ANO 7 - Nº 14 JANEIRO/FEVEREIRO 2005
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Construindo e Fortalecendo Parcerias Os novos projetos e empreendimentos da ASUG Brasil que visam unir associados e parceiros para o mesmo objetivo: o crescimento
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1º Encontro do Comitê Estratégico - Pág. 2
EDITORIAL JANEIRO / FEVEREIRO 2005
DIRETORIA ASUG 2004 - 2006 Presidente JOSÉ GERALDO ANTUNES - Klabin S.A. Diretor Financeiro WALDEMAR GONSALES - Embraer Diretora Administrativa LAÍS MACHADO - Novartis Biociências Diretor Associativo JAIRO MARTINS DA SILVA - Siemens Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento SILEIDY F. BATISTA DA SILVEIRA - Petrobras Dist. Diretor de Eventos ITALO GENNARO FLAMMIA - Natura Cosméticos Diretor de Serviços RENATO BELLINI - Abbott Diretor de Comunicações FLAVIO RIFFEL SCHMIDT - Sadia EDITORIAL Editor e Jornalista Responsável SÉRGIO ANTONIO SAID - MTB 36.000
Design e Editoração JMB DESIGN Colaboradores deste número CHRISTINA JACOB DONATO LOCASPI FILIPE CASSAPO FLÁVIO LIMÃOS LORIVAL VERILLO LUIZ FERNANDO SGARBI PAULO ROBERTO DA SILVA SILEIDY F. BATISTA DA SILVEIRA COMERCIAL E MARKETING RS RIGHT SUPPORT LTDA - www.rscorp.com.br Executivos de Contas ORLANDO FOGAÇA - orlando@rscorp.com.br VALDECI JÚNIOR - valdeci@rscorp.com.br
PALAVRA DO PRESIDENTE Iniciamos um novo ano! E como todo “bom brasileiro” que somos, começamos este novo ano com grande otimismo. O crescimento do país foi cerca de 4% em 2004. Houve uma retomada nas contratações de trabalhadores, principalmente nos últimos meses do ano. Estamos conseguindo manter o superávit primário e o controle da inflação. Logicamente este é apenas um começo, acreditamos que temos potencial para muito mais. Para isto serão necessários: o tão conclamado ajuste fiscal, a queda da taxa de juros, que sejam feitos os investimentos necessários em infra-estrutura, cortes nos orçamentos, maior eficiência da máquina pública e etc.. Acreditamos que somente essas iniciativas darão sustentabilidade ao processo de crescimento, evitando que tenhamos novamente um “vôo de galinha”. Gostaria também de aproveitar este primeiro contato para compartilhar com vocês as nossas expectativas e o nosso plano de trabalho para 2005/2006. Além de darmos continuidade às trocas de experiência nos Grupos de Pesquisas e Estudos, ampliaremos e daremos um foco estratégico para a ASUG. Marcamos a primeira reunião do Comitê Estratégico para o dia 22/03/2005. Gostaríamos muito de contar com a participação do principal executivo de TI de cada empresa associada nesta reunião, para estruturarmos em conjunto os assuntos de interesse comum que serão colocados na pauta de discussões. Estamos priorizando a melhoria do relacionamento com a SAP e com as empresas parceiras.
Existem boas oportunidades de negócios para todos e a regra do jogo será a do “ganha-ganha”. Estamos focados em buscar capitalizar todo o potencial existente na comunidade. Outro passo importante será o lançamento do novo Portal da ASUG, que trará grandes benefícios para toda a comunidade. Como já havíamos divulgado, o evento IMPACT AWARDS ocorrerá no evento SAP FORUM. Estamos com as inscrições abertas e queremos que você - associado ASUG faça a sua inscrição e compartilhe o seu caso de sucesso. Nesta edição da ASUG News, abordamos de uma maneira bastante clara e transparente um tema relevante, que com certeza está na pauta de todos os nossos associados: a carga tributária brasileira. Isto despertará em cada um de nós o desejo de influenciarmos positivamente o ambiente em que vivemos, refletindo conseqüentemente, numa conduta mais justa e digna para o desenvolvimento do nosso país. Vale também destacar um artigo que faz uma reflexão brilhante sobre “O Futuro da TI” e que nos convida a “matarmos o dragão” e ao mesmo tempo “conquistar a princesa”. Também contemplamos vários cases de sucesso, que somados a outros artigos escritos por nossos parceiros, certamente abrirão oportunidades de melhoria para o nosso dia-a-dia. Tenham uma boa leitura. JOSÉ GERALDO ANTUNES Presidente da ASUG Brasil
IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO Impressão GRÁFICA E EDITORA CIDADE Distribuição RS RIGHT SUPPORT LTDA - www.rscorp.com.br TIRAGEM: 7.000 exemplares Os artigos assinados são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a opinião desta revista nem da ASUG Brasil. ASUG News é uma publicação bimestral da ASUG Brasil. Todos os direitos reservados.
