O ano de 2016 foi repleto de desafios. O Brasil enfrenta uma profunda crise política e econômica que impacta as empresas e exige dos diretores de TI e de suas equipes a busca por alternativas. A ASUG Brasil enfrentou essa situação com planejamento e otimização dos recursos. Assim, driblamos os efeitos da recessão e encerramos o ano mais fortalecidos. Muitas conquistas alcançadas em 2016 evidenciam esta realidade. O Comitê Estratégico está cada vez mais dinâmico no encaminhamento das proposições à SAP, trazendo soluções para a comunidade, ao mesmo tempo em que reivindica o aprimoramento dos produtos e esclarecimento sobre as ferramentas, sobretudo o S/4 HANA. Uma grande novidade em 2016, a plataforma ainda apresenta muitos pontos que precisam ser esclarecidos, desde a sua funcionalidade até o investimento. A grande aposta da ASUG Brasil neste ano foi a inovação, tema que permeou os debates da 19ª Conferência Anual. O evento teve como mote a “Atualização em Tecnologia e Capacidade para Inovar”, incentivando os participantes a refletirem sobre novas alternativas e soluções diante da crise. A intensa participação de profissionais, CIOs e diretores da área de TI nos debates e os cases inscritos no Impact Awards 2016 mostraram uma grande sintonia da comunidade SAP com a temática. Estamos cada vez mais próximos de nossos associados. As atividades dos Special Interest Groups (SIGs) envolveram cerca de 1.600 pessoas em seus debates e no diálogo entre a ASUG Brasil e a SAP. Nossas ferramentas de comunicação também estão nos aproximando dos associados e, com elas, consolidamos canais permanentes de prestação de contas e de diálogo com o nosso público. Esses avanços nos proporcionaram reconhecimento mundial. Como resultado, a ASUG Brasil foi convidada a liderar o pilar de suporte do SUGEN. Encaramos essas conquistas como reflexo da intensa dedicação da diretoria no planejamento da associação e do apoio dos associados, que acreditam na nossa capacidade de articulação. Estamos empenhados para que 2017 seja um ano de superações e oportunidades. Renovamos o nosso compromisso de representar os anseios de nossos associados e aprimorar cada vez mais a representação junto à SAP, contribuindo com o fortalecimento das empresas e a retomada do desenvolvimento do Brasil. Boa leitura!
Expediente
2015-2017 Presidente Cláudio Antônio Fontes Diretor Administrativo João Donizeti Santos Diretor Financeiro Wellington Brigante Diretor de Comunicação Lorival Verillo Diretor Associativo João Luiz Silva Barbosa
Cláudio Antônio Fontes Presidente ASUG Brasil
04 | Capa
Retrospectiva 2016 traz principais conquistas
08 | Inovação
Prevendo o futuro no varejo sem bola de cristal
10 | Associado
WEG e ASUG: Parceria completa uma década
12 | SIGs
su ma rio Diretoria ASUG Brasil
Edi to ri al
Participação dos SIGs de Localização e Recursos Humanos no Localization Summit
15 | Artigo
Oracle trace: como usar e usufruir muitos benefícios
Diretor de Relações Int. Paulo Sérgio E. A. Moraes Diretor de Educação Marcio A. Cardoso da Silva Diretor de Eventos Antonio A. Dias da Cruz Produção RS Right Support www.rscorp.com.br Conteúdo Ágora Comunicação Projeto Gráfico Marcel Oliveira
Jornalista Responsável Yasmim Taha MTB nº 62.264/SP Distribuição, Comercial, Marketing RS Right Support www.rscorp.com.br Executivo de Conta Orlando Fogaça orlando@rscorp.com.br Rosilene Alvernaz rosi@rscorp.com.br
A ASUG News é uma publicação bimestral da Associação de Usuários SAP no Brasil
17 | Entrevista
Cesar Alexandre Souza comenta os cases do Impact Awards 2016
19 | Eventos
ASUG Brasil planeja encontros regionais e Conferência Anual
www.asug.com.br redacao@asug.com.br 0800-164064 Rua Nestor Pestana, 125, 9º andar, Conj. 92. CEP: 01303-907
C A P A
