Aleatorios volume 1

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copyright © José Roberto Cavalcante Alves, 2022 Todos os direitos reservados

Dedico esse livro à vida, a quem me deu e também a quem me permitiu dá-la a alguém, um dos meus grandes sonhos.

Que esse livro, longe de ditar normas e regras, lhe inspire a pensar e a ter os seus próprios pensamentos aleatórios. Grande abraço! um gerente de projetos

projetos gerente de ALEATÓRIOS DE um PENSAMENTOS josé roberto cavalcante alves

Uma luz no fm do túnel ou nem tudo está perdido

Ao lermos essa maravilhosa compilação em Pen samentos aleatórios de um gerente de projetos, do nosso querido amigo Zé Roberto (com a intimidade de quem já se conhece há anos), você se depara com uma linguagem sobretudo descontraída. É como se você estivesse sentado em um bar, à beira da praia, degustando uma boa cerveja com petiscos e trocando “visões da vida” com os amigos, de uma forma muito bem-humorada e com um profundo “punch” técnico. De coração aberto e pés descalços, como são os mole ques... e como é a alma do Zé.

Excelente redação, excelente seleção de ilustra ções, temas impactantes e que nos tiram do confortá vel “dolce far niente”.

Um jeito muito humano e delicioso de abordar todo o cenário onde estão contidas todas as ativida des de um projeto.

O Zé é um guerreiro!

Não tem medo de errar e de aprender com os erros! Não tem medo das críticas, positivas ou negativas...

Sempre sabe tirar o melhor proveito das lições aprendidas.

Ele é como o passista da escola de samba, que pa rece cair pra cá e pra lá, mas, na verdade está fazen do suas evoluções maravilhosas com graça e extrema elegância.

Sensível com o sofrimento do outro, mormente, acredita na força da liberdade, da criatividade, do tra balho e da solidariedade.

Preza muito pela força da autoconfança: a mola mestra que nos faz se atirar por cima dos desafos!

Sua visão de “Deus” se baseia em uma visão crítica

e objetiva de que o indivíduo “cria” seus “deuses” da forma que melhor lhe convém.

E, uma vez de posse desse “deus” criado, ele se reveste de um “poder” sobrenatural, para justifcar seus atos de opressão sobre os demais indivíduos. (A se pensar...)

Sua luta tem sido sempre por um ideal de liberda de: sem grilhões, sem comandos, capaz de promover o despertar livre de um senso crítico.

Assim, dentro desse contexto, o Zé nos incomo da, nos convocando para levantar do nosso “sono” e comodidade, para um despertar crítico, consciente, criativo e, principalmente: livre! Não permitindo que ninguém passe por essa vida sem dar a sua melhor contribuição!

O Zé não está em busca de seguidores e sim de pensadores! O que são coisas bem diferentes... Zé, eu sei muito bem que você não gosta de “tapinhas nas costas” e elogios vazios, mas, mesmo assim eu, pelo menos, não tenho outras coisas a te dizer senão: Brilhante Zé! Corajoso Zé! Exemplar Zé! Continue sempre assim! Não esmoreça! Parabéns por toda a sua obra de vida, cultura, trabalho, família, flha e amigos! Peço licença para demonstrar a minha fé e pedir que Deus te abençoe sempre!!!

Para refetir sobre a vida cotidiana

O livro Pensamentos aleatórios de um geren te de projetos, de José Roberto Cavalcante Alves, é maravilhoso! Desde que comecei a ler, fquei fasci nada pelas tais expressões.

É uma obra que aborda temas bastante atraen tes para refetir sobre a vida cotidiana. Temas dife

rentes que prendem a atenção do leitor. Tenho cer teza que esse livro é de grande aprendizado. Recomendo com toda certeza!

Luiz Marcos Davi da Silva músico

“Pouco conhecimento faz com que as criaturas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes.”

Leonardo Da Vinci

Por incrível que pareça, doar o seu conhecimento só o faz aumentar. Um grande abraço e uma boa leitura.

6 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Futebol, praia e carnaval (Tchan)

Hámuito tenho dúvidas sobre isso, se real mente somos abençoados ou não passa somente de uma vontade que se choca com a dura realidade.

Num desses dias, por meio do ócio cria tivo (sim, a ociosidade pode ser benéfca. Calma, não durante 365 dias!) fquei imagi nando: qual a imagem que o Brasil passa para o exterior? E porque deveríamos nos preocu par com essa imagem?

Simples: hoje, mais do que nunca, os seres humanos se relacionam de uma forma dife rente, mas com uma avalanche de informa ções, verdadeiras, mentirosas, reais e fctícias. E imagem é algo muito importante (não estou falando de fantasia e encenação teatral, falo de imagem). Nosso cérebro trabalha muito melhor com imagens do que com a escrita. E qual a primeira coisa que notamos seja numa pessoa, lugar, animal ou coisa? E, por meio da imagem, o que o Brasil vende fora daqui ? Há um tempo foi futebol, praia e carnaval, mula tas e samba.

No futebol, o foco passou a ser o valor das transações e não mais as belas jogadas e os gols, e, no carnaval, que um dia foi uma festa popular (não é mais já fez muito tempo) ape nas uma vitrine para vender corpos, fantasias (físicas e mentais) e não mais a cultura do país.

Na música (a gente sempre acha que no nosso tempo era melhor), presenciei os anos 80 e 90, onde o rock nacional eclodiu e passamos de meros fazedores de versões de músicas em inglês (Jovem Guarda) para a produção de nossos próprios versos. Os tupi niquins descobriram a escrita e que podiam pensar, depois de 20 anos de ditadura. Hoje, ouvimos (que bom não sermos surdos), mú

sica de gosto duvidoso com no máximo duas ou três palavras, para não deixar muito com plexo e difcultar o entendimento.

