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Estamos chegando ao final deste ano de 2014. Um ano bem atípico, por sinal. Copa do Mundo, eleições... Enfim, um ano bem movimentado. Nessa reta final de mais um ano, trouxemos uma nova edição com muita coisa interessante para você! Começando com a nossa entrevista central e capa, a linda Luiza Florence, jornalista sanjoanense que hoje é produtora de um programa da Globo Internacional, chamado Planeta Brasil. Ela também apresenta um módulo de variedades em português, chamado Conexão, produzido pela Brigham Young University, em Utah, exibido em mais de 60 países e vencedor de um Emmy na categoria arte/entretenimento. Trazemos também uma interessante reportagem sobre os riscos da osteoporose, uma doença silenciosa que atinge, principalmente, as mulheres. Além disso, temos uma matéria exclusiva sobre brinquedos educativos e sua importância no desenvolvimento cognitivo das crianças. Outra que merece destaque, fala sobre os cuidados e a necessidade de realizar uma manutenção preventiva em computadores e notebooks. Enfim, nossa edição de Outubro está recheada de matérias interessantes e de cunho histórico - como o resgate de uma das mais tradicionais festas sanjoanenses, a Corte do Divino. Uma ótima leitura para você e até nossa edição de Dezembro!
Ops... erramos! Por um erro de revisão, no final da revista, a empresa Bellíssima Fashion Shoes foi colocada com o endereço errado; o correto seria Av. Dona Gertrudes, 165. O mesmo vale para a página Tendências, onde a empresa Doroti Modas e Acessórios foi grafada erroneamente como apenas Doroty. Já no editorial de moda country, também houve uma grafia errada de um produto da Selaria São José, o que tornou uma parte da leitura incompreensível. Pedimos imensas desculpas aos leitores e às empresas descritas acima.
A Revista Atua (ano 7, número 28, Outubro de 2014) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. (19) 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Diretores responsáveis Angela Loup Pessanha | angela@acesaojoao.com.br Ana Claúdia Carvalho | anaclaudia@acesaojoao.com.br Gerente Executivo Anselmo Moreira | gerencia@acesaojoao.com.br Jornalista responsável Misael Mainetti - MTb. 73.171- SP | misaeljornalista@gmail.com
Ângela Loup Pessanha Editora-chefe
Jornalistas Ana Carolina Belchior Antonio Luiz Magalhães Amanda Duarte Franco Junior Luis Gustavo Gasparino Revisão Ana Lúcia Finazzi | analuciafinazzi@uol.com.br
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12 Que tal mudar seu cabelo?
74 Agito
16 Escolha seus óculos de sol
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Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br
Gastrônomia
Venda de espaços publicitários Patrícia Maria Rehder Coelho | patrehder11@ig.com.br
26 Os dois lados dos suplementos alimentares 80
Editorial
Publicidades Alexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.br
30 O que é osteoporose
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Culinária
Fotos publicitárias Juan Landiva - (19) 9-9371-4781
34 Monte sua horta
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Esporte
Fotos sociais Davis Carvalho - (19) 9-8210-9499
36 Supere o medo de amar
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A tradição da Corte do Divíno
Impressão GRASS (São Sebastião da Grama / SP) - (19) 3646-7070
38 Editorial
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Editorial
44 A importância do intercâmbio
104 A importância da reforma tributária
48 A escolha do brinquedo certo
110 Agito
Capa: Luiza Florence Modelo: Bárbara Angélica Matos Fotos: Aline Kras Cabelo: Gui Schoedler Maquiagem: Marco Souza Estilo: Andrea de Araujo Agradecimento: Jeremy Black
56 Editorial
112 Segurança pública
Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:
62 Agito
114 Por que participar da política?
facebook.com/atuarevista
68 Entrevista: Luiza Florence
118 Dicas culturais
@atuarevista
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caixa de entrada
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Lendas e contos “Acho importante que cada vez mais a Revista Atua publique matérias que busquem resgatar histórias e contos da tradição oral sanjoanense. Embora não more na cidade, tive o contato com a revista através de um amigo e me interessei muito pela matéria São João assombrado, publicada na edição de Julho. Muitas dessas histórias, se não forem registadas de forma escrita, se perderão no tempo. Isso nos impõe a reflexão sobre a transmissão oral de cultura e conhecimento.” Sílvia Feitosa
“Muito interessante saber que nossa cidade possui uma empresa aeronáutica (...) eu desconhecia completamente esse fato” Capa da edição 27 - Julho de 2014
Ágata Eulália
Maconha na faixa
Psicologia
“Discordo da matéria Maconha na Faixa (...) a proibição é, em sua essência, uma questão econômica; ela se sobrepõe ao rigor científico no caso dos defensores de restrições ao uso da droga. Sobre os argumentos médicos, lembro que a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) não se permite o diálogo. Nunca fizeram um fórum sobre a maconha, uma mesa-redonda, nunca abriram espaço para discussões. Não acho legítima a opinião contundente contrária à legalização, porque ela não foi sequer discutida. Mas o mais importante, creio eu, são os fatos ligados ao uso industrial da cannabis. A planta produz mais celulose do que a maioria dos tipos de árvores usadas hoje na fabricação de papel. Usa-la como substituta na produção, sendo que , ela se renova muito mais rápido do que plantas de grande porte, diminuiria o impacto ambiental causado pela prática. Como o jurista Wálter Maierovitch já afirmou, a maconha foi proibida por interesses econômicos, especialmente para abrir o mercado das fibras naturais ao náilon” Eliseu Carreiro
“Gostaria de parabenizar a todos envolvidos na produção da Revista Atua, que a cada edição está se superando no que diz respeito ao conteúdo. Sempre que tenho a possibilidade de folear um exemplar, vou direto para os textos sobre psicologia, escritos pela Maryá Rehder Ambrósio. Além de ser um tema que sempre me interessou, são muito bem escritos” André Hentz
Cartas para esta seção... Podem ser enviadas para o email falecom@atuarevista. com.br ou por carta à rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.
Casa de Firulas A pernambucana Mirella Luiggi, produtora audiovisual e mestre em semiótica, que também adora cuidar da casa e bater um bolo, segundo ela própria, é a dona desse espaço virtual. Reaproveitamento de objetos velhos na decoração, pintura de tapetes, dicas de limpeza e organização fazem parte do blog. Mirella defende que a vida doméstica seja simples, descolada e divertida. Acompanhe: www.casadefirulas.com.br
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Tendências para o verão 2015 O azul celeste também é uma grande aposta, pois é discreto, clássico e democrático por Mafê Murad
Com o nosso inverno quente e seco, mal tiramos os casacos do armário e os desfiles, estilistas e a turma fashion já indicam quais as tendências para a nossa estação preferida, o verão. Abaixo iremos apontar os candidatos aos queridinhos da temporada quente. Então, fiquem de olho para adquirir desde já as peças que vão fazer bonito quando o verão chegar. Esta época sempre pede cores fortes e vibrantes, mas o destaque entre elas serão o amarelo e o laranja, tanto para roupas quanto para acessórios. O azul celeste também é uma grande aposta, pois é discreto, clássico e democrático, permitindo diversas variantes de combinações. As listras voltam à cena, clássicas e atemporais, porém com uma roupagem diferente, com cores bem vibrantes para dar energia ao look. Os tecidos naturais, rústicos e frescos estão presentes na maioria das coleções apresentadas nas semanas de moda. O linho é sempre o queridinho entre eles, proporcionando peças leves, confortáveis e sofisticadas, ideais para o verão. Os tecidos fluidos dão leveza às peças, com cortes mais amplos para valorizar o caimento e trazer frescor nas altas temperaturas. Para os acessórios, as franjas continuam tanto para calçados, bolsas e acessórios como brincos e colares. 8
Fotos: Reprodução internet
Nas orelhas femininas os adornos ficam cada vez maiores, voltando à cena os maxi brincos, tão a cara do Brasil e sucesso dentro e fora das passarelas! Muito mais que um simples acessório, eles proporcionam ao look um moderno resultado assimétrico. Voltando ao vestuário, as estampas florais e bicolores estão muito em alta, principalmente na moda praia. As pantalonas continuam bem cotadas em diversos tecidos e estampas para valorizar a silhueta. As saias em um comprimento médio, chamadas midi, já invadiram
nosso guarda roupa e ainda vão ser muito usadas nesta nova estação, deixando o corpo super feminino, elegante e com um pé no retrô. Os óculos arredondados e os modelos espelhados farão a cabeça e a proteção dos olhos, dando um charme a mais na composição dos looks, deixando-os bem moderninhos. Agora é abrir o guarda roupa, guardar os casacos e analisar todas as peças que continuam na moda e as que voltaram à moda, a fim de compor looks incríveis com as dicas que eu trouxe aqui, para vocês!
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Mais tendências para o verão O verão está chegando e todos estão super curiosos para saber mais sobre as novidades da estação por Iza Graça
Um dos objetivos da moda é traduzir em produtos o desejo que está no inconsciente coletivo das pessoas. Existe uma vontade por cores, formas, tecidos e estampas, que a indústria da moda externaliza em produtos. As tendências para este verão surgem depois de uma breve viagem pelos anos 50, 60, 70, 80 e 90; e de um profundo mergulho na natureza, arte e no esporte. Uma profusão de cores, formas e estampas resultam em um visual alegre e descontraído, mas sem perder a sensualidade.
Cores Os tons pastel contracenam com tons mais fortes que se harmonizam, como acontece na natureza. O branco, em suas diversas tonalidades; o preto com suas nuances; os tons de minerais como ouro, prata, cobre; os terrosos indo do areia até os avermelhados; os diferentes tons de azul vindos do céu e do mar; a luz do pôr-do-sol mesclando os tons de rosa, laranja e amarelo. Várias cores podem compor um único visual, como se fossem blocos de cores, que juntas formam uma combinação harmoniosa e totalmente nova.
Formas As décadas de 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990 vêm traduzidas também através das formas. Uma sensualidade discreta e sofisticada dos anos 50, aliada ao frescor e irreverência dos anos 60 e 70, integrada à forte personalidade dos anos 80. Juntamente com o estilo minimalista da década de 90, todos eles colaboram com as novas propostas de silhueta para a estação. Fotos: Reprodução internet
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Que tal mudar seu cabelo? Quer mudar o penteado, a cor ou o corte? Veja dicas dos especialistas para as tendências Penteados e cortes de cabelos costumam mudar a cada nova estação, novela, fashion week, celebridade ou simplesmente com os looks de rua. Assim se constroem as tendências. Porém, atualmente, tendência mesmo, na fala de um especialista, “é mulher bem cuidada e bem tratada, ou seja, a tendência começa no tratamento diário”, destaca como premissa João Luis, cabeleireiro do salão JM. Desde 2002, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que os gastos com cabeleireiro só crescem no país, já que a classe média e a nova classe média veem essa despesa como investimento. Nos últimos anos, o setor de serviços está aquecendo a economia. No ano de 2012, por exemplo, o ramo gerou mais de 1,2 milhão de
vagas, segundo a Confederação Nacional do Comércio e Serviço e, em 2013, o IBGE constatou que houve um crescimento de 8,5%. O que significa que muitas pessoas estão dando mais atenção aos cuidados com o cabelo. Que tal você também entrar nessa onda? Para a nova estação Primavera/Verão as tendências em penteados indicam que os descolados, despojados e descontraídos serão procurados. A mulher moderna é prática, flexível e precisa se desdobrar em vários papeis como mãe, mulher e profissional. Logo, investir em penteados mais leves como meio preso, meio solto, tranças e estilo Ladylike, com fios para fora da trança ou do rabo de cavalo, são apostas certas. >
Os penteados mais pedidos: Fotos: Reprodução internet
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Tranças
Romântico
Coques
Rabo de cavalo
Elas são sempre as mais requisitadas nos salões tanto pela beleza do penteado, quanto pela versatilidade, pois podem ser usadas em ocasiões especiais como no dia a dia. A mais pedida é a fishtail ou espinha de peixe. Outro tipo que vai marcar presença é a meia trança, que inspira sensualidade e fica ótima se tiver o cabelo ondulado. Tranças também estiveram nas passarelas e mostraram-se variadas como as tranças nagô, ótimas para dias de muito calor, embutida, lateral, grega ou despenteada casual.
Estilo natural, meio preso e meio solto. Esse tipo de penteado coloca em evidência as mechas que podem estar frouxas ou enlaçadas no cabelo mostrando um visual arrumado, casual e ao mesmo tempo romântico porque permite movimento. Aliás, “cabelo com movimento é sempre bonito”, acentua o cabeleireiro.
O coque rosquinha bem feitinho deve ser abandonado no verão e também aqueles de altura média, aposte nos estilos baixo ou alto com ou sem volume. Segundo o site umcomo.com “uma nova opção é o coque torcido. Basta fazer um rabo de cavalo, depois uma trança no mesmo rabo, em seguida, segure uma das pontas e empurre as duas outras para cima, para formar o coque. Por fim, basta juntar as pontas e envolvê-las ao redor da base do rabo de cavalo.”
Chegam com uma proposta diferente neste verão de 2014. Seguindo as dicas do site bolsademulher.com “ao invés do modelo simples, os rabos de cavalo podem ser divididos em partes, utilizando dois ou três elásticos. Os estilos baixos são mais formais e, por isso, é ótima pedida para eventos à noite. Já o rabo de cavalo alto é superdespojado, feminino e charmoso. Use sem medo durante o dia”.
MORANA.com.br
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MORANA Sテグ JOテグ DA BOA VISTA Av. Dona Gertrudes, 30 窶「 Tel.: (19) 3622-3837
Cortes e cores para o verão Além de estilizar seu cabelo com novos penteados, você também pode modificá-lo totalmente com uma coloração de tons quentes como dourado, marrom e acobreado que, preferencialmente, seja trabalhada em técnicas como balaiagem, californiana e ombré high light. Esta última, também conhecida como beijo do sol, exibe um dégradé nas mechas mantendo a raiz na cor original e clareia os fios a partir da área dos olhos. Uma opção com cara de verão. Outros tons que voltam com tudo são os castanhos, chocolates e amendoados. Podem ser aplicados como mechas, também divididas em quatro tons para que o efeito dégradé ganhe destaque, sem marcar, de forma que se note cada mecha. “Os tons devem ser trabalhados em nuances, nunca chapados”, explica o colorista do JM, Cássio Rios.
Agora, se a sua intenção é cortar seus belos fios, uma sugestão corajosa proposta por João Luis é o curtinho estilo Sophie Charlotte da novela “O Rebu”. Para o cabeleireiro a tendência dos cabelos curtos assimétricos estará em alta, mas faz uma ressalva “essa é uma opção para as mais corajosas que tem desapego ao cabelo.” Cabelos médios também serão pedidos, com bases assimétricas e franja. “A franja sempre é moda, pode ser usada para divertir, mudar o estilo, renovar o corte e ela dá um movimento” garante João. Movimento combina com verão, por isso os cortes assimétricos e desfiados ajudam a compor um look despretensioso e leve. Qualquer corte nessa linha vai estar na moda. Escolha o estilo que mais combina com você e aproveite a nova estação.
