Anais da Mostra Científica do 3º Salão Nacional de Divulgação Científica

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LENILTON SILVA DA SILVEIRA JUNIOR (ORGANIZADOR)

ANAIS DA MOSTRA NACIONAL DO 3º SALÃO NACIONAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

1ª Edição

Recife Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) 2013


COMISSÃO ORGANIZADORA DA MOSTRA CIENTÍFICA DO 3º SALÃO NACIONAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Coordenador Geral Lenilton Silva da Silveira Júnior Avaliadores de trabalhos Anderson Diego Farias da Silva Cristiano Moraes Junta David Soeiro Barbosa Hercília Melo do Nascimento Pedro Luiz Teixeira de Camargo Roberto Nunes Junior Tamara Naiz da Silva Yuri Nathan da Costa Lannes

COMISSÃO ORGANIZADORA DO 3º SALÃO NACIONAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Coordenadora Geral Hercília Melo do Nascimento Coordenador da Mostra Científica Lenilton Silva da Silveira Coordenadores de Programação Hyllo Nader de Araújo Salles Luana Meneguelli Bonone Coordenador de Comunicação Roberto Nunes Júnior Coordenadores de Estrutura Anderson Nogueira Oliveira Tamara Naiz da Silva


DIRETORIA DA ANPG (GESTÃO 2012-2014) Presidenta Luana Meneguelli Bonone Vice-Presidente Hyllo Nader de Araújo Salles Tesoureira Tamara Naiz da Silva Secretária Geral Jouhanna do Carmo Menegaz Diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação Hercília Melo do Nascimento Diretor de Relações Institucionais Anderson Nogueira Oliveira Diretor de Comunicação Roberto Nunes Junior Vice-Presidente Regional Centro Oeste Fábio Borges da Silva Vice-Presidente Regional Nordeste Anderson Diego Farias da Silva Vice-Presidente Regional Norte Jeniffer Christiane Costa Martins Vice-Presidente Regional São Paulo Marcelo Marigliani Arias Vice-Presidente Regional Sudeste Caio Augusto Souza Lara Vice-Presidente Regional Sul Cristiano Moraes Junta 1º Diretor de Relações Institucionais Juliano Quintella Dantas Rodrigues 2º Diretor de Relações Institucionais Manassés Zuliani Jora Diretor de Políticas Educacionais Lucas Machado dos Santos


Diretor Acadêmico-Científico Lenilton Silva da Silveira Júnior Diretor de Saúde Marcos Vinicius Soares Pedrosa Diretor de Cultura e Eventos Científicos Ana Cristina de Lima Pimentel Diretor de Direitos dos Pós Graduandos Cláudio Luiz de Freitas Diretor de Instituições Estaduais Carolina Santos Barroso de Pinho Diretor de Instituições Públicas Pedro Luiz Teixeira de Camargo Diretor de Instituições Públicas Gabriel Silva Vignoli Muniz Diretor de Lato Sensu David Soeiro Barbosa Diretor de Ensino à Distância Frederiko Luz Silva Diretor de Movimentos Sociais Eduardo Ewerton Sousa Vianna Diretor de Políticas de Emprego Flávio Silveira Diretor de Políticas de Juventude Theófilo Codeço Machado Rodrigues Diretor de Relações Internacionais Maíra Araújo de Oliva Gentil Diretora de Mulheres Francisca Cíntia Eufrásio Diretor de Tecnologias da Informação e da Comunicação Yuri Nathan da Costa Lannes


APRESENTAÇÃO

É com muito apreço que a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), como entidade máxima de representação dos pós-graduandos brasileiros, abre mais uma vez espaço para a divulgação científica, através da terceira edição do seu Salão Nacional. Entendemos como entidade de representação, que a divulgação da ciência é parte de um conjunto de atividades, que pode contribuir na constituição de visões críticas e amplas de ciência aos estudantes, pesquisadores e demais interessados no tema. Como incentivo à leitura, à publicação e ao pensamento crítico, disponibilizamos esta obra a todos os autores que se empenharam para escrever seus resumos e apresentálos à comunidade científica do nosso país, com intuito de contribuir nos debates travados durante a Mostra Científica. Como coordenador da Mostra Científica e diretor Acadêmico-Científico da ANPG, desde já agradeço aos autores e avaliadores desta obra, à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e, com especial estima, à coordenação do 3º Salão Nacional de Divulgação Científica e aos meus caros colegas de entidade. Desejo que as páginas desta obra sejam luz à mente de todos os leitores e inspiração para vasta produtividade científica,

Lenilton Silva da Silveira Júnior Coordenador da Mostra Científica do 3º Salão Nacional de Divulgação Científica Diretor Acadêmico-Científico da ANPG


Eixo: 4.2.1 Inovação de processos e/ou produtos

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ROLE PLAYING GAME (RPG): UM RECURSO PSICODRAMÁTICO SOB ENFOQUE PSICANALÍTICO

Eduardo Ewerton Sousa Vianna1 1

Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Email: eduardoewerton@hotmail.com Eixo: Temático: Inovação de processos e/ou produtos

Introdução: A terapia ocupacional sempre utilizou o recurso lúdico em suas práticas. A profissão cresceu e se expandiu, seus modelos enriqueceram seus métodos e técnicas. Entretanto a sociedade também se modificou. A era da informação alterou várias tradições, entre elas o hábito de contar histórias. Atualmente em nosso país cada vez mais adolescentes se reúnem em grupos criando historias de heróis através do jogo chamado “Dungeons and Dragons”. Considerado um ícone cultural, o jogo já despertou interesse de várias pesquisas. Esta pesquisa teve por objetivo fundamentar a utilização do jogo "Dungeons and Dragons" como um recurso terapêutico no âmbito da saúde mental com os adolescentes. Metodologia: O projeto foi realizado por meio de busca bibliográfica que sustentasse a proposta e discussão teórica enfocando na investigação sobre a Teoria Psicanalítica e a Técnica do Psicodrama psicanalítico no intuito de formular uma proposta metodológica de utilização deste jogo como um recurso terapêutico ocupacional. Resultados e Discussão: O jogo tem elementos para serem utilizados como um recurso terapêutico no âmbito da saúde mental com adolescentes. Conclusão: A proposta se configura como inovação no campo das possibilidades terapêuticas a serem utilizadas nos serviços de saúde metal que atendem adolescentes. Palavras Chaves: Terapia Ocupacional, Saúde Mental, Psicanálise, Psicodrama, Dungeons and Dragons.

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ANÁLISE DE CASOS E APLICAÇÃO INFLUÊNCIA DO DISTENCIONAMENTO EM FERRAMENTAS DE TRABALHO A QUENTE APÓS O PROCESSO DE NITRETAÇÃO

Jardel Jackson de Oliveira Silva(1)

(1) Universidade Católica de Pernambuco, Graduando em Engenharia Química. E-mail: jrdelsilva@yahoo.com.br Eixo Temático: Inovação de processos e/ou produtos

Introdução: Desde a descoberta dos metais pelas civilizações antigas, e o domínio do fogo, ficou evidente que a utilização dos metais seria indispensável para a sobrevivência humana1. A resistência e durabilidade de ferramentas de forjamento a quente depende de uma série de variáveis. Dentre elas podemos destacar com mesmo grau de importância os seguintes fatores: “projeto e geometria da ferramenta, condições de trabalho, como lubrificação, pré-aquecimento, aquecimento e refrigeração do processo”2 o aço utilizado na fabricação da ferramenta, tratamento térmico e termoquímico, podendo esses, ser considerados a etapa mais importante do processo. Este trabalho pretende aumentar o rendimento de uma ferramenta, fabricada em aço especial BÖHLER W360 ISOBLOC HOT WORK, após o acréscimo da operação de distencionamento no final do fluxo de usinagem (entende-se por usinagem os processos convencionais e não convencionais, como eletroerosão a fio e penetração). Existindo grande quantidade de variáveis, as ferramentas foram analisadas e as variáveis operacionais e de processos foram mantidas, dentro dos padrões de tolerância, de forma constante. Podendo-se observar com mais clareza o efeito do distencionemento na vida útil das ferramentas. Metodologia: Este trabalho realizou a mudança do fluxo do tratamento térmico de uma matriz de forjamento acrescentando a operação de alívio de tensões após a operação de eletroerosão, com a intenção de remover as tensões geradas pela operação de eletroerosão, fazendo com que a estrutura cristalina melhor rearranjada melhore a difusão do Nitrogênio na superfície das matrizes, aumentando assim sua resistência ao desgaste. O conjunto é composto de matriz inferior e matriz superior confeccionados em aço especial para trabalho a quente de nome comercial BÖLHER W360 ISOBLOCK. Foi feito o acompanhamento de 16 ferramentas de 1

DIETER, G. E. Metalurgia Mecânica. 2ª edição, 653 p. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Dois, 1981

2

CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. 6ª edição, 576 p. São Paulo. Publicação da Associação Brasileira de

Materiais, 1988.

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trabalho a quente na linha de produção, tentando reproduzir ao máximo a condição real de trabalho para todas as ferramentas. Sendo que para esse estudo foi analisado exclusivamente as matrizes inferiores. As matrizes foram aplicadas em presas hidráulicas de 800 toneladas, e foram utilizadas até a apresentarem trincas. Foi fixado como item de controle as variáveis: temperatura de forjamento, temperatura da ferramenta, velocidade do billet, tonelada do forjamento e concentração de grafite no desmoldante. Para análise de microestrutura foi utilizado microscópio ótico NIKON EPIPHOT 200, e para análise de camada nitretada e dureza do núcleo microdurômetro Shimadzu HMV- 2T E. Resultados e Discussões: A partir das análises dos dados obtidos com a utilização de 15 das 16 ferramentas de teste confeccionadas. Onde iremos analisar: dureza e microdureza, análise microestrutural, camada difundida de Nitrogênio e vida útil das ferramentas. Foram medidas dureza e microdureza em todas as ferramentas após a operação de tempera, após a operação de nitretação e após sua utilização no processo de forjamento. Foi observado que as matrizes que passaram pelo distencionamento sofreram uma pequena perda de dureza, assim como já era esperado as matrizes nitretadas apresentaram durezas mais altas que as matrizes só temperadas, assim como após o forjamento apresentaram durezas mais baixas visto que foram expostas a altas temperaturas dos billet´s. Comparando veremos que existe uma diferença no percentual de austenita retida das amostras sem o processo de alívio de tensões e com o processo de alívio de tensões, só com a microscopia ótica não é possível quantificar a austenita retida. A camada difundida mostra-se mais homogênea nas matrizes distencionadas sem a presença de nitretos. As ferramentas que passaram pelo processo de distencionamento diferente das que não foram submetidas ao processo não apresentaram trincas nos raios, porém apresentaram desgaste característico de abrasão. Conclusões: Com esse trabalho procurou-se verificar a interferência da operação de alívio de tensões, após a operação de eletroerosão na difusão de nitrogênio em matrizes de aço para forjamento a quente, na perspectiva de se obter um aumento de vida útil das ferramentas. O custo de confecção de ferramentas para forjamento a quente é bem elevado e seu desgaste ou quebra prematura onera muito o custo final da operação de forjar. O retorno obtido com a melhoria foi considerável, dando um aumento de produtividade significativo em relação aos números anteriores da aplicação da operação de alívio de tensões. A camada difundida mostrou-se bem mais uniforme, dado que a estrutura cristalina do aço apresentou-se bem mais reorganizada facilitando a difusão, tendo em vista que os tempos de operação foram mantidos, a camada apresentou durezas e profundidades maiores que as matrizes não distencionadas. Ficou claro que o processo de alívio de tensões tem interferência direta no processo de tratamento termoquímico de nitretação. A vida útil das matrizes teve um aumento médio de 40%

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comparados com os resultados existentes. Nos casos analisados o processos mostrou-se estável e viável, os estudos estão sendo aprofundados para possíveis melhorias. Apoio: Musashi do Brasil Ltda., Universidade Católica de Pernambuco Palavras-chave: Forjamento, nitretação, tratamento térmico, matrizes, distencionamento

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EFEITO DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA ASSOCIADA À FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO MOTORA DE PACIENTES COM PARKINSON Maíra Carneiro(1), Déborah Marques(1), Adriana Baltar (2), Kátia Monte-Silva(3) (1) Mestranda em Fisioterapia na Universidade Federal de Pernambuco (2) Mestranda em Neurociências na Universidade Federal de Pernambuco (3) Professora do Departamento de Fisioterapia – Universidade Federal de Pernambuco e-mail: monte.silvakk@gmail.com Eixo temático: Inovação de processos e/ou produtos Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma desordem que atinge 1% da população mundial acima dos 65 anos e se caracteriza por apresentar um caráter degenerativo, crônico e idiopático do sistema nervoso central (SNC). A sintomatologia motora da DP compreende bradicinesia, rigidez muscular, tremor de repouso e instabilidade postural. Os sintomas motores são tratados, principalmente, com drogas e o uso prolongado destas as tornam limitadas devido aos efeitos adversos, como discinesias e flutuações motoras, que ocorrem em 20 a 45% dos pacientes após cinco anos. Outra proposta terapêutica, a cirurgia, também apresenta desvantagem como o risco de infecção. Na última década, diferentes estratégias terapêuticas não invasivas baseadas nas mudanças plásticas do SNC vêm sendo empregadas como coadjuvantes a fim de maximizar os efeitos da fisioterapia em distúrbios neurológicos. Neste contexto, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem demonstrado resultados promissores na reabilitação de indivíduos com DP. O propósito deste estudo foi investigar através de um ensaio clínico, sham-controlado, randomizado e duplo-cego, a influência da ETCC sobre os efeitos da fisioterapia na destreza manual e na qualidade de vida de pacientes com DP.

Metodologia: Após a triagem, 10 pacientes foram randomizados em dois grupos: (i) experimental (GE), submetido a sessões de fisioterapia e de ETCC anódica (1mA, córtex motor primário); e (ii) controle (GC), submetido à sessões de fisioterapia e de ETCC sham. Cada sessão consistia de duas estimulações de 13 minutos cada com 20 minutos de intervalo e 30 minutos de fisioterapia (exercícios de flexibilidade, força, coordenação, equilíbrio e treino de marcha), sendo realizadas 3 vezes na semana. Antes e após 10 sessões terapêuticas, os pacientes foram submetidos às seguintes medidas: Jebsen Taylor Test (JTT), usado para analisar a destreza manual dos pacientes e Parkinson’s Disease Quality of Life (PDQL), aplicada para avaliar sua qualidade de vida. Para análise dos dados, após checar a normalidade com o teste de Kolmogorov-Smirnov, a análise intra-grupos foi realizada através do teste de Wilcoxon e para análise comparativa entre os grupos foi utilizado o teste Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de p< 0,05.

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Resultados e discussão: Com relação à destreza manual, das 6 tarefas avaliadas no JTT, quando comparado com a avaliação, os pacientes do GE obtiveram redução do tempo necessário para sua execução em 5 delas, enquanto no GC em apenas 3 tarefas o tempo reduziu. No entanto, nenhuma diferença significativa (p>0,05) foi encontrada. Apesar de não ter sido confirmada pela

estatística, a redução do tempo para a execução das tarefas, sugere incremento do desempenho motor ao associar a ETCC com fisioterapia. O tempo de execução de tarefas motoras é comprometido em pacientes com DP devido à bradicinesia que parece estar associada à diminuição da atividade do córtex motor, assim, o aumento da atividade cortical causado pela ETCC justificaria a queda do tempo total no JTT no GE. O aumento do número de indivíduos poderá confirmar estatisticamente os resultados. Quanto ao PDQL, os resultados mostram discreta melhora, porém, não foi encontrada diferença significante na comparação intra-grupo. Na qualidade de vida, a ausência de resultados positivos nos grupos pode ser atribuída ao curto período de tratamento. Como a qualidade de vida envolve aspectos complexos como funções sociais, sistêmicas e emocionais, é provável que em pacientes com DP, um tratamento mais duradouro seja necessário para repercutir nestas funções. Conclusão: Os nossos resultados sugerem que a estratégia de facilitação da plasticidade cortical como o uso da ETCC pode incrementar os efeitos terapêuticos do programa de reabilitação, melhorando a destreza manual, o que poderá retardar o agravamento da doença e diminuir as possíveis complicações, desta forma, reduzindo também os custos com a reabilitação. Apoio: Fundação de amparo a ciência e tecnologia do estado de Pernambuco (FACEPE) Palavras chave: Parkinson, reabilitação, estimulação transcraniana.

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INTERDISCIPLINARIDADE: O QUE PENSAM OS DOCENTES DE ENFERMAGEM

Juliana Cristina Almeida Barata de Morais(1); Leidiane Francis de Araújo Costa(2) ; Natalia Benedito de Oliveira(3); Raul Amaral de Araújo(4); Carlos Alberto Domingues do Nascimento(5)

(1). Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças da Universidade de Pernambuco (FENSG)/PE); (2). Enfermeira pela FENSG/UPE. Mestranda do Programa de Pós-Graduação

em

Enfermagem

da

Universidade

Federal

de

Pernambuco

(PPGENFERMAGEM/UFPE); (3). Enfermeira pela FENSG/UPE. Professora Auxiliar da FENSG/UPE; (4). Enfermeiro da UFPE. Mestrando do PPGENFERMAGEM/UFPE; (5). Psicólogo, Doutor em Lingüística, Professor Adjunto da FENSG/UPE. E-mail: raul.amaral@ufpe.br.

Eixo Temático: Inovação de processos e/ou produtos

Introdução: A interdisciplinaridade é o elo que possibilita o estabelecimento de inúmeras relações entre as disciplinas e destas com a realidade. Para discutir o papel e a importância do trabalho interdisciplinar, é preciso pensar a organização do ensino, pois a forma como o conhecimento é adquirido, refletido e organizado dentro da matriz curricular retrata a própria concepção da aprendizagem. Neste contexto, a interdisciplinaridade surge na educação não como uma nova proposta pedagógica, mas como uma “aspiração” emergente entre os professores. Apresenta-se, então, como o exercício de algo que se faz entre um objeto voluntarista e, ao mesmo tempo, como algo que na própria dinâmica da constituição do conhecimento, acontece, quer queiramos ou não. No âmbito da Enfermagem a interdisciplinaridade é colocada como exigência interna. O conhecimento e a prática da enfermagem é necessariamente interdisciplinar, uma vez que seu objeto de trabalho envolve relações sociais, expressões emocionais e afetivas e a biologia, traduzida nas condições e razões sócio-históricas e culturais das pessoas e grupos. O presente estudo objetivou descrever o conhecimento dos docentes de enfermagem sobre a interdisciplinaridade enquanto proposta pedagógica.

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Metodologia: Esta pesquisa é uma análise de natureza descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado com docentes de uma Unidade de Ensino Superior (IES) do Curso de Enfermagem, localizado na cidade do Recife/PE. A investigação envolveu 12 docentes, incluindo-se docentes em exercício pleno da docência, excluindo-se os que exercessem cargos de direção ou administração. Os

dados

foram

organizados e analisados segundo o método do Discurso do Sujeito Coletivo. A pesquisa foi previamente submetida à avaliação pelo Comitê de Ética da Universidade de Pernambuco, o qual deu parecer favorável a sua execução através do registro 109/08. Todos os sujeitos autorizaram explicitamente sua participação e a divulgação científica, resguardada a identidade dos mesmos, mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e Discussão: O ensino da Enfermagem, como nos diversos cursos da área de saúde, foi subordinado ao paradigma cartesiano, assumindo uma perspectiva fragmentadora do processo de saúde, doença e morte, sustentando-se numa abordagem técnica e biologicista. Os participantes do estudo, ao definirem a disciplinaridade, demonstram a percepção desta abordagem fragmentada do conhecimento. Ressaltam, também, que tal fragmentação concorre para construção de um saber estático e modular, uma vez que os diversos conteúdos, abordados isoladamente, não se intercomunicam. Contrapondo-se a disciplinaridade, tem-se a interdisciplinaridade, que pressupõe um novo paradigma, denominado de paradigma emergente ou o paradigma da complexidade, no qual o preceito

da

análise

(disciplinaridade)

é

substituído

pelo

preceito

da

integração

(interdisciplinaridade). O conceito de interdisciplinaridade, na percepção dos docentes de Enfermagem, é enfaticamente percebido segundo a característica da integração. Esses docentes apontam à necessidade de uma formação na qual o conteúdo seja construído segundo a definição de eixos comuns que favoreçam sua inter-relação.

Conclusão: Observou-se que os docentes sabem diferenciar os conceitos de disciplinaridade e interdisciplinaridade, têm ciência do papel integrador do conhecimento e a necessidade de uma formação ampla que se afaste daquela estritamente especialista. Para tanto, entendem que introduzir a interdisciplinaridade como proposta pedagógica exige uma sensibilização individual e coletiva, devendo-se considerar o resgate de conhecimentos prévios de cada discente. Todavia, demonstram a clareza de que esta não é uma ação individual, mas que deve refletir a construção de uma proposta pedagógica condizente com tal perspectiva, ou seja, que deve está transversal e horizontalmente presente no currículo.

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A enfermagem advoga uma nova forma de conhecimento e prática na sua formação. Para tanto, está sempre reconstruindo suas teorias e modelos de intervenção, na busca de uma visão holística e integradora que possa abarcar o ser humano em sua totalidade, não dicotomizando os saberes que tangem a formação do profissional e garantindo uma melhoria na qualidade assistencial. Desta forma, parece que tem em seu objetivo a busca da interdisciplinaridade. O estudo mostra que os docentes têm consciência desta busca, mas, ao mesmo tempo, necessitam de um conjunto de ações que viabilizem tal perspectiva.

Palavras-chaves: Educação Superior, Educação em Enfermagem, Enfermagem.

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INTERAÇÕES DE TROCA NA INTERFACE FM/AFM DE NANOCOMPÓSITOS OBTIDOS POR MECANOSSÍNTESE Lenine Campos Miranda (1); Eduardo Padron Hernandez (2) (1).Doutorando em Ciência de Materiais – UFPE; (2). Doutor em Física – UFPE. E-mail: leninemiranda@gmail.com Eixo Temático: Inovação de processos e/ou produtos Introdução: Este trabalho apresenta um estudo da relação entre as propriedades magnéticas e microestruturais

em

nanocompósitos

de

Ni/MnO,

Ni/CoO,

Co/MnO,

Co/CoO

e

(Fe50/Co50)x/(MnO)1-x. O objetivo principal é compreender como o acoplamento na interface FM/AFM se manifesta na resposta magnética destes materiais a um campo aplicado. A preparação das amostras foi realizada utilizando síntese mecanoquímica por meio de um moinho de bolas de alta energia do tipo planetário. O efeito da diminuição do tamanho de cristalitos leva a grandes variações das propriedades magnéticas do material [1], especificamente têm se observado mudanças no campo coercivo (HC), na magnetização remanente (MR) e na magnetização de saturação (MS). A diminuição do tamanho de cristalitos com o decorrer da moagem intensifica os efeitos que dependem da razão superfície-volume do material. Metodologia: A caracterização foi feita fundamentalmente por difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e magnetometria de amostra vibrante (VSM). Analisando os picos de DRX das amostras estudadas, observou-se uma diminuição no diâmetro médio das partículas com o aumento do tempo de moagem. As análises por MEV mostram aglomerados de partículas multiformes de tamanho micrométrico. Juntando os resultados obtidos por DRX e MEV, pode-se concluir então que existem aglomerados micrométricos de nanocristais das fases correspondentes a cada amostra. As medidas magnéticas revelam um forte acoplamento entre as fases presentes nos nanocompósitos obtidos, mostrando mais uma vez que a mecanosíntese (MS) é uma técnica eficiente para este tipo de finalidade. Resultados e Discussão: As amostras com CoO apresentaram variações significativas nas medidas do momento magnético em função da temperatura quando estudadas próximo da temperatura ambiente. Este fato se deve porque o óxido de cobalto se torna antiferromagnético abaixo de TN(CoO) = 291 K. Um estudo semelhante foi realizado em baixas temperaturas nos compósitos contendo MnO e verificou-se também nestas amostras, variações da magnetização perto de TN(MnO) = 117,5 K, mostrando a existência do forte acoplamento FM/AFM entre as fases dos

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nanocompósitos. Os altos valores de HC podem ser atribuídos ao acoplamento FM/AFM, que impõe uma barreira energética junto ao termo magnetocristalino. Medidas de M vs T foram realizadas para diferentes valores de campo aplicado e verificou-se um salto no momento da amostra perto da temperatura de Néel do antiferromagnético. Conclusão: A técnica de mecanosíntese pode ser utilizada para formação de compósitos em escala nanométrica com aglomerados de cristais em escala micrométrica o já foi visto em pesquisas anteriores, o que nos deixou confiante para uso da técnica com os objetivos específicos dessa dissertação. O compósito FeCo/MnO se mostra a mais estável na MS, nas condições do trabalho de 300rpm, razão 1:1, etc., para os precursores Fe+Co+Mn e Fe+Co+MnO, não sendo o esperado já que o Fe tenderia a se oxidar no lugar do Mn e não formar uma liga com o Co. Com o tempo de moagem, observamos alteração das propriedades magnéticas em função do tempo de moagem e alteração das propriedades em função da porcentagem de FeCo, ou seja diminuição do tamanho final do cristalito para a fase MnO com aumento da proporção de FeCo no compósito com o mesmo, mas não houve comprometimento da diminuição do tamanho de cristalito da fase FeCo na variação de percentagem em peso do mesmo na composição com MnO. Magneticamente, o Hc aumenta para amostras de FeCo / MnO após moagem comparado com sem moer devido a diminuição do tamanho de partícula e conseqüentemente ao aumento da energia de superfície. Para T < TN do MnO há mudança no Hc devido ao acoplamento FM/AFM. Para Ni/MnO, Ni/CoO e CoMnO há uma diminuição da MS podendo ser explicado por um acoplamento fraco nas respectivas configurações e para Co/CoO, há um aumento da MS , podendo ser explicado por um acoplamento forte dos átomos da superfície entre Co e seu próprio óxido. Apoio: CNPq Palavras-chave: Magnetismo, nanopartículas, compósitos, acoplamento, mecanossíntese.

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Eixo: 4.2.2 Políticas e ações de fomento à inovação

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: UMA ANÁLISE DO PRÊMIO FINEP DE INOVAÇÃO Erica da Cruz Novaes Gonçalves Dias

(1)

Julio Francisco Blumetti Facó

(2)

(1) Mestranda do programa de Ciências Humanas e Sociais na UFABC (2) Prof. Dr. de PósGraduação do programa de Ciências Humanas e Sociais na UFABC Email: ericacngdias@gmail.com; julio.faco@ufabc.edu.br

Eixo temático: Políticas e ações de fomento à inovação

Introdução: A inovação é considerada como primordial no desenvolvimento econômico dos países. Todavia, como um processo dinâmico e essencial às organizações de toda natureza, cada vez mais esta temática tem sido envolvida por questões ligadas à sustentabilidade. Emergindo dessa maneira a inovação sustentável, que considera um tripé de direcionadores social, ambiental e econômico nas atividades de desenvolvimento de produtos, serviços e processos. Tal iniciativa também vem ganhando cada vez mais espaço no estabelecimento de diretrizes norteadoras na esfera pública, manifestando-se particularmente em políticas federais de estímulo à inovação e ao desenvolvimento sustentável. A partir deste arcabouço situacional as pequenas e médias empresas estão sendo inseridas pelas políticas públicas de forma a tentar oferecer a elas os benefícios fiscais ou subvenções até pouco tempo disponíveis apenas às empresas de grande porte atuantes no Brasil. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi identificar de que forma esses incentivos estão sendo empregados pelo governo, e quais as características das empresas beneficiadas por tais iniciativas, bem como a caracterização de que setores têm sido foco de atenção destas políticas públicas. Isto, tendo em vista a grande importância econômica que as médias e pequenas empresas têm para o país e, portanto, o possível impacto que podem ter no desenvolvimento econômico sustentável almejado pelas políticas implantadas no país. Para tanto, foram identificadas e estudadas as empresas de médio e pequeno porte ganhadoras de um dos principais prêmios de incentivo à inovação no país atualmente: o “Prêmio FINEP de Inovação”, do período de 2008 a 2012.

Metodologia: Foi realizada uma análise de casos múltiplos a partir de uma amostra de empresas ganhadoras do “Prêmio FINEP de Inovação”, no período de 2008 a 2012, de pequeno e médio porte. Foram identificados, mapeados e levantados dados relacionados à natureza de atuação de cada empresa, bem como aos tipos e especificidades de inovações objeto de prêmio além de dados demográficos acerca de porte, atuação, localização destas empresas. A pesquisa procurou identificar também se as empresas desenvolvem parcerias ou possuem vínculos de

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cooperação com instituições de pesquisas ou fomento à inovação para desenvolvimento de suas novidades, observando também de que forma trabalham com a questão da sustentabilidade nos processos de desenvolvimento de inovação sustentável.

Resultados e discussão: Os dados levantados permitiram evidenciar elementos presentes nas ações governamentais de políticas públicas de fomento à inovação nas pequenas e médias empresas, bem como possibilitou identificar aspectos comuns entre as empresas ganhadoras do prêmio. Primeiramente, foi possível identificar que, dentre as empresas pesquisadas, a grande maioria possui algum tipo de cooperação com instituições de pesquisa e/ou ensino. Fato bastante incomum na esfera das pequenas e médias empresas típicas no país e que pode representar uma maior necessidade de ações e políticas públicas voltadas para este fim, objetivando desenvolvimento de processos de inovações cooperativos ou mesmo intercâmbio de profissionais com maior qualificação para compor sua força de trabalho. Sobre os setores a que pertencem, todas as empresas da amostra são atuantes de áreas consideradas como estratégicas pelas políticas de incentivos à inovação sustentável. As empresas analisadas pertencem aos setores de Tecnologia da Informação, Saúde, Energia, Biotecnologia, Espaço e Defesa e Comunicação estando alinhadas com a proposta de políticas públicas em setores-chave identificados no Livro Azul, publicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no ano de 2011.

Conclusão: As pequenas e médias empresas, por um longo período não contempladas por ações governamentais de incentivo às inovações sustentáveis, vêm ganhando aos poucos uma maior participação na aplicação de políticas públicas e ações setoriais. Um exemplo disso é a própria FINEP que oferece estímulo à inovação, em nível nacional, às pequenas e médias empresas por meio de ações alinhadas com iniciativas governamentais como as tratadas no Livro Azul do MCTI. No trabalho foram analisados dados acerca das empresas ganhadoras deste prêmio e foi possível identificar diretrizes de estímulo ao desenvolvimento de inovações sustentáveis nas pequenas e médias empresas. Além disso, as empresas analisadas possuem características que lhes são comuns, em sua maioria, como: ligação com instituições de ensino e/ou pesquisa, o fato de estarem localizadas (ou possuírem matriz) no eixo sul-sudeste do país além de considerarem a sustentabilidade no processo de desenvolvimento inovador. Não obstante, tais resultados demonstram que ainda há espaço para refinamentos e surgimento de novas ações e políticas no sentido de amplificar a atuação destas iniciativas de inovação para um maior número de empresas nos setores pesquisados. Palavras-chave: Inovação, inovação sustentável, políticas públicas, pequenas e médias empresas, FINEP

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RETROSPECTIVA DAS TRÊS EDIÇÕES DO PRÊMIO INOVAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL 2

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Camylla Portela de Araujo ; Nicole Isabel dos Reis ; Paola Matos da Hora E-mail: paola.hora@inep.gov.br

Eixo Temático: Políticas e ações de fomento à inovação

Introdução: O objetivo deste trabalho é apresentar o Prêmio Inovação em Gestão Educacional. Este identifica projetos em gestão municipal do Laboratório de Experiências Inovadoras em Gestão Educacional, criado em 2006, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).O Prêmio visa incentivar o desenvolvimento de experiências inovadoras em Gestão Educacional municipal que contribuam para o alcance dos objetivos e metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e do Compromisso Todos pela Educação e mobilizar os municípios a fim de as tornar públicas; reconhecer e premiar os coordenadores e os dirigentes municipais de Educação por suas iniciativas inovadoras e resultados alcançados;prospectar experiências inovadoras em Gestão Educacional que apresentem resultados positivos e divulgá-las no Banco de Experiências em Gestão do Laboratório.Foram realizadas três edições do Prêmio, que ocorreram nos anos de 2006, 2008 e 2011. Metodologia: O Prêmio Inovação em Gestão Educacional (instituído pela Portaria Ministerial nº 2, de 17 de maio de 2006) ocorre a cada dois anos, mediante publicações de portarias, que regulamentam sua realização. As experiências são classificadas em quatro áreas temáticas que abrangem as 28 diretrizes do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. São elas: gestão pedagógica, gestão de pessoas, planejamento e gestão, avaliações e resultados educacionais. O foco das experiências são a aprendizagem e os resultados concretos. Os critérios de participação exigem que a experiência esteja em vigência, resultados concretos disponíveis, e no mínimo, 18 meses de implementação até a data do término das inscrições. Os participantes deste processo de seleção são os órgãos gestores da educação municipal. A seleção das

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Mestre em Educação pela Universidade de Brasília. Pesquisadora-Tecnologista em informações e avaliações educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio T eixeira (Inep). 3

Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pesquisadora-Tecnologista em informações e avaliações educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) 4 Mestre em Educação pela Universidade de Brasília. Pesquisadora-Tecnologista em informações e avaliações educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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experiências é constituída por quatro etapas: recebimento e triagem das experiências; seleção, pela Comissão Julgadora, de até vinte experiências inovadoras destacadas pela avaliação in loco; visita in loco destes municípios, por consultores; seleção e premiação de dez experiências. Resultados e Discussão: O Prêmio Inovação em Gestão Educacional premiou e divulgou experiências inovadoras no campo da gestão educacional em diversos contextos das cinco regiões brasileiras. Atualmente, encontra-se em processo contínuo de aprimoramento da qualidade dos instrumentos de inscrição, de pontuação (avaliação da comissão julgadora) e de avaliação in loco das experiências. Houve a ampliação do conceito de inovação, associando-o não apenas a algo inédito, mas a um conjunto de boas práticas com efeito multiplicador em favor do êxito escolar. O Prêmio também pretende contribuir para a solução de problemas e desafios da educação básica.