ASUG Brasil R. Apeninos, 912 - 13º Andar - Conj. 133 Paraíso - São Paulo - SP Tel. 0800-164064
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ÍNDICE
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ASUG EM AÇÃO
DRQ’s - Implementos Motivos para Festejar
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PONTO DE VISTA
O Futuro de TI: Matar o Dragão ou Conquistar a Princesa?
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ASUG EM AÇÃO
Uma Busca Constante Pelos Interesses Comuns
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ASUG PARTNER DAY
Construindo e Fortalecendo Parcerias
10 CASES DE SUCESSO
Na Goiás Alimentos, Alta Produtividade com a SPEC Solutions
11 UPDATE DE MERCADO
Gestão do Conhecimento
12 ATUALIDADE
O Sobrepeso da Legislação Fiscal Tributária no Ambiente R/3
14 O MUNDO SAP
TI com Foco na Estratégia: O Caso do CRM na Siemens
ASUG EM AÇÃO
DRQ’s - IMPLEMENTOS MOTIVOS PARA FESTEJAR! Crédito l
Listamos a seguir as conquistas alcançadas em 2003 e 2004: os requerimentos desenvolvidos e os mais importantes dentre os módulos. ALGUNS DESENVOLVIMENTOS NO CORE (MM/SD/FI) l Transferência entre Centros, com controle do processo via pedido de transferência criado no módulo de MM e efetuando-se a saída pelo módulo de SD. l Tabela Dinâmica para Determinação de Impostos. Facilidade e flexibilidade na configuração dos impostos como ICMS, IPI, ST, PIS, COFINS, etc., através da utilização de três parâmetros para determinar alíquotas, bases, pautas, etc.. l Cenários Especiais, como Recebimento de Conhecimento de Frete. l SPB. l Vendor Operation. l Comunicação Bancária Febraban. l Lei Complementar 102 - CIAP. l Arquivos Magnéticos (IN68/IN86 de acordo com a Sintegra). l DIRF. l Novos CFOPs (com 4 dígitos). l Atualização do banco de Notas Fiscais, permitindo alterar alguns campos relevantes e gerando log de alterações. l Melhoria nos Livros Fiscais (Mod. 1, 2, 3, 7). l MP135/Lei 10.833 - Solução completa para atender os mais variados cenários. Cálculos automatizados para créditos de PIS/COFINS e retenções de PIS/COFINS/CSLL/IR.
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de PIS/COFINS/CSLL sobre ativos imobilizados. DIPJ. l LC116 - De acordo com esta lei, alguns l parâmetros passaram a ser importantes para o cálculo de ISS. A solução desenvolvida cobre amplos cenários, inclusive casos de disputa entre municípios. Modelo 56 - Resultante da LC116, este livro l também foi desenvolvido para atender totalmente à legislação vigente. WIP. l DNF. l Novo esquema de cálculo MM/SD - Taxbra l Disponível a partir da versão R/3 Enterprise. Baseado no conceito de Condition Technique, proporcionando maior flexibilidade para atender diversos cenários (compras e vendas). CFM: Transferência de posição de longo para l curto prazo. CFM: Impostos para empréstimos (IR e IOF) - De l acordo com a MP206. CFM: Fundos de Investimentos (Come-Cotas) l De acordo com a MP179 / 206 / 209. NÚMERO DE DRQ´S DESENVOLVIDOS (HR) 15 DRQ´s desenvolvidos. l ALGUNS DESENVOLVIMENTOS EM HR Férias - pagamento. l Férias em dobro. l Average - cálculos de médias. l
O estreitamento da relação entre a ASUG e a SAP começa a produzir bons resultados. Prova disso é a lista dos requerimentos desenvolvidos
Registro de Empregado. l Rescisão. l Relatório de Terceiros (Sesi, Senai...). l
e os mais
Novo infotipo de documentos - IT0465. l Retrocálculo. l Provisão de Férias. l Provisão de 13º Salário. l Novo programa para geração de quotas. l
importantes dentre os
Pensão Alimentícia. l Split Handling. l Redesenho de INSS. l
módulos.
