Folk Celta2017 - Guia Oficial da 10ª edição do Festival

FLORA Limiano Num solitário vale, fresco e verde, Onde com veia doce e vagarosa O Vez, no Lima entrando, o nome perde, Numa tarde rosada, graciosa, Quando no mar seus raios resfriava O Sol, deixando a terra saudosa: Ouvi uma voz triste que soava Tão brandamente ali, que parecia Um rio que com outro murmurava.

O gado que do campo recolhia, Deixando nele, por entre a espessura Me fui chegando à triste voz que ouvia.

…

Diogo Bernardes Nasceu: 1530 em Ponte da Barca Faleceu: 1605 em Lisboa

C

ontando já com uma década de existência, Ponte da Barca vai sentir a influência da música folk/celta com o regresso do Festival Folk Celta.

A edição de 2017 traz ao palco barquense músicos de renome, vindos de Portugal, Espanha, Costa Rica, México e Escócia, antecipando já o sucesso de mais uma edição.

A decorrer nas margens do rio Lima, este é um Festival de excelência reconhecida, em muito graças ao cartaz diversificado e de grande qualidade a que nos vem habituando, permitindo o contacto com artistas de excelência que definitivamente deixam a sua marca em terras portuguesas minhotas.

António Vassalo Abreu Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca

Paralelamente à música, oferecemos a quem nos visita uma experiência única, complementada pela fantástica comunhão entre a sonoridade e a natureza envolvente, cujas belas paisagens deste concelho inserido no Parque Nacional da Peneda Gerês, declarado Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, não deixam ninguém indiferente.

Em cada concerto um espetáculo contagiante de ritmos, em que se descobre um novo caminho, uma via de fusão, um ponto de encontro que não obedece a fronteiras, que fazem já deste festival uma referência de Ponte da Barca e do Alto Minho.

Ficha Técnica Edição Município de Ponte da Barca Apoio à produção José Costa (Banzé) e Carina Silva (MEDIAsounds) Direção editorial e textos MEDIAsounds

Design gráfico e capa Augusto Borges Impressão Artes Gráficas Bacelar & Irmãos, Lda. Fotografia Alfredo Tomás, Silvano Lopes, Jorge Costa e Augusto Borges

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Dia 27, Palco Terras da Nóbrega

PAÍS: GALIZA (ESPANHA) Visto por mais de 20.000 espectadores, Keltia o Musical é um espectáculo didáctico, criativo e interactivo com o público, produzido pelos reconhecidos Bruxo Queiman e Andrea Pousa.

Tem como objectivo potenciar o ócio por via da cultura Atlântica, através da qualidade cénica, poesia artística e música tradicional fundida com outros recursos expressionistas.

K

eltia o Musical, conta a história do nascimento da Cultura Atlântica em terras galegas quando a Europa ainda estava sobre uma capa de gelo e a vida humana só era possível em terras de Keltia, na Galiza.

Perante o desejo do mar, os descendentes de Breogán partem em direcção às Terras do Norte, colonizando seis países celtas, o que viria a dar origem à primeira civilização da Europa, os Celtas.

As três deusas irlandesas – Eire, Fotlae e Banba – que viriam a ajudar os netos de Breogán na

conquista da Irlanda, viajam até Keltia e a beleza da paisagem, da cultura, da gastronomia faz com que se enamorem por dois princípes celtas. Mas, o amor não chegaria sozinho. A acompanhá-lo maus agoiros, invasões romanas, batalhas…e tudo obrigará os intervenientes desta história a aprender a viver, a lutar pelos seus sonhos.

Com cerca de 40 intervenientes em palco, Keltia o Musical apresenta uma mescla de canto, teatro, declamação, dança e fogo.

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Dia 27, Palco Terras da Nóbrega

P PAÍS: COSTA RICA

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eregrino Gris é um grupo costariquenho de música folk e celta, fundado em 2001. A sua música está baseada nas correntes de música tradicional da Escócia, Irlanda e Galiza, porém aportando a sua própria visão enquanto oriundos da América Central. Na sua discografia, encontramos três discos datados de 2003, 2005 e 2013, com uma resposta muito positiva do público.