Entretanto, até o presente momento, não foram implementados mecanismos de

monitoramento da continuidade das ações, nem realizou um estudo de associação entre o contexto educacional e o desempenho escolar dos alunos, desafios que se fazem presentes na sua continuidade. Conclusão: O Prêmio Inovação em Gestão Educacional demonstrou que há entre os gestores municipais uma grande diversidade de projetos e ideias. A partir da realidade educacional de cada município, a rede traça estratégias para subsidiar os problemas detectados. Assim, as intervenções são fatores positivos, todavia ainda não foi mensurado o impacto das ações e nem definido quais fatores tornam uma iniciativa mais bem-sucedida que as outras. Uma etapa necessária, e que passa a ser pensada agora, seria a reflexão sobre a associação do contexto educacional e os fatores socioeconômicos, culturais, estatísticos. Dessa maneira, o Banco de Experiências, derivado do Prêmio, poderia ser usado como um multiplicador de conhecimentos para outras localidades. Apoio: Desde 2006, vem sendo realizado pela parceria entre o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Secretaria de Educação Básica (SEB), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e

a Cultura (UNESCO). Palavras-chave: Gestão Educacional, Prêmio Inovação, experiência.

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POLÍTICA EDUCACIONAL PARA O ESTADO DE ALAGOAS: PARCERIAS E DISCURSOS EM QUESTÃO Luciano Henrique da Silva Amorim Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL E-mail: amorim.ped@hotmail.com

Eixo Temático: Políticas e ações de fomento à inovação

Introdução: O Estado de Alagoas sempre foi conhecido nacionalmente pelos dados socioeconômicos abaixo do IDH brasileiro, e pelos contrastes principalmente no campo educacional, exibindo sempre um déficit na promoção da educação em todos os níveis ao longo dos anos, principalmente por não possuir uma política construída, discutida e fundamentada dentro do ambiente teórico requerido, deixando a desejar na tarefa da oferta de uma educação de qualidade no âmbito estadual. Através dos governos e seu histórico na tentativa de construção de projetos no campo da educação, os resultados nunca alcançaram seus verdadeiros objetivos e metas. Portanto, a partir de uma iniciativa e construção coletiva na forma de parceria, o governo de Teotônio Vilela elaborou juntamente com a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE/AL), o Ministério da Educação (MEC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) um programa denominado “Geração Saber” que visava à resolução dos problemas tanto na área de ensino/aprendizagem bem como os problemas sociais em que os alunos estavam inseridos, trazendo consigo um discurso e projeto salvacionista. Assim, o Programa Geração Saber tornou-se o paradigma da educação em Alagoas, sendo constituído por cinco grandes eixos e vinte oito ações. Neste trabalho, o foco se dará nas parcerias e discursos apresentados pelo governo do Estado, bem como nos documentos basilares que norteiam o eixo um, que discorre sobre “Política Educacional para Alagoas”, onde são apresentadas as parcerias promovidas através desse programa, com órgãos públicos e privados, para suster e oferecer a educação em Alagoas.

Metodologia: O trabalho foi desenvolvido através de análises dos documentos (eixos) do Programa Geração Saber. Fazendo uma leitura e revisão bibliográfica dos cinco eixos e de suas vinte e oito ações, foi realizada uma busca nos documentos utilizando a palavra-chave “parceria”, o qual foi organizado um documento com todas as citações onde apareciam as parcerias desenvolvidas entre o Estado, o programa Geração Saber e os órgãos a serem contratados (públicos e

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privados), além das organizações do denominado Terceiro Setor. Além da análise dos documentos, dentro do Grupo de Pesquisa sobre Trabalho, Estado, Sociedade e Educação (GP-TESE-UFAL), foram realizadas reuniões e debates sobre a temática das parcerias, o papel do Estado, políticas públicas e educacionais, bem como a interferência de organismos internacionais. Por fim, foi realizado um levantamento de artigos, periódicos e livros sobre as temáticas que envolviam a pesquisa, os quais foram fichados e revisados, podendo assim contribuir para uma análise teórica sobre o respectivo tema. Assim, foi redigido um relatório, do qual com suas análises, foi possível construir o presente trabalho. Resultados e Discussão: O Programa Geração Saber se corporifica em uma política educacional para o Estado de Alagoas. Não apenas o eixo um que aborda sobre a temática, mas o programa como um todo, que indica e exibe em seus documentos e nos discursos dos governantes, em especifico o governador e o secretário de educação de Alagoas, a apresentação de que o Estado é deficiente, enfatizando a participação da sociedade civil organizada como responsável e construtora do processo político de organização e de oferta da educação. Identifica-se a interferência em âmbito estadual e nacional de organismos multilaterais (PNUD, Banco Mundial) na organização educacional de Alagoas, enfatizo que a construção do programa educacional “pedagógico” foi realizada por técnicos desses organismos internacionais. A inserção da PARCERIA, como redentora da educação no Estado de Alagoas, afirma-se como uma categoria estruturante do Programa Geração Saber e da política educacional para o estado. Portanto, para o estado de Alagoas, a educação não acontece sem a idealização das parcerias com órgãos diversos (públicos, privados e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público -OSCIP), sendo que a noção de parceria está presente em todos os eixos estruturantes do Programa Geração Saber,

e surge posteriormente como política

desenvolvimentista para Alagoas, através do macroprograma “Alagoas Tem Pressa”, que torna os programas de todas as secretarias do estado em pequenas ações, tendo por base a parceria como realizadora de ações para o estado, bem como sucateando e excluindo a discussão sobre a educação como um fator de relevância para o estado e a sociedade, propagando um discurso neoliberal, e efetivando através desses programas, a implantação da política da Terceira Via. Considerações Finais: A parceria, objeto alvo da pesquisa e categoria estruturante do programa Geração Saber que dá subsídios e sustenta a política educacional em Alagoas, parece ser indicada como a principal estratégia para que as mudanças educacionais ocorram, tornando-se um elemento essencial da política educacional alagoana, desde a organização da gestão, até o uso das TIC‟s. O Programa Geração Saber e as parcerias que ele desenvolve principalmente no que tange a política educacional mostra-nos o quanto a educação está longe de ser uma prioridade para o Estado, apesar do discurso de valorização presente na mídia preparada pelo governo,

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servindo para mascarar uma realidade social e que envolve as diretrizes construtivas de programas eficazes, e que cumpram o princípio básico da LDB 9394/96, que é ofertar um ensino público, gratuito e de qualidade, além de demostrar a ineficácia do aparelho do Estado e da crise financeira e política mundial que o envolve. Apoio: FAPEAL Palavras-chave: Parceria, Políticas Educacionais, Programa Geração Saber.

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Eixo: 4.2.3 Experiências exitosas em inovação

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AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO FÍSICO E MENTAL A PARTIR DO ESTUDO NEUROPSICOLÓGICO DO SONO EXCESSIVO EM ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO

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Rodolfo de Melo Valois Soares de Aguiar , Eduardo Henrique da Silva , Leandro Paes Barreto Silveira(3), Gabriel Cezar Carneiro dos Santos (4), Thiago Vasconcellos Modenesi(5), Erick Francisco Quintas Conde(6)

(1) Graduando em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2) Estudante de Edificações pela Instituição ETSAF (3) Graduando em Publicidade e Propaganda pela Universidade Maurício de Nassau (4) Graduando em Matemática pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (5) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (6) Professor Adjunto no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

E-mail: rodolfo-valois@hotmail.com Eixo Temático: Experiências exitosas em inovação

INTRODUÇÃO : O sono é um estado de imobilidade parcial durante o qual estamos parcialmente “desconectados” do ambiente que nos rodeia. Durante o sono são executados e desenvolvidos vários processos biológicos, que no seu conjunto são essenciais à sobrevivência. No sono o cérebro está ativo e irá oscilar entre três modos de funcionamento: o sono lento, o sono paradoxal e a vigília. O sono é uma viagem. O cérebro funciona como um motor com três tempos: vigília, sono lento, sono paradoxal, e vai alternando estes fases, com regularidade, em episódios

sucessivos

que

duram

cerca

de

90

minutos,

os

ciclos.

Em cada noite fazemos cerca de cinco ciclos de sono, com uma duração média de 60 minutos.Com relação ao sono, têm-se alguns problemas se não o for executado corretamente, como o excesso dele. Dormir demais pode acarretar sérios riscos tanto na saúde como no aprendizado. Na saúde, uma futura diabete e problemas cardíacos. No aprendizado, problemas em filtrar informações e mau estímulo cerebral. O estudo da sonolência excessiva (SE), seus métodos de avaliação aplicados a jovens estudantes e as intervenções por meio de experimentos científicos foram tema dessa pesquisa com o propósito de desenvolver uma solução tecnológica que promova uma melhor adaptação do estudante ao sono correto e saudável a vida escolar e, consequentemente, apresentando resultados mais significativos no dia a dia.

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METODOLOGIA: Para uma maior comprovação do problema foi elaborado um levantamento sobre dois importantes instrumentos da avaliação do sono, suas traduções, adaptações culturais e validação para a língua portuguesa: Escala de sonolência de Epworth e o Índice da qualidade de sono de Pittsburgh. Os mesmos foram aplicados com 30 estudantes, entre eles alunos do ensino fundamental II e médio, avaliação do rendimento escolar através de exercícios matemáticos e uma redação, aplicadas após uma noite de sono dormida “corretamente”, ou seja, 8 horas de sono e os mesmos testes após uma noite de sono irregular, além do teste experimental de Recordação Livre, utilizado com pacientes para medir a capacidade de memorização do indivíduo até chegarmos a um resultado concreto em relação ao tempo de sono dormido pelos alunos. O presente estudo respeitou os princípios éticos para pesquisas com seres humanos estabelecidos na declaração de Helsinque em sua última revisão (10/2008) e da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (1996). Todos participantes foram orientados sobre os objetivos, riscos e benefícios do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo) sobre sua participação na pesquisa e sobre a utilização dos dados em artigos científicos. RESULTADOS E DISCUSSÕES Análise estatística: Utilizamos o teste de correlação de Pearson para estudar possíveis correlações entre os escores obtidos na escala de sonolência de Epworth (ESS-Br), instrumento que obteve validade e consistência interna para avaliação da sonolência em território brasileiro, com o escore de um teste clássico para estudo da memória, conhecido como teste da livre recordação (Bertolazi et al., 200). Resultados: O coeficiente de Pearson indicou uma forte correlação negativa entre o escore obtido na ESS-Br com o teste da livre recordação (r= -0,74). Em outras palavras, os resultados demonstraram que, quanto maior a sonolência, menor a capacidade de memorização do sujeito. CONCLUSÃO: A partir da coleta de dados e da análise dos resultados dos questionários de avaliação da qualidade do sono (Epworth e Pittsburgh), junto aos testes experimentais com o grupo de estudantes do ensino médio, podemos concluir que o sono excessivo pode sim comprometer o rendimento escolar. Além do estudante não ter um bom desempenho causado pela irritação do cérebro, que manda como resposta ao corpo a fadiga, falta de concentração e memorização (analisada a partir do experimento de Recordação Livre), interferindo negativamente no aprendizado do estudante. Dormir em excesso, mesmo que de vez em quando, faz tão mal para a saúde quanto dormir pouco. De acordo com estudos, se a pessoa dorme menos ou mais que o tempo necessário para o corpo descansar, o cérebro passa a não executar bem as suas funções de forma a prejudicar o desempenho em diferentes tipos atividades. E como complemento de pesquisa, com o propósito de desenvolver uma solução tecnológica que

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promova uma melhor adaptação do estudante ao sono correto e saudável a vida escolar foi idealizado e elaborado o Waking To Life, software para dispositivos móveis de sistema operacional Windows Phone, que auxilia os estudantes a regularem seu tempo de sono, além de aprenderem diariamente sobre a sonolência excessiva e seus perigos a saúde e rendimento dentro da escola através de um quiz. Palavras-chave: Estudantes, sono excessivo, instrumentos de avaliação.

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USO DO MATERIAL DIDÁTICO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DE CARAUARU-PE Severino Antonio da Silva Junior¹; Kleber Bráulio da Silva Nascimento² ¹Faculdade ASCES-Caruaru-PE ² ; Faculdade ASCES-Caruaru-PE Email: severinojunior1@gmail.com

Eixo Temático: Experiências exitosas em inovação Apresentação: Na disciplina de educação física o uso do livro didático é quase inexistente por uma questão cultural de não materializar os conteúdos próprios da educação física em formato de livro como as demais disciplinas no ambiente escolar, o material didático nas aulas da educação física é uma iniciativa para mudar esse panorama e modificarmos nosso posicionamento como professores em nossas aulas sejam na sala de aula ou na quadra da escola. O presente relato de experiência teve o objetivo de procurar um caminho para desenvolver os conteúdos conceituais da Educação Física escolar nas séries iniciais do Ensino Fundamental II e debater questões proeminentes para a Educação Física na escola. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, visando uma análise mediante pré-requisito teórico-prático. O projeto foi desenvolvido no Colégio Criativo da cidade de Caruaru-PE, com os alunos dos 8ª anos A e B (manhã), 8ª ano C (tarde), no ano de 2012, foram entregue a cada unidade um material didático, os conteúdos escolhidos foram temas específicos da educação física: na 1º unidade com dança, 2º unidade lutas, 3º unidade jogos e na 4º unidade esportes. Resultados e Discussões: Conforme plano anual de ensino proposto para o planejamento escolar do ano letivo de 2012, inicialmente, a proposta do material didático foi bem aceita pelos alunos dos oitavos anos, porém ficaram desconfiados sobre a possibilidade de pesquisar, elaborar e, acima de tudo, “ler” nas aulas de Educação Física. A dúvida era apenas se teriam somente aulas teóricas, não podendo assim ir mais para a “quadra!”, uma vez que os conteúdos conceituais já eram trabalhados nas aulas de Educação Física com a utilização de outros recursos. Conclusões: Um bom aproveitamento escolar nas turmas dos 8º anos na disciplina e principalmente o reconhecimento, tanto pelos pais que no começo do ano letivo não entenderam quando alunos como professores e coordenadores, da importância dos conteúdos conceituais da Educação Física para a formação integral do aluno se apresenta como principal resultado do estudo. Palavras-Chave: Educação Física, conteúdos e escola.

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Eixo: 4.2.4 Inovação, conceito e crítica nas ciências humanas

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LIMITAÇÃO DA SOBERANIA: O ESTADO SOB O PRISMA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Marta Thais Leite dos Santos(1) Ronaira Costa Ribeiro (2) (1)Mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). E-mail: marta_thais@hotmail.com (2) Graduada em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). E-mail: ronairaribeiro@hotmail.com Eixo Temático: Inovação, conceito e crítica nas ciências humanas Introdução O estado enquanto sociedade politicamente organizada detém o poder dos poderes. Por conseguinte, a soberania confere, internamente, à entidade estatal a imperatividade de ditar as regras que irão ordenar o corpo social, e externamente, a condição jurídica de figurar no cenário internacional em igualdade com os demais. Classicamente, a soberania é definida como um poder absoluto e ilimitado do Estado, ou seja, um poder que não conheceria restrição de quem quer que seja, ao atribuir uma força máxima ao Estado, caracterizada como um irresistível agir com autoridade tanto no plano interno quanto externo. Entretanto, em meados do século XX, determinado conceito passa a ser questionado diante das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, responsáveis por sistemáticas violações a direitos fundamentais. A ascensão dos regimes totalitários ocasiona a necessidade de mudança para um novo paradigma estatal, que visa considerar não apenas os ideais políticos e sociais, mas resgatar os valores da essência humana. O ser humano, antes tratado como objeto de interesses diversos nos tempos de guerra, agora readquire, com ampla ênfase, o status de pessoa dotada de direitos, para que pudesse ser assegurada a sua dignidade. A partir deste momento, é reconhecido o valor de cada pessoa, e o Estado terá que coadunar suas atitudes em direção a este escopo. Houve o esforço para se repensar o conceito de direitos humanos, contemplando sua pluralidade e necessidade de efetivação e internacionalização dos mesmos. Metodologia A pesquisa foi realizada através de um estudo exploratório e bibliográfico, incluindo, além de livros sobre o assunto, consulta a artigos científicos especializados e material disponibilizado na internet, utilizando a análise crítica com o objetivo de se contrapor às proposições concernentes ao tema em questão. Resultados e Discussão A soberania sem restrições de outrora sucumbe diante da obrigação estatal de efetivar a sua principal finalidade, ou seja, propiciar o bem comum. Diante disso, ocorre o fenômeno da relativização da soberania, isto é, o Estado limita esta em virtude da proteção que deve

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estender a pessoa humana, visto que é inerente ao Estado o ônus de conceder ao indivíduo as condições necessárias para a sua realização. Por conseguinte, passa pelo respeito e amparo aos direitos humanos o alcance deste propósito. Com isso, tem-se a limitação da soberania em prol de um Estado que preconiza o bem estar dos seus cidadãos. Deveras, a soberania não pode ser óbice para resguardar os direitos humanos. Estes, na contemporaneidade, são um assunto de interesse universal, e não apenas singular dos entes estais. Em linhas gerais, os atores da Sociedade Internacional têm pactuado o compromisso de velar pela dignidade da pessoa humana, através principalmente de Tratados e Convenções Internacionais. Este aspecto torna legítima a intervenção doméstica de um Estado nos argumentos de outro, quando se trata de garantir os direitos fundamentais do homem. Por meio da submissão a acordos internacionais sobre a respectiva matéria, esta interferência configurase completamente autorizada pelos entes internacionais. A universalização da dignidade da pessoa humana é o que justifica a mitigação da soberania estatal no mundo pós-moderno. Para proteger os direitos imanentes ao homem os Estados abdicam de um poder absoluto e atendem a uma demanda internacional. Aos membros da Sociedade Internacional cabe propiciar no plano interno, todos os meios necessários, para que seus cidadãos tenham uma vida condigna. E consequentemente, no plano externo figurar com uma entidade que observar o bem mais precioso do individuo, sua dignidade. Conclusão Sabe-se que as relações internacionais são travadas pelos Estados, cada qual imbuído por seus interesses. E não resta dúvida que a proteção aos valores humanos é de imprescindível debate, pois para um Estado ter o respeito de outro e obter os frutos deste respaldo, ele precisa ser visto internacionalmente com bons olhos, ter o apreço dos seus pares, fazer jus às regalias de futuras transações. Pois, na atual esteira das relações internacionais os Estados mediante o interesse comum de amparo aos direitos do homem, buscam atender interesses divergentes de diversos segmentos. Afinal, um Estado que se preze democrático, deve além de ter positivado os direitos fundamentais do indivíduo, concretizá-los. Dessa forma, mister se faz lançar mão de instrumentos adequados para aquela consecução. Assim, contemplar a dignidade da pessoa humana é o mecanismo que detém o Estado para efetivar no âmbito social os direitos que compõem a integridade física e psíquica do homem. Por isso, a proteção e preservação dos valores intrínsecos a dignidade da pessoa humana é o sucedâneo do antigo conceito de soberania ilimitada. Palavras-chave: Soberania; Direitos Humanos; Dignidade da Pessoa Humana.

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DESAFIOS DO DOCENTE EM FILOSOFIA EM SUA PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO Nelson Rocha da Silva(1); Thiago Vasconcellos Modenesi(2) (1) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE E-mail: nelsonsilva.rocha@bol.com.br Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas Introdução: Sabemos que a disciplina filosofia foi banida do currículo do Ensino Médio por quase três décadas, o que visualizamos como sendo responsável pela alienação que se instalou em nossa sociedade, principalmente nos jovens, no momento em que cresce a indústria da falsa necessidade, do consumo abusivo, da informação rápida, da coisa pronta adquirida sem maiores esforços para a conclusão. Legalmente foi reestabelecida essa condição curricular, exemplo disso são as Leis 9394/1996 e a de Diretrizes e Bases para Educação, mas esbarrou na falta de profissionais habilitados para docência nesta disciplina o que pouco a pouco deve ser equilibrado. Há um abismo a ser vencido, pois como citado, o jovem (que é o público preponderante no Ensino Médio) não está sendo educado no sentido de desenvolver a reflexão.

Há uma inquietação que até podemos considerar normal,

quando não

exageradamente apresentada, então surge o desafio do docente em filosofia: inverter esse entendimento e dialeticamente atrair o interesse desses atores ao conteúdo filosófico. É receoso que o retorno dessa disciplina venha recheado de parâmetros institucionais, o que obrigatoriamente levará esses profissionais a limitar-se ao conteúdo filosófico enciclopedista, divergindo dos reais fundamentos da filosofia: o refletir e o ironizar. Metodologia: Nossa ideia para este artigo surgiu em um debate numa disciplina que cursamos na Universidade, neste de forma clarificada visualizamos os desafios dos profissionais em educação de uma forma geral quando adequamos a realidade: turma formada por graduandos em filosofia. Isto despertou o desejo de sequenciar uma investigação mais refinada a respeito. Sabemos que na História diversos pensadores “filósofos” foram perseguidos e até mortos por governos e atores religiosos com a afirmação justificante de que seus escritos, pensares e ideias levavam inquietação e perturbação aos jovens. Aqui que se visualiza é a possibilidade de maior aproveitamento cognitivo, consequentemente a formação de uma sociedade libertária. Resultados e Discussão: A ideia que nos move, como dito anteriormente, surgiu após uma aula de Fundamentos da Educação na UFPE, em que foram abordados os modelos de educação adotados atualmente, devido a problemática que se instalou naquele evento, em que a discussão não terminou no

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tempo previsto, ou seja: ao final da aula, percebeu-se a necessidade de sequenciarmos tal temática, gestando a ideia de uma atividade mais substancial. Conclusão: Entendendo ser este apenas uma inicial das problemáticas na trajetória de um docente a superar, continuamos fortalecidos ao desafio que nos propusemos: educação. Dito isto, parece que não é tão recente por parte das classes dominantes o desejo de unificação de pensamento da sociedade, ou seja, alienação. Ficando clarificada a ideia de manter inerte a capacidade de criticar dos seres sociais tornando-os limitados, desenvolvendo apenas a obediência, na perspectiva filosófica sartreriana “seres em si” (Jean-Paul Sartre, 1905 – 1980). Quando faz uma analogia ao garçom, aquele personagem que vive apenas para satisfazer as necessidades alheias, não desenvolvendo sua perspectiva crítica, ignorando seu livre-arbítrio, dessa forma, tornando-se vulnerável socialmente. Palavras-chave: desafio, abismo, alienação, educação.

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A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) COMO POLÍTICA DE REDUÇÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL. Priscilla Rodrigues de Souza(1); Oséas Rodrigues dos Santos Silva(2)

(1).Graduanda de Licenciatura em Geografia na Universidade Federal de Pernambuco; (2).Graduando em Psicologia na Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA. E-mail: osydinamis@yahoo.com.br Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas Introdução: O programa de educação de jovens e adultos idealizado por Paulo Freire visa escolarizar pessoas que não tiveram acesso a escola no seu tempo regular, oferecendo acessibilidade e flexibilidade nos horários, para que essas pessoas que antes viviam a margem pudessem ser inseridas no meio social mais igualitário e garantissem a sua acessão profissional. Ao refletir sobre a importância do EJA vemos a transformação social e compreendemos as dificuldades de sua implantação como política permanente em um país profundamente desigual como o Brasil. Esse sistema de ensino se tornaria uma ameaça para a elite, pois os marginalizados economicamente, após ter acesso ao conhecimento poderiam causar o que chamaram de „„desobediência civil‟‟, passando a não mais aceitar os limites impostos pela sociedade de classe dominante. Esse foi um dos motivos que dificultou o melhor desenvolvimento do EJA: um desinteresse dos mais favorecidos para não perder a sua mão de obra e o seu „„poder‟‟, sabendo que o conhecimento liberta. Este trabalho objetiva demonstrar como a educação de jovens e adultos, a partir de um breve estudo do trabalho de Paulo Freire, pode ser uma ferramenta na redução da desigualdade social no Brasil, onde Paulo Freire indica que se deve expulsar esta sombra pela conscientização. Metodologia: O trabalho realizado contou com o levantamento bibliográfico da obra de Paulo Freire sobre o tema da Educação de Jovens e Adultos (EJA); como forma de libertação da opressão da desigualdade social, com auxílio da obra de Josué de Castro Fome Um Tema Proibido (2003). Também foram analisados dados do senso demográfico de 1980 a 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para termos noção do avanço obtido com a implantação do programa de educação de jovens e adultos. Resultados e Discussão: O EJA tem por base trabalhos de alfabetização e de educação derivados da vida concreta das pessoas cujo conteúdo é advindo do cotidiano dos alunos, visando atender suas maiores necessidades, utilizando esse saber empírico como base para melhor compreensão dos conteúdos.Paulo freire (1970), descreve que ensinar não é apenas repassar conteúdos, mas criar condições para que se consiga por seu próprio mérito construir conhecimento, o aplicando

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a seu cotidiano, contribuindo para que essas pessoas que antes eram oprimidas e marginalizadas também pudessem aprender deixando a condição do "não saber" como mais um fator de exclusão da sociedade em que elas vivem passando a ter igualdade social nesse mesmo meio, assim Paulo Freire (1997) incita ao educador a ensinar a analisar suas realidades concretas, superando seu saber anterior por um saber mais critico e menos ingênuo. Contudo existe um compromisso em tornar por meio do "poder ler o mundo" nas suas dimensões políticas, históricas e econômicas, uma vida mais digna e justa para os trabalhadores, que já haviam sido expulsos de vários direitos, inclusive do direito de poder ter acesso ao mundo alfabetizado e dominante. Conclusão: Apesar do bom desenvolvimento que o EJA tem proporcionado aos seus alunos, ainda temos em média 9,6% de pessoas maiores de quinze anos analfabetas no Brasil (IBGE, 2010), o que ainda é um dado alarmante, uma vez que para o país tornar-se desenvolvido se faz necessário cumprir o parâmetro da taxa de desenvolvimento humano (IDH) que corresponde à riqueza total do país e a alfabetização de sua população. Porém, já notamos um grande avanço se comparado aos dados das ultimas três décadas. Sobre o subdesenvolvimento, Castro (2003) afirma que o subdesenvolvimento é uma forma de subeducação. De subeducação, não apenas do terceiro mundo, mas do mundo inteiro. Para acabar com ele, é preciso educar bem e formar o espírito dos homens, que foi deformado por toda parte. Só um novo tipo de homem capaz de ousar pensar, ousar refletir e de ousar passar á ação poderá realizar uma verdadeira economia baseada no desenvolvimento humano. Se conseguirmos libertar os homens da opressão que vive criando condições para que se consiga por seu próprio mérito o acesso ao letramento, poderemos criar seres críticos, capazes de aplicar em seu cotidiano o conhecimento adquirido e lutar por seus direitos, defendendo as políticas publicas nas quais estão inseridos influenciando o desenvolvimento do país. Palavras-chave: Política, Educação, EJA.

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SITE TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA: USO DA TECNOLOGIA INTERATIVA NA FORMAÇÃO DO MUSEÓLOGO UFS

Jean Costa Souza (1); Janaina Cardoso de Mello (2)

(1).Graduando em Museologia/Monitor/Universidade Federal de Sergipe -UFS; (2). Profa. Adjunta de Museologia/UFS - Orientadora E-mail: jheansouza97@gmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução: O site Teoria e Metodologias da História da UFS insere-se na perspectiva da elaboração de suportes tecnológicos direcionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para o fomento da aprendizagem do futuro profissional em Museologia. Nesse sentido, como objetivo geral, esse produto busca constituir-se como um instrumento de informação, pesquisa e interação, tratando de temas conceituais e metodológicos da área da História que têm sido uma fonte para os diálogos interdisciplinares exercitados pelos profissionais de museus. Como objetivos específicos propõem-se aos alunos e professores a apropriação das ferramentas tecnológicas na difusão do conhecimento produzido em sala de aula, bem como nas reflexões extra-sala; o desenvolvimento de um canal de aperfeiçoamento das técnicas de ensino; a ruptura com a concepção tradicional de distanciamento das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da informatização; o estabelecimento de uma linguagem que alie inovação tecnológica e humanização da técnica, com potencial de crítica interpretativa. Metodologia: A primeira etapa compreende a elaboração de um site armazenado em um domínio gratuito (googlesites) para a alocação de textos, filmes e vídeos de apoio, sugestões para a disciplina, lista bibliográfica complementar, atividades extra-sala, papers dos textos debatidos em aula, organização de seminários e eventos da disciplina de Teoria e Metodologias da História. A segunda etapa consiste nas leituras e pesquisa para obtenção de dados que alimentarão essa base de dados. A terceira etapa compreende a inserção das informações no site. A quarta etapa envolve o gerenciamento do site (atualizações, acompanhamento e avaliação dos comentários). A quinta etapa desenvolve-se simultaneamente à quarta etapa, a partir do contato pessoal com os alunos e o feedback da usabilidade dessa ferramenta tecnológica, para a correção de eventuais problemas. Para acesso ao site os alunos poderão utilizar os computadores conectados à internet do Laboratório de Informação e Memória Digital (LabTrix) do curso de graduação em Museologia, além da rede wireless nas salas de aula ou das conexões realizadas de suas residências.

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Resultados e Discussão: O

site

Teorias

e

Metodologias

da

História

UFS

[https://sites.google.com/site/teoriasemetodologiashistoria/] propicia ao aluno um ambiente computacional para estudo, pesquisa e debate de textos dos autores Ronaldo Vainfas ao tratar da História Cultural, Jaques Revel sobre Micro-História, Brendan McSweeney sobre as incoerências da cultura, Sandra Pelegrini abordando a gestão do patrimônio cultural, Luís Raposo sobre a musealização de sítios arqueológicos, dentre outros. Assim, História e Museologia dialogam em suas convergências e especificidades, proporciona aos alunos uma vivência interdisciplinar de conhecimentos necessários à sua formação. A ferramenta tecnológica amplia o espaço da sala de aula para a virtualidade da cibercultura, expandindo os horizontes da produção acadêmica. O site possibilita aos alunos mais tímidos uma interação maior no debate através de comentários; seduz os alunos das novas gerações que já fazem uso de tablets, celulares, aplicativos; desenvolve nos alunos o senso de autonomia com links que ultrapassam as indicações formais bibliográficas. O aprendizado torna-se mais prazeroso, desafiador e abrangente, resultando num índice de acessos por mais 80% dos alunos, com a aprovação de mais de 80% nas avaliações daqueles que fazem uso do site.

Conclusão: O site Teoria e Metodologias da História da UFS é uma ferramenta de auxílio, estímulo e desenvolvimento da aprendizagem dos graduandos em Museologia. Na área das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas configura-se como uma inovação tecnológica, tendo em vista a disseminação recente desse ambiente computacional nesses campos do saber. Ao transpor o conhecimento teórico e metodológico em História do papel e da oralidade para a o universo digital descortina-se inúmeras possibilidades que ultrapassam barreiras geográficas e institucionais. Desburocratiza-se a pesquisa e o ensino, conferindo ao aluno o papel de agente ativo em sua formação profissional. Apoio: Bolsa de Monitoria da disciplina de Teorias e Metodologias da História (PROGRAD/DEAPE-UFS).

Palavras-chave: site, ensino, História, Museologia, cibercultura.

