Anais da Mostra de C&T da 8ª Bienal da UNE

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JOUHANNA DO CARMO MENEGAZ (ORGANIZADORA)

ANAIS DA MOSTRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DAS ENTIDADES ESTUDANTIS (UBES, UNE, ANPG)

1ª Edição

Olinda Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) 2013


COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenadora Geral: Msc. Jouhanna do Carmo Menegaz

Avaliadores de trabalhos e sessões

Ana Paula Rodrigues Figueirôa (Universidade Federal de Pernambuco) Anderson Diego Farias da Silva (Universidade Federal de Pernambuco) Carolina Pinho (Universidade de Campinas) Cinthya Galvão (Universidade Federal de Pernambuco) Cristiano Moraes Junta (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Daniely Gomes Vieira de Souza (Universidade Federal de Pernambuco) Dayana Raquel Pereira de Lima (Universidade Federal de Pernambuco) Diógenes Arruda Ferreira (Universidade Federal de Pernambuco) Francisca Cíntia Aguiar Eufrásio (Universidade Federal do Ceará) Gabriel de Santana (Universidade Federal de Pernambuco) Hercilia Melo do Nascimento (Universidade Federal de Pernambuco) Jaysa Renné de Sousa Riibeiro (Universidade Federal de Pernambuco) Jonathas Eduardo Luna Malta Juliano Quintella Dantas Rodrigues (Universidade Federal de São Paulo) Luana Meneguelli Bonone (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Lucas Machado dos Santos (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Manassés Zuliani Jora (Universidade de Campinas) Maria Gabriela do N. Alburquerque Pedro Luiz Teixeira de Camargo (Universidade Federal de Ouro Preto) Roberto Nunes Junior (Universidade Federal Fluminense) Thays Gabriela Campos (Estácio de Sá) Theófilo Codeço Macharo Rodrigues (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) Yan Soares Santos (Universidade Federal de Pernambuco) Yuri Nathan da Costa Lannes (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

ISBN 978-85-61839116


SUMÁRIO

Discussões temáticas, 23 de janeiro de 2012.........................................................................................4

Pôster, 23 de janeiro de 2012................................................................................................................17

Sessões coordenadas, 24 de janeiro de 2013......................................................................................30

Discussões temáticas, 24 de janeiro de 2013.......................................................................................38

Pôster, 24 de janeiro de 2013................................................................................................................45

Pôster, 25 de janeiro de 2013................................................................................................................66

ISBN 978-85-61839116


23 DE JANEIRO

DISCUSSÕES TEMÁTICAS

INFLUÊNCIA DO USO DOS MEIOS TECNOLÓGICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA Francisca Fernanda Batista de Castro¹; Geneuza Muniz de Souza²; Luan Paulo Lima e Silva³ Vanessa Martins Lopes 4 ¹ Graduanda em Geografia na Universidade Regional do Cariri-URCA; ² Graduanda em História na URCA; ³ Graduando em Geografia na URCA; 4 Graduanda em Geografia na URCA. E-mail: fernandacastro1@hotmail.com Área: Geografia Introdução: Este trabalho consiste em analisar a influência do meio técnico científico informacional no ensino de Geografia, tomando por base a ampliação da informática em todas as áreas do conhecimento, como também o surgimento de varias outras tecnologias, que auxiliam no processo de ensino aprendizagem. Nosso principal objetivo é investigar as problemáticas envolvidas na utilização das TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) em escolas públicas do município de Crato-CE, bem como detectar as necessidades e dificuldades enfrentadas por professores de Geografia com relação à utilização das novas tecnologias no contexto escolar. Pensamos que esse método possui relevante importância podendo vir a acrescentar na prática pedagógica, enriquecendo as aulas, tendo em vista que o uso desses novos recursos didáticos como metodologia escolar surge como algo que desperta interesse e curiosidade nos alunos. Sendo assim, a temática visa observar quais os caminhos a serem trilhados para que o objetivo do aprendizado seja alcançado. Metodologia: Para um melhor entendimento sobre o processo tecnológico, foi realizado um estudo com base em análise de pesquisa bibliográfica, documentários relacionados, realização de entrevistas e observações em escolas de ensino médio do município Crato-CE, no intuito de compreender a real situação da utilização das novas tecnologias como recurso didático. Para apurar dados com relação ao uso e domínio dos recursos tecnológicos junto aos alunos, aplicamos questionários e observação em sala de aula. Após coleta de dados foi feita uma análise das informações. Posteriormente esperase compreender como está acontecendo à inserção dos alunos no mundo tecnológico e apontar um mapeamento das problemáticas que envolvem o uso das tecnologias nas escolas públicas do ensino médio no município de Crato-CE. Resultados e Discussão: ISBN 978-85-61839116


Sabendo que na era da globalização há grande rapidez na chegada das informações, o docente precisa utilizar de todos os recursos que venham a facilitar o processo de ensino aprendizagem e a compreensão do mundo a qual está inserido, no contrário, o professor e até mesmo a escola tendem a perder sua credibilidade. Neste sentido esses dois agentes possuem grande influência no desenvolvimento do senso crítico do aluno, para que eles possam selecionar a utilização das informações de forma correta, não permitindo-se alienar diante desse mundo globalizado. É possível observar que alguns professores argumentam que a informática não faz parte da realidade dos alunos, esta é uma forte razão para se usa-la na escola. Se em casa o aluno não vai ter acesso a esses equipamentos, e consequentemente ao aprendizado que eles possibilitam, consideramos dever da escola viabilizar o acesso do aluno ao computador e demais instrumentos de multimídia. Nesta perspectiva, nota-se que alguns educadores ainda sentem certa dificuldade em lidar com o avanço tecnológico, minimizando de certa forma a interação dos alunos com as novas técnicas. Conclusão: Ao analisar a escola como uma micro sociedade percebe-se que ela necessita ser participativa e inclusiva e nela o professor deve conhecer bem os recursos de mídia, para utiliza-lo com objetivos claros que venham a nortear os alunos. O ensino de Geografia por meio do uso de várias tecnologias permite que os educandos interajam com o meio na busca da produção do conhecimento, tendo em vista que esses recursos podem tornar as aulas mais dinâmicas e motivadoras favorecendo a aprendizagem, e contribuindo para a qualidade da educação ofertada. Porém, é necessário que os educadores utilizem tais recursos como uma ferramenta auxiliar, enfatizando que é apenas uma técnica e que o processo de ensino aprendizagem vai além deste recurso metódico. Por sua vez o aluno terá condições de desenvolver sua capacidade de saber observar, entender e analisar a realidade da sociedade a qual ele faz parte. As atividades precisam desafiar os alunos e com isso incentiva-los a desenvolver suas habilidades e a usufruir dos benefícios que tais recursos podem oferecer, transformando a sala de aula em um espaço que se obtém aprendizado com prazer. Apoio: Universidade Regional do Cariri – URCA Palavras Chave: Ensino, Escola, Geografia, Recursos Tecnológicos.

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ENSINO PLURIDISCIPLINAR DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENTRE AS DISCIPLINAS DE BIOLOGIA E GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA DE INICIÁÇÃO À DOCÊNCIA (1)

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Pâmella Araújo Balcaçar ; Pedro Aparecido Barreto de Melo ; Beatriz dos Santos Ribeiro ; Valdeci (1)

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Antonio de Oliveira ; Pâmela Mayara Pereira Basílio ; Juliana Loiola de Araújo .

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Graduando

em

Ciências

Biológicas/ICEN/CUR/UFMT;

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Graduando

em

Geografia/ICHS/CUR/UFMT. E-mail: pamella_ab@hotmail.com Área: G.7.3. Educação Ambiental

Introdução: Os avanços científicos e tecnológicos têm sido relacionados à degradação do meio ambiente e consequentemente, a elevação das desigualdades econômicas e sociais. Contudo, há um crescente interesse mundial para educação ambiental. Com essa preocupação os subprojetos em Ciências Biológicas e Geografia do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), do campus universitário de Rondonópolis, da Universidade Federal de Mato Grosso, propuseram uma prática educativa pluridisciplinar entre as disciplinas de biologia e geografia com os estudantes da Escola Estadual Major Otávio Pitaluga, no município de Rondonópolis-MT. O presente trabalho visa apresentar o relato das contribuições para a formação dos licenciados ao mesmo tempo em que melhora o ensino das disciplinas de biologia e geografia no ensino médio e colaborar na constituição de uma sociedade sustentável. Metodologia: A investigação foi realizada com 216 estudantes de 11 turmas do 3º ano do ensino médio e a área de estudo foi na região do Vale do Gavião. Utilizou-se dos métodos de ensino: viagem de campo, demonstrativa e a prática em laboratório. Iniciou-se a estratégia de ensino com uma viagem exploratória dos subprojetos em Ciências Biológicas e Geografia do PIBID, para o planejamento, organização dos conteúdos a serem expostos e os métodos avaliativos. Organizou-se em 5 viagens realizadas entre abril e junho de 2012, em cada viagem os estudantes foram subdividida em 4 grupos. O subprojeto em Geografia abordou o estudo de Bacias hidrográficas, por meio de um questionário estruturado com emprego da algumas técnicas de análise interpretativa do meio ambiente, sistematizado em: nascentes, tipo de solo, vegetação e ação antrópica. Ainda contou com o auxílio de um GPS para orientação geográfica. Já o subprojeto em Ciências Biológicas teve um roteiro de aula elaborado com o objetivo geral, os temas específicos de estudos e o material biológico a ser coletado por cada equipe: insetos, água, fungos, folhas e algumas estruturas vegetais. Posteriormente, foram analisadas em aula prática de laboratório. Resultados e Discussão: No que tange a Educação Ambiental, notou-se que as atividades de campo sensibilizaram os educandos, no confronto dos saberes ao encontrar os problemas e simultâneo, a disposição de possíveis soluções. Nesse contexto, a metodologia avaliativa ocorreu fragmentada por exposição oral, relatório sistematizado e descritivo em grupo, desempenho das atividades em laboratório e avaliação participativa dos discentes. Assim, 72,68% avaliaram como excelente essa aula e 25,92% definiu como boa; já quanto às atividades mais satisfatórias, a indicada foi à trilha ecológica, 83,33%; enquanto de maior rejeição destacou-se, 57,87%, a elaboração de

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relatório. Para a geografia, ressaltou-se o uso da técnica de croqui, apesar da ausência de habilidade artística por alguns, examinou a presença dos elementos do estudo proposto. Enquanto que para a biologia sobressaiu o produto da aprendizagem fragmentada resultante, primeiro, em campo e depois em laboratório, ainda houve a produção de coleções biológicas: caixas entomológicas, exsicatas e micoteca. Percebeu-se um significativo avanço educacional tanto na formação dos bolsistas do PIBID quanto à consolidação de aprendizagem dos estudantes, sendo motivadora até após a viagem em campo. Assim, reafirmando a literatura científica. Conclusão: A proposta de ensino resultou em uma ação pluridisciplinar entre áreas trabalhadas, devido à ocorrência da relação complementar entre os conteúdos de disciplinas diferentes, como foi à biologia e geografia. Por ser um instrumento de ensino de suma importância e de proporcionar contato direto com objeto de estudo, a viagem de campo permite ao educando o uso de sua percepção na assimilação dos conteúdos abordados que contribuíram para estimular a educação ambiental no caráter prático e facilitador. Nessa perspectiva, a participação dos estudantes no processo de avaliação, nos possibilitou a compreender melhor a dinâmica de aprendizagem e também colaboram com avaliação da estratégia de ensino para adequações em aulas futuras. Além disso, observou-se também a formação de equipes com lideranças na organização dos relatórios tanto na execução das atividades e outro destaque também foi a capacidade de transmissão de conhecimento por alguns. Por meio dessa pesquisa podemos indicar o desenvolvimento de interação com outras disciplinas para melhor aproveitamento do objeto de estudo.

Fomento: CAPES.

Palavras-chave: PIBID, Viagem de campo, Prática em Laboratório, Biologia e Geografia

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Área: Educação Artística MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA LITERATURA POTENCIAL Renato José Pereira (UFRN) Síntese: Entendendo as dificuldades vividas no ensino/aprendizagem em literatura este trabalho visa apresentar, de modo sucinto, as experiências das oficinas de literatura potencial (Ouvroir de Littérature Pottentielle, OuLiPo). Negando a concepção de escrita como arte de gênios, as oficinas mostram como pessoas “comuns” podem se identificar com a literatura, restituindo-lhes o poder da palavra. Introdução: A Literatura desde seus princípios foi considerada como arte de poucos, onde poucos liam e menos escreviam, com a chegada do romantismo o culto ao gênio se intensificou tornando o acesso à escrita literária mais escasso, não só no ponto de vista do escritor, mas também no do consumidor. Entendendo as dificuldades encontradas no ensino e aprendizagem de literatura este trabalho visa apresentar, de modo rápido e sucinto, as experiências das Oficinas de Literatura Potencial (Ouvroir de Litteráture Pottencialle, OuLiPo) nas praticas pedagógicas na área de escrita e como elas colaboraram para que o estudante domine aspectos estéticos da literatura, o que pode possibilitar não só a identificação com a escrita, mas também com a leitura literária. Partindo das ideias de contraintes, ou restrições, o motivador da oficina demostra de modo simples como uma pessoa dita comum pode, através de exercícios, realizar o ato da escrita, desde que com vontade, restituindo-lhe o poder da palavra. Métodos: O presente artigo apresenta experiências e parte da metodologia da Oficina de Literatura Potencial (Ouvroir de Littérature Pottentielle, OuLiPo). A OuLiPo, é um grupo de escritores composto, entre outros, por Le Lionnais, Raymond Queneau, Georges Pèrec e Italo Calvino, para citar os mais conhecidos, que intenta demostrar como a escrita pode ser alcançada e desenvolvida por pessoas “comuns” que não sejam necessariamente do circulo literário – escritores, críticos e teóricos – e que a estas também se pode atribuir o poder da palavra, como diria Paulo Freire. O artigo apresenta três partes uma em que se trata das experiências do ponto de vista de quem participa das oficinas como oficiando, a segunda de quem participa como oficineiro, ou motivador, e a terceira de como isso pode ser útil não só no ensino de literatura, mas também no ensino de línguas, materna e estrangeira. Resultados e Discussão: Percebe-se através das práticas vivenciadas nas oficinas propostas pela OuLiPo que a literatura pode ser um bem democrático que não necessita da genialidade que muitos lhe atribuem como algo obrigatório e intrínseco à própria literatura e que ela pode, acima de tudo, ser trabalhada e aprendida ISBN 978-85-61839116


por qualquer pessoa que se disponha a tal. O conhecimento prático ao lado de conceitos teóricos, tratados tanto nas contraintes como nas explicações e conversas entre os oficinandos e o motivador, dão mais dinamicidade e precisão ao ensino e a aprendizagem da literatura. Sem esquecer-nos da discussão de o que é literário ou não, o que é preciso para um texto ser considerado literatura e de até onde pode ir a nossa língua. Conclusões: Evidencia-se nos processos experienciados nas oficinas de literatura potencial que as relações leitor X escritor, literário não-literário, ensino X aprendizagem e opiniões especialistas (critica/teoria/história) X opiniões do senso comum são separados por linhas muito tênues e às vezes mesmo inexistentes. As vivências com os vários oficinandos e as sempre novas proposições para a resolução dos exercícios mostram claramente como a literatura e a língua estão em constante renovação. E que é nessas renovações que a literatura acontece. Tipo de resumo: Trabalho relativo ao ensino e aprendizagem de modos e técnicas de escrita literária. Palavras-chave: Oficina de Literatura Potencial, OuLiPo, ensino/aprendizagem.

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A ARTE CONCEITUAL COMO ENSINO SUBVERSIVO DO PENSAMENTO CRÍTICO. Richard Augusto da Silva.

(1).Graduando em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas. (2).Universidade Estadual Paulista (UNESP). E-mail: richard89@bol.com.br

Área: H.1.4. Educação Artística Introdução: O proposto desse estudo é alusivo as três obras artísticas: Zero Cruzeiro de Cildo Meireles, Little Pillow de Jac Leiner e malabarismo de Rubem Grilo. A pesquisa analisará de acordo com as concepções de cada artísta e o diálogo entre as obras, visando desenvolver um plano de aula sobre Arte Conceitual para arte educadores, com isso observaremos uma interepretação formal sobre as estruturas e linguagens, utilizando a semiótica para abordar suas especificidades de elementos relevantes. Por consequência a contextualização e fundamentação destas obras serão evidenciadas para a elaboração de atividades teóricas e práticas sobre arte-educação, utilizando com base as obras fornecidas e explorando o fazer artistico, atráves dos conceitos levantados das leituras de imagem, construindo uma relação com enfase na arte contemporânea. A pesquisa tem como objetivo levar ao aluno do Ensino Médio de escola pública à apropriação do conhecimento reflexivo, filosófico e crítico, significando à arte dentro de um processo criador, que transforma o real, e novas maneiras de ver e sentir o mundo. Metodologia: A abordagem metodológica da pesquisa será desenvolvida através das obras de arte: Zero Cruzeiro, do artista Cildo Meireles, fazendo paralelo entre obra de arte e dinheiro, onde um influencia o outro, no valor capital que diz respeito ao mercado de arte. Little Pillow de Jac Leirner com o tema consumo, a pessoa e a arte, o dinheiro como forma de aquisição de bens, revelando a dualidade do valor da arte no mercado, malabarismo de Rubem Grilo, é demonstrado através do palhaço, ao qual uma pessoa é submetida dentro dos padrões de vida capitalista, onde necessariamente é feito um malabarismo para sobreviver, pois a vida é por vias de regras controladas pelo sistema, simbolizada pelo mágico, que domina todas as suas ações as colocando para dentro de sua cartola. Após analise das obras, serão levantados questionamentos críticos e reflexivos em sala de aula, resultando numa intervenção artística em espaços públicos, através dos conceitos das obras demonstradas em conjuntura as teorias de T.A.Z. (Zonas Autônomas Temporárias), zonas de espaço, tempo, e imaginação, em que as situações são inesperadas e

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efêmeras, direcionadas para gerar transformações no pensamento, propondo novas dimensões, percepções e sensações, inseridas como um desvio poético dentro da realidade. Resultado e Discussão: Após o diálogo das obras de arte com os conceitos da T.A.Z. (Hakim Bey, 2001), serão levantados questionamentos sobre cotidiano do social, atuação da arte contemporânea, desmitificando as limitações do elemento artístico enquanto sujeito ou objeto singular, e sim como percepções conectivas de potencialidades e coletividades formadas por estruturas rizomática (Deleuze, Guatarri, 1995), permitindo a criação de linha de fuga, que possibilitem romper com camadas conceituais, que inibem a distinção de um universo constituído pela liberdade de expressão, criação e multidimensionalidade. Encontrando se deturpado por uma sociedade moralista, manipulada pelas mídias, motivadas por valores materialistas, ostentadas pela imagem e idealismo capitalista. Pressuposto como imagem de sucesso, vendida massivamente como ideal, segundo Guy Debord (1997), denominado como “Sociedade do Espetáculo”, onde a imagem, a aparência e a exibição são mais importantes do que tudo, até mesmo pela própria existência, em que aparecer acaba sendo mais importante do que ser, gerado pela ostentação do consumo, que vem a ser mais valido do que si próprio. . “A arte sem sonho produzida para o povo realiza aquele idealismo sonhador que parecia exagerada ao idealismo crítico” (ADORNO, 2002, p.9). Conclusão: Assim, o papel desempenhado atualmente pela arte voltada ao mercado, tende ter valores superficiais, irrelevantes a suas concepções, quanto à obra de arte e critica permanente à cultura, (Pimenta 2002). Algumas representações de arte tendem a carregar consigo valores sociais e mercadológicos, criando do seu proprietário reconhecimento exaustivo, quanto a seu status social e poderes aquisitivos. Nesse contexto, a função da obra de arte atua, muitas vezes como instrumento de alienação e manipulação social. O plano de aula buscará como proposta obter nas atividades teóricas e práticas o desenvolvimento de um possível mapa de relações constituídas por percepções e sensações que façam surgir novas e possíveis conectividades, relacionando arte e sociedade, na intenção de transformar ações, que decalcam o pensamento crítico e reflexivo dos alunos. A arte para Bey (2001), deve se manifestar através da T.A.Z., local onde, segundo o autor, pode se afastar o status social e mercadológico que ainda possui. Palavras-chave: Arte, capital, concepções, crítico e reflexivo.

Bibliografia: ADORNO, T.W. Tempo livre. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz & Terra, 2002. p. 112127.

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BEY, Hakim. TAZ: zona autônoma temporária. São Paulo: Conrad. 2001. DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. São Paulo, Contra-Tempo, 1997 DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Mil Platôs:Capitalismo e Esquizofrenia, SãoPaulo: Ed. 34v1 e v5, 1995. PIMENTA, Emanuel D. M. Arte e Ciência. . E-book: Cf.:: http://www.emanuelpimenta.net/, 1993. PIMENTA, Emanuel D. M., Arte e Zen. E-book: Cf.: http://www.emanuelpimenta.net/, 2002. WOOD, Paul. Arte Conceitual. Tradução de Betina Bischof. São Paulo: Cosac Naif, 2002.

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CONTRIBUIÇÕES DO SOFTWARE LABIRINTO NA APRENDIZAGEM DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU (1)

Italândia Ferreira de Azevedo ; Francisca Danielly Lopes Moreira

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(1) Especialização em Ensino de Matemática (cursando) na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA; (2) Graduada em Matemática na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA Email: italandiag@gmail.com Área: Educação – Educação Matemática

Introdução: As equações do primeiro grau são de grande relevância no ensino da Matemática, bem como para a resolução de situações do cotidiano. Muitos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental possuem dificuldades na aprendizagem desse conteúdo e um software educativo pode contribuir para minimizar tais dificuldades. Nas salas de aula, as resoluções de equações do primeiro grau são aplicadas de forma metódica, sem abranger as diversas possibilidades de explorar o conteúdo, tornando a concepção dos estudantes restrita àquela única forma. Muitas vezes, essa forma apresenta-se insuficiente, e se fazem necessários outros métodos que envolvam o aluno e estimule sua vontade por conhecimento. Esse trabalho tem como foco mostrar que o uso de ferramentas tecnológicas pode ajudar na concepção do conteúdo abordado. Utilizar recursos tecnológicos para desenvolver ou aprimorar o conteúdo pode mostrar-se eficaz, pois tais recursos são capazes de envolver o estudante de forma que ele tenha mais interesse na aprendizagem. São diversos os programas e jogos interativos capazes de despertar a atenção dos alunos. Para o trabalho com equações do primeiro grau foi abordado o uso do software Labirinto, um programa matemático disponível gratuitamente na internet, mas pouco conhecido pelos docentes.

Metodologia: A pesquisa foi realizada com um grupo de 10 alunos do 7° ano da Escola de Ensino Fundamental Maria do Carmo Carneiro, pertencente à rede pública de ensino da cidade de Massapê - CE. As atividades aconteceram em cinco encontros semanais, especificamente nas quintas-feiras, com a contribuição do professor de Matemática da turma. No primeiro momento, foi realizado um pré-teste a fim de verificar o nível de conhecimento dos alunos em relação às equações do primeiro grau. Após esse primeiro contato com os estudantes, foi dado continuidade aos encontros, obedecendo às seguintes sistemáticas: na sala de aula, aconteciam os momentos expositivos das equações do primeiro grau na forma algébrica; no Laboratório de Informática, acontecia a prática de resoluções utilizando o software Labirinto. Durante a primeira fase do jogo, apareciam equações simples que alguns alunos resolviam rapidamente. A partir da segunda fase, as equações ficavam mais difíceis.

