ASUG NEWS 82 - Ano 19

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A constante busca por mais eficiência, segurança e velocidade no processamento e armazenamento de dados está presente no dia a dia dos usuários SAP, que não medem esforços para garantir o crescimento de suas empresas com segurança. A ASUG Brasil está acompanhando de perto essa dinâmica e se empenhando para garantir o apoio necessário na superação de desafios. O lançamento do S/4 Hana trouxe muitas inquietações e dúvidas à comunidade. A migração para a nuvem é vista como um grande passo para os CIOs, que têm se questionado sobre as etapas do processo, o momento oportuno e os níveis de investimento. Ciente desta realidade, a ASUG Brasil está emprenhada em disseminar informações e fortalecer ainda mais o diálogo entre os usuários e a SAP, visando esclarecer as funcionalidades do produto e oferecer suporte na tomada de decisões. Os ASUG Days estão cumprindo muito bem esse papel. Nesta edição da ASUG News, apresentamos as atividades realizadas em Porto Alegre e Rio de Janeiro. Estamos percorrendo vários estados e, por meio de grandes especialistas em TI, compartilhando boas práticas e soluções. Os Special Interest Groups (SIGs) também são um importante instrumento de apoio aos nossos associados. Em constante atualização, eles promovem discussões sobre áreas específicas e apresentam soluções para suas particularidades. Nas próximas páginas, anunciamos uma iniciativa pioneira da ASUG Brasil: a criação do SIG Agronegócio, que demonstra a nossa preocupação em representar setores de destaque e que demandam soluções à altura de sua importância nos cenários nacional e mundial. É neste momento, de grandes transformações, que a ASUG Brasil completará duas décadas de história. Apenas uma entidade forte e consolidada é capaz de inovar e manter o seu dinamismo, mesmo em um cenário de crise. A 20ª Conferência Anual celebrará esse momento, presenteando a comunidade com debates de altíssimo nível e uma palestra do renomado professor Clóvis de Barros Filho, sobre o tema “A vida que vale a pena ser vivida”. Convido-o a compartilhar esse marco na história da associação, para que juntos possamos projetar um futuro ainda mais promissor.

Expediente

Presidente Cláudio Antônio Fontes Diretor Administrativo João Donizeti Santos Diretor Financeiro Wellington Brigante Diretor de Comunicação Lorival Verillo Diretor Associativo João Luiz Silva Barbosa

Presidente ASUG Brasil

05 | ASUG Day

Eventos em Porto Alegre e Rio de Janeiro

10 | Novidade

ASUG cria SIG de Agronegócio

12 | SIGs

13 | Case de Sucesso

su ma rio 2015-2017

Cláudio Antônio Fontes

Gestão de Projetos sob nova direção

Boa leitura!

Diretoria ASUG Brasil

Edi to ri al

Farmoquímica implementa suíte SAP on HANA

16 | Artigo Diretor de Relações Int. Paulo Sérgio E. A. Moraes Diretor de Educação Marcio A. Cardoso da Silva Diretor de Eventos Antonio A. Dias da Cruz Produção RS Right Support www.rscorp.com.br Conteúdo Ágora Comunicação Projeto Gráfico vegas.art.br

Jornalista Responsável Yasmim Taha MTB nº 62.264/SP Distribuição, Comercial, Marketing RS Right Support www.rscorp.com.br Executivo de Conta Orlando Fogaça orlando@rscorp.com.br Rosilene Alvernaz rosi@rscorp.com.br

A ASUG News é uma publicação da Associação de Usuários SAP no Brasil

Análise de desempenho de banco de dados

18 | Evento

Conferência Anual terá palestra de Clóvis de Barros

www.asug.com.br redacao@asug.com.br 0800-164064 Rua Nestor Pestana, 125, 9º andar, Conj. 92. CEP: 01303-907



C A P A

ASUG DAY

Eventos levam soluções e debates a Porto Alegre e Rio de Janeiro

A ASUG Brasil está percorrendo diversas regiões do Brasil para levar conhecimento e soluções aos usuários SAP, por meio do ASUG Day. A iniciativa é uma oportunidade para atualização profissional e conta com palestras de alto nível e participação de representantes da SAP. Nos meses de junho

e julho, foram promovidas as edições de Porto Alegre e Rio de Janeiro, respectivamente. Entre os temas mais importantes, apresentaram-se as possibilidades do S/4 Hana para o desenvolvimento das empresas, a migração para nuvem, entre outros. ASUG News 5