O “não corte”: estilo despretensioso chega em alta Uma nova tendência em cabelos está dominando as semanas de moda internacionais e, ao contrário do que se vê em muitas passarelas, a novidade é um estilo nem um pouco elaborado. A atual sensação da temporada no hemisfério norte é o chamado “não corte”. Despretensiosa, com pegada grunge e muito moderna, a moda passa longe das tradicionais madeixas longas e volumosas que tanto fazem sucesso. E é aí que mora o frescor do visual. Se os cabelos sempre sedosos e cheios de glamour das celebridades de Hollywood são unanimidade entre as mulheres, as modelos e fashionistas chegam para provar que a tendência despojada também pode garantir um visual charmoso e estiloso. O “não corte” requer, mais do que elegância e sofisticação, muita atitude para sustentar a aparência desarrumada e despreocupada. O visual já é sucesso entre quem circula pelo mundo da moda, como as modelos Kate Moss, Arizona Muse e a it-girl Alexa Chung. Até mesmo Hilary Rhoda, que mantinha seus fios castanhos bem longos, aderiu à tendência. Nas passarelas, o estilo apareceu nos desfiles de Balmain, Blumarine e Vionnet. E, apesar da moda ainda não ter se instaurado entre as atrizes, algumas fashionistas, como Jessica Alba e Sienna Miller, já apostam no visual despojado.
Foto: Reprodução internet
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Escolha seus óculos de sol Modelos variados do gatinho ao espelhado devem marcar o verão Basta a atriz Bruna Marquezine aparecer na novela usando um Ray Ban Clubmaster em alumínio dourado para ele virar moda e em pouco tempo estar nas lojas. Neymar Jr, o jogador mais famoso no Brasil, é o garoto propaganda da marca Police e usa óculos de grau com armação quadrada de cor vermelha. Em ambos os casos os óculos viraram tendência porque foram usados por celebridades. É comum, no mundo da moda, marcas atrelarem seus produtos a pessoas famosas. Não seria diferente com os óculos de sol, que a cada estação lança novos formatos e as celebridades emprestam seus lindos rostos para divulgar os modelos das grifes. Para a coleção primavera/verão, os modelos presentes nas lojas trazem colorido nas armações e muita leveza no formato.
Nessa estação, a incidência dos raios solares tende a aumentar, assim como “aumenta o número de pessoas que entram nas ópticas e perguntam: você tem um Ray Ban?” como conta o proprietário das Ópticas Ipanema, Sérgio Assuani. A marca Ray Ban ficou conhecida como sinônimo de óculos de sol e seu modelo mais procurado é o chamado aviador ou caçador. Considerado clássico, os modelos nunca saem de moda. Outro tipo de armação que faz sucesso e já virou clássica são os óculos grandes do material acetato, bem adaptados à nossa região, que é muito clara. As lentes espelhadas, que já foram tendência, voltam com tudo. Estrelando estão as marcas Ray Ban, Gucci e Vogue Brasil. O estilo cat-eye, ou óculos gatinho já fez sucesso na década de 50 e neste verão 2014
também vai estar presente. Para essa tendência, muitas marcas lançam seus designs, com destaque para as grifes Max Mara, Mas & Co e Bottega Veneta, com design semelhante ao gatinho, porém mais conhecido como formato borboleta. As armações coloridas estão em moda há um bom tempo, mas dessa vez a diversidade de cores e formatos se amplia ao infinito, cosiderando todas as marcas que investem nos variados tons e estampas. A grife Fendi, por exemplo, aposta nas armações duplas com ênfase nos contrastes de cores e detalhe nas hastes, remetendo a fivelas de bolsa. A Alexandre Macqueen garante os modelos grandes de referência retrô nas silhuetas. E Bottega Veneta vem com acetato de linhas robustas e tons dégradés.
Diesel - Uma das mais tradicionais e consolidadas marcas da moda, especialmente no que diz respeito a óculos de sol, sejam eles masculinos ou femininos. A Diesel está apostando nos óculos gatinho, um dos grandes sucessos desse ano e que devem continuar como tendência para o ano que vem. O modelo, que fez sucesso na década de 50, apareceu nos principais desfiles nacionais e internacionais de inverno e verão 2011.
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Fotos: Ana Carolina Belchior
Ray Ban - Segundo os lojistas, essa é a marca mais procurada. Sua variedade de modelos acaba aderindo a tudo que a tendência propõe: armações coloridas, modelo gatinho, contraste de cores e efeitos entre silhueta e hastes, espelhados e lentes polarizadas. Além da proteção ultravioleta, as lentes polarizadas ajudam a reduzir a claridade e também o ofuscamento solar. A lente Polaroid da Ray Ban filtra a luz e a torna polarizada, eliminando os feixes de luz que causam desconforto. Modelos mais usados: Aviador, Gatinho, Espelhados, Club Master Alumínio e Erika (foto)
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Depilação a laser Depilação a laser não é definitiva, mas os resultados são duradouros por Ana Paula Cippoli
O uso do laser na dermatologia veio revolucionar os tratamentos estéticos.Ele trouxe uma luz no fundo do túnel para muitas pessoas que procuravam por um recurso preciso e rápido para eliminar diferentes lesões de pele, incluindo os pelos. A ação do laser para depilação está relacionada com a sua afinidade pela cor escura do pelo, que é muito forte na raiz. Em razão disso, o laser não atinge pelos brancos ou pelos muito claros, tornando impossível, com a tecnologia atual, atingir os pelos que não tenham cor escura. Para atingir a raiz do pelo (escuro) o laser tem que atravessar as camadas superficiais da pele e nesse trajeto, ele pode ter atração por outras estruturas de cor escura, como é o caso da célula ,chamada melanócito e que produz a melanina, o que dá a cor da pele. Por isso, é muito difícil a depilação definitiva em paciente de pele
mais morena. Em contrapartida, quanto mais contraste houver entre a pele(branca) e o pelo(escuro), melhor. Portanto peles muito claras, com pelos grossos e bem pretos, apresentam resultados excelentes. É importante destacar que a depilação a laser não é definitiva com uma aplicação única. Isso acontece porque não existe agressão suficiente na raiz do pelo em crescimento e, muitas vezes, ele consegue se regenerar. Normalmente é necessário um número de seis a sete sessões para atingir a eliminação de pelo menos 90% dos pelos da região tratada. Após uma sessão de laser o pelo demorará em média 1 a 2 meses para voltar, dependendo do tipo de aparelho usado e da região do corpo onde foi aplicado o laser. Sempre após uma sessão de laser o pelo vai voltar enfraquecido e, portanto, mais fino. Existem vários tipos de aparelhos para a realização da depilação como os lasers e a luz intensa pulsada. Sem dúvida, o apa-
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Foto: Reprodução internet
Pós-procedimento - No período, normalmente não há dor, mas é comum a pele ficar vermelha e em alguns casos, irritada, principalmente nas pessoas mais sensíveis. Mas essa sensação desaparece depois de algumas horas e pode ser amenizada com a aplicação de água termal e cremes à base de corticoides na região tratada.
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relho mais eficaz e que realmente leva à depilação definitiva é o laser de diodo Light Sheer. A luz pulsada pode até diminuir o número de pelos da região tratada, mas nunca vai eliminá-los na sua totalidade. Áreas como axila e virilha, quando tratadas, apresentam um resultado brilhante com a eliminação total dos pelos, em média após 7 sessões. Áreas de pelos mais finos, como buço das mulheres, apresentam resultado mais pobre. A realização da depilação a laser nos homens nunca vai ser tão eficaz quanto nas mulheres, pois no sexo masculino existem o hormônio testosterona e dehidro testosterona, que estimulam o crescimento dos pelos, portanto será necessário um número bem maior de sessões para um bom resultado. A aplicação do laser para depilação é muito simples. Alguns minutos antes da sessão será
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Longe do sol São muitos os motivos que fazem do sol um vilão, quando o assunto é depilação a laser. O mais clássico é a questão da pigmentação – a melanina das peles bronzeadas atrai a luz do laser e isso pode prejudicar o processo natural, em que a energia atinge pontualmente a raiz do pelo, comprometendo o sucesso do tratamento e provocando manchas. O ideal é não se expor ao sol quatro semanas antes da sessão, pois a pele não pode estar bronzeada e até três semanas depois, para não manchar a pele pós laser.
aplicado, sob a área tratada, uma pomada anestésica para maior conforto do paciente. A ponteira do laser possui um mecanismo especial de refrigeração, que protege a área tratada. Existe ainda um aparelho que emite um jato de ar em temperatura muito baixa sobre a pele da área a ser tratada, proporcionando assim um maior
conforto, segurança e diminuição da dor no momento da aplicação do laser. Os efeitos colaterais, caso ocorram, são mínimos e podem incluir leve vermelhidão, leve ardência ou pequeno inchaço no local, mas que desaparece rapidamente e o paciente pode retornar imediatamente às suas atividade normais.
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Os dois lados dos suplementos alimentares Usar suplementos para aumentar os músculos e melhorar o desempenho nos treinos pode ser positivo, mas também prejudicial À meia-noite já está dormindo, são oito horas pela frente de descanso evitando o catabolismo, processo em que o organismo retira das fibras dos músculos a energia que necessita. Assim que acorda, o cuidado com a alimentação é regrado. Café da manhã, almoço, lanche da tarde, mais um lanche, lanche pré-treino, uma hora de treino para não fatigar os músculos, jantar, ceia e à meia noite encerra-se o ciclo. Pronto, mais um dia com sete refeições balanceadas e nutritivas. Ele não se considera um atleta, mas treina seis vezes por semana e cuida de seu corpo com seriedade. Aos 23 anos, Caio Simone, começou a treinar por hobby, mas pegou gosto pela massa muscular que adquiria, po-
rém ainda lentamente. Então, decidiu fazer uso dos suplementos alimentares. Boa alimentação, descanso adequado, hábitos saudáveis e prática regular de exercício físico devem fazer parte da rotina de atletas amadores e profissionais. Porém, quando se trata de suplementos, só devem ser usados quando o treino é diário. “A suplementação alimentar é indicada em decorrência de um treinamento intenso, no qual a dieta convencional não supre todas as suas necessidades fisiológicas. Para evitar uma queda de performance e cansaço excessivo, os suplementos ajudam”, afirma o Mestre em Performance Humana, Marcos Regini. Para os atletas profissionais, que passam a maior parte do dia
treinando, “muitas vezes as refeições comuns não são suficientes para atingir a quantidade de nutrientes que precisam, com isso o rendimento cai. Neste caso, a suplementação alimentar tem o objetivo de auxiliar a dieta diária do esportista na reposição de determinados nutrientes”, explica Regini Caio. No entanto, não tem pretensão de ser profissional, mas sua consciência alimentar aumentou nos últimos dois anos de treino, por isso o tripé comer, dormir e treinar o acompanha como regra inabalável. Ao levar a sério a musculação, sentiu necessidade dos suplementos para melhorar seu desempenho. De lá para cá já experimentou muitos, sempre com intenção de ganhar massa ou manter o anabolismo. Foto: Agência Brasil
Mina de ouro - A despeito de sofrer com gargalos
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em sua regulamentação, o setor de suplementação alimentar movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano no mercado brasileiro, levado pelo aumento na renda do brasileiro, da prática de atividades físicas, da busca incessante pelo corpo perfeito
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Modo de uso - Atualmente, existe no mercado muitas marcas e tipos de suplementos lançados, frequentemente. No Brasil, a ExpoNutrition, uma feira sobre suplementos alimentares apresenta todos os anos suas novidades. Está em sua 6ª edição e acontecerá em São Paulo, de 31 de outubro a 02 de novembro. Por serem de livre acesso, os suplementos vendidos em lojas especializadas podem ser adquiridos sem prescrição médica, por pessoas entendidas, bem como por leigos. E aí pode estar o perigo. Para começar a usar, é importante ter em mente algumas recomendações fundamentais. Primeiramente, deve passar por uma avaliação médica, que pode ser realizada por um médico ou um nutricionista. A especialista em nutrição esportiva, Fernanda Ranzani Nora, alerta para a necessidade de se avaliar caso a caso “é preciso fazer uma anamnese (estudo detalhado) do que o paciente precisa e do que ele quer. O gênero masculino, muitas vezes, é mais resistente ao controle alimentar e acaba achando que pode substituir a alimentação pelos suplementos. E isso é prejudicial” Tomadas as devidas precauções, o praticante geralmente começará tomando o Whey Protein, uma proteína extraída do soro do leite que entra direto no músculo, fazendo com que ele absorva mais rápido essa cadeia de aminoácidos e, consequentemente, cresça. O Whey Protein é o soro do leite processado em pó e consumido pelos praticantes como um shake, porém não pode ser consumido em excesso porque o corpo não absorve mais do que o necessário. Então, caso o praticante consiga equilibrar dieta, exercício e descanso, o suplemento poderá ser dispensado. Tudo vai depender da análise de um profissional. Conforme conta a nutricionista “tenho pacientes com ro28
tina de treino diário e alimentação adequada que não precisam de suplementos para ter um ótimo desempenho”. Tipos mais comuns - Os suplementos mais indicados em casos de pessoas que querem ganhar massa são: o Whey Protein, o BCAA, a Maltodextrina, Glutamina que aumenta a imunidade e a Creatina. Porém, muitos dentro desse universo são proibidos e, se tomados em dosagens erradas, a chamada sobrecarga, causam danos perigosos à saúde como problemas renais, hepáticos e cardíacos. Em fevereiro deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização de 20 produtos Whey Protein, alguns deles por quantidade de proteína e carboidrato superior ou inferior ao rótulo, entre os quais, o Muscle Whey Proto NO2, da Neo Nutri, o Whey NO2 Pro, da Pro Corps, o Fisio Whey Concentrado NO2, da Fisionutry Suplementos e o 100% Ultra Whey, da Ultratech Supplements.
Outros como Carnivor, Probolic, Alert 8 Hour MHP e Isofast também foram proibidos por excederem em suas composições a quantidade de proteína e vitaminas B6 e B12, que acabam entrando na categoria de medicamento. Os riscos ao tomar uma dosagem errada ou tomar muitos tipos durante o dia aumentam quando a pessoa não tem conhecimento. Por isso a importância de ser avaliado por um profissional. Outros males que a desorientação pode causar são: insônia, acelerar os batimentos cardíacos, suor frio, dor no corpo, cansaço e formigamento. Fernanda ainda ressalta a importância de só procurar esses produtos quando você realmente fizer atividade física frequentemente, porque “pode acontecer de uma pessoa tomar o suplemento e não treinar naquele dia, ou tomar 50g de carboidrato quando na verdade precisaria apenas de 20g . Nesses casos, ela vai engordar em vez de aumentar massa magra, e aí não tem porque usar suplementos.” A Foto: Agência Brasil
Perigo - Por serem de livre acesso, os suplementos vendidos em lojas especializadas podem ser adquiridos sem prescrição médica por pessoas entendidas, bem como por leigos. E aí pode estar o perigo.