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O intuito do software Labirinto foi estimular a construção do conhecimento matemático sobre equação do primeiro grau. O mesmo mostrou-se eficaz, proporcionando um aprendizado mais significativo e ágil, levando os estudantes a perceberem que resolver exercícios de matemática pode ser divertido.

Resultados e discussão: Após a análise do pré-teste e a observação dos alunos utilizando o software como recurso didático, foi identificado que os estudantes apresentaram maior agilidade na resolução das equações do primeiro grau e um maior interesse pela disciplina de matemática. O software Labirinto auxiliou aos alunos no processo de ensino-aprendizagem ao mesmo tempo em que ajudou na compreensão do assunto e contribuiu para o processo de fixação do conteúdo.

Considerações Finais: O Labirinto, assim como outros softwares, é muito útil e pode facilitar o estudo das equações do primeiro grau. Ele mostra simplicidade para trabalhar esse assunto, que normalmente não é explorado de forma tão dinâmica em sala de aula. O domínio do computador, bem como o do programa computacional que está sendo utilizado é indispensável para que se possa ter precisão nos resultados que se deseja, contudo, é importante ressaltar que programas computacionais, inclusive o Labirinto, não substituem o entendimento que se deve ter dos conceitos matemáticos. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como um auxílio para a resolução e entendimento dos conteúdos e não como forma exclusiva de aprendizagem, é preciso que haja uma ligação entre o conteúdo teórico e o uso dos recursos computacionais, dessa forma será possível constituir um aprendizado mais sólido. Apoio: Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA

Palavras-chave: Labirinto, Equações do primeiro grau, Aprendizagem, Software.

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ROSA PARA MENINAS, AZUL PARA MENINOS: A ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DO QUE ÉFEMININO E MASCULINO Abraão Felipe Santos de Oliveira¹ ¹Graduando em pedagogia na Universidade Federal de Alagoas – UFAL E-mail: abraaofelipe90@gmail.com Área: G.7.7. Educação Infantil Introdução: A escola um lugar onde a pluralidade dos indivíduos e algo notável e de estrema importância no desenvolvimento educacional, às relações de gênero que se estabelecem dentro da esfera escola tem se mostrado desiguais quanto ao tratamento que professores, equipe escola e os próprios alunos estabelecem entre si. As relações que são estabelecidas entre homens e mulheres tem chamado nossa atenção. Nossa curiosidade de como a escola tem contribuído para a construção do que feminino e masculino reside na tentativa de buscar maneiras que possibilitem a igualdade das futuras mulheres e homens e que nesse momento encontram-se na condição de crianças – meninos e meninas – em pleno processo de construção de suas ideias e futuros comportamentos como adultos. A escola sendo o local em que o individuo passara uma grande parte da vida contribui de forma significante para a sua formação, e por isso a necessidade de que esteja presente nas praticas educativas, currículos, brincadeiras, falas, comportamentos, no tratamento dos professores com seus alunos e alunas, nas relações entre os meninas e meninos, a igualdade para que tanto elas como eles tenham as mesmas oportunidade dentro da escola e que essa igualdade chegue os espaços sociais promovendo a igualdade entre os futuros homens e mulheres. Metodologia: Nosso trabalho se desenvolveu durante o terceiro período da disciplina Fundamentos Antropológicos da Educação no Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Em um primeiro momento realizamos uma pesquisa de trabalhos que tambem discutisse as questões ligadas a reprodução de um modelo social dentro da escola, e nesse sentido damos maior relevâncias as pesquisas que abordavam as questões de gênero no espaço escolar. Nosso segundo passo foi fazer a leitura de textos que nos auxiliaria na fundamentação de nosso trabalho, CANDAU, GUSMÃO, LOURO, ROCHA e SILVA. Durante nossa pesquisa bibliográfica buscamos encontrar trabalhos que abordassem aspectos do ambiente escolar em que se pensa a construção do que é feminino e masculino, buscamos identificar nesses trabalhos práticas de professores que influenciam na construção do sujeito feminino e masculino e que buscam destacar a importância de praticas que produza a igualdade de gênero no ambiente escolar. Realizamos tambem uma analisem das disposições dos Parâmetros Curriculares Nacionais no tocante as relações de gênero tecendo algumas considerações sobre o que é dito no que se refere ao trabalho dos professores no desenvolvimento do seu trabalho durante o processo de ensino aprendizagem. Resultados e Discursões: Percebemos a necessidade de que os professores compreendam a importância do desenvolvimento de práticas pedagógicas que estejam permeadas por uma visão multiculturalista. O espaço escolar

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normalmente tem sido o primeiro local de socialização coletiva da criança, que anteriormente havia passado por um processo de socialização individual, junto dos seus pais e familiares, e agora passará a conviver com as diferenças. No entanto as escolas, as práticas pedagógicas, os currículos e a formação dos professores não têm sido baseada nessa pluralidade cultural. Torna-se necessário o levantamento de questões que ajudem a compreender como a escola tem contribuído para a existência da desigualdade e da diferença, já que esta não possui uma atitude que considera relevante a diversidade e a individualidade de cada aluno. E sendo o gênero um dos “integrantes” da diversidade na escola buscamos trabalhar essa temática com o intuído de contribuir com as relações que se estabelecem na escola ente meninos e meninas para que professores e equipe escolar possa obter um novo olhar sobre os conflitos da escola, para que possam ser diluídas as praticas sexistas e homofóbicas no ambiente escolar, considerando ainda que esse processo pode ser demorado devido a que já está construído socialmente. Conclusão: Ao longo de nossa historia é possível perceber que as mulheres em diversos momentos estiveram em desvantagem em relação a condição masculina dentro dos espaços sociais, em relação ao seu ingresso no mercado de trabalho, na sua educação, e nas suas funções sociais que a encaminhava ao casamento. Nosso trabalho busca discutir como a construção histórica construiu a imagem que nós temos sobre o que é ser mulher hoje, observando na escola como tem sido desenvolvido o processo educativo de meninas e meninos no sentido da reprodução das concepções do que é masculino e feminino. Palavras-chave: Diversidade, Gênero, Educação.

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23 DE JANEIRO MODALIDADE PÔSTER

CAPITAL INTELECTUAL: MENSURAÇÃO E TRATAMENTO CONTÁBIL PARA A DIFERENÇA ENTRE O VALOR CONTÁBIL E O VALOR DE MERCADO DE UM PATRIMÔNIO Ânderson Fontenele de Souza

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(1). Graduando em Ciências Contábeis na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB; E-mail: andersonfonteneledesouza@hotmail.com

Área: F.1.7. Teoria da Contabilidade

Introdução: As transações referentes à aquisição parcial ou total de ações apresentam, costumeiramente, altas discrepâncias entre o valor de mercado e o valor contábil de um patrimônio. Podendo ser a maior ou a menor, essa diferença é conhecida como ágio ou deságio, respectivamente, e, segundo estudos realizados pela Ernst & Young no ano de 2007 (apud GAZETA MERCANTIL, 2009), representam 47% do valor pago pelas companhias. Nesse contexto, o Capital Intelectual tem ocupado posição de destaque como um dos principais agentes desencadeadores de tal divergência. Neste sentido, muitos esforços têm sido aplicados para mensurá-lo e tratá-lo de forma adequada, a fim de que possa, de fato, representar a realidade patrimonial. Contudo, seu processo de mensuração e avaliação abrolha grandes dificuldades devido o seu caráter imaterial, o qual apresenta elevado grau de subjetividade. Tentando delineá-lo, diversos modelos de mensuração são propostos, dentre os quais, o Navegador do Capital Intelectual, de Stewart, e o Navegador Skandia, apresentado por Edvinsson e Malone. Nesse ínterim, este trabalho acadêmico tem como objetivo apresentar modelos coerentes de mensuração e avaliação do Capital Intelectual, bem como expor o seu tratamento adequado, o que proporciona à pesquisa um caráter mais relevante. Metodologia: Buscou-se definir o objeto de estudo, o Capital Intelectual, a partir de considerações sobre o grupo patrimonial Ativo e seu subgrupo Ativo Intangível, mostrando sua classificação e suas principais considerações teóricas. Apontaram-se os dois principais modelos de mensuração e, por fim, seu adequado tratamento contábil sob a ótica do vendedor e do comprador. O método utilizado foi o método dedutivo, haja vista que a partir de considerações mais generalizadas, buscou-se delinear o tema proposto, tornando-o mais singular, particular. Medeiros (2004, p. 43) afirma que “o raciocínio dedutivo parte de enunciados gerais dispostos em ordem, como premissas de um raciocínio para chegar a uma conclusão particular”. Quanto à técnica de pesquisa, os objetivos e procedimentos foram proporcionados por meio da pesquisa bibliográfica, realizada a partir de registros decorrentes de pesquisas anteriores, principalmente em livros, monografias, artigos científicos e periódicos. Nesse tipo de pesquisa, “utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros

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pesquisadores e devidamente registrados. [...] O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos” (SEVERINO, 2007, p. 122).

Resultados e Discussão: Os resultados obtidos pela pesquisa estão enquadrados em duas etapas distintas: a mensuração e o tratamento. Quanto à mensuração, esta se refere ao processo de determinação do valor, o qual pode ser obtido por dois modelos principais. O primeiro é o Navegador do Capital Intelectual, o qual afirmava que a avaliação deste elemento por uma medida exclusiva constituía-se um equívoco devido às múltiplas variáveis que o envolve. Sendo assim, sugeriu que tal avaliação fosse feita a partir de um gráfico radar, o qual permite uma análise global a partir da quantidade de indicadores que se deseja avaliar. O segundo é o Navegador Skandia, o qual permite uma análise do Capital Intelectual a partir de diversos focos: financeiro, de clientes, de processo, de renovação e desenvolvimento e humano, permitindo uma atenção maior à origem dos recursos da companhia. Já no tocante ao tratamento, este ocorre do ponto de vista do comprador, devendo, assim, ser reconhecida a diferença como ganho ou perda de capital, constituindo-se como outras receitas na DRE, e do vendedor, sendo tratado simplesmente como ágio ou deságio de operações, integrando o valor do investimento no Balanço Patrimonial. O momento deste reconhecimento também é discutido com foco nos princípios contábeis. Conclusão: Devido ao expressivo percentual de transações que ocorrem entre companhias e à dificuldade de avaliação do patrimonial organizacional principalmente quanto ao Capital Intelectual, torna-se necessário propor modelos que tornem o valor do patrimônio mais harmonioso com a realidade. Neste contexto de total relevância, o Navegador do Capital Intelectual e o Navegador Skandia têm se mostrado como ferramentas eficientes de avaliação, permitindo uma análise global do Capital Intelectual a partir de diversos ângulos, os quais contribuem de forma calorosa para a definição da realidade patrimonial de uma companhia. Além disso, o tratamento adequado desta discrepância, tanto sob a ótica do vendedor, quanto sob a ótica do comprador, também tem sido acertadamente alcançado, mostrando-se conforme a legislação contábil e fiscal, e contribuindo para o correto desfecho das transações. Apoio: Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB

Palavras-chave: Patrimônio, Capital Intelectual, Mensuração, Tratamento Contábil.

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PERSPECTIVAS EDUCACIONAIS NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES ANALÍTICAS DA EDUCOMUNICAÇÃO COMO UM NOVO PARADIGMA METODOLÓGICO Juliana Rabelo do Carmo(¹); Douglas Anselmo de Oliveira(²) (1). Graduanda em Biblioteconomia na Universidade Federal do Maranhão (2). Graduando em Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco E-mail: juliana.rabello@yahoo.com.br Área: COMUNICAÇÃO – F.10.2. Comunicação e Educação Introdução: O advento e a popularização dos computadores, bem como a expansão das tecnologias apresentadas pela Web 2.0 e a acessibilidade à informação produzida em rede têm ocasionado efeitos nas formas e práticas de leitura. Percebe-se uma migração de metodologias e suportes utilizados para ler, porém, a complexidade deste processo reside na formação dos leitores que utilizam estes serviços para suprir as suas necessidades informacionais e de lazer. Assim, a necessidade de adequações as novas tecnologias, bem como a visualização destas mudanças como chance de aprimoramento dos serviços e produtos prestados pelas instituições educacionais, em primazia às bibliotecas e aos profissionais da informação. Dentre as motivações e objetivos deste estudo estão: apresentar os meios de comunicação, com enfoque na internet, a fim de descortinar um espaço para promover a educação, socialização do conhecimento, troca de experiências e formação da capacidade crítica dos indivíduos; pontuar as mudanças nas gerações, ocasionadas pela inclusão das tecnologias na sociedade, evidenciando a gestão da comunicação e suas características e funções; e elucidar os blogues de literatura como uma ferramenta para educadores e bibliotecários para efetivação de práticas leitoras. Metodologia: Trata-se de um estudo aplicado e exploratório que visam a solução prática de problemas específicos. Empregou a pesquisa bibliográfica em fontes secundárias e pesquisa on-line para obtenção de documentos sobre a temática abordada. O estudo foi estruturado através de obras de vários autores, dentre eles, Bernardi (2006), Caldas (2005), Freire (2002), Furtado e Oliveira (2011), Gomes (2005), Kaplún (1999), Meireles e Tenniel (1984), Salles (2007), Tagnin (2008) e Tapscott (2010), nos quais os subsídios necessários para sua construção tornaram-se possíveis. Resultados e discussão: Entende-se que a Educomunicação é um método que envolve a utilização dos meios de comunicação como um instrumento para promover as práticas de leitura e o intercâmbio dos leitores, evidenciando e fortalecendo o desenvolvimento educacional. Para tanto, descortina-se uma nova ferramenta para maior alcance dos usuários e para obtenção dos objetivos sociais que a biblioteca se propõe a

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cumprir: fornecer subsídios para construção do conhecimento e formação de cidadãos conscientes de seu posicionamento na sociedade. Referimo-nos à criação de blogs, que se apresenta como uma ferramenta da Web 2.0 que possibilita a interação entre seus leitores. Propõe-se como distinção do blog infantil as abordagens de formas dinâmicas sobre as literaturas direcionadas à este público. O blog de literatura possui como objetivo principal, promover a prática da leitura por prazer, e não por obrigatoriedade, buscando despertar e desenvolver o imaginário das crianças com as suas experiências a partir da leitura. Em suma, a Web 2.0 tem obtido de maneira eficaz a expansão das fronteiras antes limitadas na biblioteca, elucidando a forma dinâmica de transmissão da informação pelos suportes que visam também tornar praticável a interferência dos usuários na constituição das bases de dados de forma cooperativa. Conclusão: Com o desenvolvimento da tecnologia, das mídias e das redes sociais, visualiza-se uma forma de resgatar o prazer pela leitura, cabendo ao educador e ao bibliotecário – visto que a ligação destes profissionais torna-os integrantes na educação -, a missão de influir como inovadores ao apresentar os recursos dos meios de comunicação como instrumentos educadores. Após a consolidação das práticas e, principalmente, quando descortina-se o prazer de ler é visível os resultados que se refletem de forma crescente na expansão do conhecimento do indivíduo e em seu posicionamento perante a sociedade. Para fortalecer esse ideal, pontua-se o desenvolvimento de blogues direcionados ao público infantil para efetivar o processo de formação de leitores nas escolas, uma vez que a realidade das bibliotecas escolares no Brasil indica que esta área ainda carece de investimentos. Portanto, convém destacar que com a evolução da Web 2.0, essa problemática tornase reversível, uma vez que com a inserção da biblioteca em espaços digitais, utilizando como ferramenta os blogues, torna-se possível um alcance maior dos seus usuários, além de ressaltar a aplicabilidade das mídias na educação, estabelecendo-a como uma ferramenta positiva para o ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Educomunicação, Web 2.0, Blogues.

PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA: O MARKETING ESTRATÉGICO NA INFLUÊNCIA DA IMPULSIVIDADE

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Andreza Cristiane Silva de Lima¹ Daniel Martins²

Síntese O presente estudo tem como objetivo mostrar como está sendo o comportamento do consumidor atual quando o assunto é consumir ou adquirir um bem ou produto quando este não é sua necessidade presente, e sim, um desejo criado no momento em que se tomou conhecimento sobre àquele bem ou produto. Para efetuar a presente pesquisa, foi criado um questionário com quatro perguntas as quais se referem ao perfil dos entrevistados e outras dez contendo perguntas cujo assunto foi referente ao tema Compra por Impulso, isso com o intuito de descrever como está sendo esse tipo de comportamento. A Compra por Impulso é aquela que acontece quando não foi planejada, trata-se de um estimulo incentivo ou o que propicia o desenvolvimento de algo. Para o mercado e especialistas, o impulso pode ser visto como o grande responsável por compras desnecessárias, motivação extra para a escolha de um produto, ou uma necessidade que o consumidor tem, mas não percebe. Ao final deste trabalho, será mostrado qual o público que está sendo percebido o maior nível de impulsividade ressaltando o que mais os estimula no ato de suas compras.

Palavras-chaves: compra por impulso, consumidor, influência, marketing.

Introdução

O presente estudo visa mostrar como é o atual comportamento do consumidor quando este passa a querer adquirir um bem desnecessário naquele momento, ou seja, passa a desejar algo. Para efetuar a presente pesquisa, foi criado um questionário contendo quatorze perguntas, sendo quatro referentes ao perfil dos entrevistados e dez abordando a Compra por Impulso. Costa e Larán apud Engel (2003, p. 27) “O comportamento de compra por impulso ocorre quando o consumidor adquire algo de forma repentina e sem controle sobre seus atos, obtendo produtos de forma puramente emocional, desconsiderando as consequências do seu feito” (Engel et al., 1995). Siqueira, Castro, Carvalho e Farina (2011), afirmam que “A compra impulsiva é um tipo de compra não planejada, definida como a tendência do consumidor a comprar espontaneamente, sem reflexão, de forma imediata, dominado pela atração emocional e absorvido pela promessa de gratificação imediata”. Misio e Kohl apud Min (2011, p. 643) “compra por impulso é a compra realizada sem o conhecimento da necessidade e trata-se de um estímulo incentivo ou o que propicia o desenvolvimento de algo. É um tipo de consumo que acontece não pela necessidade pessoal, mas sim pelo desejo. O questionário foi aplicado a um grupo de trinta pessoas de várias idades, para verificar dentre esse

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público qual a faixa etária que mais possui esse comportamento e o que mais lhe atrai para que tal forma de consumo aconteça. A presente pesquisa obedece à metodologia quantitativa e qualitativa, pois foi feita uma apuração dos dados obtidos e uma análise através das entrevistas durante a aplicação. Temos como objetivo geral verificar o público que mais compra por impulso e como o marketing lhe influencia nesse sentido; e objetivos específicos: Identificar o que leva esse público comprar por impulso e em que período do ano; relatar em quais situações essa compra é feita com mais intensidade; e por fim, descrever como elas se sentem ao realizar essas compras. Ao final desta pesquisa, visa-se responder todas as perguntas contidas no questionário de forma a interpretar todos os gráficos construídos com o que foi coletado na aplicação dos questionários. Métodos

Os métodos utilizados neste trabalho foram os da pesquisa qualitativa e quantitativa. A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser transformado em números, ou seja, as opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, os quais não podem ser expressos em números, é nesse momento e então, que a análise qualitativa pode ser adotada. Quanto à apuração dos dados, faz parte de uma pesquisa qualitativa, cujos dados são analisados indutivamente (MINAYO, 1998). A aplicação dos questionários foi feita a um grupo de estudantes de várias idades, sendo mais frequente a presença do público mais jovem. Através de técnicas padronizadas de coleta de dados, com o questionário, respondido por 30 (trinta) estudantes, pôde-se identificar o quanto essas pessoas são influenciadas pelo marketing quando vão realizar suas compras. Entendemos que um dos objetivos de uma pesquisa científica, seria analisar as características de um fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Nesse contexto, apresentamos nossas análises sobre como esses estudantes estão agindo frente à atuação do marketing na divulgação de produtos e o quanto os mesmos como consumidores deixam ser levados a ponto de adquirir um bem sem que haja necessidade.

Resultados e Discussão

Através de um questionário aplicado a uma amostra de 30 (trinta) pessoas, pôde-se observar que todos são influenciados por alguma coisa a comprar e/ou consumir algo sem antes ter planejado, ou seja, sem estar precisando daquele bem ou produto. Durante a aplicação do questionário, os entrevistados mostraram se sentir bem ao falar do momento em que compram para satisfazer seus desejos, mesmo não sendo necessário, isso mostra que as pessoas, de modo geral se sentem satisfeitas quando almejam adquirir algo e conseguem. Do resultado, a maioria dos entrevistados afirmou ser influenciados a comprar por impulso através do PREÇO do produto ou bem almejado, o que corresponde a 53% das pessoas. Em segundo lugar, disse ser pela MODA, opinião de 17% dos entrevistados e em terceiro, por INFLUÊNCIA DA MÍDIA, opinião de 10% dos entrevistados. Isso nos ISBN 978-85-61839116


mostra que, muitas vezes as pessoas chegam até a nem se interessar pelo produto, mas por o preço está acessível ao seu bolso, acaba o levando por achar que em algum momento esse produto será útil ao seu uso. Os entrevistados disseram se interessar mais em comprar roupas e sapatos, o que corresponde a 63% das pessoas que compõem a amostra. Em segundo lugar, adquirir eletroeletrônicos (portáteis), o que nos faz entender que as pessoas também buscam estar atualizadas com as inovações tecnológicas. Em terceiro, disseram comprar alimentos. Analisando o interesse da maior parte das pessoas terem dito ser bastante influenciadas a comprar roupas e sapatos sem estar necessitando, foi observado que a maior parte dessas pessoas pertencia ao público mais jovem, a partir dos 15 anos e de ambos os gêneros. O local o qual as pessoas entrevistadas mais compram por impulso são os SHOPPINGS, o que corresponde a 57% da amostra. Uma justificativa para esse fato é a própria estratégia de Marketing que esse tipo de ambiente possui. Os shoppings são adaptados para que seus clientes se sintam tão bem quando estão fazendo suas compras, a ponto de perder a noção do tempo; são fechados e têm um clima adaptado. Em segundo lugar, ficou as FEIRAS POPULARES, isso pelo motivo dos preços serem mais acessíveis para aquelas que sentem o desejo de obter algum bem ou produto, mas não têm tanto recurso. Entre os entrevistados, 9% disserem comprar por impulso quando estão com dinheiro em mãos, o que nos faz entender que, o que influencia muitas vezes as pessoas a comprar algo sem estar precisando e sim, desejando, é ter dinheiro sobrando ou não, isso porque há casos em que chegam até do tirar dinheiro que seria destinado a comprar algo planejado ou que é necessário, para adquirir algo que viu e gostou. Em segundo lugar, disseram comprar quando está só, o que nos leva a entender que, estando tranquila, a pessoa observa o produto de forma mais detalhada, o que faz a mesma tirar conclusões acerca daquele bem ou produto e até chegar a criar dentro de si, uma necessidade. Em terceiro lugar, disseram comprar por impulso, quando estão com o cartão de crédito, algo que facilita ou motiva ainda mais o consumidor adquirir o que não precisa de verdade. As maiorias dos entrevistados disseram NÃO pedir dinheiro emprestado para satisfazer seus desejos (80% dos entrevistados), o que nos faz entender que se preocupam também com suas dívidas. Das 30 pessoas entrevistadas 60% disseram comprar por impulso no FINAL DE ANO. Sabe-se que nesse período as pessoas tendem a consumir mais, isso porque é a época em que as pessoas recebem o 13° salário e também gratificações em seus respectivos empregos. Sabe-se também, que quando as pessoas estão com dinheiro, gastam mais do que o que elas precisam. Então, o período de fim de ano as pessoas fazem compras frequentemente e mesmo tendo mais dinheiro no bolso, chegam a gastar mais do que o que têm, utilizando também, o cartão de crédito. As maiorias dos entrevistados afirmaram se sentirem SATISFEITOS e REALIZADOS, quando adquirem algo desejado, independentes da forma, se à vista, quando estão com dinheiro ou através de terceiros (empréstimos e cartão de crédito). Dos entrevistados, 60% disseram ser influenciados ao ver uma loja anunciando a PROMOÇÃO de algum produto. Muito vão ao local apenas para ver que item que está sendo oferecido pela empresa, pois não resistem à palavra. Sabemos que muitas vezes as lojas adotam este tipo de estratégia para chamar a atenção dos clientes e que nem sempre o produto que está em “Promoção” realmente se encontra. A intenção disso tudo, é fazer com que os clientes adentrem no espaço para que possa adquirir outros itens. Diante disso, tem-se a conclusão de que as pessoas

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estão deixando seus desejos fazerem parte das suas necessidades, ou seja, fazem o impossível para atender um desejo, algumas chegam até a não se importar pelo preço nem o impacto que pode causar em suas finanças. Referências

COSTA, Filipe Campelo Xavier da; LARÁN, Juliano A.. A Compra por Impulso em Ambientes online. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v43n4/v43n4a04.pdf>. Acesso em: 20out. 2012.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 10°Ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1998.