CAPA

Porto Alegre Realizado no dia 6 de junho, o ASUG Day Porto Alegre movimentou a comunidade de usuários SAP da Região Sul do país. A palestra “Oportunidades para sua empresa com o S/4 Hana” abriu as atividades e foi ministrada por Jarlei Nascimento Gonçalves e Antonio Andrade, do GU-SAP. Eles mostraram como a nova versão da plataforma está proporcionando a redução de processos, simplicidade e agilidade e garantindo apoio na tomada de decisões. Jarlei apresentou o Grupo de Usuários SAP do Rio Grande do Sul (GU-SAP), do qual é líder, que consiste na integração entre empresas e usuários, em torno de temas como educação e consultoria. Eles apresentaram a evolução da ERP desde 1973, que, ao se combinar com o Hana em 2013, resultou no Suite-On-Hana, dando início à jornada do Digital Core. Assim, atingiu-se a consolidação das informações de forma integrada e conectada com todos os dispositivos e informações da empresa. É a era do S/4 Hana, que traz a redução dos passos por processo e “já começa com resultados”, segundo os palestrantes. Eles explicaram que a empresa que não utiliza SAP pode aderir imediatamente à nova plataforma. Já aquelas que se utilizam de alguma ferramenta devem, necessariamente, passar por um estágio intermediário, que é o Hana. Junho/Julho | 2017

Os participantes ainda tiveram vários exemplos da experiência do usuário do S/4 Hana, como telas que apresentaram o menu principal, as ferramentas de controle de despesas e fluxo de caixa. “O S/4 Hana quebra todas as limitações do passado”, disseram Jarlei Nascimento e Antonio Andrade, referindo-se à maior mobilidade e simplificação que a plataforma proporciona, com 100% dos dados na nuvem. O uso da tecnologia adequada para atender às áreas fiscal e tributária das empresas, sobretudo para gerenciar o calendário de obrigações para 2017, foi tema da apresentação de Leonel Siqueira e Eric Carvalho, da SYNCHRO. Eles abordaram o End-to-End Fiscal no SAP, apresentando o ERP-TDF como uma ferramenta para erradicar o processo segregado, uma das principais dificuldades na prestação de informações do Fisco. Essa proposta resolve problemas como informações duplicadas, redundância de trabalho e o alto risco de não conformidade, além de disponibilizar os dados fiscais em tempo real. Paulo Roberto da Silva, coordenador do SIG Localização da ASUG Brasil, apresentou as atualizações do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). A atividade se constituiu como uma orientação aos participantes sobre prazos, formas de preenchimento dos dados e as mu-


CAPA

danças de versão de cada ferramenta. As mais recentes ofertas do SAP Enterprise Support foram anunciadas por Marcos Rafael Fidelles e Matheus Möllmann, da SAP. Eles mostraram como é garantido o apoio às empresas durante o processo de transformação digital, a exemplo da migração para a nuvem. Entre as plataformas apresentadas, está o SAP Enterprise Support Academy, que promove o empoderamento do usuário para gerar conhecimentos e habilidades necessários para se beneficiar das soluções SAP. Grande empresas já se beneficiaram desta solução, a exemplo da Marisa Lojas S.A., que conseguiu otimizar custos com a redução de 20% do tamanho de sua base de dados; e a Usiminas, que também conquistou avanços significativos: reduziu bruscamente o tempo

de transações, de 450 para 7 minutos. A última atividade do evento foi ministrada pela SAP. Leandro Barros e Leonardo Bernardes apresentaram os instrumentos de apoio e diálogo que disponibilizam para seus usuários na América Latina e Brasil, como o SAP Labs de São Leopoldo, localizado na Região Sul do país. Ele consiste em um local de suporte e de desenvolvimento dedicado à América do Sul, integrado com a rede global de apoio ao desenvolvimento SAP. Outra plataforma de suporte apresentada foi o SAP Expert Chat, que oferece atendimento em tempo real, resolvendo a maioria dos casos durante a sessão online, que tem uma duração média de 21 minutos. Ela permite o compartilhamento de tela com o atendente.