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saúde
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O que é a osteoporose? Conheça as principais causas, sintomas e tratamentos para essa doença por Roberto de Magalhães Betito
Ainda me surpreendo quando pergunto a uma paciente quando foi que realizou seu último exame de densitometria óssea e ela responde que nunca fez tal exame. Para os pacientes do sexo masculino então, é melhor nem perguntar, pois a imensa maioria nunca nem ouviu falar desse exame. Pois bem, a densitometria óssea é o exame recomendado para o diagnóstico de Osteporose, ou de Osteopenia (agora chamada de baixa massa óssea). Existe um consenso que orienta com que frequência deve ser realizado, para quem e com qual regularidade. É a única maneira de serem feitos os diagnósticos citados anteriormente, pois tratam-se de doenças que não produzem sintomas e que são extremamente negligenciadas. Aliás, o primeiro e único sintoma pode já ser uma fratura. É considerada a doença óssea mais comum em homens e um problema de saúde pública. Suas principais complicações são as fraturas. Estas geralmente ocorrem nas vértebras, em ossos dos punhos e, a mais perigosa, no colo do fêmur. Este problema pode levar ao óbito em 20 a 30 % dos casos, já no primeiro ano pós-fratura, por causas indiretas e outros 20 % necessitarão de ajuda para deambular, como bengalas ou andadores. Somente 40 % dos fraturados voltam a ser independentes. Mesmo assim, uma fratura de fêmur aumenta em duas vezes e 30
meia a chance de uma nova fratura. A fratura do colo do fêmur apresenta um risco de óbito comparado ao câncer de mama nas mulheres. Em tese, várias especialidades médicas costumam acompanhar pacientes com Osteoporose, como Ortopedia, Endocrinologia, Ginecologia,
Reumatologia e Geriatria. No entanto, seria de fato muito importante que a sua abordagem já se iniciasse no consultório do pediatra, pois a prevenção é parte fundamental do tratamento. Isso ocorre porque temos nosso esqueleto sendo formado até por volta dos 30 anos de idade. Então
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é até essa idade que devemos investir muito em formar um bom “banco de ossos”, através da ingestão adequada de cálcio e vitamina D, além da prática de exercícios físicos para podermos, assim, minimizar a perda que fatalmente acontecerá com a idade. Após o pico de massa óssea, temos um platô que dura mais ou menos até os 40 anos e então começamos a perder de 0,5 a 1 % de massa óssea por ano, podendo chegar até a 5 % nos primeiros cinco anos após a última menstruação. No caso dos homens, também ocorre perda, porém, geralmente é mais lenta. Além disso, fatores como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, pele clara, pouca massa muscular, baixa ingestão de cálcio e exposição ao sol ao longo da vida, uso de medicações como corticoides e anticonvulsivantes,
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podem acelerar o processo. Também deve ser levado em conta o histórico familiar e prévio de fraturas, principalmente se ocorrerem por baixo impacto. O tratamento deve ser sempre individualizado e consta de exercícios físicos - sendo a musculação o mais efetivo - e uma adequação da ingestão de cálcio, baseada na faixa etária e de vitamina D. Esta, atualmente, vem sendo muito estudada e sua suplementação amplamente recomendada, pois sabidamente promove melhora da força muscular e da massa óssea, pilares do tratamento da osteoporose. Mas existem estudos associando-a com melhora da imunidade, da cognição (e atuação nas demências), além de efeitos em diabetes e doenças cardiovasculares. Dispomos atualmente de medicamentos melhores do que no passado, e que conseguem, sim, estabilizar a perda
e formar massa óssea, porém o processo é lento e demorado, além de caro. Finalmente, é inadmissível abordar este tema sem deixar espaço para a prevenção de quedas. Todos sabemos que idosos frequentemente caem. Isso ocorre por inúmeros motivos que seriam o tema para outro artigo. A questão é que a presença de osteoporose implica em risco extremamente aumentado de fraturas. Portanto, devemos tornar a casa mais segura através da colocação de barras de apoio no banheiro, elevação do vaso sanitário, corrimãos nas escadas, retirada do famigerado tapete da frente da porta e da adoção de hábitos de menor risco, como uso de calçados de sola de borracha, bengalas e andadores, quando indicados (pois muitos não os usam por vergonha), além de evitar subir em lugares altos, etc.
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decoração
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Monte sua horta Costume do passado tem se tornado frequente nos dias atuais; qualquer lugar é lugar Para quem pensa que cultivar legumes e verduras em casa é um costume do passado, está muito enganado. É cada vez mais comum ter uma mini-horta no quintal ou até mesmo em um pequeno espaço do lar. A prática não é só um hobby para alguns. Isso porque não é segredo para ninguém que o contato com a natureza faz muito bem não apenas para o bem-estar do corpo, mas também funciona como distração para a mente. E por isso muita gente tem unido o útil ao agradável ao montar uma horta no considerado melhor lugar do mundo: o seu lar. Cultivar uma horta orgânica, independente do tamanho e da variedade de alimentos plantados, é sempre bom. Bom para a saúde e o bem-estar da família, que irá ingerir alimentos mais saudáveis e livres e agrotóxicos, além de causar uma diferença no bolso, com a economia nas feiras e supermercados. Como montar - As hortas podem ser feitas em todos os tipos de casas e apartamentos, só precisam ser adaptadas ao espaço e aos recursos disponíveis. Portanto, não se preocupe com o espaço, pois um cantinho basta para ter a sua disposição temperos e ervas sempre fresquinhas. Em apartamentos, por exemplo, pequenos vasos podem substituir os canteiros, dando um ar de frescor ao ambiente escolhido. As varandas também são boas opções para isso. Se você mora em casa, mas não tem um grande quintal, os vasos 34
maiores podem ser uma boa opção para o cultivo. Também dá para plantar as espécies escolhidas em um mesmo canteiro. Não pense que ter uma horta em casa terá custos altos ou vai tomar tempo demais da sua rotina. Veja o novo investimento – que será pouco – como um novo hobby e, com o tempo, pode-se perceber o quanto os poucos minutos dedicados a ele servirão para espairecer a mente da correria do dia a dia. Cuidados - Não importa o espaço disponível, o que pretende plantar ou a verba destinada. Toda horta precisa de cuidados básicos para manter-se produtiva e vistosa. O primeiro deles na escolha do local para montá-la, que precisa ser bem iluminado e ventilado. Os vasos devem ser molhados três
vezes por semana durante as estações quentes e no máximo duas em tempos chuvosos. Já os canteiros precisam de água pelo menos uma vez ao dia. Em época de calor, duas regas são indicadas. Se você escolheu fazer a horta em vasos, certifique-se de que o recipiente tem aberturas para escoar a água. É bom também preencher o fundo com brita, que ajuda na drenagem e evita o apodrecimento das raízes. Faça de tudo para usar produtos naturais para adubar o solo e combater as pragas, pois assim sua colheita estará livre de substâncias que podem prejudicar sua saúde, como os agrotóxicos. Por isso, prefira húmus de minhoca para a terra e óleo de nim, chá de citronela ou de pimenta para espantar os bichinhos indesejados. A Foto: Reprodução internet
Rua Prudente de Moraes, 64 - Centro São João da Boa Vista - SP 19 3631.8610 Rain�a Mu���arcas
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psicologia
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Supere o medo de amar E, para que isso aconteça, resignificar é essencial por Maryá Rehder Ambroso
Os textos de amor estão entre os mais lidos e compartilhados. Não há quem não se identifique com uma frase, uma palavra, uma vírgula ou um ponto nele citado. Mesmo que o traçado varie, se o enfoque é o sentimento de amar, haverá um leitor a suspirar. Na poesia é pulcro, mas no cotidiano, em algumas vezes, o amor machuca, sufoca e amedronta mentes e corações. Não é raro se deparar com um indivíduo que possui o medo de amar. Traumas emocionais oriundos de relacionamentos passados são triviais e protelam a sensação de inaptidão para o amor. Os sentimentos de dor, de decepção, de traição, de perda, de rejeição, de frustração geram a insegurança fazendo com que haja um revés de emoções em relação à capacidade de amar novamente. Mas virar a página é necessário, não se pode deixar
futuros se perderem em passados, é preciso suplantar os traumas e seguir em frente. E para que isso aconteça, resignar é essencial. É certo que não se pode apagar ou mudar os acontecimentos, mas é possível interpretá-los a ponto de entendê-los e transformá-los em aprendizado. E nesse momento, cabe sempre separar o que é da vivência de si próprio daquilo que é do outro e o que pertence às emoções despertadas no encontro de ambos, pois através dessa revisão de sentimentos há a identificação dos acertos, dos erros e dos traumas gerados pelo relacionamento passado, o que possibilita a elaboração e a aceitação dos fatos como lições de vida, porque até mesmo no amor, o que parece causa pode ser consequência. Assim sendo, é preciso ter em mente e acreditar que sentimentos negativos não invalidam a promoção de bons sentimentos, ou seja, nunca
é tarde para começar de novo, para escrever uma nova história. Afinal, cada indivíduo se difere do outro e, por essa razão, o encontro de um novo consorte irá propiciar novas descobertas, sensações, emoções e possibilidades. Por isso, quanto maior for a abertura proporcionada para novos capítulos, mais linda e rica ficará essa nova história de amor. O amor é mesmo assim, uma tarefa complexa, para o qual não há receita, não há escola, não há manual. Ele é em parte consciente, segundo as necessidades e aprovações de cada um e inconsciente quando atrelado aos impulsos primitivos vinculados às fantasias e idealizações. Só sabe o que é amor quem se dispõe a amar. Portanto, é cogente ser compassivo com si mesmo, permitir-se a re-amar. Afinal: “Você viveria inúmeras vidas com uma mesma pessoa? Se não, porque gasta então, a única que possui com ela?” Foto: Reprodução internet
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educação
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Importância do intercâmbio Intercâmbio é a troca de experiências, de aprendizado e de cultura Explorar novas culturas e ambientes mais parece com uma aventura digna de um verdadeiro roteiro Hollywoodiano,principalmente para quem é jovem. A vontade que muitos estudantes apresentam em passar um período fora do país tem levado diversas entidades e instituições a promoverem programas de intercâmbio com a finalidade da interação cultural entre diversos países. Alguns adolescentes imaginam que fazer intercâmbio seja tão simples como o que se vê na TV, onde em um minuto estão no Brasil e no minuto seguinte já freqüentam lugares pitorescos ao redor do mundo na companhia dos amigos mais descolados. É claro que durante o intercâmbio, as chances de passear por vários
lugares e conhecer gente legal será grande, porém, o que muitos não sabem é que o processo envolve várias etapas. Do momento da decisão, passando pela burocracia do visto e passaporte, até o que pode ser um dos maiores desafios, o período de adaptação quanto aos costumes de outro país e a saudade de casa. Pensando em evitar possíveis contratempos e intercedendo para garantir o bem estar dos intercambistas em seu país de escolha durante o processo, O Rotary Club, sociedade filantrópica, com filiais no mundo todo, oferece um programa oficial mundial de intercâmbios desde a década de 1970. O intercambio por meio do Rotary é criterioso. Trata-se praticamente de um processo seletivo, “Para poder participar
é necessário que o candidato tenha entre 14 e 17anos e bom desempenho escolar. Após a inscrição, o jovem passará por dinâmicas psicológicas e provas de português, inglês e conhecimentos gerais. Os pais também serão sabatinados sobre as regras e a as obrigações do Programa e se realmente existe o desejo e o interesse mútuo da família, que precisa ter condições de arcar com os custos das passagens, seguros e taxas administrativas e também condições e vontade de receber e hospedar um estudante estrangeiro em sua casa, pelo mesmo tempo em que seu filho estará no exterior”, explica o Coronel Osvaldo Vergilio Junior, presidente do Rotary de São João da Boa Vista. Carolina Uliana passou por todo o processo do Rotary de São João da Boa Vista. Sua família teve que
Rotary - Rotary Club, sociedade filantrópica, com filiais no mundo todo, oferece um programa oficial mundial de intercâmbios desde a década de 1970. Na foto, membro do Rotary de São João da Boa Vista e intercambistas.
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Confira dicas para evitar furadas no intercâmbio Viajar é bom, né? Mas não vá com tanta pressa ao avião. Quem trabalha com intercâmbio e aqueles que já passaram pela experiência têm dicas para evitar as furadas: COMIDA: Procure conhecer os principais pratos do país para onde está indo. E seja claro quanto às suas preferências. RELACIONAMENTO: Procure fazer amigos e aproveitar os bons momentos, sem pensar na solidão. RALAÇÃO: Antes de escolher um programa do tipo é preciso pensar muito. Tem vantagens: além de ser uma lição de vida, é um programa auto-sustentável, pois é parcialmente pago com a grana ganha lá. Mas geralmente se rala.
se adequar para receber uma estudante que veio da Suíça e agora é a garota quem está de malas prontas. Carolina partiu no dia 21 de agosto para Cuauhtemóc, cidade do Estado de Chihuahua, no México, onde passará um ano. A jovem, que nunca saiu do país, entende a experiência no exterior como vantajosa para seu desenvolvimento. “Espero aprender a viver longe de casa, em um lugar de cultura e língua totalmente diferentes das minhas. Isso vai me fazer crescer e mudar bastante meu modo de pensar, ter outras prioridades, criar independência, mais responsabilidade e principalmente crescer pessoal e profissionalmente. Acho que isso pode ajudar em meu futuro, de alguma forma. Não consigo ver desvantagens, exceto a saudade da família e amigos que vão ficar no Brasil”, conta. 46
TEMPERATURA: Frio ou calor excessivos podem surpreender, por mais que os aventureiros pensem estar preparados. COMPORTAMENTO: Ficar, sair muito à noite, usar decotes... Tudo isso pode chocar, por isso é preciso cuidado com a forma de se vestir e portar. Em toda a Europa Ocidental, casais gays trocam carícias nas ruas, como os héteros, o que pode causar estranheza em intercambistas. LEIS: Quando a linha entre diferenças culturais e desrespeito à lei é cruzada, o problema fica sério. Nos EUA, por exemplo, beber na rua não pode, e pronto. Fazer baderna, falar alto na madrugada, idem. Dá até cadeia. É preciso conhecer as leis do lugar antes de viajar
“O intercâmbio é uma das experiências mais enriquecedoras que alguém pode ter. O jovem retorna com outra mentalidade. Ele passa a dar muito mais valor às suas raízes. Tive muito contato com adolescentes que foram para países como Estados Unidos e notei que o choque cultural pelo qual passaram fez com que valorizassem sua cultura, o que é extremamente importante e recomendado para todas as idades”, explica Rosa Helena Carvalho, cientista social, professora de Antropologia e mãe de uma ex-intercambista. Assim como muitos, a filha de Rosa optou por fazer intercâmbio na Austrália, país de língua inglesa. Segundo a Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), atualmente os destinos mais procurados são Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Esses
países são os mais escolhidos por indicação de familiares, amigos, mas principalmente pela afinidade com o idioma inglês. Apesar da grande procura, nem sempre o destino pensado inicialmente se efetiva. No Rotary, por exemplo, a escolha do país é feita de acordo com a colocação na prova de conhecimentos gerais. “Eu e mais 210 jovens fizemos a prova e depois de alguns dias recebemos a nossa classificação e os países que tinham vagas disponíveis. Na sequencia, todos fomos para São Paulo escolher o país, em ordem da classificação. Cada um ia escolhendo o país disponível e permitido de acordo com cada idade. Eu escolhi o México, pois era um dos únicos países que aceitavam o embarque depois dos 18 anos e já formada no terceiro ano do ensino médio”, explica Carolina, empolgada com a segunda opção. A
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educação
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A escolha do brinquedo certo Durante esse período cheio de tantas descobertas, trabalhar o desenvolvimento dos sentidos e despertar a curiosidade de forma lúdica é fundamental A infância é uma fase marcante para o desenvolvimento do ser humano. É o momento em que todos os estímulos recebidos serão convertidos em aprendizagem e irão dar respaldo para a formação da vida adulta. Durante esse período cheio de tantas descobertas, trabalhar o desenvolvimento dos sentidos e despertar a curiosidade de forma lúdica é fundamental. E dentro desse contexto, temos os brinquedos como grandes auxiliadores desses estímulos. Mas, para a especialista em terapia comportamental cognitiva e neuroaprendizagem, Marina Antunes Catunda Campos, os pais precisam Foto: Amanda Duarte
estar atentos à escolha do brinquedo certo, observando sempre a classificação etária dos produtos. “O brincar é primordial na infância e os brinquedos têm indicações por idade, pois devem se encaixar nos diferentes ciclos de desenvolvimento do infante”, alerta. Ciclos - A especialista explica que, por exemplo, no ciclo conhecido como fase oral —de 0 a 2 anos— o bebê tem a necessidade de interação com o mundo a partir da repetição e de instintos de reconhecimento, como o ato de levar objetos à boca. “Para essa etapa, portanto, brinquedos grandes, macios e que chamam atenção por suas
cores, sons e formatos diversos, como bolas, blocos e móbiles, são os mais recomendados”. Já dos 2 aos 4 anos, a criança começa a formular pensamentos por associação. Segundo Marina, é o momento em que ela começa a relacionar os ícones que permeiam o seu cotidiano. Nessa etapa, a especialista recomenda brinquedos como bonecas, carrinhos e animais. “Durante essa fase já conseguimos inserir fatores que estimulem a lógica, como quebra-cabeças contendo menos peças, jogos de memória simples e letrinhas do alfabeto”. Entre 4 a 6 anos, o imaginário da criança é aflorado. O universo do “faz de conta” pode ser explorado por meio de fantasias e brinquedos que exijam interatividade com outras crianças, além do desenvolvimento da criatividade por meio de atividades artísticas, como brinquedos de pintar. “Nesse ciclo é possível inserir jogos com regras, pois a criança já apresenta algum discernimento, começa a fazer escolhas e toma decisões por conta própria. Aqui
Estímulos - Rosana Aparecida Franciole, preocupada com a recreação da filha Sabrina, de 5 anos, tornou-se uma grande compradora de brinquedos educativos. “A minha filha gosta muito de quebra-cabeças, dominó, pintura (...) [eles] desenvolvem muito mais a criatividade dos pequenos”
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Oportunidade - Silene Michelazzo percebeu a força do mercado de brinquedos educativos e transformou isso em uma oportunidade de negócio. Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira dos Brinquedos Educativos (Abrine), as vendas desse segmento já correspondem a 7% do faturamento alcançado com os brinquedos tradicionais
Foto: Amanda Duarte
se inicia a formação da personalidade e a presença dos pais em algumas brincadeiras conta muito”, salienta Marina. Leitura - Sobre o momento certo de inserir livros no cotidiano da criançada, a especialista diz não ter idade. “Os livros são recomendados para todas as idades, porém o tema deve ser adequado, de fácil entendimento e bem ilustrado. A leitura dos pais deve ser agradável
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aos olhos e ouvidos da criança para que ela desenvolva o gosto por livros”, orienta. Mas a hora de comprar os brinquedos pode ser uma um desafio e tanto para pais e filhos. Há um forte apelo da mídia em relação à venda de itens de marcas famosas, principalmente os ligados a contos de fadas ou desenhos animados populares entre os pequenos - o que não significa que serão as opções mais educativas.