Retrospectiva 2016 Avanços e a busca por inovação para driblar a crise marcaram o ano da ASUG e da comunidade O ano de 2016 foi marcado por grandes conquistas para a ASUG Brasil e os seus associados. Os debates sobre soluções e novas possibilidades para os produtos SAP foram muito produtivos e movimentaram os Special Interest Groups (SIGs) e os ASUG Days, eventos realizados em diversas regiões do país. A Tecnologia da Informação esteve no centro das discussões, como uma alternativa para vencer o cenário de instabilidade econômica imposto às empresas brasileiras nos últimos anos. Mesmo em tempos de crise, a ASUG Brasil se fortaleceu e cresceu, com muito planejamento e otimização dos recursos e dinamização do Comitê Estratégico, que se consolidou como um importante canal de interlocução com a SAP, para o encaminhamento das proposições dos associados. Todo esse trabalho está rendendo grande reconhecimento para a ASUG Brasil na América Latina e no plano mundial, levando a associação a assumir o pilar de suporte do SAP User-Group Executive Network (SUGEN). Esta retrospectiva traz os principais avanços e conquistas de 2016 e mostra que a ASUG e seus associados têm muitos motivos para comemorar e para iniciar 2017 em busca de superação e crescimento. Novembro/Dezembro | 2016
CAPA
Comitê Estratégico mais fortalecido Criado com o objetivo de encaminhar as proposições dos usuários à SAP, o Comitê Estratégico é integrado por CIOs, diretores e gerentes de TI de grandes empresas. Em 2016, o grupo, que passou a ser coordenado por Gustavo Vieira, da Vale, realizou quatro reuniões. Demandas importantes foram encaminhadas à SAP e estão evoluindo no que diz respeito a venda de produtos, inovação, licenciamento e transferência de conhecimento.
Principais proposições encaminhadas: • compra do S/4 HANA – por ser uma evolução do produto, os membros do Comitê acreditam que não deva ser cobrado como algo totalmente novo; • necessidade de a SAP esclarecer o que o novo roadmap do HANA prevê; • necessidade de divulgação de uma tabela de preços para licenciamento e um parâmetro para o percentual de desconto concedido em cada contrato.
Integrantes do Comitê Estratégico discutiram temas relacionados à venda de produtos, acesso a informações e licenciamento
SIGs dinâmicos e participativos Os grupos de estudos da ASUG Brasil, os SIGs, promoveram ao longo do ano vários debates sobre as diferentes áreas de interesse e de atuação dos usuários SAP. Eles também se consolidaram como um importante canal de diálogo e de encaminhamento
36 reuniões
de demandas dos associados para a SAP, na busca de soluções e otimização das ferramentas. Os temas abordados durante as reuniões contribuíram para a atualização dos participantes e orientação sobre temas relevantes do universo da TI.
1.600 inscritos
ASUG News 5
CAPA
Comunicação mais próxima dos associados
46
newsletters enviadas para os associados
981
notícias publicadas
21.493
usuários cadastrados no portal
04
edições da ASUG News
Eventos aproximam ASUG da comunidade SAP 19ª Conferência Anual Mais de
24 stands
1.700 inscritos
32 patrocinadores
Mais de
13
salas de debates
Novembro/Dezembro | 2016
70
palestras
341
empresas representadas
CAPA
ASUG Days
São Paulo
Belo Horizonte
Curitiba
Porto Alegre
Rio de Janeiro
ASUG Brasil ocupa posição de destaque no SUGEN Uma das grandes conquistas da ASUG em 2016 foi o convite para liderar a área de suporte no SAP User-Group Executive Network (SUGEN), que é uma voz ativa na SAP, na Alemanha. Paulo Moraes , Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento e de Relações Internacionais da ASUG Brasil, assumiu essa missão. Isso demonstra o reconhecimento e a influência que a associação brasileira tem na América Latina e no mundo.