Patrocinadores ASUG Day Porto Alegre

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CAPA

Rio de Janeiro O ASUG Day Rio de Janeiro foi promovido no dia 4 de julho. Os palestrantes abordaram alguns temas comuns ao evento de Porto Alegre, como o End-to-End Fiscal no SAP e a Transformação Digital com o apoio do SAP Entreprise Support. Wilson Kobayashi, da Click Software, apresentou o “Caso de Estudo: Piloto NeoEnergia, Solução de Despacho e Mobilidade”. O projeto teve como objetivo implantar uma solução de Analytics de Despacho e de Mobilidade de Força de Campo na Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) para suportar os processos de planejamento, despacho, gestão e execução dos serviços técnicos (emergência e reparo) e serviços comerciais (corte e religação). Entre os resultados obtidos estão: o aumento da produtividade em 7,4%; a melhoria do índice de redução do corte de 60% para 79% em um trimestre; o aumento do fator utilização das turmas técnicas em 9,4%; entre outros.

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Leonardo Constanza, da Sky.One, empresa que oferece soluções em Cloud, mostrou os caminhos de migração do ERP para a nuvem. Ele expôs vários motivos que compensam essa transição, como a redução dos custos e a possibilidade de pagar pela quantidade de usuários; a escalabilidade; custo zero de manutenção do hardware; a consolidação de todas as informações no mesmo sistema, entre outros. “Há pouco tempo era necessário um link de dados dedicado, uma VPN ou uma MPLS para usar os sistemas em Cloud. Atualmente o usuário tem diversas ferramentas que podem ser integradas ao Cloud que permitem fácil acesso, mesmo para operações legado”, disse. Nesse sentido, ele apresentou o Auto.Sky, que faz de forma automática todo o trabalho de gerenciamento, monitoramento e balanceamento que, até então, era desempenhado por pessoas. “O usuário só precisa se preocupar em acessar a aplicação”, informou.


CAPA

Patrocinadores ASUG Day Rio de Janeiro

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no vi da de

ASUG Brasil cria SIG de Agronegócio Iniciativa é pioneira no mundo SAP e terá Cláudio Frizzarini como coordenador Atender às demandas dos associados e apresentar soluções inovadoras para os desafios da comunidade são as prioridades da ASUG Brasil. Visando contemplar as empresas que atuam no ramo do agronegócio, a entidade criou um Special Interest Group (SIG) específico sobre esse tema. A proposta é pioneira no cenário global e simboliza o reconhecimento da importância do agronegócio no PIB brasileiro e na ecoJunho/Julho | 2017

nomia internacional. O grupo será coordenado por Cláudio Frizzarini, gerente da área de arquitetura da Copersucar, que contempla os campos de segurança da informação e governança. Ele atua há mais de 20 anos neste ramo do mercado. Em entrevista para a ASUG News, Frizzarini expôs seus planos para o novo SIG, que deve priorizar a troca de experiências e a aproximação com a SAP.


novidade

ASUG News: Qual é a importância da consolidação de um SIG para abordar especificamente o agronegócio? Cláudio Frizzarini: O agronegócio tem uma representatividade muito significativa no PIB brasileiro. A SAP desenvolveu muitas soluções e está dedicando uma série de esforços para estar mais presente e contemplar melhor essa indústria. O Brasil se coloca como player principal neste cenário, devido às dimensões do seu agronegócio em uma perspectiva internacional. Essa é uma área bastante difícil de lidar e que, no momento, apresenta grandes desafios. Isso nos motiva a abrir um fórum de discussão sobre o tema, inserindo a SAP para ouvir os problemas do público, que é bastante diverso.

