os documentos se percam para sempre. Com a convicção de estar propondo um sincero e generoso apelo, em liberdade com todos os partidos, com todos os membros de bem da sociedade sanjoanense, o Arquivo Municipal necessita de outra moradia, e uma moradia que possa ser condizente com sua hospitalidade: segura e

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Foto: Stefani Costa

bem instruída, tanto por funcionários quanto por instalação. Enriquecendo, desta forma, a finalidade de recuperar documentos que se encontram danificados para o melhor aproveitamento de pesqui-

sas acadêmicas e de cunho pessoal; as informações do nosso acervo, estas sim, pedem ajuda para que não tenham um fim. Então, por que não a reconstrução do Arquivo Histórico Municipal Matildes Salomão?


cultura

Theatro, 100: heresias e bênçãos O herege percebeu que sua performance iluminada tinha inequívocos sinais das bênçãos de Apolo por Lauro Augusto Bittencourt Borges

Criança nos 70 e adolescente nos 80, destas épocas recordo-me de um Theatro que não era bem um teatro. Na fachada o luminoso da Coca-Cola anunciava o botequim em letras imodestas. O velho bar que roubava espaço do foyer tinha lá suas tradições gastroetílicas, mas destoava estética e conceitualmente de uma casa de espetáculos. Minhas primeiras incursões por ali foram para beber conhecimento na Biblioteca Municipal. Sim, o prédio histórico também abrigou o conjunto de livros públicos deste torrão da Beloca. No térreo, goles mais mundanos nos puídos copos americanos do Bar Teatro. No pavimento superior, absorções mais literárias na Biblioteca Jaçanã Altair. O sítio da AMITE conta que na década de 1930 o Theatro passou também a funcionar como cinema. E em razão dos filmes as nádegas deste inepto cronista repousaram pela primeira vez sobre as então poltronas nada confortáveis do Cine Theatro. Naquelas programações especiais da semana da criança, o Theatro era invadido no mês de outubro por hordas de estudantes ávidos para a diversão com as projeções de películas açucaradas do tipo Lassie. A molecada delirava com as peripécias da cadela da raça collie. Fora estes cartazes infanto-juvenis ocasionais, a agenda era permeada pela agilidade do Bruce Lee e congêneres em fitas B de kung-fu. Veio os 80’s e, aos montes, cinemas interioranos decadentes fecharam as portas. O Cine Theatro foi um deles. No período, os púberes desta Sanja ocupavam diariamente o foyer do espaço. O motivo tinha pouco a ver com arte. O magnetismo que os atraía pra lá era viciante, colorido e barulhento: um fliperama mal ajambrado se aboletou por ali. O signatário destas linhas era um dos habitués nas maquininhas eletrônicas. Uma providencial canetada do prefeito Nelson Nicolau, no seu primeiro mandato, declarando a utilidade pública do Theatro, deu início à recolocação do espaço nos trilhos da sua 106

vocação cênica musical. O tombamento em 1987, a Fundação Oliveira Neto, a AMITE, a reforma, muita gente abnegada, muita briga em prol da cultura destas plagas macaúbicas. Uma sucessão de atos e fatos que ressuscitaram o Theatro para a arte. Pano rápido. Salto no tempo para outubro de 2013. Arteira, irrequieta, multifacetada, a confreira Maria Célia Marcondes roteiriza uma homenagem da Academia de Letras de São João da Boa Vista ao centenário do poetinha Vinicius de Moraes. Exclamações e interrogações apoquentaram a cachola deste aparvalhado escriba, assombrado com o convite para, absurdo dos absurdos!- ser ele a encarnar no tablado um dos maiores nomes da cena poética e musical brasileira. Miseravelmente, caminhávamos para um desastre. Vinte de outubro último, um pouco alto pelas doses do Red Label que aliviaram seus temores, o herege que vos fala, medíocre na arte dramática, ali sobre a piso sacro do palco do Theatro Municipal de São João da Boa Vista, representando Vinicius de Moraes, entre boquiaberto e perplexo, percebeu que sua performance iluminada tinha inequívocos sinais das bênçãos de Apolo.