Impact Awards 2016 O Impact Awards 2016 premiou três cases de sucesso que se destacaram na implementação e inovação de soluções SAP nas empresas. Confira os ganhadores:
Parceiro implementador: FH Consultoria Parceiro implementador: Grupo Meta e ITS Group
Parceiro implementador: FH Consultoria
ASUG News 7
As so cia do
WEG e ASUG Brasil: parceria completa uma década Wandair Garcia, CIO Global do Grupo WEG, destaca em depoimento as vantagens de ser um associado da ASUG Neste ano, a WEG, multinacional brasileira com sede em Jaraguá do Sul (SC), completa 10 anos de associação na ASUG Brasil. A parceria teve início quando a empresa contratou o ERP SAP. Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, atuando nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, geração e distribuição de energia, tintas e vernizes industriais, entre outros produtos, a WEG acompanhou ao longo da última década a evolução da ASUG. “Apesar de estarmos em Santa Catarina, mantemos um contato próximo com a diretoria e os grupos de discussão”, afirma Wandair Garcia, CIO Global do Grupo WEG, que no relato a seguir faz um balanço das conquistas proporcionadas pela associação à ASUG Brasil. Novembro/Dezembro | 2016
associado
“A ASUG tem um papel importante na representação das empresas manter à SAP Brasil. Temos a oportunidade de criar uma rede de relacionamento com os colegas CIOs, que é de suma importância na troca de experiências de projetos e compartilhamento de decisões. O aprimoramento da ASUG é contínuo. A revista ASUG News tem uma qualidade de conteúdo excepcional, trazendo sempre temas de bastante relevância para o papel da TI nas organizações. O site institucional está sempre atualizado e trazendo reportagens e temas que estão ou deveriam estar na agenda dos CIOs na condução da transformação digital das empresas. Outra evolução que merece destaque é o ambiente de colaboração, que nos permite criar grupos de discussão de temas que sejam de nosso interesse, participar de grupos existentes e assim buscar as experiências dos outros associados. A Conferência Anual e os encontros regionais da ASUG também se tornam momentos de compartilhamento e conhecimento de tendências das empresas parceiras SAP e da própria SAP. O Comitê Estratégico, grupo de CIOs, juntamente com a Diretoria da ASUG, tem representado a comunidade de associados em temas críticos. Em 2008, as empresas clientes passaram por um período de bastante conflito com a SAP em função do lançamento do serviço Enterprise Support, substituindo a modalidade Standard Support. Tivemos diversas discussões importantes para o posicionamento de cada empresa diante da SAP. A criação do SUGEN, do qual a ASUG Brasil também faz parte, foi importante para a aceitação das empresas e, por conseguinte, a busca de valor e benefícios diante do aumento nos custos de manutenção.
Recentemente o Comitê tem atuado com a SAP nas reivindicações de quase toda a comunidade de empresas clientes, envolvendo a necessidade de maior transparência nos contratos e condições comerciais, com regras claras de proteção de investimento realizado nas situações de lançamento de novos produtos. Há pelo menos dois anos, o Comitê tem consolidado os anseios e as reivindicações que são comuns nas empresas e estão sendo realizadas reuniões de discussão com executivos da SAP Brasil, com o objetivo de termos respostas efetivas às necessidades da comunidade de empresas associadas da ASUG.
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Comitê tem consolidado os anseios e as reivindicações que são comuns nas empresas
Outro tema em que o Comitê também está bastante atuante é com relação ao lançamento do novo ERP SAP S/4 HANA e os possíveis impactos, tanto para as empresas que decidirem migrar, quanto para aquelas que não desejarem migrar para o novo ERP. O sucesso do Comitê Estratégico está diretamente relacionado à dedicação e assiduidade dos CIOs nas reuniões e também nos Grupos de Trabalhos que são criados para melhor detalhamento dos assuntos, em busca de resultados efetivos que possam ser úteis e aplicáveis na governança e gerenciamento das organizações nos temas de tecnologia da informação ”.
WEG pelo mundo A WEG tem unidades fabris e centros de distribuição e comercialização no Brasil e no mundo, atuando em cinco linhas principais: motores, energia, transmissão e distribuição, automação e tintas. Tem operações industriais em 11 países e presença comercial em mais de 100. A empresa conta com cerca de 30 mil colaboradores e atingiu faturamento líquido de R$ 9,8 bilhões em 2015.