Fazendo uma relação com a matemáti ca, quem produz esse gênero musical bem provável que terá difculdades em fazer uma conta mais complexa, pois música tem a ver com essa ciência exata. Mas a Anitta faz exa tamente o que a Madonna já fez (vende sen sualidade que pende para um comércio de corpos). Para se pensar… E o objetivo passa a ser o volume em de trimento da qualidade, com a meta imedia tista de enriquecer a qualquer preço. Um dia eu achei que não haveria nada pior que “É o tchan” (melhor eu fcar quieto...rs).

Voltando ao assunto imagem, o que o Brasil vende lá fora ou o que desejamos ou desejaremos que ele venda? Primeiro a ima gem, e, depois, o que se propõe a vender de fato. Por trás do Cristo Redentor, estão os morros e as favelas. Por trás da consagrada arquitetura do Niemeyer, está o Congresso Nacional, por trás dos arranha-céus de São Paulo, estão Paraisópolis e Heliópolis. Me lhor prevenir do que remediar, é mais ba rato construir escolas e evitar que vá para um lugar não tão agradável, do que gastar o orçamento em uma suposta segurança que não existe.

A decisão não passa pelos políticos (me lhor não contar com eles), passa por nós. Amanhã eu irei ao estádio ver o meu time (Timão) jogar. “Mas você acabou de falar que futebol virou algo extremamente comercial.” Eu sei, mas têm certas coisas que vem do co ração, e quando vem daí, fca difícil segurar. Chegou a hora do Brasil virar uma nação.

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8 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Como

você quer ser lembrado?

Pelas suas certifcações ou pelos projetos que entregou?

Como aquele que somente cobrou ou o que ajudou?

Pela transferência de responsabilidade ou por fazer?

Como um pai ou um genitor?

Pelos amigos virtuais ou os de fato?

Pelo seu apelido ou pelo seu nome completo?

Pela demagogia ou pelas atitudes?

Pelas suas lamentações ou pelo que realizou?

Pelo seu destempero ou pelo autocontrole?

Pelas suas frustrações ou pelo que conquis tou?

Pelo sucesso a qualquer preço ou pelo re conhecimento por parte dos outros? Ou so mente o seu?

Pelos atos que magoaram alguém ou pelas pessoas que ajudou? Pela sua sombra ou pela sua luz?

Pela mesquinharia ou pelo desapego?

Pelo seu orgulho ou pelo seu conhecimento?

Pelo que acumulou ou pelo que doou? Não necessariamente dinheiro. Pelo que escolhe ram por você ou pelo que escolheu?

Pela sua preguiça ou pelos momentos que resolveu prosseguir? Mesmo com difculdade de locomoção, seja ela qual for.

Pelos caminhos que decidiu não seguir ou aqueles que, mesmo errados, fzeram você chegar a algum lugar?

Pela petulância em achar que sabe de tudo ou por ter a mente aberta a aprender sem pre, mesmo com os aparentemente mais des providos de cultura?

Por suas dúvidas ou suas certezas?

Pelo resguardo ou por assumir riscos e en frentar as suas consequências, mesmo sem saber ao certo quais?

Pelo ícone estereotipado de sucesso ou pelo ser humano?

Não existe certo ou errado aqui, apenas es colhas e que tipo de legado você quer deixar.

Um grande abraço.

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Como você quer ser lembrado?
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Sempre ocupado? Cuidado, você pode estar perdendo

chance da sua vida

os últimos meses, tenho falado com centenas, talvez milhares de pessoas no mundo inteiro. Das mais diversas formas: WhatsApp, YouTube, LinkedIn, Facebook, Ins tagram, rádio, e-mails, Twitter, telefone e pes soalmente (a minha forma preferida, por não ser tão fria).

Durante

po para fazer algo que o agrade, alguma coisa está errada.

Invariavelmente, em boa parte dessas conversas, ouço as seguintes frases:

Estou na correria. Quando eu tiver um tempo eu vejo isso. Ando trabalhando tanto que não tenho tempo para nada!

Você já ouviu ou já disse isso? Quem não, não é mesmo? Conhece mais alguma?

O raciocínio é simples: são 24 horas. Con siderando-se oito horas de sono (segundo especialistas, o necessário para se ter uma boa saúde), mais oito horas de trabalho, ainda restam oito.

E o que você faz nas oito horas restantes? Faz exercícios? Lê um livro? Envia, pelas re des sociais, assuntos relacionados às eleições e polemiza? Assiste televisão? Ouve músicas? Ócio criativo?

É fato que, se realmente nos interessar mos por alguma coisa, arrumaremos tempo para, ao menos, saber do que se trata. E se você, nessas oito horas, não arrumou tem

Ontem, encontrei com a minha flha. Fi camos cerca de quatro horas juntos, metrô e depois uma visita a uma livraria na avenida Paulista. Conversamos a respeito de diversos assuntos, até sobre as eleições. #elenão, #elesim, #elementar. Mas, principalmente, sobre profssão: a dela.

A instruí, assim como fz com minhas so brinhas, a começar a fazer sua rede de conta tos, não principalmente no Facebook, mas no LinkedIn. Seguir empresas, contatar pessoas do segmento de mercado que ela escolheu. E arrumar tempo para ver as oportunidades. Mas com visão de empreendedora, para que um dia as pessoas passem a seguí-la (com o cé rebro) e ouví-la. Nada substitui o velho e bom bate-papo numa mesa.

Recomendei um curso de teatro, para quebrar a inibição e conseguir falar em pú blico. É indispensável saber se comunicar ver balmente para ter sucesso e é sabido que as palavras têm, e muito, poder.

Em resumo, o tempo somos nós que ar rumamos. E, se está sempre ocupado... Cui dado, você pode estar perdendo a chance da sua vida.

Grande abraço.