Dificuldades - A mãe do pequeno João Fernando, de 6 anos, e professora universitária, Anita Nagib, sabe quão difícil é não ceder à vontade de seu filho. Para isso, ela diz ser necessário muito “jogo de cintura” na hora da escolha. “Unimos a vontade dele com o que ajude no desenvolvimento. Não dá simplesmente para comprar o brinquedo que ele quer sabendo que não é adequado ou irá aliená-lo. Nem todos os
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brinquedos dele são pedagógicos, mas desde que trabalhem a imaginação e o estimulem, compramos sem problema”, conta Anita. Negócio - E foi por conta dessa preocupação com o desenvolvimento lúdico e cognitivo da criança que uma loja de São João da Boa Vista decidiu se especializar em brinquedos artesanais. “Grande parte da clientela é composta por educadores ou mães que chegam com listas de brinquedos pedidos por escolas, como acessório de ensino, no começo do ano letivo”, conta Silene Michelazzo, professora de educação física e proprietária da loja. Todavia, alguns pais procuram o estabelecimento como alternativa para o comércio convencional. É o caso da empresária Rosana Aparecida Franciole. Preocupada com a recreação da filha Sabrina, de 5 anos, ela se tornou
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O que são brinquedos educativos? Brinquedos educacionais são brinquedos que, foram concebidos sob análise de especialistas de várias áreas como antropologia, psicologia e, principalmente, psicopedagogia que visam aprimorar o aprendizado de crianças de várias faixas etárias, lhes ensinando desde questões de trabalhos em grupos até valores morais. Um exemplo é o tradicional jogo banco imobiliário que, de uma forma ou de outra, ensina as crianças a arte da negociação de imóveis no mercado imobiliário.
frequentadora assídua da loja “A minha filha gosta muito de quebra-cabeças, dominó, pintura... Sou cliente há muito tempo porque brinquedos educativos desenvolvem muito mais a criatividade dos pequenos”, comenta Rosana. A loja apresenta variedade em bonecos de pano, fantoches, peões, quites de culinária infantil, além de
brinquedos de madeira. “Tem gente que vem aqui com crianças que pedem por brinquedos de personagens como Peppa Pig ou Ben 10. Não vejo mal nesse tipo de apelo nos brinquedos, desde que colaborem positivamente com o desenvolvimento infantil de alguma forma. Acredito que todos têm seu espaço no mercado”, finaliza Silene. A
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tecnologia
A importância da manutenção preventiva em computadores Dicas para computador estar pronto para encarar mais um ano ao seu lado Algumas pessoas dizem que nós nos tornamos escravos das invenções tecnológicas, enquanto outros dizem que é uma bênção para o mundo. Qualquer que seja o contexto, o fato é que se tornou quase impossível para o homem viver sem elas. E o computador é uma delas. Quase tudo é informatizado ou está em processo de tornar-se. Compra de mercadorias, transferências bancárias, tudo pode ser feito com o clique. E mesmo nos lugares onde há o uso da caneta e papel, medidas estão sendo tomadas para torná-los informatizados. É ai que entra a manutenção preventiva nos computadores, porque é nele que todos os nossos dados são armazenados. Chegamos a um ponto em nossas vidas onde nós não pode-
mos fazer muito sem um computador. Quando estamos nesta vinculação ao computador, devemos verificar se ele está em boas condições de funcionamento, de modo a levar uma vida tranquila. Se ele falhar, é preciso estarmos preparados. Devemos ser capazes de obter ajuda logo e definir o problema. Quando há um problema com nossos computadores, às vezes é possível nós mesmos ajustá-lo sem a necessidade de uma terceira pessoa, porém se não temos o conhecimento do problema, devemos contatar um técnico especializado para o desempenho do serviço. Para evitar problemas futuros em sua máquina pessoal ou de sua empresa, separamos algumas dicas para mantê-la conservada:
• Limpe os arquivos temporários uma vez por semana. Os arquivos temporários são pequenos dados que o sistema operacional e outros aplicativos usam quando são abertos. Na maioria das vezes, os próprios programas os apagam, porém nem sempre isto ocorre. Eles podem deixar seu computador mais lento e ainda consumir espaço em disco. • O sistema operacional grava os arquivos em divisões. O problema é que às vezes os arquivos são armazenados e apagados, e aí acaba que algumas partes entre um arquivo e outro ficam sem ser preenchidas, o que deixa o computador mais lento. A solução é a Desfragmentação de disco, ele “reorganiza” os arquivos, deixando todos eles juntos, aumentando a velocidade.
Poeira - A poeira é o pior inimigo de qualquer PC. Ela obstrui as saídas de ventilação, o que aumenta o calor dentro da máquina e pode levar a instabilidade e danos aos componentes. Mesmo que não chegue a esse ponto, o calor fará com que os ventiladores girem mais rápido numa tentativa de baixar a temperatura, o que tornará sua máquina mais barulhenta. Por isso é importante abrir regularmente seu PC e remover a poeira acumulada. É mais fácil do que você imagina, e se você tomar as precauções básicas os riscos de danificar seu PC são mínimos. Na verdade, é mais provável que depois da limpeza ele funcione melhor do que antes.
Foto: Reprodução internet
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• Faça uma varredura completa em busca de vírus uma vez por mês. Alguns vírus esperam você abrir os arquivos onde eles estão instalados. Então é aconselhado que faça uma verificação profunda. A opção muda de programa para programa, mas geralmente basta abrir sua interface e clicar em “Verificação profunda” ou “Verificação Completa do sistema”. • Atualize todos os programas instalados em sua máquina uma vez a cada três meses. Se você normalmente recebe avisos dos programas e clica em “Atualizar”, você não precisa fazer isso. Mas, se você não faz, saiba que está perdendo recursos novos, melhoras na execução dos programas ou outros que podem melhorar o desempenho até mesmo do sistema inteiro. Portanto, é sempre bom ficar atento e verificar quais versões dos programas você está utilizando. • A conservação física de um computador é tão importante quanto a manutenção do sistema, para garantir o bom desempenho da máquina. Os principais problemas são decorrentes da umidade que causa a oxidação
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dos componentes. Não deixe o computador no chão, principalmente se está no nível da rua, onde a máquina fica mais exposta à poeira e à umidade. Procure não colocar coisas em volta dos computadores. Isso faz com que a máquina receba menos ar frio e gere mais ar quente, sobrecarregando alguns componentes. • Não coma ou beba enquanto estiver usando o computador, principalmente se for um notebook. Os restos de comida e bebida podem danificar a placa-mãe e, nos casos dos notebooks, pode ser que não haja mais peça de reposição, levando-o a perder o equipamento. Muitos problemas poderiam ser evitados se as pessoas fizessem manutenções preventivas. Por isso, recomendamos que você tenha um técnico de confiança, para que ele possa fazer uma análise completa da saúde de seu computador, verificar o disco rígido, velocidade dos coolers, situação da memória, conectores internos, entre outros. Ele pode recomendar a substituição de alguns componentes a fim de melhorar a performance e atualização de sua máquina, para que ela possa rodar os conteúdos mais atuais. A
pílulas de viagem
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Sobre trilhos, patetices e civilidade As aventuras de um crepuscular na Grande Maçã por Lauro Augusto Borges
Grand Central Station, primeiro dia. O provinciano compra o tíquete para East Norwalk, pergunta dez vezes ao bilheteiro qual o número da plataforma [track] de saída e, prudente, se dirige a ela com 15 minutos de antecedência. Track 26, ou coisa parecida. Segundo dia. Quase nativo, vestindo um gorro com as iniciais NYC, andando com a ginga de um negão do Harlem e um sentimento de “tá tudo dominado”, a passagem na mão é a segurança para perambular pela belíssima estação e só descer à plataforma no último minuto da prorrogação. Não, seu aparvalhado!, a track de saída varia diariamente e há que se confirmar no painel o número conforme o horário de partida. Não, seu desnorteado!, presta atenção que a Quinta é um pouquinho diferente da Dona Gertrudes. Uma desvairada correria e muito Foto: Reprodução internet
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suor para chegar em tempo à plataforma correta [track 107, ou próximo disso] foi uma pedagógica lambada pro matuto deixar a sabichonice de araque e tomar as precauções necessárias para que uma pequena macaúba tenha o mínimo de percalços na Grande Maçã. E, heroicamente embarcado, vamos para o interior do trem. O silêncio no vagão é incômodo. Absortos nos seus problemas, alegrias, expectativas, frustrações, os passageiros não conversam entre si. Se o fazem no celular, o tom de voz soa num volume absurdamente civilizado. Imagino que muitos tomam o trem no mesmo horário e até se conhecem, mas a cultura os travam pra jogar conversa fora e tornar a viagem mais agradável. Agradável, diga-se, do ponto de vista deste latino escriba. Pra eles, a privacidade, a intimidade, mesmo que num veículo de transporte coletivo, são valores inegociáveis. Puxar
papo seria uma tentativa de violação destes valores. Todos usam dispositivos móveis. A leitura, a informação, o entretenimento, a socialização, vêm via laptops, tablets ou smartphones [a cada quatro assentos há tomadas para recarregar os super-utilizados gadgets]. Algumas vezes a mesma pessoa usa os três simultaneamente. Definitivamente, o papel em livros e jornais caminha pra uma quase extinção nos EUA. O cachorro, devidamente licenciado e documentado, também pode viajar acompanhando o dono. Nenhum latido, nenhum ruído. O animal é educado pra respeitar o código de conduta. O bicho homem se acostuma, se adapta rapidamente com o diferente. Passados alguns dias, abasteci meu iPad com livros, jornais e revistas e, envolvido com a leitura, também comecei a achar que a privação do som ali nada tem de desconfortável. Bateu até a vontade de alugar um cão.
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agito
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SAC Sicredi - 0800 724 7220 / De cientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.
Sicrediempresas
• Capital de Giro • Pagamentos • Antecipação de Recebíveis • Investimentos • Seguros • Financiamentos • Consórcios
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Sicredi São João da Boa Vista Av. Oscar Pirajá Martins, 657 Fone: 3631-4744
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galera
Foto: Arquivo pessoal
Yman El Baba 25 anos
Qual a primeira lembrança de quando você era pequena? Lembro muito das festas de Natal em família. Havia sempre muita gente, muita risada e muitos presentes. Quem mais te inspirou na infância? Como isso influenciou no atual momento da sua vida? Meus pais me inspiram até hoje. Me passaram que não se deve ter medo de novidades e que tudo deve ser enfrentado da maneira mais fácil possível, não é preciso complicar tanto! Levo isso comigo. O que é mais importante: sua vida pessoal ou sua vida profissional? Acredito que sempre deve haver um equilíbrio entre ambas, mas talvez, se dermos menos importância para a vida pessoal, não teremos êxito na profissional. É preciso “estar em paz” para que a cabeça funcione. Qual é o seu maior sonho? O fim das guerras. Não há mais espaço pra isso e não é possível acreditar que milhares de pessoas morrem a cada mês por causa de coisas consideradas pequenas, nos dias de hoje. Quais são os últimos filmes que você viu e que você indica? Tem algum livro pra indicar? Faz tanto tempo, que não tenho certeza, mas acho que o último que vi no cinema foi Capitão América 2 e confesso ter cochilado. Um clássico que indico é Patch Adams - O amor é contagioso. Quais bandas tem ouvido atualmente? Ouço Amy Winehouse todo dia, a voz dela é inigualável. Gosto de Boyce Avenue e Lu & Robertinho, também. Qual o seu super herói favorito? Homem Ara-
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nha, porque ele é totalmente perdido na parte sentimental de sua vida (rs). Qual o segredo pra ser feliz? Não que seja segredo (rs), mas tentar não dar tanta importância à opinião alheia é fundamental para ser feliz. Logo mais tem eleições. O que você acha dos atuais candidatos a presidente do Brasil? A situação política do país está complicada há tempos. Conversando com amigos, vejo que estamos exatamente no esquema de escolher o “menos pior” para o cargo. Não há identidade com candidatos da parte do povo e isso dificulta muito a escolha. Como você vai escolher o seu candidato à presidência? Darei o voto a quem tiver chances de tirar o governo atual. O que você acha do atual momento econômico do Brasil? Está caro, sim. Os salários não acompanham o aumento dos preços. Chega a ser ridículo comparar o valor de alguns produtos com outros países. Você concorda com o voto obrigatório? Não. Com 18 anos não há consciência suficiente por parte de alguns, nem para escolher o prato do almoço, que dirá o futuro do país. Também não deveria ser obrigatório em situações como a atual, onde não há um
bom candidato, sequer. O estado de São Paulo passa por uma situação complicada em relação à estiagem. Você economiza água? Acha que poderia fazer mais? Como moro em apartamento, não há a questão de lavar o quintal ou o carro. Mas um hábito que estou aderindo - e é bem simples é fechar a torneira ao escovar os dentes. É bem pouco, perto do necessário, mas se cada um fizer sua parte... Em sua opinião, a população em geral tem economizado água? Não. Há consciência de que o estado é crítico, mas, na prática, tudo segue igual. Você se arrepende de quê? Agir por impulso, às vezes. Sente saudade de quê ou de quem? Conte mais. Sinto saudade de São Paulo, minha terra, minha cidade querida e cheia de defeitos. Sinto saudade do que está lá: família, amigos, conhecidos, lugares e costumes. Gosto de São João, mas sou eternamente apaixonada por Sampa! O que eu não te perguntei e gostaria que eu tivesse perguntado? Para onde tenho vontade de viajar e a resposta seria Bonito-MS. Qual é o seu lema de vida? “Tudo o que você faz volta para você!”