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cidades brasileiras
países
ASUG News 09
iNFLUENCIA
i no va cao
Prevendo o futuro no varejo sem bola de cristal Análise preditiva como ferramenta para impulsionar as vendas Por Fernando Gambôa Primeiro, uma advertência diante do forte crescimento dos sistemas inteligentes no cenário empresarial: as ferramentas de analytics preditivo não são bolas de cristal para prever o futuro. E muito menos conseguem fazer todo o trabalho sozinhas. Mas podem, muito bem, identificar alguns cenários e tendências que os gestores devem analisar para decidir qual é o melhor caminho a ser seguido. O sucesso na utilização de modelos preditivos depende, fundamentalmente, da interpretação de dados e da capacidade decisória Novembro/Dezembro | 2016
por parte dos gestores. Este tipo de solução é utilizada para fazer previsões sobre eventos futuros, a partir de uma combinação de técnicas de data mining, estatística, algoritmos matemáticos, modelagem de dados e até mesmo conceitos de inteligência artificial. Tomando por base padrões encontrados em dados históricos e tendências relacionadas com cada modelo de negócio, um gestor com conhecimento da estratégia da empresa e das principais tendências de negócios consegue identificar riscos e oportunidades futuras.
inovacao
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O sucesso na utilização de modelos preditivos depende, fundamentalmente, da interpretação de dados e da capacidade decisória
Mas como isso pode ajudar os varejistas brasileiros? Por ser uma ferramenta preditiva, serve para antecipar situações e, com isso, permite que seja adotado um comportamento muito mais proativo. Para começar a usar uma ferramenta deste tipo com êxito, o que primeiro deve ser definido é qual problema queremos resolver. E são vários os problemas que podem ser trabalhados por soluções preditivas no varejo. Entre eles, a abertura e o fechamento de lojas. Todos sabemos dos elevados valores que são necessários, tanto na abertura quanto no fechamento de lojas. O biênio 2015 / 2016 foi um dos períodos com maior fechamento de lojas no Brasil e isso é um péssimo indicador. Como a análise preditiva pode ajudar? Um bom começo é a análise dos dados históricos de faturamento, ticket médio e rentabilidade, identificando quais são as lojas com maior probabilidade de serem fechadas. Com a ressalva de que sempre o gestor deve analisar este resultado e definir qual é o momento mais adequado para se fazer isso. Com a retomada do crescimento, a análise preditiva pode criar cenários que indiquem formatos, tamanhos e até locais onde devem ser abertas as novas lojas, com base em parâmetros como o faturamento por metro quadrado ou mesmo a rentabilidade total da loja.
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Neste mesmo cenário e com uso da mesma base de dados no modelo descritivo, o modelo preditivo pode simular com maior assertividade como será a entrada de um novo produto ou mesmo uma nova categoria no portfólio. E de que forma pode-se esperar que este produto se comporte diante de promoções e até o que ele pode puxar de venda cruzada ou mesmo canibalizar. E, por falar em promoções, esta é seguramente uma das áreas que podem e devem ser muito exploradas por modelos preditivos. O nirvana em termos de promoção é a personalização total, a promoção one to one, mas isso está longe de ser uma realidade no momento. Evidente que fazer promoções massivas com baixa resposta e aceitação não é o que os varejistas desejam. A análise preditiva pode contribuir muito neste sentido, pois ajuda a identificar em quais grupos a aceitação de determinada promoção será maior ou mesmo onde será possível obter o melhor retorno nas promoções oferecidas. Isso com certeza aumenta a efetividade das promoções, além de trazer ganhos operacionais para os varejistas. Claro que as perspectivas para utilização de modelos preditivos é muito promissora, mas, mesmo com uma ferramenta poderosa como esta, nunca é demais lembrar que o resultado final depende diretamente daqueles que irão interpretar os dados. Além disso, quanto mais alta a qualidade dos dados e mais aderentes à realidade do negócio, melhores serão os resultados obtidos com a análise preditiva.