AN: Quais são os desafios típicos dessa área, do ponto de vista da TI? CF: Hoje nós temos os setores de contratos e de comercialização de produtos agrícolas muito bem estruturados, mas o mesmo não ocorre com o processo que antecede essas fases, como o plantio e a colheita. Não há soluções bem estabelecidas para isso. AN: O Brasil atravessa um momento de crise econômica. O SIG deve trazer soluções que auxiliem as empresas no enfrentamento dessas adversidades? CF: Os SIGs, de maneira geral, têm o papel de levar informações aos seus públicos e isso contribui para que as empresas encontrem novos rumos. Costumo olhar os períodos de crise com bons olhos. Nesses momentos que enfrentamos o desafio de otimizar os recursos que temos. Dessa forma, vamos subsidiar os participantes com dados e informações que devem auxiliar na priorização dos projetos entre si.

Vamos subsidiar os participantes com dados e informações que devem auxiliar na priorização dos projetos entre si

AN: Como será a dinâmica das reuniões? CF: O objetivo é compartilhar experiências e inserir a SAP nas reuniões, mostrando quais são as dificuldades dos diversos ramos do agronegócio e, como consequência dessa interação, trazer respostas e informações para compartilhar com o grupo. Teremos a participação de um facilitador da SAP, como ocorre nos outros SIGs, e, periodicamente, vamos trazer especialistas em determinados assuntos e produtos. A perspectiva é que tenhamos uma participação muito intensa e bastante representativa no que se refere a todas as regiões do país.

Curiosidades sobre o agronegócio no Brasil

48% 19 milhões R$

das exportações brasileiras de trabalhadores empregados

72,5 bilhões

23% 9 mil R$

do PIB nacional é a produtividade média do trabalhador neste ramo

foi o faturamento do setor em 2016

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Dados de 2016.

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S I G S

Gestão de Projetos sob nova direção Rodrigo Silva assume a coordenação do grupo

Responsável pela área de Governança de TI da Aché e membro do Project Management Institute (PMI), uma das maiores associações para profissionais de gerenciamento de projetos, Rodrigo Silva assume a coordenação do SIG (Special Interest Group) Gestão de Projetos e pretende focar as discussões do grupo em três pilares: método, ferramenta e prática.

ASUG News: Qual o papel do SIG Gestão de Projetos? Rodrigo Silva: O SIG de Gestão de Projetos foca em apresentar melhores práticas e ferramentas sobre gestão de projetos, governança, gestão de processos e arquitetura. AN: Você estabeleceu novas metas para o SIG para o período da sua gestão? RS: Sim. Em todas as reuniões teremos três pilares, que consistem em discussões sobre os temas: métodos, ferramentas e práticas. AN: De que forma pretende abordar o S/4 Hana? RS: Os clientes SAP terão um grande desafio na realização das migrações para o S/4 HANA. O SIG apoiará no planejamento e execução dessas migrações, utilizando as melhores ferramentas e práticas.

Os clientes SAP terão um grande desafio na realização das migrações para o S/4 Hana. O SIG apoiará no planejamento e execução dessas migrações

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AN: Como será o diálogo com a SAP? RS: A SAP tem fornecido recursos para realização dos nossos encontros. Trabalharemos próximos para promover o melhor para os nossos associados. AN: Como participante do Project Management Institute (PMI), você tem a intenção de trazer as experiências de gestão de projetos adquiridas para o grupo? RS: Sim, muita! Hoje sou responsável pelas filiais do PMI São Paulo (Branches), além dos projetos sociais e dos programas de saúde da instituição, vejo a ASUG e o PMI muito próximos. Boas práticas são compartilhadas e ambas as instituições defendem o mesmo: a entrega de valor para seus clientes. AN: Como você avalia a experiência da Aché como associada antiga da ASUG? Essa relação trouxe benefícios à empresa? RS: O Aché tem seu DNA focado em projetos inovadores e a parceria com a ASUG nos permite estar sempre atualizados. Além do networking, conseguimos cases para realização de benchmarking, promovemos apresentações do que temos implantado, e boa parte desse relacionamento se deve ao espaço que temos, tanto na SAP, quanto na ASUG Brasil.