Foto: Arquivo pessoal
Pedro D. Macário 22 anos
Qual a primeira lembrança de quando você era pequeno? A primeira lembrança é da casa onde morei até, aproximadamente, quatro anos de idade. Nela tinha um quintal enorme com pés de frutas e era onde eu tinha alguns animais de estimação, que eram meus amigos na época, já que não tinha tanto contato com outras crianças. Quem mais o inspirou na infância? Como isso influenciou no atual momento da sua vida? Na infância e ainda atualmente, meus pais. Faltariam palavras pra descrever, mas o que posso dizer é que eles me deram a base pra tudo que sou e conquistei hoje e pro que ainda conquistarei. Pessoas honestas e de caráter, que lutaram pra dar a mim e a minha irmã tudo o que precisamos, sempre nos ensinando muito mais pelo exemplo do que por palavras. O que é mais importante: sua vida pessoal ou sua vida profissional? Creio que não dá para escolher um ou outro, pois, digo por mim, que o interessante é manter um equilíbrio entre ambas as partes. Uma complementa a outra e faz a vida valer a pena, seja em uma profissão na qual você trabalharia, mesmo se não recebesse um centavo, pelo simples prazer de exercer, como também em manter as pessoas que ama ao seu redor, ter com quem contar e estender a mão às pessoas, quando necessário. Qual é o seu maior sonho? Meu maior sonho é ser professor, pra poder passar conhecimento adiante, ensinar, aprender, lidar, viver e conviver. Creio que essa será minha maior contribuição à sociedade e também a mim mesmo, e assim dar orgulho àqueles que acreditaram em mim e me apoiaram nessa jornada. Quais são os últimos filmes que você viu e que indica? Tem algum livro para indicar? Um filme que assisti recentemente e me fez refletir bastante é O Lugar Onde Tudo Termina. O filme mostra a trajetória de pessoas de diferentes papéis (um ladrão e
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um policial) e níveis sociais, e como seus caminhos se cruzam em determinado ponto de suas vidas. Já um livro, eu indicaria A Revolução dos Bichos, de George Orwell. É curto, mas a mensagem por trás é muito forte! Mostra uma fazenda na qual os animais tomam o poder e tentam estabelecer uma sociedade igualitária. Qual o seu super herói favorito? Não seria bem um super herói, mas acho que pode ser considerado o Goku. Por Dragon Ball ter sido o anime que mais marcou minha vida, é impossível não admirar e torcer pelo Kakaroto em todas as suas lutas. As lições que o personagem ainda passa são muitas, como coragem, lealdade e bom humor, independente da situação. Qual o segredo pra ser feliz? Creio que felicidade não seja questão de ser e sim estar no lugar certo, na hora certa, quando nem se vê o tempo passar e também nem se tenha a preocupação de olhar no relógio. Pode ser numa roda de amigos, num filme, jogo ou livro bom, em um trabalho ou projeto interessante ou simplesmente naquele tempo livre, sem fazer nada. Logo mais tem eleições. O que você acha dos atuais candidatos a presidente do Brasil? A que apresentou ideias mais compatíveis com o que penso foi Luciana Genro, em relação à descriminalização do aborto e maconha, por exemplo. No entanto, acho pouco provável que ela vença e é questionável se o Brasil está pronto pra dar este
tipo de passo. Em relação ao atual governo, acho que já está mais do que na hora de uma rotatividade. Doze anos nas mãos de um mesmo partido já deixou um desgaste nítido. Como você vai escolher o seu candidato à presidência? Está bem difícil escolher. Levo em consideração candidatos que apoiem a igualdade de direitos e que entendam, principalmente, o Estado laico. Também não sou muito a favor de assistencialismo, creio que investimento em educação seria um melhor caminho, que a longo prazo traria muito mais benefícios ao país. Você se arrepende de quê? Me arrependo de algumas situações nas quais quis provar que tinha razão sobre assuntos em geral. Ter razão não é tão importante assim e ninguém consegue mudar ninguém, devemos trabalhar em nós mesmos para nos adequar aos outros. É algo que tenho tentado colocar em prática, aos poucos. Sente saudade de quê ou de quem? Saudade do descompromisso que era assistir Pokémon e Dragon Ball antes de ir pra escola, ou de levantar cedo no sábado de manhã e correr pra sala ver desenho levando o cobertor, de brincar na rua e fazer os trabalhos e maquetes de argila do ensino fundamental, em suma e até meio clichê, saudade da infância. Sinto falta de muitos amigos também, dos quais, conforme as responsabilidades aumentam nos distanciamos proporcionalmente, cada um seguindo o seu caminho.
entrevista
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Luiza Florence – brilhando na cidade dos anjos “Como um brilhante que partindo a luz explode em sete cores…” (Tom Jobim) por Ana Lúcia Finazzi
Luiza Malheiros Florence é a jornalista sanjoanense de 31 anos que atualmente reside e trabalha em Los Angeles, Califórnia, EUA, onde é correspondente da Revista Capricho, atuando como repórter e produtora. No seu trabalho como correspondente, ela eventualmente é escalada para a cobertura de eventos de premiação do cinema e televisão, despontando como uma profissional que se destaca entre os demais. Além disso, ela apresenta um programa de variedades em português chamado Conexão, produzido pela
Foto: Aline Kras
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Brigham Young University, em Utah, exibido em mais de 60 países e vencedor de um prêmio Emmy, na categoria artes e entretenimento. Na vida pessoal, Luiza conta que não teve muita dificuldade em se adaptar. “L.A. é um lugar super receptivo com vários tipos de pessoas em cada canto. Tem praia, cidade e gente de todo o mundo, você acaba encontrando onde pertencer, o que não dificulta a adaptação”. Em entrevista exclusiva, a jovem jornalista fala sobre seu trabalho, os desafios da carreira e a ligação com sua cidade natal, a qual visita sempre que pode, a fim de rever os familiares e amigos que aqui residem.
Fotos: Reprodução internet
Fale-nos um pouco sobre a sua trajetória profissional. Desde muito cedo já sabia que queria ser jornalista. Sempre gostei muito de ler e escrever, sou apaixonada por português e acredito que ainda criança tinha ideia de que meu trabalho poderia ajudar muita gente. Lembro-me de, com 13 anos, já saber que jornalismo era o meu rumo e que iria fazer correspondência internacional. Estudei jornalismo na Cásper Libero, em São Paulo, e trabalhei em alguns lugares (como trainee ou contratada) como Folha de São Paulo, Trip, Máquina da Notícia, TV Gazeta e Editora Abril. Fui passando por algumas redações da Abril até chegar na Capricho, onde fiz minhas primeiras matérias de capa e fiquei por dois anos e meio como repórter especial. Foi lá onde surgiu a oportunidade de vir para os Estados Unidos, pois os planos da revista estavam crescendo e eles se interessavam em ter alguém aqui. Naquele ano, 2006, minha tia Carolina ainda morava em Los Angeles e sempre me deu muita força pra vir pra cá, foi essencial. Alguma coisa me disse que era o passo certo a ser dado e eu vim, com o coração aberto e sem medo de arriscar. Vim para ficar dois anos, mas acabei permanecendo. Oportunidades de trabalho foram surgindo, me formei em jornalismo 69
Destaque - Nas fotos acima, à esquerda, Luiza em mais uma cobertura no red carpet, dessa vez na entrega do Globo de Ouro. Ao lado, Priscilla Poland e Luiza Florence, apresentadoras do Conexão, programa de entretenimento feito por brasileiros nos EUA que vai ao ar no canal internacional da TV BYU.
televisivo há um ano pela UCLA (Universidade da Califónia, Los Angeles) e continuo aqui. Abracei a causa. Como é a sua rotina diária de trabalho? Não existe muita rotina em jornalismo, e acho que por isso eu escolhi essa profissão, por gostar de coisas novas e experimentar o novo sempre. A gente está constantemente se reciclando. A rotina que existe é acordar e ler notícias, ficar a par do que acontece para poder não só estar preparada para qualquer coisa, como também poder ter ideias de histórias e pautas. O resto é igual – sair pra gravar, viajar, entrevistar, escrever, editar e por aí vai. Trabalhar com jornalismo é gratificante porque até quando você não está trabalhando, você está. Numa conversa de roda ou numa fila de supermercado podemos conhecer pessoas com histórias incríveis que valem uma entrevista. A antena não desliga! Em que, especificamente, consiste o
seu trabalho como produtora? Em linhas gerais o produtor é quem faz as coisas acontecerem. Em reuniões de pautas as ideias aparecem e, a partir dali, é o produtor quem vai dar vida àquelas ideias. Se precisamos encontrar tal tipo de história, tal tipo de personagem, chegar a tal lugar, tudo isso é trabalho do produtor, desde a parte investigativa à parte de planejamento e logística (organizar viagens, marcar entrevistas, supervisionar edição etc). Ou seja, você tem que ligar para muita gente, entrevistar muitas pessoas para conseguir o que procura e estar certo de que é aquele o “material” certo pro seu trabalho, para a sua história, e ter certeza que todo o processo – dos telefonemas até a veiculação na TV, aconteça com sucesso. Por isso ter contatos e estar com os olhos e ouvidos sempre abertos é importante. Como você vê a receptividade dos americanos com relação aos profissionais de imprensa estrangeiros?
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Sofreu algum tipo de preconceito? A receptividade é ótima, pelo menos aqui em Los Angeles (e acredito que nos EUA, em geral). A globalização, para a mídia, é um fator extremamente positivo e acredito que qualquer profissional desse meio encara esse estreitamento entre culturas da mesma forma. No seu trabalho de cobertura de eventos chamados “tapete vermelho”, você lida com os famosos. Conte-nos um pouco sobre isso, algum fato interessante que tenha ocorrido nestas ocasiões. Existem duas situações onde existe esse contato com os famosos: normalmente primeiro é na junkets – o dia em que toda a imprensa é reunida em um lugar, normalmente em um hotel, para o estúdio começar a trabalhar na divulgação do filme/trabalho. O tapete vermelho é sempre o último evento, quando o filme vai estrear nos cinemas. Nas junkets você tem mais tempo de conversar, já que sentamos individualmente (ou, às vezes, com dois atores) e conduzimos melhor o bate papo. No tapete vermelho é tudo muito estressante, muito corrido mas gostoso, mesmo assim. Muita coisa acontece ali nos bastidores, que ninguém vê. Você não imagina que aquela repórter linda está descalça porque não aguenta mais ficar em pé, ou que é preciso ficar embaixo de um sol de 40 graus pra conseguir um minuto de conversa. Existem muitas situações engraçadas ou curiosas que já me aconteceram nessas ocasiões, mas acho que a que me pegou mais desprevenida foi quando entrevistei a Angelina Jolie. Já havia falado com ela umas duas vezes, mas foi na junket do primeiro filme dela como diretora que 70
sentamos para conversar pela primeira vez – e como disse, é onde conseguimos ter uma conexão melhor com o entrevistado. Fiz a junket com ela e lá ela me perguntou de onde eu era. Quando soube que eu era do Brasil ela sorriu e me elogiou, dizendo que eu fazia jus à fama das mulheres brasileiras. Dois dias depois, no tapete vermelho, estava esperando minha vez para falar com ela e ela soltou pro repórter anterior: “É sua última pergunta? Essa repórter linda do Brasil está me esperando”. É bem difícil eu ficar sem graça, mas dessa vez eu fiquei, porque praticamente todas as estações que estavam ao nosso redor se voltaram para mim. Essa foi uma delas, mas foram muitas situações inusitadas.
restante do mundo, quando não diz respeito a eles próprios. A imprensa brasileira tem a credibilidade dos americanos? O americano tem um pouco dessa cultura de ser autocentrado, mas acredito que isso não seja de uma forma geral. Vivo aqui, leio as notícias formuladas aqui, vivo o cotidiano daqui e não vejo essa alienação. A imprensa americana, e o seu modelo de formulação de notícias – não só na área técnica, como prática – é uma das mais respeitadas do mundo. Acredito que qualquer boa imprensa tenha credibilidade, e a brasileira tem ganhando espaço internacional – a Copa do Mundo foi um bom exemplo para provar como nosso “feed de notícias” cresceu.
Comenta-se que os americanos não se importam com o que acontece no
No que você diria que o jornalismo norte- americano difere do nosso? Foto: Aline Kras
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O jornalismo brasileiro tem muita influência do norte-americano. O modelo de jornalismo daqui é seguido no mundo todo, desde as técnicas de redação (como lead, pirâmide invertida, copydesk, stylebook , etc.) a alguns cargos, como o do ombudsman, criado pelo modelo norte-americano e adaptado em quase todos os jornais. Essa influência é quase inevitável, pois é consequência da evolução do capitalismo no nosso país, misturada às diferenças culturais, políticas, econômicas e até históricas. A personalidade do jornalismo brasileiro é formada pelo jornalismo de responsabilidade social, vindo da Europa Ocidental, pelo jornalismo libertário norte-americano e pelo jornalismo autoritário, próprio dos países de terceiro mundo, de caráter “delator” e “mão na massa”. Então existem muitas diferenças! Ao meu ver, o jornalismo americano é mais prático, e isso não significa melhor ou pior. E ainda, com a globalização, a tendência é que essas escolas
se misturem, tanto que o Estados Undidos, cada dia mais, abrem espaço para o jornalismo narrativo, que estamos acostumados a ver no Brasil, há muito tempo. No seu caso, em que a beleza é evidente, já pensou em trabalhar em outra área do jornalismo, por exemplo, como apresentadora ou âncora? Eu já trabalho como apresentadora e sim, já pensei em ser âncora, mas gosto do tom mais dinâmico de apresentação e reportagem. Gosto de falar com pessoas, de ouvir e descobrir histórias, de ir pras ruas. Esse primeiro contato tem um sabor diferente e não tem preço! Você considera que está vivendo o ápice da sua carreira? O que a Luíza Florence tem como alvo a ser alcançado? De jeito nenhum! Sou nova e acredito que existe um longo caminho a ser percorrido. Cada dia que passa, vejo o quanto ainda tenho que aprender, trilhar e alcançar. Tenho alguns
objetivos, mas me abro para o novo, porque nem sempre o que a gente quer é o melhor para a nossa jornada, por isso sempre me surpreendo. O importante é tomar boas decisões, não ter medo, não perder a nossa essência, a paixão pelo que se faz e, acima de tudo, a ética de trabalho, que é a única coisa que te segura e te dá reputação. Em que aspectos a cidade de São João da Boa Vista é uma referência na sua vida? São João é meu porto seguro. É pra onde eu vou – mesmo que mentalmente – quando preciso de paz e afago. É onde cresci, onde colecionei as melhores memórias e amizades, que duram até hoje e serão para a vida toda. Moro numa cidade grande mas quero, um dia, dar aos meus filhos a qualidade de vida que tive em São João, no interior, em contato com a natureza, boa educação, bons amigos. Essa herança de vida é para sempre e não tem preço. Sou muito grata por tudo isso. A
Por que o tapete das premiações é vermelho? A primeira referência específica ao uso de um tapete vermelho está documentada na peça Agamemnon, de 458 a.C., na Grécia antiga: quando retorna da Guerra de Tróia, o rei Agamemnon caminha sobre um tapete de bordados dessa cor, privilégio permitido apenas aos deuses. Ao longo da história, diversas empresas passaram a utilizar o recurso para prestigiar os clientes. Em 1902, a New York Central Railroad começou a estender um tapete vermelho para os passageiros entrarem no trem 20th Century Limited. Duas décadas mais tarde, em 8 de Outubro de 1922, o acessório estava presente na primeira première de Hollywood: a estréia de Robin Hood, em Los Angeles.