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Um ateu com fé

Sou um ateu declarado. Durante muitos anos briguei com a minha consciência (venho de uma família espírita), com medo das puni ções de deus.

Desde um simples palavrão desferido até algo mais sério, como uma agressão verbal a um semelhante. E à noite, nas orações que nunca vi sentido, tentando me desculpar para não ser punido.

Na fase adulta, num embate feroz com minha mente, dei um basta numa entidade ou ser supremo que de alguma forma contro laria a minha vida, sem nunca ter vindo falar comigo pessoalmente. Nunca aceitei e não aceito isso.

Talvez excessivamente sensível aos so frimentos mundanos, eu sofro ao ver um ser humano sofrendo, eu sofro ao ver um animal sofrendo. Isso me machuca a alma e fca lá o corte que nunca cicatriza, e, de tempos em tempos, sangra.

Eu sou um ateu romântico que chora com baladas, que gosta de passear de mãos da das, de brincar feito criança e amar como um adolescente. Já me machuquei várias vezes por conta disso. Mas eu sou daqueles que não desistem e vivo a procura do segundo grande amor da minha vida.

O primeiro é a minha flha.

A simples ideia de machucar o sentimento de alguém, me corrói. Eu nunca brinquei com ninguém, pois já senti na pele o que é entre gar-se a alguém e não ser correspondido. E o pior: ser enrolado.

Desde a minha primeira namorada, por quem fui extremamente apaixonado eu ia onde fosse necessário para vê-la (me man dou passear num belo dia) , até outros rela cionamentos, com outros interesses que não o amor.

Você fca arredio.

E, em fcando arredio, começa a se afastar e afastar pessoas, com o espírito da música:

“Você chegou querendo, tudo o que o tempo não te deu”

E você se assusta com o “toma que tudo isso é seu”

Soterrado

E o que poderia ser bom, evita Chorar, sem externar, é cortante Escrevendo para amenizar. Quando: Saio do prumo. Perco minhas armas e forças. Perco minhas certezas. Perco minha razão. Tiram-me o chão. Sabe aquele corte? Voltou a sangrar.

Apenas um desabafo de um ateu com fé que espera que os seres humanos portem-se como tais e que possamos evoluir juntos e en tendermos que, de alguma forma, somos um só corpo.

“A fé na vitória tem que ser inabalável”. Grande abraço.

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Qual a melhor hora para mudar?

Jáme peguei algumas vezes questionando e analisando o caminho que percorri pro fssionalmente e pessoalmente.

Profundamente, foram raras as vezes.

Uma vez que estamos envolvidos na cor reria do dia a dia, não nos permitimos refe tir e nos dar a chance de, se preciso, mudar os rumos.

Em geral, alguma coisa externa e fora do nosso controle nos força a fazer isso. Não que seja necessariamente ruim: em muitos mo mentos precisamos de um empurrão, mas não é algo que esteja sob a nossa responsabilida de. Não estou falando de coisas sobrenaturais e da natureza, como fatores climáticos, e sim de ações tomadas por outros que mudam a nossa vida, para pior ou melhor.

A vida não é lógica e, como dizem, não é justa. Mas justiça, muitas vezes, é questão de ponto de vista.

Ela não é lógica. Porém, se você decide diariamente ir ao trabalho sempre pelo mes mo caminho, não saberá se o outro é mais apropriado.

Se tomar o seu café da manhã sempre na mesma padaria, não saberá se na outra o

atendimento é melhor. Se falar sempre com as mesmas pessoas, correrá o risco de ir e vol tar sempre no mesmo assunto.

Alguns sintomas são clássicos, particular mente no trabalho: você executa suas tarefas com a dedicação e o profssionalismo de sem pre e os resultados, aos olhos dos outros, são poucos.

Isso indica que, ou já se fez tudo o que de veria ser feito ali, ou aquele campo não está preparado para você plantar.

Restam duas as opções: irriga-se para que ele seja fértil, o que demandará um tempo que cabe a você decidir se está disposto a gas tar, ou se parte para um já pronto.

Quando se fala de agricultura, com certe za é muito mais simples do que com pessoas. As mudanças assustam, causam desconforto e extrema resistência. Porém, os que decidem fazê-las estão abrindo uma janela que poucos terão o prazer de abrir e perceberão que o ho rizonte está logo ali, com tantas oportunida des que jamais imaginou existirem. A decisão de mudar cabe a nós.

E qual a melhor hora ou idade para mudar? Em vida. Grande abraço.

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Aleatórios de um Gerente de
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7, 5, 9, 15... Quais são os seus números ideais para receitas?

Quemnunca se deparou com textos cujos títulos são algo como: os 7 hábitos, 5 táti cas, os 8 pês, os 9 erros mais comuns, etc.

Estes, dentre outros, podendo chegar a dois dígitos e no máximo duas dezenas, pois mais do que isso, poucos leriam.

Ou, ainda, uma relação de frases supos tamente ditas por alguém expoente ou refe rência em alguma área (que chegaram a esse patamar, quero crer, por méritos) e que mui tos consideram como verdade absoluta, sem analisar em que circunstâncias foram ditas e com que propósito ou interesse.

É óbvio que, se você tem como meta o tão sonhado “sucesso”, tem que analisar quem já fez e como fez e aproveitar o que você acredi ta ser bom para o seu caminho. Mas há que se considerar os que muitas vezes se limitaram a escrever um livro, pois uma coisa é fazer e ou tra é dizer como fazer.

E, ainda, os que de fato fzeram as duas coisas ou só fzeram. O ideal é a prática e a teoria juntas e, mesmo assim, não garantem 100% de acerto. Para que, ao menos, se ima

gine como proceder, caso a receita teórica esbarre na dura realidade, pois ela pode não servir para todos, assim como o horóscopo.