C A S E

Farmoquímica implementa suíte SAP S/4Hana e migra ambiente de TI para a nuvem Companhia leva soluções para Cloud ao mesmo tempo em que substitui o banco de dados SQL pelo Hana; movimento é preparatório para adoção do S4/Hana A FQM Farmoquímica, uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, está migrando seu ambiente de TI, incluindo as soluções SAP, para a nuvem. Iniciado em maio deste ano, o movimento prevê, ainda, a substituição do banco de dados SQL pelo Hana e, posteriormente, a adoção da solução SAP S4/Hana.

O crescimento trouxe complexidade para a operação da companhia, que, há alguns anos, vem realizando atualizações tecnológicas baseadas em diferentes soluções SAP, incluindo, entre outras, o SAP ERP ECC, SAP Ariba, SAP Success Factor, SAP BOC e Planning. Agora, a empresa decidiu levar todo o seu ambiente de TI para a nuvem. ASUG News 13


CASE de sucesso

Nossos servidores estavam perdendo a garantia e teríamos que fazer um investimento bastante alto no refresh destas máquinas, além de, é claro, elevar para alta disponibilidade os sistemas SAP e legados

Karla Fonseca, CIO da FQM

Karla Fonseca, CIO da FQM, conta que a decisão veio de uma necessidade prática. “Nossos servidores estavam perdendo a garantia e teríamos que fazer um investimento bastante alto no refresh destas máquinas, além de, é claro, elevar para alta disponibilidade os sistemas SAP e legados ”, diz. Alguns estudos realizados no mercado demonstraram que, no caso das soluções SAP, seria mais vantajoso levar o ambiente para a nuvem, adotando a plataforma SAP Hana. “Por sua característica inovadora e pelas mudanças que o mercado impõe ao segmento, a FarmoJunho/Julho | 2017

química desafia constantemente a SAP a trazer novidades e soluções capazes de lhe garantir vantagem competitiva”, diz Sérgio Cruz, vice-presidente de vendas de serviços da SAP Brasil. “Com o suporte dos nossos especialistas, a Farmoquímica identificou o potencial do ambiente Cloud e da plataforma SAP Hana para suportar o crescimento da empresa e otimizar os seus investimentos em infraestrutura de TI.” A CIO da FQM revela que os estudos para retirar o ambiente de TI de dentro da empresa, reduzindo a exposição a riscos, começaram em 2014. “Nesse período definimos que levaríamos todo o nosso ambiente de TI para a nuvem”, revela. No final do primeiro trimestre de 2017, a equipe de Fonseca, juntamente com os times da SAP, definiram as duas fases do projeto. Na primeira, realizada entre os meses de março e abril, todos os ambientes (SAP e não-SAP) migraram para a nuvem da IBM. Na segunda fase, em maio e junho, foi feita a implementação do Enhancement Package 7 no SAP ECC, levando o sistema para a suíte SAP on Hana. “O go-live final foi realizado no dia 20 de junho. Tudo correu dentro do planejado”, comemora a executiva.


CASE de sucesso

Serviço Premium

Karla Fonseca lembra que, para a realização do projeto, sua equipe precisava de suporte e apoio que iam além do convencional. “Foi quando nos apresentaram o serviço Premium da SAP. Foi deles a responsabilidade pelo desenho do projeto de migração”, revela. Além disso, o escopo do serviço incluiu também a participação de profissionais especializados que cobriram um gap de conhecimento interno da FQM. “O serviço também nos permitiu trazer conhecimento para dentro de casa”, diz Fonseca, lembrando que esta participação foi fundamental para a estratégia e desenho do projeto. A equipe de serviços da SAP se envolveu diretamente em iniciativas como adaptação e ajustes de Abaps, desenvolvimentos específicos para atender necessidades peculiares da indústria de atuação da FQM; e apoio em momentos delicados do projeto em relação a entregas de outros parceiros. Ao todo, o projeto envolveu cerca de 40 pessoas. Do lado da FQM, foram 13 profissionais da área de TI e 16 usuários-chave das áreas de negócio e de garantia de qualidade, além de três profissionais da IBM e cinco da SAP on-site. Do time SAP, uma equipe de retaguarda e profissionais altamente especializados, da equipe global da companhia. Mais de 70% do projeto foi conduzido remotamente. “A equipe conseguiu trabalhar nesse modelo com muita tranquilidade”, atesta a CIO, lembrando que, apesar de rápido, o projeto foi complexo. “É um modelo que veio para ficar e deve prevalecer nos próximos projetos da FQM”, diz.