SIQUEIRA, Luciene Diana; CASTRO, Adriana Domingues Marques de; CARVALHO, Julio de; FARINA Milton Carlos. A impulsividade nas compras pela Internet. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/resultado/trabalhosPDF/1060.pdf>. Acesso em20 out. 2012. MISSIO, Marcelo. KOHL, André. Compra por impulso e compra planejada: a responsabilidade do endividamento. Disponível em: <http://reciprocidade.emnuvens.com.br/rr/article/view/58>. Acesso em 20 out. 2012.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS PELA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA EM 2011 ISBN 978-85-61839116


David do Nascimento Pereira¹; Ana Rosa Lopes Cardoso¹; Fernando Kenji Nampo² (1) Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário Filadélfia – Unifil (2) Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina – Uel E-mail: david-htp@hotmail.com Área:

Saúde

Coletiva

D.3.1.

Epidemiologia

Introdução: Conhecer as principais características de uma população é de importância fundamental para a melhora do atendimento e qualidade dos serviços de saúde. A cada ano novas doenças surgem e isso tem consequentemente gerado um aumento significativo da assistência médica. Quantificar os dados epidemiológicos de determinada população permite verificar a prevalência de doenças, além de contribuir para a melhoria da saúde (Beaglehole 2010). As modificações da estrutura etária e do perfil epidemiológico da população brasileira durante as últimas décadas impuseram aos gestores, serviços e profissionais do setor da saúde novos desafios nas áreas de assistência e promoção da saúde (Moretto 2009). A Fisioterapia como ciência da saúde que estuda, previne e trata distúrbios funcionais, tem a quantificação de dados epidemiológicos como uma prática ainda pouco utilizada no âmbito da literatura científica, pensando nisso essa pesquisa tem por objetivo caracterizar epidemiologicamente o perfil dos pacientes atendidos pela Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (CFCUF) no ano de 2011.

Metodologia: Trata-se de um estudo transversal observacional de caráter exploratório, que contou com a extração de dados dos prontuários presentes na CFCUF. Foram inclusos nessa pesquisa apenas os prontuários de pacientes da CFCUF no ano de 2011 que tenham realizado pelo menos mais de um atendimento além da avaliação inicial. O gênero, idade, profissão e diagnóstico clínico de cada paciente foi extraído dos prontuários por um único avaliador. A análise dos dados foi realizada através do programa estatístico SPSS versão 17 para Windows. A pesquisa contou com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário Filadélfia.

Resultados e Discussão: Foram avaliados 209 prontuários de pacientes atendidos pela CFCUF no ano de 2011. Destes, 133 pertenciam a indivíduos do gênero feminino (63,64%) e 76 a indivíduos do sexo masculino (36,36%). A idade média para o gênero feminino foi de 43,03 anos (±21,42). A respeito da profissão 19,05% são aposentadas, 12% estudantes e 11,3% donas de casa. O diagnóstico clínico mais encontrado para o gênero feminino foi o de lombalgia (13,3%), seguido de cervicalgia (7,85%) e fratura (5,4%). A idade média para o gênero masculino foi de 38,23 anos (± 24,08). Com relação a profissão 17,1% são estudantes e 15,8% aposentados. O diagnóstico clínico mais prevalente no gênero masculino foi o de ISBN 978-85-61839116


fraturas (11,6%) e AVE (10,5%). Outros diagnósticos como hérnias discais (3,5%), entorses (3,5%) e artroses (3,5%) também estiveram entre os mais presentes nesse gênero. O diagnóstico clínico de fraturas como sendo o mais prevalente na população masculina correlaciona-se com os resultados encontrados por Rodrigues (2010) e Xavier (2008), que em seus estudos identificaram uma maior prevalência desse diagnóstico no gênero masculino. O alto índice de desvio padrão em relação à idade média reflete a característica de um serviço generalista oferecido pelo estabelecimento.

Conclusão: Os resultados encontrados nos permitem concluir que o perfil epidemiológico de pacientes atendidos pela CFCUF no ano de 2011 é semelhante ao de outras pesquisas encontradas na literatura científica, além disso, este perfil contribui para que o profissional fisioterapeuta direcione preferencialmente seu atendimento as doenças com maiores demandas além de conhecer melhor as moléstias mais presentes em sua população. Apoio: Centro Universitário Filadélfia – Unifil

Palavras-chave: Perfil de Saúde; Epidemiologia; Modalidades de Fisioterapia

ESTÁGIO DE VIVÊNCIA NO SUS – LAURO DE FREITAS-BA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

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Alana Soledade de Sousa¹ (1).Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal da Bahia,Salvador,Bahia. E-mail:alanasoled@hotmail.com Área: Enfermagem RESUMO Um grande problema para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) está na área dos recursos humanos, principalmente no campo da sua preparação relativo à integração ensino-serviço e à qualificação de pessoal. Faz-se necessário um olhar mais aprofundado para a questão da articulação entre educação e trabalho na saúde, principalmente pela necessidade de se pensar em novas estratégias de ensino e novas práticas em saúde. Vale ressaltar que cabe ao SUS contribuir para que a educação se vincule ao mundo do trabalho e às práticas sociais em saúde, para que estimule e favoreça a mudança na graduação. Nesse sentido, o Estágio de Vivências do SUS (EVSUS) torna-se uma oportunidade de conhecer a realidade do sistema de saúde e fazer observações críticas e reflexivas acerca da situação, estabelecendo relação com a teoria aprendida na graduação. Este relato objetiva divulgar a experiência vivida durante a quinta edição do EVSUSBA, no município de Lauro de Freitas, durante o período de 22 de julho a 01 de agosto-2012, além de analisar as atividades desenvolvidas, tendo como foco a reorientação da formação em saúde. A metodologia utilizada foi a imersão no município das vivências, visitas e observações para a realidade do SUS e rodas de conversa, onde os estudantes tinham oportunidade de participar e aprender com o outro.Dentre as atividades realizadas, destacamos:diálogo com coordenadora da Atenção Básica do município,visitas a Unidades Básicas de Saúde, Hospitais,Centros de Referência, SAMU entre outros. Em todas as visitas os estudantes observaram questões como estrutura física, trabalho dos profissionais de saúde e relação destes com o usuário, participação comunitária no serviço, a relação com a gestão do SUS e as dificuldades encontradas pelos atores sociais nos serviços de saúde. No final de cada dia, os estudantes relatavam suas percepções sobre o que foi visto com o intuito de socializar as experiências vividas e estabelecer um espaço de troca e reflexão entre si. Ao final do estágio, fizemos uma análise geral do que encontramos nos serviços de saúde no município de Lauro de Freitas, identificando os aspectos positivos e apontando sugestões à gestão, em cada nível de atenção. Apesar de enfrentarmos algumas dificuldades como transporte e alimentação, o 5° EVSUSBA mostrou-se uma importante estratégia de sensibilização dos estudantes, estimulando nestes o compromisso de lutar a favor da consolidação do SUS e contribuindo para o desenvolvimento de futuros profissionais críticos e reflexivos sobre o seu papel como agente construtor e transformador das práticas sociais. Palavras-chave: Cotidiano do SUS, Estágio de vivência, Ensino e serviço. MOVIMENTO ESTUDANTIL: UMA ANÁLISE DE GRUPO Anna Vanessa Ferreira Costa

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Márcia Maria Alves Pereira Osório de Castro

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Universidade de Fortaleza

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Professora orientadora- Mestre em Psicologia, pela Universidade de Fortaleza

E-mail: annavanessacosta@yahoo.com.br Área: G.8.12. Psicologia INTRODUÇÃO: O objetivo deste trabalho é investigar como se estabelece a dinâmica do grupo do Diretório Central dos Estudantes de uma Universidade Pública, a partir do olhar teórico de Pichon-Riviére e Fela Moscovici e realizar uma análise da história do Movimento Estudantil. O movimento estudantil nasceu da vontade de lutar pelos direitos da juventude do nosso País e é pensando nisso que este presente artigo vai abordar o Movimento Estudantil como um grupo que propõem mudanças em nossa sociedade. O Movimento Estudantil teve seu auge no Brasil nos anos 1960 e até hoje ele se faz presente nas maiores lutas da juventude. Escolhi pesquisar este tema, por fazer parte da minha história de vida e essa trajetória nas organizações estudantis me fizeram repensar o papel dos jovens de hoje na sociedade e na descredibilidade que o movimento estudantil tem hoje com os jovens. A pesquisa que se realizou contribuirá para o aprofundamento e desenvolvimento das análises das teorias grupais, bem como para que a memória do Movimento Estudantil se propague para várias outras gerações. Para analisarmos um grupo, precisamos antes de tudo analisar o que é ser um grupo. Para termos um grupo é preciso que haja uma interação, um vínculo grupal, um projeto em comum. Um grupo só se constitui quando se tem uma ação em comum para realizar. Utilizando as teorias de Moscovici sobre o funcionamento dos grupos, observaremos questões como Liderança, Motivação, Comunicação, Inovação e Processos Decisórios e os estilos de liderança propostos por Pichon-Riviére. METODOLOGIA: O procedimento metodológico utilizado para a investigação empírica do objeto de estudo constituiu-se de um levantamento através da pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e exploratório. Quanto às fontes de informação utilizamos o método da pesquisa bibliográfica, com foco em teorias grupais, ressaltando autores como Moscovici e Pichon-Riviére, e a história do Movimento Estudantil, ressaltando autores como Maia Jr. Para as fontes de coletas de dados utilizamos o método etnográfico e observação participante, além de entrevistas semi-estruturadas. O método etnográfico é uma maneira de estudar pessoas em grupos organizados, que podem ser chamados de comunidade ou sociedades. A etnografia também estuda a cultura de um grupo, estudar a cultura envolve um exame de comportamentos e crenças aprendidos e compartilhados do grupo. Foram realizadas quatro entrevistas com os membros do grupo e duas observações participantes. As entrevistas foram baseadas nas características grupais apresentadas por Moscovici, buscando investigar os objetivos

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do grupo, as modalidades de comunicação, os aspectos de liderança, o processo decisório, as relações interpessoais e a aceitação da inovação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Pegando como base as condições básicas que Zimerman e Osório estabelecem para a caracterização de um grupo podemos observar que o grupo constitui-se com uma nova identidade e que ele precisa ter objetivos claros. Podemos constatar nas observações feitas que a não participação de alguns membros da diretoria nas atividades do grupo do DCE, gera um mal-estar diante os outros membros. Uma das diretoras coloca que não se pode esquecer que o DCE é uma atividade voluntária, as pessoas dedicam ao DCE o tempo que elas podem. No Diretório podemos ver vários tipos de liderança. Há as lideranças proativas, lideranças políticas e há também uma liderança central, que é responsável por organizar o grupo, sendo colocado por alguns membros como se fosse à personificação do DCE. Apesar de ter seus líderes bem definidos, o processo decisório sempre parte do grupo como um todo. Os membros levam as pautas para as reuniões de direção e elas são colocadas em votação, na grande maioria das vezes ela é aprovada por consenso. Podemos observar que há uma harmonia entre os membros, apesar da harmonia, eles também passam por alguns desgastes essenciais de um grupo de movimento estudantil. Observamos também que as novas ideias são bastante estimuladas e bem aceitas pelo grupo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para analisarmos um grupo, precisamos antes de tudo analisar o que é ser um grupo. Um grupo não é um simples amontoado de pessoas, para termos um grupo é preciso que haja uma interação, um vínculo grupal e um projeto em comum. O Diretório Central dos Estudantes caracteriza-se como um grupo, onde podemos ver claramente os objetivos em comum que eles tem e a interação grupal. Ao longo deste trabalho podemos perceber a evolução do Movimento Estudantil. Muitas pessoas colocam que ele já não existe mais, mas podemos ver que ele tem lutado para continuar existindo, não da mesma forma que era antigamente, mas com uma nova identidade. O trabalho realizado no Diretório Central dos Estudantes pôde nos mostrar como ele continua sendo um importante instrumento na luta pelos direitos estudantis. Neste trabalho pudemos ver claramente as teorias de análises grupais se demonstrando nas observações realizadas e nas entrevistas feitas. Com as teorias grupais podemos fazer um diagnóstico em qualquer espécie de grupo. APOIO: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Palavras-chave: Movimento Estudantil; Grupo; Jovens; Política.

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24 DE JANEIRO SESSÃÕES COORDENADAS

RONDA DO QUARTEIRÃO, A TENTATIVA DE TRANSFORMAÇÃO DO POLICIAL MILITAR CEARENSE EM ROBOCOP Felipe Ferreira Moura¹

(1) Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza, Graduando em História na Universidade Estadual do Ceará e Pós-Graduando de Especialização em Segurança Pública na Faculdade Latino Americana de Educação. E-mail: felipebilar@gmail.com

Área: G.9.4. Sociologia do Trabalho

Introdução: Em meados de 2007, o Governo do Estado do Ceará apresentou à sociedade alencarina o “Programa Ronda do Quarteirão”. O referido modelo de policiamento evidenciou o contraste: Projeto Político Governamental X Programa de Policiamento; era comum nos corredores da caserna castrense local ouvir comentários de superiores que não viam com bons olhos uma modalidade de policiamento que não nasceu na própria corporação, mas sim de um projeto político. O “Ronda”, como é popularmente chamado, foi plataforma de campanha, nas eleições de 2006, do então candidato ao governo local Sr. Cid Ferreira Gomes (PSB), que no clamor social da segurança pública acabou por ser eleito vindo a instalar o programa. Os policiais do Ronda foram tratados como “Policiais do Futuro”, todavia, estabelecendo-se um paralelo com o homônimo “hollywoodiano” Robocop, pudemos observar que os policiais estavam mais próximos da realidade de seus semelhantes de Detroit, retratados no filme; com baixos salários, baixa estima, jornada excessiva de trabalho e um intenso rumor de GREVE.

Metodologia: A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho teve como base: documentos, portarias, determinações, instruções normativas internas e folders publicitários da Polícia Militar do Ceará, referentes ao Programa Ronda do Quarteirão, nome popular atribuído ao Policiamento Comunitário naquele estado da federação. Para consubstanciar nosso trabalho, utilizamos ainda a obra cinematográfica de ficção “RoboCop – O Policial do Futuro” (Título no Brasil) de 1987, dirigida por Paul Verhoeven; para estabelecer um paralelo entre a situação apresentada no filme e a realidade empregada na “Terra da Luz”.

Resultados e Discussões: O Programa Ronda do Quarteirão, quando de seu início, utilizou, em menor número, policiais militares antigos na corporação e que estivessem no conceito comportamental Ótimo ou Excelente; em contrapartida, o maior efetivo utilizado foi de jovens advindos do último concurso público para ISBN 978-85-61839116


soldado de fileira da PM alencarina. Os novos militares passaram por um treinamento de apenas três meses e imediatamente foram “jogados” às ruas da 4ª capital do país, sem antes passar por um estágio operacional e na maioria das composições, sem contar com um policial experiente; muitas das viaturas eram compostas por três “recrutinhas”. A nova mentalidade dos neo-policiais era bastante diferente da de seus antecessores, enquanto aqueles ingressaram através de um concurso com exigência mínima escolar de ensino médio, seus pares se submeteram a um certame com exigência apenas de ensino fundamental II, em alguns casos até fundamental I. Com essa mudança no nível de conhecimento da tropa, surgiram mentes pensantes e questionamentos, a respeito da forma como o programa vinha sendo desenvolvido; com jornadas exaustivas de trabalho, baixos salários, perspectivas diminutas de ascensão funcional e sobretudo com a falta de diálogo com o gestor da pasta da segurança pública, bem como com o governo do estado.

Conclusão: Enquanto que o Robocop era o policial mais desejado pelo ente governamental por suas características de: não se alimentar, não descansar, não receber salários e, sobretudo de não se insurgir contra os superiores; os policiais que trabalhavam no Programa Ronda do Quarteirão passaram a reproduzir o discurso da insatisfação e ganharam adeptos no restante da tropa. Os militares mais antigos, até então acostumados com o discurso do “Sim senhor! Não Senhor!”, passaram a enxergar que, podiam sim, reivindicar melhores condições de trabalho. Aliaram-se a seus pares recém-ingressos nas fileiras e assim como ocorreu com os policiais do Departamento de Polícia de Detroit; estabeleceram uma série de medidas com vistas às melhorias. Iniciando-se um movimento intitulado “Tolerância Zero” em abril de 2010 e culminado com uma “Greve Geral” no réveillon de 2011 para 2012. Os policiais militares cruzaram os braços, apropriaram de viaturas e de uma subunidade da corporação e contando com o apoio da maioria da sociedade civil cearense passaram a ser vistos com “Profissionais de Segurança Pública” e como classe trabalhadora, adquirindo o inconsciente coletivo de que são uma categoria de trabalhadores e não apenas meros prestadores de serviço.

Palavras-chave: Policiamento Comunitário. Greve. Salário. Jornada.

ISBN 978-85-61839116


O NOVO PERFIL INDUSTRIAL DAS CIDADES MÉDIAS DO NORDESTE (1)

Elaine Carvalho de Lima ; Érica Priscilla Carvalho de Lima

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(1) Mestranda do Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduada em Ciências Econômicas da UFRN. Email: elainecarvalhoonline@hotmail.com (2) Mestranda do Programa de Pós Graduação em Estudos Urbanos e Regionais (PPEUR) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduada em Ciências Econômicas da UFRN. Email: ericapriscillaufrn@hotmail.com

Área: F.3.7. Economia Regional e Urbana

Introdução A partir da década de 1970, observou-se que o Brasil passou por um processo de transição no contexto urbano, o qual fortaleceu o papel das cidades médias nesse novo espaço. Assim, no Brasil, as cidades médias passaram a atrair investimentos produtivos, os quais se redirecionaram para essas novas áreas para fugirem dos maiores custos que seriam incorridos na aglomeração metropolitana. Esse processo resultou, para o Nordeste, na desconcentração econômica em favor das cidades médias, que passaram a receber um crescente fluxo de investimentos e de população, tornando-as espaços potenciais de absorção de novos empreendimentos que antes eram direcionados para as metrópoles. O desenvolvimento das cidades médias da região tinha por objetivo priorizar o crescimento das atividades produtivas e de melhoria da infra-estrutura, resultando numa maior dinamismo destas, que passaram a exercer funções de polarização do desenvolvimento regional. A partir dos pontos enunciados acima, o presente trabalho pretende analisar, com base nos dados dos empregos formais, a estrutura industrial das cidades médias em análise, mostrando a distribuição do emprego nas diversas atividades industriais. Metodologia A presente pesquisa tem como objeto de análise as cidades médias, visto que essas são relevantes para proporcionar novos espaços de desenvolvimento no território nacional, resultando numa desconcentração produtiva e populacional; criando novas oportunidades de emprego e atenuando as disparidades inter-regionais. Com base nesse ponto, a pesquisa tem como variável chave os empregos formais gerados pela indústria em cada cidade. A metodologia utilizada no presente artigo consistiu na revisão da literatura sobre a temática da economia solidária e em uma análise qualitativa através de dados obtidos junto na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). ISBN 978-85-61839116


Resultados e discussão O levantamento dos dados dos empregos formais mostrou a evolução destes, ao longo do período, nas diversas cidades analisadas, bem como o aumento da participação e importância de algumas cidades para os estados. A desagregação por setor econômico nestas cidades mostra que o setor de serviços tem papel crucial na geração do emprego formal, processo este que também caracteriza a economia brasileira. A evolução do emprego foi resultado de uma série de investimentos locais e de determinantes estruturais internos de cada município. O setor da indústria de transformação no Nordeste e nas cidades médias da região é bastante concentrado nas atividades intensivas em recursos naturais, tais quais: indústria de alimentos, bebidas e álcool etílico, e os segmentos tradicionais como têxtil, vestiário e a calçadista, que possuem grande participação nos empregos gerados na região. Entretanto, verificou-se um grau de modificação da estrutura industrial em algumas cidades, permitindo um maior nível de heterogeneidade das atividades e um maior dinamismo atribuído ao setor. Contudo, a diversificação industrial não foi verificada em todas as cidades analisadas, sendo em algumas mais significativas do que outras. Conclusão Os resultados mostraram que houve uma tendência de aumento dos empregos formais, os quais convergiram para um maior grau de heterogeneidade das atividades industriais e numa desconcentração espacial do setor industrial para as cidades médias, contribuindo para reduzir as disparidades de investimentos que poderiam ser voltados para as regiões metropolitanas. A expansão das cidades médias, principalmente aquelas que não se encontram nas regiões metropolitanas, é fundamental por desconcentrar a economia, gerando empregos e renda para esses espaços estratégicos. Contudo, o planejamento urbano é essencial para essas novas áreas, visto que, os problemas vivenciados nas grandes metrópoles podem ser transferidos para as cidades médias. Conclui-se que as cidades médias estudadas apresentam características fundamentais para a atração de investimentos, resultando na crescente importância destas para os estados e no processo de evolução dos empregos formais. As cidades apresentam uma estrutura de incentivos fiscais da região, o que favorece a instalação de indústrias tradicionais. Assim, há uma tendência de progresso nas condições de reprodução urbana dessa cidade, como melhoria no nível educacional e de saúde, da infraestrutura física e até redução da pobreza intra-urbana.

Apoio: CAPES, REUNI.

Palavras-chave: Empregos formais, cidades médias, Setor industrial.