É fato que os modelos descritivos já são utilizados por supermercados, drogarias e fast fashion
O mesmo modelo preditivo pode ser usado no entendimento de vendas cruzadas de produtos. É fato que os modelos descritivos já são utilizados por supermercados, drogarias e fast fashion, entre outros, que analisam com precisão os tickets gerados diariamente e conseguem identificar quais produtos puxam as vendas de outros artigos. Desta forma, ajudam o setor comercial a maximizar combos e promoções cruzadas. ASUG News 11
S I G s
Grupos de Estudos de Localização e de Recursos Humanos SIGs encerram as atividades de 2016 durante o Localization Summit Os grupos de estudos têm sido uma ferramenta importante de diálogo e troca de experiências entre a ASUG e seus associados. Além de promoverem debates sobre temas específicos, os Special Interest Groups (SIGs) evidenciam as demandas dos usuários em relação aos produtos SAP. Em 28 de novembro, os SIGs Localização e Recursos Humanos realizaram a última reunião do ano, no SAP Labs, em Porto Alegre, com resultados positivos e boas expectativas para 2017.
SIG Localização
Na última reunião do ano, o SIG Localização promoveu uma produtiva troca de experiências entre os associados ASUG e a SAP. No primeiro dia, exclusivo para associados, fechou-se um ciclo de mudanças de coordenação, visando melhorar o relacionamento dos associados com a ASUG e, por consequência, estreitar o relacionamento com a SAP. O SIG Localização teve o privilégio e o reconhecimento da SAP para apresentar no evento anual Localization Summit 2016 diferentes sessões, que tiveram como objetivo principal compartilhar experiências sobre o tema “Transformando Negócios em Economia Digital”. Foi disponibilizado um espaço no privilegiado SAP Keynotes. “Nessas sessões, foi apresentado mais sobre o que a SAP tem de up to date em soluções através de apresentações de seus especialistas sobre os serviços”, relata o coordenador de Localização Flávio Santos Júnior. Novembro/Dezembro | 2016
Durante a reunião, ele apresentou aos participantes o projeto de simplificação das obrigações tributárias, que tem como premissas a redução dos custos de transação, com impacto no custo Brasil, mínima interferência possível no ambiente dos contribuintes e a oportunidade de participação a organizações privadas e contribuintes. O foco inicial do projeto se refere às obrigações assessórias, que consistem em eliminar práticas e prestações redundantes e buscar a eliminação de declarações, privilegiando o uso da informação que já está disponível em documentos fiscais eletrônicos de existência puramente digital. A atividade ainda abordou as novidades do S/4 HANA, utilizando Aceleradores via DM&LT (Data Management and Landscape Transformation); cálculos de impostos; atualizações em SPED e NF-e; e Localization HUB e Data Center no Brasil.
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O evento também foi uma oportunidade para integração entre a ASUG e empresas ainda não associadas, aumentando o networking e disseminando conhecimento para possíveis novos membros da associação. “Neste evento, a ASUG, mais uma vez, mostra a sua capacidade de disseminar conhecimento, gerar valor intelectual e melhorar relacionamentos comerciais. Ano que vem promete avanços e, com certeza, vamos disseminar informações durante todo o calendário de eventos ao longo de 2017”, afirma Junior.
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Ano que vem promete avanços e, com certeza, vamos disseminar informações durante todo o calendário de eventos ao longo de 2017. Flávio Santos Junior
SIG Recursos Humanos Pelo quarto ano seguido, a reunião do SIG Recursos Humanos ocorreu em conjunto com o SAP Localization Summit, no SAP Labs. O último encontro de 2016 teve como proposta, além de apresentar os assuntos pertinentes ao grupo de estudos, integrar os associados à estrutura do Labs, fazê-los conhecedores do ambiente de desenvolvimento das soluções para HCM e, sobretudo, interagir com os desenvolvedores. Durante a reunião, os participantes tiveram acesso a informações sobre as últimas entregas e novidades do e-Social, apresentadas por Inayra Souza e
Leandro Davila, da SAP, e conheceram a experiência de sucesso da ADP na sua implementação. Donato Locaspi, coordenador do SIG, destacou o envolvimento dos associados como fundamental para a conquista de resultados positivos. “O sucesso das reuniões do SIG Recursos Humanos se deve à intensa participação dos associados nas reuniões feitas em São Paulo, no SAP Fórum, e na Conferência Anual da ASUG. Esperamos que 2017 seja nesse ritmo. Com certeza teremos novidades”, anuncia.