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AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFRGS: AVALIAÇÃO DOS CINCO PRIMEIROS ANOS. Gregório Durlo Grisa

Doutorando em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CAPES. Email: grisagregorio@yahoo.com.br Eixo temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução: Como primeira etapa de avaliação da implementação do Programa de Ações Afirmativas por meio do Ingresso por cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como membro e junto a Comissão ad hoc à Comissão de Acompanhamento dos Alunos do Programa de Ações Afirmativas, constituída para este fim, realizei estudo quantitativo do impacto do Programa no perfil dos alunos ingressantes na UFRGS por meio de concurso vestibular (CV), conforme as duas categorias estabelecidas na legislação pertinente (Decisão 134/2007 do Conselho Universitário): estudantes egressos de escolas públicas e estudantes egressos de escola pública, autodeclarados negros. Apresenta‐se aqui um relato conciso e alguns dos resultados numéricos obtidos pelos indicadores,considerados úteis por esta Comissão para o conhecimento, pela comunidade universitária, dos efeitos das cotas tanto no perfil dos estudantes que procuram ingressar na UFRGS,como no perfil dos que se classificam para ingresso pelo concurso vestibular. Farei aqui uma análise sintética de elementos que julgo destacáveis dentro do estudo maior já referido. Metodologia: Os indicadores comparam os dados disponíveis relativos ao CV 2007, anterior à instituição das cotas, com os dados dos CV 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, permitindo calcular as proporções, no universo dos alunos inscritos e classificados, de estudantes egressos de escolas públicas e de estudantes egressos de escolas públicas autodeclarados negros. Ainda se calculou a taxa de classificação que mede a probabilidade de classificação dos dois grupos estudados. Em todos os casos, as comparações foram feitas inicialmente tomando‐se os dados gerais dos seis vestibulares considerados, e, em seguida, buscando observar qualitativamente o impacto das cotas, dividindo‐se a amostra por cursos dentro de três faixas de densidade; ou seja, dividindo-se os cursos conforme a razão entre o número de inscritos e as vagas disponíveis. Foram considerados cursos de baixa densidade aqueles em que esta razão foi menor do que 5,0; de média densidade, os cursos cuja densidade ficou entre 5,0 e 9,0; e de alta densidade aqueles cuja densidade foi maior do que 9,0. A divisão dos cursos por densidade foi realizada com base nos dados do CV 2007.

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Resultados: Entre os egressos de escola pública, nota‐se o aumento de 15,77% na proporção de classificados entre 2007 e 2012. Entre os candidatos de escola pública que se autodeclararam negros, a proporção entre os classificados aumenta em 8,18%. O aumento é ainda maior nos cursos de alta densidade, nos quais a proporção passa de 1,43%, em 2007, para 14,83%, em 2012; o que representa 10,4 vezes mais candidatos desse grupo classificados. Há aumento significante na proporção de candidatos de escola pública que se autodeclararam negros entre os classificados quando compara‐se o CV 2011 com o CV 2012. Em cursos de alta densidade, o aumento é significante, de 6,48%. As cotas, em 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 aumentaram a probabilidade de classificação dos egressos de escolas públicas (1,59 vezes a probabilidade de 2007), bem como a de candidatos autodeclarados negros, tanto entre os egressos de escolas públicas (2,89 vezes a probabilidade de 2007), como entre os egressos de todas as escolas (2,13 vezes a probabilidade de 2007). Nos cursos de alta densidade, a chance de classificação dos candidatos autodeclarados negros aumentou em 08 vezes, quando se compara a taxa de classificação de 2007 com a de 2012. No geral dos cursos, a chance de aprovação desse grupo de alunos aumenta em 03 vezes. Conclusão: As informações apresentadas indicam que, por meio do Programa de Ações Afirmativas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul conseguiu ampliar o acesso, em todos os seus cursos de graduação, para candidatos egressos das escolas públicas e para candidatos egressos das escolas públicas autodeclarados negros. O impacto do Programa no perfil dos candidatos inscritos e aprovados no concurso vestibular foi significativo. A implementação das cotas, e o consequente ingresso de estudantes com perfis diferenciados, levou a Universidade, em suas diferentes instâncias, tanto a uma maior reflexão sobre a diversidade que caracteriza a sociedade, quanto à promoção da diversidade étnico-racial e social e da educação das relações étnico-raciais no ambiente universitário, por meio de diferentes ações. O grande desafio que está diante da universidade é o de criar ações que contribuam para a permanência qualificada dos estudantes e atividades de formação de servidores técnico-administrativos e servidores docentes, visando a promover a diversidade e a educação das relações étnico-raciais na Universidade. Palavras-chave: Ações afirmativas, avaliação, UFRGS.

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ABORDANDO AS DIFERENÇAS FÍSICAS DE GÊNERO ATRAVÉS DO ESPORTE: REFLETINDO SOBRE CULTURA E EDUCAÇÃO.

INEILDES CALHEIRO DOS SANTOS Pesquisadora independente, graduada em educação física – licenciatura plena, especialista em Condicionamento Físico Aplicado á Cardiologia, pela UNIME/BA, árbitra de futebol profissional. ildafrica@yahoo.com.br Eixo temático: Inovação: Conceito e Crítica nas Ciências Humanas

INTRODUÇÃO Esse trabalho trata-se de um relato de experiência, fazendo abordagens sobre as diferenças físicas de gênero entre a cultura “sexista” e a educação, e mostra através do esporte, mais precisamente o futebol, como ás vezes, tais diferenças são utilizadas como critério da hegemonia masculina, aonde destacamos as questões físicas, fazendo uma relação com corredores de elite, em virtude da melhor compreensão. Trazendo reflexões sobre a cultura e a educação na sociedade, construída baseada na desigualdade de gênero, onde há a hegemonia do sujeito masculino em detrimento do feminino. O homem legitimado como ser humano e a mulher como o “outro”, numa relação de poder e subalternidade que culmina com enormes conseqüências para elas e para a sociedade, sobretudo, as mulheres são restringidas em alguns espaços e limitadas em sua liberdade. Na arbitragem em futebol, os recentes critérios para a inserção neste setor: as exigências físicas de mesmo índices, iguais entre homens e mulheres, têm restringido as atuações e causado a exclusão de gênero. Nos apropriamos desta situação para discutir “ as diferenças físicas de gênero”. Devido os avanços ocorridos ao longo do tempo, a mulher não é mais considerada “sexo frágil”, mais ainda é pautada na ótica do sexo. Entretanto, como pensar na igualdade social nas relações de gênero, a partir da igualdade física? Com essa problemática, nosso objetivo é discutir a temática, visando elaborar um projeto de pesquisa que visa investigar se os fatores biológicos são determinantes nas diferenças físicas entre os sexos. METODOLOGIA Utilizamos o método qualitativo, descritivo, e como análise e coleta dos dados, foram destacadas as técnicas: pesquisa documental, online e através de meios de comunicação diversos. Utilizamos como fonte de pesquisa os informes, documentos legais e atuações da arbitragem através da CBF – Confederação Brasileira de Futebol, interpretados no âmbito

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desse espaço institucional e os critérios de inserção de gênero, tendo como base a minha vivência nesta área, destacando como relato de experiência. Relacionamos as provas físicas de gênero desenvolvidas na função de arbitragem, com os resultados obtidos entre mulheres e homens e comparamos com as questões de gênero entre os corredores de elite. Diante dos dados coletados foi utilizada uma análise de conteúdo comparativa, refletindo sobre as questões culturais, obtendo resultados parciais. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos resultados preliminares, arbitrar futebol é apitar jogos ou auxiliar (bandeirinha) e desempenhar a função de reserva. É uma atividade remunerada e faz parte do mercado de trabalho informal. Em 2007, ocorreu um episódio no Brasil: as mulheres foram oportunizadas pela CBFConfederação Brasileira de Futebol, na função de arbitragem desta modalidade, e como exigências dos critérios de inserção executaram provas físicas, nos índices estabelecidos para mulheres. Mostrando-se capacitadas, grande quantidade logrou êxitos, sendo formado um quadro de mulheres árbitras, denominado RENAF feminino, passando a atuar em competições nacional, tanto de categoria feminina quanto masculina. Ano seguinte ocorreu novo episódio: as mulheres para arbitrar em competições masculinas deveriam executar as provas físicas de índice masculinas e serem aprovadas. Assim sendo, do total que realizaram tais provas, apenas uma mulher logrou êxito, sendo a única considerada apta e oportunizada. As demais passaram a ser vetadas e autorizadas a participar exclusivamente em competições femininas. Competição de categoria feminina, até a presente data, só existe uma no Brasil e dura em média quatro meses no ano. Vale frisar que, atualmente, no Brasil, na função de arbitragem, analisando o período de inserção, existem mais aprovações de mulheres em provas físicas de índice masculino, ainda assim, o número é insignificante em comparação aos indivíduos masculinos, e nessa discussão, pretendemos mostrar como isso vem acontecendo e as conseqüências para as mulheres que desempenham ou desejam inserir-se neste setor, além de refletir sobre questões como as contidas no parágrafo seguinte. Será que a exigência da igualdade física de gênero, que supõe ser justa, e que vem ocorrendo na arbitragem do futebol brasileiro, como critério para incluir a mulher, é legal? é exigida também por órgãos de outras instancias? Ou é mais uma estratégia de se utilizar do sexo para manter a hegemonia masculina e o controle do poder? CONCLUSÃO As exigências físicas de gênero, iguais entre ambos os sexos, para a inserção de mulheres na arbitragem em futebol, tanto limitam as atuações quanto causam a exclusão de mulheres neste setor. Além do mais, parece ser uma estratégia de manter o controle do poder e a hegemonia masculina, aonde é vista a discriminação contra as mulheres, simbólica e sutilmente, mostrada

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através dos suposto “direitos iguais entre homens e mulheres” (da Convenção da ONU). Contudo, mostramos que, o que deveria ser utilizado em benefício da mulher, em prol da igualdade sócio-cultural e econômica, é utilizado contra ela. Fazendo uma comparação de gênero com corredores maratonistas, mesmo que na atualidade essas mulheres mostrem-se mais próximas aos homens no desempenho físico, do que quando começou a participar, não encontramos registro de mulheres corredoras de elite com a performance física igual ao de homens também do mesmo título. Os estudos fazem-nos refletir sobre ás desigualdades de gênero entre as oportunidades nos esportes, no caso particular, de corrida de rua, retratamos o atraso em que as mulheres foram inseridas. Nesse caso, sobre as diferenças físicas de gênero, observando alguns autores, a cultura sexista parece ser um empecilho determinante, sobrepondo outros fatores, como os biológicos. Na arbitragem, as mulheres não têm alcançado a igualdade nas oportunidades e socioeconômicas. O que não condiz com os direitos iguais entre homens e mulheres. Por isso, pensamos discutir essas questões e fomentar uma pesquisa contundente. Palavras-chave: Gênero; Performance física; Arbitragem em futebol; Educação; Cultura.

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O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Ítalo Belarmino de Andrade(1); Emelly Clara do Rêgo e Silva(1); Arthur Danillo Castelo Branco de (1) (1) (1) Souza ; Joselane Maria de Medeiros ; Karla Caroline Santiago Fagundes ; Thiago (2) Vasconcellos Modenesi

(1) Graduandos em História pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Email: italo.andrade.hist@gmail.com Eixo temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas INTRODUÇÃO: Este trabalho pretende estudar o ensino de História da África no estado de Pernambuco, partindo da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino da referida disciplina e da cultura afro-brasileira. Para tanto nos propomos a analisar a forma como professores de História tratam deste tema, dos possíveis impedimentos enfrentados por estes, apoiando-se na maneira como os livros didáticos abordam esta temática. METODOLOGIA: A análise da forma como docentes tratam e como os livros didáticos abordam o ensino de História da África no estado de Pernambuco será feita tendo como referencial teórico os escritos de Leila Leite Hernandez sobre o assunto, bem como obras de outros autores especialistas no tema proposto. Alicerçado na hipótese apresentada, onde acreditamos haver negligência por parte dos órgãos responsáveis por fiscalizar e aprovar os livros didáticos a serem usados em sala de aula por professores da educação básica, negligência esta que colabora expressivamente para o não cumprimento da lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. RESULTADOS DA DISCUSSÃO: Queremos provar que a forma como é tratado o ensino de História da África pode impactar de forma bastante negativa os estudantes da educação básica em Pernambuco, e por consequência este impacto seria percebido na sociedade, bem como queremos destacar a relevância deste estudo e suas possíveis contribuições na diminuição do preconceito racial e religioso sofrido por afro-brasileiros em todo o estado de Pernambuco, sendo isto uma clara demonstração do que ocorre em todo Brasil. CONCLUSÃO: Com o estudo de História da África muda-se a referência que se tem dos africanos e de seus descendentes no Brasil, passa a se construir um novo paradigma que se apoia no sentimento de mudanças e na necessidade de uma nova perspectiva sobre África, o que contribuiria para a diminuição da visão eurocêntrica de mundo e despertaria um novo olhar sobre África, e mais que isso, possibilitaria novos parâmetros educacionais. Palavras-chave: Ensino, História da África, Desafios, Livro Didático.

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VIOLÊNCIA URBANA E O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DOS ACESSOS AOS EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS DO BAIRRO DA GLÓRIA, RIO DE JANEIRO/RJ Luiz Antonio Ferreira das Neves Doutor em Ciências, em Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal do Rio de Janeiro, FAU, PROARQ E-mails: ead.arquitetura@ig.com.br e luiznevesufrj@gmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas Introdução Este trabalho parte da observação de que tem sido cada vez mais intenso, nas sociedades contemporâneas, um sentimento generalizado de medo em significativa parte dos moradores das cidades. Tal fato decorre dos constantes casos de violência, em suas diferentes formas, que deterioram as relações sociais e citadinas. No nosso caso particular, observamos esta questão a partir da sua relação com a arquitetura que dela decorre, avaliando a percepção e a valorização da proteção contra a violência nos projetos de arquitetura e nos edifícios já constituídos na malha urbana. Nosso interesse se volta para o estudo dos edifícios residenciais, mais precisamente no lugar onde acontece a transição de acesso entre o espaço público e o privado. Em específico, nos referimos às alterações constatadas nas portarias e no espaço de recuo frontal dos edifícios residenciais do bairro carioca da Glória. Esta tese, portanto, tem por objetivo analisar os impactos socioespaciais da violência urbana e o processo de

transformação

dos

acessos/portarias

nos

edifícios

residenciais,

estabelecendo

comparações entre processos de reestruturação socioespacial e também visando a análise de possíveis estratégias de projeto e planejamento para as áreas de conflito urbano (sobretudo aquele relacionado à insegurança). Metodologia Indicado o seu objeto de pesquisa e suas principais questões, a tese está estruturada em quatro partes. Na primeira delas, a preocupação é com a contextualização das questões indicadas anteriormente, discorrendo sobre o contexto em que se insere a problemática da construção ou alteração arquitetônica que se quer analisar diante de um cotidiano marcado pela violência. A segunda parte busca a fundamentação teórica para as discussões trazidas acerca do nosso objeto, pois compreendemos não serem os fatos isolados do contexto social. Neste caminho, dedicamos a terceira parte às considerações sobre os materiais e métodos adotados no desenvolvimento do trabalho. Desta maneira, delimitamos as opções de trajetórias de análise dos dados primários que serão utilizados e/ou produzidos pela própria pesquisa. A quarta parte da tese efetivamente trata da análise que fazemos de todo material trazido à discussão e dos dados inéditos produzidos em nosso trabalho de campo. Aqui, uma visão crítica da realidade e das soluções arquitetônicas frequentemente adotadas é tomada para que possamos indicar caminhos mais promissores para este labor.

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Por fim, entendemos que nossa tese é um texto aberto às sugestões, acréscimos ou eventuais refutações por tratar de um processo que ocorre na atualidade. Resultados e Discussão A contribuição da arquitetura até aqui esboçada pode ser reafirmada através de técnicas e metodologias projetuais que integrem mecanismos de “vigilância natural” pelo incentivo ao movimento intenso e constante das ruas, configurando um domínio coletivo sobre territórios e acessos. Já foi dito reiteradas vezes que existe um consenso entre os profissionais que se debruçam sobre a realidade urbana de que os atuais recursos espaciais de segurança, a despeito do discurso em seu favor, apenas contribuem para perpetuar o problema para o qual se voltam como solução. No nosso caso particular, pensamos como a arquitetura e o urbanismo podem ser acionados para intensificar a vivência urbana, melhorando a qualidade de vida dos citadinos e diminuindo a segregação socioespacial reinante em nossas cidades. Neste contexto, não há como não pensar na segurança dos espaços urbanos sendo favorecida por concepções que valorizem o movimento da rua e da vida coletiva, bem como nos projetos de intervenção social e revitalização de áreas públicas. No bojo destas constatações, falamos de um espaço coletivo nas nossas cidades como contraponto para a situação quase bárbara na qual se encontram. Muros e grades isolam o que na verdade não se trata de privacidade. Conclusões Reafirmamos a máxima de que ruas movimentadas e pulsantes inibem a ação violenta e lembramos que a atividade projetual tem que assumir, o regramento das estruturações urbanas para contemplar o movimento dos transeuntes, os usos residencial e comercial, o mundo do trabalho, da produção e do lazer. De uma forma comum, as teorias que articulam espaço e segurança estabelecem relação imediata entre as configurações físico-urbanísticas e a incidência de crimes; uma vez que o reordenamento das formas espaciais modifica o comportamento e as estruturas sociais. A intensa transformação dos lares em cárceres modernos não contribui para a instauração da segurança no ambiente urbano e relembramos mais uma vez que o “efeito-barragem” sob o qual vivemos configura uma territorialização de barreiras. Sendo assim, como em todo processo que se desencadeia na busca de uma solução por meio da contenção, pode resultar no oposto, ou seja, suprimindo-o temporariamente ele pode ressurgir mais forte. A ponderação entre liberdade e segurança nos coloca diante do desafio de que não podemos ser humanos sem qualquer uma delas, ao mesmo tempo em que não podemos ter as duas na quantidade desejada e ambas na quantidade que quisermos. Correções são possíveis, devemos ponderar e reavaliar sempre. Palavras-chave: Rio de Janeiro, violência, arquitetura do medo

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PREPARAÇÃO ESPECÍFICA PARA O ENEM EM CURSOS DE PRÉ-VESTIBULAR Amanda Kelly Carvalho Cazé(1),Matheus Gabriel Coelho de França(2), Thiago Vasconcellos Modenesi

(3)

(1) Graduanda em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2) Graduando em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (3)Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Email:amanda-oak@hotmail.com Eixo temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

INTRODUÇÃO: O artigo aqui proposto diz respeito aos benefícios e/ou malefícios resultantes das aulas em cursos preparatórios de pré-vestibular que visam preparar os alunos em função do ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio), além de ter como fundamento mostrar até que ponto os cursos preparatórios são uteis e/ou inúteis para que os estudantes atinjam uma nota aceitável no exame. METODOLOGIA: Tendo em vista as didáticas apresentadas nas salas de cursos preparatórios, modelos de aulas, participação ativa dos estudantes e todo o conteúdo ensinado, acreditamos haver uma “preparação” em excesso, para além do solicitado no Exame Nacional do Ensino Médio, levando em consideração o fato de que a prova é constituída por questões não subdivididas por disciplinas, mas por todas as 180 abrangerem conteúdos amplos sobre conhecimentos gerais. Tais conhecimentos já são ensinados ao longo da formação escolar,tanto de crianças como de adolescentes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Deixamos claro neste artigo que há também benefícios a serem discutidos, porém poucos. Além disso, por outro lado, o objetivo do estudante não é alcançado na maioria das vezes, estando em dissonância do que ele espera ao se matricular em um desses cursos de prévestibular. CONCLUSÃO: Através da experiência vivida no período de um ano, especificamente o ano de 2012, estando presente em diversos debates sobre temas sugeridos pelo professor da disciplina de redação,

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tentando desvendar, por assim dizer, qual deles seria o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio naquele ano, entre outras situações, chegamos a conclusão de que para atingir um resultado positivo na prova em questão, os estudantes não precisam de uma preparação específica, mas sim uma preparação construída ao longo de sua educação escolar, e mesmo de sua educação para além do ambiente formal da escola.

Palavras-chave: ENEM, preparação, benefícios, conhecimentos.

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QUESTÕES CULTURAIS NO ADORNO CORPORAL DO CANGAÇO

Ana Neuza Botelho Videla¹ ; Kátia Medeiros de Araújo ² . (1) doutoranda em Design – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco; (2) doutora – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: videla.ana@gmail.com; katia_araujo@hotmail.com.br

Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução: O campo do Design é marcado pela interação com outras disciplinas. Para sua prática, o Design prevê uma interlocução com outras áreas do conhecimento. São essas outras disciplinas, com mais tradição no campo científico, que fundamentam a atividade projetual e promovem a crítica. Portanto, no presente estudo analisaremos um aspecto do processo de design, a relação entre usuário e objeto, mais especificamente a maneira como os adornos corporais eram usados no Cangaço, a partir da fundamentação das Ciências Humanas, tanto da Antropologia, no que tange os aspectos sociais do uso dos objetos, quanto da História, para embasar a discussão da noção de gênero. O objetivo desse estudo é proporcionar a identificação dos aspectos da auto-imagem que o usuário deseja se associar. Nesse sentido, entender o funcionamento que as sociedades fazem do universo material, pode colaborar com a disciplina. O Design, como produtor da cultura material, se insere nesta questão dialogando entre a materialização das atividades cotidianas em sistemas e objetos capazes de compor as dimensões da vida social. Portanto, identificar a percepção que um determinado grupo social tem dos objetos e sua aplicação na atividade projetual, são plenamente justificáveis. Metodologia: Como o Cangaço, grupo que investigamos, já se extinguiu, foi um fenômeno que ocorreu no Nordeste do Brasil, durando o final do séc. XIX e início do séc. XX, partimos de três grandes fontes para a pesquisa. Iniciamos por uma leitura crítica de outros estudiosos do assunto, assim como da análise iconográfica fruto do trabalho do libanês Benjamin Abrahão em uma incursão pela caatinga em 1936. Por último, fizemos uso da produção cultural, através dos romances de Raquel de Queiroz, José Lins do Rego, Guimarães Rosa, que por meio de lendas e mesmo, do olhar do homem comum, elaboraram com maestria a visão de mundo da cultura sertaneja. Assim, a partir dos diversos registros, depoimentos de cangaceiros e mesmo de seus oponentes, mais conhecidos como volantes, bem como da análise dos pesquisadores, artistas e poetas examinamos a maneira como os objetos eram adotados e escolhidos para a construção identitária dos membros do movimento.

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Resultados e Discussão: A forma de fazer as coisas mostra o interesse e importância que damos a certos aspectos da vida. Lins (1998, p. 175) relata que Lampião passou os últimos anos de sua vida a se enfeitar e a viver a sua história de amor por Maria Bonita. O esmero com a sua imagem tinha o potencial de representar e reforçar o papel do bandido que vinga a sua honra, códigos tão caros para essa cultura sertaneja. A fim de fomentar a discussão da construção da identidade do cangaceiro e, dessa forma, analisar a representação de valores do grupo a partir da incorporação dos elementos de sua indumentária, fundamentamos a pesquisa através dos campos da Antropologia e História. Para tratar do valor social de uso dos objetos e das trocas de qualidade entre objetos e usuários, citamos Appadurai (2010). Para o autor, que segue o estudo de outros antropólogos, o consumo é eminentemente social, relacional e ativo (Idem, p. 48). O consumo poderia ser tratado como a convergência de mensagens sociais, de envio e recepção de mensagens. Ao mesmo tempo, quisemos discutir a noção de gênero masculino numa região onde a masculinidade se confunde com a própria identidade da região. Conforme nos ensina o historiador Albuquerque Jr (2003), há como pano de fundo uma dimensão ideológica que a produção cultural reifica. Conclusão: O Design, como uma das principais disciplinas responsáveis pela criação dos ambientes construídos, precisa conhecer a forma como os usuários consomem os objetos. Ao resgatar um movimento que fez parte da nossa história pretendemos elucidar os aspectos atuais da vida contemporânea. Em outros termos, interessava conhecer a maneira como o grupo usava, transformava e interferia nos objetos de uso e assim, conhecer as consequências que os objetos têm para os sujeitos. Através da escolha de um grupo que adotava em abundância o adorno corporal, identificamos o uso dos atributos culturais dos objetos para comunicar valores e sua incorporação na indumentária. Lampião, talvez tenha sido um dos personagens mais emblemáticos da história do cangaço, possivelmente de forma inconsciente, através do cuidado com sua aparência física, fez uso de sua imagem de forma “literária” e romântica. A partir do seu capital simbólico, colaborou na constituição de uma estética, onde coexistiam simultaneamente o orgulho e a violência, a intimidação e a poesia, a beleza e as ameaças mais aterradoras.

Instituição de fomento/apoio: Universidade Federal de Pernambuco e Fundação Joaquim Nabuco. Palavras-chave: design, adorno corporal, cangaço, antropologia, gênero

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OS DILEMAS CONTEMPORÂNEOS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO MSc. Christian Lindberg Lopes do Nascimento

Doutorando em Educação - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Email: christian.lindberg76@gmail.com

Eixo temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução A pesquisa em educação encontra-se em um dilema. Se por um lado, o aspecto quantitativo tem pautado boa parte das políticas públicas, por outro, a vida acadêmica tem convivido com a primazia das pesquisas qualitativas. Assim, o objetivo da argumentação, que será exposta aqui, é justamente debater como o discurso contemporâneo dialoga com a relação entre qualitativo-quantitativo nas pesquisas em educação. Para tanto, será realizado uma análise sobre a crise de paradigmas que a investigação educacional passa atualmente. Metodologia Por ser uma pesquisa única e exclusivamente qualitativa usamos a coleta de dados, através de bibliografia especializada, como técnica de pesquisa. Além disso, a leitura, o fichamento e a análise do conteúdo tornam-se o procedimento metodológico adotado para o desenvolvimento desta pesquisa. Como é um estudo meramente teórico, as premissas filosóficas serão a ponta de lança para as reflexões realizadas. Resultados e discussão O franco-brasileiro Michael Löwy inicia sua reflexão informando que é impossível negligenciar o historicismo como instrumento fundamental para a análise social e humana. Acrescenta-se o conceito de ideologia, embora seja um termo variável, cheio de significados. No entanto, a ideologia esbarra em seu caráter linear e estático, recaindo no mesmo dilema do positivismo, ou seja, no objetivismo. Desse modo, o conceito de dialética supera este obstáculo conceitual, por ser caracterizado como uma concepção filosófica em que nada é fixo, eterno, absoluto. Outra contribuição está presente no texto de Boaventura de Souza Santos. O português afirma que o homem contemporâneo não encontra mais suporte para suas investigações científicas. Paralelamente, encontra-se em um ambiente propício para a constituição de novas concepções e procedimentos metodológicos. Deste modo, Boaventura elabora o que ele denomina de paradigma.

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Há também o paradigma indicado pelo professor Dr. Silvio Gamboa, da UNICAMP. Ele aponta que uma boa pesquisa, necessariamente, precisa ser iniciada por um problema e, por conseguinte, manifestada através de uma questão. As técnicas de investigação, a dicotomia qualitativo-quantitativo,

a

concepção

metodológica

adotada

são

condicionadas

à

problematização promovida pelo pesquisador. Conclusão O dilema moderno tem sido suplantado na contemporaneidade. As pesquisas em educação que valorizam o aspecto quantitativo ou qualitativo tornar-se-ão componentes da mesma engrenagem científica. A dicotomia estipulada pelo paradigma baconiano-cartesiano-positivista, que tanto norteou as pesquisas em educação, mostraram-se incapazes de ter uma compreensão mais precisa da realidade educativa, o que pressiona uma readequação paradigmática. Apoio/Fomento: Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Palavras-chave: Educação, Epistemologia, Pesquisa.

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O PENSAMENTO PLATÔNICO COMO INOVAÇÃO EPISTEMOLÓGICA E EDUCATIVA NO CONTEXTO CULTURAL E POLÍTICO ATENIENSE (1)

Daniel Figueiras Alves

(1). Doutorando em Educação na Universidade Estadual de Campinas E-mail: danielfigalves@gmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução: Este trabalho é parte de uma pesquisa de doutorado intitulada: Educação imagética em Platão, realizada na Faculdade de Educação da Unicamp e financiada pela Fapesp. A referida pesquisa investiga, dentro dos textos platônicos, a potência educativa e o caráter epistemológico das imagens. Teoria do conhecimento e educação são dois campos da atividade humana até hoje profundamente marcados por reflexões e diretrizes provenientes da filosofia platônica. Platão inovou em seu tempo com a criação do conceito de ideia e pela reformulação do antigo modelo de educação poética ao mesmo tempo em que disputou espaço com os sofistas. A filosofia platônica ampara-se em dualidades: opinião do senso comum versus razão filosófica, mundo sensível versus mundo inteligível, corpo versus alma, etc. Tal concepção dual resulta do contato estabelecido entre Platão e as escolas de pensamento contemporâneas ao filósofo, sobretudo o círculo dos eleatas, Heráclito e os sofistas. A justificativa para uma pesquisa dessa natureza consiste na importância da retomada das origens da teoria do conhecimento e da educação, das quais nossa sociedade é herdeira. Temos por objetivo principal expôr de maneira sucinta o caráter inovador do pensamento platônico no que se refere à teoria do conhecimento e a educação. Metodologia: O tipo de metodologia utilizada para esta investigação é a pesquisa bibliográfica, a qual consiste no recorte e na seleção do tema dentro do corpo dos textos platônicos. Devido ao vasto conjunto da obra de Platão, privilegiamos alguns textos e passagens em específico, tais como: O Parmênides, Teeteto, A República, As Leis e O Mênon. Ademais, utilizamos comentadores e dicionários especializados como suporte e referência ao que já foi discutido acerca do assunto. Resultados e Discussão: No Teeteto, Platão abordou a relação entre a percepção sensorial e o conhecimento humano. Neste diálogo, retomando a posição de Heráclito, Protágoras e Homero, discutiu se a investigação epistemológica estaria submetida ao domínio das sensações. No Parmênides, por sua vez, o enfoque perpassou a condição de imutabilidade, unidade e identidade das ideias.

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Na República, Platão estabeleceu uma escala hierárquica do conhecimento: a imaginação e a crença pertencem à esfera sensível e ocupam posição inferior em relação às matemáticas e a dialética, ciências do inteligível. Para Platão, o conhecimento se dá de forma gradual, parte da sensibilidade e segue em direção às ideias. Nesse aspecto, o filósofo consirera ao mesmo tempo como válidas a posição de Heráclito e a de Parmênides. Ainda na República e também nas Leis, Platão constrói modelos pedagógicos voltados para a formação do homem político virtuoso. A prática educativa é configurada como um instrumento para a manutenção da ordem política mediante o ensino e desenvolvimento das virtudes nos educandos - tema amplamente abordado no Mênon. Para Platão, existem virtudes que podem ser ensinadas, são virtudes do mundo sensível, e outras como a sabedoria que já preexistem na alma humana e que somente podem ser desenvolvidas. Conclusão: O caráter inovador do pensamento platônico no que tange a teoria do conhecimento repousa na conciliação entre o fluxo e o imobilismo, entre a multiplicidade e a unidade, entre o mundo sensível e o mundo inteligível. Platão integra ao mesmo tempo em sua teoria das ideias os pontos de vista de Heráclito e do eleata Parmênides edificando uma nova concepção de ciência para os gregos antigos. No interior desta ciência, estabeleceu a noção de níveis de conhecimento tomando a ideia como paradigma de verdade e validade para todas as coisas existentes. Para cada objeto do mundo sensível existe uma ideia perfeita e correlata situada no mundo inteligível - o mundo das ideias. Em relação à educação, o pensamento platônico também foi inovador em sua época. No contexto cultural e político ateniense do período clássico, Platão adotou elementos da educação antiga, sobretudo o ensino das virtudes cardeais, e teorizou uma educação pautada pela racionalidade e pela idealidade. De acordo com a pedagogia platônica, a alma participa do mundo das ideias e por isso é passível de ser direcionada para o bem e para o verdadeiro conhecimento. Assim, a educação consiste em lapidar o ser humano e promover nele as virtudes da excelência. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp Palavras-chave: Educação, Epistemologia, Ideia, Inovação, Platão.

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INOVAÇÃO EM COMPREENSÃO DAS RESISTÊNCIAS NA EDUCAÇÃO

ERIKA CAROLINE DE OLIVIERA CAVALCANTI

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco E-mail: erikacaroli@hotmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito e crítica nas ciências humanas

Introdução: Em um primeiro momento quando buscamos analisar o termo “inovação”, logo somos remetidos a definição do senso comum cujo sentido faz parte do que se espera de alguma obra que vise mudança. No entanto, a necessidade de valorização das práticas vivenciadas pelos sujeitos educacionais para a efetivação das inovações cogitadas, rumo à concretização de uma qualidade escolar, despertou a presente reflexão sobre o tema, visto que no campo educacional ele tem sido conjeturado como intervenção de programas e projetos, com grande aposta em recursos materiais e tecnológicos desencadeando discussões e resistências às condições de concretização dessas experiências. Nesse sentido, apresentamos como objetivo discutir inovação sob a ótica das resistências no campo educacional considerando a relevância da participação dos diferentes atores educacionais, bem como as possibilidades do trabalho docente nessas inovações. Metodologia: Esta investigação de abordagem qualitativa, configura-se como bibliográfica por sua característica em revelar a condição de diálogo entre o pesquisador e seu objeto, aqui desenvolvida mediante discussões do campo teórico referente ao tema e objeto de estudo “inovação”, parte dos seguintes autores consultados, também sobre qualidade na educação: Barroso (1995); Brayner (1995); Calliari e Stoltz [200-]; Farias (2006); Ferretti (1995); Freitas (2007); Garcia, Letichevsk e Pinto (2006); Langouet (1985); Lordêllo (2005); Werebe (1995). Resultados e Discussão: O termo “inovação” é considerado complexo pelos autores que o discutem, cuja definição faz parte de cautelosas reflexões a respeito de sua utilização. Segundo Ferretti (1995), uma inovação é mais que uma medida de intervenção diante de uma necessidade educacional, também surge como sinônimo de avanço e êxito, o que pode gerar sérios problemas, visto que o meio de onde ela parta nunca será igual ao que ela é destinada porque cada realidade possui uma cultura escolar específica, com características e necessidades próprias.