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COPA DO MUNDO DE FUTEBOL 2014: UMA ANALISE A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS ANTERIORES

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Elaine Carvalho de Lima ; Érica Priscilla Carvalho de Lima

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(3) Mestranda do Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduada em Ciências Econômicas da UFRN. Email: elainecarvalhoonline@hotmail.com

(4) Mestranda do Programa de Pós Graduação em Estudos Urbanos e Regionais (PPEUR) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduada em Ciências Econômicas da UFRN. Email: ericapriscillaufrn@hotmail.com

Área: F.3.11. Economia Introdução Nas últimas décadas, a realização de eventos esportivos tem se tornado uma estratégia bastante utilizada, uma vez que a promoção destes eventos pode servir como catalisadores para o desenvolvimento de uma região e estimular as relações com outros países. Assim, a atração de eventos de porte internacional, com destaque para os megaeventos esportivos, tem sido observada por planejadores e governantes como uma forma de dinamizar a economia e de se tentar resolver graves problemas relacionados às desigualdades sociais. Neste contexto, o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo 2014 e da Copa das Confederações de 2013, após aprovação da Federação Internacional do Futebol (FIFA). O objetivo da pesquisa é analisar as etapas iniciais de impactos da Copa do Mundo FIFA 2014 a partir das experiências verificadas em outros países. De modo geral, os impactos da fase anterior do evento (pré-evento) possuem uma dimensão temporal finita, por exemplo, estudos e planejamento para a realização do evento, investimentos em processos de licitação, gastos com marketing, ente outros. Metodologia A metodologia do trabalho é baseada em pesquisa bibliográfica sobre o tema, buscando fazer uma análise do conhecimento da área de megaeventos e, sobretudo, direcionada a uma melhor contribuição dos impactos do projeto no espaço metropolitano. Também foi realizado um levantamento de dados secundários das principais instituições envolvidas no Projeto Copa do Mundo

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de 2014, bem como a participação nos fóruns e reuniões públicas de debate sobre o a Copa do Mundo 2014. Resultados e discussão Constatou-se que o pós Copa do Mundo pode proporcionar retornos diferentes dos investimentos econômicos, como na comparação entre países de diferentes níveis de renda, no caso da Alemanha (2006) e África do Sul (2010). Quanto aos estádios, estes são bem utilizados na Alemanha com um grande comparecimento dos clubes esportivos locais. Já na África do Sul, a demanda pelos estádios de futebol no pós Copa do Mundo se tornou algo incerto. Nota-se que o grau de utilização dos estádios para estas demandas diferentes irá afetar os benefícios para as regiões que sediaram os eventos. Assim, a baixa utilização e os altos custos de manutenção podem acarretar em um “legado” negativo desse megaevento. Depken e Wilson (2008), retratam o pós Copa do Mundo de 2002, com relação aos seus efeitos da Coréia do Sul e do Japão, ele adverte que as preocupações com a baixa utilização e altos custos de manutenção dos estádios são justificáveis, uma vez que recursos públicos são utilizados na preparação de tais eventos. Conclusão Algumas constatações foram observadas, os estudos de impacto econômico frequentemente extrapolam o verdadeiro impacto do evento, muitas vezes há falhas na contextualização do impacto com a referência local e a posição econômica da região. Por último, estudos mais amplos podem incluir importantes efeitos intangíveis, tentando associar esses ao evento e aos indicadores sociais, o que na prática são difíceis de mensuração real (como, fitness e saúde, participação do esporte e criminalidade juvenil). Por isso, é essencial ser realista sobre os possíveis benefícios da Copa do Mundo, para que estes não se percam em projetos superestimados e que não atendam as necessidades locais da comunidade. Desse modo, se faz necessário um planejamento adequado para o sucesso do evento. De forma que é essencial a proximidade dos Comitês Organizadores com a população, tendo em vista perceber suas necessidades, dirimir possíveis dúvidas, para que haja uma parceria entre o ente público e a população.

Apoio: CAPES, REUNI

Palavras-chave: Copa do Mundo, Brasil, impactos, legados.

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A INCONSTITUCIONALIDADE NA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL Felipe Ferreira Moura¹

(1) Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza, Graduando em História na Universidade Estadual do Ceará e Pós-Graduando de Especialização em Segurança Pública na Faculdade Latino Americana de Educação. E-mail: felipebilar@gmail.com

Área: F.5.4. Direito Constitucional

Introdução: Tramitam no Congresso Nacional 36 (trinta e seis) Propostas de Emenda à Constituição (PEC´s) relativas à alteração do artigo 228 da Carta Magna Brasileira, e cuja pretensão é reduzir ou extinguir a idade para que uma pessoa possa ser condenada criminalmente. Temos 4 (quatro) propostas tramitando no Senado Federal e 32 (trinta e duas) na Câmara dos Deputados. Na O legislador budca modificar o princípio constitucional que limita a maioridade penal para aqueles que possuem idade igual ou superior aos 18 anos. O projeto mais antigo em tramitação (PEC 171/1993) é de autoria do então Deputado Federal Benedito Domingos (PP/DF), que atualmente ocupa o cargo de Deputado Distrital no DF; já a mais recente (PEC 223/2012) é de autoria do Deputado Federal Onofre Santo Agostini (PSD/SC). Por questões relativas ao regimento interno, em ambas as casas do parlamento nacional, as PEC´s em tramitação foram apensadas a um mesmo processo. No Senado foram entregues à relatoria do Ex-Senador Demóstenes Torres (à época do DEM/GO) que emitiu parecer favorável à matéria que hoje se encontra apta para inclusão na ordem do dia; já as propostas em tramitação na Câmara dos Deputados, estão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que designou como relator o Deputado Luiz Couto (PT/PB).

Metodologia: Doutrinadores, juristas, sociólogos e especialistas nas áreas do direito: constitucional, penal e da infância e juventude, têm discorrido sobre o assunto buscando obter um “consenso jurídico” sobre a matéria em questão. Encontra-se disponível muito material bibliográfico sobre o tema proposto, quer sob o aspecto filosófico, sociológico, biológico ou jurídico. Vale ressaltar que também utilizamos referencial jurisprudencial em algumas decisões prolatadas pela suprema corte brasileira a respeito de alterações constitucionais envolvendo o que a própria carta magna do país chama de direitos e garantias individuais. Por fim, utilizamos ainda como material de apoio para execução deste trabalho os textos apresentados como Projeto de Emenda à Constituição e somados a eles os seus respectivos pareceres e demais textos apensados ao texto final das PEC´s bem como os relatórios e opiniões ISBN 978-85-61839116


emitidos por entidades de classe, organizações da sociedade civil, organizações não governamentais dentre outros.

Resultados e Discussões: Chegamos ao entendimento de que o artigo 228 pode ser considerado como cláusula pétrea, mesmo não estando incluso no rol dos 78 incisos do art. 5º, que tratam dos direitos e garantias individuais. Observamos que o Supremo Tribunal Federal respaldou a possibilidade de termos uma cláusula pétrea; referente aos direitos e garantias individuais; fora do âmbito do art. 5º, através da ADI 939/07DF, quando reconheceu como imutável, a garantia constitucional assegurada ao cidadão brasileiro no art. 150, III, b, CF (princípio da anterioridade tributária) afirmando que a mesma é garantia individual para o contribuinte. Foi mais além, quando considerou que a mera inaplicabilidade da imunidade tributária recíproca (artigo 150, VI, a), por emenda à Constituição, constitui ofensa à cláusula pétrea do artigo 60, § 4º, I, que protege a forma federativa de Estado. Se ainda restava alguma dúvida quanto à possibilidade da existência de cláusula pétrea fora do art. 5º, o STF, através das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC 29 e 30) e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4578), mais uma vez referendou essa possibilidade, ao admitir como imutável o art. 16, da carta magna, referendando o princípio da anterioridade eleitoral, no julgamento da Lei da Ficha Limpa.

Conclusão: Os argumentos pró-rebaixamento da maioridade penal, de que tal medida contribuiria para redução da criminalidade são totalmente equivocados. Quando diferenciamos a responsabilidade de um jovem de 17 de outro de 18 anos por atos semelhantes, não se trata de analisar o critério puramente biológico, mas sim de adotar políticas criminais capazes de dar ao jovem, opções diferentes para que o mesmo supere sua participação no mundo do crime. Não se trata da capacidade de entendimento, mas sim do erro de incluí-los num sistema penitenciário falido, existente numa sociedade excludente como a brasileira. O fato de ser um tema polêmico e que se encontra em pauta no Congresso Nacional em forma de PEC podendo vir a ser peça de apreciação brevemente, nos faz enxergar a importância na abordagem deste tema que poderá por assim dizer, vir a modificar com a estrutura social brasileira, na medida em que irá gerar reflexos não só na área da segurança pública, mas também nas áreas da educação, saúde, trabalho e demais áreas de atuação social no país. Reduzir a idade penal é decrescer na evolução do processo de desenvolvimento da sociedade. O que se propõe é o aumento das oportunidades que devemos conceder a juventude do país.

Palavras-chave: Inconstitucionalidade. Redução. Maioridade. Cláusula Pétrea.

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24 DE JANEIRO DISCUSSÕES TEMÁTICAS

I. ADAPTAÇÕES DO CÉU NOTURNO PARA OS DEFICIENTES VISUAIS Kallem Cristine da Silva (1)

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Graduanda em Física/Universidade Federal de Itajubá

e-mail: kallemsilva@yahoo.com.br Área: Astronomia INTRODUÇÃO O nosso dia-a-dia é repleto de referências e informações puramente visuais e a maioria dos seres humanos analisa o ambiente no qual está inserido através desse sentido. Por esse motivo vários pesquisadores vêm trabalhando em projetos visando à inclusão das pessoas com deficiência visual. Desde 2006, a Dra. Tânia Dominici e seus colaboradores (Dominici et al. 2008) desenvolvem um projeto de ensino de Astronomia para os deficientes visuais. Tendo em vista a necessidade de desenvolver equipamento didático adequado para o ensino inclusivo de ciências físicas, o projeto objetiva conceder a oportunidade para que as pessoas com deficiência visual possam conhecer o céu noturno. Para isso foi produzido um kit didático com materiais manuseáveis e informações em alto e baixo relevo para oferecer a possibilidade de contemplação do céu noturno e suas variações ao público não vidente. No decorrer deste projeto, expandimos a possibilidade de trabalhar com a Realidade Aumentada (RA). A aplicação da RA tem por objetivo fazer com que o deficiente visual aprenda os conceitos envolvendo percepção espacial e perspectiva 3D. De acordo com Ducas (1998), a tecnologia deve ter a função de facilitar a ação pedagógica, de modo que venha tornar o processo educacional mais dinâmico, criativo.

METODOLOGIA Os conceitos astronômicos discutidos neste trabalho foram: as mudanças do céu ao longo do ano; comparação entre o céu nos Hemisférios Sul e Norte; as figuras das constelações; a Via Láctea e a estrutura da Galáxia.

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Para a confecção do material táctil utilizamos mapas disponíveis na página da União 1

Astronômica Internacional (IAU ) em relevo das constelações zodiacais, Órion e do Cruzeiro do Sul. Durante os encontros para experimentação do material didático, foram anotadas as dúvidas dos sujeitos de prova sobre o material exposto e sobre os conceitos básicos da Astronomia e da Física. O kit didático foi feito com material de baixo custo e fácil de ser encontrado. As estrelas e as linhas das constelações na esfera celeste foram confeccionadas em baixo e auto relevo. O conceito de RA foi estendido às pessoas cegas, dando-lhes acesso a experimentos que trazem informações como visão por computador, sons e discursos. 2

Para a aplicação da RA foram utilizados o SACRA , o Free Sound Recorder e o Vivaty Studio por ser gratuito, de fácil acesso e manipulação. Desse modo, as pessoas cegas desenvolvem a habilidade de fazer reconhecimento de padrões sonoros associados a objetos e cenas por meio da RA utilizando, por exemplo, notebooks.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde o primeiro encontro, foram utilizados mapas táteis referentes às constelações. O que se observou não foi somente a interação das pessoas com deficiência visual com o material, mas as perguntas que eles formularam referentes à Astronomia e à Física. O interesse dos deficientes visuais em aprender mais sobre Astronomia ficou claro. Foi observado que em determinados momentos das análises dos materiais, as pessoas que não nasceram cegas, mas perderam a capacidade de enxergar, se emocionavam com a possibilidade de relembrar como era o céu noturno, lembrança que há muito lhes havia sido privada. Em relação à RA concluiu-se que é uma aplicação agradável de ver, interessante de se interagir e aguça a curiosidade de todos, mas há necessidade de lapidar melhor as imagens e informações a serem inseridas nessa aplicação. De maneira que será necessário continuar desenvolvendo a aplicação. Durante a pesquisa entendeu-se que a melhor maneira de avaliar as pessoas portadoras de deficiência visual era em grupos, pois a interação deles fazia com que o entendimento e a compreensão do material fossem mais amplos, de melhor qualidade e mais eficiente.

CONCLUSÕES Trabalhamos no sentido de compreender a proposta da pesquisa e estudar a literatura relevante. Realizamos contato com instituições de assistência às pessoas com deficiência visual e, também pudemos interagir com o público-alvo. Além disso, fizemos uso dos primeiros protótipos de mapas celestes e da esfera celeste e, apresentamos aos entrevistados a oportunidade de manusear lunetas e seus componentes ópticos e mecânicos.

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http://www.iau.org/ http://www.ckirner.com/sacra/

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De modo geral, a resposta dos voluntários foi positiva por conta da oportunidade inédita de entrar em contato com o céu noturno, expandindo os seus limites. Inserimos ao trabalho RA para que essa ferramenta possa apoiar a pessoa cega e o portador de deficiência visual no processo de aprendizagem adicionando informações sonoras aos materiais desenvolvidos. O aplicativo utilizado tem instalação simples, de fácil autoria, independente de programação e de uso intuitivo. O próximo passo é a realização de testes de RA, para a verificação da eficácia das informações inseridas na aplicação e o retorno que os sujeitos de prova darão. A contribuição para a inclusão social e científica da pessoa portadora de deficiência visual é o maior legado que este trabalho pode deixar além de tornar-se um incentivo a outros trabalhos e iniciativas que tenham a inclusão como objetivo. APOIO: UNIFEI, FAPEMIG.

Palavras chave: Astronomia, Deficiente visual, Kit didático, Céu noturno.

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Desenvolvimento e Manutenção de Aparelhos Auditivos Thiago José Barbosa de Oliveira

Vínculo do autor: graduando em engenharia de controle e automação na universidade tecnológica federal do Paraná. E-mail: thiagobarbosa91@hotmail.com Área: engenharia elétrica. Introdução: Buscando a melhoria no desempenho das baterias dos aparelhos auditivos e uma maior acessibilidade a essa tecnologia assistiva, tal projeto faz-se presente. É válido ressaltar que o principal empecilho nessas fontes de alimentação consiste em sua vida útil, tendo uma duração aproximada de 15 (quinze) dias, o que as tornam inviável. Fulgurando como uma provável solução, utilizaremos a “Fuzzy Logic” a fim de aumentar sua eficiência, implementando assim o modo “Standy By” quando o usuário desse aparelho encontrar-se em um ambiente isolado acusticamente, reverberando um menor consumo de energia. Esperamos que o conteúdo a ser lido seja gratificante e cumpra a meta que culminou sua elaboração: a promoção do conhecimento.

Metodologia: O projeto vincula-se ao hotel tecnológico da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), que compete o fomento no surgimento de empresas nacionais, havendo disponibilidade dos laboratórios da instituição para a desenvoltura do mesmo. Tais simulações na busca de uma melhor performance nessas baterias e demais componentes faz-se presente na plataforma “Matlab”, com o uso dos dados colhidos através de osciloscópios e multímetros nos dispositivos em geral, ora amplificadores, ora microfones, ora CI (Circuito Integrado). Utilizando o modelo “Open Innovation”, o projeto busca angariar recursos e difundir tais aparelhos de tecnologia assistiva a um menor preço de custo, cumprindo-se assim o seu papel social.

Resultados e Discussão: ISBN 978-85-61839116


Fazendo-se experimentos em laboratórios até então, constatou-se que o ganho de 1,5 V (um e meio) em amplificadores reduzem certos ruídos indesejáveis, garantindo-se assim um maior conforto para os usuários desses aparelhos auditivos, e que a melhor plataforma para o uso da “Fuzzy Logic” é o programa “Matlab”, buscando aumentar em maior proporção a eficiência das fontes de alimentação.

Conclusão: Dessa forma decodificamos que o processo de miniaturização, não apenas nas baterias, mas nos dispositivos em geral é válido, tanto no ônus inovador, quanto no ônus social, que prestigia deficientes auditivos e procura reduzir o custo desses aparelhos. Apoio: UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná; BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento.

Palavras-chave: aparelhos auditivos, fuzzy logic.

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INFLUÊNCIA DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E CAMPOS MAGNÉTICOS ESTÁTICOS NO CRESCIMENTO CELULAR DE FUNGOS ALBUQUERQUE, W.W.C. (1);

(1) Graduando em Física Bacharelado UFPE E-mail: wendell.albuquerque@ufpe.br Área: Biofísica- Radiologia e Fotobiologia Introdução: Um grande número de trabalhos publicados confirmam que ondas eletromagnéticas e o campo magnético estático com indução magnética baixa pode afetar o metabolismo celular (Polk, 1996). Atuando sobre o movimento de cargas elétricas intracelulares, o eletromagnetismo é mencionado como modificador de conformações protéicas, potenciais transmembrana e até na produção energética, afetando também o desempenho da cadeia transportadora de elétrons mitocondrial (TENG, 2005). Alguns estudos mostram efeitos negativos (Gerenkser,1962), enquanto muitos indicam que o campo tende a estimular a atividade metabólica dos seres vivos (Jung,1993; Takehiro,2003; Yavuz, 2000). O presente trabalho utiliza o microorganismo Saccharomyces Cerevisiae como modelo padrão eucariótico para estudar a influência desses agentes físicos sobre o crescimento celular de uma cultura. Metodologia: Comparações de fermentações influenciadas por ondas eletromagnéticas por ondas curtas pulsadas (PSW) e fermentações influenciadas por campos magnéticos estáticos foram feitas. A irradiação por PSW foi feita através de um gerador de ondas curtas Diatermax 350 P (KLD ltd., Amparo SP, Brasil), com 10, 20 e 250 V/m de intensidade e pulsação de 30 Hz. O campo magnético estático foi aplicado através de imãs liga NdFeB (120 mT) aplicados ao redor do frasco Erlenmeyer. As fermentações foram acompanhadas durante 24 horas, com intervalos de 4 horas de amostragem, com meio de cultura YPD. Foram coletadas, de cada experimento, amostras para densidade óptica e para a devida correlação com o peso seco em g/L. O tempo de exposição foi de 15 minutos de PSW e exposição contínua para os grupos magnetizados. Resultados e Discussão: Apesar da suspeita de uma possível estimulação no crescimento celular, os resultados mostraram através de análise de crescimento absoluto e percentual e da taxa específica de crescimento que todas as culturas expostas ao campo eletromagnético tiveram aumento de biomassa inferior ao grupo controle, sugerindo uma inibição na multiplicação celular da levedura em estudo. Segundo Panagopoulos (2000), uma alteração na conformação de canais na membrana celular dependente de voltagem e a liberação de cálcio pelo retículo endoplasmástico, causado pelas ondas eletromagnéticas, traria uma série de mudanças celulares causadoras de algum tipo de stress que impediriam a reprodução celular. Os grupos influenciados por campo magnético estático não obtiveram efeitos significante. Conclusão:

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A radiação eletromagnética foi nociva para a levedura, independente de sua intensidade, mas o campo magnético estático não interferiu no crescimento celular. Apoio: CNPQ Palavras-chave: Bioeletromagnetismo, Saccharomyces cerevisiae, Fermentações.

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24 DE JANEIRO MODALIDADE PÔSTER

ENTRE A CIÊNCIA E A RELIGIÃO: UM ESTUDO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DAS REZADEIRAS NA VIDA DA POPULAÇÃO CRATENSE DURANTE O SÉCULO XX. Geneuza Muniz de Souza¹, Francisca Fernanda Batista de Castro², Vanessa Martins Lopes³ ¹ Graduanda em História na Universidade Regional do Cariri-URCA, ² Graduanda em Geografia na URCA,³ Graduanda em Geografia na URCA. E-mail: geneuza18@hotmail.com Área: História Introdução: Partindo dos pressupostos teóricos da história cultural, trabalhando com a memória das rezadeiras e das pessoas atendidas por elas, esta pesquisa busca entender como as práticas de cura contribuíram na vida da população do município de Crato, localizado no Sul do Estado do Ceará ao longo do século XX. No decorrer do trabalho tentaremos identificar, através da memória das rezadeiras entrevistadas, os costumes locais que foram se perdendo ao longo do tempo. O estudo retrata também todo um contexto social e econômico vivido por estas pessoas em períodos de extrema calamidade. Metodologia: O trabalho vem sendo desenvolvido a partir da metodologia da história Oral, tendo como fonte a utilização de entrevistas com as rezadeiras e com pessoas que obtiveram a cura a partir dos seus atos. Durante as entrevistas percebemos que em alguns momentos a consciência de ambas as partes medicina e religião rompem completamente com seus princípios e ideais em beneficio da população carente. Resultados: Com esse trabalho, percebemos que diferentes culturas podem integrar um vasto campo de conhecimento, convivendo de forma harmoniosa. Refiro-me aqui a algumas entrevistas em que as rezadeiras relatavam que, por várias vezes foram chamadas as unidades de saúde, ou seja, aos postos de saúde para atender pacientes em que os médicos deixavam subtendido que a ciência sozinha não era capaz de solucionar o problema. Através das entrevistas revela-se toda uma realidade socioeconômica ligada diretamente aos motivos pelos quais as pessoas são levadas a optar por essas práticas mágicas e de acordo com a análise feita há uma grande diferença se comparadas às observações com a população da zona rural e as da zona urbana, a primeira geralmente tende a valorizar mais o sagrado, enquanto a segunda está cada vez se afastando de tais valores.

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Conclusão: A pesquisa demostra como a vida da população foi difícil ao longo do século XX, principalmente as pessoas da zona rural, o acesso a saúde era privilegio de poucos. Tais práticas vêm contribuindo de forma bastante positiva. Os atores desse processo viam - a como uma solução viável num contexto em que a seca, a pobreza e o catolicismo eram características marcantes, por um longo período foi comum a crença de que a doença era algo sobrenatural e tal como, seria necessário recorrer a algo desta mesma natureza para obtenção de cura. Apoio: Universidade Regional do Cariri – URCA Palavras Chave: Cultura popular, Memória, Reza e Oralidade.

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PADRÕES DE HERANÇA BIOLÓGICA EM JOGO Gérson do Nascimento Costa¹; Samara Rodrigues Lima²; Lúcio Roberto Rodrigues Peixoto³. (1).Graduando do curso de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE. (2).Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE. (3).Professor assistente do curso de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE. E-mail: gerson.nascimento@live.com Área: C.8.6. Genética. Introdução A educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial (FONSECA, 2010). É uma ferramenta muito útil, pois o aluno tem prazer em realizá-la. Esse tipo de estratégia tem sido proposta em algumas ciências no Brasil, entre elas a Genética (PAVAN, 2000). No ensino de Genética são necessárias atividades práticas que auxiliem no aprendizado dos alunos como uma complementação dos conceitos teóricos adquiridos. Estratégias dinâmicas programadas para serem aplicadas tanto no ensino médio como no superior, são boas práticas pedagógicas para provocar a curiosidade e manter a atenção dos estudantes durante o desenvolvimento de conteúdos em aulas de Genética. Atualmente, os jogos didáticos têm ocupado cada vez mais espaço no campo educacional (GOMES; FRIEDRICH, 2001; RIEDER et al., 2004). Eles têm sido utilizados com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento do raciocínio do aluno, a socialização, a motivação, a curiosidade e a criatividade (RIEDER et al., 2004; ZANON et al., 2008). Este trabalho objetivou-se em criar um jogo em que se pudesse explorar e fortalecer o conhecimento dos alunos sobre alguns dos principais padrões de herança genética monogênica. Metodologia “Padrões de herança biológica em jogo” trata-se de um jogo de montagem em que o aluno monta um espécime de acordo com os principais padrões de herança genética monogênica. Essa atividade foi realizada com alunos do ensino médio da E.E.F. M. Mons. Melo, Ibiapina, CE e com estudantes de Genética do curso de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE. As peças do jogo foram confeccionadas com folhas coloridas de borracha de Etil Vinil Acetato (E.V.A) de modo que representassem a herança genética de joaninhas e flores. Os padrões de herança apresentados por joaninhas quanto a Dominância Completa foram a forma das antenas, para Dominância Incompleta o tamanho dessas antenas e para representar a Codominância utilizou-se a cor das asas. Já o padrão de herança apresentados por flores quanto a

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Dominância foram a cor do miolo da flor, para Dominância Incompleta foi usado fenótipo da cor da corola, e para Codominância o fenótipo referia-se a cor das folhas e caule. Para se jogar escolhe-se o espécime (flores ou joaninhas) sorteiam-se as cartas dos indivíduos parentais e faz-se o cruzamento com as cartas de alelos, e de acordo com a maior frequência observada na geração filial têm-se a característica fenotípica herdada, para concluir o jogo o aluno deve jogar com os três tipos de herança para poder formar assim seu espécime.