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O sucesso das reuniões do SIG Recursos Humanos se deve à intensa participação dos associados nas reuniões feitas em São Paulo, no SAP Fórum, e na Conferência Anual. Donato Locaspi ASUG News 13
ar ti go
Oracle trace:
Como usar e usufruir de muitos benefícios Por Heitor W. Lourenço Júnior, da Robert Bosch Ltda Um trace de uma aplicação, sistema operacional, gerenciador de banco de dados, etc. é, na verdade, a gravação sequencial de eventos que aconteceram no respectivo sistema durante o período de ativação. O Oracle tem trace desde a versão 6. Na 7, ela criou o extended trace e na 10, o trace end-to-end. Vamos falar deles a seguir. Imagine um processo SAP levando horas. Sempre fica uma dúvida se está no SAP, rede, Oracle, e, se no último, por que está demorando tanto. Em geral, vem sempre o pedido de se criar um índice numa determinada tabela. Mas ele resolve? O trace vai mostrar o que e quanto tempo o Oracle levou dentro do conjunto do processo e, a partir daí, saberemos se vale a pena mexer no Oracle. Como a Lei de Amdahl: imagine que um processo SAP leva 10 horas e o Oracle trabalhou por 20 minutos neste período. Por mais que otimize a parte Oracle, é possível ganhar no máximo 20 minutos. O trace é um arquivo “.trc” gerado no caminho do Oracle, “diag_dest”. Ele é um arquivo “cru” com várias entradas, mostrando cada comando.
Na versão 6 o trace era somente isso. A partir da 7, extended trace, o Oracle introduziu os eventos, ou seja, esperas por IO, locks, rede, latches de memória e mais: quanto cada evento levou. O Oracle é o único DBMS a externalizar tão completamente o que fez e quanto tempo levou. E o tempo que ele mostra é obtido através de macros do sistema operacional, ou seja, não é algo criado por ele. No Linux, por exemplo, podemos usar o “strace”, simultaneamente e veremos que os tempos do Oracle batem com os do sistema operacional. Aprender a ler este arquivo não é algo muito fácil, mas útil. Entretanto, o Oracle tem o utilitário “tkprof” que sintetiza o arquivo e cria um “profile”, que é um sumário de onde os recursos foram usados. Por exemplo, das dez horas do processo SAP, nove estavam no Oracle e num único comando que fez um full table scan monstruoso; ou o tempo estava num comando que levava milissegundos, mas foi executado dezenas de milhões de vezes. A cada “profile” gerado teremos uma ação a ser feita para otimizar. São dezenas de eventos e situações. O intuito é criar a cultura de se fazer um trace. ASUG News 15
Artigo
Como iniciar um trace Via comando na sessão de um sqlplus, por exemplo: ALTER SESSION SET EVENTS ‘10046 trace name context forever, level 8’; EXEC DBMS_SYSTEM.set_ev(si=>123, se=>1234, ev=>10046, le=>8, nm=>’ ‘); onde si é o SID e o se, o serial
Trace para outra sessão. Pegamos o SID e o SERIAL de uma sessão SAP no Oracle e num sqlplus, por exemplo, começamos o trace da sessão SAP: EXEC DBMS_SYSTEM.set_ev(si=>123, se=>1234, ev=>10046, le=>8, nm=>’ ‘); EXEC DBMS_MONITOR.session_trace_enable(session_id =>1234, serial_num=>1234, waits=>TRUE, binds=>FALSE);
Alguns pontos a serem considerados Evento level 8, le=> e Waits=>TRUE acima são o extended trace que diz ao Oracle para monitorar os eventos e seus tempos. Traces para processos muito rápidos ficam inviáveis, pois o tempo de ativação fica acima da execução do processo em si. Para o caso do SAP e de aplicações de terceiros, precisamos poder identificar o SID e SERIAL# da sessão Oracle (isso é possível dentro do SAP). O trace precisa ser desativado logo que o processo termina, senão, qualquer outro processo/comando executado na sessão monitorada aparecerá no trace e irá poluí-lo. O trace end-to-end introduzido na versão 10g do Oracle permite que o trace se inicie exatamente quando certas condições acontecem e termine quando elas se vão. Essas condições podem ser: • identificação do cliente: um determinado usuário; • identificação de um módulo da aplicação: como “pagamento de terceiros”; • identificação de uma ação dentro do módulo: como “emissão do cheque”. Novembro/Dezembro | 2016