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Diante disso faz-se necessário repensar o papel docente nos movimentos educacionais, não os tratando como meros executores, visto que uma inovação de qualquer natureza não tem o mesmo sentido pra quem a promove, coordena, coloca em prática ou vivencia em seu cotidiano recebendo seus efeitos, especialmente os professores que não mudam suas práticas de imediato por algo do qual não participaram. (FARIAS, 2006). Segundo Freitas (2007) deve haver uma “qualidade negociada” que envolva os dois pólos de trabalho rumo à qualidade que são o Estado e a escola, o que implica a presença do poder público não só nos investimentos físicos e materiais para a escola, mas também a qualificação dos profissionais para que haja sucesso na proposição de inovação pedagógica em questão. Conclusão: Consideramos que uma inovação não deve ser simplesmente a substituição do modelo vigente por algo novo para uma realidade, mas a ressignificação das práticas caracterizando-se como experiência social em construção individual, coletiva e interativa. Nesse sentido, uma inovação pedagógica implica compreender a prática educativa no que se refere à organização curricular e aos métodos e técnicas de ensino relacionadas aos materiais instrucionais, a relação professor-aluno e a avaliação (FERRETTI, 1995) visando estabelecer uma nova lógica pedagógica vivenciada em uma cultura escolar. No entanto, se esses processos não consideram a relevância da participação docente, a concretização da inovação em curso pode ser alvo de uma não aceitação dos novos compromissos pedagógicos mediante resistências de acordo com as realidades cotidianas vivenciadas (condições materiais, pedagógicas e de formação), motivos pelos quais muitas inovações nem sempre vigoram. Em suma, uma inovação pedagógica não é necessariamente a mudança, ela se utiliza dos objetivos de mudança para sua implementação em alguma realidade escolar, e como afirma Langouet (1985) não é em si a panacéia, visto que se privada das finalidades correspondentes a uma real democratização, em muitos casos é abandonada, esquecida, distorcida. Palavras-chave: Inovação, Resistências, Educação.

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Eixo: 4.2.5 Experiências e propostas em divulgação científica

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A NECESSIDADE DE FOTOCÓPIA DO DOCUMENTO TERMOSSENSÍVEL PARA UMA MAIOR DURABILIDADE DOS DADOS IMPRESSOS. Isaac Newton Cesarino da Nóbrega Alves (1); André Luiz Dias de França (2).

(1). Graduando em Bacharelado em Arquivologia pela Universidade Estadual da Paraíba; (2). Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail: maxsteelbr@hotmail.com; andreluizjpb@gmail.com

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: A crescente necessidade do homem em preservar informações se justifica pelo uso em momento posterior dessas para satisfazer uma simples comprovação ou por algo de maior relevância, como uma prova em ação de cunho judicial. Nesse contexto, muitos são os documentos a serem preservados, além do mais, com o avanço tecnológico outros surgiram para benefício da população de um modo geral. Assim, pela peculiaridade que possuem cada documento, os indivíduos devem guardá-los de maneira a evitar a perda dos dados, considerando os suportes em que estão inseridos. Essa situação é ainda mais complexa porque o papel termossensível passar por reação química quando da fixação das informações. Desta forma, a preservação de tal documento requer cuidados especiais e a respeito disso, os fabricantes desse tipo de papel expressam quais os cuidados devemos ter para garantir a vida útil dos dados impressos pelos prazos estipulados. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo analisar documentos gerados no suporte termossensível para constar se a necessidade de fotocópia é uma das recomendações dos produtores como forma de preservar as informações. Tal estudo é relevante diante da utilização diária que fazem os cidadãos do documento em papel termossensível em lojas, bancos, supermercados, entre outros, e que precisam conhecer melhor os procedimentos de preservação dos dados que neles se fixam.

Metodologia: Em um trabalho científico a metodologia se configura como “uma forma organizada e planejada, segundo critérios previamente traçados, para se atingir um propósito, alcançar uma solução, resolver um problema” segundo Michel (2009, p. 135). Para tanto, essa pesquisa quanto aos seus objetivos se caracteriza como explicativa, uma vez que busca comprovar a necessidade de preservação do papel termossensível por meio da fotocópia, conforme orientação dos seus fabricantes. No tocante aos meios, essa pesquisa classifica-se como empírica, uma vez que o empirismo “se caracteriza pela observação e experimentação dos fenômenos” afirma Michel (2009, p.42). Já em relação à abordagem a ser utilizada na presente pesquisa, o uso do procedimento quali/quantitativo é o mais recomendado uma vez que esse interpreta os dados, alem de totalizá-los para que se possa promover um melhor diagnóstico do

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dos resultados obtidos. Como toda pesquisa, a utilização dos instrumentos de coleta de dados apresenta-se como essencial e observamos que a técnica mais apropriada para a coleta a ser utilizada nesse trabalho é a observação, e que conforme Martins e Theóphilo (2009, p.86) afirmam “[...] A observação consiste em um exame minucioso que requer atenção na coleta e analise das informações, dados e evidências”. Portanto, ao observamos os documentos no suporte termossensível, conseguiremos atingir o objetivo proposto nesse estudo.

Resultados e Discussão: Na maioria dos documentos no suporte termossensível, os fabricantes disponibilizam no verso desses, recomendações de cuidados especiais para a guarda e preservação, buscando prolongar a vida útil dos dados impressos. Observamos que essas orientações são basicamente as mesmas, diferenciando-se apenas pelo período em que as informações deverão durar, que para alguns fabricantes são de 5 anos e para outros 7, podendo chegar até 10. Abaixo, observamos na figura 1, a determinação do produtor para que o usuário adquira cópia do documento. Figura 1 – Comprovante termossensível usado nas Loterias Caixa Econômica

Fonte: Desenvolvimento nosso. Na figura 2, de outro fabricante, não existe orientação quanto à necessidade de fotocópia, apenas as determinações de como promover a guarda do referido documento.

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Figura 2 – Comprovante termossensível do Banco do Brasil

Fonte: Desenvolvimento nosso. Em outro papel, mais precisamente na figura 3, o fabricante solicita que os usuários retirem uma segunda via, como isso não ocorre normalmente nas redes bancarias, entendemos que ele está pedindo que os indivíduos reproduzam esse documento, ou seja, façam uma fotocópia. Figura 3 - Comprovante termossensível utilizado pelo Banco Santander

Fonte: Desenvolvimento nosso.

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Nesse outro documento, figura 4, não há a recomendação para a fotocópia pelo produtor do papel. Figura4 - Comprovante termossensível de uso do Banco Bradesco

Fonte: Desenvolvimento nosso. Assim, percebemos que o uso da fotocópia não aparece em todos os papéis dos diferentes fabricantes aqui analisados. Apenas as orientações como proceder com a guarda é que se assemelham, como: evitar o contato com plásticos, exposição a luz solar, entre outros.

Conclusão: Em estudos anteriores, percebemos que a informação no papel termossensível se perde em um prazo inferior ao que é estipulado pelo fabricante. Dessa maneira, ainda que não seja uma recomendação de todos os produtores, conforme podemos aqui confirmar, a fotocópia é uma forma eficaz de preservar as informações com a certeza de que não se perderá ou que pelos menos tenha uma durabilidade que venha a satisfazer os usuários desse tipo de papel.

Palavras-chave: Fotocópia; papel; termossensível.

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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA

Alessandra Gomes Brandão (1)

(1) Jornalista especializada em Divulgação Científica, Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências; docente da Universidade Estadual da Paraíba E-mail: alessandra.gomes.brandao@gmail.com

Eixo temático: Experiências e Propostas em Divulgação Científica

Introdução O Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência, estabeleceu, em 2010, o POP Ciência 2022 - um Programa Nacional que estabelece metas para 12 anos, que visam a formação de cidadãos capazes de identificar e compreender, criticamente, as possibilidades e os limites do saber científico na sociedade e na nossa história. Uma das metas desse programa, e que interessa particularmente a este trabalho, diz respeito à inserção da componente Divulgação Científica nos cursos de graduação e pós-graduação brasileiros. A busca de implantação dessa discussão nos propostas formativas, no entanto, não é algo novo, mas uma luta política iniciada há mais de uma década pela Associação Brasileira de Divulgação Científica e Associação Brasileira de Jornalismo Científico, porém, sem grandes conquistas até então. Em 2010, quando da criação da Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN), da Universidade Estadual da Paraíba, cuja proposta é a formação de professores com uma visão integrada das ciências, foi inserida no seu Projeto Político Pedagógico, a componente curricular Divulgação Científica. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é apresentar a implantação dessa proposta na formação de professores de Ciências. Metodologia A componente foi inserida no quinto período da LCN. Os temas abordados na referida componente visam formar um professor de ciências capaz de desenvolver projetos de Divulgação Científica; de utilizar os equipamentos culturais e meios de comunicação para popularização do conhecimento científico. Daí a importância de se abordar na componente os aspectos históricos, para que os estudantes entendam a influência do contexto histórico e a importância do envolvimento de pesquisadores neste tipo de divulgação. Da mesma forma, foi inserido na proposta o conhecimento de diversos dispositivos de Divulgação Científica, a exemplo dos meios de comunicação, museus de ciências e eventos de divulgação, com o intuito de mostrar a amplitude de opções nessa área.

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Finalmente, e a partir de uma certa maturidade do alunado no tema, são desenvolvidas experiências práticas de Divulgação Científica. Neste componente, damos ênfase a dois veículos específicos, Rádio e Jornal, que tem maior potencial para o desenvolvimento de projetos na região. Os alunos participam de “Oficina de Rádio”, onde os mesmos conhecem os equipamentos, assim como preparar e veicular notícias de ciência com as especificidades desse meio de comunicação. Na “Oficina de impresso”, eles conhecem o processo de produção de um jornal. Resultados e Discussão A experiência em questão já está sendo desenvolvida na segunda turma da licenciatura. A primeira recebeu, além dos treinamentos em rádio e impresso, o desafio de organizar um Encontro de Divulgação Científica, com palestra, mesa redonda, mostra de ciências. Outro ponto forte do evento foi a preparação de um esquete (peça teatral pequena) para os alunos do nível fundamental das escolas da região. A peça “Conversa com a Natureza” recebeu apoio da equipe de teatro do Núcleo de Cultura e Artes do mesmo Campus. Outra experiência importante desenvolvida no âmbito da disciplina é o Jornal-Laboratório. A primeira edição teve como tema a produção científica dos docentes da LCN. Na experiência, os alunos discutem pauta e execução das entrevistas para construção dos textos de divulgação, revisão das matérias/reportagens e finalizam com o acompanhamento da editoração e impressão do jornal. A experiência do jornal-laboratório possibilitou que os alunos pudessem ler sobre as pesquisas realizadas pelos docentes, estruturassem entrevistas e buscassem uma linguagem adequada ao meio de comunicação que seria veiculado. Além disso, puderam vivenciar as discussões para retirada ou entrada de informações, tendo sempre cuidado com as distorções na imagem de ciência para o público.

Conclusão A inclusão das componentes curriculares voltados para o Ensino Não Formal na formação de professores de ciências, em especial da Divulgação Científica, é, a nosso ver, um dos pontos inovadores dessa licenciatura. A componente tem sido atrativa, mostrando um grande potencial pedagógico, tanto na etapa teórica, como principalmente na parte prática. Por meio da referida componente, o futuro professor de ciências acessa informações pouco provável de ser acessadas por ele durante seu exercício como professor de ciências. Como vimos, o aluno passa a conhecer episódios históricos da divulgação, que inclui a análise da divulgação científica com e sem envolvimento de pesquisadores, além de uma inserção no “universo” dos grandes meios de comunição (Rádio, Jornal, TV e Internet). Sendo assim, acreditamos que ao sair da licenciatura com esta formação, além de ampliar seu campo de atuação, uma das intenções de nosso Projeto Político Pedagógico, o mesmo poderá desenvolver formas alternativas de ensino com seus alunos, assim como para a sociedade,

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como um programa de rádio sobre ciência, um sítio eletrônico ou mesmo um jornal impresso, que pode ser especialmente útil para os objetivos da Alfabetização Científica.

Palavras-chave: Divulgação Científica, experiência formativa, LCN.

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CRIOSFERA 1: INOVAÇÃO, CIÊNCIA SUSTENTÁVEL,SOBERANIA E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Alexandre Santos de Alencar(1); Heitor Evangelista da Silva(1); Jefferson Cardia Simões(2) (1) Doutor em Ciências na Universidade do Estado do Rio de Janeiro; (2) Doutor em Glaciologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: alencar@uerj.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica Introdução: Resultado de 30 anos de pesquisa e aprendizagem no contexto do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), o módulo científico Criosfera1 é fruto de uma iniciativa única do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em colaboração com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Criosfera1 foi instalado no interior do Continente Antártico (84o 00.062'S - 079o 29.961'W; 1.270 m acima do nível do mar) durante a Expedição Antártica Criosfera, realizada entre Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Metodologia: Primeiro módulo brasileiro no interior da Antártica, o Criosfera1 é uma plataforma científica que utiliza fontes de energia solar e eólica para coletar amostras atmosféricas, operar instrumentação meteorológica, bem como transmitir parte destes dados através do sistema ARGOS de satélites. Atualmente são monitorados parâmetros relacionados aos aerossóis terrígenos, marinhos, biogênicos e de origem cósmica, deposição de neve local e as concentrações de CO2 atmosférico. Resultados e Discussão: Após o acidente que destruiu grande parte da Estação Antártica Comandante Ferraz, ocorrido em Fevereiro de 2012, o Criosfera1 é atualmente a principal instalação permanente de pesquisa brasileira na Antártica. A análise do banco de dados obtido através do módulo irá ampliar nosso conhecimento sobre as relações climáticas entre a América do Sul e a Antártica, atividades vulcânicas no Hemisfério Sul, transporte atmosférico regional de poluentes e microorganismos, entre outras questões científicas. Conclusão: Além dos avanços científicos já obtidos, a instalação do módulo Criosfera1tem permitido a realização de diversas ações de divulgação científica, dentre elas podemos destacar a instalação da exposição multimídia itinerante “A UERJ na Antártica”, a confecção de filmes sobre o módulo e sobre a expedição, bem como a realização de diversas palestras em escolas públicas, onde temas antárticos podem ser abordados usando o módulo Criosfera1 como tema central. Apoio: CNPq, PROANTAR. FAPERJ Palavras-chave: Antártica, Criosfera1, Divulgação científica

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ANÁLISE TEÓRICA DE TERMINOLOGIA ESPECÍFICA APLICADA A INTERVENÇÕES EM FUNDOS DE VALE NO ESPAÇO URBANO DE BELO HORIZONTE/MG Analuce Araújo Abreu (1); RafaelTavares de Lucena Lotti Vieira(2); Eliane Silva Ferreira (3)

Almeida ;

Graduanda em Engenharia Ambiental pela Universidade FUMEC (1),Graduando em Engenharia Ambiental pela Universidade FUMEC

(2)

Coordenadora da Pesquisa, Mestre em Organização

(3)

Humana do Espaço pela UFMG/IGC ; E-mail: eliane@fumec.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução Ao longo do processo histórico das cidades o homem buscou melhorar e ampliar o espaço em que vive tornando-o mais aprazível. No Brasil 84% da população situa-se em área urbana (IBGE, 2010), podendo atribuir-se em grande parte ao êxodo rural ocorrido nas últimas décadas. As áreas de fundo de vale em meio urbano apresentam ocupação muitas vezes incompatível com a geomorfologia, como é o caso do município de Belo Horizonte, onde estas ocupações geram problemas socioambientais que culminam na busca por readequação deste espaço. Esta iniciativa vem sendo apresentada sob o viés de conceitos ambientais que são empregados de maneira equivocada. Engenheiros ambientais, civis, geógrafos e outros profissionais necessitam de um conhecimento mais objetivo dos conceitos “revitalização, restauração, reabilitação e recuperação”, para assim melhor aplicá-los em seus projetos. Desta maneira o presente projeto de pesquisa tem como principal ponto analisar estes conceitos, através de uma revisão bibliográfica criteriosa, formalizando indicadores para cada conceito estudado a fim de aproximá-los do significado original da palavra, além de analisá-los a luz de alguns projetos implementados no objeto espacial das intervenções ocorridas em Belo Horizonte, especificamente nos fundos de vale. Metodologia A pesquisa pautou-se na elaboração de uma revisão teórica sobre os conceitos de “revitalização, restauração, reabilitação e recuperação”, levantando autores e seus respectivos conceitos a fim de estabelecer uma relação, além de promover indicadores que caracterizem cada conceito diferenciando-o ao leitor.

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Para análise da aplicação das terminologias em projetos de fundo de vale foi escolhido o Projeto de Revitalização do Córrego Baleares, integrante do Projeto Drenurbs da Prefeitura de Belo Horizonte. Para alcance dos objetivos e resultados foi feita análise da obra implantada na bacia do córrego Baleares, Projeto Drenurbs, à luz dos conceitos de restauração, revitalização, reabilitação, recuperação, adotados para parâmetro de comparação e balizamento. Também foram coletadas informações sobre aspectos físicos da bacia hidrográfica do ribeirão do Onça e do córrego Baleares; aspectos socioeconômicos e físicos da Regional de Venda Nova e RMBH; dados sobre o Parque Baleares; dados do Projeto Drenurbs; dados do Projeto de Revitalização da Bacia do Córrego Baleares. Os dados primários foram oriundos de levantamento de campo realizado no mês de junho de 2013, contemplando registros fotográficos das atuais estruturas do Parque do Córrego Baleares. Resultados e Discussão Por meio da pesquisa bibliográfica traçaram-se os indicadores que melhor representam os conceitos de revitalização, recuperação, reabilitação e restauração, de forma a contribuir para o clareamento destes conceitos que são largamente utilizados na área da engenharia. Assim, propõe-se que sejam considerados nos conceitos: Revitalização:voltada para ambientes em decadência; Recuperação:reaver o uso legal permitido; Reabilitação: determina nova função ao ambiente; Restauração: garante o completo retorno ao estado original. As obras do Parque Baleares envolveram a coleta do esgoto através de tubulação adequada, foi determinada uma área verde para lazer, na qual foi realizado o plantio de árvores como tratamento paisagístico da área. Foram instaladas estruturas urbanísticas como passarela de acesso a pedestres e instalação de equipamentos diversos, como bancos, coreto, bebedouro entre outros. Sendo assim, a área ganhou nova função ecológica e social, se prestando além da melhoria das condições ambientais do corpo d‟água, ao lazer e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Deste modo quando observados os termos usados no Projeto do córrego Baleares, constatouse que estes poderiam ser revistos dentro dos conceitos adotados neste estudo, conforme as características das obras realizadas.

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Conclusão Formalizou-se o melhor entendimento sobre os indicadores para cada conceito de terminologia estudado, proporcionando um quadro resumo sobre todas as especificações adotadas, permitindo uma consulta e comparação frente às futuras intervenções que venham a ser realizadas para melhor empregar as funções de cada terminologia no ambiente espacial. Através do resultado obtido da comparação/balizamento entre os conceitos formalizados e as obras de urbanização e o tratamento urbanístico e paisagístico dado à Área de Preservação Permanente e outras áreas da bacia do córrego Baleares, percebeu-se que este Projeto pode ser reclassificado dentre as orientações estabelecidas pelo presente projeto, em função das peculiaridades identificadas que englobam o restabelecimento das condições ambientais e alteração da área dando-a novas funções. Os conceitos revistos mostram que a grande semelhança existente entre ambos os tornam confusos. Assim propõe-se a aplicação dos novos conceitos indicados à luz desta pesquisa. Apoio: FUNADESP, FUMEC. Palavras-chave: revitalização, restauração, reabilitação, recuperação, fundo de vale.

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JORNAL BIOSFERAS – USO DE PROGRAMAS E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS DA INTERNET EM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Arthur de Lima Silva(1); André Luiz de Camargo Estevam (1); Isabella Bueno(1); Marcia Reami (2)

Pechula

(1). Graduando(a) em Ciências Biológicas na Universidade Estadual Paulista – IB - Rio Claro; (2). Docente do Depto de Educação – IB – UNESP – Rio Claro E-mail: arthurls.91@gmail.com; mreami@rc.unesp.br

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução O Biosferas é um projeto de extensão iniciado em 2009, cujo propósito central é estender a produção acadêmica e científica a toda a sociedade, através de um jornal on-line. Entre as responsabilidades da comissão editorial, composta por alunos de graduação em Ciências Biológicas, estão a criação de conteúdos (artigos e matérias), editoração e publicação, bem como a divulgação em mídias sociais e organização de eventos (minicursos, oficinas, palestras,etc.), além da publicação de uma edição anual impressa. A comissão editorial vem crescendo aos poucos, com aumento do número de bolsistas e de participantes voluntários. O resultado desse crescimento pode ser acompanhado a partir da participação e publicação de resumos e trabalhos em eventos acadêmicos. Além disso, oficinas e cursos tem resultado na capacitação dos alunos envolvidos, todos de formação científica, para a atuação também em áreas da comunicação. As experiências da comissão editorial têm trazido novas ferramentas para o jornal, permitindo maior interação com o público, aprimoramento das técnicas de produção e criação, estratégias de divulgação e aplicação de conceitos estéticos, de modo a valorizar e ampliar o alcance da divulgação científica, através de maior visibilidade na internet. Metodologia A dinâmica de trabalho vem se alterando nos últimos anos, mas tem se estabilizado à medida que os alunos fazem uso de novos programas e identificam-se com tarefas específicas dentro da comissão editorial. Formaram-se “núcleos” de produção e criação de conteúdos, revisão, editoração e webdesign, monitoramento estatístico e comunicação. Essas atividades

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específicas tem sido feitas com o auxílio de ferramentas pouco exploradas por profissionais da ciência, como Photoshop©, Gimp©, Corel Draw©, In-Design© e Dreamweaver©. Novas tecnologias de internet foram incorporadas, tais como as ferramentas do Facebook Developers©, voltadas à interação com o público a partir de mídias sociais, e o Google Analytics©, que permite monitorar a quantidade e características dos acessos à página. As informações obtidas a partir desses recursos permitem que novas estratégias sejam elaboradas, de modo a cativar novos públicos que ainda não são atingidos ou aumentar a interação com o já existente. Adotou-se periodicidade fixa em busca de maior padronização do trabalho, aproximando-o de mídias tradicionais em técnica. Ainda, deu-se início à elaboração de relatórios periódicos para um melhor acompanhamento crítico da produção e seu impacto. Resultados e Discussão Os núcleos de trabalho permitem que os alunos se identifiquem com as atividades da comissão editorial, estimulando o interesse e aprimorando a capacitação profissional. Assim, a divisão de tarefas e especificidade do trabalho tem colaborado para uma formação mais completa dos alunos envolvidos, aproximando a realidade do profissional cientista do divulgador de ciência. Isso tem aumentado a produtividade do projeto, tanto em qualidade técnica quanto em quantidade e diversidade de conteúdos. A quantidade total de acessos do segundo semestre de 2012 foi de pouco mais de 20 mil, enquanto o primeiro semestre de 2013 apresenta um valor superior a 50 mil. Comparando estes períodos, houve acréscimo de 11,32% de visitantes recorrentes em relação ao total de acessos. A quantidade total de acessos cresceu mais de 150% (190% em acessos advindos do exterior, destacando-se Portugal, EUA, Moçambique e Angola). Embora o crescimento geral da página (153%) seja notável e as ferramentas de busca (como o Google©, que aumentou 53%) ainda sejam a principal fonte de acessos, percebemos que o uso das ferramentas sociais trouxe resultados efetivos, como o crescimento de 76% a partir da rede ©

social Facebook e 98% do público fidelizado (acesso direto).

Conclusão Embora o projeto tenha quase cinco anos de execução, percebemos um crescimento rápido entre 2012 e 2013. O uso de tecnologias mais eficientes tem exercido papel fundamental no processo de formação da comissão editorial, e isso traz uma melhora efetiva na produtividade, assim como na qualidade do material produzido. Nota-se que o processo de desenvolvimento e atualização do projeto, assim como dos alunos envolvidos, deve acompanhar o desenvolvimento tecnológico da sociedade como um todo, para que mantenha em sintonia com esse público, através dos veículos e tecnologias que eles mesmos utilizam ou que lhes possa despertar interesse (justificando a constante busca por novas ferramentas). Ampliando a interação com o público através da internet, e quase somente

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a partir desse ambiente virtual, já foi possível alcançar resultados surpreendentes. Compensa que se continue investindo em recursos audiovisuais para ampliar esse retorno. Por fim, é importante ainda uma melhor aplicação direta de nossos conteúdos (fora dos ambientes virtuais) que possa permitir outros tipos de crescimento. Entre essas possibilidades estão o contato com professores da rede de ensino médio, a compreensão dos acessos internacionais e a tentativa de novos contatos e parcerias.

Apoio: Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX) - UNESP

Palavras-Chave: Divulgação científica, internet, jornalismo científico, mídias sociais.

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RESISTÊNCIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E REATÂNCIA DE INDIVIDUOS OBESOS AVALIADOS ATRAVÉS DA OSCILOMETRIA DE IMPULSO Cláudio Gonçalves de Albuquerque(1), Flávio Maciel Dias de Andrade(2), Marcus Aurélio de (2)

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(3)

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Almeida Rocha , Waldemar Ladosky , Edgar Guimarães Victor , José Ângelo Rizzo . (1),(2) MsC, Laboratório de Função Pulmonar do "Hospital das Clínicas", da Universidade Federal de Pernambuco - Recife – Brasil. (3) PhD. Departamento de Medicina Clínica e "Hospital das Clínicas" - Universidade Federal de Pernambuco - Recife – Brasil. (4) PhD. Laboratório de Função Pulmonar do "Hospital das Clínicas" e Clínica Departamento de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco - Recife - Brasil. E-mail: ftclaudioalbuquerque@gmail.com Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica Introdução: A obesidade está associada com a redução do volume pulmonar e obstrução ao fluxo aéreo expiratório. O sistema de oscilometria de impulso (IOS) é um método não-invasivo e sem esforço para avaliação da mecânica do sistema respiratório e permite a mensuração da resistência total do sistema respiratório, central e periférico (Rsr), separadamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar Rsr periférica e central e a reatância de indivíduos obesos. Materiais e Métodos: Foram recrutados 99 indivíduos, divididos pelo índice de massa corporal (IMC), em quatro grupos: um grupo de comparação - C (IMC = 18,5-29,9 kg/m2, n = 31), Grupo I - GI (IMC = 30,0 a 39,9 Kg/m2, n = 13), Grupo II - GII (IMC = 40,0-49,9 Kg/m2, n = 28) e Grupo III - GIII (IMC ≥ 50,0 Kg/m2, n = 13). Reatância do sistema respiratório, Rrs total (R5Hz) e central (R20Hz) e parâmetros de espirometria foram medidos; Rsr periférica foi calculado como a diferença entre a Rsr total e central (R5Hz-R20Hz). Resultados: Indivíduos dos grupos GII e GIII apresentaram aumento Rsr periférica e redução da reatância do sistema respiratório quando comparado com os outros. Quatorze pacientes foram excluídos porque não foram capazes de executar corretamente as manobras expiratórias forçadas para espirometria. Conclusão: IMC acima de 40kg/m2 resulta em aumento significativo na Rsr periféricos e menor reatância do sistema respiratório. Apoio: CNPq Palavras-chave: obesidade, oscilometria de impulso, mecânica respiratória, resistência, reatância.

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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO FACEBOOK: DE 2 A 200 MIL FÃS 1

Daniele Botaro , Olaf Malm, Valéria F. Magalhães 1

Pos-doutoranda em Divulgação Científica no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Av. Carlos Chagas Filho, 373, Bloco G, Sala G1-10. CEP:21941-902, Cidade Universitária, Rio de Janeiro – RJ – Brasil; danibot13@gmail.com

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: A internet foi a principal fonte de informação sobre ciência nos Estados Unidosem 2010. O uso de mídias sociais para a divulgação de informações sobre pesquisas científicas tem sido defendido por pesquisadores em todo o mundo como uma ferramenta de grande alcance, além de possibilitarem a expansão do diálogo entre cientistas e a população, e não somente entre cientistas. Apesar da tendência mundial de crescimento do uso das redes sociais, os cientistas ainda não exploram essa ferramenta para divulgação científica ou não o fazem de maneira eficiente.A educação escolar é importante para levar informação científica aos alunos, mas o que fazer com aqueles que já saíram da escola e não ouviram falar sobre o assunto? É aí que entram as mídias sociais. É lá que as pessoas estão e é lá que precisamos falar sobre ciência.No Brasil, em 2012, os sites de redes sociais detiveram o maior percentual (36%)das 27 horas mensais em que os internautas brasileiros estiveram conectados, liderados pelo Facebook, com quase 44 milhões de usuários únicos em dezembro de 2012. O objetivo do presente estudo foi o de analisar as estatísticas de acesso e compartilhamentos de duas fanpages brasileira sobre ciência, presentes no Facebook. Metodologia: As duas fanpages analisadas nesse estudo são Sim, nós temos cientistas, que possui cerca de 2 mil fãs (facebook.com/simnostemoscientistas) e Universo Racionalista que possui quase 240 mil fãs (facebook.com/universoracionalista). A fanpage Sim, nós temos cientistas! surgiu a partir da revista em quadrinhos com o mesmo nome, onde 4 personagens contam a história de 16 cientistas brasileiros. A página foi fundada em janeiro de 2013 e é administrada por 2 pessoas que produzem o conteúdo das postagens, principalmente relacionados a cientistas brasileiros. A fanpage Universo Racionalista, fundada em 2012, aborda assuntos sobre Arqueologia, Artes, Astronáutica, Astronomia, Astrobiologia, Astrofísica, Biologia, Ceticismo, Cosmologia, Filosofia,

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Física, Geofísica, Geografia, Geologia, História, Matemática, Neurociência, Paleontologia, Química, Saúde, Zoologia. A página possui uma equipe de contribuição de conteúdo formada por 92 membros (13 são administradores) das mais diversas formações e faz referência ao site "Universo Racionalista". Todos os dados mostrados nesse trabalho são fornecidos pelo Facebook que disponibiliza para os administradores as estatísticas de uso, acesso e compartilhamento de cada página. Resultados e Discussão: De acordo om o Facebook, para a página Sim, nós temos cientistas, a semana mais popular foi a de 24 de março de 2013, com a publicação “Cientistas...” alcançando 85.901 entre as idades de 18 a 34 anos. Sabemos que muito do público que segue a página é de professores que utilizam a revista como material de apoio em aulas de ciências, o que pode ser representado nessa faixa etária. Para a página Universo Racionalista, a semana mais popular foi a de 19 de maio de 2013, com pico no dia 21 de maio com a postagem “Superlua, 23 de Junho de 2013. Via: Science-fact. Fonte http://goo.gl/jks0D,

Postado por Douglas Rodrigues” que alcançou mais de

6.475.776pessoas. Somente nesse dia, a página ganhou novos 4832 fãsentre as idadesde 18 a 24 anos. O alcance total dessa semana foi de mais de 16 milhões de pessoas, acessando e compartilhando os conteúdos da página. Os acessos são originados principalmente do Brasil, seguido de Portugal. Outros países que não falam português também são notados e acredita-se que esses acessos sejam feitos por brasileiros que moram nesses países. Em relação às cidades do Brasil, vemos São Paulo e Rio de Janeiro na frente com a maioria dos acessos e uma predominância de acessos das capitais, principalmente as do sul e sudeste. Conclusão: Para as duas fanpages analisadas nesse estudo, é possível notar a boa aceitação e até engajamento (através dos compartilhamentos) do público em relação a assuntos de ciência em geral, das mais diversas áreas do conhecimento. O fato do público estar presente nas redes sociais é um grande incentivo e até uma vantagem que o cientista/divulgador possui para divulgar seu trabalho. Nesse espaço ele tem a oportunidade de falar para um público bastante diverso, de diferentes idades, origens, conhecimentos prévios e interesses, o que não seria possível através dos canais formais de comunicação que conhecemos. Porém, é importante ressaltar que o cientista/divulgador tem que aprender a se comunicar melhor e de forma mais eficiente, adequando a linguagem e, principalmente, explorando esses novos canais de comunicação.