Resultados e Discussão Os resultados obtidos mostraram que os alunos consideram o jogo como eficiente para o processo de ensino-aprendizagem, e que puderam, além de se divertir, compreender com mais facilidade Dominância Completa, Dominância Incompleta e Codominância. Em entrevista os alunos relataram que a aplicação do jogo ajuda ainda a reforçar conceitos como genótipo, fenótipos e alelos, além de melhorar o entendimento a respeito da 1ª Lei de Mendel e aprofundar as noções de probabilidade. Conclusão As considerações feitas a partir da aplicação deste trabalho permitiram concluir que atividades lúdicas permitem que os alunos desenvolvam um conhecimento concreto, pois muitas vezes estes não tem o conhecimento de forma integral, mas apenas como abstrações. O jogo que apresenta uma visão construtivista permitiu que os alunos literalmente construíssem seus conhecimentos a respeito dos principais tipos de herança genética monogênica de forma divertida, didática e eficiente. Este trabalho permitiu transparecer o conhecimento científico que está por trás de conceitos como genótipo, fenótipo e alelos, que são conceitos fundamentais para introdução à genética (GRIFFITHS, 2006), ainda permitiu facilitar a compreensão da 1ª Lei de Mendel, Dominância Completa, Dominância Incompleta e Codominância e ainda reforçar noções de probabilidade, facilitando assim a compreensão geral da disciplina de genética tanto no ensino médio como no ensino superior. Apoio: Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, Sobral, CE.

Palavras-chave: Alelos, Dominância, Fenótipo, Genótipo, Herança.

Referências: FONSECA, R. S. M. da. Jogos Lúdicos na Sala de Aula. (2010). Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/jogosludicospedagogicos/. Acessado em 13/ 09/ 2012.

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GOMES, R.R.; FRIEDRICH, M.A. (2001). Contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. In: EREBIO,1, Rio de Janeiro, 2001, Anais..., Rio de Janeiro, p.389-392. GRIFFITHS, A. J. F; MILLER, J.H; SUZUKI, D.T; LEWONTIN, R. C. Introdução a Genética. 8ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 2006. PAVAN, O.H.O. Embaralhando o DNA: operando um terminal genômico. Ed. UNICAMP, CampinasSP, 2000. RIEDER, R.; ZANELATO, E.M.; BRANCHER, J.D. Observação e análise da aplicação de jogos educacionais bidimensionais em um ambiente aberto. IX TALLER INTERNACIONAL DE SOFTWARE EDUCATIVO São Paulo 2004, Anais... Rio de Janeiro, 2004. P. 61-66. ZANON, D.A.V.; GUERREIRO, M.A.S.; OLIVEIRA; R.C. (2008). Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Revista Ciências e Cognição, 13:72-81.

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PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E SAÚDE: OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAÚDE NO RIO GRANDE DO NORTE

Renan Mateus de Oliveira- Graduando em Ciências Sociais-Licenciatura Adler Sidney Barros dos Santos Correia – Graduando em Gestão de Políticas Públicas UFRN Área: D.3.4. Saúde Pública

Introdução

Os Conselhos são mecanismos de participação política que garantem a participação da sociedade civil dentro da esfera política institucional, agindo como órgão fiscalizador em meio às ações do estado. A criação dos demais conselhos se deu quando formação da constituinte Brasileira. Neste caso, vamos analisar a legitimidade e a visibilidade das demais instituições nas principais cidades potiguares.

Metodologia

Aplicação e análise de questionários a cerca da temática nos três principais distritos sanitários do estado, bem como análise de textos sobre a área e palestras.

Resultados e Discussão

Os resultados não são conclusivos devido ao grande material de pesquisa e as contínuas abordagens do processo. Contudo, vê se a pequena visibilidade que mecanismos de viabilidade democrática não aproveitados pela sociedade civil.

Conclusão

O mecanismo formado pelos conselhos de saúde permite a nós uma amplitude do processo de formação e expansão do sistema único de saúde, contudo, ele ainda não possui a viabilidade e financiamento necessário para garantia da participação da sociedade civil na manutenção da saúde no Brasil.

Apoio: Propesq-UFRN Palavras-chave: Saúde, conselho, mecanismo.

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO - SANITÁRIAS DE DE LANCHONETES E RESTAURANTES SITUADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO, PB Micherlândio Santos Guedes

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1. Graduando em Tecnologia de Alimentos pelo IFPB – Campus Sousa Área: Tecnologia de Alimentos

Introdução De acordo com Neves, Chaddad e Lazzarini (2002) a crescente demanda por alimentos fora do lar é um importante reflexo do processo de globalização. Um período que poderia influenciar e até mesmo determinar o aumento do consumo de alimentos fora de casa é o ingresso na faculdade e no mercado de trabalho (BORGES & FILHO, 2004). Um grande número de pessoas usufrui de estabelecimentos alimentícios localizados nas mais diversas dependências, sejam elas, em lanchonetes, restaurantes, cantinas e universidades para a realização de suas refeições diárias. Estes estabelecimentos devem estar adequados às formas de preparo, armazenamento e venda de alimentos e refeições de forma higiênica e com segurança, visando assim, prevenir Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) (BRASIL, 2004). Uma das formas de assegurar a oferta de alimentos com boa qualidade higiênico – sanitária é fiscalizar esses estabelecimentos e conscientizar seus responsáveis sobre a necessidade de garantir a segurança dos alimentos, com o controle higiênico – sanitário dos produtos comercializados (Silva et al, 2007). O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade higiênico – sanitária das lanchonetes e restaurantes localizados na cidade de São Bento – PB. Métodos Este trabalho foi realizado entre os meses de março e junho de 2012. A coleta de dados foi realizada em três etapas: primeira etapa novembro de 2011 a fevereiro de 2012: avaliação das lanchonetes e restaurantes; segunda etapa em março de 2012: intervenção e definição do prazo de adequação dos itens em não conformidade; terceira etapa em junho de 2012: nova avaliação. Foram analisadas cinco lanchonetes e três restaurantes localizados na mesma cidade para o estudo das condições higiênico – sanitárias. A avaliação foi através da observação direta e de entrevista semi - estruturada, diretamente com os proprietários, ou na sua ausência, com o funcionário responsável pelo estabelecimento alimentício. O levantamento foi através da aplicação de um check – list organizado em três módulos divididos de acordo com os temas: Manipuladores de alimentos; Estrutura Física e Ambiente; Conservação/

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Armazenamento de alimentos/Matérias – Primas. Estes por sua vez foram subdivididos em subitens com análise baseada na Resolução RDC 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), resultando em um total de vinte subitens. Após a aplicação dos check – lists foram elaborados relatórios sobre os itens não conformes e encaminhados, aos responsáveis dos estabelecimentos. Resultados e Discussão No módulo Manipulador de Alimentos, as maiores adequações foram ao uso de uniformes pelos manipuladores. Por outro lado, o uso de adornos pelos manipuladores de alimentos foi observado em alguns estabelecimentos. Em relação à Estrutura Física e Ambiente, o subitem com menor adequação foi o lavatório na área de manipulação. A presença de prateleiras de madeira na área de manipulação foi um subitem que apresentou 85% de inadequação. Este material é permeável e não lavável, favorecendo o acúmulo de sujidades e umidade, o que gera risco de contaminação dos alimentos (BRASIL, 2004). Nesse módulo, dois subitens apresentaram 93% de adequação: vestiários e armários para funcionário e objeto em desuso da área de manipulação. No tema conservação/armazenamento de alimentos/matérias – primas constataram – se adequações, nos subitens: troca de embalagens de alimentos abertos/identificação; organização de refrigeradores e freezers. Em 74% das lanchonetes estudadas, o gelo era armazenado com os produtos cárneos, não havendo uma correta organização e separação dos alimentos pré – preparados e preparados dentro de refrigeradores e freezers, ocasionando a contaminação cruzada desses alimentos. Conclusões Constatou – se que em alguns itens considerados irregulares foram adequados pelos proprietários dos estabelecimentos alimentícios. No entanto, um número expressivo de itens continua não conforme com a legislação brasileira em relação às boas práticas de manipulação de alimentos. O maior número de adequações foi observado em itens referentes aos manipuladores de alimentos, sendo consideradas, ações simples. Entretanto, a retirada de adornos, não foi observada, tendo assim, uma resistência maior e falta de compreensão sobre os riscos de sua utilização. Já os itens referentes à estrutura física e ambiente tiveram menor adequação. Os itens referentes à conservação/armazenamento de alimentos/matérias – primas também não apresentaram valores significativos de adequação. Segundo o relato de muitos proprietários, existe uma grande dificuldade em tornar estas ações de rotina nos estabelecimentos, principalmente pela falta de hábito dos manipuladores de alimentos. Portanto, sugere – se a implantação de iniciativas voltadas para a conscientização e sensibilização de proprietários e funcionários quanto a importante das práticas higiênico – sanitárias adequadas assegurando assim, a comercialização de produtos seguros para o consumidor. ISBN 978-85-61839116


Fomento: o autor do trabalho agradece ao IFPB – Campus Sousa pelo auxílio e a possibilidade de realização desse estudo. Pesquisa científica já concluída Palavras – chave: Boas práticas, Lanchonetes, Restaurantes.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO – QUÍMICA E SENSORIAL DE GELEIAS DE TOMATE

Micherlândio Santos Guedes

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1. Graduando em Tecnologia de Alimentos pelo IFPB – Campus Sousa Área: Tecnologia de Alimentos Introdução De acordo com Ferreira (2004) as frutas e hortaliças, além de constituir matérias-primas importantes na alimentação do brasileiro, estão associadas ao desenvolvimento da indústria. Porém, parte da colheita quando não é perdida por falta de armazenamento, manuseio, susceptibilidade ao ataque de micro-organismos e sazonalidade de produção chega ao consumidor em condições inferiores de classificação que, muitas vezes, pode ser considerado abaixo do padrão. As indústrias alimentícias vêm buscando novas alternativas para aumentarem sua eficiência e competitividade, devido à grande diversidade de produtos no mercado. Para tal é necessário buscar matérias primas que possam auxiliar as indústrias a conseguirem os produtos desejados levando sempre em consideração o custo do processo (CARDOSO et. al., 2010).

O fruto do tomate está entre as hortaliças mais consumidas no mundo. É fonte de vitaminas A e C, e sais minerais como potássio e magnésio. Os frutos em sua maioria são vermelhos quando maduros, com exceção aos cultivares japoneses do tipo salada, que possuem frutos rosados (Resende, 1995). O trabalho teve como objetivo avaliar as características físico – químicas e a aceitabilidade de duas geleias de tomate através do teste sensorial.

Métodos

Obtenção da geléia

No processamento das geleias, foram utilizados frutos de tomate do tipo longa vida (A) e cereja (B), açúcar e pectina adquiridos no comércio local na cidade de Sousa – PB. Para a elaboração da geleia foram selecionados três quilos de cada tipo de tomate, maduros e com tamanho homogêneo. Estes foram higienizados em solução de hipoclorito e água corrente, e posteriormente cortados ao meio através de processo manual. Após terem sido cortados, os frutos foram triturados no liquidificador e peneirados.

Análise Química

As polpas e as geleias de tomate foram avaliadas quanto ao pH, acidez titulável (% ácido cítrico) e sólidos solúveis totais (ºBrix) de acordo com os métodos pelo Instituto ADOLFO LUTZ (2005). ISBN 978-85-61839116


Análise Sensorial

A avaliação sensorial foi realizada com 55 julgadores não treinados entre docentes e discentes do IFPB – Campus Sousa. A equipe formada tinha 58% do sexo feminino e 42% do sexo masculino, com idade entre 14 e 45 anos. A amostra foi servida em pratos descartáveis, codificadas com três dígitos aleatórios. Estas foram servidas com acompanhamento de biscoitos tipo água e sal e um copo de 100 mL com água.

Os resultados obtidos a partir dos testes sensoriais foram avaliados por análise de variância (ANOVA) e teste de comparação de médias de Tukey.

Resultados e Discussão

É sabido que a acidez e o pH das geleias são fatores que devem ser controlados. A acidez total não deve ultrapassar a 0,8% e o mínimo indicado é de 0,3%. Em relação ao pH é sugerido máximo de 3,4, sendo que inferior a 3, 0 tem tendência a sinérese. A geléia tipo A e B obtidas apresentaram valores de 3,3 e 3,1 de pH respectivamente, estando assim, dentro das recomendações exigidas pela legislação. A geleia tipo A e B apresentaram valores para acidez de 0,5 e 0,7 respectivamente, indicando que estão também de acordo com o recomendado. Esses valores não afetaram a elasticidade das geleias devido à hidrólise da pectina, sugere – se então, que a elasticidade não tenha sido alterada devido ao alto teor de sólidos solúveis totais deste produto que foi de 71,5 ºBrix (tipo A) e 73,7 ºBrix (tipo B).

Quanto aos provadores que realizaram o teste sensorial foi observado que 95% gostam de tomate, 53% consomem geleia e 82% consumiriam geleia de tomate. A média das notas do teste sensorial foi de 7,2 e 7,6, para tipo A e B, respectivamente. Os valores se encontram na escala hedônica próxima a faixa de “gostei regularmente” e “gostei moderadamente”. As geleias alcançaram aceitação de 88% e 92% e 12% e 8% de rejeição, para os tipos A e B, respectivamente.

Conclusões Ao nível de significância de 5%, constatou – se que não houve diferença significativa entre as geleias de tomate. As médias e a percentagem obtidas foram consideradas satisfatórias, pelo fato, que as geleias elaboradas apresentaram índices de aceitabilidade acima de 75%, demonstrando assim, a possibilidade de desenvolvimento dos produtos, indicando que os mesmos seriam bem aceitos no mercado.

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As geléias produzidas a partir de tomate longa vida (tipo A) e cereja (tipo B) apresentaram características físico – químicas de pH, acidez e sólidos solúveis totais adequados, fatores que contribuem para a formação de consistência e aspectos sensoriais desejáveis das geleias. Fomento: o autor do trabalho agradece ao IFPB – Campus Sousa pelo auxílio e a possibilidade de realização desse estudo. Pesquisa científica já concluída Palavras – chave: Avaliação físico – química, Análise sensorial, geleia de tomate.

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I FEIRA DE FÍSICA DA EEEP. DOM WALFRIDO TEIXEIRA VIEIRA Danielle Luize Santos de Oliveira (1); José Wellington Sousa Farias (1); Daniel de Oliveira Damasceno (1); Francisco Felipe Moura Fontele (1); Francisco Sioney Rodrigues Silva (2); Nórlia Nabuco Parente (3). (1) Graduando (a) em Licenciatura em Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); (2) Graduado em Licenciatura em Física na Universidade Vale do Acaraú (UVA) e Professor de Física na EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira; (3) Especialista em Psicopedagogia na Universidade Vale do Acaraú (UVA) e Professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Email: danielle-calypso@hotmail.com; jsousafarias36@gmail.com; dannieldalton@hotmail.com; felipemoura2010@yahoo.com.br; norliapibid@gmail.com; koxyllo@hotmail.com Área: A.3.2. Ensino de Física Introdução: Há muito tempo temos vivenciado um ensino de Física voltado para o modo tradicional, com cálculos e interpretações Físicas e matemáticas, onde o aluno tem que focar somente o conteúdo necessário para o vestibular perdendo assim, a essência do aprendizado que é a interpretação e a prática das teorias. Se os novos tempos caminham para um ensino renovado, uma prática de ensino libertadora, onde os alunos e o professor discutem entre si, formando grupos, tirando dúvidas e fazendo levantamentos a respeito do assunto, temos que dar mais ênfase a essas tendências. A nossa I Feira de Física, organizada pelo PIBID Física/ IFCE, teve o objetivo de mostrar aos alunos e professores da EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira, escolas da rede estadual na cidade, alunos e professores do IFCE Campus Sobral e comunidade escolar em geral que o ensino de Física pode ter uma nova interface, através de aulas práticas, palestras, minicursos e experimentação. Para a realização da Feira foram preparados projetos a serem trabalhados com os alunos: Física Experimental Leis de Newton, Espaçomodelismo (foguetes) e Gincana de Física. Os bolsistas PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) prepararam os alunos através de palestras, aplicação de questionários e práticas experimentais com experimentos de baixo custo. Após toda essa preparação, os alunos que participaram efetivamente dos projetos foram selecionados para apresentarem seus trabalhos na Feira. Metodologia: A Feira contou com os seguintes atrativos para o público alvo: apresentação de trabalhos, planetário móvel, palestra sobre Astronomia ministrada pelos bolsistas do PET (Programa de Educação Tutorial) e a Gincana de Física, disputada entre os alunos da escola Dom Walfrido e Monsenhor José Gerardo. A Gincana foi dividida em: partida de xadrez, paródia, mímica e passa ou repassa (jogo de perguntas e respostas, tema principal: Física). Resultados e Discussão: A I Feira da EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira, foi realizada na própria escola, no dia 11 de Outubro de 2012. Um dos principais resultados perceptíveis foi que os alunos passaram a demonstrar maior ISBN 978-85-61839116


interesse pela disciplina, podendo por em prática o conteúdo visto em sala e compartilhar seus conhecimentos com outros alunos. Resultados também podem ser vistos, no resultado do PRALET (Prorrogação do Ano Letivo – Recuperação). Dos 11 alunos que participaram efetivamente da I Feira de Física da EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira, apenas 18% desse grupo ficou em PRALET – na disciplina de Física, uma média de 2 (dois) alunos do grupo foram para o PRALET. Depois do evento, foi realizado um encontro com todos os alunos que contribuíram para a realização da I Feira de Física para a premiação dos participantes de alcançaram um bom desempenho, contando com a presença dos alunos, professor, núcleo gestor, bolsistas, supervisor e coordenação de área do PIBID Física / IFCE. Alunos que participaram da realização da I Feira de Física da EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira: (1) Francisco Valfrido Carvalho Filho (1º ano); (2) Lucas Rafael de Sousa Seridó (1º ano); (3) Chauan de Mesquita Gomes (1º ano); (4) Luiz Lucivan do Nascimento Filho (1º ano); (5) Francisco David Mendes Aguiar (1º ano); (6) Francisco Alberlano Silvino Duarte (1º ano); (7) Nycerena Rosineide Batista Donaldson (1º ano); (8) Daniel de Sousa Sales (1º ano); (9) Roberta Alana do Nascimento Graciano (2º ano); (10) Beatriz Fernandes Costa (2º ano); (11) Marcelo Osler Pereira de Matos (2º ano). Conclusão: Foi perceptível a evolução dos alunos nesses cinco meses que antecederam a I Feira de Física, tanto analisando notas, ou mesmo o comportamento do aluno em relação à Física: que no início era de desinteresse, e hoje de curiosidade, interesse. A I Feira de Física permitiu apresentar nosso trabalho realizado na escola. Mostrou a toda comunidade escolar e acadêmica de Sobral/CE a importância de se desenvolver uma Física divertida. Dessa forma, os professores e o núcleo gestor da EEEP. Dom Walfrido Teixeira Vieira puderam perceber que a atuação do PIBID Física/ IFCE na escola pode trazer melhorias no ensino, buscando sempre reforçar o conhecimento do aluno, levando novas ideias e trabalhando a experimentação com eles. Apoio: CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) Palavras- chave: Experimentação, Ensino de Física, Feira de Física.

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AVALIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DO AZEITE DE OLIVA TRADICIONAL A PARTIR DA ACIDEZ E DA ROTULAGEM 1

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Micherlândio Santos Guedes , Ione Alves da Silva , Maria de Lourdes Ferreira Alves da Silva

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1. Graduando em Tecnologia de Alimentos pelo IFPB – Campus Sousa 2. Graduando em Tecnologia de Alimentos pelo IFPB – Campus Sousa 3. Graduando em Tecnologia de Alimentos pelo IFPB – Campus Sousa Área: Tecnologia de Alimentos

Introdução O avanço da tecnologia de alimentos tem promovido uma crescente oferta de produtos de composição complexa. A autenticidade dos produtos alimentícios é um tema importante tanto do ponto de vista comercial como de saúde, já que, geralmente, ocorre a substituição de um componente por outro com menor valor nutricional (MURADIAN & PENTEADO, 2007). As gorduras, tanto de origem vegetal como animal, são constituídas de ácidos graxos saturados e insaturados, que desempenham funções metabólicas importante no organismo humano (AUEDPIMENTEL et al., 2005). De acordo com Peixoto, Santana & Abrantes (1998) o azeite de oliva é o principal produto obtido dos frutos da oliveira (Olea europaea Linné). Por suas características organolépticas é muito apreciado sendo largamente utilizado na dieta dos países situados na região do mar Mediterrâneo. Segundo Cardoso (2006) o consumo frequente de azeite trás inúmeros benefícios à saúde humana; os mais relatados são a diminuição de algumas enfermidades cerebrovasculares, cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão arterial. O trabalho teve como objetivo avaliar o controle de qualidade de três marcas de azeite de oliva tradicionais quanto ao ensaio da acidez e analisar a rotulagem em comparação com as normas vigentes. Métodos Determinação da acidez A determinação da acidez foi realizada através do método físico-químico para análise de alimentos, descrito pelo Instituto Adolfo Lutz (4ª Edição). Utilizou-se 2g de azeite de oliva tradicional, 25mL de solução de éter-álcool (proporção 2:1 – neutra), solução de fenolftaleína e solução de hidróxido de sódio 0,01M. Pesou-se a quantidade necessária de azeite, adicionou-se a este os 25 mL da solução de éter-álcool, bem como duas gotas da solução de fenolftaleína. Na bureta, adicionou-se até o limite superior a solução de hidróxido de sódio 0,01M.

Avaliação da rotulagem das amostras analisadas

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Cada uma das três amostras foi analisada individualmente, observando-se os seguintes critérios:

a) Quanto à rotulagem geral:

Denominação de venda do alimento; Lista de ingredientes; Conteúdos líquidos; Identificação da origem; Identificação do lote; b) Quanto à rotulagem nutricional:

A quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes: carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio, sob a forma numérica; Informação nutricional complementar; Valor energético e o percentual de Valor Diário (% VD) – em números inteiros; Porção e medida caseira; Ordem dos nutrientes. Resultados e Discussão Avaliação da acidez Os valores referentes à acidez estão acima do preconizado pela legislação brasileira, que permite no máximo até 1% (ANVISA, 2005). A “amostra A” apresentou acidez de 1,12%; A “amostra B” apresentou acidez de 1, 19% e a “amostra C” apresentou acidez de 1,78%. Segundo INMETRO (2009), o índice de acidez do azeite de oliva extra-virgem pode chegar até o limite de 3,3. Observa-se que as três amostras testadas estão de acordo com este parâmetro físico-químico analisado. Avaliação da rotulagem geral A “amostra C” não está indicando o seu endereço completo do país de origem nem o seu número de registro. A “amostra A” não apresenta a identificação do lote de maneira clara e legível. O prazo de validade não está totalmente ilegível, mas dificulta a visualização. A “amostra A” não está precedida pela letra “L”. Em relação à lista de ingredientes, apenas uma amostra está aprovada (amostra C). A amostra B não identificou claramente a sua identificação de origem. Avaliação da rotulagem nutricional As três amostras de azeite de oliva variaram entre 70% e 100% de adequação frente aos critérios analisados. Apenas uma marca de azeite de oliva contemplou todos os requisitos necessários para uma embalagem nutricional (amostra C). As outras amostras avaliadas não estão de acordo. Conclusões Conforme os resultados que foram obtidos, conclui-se que nenhuma amostra de azeite está de acordo com o que as principais legislações vigentes estabelecem para este produto. Pode – se inferir que a “amostra A” é a menos ácida e a “amostra C” é a mais ácida. Em referencia à rotulagem, tanto a rotulagem geral quanto a nutricional, nenhuma das amostras de azeite de oliva tradicional contemplou todos os caracteres analisados.