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agito

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opinião

Adaptação Qualquer mudança é estressante, mas é extraordinário o poder de adaptação que o ser humano tem ao ajustar-se a elas! por Clineida Junqueira Jacomini

Estive com meus filhos e netos nos EUA em janeiro. Adaptei-me razoável e até rapidamente quanto ao clima (de +35º para – 15º), fuso horário (diferença de 3 horas) e demais condições locais. Realmente as pessoas se adaptam facilmente às diferenças com que se deparam. Destaco as principais entre esse dois extraordinários países a que pertenço, mesmo que só pela afinidade e visitação. Limpeza - É demais nos Estados Unidos e de menos no meu querido e sujo Brasil. No chão, só folhas secas e recém caídas em meio ao gelo amontoado e logo retirado das estradas, ruas e entradas das casas. Coisa linda para se ver somente depois de 69 anos de uma existência vivida em um país tropical. Educação - As pessoas são gentis e educadas em sua maioria; desde as crianças que sempre pedem licença, por favor, obrigada, desculpas e todos EUA dando aquela expressão para mim inexplicável: welcome! querendo dizer o nosso: de nada! Clima: Vendo os canais sobre o tempo no Brasil e lá também, fiquei assutada com tantas mudanças que têm sido registradas. Muito calor sem chuva no Brasil e frio intenso e nevascas no hemisfério norte, condições atípicas. Por exemplo: em Orlando há mais de 10 anos não fazia tanto frio como nesse janeiro chuvoso. Nunca pensei que, em se nevando, tudo parasse como vi acontecer: escolas, trabalho, trânsito, reuniões.... as pessoas em suas casas e lá fora só as equipes de limpeza, tanto na época do

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Foto: Reprodução Internet

outono com todas as folhas caídas, como no inverno com tanta neve acumulada. Respeito às leis: Infelizmente desaparecendo no meu querido país natal e lá constantes nas diferentes esferas: para com as leis que são rígidas e iguais para todo cidadão, não existindo o nosso famoso: “- Sabe com quem está falando! - Sabe filho de quem eu sou!” Respeito aos idosos - Para eles que levam uma vida mais que plena, viajando, trabalhando, dirigindo, fazendo compras, jogando... e só não tendo as regalias de terem vagas, filas próprias e prioridades como acontece no Brasil ( e eu adoro!) afinal para alguma coisa serve ser mais velho! Preços - No Brasil tudo é muito caro! Sinto-me agoniada, mas verdadeira ao constatar isso e estar escrevendo justamente para uma revista, bela e excelente revista, de uma Associação Comercial e Empresarial como a Atua. Mas é uma verdade inquestionável e repulsiva devido ao fato lastimável de haver tantos impostos incidindo nos nossos produtos. Nos EUA tudo é de boa qualidade e barato...e se não for, é sumária e facilmente devolvido. Só achei caro algodão doce na Disney: US$3.50. Bem, o que eu queria dizer com essa crônica esdrúxula e diferente? Que assim como eu faço mix com 2 ou 3 sucos, molhos e comidas, queria fazer o mesmo entre esses dois países, dois povos e culturas! Ambos têm coisas boas e outras nem tanto. Como isso é impossível, resta-me sonhar falando português com sotaque, sofrendo com o calor, fingindo que é frio e sentindo saudade de tudo, mas feliz ao retornar a minha casa, meu país, meu lar!


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segurança

Luz contra a violência urbana A iluminação pública é uma das peças- chave para reduzir a criminalidade nas cidades Não é de hoje que se discutem soluções para combater o crescimento da violência urbana no Brasil. São apresentadas diversas opiniões e ideias, muitas delas de implantação complexa e que provavelmente, demorarão alguns anos para que comecem a apresentar resultados efetivos. Uma peça chave para reduzir a violência urbana, que acaba passando muitas vezes despercebida pela população, é a melhora da eficiência da iluminação pública nos nossos municípios. Um adequado e eficiente projeto de iluminação é um potente dissuasivo psicológico, principalmente contra ações criminosas. Segundo o criminalista americano Timothy D. Crowe, 90% dos estímulos externos ao organismo humano vêm de percepções visuais, inclusive, relacionando a luz como influenciadora do comportamento humano.