Para este ano prepararam um novo trabalho discográfico, apoiado pelo fundo Ibermúsica, que celebra os seus 16 anos de actividade que será apresentado na Europa, e também pela primeira vez em Portugal em Julho.

Os Peregrino Gris são compostos por Eduardo Oviedo na gaita de foles, whistles e flauta, Rodrigo Oviedo nos teclados, guitarra e acordeão, Randall Nájera no violino, baixo eléctrico e contrabaixo, e ainda, Juan Carlos Pardo na bateria e percussão.

Dia 27, Palco Bricelta

PAÍS: PORTUGAL

O

s The Oafs são Afonso Carvalhido, Eva Gomes, João Dias e Raul Carvalho.

Formaram-se em 2013 fruto da vontade de exprimirem o seu amor pela arte musical e movimentam-se num universo folk a quatro vozes, amparados de um baixo, um clarinete, guitarras e percussão.

“Oaf” é uma pessoa desajeitada, precisamente como o lado que querem cativar de cada pessoa que os ouve e experiencia ao vivo, para que se liberte e aproveite a sua música e o que arodeia.

Depois de um bem sucedido primeiro EP “Mr. J” em 2015, e com mais de

60 concertos dados por todo o país, avançaram para a concepção do seu primeiro álbum “My scars and stories”. Nele contam-se as histórias, as boas e as más, que nos seus dias acontecem, que os acordam de noite, os levantam da cama e os obrigam a escrever, a criar e a evoluir.

Depois de percorrerem o país e de visitarem a vizinha Galiza, chegam a Ponte da Barca onde querem mostrar a sua cuidada evolução.

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Dia 28, Palco Terras da Nóbrega

PAÍS: PORTUGAL

A paixão pela música de raiz e pelas tradições portuguesas faz dos Diabo a Sete um caso sério.

“Figura de Gente”, o seu terceiro disco, exala uma contagiante frescura, misturando tonalidades de romances antigos e cantos de raiz tradicional portuguesa a batidas e ritmos contemporâneos. Do que desconstrói, nasce algo novo que arrasta consigo sons reconhecíveis, agitando mentes e corpos que não larga até deixar neles a sua marca.

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O

grupo sedeado no Ateneu de Coimbra nasceu em 2003 e, desde então, tem percorrido vários palcos nacionais (e não só), tocando em festivais como o MED em Loulé, o Intercéltico de Sendim, o Bons Sons em Cem Soldos e o Festival Músicas do Mundo de Sines. Os Diabo a Sete têm vindo a construir um repertório baseado em temas originais e outros inspirados na música tradicional portuguesa, ainda que procurem sempre abordá-los sem preconceitos puristas e com a consciência de que a música que elaboram é contemporânea.

Em 2007, a banda lançou Parainfernália , o seu primeiro trabalho. Quatro anos depois, surgiu Tarara, que contou com a participação de vários músicos convidados, entre os quais Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), uma das vozes do tema Paraíso Fiscal. Os novos temas de Figura de Gente aprofundam a tarefa de pegar em ritmos, sons e instrumentos associados à tradição e de lhe

dar letras, roupagens e desenhos melódicos actuais.

Na formação dos Diabo a Sete encontramos Celso Bento nas flautas e gaita-de-foles, Eduardo Murta no baixo eléctrico, Sara Vidal na voz, adufe, pandeireta e harpa, Luísa Correia na guitarra, Miguel Cardina na bateria e percussões, e, por fim, Pedro Damasceno no bandolim, cavaquinho, concertina e flautas.

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Dia 28, Palco Terras da Nóbrega

“Não é possível parir melhor folclore” diz o Diário Crítico da Galiza. A devoção, o cuidado e o carinho que Xabier Díaz – que tem já uma larga trajectória neste campo, não só como músico mas também como profundo investigador – impregna ao seu maravilhoso disco “The Tambourine Man” em que participam as Adufeiras de Salitre, é impossível e raro de encontrar.