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Apoio/Fomento: A página Sim, nós temos cientistas agradece à FAPERJ pelo financiamento para a produção da revista (E26/111.282/2012). Palavras-chave: divulgação científica, mídias sociais, Facebook, fanpage, popularização da ciência

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A PRAIA COMO AMBIENTE NÃO FORMAL DE ENSINO DE FÍSICA – O ESTUDO DAS ONDAS NA PRAIA DE BOA VIAGEM Eliana Priscila Cavalcanti de Brito1, Alberto Einstein Pereira de Araújo2. (1) Mestranda em Ensino das Ciências e Matemática na Universidade Federal Rural de Pernambuco. (2) Professor Doutor na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Educação. Email: nana_cila@yahoo.com.br. Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução Nesse trabalho estudamos formas de como abordar conceitos de física ondulatória na praia de Boa Viagem localizada na cidade de Recife, PE. Neste sentido, a praia pode ser encarada como sendo um espaço não formal de aprendizagem, onde pode construir tais conceitos de forma lúcida. Apesar do trabalho ter como foco temas relativos ao ensino formal, ele tem uma abrangência mais geral quando visa, também, estudar como os frequentadores habituais da praia podem aprender mais sobre a ciência ondulatória. Acredita-se que o ensino das ciências, atualmente, privilegia regras que devem ser exaustivamente treinadas, focando na mecanização, desenvolvendo níveis de abstração inadequada aos estudantes, e não permitindo aspectos de compreensão sistêmica, é uma forma de redução da capacidade destes conhecimentos. Partimos do pressuposto que uma aula de física realizada desta forma pode permitir uma maior apropriação do conteúdo, como algo que faz, de fato, parte de sua vida e está presente nos ambientes mais comuns. Assim, acreditamos que este trabalho se enquadra também no esforço de divulgar a ciência quando faz essa associação do ensino formal de ondas com o ambiente informal da praia. Metodologia Para a realização da pesquisa nos baseamos nos conteúdos das ciências expressos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) tendo a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel como fundamentação teórica. A pesquisa pode ser caracterizada como pesquisa qualitativa e como instrumentos de pesquisa na coleta de dados, sugerimos, questionários mistos. Para isso, foi desenvolvida uma intervenção onde os autores criaram uma aula expositiva para ser apresentada no ambiente informal. Nos PCNEMs os conteúdos estão apresentados em grandes temas, buscando definir a sua condição de complexidade na compreensão dos conteúdos. Neste sentido, construímos um modelo de aula de física em local informal de aprendizagem sobre ondulatória. Almejamos considerar um grau de complexidade ao tema, apresentando-o em seu ambiente natural, sem idealizações ou suposições, abordando de forma contextualizada em um espaço real. O que propomos aqui

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sugere a aplicação de questões que apresentem problemas similares aos reais do cotidiano, considerando a complexidade, onde seja possível uma atitude de investigação e conexões entre a equipe de alunos, as situações-problemas. Resultados e Discussão A ondulatória está presente no cotidiano das pessoas embora, geralmente, não seja apresentada a população desta forma. Achamos por bem que o público alvo para esta atividade seja livre, mas como um tipo de nivelamento. Podemos considerar que, preferencialmente, as pessoas integrantes do grupo acima de 12 anos e que tenha cursado, ou esteja cursando, o ensino médio escolar. Nossa pesquisa apresenta um perfil que se assemelha ao cunho qualitativo. Como tópicos dos conteúdos que vão delinear a ação, selecionamos etapas de conteúdos, que descrevemos como: As ondas e a praia; O que são ondas do mar; Mas o que são ondas em geral; Quais são os tipos de ondas; As ondas e o transporte de matéria; Elementos de uma onda e principais medições; As ondas que quebram; Como interagem as diversas ondas no mar; As ondas e os indivíduos; Os Tsunamis. A abordagem deve iniciar com questionamentos, visando partir do que estaremos vendo na praia e do que os atores trazem de conhecimento, para seguir disponibilizando informações científicas sobre estes tópicos. Conclusão Como esta praia é um cenário de bastante importância na região, optamos por utilizá-la como um local informal de aprendizagem. Desta forma, os envolvidos terão a possibilidade de adquirir este conhecimento de forma mais prática, além de conhecer um pouco mais sobre este espaço comum no seu cotidiano. Nesta perspectiva, procuramos abordar a física com o diferencial de mostrá-la associada a questões sociais, oceanográficas, entre outras. Buscando dispor de conteúdos para um foco específico desta abordagem, não vetando a possível relação entre eles. Acreditamos que brevemente possamos realizar esta ação e descrever resultados mais afinados sobre esta proposta. Entendemos que este trabalho, se bem compreendido pelos leitores, possa servir também de apoio para professores interessados em diferenciar alguma intervenção futura, ou apenas como incentivo para práticas didáticas fora da sala de aula. Concluímos que este é um modelo de aula possível, criado especificamente para facilitar e empolgar a aprendizagem da disciplina de física entre indivíduos de diferentes classes. A idéia de trabalhar de forma informal a física pode ter grande potencial envolvente, além de, possibilitar uma aprendizagem mais significativa. Apoio: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Palavras-Chaves: física, praia, ensino.

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A DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICOACERCA DO DIREITO À SAÚDE NOS ESPAÇOS DE DIÁLOGO DA EDUCAÇÃO POPULAR Erica Simone Barbosa Dantas(1) (1). Mestranda em Ciências Jurídicas na Universidade Federal da Paraíba E-mail: ericasimone@hotmail.com

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: A Educação Popular tem como referencial teórico a metodologia de Paulo Freire onde o processo pedagógico tem início a partir dos saberes dos sujeitos que farão parte do aprendizado. Nesta concepção teórica, a educação é alcançada através de um movimento contínuo de construção do aprendizado onde os sujeitos assumem o papel ativo de protagonistas de transformação da realidade. A Educação Popular em Saúde surgiu como possibilidade teórica e metodológica para o aprendizado de temas relacionados à saúde a partir da construção do saber de forma participativa, dialogada, respeitando a autonomia dos participantes. O Fórum Permanente de Educação Popular em Saúde da Paraíba consiste num espaço aberto de construção coletiva com a participação da comunidade, educadores populares, movimentos sociais, estudantes, professores universitários, trabalhadores e gestores em saúde. Este trabalho buscou relatar a experiência sobre a divulgação do conhecimento científico acerca do direito à saúde nos espaços de diálogo da educação popular em saúde. A relevância desta experiência consistiu em levar através da educação popular o conhecimento científico sobre o direito à saúde de forma simples e dialogada, respeitando as vivências e diversidade de saberes. Metodologia: Foram selecionados três principais assuntos relacionados ao direito à saúde para fins divulgação de forma interativa e dialogada durante a realização do II Encontro do Fórum Permanente de Educação Popular em Saúde da Paraíba: I - participação popular; II - controle social; III – efetivação do direito à saúde. O encontro foi realizado em setembro de 2012, sendo organizado pelo Programa de Educação Popular em Saúde da Universidade Federal da Paraíba, onde compareceram representantes da comunidade, trabalhadores, estudantes, professores e gestores da saúde. Neste espaço de construção coletiva foram sendo divulgadas de forma interativa, através de indagações sobre o significado dos temas, informações sobre o conhecimento acerca do direito à saúde, participação popular e controle social.

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Resultados e Discussão: As informações acerca do conhecimento científico relativo à efetivação do direito à saúde, educação popular em saúde e mecanismos de participação e controle social foram inseridas durante os debates e rodas de conversa do II Encontro do Fórum Permanente de Educação Popular em Saúde da Paraíba. Com esta experiência foi possível conhecer diversos olhares sobre o que era apresentado como reflexo da realidade de cada participante. Os resultados sinalizam a necessidade e importância de se levar o conhecimento científico para a população de forma que todos se sintam capazes de debater e interagir para um aprendizado que considere e respeite seus saberes e vivências. Conclusão: Considerando que as práticas educativas em saúde, a educação popular e o direito à saúde são fundamentais para conscientizar e emancipar a população, a divulgação do conhecimento científico acerca do direito humano à saúde num espaço de diálogo da educação popular representa um momento valioso de construção do saber de forma dialogada e propositiva no sentido de se adotar caminhos que propiciem um maior acesso ao conhecimento científico. Palavras-chave: Direito à saúde, Educação popular, Educação em saúde .

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PATOLOGIAS OCULARES PODEM SER CAUSADAS PELOS HÁBITOS PESSOAIS Humberto Dória Silva(1); Luiz Cláudio Pereira Dória(2); Cristiana Pereira Dória(3); Cristiane (4)

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Pereira Dória ; Maria do Carmo Tatiana Dória Silva ; Maria Tamires Dória Silva

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(1) Pesquisador, engenheiro eletricista, mestre em informática, doutor em génie des procédés pelo INPL, França e professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; (2) Engenheiro de sistemas, autônomo; (3) Bióloga, autônoma; (4) Engenheira de produção, autônoma; (5) Tecnóloga de informática, autônoma; (6) Estudante de fisioterapia da Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP E-mail: hdoria@ufpe.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica Introdução A família transmite características genéticas e hábitos, e, segundo trabalhos publicados em livros e revistas, desde 2010, os hábitos oculares são igualmente importantes na saúde dos olhos. Nestes trabalhos mostram que os olhos têm movimentos de variação angular, horizontal e vertical, e movimento de variação da curvatura da córnea, para compensação prismática, entre as projeções cônicas nos dois olhos, porém, os olhos podem apresentar o movimento patológico de variação angular torcional, resultante da dificuldade de variação da curvatura da córnea. Este movimento patológico provoca falha nos mecanismos de transferência de massa por convecção forçada, na córnea, no cristalino, na malha trabecular e no endotélio, que causam, em diversas regiões, acúmulo de resíduos metabólicos desidratados, devido à agitação não uniforme da massa móvel, pois, nas regiões com menor agitação, ocorrem, por decantação, a impregnação, ou separação dos resíduos com a eliminação da parte menos viscosa. Será mostrada a viabilidade do estudo preventivo das diversas patologias, cinetose, ambliopia, astigmatismo, hipermetropia, miopia, catarata, glaucoma, miiodopsia, epilepsia fotossensível, halos, entre outras, devido à sua precedência de sinais, mantidos ou adquiridos, desde a infância. Metodologia Os estudos foram baseados na interpretação do tratamento da presbiopia do primeiro autor, utilizando estímulos de luz e movimentos pré-determinados, com os olhos ou com a cabeça, para encontrar uma justificação científica, coincidente com os sintomas patológicos descritos por diversos entrevistados e com a interpretação das informações teóricas de base bibliográfica. Para a compreensão da experiência de Scheiner, em 1619, foi elaborado um esquema com base em uma caixa, com diversos furos minúsculos, em uma face, com o formato de uma calota, e, em seu interior, um papel fotográfico. Para avaliar a evolução do tratamento, foi usado o entendimento do esquema, onde: a imagem gerada, por uma fonte de luz circular simples, é incidente na retina em diversas superposições. Inicialmente havia uma dispersão nas direções horizontal e vertical, com, respectivamente, três e dois diâmetros. Para

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o entendimento da variação da pressão intraocular foi usado a simulação de uma equação diferencial linear, para uma variação exponencial da pressão intraocular, em função da variação do volume do humor aquoso, admitida com consequência da variação da curvatura da córnea. Para explicar a formação da degeneração macular foi admitida a teoria de cores de Young-Helmholtz e o depósito capilar na retina. Resultados e Discussão No entendimento dos autores, os músculos oblíquos têm a função de modificar as dimensões da imagem projetada sobre a retina nasal, para manter a fusão geométrica, com a imagem projetada sobre a retina temporal contralateral. Os músculos retos têm a função de manter o eixo visual no alvo. Os músculos ciliares têm a função de manter nítida, na fóvea, a imagem de interesse. Desta forma, os músculos ciliares são os mais rápidos e os músculos oblíquos são os mais lentos. Conforme algumas publicações, o sistema oculomotor dos neonatos saudáveis é imaturo e apresentam movimentos sacádicos e vergenciais, que também, são verificados em adultos saudáveis. Por outro lado, é fácil constatar, movimentos irregulares da luminosidade de um led, com baixa potência luminosa, na observação monocular ou binocular, durante o movimento oscilatório rápido da cabeça, num ambiente com pouca luminosidade. O movimento em observação monocular é entendido como instabilidade dos músculos ciliares e retos, no entanto, o binocular é entendido como instabilidade dos músculos retos e oblíquos, que correspondem, respectivamente, as sacadas e as vergências. A lateralidade ocular pode ser estimulada durante o processo da aprendizagem da escrita, pois, é vicioso o olhar, às vezes monocular, para a ponta do lápis. Conclusão É demonstrado que a instabilidade oculomotora é iniciada na infância e provoca o movimento patológico torcional, prejudicando os mecanismos de transferência de massa por convecção forçada, na córnea, no cristalino, na malha trabecular e no endotélio, que causam diversas patologias secundárias. Estas patologias foram explicadas nos modelos descritos em oito trabalhos, expostos em cinco conferências internacionais. Quatro trabalhos foram publicados em três revistas conceituadas e três trabalhos compõem os capítulos em dois livros. O estudo preventivo das patologias oculares é viável, porque o processo usado para a recuperação da presbiopia é não invasivo, porém, é necessário que uma universidade brasileira promova a defesa de tese sobre a estabilidade dinâmica, na formação da imagem binocular. Com a base científica defendida na tese, uma equipe de profissionais, em múltiplas áreas, pode avaliar e descrever os exercícios preventivos. A Lei Nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012, está na oposição do tema Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Soberania Nacional, da Mostra Científica do 3º Salão Nacional de Divulgação Científica, pois, impõe, para a defesa de tese, 24 anos de vida acadêmica, ou a impossível transformação de tese em memorial descritivo, para função de Professor Titular.

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Apoio/Fomento: Todos os recursos utilizados para pesquisa, desenvolvimento, apresentação e divulgação dos trabalhos foram, somente, dos próprios autores. Palavras-chave: Instabilidade oculomotora, Movimento torcional, Movimento sacádico, Movimento vergencial, Movimentos oculares

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TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS E A RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL NA CIDADE DE LAGOA DO CARRO - PE Marcelo Victor de Arruda Freitas(1); Thiago Vasconcellos Modenesi(2) 1

Graduando em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; 2Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Email: mvictorarruda@hotmail.com Eixo temático: Experiências e propostas em divulgação científica

INTRODUÇÃO: Este artigo tem como principal objetivo relatar as experiências com um grupo de professores da rede municipal de ensino da Mata Norte e a aplicação da Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud, usada como estratégia de ensino da matemática nas séries fundamentais no município de Lagoa do Carro, Pernambuco. Esse trabalho foi idealizado a partir dos resultados, tidos como insatisfatórios, dos alunos da Mata Norte no monitoramento realizado pelo Instituto Ayrton Senna e propõe a reavaliação dos métodos matemáticos de ensino dos campos aditivo e multiplicativo desde as séries iniciais do ensino fundamental. METODOLOGIA: Os baixos índices nas avaliações de matemática, as principais dúvidas na interpretação e resolução de problemas do campo aditivo e multiplicativo e as dificuldades na interpretação de gráficos e tabelas foram analisados tendo como referência os dados do Monitoramento Anual realizado pelo Instituto Ayrton Senna contendo as médias gerais dos alunos das séries iniciais do ensino fundamental da Mata Norte. Os dados fornecidos a partir do monitoramento foram expostos em recursos áudio e visuais e, a partir deles, foram discutidas estratégias e métodos de melhorar os resultados verificados a partir da problemática levantada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O debate sobre os problemas apresentados aos professores teve seu foco em torno das dificuldades que os estudantes apresentam na hora de diferenciar as operações a serem utilizadas na resolução dos problemas de campo aditivo e/ou multiplicativo e a mobilização dos conhecimentos obtidos para sua aplicação em problemas de ordem semelhante. Identificadas as possíveis causas da problemática, foi apresentada a Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud, enfatizando os campos aditivo e multiplicativo, suas características, além de situações didáticas relacionadas aos diferentes tipos de problemas. CONCLUSÃO: A partir dos dados analisados e debates realizados acerca da problemática proposta, pudemos avaliar estratégias e métodos que possam promover o desenvolvimento do raciocínio aditivo

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com maior eficácia introduzindo os conceitos de multiplicação e divisão com base nesses esquemas de ação, além da identificação de problemáticas que envolvem, não somente o caminho percorrido pelos estudantes até a solução do problema, mas também o conhecimento acerca do conteúdo, as estratégias e métodos de ensino utilizados pelos professores acerca das questões relativas aos campos aditivo e multiplicativo. Palavras-chave: Educação, Campos Conceituais, Campo Aditivo, Campo Multiplicativo.

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EXPERIÊNCIAS PALEONTOLÓGICAS: UMA PROPOSTA PARA DIVULGAÇÃO DAS RIQUEZAS FOSSILÍFERAS PARA OS ALUNOS DA REDE BASICA DE ENSINO NA REGIÃO DO CARIRI

Maria Jânia Dias Leite(1); Ana Beatriz Brandão de Araújo(2) (1).Depto. de Ciências Sociais – URCA; (2).Depto. de Educação – URCA

E-mail: janiadias@sesc-ce.com.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: Desde os tempos mais remotos, o homem se surpreende com a descoberta de fósseis e artefatos, assim como, com a sua importância na reconstituição da história. Partindo desse pressuposto, realizamos uma sequência de oficinas, com o intuito de divulgar e consolidar a importância dos registros paleontológicos na história da Região do Cariri Cearense. Este se destaca por possuir uma das maiores reservas fossilíferas do período Cretáceo. Os estudos desenvolvidos com os projetos seqüenciais desta proposta compõem um equipamento propulsor para investigação, difusão científica e cultural da Paleontologia do Cariri Cearense. Nesta perspectiva instigamos o interesse das crianças e pré-adolescentes, num debate para apreensão e discussão do tema, partindo das informações da mídia sobre o “Dinossauro”, como espectro uno de fóssil, utilizando ainda, materiais científicos para o reconhecimento do fóssil e dos tipos encontrados na região. Partindo destes pré-supostos o objetivo principal foi oportunizar oficinas e sequências de acompanhamento, com momentos de encontro para apresentação/socialização dos materiais pesquisados, trazendo discussões sobre a biota Cretácea na Chapada do Araripe, o conceito de Paleontologia com algumas de suas peculiaridades e a Geologia histórica da região. Metodologia: Após uma pesquisa com diálogo e registro das idéias expressadas por crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede básica de ensino, notamos a superficialidade das informações relacionadas aos fósseis, além de informações relativamente inconsistentes sobre a Paleontologia local. Notamos que boa parte da população possui um “conhecimento empírico” sobre fosseis, contudo, não fazem relação com a Paleontologia. Toda essa riqueza histórico/científica está à disposição em vários lugares (museus e exposições). Assim, inicialmente ocorreu entre as crianças, um debate para levantamento dos conhecimentos

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prévios durante a oficina. Para tanto, partimos da apresentação de imagens contidas em vídeos, encartes e slides, que proporcionaram discussões, com levantamentos de novas hipóteses sobre o processo fossilífero. Diante das ideias que surgiram, confrontamos com leituras de textos científicos, chegando a algumas conclusões. A partir deste embasamento teórico seguimos para a 2ª etapa. Apresentamos os exemplares fósseis (peixes, vegetais e insetos), conduzindo de forma didática à compreensão da evolução dos tempos e a fossilização. Para estimular o aprendizado do contexto, fornecemos a todos, argila e elementos vegetais, para a simulação do processo de fossilização. Resultados e discussão: A abordagem da Paleontologia, neste contexto de valorização dos componentes da diversidade histórico/cientifico da região do cariri cearense, proporciona o interesse pela busca do conhecimento científico. Este é um dos papeis da escola, e a paleontologia pode ser trabalhada, não só como ciência, mas como tema interdisciplinar, auxiliando no entendimento de outras disciplinas e servindo como ferramenta para seus estudos. Observou-se que o resultado foi além das expectativas, pois trouxe respostas às dúvidas dos grupos, além do reconhecimento do fóssil na rocha, enquanto elemento resultante de um processo físicoquímico. Assim propiciamos pontos de difusão na comunidade local, que serviram de mecanismo na construção das representações de aspectos paleontológicos a serem compartilhados em coletividade. Essas construções operam demonstrando a importância da preservação e consciência de que o fóssil revela um mundo real, antes desconhecido. Este projeto foi apoiado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil que incentivou na execução, assim como na continuidade dos que estão em andamento, promovendo um ambiente de troca de experiências, baseada em conhecimentos científicos e aspectos sócioculturais, promovendo aprendizagens e um novo sentido ao passado paleontológico da região. Conclusão: Por meio de uma proposta concisa, oportunizamos a divulgação e contribuição do conceito da Paleontologia. Atualizando a comunidade inserida neste contexto, a realidade geológica e paleontológica do lugar onde mora. Exploramos a idéia da compreensão da memória do lugar em relação as riquezas fossilíferas, e de uma reatualização do passado remoto, levando-se em conta as demandas do presente, os enquadramentos e a constituição de lugares, utilizando-se desse referencial teórico repensando a compreensão da construção/reconstrução das identidades sociais da Região do Cariri Cearense, a partir das representações midiáticas vivenciadas. Os participantes demonstraram, durante toda a proposta, um interesse em perguntar para compreender os processos (piritização, limonitização ou carbonização), que deram origem ao fóssil existente na Chapada do Araripe, suas características e bom estado de preservação. Foi

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disponibilizado aos presentes, replicas de fósseis para manipulação, na tentativa de ancorar os seus conhecimentos prévios e experiências, às novas idéias dos conceitos discutidos. Toda esta vivência trouxe como retorno, a consciência da preservação do que a Região do Cariri Cearense oferece. Apoio/Fomento: UFC, URCA e CCBNB. Palavras-chave: Cariri, Riquezas fossilíferas, Divulgação da Paleontologia

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USO DO GEOPROCESAMENTO NA AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ENTORNO DA CIDADE ADMINISTRATIVA PRESIDENTE TANCREDO NEVES BELO HORIZONTE/MG RafaelTavares de Lucena Lotti Vieira(1); Eliane Silva Ferreira Almeida (2);

Graduando em Engenharia Ambiental pela Universidade FUMEC

(1)

Coordenadora da

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Pesquisa, Mestre em Organização Humana do Espaço pela UFMG/IGC ; E-mail: rafael.lotti@fumec.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução Objetivando centralizar o funcionalismo estadual, o governo de minas lançou mão do empreendimento Cidade Administrativa, que é foco de investimentos, além de emanar suntuosos equipamentos construtivos. Instalado no Vetor Norte de Belo Horizonte o empreendimento demonstrou a saturação da região sul da capital, que se apresenta com soluções limitadas para o desenvolvimento econômico. A perspectiva do empreendimento atraiu financiamentos para instalação de loteamentos e de novas infraestruturas, culminando no início de um processo de desenvolvimento encaminhado pela modificação na forma e intensidade da ocupação do solo. O planejamento do uso e ocupação do solo torna-se indispensável através da necessidade de evitarem-se colapsos de fluxo. De modo a conhecer-se esta dinâmica especificam-se os aspectos sociais existentes na área de estudo e as modificações da região, advindas ou não da instalação da Cidade Administrativa. Buscou-se apresentar resultados que envolvessem a sociedade civil e o planejamento do espaço frente aos usos nele apropriados em razão de uma reorientação sociopolítica, apresentando o uso do geoprocessamento para a formulação de um Sistema de Informações Geográficas com a intenção de analisar o planejamento do solo urbano na área de estudo. Metodologia A pesquisa buscou representar espacialmente os resultados da avaliação socioambiental do uso e ocupação do solo no entorno da Cidade Administrativa. O levantamento bibliográfico realizado balizou a definição dos indicadores relevantes das áreas sociais para avaliação do desenvolvimento influenciado pela instalação do empreendimento na região.

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Definiu-se a área de estudo em função do limite territorial da Cidade Administrativa, permitindo a avaliação da influência do empreendimento na região perante a complementação da infraestrutura e comércio locais. A adaptação da metodologia de Survey definiu a pesquisa como quantitativa, com o proposito descritivo e método de corte-transversal, a fim de identificar quais infraestruturas estão manifestas na área amostral. A região amostral foi definida por quotas, abrangendo a maior parte do território, considerando uma amostra garantidora de resultados. Realizaram-se atividades de campo durante o mês de abril de 2012, onde foram levantadas as unidades dos itens fundamentais para a viabilização da avaliação. Inventariados as estruturas das áreas envolvidas, utilizou-se o Sistema de Informações Geográficas que possibilita o encaixe das informações pretendidas para produzir layouts que registrem e transpareçam com clareza às informações buscadas. Resultados e Discussão A avaliação socioambiental da área necessita de ilustrações claras, que identifiquem historicamente as melhorias trazidas com a colocação do equipamento na região, exprimindo a infraestrutura e comércio locais e a época de início das atividades dos mesmos. Ao identificar os equipamentos pré-instalação ou pós-instalação da Cidade Administrativa na área, levantando a diferença temporal das estruturas apresentadas, utilizou-se o Sistema de Informações Geográficas para aprimorar a eficiência da análise, através da facilidade de visualização temática das influências das infraestruturas e comércios locais, disponíveis para comparações práticas necessárias durante o estudo. Com a praticidade no acesso aos resultados da pesquisa de campo, as compreensões das interações que acontecem na região surgem em layouts personalizados especificamente para disseminar os diagnósticos oriundos do estudo e análise socioambiental. Os resultados obtidos resumem os indicadores analisados, referente a cada área social aplicadaà pesquisa, demonstrando a distribuição espacial dos equipamentos na região de estudo e as datas de inauguração, formalizando poucas transformações no espaço em função da instalação da Cidade Administrativa. Conclusão O Sistema de Informações Geográficas demonstrou a eficiência no tratamento das informações coletadas e na criação de mapas temáticos com características principais para o acompanhamento, monitoramento e gerenciamento do território municipal. Identificou-se a relação dos equipamentos e a deficiência dos sistemas de infraestruturas na região do entorno da Cidade Administrativa, como circulação, comércio, segurança, saúde, cultura e lazer, dentre outros.

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A utilização de mapas temáticos que possibilitem o manuseio de informações vetoriais e matriciais das áreas ambientais facilita a percepção da realidade. Através do uso do geoprocessamento é possível garantir que o planejamento urbano através desta ferramenta é essencial para o desenvolvimento contínuo do município proporcionando organização adequada das infraestruturas. O uso do geoprocessamento aperfeiçoa o processo de análise em estudos e pesquisa, tornando a utilização desta ferramenta inaudita quando se trata de planejamento espacial. Apoio: FUNADESP, FUMEC. Palavras-chave: Geoprocessamento, SIG, Cidade Administrativa, uso e ocupação do solo.

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EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS MUDAM RUMO DA METODOLOGIA CIENTÍFICA Nilce Mazarello Mendes Cerqueira¹ (1) Mestre em Educação/ Faculdade Pio Décimo E-mail: nilcemendes@bol.com.br

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica Introdução: Este trabalho aborda experiências que vem mudando os rumos da disciplina „metodologia científica‟, num curso superior de Sergipe. A legislação educacional brasileira orienta a formação do estudante no tripé ensino - pesquisa – extensão, culminando com um trabalho final, fruto de investigação científica. A pesquisa, na maioria dos centros de formação, fica a cargo da metodologia científica que, pelo formato técnico e, por vezes normalístico, costuma afastar o aluno das aulas, seja pelas dificuldades com a nomenclatura e normas ou pelo conteudismo descontextualizado e sem atrativo para os mesmos. Diante desse contexto e, verificando as possibilidades de aplicação de novas estratégias didáticas, a presente pesquisa teve o objetivo de identificar a relação entre o uso dessas experiências na metodologia científica e seus desdobramentos no comportamento dos alunos frente à sua relevância acadêmica e profissional. Esta exposição evidencia a relevância de refletirmos essas ideias e contribuições que podem alterar a realidade do que vem ocorrendo nos cursos superiores brasileiros. Para tanto, o trabalho apresentará as estratégias didáticas e seus desdobramentos em: comportamento/atitude, cotidiano/rotina da disciplina e a avaliação/desempenho dos acadêmicos a partir dessas experiências. Metodologia: Com abordagem quali-quantitativa, a pesquisa do tipo participante, foi realizada ao longo de seis semestres letivos, no curso de direito de uma faculdade particular de Aracaju – Sergipe durante as aulas de metodologia científica. Para a coleta dos dados, a pesquisa contou com todos os recursos e estratégias que envolveram o plano de ensino da disciplina. Para coleta de dados específicos, foram usados: questionário, entrevista, observação e análise de documentos como diários e anotações. Os sujeitos da pesquisa foram: acadêmicos iniciantes e os ex-alunos da disciplina (do 2º ao 7º período), professores do 9º e 10º período do curso, (ligados a TCC/monografia) e, funcionários da instituição. A análise, feita por categorias contou com anotações de aulas, avaliação dos diários, fotografias de estratégias didáticas usadas, conversas formais e informais com os alunos bem como, diálogos com demais professores de metodologia ou de TCC do curso. Os equipamentos para sua realização pautaram em materiais de escritório e computadores, impressoras, gravador, máquina fotográfica além de ambientes diversificados, como biblioteca, laboratório de informática, salas de prática jurídicas, sala de multimídias etc.

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Resultados e Discussão: Nesses três anos, variados procedimentos e recursos didáticos foram usados, inclusive interpessoal. Há o intercâmbio entre iniciantes e concludentes, passando por aulas em ambientes diversos, atividades dirigidas e a inclusão de pesquisas. Os professores reconhecem a inovação na abordagem de temas com uso de vídeos, músicas, frases e discussão sobre estudos do cérebro humano. Além dos textos teóricos sempre há o convite para que ex-alunos troquem experiências. Os funcionários dizem do movimento que isso deu ao campus. Nos laboratórios de informática, os mais experientes ajudam os iniciantes quanto ao acesso e desafios propostos como atividade. Outra inovação é apresentar o site da ABNT antes de estudarem as normas. Os iniciantes assistem as apresentações dos concluintes podendo perceber o que é uma pesquisa. A troca tem sido vista como positiva por todos. O uso de monografias na biblioteca aumentam a argumentação e escrita dos iniciantes. Na biblioteca, apenas o barulho incomoda um pouco. Outra descoberta positiva foi a elaboração de material permanente de consulta (portfólios, compêndios, banner)para os alunos novatos. Outro aspecto positivo nos depoimentos foram os assuntos das palestras e a percepção da melhoria no desempenho dos alunos nos diários de classe. Conclusão: Os dados permitiram identificar que professores, alunos e funcionários admitem melhorias mas, alertam para o fato de um semestre ser pouco para trabalhar com riqueza toda a ementa.Os diários revelam maior aprovação na disciplina e melhor desempenho na elaboração e formatação de trabalhos acadêmicos.Os professores tem sentido maior envolvimento dos alunos com o tema „pesquisa‟ e um crescimento no interesse por fazerem mais pesquisa. Quanto às estratégias didáticas percebe-se melhor aproveitamento dos espaços físicos, recursos, metodologia de trabalho e forma de avaliação. Já os professores deixam claro que uma abordagem tão instigante precisa urgente de pesquisas que atendam as novas demandas de interesse que tem crescido no curso. Aos alunos, a amplitude de recursos e livros são grandes conquistas mas, acreditam que ainda precisam de mais grupos de pesquisa e participação em eventos científicos que divulguem suas ideias e experiências. À luz do objetivo da disciplina e do Projeto Pedagógico do curso é possível afirmar que muito foi feito e muito se tem colhido. Percebe-se a percepção da relevância da disciplina por todos da faculdade com menção à necessidade de ter um esforço multidisciplinar que viria a fortalecer a formação desses acadêmicos de direito. Apoio: Faculdade Pio Décimo Palavras-chave: Experiências, Didática, Metodologia Científica.

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INFLUÊNCIA DA FUNÇÃO COGNITIVA SOBRE A PRESENÇA DE HESITAÇÃO NA MARCHA E SOBRE A FASE DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE PARKINSON Adriana Carla Costa Ribeiro Clementino1; Ariadne Maux2; Rebeca Oliveira de Castro3; Amdore Asano4; Kátia Karina do Monte-Silva5 (1) Doutoranda – Programa de Pós-graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da UFPE; (2) Graduanda do curso de Fisioterapia da UFPE; (3) Graduanda do curso de Fisioterapia da UFPE; (4) Mestre, neurologista do Hospital das Clínicas da UFPE; (5) Doutora, docente do curso de Fisioterapia da UFPE e Orientadora do Programa de Pós graduação em Neuropsiquiatria e ciências do Comportamento da UFPE E-mail do autor: aribeiro@hotlink.com.br Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: A disfunção na marcha é típica em pacientes com doença de Parkinson (DP) e está associada a um aumentado risco de quedas e perda da independência funcional. O desempenho funcional pode ser influenciado por disfunção cognitiva e episódios de hesitação da marcha. Embora a literatura tenha considerado que na DP o intelecto permanece preservado, déficits cognitivos são clinicamente aparentes, detectados por testes específicos mesmo em fases iniciais. A Montreal Cognitive Assessment (MoCA) é uma escala validada, capaz de identificar pacientes com disfunção cognitiva moderada que usualmente mostram desempenho no Mini Mental Statement Examination em faixa normal. Escores menores que 21 estão associados a quadros demenciais na DP, abaixo de 26 à disfunção cognitiva moderada. A Dynamic Gait Index- DGI (validada por De Castro e cols, 2006) é uma ferramenta de alta confiabilidade adaptada culturalmente que avalia incidência de freezing ao andar 6 m em ambiente com estreita base de suporte.