12.585 pontos iluminados, como postes, praças, canteiros, etc. Violência x iluminação pública – O espaço urbano das cidades brasileiras, seja público ou privado, apresenta frequentemente algumas características que por vezes facilitam ou induzem à prática de delitos. Embora existam poucos estudos, em nível nacional, sabe-se pouco a respeito de como esta influência ocorre. É o que explica Marcos Antonio Amaro, no livro Arquitetura contra o crime: prevenção do crime através da arquitetura ambiental. A obra vai além, mostrando que, no campo da criminalidade (que faz parte da violência urbana), é possível identificar que existe uma relação direta entre a natureza dos crimes, a gravidade de cada um e o horário em que eles ocorrem. Conforme a luz do dia vai caindo e

a noite chegando, os crimes tornam-se mais violentos e perigosos, podendo ser explicados, em parte , pela presença ou não da iluminação pública. Podemos notar isso ao examinarmos pontos de consumo de drogas, que normalmente são escuros e envoltos em penumbra. Isso ocorre, porque a luz faz as pessoas se sentirem mais seguras, em função da sensação de controle visual do que ocorre à sua volta, notadamente quando esta luz atinge os limites do local onde a pessoa se encontra. No caso de pontos de consumo de drogas, ocorre justamente o contrário, devido à ausência da luz. Atenção especial – Por isso é muito importante olhar com atenção e, em alguns casos, repensar todo nosso sistema de iluminação pública, pois um investimento relativamente pequeno Foto: Reprodução Internet

Luz nas cidades - A iluminação pública no Brasil começou a ser implantada no século XVIII de forma bem precária e rústica. Em São Paulo, ela chegou somente em 1830. A partir de 1900 é que se iniciou a expansão da iluminação pública pelas mais diversas cidades do país. Segundo a Eletrobrás, a iluminação pública corresponde a aproximadamente 4,5% da demanda nacional e a 3,0% do consumo total de energia elétrica do país. O equivalente a uma demanda de 2,2 GW e a um consumo de 9,7 bilhões de kWh/ano. Para que tenhamos uma ideia, somente em São João da Boa Vista, são 112


pode ajudar a reduzir índices de violência urbana de forma drástica. Maximizar as oportunidades para incidência de iluminação natural, usar diferentes pontos de iluminação e reduzir contrastes entre luz e sombra, podem acabar sendo tão efetivos quando aumentar o policiamento em determinadas regiões. É preciso que todos compreendam que um espaço urbano degradado é um dos principais fatores que contribuem para a delinquência social. Basta lembrar das Teorias do Controle, que afirmam que todas as pessoas são potenciais criminosos, cujas práticas delituosas dependem apenas da oportunidade e do incentivo (cabe aqui uma ressalva, onde os próprios autores concordam que apesar da influência do ambiente sobre o indivíduo, esse não necessariamente determina a personalidade do mesmo). Se as pessoas vivem e convivem em regiões mal iluminadas, sujas, desorganizadas, sem possibilidades de recreação e lazer, esses fatores vão contribuir para violência social, que vai desde a criminalidade até outros aspectos que compõem o quadro da perda da qualidade de vida e do bem estar da cidade.

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Prefeitura assume iluminação pública a partir de março A partir de 1° de março, a manutenção da iluminação pública – troca de lâmpadas, luminárias, reatores e braços suporte de fiação interna do poste – será de responsabilidade da Prefeitura da São João. A transferência desses serviços, até então prestados pela concessionária de energia Elektro, obedece à resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que repassa os ativos de iluminação pública para 5.570 prefeituras do país. Na próxima fatura de energia elétrica (conta de luz emitida pela Elektro), serão divulgados os números de telefone de contato (3634-8022/3634-8027 e 080077-30156) para que os consumidores possam solicitar a manutenção e comunicar os locais onde a iluminação estiver apagada ou com funcionamento irregular. Os chamados serão atendidos no prazo de 72 horas por empresa especializada, contratada pela administração municipal por meio de processo licitatório.


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Confira a lista das empresas que anunciaram nesta edição. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consultas: 4M Lavanderia Rua Américo de Campos, 220 - Bairro Rosário Fone: 19 3623.3371

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