U

m projeto que une um grupo de percussionistas e cantoras de música popular – as Adufeiras de Salitre – a Gutier Álvarez na sanfona e violino, Javier Álvarez no acordeão diatónico e naturalmente Xabier Díaz, nome maior da música galega com profunda ligação a bandas como Berrogüetto, Nova Galega de Danza, ou ACadaCanto.

Na algibeira trazem o aclamado “The Tambourine Man”, disco que

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propõe uma revolução e renovação da música popular galega muito por fruto da recuperação de instrumentos tradicionais praticamente em desuso, pela selecção de canções populares da Galiza desconhecidas do grande público e pelo enfoque vanguardista e pessoal que só Xabier Díaz consegue ter. São no total onze composições, uma delas em castelhano, resultado de um trabalho de investigação que o músico galego realizou durante mais de 20 anos.

Em “The Tambourine Man” escutam-se pandeiretas, adufes, canções e ritmos tradicionais que convidam à dança, num exercício sonoro que enaltece a expressão musical ibérica, e que contém colaborações de excelência como Kepa Junkera, Carmen París e Aleix Tobías (Coetus). O disco recebeu o galardão de Melhor Disco em Galego nos Prémios da Música Independente ‘16, o título de Melhor Álbum de Música Tradicional ‘16 nos Prémios Martín Códax da Música Galega, e a faixa “Cantiga da montaña” foi ainda eleita Melhor Tema Musical Galego nos Prémios aRi(t)mar. Esteve ainda no Top Ten da World Music Charts Europe durante dois meses consecutivos.

PAÍS: GALIZA (ESPANHA) 11

Dia 28, Palco Terras da Nóbrega

PAÍS: EUSKADI (PAÍS VASCO) e PORTUGAL

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Os Kalakan oferecem-nos polifonias vocais harmónicas, ritmadas e vigorosas de repertório ancestral euskera, algumas delas próximas de grupos corais corsos ou de projectos de ritmo e voz da Occitânia, apoiado em percussão corporal que pisca o olho aos brasileiros Barbatuques, tambores, tamboris e na inevitável txalaparta, para além de aerofones locais como a estridente alboka e a flauta de tamborileiro.

O

s Kalakan são um grupo de três cantores e percussionistas – Thierry, Xan e Jamixel – que se servem da sua raiz basca para compor em Euskara.

Apostando na simplicidade, na elegância da comunicação com o seu público, os Kalakan transportam emoções para a música que produzem e raramente deixam aqueles com quem se cruzam indiferentes.

Assim aconteceu no encontro entre o Bolero e a Txalaparta que veio de Maurice Ravel, responsável pelos arranjos para Katia e Marielle Labèque, famosas pianistas, que envolveram dois txalapartari para gravar uma versão para dois pianos e percussões bascas do famoso Boléro.

O percurso que se seguiu foi o início de uma bela aventura humana e

artística. Katia e Marielle ligaram-se à sua infância passada no País Basco e Kalakan nasceu e floresceu ao lado das suas madrinhas.

Graças a Katia e Marielle, o trio conheceu mais tarde Madonna na costa basca. Depois de cantar para o seu aniversário, foram convidados para a tour da diva em 2012. Uma intensa aventura que colocou os olhares da imprensa internacional em cima da formação.

Luís Peixoto, por sua vez, nasceu em Coimbra e após vários estudos feitos em flauta de bisel e guitarra clássica decidiu dedicar-se em exclusivo à música.

Conta com vários primeiros lugares discográficos internacionais como Melhor Composição Original nos Prémios Jumping Bits ‘11, e Melhor Álbum Folk do Ano com o disco Assembly Point de 2011, e mais tarde em 2014 com o disco Trim nos XI e XIV Prémios Opinión. No seu currículo de colaborações contam-se nomes sonantes da música ibérica como Sérgio Godinho, Kepa Junkera, Anxo Lorenzo, Ana Bacalhau ou Celina da Piedade, só para citar alguns.