Dentre os itens analisados na rotulagem geral, a amostra que apresentou a maior porcentagem de adequação, atingiu 83% dos itens em relevância; enquanto que a amostra que menos apresentou concordância com os itens analisados, apresentou 64%.

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Dentre os parâmetros analisados, quatro foram contemplados por todas as amostras; três foram contemplados por apenas duas amostras e os outros dois parâmetros foi contemplado por apenas uma amostra de azeite de oliva tradicional. Em relação à rotulagem nutricional, apenas uma amostra teve 100% de adequação em relação aos itens analisados. As outras duas amostras tiveram 80% e 60% de adequação, respectivamente.

Portanto, para que o azeite de oliva tradicional esteja com padrões de controle e qualidade é necessária que o mesmo esteja com a acidez e a rotulagem de acordo com a legislação exigida. Fomento: o autor do trabalho agradece ao IFPB – Campus Sousa pelo auxílio e a possibilidade de realização desse estudo. Pesquisa científica já concluída Palavras – chave: Acidez, Azeite de oliva, Rotulagem.

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EFEITO DE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E NUTRICIONAIS DE FOLHAS DE PLANTAS HOSPEDEIRAS NA MORFOLOGIA E DESEMPENHO DE LAGARTAS DE LEPIDOPTERA. Adriana Martins Onghero

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;Flávia Nogueira de Sá

(1)

(1). Graduanda em Ciências Naturais na Faculdade UnB Planaltina (FUP), Área Universitária n. 1 - Vila Nossa Senhora de Fátima, Planaltina – DF; (2). Doutora em Ecologia na Faculdade UnB Planaltina (FUP), Área Universitária n. 1 - Vila Nossa Senhora de Fátima, Planaltina – DF. Email:martins.adriana05@hotmail.com

Área: Ecologia

INTRODUÇÃO Os insetos herbívoros são responsáveis por grandes impactos sobre as plantas, devido o consumo direto de tecidos ou órgãos da mesma. Segundo Marquis (1984, 1991 apud Korndörf, 2005), a perda foliar pode significar a redução na capacidade de adaptação da planta, já que compromete na viabilidade das sementes, crescimento e atraso no florescimento. Logo, as plantas apresentam diferentes adaptações de defesas, contra os insetos, sejam elas: químicas, físicas e/ou biológicas, tais como associações entre plantas e formigas, Ribeiro et al. (2007). A presença dos compostos como alcalóides, fenóis e taninos, tornando os tecidos vegetais impalatáveis ou adstringentes pode ser citada como uma estratégia de defesa química (Feeny, 1976; Bernays et al.1989 apud Ribeiro et al.2000). Já as defesas físicas estão relacionadas com a superfície foliar: os tricomas, cutícula, pêlos, ceras e esclerofilia.Sendo a dureza do hospedeiro uma das principais defesas de folhas. Dadas as características do solo pobre do cerrado, Marquis (2002) sugere que a renovação das folhas se torna diferenciada, ocasionando que os danos da herbivoria são minimizados pelas defesas naturais das plantas do cerrado. Isto pode ser conseguido por tanto pela fenologia de folha – ou seja, a produção de novas folhas quando herbívoros são menos abundantes – e por características de folha, como dureza, baixos níveis de nitrogênio e água e níveis elevados de compostos fenólicos (Marquis, 2002). Devido às diferentes estratégias defensivas de plantas, para utilizar a folha é necessário que herbívoros possuam adaptações morfológicas e/ou fisiológicas para consumi-las. No caso de folhas esclerofilas, Bernays (1986) sugere que insetos de diferentes ordens, que se alimentam de folhas duras, apresentam cabeças e mandíbulas relativamente maiores considerando o tamanho dos seus corpos. Considerando a riqueza de defesas das plantas contra o ataque de inimigos naturais, este trabalho teve o objetivo de levantar a variação de algumas dessas estratégias (conteúdo de água, massa especifica da folha e dureza foliar) em diferentes espécies de plantas no cerrado e relacioná-las a características de lagartas que as consomem.

METODOLOGIA As espécies de plantas e as lagartas de Lepidoptera investigadas neste trabalho foram coletadas no Parque Sucupira e na Estação Ecológica Águas Emendadas (ESECAE), ambos situados em Planaltina-DF. A vegetação nos pontos de coleta é constituída por Cerrado sensu stricto.

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As lagartas foram coletadas diretamente de suas plantas hospedeiras e levadas ao laboratório para registro do desenvolvimento e dados morfológicos. Na mesma ocasião, foram feitas excicatas das plantas hospedeiras para posterior identificação. Nas plantas em que foram encontradas lagartas,mais frequentemente foram executadas as seguintes medições: dureza foliar, conteúdo de água e massa específica da folha. A dureza foliar, foi determinada através do penetrômetro(Chatillon), com uma agulha de média grossura, para perfurar exemplares de folhas das plantas hospedeiras selecionadas em três pontos. A folha ficava esticada entre duas placas de acrílico, as quais tinham uma linha vertical no meio, coincidindo com a nervura principal da folha. A dureza de determinada folha era determinada pela média dos três pontos. Para a análise do conteúdo de água nas folhas, as pesamos em uma balança analítica e depois as secamos em uma estufa por 72 horas, a temperatura de 40º C.O conteúdo de água foi estimado pela fórmula: [(Peso inicial- Peso final)/Peso inicial]x100. Também foi medida a massa específica foliar, como uma maneira de estimar a esclerofilia das folhas das plantas hospedeiras. Esta foi calculada pela fórmula: peso seco/área foliar. A área das folhas foi medida submetendo-se imagens das folhas escaneadas ao programa Compu Eye, Leaf and Symptom Area (disponível gratuitamente na internet). Regressões lineares foram utilizadas para verificar se existe efeito das características defensivas investigadas da plana (dureza, conteúdo de água e massa especifica) no desenvolvimento de lagartas (peso de pupa- dados de Oliveira 2012)

RESULTADOS E DISCUSSÃO Até o momento (junho), foram encontradas 32 espécies de lagartas (das quais dezessete estão identificadas), utilizando 20 espécies de plantas hospedeiras. Kyelmeiera sp foi a espécie de planta onde, até o momento, foi encontrado o maior número de espécies de lagartas: Mediavia sp.,Eacles sp.e Megalophygia sp.Outras espécies de lagartas mais comumente encontradas foram: duas espécies de Limacodidae e Automeris sp. Em plantas da família Nyctaginaceae (Guapira sp.) , Hylesia sp. (lagartas) em Roupala montana (planta), Dalceridae (lagarta) em Byrsonima coccolobifolia (Malpighiacea) e duas espécies não identificadas usando Pouteria ramiflora (tabela 1). Por esta razão, as medidas de folhas, dureza (tabela 2), conteúdo de água (tabela 3) e massa específica (tabela 4) foram efetuadas em plantas onde lagartas foram mais frequentemente encontradas: Kyelmeiera sp., Guapira sp., Pouteria ramiflora e Roupala montana. Dados de dureza e conteúdo de água obtidos no presente trabalho foram comparados aos de Silva & Batalha (2011), que investigaram parâmetros foliares de 61 espécies de Cerrado no estado de São Paulo. Pela comparação foi possível concluir que, apesar das folhas estudadas neste trabalho terem apresentado uma porcentagem de água similar à media do que foi encontrado em São Paulo, a dureza encontrada foi bem mais alta (mesmo as plantas taxonomicamente próximas analisadas em São Paulo e no Distrito Federal). Esse resultado pode indicar diferenças na qualidade das plantas nas duas localidades.

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Não foi encontrada relação entre peso de pupa e: dureza de folhas (r = 0,098; p = 0,19; n=10), 2

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conteúdo de água (r = 0.7899; p =0.95) e massa específica foliar (r = 0,022; p = 0,34). Isso indica que a variação dos diferentes parâmetros da folha da planta hospedeira não influenciou a duração da fase pupal. É esperado que a dureza e a massa específica das folhas influenciem negativamente o desenvolvimento de lagartas à medida que aumentam em valores. Folhas mais duras e com maior massa específica são mais difíceis de serem ingeridas, levando à menor taxa de obtenção de nutrientes (Clissold et al., 2009). Isso explica alteração no desenvolvimento das lagartas. Por outro lado, o conteúdo de água poderia influenciar positivamente os herbívoros à medida que aumenta devido, à importância da disponibilidade para os herbívoros e pela possível redução na concentração de compostos defensivos (Pais, 1998). Walter et al. (2012) encontrou que lagartas alimentadas por folhas submetidas ao estresse hídrico (período de seca) tiveram pupas significativamente mais pesadas do que as alimentadas por folhas controle (sem estresse), apesar das folhas secas terem significativamente afetado negativamente o desenvolvimento das lagartas até empuparem. Isso demonstra que a influência de determinados fatores podem variam em diferentes espécies e que é necessário investigar o maior número possível de fatores e de respostas por parte dos animais. CONCLUSÃO No presente trabalho, a duração da fase de pupa não foi afetada por folhas teoricamente melhor defendidas. No entanto, este é só um dos parâmetros que o projeto pretende avaliar. Infelizmente, não foi possível avaliar a influência dos parâmetros foliares em outras medidas dos animais como peso de adulto, tamanho e tamanho da cápsula cefálica. O real efeito de diferentes medidas de qualidade foliar ainda merece ser melhor investigado.

Palavra-chave: morfologia, herbivoria, lagartas.

REFERENCIAS Campos, Á.E.2010. Características da planta hospedeira, ontogênese e comportamento alimentar das larvas de Heliconius erato phyllis.Tese de Doutorado- Universidade do Rio Grande do Sul. Clissold, F.J.; Sanson, G.D.; Read, J. & Simpson, S.J. 2009. Gross vs. net income: How plant toughness affects performance of an insect herbivore Ecology 90: 3393-3405. Korndörf, A.P.2005. A importância do silício nas relações entre herbívoros e Davilla elliptica (Dilleniaceae) St. Hil no cerrado. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. Oliveira, D.V.A. 2012. Custo do consumo de plantas com folhas duras para as lagartas de lepidópteros. Relatório final bolsa ProIC/UnB 2011-2012. Pais, M.P. 1998. Valor nutritivo e investimento em folhas de Didymopanax vinosum E. March e sua relação com herbivoria em três fisionomias de cerrado.Dissertação de Mestrado – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

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Ribeiro, S.P & Fernandes G.W. 2000. Interações entre insetos e plantas do cerrado: teoria e hipóteses de trabalho. Ecologia e comportamento de insetos. Oecologia Brasiliensis, VIII: 299-320. Silva D.M & Batalha M.A.2009. Defense syndromes against herbivory in a cerrado plant community. Plant Ecology, 212:181-193. Walter, J.; Hein, R.; Auge, H.; Beierkuhnlein, C.; Löffler, S.; Reifenrath, K.; Schädler, M.; Weber. M. & Jentsch. , A. 2012. How do extreme drought and plant community composition affect host plant metabolites and herbivore performance? Arthropod-plant interactions 6: 15-25.

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25 DE JANEIRO MODALIDADE PÔSTER

PRODUÇÃO DE BRIQUETES DE SERRAGEM E PALHA DE ARROZ: AVALIAÇÃO DA QUEIMA COM DIFERENTES PRESSÕES DE COMPACTAÇÃO

Juclei VENTURI

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; Benito A. Perdomo NETO ; Ricardo Kozoroski VEIGA

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(1). Vínculo do autor; Graduando do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul; (2). Vínculo do autor; Mestre em Engenharia de Produção, professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul. E-mail: jucleixd@hotmail.com Área: Agronomia Introdução: Atualmente a biomassa é entendida como uma grande fonte de energia para o futuro, pois é uma alternativa renovável de carbono, sendo a base dos combustíveis fósseis e dos materiais carbonosos. O desafio da humanidade é buscar soluções para usar de forma cada vez mais eficiente esse recurso natural. Essa busca é compensatória em razão dos grandes benefícios ocasionados pelo uso energético da biomassa. Os combustíveis não renováveis como petróleo, carvão mineral e gás natural principalmente, geram graves problemas ambientais nos seus diversos usos, em função da poluição atmosférica que causam e pela liberação do gás carbônico, responsável pelo efeito estufa. A sustentabilidade, energia, e a economia são três fatores fundamentais para a sobrevivência da humanidade. A utilização dos briquetes como combustível biomássico representa uma mudança no sistema energético onde terá positivas consequências ambientais e econômicas. Portando, os principais objetivos deste trabalho foram o de avaliar e comparar a queima das duas matérias-primas buscando a viabilidade técnico-econômica da produção de briquetes na região do Alto Vale do Itajaí.

Metodologia:

O trabalho foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense, Campus Rio do Sul, na Unidade de Ensino e Produção Mecanização, no período de agosto de 2011 à setembro de 2012. O material utilizado para a briquetagem foi o de serragem e palha de arroz, com umidade constante, mantida em BOD por no mínimo, 48 h que antecederam as prensagens. Utilizouse uma prensa hidráulica com capacidade máxima de 45 toneladas de força da marca Nowak, com pressões de 408 kg/cm², 510 kg/cm², 612 kg/cm² e 816 kg/cm². A briquetagem foi realizada por uma matriz cilíndrica de aço SAE 1045, com 24,85 mm de diâmetro do pino e 25 mm de diâmetro interno do cilindro, previamente usinada em torno mecânico horizontal.

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O experimento foi inteiramente casualizado, produzindo três testes com três repetições para cada pressão apresentada. Cada amostra era verificada a temperatura ambiente e estabilizada a temperatura do conjunto do calorímetro, composto de base, cilindro, grade, recipiente de alumínio e termômetro laboratorial de mercúrio. Foi verificada a variância da temperatura do termômetro.

Resultados e discussões:

Com a análise visual, foi possível observar que quanto menor a pressão exercida, maior o tamanho do briquete. Em todas as pressões exercidas houve uma boa formação do briquete. A densidade do mesmo variou proporcionalmente a cada uma das pressões exercidas, 408 kg/cm², 510 kg/cm², 612 kg/cm² e 816 kg/cm². Observou-se que a resistência do briquete cresceu com o aumento da pressão exercida, resultados similares foram obtidos por COSTA (2009). Os melhores resultados (uniformidade de queima e potencial de combustão) foram obtidos com as pressões de 510 kg/cm² e 612 kg/cm² para briquetes de serragem e 510 kg/cm² para briquetes de palha de arroz, onde há um melhor aproveitamento do material pela queima uniforme favorecendo o potencial energético do briquete. Pressões inferiores a 408 kg/cm² apresentaram perda energética elevada pela desagregação do briquete. Pressões de 813 kg/cm² para serragem e 612 kg/cm² para palha de arroz não geraram combustão, pois em tal pressão não há presença de oxigênio suficiente.

Conclusão:

O processo de briquetagem tem como principal objetivo agregar valor a matéria residual de atividades agrícolas ou industriais, gerando energia (calor) ao final do processo. A otimização do controle da energia ou menor perda desta na combustão, dar-se-á controlando a pressão na produção do briquete. O briquete de serragem produzido com pressões de 510 a 612 kg/cm² obteve maior uniformidade na combustão, obtendo maior o aproveitamento energético quando comparado à palha de arroz. Pressões muito baixas, inferiores à 408 kg/cm² não apresentaram combustão satisfatória, tanto para a serragem como para a palha de arroz. Com pressões elevadas, 813 kg/cm² para serragem e 612kg/cm² para palha de arroz não houve queima completa pois o briquete se encontrava muito adensado, impedindo a entrada de oxigênio para que ocorresse à combustão, inviabilizando a briquetagem nessa faixa de pressão. Assim concluímos que a pressão é importante fator na produção de briquetes pois influi no rendimento energético e nas características de usabilidade do produto, que deve possuir baixo volume e não quebrar durante o transporte e armazenagem. Apoio:Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul Palavras-chave: Biomassa, Energia renovável, padronização

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TENOSSINOVITE DE QUERVAIN OU TENDINITE DE GESTAÇÃO: A AÇÃO DO FISIOTERAPEUTA

Aline Risoleta do Nascimento Rios Moura ¹, Raquel Leite Vasconcelos¹, Leandro Gomes Barbieri ² (¹) Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e Graduanda em Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplica – INTA. (¹) Graduanda em Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplica – INTA. (²) Mestre em Saúde Pública e Coordenador do Curso de Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplicada- INTA. E-mail: alineriso@yahoo.com.br Área: D. 8. 1

Introdução: A tendinite é uma inflamação do tendão que gera uma dor aguda que em longo prazo sem tratamento passa a ser crônica. Essa inflamação altera a biomecânica do paciente prejudicando a sua qualidade de vida. Caracterizada pela presença de dor referida no dedo polegar que aumenta com os movimentos de punho, mais presente em mulheres grávidas e pós-parto, denomina-se Tenossinovite de Quervain ou Tendinite de Gestação. A dor nas mãos e punhos são os mais presentes depois da dor lombar em mulheres grávidas. As causas para essa patologia podem ser várias como Trauma único ou repetitivo, alterações hormonais, distúrbio do sistema vascular e as doenças reumáticas. Com as várias mudanças que o corpo da mulher passa no período gestacional, acredita-se que a relaxina hormônio existente em quantidade exacerbada em seu organismo nesse período, é responsável pelo relaxamento nas estruturas do corpo assim dando uma significância importante no surgimento da tendinite. Com o intuito de retirar a dor, preservar as estruturas e aumentar a amplitude de movimento do paciente pode-se evitar o processo cirúrgico, e o profissional de fisioterapia é o mais indicado para isso. Assim diante dos dados expostos objetivamos apresentar a ação do Fisioterapeuta nos pacientes com Tendinite de Gestação.

Metodologia: O presente estudo consiste em expor a ação do fisioterapeuta no tratamento da Tendinite de Gestação através de um estudo exploratório com base em revisão bibliográfica sistemática. Foram utilizados para a pesquisa livros de autores da área, artigos científicos retirados da internet e sites relacionados com o tema dando condições para a produção do presente trabalho. Resultados e Discussões: Foi encontrado na literatura que a Síndrome de Quervain ou Tendinite de Gestação acomete em grande escala mulheres de 30 a 50 anos, aproximadamente 8 mulheres para um homem, mas a patologia pode acometer pessoas de qualquer idade e sexo. Apresenta a segunda causa de dor em mãos e punhos de mulheres em período gestacional. A patologia tem como mecanismo de ação trauma crônico do tipo secundário e o excesso de carga nas atividades diárias por repetição, também pode ser causada pelas artrites. O diagnostico tem que ser diferencial já que a patologia pode ser confundida com artrite da articulação de base do polegar, cisto sinovial e fratura de escafoide. O tratamento da fisioterapia é praticamente baseado na analgesia, ganho de amplitude de movimento, aumento da vascularização local e fortalecimento da musculatura. A cinesioterapia é

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pratica predominante no tratamento seguido do uso de ultrassom e laser. Na cinesioterapia se trabalha alongamento, movimentos passivos, ativo ou ativo-assistido, mobilizações articulares dependendo do estágio da doença. Depois de diagnosticada a doença, quanto mais rápido iniciar o tratamento melhor.

Conclusão: Pode se concluir que a fisioterapia traz grandes benefícios para os pacientes acometidos pela síndrome de quervain ou tendinite de gestação, assim que diagnosticada sendo tratada nos primeiros estágios pode ser curada. Quando o paciente já apresenta estágios avançados o fisioterapeuta deverá encaminhar o paciente ao médico o qual realizará o processo cirúrgico. Assim a fisioterapia é indispensável nessa patologia já que fazendo o tratamento pode-se evitar o processo cirúrgico. Palavra-chave: Tendão, Dor, Tratamento e Fisioterapia.

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A INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTE COM CÂNCER DE MAMA. UM RELATO DE CASO. Aline Risoleta do Nascimento Rios Moura¹; Ana Kelly Melo de Aquino¹; Arnislane Nogueira Silva²; Leandro Gomes Barbieri². (¹) Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e Graduanda em Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplica - INTA (¹) Graduanda em Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplicada-INTA (²) Mestre em Educação e Docente no Instituto Superior de Teologia Aplicada-INTA (²) Mestre em Saúde Publica e Coordenador do curso de Fisioterapia no Instituto Superior de Teologia Aplicada-INTA

E-mail: alineriso@yahoo.com.br Área: D. 8. 1

Introdução: O câncer de Mama tem maior incidência em mulheres no mundo e no Brasil tendo uma representação de 23% do total de casos, no ano de 2008 foi estimado 1,4 milhão de novos casos, sendo a quinta causa de morte. O câncer de mama vem executando sua política de prevenção desde os anos 80, sendo impulsionado em 1998 com o programa viva mulher. Hoje tido como prioridade, o controle do câncer vem sendo afirmado com o surgimento da Politica Nacional de Atenção Oncológica no ano de 2005 e do Pacto pela Saúde de 2006. No Brasil, para o ano de 2012-2013 foi estimado 52.680 casos novos, no Ceará cerca de 1.770. O câncer de mama é um conjunto de doenças com características distintas, a etiologia é de causa idiopática, porem multifatorial de forma individualizada. Os fatores de risco são a idade, fatores endócrinos e genéticos. O sintoma mais comum é o surgimento de nódulos que são palpáveis nas axilas. A fisioterapia onco-funcional surge com a vontade de ajudar esses pacientes nas complicações advindas de procedimentos invasivos como também dos tratamentos coadjuvantes que debilitam o mesmo. Objetivamos apresentar nesse estudo a importância da fisioterapia em pacientes com câncer que passaram por procedimento cirúrgico no caso a mastectomia, expondo o relato de caso vivenciado.

Metodologia: foi realizado visitas nos leitos das enfermarias do setor de oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral no Ceará, as quais faziam parte de aulas práticas do 8 º semestre da disciplina de Uro-Gineco-Obstetrícia do Curso de Fisioterapia das Faculdades INTA. Durante as aulas praticas tivemos a oportunidade de acompanhar um caso referente à paciente que havia passado por processo cirúrgico pós-descoberta de câncer de mama, mastectomizada. Foi realizada anamnese, coletaram-se todos os dados necessários e foi realizado o atendimento imediato no leito hospitalar, seguido de orientações e evolução da paciente. Foi realizado levantamento de dados na literatura estudada para realização do trabalho, foram consultados os seguintes sites de pesquisa SCIELO, BVS, PUBMED, como também o sitio do Instituto Nacional do Câncer.

Resultados e Discussões: Diante da avaliação no leito hospitalar foi observado coloração da pele

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escurecida, edema no membro homolateral a cirurgia, dificuldade de movimento, amplitude diminuída. A paciente fez uso de tratamento coadjuvante, no momento a quimioterapia. A intervenção fisioterápica realizada diante do quadro apresentado foi cinesioterapia: mobilização de dedos, flexão e extensão das falanges, flexão e extensão de punho, movimentos rotatórios, flexão e extensão de cotovelo e ombro, auto-massagem respeitando o sentido do retorno venoso, exercícios respiratórios. Ao finalizar a intervenção a paciente relatou melhora no edema, no movimento de dedos e abertura e fechamento da mão. Diante de todas as complicações geradas pela a mastectomia, a fisioterapia é de suma importância na reabilitação desses pacientes, onde seus principais objetivos são a prevenção e recuperação das amplitudes de movimentos de membro superior, logo no pós-cirúrgico. Tendo um importante papel na busca pela prevenção de futuras complicações, a fisioterapia aplicada de imediato em pacientes submetidos ao tratamento do câncer de mama tem um retorno mais rápido às atividades de vida diária como também uma melhor qualidade de vida. A abordagem fisioterápica na paciente mastectomizada se torna necessária e eficaz.