Através dos serviços profissionais da SAP, disponibilizamos para a FQM o suporte necessário para que os objetivos estabelecidos para o projeto fossem atingidos. O suporte da equipe da Farmoquímica foi essencial para entregarmos tudo dentro dos prazos e custos planejados

Sergio Cruz, Head e VP SAP Services Com o novo ambiente em operação, a FQM agora colhe os frutos de uma estrutura com melhor desempenho e, principalmente, com maior facilidade de acesso aos dados, que podem ser acessados diretamente em algumas ferramentas. Para Karla Fonseca, estes resultados são fundamentais nos planos da companhia, que prepara seu ambiente para adotar, no futuro, a plataforma SAP S/4 Hana.

Sobre a Farmoquímica A Farmoquímica é uma indústria farmacêutica especializada em medicamentos de marca vendidos sob prescrição médica. Com mais de 80 anos de mercado, sua linha de produtos está presente em farmácias de todos os estados do Brasil. A unidade fabril está no Rio de Janeiro e possui a certificação de boas práticas de fabricação, emitida pela Anvisa. Com amplo portifólio de medicamentos à frente de diversas linhas terapêuticas, na divisão FQM Farma destacam-se Annita®, Abrilar®, Maresis®, Adoless® e Dolamim Flex®. A divisão de Dermatologia FQM Melora conta com a linha de Nutricosméticos Exímia® e com produtos como Heliocare® e Helioral®.

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Ar ti go

Análise de desempenho de banco de dados Diferentes ferramentas e abordagens Heitor W. Lourenço Jr. Robert Bosch Ltda

Quando se fala em desempenho (performance) de um sistema de banco de dados, a metodologia usada para análise não difere muito quando comparada às utilizadas em outros sistemas, como aplicações, discos, sistema operacional, etc. O que difere são as

ferramentas, relatórios e outras fontes de informação, fatores particulares de cada sistema de banco de dados analisado, como, por exemplo, MySql, DB2, Oracle, entre outros. Têm-se, basicamente, duas abordagens: a pró-ativa e reativa.

Abordagem pró-ativa • Visa a acompanhar a performance e identificar diferenças relevantes de comportamento e uso de recursos que possam indicar problemas e investigá-los antes de se tornarem gargalos e comprometerem o tempo de resposta para usuários. • Possibilidade de utilização de relatórios ou extração de informações através de scripts que acessem views do sistema, e, a partir daí, analisar o uso dos recursos básicos de CPU, IO, rede e memória. • No caso de sistema de banco de dados, como eles são a última camada de uso da infraestrutura, geralmente usam-se relatórios também do sistema operacional. Alguns sistemas de banco de dados Junho/Julho | 2017

fornecem estas informações a partir de seu próprio viés, o que facilita a análise conjunta das informações. • Essa abordagem pode também ser usada em caso de previsão de aumento de uso de recursos, como, por exemplo, quando sabemos que o negócio vai aumentar processos, incluir módulos na aplicação ou algo do tipo. Tendo-se em mãos dados destes aumentos, devemos traduzi-los nos usos dos recursos (CPU, memória, IO, rede), por meio de comparações com o que já existe, interferindo nas novas necessidades. Neste caso, são necessários relatórios, informações de baseline, ou seja, do uso normal do sistema, para, a partir deste ponto, fazermos predições e sabermos se a infraestrutura suportará os aumentos ou não.


Artigo

Abordagem reativa • Acontece quando algo está mal, como uma reclamação do usuário sobre o tempo de espera. • Inquirir o máximo possível, pois a análise ou caminho a tomar vai depender dos seguintes dados: tudo está ruim? Somente alguns processos? Somente uma área? Começou quando? É intermitente? Se está lento, quão lento é? Como era antes? • Investigar fatores como mudanças na aplicação, na infraestrutura ou nos parâmetros. Também verificar se alguém aplicou patch, entre outras coisas. • Deve-se emitir relatórios e usar views para termos informações que corroborem ou não o que o usuário sente. Usuários costumam exagerar, porém podem não se expressar bem.