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Dia 28, Palco Bricelta

roveniente do estado de Chiapas, no México, Quique Escamilla tem vindo a ganhar um lugar de protagonismo na world music.

No país de adopção, o Canadá, tornou-se presença habitual nos melhores festivais de música e teatros através da sua fusão do rock com ritmos populares mexicanos de que são exemplo o huapango ou a ranchera, à qual se junta uma forte mensagem política de apoio à revolução Zapatista, à luta pelos direitos humanos, à liberdade e igualdade entre nações.

No seu curriculum contabilizamse o prémio de Melhor Artista nos Canadian Folk Music Awards de 2014, o prémio de Melhor Artista Canadiano nos Juno Awards de 2015 e o ano passado foi um dos artistas convidados a integrar o painel de concertos do WOMEX, em Santiago de Compostela.

Em 2017 estreia-se em Portugal no line-up do Palco Bricelta.

PAÍS: MÉXICO

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Dia 28, Palco Bricelta

A

Chulada da Ponte Velha é um projeto resultante do interesse de vários músicos em retomar as práticas musicais do Douro e do Minho, em especial as chulas dos descantes. O uso das violas tradicionais do Norte de Portugal, da rabeca chuleira e do violão ponteado caracterizam o som da banda, composta por Paulo Silva e Pedro Almeida nas percussões, Napoleão Ribeiro nas violas braguesa e

amarantina, Rafael Gomes no violão e viola braguesa, e Nuno Dias na rabeca chuleira. A Lígia Milheiro integra ainda a formação enquanto convidada especial para a monitorização da dança.

São uma das apostas nesta 10ª Edição para o Palco Bricelta dedicado aos novos valores da música folk.

PAÍS: PORTUGAL

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Dia 29, Palco Terras da Nóbrega

PAÍS: ESCÓCIA (REINO UNIDO)

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“Uma fusão brilhante entre o clássico e o contemporâneo” diz o jornal The Herald. É entre rasgados elogios da imprensa especializada e plateias lotadas um pouco por todo o circuito folk internacional que se movimentam os Rura, uma das mais aguardadas actuações deste ano.

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onsiderados pela prestigiada revista Songlines como “uma das mais entusiasmantes bandas da actualidade na cena folk escocesa”, os Rura foram nomeados em 2015 como Melhor Actuação do Ano nos Scots Trad Music Awards e novamente nomeados o ano passado como Melhor Banda Folk.

Os Rura nascem em 2010 depois da participação no mundialmente conhecido Festival Celtic Connections onde actuaram posteriormente por sete anos consecutivos. Cinco anos mais tarde, com a edição de “Despite the dark”, iniciam uma intensa digressão internacional que os levou a actuar um pouco por todo o mundo, correndo o circuito de festivais folk em mais de 20 países.

Hoje, Steven Blake, Adam Brown, David Foley e Jack Smedley’s orgulham-se de ter atingido o estatuto de ser uma das mais poderosas bandas escocesas de folk contemporâneo com actuações ao vivo que fazem a diferença pela sua carga energética e mestria na execução.

A sua mistura sonora requintadamente robusta e refinada de violino, gaita de foles, flauta, bodhran e guitarra conquistou seguidores em todos os cantos do globo, incluindo imprensa especializada.

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Dia 28, Palco Bricelta

PAÍS: PORTUGAL

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m 2008, três canalhos iniciaram esta viagem com a formação de festa transmontana, gaita, caixa e bombo. Desde ai até hoje, as raízes estenderam-se dando forma a um grupo de 8 músicos, quase todos vindos dos campos da música erudita, criando uma sonoridade original, complexa, em que o denominador comum é a identidade da música tradicional.