Essas identificações aparecem na view V$SESSION do Oracle. Cabe à aplicação, por meio do package Oracle DBMS_APPLICATION_INFO, colocar estes dados, ou seja, instrumentalizar a aplicação de modo que possamos fazer um trace adequado. O SAP popula o campo módulo (module). Com estes campos preenchidos, o package DBMS_ MONITOR pode ser usado para que sinalize ao Oracle os disparadores do trace, como módulo, módulo/ ação, usuário, etc. A view DBA_ENABLED_TRACES exibirá todas as entradas feitas pelo DBMS_ MONITOR e que estiverem prontas para iniciar um trace. Em resumo, o trace do Oracle é uma ferramenta muito poderosa e ajuda detectar onde os recursos estão sendo usados e por quanto tempo. Com isso em mãos - (o profile), - podemos atacar a parte mais custosa do processo para tentar reduzir o tempo de execução e/ou usar melhor os recursos. Como sugestão de leitura, indico o livro Mastering Oracle Trace Data, de Cary Millsap. Considero ser esse o melhor material, por ser profundo e extremamente exemplificado.
en tre vis ta
Impact Awards Membro da comissão de avaliação, Cesar Alexandre Souza analisa a evolução das soluções SAP no Brasil Premiação promovida pela ASUG Brasil para destacar cases de sucesso de soluções SAP no cenário nacional, o Impact Awards 2016 foi realizado durante a 19ª Conferência Anual da ASUG, em 6 de outubro. Os cases inscritos demonstraram maturidade no uso das ferramentas SAP, ao mesmo tempo em que surpreenderam em inovação e criatividade. Esta é a avaliação do professor doutor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, Cesar Alexandre Souza, membro da comissão de avaliação do Impact Awards desde 2007. Em entrevista para a ASUG News ele avalia os projetos ganhadores – DPaschoal, Grupo Herval e Aché – e destaca a importância do engajamento das empresas na busca por alternativas em momentos de crise.
ASUG News: De modo geral, como você avalia o nível dos cases inscritos no Impact Awards? Cesar Alexandre: Os casos inscritos sempre apresentam projetos desafiadores, que buscam adotar as melhores práticas em sua execução ampliar e estender a utilização do SAP além do tradicional, visando, ainda, o alinhamento às estratégias e necessidades das empresas. O conjunto dos casos submetidos ao longo desses anos é um impressionante retrato da evolução desses projetos de implementação, que, ao longo do
tempo, foram se tornando cada vez mais bem elaborados, planejados, disciplinados e ambiciosos. Também é possível perceber como a maturidade no uso desse sistema de gestão integrado foi sendo conquistada ao longo do tempo pelas empresas no Brasil. É um relato que se inicia no uso do SAP nos processos de back-office, passando por grandes implementações transversais em toda a empresa, pela implantação de soluções verticais em setores menos típicos para o ERP e, mais recentemente, pela incorporação de inovações tecnoASUG News 17
entrevista
lógicas - como a mobilidade, por exemplo - em novas e importantes funcionalidades de negócios. Esse conjunto de casos é um verdadeiro “asset” da comunidade da ASUG Brasil em termos de conhecimento e divulgação das melhores práticas de projetos e utilização do SAP. AN: Esses cases dialogam com o tema da Conferência da ASUG, que é a inovação? CA: Eles representam aquilo que as empresas participantes consideram ser o melhor e o mais importante entre suas diversas iniciativas no uso do SAP. Em geral, isso reflete os projetos mais desafiadores em termos de abrangência, que apresentam a inovação na gestão do projeto em si ou em termos de escopo, buscando atender necessidades de negócios da empresa antes não atendidas pelos sistemas existentes, de forma inovadora. Os casos estão alinhados à proposta da Conferência Anual da ASUG, de promover a inovação nas empresas participantes. AN: Os cases refletiram a busca das empresas por alternativas