O grande ponto, no meu entendimento, não é buscar uma sequência ideal de números que, com certeza, varia por indivíduo, e, sim, ter em mente que apenas um item pode colo cá-la a perder: o fator humano.

Se as pessoas realmente não quiserem se guir o que foi determinado, toda e qualquer receita estará fadada ao fracasso. Na ânsia de ganhos vultosos, rápidos, com foco no cifrão, e com a certeza de que todos, sem exceção, almejam isso em primeiro lugar, esquece-se o que é realmente importante.

Basta ver um exemplo clássico: o Decálo go, que teria sido originalmente escrito em tá buas de pedra, segundo historiadores, há mi lhares de anos, e verifcar quantos o seguem e o mundo como se encontra.

E isso é fato. E, contra fatos, não há argu mentos.

Grande abraço.

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Amizade não tem prazo de validade

Essa semana fz uma palestra, com debate na sequência, cujo tema era Família e tec nologia. Fui convidado por um amigo, há al guns meses.

Na mesa, eu, uma psicóloga e um frei. Cada um com a sua especialidade e o seu pon to de vista. Porém, uma coisa em comum: a necessidade de resgatarmos a família e aban donarmos a dependência excessiva da tecno logia da informação.

Urge retomarmos o nosso meio de comu nicação básico e natural: a conversação. Parti cularmente com os nossos flhos.

Consenso à parte, falamos sobre a solu ção para tanta informação que recebemos e seu impacto em nossas vidas; após algumas perguntas do público, encerrou-se o debate. Extremamente proveitoso.

Meu amigo chegou um pouco depois do programado, em função do trabalho.

Incrível como, depois de 25 anos sem nos vermos, foi como se tivesse sido logo ali, no dia anterior. Associei imediatamente ao tema do debate.

No dia seguinte, esse amigo me enviou uma mensagem de agradecimento, a qual me deixou contente.

Quantos amigos virtuais e de mídias so ciais, quantos seguidores, os quais você não sabe bem ao certo se poderá contar. Pois somente em momentos críticos é que você descobre quem realmente está ao seu lado de fato e não através de um avatar.

O evento foi muito gratifcante e engran decedor: quando pensei que iria ensinar, aprendi.

Amizade não tem prazo de validade!

Grande abraço.

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Filhota

Desde que criei o personagem GEPLANUS, tinha em mente a sua abrangência, onde queria chegar, qual seu poder de alcance e impacto.

Foram milhares de pesquisas, milhares de e-mails enviados e milhares de pessoas conta tadas, em todo o mundo. Não parei para con tar, mas foram. Algumas madrugadas adentro também.

Tudo começou em 2016, aparentemente como uma brincadeira... e foi mesmo. A cren ça numa ideia nos move, nos transforma e nos faz pensar de outra forma. Eu sabia que daria certo.

Certeza essa muitas vezes posta à pro va, muito mais por mim mesmo do que por outras pessoas. Mergulhando a demora das respostas num copo de cerveja (de trigo) bem gelada, como se querendo amenizar uma an siedade inerente a quem empreende e espera resultados rápidos. A velocidade dos aconte cimentos não está sob o nosso controle, isso é bom e isso é ruim. Mas tudo tem o seu tempo de maturação, e, como dizem alguns, as coisas acontecem no tempo em que devem aconte cer... será?

E uma ideia também precisa ser maturada. Uma ideia talvez tenha um tempo maior ain da, pois ela mexe com interesses, paradigmas, egos, causa desconfortos, inseguranças, me dos; mesmo com as melhores das intenções, ela pode ser vista como má, por alguns. Mas boa, por outros.

Imaginem uma ideia que pretende mexer com o mundo?

Mas uma ideia, com convicção, é indestru tível. É impossível demitir, punir, afastar, iso lar, calar, cercear um pensamento. É nele que reside a liberdade do ser humano.

Eu vim nesse mundo para aprender e, quanto mais ensino, mais aprendo; e quanto mais aprendo, mais ensino. Isso, não tem fm.

O site do personagem será lançado, talvez um aplicativo. Estudando possibilidades.

O primeiro passo de um sonho, realizado. Conquistar o planeta, mas absolutamente sem a intenção de dominação, apenas fazer rir, educar, entreter e fomentar nas pessoas uma das coisas mais belas que elas têm: o sen so crítico.

É ele que nos tira do ostracismo, é ele que nos faz discernir, é ele que nos faz melhores. As críticas, mesmo as negativas, estão me fa zendo melhorar, melhorar e melhorar.

GEPLANUS é minha criação e a criação começa a fugir do controle, assim como idea lizei. Idealizado a partir do slogan que defne o seu poder de voar por aí... Vai, GEPLANUS!

Sem limites, sem barreiras, apenas voan do como o Fernão Capelo Gaivota, rumo ao aperfeiçoamento. Nós vamos impactar sete bilhões de pessoas.

Esse texto é dedicado à minha flha, que me inspira todos os dias e sempre me trou xe alegria, alegria essa que está espelhada no “bonequinho legal” (uma garota me falou isso...) chamado GEPLANUS, o gerente de pro jetos.

Minha flha, eu avisei que daria certo. Amo você!

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22 @auracebio

Vix, um gerente de projetos novato

Indeciso entre seguir o caminho árduo de um GP e seu código de ética ou conseguir sucesso rápido e fácil, sem se preocupar com a longevidade na carreira: esse é o VIX.

Oscila momentos de pura maldade e cri ses de consciência por não ter feito o bem. Inerente a um jovem?

O fato é que ele trará grandes dores de cabeça para o nosso gerente de projetos, que terá que utilizar seus super SOFTSKILSS para lidar com as situações causadas por VIX.

No entanto, toda essa confusão somente reforçará as convicções e princípios de GE PLANUS e, como tudo na vida, trará a ele um grande aprendizado.