Com uma linguagem que deriva desde a ortodoxia até ao experimentalismo (passando por névoas de jazz, reggae, rock e outros estilos) a criação resulta num estilo eclético e diferenciado, com recriações de temas tradicionais e criações de temas originais sem nunca renegar o que nos une: a alma transmontana.

Os Enraizarte são uma das apostas desta 10ª Edição do Festival Folk Celta e apresentam-se ao vivo numa formação marcada por Marcelo Almeida nas gaitas de fole e voz, Frederico Almeida no saxofone e gaita transmontana, João Dias no baixo, Marcelo Fernandes no piano, guitarra e braguesa, David Pinho na guitarra, Marco Pereira na bateria, Margarida Carvalho e Diogo Martins nas vozes.

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Dia 29, Palco Terras da Nóbrega

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ascidos no bairro de Zamáns, os Virandeira experimentaram uma enriquecedora evolução desde a sua criação em 2010. Da sonoridade melódica dos seus primeiros temas, evocando a cultura celta e galega, à fusão com outros géneros musicais de que é exemplo o rock, a banda soube reinventar-se a cada projecto na procura de novas fronteiras musicais.

O primeiro disco, Sons do Atlântico, remonta a 2012 sendo editado três anos mais tarde Metamorfose.

Desde então, a banda tem-se

desdobrado em actuações pelo circuito de salas e festivais na Galiza, e é este ano convidada a estrear-se em Portugal no Festival Folk Celta.

Na sua formação encontramos Chema Alonso nas gaitas, David Oitabén na flauta, André Taboada no violino, Roberto González na guitarra, David Casal no baixo, e Kike Carrillo na bateria.

PAÍS: GALIZA (ESPANHA) 19

Dia 29, Palco Terras da Nรณbrega

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Seis discos editados, 13 anos de carreira e um legado impossível de ignorar.

Da música dos Balcãs ao Ska, das sonoridades indianas à melodia árabe, sopros loucos e descontrolados que nos obrigam a saltar e esbracejar, é inegável a festa que os Kumpania Algazarra conseguem fazer com o público. No final, corpos suados mas com sorrisos de orelha a orelha pela boa disposição contagiante.

PAÍS: PORTUGAL

O

s Kumpania Algazarra surgem em 2004 pelas ruas de Sintra, inspirados pela energia da folia e boa disposição.

Um ano mais tarde gravam o seu primeiro EP e daí partem à aventura, com a caravana a animar Portugal de lés-a-lés e inclusive o desconhecido mundo exterior, passando por Espanha, Itália e Eslovénia.

Em Fevereiro de 2008 surge o seu primeiro trabalho de originais com nome homónimo. Nesse ano vencem o Mercè a Banda, concurso internacional de bandas de rua das Festas de La Mercè, em Barcelona.

Daí saltam para os grandes palcos nacionais, tendo sido convidados a actuar nos Encontros Culturais de Língua Portuguesa no Rio de Janeiro, Brasil.

Pelo caminho, muitos são os DJ e produtores que a banda conhece e que manifestam interesse em misturar esta algazarra. Surge então a ideia de fazer o Kumpania Algazarra

Remix (2010), ou seja, as músicas do primeiro CD remisturadas em vários estilos. Xoices, Inner G, Woman in Panic, Ovelha Negra, Sam the Kid, Beat Laden, Yanus e os Breakfast Djs fazem pura alquimia, transformando o som orgânico da Kumpania em algo fresco para novas pistas e novas danças.

Já mais tarde, em 2011, a passagem pelo Festival de Músicas do Mundo de Sines fica marcada pelo lançamento de um EP ao vivo, editado pela Optimus Discos.

A Festa Continua, o segundo álbum de originais dos Kumpania Algazarra, chega em 2013, um trabalho em que diversos universos musicais são abordados e se coloca a nu a situação política e social do país. A influência balcânica, que caracteriza a banda convive com o calor tropical, o balanço oriental e arabesco, os beats da música de dança e o hiphop.

Melodias inebriantes, a força dos sopros e o ritmo da festa compõem o menu.