Foto: Reprodução internet
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agito
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gastronomia
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Bento Experidião Um pouco da história desse chef, que peleja para honrar e perpetuar a boa mesa por Lauro Augusto Borges
Imigrante libanês, o pai entrou no Brasil pela fronteira com o Uruguai. Tinha como referência alguns primos já estabelecidos em Cruz Alta. Nesta cidade do noroeste gaúcho, Hassem Experidião recebeu auxílio de parentes para começar a ganhar a vida naquilo que está no DNA dos árabes: vender. Andejava por todo o Rio Grande do Sul, mascateando roupas, tecidos e armarinhos. Num destes périplos mercantes, conheceu aquela que seria sua esposa, Maria Fernandina. O casal trouxe ao mundo quatro filhos. Bento foi o caçula, irmão de três mulheres. Bento pouco conheceu o pai, que morreu precocemente quando o filho mais novo ainda não tinha completado três anos. A tradição libanesa privou o menino do convívio com a mãe. Separado das irmãs, ele foi criado por um primo do pai. Aos dez anos, em razão do convívio difícil com a mãe postiça, Bento foi acolhido carinhosamente pela família de José Inácio Zenon, seu melhor amigo. Os Zenon, do patriarca Benjamin, eram proprietários de uma churrascaria. Bento mostrou sua gratidão labutando no estabelecimento de quem lhe deu teto e afeto. Lavar espetos foi sua primeira função. Dedicado e observador, não demorou a aprender os ofícios de assar e servir. Sua polidez e eficiência conquistavam os devoradores de carne. Fazia um bom dinheiro com gorjetas. Já envolvido com a arte do fogão, das bandejas e da boa co76
Foto: Arquivo pessoal
mida, o garoto, então com doze anos, começou a sonhar com o trabalho na trattoria de Ettore Bonesso, à época, o melhor restaurante de Cruz Alta. Em localidades pequenas, notícias pululam nas esquinas. E a vocação de Bento chegou aos ouvidos do italianíssimo Bonesso, que logo o convidou para entrar no mundo maravilhoso das pastas. As lasanhas protagonizavam o cardápio da trattoria. Generoso, Benjamim Zenon não só abriu mão do seu competente auxiliar como incentivou-o a correr atrás do sonho. E mais: permitiu que Bento continuasse a morar com eles. Com apenas doze anos, o fi-
lho de Hassem Experidião foi admitido como garçom numa das melhores cantinas do interior gaúcho. Do salão para a cozinha foi questão de pouco tempo. A gastronomia estava cada vez mais entranhada na vida dele. Sugava o que podia para aprender mais e mais. A trajetória de Bento na trattoria terminou com o fechamento dela. Ettore Bonesso baixou as portas para acompanhar a filha a Santa Maria, onde ela cursaria a universidade. O menino de Cruz Alta tinha quinze anos. Não tardou o surgimento de nova oportunidade no ramo que já o arrebatara definitivamente. No Kalesch, teve o primeiro contato
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com pratos da alta gastronomia. Entre tantos clássicos, o menu internacional da casa servia coq au vin, boeuf bourguignon... Essa cozinha requintada era comandada pela analfabeta e alcoólatra Rosa. Ela sabia tudo e mais um pouco e não economizou nos ensinamentos ao discípulo dedicado. A cozinheira recitava um mantra: “Cozinha que se preze tem que ter sempre água quente”. Água fria na cabeça, Bento recebeu com pouco mais de ano no Kalesch. Wilson, o proprietário, perdeu o jovem profissional por ser inimigo do respeito e das boas maneiras. Cruz Alta tornara-se miúda demais para as habilidades dele. Gramado, na turística serra gaúcha, seria um destino perfeito para novos desafios em todas as funções dos operários do bem comer e beber. E assim foi. Sua carteira de trabalho recebeu o carimbo do cinco estrelas Serra Azul, cuja cozinha era comandada pelo autoritário e muito competente chef Alejandro Diaz. Ali, apesar da dificuldade de comunicação com os colegas —só se falava alemão—, Bento foi agraciado com mais doses de conhecimento. Bem cedinho, antes da brigada alemã chegar, Dom Alejandro Diaz catequizava o promissor cruz-altino com segredos e macetes do sucesso nas caçarolas. Dominando todos os fundamentos do bem cozinhar e servir, era hora de um aprendizado mais formal para mesclar com a prática. E foi no SENAC do Grande Hotel São Pedro que ele, aos 18 anos, mostrou suas virtudes fora das fronteiras do Rio Grande do Sul. Suas aptidões e empenho desmedido proporcionaram um estágio em toda a área de alimentos e bebidas do complexo São Pedro. Foram dezoito proveitosos meses no interior de São Paulo. Da minúscula Águas de São Pedro 78
foi alçado ao topo, literalmente, da maior cidade do país. Em 1975 foi ganhar e servir o pão no Terraço Itália, alto também na qualidade do serviço e da comida. No Terraço, conheceu gente importante e aumentou sua rede de contatos. Na capital gastronômica brasileira, emprestou sua capacidade de trabalho a várias mesas sofisticadas, entre elas o conhecido La Tambouille do não menos conhecido Giancarlo Bolla. Em todos os restaurantes, para não perder os cacoetes de todas as áreas do ofício, combinava com os chefes para, num dia da semana, inverter as funções. Por curtos períodos, Maceió e Foz do Iguaçu também hospedaram e aplaudiram o engenho incomum de Bento Experidião. Em 2003, por conta das origens da esposa Ivone, teve a ousadia de fincar em Espírito Santo do Pinhal o Opção Trattoria Bar, um restaurante com uma proposta ambiciosa para uma cidade
de menos de 50 mil habitantes. Foram nove anos deleitando paladares, formando talentos —Alessandra Lourenço é o maior exemplo— e consolidando um conceito de alta gastronomia em Pinhal e região. Descobrir, formar e lapidar gente com vocação para as panelas, diga-se, foi uma marca que o chef deixou nos lugares onde passou. Nos idos de 2012, Bento resolveu vender a cria e migrar para a aldeia dos Crepúsculos. E nela, São João da Boa Vista, uma nova cria: o Bento’s, uma casa aconchegante, contemporânea, que sintetiza nos mínimos detalhes a trajetória notável deste obcecado pela excelência no fazer e satisfazer. Numa época em que jovens chefs enxergam cores berrantes em felinos e pensam mais no marketing de suas esquisitices, sou mais o Bento que, discreto, peleja duro sob a coifa para honrar e perpetuar a clássica e irresistível boa mesa. A Foto: Arquivo pessoal
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Roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids
Roupas / sapatos / acessórios: Mazzi Baby Kids - (19) 3635-2163 Av. Dona Gertrudes, 147 - Centro Fotos: Juan Landiva
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Elas vestem roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids. Ele veste roupa e calçado Toffee para Mazzi Baby Kids
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Roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids
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Eles vestem Toffee para Mazzi Baby Kids. Elas vestem roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids
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Elas usam roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids. Ele veste Toffee para Mazzi Baby Kids
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Elas usam roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids. Ele veste Toffee para Mazzi Baby Kids
Elas usam roupas e acessórios Anjo d´Água para Mazzi Baby Kids
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por Francisco Gallego (Restaurante Barracão)
Foto: Juan Landiva
Paella marinheira Ingredientes • 200g de lombo de porco em cubinhos • 200g de peito de frango em cubo • 300g de tentáculos de polvo • 300g de lula em anéis • 300g de camarões médios • 300g de mexilhões • 06 camarões grandes com casca • 300g de ervilhas frescas • 500g de arroz parboilizado • Meia xícara de azeite de oliva extra virgem • Meia cebola picada bem fina • 03 dentes de alho picados bem finos • 01 envelope de açafrão espanhol • 01 paelleira • Sal a gosto Modo de preparo Corte os tentáculos de polvo e a lula em pedaços pequenos, tempere com sal o lombo e o peito de frango. Coloque a 86
lula e o polvo com 1 litro de água para cozinhar em panela de pressão durante 20 minutos. Escorra e reserve a água. Afervente os camarões médios e os mexilhões por 5 minutos, escorra e também reserve a água. Afervente as ervilhas, escorra e separe. Na paelleira, aqueça o azeite e frite a cebola e o alho até doura-los. Junte o lombo e o frango, também a fim de doura-los. Acrescente o arroz e adicione sal a gosto. A seguir, vá adicionando com uma concha a água que você reservou do polvo e dos camarões. Sempre mexendo e adicionando a água, conforme o arroz for secando. Repita isso diversas vezes, até perceber que o arroz está cozido. Após isso, adicione os camarões médios, os mexilhões, o polvo e a lula. Misture bem com o arroz. A seguir, junte as ervilhas e misture. Aqueça uma xícara de água que você reservou e dissolva o conteúdo do açafrão na água morna. Misture ao arroz para dar a coloração amarelada e borrife sobre o prato. Doure os camarões grandes com casca e azeite. Disponhaos sobre a paella, juntamente com um pouco de ervilha para decorar o prato. Serve 06 pessoas.
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culinária
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Palha italiana Ingredientes • 500g de chocolate • 1 ½ xícara (chá) de leite condensado • 01 colher (sopa) de manteiga • 200g de bolacha maisena • 02 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro • 02 xícaras (chá) de chocolate para cobertura • 01 ½ xícara (chá) de leite • ½ xícara (chá) de açúcar • 01 colher (sopa) de manteiga Modo de preparo Para o recheio, derreta o chocolate em banho maria. Misture o leite condensado e a manteiga. Adicione as bolachas quebradas. Mexe até ficar homogêneo. Coloque em
uma forma com papel manteiga e leve a geladeira para endurecer. Corte e passe no açúcar de confeiteiro. Deixe esfriar e corte. Para a cobertura, derreta o chocolate em banho maria e banhe os pedaços da palha italiana. Deixe endurecer sobre o papel manteiga. Um pouco de história... Esse confeito, feito a partir de leite condensado e biscoito de maisena, trata-se de uma versão ítalo-brasileiro: Na Itália o doce similar é conhecido como salame de cioccolato (salame de chocolate: chocolate com pedaços de biscoito, modelado no formato de salame). E como todo o bom brasileiro é muito criativo, surgiu então a delícia do nosso brigadeiro unido com biscoito, dando origem a nossa deliciosa palha italiana. Foto: Reprodução internet
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Festival São João da Boa Mesa Evento agitou o cenário gastrônomico local em Setembro Na segunda quinzena de Setembro foi realizada a primeira edição do festival gastronômico São João da Boa Mesa, promovido pela Associação Comercial e Empresarial. O objetivo da ação foi incentivar, fortalecer e valorizar a gastronomia local, além de oferecer uma oportunidade para a população conhecer bares e restaurantes da cidade. Participaram dessa edição 18 empresas: A Casa do Pastel, A Pastella, Barril Pizza Bar, Bio Sabor Alimentos Saudáveis, Choperia Tekinfin, Comidaria, Dom Caneco, Felice Gourmet, Genki Culinária Oriental, Gran Natto Café, Inverno D´italia, Paraki Lanches, Peixoto Bar, Pizzaria Bedrock, Pizzaria do Thiago, Restaurante Barracão, Spaço Restaurante e Vila do Zeca. A ação, que começou na segunda-feira (15) e
seguiu até o dia 28 de setembro. Durante esse período, os bares e restaurantes participantes ofereceram combinações de pratos e bebidas por um preço fixo, pré-estabelecido, de vinte e cinco reais. As combinações foram desde comidas típicas de boteco e porções, até pratos elaborados. Segundo o gerente da Associação Comercial, Anselmo Moreira, o festival teve uma ótima recepção por parte do público e dos estabelecimentos locais. “Essa segunda edição superou nossas expectativas, principalmente por conta do número de bares e restaurantes participantes, que foi bem expressivo”. Números - Conforme dados da última pesquisa de orçamento familiar (POF) elaborada pelo IBGE, mais de 1/4 das
refeições no Brasil são consumidas fora do lar. Nos grandes centros urbanos passa de 1/3. Isso significa que o potencial de crescimento desse mercado é promissor quando comparado à realidade norte-americana, na qual o setor responde atualmente por mais de 60% das refeições. Somente no ano passado, o setor de alimentação fora do lar movimentou cerca de R$ 242.8 bilhões em todo o Brasil. “Por isso nosso interesse em realizar ações voltadas para esse segmento”, explicou Anselmo. Realização – O festival São João da Boa Mesa foi realizado pela Associação Comercial local, com o patrocínio de Ultragaz, Tecnoimports e jornal O Município. O evento contou ainda como apoio do COMTUR, CTUR e SEBRAE-SP.
Saiba mais- Você pode saber mais sobre o evento e os bares e restaurantes que participaram do evento acessando a página www.facebook.com/saojoaodaboamesa
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Foto: Dú Paparazzi
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esporte
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Voleibol feminino sanjoanense: 10 anos em crescimento Apesar da evolução, time ainda busca mais apoio para disputar competições A equipe de voleibol feminino de São João da Boa Vista está prestes a completar 10 anos, sempre lutando em busca de mais apoios e parcerias para subir de nível, querendo sair do âmbito regional para o estadual. Atualmente o time é patrocinado pela Prefeitura Municipal (com a parte financeira), Centro Universitário Unifeob (com bolsas de estudo para as atletas), Palmeiras Futebol Clube (com a estrutura e logística de treinos e jogos), Salvi Campos (uniformes) e Rancho do Dilino (com a alimentação). Com esses recursos, as meninas conseguem disputar, hoje, as ligas campineira e sanjoanense de vôlei (nas quais seguem líderes das disputas), além de
representar a cidade nos Jogos Regionais (onde conquistaram medalha de prata, no mês de julho) e nos Jogos da Juventude. O técnico Maurício Ribeiro, que veio de Espírito Santo do Pinhal para comandar o vôlei sanjoanense, lembra do início dos trabalhos na cidade, citando a falta de estrutura como principal ponto. “Tudo começou mais na vontade das pessoas que queriam ver o vôlei crescer na cidade”, comenta. Com quatro anos de trabalhos, a ascensão foi muito grande, tanto que a Federação Paulista de Voleibol (FPV) procurou sua equipe por quatro vezes, segundo ele, para poder jogar o Campeonato Paulista. “Infelizmente o dinheiro que recebemos ainda não dá
para sonhar tão alto. Por isso ficamos nas ligas abaixo do campeonato paulista, dando ritmo às nossas atletas”, diz Maurício. Como técnico, Ribeiro tem o sonho e a vontade colocar São João na disputa de um Campeonato Paulista. “Se não tivermos no meio dos grandes clubes, aprendendo com eles, nunca conseguiremos sair do lugar”, relata. Mas, segundo ele, para isso a parte financeira é o essencial, contratando atletas de nível paulista, organizando a comissão técnica com mais pessoal e adquirindo mais materiais. “Agradeço muito as pessoas que estão conosco do início até hoje, mas se tivéssemos mais parceiros nos ajudaria muito e conseguiríamos ainda mais”, destaca o professor.