Será que VIX se converterá para o lado do bem ou fará jus ao seu nome em latim? É o que veremos!

Tudo começou num carnaval. Ainda não sabemos onde vai acabar. Grande abraço!

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Obrigado por não mangá de nóis!

Certa

vez uma senhora, por volta dos 100 anos, quase cega, com difculdade de loco moção e outras doenças, me falou: “Obrigado por não mangá de nóis!”

E sorriu.

Um sorriso ingênuo e sereno, com os pou cos dentes que lhe restavam, que só os anos de vida são capazes de produzir.

Fiquei desconcertado.

Mangar: caçoar, zombar de alguém.

Aquelas palavras mexeram comigo. A hu mildade com que ela falou me deixou intriga do e, até hoje, eu não sei porque disse aquilo. Eu falei que não tinha motivo algum para man gar dela.

Ela não se encontra mais entre nós, mas, com certa frequência, lembro disso.

Penso em como o nosso país trata o seu povo e, em particular, os “velhos”, que muitas vezes são deixados de lado como um produto que teve o seu ciclo de vida útil e já não serve mais.

Enquanto no Brasil o descaso impera... re produzo abaixo um trecho te um texto do site www.vix.com.

“Desde pequenas, as crianças são ensina das a verem os mais velhos como exemplo de sabedoria, que merece ser respeitado. Aliada a esta característica da cultura oriental, os ja poneses apostam em invenções tecnológicas que garantem mais conforto para a parcela da

população que não para de crescer — autori dades calculam que um terço dos japoneses será idoso em 2030, segundo matéria do site de notícias BBC.”

No nosso país é preciso uma lei para que seja dado um assento, é preciso demarcar va gas para idosos, é preciso estar sempre aler tando a respeito de suas preferências. Quan do seria óbvio, se você pensar em si mesmo, que envelhecerá como qualquer um e como gostaria de ser tratado nessa fase da vida.

No Japão, os idosos tem até um feriado nacional, o Dia do Respeito ao Idoso (Keiro no Hi), comemorado na terceira segunda-feira de setembro, enquanto aqui temos uma sé rie de dias disso e daquilo, até comemoramos Halloween (que pouco tem a ver com a nossa cultura) e não comemoramos a longevidade, a sabedoria e o discernimento.

Em 2015, o Brasil tinha cerca de 24 mi lhões de brasileiros com mais de 60 anos. Em 2050, serão 64 milhões de pessoas na velhi ce. “Nós seremos um país tão velho como o país mais velho do mundo, o Japão. Esse é o futuro que nos espera em trinta anos”, afr ma Alexandre Kalache em sua palestra no Exame Fórum Saúde.

Daqui a 30 anos, correndo tudo bem, eu estarei entre estes 64 milhões, e espero que tenhamos evoluído, se não economicamente, ao menos como seres humanos.

Grande abraço.

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O choro solitário do empreendedor

Como

uma criança abandonada... E é assim que, muitas vezes, se sente um empreende dor (consulte o dicionário e veja a diferença para empresário). Você começa a sua jornada com literatura especializada, sugestões de amigos, artigos de quem já fez o mesmo, colhe e ouve opiniões: você deveria procurar um emprego! Vai arriscar tudo nessa altura da vida? (mas, que eu lembre, ainda estou vivo). Nossa! Que ideia legal. Mas você não acha que está sonhando alto demais? Seu produto não é escalável. Você já fez o plano de negócios? Antes de começar, é neces sário mudar o mindset. Só o mindset? Seria bom você procurar uma aceleradora. E se a acelera dora demora 30 dias para lhe dar uma resposta? Você já tem um MVP? M... o que? A sua start-up, startup ou start up (as 3 formas estão corretas) tem algum aplicativo inovador? 5 passos para o sucesso (conseguiram destruir essa palavra). A sua ideia tem pontos interessantes de inovação. Não, ela não tem pontos interessantes de inova ção...ela é inovadora... Eu te ensino como ganhar um milhão sem ter ganho o meu. Eu sou um in vestidor anjo e preciso de uma start-up que já te nha receita e dedicação 100% do dono... Oi? Isso seria como eu querer contratar um estagiário com experiência. Há os que cobram apenas para falar bom dia e há os que dão uma pequena con sultoria de graça e de bom grado. A tempestade de informações é medonha e a confusão gerada é avassaladora. Será que estou no caminho certo? Tenho a nítida sensação de ter feito tanto e nada ao mesmo tempo. Exaustão...sono...desmaio...

Dia após dia, leitura de tudo um pouco, sem ne cessariamente se aprofundar. Você pensa em pedir algo para a secretária, mas lembra que ela é você mesmo. Assim como o contador, a recep cionista, o cara de marketing, o vendedor, o fnan ceiro, o auxiliar administrativo, o RH, o CFO, o CIO,

o CEO e, pasme, você é patrão de você mesmo. Não há fns de semana e 8 horas diárias não são sufcientes, chega-se a pensar que 24 também não são. Nada acontece. Apenas uma impressão, pois muita coisa acontece ou não percebemos ou não nos falam. Quem prometeu ligar, não liga. Quem prometeu ajudar, não ajuda. Quem você acha que tem tudo para ajudar, não ajuda. Quem você acha que nada pode fazer, faz. Quem menos se imagina, atrapalha. Quem menos se imagina, ajuda. O choro é questão de tempo. O travessei ro passa a ser um confdente fel e testemunha de um sofrimento solitário, doloroso e que ma chuca o âmago da alma. E se isso não der certo? E se isso der certo? Vou jogar tudo para o alto e arrumar um emprego. Choro, sono, exaustão, desmaio. O cérebro, o órgão mais exigido, passa a operar em velocidades espantosas e o processa mento das informações ocorre de uma maneira inimaginável. Você começa a descobrir coisas que nem sabia que existiam e a fazer coisas que nem sabia que podia fazer. Você começa a achar que dormir é para os fracos e pura perda de tempo. As pessoas já não mais o acompanham no racio cínio (não é soberba, é a mais pura verdade). De tanto ouvir conselhos e palavras de efeito, você passa a desconsiderá-los e a criar a sua própria forma de fazer. Estratégia, strategy, estrategia, strategia, sono, exaustão, desmaio... Cai, levanta, cai, levanta, cai, levanta... E, num dia em que tudo parece não fazer sentido, recebe notícias de que pessoas estão tentando atrapalhar o seu pro gresso, e mais uma vez decepciona- se com o ser humano, porém ainda acredita, mas, desanima e... Chora. Sua mãe, como se ouvisse um pedido de socorro, escreve numa rede social: “Siga em frente e vença!”