Objetivou-se testar a influência da função cognitiva sobre a

incidência de hesitação na marcha e a influência da fase da DP na instalação de disfunção cognitiva. A relevância da pesquisa reside no conhecimento dos fatores de influência sobre as quedas em pessoas com doença de Parkinson. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, transversal realizado entre junho e dezembro de 2012 no Hospital das Clínicas da UFPE. Doze indivíduos (8 homens e 4 mulheres) com doença de Parkinson idiopática, com escala de estadiamento para evolução da DP entre 1 e 3, segundo a escala de estadiamento da evolução da DP de Hoehn & Yahr (H&Y) e diagnosticados por neurologista especialista em desordens do movimento assinaram termo de consentimento esclarecido e livre para participar desse estudo. Os critérios de inclusão foram faixa etária entre 40 e 80; ausência de depressão segundo escala Hospital Anxiety and Depression test, implantes

metálicos;

histórico

negativo

para

AVC,

cardiopatia

ou

desordens

musculoesqueléticas; e ausência de história de traumatismo craniano.

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Resultados e discussão: O teste de Correlação de Pearson mostrou ausência de correlação entre o MoCA e o FGA (p=0,188); o mesmo ocorrendo na análise de correlação entre o MOCA e o FOG-Q (-0,107) (p=0,741), como também entre o MoCA e o Hoenh & Yahr (-0,250) (p=0,433) por meio do software SPSS versão 20.0. A duração média da doença foi de 40,3 meses. Segundo a literatura, nessa fase inicial, é comum se observar escores elevados na MoCA, havendo preservação da função cognitiva. A média dos escores do MoCA de 21,8 dos pacientes com DP avaliados (escolaridade: 5 anos) é considerada pela literatura como indicativa de demência, no entanto, a amostra avaliada desenvolve atividades de vida diária com completa independência e apresenta excelente orientação espaço temporal. Não se observou associação entre o grau de disfunção motora pra marcha com a evolução da doença, nem lentificação na velocidade conforme relatado por Rochester e cols. (2004). Cinquenta por cento dos indivíduos em fase inicial da doença (H&Y de 1 ou 1,5) apresentaram escores médios de 22+2,83 (+DP) no MoCA, sugerindo importante comprometimento na função cognitiva. A MoCA pareceu ser uma escala que avalia habilidades pouco desenvolvidas na população estudada já que 91,7% da amostra mostrou comprometimento cognitivo igual ou inferior a 25. Conclusões: Não se observou associação entre a função cognitiva e a presença de hesitação ou alteração na velocidade da marcha nem entre a fase da DP e a presença de disfunção cognitiva. Considerando que muitos dos indivíduos estudados, apresentam escores normais no item mobilidade do PDQ-39, mostrando independência no desempenho das atividades laborais diárias, sugere-se análise da influência da função cognitiva na mesma população com amostra maior. Apoio/ Fomento: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco/ UFPE

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Marcha; Disfunção cognitiva.

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ARQUITETURA DE MUSEUS: TEORIA E PRÁTICA EM AÇÕES DE MONITORIA Rosely Fernandes Bezerra¹ (1). Graduanda em Museologia pela Universidade Federal de Sergipe E-mail: roseloli-bezerra@hotmail.com

Eixo temático: Experiências e Propostas em divulgação Científica

Introdução: O presente resumo trata-se da apresentação da proposta de trabalho a ser desenvolvida como Monitora da disciplina Arquitetura de Museus do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe, sob a coordenação da Prof.ª MSc. Priscila de Jesus. O objetivo é conjugar teoria, por meio das referências bibliográficas relacionadas ao assunto abordado e que serão discutidas em sala de aula, e prática, através das visitas técnicas que serão realizadas em algumas instituições do Estado, visando instigar nos discentes uma reflexão crítica, com embasamento teórico-prático, acerca dos problemas e dificuldades enfrentadas pelas instituições Museológicas locais, com relação ao edifício que os abriga. Observando os impactos sofridos e causados em decorrência da adaptação de edifícios como espaço para Museus e até mesmo aqueles que são projetados para ser Museu, o que não vem a ser o caso da realidade sergipana. Metodologia: A atividade teve início no mês junho e se estende à setembro do corrente ano, equivalendo ao semestre letivo 2013/1. Seu desenvolvimento compreende duas etapas: na primeira serão trabalhados os textos por meio de encontros, em sala de aula, para discussão e realização de seminários, como forma de avaliação, nesse momento os participantes terão a oportunidade de conhecer e dialogar com os autores que trabalham esse tema;na segunda etapa serão realizadas as visitas técnicas às instituições, previamente selecionadas, para análise da arquitetura e seus impactos, panorama da situação dos museus do estado de Sergipe, com elaboração de relatórios. Resultados e Discussão: Espera-se com esse trabalho, proporcionar aos participantes condições favoráveis para que possam identificar os impactos causados e sofridos pelos museus com relação a sua arquitetura, principalmente no caso dos museus que são instalados em espaços adaptados, pondo em risco um dos itens que fazem parte da função do museu, que é a preservação do seu acervo. Questões como segurança, acessibilidade, conforto do visitante, dentre outros elementos, são temas que serão abordados por estarem associados à arquitetura do edifício.

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Conclusão: O trabalho encontra-se em sua fase inicial, contudo é conveniente ressaltar a contribuição que essa ação estará proporcionando tanto aos discentes participantes, por ter a oportunidade de colocar em prática os ensinamentos obtidos em sala de aula, como para os museus trabalhados, pois ao servir de laboratório para os discentes de Museologia, recebem como retorno, diagnósticos, avaliações, ou até mesmo ações de outra natureza, podendo ser aproveitada, por parte da instituição, para melhorias. Apoio: PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO, DEPARTAMENTO DE APOIO DIDÁTICOPEDAGÓGICO – DEAPE/UFS Palavras-chave: Museologia, Museus em Sergipe, Arquitetura de Museus.

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O ENCONTRO PERNAMBUCANO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (EPEDIC)

Simão Dias Vasconcelos(1); Kênio Erithon Cavalcante Lima(2)

(1) Dr. Em Zoologia (University of Oxford), Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco, Grupo de Pesquisa Ensino de Biologia, Bolsista de Produtividade CNPq (2) Doutorando em Educação (UFPE), Professor Assistente, Universidade Federal de Pernambuco, Grupo de Pesquisa Ensino de Biologia, Coordenador do PIBID Biologia, UFPE E-mail: simaovasconcelos@yahoo.com.br Eixo temático: Experiências e propostas em divulgação científica Introdução: A escassez de oportunidades de divulgação científica no interior de Pernambuco tem como nefasta consequência a exclusão de crianças e adolescentes do processo de alfabetização científica, entendida como o conjunto de repertórios necessários para enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais tecnológica. Jovens de grande talento poderiam seguir uma brilhante carreira de cientista caso situações didáticas simples, como o uso de espaços nãoformais de aprendizagem fossem oferecidas ao longo de sua formação. Pernambuco, particularmente, ostenta péssimos indicadores de aprendizagem científica, uma situação que parece ser mais grave em escolas públicas do interior do estado. Com base nesta situação problemática, o Grupo de Pesquisa Ensino de Biologia da Universidade Federal de Pernambuco propôs, como parte de suas atividades, a organização de um evento científicoextensionista dedicado à popularização de conhecimentos científicos tendo como eixos centrais “Saúde”, “Meio Ambiente” e “Biodiversidade”. O evento foi voltado para alunos do ensino básico da rede pública, e teve como organizadores, expositores e monitores estudantes e profissionais dos cursos de Licenciatura. Metodologia A organização do evento seguiu os trâmites legais e burocráticos, a saber: elaboração do projeto, aprovação nas instâncias competentes e registro no sigproj. Sua concepção baseou-se na diversidade de formatos e temas, incluindo mostras fotográficas, exposição de trabalhos de pesquisa conduzidos por alunos do ensino básico da rede pública, do tipo “Feiras de Ciências”. Foram abertas inscrições para monitores e expositores, e a divulgação foi realizada por meio de mensagens por meio eletrônico, correspondências formais, contatos telefônicos, e visitas a escolas do município de Vitória de Santo Antão (Zona da Mata de Pernambuco) e cidades vizinhas. Após ampla divulgação, o evento foi realizado nos dias 21 e 22 de novembro de 2012 nos períodos da manhã e da tarde, nas instalações da Universidade Federal de Pernambuco, campus de Vitória de Santo Antão. Ao longo do período anterior ao evento foi estimulada a participação de estudantes vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).

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Resultados e Discussão O evento consistiu das seguintes atividades: a) mostra de trabalhos de Feiras de Ciências do Ensino Básico; b) mostra de trabalhos científicos do Ensino Superior; c) estandes interativos sobre Biodiversidade; d) Tenda da Saúde; e) salas temáticas com vídeos, dinâmicas e exposições de seres vivos; f) mostra fotográfica competitiva e g) atividades socioculturais. Ao todo participaram 18 professores envolvidos em cursos de Licenciatura, Nutrição, Educação Física e Enfermagem. Oitenta e dois estudantes monitores de diversos cursos proporcionaram apoio logístico aos visitantes do evento, enquanto 74 estudantes de graduação e pósgraduação atuaram como expositores nos estandes interativos. Vinte e três trabalhos de Feiras de Ciências e 25 do Ensino Superior foram expostos, assim como 26 fotografias. Houve a participação de cerca de 450 alunos do ensino básico da rede pública de Vitória de Santo Antão e municípios vizinhos, além de graduandos de cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas e Pedagogia. Houve sensibilização de autoridades da UFPE e do governo do Estado. Curiosamente, apesar de ampla divulgação, a participação da comunidade externa foi limitada. Apoio: O evento foi parte do projeto “Cientistas na Praça: A Biodiversidade Nordestina nas Feiras de Ciências de Pernambuco”, financiado pelo CNPq/MCT, por meio do edital 51/2010. O primeiro autor é bolsista de produtividade do CNPq.

Palavras-chave: alfabetização científica, ensino básico, licenciatura, exposições interativas, Feira de Ciências

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SÍNDROME DE BURNOUT NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO DO VALE DO SÃO FRANCISCO Suellen Cristina Dias Emidio1; Ariane Queiroz de Sousa2; Ana Cleide da Silva3; Viviane Euzébia Pereira Santos4.

(1)Mestranda em Ciências da Saúde e Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco; (2) Enfermeira pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE; (3) Enfermeira especialista em Enfermagem do Trabalho pelo Centro Educacional São Camilo e Adjunta da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE; (4) Doutorada em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina, professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

INTRODUÇÃO A Síndrome de Burnout designa aquilo que deixou de funcionar por um esgotamento energético. É formada por três dimensões relacionadas, mas independentes: exaustão emocional (EE), despersonalização (DE) e diminuição da realização pessoal (RP). Segundo Vieira et al (2006), a EE caracteriza-se por fadiga intensa, falta de forças para enfrentar o dia de trabalho e sensação de estar sendo exigido além de seus limites emocionais. A DE é caracterizada pelo distanciamento emocional e indiferença em relação ao trabalho ou aos usuários do serviço. A diminuição da RP se caracteriza pela falta de perspectiva para o futuro, frustração e sentimentos de incompetência e fracasso. Há diversos tipos de profissões que são consideradas estressantes, por serem praticadas em locais que favorecem o desgaste físico e mental do indivíduo, como é o caso da enfermagem, e em especial alguns setores de trabalho, como as Unidades de Terapia Intensiva. Diante disto, a pesquisa apresentou como objetivo geral avaliar se os profissionais de enfermagem da UTI do Hospital de Ensino do Vale do São Francisco tem predisposição à Síndrome de Burnout. O estudo deste tema é de grande importância, pois a Síndrome de Burnout ainda é pouco conhecida, e muitas vezes, pode ser confundida com o estresse. METODOLOGIA A pesquisa apresenta abordagem qualitativa, de cunho descritivo e exploratório, desenvolvida com a equipe de enfermagem da UTI do Hospital de Ensino do Vale do São Francisco na cidade de Petrolina-PE. Foi realizada através da aplicação do Questionário de Jbeili para detecção preliminar da Burnout. Este é um instrumento de uso informativo apenas e não substitui o diagnóstico realizado por médico ou psicoterapeuta. Tem o objetivo de identificar preliminarmente o Burnout. O questionário é respondido por uma escala de frequência de cinco pontos que vai de um (nunca) até cinco (diariamente). São 20 itens a serem respondidos marcando “X” na coluna

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correspondente ao valor da frequência. Ao final, é multiplicado o número de “X” pelo valor da coluna. Depois de fazer os cálculos, os resultados são os seguintes: - De 0 a 20 pontos: Nenhum indício da Burnout. - De 21 a 40 pontos: Possibilidade de desenvolver Burnout. - De 41 a 60 pontos: Fase inicial da Burnout. - De 61 a 80 pontos: A Burnout começa a se instalar. - De 81 a 100 pontos: Fase considerável da Burnout. A amostra da pesquisa foi composta pelos enfermeiros e técnicos de enfermagem que compõem as equipes de enfermagem da UTI. Participando do processo um total de 17 profissionais. RESULTADO E DISCUSSÕES A análise do questionário mostrou um quadro preocupante entre os profissionais de enfermagem da UTI do hospital em questão. Nenhum participante ficou entre a pontuação zero e 20 pontos. Mas, todos os profissionais que participaram do questionário, apresentaram uma pontuação relevante. Oito participantes apresentaram pontuação entre 21 e 40 pontos. Este grupo indicou que boa parte dos profissionais de enfermagem da UTI tem vivido sob estresse constante, o que pode, juntamente com outros fatores, levar estes profissionais a desenvolver a burnout. Algumas peculiaridades fazem da UTI um setor estressante, tais como: a ocorrência de situações esperadas ou não, complexas e críticas, além do profissional ter que ser competente de modo efetivo e eficaz. Na pontuação entre 41 a 60 pontos ficaram oito profissionais. E, apenas um se encaixou na pontuação entre 61 a 80 pontos. Estes dados são evidenciados pelos achados de Martinno e Misko (2004) ao descreverem a UTI como um ambiente muito tenso, que pode predispor no profissional de enfermagem, juntamente com outros fatores, o desenvolvimento da burnout. Isto pode interferir no estado emocional do indivíduo, levando ao desgaste geral do organismo. CONCLUSÃO O desenvolvimento da Síndrome de Burnout está cada vez mais próximo dos profissionais de enfermagem, especialmente dos que atuam em setores como a Unidade de Terapia Intensiva. Foi o que confirmou esta pesquisa ao detectar que toda a amostra da pesquisa apresenta a possibilidade de desenvolver a síndrome. Sendo que, a maioria dos profissionais já está com a burnout em sua fase inicial. Constatou-se que a UTI é um ambiente muito estressante para estes profissionais, e o que agrava isto é o fato dos profissionais estarem submetidos a uma rotina de trabalho repetitiva, monótona e tensa. Isso pode provocar nestes trabalhadores um desgaste físico e emocional muito grande predispondo-os à síndrome.

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Nessa pesquisa observou-se que nenhum dos profissionais abordados está livre do estresse. Porém, nenhum deles está com burnout considerável, podendo ter seu quadro revertido. É importante que os profissionais de enfermagem, especialmente os que trabalham na UTI, saibam reconhecer os fatores predisponentes da Síndrome de Burnout, para tentar minimizálos. Pois, é preferível evitar o desenvolvimento da síndrome, a ter que tratá-la posteriormente. Palavras-chave: Esgotamento Profissional, estresse, unidades de terapia intensiva, equipe de enfermagem.

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SUSTENTABILIDADE - O QUE É ISSO? Liliana Coutinho(1); Simone Pinto(2); Mônica Dahmouche(3) (1). Graduada em Comunicação Social - FACHA – Fundação CECIERJ – Museu Ciência e Vida (2). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Saúde Nutes/UFRJ – Fundação CECIERJ – Museu Ciência e Vida (3). Doutora em Física - USP- São Carlos – Fundação CECIERJ – Museu Ciência e Vida.

e-mail: lilianacout@gmail.com Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: O conceito de sustentabilidade tem sido bastante discutido nos últimos anos, a busca por uma definição começou a ser desenvolvida na década de 80 quando foi criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) durante a Assembleia Geral da ONU, em 1987 por membros de 21 países que faziam parte dessa Comissão, que definiu desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento capaz de atender às demandas atuais da sociedade sem afetar as futuras gerações. Ou seja, promover o equilíbrio na coexistência entre o meio ambiente e o homem. Em nossos estudos encontramos várias discussões e interpretações para sustentabilidade, e que para muitos o conceito de ser sustentável ainda é algo estranho, abstrato e longe de suas realidades, por isso podemos dizer que se trata de um termo polissêmico e ainda incompreendido. Assim temos como objetivo promover um entendimento do real conceito da sustentabilidade e suas vertentes, além das complexas atitudes do homem no mundo e as novas percepções sustentáveis, na intenção de contribuir para elevar o nível da cultura científica do cidadão, principalmente dos alunos da rede escolar, possibilitando uma participação crítica, consciente e informada na sociedade, apropriados das características do mundo contemporâneo. Metodologia: Como estratégia de ação propomos a montagem de uma exposição interativa, e itinerante, que favorecesse a discussão sobre o termo sustentabilidade e consequentemente o papel da sociedade em busca de um desenvolvimento sustentável. A exposição engloba 19 banners em tecido produzido a partir de garrafas PET recicladas e 16 letras, formando a palavra SUSTENTABILIDADE, em madeira de reflorestamento com recorte a laser e, suspensas pelo teto dispostas aleatoriamente. A interatividade ficou por conta de experimentos que favorecessem a reflexão do público a respeito do uso consciente de alguns bens da sociedade, como por exemplo, a produção e consumo de energia como o equipamento "painel solar", além de 3 jogos desenvolvidos especialmente para a exposição: um é projetado em uma grande parede onde o visitante é convidado a colocar o lixo no recipiente adequado, os outros em tela

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de LCD. Nosso público alvo foi o escolar, no entanto, a linguagem utilizada da exposição tem por objetivo atingir diversos públicos. Serão oferecidas ainda aos professores oficinas e um caderno com orientações de como o professor poderia trabalhar o tema em sala de aula após ter visitado o espaço expositivo. Cada visitante recebe ao final da visita, uma lista própria de ecoatitudes. Resultados e Discussão: A exposição foi inaugurada em meados de maio último, ao longo de um mês de exibição houve 16 grupos agendados oriundos de 12 escolas, envolvendo 520 estudantes. A maioria das escolas que visitaram a exposição está localizada na Baixada Fluminense, que se dividem igualmente entre escolas do ensino fundamental e do ensino médio.

Além da visitação

agendada, restrita a grupos, a exposição vem sendo visitada pelo público espontâneo do museu, que a média é de 65% da visitação total . Conclusão: Observamos que a partir da visita à exposição algumas escolas desenvolveram atividades em torno do tema Meio Ambiente e Sustentabilidade, sobretudo ao longo da Semana do Meio Ambiente, além de desenvolverem práticas de conduta baseados nos conceitos abordados na exposição, como por exemplo, adoção de lixeiras para separação do lixo produzido na escola e outros. Embora a exposição seja recente já observamos a adesão de alguns grupos que se refletem como mudança de postura com vistas ao mundo mais sustentável. Com a conclusão do material didático da exposição que será distribuído para os professores espera-se que outras práticas sejam adotadas nas escolas e sejam replicadas no cotidiano dos estudantes, que atuam como multiplicadores. Instituição de fomento/apoio: Fundação Cecierj – Centro de Ciências e Ensino a distancia , CNPq Palavras-chave: Sustentabilidade – cidadão – popularização da ciência - consumo

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UNIVERSIDADES DE MATO GROSSO CRIAM REDE DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Elisa Calvete Ulema Ribeiro1; Daniel Massaki Morita2; Benedito Diélcio Moreira3 (1) Graduanda em Comunicação Social na Universidade Federal de Mato Grosso; (2) Graduando em Comunicação Social na Universidade Federal de Mato Grosso; (3) Doutor em Educação, professor na Universidade Federal de Mato Grosso e orientador do trabalho. E-mail: elisacalvete@gmail.com

Eixo temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: Em nossa sociedade da informação, conforme aponta Nilson Machado, “o conhecimento transformou-se no principal fator de produção”. Adam Schaff defende que o conhecimento é capaz de reestruturar os processos de poder e a cultura de um povo. Vemos, então, a importância da divulgação do conhecimento gerado em Mato Grosso com um fator decisivo para o desenvolvimento regional. O próprio processo de construção da ciência, segundo a espiral da cultura científica de Carlos Vogt, envolve a participação popular. Pesquisar e retornar à população os resultados da pesquisa é um dos desafios mais importantes das universidades. Essa interação é parte da função social da universidade. No entanto, como mostra André Chaves em evento realizado em Cuiabá, a divulgação científica enfrenta diversos problemas. Na UFMT, projetos de divulgação ainda estão nos passos iniciais e com inúmeros problemas de continuidade. O mesmo problema, em menor ou maior grau, pode ser encontrado nas outras instituições públicas do Estado. Além disso, no caso de Mato Grosso, vemos uma valorização do conhecimento de outras localidades em detrimento da divulgação da produção regional. Metodologia: Com o propósito de oferecer uma ferramenta simples e de baixo custo, focando em contribuir aos esforços de divulgação científica do conhecimento gerado no Estado, iniciados na UFMT, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) promoveram, no dia 05 de abril de 2013, o I Seminário de divulgação científica de Mato Grosso. Durante o evento, as três universidades firmaram uma parceria para a constituição da Rede de Divulgação Científica - RDC. Uma rede de divulgação supõe uma dinâmica de circulação de saberes somente possível pelo esforço coletivo. Assim, a criação desta parceria tem como meta potencializar a comunicação entre as universidades públicas do Estado e a população. Idealizada na UFMT, a ideia de criação de uma rede envolvendo as três universidades é a de gerar um banco de dados no

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qual constarão as pesquisas e os resultados obtidos por pesquisadores de Mato Grosso. Junto a isso, vem informações sobre os pesquisadores e o valor dos financiamentos. Resultados e discussão: A Rede de divulgação científica foi lançada durante o I Seminário de Divulgação Científica de Mato Grosso. Nele, as três instituições públicas de ensino superior no estado de Mato Grosso, por meio de seus reitores presentes no evento, firmaram parceria para instituir e manter a Rede atualizada com pesquisas das três instituições. A rede permite também a integração entre as equipes das três instituições. Pioneira por envolver as três universidades em um projeto de divulgação científica, a Rede iniciou suas atividades promovendo o I Seminário de Divulgação Científica de Mato Grosso. Durante o seminário, debateram lado a lado jornalistas de jornais, de TVs e de sites de notícias, pesquisadores, gestores de pesquisa e assessores de imprensa das instituições públicas e privadas de pesquisa. Também ocorreram palestras, mesas redondas, exposição de banners e uma conferência do professor Ciro Marcondes, da USP. Visando sua acessibilidade e a participação direta dos pesquisadores, a rede está constituída em um blog, aberto, e pode ser acessado pelo endereço: rdc.org.br. Conclusão: Além de democratizar os trabalhos científicos desenvolvidos nas universidades, o material de divulgação e documentação dos projetos poderá ser produzido por estudantes de comunicação e pelos próprios pesquisadores, de modo a ser usado como material didático nas salas de aula ou como pauta para os jornalistas, sendo também uma forma de prestação de contas à sociedade. A rede ainda está em processo de implantação. Apesar de estar na fase inicial, identificamos a importância da ação como um projeto piloto. Além da divulgação, o site pode servir como ferramenta de obtenção de dados sobre a produção acadêmica e científica no Estado, podendo indicar ainda as nucleações de temas, preferências dos pesquisadores e tendências de pesquisa no Estado. Os projetos, pesquisadores e resultados estão na Rede organizados por áreas de conhecimento, nos mesmos moldes da CAPES. O desejável é que os pesquisadores e os projetos de pesquisa de Mato Grosso possam ter visibilidade junto à população local, ao mesmo tempo em que setores da sociedade como jornalistas, professores, estudantes e outros interessados possam estabelecer diretamente com os pesquisadores uma interlocução propositiva. Apoio: Universidade Federal de Mato Grosso; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso; Universidade do Estado de Mato Grosso, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso.

Palavras-chave: UFMT – UNEMAT – IFMT – REDE – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

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POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA: UFMT DÁ OS PRIMEIROS PASSOS EM MATO GROSSO Gabriel Soares Barbosa¹; Fernanda Loydi Buzelle²; Benedito Dielcio Moreira³ (1). Graduando de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso (2). Graduando de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso (3). Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade de Siegen, Alemanha; orientador e coordenador do projeto. E-mail: himura.yagami@gmail.com

Eixo Temático: Experiências e propostas em divulgação científica

INTRODUÇÃO Difundir o conhecimento científico é essencial, tanto para potencializar sua produção quanto para democratizar a informação e estimular a participação da sociedade na gestão do conhecimento gerado nos laboratórios de pesquisa e nas universidades. Partindo desse pressuposto, e orientadas por um projeto de gestão interativa de processos comunicacionais, a Universidade Federal de Mato Grosso criou duas publicações de jornalismo científico, vocacionadas para documentar os projetos desenvolvidos no Estado de Mato Grosso e, ao mesmo tempo, se constituir em um espaço de interlocução com a sociedade. A primeira publicação, a revista impressa UFMT Ciência, teve como proposta impulsionar o conhecimento gerado na universidade e alcançar, principalmente, as escolas do Ensino Básico. A segunda publicação, Fapemat Ciência, revista digital que leva o nome da instituição de amparo à pesquisa do Estado de Mato Grosso, foi criada para disponibilizar à população informações sobre os projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa públicas e privadas. Seis meses após o lançamento da publicação, em 2010, a Revista UFMT Ciência ganhou espaço na programação da TV Universidade. Surgia então o programa UFMT.Ciência. Em agosto de 2011 foi inaugurada a revista eletrônica Revista Fapemat Ciência. METODOLOGIA A escolha de publicar uma revista impressa, seguida de um programa de televisão e, depois, uma revista digital, foi orientada pela convicção de que uma publicação digital exige competência textual, imagens convincentes e oferta de outras linguagens, como a do audiovisual. Com isso, buscou-se fundir os jornalismos de revista e televisivo por meio do hipertexto.

Por meio destes canais foram divulgadas diferentes pesquisas desenvolvidas no Estado, assim como matérias foram construídas a partir da curiosidade de nossos leitores/espectadores. Tentamos superar os desafios de produzir conteúdo para jovens, investindo em novas formas de texto, em saberes populares, infografia e em experimentos científicos feitos por jovens nas

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escolas. Buscamos assim „traduzir‟ o conhecimento científico e aproximar a sociedade da ciência gestada no Estado.

O primeiro passo dado para a publicação da revista impressa foi a instituição de um Conselho Editorial, do qual participam alguns dos principais pesquisadores da UFMT. O conselho apresenta as propostas de pauta e avalia a publicação. Apoiada financeiramente pela FAPEMAT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, a revistas é produzida por jornalistas, ex-alunos de jornalismo da Instituição, e estudantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO A UFMT Ciência publica projetos desenvolvidos pela Universidade, resultados e as experiências dos atores participantes. Infelizmente, por conta da interrupção e atraso no financiamento, foram publicadas três edições da revista impressa. Dividida em várias seções, a revista aborda o desenvolvimento dos seres vivos (Mistérios da Vida), o funcionamento de objetos, fenômenos e atividades (Como funciona? Será que é verdade?) e as relações entre ciência, arte e cultura (“Arte aqui e agora”). Traz ainda relatos e experiências de pesquisadores. Enquanto a revista sofreu interrupção em sua circulação, o programa UFMT. Ciência na TV Universidade foi incrementado, tendo uma produção diária de 10 minutos, colada ao telejornal noturno da emissora. A revista eletrônica Fapemat Ciência, por problemas de recursos, também sofreu redução de equipe e de produção. Está dividida em canais que contemplam todas as áreas do conhecimento. Em um ano seu banco de dados somou mais de 300 matérias, dezenas de infográficos, 49 vídeos, 16 galerias de imagens, mais de mil eventos divulgados e alguns transmitidos em tempo real por meio de streaming, forma em que não é necessário carregar o arquivo inteiro para escutar o áudio ou assistir ao vídeo e que facilita o acesso ao conteúdo. CONCLUSÃO Um dos principais propósitos do projeto é alcançar o jovem estudante, principalmente da Escola Pública. O canal It Ciência, voltado exclusivamente para este público está constituído nas redes sociais, na TV e no portal Fapemat Ciência. Contém projetos desenvolvidos em escolas, profissões, curiosidades e personagens da ciência, aproximando o jovem do universo cientifico, estimulando sua curiosidade e abrindo espaço para a interação. As interrupções ou reduções de produção afetam principalmente a audiência jovem. Os jornalistas e estudantes que participaram do projeto relatam o aprendizado e os desafios que antes eram conhecidos apenas na teoria: a dificuldade de entrevistar cientistas e de traduzir o discurso científico para a linguagem cotidiana. Para a jornalista Camila Tardin, que apresentou uma pesquisa sobre o conteúdo da revista impressa e o trabalho do estudante de

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Computação Thiago Osório, de mensuração dos acessos e de interatividade da Fapemat Ciência, os cientistas da UFMT e de outras instituições aprovaram as propostas e pediram aumento da distribuição da revista e mais conteúdo sobre a pesquisa feita em Mato Grosso. A grande lição neste projeto é que não cabem na comunicação com o público externo posturas amadoras e ausência de planejamento financeiro. INSTITUIÇÃO DE FOMENTO/APOIO: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso - FAPEMAT

Palavras-chave: UFMT, Divulgação Científica, Jornalismo Científico, FAPEMAT

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INTERAÇÃO SOCIAL EM PODCASTING: AS PARTICULARIDADES INTERACIONAIS PROPORCIONADAS PELO PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA “SOM DA CIÊNCIA” EM PLATAFORMAS DE COMPARTILHAMENTO DE ÁUDIO

Douglas Baltazar Gonçalves1 E-mail: douglas.goncalves@unifoa.edu.br

Eixo temático: Experiências e propostas em divulgação científica

Introdução: Este artigo analisará a interação social estabelecida pelos arquivos sonoros que são disponíveis para o público no programa Som da Ciência. Essa produção surgiu em março de 2013, com o objetivo de abordar diversos aspectos da cultura científica, trazendo em pauta informações e discussões com convidados de diversas áreas do conhecimento para o fortalecimento da divulgação científica na região Sul Fluminense. Ele é divulgado pela Webradio UniFOA, no Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), e pode ser acessado no site www.radiounifoa.com.br ou www.unifoa.edu.br/radio. Também desse projeto surgiu o site http://somdaciencia.wix.com/site. A pesquisa aborda a ferramenta podcast como um meio de exposição capaz de expandir o compartilhamento de conteúdos sonoros, sobre a temática da divulgação da ciência, em diversas áreas do conhecimento. Com o passar do tempo o veículo precisou evoluir já que a população passou a incorporar características da cultura digital. O veículo radiofônico que antes era analógico passou a interagir com a internet e tornou-se multimidiático, “o termo multimídia significa, em princípio, aquilo que emprega diversos suportes ou diversos veículos de comunicação”. Metodologia: A Educomunicação diz respeito às inter-relações entre Comunicação e Educação nos processos de educação formal, não-formal e informal. Nesse processo quando a escola percebe que “os modos de apropriação do saber mudaram, e mudarão ainda mais na nossa sociedade que desenvolve as „indústrias do conhecimento‟(indústria cultural)”. Segundo Ismar de Oliveira Soares ([s./d.], p.1), educomunicação define-se em

[...]; criar e fortalecer

ecossistemas comunicativos em espaços educativos [...]; e melhorar o coeficiente expressivo e comunicativo das ações educativas[...]”, como o uso de recursos de comunicação (rádio, jornal, vídeo, internet) no processo de aprendizagem. Dessa forma essa produção radiofônica aproxima o universitário, professores e toda a comunidade acadêmica sobre as temáticas que são cotidianas dentro desse ambiente. Os programas criados terão que se adequar no padrão de produto de educomunicação e divulgação científica. Concordamos com Sophie Malavoy (2005) quando ela discorre sobre a divulgação científica a partir de um olhar singular, ela

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simplifica a prática dessa divulgação em algumas regras básicas, como: conhecer o tema, identificar o público, informar e não ensinar, não mitificar a ciência e despertar o espírito crítico do expectador. Resultados e Discussão: Em três meses de programa foram 247 reproduções dos arquivos, conquistando assim uma audiência a partir de assuntos científicos:

Professor de Educação Física do UniFOA fala sobre a importância do fisiologismo”, 6 reproduções;

Entrevista sobre as atividades da Liga de Cardiologia do curso de Medicina do UniFOA, 25 reproduções;

X Jornada Científica em Pesquisa Social 2013 - Entrevista com a coordenadora Monica Santos Barison, com 14 reproduções;

X Jornada Científica em Pesquisa Social - Entrevista com o professor Doutor Vitor Barletta Machado, com 11 reproduções;

Entrevista com a aluna do 12º período de Medicina, Natalia Monerat, 62 reproduções;

Entrevista sobre Divulgação Científica com a professora Doutora Luísa Medeiros Massarani, 27 reproduções;

Congresso Medicina 2013 - Entrevista com o professor Rodrigo Cesar Carvalho Freitas, 9 reproduções;

Congresso de Medicina 2013 - Entrevista com o aluno, Victor Rebelo Procaci, 15 reproduções;

Congresso de Medicina do UniFOA 2013, 54 reproduções;

III Simpósio em Ensino de Ciências e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, 9 reproduções;

Doenças infecto-contagiosas do século XXI - Congresso Medicina 2013 UniFOA, 10 reproduções;

Envelhecimento Populacional no Século XXI - Congresso de Medicina do UniFOA 2013, 5 reproduções.