Relatórios l
Legais (RAIS, DIRF/Informe de Rendimentos, CAGED, SEFIP, IN86, GPS).
DONATO LOCASPI - Coordenador HR PAULO ROBERTO DA SILVA - Coordenador Localização asug@asug.com.br
REVISTA ASUG NEWS
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PONTO DE VISTA
O FUTURO DE TI: MATAR O DRAGテグ OU CONQUISTAR A PRINCESA? FLAVIO MARTINS LIMテグS
FLAVIO MARTINS LIMテグS - Osram do Brasil asug@asug.com.br
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REVISTA ASUG NEWS
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ASUG EM AÇÃO
GRUPO DE PESQUISAS E ESTUDOS DE PAPÉIS E CELULOSE - UMA BUSCA CONSTANTE PELOS INTERESSES COMUNS LORIVAL VERILLO
Para começar bem, iniciamos O grupo de pesquisas para o segmento de papéis e celulose está retomando suas atividades, depois de um breve intervalo. Precisávamos de um certo tempo para repensar o foco temático em termos dos benefícios para as empresas associadas, além de logicamente tornar o debate interessante para os representantes que comparecem. O custo de deslocamento de funcionários não estimula a participação massiva e isto só faz aumentar a nossa responsabilidade pela qualidade. Por outro lado, vamos cobrar a participação de cada empresa na indicação dos assuntos que mereçam ser pesquisados, que sejam realmente necessários e que, enfim, despertem o interesse na participação de um evento dessa natureza. Em não havendo esta participação, fica difícil a continuidade dos trabalhos. O calendário com as datas das reuniões que passam a ser, a partir de agora, bimensais já está pronto e disponível para todos os interessados. O tema de cada encontro será definido oportunamente e deve ser escolhido de maneira a atender aos interesses da maioria das empresas através de pesquisa de consenso dirigidas. Sabemos que não é muito fácil convencer o nosso público alvo: estão todos com uma elevada carga de trabalho e sobra pouco tempo para a atividade de pesquisas, principalmente quando o esperado é o resultado, mais que imediato. Para começar bem, iniciamos o ano de 2005 com um tema importantíssimo para as empresas que estão entrando na fase de estabilização do seu ERP, e é nesse contexto que estamos trazendo para a nossa primeira rodada de discussões nada menos do que a própria SAP, com o assunto que está deixando muitos dos nossos colegas inquietos: BPM – Business Process Management. Não se trata de modismo e nem de mais uma onda de falsas necessidades fabricadas nos janeiro / fevereiro 2005
laboratórios das grandes consultorias. É de fato uma ferramenta complementar ao ERP, onde um começa e onde o outro termina. O interessante é que o BPM pode ir além, e em sendo uma ferramenta para a revisão e melhoria dos processos administrativos existentes na organização, já dá para imaginar o quanto ainda temos para melhorar. O ERP foca a transação, o sistema bem estruturado e o BPM os procedimentos que precedem este transacional estruturado. É versátil e hoje no mercado existem dezenas delas concorrendo em diversos níveis. A surpresa agradável veio por conta da SAP, que já tem a sua solução de BPM e que segundo informações, é bastante poderosa e integrada com a plataforma do R3. Aproveitando a oportunidade, convidaremos a própria SAP para falar sobre o seu produto. Também estendemos o convite a todos os nossos associados para que compareçam e confiram. Queremos e certamente vamos entender um pouquinho mais dessa integração. Como vocês podem ver, o ano promete! Para os próximos encontros, contamos com a criatividade e o envolvimento de todos para mantermos o nível das apresentações. As datas agendadas são: 28 de Fevereiro, 8 de Abril, 10 de Junho, 12 de Agosto, 7 de Outubro e 5 de Dezembro. Aguardamos contato e contamos com a participação de pelo menos um representante de cada empresa que faz parte desta comunidade, formada praticamente por todo o setor papeleiro. Tenho certeza que o assunto escolhido é muito importante e promete, sem dúvidas, um retorno líquido e certo para as organizações. Até lá.