Não é necessário falar mais nada. Grande abraço.

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28 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Jesus não tem dentes no país dos banguelas — Titãs!

dias eu pedi, por meio de um aplicati vo (pensando em fazer um app para pedir amigos pela internet) — uma refeição.

Esses

Após alguns minutos, chama, no meu por tão, um motoqueiro. Jaqueta surrada, como muitos deles, estrábico, tímido e meio confuso, aparentava uns quarenta e poucos anos, não sei se de fato ou a vida lhe dera essa aparência.

Entregue a encomenda, voltei para den tro de casa.

Alguns minutos depois, é ele novamente me chamando no portão, pedindo ajuda.

“Pois não, amigo?” (pois não é sim, pois sim, é não).

“O senhor poderia me dizer onde fica esta rua?”

Li o papel, aquela letra de médico que re ceita um antibiótico e o famacêutico te vende uma novalgina, confusa como hieróglifo.

Notei que além da letra horrível escrita no papel (também não consegui decifrar o ende

reço), ele também não sabia ler direito.

Sugeri que ligasse para o estabelecimento e perguntasse a quem escreveu o que queria dizer com aquela criptografa.

Lembrei da música “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”.

Sem dentes, banguelas de cultura, ban guelas de conhecimento, banguelas de di nheiro, banguelas de comida, banguelas de saúde e banguelas num país na banguela.

Só não banguelas de esperança, num povo que ainda encontra espaço para sorrir, sem se preocupar com a aparência dos 32 dentes que deveriam existir, amarelos, clareados ou outro método qualquer, daqueles que nos mostram “snow white” nas novelas.

A saúde começa pela boca e a esperança, pelo coração.

Educação, não há outro caminho!

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 29 José Roberto Cavalcante Alves
30 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Confança, a base de qualquer relacionamento

Oque você entende por confança? Segun do o Michaelis (não, não é um sábio, é um dicionário):

1. Credibilidade ou conceito positivo que se tem a respeito de alguém ou de algo; cré dito, segurança.

2. Crença de que algo é de qualidade supe rior e não falhará.

3. Sentimento de segurança em relação a si mesmo; frmeza.

4. Crença ou fé de que determinadas expec tativas se tornarão realidade; esperança.

5. Sentimento de segurança e respeito em relação às pessoas com quem se mantém relações de amizade ou negócios.

6. Falta de cerimônia; familiaridade.

7. Atrevimento ou ousadia, geralmente por parte do homem, numa relação amorosa.

Lembro que, quando minha flha era crian ça, fomos ao Sesc de Itaquera (recomendo, muito grande e bonito). Havia comprado uma bicicleta para ela. Era rosa, das meninas super poderosas, que ela adorava.

No início, ela andava com aquelas duas ro dinhas de apoio e, após algum tempo, com ape nas uma. Naquele dia resolvi usar um “truque” para fazê-la perder o medo e aprender a andar sozinha e sem as rodinhas.

Combinei que tiraria as rodinhas e segura ria no banco da bicicleta, enquanto ela pedala va e não a soltaria, pois tinha medo de cair.

Contei até três...

Ela começou a pedalar, insegura, e pedindo para eu não a soltar. Quando aumentou a ve locidade, comecei a correr segurando no ban co, mas, após alguns metros, a deixei pedalar sozinha.

Ela confou em mim e fz com que ela ga nhasse confança em si mesma. Impagável.

Depois desse aprendizado, fomos ao WBT (World Bike Tour). Uma pena que o evento não aconteça mais. Isso vai ao encontro do item 1.

O item 2 pode se aplicar a produtos, os quais você compra pela qualidade e pelo histó rico e a partir disso você se torna um consumi dor fel.

O item 3 será a base de toda uma existên cia, pois só aprendemos a andar quando ganha mos segurança e confamos em nós mesmos. E, sem essa autoconfança, teremos difculdade em ascender profssionalmente, em nos rela cionar e a ter prazer no que fazemos, seja numa empresa ou na vida pessoal.

O item 4 (lá vem ele de novo com geren ciamento de projetos :-)) é um assumption — algo que se assume como verdade e é pré-re quisito dentro de um projeto, sem o qual pode inviabilizá-lo.

O Item 5, buscamos por isso o tempo todo e a vida inteira. Uma pena que o mundo corporativo, muitas vezes, se esqueça des sa necessidade e fomenta uma competição desnecessária e, não raras as vezes, desleal e desumana. Felizmente muitas startups, star t-ups ou start ups estão surgindo com outra mentalidade e dando foco ao princípio bási co do sucesso que qualquer organização e homosapiens ... a colaboração.

Os itens 6 e 7 (senti um certo posiciona mento tendencioso do Michaelis no 7 :-)) é o famoso “avançar o sinal”, tomar atitudes sem consentimento prévio do possível ofendido. Concluindo, a confança é a base de qual quer sentimento.