Em 2015 foi editado o terceiro álbum de originais Acoustic Express. Nele é feita uma abordagem à vertente mais acústica e nómada dos Algazarra, que representa as viagens da banda pelo mundo, as diferentes impressões e (re)interpretações sonoras inspiradas nos diferentes cenários dessas mesmas viagens.

Para este novo ano, a banda está a preparar nova imagem e novo espectáculo.

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Dia 29, Palco Bricelta

T

êm nome francês, mas escrevem e cantam em português. Assim celebram a vida. Falam de amor, da vontade, da razão e da loucura. Em formato acústico, próximo da “canção de autor”, a várias vozes, os Les Saint Armand valorizam a palavra. A sua música tem um carácter próprio, já marcado por dez anos de existência.

Em constante mutação e maturação,

apresentam agora o seu primeiro álbum oficial, “Nó”.

Eleitos pela Time Out Porto como um dos “Nomes a ouvir em 2017”, o álbum “Nó” foi ainda nomeado como um dos melhores EP’s de 2016 pelo programa Santos da Casa da RUC e pelo blog A Certeza da Música.

São uma das actuações a não perder no Palco Bricelta.

PAÍS: PORTUGAL

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Dia 29, Palco Bricelta

O

s The Town Bar formaram-se em 2014 no Cartaxo e a sua sonoridade percorre caminhos entre a folk, o country ou o rock, utilizando, entre outros, instrumentos como o ukulele, o trompete e a harmónica.

Após terem pisado palcos como o NOS Alive ‘14 ou o Festival do Avante em 2015, a banda é convidada a distribuir o disco de estreia “At the bar” pela Universal Music, título que saiu no passado mês de Setembro.

O single homónimo alcançou o 1º Lugar no ranking global da Tradiio, tendo sido eleita música do dia e escolha de playlist na Soho Radio de Londres e na Rádio Nacional de Espanha. Em Portugal os The Town Bar têm o apoio da Antena 3.

A banda é composta por Filipe Nicolau na voz, guitarra, ukulele e guitalele; Miguel Nicolau na bateria e voz; Artur Correia no trompete, harmónica e voz; Luis Mirradinho no baixo e voz; e David Colaço no piano. Apresentam-se este ano pela primeira vez em Ponte da Barca.

PAÍS: PORTUGAL 23

Manuel Joaquim Pereira Director do Festival Folk Celta

Q

uando em 2008 ousamos criar um festival de música folk, que denominamos de Folk Celta, estávamos longe de imaginar que, volvidos 10 anos, o certame atingisse tão elevado nível de notoriedade, tanto a nível nacional como internacional, como bem demonstrado fica pelas inúmeras referências nos diversos órgãos de comunicação social bem como no interesse demonstrado por bandas folk de diversas proveniências. Desde a primeira edição em 2008 com 4 bandas até à décima com a presença de 13 bandas e um Musical, distribuídas por dois palcos, passaram pelos Palcos do Folk Celta nomes conceituados como, a título exemplificativo, os portugueses Galandum Galundaina, Toques do Caramulo, Aduf, José Barros e Navegante, Gaiteiros de Lisboa, Brigada Vitor Jara, de Espanha Berrogueto, Luar na Lubre, Cristina Pato, Susana Seivane, Judith Matheo, Kepa Junkera, Milladoiro, da

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Alemanha os Cobblestones, da Polónia Beltaine, da Irlanda Niamh Ni Charra.

A par destes nomes consagrados foi criado a partir de 2013 um segundo palco com o duplo objectivo de evitar os “tempos mortos” entre as actuações dos grupos e servir de mostra ao trabalho desenvolvido por promissoras bandas de folk da actualidade, objetivos alcançados seja pela dinâmica do festival seja pela visibilidade da presença no festival como tem vindo a ser reconhecido pelas bandas que passaram pelo Palco Bricelta.