o ano de 2005 com um tema importantíssimo para as empresas que estão entrando na fase de estabilização do seu ERP: BPM – Business Process Management.
LORIVAL VERILLO - Coord. Grupo Pesq. Est. Papel e Celulose asug@asug.com.br
REVISTA ASUG NEWS
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ASUG PARTNER DAY
CONSTRUINDO E FORTALECENDO PARCERIAS O sentimento transmitido neste evento foi de que os clientes SAP esperam cada vez por mais parceiros qualificados, treinados, confiáveis, sempre preparando novos
O evento ASUG P a r t n e r D a y, realizado no último dia 2 de fevereiro, no Hotel Blue Tree Towers Faria Lima, contou com a participação de 47 representantes de empresas parceiras da ASUG e faz parte da estratégia do estreitamento de relacionamento entre a ASUG e os seus principais parceiros. A abertura foi feita pelo presidente da ASUG, Sr. Geraldo Antunes, que apresentou o histórico da associação e compartilhou com os presentes os principais desafios da atual gestão. Iniciou fazendo uma reflexão sobre tudo aquilo que já foi realizado, desde o início da ASUG, em 1998 e seu processo gradativo de crescimento. Concluiu falando sobre o cenário futuro, seus desafios e oportunidades, detalhando como foi estruturado o planejamento estratégico para o biênio 2005/2006. A grande mudança fica por conta da perspectiva de posicionar a ASUG num nível mais estratégico junto a Comunidade Usuária. O sentimento transmitido aos parceiros é de que eles são um elo importante da cadeia de valor e que existem grandes oportunidades. “Para que essas oportunidades se realizem, será necessário um
consultores e preocupados também com o pós-venda.
Destaque da palestra proferida pelo Presidente da ASUG
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REVISTA ASUG NEWS
Os palestrantes do evento: Jairo Martins e Geraldo Antunes
estreitamento neste relacionamento. Com isto, geraremos retorno para os Associados e, conseqüentemente, para toda a comunidade”, argumentou o Presidente da ASUG. Em seguida, o Sr. Jairo Martins, Diretor Associativo, destacou a importância da ASUG e das consultorias no contexto SAP. Ele apresentou uma pesquisa feita com três públicos distintos (comunidade usuária, SAP e parceiros), sobre qual deveria ser a postura dos Parceiros nesse relacionamento. Em resumo, espera-se que os parceiros: estejam sempre atualizados; sejam confiáveis e participantes em todo o processo, principalmente no pós-venda; que utilizem metodologias adequadas e que se especializem nas verticais dos seus respectivos clientes. Foi ainda veiculada a possibilidade da ASUG atuar como um “órgão certificador”, que possa inclusive indicar parceiros confiáveis (“não-aventureiros”) para apoiar seus associados nas implementações. A Diretoria da A SUG aproveitou a oportunidade do evento para formalizar o convite a todos os parceiros presentes para que eles participem da implementação do novo portal da ASUG, iniciativa que será conduzida utilizando a plataforma tecnológica Portals, da SAP. Também foram convidados a participar dos principais eventos que a entidade realizará em 2005, com destaque para o Impact Awards, que ocorrerá no evento SAP Fórum e a tradicional Conferência Anual, prevista para o mês de agosto de 2005. Certamente foi um dia especial, marcado pelo estreitamento das relações e de um novo pacto para delinear essa nova postura. “Nosso objetivo é aumentar a participação de toda a comunidade:
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ALGUNS MOMENTOS DO ASUG PARTNER DAY
Antunes apresentou as diretrizes da atual gestão para o biênio 2005-2006.