Você confa em você? Você confa nas pes soas? Você confa nas empresas? Você confa? Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 31 José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

E o gigante adormecido não acorda

Eogigante adormecido não acorda, entor pecido diante de um assistencialismo com segundas intenções.

Bolsa-família, Fome Zero e, agora, Auxílio Brasil.

Quando o Brasil vai parar de dar esmolas ao seu povo e dará a ele o que merece?

A esmola é humilhação, é dizer nas entreli nhas: você não é capaz... E nosso povo é capaz, somos tão bons como qualquer outro.

Nossa capacidade de sorrir, apesar de tudo, é notável.

A criatividade do brasileiro não se encontra em qualquer outro lugar no mundo, só falta um pouquinho mais de seriedade, não muito, para não cair na mesmice.

É preciso mostrar a forma de como pescar, sem precisar de ninguém e nem de muletas.

Urge passar conhecimento para a popula ção. Mostrar para ela que só há um caminho: educação.

O conhecimento, por si só, se não for co locado em prática, é egoísta e vazio. Os pro jetos sociais recorrentes, longe de suprirem

as necessidades da população e a tornarem independente, procuram de alguma forma dar um cala a boca ou, ainda, aliviar a cons ciência de quem poderia fazer e pouco ou nada faz.

É uma esmola para satisfazer uma necessi dade básica, conforme a pirâmide de Maslow: churrasco com carne de segunda e cerveja de baixa qualidade.

Até acabar a quirera e ser necessário outro novo auxílio, que nunca auxiliou. E o círculo vi cioso persiste, de pai para flho. E o gigante, às vezes, abre os olhos, mas vira de lado e... conti nua dormindo.

Afora isso, as tentativas de dividir para rei nar, separando o país em minorias disso e da quilo, em polos de leste e polos de oeste ou, ainda, castas religiosas.

É muito simples: quem gosta, cuida. Nós não precisamos de ideologias (seja de que ponto cardeal for). Precisamos de cida dãos que gostem e estejam interessados em cuidar do país, só isso.

Educação, não há outro caminho.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 33 José Roberto Cavalcante Alves
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Alves
Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante

Gestão de projetos –a política do faça você mesmo

Asrespostas parecem óbvias e assim deve riam ser. Se você fosse um construtor e quisesse erguer um edifício, quem você con trataria para cuidar da engenharia ou ainda da arquitetura?

E se quisesse alguém para pilotar o seu avião ou helicóptero? E se, por acaso, preten desse desenvolver um novo software? Ou, ain da, algo não tão técnico, pintar a sua casa, caso não quisesse fazer isso e não gostasse?

Essa obviedade não se aplica 100% à ges tão de projetos. Nesse caso, as respostas pode riam ser as seguintes:

• Não preciso de um gerente de proje tos, eu mesmo faço esse trabalho

• Alguém da minha equipe fará esse trabalho

• Não haverá gestão de projetos

Não é de hoje que ouço amigos que são gerentes de projetos, muito experientes, rela tarem respostas assim ou ainda que não dão o devido valor a função, relegando a gestão a um

Recentemente, realizei alguns workshops com o objetivo de disseminar conceitos de gestão de projetos para profssionais que não estão diretamente ligados a área. O objetivo foi esclarecer qual a função desse profssional e deixar claro que ele não se limita a participar de reuniões ou ainda chicotear a equipe para que cumpra prazos e entregue o produto fnal. Ape sar de achar que muitos gerentes de projetos precisam também entender qual o seu papel e agir como membro da equipe e não como um simples emissário do sponsor ou do dono do produto, que se restringe, exclusivamente, a af xar o PIN da PMP no paletó e somente cobrar.

O trabalho do GP não é apenas gerar status report.

Gerir escopo, tempo, custo, qualidade, re cursos humanos, comunicações, riscos, aquisi ções, stakeholders e integrar tudo isso deman dam muito conhecimento e esforço.

Parece fácil, mas não é.

As soluções caseiras ou a subestimação da gestão de projetos podem trazer resultados inesperados e desastrosos.

Eu jamais me arriscaria a pilotar um avião, caso não tivesse um brevê. E você?

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 35 José Roberto Cavalcante Alves

V A L U

36 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
E
E @auracebio
V A L U

Gestão de projetos –escritório de projetos (PMO) – três passos

Umescritório de projetos, ou, em inglês, PMO (Project Management Ofce), nada mais é que um prestador de serviços para uma organização.

Em teoria, essa entidade é responsável por gerenciar todos os projetos em andamen to, organizando-os de acordo com o planeja mento estratégico da empresa.

Uma de suas funções, além obviamente de cuidar da saúde dos projetos e fazê-los entregar os produtos, serviços ou resultados a eles estabelecidos, é fornecer dados e sub sídios para a liderança organizacional tomar decisões mais assertivas.

São três os passos principais para se criar um escritório de projetos:

1. Conhecer o nível de maturidade da organização – por meio de pes quisas internas, é possível conhecer o nível de maturidade da organização, ou seja, o quanto as pessoas estão familiarizadas com a terminologia, metodologias e conceitos de gestão de projeto. Baseado nisso, identifcar as habilidades necessárias e defnir como capacitar.

2. Defnir quais os serviços o escritório prestará – a partir da defnição

do nível de maturidade e da estru tura existente na organização, bem como as necessidades de negócio, identifcar os serviços que se quer e se pode prestar, dentro do cenário atual.

3. Acompanhar o desempenho do escritório – a partir da defnição de métricas e indicadores de perfor mance, acompanhar o desempenho do escritório.

Existem outros passos importantes como estabelecer os processos, defnir competên cias, o ROI (return on investment), plano de evolução e comunicação.