Conclusão: Para criar conteúdos de divulgação científica desenvolvidos para o rádio deveremos sempre adequar sua linguagem para que a informação não perca o caráter científico, mas ao mesmo

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tempo seja clara para o esclarecimento do ouvinte, de forma objetiva, aproximando a ciência, mostrando ao público que ela está por toda parte e contribui para o seu cotidiano, desde os assuntos mais complexos, que a partir da audiência poderão ser temáticas mais próximas das suas realidades. Esse foi o trabalho desenvolvido pelo programa Som da Ciência nesses três meses. Estamos dessa forma acompanhando a evolução do veículo ganhando uma audiência segmentada na web. Concordamos com o conceito de Nair Prata (2009) que explica a transformação do rádio com o termo “radiomorfose”, que se baseia na readaptação dos gêneros e das interações do rádio com seu público diante dos adventos tecnológicos e das mudanças sociais. Dessa forma, justifica-se a escolha desse espaço em potencial como agente de gestão e difusão da ciência no contexto educacional. Agora o projeto Som da Ciência irá crescer ainda mais buscando novos conteúdos para o programa radiofônico e também para o site, divulgando a ciência de forma integrada.

Palavras-chave: rádio, ciência, podcast, divulgação.

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Eixo: 4.2.6 Inovação e desenvolvimento sustentável

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HERBICIDAS NAS ÁGUAS DO RIO IPOJUCA, PERNAMBUCO Adson da Silva Gomes Ferreira(1); Eden Cavalcanti de Albuquerque Junior(2)

(1). Mestrando do Programa de Tecnologia Ambiental. Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP. adsonfederal@gmail.com; (2). Professor Doutor do Mestrado Profissional de Tecnologia Ambiental. Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP. 50740540. Recife-PE. eden@itep.br Eixo temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

Introdução A intensa atividade canavieira ao longo do rio Ipojuca tem sido foco de preocupação quanto à contaminação ambiental por agrotóxicos. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência e o impacto do uso de agrotóxicos na qualidade da água do rio Ipojuca com vistas à proteção ambiental e a saúde pública. Os estudos foram realizados em maio, junho, outubro e novembro de 2012 em oito diferentes localizações geográficas empregandose técnicas de LC-MS/MS para determinação de agrotóxicos. Os resultados mostraram a presença dos herbicidas ametrina e diuron no rio Ipojuca. A concentração média de diuron apresentou variação espaço-temporal de 0,20 (190%) µg.L-1 no período chuvoso e 0,03 (45%) µg.L-1 no período seco. As concentrações médias de ametrina mantiveram-se relativamente homogêneas: 0,02 (64%) µg.L-1 no período chuvoso e 0,03 (29%) µg.L-1 no período seco. Os níveis de diuron encontram-se acima dos limites estabelecidos pela Diretiva 98/83/CE da UE, no entanto, atende a Portaria MS 2914/2011, USEPA-2009. Os níveis de ametrina atendem à Diretiva 98/83/CE, não havendo regulamentação para as demais portarias citadas. Ambos não são contemplados pela CONAMA 357/2005. Metodologia A área para amostragem foi o trecho inferior do rio Ipojuca, na cidade de Ipojuca, Pernambuco. As amostras foram coletadas na profundidade de 30 cm da lâmina d‟água com garrafa de Van Dorn e transferidas para vidros âmbar de 4L previamente descontaminados e sinalizados, sendo mantidos refrigerados até a chegada ao laboratório. Foram realizadas coletas nos meses de maio, junho, outubro e novembro de 2012, considerados como período seco e chuvoso. Para determinação de agrotóxicos foi adotado o método da Agência Ambiental Americana (EPA 525.2) com modificações para adequar a técnica de LC-MS/MS. A extração dos agrotóxicos foi procedida a partir de 500 mL da amostra de água onde foram adicionados 2,5 mL de metanol grau HPLC e 0,5 mL de solução de ácido nítrico 32,5% grau ACS. Filtrou-se a amostra em discos de C18 (EMPORE DISK, 47mm) condicionada com 5 mL de metanol. Em seguida a membrana foi transferida para um tubo de centrifuga de 50 mL, onde foram adicionados 10 mL de acetonitrila grau HPLC. O tubo foi centrifugado por 1 minuto em

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centrífuga (6000g). Retirou-se 1 mL do sobrenadante, transferindo-o para um vial (1,5 mL) para análise por LC-MS/MS (Waters®, series Allience HTe Quattro Premier). As condições cromatográficas e espectrométricas foram detalhadas por Silva et al. (2011). Resultados e Discussão Nas amostras de água superficial do rio Ipojuca foram detectados a presença dos agrotóxicos diuron e ametrina. Para o diuron foi observado à predominância de valores mais elevados nas -1

concentrações dos meses chuvosos, com média de 0,2 µg.L . A média das concentrações do -1

pesticida foi de 0,03 µg.L para o período seco. As concentrações de diuron encontradas no presente trabalho vêm atender a legislação USEPA (2009) e a Portaria nº. 2914/2011/MS de potabilidade de água. Para legislação europeia, se encontram em desacordo alguns pontos no período chuvoso, apresentando concentrações mais elevadas do que permitido. -1

Para a ametrina, no período seco foi observada uma concentração média de 0,03 µg.L e no -1

período chuvoso de 0,02 µg.L . Para a Ametrina não existe legislação regulamentadora para potabilidade de água no Brasil e nos Estados Unidos. As concentrações de ametrina estiveram dentro da norma permitida para níveis europeus. A Resolução CONAMA nº. 357/2005 não contempla níveis de resíduos para diuron e ametrina. Conclusão O estudo permitiu concluir que a área em estudo, sob intensa atividade sucroalcooleira, apresentou resíduos de agrotóxicos nas águas do rio Ipojuca, sendo detectados os herbicidas diuron e ametrina. Os níveis de resíduos de diuron atenderam a legislação USEPA (2009) e a Portaria MS nº. 2914/2011. No entanto, no período chuvoso foram detectadas concentrações mais elevadas do que permitido pela legislação europeia Diretiva 98/83/CE. Para as concentrações de ametrina infere-se que estão dentro da norma Diretiva 98/83/CE, não havendo regulamentação pelas demais portarias citadas. Conclui-se também que ambos os agrotóxicos não são contemplados pela CONAMA 357/2005, recomendando-se a inclusão dos mesmos numa futura revisão dessa resolução. Apoio Laboratório de Agrotóxicos e Contaminantes em Alimentos e Bebidas Alcoólicas – LabTox/ITEP-OS da Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco.

Palavras-chave: cana-de-açúcar, herbicidas, meio ambiente, Ipojuca.

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BIODEGRADAÇÃO DO PACLOBUTRAZOL POR Pseudomonas spp. EM SOLOS NÃO SATURADOS DA REGIÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO Ednaldo Amaro dos Santos Filho(¹); Ester Ribeiro Gouveia(²)

(1). Mestrando em Biotecnologia Industrial da Universidade Federal de Pernambuco; (2). Profa. Dra. Ester Ribeiro Gouveia da Universidade Federal de Pernambuco

E-mail: edsantosfh@yahoo.com.br Eixo Temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

Introdução: O paclobutrazol (PBZ) é um composto xenobiótico que atua como regulador do crescimento vegetal sendo largamente utilizado em culturas de manga no semiárido nordestino. Este composto permanece no solo por vários anos, o que pode afetar o crescimento e desenvolvimento de colheitas subsequentes, principalmente pela redução do vigor vegetativo. Este trabalho tem por objetivo avaliar a influência da adição do inóculo de uma cultura mista de linhagens de Pseudomonas spp. na biodegradação do paclobutrazol em solos não saturados. A estratégia do bioaumento, realizada na presente pesquisa, e torna-se relevante por poder conduzir a uma rápida degradação de compostos xenobióticos viabilizando soluções para remediação de solos contaminados garantindo assim a sustentabilidade da agricultura tropical.

Metodologia: Solos de duas regiões do semiárido nordestino (A e B) foram utilizados nos ensaios de biodegradação. Os ensaios foram realizados em batelada em condições não saturadas e com histórico de aplicação do PBZ.Os ensaios foram realizados em duplicata, em frascos de 125 mL, onde foram adicionados 2,5 g de solo. Aos solos foram adicionados o volume de1 mL com concentração inicial de aproximadamente 106 UFC/mL da cultura Pseudomonas spp. Amostras com intervalos de0 dias e 40 dias foram retiradas para quantificar o PBZ e o crescimento microbiano. Um ensaio controle foi realizado sem adição de microrganismos.Na quantificação doPBZ 2,5 g de solo foram misturados com 10 mL de MeOH. As condições de operação de extração foram: temperatura30°C; 200 RPM em incubadora rotatória em dois ciclos de 30 minutos. Após a extração e filtração em papel qualitativo, 5 mL de água destilada foram adicionados as amostras. O MeOHfoi evaporado a 40°C no rotaevaporador. A fase aquosa obtida foi aplicada em cartucho de extração em fase sólida C-18 e, após eluição com MeOH a amostra foi injetada no cromatógrafo líquido. A eluição isocrática foi a partir da mistura de água (20%) e MeOH (80%). A vazão foi0,4 mL/min e a coluna foi uma Kinetex-C18. A detecção do PBZ foi a 221 nm e a temperatura da coluna 30°C.

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Resultados e Discussão: No tempo 0 dias do ensaio controle foi quantificado em torno de2 µg/g de PBZ em ambos os solos. Após 40 dias foi observado biodegradação de 13,7 % no solo A e 7,8 % no solo B. Os solos por já terem histórico de aplicação do PBZ apresentam microbiota nativa que possui capacidade metabólica para degradar o paclobutrazol. Na quantificação dos microrganismos, no tempo 0 dias, foi observado 1,8.107 UFC/mL e 2,4.107UFC/mL nos solos A e B, respectivamente. Após 40 dias, houve redução de 36% na quantidade de UFC/mL no solo A e redução de redução de 57% no solo B. No ensaio com bioaumento foi observada uma biodegradação de 38,1 % e 28,7% nos solos A e B, respectivamente. Na quantificação dos microrganismos, no tempo zero, o valor encontrado de UFC/mL foi igual a 1,8.107 no solo A e a 1,7.107 no solo B. Após 40 dias houve redução de 42% e 63% na quantidade de UFC/mL nos solos A e B, respectivamente. Observar-se que no ensaio com bioaumento a biodegradação dos Solos de duas regiões do semiárido nordestino (A e B) foram utilizados na investigação da biodegradação do PBZ foi bastante significativa sendo mais que o dobro no solo A e mais que o triplo no solo B em relação ao ensaio controle. Conclusão: Nos ensaios controle houve biodegradação do paclobutrazol realizada pela microbiota nativa dos solos. Entretanto, nos ensaios com bioaumento utilizando uma cultura mista de linhagens de Pseudomonas spp. Foram bastante eficientes em proporcionar um aumento significativo da biodegradação de PBZ em solos não saturados. Instituição de fomento/apoio: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Palavras-Chave: Biodegradação, Paclobutrazol, Pseudomonas spp.

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LOGÍSTICA REVERSA X LIXO ELETRÔNICO: UM ESTUDO DE CASO EM PRESTADORAS DE SERVIÇO - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE PRODUTOS ELETRÔNICOS EM GARANTIA Isabela Espindola Nanes(¹)

(1). Mestranda de Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Especializada em MBA de Logística pela Universidade de Federal de Pernambuco - UFPE e Graduada em Administração pela Universidade de Pernambuco - UPE. E-mail: isabelaespindola@hotmail.com Eixo Temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

Introdução: A Assistência Técnica em questão é uma empresa de pequeno porte, formada por 13 funcionários, tendo como gestor o titular do negócio. Localizada na cidade de Recife, no Bairro do Pina, a empresa vive o dilema do descarte de material: a realidade do lixo eletrônico, a falta de informação para onde direcionar esses detritos prejudiciais ao meio ambiente e não poder realiza-lo de forma convencional. Por ser um prestador de serviços, e obter contrato de autorizada pela Philips e outros contratos de garantias estendidas, as cláusulas contratuais o impedem que esse descarte seja realizado em lixo convencional, além das questões legais. Sujeito a essa situação e sem um aconselhamento sobre que atitude tomar, o gestor acumula os aparelhos e peças sem destinos no interior da empresa, ocupando espaço, inviabilizando o ambiente, e poluindo a imagem visual da organização. Então qual seria o melhor direcionamento consciente do lixo eletrônico na Assistência Técnica em questão, entre reciclar, reutilizar e redirecionar (3R´s), levando em conta, seu layout, estrutura financeira e seus parceiros? Metodologia: Com o objetivo de identificar o melhor direcionamento do Lixo Eletrônico na Assistência Técnica, levando em conta, o layout, estrutura financeira e parceiros da empresa, foram identificadas as necessidades de definição para realização do trabalho. Definir Logística Reversa, Lixo Eletrônico, analise da Assistência Técnica, verificando o direcionamento do seu lixo eletrônico, o seu layout, sua estrutura financeira e seus parceiros, podendo assim ter conhecimento suficiente para realizar a pesquisa de caráter bibliográfico e descritiva, através da coleta e análise de dados dentro da empresa, identificando assim a sua realidade, podendo então, sugerir uma solução viável para organização.

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Resultados e Discussão: Por se tratar do Layout da empresa não ter mais para onde crescer, e sua folha de funcionários não poder obter acréscimos, e os poucos funcionários já estarem comprometidos com o serviço já existente, o trabalho de reciclagem dos aparelhos e peças se torna inviável para empresa. A reciclagem dos aparelhos não se tornar viável se a quantidade de concerto for pequena, mas a empresa não tem espaço para grandes quantidades e a comercialização dos produtos reciclados e vendidos a preço de custo, não é o cargo principal da empresa, não obtendo assim, o interesse pelo empreendedor. Consequentemente, a decisão tomada foi o direcionamento consciente sem fins lucrativos desses aparelhos e peças. Através da sugestão recomendada e aceitação do gestor da empresa, se iniciou a procura de empresas que trabalhem com a receptividade desse lixo eletrônico na cidade. Depois de pesquisar algumas empresas e definir os pré-requisitos, como proximidade da organização, proposta socioambiental, assistência no relacionamento prestado e recolhimento semanal do lixo eletrônico, não existindo a necessidade de locomoção para a entrega dos resíduos eletrônicos, foi escolhida uma empresa parceira. Para a parceria entre a Assistência Técnica e a Empresa de Recolhimento e Reciclagem existir, foi enviado a todas as autorizadas da assistência técnica um informativo do direcionamento ecologicamente correto que a organização passaria a ter. A parceria só pode ser concretizada após a liberação e autorização das autorizadas em questão. A marca que não autorizou se comprometeu a realizar o recolhimento periódico dos seus aparelhos e peças. A Empresa de Recolhimento e Reciclagem é uma empresa que comercializa lixo eletrônico de empresas, mas a Assistência Técnica não teve interesse de comercializar e sim de doar o lixo em questão, solicitando assim, somente uma declaração de doação e direcionamento consciente do resíduo eletrônico. Conclusão: De acordo com a realidade da empresa, a finalidade do projeto que foi o estudo de caso, foi alcançada. Tendo como intuito de trabalhar e mostrar como a logística reversa pode ajudar no problema frequente das assistências técnicas que é o lixo eletrônico. O artigo relatou a realidade vivida no dia-a-dia das assistências técnicas, mostrou que mesmo sem condições financeiras, estrutura física limitada e insuficiência de colaborador, pode-se contribuir com o meio ambiente, e mesmo que sejam “obrigados” por leis municipais, governamentais e federais, as organizações podem tomar essas atitudes não por questões legais, mas sim pela consciência de preservação do meio ambiente, mostrando como preservar o mundo para suas futuras gerações. O planeta pode sobreviver sem os seres humanos, mas os seres humanos não podem sobreviver sem o planeta. Essa é consciência que a população de qualquer lugar do planeta tem que passar a ter. O trabalho constante da educação social, da consciência ambiental se torna vital para o nosso mundo, recursos estão escassos, a produtividade industrial está sempre em alta, a rotatividade e o ciclo de vida dos produtos estão cada vez menores, a

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adaptação e a utilização dos 3R´s se torna cada vez mais presente em todos os âmbitos e segmentos. O artigo tem como finalidade mostrar a ligação do lixo eletrônico e a logística reversa, e como essa situação pôde ser definida e resolvida. Esse estudo de caso foi aplicado em uma assistência técnica em questão, mas cada assistência técnica tem que verificar sua realidade e probabilidades entre reciclar, reutilizar e redirecionar, constatando a melhor possibilidade para a empresa. Esse estudo teve como âmbito o lixo eletrônico na assistência técnica, mas da mesma forma que esse estudo foi aplicado nesse segmento, pode ser realizado em qualquer outro, atinando para a melhor administração e seu segmento. Palavras-chave: Assistência Técnica, Direcionamento Consciente, Lixo Eletrônico.

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PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS VISITANTES DA ÁREA DA CACHOEIRA DA SERRINHA, MARIANA, MINAS GERAIS Pedro Luiz Teixeira de Camargo1, Ana Paula Bueno da Silva Araújo2 1

Biólogo, Mestrando em Sustentabilidade Socioeconômica Ambiental pela UFOP, 2 Bacharel em Geografia pela UFG Eixo Temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

INTRODUÇÃO De acordo com a Declaração sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, divulgada ao término da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente de 1992 (ECO 92): “Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza”. Segundo Amartya, em 1999, pode-se definir desenvolvimento sustentável como o processo capaz de ampliar permanentemente as liberdades individuais dos seres humanos de maneira a dar condições capazes de manter e regenerar todos ou parte dos serviços que um ecossistema é capaz de gerar para uma determinada sociedade. Uma das principais formas de se buscar tal desenvolvimento acontece quando se busca preservar as Unidades de Conservação, como o Parque Estadual do Itacolomi, criado em 14 de junho de 1967 pela Lei nº 4.495 e que ocupa uma área de 7.543 hectares entre os municípios de Ouro Preto e Mariana. Portanto, devido a relevância do local e de maneira a se contribuir para a preservação deste, é que se propõe aplicar um questionário socioeconômico para maior identificação das características dos visitantes na sua parte Norte, conhecida como Cachoeira da Serrinha. METODOLOGIA Os dados procedentes para a realização da pesquisa foram oriundos de fonte primária, obtidas a partir de entrevistas realizadas no local de estudo nos meses de Dezembro de 2012, Janeiro e Fevereiro de 2013. O questionário semiestruturado (survey) aplicado foi formado tendo como restrição às entrevistas somente a idade mínima de 12 anos e o fato de se esperar 3 minutos entre cada aplicação do questionário. O motivo para isto se deu no fato de se buscar o mínimo de maturidade para as respostas (no caso da restrição de idade), e se evitar a influência de respostas entre entrevistados, buscando-se assim, a maior independência possível em relação às respostas dadas. Cabe destacar também que antes da realização das entrevistas, realizou-se a pesquisa piloto com 50 questionários na área da Cachoeira da Serrinha durante o mês de Novembro de 2012. Para a aplicação dos questionários optou-se pela realização das entrevistas aos fins de semana, pois, desta forma a chance de se achar um maior contingente de pessoas seria maior.

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De forma específica, as coletas de dados referentes ao trabalho ocorreram entre o intervalo de 10:00 às 16:00, aos sábados, quinzenalmente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo o último senso do IBGE (2010), a população de Mariana era composta por 50,08% de mulheres e 49,92% de mulheres, bem diferente do resultado visto entre os presentes, que foi de 20% de mulheres e 80% de homens. Com relação a idade, encontrou-se 3,9% dos visitantes com idade variando entre 45 e 65 anos, 17,18% entre 29 e 45 anos, 34,37% entre 12 e 18 anos e 44,53% entre 18 e 29 anos. Tais resultados foram similares ao encontrado por Tafuri (2008), em que 59,7% dos visitantes tinham entre 18 e 25 anos e 28,9% tinham entre 26 e 40 anos. A questão seguinte foi acerca da renda que recebem em salários mínimos. Neste caso a franca maioria (94,53%) apresentou a renda de até 3 salários mínimos, bem acima dos 59% da população marianense que possui renda de até 3 salários mínimos (NEASPOC UFOP 2003). Na última questão, que era acerca da escolaridade, observou-se que 81,24% dos entrevistados não possuíam ensino médio completo (sendo que 57,81% não possuíam ensino fundamental completo) Segundo os dados do NEASPOC UFOP (2003) 76% da população da cidade também não possui ensino médio completo, sendo que 52% destes não têm o ensino fundamental completo, ou seja, os resultados obtidos foram compatíveis com os dados oficiais disponíveis. CONCLUSÃO Com base nos questionários apresentados foi possível caracterizar socialmente e economicamente os visitantes do local, que pelos resultados apresentados possui um perfil de homens jovens, de baixa escolaridade e renda baixa. Espera-se que com tais resultados seja possível contribuir para o entendimento do perfil do visitante da Serrinha e também que seja apenas o primeiro de futuros trabalhos de preservação ambiental que possam ser realizados neste e em outros locais.

Palavras Chave: Desenvolvimento Sustentável, Questionário Survey, Caracterização Socioeconômica.

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REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO E OS ÍNDICES SOCIOECONÔMICOS: UMA ABORDAGEM DOS MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS. Cristiano Corrêa (1); Ivo Vasconcelos Pedrosa(2) (1).Mestre Pesquisador do NUPESP/UPE; (2). Doutor Professor Titulare Líder do NUPESP/UPE E-mails: cristianocorreacbmpe@gmail.com e ivo.pedrosa@upe.br

Eixo Temático: Inovação e Desenvolvimento Sustentável Introdução Presente em quase todos os debates o Desenvolvimento Sustentável é tido como a alternativa, ainda utópica em larga escala, para a crise social e ambiental, vivenciada globalmente. Baseado em três eixos fundamentais: social, econômico e ambiental, este novo paradigma propõe, entre outros desafios, o desenvolvimento a partir do local (CMDS, 1991), baseando-se na experiência e vivência cultural e histórica das comunidades ali viventes.Busca-se com afinco parâmetros, ou ainda, um conjunto de índices e Indicadores que o torne mensurável e que ponham tal desenvolvimento de uma forma tangível (BELEN, 2005). As mensurações ambientais avançam e, no Estado federado de Pernambuco (Brasil), destaca-se o esforço de aferição e acompanhamento do Índice das Pressões Antrópicas (IPA) e Índice de Atenuação das Pressões Antrópicas pelos Governos Municipais (IAPAM),construído e atualizado pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas do Setor Público (NUPESP) (PEDROSA, 2013). Contudo, neste artigo discutem-se sobretudo alguns dos principais índices usados pelos governos e organismos internacionais para mensuração do bem-estar socioeconômico das populações, a saber: Crescimento Populacional e consequentemente Densidade Demográfica, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de 32 municípios de Pernambuco, presentes nas 12 (doze) Regiões de Desenvolvimento do Estado. A escolha destes municípios é intencional, na busca da confecção de um mosaico plural, considerando-se as diferenças culturais, econômicas e geográficas locais. Metodologia A escolha dos municípios foi realizada a partir de alguns critérios estabelecidos em uma investigação mais ampla, que originou a dissertação intitulada “As Contribuições do Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio para o Desenvolvimento Sustentável: sob a ótica dos Gestores municipais”.Em síntese, foram separadas as doze Regiões de Desenvolvimento(RD), que refletem um agrupamento de todos os 184 municípios de Pernambuco e mais o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, em Regiões que têm em comum posições geográficas semelhantes e a coincidência de arranjos produtivos similares. Entre as ditas doze RD, foram separadas aquelas que possuíam mais de um milhão de habitantes, Região Metropolitana do Recife e Agreste Central, e nestas foram eleitos 4 municípios em cada RD, tendo por principal fator a quantidade de habitantes. Em seguida separaram-se as RDs que possuíam entre 500 mil e 1 milhão de habitantes, a saber: Região da Mata Sul, Região da Mata Norte, Agreste Setentrional e Agreste Meridional, sendo eleitos 3

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municípios em cada RD, tendo por único critério as maiores populações. Por fim observaramse as RDs com menos de 500 mil habitantes, Regiôes dos Sertões Central, do Araripe, do São Francisco, do Itaparica, do Moxotó e do Pajeú, elencando os 2 municípios mais populosos em cada, perfazendo 32 municípios estudados. O método utilizado foi a fusão do histórico com o hipotético dedutivo (LAKATTOS, 1991).Tal assertiva baseia-se no levantamento dos índices municipais já pesquisados, propondo uma análise comparativa entre eles, na qual se esperou e foi confirmado que os crescimentos populacionais e do Produto interno bruto per capita, nem sempre foram acompanhados de melhorias em índices tidos pelo senso comum como “sociais”, como IDEB e IDH. Resultados e Discussão Analisando os índices e indicadores dos Municípios escolhidos se chega a um conjunto completamente plural de localidades, bem a propósito da investigação em curso, com a qual se deseja um panorama que represente a diversidade dos municípios de Pernambuco. Existem municípios que possuem altíssima densidade demográfica como Recife e seus mais de 7.190 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto outros com baixíssimos índices demográficos como Floresta e seus menos de 8 habitantes por perímetro análogo. Têm-se Paulista e seus 94 km² de area, como também municípios com áreas muitas vezes maiores; Petrolina, por exemplo, possui um território mais de 48 vezes superior. No conjunto de municípios analisados encontraram-se Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) que oscilam entre 0,575 (Buíque) a 0,799 (Paulista), e constatou-se que o Produto Interno Bruto, per capita, varia de R$ 17.244,00 (Cabo de Santo Agostinho) até municípios com valores que equivalem a menos da quarta parte: R$ 2.976,00 (São José do Belmonte). Populações contadas aos milhões (Recife) ou apenas a menos de três dezenas de milhares (Floresta) que representam, respectivamente, 17,7% das pessoas do Estado, ou modestos 0,3%. Conclusão Conclui-se que o trabalho aqui exposto pode proporcionar uma ferramenta de gestão pública na qual constata-se preliminarmente, através da análise dos índices em debate, que existem consistentes desigualdades entre as Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco e que o simples valor do crescimento do Produto Interno Bruto, não significa desenvolvimento social ou muito menos desenvolvimento sustentável nos 32 municípios estudados, podendo este signo ser um fomentador de políticas públicas, que visem o verdadeiro desenvolvimento das localidades. Apoio:Núcleo de Pesquisas em Economia do Setor Público(NUPESP), da Universidade de Pernambuco (UPE). Palavras-chave: Regiões de Desenvolvimento, Índices,Indicadores Sociais.

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O PAPEL DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DE UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL: A ÉTICA AMBIENTAL COMO NOVO PARADIGMA ECOLÓGICO-EDUCACIONAL NA CIDADE DO RECIFE. João Henrique Inácio Viana da Silva(1); Rogério Cavalcanti da Costa Pinto(2); Thiago Emanoel Martins do Nascimento(3); Thiago Ferreira da Silva(4); Thiago Vasconcellos Modenesi(5) (1) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP (3) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (4) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (5) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

E-mail: roh_costa@hotmail.com Eixo temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

INTRODUÇÃO: Imersa em uma conjuntura de crescimento econômico e acelerado desenvolvimento científico e tecnológico a cidade do Recife assume a posição de grande centro urbano no panorama nacional, no entanto juntamente com os benefícios advindos de tal situação decorrem também inúmeras complicações, uma das mais urgentes diz respeito aos impactos ambientais provocados pela falta de investimento em políticas de sustentabilidade. Este trabalho se propõe a tratar da questão da educação ambiental como valor ético fundamental na formação integral de crianças e jovens no âmbito familiar, tendo como principal objetivo estudar as implicações práticas decorrentes da adoção de tais valores na construção de uma sociedade sustentável. Para fazê-lo nos propomos a analisar as políticas públicas já implementadas, bem como sugerir outras alternativas que se mostrem mais eficazes a concretização dos objetivos estabelecidos, entendendo como a mais relevante contribuição deste estudo o desvelamento de novos parâmetros ecológicos para o Recife. METODOLOGIA: A pesquisa se iniciou com a análise de dados e indicadores sociais e econômicos, oficiais, tanto em nível municipal, quanto em uma escala nacional, para que se contextualizasse a cidade do Recife à temática estudada. Em um segundo momento, foram contemplados os estudos de impacto ambiental produzidos sobre a realidade local, para que se pudesse verificar as consequências negativas do progresso tecnocientífico desenfreado. A partir desse momento foi necessária uma hermenêutica constitucional a fim de entender a nova perspectiva sobre a qual o meio ambiente é compreendido no panorama jurídico nacional, e qual as implicações da adoção de tal postura. Em posse de tais informações, e com clareza quanto aos conceitos fundamentais à matéria, foram iniciadas as pesquisas bibliográficas, baseada na rica doutrina nacional e internacional, como relevo para Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão e Zygmunt

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Bauman. Em um momento final fez-se necessário o levantamento de dados, realizado através de uma pesquisa documental, para que se pudesse determinar quais políticas e projetos educacionais a prefeitura da cidade do Recife vem implementando nos últimos anos acerca do tema. Desta forma construiu-se o presente trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das fontes de pesquisa utilizadas buscou-se demonstrar que, embora o uso e a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado seja direito e dever de todos, ainda assim esta visão de mundo não vem se concretizando. Restou-se provado a existência de graves problemas de efetivação desta consciência, pela não apreensão de uma mentalidade sustentável. O presente estudo resultou ainda no entendimento de que a educação ambiental é a saída capaz de transformar a realidade local, e neste contexto toma-se educação por seu sentido mais amplo, entendendo que todas as situações entre pessoas, bem como entre as pessoas e a natureza, possuem sua dimensão pedagógica. A família é reerguida à posição de núcleo educador primeiro, e até mesmo a normatividade pedagógica passa a reconhecê-la como parte integrante da educação escolar formal. CONCLUSÃO: Cabe à coletividade a busca pelo controle das condições em que a vida a desafia, e em muitos momentos, tal enfrentamento só se pode realizar coletivamente. É a educação que possibilita tal ação em conjunto. Ainda que se tenha atingido um avançado estágio de desenvolvimento em certas áreas, o entendimento de que a reversão dos danos já causados pelos séculos de desrespeito e pela subtração inconsequente dos recursos naturais é um desafio constante para que se volte à uma existência harmoniosa entre homem e natureza. A educação ambiental é uma proposição que resgata valores éticos, democráticos e humanistas, propondo uma nova filosofia de vida para uma sociedade que maneje melhor os conflitos entre desenvolvimento e conservação sustentável do meio ambiente, sendo verdadeiro processo educativo cujo objetivo é a superação da dicotomia entre natureza e sociedade. A família, célula mater da sociedade, é a instituição mais capaz de transmitir os valores da ética ambiental às crianças e aos jovens em sua formação integral como cidadãos, pois é em seu seio que são absorvidos os valores sociais vigentes e onde se intensificam os laços de solidariedade. INSTITUIÇÃO DE FOMENTO: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.

Palavras-chave: Família, Educação, Meio Ambiente, Sustentabilidade.

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE UM AMBULATORIO DE ONCOLOGIA DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE Suellen Cristina Dias Emidio1; Patrícia Avello Nicola2

(1)Mestranda em Ciências da Saúde e Biológicas na Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE. (2) Doutora em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná; Professora Adjunta da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE

Eixo Temático: Inovação e desenvolvimento sustentável

INTRODUÇÃO Dentre as problemáticas levantadas quanto à preservação ambiental, os Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde- RSSS, embora representem uma pequena parcela em relação ao total de resíduos gerados pela população, possuem risco de propagar doenças, tanto para os trabalhadores dos serviços de saúde como para a comunidade em geral, quando gerenciados de forma inadequada. O gerenciamento de resíduos deve ser implementado em qualquer estabelecimento que preste serviços de atenção à saúde, conforme determinam as legislações federal, estadual e municipal no Brasil. Os RSSS são classificados pela Agência Nacional de Vigilância SanitáriaANVISA conforme seus riscos (BRASIL, 2004), sendo: - Grupo A: resíduos com presença de agentes biológicos; - Grupo B: resíduos que contém substâncias químicas; - Grupo C: resíduos radioativos; - Grupo D: resíduos comuns; - Grupo E: resíduos pérfurocortantes.