Jairo Martins, no momento de sua palestra
Associados, SAP e Parceiros. Afinal de contas, juntos representamos 59% do PIB do Brasil”, afirmou Geraldo Antunes. Segundo Laís Machado, diretora administrativa da ASUG, “o feedback do evento obtido durante o coquetel de encerramento, demonstrou que estamos no caminho certo, embora saibamos que ainda há muito por fazer”. “O ASUG Partner Day será lembrado como marco inicial desta nova postura de relacionamento, pautado na regra do ganhaganha e sempre em busca de agregação de valor através da eficiência e da transparência. Um caminho aberto para ser trilhado por todos aqueles que realmente acreditam na possibilidade de transformar, para melhor, o nosso país”, afirmou Jairo Martins, diretor associativo da ASUG. Aos presentes, o nosso agradecimento. Embora com um congestionamento de 125 km na cidade de São Paulo, no horário do evento, a sala esteve lotada, demonstrando o interesse dos convidados. Se você faz parte do grupo que não pôde comparecer, entre em contato conosco. Teremos imenso prazer em posicioná-lo a respeito.
Roney Machado ao lado do presidente da ASUG
O diretor Jairo Martins acompanhado por Rubens Mau e Orlando Fogaça
A diretora administrativa da ASUG, Laís Machado, acompanhada por Nilton Vitullo e Rafael Karasawa
José Geraldo Antunes Diretor Presidente da ASUG Brasil
Momentos de descontração no coquetel
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CASES DE SUCESSO
NA GOIÁS ALIMENTOS, ALTA PRODUTIVIDADE COM A SPEC SOLUTIONS
A empresa decidiu pela implementação de um ERP mesmo antes da inauguração da fábrica, pois o objetivo era ter os processos de negócios integrados desde o início da operação.
Em trinta e oito dias a SPEC implantou na Goiás Alimentos o MySAP ERP. Ao ser inaugurada, a empresa já tinha todos os processos gerenciados pelo sistema de gestão empresarial MySAP ERP e pôde receber quatro mil caminhões de tomate em 90 dias com apenas dez funcionários, que controlavam desde a entrada do material, a pesagem dos caminhões, a classificação dos tomates até o lançamento das informações no sistema MySAP ERP. Com quatro meses de atividade, os números da Goiás Alimentos impressionam. Área agrícola de 683 hectares, área industrial de 35 hectares, produção de 800 toneladas de tomate/dia e 102 sócios. Sendo assim, a empresa, ainda na fase de construção, descobriu que precisaria de um sistema de gestão empresarial. “Temos uma equipe pequena, por isso trabalhávamos demais. Todos faziam muita coisa e ainda tínhamos retrabalho”, conta Marcelo Mesquita, gerente de mercado da Goiás Alimentos. Localizada em Goianésia, em Goiás, a companhia alimentícia produz polpa e extrato de tomate e também ketchup. A empresa decidiu pela implementação de um ERP mesmo antes da inauguração da fábrica, pois o objetivo era ter os processos de negócios integrados desde o início da operação. TEMPO RECORDE A SPEC foi a empresa responsável pelo gerenciamento do projeto, pela implantação, pela parametrização e pelo apoio à equipe da Goiás Alimentos. Toda a implementação foi realizada em 38 dias, prazo definido no início do trabalho. Para um projeto rápido e com custos bem reduzidos, como o ocorrida na Goiás
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Alimentos, que investiu R$ 400 mil na compra das licenças de uso do MySAP ERP e dos equipamentos e na implementação do sistema, a SPEC utilizou o acelerador Starter Pack, modelo de implementação acelerada do software SAP que se baseia em um sistema pré-configurado das melhores práticas de negócios de mercado. Outro diferencial da implantação da SPEC é a metodologia de gestão de projetos desenvolvida internamente, a OnT.B.Q (On Time, On Budget, On Quality), que garante a entrega no tempo, dentro do orçamento previsto e com uma qualidade inquestionável. A OnT.B.Q é uma associação entre duas metodologias consagradas: PMBOK (Project Management Body of Knowledge), do PMI (Project Management Institute), e ASAP, da SAP, e tem permitido a SPEC e a seus clientes obterem sucessos consecutivos nos projetos SAP. Sobre o serviço da SPEC, Mesquita, da Goiás Alimentos, comenta ter sido a escolha certa. “A empresa teve foco, ação e entusiasmo, o que normalmente é o que menos se dá importância. A SPEC foi muito prestativa, agindo de pronto a qualquer problema”. RESULTADO Apesar de não ter como medir os ganhos financeiros, em razão da empresa não possuir um passado para ser comparado, Mesquita não tem a menor dúvida de