Conclusão: A fisioterapia tem papel fundamental na recuperação funcional das pacientes mastectomizadas atuando na diminuição do edema, na melhora da amplitude de movimento e na diminuição da dor. É de suma importância a presença do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, pois se a paciente for beneficiada com um acompanhamento preventivo com o profissional de fisioterapia antes da cirurgia a mesma apresentará diminuição das possíveis complicações. O Fisioterapeuta é uma ferramenta indispensável no tratamento desses pacientes. Palavra-chave: Oncologia, Saúde da Mulher, Equipe Multidisciplinar, Fisioterapeuta.

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CIDADE DO IDOSO: ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Andreia Poltronieri¹; Joice Vidori¹; Juliana Sandrin¹ ; Lorraine Cichowicz Marques¹; Márcia Danieli Schmitt¹; Sílvia Fátima Ferraboli¹

¹Acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Rua Benjamim Constant 164D- Centro Chapecó 89801-070. (49) 88560305 – 99191287 Email: andreiap_19@hotmail.com. ÁREA: Enfermagem de Saúde Pública

INTRODUÇÃO: No Brasil a perspectiva para 2025 indica que 15% da população, ou seja, cerca de 30 milhões de pessoas serão idosos (CRUZ, 2012). A saúde dos idosos está atrelada a diversos fatores, pois sua condição fisiológica torna-os vulneráveis a doenças. Há o aumento da ocorrência das doenças transmissíveis, como as hepatites virais. Estas possuem inúmeros agentes etiológicos e maneiras de contaminação, apresentam semelhanças no quadro clínico, porém, diferem-se epidemiologicamente, sendo significativo o avanço obtido nos últimos anos frente ao trabalho de prevenção (SILVEIRA, 2004). Assim quão importante quanto prolongar a vida é a maneira como se vive. Para que os idosos vivam com qualidade é primordial promover a saúde empoderando-os para que contribuam de maneira ativa no processo de envelhecimento. O curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC, os acadêmicos têm na base curricular da disciplina de Enfermagem em Saúde Comunitária concomitantemente as disciplinas de saúde do idoso e saúde do trabalhador. Objetivamos aqui relatar a experiência vivenciada durante a realização de estágio na Cidade do Idoso, no município de Chapecó – SC, com realização de oficina sobre hepatites virais, promovida por acadêmicas. METODOLOGIA: trata-se de um relato de vivência de acadêmicas do curso de graduação em enfermagem quanto à oficina de promoção da saúde realizada com idosos frente à temática das hepatites virais. Para realização da mesma foi utilizado dinâmica inicial para estabelecer vínculo com os participantes. Utilizou-se a dinâmica do urso, sendo realizado um circulo e passado um urso de mão em mão para os idosos, eles deveriam realizar um gesto para com o urso, tal como abraçar, beijar, puxar orelha, a critério da criatividade dos mesmos. Após cada um deles ter realizado o contato inicial com o urso foi solicitado que o que os mesmos realizaram no urso fosse então realizado no seu colega da direita, introduzindo assim a temática do cuidado com a saúde, através da analogia entre os gestos e as atitudes de cuidado consigo e para com o outro. Logo após, procedeu-se a explanação oral, de forma dialogada, sobre as hepatites virais A, B, C, D e E, além das hepatites não viras. Envolveram-se nas atividades cerca de 40 idosos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a atividade foi possível interagir com o grupo, oportunizando aos idosos expressarem seus conhecimentos, e realizarem questionamentos. Ao expressarem-se, observamos que os idosos não associavam, na maioria dos casos, as hepatites à etiologias virais, relacionando as mesmas apenas aos hábitos de vida, tais como consumo de álcool e alimentos gordurosos, entretanto não foi mencionado o uso de medicamentos, chás ou outros fatores não virais. Explicamos sobre a questão da imunização, que pode ser feita com vacinas contra a hepatite A e B e

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imunoglobulina contra hepatite B, para a hepatite C não existe vacina ou imunoglobulina, estas vacinas são disponibilizadas na rede pública onde são realizadas nas faixas etárias específicas recomendadas pelo ministério da saúde, sendo assim necessário um controle no domicílio e na comunidade para o risco de contaminação e para os grupos que já contraíram a doença o controle deve ser através de políticas de redução de danos. CONCLUSÃO: O estudo continuado e informações importantes sobre a saúde da pessoa idosa é essencial na qualidade de vida dos mesmos, onde eles começam a se interessar e revisar alguns conceitos pessoais, identificando a possibilidade de um maior autocuidado, onde pequenas ações desenvolvidas pela pessoa podem melhorar toda uma qualidade de vida e qualidade do dia-a-dia da vida do idoso. Os profissionais de enfermagem possuem formação generalista, são aptos para trabalhar o cuidado de forma individual e coletivo, assim pautando-se na prevenção da doença e promoção da saúde, é responsabilidade dos profissionais da saúde trabalharem no planejamento de oficinas de informações, organizando maneiras de oferecer estudo e orientações de diferentes assuntos, neste caso visando a atenção integral a saúde dos idosos.

PALAVRAS CHAVE: Promoção da saúde. Idosos. Enfermagem em Saúde Comunitária. Referência

CRUZ, Silvia Marina da. O processo de envelhecimento no Brasil: desafios e perspectivas. Textos Envelhecimento [periódico na Internet]. 2005 [citado 2012 Set 04] ; 8(1): 43-60. Disponível em: http://revista.unati.uerj.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-59282005000100004&lng=pt. SILVEIRA, Cristina Targa Ferreira Themis Reverbel da. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da prevenção Rev. Bras. Epidemio. 2004;7(4):473-87

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COTAS: INSTRUMENTO DE INSERÇÃO DO INDIGENA NO ENSINO SUPERIOR

Márcia Danieli Schmitt¹, Andréia Poltronieri¹; Juliana Sandrin¹; Joice Vidori¹; Lorraine Cichowicz Marques¹; Sílvia Fátima Ferraboli¹.

¹Acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Rua Beijamim Constant, 164D- Centro; Chapecó – SC. CEP- 89801-070. (49) 91420445. Email: marciaschmitt@hotmail.com. ÁREA: Ensino Superior

INTRODUÇÃO : Historicamente a população indígena foi privada do acesso ao ensino superior, para mudar essa relação entre o índio e a universidade, o ensino superior brasileiro propõe a inclusão por meio de sistema de cotas multiculturalistas como forma de inserção da população. (VERA; FERREIRA; LUCCHESE, 2010). Em meio a conflitos e lutas á favor dos direitos indígenas, a necessidade de ensino superior para as populações indígenas vem colaborar como um instrumento de defesa dos interesses e direitos constitucionais desse povo, facilitando o acesso e garantindo a permanência nas universidades publicas, viabilizando o direito de desempenhar sua cidadania e expandir a sua inserção em meio à sociedade (BISCALCHIN; GIGANTE, 2011). A primeira lei no Brasil sobre a reserva de vagas em universidades públicas foi no ano de 2000, isso se deu como reparação histórica à diversidade, promoção de justiça social e da equidade educacional. A partir de então universidades tiveram iniciativas, definindo o ingresso segundo critérios socioeconômicos ou étnicos raciais (CAJUEIRO, 2007). Esse estudo tem por objetivo refletir sobre as adequações nas universidades públicas frente o incentivo da entrada e permanecia do índio nas universidades brasileiras através das cotas disponibilizadas a população indígena. METODOLOGIA: O método utilizado foi revisão bibliográfica no período de 15 a 20 de outubro de 2012, em sites de informações: INEP, Conselho Superior de Ensino, livros, leis e resoluções universitárias, Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados SCIELO, LILACS. Os artigos selecionados correspondem ao ano de 2002 a 2012 totalizando seis artigos disponibilizados na integra, na língua portuguesa. A questão que norteou foi: Como estão as adequações nas universidades públicas frente o incentivo da entrada e permanecia do índio nas universidades brasileiras através das cotas disponibilizadas a população indígena? RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil tem 43 instituições de ensino superior públicas estaduais e federais que desenvolvem ações de acesso diferenciado ao indígena aos cursos de graduação e a distribuição regional de se dá da seguinte forma: sete pertencem à Região Nordeste (16 % três à Região Norte (18 %); 17 à Região Sudeste (20%); quatro à Região Centro-Oeste (29%); 12 à Região Sul (34%) (CAJUEIRO, 2007). Observa-se que não há uma relação direta positiva quanto à distribuição dos povos indígenas pelo território brasileiro, e as vagas de acesso ao ensino superior não são distribuída proporcionalmente em regiões em que se encontram maior numero de povos indígenas (BISCALCHIN; GIGANTE, 2011). O mais recente censo educacional realizado em 2008 pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, mostra que o acesso os índios à universidade permanece muito baixo. Das

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2.985.137 de vagas de Ensino Superior oferecidas pelas 2.252 instituições brasileiras, 1.093 foi destinado a índios, o que representa 0,03% do total. Essas vagas foram disputadas por 1.713 inscritos. Destes, somente 282 ingressaram. A evasão é outro problema nessa equação que separa índios da universidade. De acordo com o Censo, apenas 13 conseguiram se formar (INEP, 2010). CONCLUSÃO: Ressaltamos que o presente estudo necessita maior aprofundamento, pautados no acompanhamento dos indígenas em relação ao acesso ao ensino superior. Identificou-se que existe carência de estudo nessa área, considerado um limitador para fundamentar melhor essa pesquisa. Entretanto entendeu-se que a educação indígena ainda é um direito a ser efetivado. Percebeu-se que a preocupação de inserir o índio nas universidades é recente, mas já ocorreram diversos avanços nesse sentido. As universidades brasileiras estão gradativamente se adequando frente às leis vigentes que incentivam a entrada e permanência da população indígena nas universidades através do sistema de cotas. Os órgãos responsáveis pela educação no país estão trabalhando para promover o aumento da inserção do indígena no ensino superior, porém apesar de existirem políticas públicas voltadas a essa inserção, percebemos o despreparo das universidades em receber e lidar com questões relacionadas à cultura, religião, mitos e crenças diferentes no meio universitário, o que consequentemente dificulta a permanência e formação dos indígenas. Considerou-se que inserir o índio no meio universitário não e suficiente, e preciso acompanha-lo e criar meios para que permaneça na universidade.

REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO: BISCALCHIN, A. C. S; GIGANTE, L. C. Indígenas na Universidade: Apropriação da informação e inclusão digital. Maceió, AL: XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência

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Disponível

em:

<http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2010/04/19/643351/cesso-indio--universidade-aindae-pequeno.html>. Acesso em: 20 Out 2012 VERA, I; FERREIRA, T. A. A; LUCCHESE, R. A experiência do professor orientador de estudante indígena em enfermagem. Catalão – GO. Acta Paul Enferm, v.24, n.2, p. 289-293, Nov 2010. Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002011000200021&script=sci_arttext >. Acesso em: 17 Out 2012.

ISBN 978-85-61839116


DEMOCRACIA X DITADURA: O PAPEL DE OPOSIÇÃO DO JORNAL OPINIÃO

Renan Mateus de Oliveira- Graduando em Ciências Sociais -Licenciatura E-mail: nan.mateus@hotmail.com Área: G.5.2 – História do Brasil ( História)

Introdução: No auge do período histórico conhecido como ditadura militar, um grupo de intelectuais da Universidade de São Paulo, excluídos da academia por apresentarem conceitos diferentes do regime vigente, reuniu-se e discutiram à luz de Norberto Bobbio, Juan Linz e Robert Dahl, entre outros, formas de passagem do regime autoritário à democracia e o resultado dessas discussões podem ser verificados nas páginas do Jornal Opinião. Este estudo se debruça sobre conjunturas políticas específicas e, particularmente, a conjuntura do processo de liberalização política que marcou a transição para a democracia no Brasil entre os anos 1970/1980. Metodologia: Análise do Jornal Opinião e de obras contemporâneas de Norberto Bobbio, Juan Linz e Robert Dahl, entre outros clássicos como Aristóteles, Rousseau, John Stuart Mill e outros. Pesquisa documental nas páginas do Jornal Opinião durante todo o período da existência do Jornal (1972-1977), selecionando especificamente os artigos de Celso Furtado, Francisco Weffort, José Álvaro Moisés entre outros. Resultados e Discussão: Os resultados não são conclusivos devido ao grande material de pesquisa e as contínuas abordagens do processo. O tema ditadura x democracia foi amplamente abordado pelos articulistas ,com núcleos temáticos, através da citação de vários autores e contextos, desafiando a conjuntura política da época. Conclusão: Os intelectuais da USP, articulistas do Jornal Opinião, discutiam questões relacionadas á arbitrariedade do regime militar e formas de passagem para um regime democrático, bem como liberdade de expressão e regulamentação da mídia.

Apoio: Propesq-UFRN Palavras-chave: Democracia, ditadura, política.

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ELEIÇÕES 2012: A DISPUTA ELEITORAL E O VOTO DE CLASSE EM NATAL Renan Mateus de Oliveira- Graduando em Ciências Sociais-Licenciatura Adler Sidney Barros dos Santos Correia – Graduando em Gestão de Políticas Públicas UFRN E-mail: nan.mateus@hotmail.com Área: G.6.6. Ciência Política Introdução: O presente Trabalho tem por objetivo apresentar uma análise conceitual do último pleito Municipal ocorrido na cidade do Natal, envolvendo 6 diferentes candidaturas gerando uma série de interesses e uma simultânea divisão de classes na cidade.

Metodologia: Análise dos jornais impressos Diário de Natal, Novo Jornal e Tribuna do Norte, bem como o acompanhamento via redes sociais e televisão. O horário gratuito de propaganda eleitoral foi de fundamental importância para análise do processo, além dos debates realizados por uma série de movimentos sociais da cidade.

Resultados e Discussão: Os resultados não são conclusivos devido ao grande material de pesquisa e as contínuas abordagens do processo. O tema eleições ainda é amplamente abordado pelos Habitantes de natal tendo em vista a desaprovação da atual gestão em quase 90 por cento da população e a série de fatos que aconteceram ao longo da eleição.

Conclusão: A eleição em Natal evidenciou um voto cada vez mais classista e o surgimento de novos grupos familiares na cidade. Grupos religiosos, imprensa, estudantes e classe empresarial são exemplos de classes que tiveram sua dimensão posta em evidência pela primeira vez na história da cidade. A incursão de movimentos Sociais foi de suam importância para determinado pleito.

Apoio: Propesq-UFRN

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PROJETO RONDON UMA LIÇÃO DE VIDA Márcia Danieli Schmitt¹; Andreia Poltronieri¹; Bruna Rubini¹; Joice Vidori¹; Juliana Sandrin¹; Sílvia Fátima Ferraboli¹; ¹Acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Rua Benjamim Constant 164D- Centro, Chapecó – SC. CEP- 89801-070. (49) 91420445. Email: marciaschmitt@hotmail.com ÁREA: Enfermagem

INTRODUÇÃO: Segundo o Plano de Extensão Universitária (2001) A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. O Projeto Rondon é um projeto de extensão universitária e de integração social, que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes. Ele também busca aproximar esses estudantes da realidade do país (UDESC, 2010). É claro que na relação universidade/sociedade os atores não trocarão de papeis ou perderão sua identidade, mas devem gerar mudanças, transcender, conseguimos constatar esse processo através da fala de Paulo Freire que cita que a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos (FREIRE, 1983:28).

Este artigo relata o trabalho realizado no Projeto

Rondon - Operação Fronteira 2011, na cidade de Anchieta – Santa Catarina, organizado pelo Núcleo Extensionista do Rondon – NER e a Pró-Reitoria de Extensão Cultura e Comunidade (PROEX) da Universidade do Estado de Santa Catarina. METODOLOGIA: O Projeto Rondon Operação Fronteira ocorreu do dia 08 ao dia 16 de julho de 2011, no oeste de Santa Catarina. A operação foi realizada em seis cidades do estado de Santa Catarina, duas cidades do Paraná e uma cidade da Argentina. As cidades participantes foram: Anchieta (SC), Dionísio Cerqueira (SC), Guarujá do Sul (SC), Palma Sola (SC), Princesa (SC), São José do Cedro (SC), Bom Jesus do Oeste (PR) e Barracão (PR), e a cidade de Bernardo de Irigoyn pertencente a Argentina. Em parceria com a UDESC, a Universidade Estadual de Roraima, a Universidade de Brasília e a Universidade Projeção participaram da Operação Fronteira. Foram realizadas mais de 30 oficinas nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho. As atividades foram desenvolvidas de maneira multidisciplinar, com a comunidade em geral, profissionais, administradores públicos, conselheiros municipais, com a participação de 106 acadêmicos, 20 servidores e professores, beneficiando mais de 8 mil pessoas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entende-se por Extensão Universitária um meio de possibilitar uma integração social aos acadêmicos que vivenciam realidades diferentes, e atuam na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento dessa comunidade, ao mesmo tempo em que essa comunidade recebe e percebe novos conhecimentos, assistência e capacitação/informação contribuindo para o bem-estar dessa população. A Operação Fronteira proporcionou um vínculo entre a universidade e a comunidade como também uma visão amplificada sobre as realidades de diferentes cidades catarinenses. Percebeu-se que cada município possui realidades e necessidades diferentes. Da

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mesma forma, a variedade de costumes e tradições dessa população, que seguem muitas vezes por gerações os mesmos hábitos, inclusive no modo de cuidar a própria saúde. Cada grupo direcionou as atividades conforme público-alvo e as necessidades dos locais. Na área da saúde realizaram-se oficinas sobre educação sexual no contexto familiar para pais e educadores, visto que nem sempre estes estão preparados para falar sobre sexualidade, sexo, fisiologia reprodutiva com seus alunos e filhos, como também oficinas de sexualidade para adolescentes possibilitando o esclarecimento de suas duvidas diante a temática. CONCLUSÃO: O projeto Rondon é uma grande lição de vida. Através dele a equipe de rondonistas teve a grande oportunidade de vivenciar momentos de responsabilidade, preocupação, dedicação e conquistas frente aos problemas encontrados na comunidade; e o resultado disso tudo é a aprendizagem que jamais será esquecida. Todo projeto social é válido, a partir do momento que promove mudanças, mesmo que em pequenas atitudes, na troca de experiência e semeando ideias, em todos os atores envolvidos na operação fronteira. A Operação Fronteira oportunizou o contato dos acadêmicos das mais diversas áreas com a comunidade da região do extremo oeste catarinense, proporcionando troca de experiências e culturas, contando com participação significativa da comunidade.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 9ª edição. Rio de Janeiro; Paz e Terra. 1983 PLANO NACIONAL EXTENSÃO UNIVERSITÀRIA. Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. Ilhéus: Editus, 2001. UDESC. Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade. Acessória de Comunicação da UDESC. Notícias

UDESC.

Florianópolis,

2010.

Disponível

php?Id=366&noticia=2146. Acesso em: 05 dez 2012

ISBN 978-85-61839116

em:

http://www.udesc.br/make_page.


ARQUITETURA E URBANISMO DA CIDADE DE SIENA Walbenice Marques dos Santos¹, Ana Karoline Gonçalves Costa¹, Isadora de Jesus Pachêco Cutrim¹, Gerson Aquiles Mendes de Melo². (1). Graduandas em Arquitetura e Urbanismo Bacharelado na Universidade Estadual do Maranhão; (2). Graduando em Artes Visuais Licenciatura na Universidade Federal do Maranhão. E-mail: walbenice@hotmail.com Área: F.6.5. Arquitetura e Urbanismo Introdução: Este trabalho é uma oportunidade de estímulo ao conhecimento da cidade de Siena através de uma pesquisa sobre o processo de urbanização e formas de crescimento da cidade. O trabalho requer a preparação de um material capaz de identificar as principais características de uma cidade, sua evolução e ainda a definição do seu perfil relacionado ao crescimento econômico, social, cultural e natural, como partes diferentes e integrantes de um todo. Metodologia: Foram realizadas pesquisas para se tratar dos aspectos urbanos e arquitetônicos, sociais, econômicos, históricos e da população, onde se utilizou fontes bibliográficas que possibilitaram a observação de cada um desses elementos. A busca de imagens da cidade de Siena foi realizada através da ferramenta Google Maps, para a compreensão da evolução da cidade foi preciso fazer uma superposição de mapas antigos até o atual momento para que através destes fosse possível reconhecer as construções que foram surgindo e tendo os seus motivos (históricos ou sociais) relacionados diretamente ou uma breve ruptura. Essa etapa foi realizada da seguinte forma, através da sobreposição de um mapa antigo, com uma folha vegetal, foi possível obter não apenas uma área delimitada, mas também as referências da cidade. Resultados e Discussões: A pesquisa teve como resultado um conhecimento pleno e discriminante sobre as três fases do desenvolvimento da cidade de Siena. A primeira fase foram os antecedentes da fundação da cidade; a segunda fase relacionada ao crescimento arquitetônico e cultural; a fase três sobre a atual situação da cidade de Siena. Conclusão: As pesquisas realizadas sobre a cidade de Siena suscitaram uma maior percepção do desenvolvimento de uma cidade medieval. Foram expostas relações referentes ao crescimento econômico, arquitetônico, e social que deixaram claro as diferenças entre as cidades medievais. Apoio: Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Palavras-chave: Siena, desenvolvimento, cidades, medieval.

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A ANÁLISE DO RELEVO A PARTIR DA ETNOCIÊNCIA: A CONTRIBUIÇÃO DO CONHECIMENTO ETNOGEOMORFOLÓGICO PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL NA REGIÃO DO CARIRI - CE Vanessa Martins Lopes¹; Francisca Fernanda Batista de Castro²; Geneuza Muniz de Souza³ ¹Graduanda em Geografia na Universidade Regional do Cariri – URCA; ²Graduanda em Geografia na URCA; ³Graduanda em História da– URCA

E-mail: wan.martins19@gmail.com Área: Geografia

Introdução:

Ao longo da história a posição do ser humano frente à natureza vem se tornando cada vez mais estreita, já que graças ao avanço da ciência ele se tornou capaz de desvendar mistérios que numa era “pré-científica”, permaneciam ocultos frente à luz dos olhos humanos. O produto das pesquisas cientificas fazem parte do nosso dia a dia, e se tornam imprescindíveis na vida da sociedade contemporânea. Porém, apesar de todo o progresso que esse conhecimento proporcionou, nos baseamos no que diversos autores já colocaram, reafirmando que a Ciência não pode estar ancorada em leis universais. Dessa forma, a etnociência é uma alternativa, cujo papel é entender como as comunidades tradicionais com cultura própria se relacionam com o seu lugar, valorizando o conhecimento que elas possuem e que podem contribuir para estabelecer uma melhor relação com a natureza. Sendo assim, esse trabalho que está em fase de andamento, se baseará numa das ramificações da etnociência, a etnogeomorfologia, para compreender como comunidades tradicionais de alguns municípios da Região do Cariri entendem os processos geomorfológicos e a partir do conhecimento que possuem se apropriam do relevo, a fim de realizar uma análise comparativa entre o conhecimento científico-acadêmico e o etnogeomorfológico dessas comunidades.