Levando em consideração que o gerenciamento dos RSSS está relacionada com a saúde pública e ambiental, surgiu o questionamento: como têm sido gerenciados os RSSS de uma unidade ambulatorial referência para o tratamento oncológico em Petrolina-PE? Este estudo toma como base as atuais legislações ambientais e sanitárias nacionais, visando contribuir com uma proposta de sistematização do gerenciamento dos RSSS. METODOLOGIA Estudo descritivo, exploratório de caráter quantitativo, realizado em uma unidade ambulatorial de tratamento oncológico referência em Petrolina-PE. A primeira etapa da coleta de dados consistiu na observação sistematizada não participante através de um roteiro baseado na Resolução 306/04 da ANVISA, onde foram identificados os tipos de resíduos e os setores onde são gerados, além do processo de segregação até o destino final.

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Na segunda etapa foi avaliada a quantidade de resíduos, sendo selecionadas três amostras de resíduos de um mesmo setor todos os dias para que a coleta fosse representativa dos resíduos produzidos em duas semanas de atendimentos. Para a pesagem foi utilizada uma balança da marca Filizola®, com capacidade máxima de 15 quilogramas. As informações contidas nos roteiros foram tabuladas na estrutura de um banco de dados em planilha eletrônica para avaliação da situação dos RSSS. A análise estatística utilizou o programa BioStat 5.0 que relacionou os tipos e quantidade de resíduos aos principais setores geradores. A pesquisa foi enviada ao Comitê de Ética da Universidade Federal do Vale do São Francisco, de acordo com a Resolução n° 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado conforme o protocolo de nº 12081008. RESULTADO E DISCUSSÕES No local do estudo a segregação ocorre no momento da geração dos resíduos, sendo estes separados em apenas dois grandes grupos: contaminados (Tipos A, B e E) e comuns (Tipo D), sem a devida segregação conforme a ANVISA (BRASIL, 2004). Quanto à produção, em duas semanas foram gerados 101,3 Kg de RSSS (58%) e 72,4 Kg de resíduos comuns (42%), tendo uma produção diária de 12,4 Kg resíduos. Em quase todos os setores os recipientes brancos continham o símbolo de resíduo infectante, tampa acionada por pedal e saco branco leitoso. Entretanto, foram encontrados materiais perfurocortantes e frascos de medicações nos recipientes brancos, além de excederem volume superior a 2/3 de sua capacidade, o que não é permitido pela ANVISA. Os resíduos comuns foram dispensados corretamente em recipientes de cor preta, devidamente identificados (BRASIL, 2004). A coleta, transporte interno bem como o armazenamento temporário não estavam de acordo com a legislação vigente, apresentando problemas no gerenciamento interno. O transporte externo foi feito por um funcionário, devidamente paramentado, em um caminhão baú. Após a coleta, os RSS foram novamente ensacados e encaminhados para a incineração e depois lançados no aterro sanitário municipal, estando esta etapa de acordo com as normas (BRASIL, 2004). CONCLUSÃO O estudo encontrou problemas relacionados ao gerenciamento dos resíduos como o descarte inadequado dos rejeitos, abrigo temporário de armazenamento precário e ausência de um plano de gestão de resíduos. A análise dos dados mostrou a necessidade de elaborar um Plano de Gerenciamento Interno para a instituição estudada, sendo necessária a implantação de rotinas por meio de atividades educativas para todos os agentes produtores de resíduos. Os dados encontrados oferecem aos gestores e profissionais de saúde, subsídios para elaboração de estratégias que melhorem a gestão interna de resíduos produzidos e adequem o

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serviço à legislação vigente. Nesse contexto, a educação permanente no serviço é uma ferramenta importante para envolver os trabalhadores no manejo adequado dos resíduos, além de reduzir os riscos de acidentes ocupacionais. Novas pesquisas, em outros tipos de estabelecimentos de saúde são necessárias, com a finalidade de implantar estratégias de gestão dos RSS, principalmente em serviços de pequeno porte que, apesar de produzirem uma quantidade pequena de resíduos, é de fundamental importância um gerenciamento adequado, minimizando os riscos para a saúde humana e ambiental. Palavras-chave: Gerenciamento de Resíduos; Resíduos Sólidos; Resíduos de Serviços de Saúde; Legislação Ambiental.

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Eixo: 4.2.7 Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

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O CULTO À INOVAÇÃO E SEUS PERIGOS: UMA REFLEXÃO DE CRÍTICA CULTURAL A PARTIR DE THOMAS KUHN E STANLEY CAVELL Cristiano Junta (1)

(1).Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

E-mail: cristiano.junta@gmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

Introdução: Este trabalho pretende mostrar que certo “culto à inovação” permeia o discurso ordinário sobre a ciência contemporânea. Essa espécie de esteriótipo da imagem do cientista em parte é falsa e em parte representa um tipo ilusão quanto aos procedimentos reais da ciência. A caracterização dessa ilusão é feita por Thomas Kuhn em seu ensaio The Essecial Tension: Tradition and Inovetion in Scientific Reasearch. Seguindo a sugestão de Kuhn a respeito do uso da palavra “inovação” investigamos o discurso de governos, empresas e outras instituições a esse respeito. Por fim apresentamos termos de criticismo cultural em relação à essa noção. Metodologia: A partir da discussão teórica de Thomas Kuhn e seu conceito de tensão essencial no desenvolvimento da pesquisa científica analisamos o lugar da inovação nesse contexto. Visitamos alguns textos de diversas fontes (governamentais, empresas e instituições privadas) procurando caracterizar seu emprego da palavra inovação. Confrontamos o uso ordinário da palavra “inovação” e seu uso teórico por Thomas Kuhn em busca de semelhanças e dissimilitudes entre eles. A divergência entre o emprego teórico e o ordinário da palavra “inovação” (e seus correlatos) guia-nos no sentido de buscar em que se distinguem esse emprego dentro de diferentes economias retóricas. Para tanto, utilizaremos algumas ideias de Stanley Cavell sobre a natureza da crítica cultural em seu texto Declining Decline.

Resultados e Discussão: O confrontamento entre o uso ordinário da palavra “inovação” e seu uso teórico na obra de Thomas Kuhn revela importantes distinções. Em especial sobre três questões: a) o que é o objeto da inovação, b) as fontes daquilo que é inovador e c) as consequências de uma inovação. Nesse contexto é preciso notar um ponto interessante de convergência entre esses dois usos. A ascensão da preocupação com a “inovação” aparece como uma atitude responsiva em contextos de crise da investigação cientifica. Nesse ponto cliva-se a distinção fundamental entre esses dois usos. Compreender a natureza desses empregos distintos, entretanto, parece requerer uma análise mais abrangente do lugar do discurso científico na sociedade contemporânea e sua relação com um potencia de crítica desse modo de vida.

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Nesse sentido apontamos para uma espécie de encantamento dessa imagem ficcional do discurso ordinário da pesquisa científica como tentativa de abarcar certos aspectos contraditórios do conhecimento científico. Em especial, sua relação com interesses externos à própria pesquisa científica e a prerrogativa da independência da pesquisa ciência e de suas conclusões, como retrata o filósofo Sundar Sarukkai em A Ciência e a ética da curiosidade. Conclusão: Caracterizamos o retrato ordinário da inovação científica como uma espécie de hipostasiamento fantasioso de certos aspectos da ciência. Por um lado, essa visão apregoa a independência e neutralidade (em especial ética) da ciência. Por outro lado, essa mesma visão solicita o emprego funcional do conhecimento científico, muitas vezes com consequências éticas problemáticas. A isso damos o nome de “culto à inovação”. Em uma frase, o culto à inovação é a projeção fantasiosa do medo de que a ciência venha a perder o status particular que ela possui no modo de vida contemporâneo, ao mesmo tempo neutra e útil. Em particular, em resposta aos usos moralmente reprováveis do conhecimento científico, como no caso paradigmático das aplicações militares das descobertas cientificas. Apoio: CNPq

Palavras-chave: filosofia da ciência, inovação, Thomas Kuhn. Stanely Cavell

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A ANGÚSTIA COMO DESVELAMENTO EM CINCO LIVROS EXISTENCIALISTAS Demian Luz Benevides(1); Thiago Vasconcellos Modenesi(2) (1) Graduando em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco– UFPE (2) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE E-mail:demianlb@terra.com.br Eixo Temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem Introdução: A partir do conceito de angústia abordado por Heidegger, no parágrafo 40 do livro Ser e Tempo, como momento de revelação em que o Dasein se dá conta das ilusões circundantes, se dando conta do nada, propomos a análise de obras de dois autores franceses do pósguerra, mais precisamente dois existencialistas: Albert Camus e Jean-Paul Sartre. Eles escreveram diversas obras a partir do advento da 2ª Guerra Mundial, em que os personagens experimentavam momentos de angústia profunda da entrada em contato com o absurdo da existência. Esse artigo tem por objetivo abordar a angústia heideggeriana no viés desses autores existencialistas. Esse momento tão particular e único pode ser vivido coletivamente? Uma grande guerra pode causar esse desvelamento em um nível coletivo? Metodologia: Propomo-nos fazer dialogar os autores abordados e os livros escolhidos (Peste, A Queda, O Muro, A Náusea). Esse diálogo se dará em várias camadas: personagens, visão política, visão filosófica, tempo, espaço, corpo teórico. Heidegger será o centro dessas discussões, já que fornece o conceito central do artigo “angústia como desvelamento” em sua obra maior: Ser e Tempo. Resultados e Discussão: Martin Heidegger (1889-1976) construiu seu pensamento em torno da questão do Ser. Distinguindo o ser do ente, estabeleceu as bases para sua ontologia. Seu ponto de partida parece ter sido um ente privilegiado, já que capaz de pensar sobre o ser do ente: o homem. O homem é Dasein, o ente aberto ao Ser. O homem é o ente com uma peculiaridade: ele pode compreender o ser. Mas o homem é um ser-no-mundo (in-der-Welt-Sein) e por essa razão ele é fundamentalmente um poder-ser. Ele se encontra na de-cadência, obstruído e fechado.O homem é compreensão do ser em acesso à verdade. Nele existe uma pré-compreensão do ser (o fogo do Prometeu que o diferencia dos demais entes? O bóson de Higgs, partícula aglutinadora de massas e possibilitadora de dar fisicidade ao Universo?). Essa précompreensão do ser é o nada que o impele a questionar, o incita a vir a ser. As disposições afetivas são modos originários de captar e compreender o mundo, são o que temos de mais

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próprio, de mais individual e de mais transformador. Esse contato com a angústia parece ser um exemplo perfeito desse processo de mostrar-se do Ser. Seus efeitos na cultura de forma geral – no pós-guerra – sobremaneira na literatura, cinema e organizações políticas parecem confirmar isso. Conclusão: Heidegger aponta no método fenomenológico o caminho apropriado para atingir o Ser a partir do ente. Essa condição de desvelamento é o fenômeno. Ele lista, em Ser e Tempo, modos constitutivos do pré, a parte originária, sempre originária da presença, na disposição e na compreensão. Sartre e Camus partilham em suas obras esses processos de desvelamento (político, individual, coletivo, existencial, humano) a partir de eventos causadores de grande comoção, como é o caso da 2ª Guerra Mundial e suas nefastas consequências. São personagens concebidos sob os efeitos da experiência da guerra, ou no caso de O Muro, ante a ameaça da guerra. Efeitos parecidos com os descritos nos textos escolhidos podem ser transpostos para o coletivo. A angústia descrita por Heidegger como esse processo de desvelamento pode ser aparentemente estendido à humanidade. Como aconteceu com a França, depois da experiência da guerra, comoção coletiva em grande escala.Através da angústia a singularidade no indivíduo resgata algo que já estava contido nele de forma aguda. O Ser se deixa entrever e dialoga com o indivíduo – corremos aqui o risco de metaforizar o ser, e consequentemente de entificá-lo, sem, no entanto almejarmos tal sacrilégio. O Ser se mostra num momento de rememoração profunda do Ser no indivíduo.

Palavras-chave: Heidegger, angústia, existencialismo, desvelamento.

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UM FLÂNEUR TRANSATLÂNTICO: O PATRIMÔNIO CULTURAL ENTRE DOIS MUNDOS (BRASIL/SERGIPE-PORTUGAL/LISBOA) Aliny Conceição Correia de Melo (1); Janaina Cardoso de Mello (2) (1). Graduanda em Museologia/Bolsista PIBIC-FAPITEC-SE/Universidade Federal de Sergipe UFS;(2). Profa. Adjunta de Museologia/UFS - Orientadora E-mail: aliny.correia@gmail.com Eixo Temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

Introdução: A educação patrimonial, grosso modo, envolve no imaginário coletivo, a apreensão da cultura, do monumento que se torna patrimônio, aguçando questionamentos sobre os processos seletivos que elegem representações simbólicas de um ou mais grupos sociais como espelho da maioria, institucionalizando-se e criando padrões de referência. Em Portugal, e mais especificamente Lisboa, a Torre de Belém, o Castelo de São Jorge, a Catedral da Sé capturam a atenção do turista que transita por esses espaços como um flâneur contemporâneo. No Brasil, em Sergipe, Laranjeiras abriga ruínas da Casa Grande e da Capela Sant‟ Aninha, das Igrejas de Nosso Senhor do Bonfim, Nosso Senhor dos Navegantes e do Museu de Arte Sacra católica, símbolos das tradições portuguesas advindas da colonização. Nesse sentido, a relação subjetiva que se estabelece entre o patrimônio e aquele que desse usufrui, requer uma análise das políticas públicas de educação para valorização e conservação do patrimônio, bem como os usos sociais, apropriações e reinvenções desses espaços entre dois mundos aproximados e ao mesmo tempo distintos (Lisboa/Laranjeiras). Metodologia:

O projeto desenvolve sua metodologia à partir de três etapas, à saber: a primeira compreendendo a identificação das heranças culturais lusitanas na cidade sergipana de Laranjeiras à partir de visitas técnicas e análises iconográficas; e o estudo das políticas de salvaguarda dos bens culturais materiais em Sergipe e Portugal com base na legislação correlata. Na segunda etapa a alimentação de um banco de dados Sergipe/Lisboa sobre patrimônio cultural e acondicionamento do site.

Resultados e Discussão: As pesquisas realizadas junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da superintendência de Sergipe, bem como junto a Subsecretaria de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural (Subpac) forneceram subsídios através de documentos relativos ao orçamento para a preservação das igrejas do Senhor do Bonfim e Bom Jesus dos Navegantes, e sobre conservação do patrimônio natural de Laranjeiras. O levantamento da legislação

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portuguesa de salvaguarda do patrimônio cultural resultou nas leis: 13/85, de 06 de julho; 11/87 de 7 de abril (17º e 20º artigos) e 107/2001 de 8 de setembro, que tratam da defesa do patrimônio cultural português e da qualidade ambiental e paisagística. Os dados formam o material constitutivo do site que acondiciona o banco de dados comparativo e complementar sobre o patrimônio cultural em terras lusas e brasileiras, composto por material iconográfico, vídeos e produções literárias pertinentes ao tema (poesias). Conclusão: A prática da flanerie (o ato de caminhar, sem pressa, observando a cidade, suas transformações e permanências) que desponta na Literatura de Charles Boudelaire, Edgard Allan Poe, Fernando Pessoa, Lima Barreto e Machado de Assis pode ser transportada para o campo da fruição do patrimônio cultural quando a preocupação com a observação torna-se também um cuidado com a salvaguarda e valorização de praças, igrejas, castelos, casarios, torres, museus. Um desejo de memória preservada, uma vontade de porvir, de futuro que não relegue ao esquecimento as tradições do passado. Sob esse aspecto a legislação portuguesa avançou imensamente ao normatizar tanto as definições quanto as atribuições dos poderes públicos na gestão do patrimônio, enquanto no Brasil ainda há um longo caminho a percorrer. Assegurar às pessoas o livre acesso com segurança e informação ao patrimônio urbano configura-se como um ato de cidadania e manutenção de memórias históricas construídas culturalmente. Apoio: Bolsa PIBIC/FAPITEC-SE.

Palavras-chave: flâneur, site, patrimônio, cidade, cultura.

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DREAG KING, MULHERES EM CENAS POLÍTICAS NA ARTE DE EXISTIR EM PERFORMANCES DE MASCULINIDADES. Ivanildes Teixeira de sena Mestranda do Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural – PÓS-CRÍTICA/UNEB (Universidade do Estado da Bahia). Contato: nildesena@yahoo.com.br Eixo Temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

Introdução: Ao longo da historia da humanidade, a arte sempre teve papel relevante, no que diz respeito ao seu poder de legitimar a existência de indivíduos, com grande poder de abrangência e eficácia. Seja ela política, sagrada, decorativa, funcional ou quanto mais atributo a criatividade humana possa à arte agregar. A arte política Drag King, nada menos é que mulheres e a incorporação de personagens masculinos, com o propósito de dar visibilidade às masculinidades no corpo de “mulheres”. Que diante da hipocrisia social institucionalizada, nega e invisibiliza mulheres ditas “masculinizadas”. Segundo Halberstam (2012), estrategias de “ataques a los regímenes de género dominantes vienen de la performance y del arte queer butch, lo que incluye drag king shows, papeles de teatro butch o producciones de arte desarrolladas por sujetos con género diferente”. Na elaboração desse artigo, utilizamos a apropriação dos estudos em teoria social do discurso que, tem como propósito desenvolver análise do discurso que seja capaz de investigar a mudança na linguagem como método de estudo das mudanças sociais e culturais. Nesse sentido, a arte performática drag king, cumpre o seu papel político ao desvelar cenas do cotidiano que apresentam como refluxos históricos de negação, exclusão e violência de gênero e sexualidades em relação às mulheres nesse contexto. A produção desse trabalho contribui com o Projeto de Pesquisa, que sou autora, “No Ventre da capoeira: marcas de gente em gênero de corpo – mulheres na capoeira”, do Programa de Pósgraduação em Crítica Cultural – POS CRÍTICA/UNEB, o qual temos como base teoria, prioritariamente a epistemologia feminista, que em larga escala, propõe rever o papel do corpo na compreensão intelectual e insistindo em sua centralidade na reprodução e transformação da cultura. Assim como, analisamos em que sentido a tecnologia de gênero atua nesse corpo/espaço, reconhecidamente atravessado pelas tecnologias sociais e seu diversos Marcadores, tais como raça gênero e sexualidades. Verificado até que ponto esse corpo de “mulher” em virtude do contexto a que está inserido pode posicionar-se de modo político e ou bélico. A reflexão em torno das teorias feministas impulsionadas, dentre outras coisas, pelo que segundo Preciado, “poderíamos chamar um giro performativo na análise da identidade sexual e racial”. Ela nos informa ainda que Autoras como Judith Butler, Sue Ellen Case e Eve K.

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Sedgwick vão utilizar a noção de “performance”, para desnaturalizar a diferença sexual ”. A autora, afirma ser importante contextualizar um debate sobre as masculinidades femininas e lesbianas em oposição direta a discussão geral da masculinidade dentro dos estudos culturais, que insiste em manter a masculinidade como propriedade dos corpos dos homens. Realizar tal produção acadêmica a partir a produção artística, é também almejar recuperar a discussão entre fazer política a partir da arte e fazer ciência. No mundo da política, a ênfase está na identidade, enquanto às pesquisas, o que seduz e encanta, é o diferente. Nesse sentido, a utilização da arte performática, enquanto ciência epistemológica reúne elementos políticos na expressão artística com o propósito de produzir conhecimento cientifico. Metodologia: Realizar a reflexividade epistemológica em Análise do Discurso Crítica (ADC), dividida em duas partes, a primeira na perspectiva ontológica que orienta pesquisa em histórias de vida e pesquisa ação a da segunda, que utilizando a tradição da pesquisa qualitativa e a seleção por métodos etnográficos para a geração e coleta de dados. Destacando três aspectos principais da pesquisa a interdisciplinaridade, o caráter posicionado em face dos problemas sociais parcialmente discursivos a utilização da arte política (performance) como instrumento para a crítica cultural. Dreag king, intervenção artística de mulheres em cenas políticas na arte de existir em performance de masculinidades, o corpo das mulheres biológicas como lócus de Pesquisa ação participativa, objetivando a fluência de gênero. Resultados e Discussão: Mas o que é o corpo e como esse corpo pode ter uma função política e bélica? Em que sentido pode refletir sobre, como dentro de tradições dominantes, o próprio conceito de corpo foi formado em oposição àquele de mente? Até que ponto, o que é definido como o âmbito do que é biologicamente dado, o material, o imanente, permite ser reelaborado, a exemplo da fluência de gênero?. Historicamente deparamos com questões sociais que tem sido conceituada, desde o século XVII, como aquilo que estabelece as fronteiras entre o ser "interior" e o mundo “exterior”, algo que entendemos como problematização necessária e urgente. Identidade de gente é gênero, raça, classe social e sexualidades – Dreag king a arte da existência em performance de afirmação, que além de deslocar as definições e dicotomia de feminino e masculino, denuncia a misoginia pela caricatura e exagero do ato performativo de homens em performances de masculinidades incorporadas por mulheres. Incentivando a reconhecer e atribuir as masculinidades femininas. A quem interessa naturalizar ou desnaturalizar à discussão a cerca da fluência de gênero?

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Conclusão: Acredito que por mais que tenhamos a diversidade de gênero incorporada, o mais macho das mulheres

ainda

fica

em

busca

de masculinidades para

o

auto

convencimento na

performatização corporal, já que para os corpos de "homens" em performance feminina, socialmente, já existe um exercício mais consolidado, ou pelo menos com referencias e mais visibilidade. Segundo a pesquisadora Berenice Bento, Há uma intensa e por vezes tensa discussão acerca da relação entre fazer política através da arte e produzir conhecimento. Fazer uma genealogia desse debate remota à própria história das Ciências Sociais. Diante dessa conclusão, vejo uma imprescindível direção, continuar fazendo intervenções artísticas, pesquisando e construindo conhecimento e fomentando reflexões sobre as questões de gênero e humanidades, que vem desencadeando tantos focos de violência. Até que as performances transformem-se em atos performativos elevados para além palco. Intervenções de arte política para elevar o corpo de “mulher” como lócus de autoconstrução, exposição e autoridade na arte política enquanto epistemologia. As experiências empíricas de arte com performances de Drag Kings evocam cenas da história para além da Bahia, do Brasil e que transcendem a temporalidade cronológica. É questão, para ressignificação da existência de seres humanos em identidades de construções para o feminino, incorporando masculinidades, em sociedades contemporâneas tão omissas no combate a violência contra a lesbofobia e outras violências sexuais de gênero. Segundo Butler, “os corpos não se conformam jamais, às condições que lhes foram impostas”. Apoio: Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural – POS-CRÍTICA/UNEB (Universidade do Estado da Bahia).

Palavras-chave: Drag king, mulheres, performance, masculinidades, corpo político.

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DANÇA CIGANA E O TRABALHO DE AUTOCONHECIMENTO Ingrid Kaline de Souza Lima (1); Roberta Maria do Espírito Santo (2); Taciana Valéria Silva de (3) (4) Melo ; Karlene Magalhães da Costa (1). Pesquisadora em Dança Cigana do grupo Dança Cigana Recife; (2). Pesquisadora em Dança Cigana do grupo Dança Cigana Recife; (3). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco; (4). Graduanda em Psicologia na Faculdade dos Guararapes E-mail: souzadeingrid@hotmail.com

Eixo Temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

Introdução: A dança cigana favorece o desentrave de emoções incrustadas no corpo, que podem ocorrer por situações culturais ou estruturais, desencadeando grandes dificuldades nas relações, em especial as familiares. Com esses bloqueios, os sentidos para a alegria, a criatividade e o relacionar-se consigo e com o outro numa esfera de liberdade e verdade, ficam obstruídos, dificultando a inserção do indivíduo em determinado meio e nas formas de autoconhecimento. Quando ainda em fase de construção, as relações situam-se em base ainda um tanto superficial, gerando transtornos conhecidos como doenças que vão de um resfriado a uma tetraplegia. O trabalho da dança vem aqui atuar de forma sutil nessa mente manipuladora para fortalecer o estado da alma e ser uma facilitadora para o corpo, oportunizando-o a reviver seu bem-estar natural. Sendo assim, além de recursos musicais e corporais já agregados à dança, é utilizado o método da terapia sistêmica junto ao trabalho da dança cigana. O movimento da Dança Cigana Recife surgiu em 2008, através da pesquisadora e pedagoga Roberta do Espírito Santo, juntando o material (corpo) ao invisível (espírito). A motivação para se estudar a dança cigana é pela disposição e aceitação dos corpos, já que dentro desta dança existe o encontro de si. Metodologia: Nos primórdios, os homens dançavam para honrar, homenagear e alegrar os seus deuses. Hoje, podemos invocá-los olhando para nosso interior, pois a dança retrata os sentimentos, as emoções e a afetividade vivida na esfera familiar, religiosa, social e da saúde de cada indivíduo. HELLINGER descobriu a terapia sistêmica na qual, através do sistema familiar, como acontece em qualquer outro sistema, existe sua própria ordem natural que quando violada, os efeitos são sentidos nas gerações seguintes à medida que o sistema procura retornar à ordem. Isto acontece por haver leis naturais que funcionam para manter o equilíbrio e para fazer com que o amor flua livremente entre os membros da família.

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A maioria das dificuldades pessoais e dos problemas de relacionamento decorre de desordens nos sistemas familiares. Essas desordens surgem quando, sem termos consciência ou intenção de fazê-lo, incorporamos em nossas vidas o destino de outras pessoas que, às vezes, viveram num passado distante. Ocorre a repetição de padrão e a necessidade de cumprir o destino de outros seres da família que foram excluídos, esquecidos ou cujos lugares não foram reconhecidos. Tentamos viver esse destino para eles ou criamos infelicidade em nossas vidas para diminuir nossa culpa. Resultados e Discussão: Quando praticada com regularidade, a dança é tida como uma atividade física, que melhora a qualidade de vida das pessoas, como expõe GOBOO e CARVALHO (2005) “possibilitando benefícios como a prevenção e combate de situações estressantes, estimula a oxigenação do cérebro, melhora o funcionamento de glândulas, reforça a musculatura e protege as articulações, proporciona conhecimento corporal, melhora a capacidade motora, concentração e atenção (...)”. A dança vai além, pois contribui para a socialização e integração dos indivíduos, propiciando a cooperação e colaboração entre eles, aumentando a autoestima e reduzindo a tensão e a timidez. Isso é visto na dança cigana em que o olhar profundo desta dança é aquele que se volta primeiro para si mesmo, que encontra seu eixo interno e pode exteriorizar no movimento da vida com o outro, rompendo os padrões, avançando no pensamento, saindo da percepção distorcida para um olhar consciente. A partir do momento em que o sujeito se transforma ele consegue lançar transformações no mundo em que o cerca. É com o autoconhecimento que ocorre a sensação de liberdade, valorização do corpo e possibilidades de movimentos trazidos pela dança cigana torna sistemicamente eficaz as mudanças de comportamento, de pensamento e do relacionar-se. Conclusão: Alguns estudos, como o de TONELI (2007), SILVA, VALENTE e BORRAGINE (2012), revelam que pessoas que praticam dança começam a modificar seus padrões de comportamento, bem como posturas físicas e psicológicas rígidas, pois começam a integrar corpo, movimento, pensamento, sentimento e expressão, o que facilita a auto-percepção, a criatividade e as transformações tanto individual, quanto de suas relações sociais de uma forma geral, pois se rompe barreiras. Na dança livre, estilo dança cigana, isso é mais perceptível, pois, ao contrário da de salão, do jazz, da do ventre e de tantas outras categorias existentes, não há passo marcado, ou seja, não há regras que determinem se o movimento está certo ou errado. Nessa modalidade os gestos, os movimentos e as posturas são individuais, temos o pensamento de SOARES, NUNES e QUEIROZ (20--) de que a dança é “a arte que liga o corpo à alma”, pois “(...) as evoluções no espaço traduzem os pensamentos dos indivíduos, sua afetividade, o conteúdo

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emocional de sua imaginação. É uma linguagem pela qual se comunicam ideias não expressas verbalmente.”. Apoio: Dança Cigana Recife

Palavras-chave: Autoconhecimento, Dança Cigana, Relacionar-se

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A REVISTA ILLUSTRADA E A EDUCAÇÃO EM DISCUSSÃO NA REPÚBLICA Thiago Vasconcellos Modenesi(1) (1) Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco Email: thiagomodenesi@hotmail.com

Eixo temático: Inovação: conceito, crítica e processos de criação em arte e linguagem

INTRODUÇÃO: Este artigo tem como principal objetivo estudar as estratégias e mecanismos de educar nos primeiros anos da República do Brasil, a partir da ascensão do Partido Conservador e do fim do Império e do regime escravagista em nosso país, para fazê-lo nos propomos a analisar as mudanças que ocorrem na época apoiados no que se publicou na Revista Illustrada. Aqui buscamos estabelecer a relação da educação e das propostas educacionais contidas em alguns materiais no novo contexto da República a partir que era publicado na Revista Illustrada em algumas de suas capas, textos internos e ilustrações. Assim lançamos o seguinte problema de pesquisa: “A Revista Illustrada foi parte do processo educacional inaugurado nos primeiros anos da República do Brasil, colaborando na divulgação e consolidação dos novos hábitos e costumes que chegaram junto com o novo regime?”. METODOLOGIA: A análise da mudança dos hábitos e referenciais de higiene corporal, de boa escola e de civilizado nesse período histórico serão analisados tendo o referencial teórico os escritos de Norbert Elias sobre o assunto. Baseado na hipótese apresentada, onde acreditamos ter havido influência da Revista Illustrada como veículo midiático, colaborando no alinhar da maneira de historiar e noticiar os fatos a população, fazemos a análise do publicado na Revista na ausência de Angelo Agostini nos primeiros anos da República até o fim de sua publicação em 1910.O primeiro contato com nossa fonte principal se deu na pesquisa de meu mestrado, tal oportunidade nos permitiu observar que a Revista Illustrada teve grande duração e várias fases e mudanças no seu corpo editorial, desenhistas, maneira de encarar o regime e periodicidade. Essas ilustrações contidas na Revista Illustrada foram pesquisados no Arquivo Público do Rio de Janeiro e arquivos microfilmados da Universidade de Campinas – Unicamp. Desta maneira, a análise das ilustrações e outros documentos correlatos serão feitas a partir de um olhar pedagógico, mas sem perder de vista a sua historicidade, já que os documentos se encontram inseridos num complexo contexto político-social, sendo agentes desse processo de normatização social.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO: Busco provar que o publicado na referida revista, em forma de texto e ilustrações, possuía caráter educacional divulgando novos parâmetros para a higiene da época, analisando reformas educacionais propostas, valorizando o surgimento de novas escolas, como por exemplo a de engenharia, e destacando as figuras heroicas da República. Podemos ousar escrever que a teoria e a história da educação no nascedouro da República brasileira ganha novas nuances, elementos e análises no estudo que aqui fazemos. Com o debate aqui proposto vamos dar acesso a fontes históricas que mostram elementos educacionais, ideias com fundos pedagógicos que nunca foram estudadas com o foco de educar para o novo que surgia, para os novos conceitos de República. Além disso nos propomos a dissecar as imagens e textos, analisar seus detalhes e buscar extrair as minúcias do novo que se construía e do que se buscava ensinar nesse contexto que ia se formando. CONCLUSÃO: Tantas mudanças, na Revista e no contexto, mostram um novo momento que vive o país e tudo que isso acarreta historicamente, ocorrendo uma ruptura com o Império e as forças que este representava. É justamente no período republicano que a Revista passa a ter um comportamento de panfleto pró-regime, há uma sequência de publicações de personagens por suas páginas, começando por Deodoro da Fonseca que era desenhado jovem e vigoroso enfrentando os inimigos do regime. A partir do novo contexto surge a necessidade de se educar, construir uma nova escola e uma nova referência dentro da retratação dos personagens históricos e da maneira de encarar o passado recente do país. Aqui entendemos que a Revista Illustrada pode estar a serviço de oferecer caminhos para a exaltação da pátria e do novo regime como o justo, correto e democrático. Mas a nova sociedade que se formava ainda precisava ganhar o coração e a mente da população, para isso era preciso construir uma escola vinculada ao novo regime e novas formas de divulgar as mudanças pelas quais o país passou acompanhado dos novos parâmetros de civilizado, visto que as mesmas levaram anos e anos para atingir o conjunto do país.

Palavras-chave: Educação, charges, Revista Illustrada.

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