que o retorno no investimento compensa. “Se não tivéssemos implantado antes, teríamos de fazer isso mais adiante numa situação bem mais complexa. A implantação de SAP foi muito barata, porque não houve migração de dados, qualquer projeto mais à frente com SAP custaria bem mais caro porque teria um grande passado pra carregar”. A SPEC é especialista em implementação acelerada. “Ter escolhido a SPEC nos permitiu fazer um projeto em menor tempo e com menos consultores, contribuindo para a efetiva redução de custos do projeto”, afirma Mesquita. A SPEC é revendedor exclusivo de licenças da SAP na região Centro-Oeste. “Isso possibilita as empresas pertencentes ao SMB (Small & Middle Business) realizarem negócios realmente favoráveis, com preço competitivo e flexibilidade no pagamento das licenças de uso do software, o que faz diferença na escolha do ERP SAP”, diz Maurílio Júnior, diretor de relacionamento da SPEC. O objetivo da Goiás Alimentos é ser referência em qualidade, já que no momento, conforme Mesquita, o mercado de produtos de alta qualidade derivados do tomate passa por um vácuo, com apenas um produtor.
CHRISTINA JACOB - SPEC IT Solutions christina.jacob@spec.com.br
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UPDATE DE MERCADO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
O mercado de trabalho está passando por profundas transformações. Cada vez mais, profissionais, principalmente no nível executivo, estão se defrontando com novos desafios, tais como globalização, descentralização, downsizing e terceirização. As próprias noções de emprego e trabalho estão mudando. Nesse sentido, o administrador deverá ter bem claro em sua mente qual o seu papel, que conhecimentos ele deve ter e reciclar para se preparar para esses novos desafios e as habilidades que lhe serão exigidas, num ambiente tão tumultuado e competitivo. Hoje, portanto, globalização é um fator condicionante de toda ação administrativa. A evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão ocorrendo. Além disso, a descentralização dos processos de decisão é uma reação das organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando cada vez mais. A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma “arma” à disposição das pessoas e das empresas, para vencer a competitividade. A comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar essas informações em conhecimentos.
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Há a necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento, vivência multicultural e habilidade para negociação. Existe uma demanda por conhecimentos atualizados em Tecnologia da Informação e seus impactos no ambiente de negócio, em seus diversos aspectos internos e externos à empresa. É crucial a capacidade técnica e instrumental - de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações - tanto oriundas do meio ambiente, quanto as oriundas de dentro da empresa. Há também uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação. É fundamental a preparação para interagir, através de cursos direcionados; dinâmicas de grupos com profissionais especializados; adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus companheiros de trabalho; monitorar e influir no clima organizacional, nos fatores de estímulo e motivação; e na cultura organizacional, através de seus valores, hábitos e crenças. O administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa e a habilidade para lidar com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial. O administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de mudanças da organização. Se essa nova concepção de organização for introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma sociedade. É, portanto, uma nova modalidade de responsabilidade social que se encontra nas mãos dos grandes gestores das organizações: os seus administradores.
LUIZ FERNANDO SGARBI
Há uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação.
LUIZ FERNANDO SGARBI - Pimentel IT Services luiz.sgarbi@pimentelbr.com
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ATUALIDADE
O SOBREPESO DA LEGISLAÇÃO FISCAL TRIBUTÁRIA NO AMBIENTE R/3 SILEIDY F. BATISTA DA SILVEIRA
Neste artigo restringimos a abordagem do sobrepeso da legislação exclusivamente aos custos e impactos das criações e alterações de legislações fiscais tributárias sobre as áreas de TI de nossas corporações, principalmente nos projetos de implantação e nos centros de suporte ao R/3.