Ao chegar à X edição pretendemos atingir novos públicos daí a opção por iniciarmos o Festival com um musical, numa mescla de canto, dança, teatro, declamação e fogo, que conta a história da Cultura Atlântica e que abordará algumas das ancestrais tradições das Terras da Nóbrega numa produção de Andrea Pousa e Queiman, atores principais do musical, que conta ainda com a participação de cerca

Ao chegar à X edição pretendemos atingir novos públicos daí a opção por iniciarmos o Festival com um musical, numa mescla de canto, dança, teatro, declamação e fogo, que conta a história da Cultura Atlântica.

de 40 intervenientes. De seguida, no Palco Bricelta, os The Oafs que, após a visibilidade que a presença no ano passado no Festival lhes proporcionou, manifestaram interesse em apresentar o seu disco de estreia “My scars and stories”. Fecha o primeiro dia do Festival um grupo da Costa Rica, os “Peregrino Gris”, em digressão pela Península Ibérica, um grupo de música folk, celta e fusão com 15 anos da actividade e que apresentará temas dos seus 3 discos já editados.

O segundo dia começa com o músico multi- instrumentista, produtor, cantor Mexicano Quique Escamilla que partilha o Palco Bricelta com os projectos portugueses Chulada da Ponte Velha e Enraizarte. No Palco “Terras da Nóbrega” a música tradicional portuguesa e galega estarão em destaque com os prestigiados “Diabo a Sete” e “Xavier Diaz & Adufeiras de Salitre”. O segundo dia termina com um projecto inovador com os percussionistas “Kalakan” e o

virtuoso dos instrumentos de corda “Luis Peixoto”. No último dia do Festival no Palco Bricelta teremos os participantes no concurso “ Novos Valores da Folk”, o grupo do Porto, “Les Saint Armand” e do Cartaxo os “The Town Bar”. Na abertura do palco “Terras da Nóbrega” os “Virandeira” que no ano passado participaram no concurso “Novos Valores da Folk”, seguindo-se vindos da Escócia, os “Rura”, uma das mais entusiasmantes bandas da actualidade na cena folk, nomeados em dois anos consecutivos nos “Scots Trad Music Awards”. Encerram o festival numa algazarra estonteante, num clima de folia permanente, os “Kumpania Algazarra”, uma banda portuguesa de música folk com influências multiculturais de sons balcânicos, árabes, latinos, africanos, funk e hip hop.

Ao fim de 10 anos importa agradecer aos funcionários do sector da Cultura da Câmara Municipal de Ponte da Barca pelo empenho na organização que vai muito além das funções que lhes competem, à produtora “Banzé” e ao seu administrador José Costa que connosco partilha a programação do festival, à agência de comunicação Media Sounds que tem contribuído, de forma notável, na divulgação do Festival, ao designer Augusto Borges, autor da imagem do Festival, aos patrocinadores, às empresas que ao longo destes anos connosco têm colaborado, aos jovens voluntários, a todos pelo empenho demonstrado e pelo espírito de equipa o nosso agradecimento.

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Sílvia Torres

Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Ponte da Barca

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á dez anos a marcar ritmos celtas o Festival Folk Celta insere-se no âmbito de uma política municipal de valorização da diversidade cultural.

Ponte da Barca possui inúmeras potencialidades e as autarquias têm, por possuírem um conhecimento meticuloso da realidade cultural, o dever de as explorar e difundir. Este festival contribui para isso! Em pleno coração do Parque Natural Peneda Gerês e com os rios Vade e Lima como cenário, os veraneantes poderão usufruir de 27 a 29 de julho de um contacto privilegiado com a natureza e de espetáculos de grande qualidade artística.

Na abertura deste ano o festival apresenta-nos o Musical Keltia. Com cerca de 40 intervenientes em palco, este musical proporciona-nos uma mescla de canto, teatro, declamação, dança e fogo, numa produção que

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promete deslumbrar os festivaleiros no já habitual cenário idílico característico desta região. Passarão, ainda, por esta 10ª edição nomes como Xabier Díaz e Adufeiras de Salitre, os Kalakan, Luís Peixoto, os Diabo a Sete e os Kumpania Algazarra, Enraizarte, Virandeira e os Peregrino Gris.