Metodologia:

Essa pesquisa será realizada em algumas fases, estamos finalizando o inicio da primeira etapa que diz respeito ao levantamento bibliográfico acerca da Etnociência, da Antropologia e Geomorfologia, utilizando também conceitos oriundos da visão integrativa da paisagem. Para finalizar essa etapa, será feita a elaboração do material cartográfico por meio do mapeamento e da álgebra de mapas através do geoprocessamento, seguido da construção de um inventário geoambiental regional e local. Na segunda fase será feita a pesquisa de campo com a identificação e delimitação das unidades geomorfológicas e a realização das entrevistas com os produtores rurais das comunidades escolhidas. Na terceira fase será feita uma análise dos dados coletados em campo e por fim na quarta e última fase, será feita uma correlação entre as unidades geomorfológicas acadêmicas e as etnogeomorfológicas a fim de obter as conclusões finais do trabalho.

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Resultados e discussão

A etnogeomorfologia é uma ciência híbrida que fica na interface entre ciências naturais e sociais, sendo uma das ramificações da etnoecologia, e que busca entender como as comunidades locais entendem o relevo e seus processos e a partir daí se apropriam dele. O estudo etnogeomorfológico nessa região se torna muito importante porque, o Cariri está localizado no semiárido nordestino, ou seja, numa área que sofre com a implantação de projetos inadequados a suas características e que necessita fortemente de intervenções que levem em consideração as suas potencialidades e limitações geoambientais, baseadas nas realidades de cada parte que o compõe. Dessa maneira, o etnoconhecimento geomorfológico das comunidades tradicionais caririenses podem contribuir para a elaboração de planos de desenvolvimento local mais apropriados às particularidades dessa região. Sendo assim, por meio dessa pesquisa, buscaremos através da união entre etnoconhecimento e conhecimento acadêmico-científico conseguir utilizar posteriormente esses saberes para contribuir com a formulação de planos de ações voltados para o desenvolvimento local da Região do Cariri.

Conclusão:

A aliança entre os conhecimentos provindos da Ciência tida como oficial e aquele que as comunidades tradicionais detêm, poderão somar-se uma ao outro resultando em formas mais racionais de intervir sobre o espaço geográfico. No mundo em que vivemos cada dia mais modernizado, onde o global se impõe cada vez mais sobre o local, é extremamente importante resgatar os valores da cultura de comunidades tradicionais que ainda mantém uma relação mais próxima e harmoniosa com a natureza. Considerando o quão importante é o relevo, já que constitui o piso sobre a qual as sociedades humanas se desenvolvem, a etnogeomorfologia será uma importante aliada na efetivação de um desenvolvimento local, não só da Região do Cariri, mas também em outras regiões que se utilizarem dos pressupostos teóricos e metodológicos da etnociência. Apoio: Universidade Regional do Cariri – URCA

Palavras chave: Etnoconhecimento, Etnogeomorfologia, Relevo, Desenvolvimento local.

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PROMOÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO COTIDIANO DA ENFERMAGEM Andreia Poltronieri¹; Joice Vidori1; Juliana Sandrin1; Lorraine Cichowicz Marques1; Márcia Danieli Schmitt¹; Sílvia Fátima Ferraboli¹; ¹Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Rua Benjamim Constant 164D- Centro, Chapecó-SC. CEP- 89801-070. (49)88560305 – 99191287. Email: andreiap_19@hotmail.com. ÁREA: Enfermagem de Saúde Pública

INTRODUÇÃO: O município de Chapecó/SC é polo regional na produção agroindustrial, especialmente voltado para a exportação de gêneros alimentícios de origem animal, abrigando indústrias que empregam um número significativo de trabalhadores. Das lutas e necessidades dos trabalhadores, desenvolveram-se ações de promoção da saúde e prevenção de acidentes e doenças ocupacionais que vieram a compor a saúde do trabalhador: um conjunto de saberes que estuda as relações entre o trabalho e os processos de saúde e adoecimento (BRASIL, 2010a). Entre as atribuições do profissional enfermeiro na saúde do trabalhador, destaca-se a realização da atenção básica e de ações educativas no referido campo (BRASIL, 2010b). Nesse contexto, o curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC contempla em suas bases curriculares a disciplina de Enfermagem em saúde comunitária VI, voltada à saúde do idoso, adulto e do trabalhador, com o objetivo de prestar assistência integral ao adulto e idoso ao longo do ciclo vital e na saúde ocupacional. Temos como objetivo descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem dentro do ensino teórico prático na saúde do trabalhador em uma agroindústria no município de Chapecó/SC. MÉTODOLOGIA: este, trata-se de um relato de experiência do ensino teórico pratico dentro da disciplina SAC (enfermagem em saúde comunitária) VI o qual foi desenvolvido em uma agroindústria localizada no município de Chapecó/SC, o qual tem em seu quadro funcional 2.300 funcionários. Como proposta de atividades de educação em saúde visando e envolvendo o trabalhador confinado, foram realizadas oficinas com temas: hábitos saudáveis de vida com foco para álcool e o tabagismo, para a realização dessas ações lançou-se mão de estratégias diversas tais como a utilização de cartazes, imagens em multimídia, modelos anatômicos, a produção de um folder sobre o uso de álcool, fumo e seus efeitos nocivos, além de atender à demandas que emergiam ao longo das atividades com duvidas diversas. Estas atividades estavam abertas para participação de todos os trabalhadores, pois as oficinas foram desenvolvidas no salão de descanso dos trabalhadores, onde estes participavam espontaneamente das atividades. Participaram das atividades funcionários dos diferentes turnos, nos dias 28, 29 e 30/05/12. RESULTADO: Ao final dos 3 dias de atividades onde atingiu-se aproximadamente 1200 funcionários, esta experiência fortaleceu-nos quanto aos saberes construídos no meio acadêmico e as necessidades das populações onde a universidade se insere nem sempre convergem, ou buscam uma interação e troca de experiências. Foi possível observar que os trabalhadores necessitam de trocas e que estas podem ser enriquecedoras, tanto para os acadêmicos, que desenvolvem suas habilidades de comunicação e aplicam seus conhecimentos em benefícios da população, como proporciona um impacto positivo para a promoção da saúde dos trabalhadores, ao levar-lhes

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informações que servirão de base para a incorporação de hábitos de vida saudáveis que esta relacionada ao modo de vida sócio ambiental. Notamos ainda, que empresa, e os profissionais de saúde que ai atuam empenham-se em realizar atividades na área da saúde do trabalhador e ações de educação em saúde, mas devido ao grande numero de funcionários, reconheceu a importância do trabalho realizado pelos acadêmicos, o que pra nós (acadêmicos) este método de ensino faz com que exercitássemos nossos saberes porem de forma reflexiva com a realidade onde estamos inseridos para a atividade. CONCLUSÃO: Foi possível perceber que há necessidade de integrar de forma efetivas as ações de saúde do trabalhador com a promoção da saúde em busca de um cuidado mais integralizado, que atenda as necessidades dos trabalhadores e que se aproxime de sua realidade de vida e de trabalho (sócio ambiental). A forma de ensino aprendizado que nos foi proporcionado na saúde do trabalhador mostrou-se um valioso campo de aprendizado acadêmico e espaço para o crescimento intelectual e humano. Tendo a enfermagem competências que a tornam capaz de atuar nas mais diversas realidades, a saúde do trabalhador apresenta-se como campo frutífero para a sua atuação tanto para a promoção e prevenção de doenças e agravos ocupacionais, mas não deixando de lado que o trabalhador esta inserido numa comunidade, tem uma família, cultura e hábitos³, ou seja, a enfermagem também esta na saúde comunitária e não pode ver o cidadão/trabalhador de forma dissociada. PALAVRAS CHAVE: enfermagem do trabalho; enfermagem em saúde comunitária; promoção da saúde.

REFERENCIAS: BRASIL - a. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Política

nacional

de

promoção

da

saúde.

Brasília

(DF)

2010.

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf acesso em 11-08-2012> BRASIL – b. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica, Saúde do Trabalhador. Brasília (DF) 2010. Cadernos de Atenção Básica, nº 5 < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_12.pdf >

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2+

2+

TRATAMENTO DE RESÍDUOS DO GRUPO III – B (Co , Mn , Zn *1

1

2+

2+

e Ni ) 1

Sables Sousa santos (IC), Raquel Soares dos Santos* (IC), Walbelice Marques dos Santos* (IC) walbelice@hotmail.com 1.Instituto federal do maranhão IFMA – Campus São Luís- Monte Castelo

Área:A.4.3- Química Analítica

Introdução:

Na Química Analítica Qualitativa são realizadas várias reações para identificação de cátions e ânions de uma amostra. Em uma aula experimental, para que seja feita essa identificação, há a geração de vários resíduos, que precisam de um tratamento antes de ser descartados. Este trabalho teve por objetivo apresentar um método para tratamento dos resíduos do grupo III B (Co2+, Mn2+, Zn2+ e Ni2+), gerados em laboratório acadêmico, para posterior descarte, através de reações de neutralização e precipitação, com a formação de precipitados em forma de hidróxidos e sulfetos. Este experimento mostrou que o procedimento utilizado foi eficaz no tratamento dos resíduos gerados por esse grupo, que puderam ser descartados de forma segura e responsável.

Metodologia: Para a realização da prática dispomos das seguintes vidrarias, equipamentos, utensílios de laboratório e reagentes, tais como: tubos de ensaio, béqueres, funil simples, provetas, bastão de vidro, conta gota ,papel de filtro, papel indicador universal, centrífuga e (NH4)2S 0,2 M, HCl 0,2 M e NH4OH 6M NH4SCN 1M.Foram realizadas reações de precipitação e neutralização da seguinte maneira: Colocou-se 3 mL de cada nitrato (Ni(NO3)2, Co(NO3)2 e Mn(NO2)3 em um béquer e adicionou-se 25 mL de água destilada. Acrescentou-se NH4OH até o meio tornar-se básico. Adicionou-se 3 gotas de (NH4)2S à solução e centrifugou-se. Observou-se a formação de precipitado. Separou-se o precipitado do sobrenadante e testou-se a presença de algum cátion metálico no sobrenadante com a adição de algumas gotas de sulfeto de amônio e centrifugou-se novamente. Neutralizou-se o sobrenadante com adição de HCl 0,2 M e descartou-se na pia com água corrente. Ao precipitado, adicionou-se (NH4)2S e realizou-se filtração.

Resultados e Discussão: Separamos os resíduos gerados durante as aulas práticas de Ni(NO 3)2, Co(NO3)2 e Mn(NO2)3. Ao adicionarmos água houve a formação de hidróxidos de níquel, cobalto e manganês, com precipitação 2+

do hidróxido de níquel, e sobrenadante de íons Mn , Co

2+

+

e NH4 . Com a adição do sulfeto de

amônio, até pH= 9, houve a precipitação desses cátions sob a forma de sulfetos MnS e CoS. O precipitado de hidróxido de níquel reagiu com o sulfeto formando NiS. Ao sobrenadante foi adicionado (NH4)2S para confirmar a ausência de cátions metálicos na solução, após esse teste, adicionou-se

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ácido clorídrico para que pudesse ser neutralizado e descartado na pia. O precipitado gerado contendo sulfetos foi tratado com (NH4)2S a fim de sua neutralização, em seguida, centrifugou-se e filtrou-se. O filtrado foi colocado em estufa para secagem e posterior incineração. Testou-se o pH da solução filtrada, neutralizou-se e a descartou na pia.

Conclusão: Nenhum tipo de resíduo químico pode ser descartado diretamente na pia, a não ser que receba o devido tratamento para isto, caso contrário pode ter como consequência grave contaminações ambientais. Os resultados obtidos alcançaram o objetivo do desejado, validando então o método proposto que pode ser aplicado na maioria dos laboratórios de química.

Palavras-chave: Grupo IIIB, Resíduos,Tratamento.

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O SETOR DE GOVERNANÇA E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS COLABORADORES QUE O COMPÕEM: UMA ANÁLISE QUALITATIVA NOS HOTÉIS DA AVENIDA LITORÂNEA EM SÃO LUÍS – MA

Janny Celly Serra Santana¹; Ana Isabel da Silva Bílio¹, Andressa Karoline de Almeida Fontenele¹, Ítala Dayane Corrêa Reis¹, Kaio Fábio Soares de Oliveira¹. 1. Graduandos em Hotelaria, Universidade Federal do Maranhão – UFMA E-mail: jannycelly@hotmail.com Área: F. Ciências Sociais Aplicadas – 4. Turismo e Hotelaria – 3. Turismo e Hotelaria

Introdução: Os meios de hospedagem são equipamentos imprescindíveis para que o turismo aconteça. O tipo e qualidade dos serviços hoteleiros podem ser inclusive, fatores determinantes para a escolha de um destino. A Governança é o departamento que se ocupa basicamente com a arrumação dos apartamentos, a lavanderia e a rouparia, a limpeza geral, e é responsável pela conservação do hotel e suas dependências. A chefa desse setor é a Governanta, esta poderá ser auxiliada por assistentes, tendo como principal subordinada, a camareira, cada uma delas com atribuições e responsabilidades específicas, tornando-se um setor que exige funcionários treinados e capacitados por meio de uma formação sólida e não apenas pelo empirismo. Este trabalho visa analisar a qualificação dos profissionais do setor da governança, dos meios de hospedagem na orla marítima de São Luís. O setor vem consolidando-se cada vez mais, devido sua relevância no empreendimento hoteleiro. Seu papel já não se resume apenas ao serviço de limpeza do hotel, mas é um dos maiores responsáveis pela garantia da excelência dos serviços oferecidos. Visto que os clientes estão cada vez mais exigentes, criando expectativas não somente relacionadas à eficiência, mas sim com a qualidade do que é oferecido em um ambiente hospitaleiro. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativo-descritiva que busca fazer uma análise sobre a qualificação profissional dos colaboradores no setor de Governança. Utilizou-se como instrumento a aplicação de questionários aos profissionais deste setor da nos hotéis da Avenida Litorânea. Tem-se como universo de pesquisa seis meios de hospedagens (quatro hotéis, uma pousada, e um resort), do qual foi definida a amostra de cinco empreendimentos hoteleiros (quatro hotéis e uma pousada). Os questionários foram desenvolvidos com base no ensino-aprendizagem no âmbito acadêmico. A pesquisa realizada em dezembro de 2011 permitiu uma análise da capacitação e qualificação dos colaboradores, assim como o interesse dos meios de hospedagens em corroborar com a melhoria contínua do setor da Governança. Resultados e Discussão: Nos meios de hospedagem pesquisados, 100% dos funcionários do setor da Governança é composto pelo sexo feminino, entre elas estão as camareiras, auxiliares e a governanta. O perfil dessas profissionais é caracterizado por mulheres com a média de 34 anos de idade. Quanto ao grau de escolaridade, 88% das funcionárias possuem o ensino médio, e as demais possuem curso superior incompleto. O tempo de serviço

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dessas mulheres consiste em média 9 anos, 3 anos na área hoteleira e 2 anos de trabalho no hotel que se encontram atualmente. Nesse total de pessoas, 87% afirmaram que antes de entrar para o setor já sabia da existência do curso de camareira e 13% não sabiam, tendo 75% de estágios feitos antes de trabalharem efetivamente em hotéis. As profissionais têm 8 horas diárias de trabalho e 75% delas possui cursos diversos, todas tem pelo menos um curso, feitos em “escolas” como, por exemplo, SENAC e projetos do governo. Nos hotéis pesquisados, observa-se que 50% dos hotéis oferecem curso de aperfeiçoamento anualmente e 56% tem curso de camareira. Existem vários motivos que levaram elas a trabalhar nos hotéis e entre muitos podemos citar a oportunidade de trabalho e por gostar da área, apesar de alguns aspectos negativos como a falta de folga e a cobrança hierárquica. Conclusão Compreender a importância do setor da Governança para os meios de hospedagens é fundamental para que as tarefas pertinentes a esse setor se desenvolva a fim de garantir a comercialização lucrativa do serviço hoteleiro. Porém, os resultados encontrados revelaram uma realidade na qual a localização e porte de alguns hotéis visitados não acordam com a qualificação dos seus empregados, pois grande parte não possui cursos técnicos suficientes para oferecer serviços diferenciados pelos atrativos e a demanda que o local propicia. Contudo, esse setor dispõe de mais atenção, quanto à sua relevância diante da hotelaria. É preciso qualificar esses profissionais, e proporcioná-los uma maior motivação em seu ambiente de trabalho, o que pode ser considerado um passo inicial para trazer resultados positivos à empresa hoteleira, hóspedes e clientes.

Palavras-chave: Profissional; Qualificação, Governança.

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ENTRE A CIÊNCIA E A RELIGIÃO: UM ESTUDO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DAS REZADEIRAS NA VIDA DA POPULAÇÃO CRATENSE DURANTE O SÉCULO XX. Geneuza Muniz de Souza¹, Francisca Fernanda Batista de Castro², Vanessa Martins Lopes³ ¹ Graduanda em História na Universidade Regional do Cariri-URCA, ² Graduanda em Geografia na URCA,³ Graduanda em Geografia na URCA. E-mail: geneuza18@hotmail.com Área: História Introdução: Partindo dos pressupostos teóricos da história cultural, trabalhando com a memória das rezadeiras e das pessoas atendidas por elas, esta pesquisa busca entender como as práticas de cura contribuíram na vida da população do município de Crato, localizado no Sul do Estado do Ceará ao longo do século XX. No decorrer do trabalho tentaremos identificar, através da memória das rezadeiras entrevistadas, os costumes locais que foram se perdendo ao longo do tempo. O estudo retrata também todo um contexto social e econômico vivido por estas pessoas em períodos de extrema calamidade. Metodologia: O trabalho vem sendo desenvolvido a partir da metodologia da história Oral, tendo como fonte a utilização de entrevistas com as rezadeiras e com pessoas que obtiveram a cura a partir dos seus atos. Durante as entrevistas percebemos que em alguns momentos a consciência de ambas as partes medicina e religião rompem completamente com seus princípios e ideais em beneficio da população carente. Resultados: Com esse trabalho, percebemos que diferentes culturas podem integrar um vasto campo de conhecimento, convivendo de forma harmoniosa. Refiro-me aqui a algumas entrevistas em que as rezadeiras relatavam que, por várias vezes foram chamadas as unidades de saúde, ou seja, aos postos de saúde para atender pacientes em que os médicos deixavam subtendido que a ciência sozinha não era capaz de solucionar o problema. Através das entrevistas revela-se toda uma realidade socioeconômica ligada diretamente aos motivos pelos quais as pessoas são levadas a optar por essas práticas mágicas e de acordo com a análise feita há uma grande diferença se comparadas às observações com a população da zona rural e as da zona urbana, a primeira geralmente tende a valorizar mais o sagrado, enquanto a segunda está cada vez se afastando de tais valores. Conclusão: A pesquisa demostra como a vida da população foi difícil ao longo do século XX, principalmente as pessoas da zona rural, o acesso a saúde era privilegio de poucos. Tais práticas vêm contribuindo de forma bastante positiva. Os atores desse processo viam - a como uma solução viável num contexto em que a seca, a pobreza e o catolicismo eram características marcantes, por um longo período foi comum a crença de que a doença era algo sobrenatural e tal como, seria necessário recorrer a algo desta mesma natureza para obtenção de cura. Apoio: Universidade Regional do Cariri – URCA Palavras Chave: Cultura popular, Memória, Reza e Oralidade.

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A PERCEPÇÃO CULTURAL DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JAMARY DOS PRETOS, EM TURIAÇU-MA

Ana Isabel da Silva Bílio¹; Andressa Karoline de Almeida Fontenele¹; Ítala Dayane Corrêa Reis¹; Janny Celly Serra Santana¹; Kaio Fábio Soares Oliveira¹.

1. Graduandos em Hotelaria na Universidade Federal do Maranhão – UFMA E-mail: anaisabelbilio@hotmail.com Área: F. Ciências Sociais Aplicadas – 4. Turismo e Hotelaria – 3. Turismo e Hotelaria Introdução: As comunidades quilombolas são grupos sociais cuja identidade étnica os distingue do restante da sociedade. A Associação Brasileira de Antropologia define as comunidades quilombolas como “grupos que desenvolveram práticas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos num determinado lugar”. Sob o ponto de vista dos quilombolas, a questão fundamental que se coloca é a garantia do acesso à terra. Entretanto, em 2011, o Instituto de Colonização e Terras do Maranhão, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, foi outorgado o título de posse de terra à Associação de Moradores do Quilombo Jamary dos Pretos. A partir da terra se constituem as relações sociais, econômicas, culturais e são transmitidos bens materiais e imateriais. Jamary apresenta características típicas de outras comunidades tradicionais, sua religiosidade é bastante presente e expressa pelo catolicismo, e tem como o Tambor de Crioula a sua principal manifestação cultural herdada de seus antepassados. O presente trabalho integra uma expedição de estudo de turismo cultural em Jamary, com o objetivo de constatar e discutir a cultura local e outros fatores característicos da comunidade local que envolve sua agricultura e religião. Metodologia: O resumo caracteriza-se como uma descrição de experiência, seguiu uma abordagem qualitativa e perceptiva, e classifica-se com relação a sua finalidade como uma pesquisa de caráter reflexivo e descritivo do modo de vida dos quilombolas da comunidade de Jamary dos Pretos. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se uma viagem à comunidade quilombola com um grupo de alunos do curso de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, onde puderam vivenciar e observar a cultura e as tradições daquele povo, no período de 20 a 22 de maio de 2011, e ministraram oficinas e explanaram à comunidade assuntos diversos sobre Boas Práticas Alimentares, Saúde, Meio Ambiente, Turismo e Cultura . Deste modo, os discentes envolvidos nessa atividade de expedição buscaram compreender a realidade do quilombo e as principais atividades desenvolvidas no local. Considerando a agricultura praticada naquela

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região, a forte prática religiosa, bem como as manifestações afro-brasileiras, envolvendo danças e músicas singulares de uma comunidade quilombola. Resultados e Discussões: Jamary dos Pretos está localizada no sudeste de Turiaçu, cercada por morros, no centro da comunidade predomina a área de planície que favorece a agricultura. Esta é praticada em pequenos terrenos sendo voltada pra fins domésticos, e a produção excedente é comercializada. Os principais produtos cultivados são arroz, feijão, mandioca, milho, e a alimentação é complementada com a caça e a pesca. A cultura desse povo está intimamente ligada à religião. As tradições religiosas têm grande importância para os quilombolas, são características de sua identidade, definida por sua trajetória e continuidade enquanto grupo, construída a partir de vivências e valores partilhados. É praticada diversas festas religiosas, e a principal é realizada no templo da padroeira da comunidade, uma manifestação que pode perdurar por até quatro dias. A festa cultural mais relevante é o Tambor de Crioula, uma dança de origem africana praticada em louvor a São Benedito, diversos motivos levam os grupos a dançarem o Tambor. Nessa realidade, os discentes puderam perceber a riqueza e valorização da comunidade quilombola por parte dos seus moradores, que é passada de geração em geração, sem perder sua essência, pois a comunidade quilombola representa a mais antiga manifestação de resistência negra. Conclusão: As especificidades e a diversidade cultural foram ressaltadas, valorizadas e priorizadas pelos alunos envolvidos. Os assuntos abordados nas oficinas levaram à comunidade a percepção e consciência, de que por meio de suas riquezas existentes, há um potencial turístico que pode ser desenvolvido de maneira sustentável, pois é possível preservar a cultura para que a comunidade se orgulhe de onde vivem, de seus antepassados, e do seu valor para a história da sociedade. Diante do valor percebido, tem-se necessidade de implementação de políticas públicas, que possam permitir à comunidade uma melhor organização cultural nos quilombos. Dessa forma, deve-se investir nos aspectos econômicos, políticos e educacionais. Essa conquista dá-se através de muita luta, no intuito de preservar, e valorizar sua riqueza cultural. É nesse sentido que considera-se a peleja dos quilombolas uma forma de resistência, a não permitirem uma desestruturação cultural pelo movimento colonizador do expansionismo.

Palavras-chave: Cultura, Comunidade, Quilombo.

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