neste período que o país atravessa? CA: Creio que sim. A busca pela eficiência e inovação são sempre relevantes para a competitividade das empresas, mas são especialmente importantes em momentos mais difíceis da economia. As iniciativas apresentadas possuem, em geral, essas características de busca por maior eficiência nos processos e também novas possibilidades de uso do sistema para atendimento aos negócios. AN: É importante que outras empresas se inspirem nestas iniciativas? CA: A participação das empresas no Impact Awards é de extrema importância para a comunidade dos usuários brasileiros dos produtos SAP. Primeiro, ao apresentarem suas experiências, as empresas possibilitam que outras trilhem o mesmo caminho e evitem eventuais dificuldades relatadas. Isso é a base do compartilhamento de conhecimento que deve mover uma comunidade usuária como a ASUG Brasil. Em segundo lugar, ao promover a disseminação do conhecimento, também se promove o amadurecimento do mercado usuário de SAP no país. Quanto mais amadurecido o mercado, melhores e mais efetivas se tornam as soluções oferecidas pelo ecossistema
Novembro/Dezembro | 2016
SAP e, como grupo, o mercado tem maiores possibilidades de ver atendidas suas necessidades e expectativas em relação à solução SAP. Finalmente, há um ganho – por ser essa uma experiência de consolidação do conhecimento interno obtido nos projetos. Isso reforça o ciclo da aprendizagem organizacional, tornando cada vez mais efetivas as novas implementações. Assim, o investimento em tempo e esforço na elaboração dos casos é compensador em diversas dimensões.
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Ao promover a disseminação do conhecimento, também se promove o amadurecimento do mercado usuário de SAP no país
AN: Quais foram os pontos que mais chamaram a sua a atenção nos três primeiros colocados? CA: No caso vencedor, da DPaschoal, saltou à vista o uso do sistema para a implementação de uma estratégia empresarial de atendimento aos clientes, que apresentava desafios por ser inovador e necessitar de informação adequada, no momento certo. É um exemplo fantástico de como os sistemas de informação podem apoiar as necessidades do negócio, desde que o planejamento e o envolvimento das áreas de negócio sejam adequados. O segundo caso, do Grupo Herval, também me encantou, pelo tamanho do projeto e pela variedade de linhas de negócio desta grande empresa nacional. Um enorme desafio para a gestão do projeto de implementação, que foi muito bem conduzida conforme descrito no caso, e um exemplo para aqueles que procuram entender como um projeto desta magnitude pode ser elaborado e conduzido. Finalmente, o caso da Aché apresenta a aplicação das tecnologias mais recentes disponibilizadas pela SAP, como plataforma para sua evolução digital. Um exemplo da inovação proporcionada pelo avanço da tecnologia. AN: Qual é a importância de a ASUG premiar iniciativas de sucesso? CA: O Prêmio Impact Awards oferece à comunidade essa possibilidade de consolidação e divulgação do conhecimento obtido nos projetos por toda a comunidade e, portanto, é uma das iniciativas mais importantes da ASUG.
e ASUG Brasil, presente! ven Eventos em diversas cidades levarão tos informações e troca de experiências aos usuários SAP O ano de 2017 promete ser bastante movimentado para os usuários do ecossistema SAP no Brasil. A ASUG já planejou vários eventos, em diversas cidades do país, para levar informações e debates para seus associados. O objetivo é estreitar o diálogo entre as empresas e a SAP e apresentar soluções. O grande momento do ano será a 20ª Conferência Anual, que celebrará os 20 anos da associação. Confira a agenda de eventos 2017:
Eventos Regionais
21 MAR
ASUG Day
04
ASUG Day
ABR
Florianópolis
09
ASUG Day
06
ASUG Day
JUN
Porto Alegre
04
ASUG Day
JUL
Rio de Janeiro
01
ASUG Day
MAI
AGO
São Paulo
Brasília
Campinas
07
NOV
20ª Conferência Anual São Paulo | Local: Hotel Pullman Vila Olímpia ASUG News 19