• De posse destas informações, mãos à obra! • Se tudo está ruim, maiores chances de algo, no geral, ter problema: sistema de IO sobrecarregado, discos com problemas, redes com falhas, etc. Isso consolida um cenário de reclamações e o sistema de banco de dados sofre no conjunto. Também pode ser consequência de algum processo novo ou fora de horário (como um batch noturno executando de dia) que sobrecarregue de tal forma a infraestrutura que todos são impactados. Processos de uso intenso de IO costumam fazer isso. • Se for pontual, analisar comandos. Eles são, às vezes, culpados por performances ruins pontuais.

Alguns fatos universais para performance • Ler bastante. Livros e manuais sobre o sistema de banco de dados e teoria geral de performance.

armazenam dados históricos que podem ser usados nestes casos, porém, outros não.

• Aprender a extrair e analisar os dados específicos do sistema em questão, acostumando-se com os relatórios e interpretando-os bem e com confiança.

• Qualquer sistema é como um filho: olha-se para ele e se sabe se algo está errado. Performance é similar. Ao olhar para um relatório é possível saber se não está normal. Por isso, é importante aprender antes sobre o sistema.

• Estar atualizado com as novidades das versões do sistema que usa, quais informações ou scripts pode extrair. Não se contentar somente com o dia a dia. • Usar traces, seja do sistema de banco de dados, seja do sistema operacional, entre outros. Eles são complexos, em geral, mas também profundos, além de fornecerem dados que podemos não encontrar nos relatórios. Ótimos para análise de comandos. • Para os sistemas mais críticos, de usuários VIP, tire relatórios periódicos, para se acostumar com o comportamento normal do sistema e saber identificar o que não é normal. Alguns sistemas

• Aprender a inquirir o usuário. Saber o que perguntar. • Tentar estar próximo dos usuários e desenvolvedores para saber, de antemão, sobre mudanças, a fim de não ser pego de surpresa e ter o estresse de buscar soluções quando tudo está parado ou lento. • O que importa na performance é o tempo de resposta que o usuário percebe, pois ele só reclama se isso não está normal.

“Estar atualizado com as novidades das versões do sistema que usa, quais informações ou scripts pode extrair. Não se contentar somente com o dia a dia”. ASUG News 17


e ven to “A vida que vale a pena ser vivida” Clóvis de Barros fala sobre os sonhos e desafios da vida em palestra exclusiva para os participantes da 20ª Conferência Anual da ASUG A 20ª edição da Conferência Anual da ASUG está imperdível. Além de celebrar as duas décadas da entidade, presenteará os participantes com grandes atrações, como o renomado doutor e livre docente da USP, Clóvis de Barros; e a consagrada Banda Blitz. O evento será realizado em 7 de novembro, no Hotel Pullman Vila OIímpia, em São Paulo. Mantendo a tradição dos anos anteriores, a Conferência oferecerá palestras com grandes influencia-

dores, envolvidos de maneira decisiva no processo de seleção e implementação de produtos, serviços e soluções em tecnologia. Será um grande momento para a troca de experiências e acesso a novos conhecimentos. O Impact Awards premiará os cases de sucesso na implementação das soluções SAP, revelando as melhores experiências das empresas brasileiras.

Clóvis de Barros Suas aulas e palestras sobre ética já foram ouvidas por milhões de pessoas no Brasil e em outros países como Uruguai, França, México, Argentina, Espanha e Portugal, entre outros. É doutor e livre docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP e atua no mundo corporativo desde 2005, atendendo empresas de todos os portes e de inúmeros ramos de negócios.

Banda Blitz Lançada em 1982, no Circo Voador, Rio de Janeiro, a Banda Blitz assina grandes sucessos do estilo “Rock Brasil”, como a música “Você não soube me amar”, vendendo milhares de discos. Hoje, antenada com a modernidade, continua fervendo com o rock, pop, reggae, blues, eletrônico e o típico bom humor que sempre foi a sua marca.

07 NOV Junho/Julho | 2017

Hotel Pullman | Vila Olímpia - São Paulo Informações: www.asug.com.br/conferencia-anual


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