Este festival afigura-se, indubitavelmente, como uma excelente oportunidade para dar a conhecer o património históricomonumental de Ponte da Barca com a sua gastronomia, os seus vinhos de excelência, o artesanato, as tradições e ainda magníficas condições para a prática de atividades ao ar livre que fazem de Ponte da Barca um lugar a visitar. Divulgar o que temos de melhor e único, aquilo que nos diferencia, é o nosso imperativo, é o nosso legado! Estão assim reunidas excelentes condições para que mais uma vez o nosso festival seja um sucesso!

Um bem haja ao Festival Folk Celta e a todas as iniciativas que permitem dar cumprimento às políticas de promoção do nosso concelho! Ponte da Barca é do Minho e de quem nos quiser visitar!

Sejam bem-vindos!

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anos de folk celta em imagens

2008– 2017

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Datas

Onde ficar

27, 28 e 29 de julho 2017

Local

Praça Terras da Nóbrega (Campo da Nucha) Ponte da Barca Coordenadas GPS do Festival: 41.808181, -8.421763

Atividades paralelas

Feira com entrada livre no período da tarde. Nela poderão encontrar cerveja artesanal, licores tradicionais, vinhos, queijos e enchidos da região, sabonetes artesanais, óleos e unguentos naturais, entre outros produtos manufacturados. A feira inclui ainda uma área de restauração que estará a trabalhar durante todo o horário dos concertos. + info: mbago@cmpb.pt

Bilhetes

Os bilhetes podem ser adquiridos diretamente na bilheteira do festival, no Posto de Turismo ou no Ticketea (www.ticketea.pt)

Sites informativos

www.folkcelta.pt www.facebook.com/folkcelta www.cmpb.pt

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Lima Escape – Parque de Campismo de S. Miguel Entre Ambos-os-Rios Parque Nacional Peneda-Gerês www.lima-escape.pt NOTA: O Festival conta com transporte gratuito de ida e volta entre o parque de campismo e o local dos concertos Tempus Hotel & SPA Lugar de Quintão – Oleiros Ponte da Barca www.hoteltempus.com Hotel Fonte Velha Rua Plácido Vasconcelos Ponte da Barca www.hotelfontevelha.pt Hotel os Poetas R. Dr. Alberto Cruz,nº 9 Ponte da Barca www.hotelospoetas.com Hostel Magalhães Rua Dr. Joaquim Moreira Barros Ponte da Barca www.magalhaeshostel.com Central de Reservas da ADERE Peneda-Gerês Rua D. Manuel I Ponte da Barca www.adere-pg.pt

COMPRE Bilhetes ONLINE Passe Geral 3 dias 20,00 euros Passe 2 Dias 15,00 euros Bilhete Diário 10,00 euros

www.ticketea.pt

HORÁRIOS DOS ESPECTÁCULOS Dia 27 de Julho Palco Terras da Nóbrega 22h30 – Keltia, o Musical (ES) 00h30 – Peregrino Gris (CR) Palco Bricelta 23h30 – The Oafs (PT)

Dia 28 de Julho

Dia 29 de Julho

Palco Terras da Nóbrega 21h00 – Virandeira (ES) 22h30 – Rura (GB) 00h00 – Kumpania Algazarra (PT) Palco Bricelta 20h30 – Mac Mardigans (ES) 22h00 – Les Saint Armand (PT) 23h30 – The Town Bar (PT)

Palco Terras da Nóbrega 21h00 – Diabo a Sete (PT) 22h30 – Xabier Diaz & Adufeiras de Salitre (ES) 00h00 – Kalakan feat. Luís Peixoto (ES-PT) Palco Bricelta 20h30 – Quique Escamilla (MX) 22h00 – Chulada da Ponte Velha (PT) 23h30 – Enraizarte (PT)

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