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CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO IGNORA CASO DE ASSÉDIO

SAULO ANDRADE

Uma das maiores expectativas da sessão plenária de ontem (16), na Câmara Municipal de São Gonçalo, era de que o vereador Jorge Luiz Gasco, o Jorge Mariola (Podemos), se posicionasse sobre a recente acusação de assédio, envolvendo o seu nome. Vice-presidente da Comissão de Mulheres da Casa, a vereadora Priscilla Canedo (PT) disse ontem, à Tribuna, que havia também a expectativa de que a mesa diretora do parlamento lesse o processo aberto pela funcionária do setor de Recursos Humanos (RH), Thaysse Guimarães, dentro da instituição, para que os vereadores analisassem a indicação na comissão de Ética. Nada disso foi feito, durante as cerca de duas horas de sessão plenária.

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Por enquanto, de concreto mesmo há uma “Nota de Esclarecimento”, não mais disponível na abertura do site da Câmara, em alusão à acusação ao caso do parlamentar gonçalense. O texto informa que a Casa “refuta e rechaça, vigorosamente”, quaisquer atos de violência contra a mulher, em “todos os espaços”, ressaltando, ainda, que a Câmara respeita “a ampla defesa e o contraditório”:

“Sendo assim, é salutar a averiguação pelas autoridades competentes, assim como pela Comissão de Ética, em busca da verdade real”, conclui a nota.

Canedo também assinou uma nota conjunta, assinada pelos mandatos dela, de Janilce Magalhães (Psol) e de Romário Regis (PT). O texto informa repudiar “veementemente” o assédio:

“O assédio no trabalho acontece de várias formas e, em todas as circunstâncias, traz graves consequências para a saúde e bem-estar da vítima, afetando e sua capacidade de exercer suas funções no trabalho, autoconfiança e relacionamentos pessoais. O ambiente de trabalho precisa ser seguro e respeitoso para todos os funcionários, principalmente para as mulheres, que são as mais afetadas por esse tipo de conduta”.

De acordo com a parlamentar, não há nenhum processo de cassação e nenhuma indicação na Comissão de Ética, contra Mariola, mas ela que acompanhará as investigações e cobrará “uma resposta rápida das instituições”: “Nossos mandatos se solidarizam com a vítima, que se encontra acolhida pelos amigos, familiares e conta com apoio psicológico e jurídico. Importante que nenhuma vítima se sinta sozinha, ou isolada. Enquanto sociedade precisamos lutar pela desconstrução da cultura do assédio no ambiente de trabalho, para que mulheres possam trabalhar e viver em paz, sem o constante medo de terem seus direitos e dignidades violadas”.

DEMISSÃO

Na tarde desta terça-feira (16), Guimarães pediu demissão da Câmara Municipal, porque, de acordo com a advogada que a representa, ela vinha sendo tratada em seu ambiente de trabalho como “louca” ou “oportunista”: o que afetaria a sua saúde mental.

No pedido de demissão, consta o fato dela não ter recebido apoio da chefia imediata, no caso do assédio sofrido, cuja queixa foi registrada na Delegacia da Mulher de São Gonçalo.

Questionado sobre quais serão os desdobramentos do caso Mariola, diferentemente do que ocorreu na última edição, o presidente da Comissão de Ética, Piero Cabral (PMB), não se pronunciou, até a conclusão da reportagem.

Anteriormente, num seminário promovido pelo "Jornal do Brasil-Niterói" o então diretor da Emop propôs um traçado entre as zonas Norte do Rio e de Niterói. Não existia a BR-01. Depois inventaram uma linha de Barcas São Gonçalo-Praça Mauá, também privatizada. Os governos nada fazem, as empresas lucram e o povo sofre. Ninguém aciona a Justiça e os políticos estão acomodados.

Petrobras Muda Pol Tica De Pre Os Para Os Combust Veis

LEONARDO OLIVEIRA BRITO

A Petrobras anunciou ontem uma nova política de preços para gasolina e diesel. A medida, na prática, coloca fim ao modelo de paridade internacional, atrelado ao dólar e ao mercado global de petróleo, com a chamada PPI (paridade de importação).

A definição dos preços levará em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, por exemplo, além dos diferentes tipos de petróleo produzidos no país.

Entram no cálculo também os preços de importação e exportação do petróleo.

Os preços de importação e exportação de petróleo e derivados também entrarão no cálculo. Mas eles serão referência para a parcela do combustível importado ou exportado, não para todo o petróleo vendido.

Segundo a Petrobras, haverá uma espécie de personalização do preço, baseado no chamado "custo alternativo do cliente". Na prática, a ideia do governo é oferecer o mais baixo preço de mercado para os clientes. Os reajustes continuarão a não ter uma periodicidade definida.

A atual política de paridade de importação (PPI) foi criada durante o governo Michel Temer. Ela alinha os preços locais basicamente ao dólar e ao barril de petróleo.

O economista Hélio Nóbrega avalia que é preciso esperar ainda para ter uma percepção se as medidas adotadas pelo governo serão positivas ou negativas para a população. Ele ressaltou que há uma diferença, em relação a forma como a ex-presidente Dilma Rousseff(PT) agiu: Dessa vez a estatal tem mecanismos de controle e de compliance melhor preparados, o que não deve afetar, a princípio, o caixa da Petrobras

NA CAPITAL, PREÇO DA GASOLINA CAI 0,26% Castelo lidera entre os bairros mais caros, com média de R$ 6,193, enquanto Coelho Neto fechou o período com o litro de gasolina mais barato do município, a R$ 5,268; variação entre os dois extremos é de 14,9% Com preço médio de R$ 5,663, o litro da gasolina na cidade do Rio de Janeiro ficou 0,26% mais barato entre os dias 8 e 14 de maio, em comparação com a semana anterior, quando foi de R$ 5,678. As informações constam do levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Em diferentes regiões da capital fluminense, a variação dos valores cobrados pelo combustível chegou a 14,9%.

Entre os bairros mais caros para se abastecer na capital fluminense estiveram Castelo (R$ 6,193), Galeão (R$ 5,993) e Flamengo (R$ 5,991). Na outra ponta, o litro mais barato da gasolina foi verificado em Coelho Neto (R$ 5,268), Paciência (R$ 5,340) e Irajá (R$ 5,352).

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