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REVISTA ASUG NEWS
A busca de conceituação teórica, oriunda do movimento de internacionalização crescente, que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, deu origem ao termo “global” nas escolas de negócios americanas na década de 80. O uso desse termo se expandiu geometricamente, refletindo o crescimento das transações econômico-financeiras e os fenômenos culturais e sociais entre os povos e nações. Nesse contexto, o crescimento econômico de uma nação, bem como a expansão das suas empresas estão condicionados à sua capacidade de se inserir no mercado concorrencial internacional, usando estratégias que lhe permitam ganhar mercado e manter suas posições de maneira sustentável ao longo do tempo. A essa capacidade damos o nome de competitividade. A competitividade de nossas empresas é determinada por uma junção de fatores, ou seja, aqueles que dependem exclusivamente de seus líderes e do corpo gerencial, como planejamento estratégico, gestão, investimento em P&D, recursos humanos; outros que estão atrelados ao setor em que atuam, como formatação da indústria, mercado e formas de concorrência; e os fatores sistêmicos, que são os aspectos macroeconômicos, infraestruturais, político-institucionais, fiscais e financeiros. Os fatores sistêmicos são externalidades que afetam a competitividade das empresas, mas sobre
os quais elas não têm influência direta. No que concerne aos aspectos fiscais, no contexto de economia globalizada, há um grande desafio para as administrações tributárias dos países trabalharem. É o desenho de um novo padrão para o sistema tributário, que passe a considerar fortemente os efeitos da mobilidade dos fatores de produção, principalmente capital e recursos humanos qualificados. No Brasil, nossos desafios são maiores ainda, pois nosso sistema tributário atual criou um ambiente com tributos em cascata, falta de transparência, carga elevada e desbalanceada, complexidade excessiva e altos custos administrativos. Isso tudo onera negativamente a capacidade competitiva de nossas empresas. Dos problemas existentes, queremos discutir um pouco não a respeito do peso de nossa carga tributária, que já é um assunto tão debatido em nossos meios de comunicação, mas do sobrepeso. E o que denominamos de sobrepeso? Neste artigo queremos restringí-lo, exclusivamente, aos custos e impactos, mensuráveis ou não, das criações e alterações de legislações fiscais tributárias - quase sempre complexas - sobre as áreas de TI de nossas corporações, principalmente nos projetos de implantação e nos centros de suporte ao R/3. O volume excessivo de criações e alterações de legislações fiscais tributárias, acrescidos de um nível de complexidade elevado e quase sempre seguindo a máxima “para toda regra tem uma exceção”, gera um custo de adaptação que afeta a competitividade de nossas empresas, frente às concorrentes internacionais. Esses sobrepesos afetam nossos desenvolvimentos com a SAP, nossa estrutura de trabalho e o uso de recursos humanos, conforme explicitaremos a seguir.
“No Brasil, nossos desafios são maiores ainda, pois nosso sistema tributário atual criou um ambiente com tributos em cascata, falta de transparência, carga elevada e desbalanceada, complexidade excessiva e altos custos administrativos.”