Foto: Luiz Gustavo Gasparino
Despedidas - Como tudo isso ainda não acontece, São João vai perdendo atletas de peso. É o caso da atacante Amanda Duarte, conhecida na cidade como ‘Docinho’, que se despediu da equipe no mês de agosto. Natural de Poços de Caldas/MG, ela joga em São João há seis anos, mas está prestes a realizar um sonho ainda maior: a atleta foi convidada a jogar pela cidade de
Sonho - O técnico Ribeiro tem como sonho colocar São João na disputa de um Campeonato Paulista. “Se não tivermos no meio dos grandes clubes, aprendendo com eles, nunca conseguiremos sair do lugar” 92
Foto: Luiz Gustavo Gasparino
Leme, que, com maior investimento irá disputar o tão sonhado Paulista. “Estou muito feliz com meu crescimento e com a possibilidade de disputar um campeonato melhor. Insisto na carreira há bastante tempo e agora apareceu uma boa oportunidade. Por outro lado, fico triste em deixar minhas amigas, pois seis anos são uma vida. Estou deixando minha família aqui, mas vamos ver no que dá”, conta a atleta, emocionada. Amanda diz que sempre acreditou que o voleibol sanjoanense pudesse crescer junto com seu desenvolvimento em quadra. “Por isso fiquei aqui todo esse tempo. Infelizmente não foi o que aconteceu, e aí temos que ir à busca do nosso sonho”, registra a atleta. O técnico Maurício Ribeiro relembra tantas outras histórias que tiveram este mesmo fim. “Já somamos uma equipe de meninas que formamos aqui e estão atuando fora. Uma está em Bauru, outra em São Caetano, uma foi para os Estados Unidos nessa semana. Se estivéssemos jogando o Campeonato Paulista, não as perderíamos. Fico contente por elas, pois nosso trabalho está sendo bem feito, mas perco boas opções no meio dos campeonatos, o que acaba prejudicando todo o trabalho”, salienta. O elenco, hoje, conta com
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as seguintes atletas, comandadas por Maurício Ribeiro: Fernanda, Suellen, Marilia, Ana Paula, Gabrielle, Marianna, Ana Carolina, Cristiane, Francielly, Thais e Sarah. Apesar disso, o trabalho com a garotada de base, também feito por Ribeiro, continua sendo realizado, atingindo um número muito grande de possíveis futuros novos atletas. “Isso me ajuda a observar e buscar novos talentos, para, quem sabe, podermos estar aproveitando-os no time Adulto, futuramente”, conclui o técnico. A
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história
A tradição da Corte do Divino A cidade de São João da Boa Vista, durante muitos anos, manteve a celebração da Corte do Divino Espírito Santo, dentro das comemorações do aniversário da cidade por Ana Lúcia Finazzi
Segundo o professor, historiador e escritor João Baptista Scannapieco, que por muitos anos foi responsável pelo Arquivo Municipal, esta celebração remonta uma tradição portuguesa, da Idade Média. “É uma devoção ao Divino Espírito Santo, muito comum em Portugal. Por isso muitas cidades brasileiras, fundadas pelos portugueses, têm o Espírito Santo como padroeiro. Aqui em São João, a imagem do Espírito Santo estava presente no topo do altar da Catedral. Conta-se que o próprio povo foi quem instituiu o costume. Havia, por essa Foto: Arquivo pessoal
época, a rainha Isabel, casada com Dom Diniz, por volta de 1270. Ela era espanhola, mas casou-se com um português, por questões da política da época. Era ela muito devota e caridosa; muitas vezes saía do castelo escondida e disfarçada para não ser reconhecida, levando mantimentos para os pobres. Quando o marido teve conhecimento disso, a proibiu, por razões de segurança. Certo dia, quando ela, desobedecendo a recomendação do esposo, foi flagrada por ele a caminho dessa ação, diante de sua intenção de saber o que levava envolto em seu avental, respondeu que tratava-se de flores.
No momento em que ela abriu o avental, em lugar dos mantimentos estava uma profusão de flores. Este milagre foi um dos que a levaram à beatificação pela Igreja Romana. A imagem de Santa Isabel é figurada com o avental aberto e cheio de flores. Por esse tempo, houve a epidemia da Peste Negra na Europa. Quando a peste chegou a Portugal, a rainha Isabel fez um apelo ao Divino Espírito Santo, na capela do palácio, para que o país fosse livre da peste. Debelada a doença, no Dia de Pentecostes, ela depositou sua coroa no altar do Divino, dedicando-lhe seu reinado. Então foi até a catedral, acompanhada do Imperador , damas e pajens da Corte, que seguiram à pé, ao som dos sinos que repicavam por todas as igrejas da cidade. Este gesto acabou sendo repetido, anualmente, pelas crianças do reino. Com isso, todas as colônias portuguesas aderiram ao costume,
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Corte do Divíno em 1930 - Festeiros: Dona Chiquinha e Oscar Pirajá Martins. Imperadores: Fernando e Glorinha Pirajá Martins. Meninas: Maria Teresa Santiago, Dirce Romangnholi, Evangelina de Rosa Gomes, Ruth Bergonzine, Wilma Nasser, Célia Redher Andrade, Nazareth Nogueira, Eliza Maria Vilela, Anelita, Maria Teresa Andrade, Nonô Azevedo Andrade, Marisa Cecílio, Marluci Cecílio, Dulcelisa Andrade e Maria Helena Valim. Meninos: Cironey Durão, Antonio Guilherme Redher, Helio Redher, José Paulo Araújo e Dino Celio Vilela.
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Foto: Arquivo pessoal
Resgate de tradições- Na década de 1990, o Colégio São João Batista, para o desfile de aniversário da cidade, buscou resgatar a tradição da Corte do Divino Espírito Santo, usando os aparatos cedidos pelo Museu de Arte Sacra. A corte foi encenada por todo o tempo em que o Colégio manteve suas atividades, sob a primeira direção. Na foto, Luís Augusto Michelazzo e Adriana Toni, Imperadores da nova geração da Corte.
com variações decorrentes de suas próprias tradições. Alguns elementos, no entanto, são comuns a todos os lugares: o casal de Imperadores (por ser chamado de Império do Divino), a coroa, o mastro com a bandeira e o capitão que o transporta, as damas e os pajens”, explica ele.
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A Celebração em São João - Aqui na cidade a celebração tem uma versão definida como de bom gosto. Devido à proximidade da data do Pentecostes com a do aniversário da cidade, decidiu-se realizar a cerimônia da Corte na mesma data, qual seja, 24 de junho. E
nesta celebração são levados os andores do Divino Espírito Santo e de São João Batista, o padroeiro. Quem trouxe este costume para a cidade foi a família Cabral de Vanconcelos. E foi um membro da família que, em passagem por Portugal, adquiriu os aparatos da
Corte: a coroa e o cetro, que foram doados para a paróquia local. A bandeira, ricamente bordada, é francesa. O único item confeccionado aqui, na cidade, foi o manto da Imperatriz. Todos estes objetos estão, hoje, no Museu de Arte Sacra de São João. Nas festividades do aniversário de São João da Boa Vista, sempre havia um casal de “festeiros”, sendo que as crianças que representariam os imperadores seriam os familiares destes. Cabia a este casal organizar os festejos. A Corte entrava solenemente na Catedral para a reza vespertina. O cortejo saía da residência dos festeiros, acompanhado por uma banda, e seguia até a Catedral. A cerimônia era repetida na missa de domingo, quando eram
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anunciados os festeiros para o próximo ano. À noite, o cortejo seguia a procissão, encerrando as festividades, após o que os festeiros recebiam os componentes da corte e seus familiares em sua residência, com uma mesa de doces. Nesta ocasião a bandeira era passada às mãos dos próximos festeiros. A tradição foi mantida na cidade até a década de 60, quando o então Bispo Diocesano, Dom Davi Picão, considerou que a celebração desviava a atenção dos fiéis do foco de devoção. Somente por ocasião das comemorações do Sesquicentenário da cidade, em 1974, a Corte foi excepcionalmente celebrada, seguindo os mesmos padrões tradicionais. O resgate - No primeiro ano de
funcionamento do Colégio São João Batista, na década de 90, para o desfile de aniversário da cidade, o Professor João Scannapieco resolveu resgatar a tradição da Corte do Divino Espírito Santo, usando os aparatos cedidos pelo Museu de Arte Sacra. O cortejo saía do Colégio, com queima de fogos, acompanhado da fanfarra e ao repique dos sinos da Catedral. Sempre houve muito capricho por parte das famílias cujas crianças estavam envolvidas. Inicialmente, era só apresentada no desfile cívico. A pedido do Cônego Luíz Bergonzini, foi também reintegrada às atividades religiosas da paróquia, e encenada por todo o tempo em que o Colégio manteve suas atividades, sob a primeira direção.
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economia
A importância da reforma tributária para o Brasil O sistema tributário brasileiro está entre os mais complexos e estranhos do mundo por Hygino Canhadas Belli
Imposto, como o nome sugere, é algo que já foi definido, instituído, imposto, sem opção de escolha. Assim, a sociedade consumidora e produtora acaba arcando com estes custos, tornando o Brasil um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Dentre os países da América Latina, o Brasil ocupa o segundo lugar, ficando atrás da Argentina. Na verdade não é um título a comemorar, pelo contrário, isso implica diretamente na renda disponível das pessoas, do acesso a bens de consumo e geração de emprego. Para elencar alguns produtos com carga tributária elevada, temos a gasolina com 53%, motocicletas (acima de 250 cc) com 65% e forno de microondas com 60%, aproximadamente. De maneira proposital separei tais produtos, pois com certeza algum deles você, caro leitor, deve ter comprado recentemente. Daí, é só fazer as contas e verificar quanto do seu dinheiro foi para o caixa do Governo. O tema é assunto recorrente em toda disputa eleitoral, sempre existem promessas, mas o que se observa é o aumento da carga tributária, sendo que muitas vezes o excesso de tributos inviabiliza alguns negócios, fazendo com que alguns empreendedores acabem encerrando suas atividades. Além da altíssima carga tributária a 104
que o brasileiro é submetido, porque é imposto a ele, como já dito, existem ainda outras questões tão negativas quanto essa. Por exemplo, a forma como é usado esse dinheiro, que é do povo e que deveria ser usado em benefício dele, respeitando rigorosamente suas prioridades, haja visto o estado em que se encontra a saúde pública, segurança,
educação. Ao invés disso, muito dinheiro foi destinado à construção de suntuosos estádios de futebol para a Copa do Mundo. Falando sobre o assunto, tal episódio não iremos esquecer tão cedo. Além dessas inversões de prioridades, existe ainda a complexidade do sistema tributário brasileiro, que está entre os mais complexos do mundo.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Carga tributária - “Quem paga imposto no Brasil são basicamente os pobres.” A frase é do ex-presidente do Ipea, o economista Márcio Pochmann, e talvez você já a tenha ouvido algumas vezes pensando, talvez, em sonegação fiscal. É triste dizer isso, mas infelizmente é, na sua essência, um problema pior, porque não se resolve com medidas administrativas.
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Legislação antiga Aprovado em 1966, o Código Tributário Nacional jamais foi alterado em sua essência. É ele quem define os impostos que municípios, Estados e União podem cobrar e os critérios gerais para a distribuição das receitas entre os entes federativos. O atual Sistema Financeiro Nacional (SFN) também foi criado pelos militares na década de 1960. Uma das principais novidades do SFN foi a fundação do Banco Central, que tomou do Banco do Brasil as funções de organizar o sistema monetário. A lei que disciplina bolsas de valores no país também é daquela época.
Essa complexidade incentiva fortemente a sonegação, e às vezes se sonega até sem saber que é sonegação devido à parafernália fiscal, com o número de impostos, contribuições, taxas que compõem o sistema de arrecadação brasileiro e seus regulamentos (ao todo, tem-se 92 formas de arrecadação, entre impostos, taxas e contribuições). Temos ainda as injustiças tributárias. No Brasil se tributa o
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salário e consumo muito mais do que a renda. Isso faz com que se tenha menos massa salarial na economia, reduzindo o poder de compra e, pior, ao tributar o consumo se reduz ainda mais o consumo e se estimula as altas de preços minimizando, assim, os níveis de atividades econômicas do país. Por exemplo, só a arrecadação do ICMS representa 20% de toda receita tributária do Governo e o IR representa 16%. Ainda, a arrecadação total em 2014 deverá ser próxima de R$ 1,85 trilhão e cada brasileiro, em média, trabalhou até 31 de maio só para pagar impostos, ou seja, 151 dias. Assim, caro leitor, guardando coerência com o título da matéria, a reforma tributária é tema da mais alta importância, porque colocamos somente 4 pontos dentre tantos outros que geram enormes distorções no sistema tributário brasileiro. Mas, somente para ficar nesses quatro, consideramos imprescindível e urgente a reforma para tratar pelos menos de maneira mais adequada a tão propalada desoneração, a destinação mais justa e o respeito às prioridades do uso dos tributos, a simplificação do sistema de arrecadação e tributação da renda ao invés de se tributar o consumo e o salário.