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A SAP é uma das principais players no mercado mundial de softwares de gestão integrada. Para manter seu posicionamento, está presente nos principais mercados mundiais, melhorando o produto com o trabalho de milhares de desenvolvedores e atuando com estruturas que refletem o grau de desenvolvimento econômico dos países. Dessa forma, o atendimento aos clientes no Brasil é feito por recursos que também atendem países como Rússia e China. Assim, quando encaminhamos nossas solicitações de melhorias e ajustes nos sistemas, estamos “disputando” recursos com as demandas desses países. Nos últimos dois anos, face a demanda excessiva de recursos de desenvolvimento SAP para atender necessidades de localização do produto, decorrentes de requisitos legais, as melhorias do produto que foram oficialmente encaminhadas à SAP pela ASUG Brasil não foram concluídas. Buscando minimizar este efeito, a ASUG tem trabalhado para adequar e dar transparência ao processo de atendimento às solicitações. Como resultado desse trabalho, foi negociado com a SAP uma nova forma de gerenciar estas demandas de forma que sejam garantidos recursos e estabelecidos prazos de desenvolvimento para melhorias negociadas previamente entre as partes. Assim, em um mundo globalizado e usando um produto globalizado, quando competimos com demandas vindas da Rússia e China, por exemplo, e utilizamos grande parte dos recursos alocados em desenvolvimento de soluções para atenderem às nossas legislações, perdemos a oportunidade de desenvolvermos melhorias que tornem o produto mais adaptado aos nossos cenários de negócios. Este é o nosso custo de adaptação, um custo de oportunidade. Dentro de nossas empresas, os recursos de TI diretamente envolvidos nas parametrizações para a área fiscal tributária, a contratação de softwares específicos para atender a legislação, além de possíveis desenvolvimentos ABAP, são custos representativos na estrutura de suporte ao R/3 das empresas. Nesse quesito, a participação de sua empresa no Grupo de Localização, seja por intermédio dos fóruns, como nas reuniões mensais do grupo é importantíssima pois são ferramentas que possibilitam a troca de informações e o desenho de soluções em janeiro / fevereiro 2005
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Temos o desafio de pensarmos e refletirmos seriamente em um novo modelo tributário, do ponto de vista das necessidades de desenvolvimento de sistemas. comum, gerando economia de recursos. É importante ainda ressaltar que se não fossem tantas mudanças na legislação, não teríamos tantos problemas na aplicação dos Suport Packages e nem tantas atualizações do sistema. Infelizmente, o custo gerado é muito difícil de mensurar. Outro sobrepeso a ser considerado, é que esse cenário limita o uso do potencial criativo do profissional brasileiro, já que os profissionais dedicados a interpretar a legislação e desenvolver soluções de sistema para atendê-las são, sem sombra de dúvida, aqueles dotados de alto nível de inteligência, raciocínio lógico aguçado e criatividade. Tal potencial, com certeza estaria gerando mais riquezas para o país, se estivesse dedicado a desenvolver melhorias nos sistemas ou atuando nas áreas de negócio das empresas. Por esses e por tantos outros motivos que poderíamos elencar, devemos buscar que a reforma tributária resulte em um sistema de classe mundial, que possua eficiência econômica, simplicidade administrativa, flexibilidade,
responsabilidade política e justiça . Assim, é fundamental a participação mais efetiva dos profissionais de TI nessa discussão no momento em que as alterações/criações de legislações estão sendo debatidas. Nesse sentido, o grupo de localização da ASUG Brasil tem participado de reuniões com entidades do governo, buscando contribuir com idéias que estejam mais alinhadas com os nossos ambientes, minimizando os impactos das mudanças em nossas empresas. Temos o desafio de pensarmos e refletirmos seriamente em um novo modelo tributário, do ponto de vista das necessidades de desenvolvimento de sistemas. Não vamos deixar esse debate acontecer sem a nossa participação. A l é m de ser um exercício de cidadania, certamente refletirá num aumento da nossa competitividade. Já imaginaram um ICMS único, com as mesmas regras valendo para todos os estados e, mais adiante, uma nota fiscal eletrônica? Pensando ainda mais além, como ficaria a implementação do IVA nas faturas, em lugar do ICMS, com eliminação da nota fiscal? Vamos imaginar juntos e participar deste debate... vamos sonhar com um Brasil melhor, pois “sonho que se sonha só é só um sonho, o que se sonha junto é realidade”! (* ) J. Stiglitz, citado em “A Adaptação dos Sistemas Tributários à Globalização”, da SRF.
SILEIDY F. BATISTA DA SILVEIRA - Petrobras Dist. Dir. de Pesquisa e Desenvolvimento - Asug Brasil asug@asug.com.br
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O MUNDO SAP
FILIPE M. CASSAPO
TECNOLOGIA COM FOCO NA ESTRATÉGIA DOS NEGÓCIOS: O CASO DO CRM NA SIEMENS
Para ser sinônimo de Produtividade, Competitividade
O gráfico acima ilustra a visão, idealizada no “Siemens Reference Process House” (o mapa global dos processos da empresa)
e Resultado, a Tecnologia da Informação deve ser implementada com foco na Estratégia da Organização, como é o caso do SAP CRM na Siemens. FILIPE M. CASSAPO - Siemens Ltda. filipe@siemens.com
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