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agito
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segurança
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Titanic Seguimos temerosos de afundar em uma sociedade liquefeita de valores por Guilherme A. R. Franco
Inverno de 2007. Seminário promovido pela BOVESPA com as investidoras do programa Mulheres em Ação. Tema em debate: o álcool no trânsito. Palestrantes: o americano Glynn Birch, da organização não governamental MADD – Mothers Against Drunk Driving (www.madd.org); tradução bem livre: mães contra motoristas bêbados; Dr. Ronaldo Laranjeira, uma das maiores autoridades mundiais em dependência química, PhD pela Universidade de Londres; Dr. José Gomes Temporão, à época Ministro da Saúde. De tantas falas repletas de dados científicos e experiência de vida, Glynn Birch esclareceu que a ONG MADD foi responsável por diversas ações sociais que culminaram na redefiniçao da idade mínima para consumo de bebida alcoólica nos EUA. Passou de 18 para 21 anos. Dr. Gomes Temporão enfatizou que a propaganda de bebida alcoólica deveria ser restrita na TV. Foi voz vencida no governo federal - todavia deixou seu inconformismo com a indústria de bebida alcoólica em plena Bolsa de Valores. E o Dr. Ronaldo Laranjeira alertou para o fato de que tínhamos (e ainda temos) mais de um milhão de pontos de venda de bebida alcoólica no país. [Só para estabelecer um breve comparativo, na Suécia, um dos países mais avançados democraticamente, há menos de quinhentos depósitos de bebida alcoólica, sob absoluto monopólio e controle do governo. Fora desses pon112
tos, bebidas alcoólicas apenas em restaurantes e bares. Uma dose de cerveja em um pub sai por volta de cinquenta coroas (dezesseis reais). É o sistema denominado Systembolaget (www. systembolaget.se). Ao chegar em uma das poucas lojas que vendem bebida alcoólica (não abrem aos domingos), o comprador deve apresentar a carteira de identidade, antes do cartão de crédito - sobretudo se for menor de vinte e cinco anos]. Dr. Ronaldo arrematou: “e nossas faculdades? Mais parecem ilhas cercadas de bares por todos os lados.” 2014. Terça-feira de inverno com temperatura de verão goiano. Já bem tarde da noite, após uma proveitosa reunião dos grupos de trabalho do CONSEG, passei por uma dessas ilhas estudantis. Sobre o asfalto, amontoados de copos plásticos em acinzentado mar, davam uma ideia do que se havia consumido
de cerveja naquela noite. Refletiam tais quais pequenos icebergs. Segui adiante, Titanic temeroso de afundar em uma sociedade liquefeita de valores, parafraseando Bauman. E pensei que falta faz um farol a esses jovens. Um ponto de referência, um porto seguro. Içami Tiba escreveu algures: “pais são estaleiros, filhos são navios”. De tempos em tempos, os navios retornam aos estaleiros para serem cuidados, reparados e fortalecidos. Naquela noite, aliás, só vi meus naviozinhos em delicioso sono profundo, viajando por mares nunca dantes navegados. E minha prece foi simplesmente essa: Deus, não deixe a nave da juventude submergir no oceano do álcool e seu profundo abismo. Que pais, professores e governantes saibam que se de um lado o álcool pode causar algum prazer, do outro é a ponta do iceberg. Foto: Reprodução Internet
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opinião
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Por que participar da política? A distinção entre o real e a realidade por Francisco de Assis Martins Bezerra
Plínio Soares de Arruda Sampaio foi um dos grandes nomes da política nacional, tanto por sua idoneidade pessoal como também pela sua coerência e integridade políticas. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, cassado e exilado pela ditadura militar por 12 anos, sempre lutou pela organização dos trabalhadores dentro de um amplo projeto em direção ao socialismo. Em 2010 foi candidato à Presidência da República pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Plínio de Arruda Sampaio analisa, neste livro, que o desinteresse pela política decorre do fato de que nove entre dez brasileiros a consideram uma sujeira, uma atividade de espertalhões e que, por isto, é melhor manter distância. Constata, então, que é justamente esse eleitor desiludido que interessa aos maus políticos, que ficam à vontade para praticar as suas maracutaias. O livro aborda os mais variados aspectos da vida política. Analisa a constituição do Estado brasileiro e a sua natureza. Verifica como se dá a participação política no Brasil e o que representam os partidos políticos. Faz uma análise estrutural do país e das disputas políticas atuais, reflexos da luta entre o neoliberalismo, o socialismo e da reversão neocolonial. Recomenda-se, portanto, a sua leitura integral e também da excelente bibliografia sugerida.Diante da riqueza e da profundidade das reflexões feitas, ficaria fatalmente prejudicada uma análise mais detalhada neste reduzido espaço. Daremos, assim, ênfase à questão principal que deu origem ao título do livro. Ele busca responder à pergunta que, com certeza, todos fazemos: “Afinal o que eu perco por me desinteressar da política e o que ganho procurando entendê-la?”. Vejamos a primeira parte da questão: o que perdemos por nos desinteressar da política. A intervenção dos políticos em nossas vidas é intensa e abrangente. Nada fazemos que de algum modo não esteja sob a tutela do Estado. Os impostos pagos, o acesso aos serviços públicos e à informação, entre tantas outras atividades submetidas ao controle das políticas públicas e à definição de políticas sociais e econômicas, passando 114
ainda pela elaboração das leis e pelo controle dos serviços prestados à população. Arruda Sampaio alerta que podemos dizer: “o Estado não influi em nada na minha religião, no que eu leio ou naquilo que eu penso”. Puro engano! O Estado vigia constantemente as nossas vidas. Pessoas ou grupos que possam afetar a ordem estabelecida terão suas atividades vasculhadas pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que dispõe de uma ampla rede de informações e de repressão e acompanham a ação social das pessoas. Isto evidentemente não é privilégio do Brasil. Todos os países interferem e controlam as vidas das pessoas, quer através de suas denominadas polícias secretas, tipo CIA, KGB, GESTAPO, entre outras, ou mais modernamente como a feita pela espionagem norte-americana através de meios eletrônicos e acesso às informações disponibilizadas pelas redes sociais. Existem infinitas maneiras de intervenção. O que lemos e o que assistimos na televisão ou no cinema passam pelo crivo da censura. Parece exagero, mas não é. A concessão de canais de televisão e de rádio é dada somente a pessoas que atendam aos interesses dos governantes. O mercado editorial é acometido da mesma mazela. O Congresso Nacional recentemente vetou a aprovação da lei do livro que regulamentaria o setor. Só para
Plínio de Arruda Sampaio foi formado em Direito pela Faculdade de Direito da USP em 1954, militou na Juventude Universitária Católica e na Ação Popular. Foi promotor público, deputado federal constituinte e presidiu a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), além de dirigir o semanário Correio da Cidadania. Foto: Reprodução Internet
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citar a América Latina, países como Argentina, Bolívia, Chile e Colômbia a possuem. Logo, a produção cultural (leia-se: o que vamos ler) e os preços dos livros ficarão cada vez mais na dependência dos grandes grupos estrangeiros. Como se vê, não há liberdade absoluta de pensar. Se o Estado tem meios de controlar a informação que chega até nós, evidentemente ele interfere naquilo que pensamos. Conclui-se, portanto, que somos muito prejudicados quando o Estado cai nas mãos de políticos incompetentes ou desonestos. Vamos agora a segunda parte da questão: o que ganhamos procurando entendê-la. Arruda Sampaio sugere algumas condições prévias para que esta participação dê resultados positivos. A primeira delas é formar grupos para troca de ideias, ampliar as fontes de informação e entender melhor o que está por trás das notícias e dos comentários dos colunistas, ou seja, ler nas entrelinhas quais são os reais interesses dos donos desses meios de comunicação. A segunda condição é que o grupo leia alguns livros de teoria política. Necessária para se entender a diferença entre “disputas fisiológicas” e “disputas ideológicas”. O método dialético é o adequado para entender o processo político. A realidade é formada por contrários ou
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contradições e está em constante transformação pela ação destas partes contraditórias. Assim podemos distinguir o que é real e o que é realidade. A realidade é aquilo que você fica sabendo por meio da informação, é a superfície, é o superficial. São apenas os efeitos. Para captar o real, o subterrâneo dos fatos, você precisa dominar o método dialético. Ele nos mostrará que no real está a raiz de todos os problemas que afloram na superfície da sociedade. Lá está o regime de produção capitalista e a dominação política das massas populares pela burguesia. Diz Arruda Sampaio: “conhecer o mapa das ideologias e dos interesses em jogo na política constitui um elemento importante para que suas escolhas sejam acertadas até mesmo em assuntos que dizem respeito à sua própria vida. Isso porque esse conjunto de conhecimentos o torna uma pessoa mais culta, mais apta a desenvolver um raciocínio lógico (ou seja, mais apta a distinguir claramente o que é causa e o que é efeito de um determinado fato ou situação) e, portanto, mais capacitada para combinar adequadamente seus impulsos naturais com as possibilidades objetivas de concretizá-los”. Plínio de Arruda Sampaio nos deixou um grande legado. Neste ano de 2014, época de eleições, mais do que nunca, sua obra se torna uma referência e leitura obrigatórias.
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dicas
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por Hélinho Fonseca
As dicas desta edição da Revista Atua trazem lançamentos recentes que estouraram em vendas, e que dentro das possibilidades de cada um merecem ser conferidas. A dica de leitura é também direcionada para aqueles que gostam de conhecer sempre um pouco mais da nossa MPB.
Paralamas do Sucesso 30 anos Multishow ao vivo Com um feedback de trinta de estrada o Paralamas do Sucesso mostra nesse trabalho em CD ou DVD o porque de sempre fazem sucesso. Faz uma retrospectiva da carreira com todos os sucessos inesquecíveis (Meu Erro, Óculos, Ska, Vital e Sua Moto, Alagados entre outros) em versões antigas e em releituras que merecem ser revistas por aqueles que gostam do bom e competente pop rock nacional de uma banda que tem a mesma formação desde o início da carreira.
Gilberto Gil – Samba Apenas na versão CD; mas que repertório... e com aquele talento e competência que assinalam sua carreira.Somente músicas que marcaram época como Desafinado, Eu Vim da Bahia, O Pato, entre outras, com arranjos de uma sonoridade muita gostosa de ser ouvida. O show que apresenta o repertório desse CD tem tido casa super lotada nos locais por onde passa.
Marisa Monte – Verdade uma Ilusão Após alguns anos sem lançar um trabalho inédito Marisa Monte lança em CD / DVD Verdade Uma Ilusão, que bateu recordes de venda na semana seguinte ao seu lançamento. Músicas inéditas e algumas releituras vêm acompanhadas de uma banda impecável com sua voz marcante, linda e inconfundível. Uma dica para ver, ouvir ou presentear.
Pavões Misteriosos Na década de 1970, a música brasileira passou por uma radical transformação. O jornalista André Barcinski fala desse período muito pouco analisado e traz à tona uma série de revelações sobre essa época e seus personagens marcantes, entre eles; Rita Lee, As Frenéticas, Secos e Molhados, Raul Seixas e outros. Para uma leitura gostosa e descompromissada. ANDRÉ BARCINSKI Editora Três Estrelas - 239 Págs.
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cinema
Foto: Reprodução Internet
Choro e riso, com Robin Williams Relembre a brilhante trajetória de um dos gênios do cinema mundial
por Pedrinho Souza
Recentemente Williams esteve buscando tratamento contra depressão e na manhã do dia 11 de agosto de 2014, tentou cortar o próprio pulso com uma faca, mas era forte como o Popeye e fez apenas alguns ferimentos leves no braço esquerdo. Parecia um Sinal de Esperança, mas infelizmente houve uma Surpresa em Dobro, o assistente pessoal do ator, preocupado por ele não responder às batidas na porta do quarto, não sabia o que fazer, pois já era Tempo de Despertar, entrou, sem nenhuma Violação de Privacidade e encontrou o ator de 63 anos morto. Após 120
subir em uma cadeira, Robin Williams se enforcou com um cinto, em um daqueles Segredos da Vida. Nenhum bilhete de despedida foi encontrado. Uma insônia da esposa, Susan Schneider, no qual o ator tinha Um Amor Além da Vida, fez ver o marido pela última vez, na sua última noite, nos arredores da própria casa, por volta de 22h. Horas depois da tragédia, já havia várias flores e inúmeros fãs na estrela com o nome dele na Calçada da Fama, o famoso ponto turístico de Hollywood, nos Estados Unidos. Robin Williams possui uma filmografia enorme e variada, atuou em mais de 60 filmes e desfrutou de um sucesso no mundo
todo. Um ator de muitos recursos, técnica e graça. Quando jovem, era o gordinho mais zoado pelos amigos, começou a fazer imitações para se distrair. Na época da escola foi eleito o mais engraçado e o menos provável de se dar bem na vida. Williams estudou dramaturgia e demonstrou talento para a comédia e fez umas pontas para algumas séries de TV do gênero, destacou com o personagem Mork, na série Happy days.Até entrar para o elenco fixo da série Mork & Mindy. De tanto que improvisava e dava resultados positivos, os redatores acabaram se livrando dos roteiros para as falas de Robin Williams.
O ator começou a se destacar no cinema, onde possui um currículo cinematográfico que impressiona muita gente, protagonizou Bom dia, Vitenã (1987), quando recebeu sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator. Em seguida veio a Sociedade dos poetas mortos (1989), que acabou garantindo pela segunda vez a chance de vencer o Oscar como melhor ator. Nos anos 90 atingiu o auge da carreira, era considerado uma das principais estrelas do mundo, teve mais um papel inesquecível, em O pescador de ilusões (1991), que assegurou sua terceira indicação ao Oscar. Na animação Aladdin, emprestava a voz ao engraçado Gênio da Lâmpada, um dos personagens mais carismáticos da Disney de todos os tempos, a propósito, a maior parte das falas eram improvisos.
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No memorável Uma babá quase perfeita (1993), interpretava a Senhora Doubtfire, onde devido à separação da mulher, se fingia de babá para ficar junto dos filhos. Williams entrou para história por ter conseguido na mesma semana ter dois filmes (Jumanji e Gaiola das Loucas) superando a marca dos 100 milhões de dólares. A consagração artística foi conquistada em Gênio Indomável (1997), quando ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante. Os anos seguintes não foram os melhores, tanto na carreira pessoal quanto profissional, suas aparições cinematográficas oscilavam muito e os problemas com drogas começaram a aparecer. O humorista brincou de uma forma grosseira com o Brasil durante entrevista ao Late Show de David Letterman, em 2009, quando fez uma
piada envolvendo a vitória da candidatura do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O ator disse que enquanto Chicago enviou a apresentadora Oprah Winfrey e a primeira dama dos EUA Michelle Obama para defender a indicação da cidade, o Brasil teria mandado 50 strippers e meio-quilo de pó. Ainda deixou um legado com quatro filmes completos inéditos, a lista inclui a continuação de Uma Noite no Museu 3, a comédia natalina Merry Friggin’ Christmas, o drama Boulevard e a comédia Absolutely Anything, em que dubla o cachorro Dennis. Todos os filmes serão lançados este ano nos EUA. Na esperança de Quem é Morto Sempre Aparece, agora o Gênio Indomável do cinema está no Clube do Paraíso. Uma pena não ser um Homem Bicentenário.
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opinião
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Verdade verdadeira Mas nesses nossos dias internetianos quem se importará com isso? Para a Maria, como a mãe de Jesus, como a minha... ela sabe qual Maria é. Adoro aprender! A cada dia faço “questã” como diz erradamente o matuto, daqui e das Gerais de Mario Palmério. E talvez por isso, a cada momento aprendo algo novo, seja com a tevê que é a máquina de fazer burros, mas que também consegue diminui-los desde que se tenha a mente aberta ao aprendizado, às noticias, às minúcias, às novidades.... Conversando com a Maria num dos eventos musicais onde nos encontramos, aficionadas pela boa música que somos, ela me disse ser religiosa, procurando sempre ser cristã e melhor a cada dia. Tudo é representativo para ela, até os meus escritos. Tem uma memória prodigiosa, é simples e sincera. Contou-me então que uma história lhe ficou gravada e me repassou, com a permissão de que eu a transcrevesse aqui em meu espaço: Um mestre tinha seus discípulos, vários, mas um era o seu preferido. Isso logo foi motivo de inveja dos demais que foram reclamar do mestre tal preferência. Ressalva lógica e necessária: Arquimedes, depois de dizer: - Eureka! Eureka! E sair nu da banheira ao ter o insight e descobrir que o corpo ocupa seu espaço e também ser pioneiro ao dizer que, se lhe dessem uma alavanca, moveria o mundo, também eu, ocupando meu espaço no século XXI, complemento-o: a inveja é a mola do mundo, tanto o moderno como o antigo e, infelizmente parece ser a alavanca que move os seres humanos. Continuando, disse o mestre: - Está bom, então vou
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dar a vocês uma tarefa. Aquele que a realizar do melhor modo fica sendo o meu preferido. Deu-lhes, a cada um, um passarinho com a recomendação de que o matassem num lugar bem distante e deserto onde ninguém os visse. Todos saíram pelo mundinho à sua volta. Tempos depois voltaram com as mãos vazias. Somente aquele, preferido e diferenciado voltou com o pássaro ainda vivo nas mãos e disse, contrito: - Mestre, devolvo-lhe o passarinho. Desculpo-me. Pode me castigar por não ter cumprido a tarefa que me foi repassada. É que em lugar nenhum pude ficar longe da presença onisciente de Deus. Faça comigo o que lhe aprouver. Disse o mestre a todos ao seu redor: - Viram por que esse é o meu preferido? Foi o único que sentiu e reconheceu a presença de Deus por mais longe e isolado que estivesse. Essa lição deve servir a todos nós: de Deus ninguém se esconde! E quem pode ser mestre se não reconhece isso! Para finalizar, uma frase que li na tevê e que revela um erro crasso: “A amizade multiplica o lado bom da vida e divide o mal”. Ainda sendo professoral (que é a minha sina eterna): o antônimo de mal é bem e de mau, é bom. Mas nesses nossos dias internetianos quem se importará com isso? Soube que uma alta porcentagem (ou seria percentagem?) de jovens expert nas áreas de computação e tecnologia foram reprovados em... Português! Não sabiam escrever. Isso é fruto da eterna pressa no Face, no MSN, na Web... que eu mesma usei para chegar a todos vocês Foto: Reprodução Internet
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