É fundamental mostrar para a organiza ção o quanto o escritório agrega de valor e o quão necessário é ter profssionais qualifca dos, certifcados (PMP), para gerenciarem os projetos, programas e portfólios e o quanto a utilização de métodos acrescenta em pro dutividade para que se continue investindo em sua estrutura e capacitação, até alcançar um nível de excelência e maturidade, onde sejam necessárias apenas pequenas melho rias constantes.

Grande abraço.

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Roberto

Gestão de projetos –é preciso mais bom humor!

Usamos 24 músculos para sorrir, e 38 para franzir a testa. Então, sorria, nem que seja por economia”. Lair Ribeiro

Éprovado cientifcamente que sorrir faz bem para a saúde e nem é necessário ser um PHD para perceber que um sorriso atrai muito mais do que um rosto fechado e carrancudo.

Confunde-se, às vezes, seriedade com si sudez e sorrisos e gargalhadas com algo pouco comprometido e leviano.

Não é verdade.

Não estou dizendo aqui para que se fuja das características pessoais e se faça teatro, não é isso. O mundo está cheio de artistas e dissimuladores e não é preciso mais adesões.

Todo indivíduo tem o seu perfl e modos de agir próprios e nada mais verdadeiro do que ser natural.

Porém, há que se pensar em determinadas posturas e o quanto o trato rústico distancia as pessoas. E, como se diz incansavelmente, as pessoas são as coisas mais importantes dentro

de um projeto, parece óbvio tratá-las bem.

Tratá-las bem não signifca ser como pai e nem mãe, pois há compromissos a serem cum pridos e devem, sim, ser cobrados, pois é uma relação profssional. E mesmo pais preocupa dos com seus flhos, cobram alguns resultados e responsabilidades.

Tratá-las bem para que sintam-se confortá veis em retornar a você, caso necessitem, e o respeitem, não o temam.

A posição de liderança não é algo fácil, nun ca foi e nunca será.

O ser humano é imprevisível e, até por isso, a missão de guiá-lo para o objetivo comum é fantástica e, em conseguindo, você sairá forta lecido.

Pense: pela manhã, quando você chega ao escritório, como gostaria de ser recebido?

Com um belo sorriso da recepcionista lhe dizendo “bom dia” ou ela perguntando: “bom dia por quê?”

Sorria mais, são 14 músculos a menos. Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 39 José Roberto Cavalcante Alves
40 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Gestão de projetos –autoridade x responsabilidade

Proporção direta: duas grandezas ou variá veis que crescem ou decrescem juntas, na mesma proporção.

Proporção inversa: duas grandezas ou va riáveis cuja relação de crescimento e decrésci mo são inversas, ou seja, quando uma cresce a outra decresce na mesma proporção.

Recorri a matemática para questionar que tipo de relação existe entre autoridade e res ponsabilidade dentro de um projeto. Numa análise fria e do ponto de vista hierárquico, parece claro que trata-se de uma proporção direta. Isso signifca dizer que quanto maior a autoridade delegada, maior será também a responsabilidade. Por questões óbvias, uma vez que se considerarmos o cargo e a função, cada decisão tomada, seja ela acertada ou não, tende a afetar mais pessoas e a ter um impacto maior no projeto.

Entenda-se aqui autoridade no sentido de poder e não de especialista.

Mas será que podemos afrmar que alguém que tenha pouca autoridade, também tem uma responsabilidade sempre proporcional a ela?

Essa relação pode ser analisada dessa for ma tão matemática? Pode, em algum momen to, haver desvinculação entre ambas?

Dentro de qualquer projeto há atividades críticas, as quais devem ter uma atenção maior, e outras nem tão importantes assim, mas que devem ser realizadas dentro do planejado para a entrega fnal do produto, resultado ou serviço.

Em níveis hierárquicos maiores e com maior poder de decisão, pode-se afrmar que sempre haverá relação proporcional direta en tre autoridade e responsabilidade, mesmo que a tarefa associada não seja crítica, atribua-se isso a visibilidade, exposição e poder. Ao passo que, em níveis menores, essa relação pode não existir necessariamente.

No caso de gerentes de projeto, é comum dar-responsabilidade e não autoridade a eles. Isso seria como torná-los responsáveis pela via gem de um barco, onde existe risco de naufrá gio, e culpá-lo por isso, sem que jamais tenham segurado o timão.

Seria, no mínimo, irracional.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 41 José Roberto Cavalcante Alves
42 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Gerente de projetos – se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve

No fnal de semana passado, tive o imenso prazer de dar uma aula sobre planejamen to estratégico, que chamarei aqui de PE. Entre um tópico e outro, citei gerenciamento de pro jetos, que está intimamente ligado com esse assunto.

O tema coincidiu com o fato de que colo quei o meu PE em prática há mais de um ano e pude exemplifcar, não apenas teorizar.

Entre erros e acertos, alguns ajustes e a convicção de que acertei muito mais e utilizei os erros como aprendizado.

Ao fnal de cada assunto, uma dinâmica.

E uma delas foi a que mais me chamou a atenção, pelas reações. Solicitei que todos fzessem uma análise SWOT de suas próprias vidas.

A grande maioria não quis expô-la, apenas duas pessoas o fzeram. Em respeito, não insis ti, mas pedi para que levassem o exercício para casa e o analisassem introspectivamente.

Como conclusão da aula, fz as perguntas abaixo:

1. Qual a diferença entre empreende dor e empresário?

2. Qual o PE da minha vida?

3. Qual o PE da minha empresa?

4. Eles estão alinhados?

5. Se não estão, o que eu pretendo fazer a respeito?

6. E se estão, o que eu pretendo fazer a respeito?

Se você não sabe onde quer ir, qualquer ca minho serve.

Se você não decidir, alguém o fará por você. Bom carnaval e que o Brasil seja próspero também em boas escolas, que não somente de samba.

Ensinar é antes de tudo, aprender. Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 43 José Roberto Cavalcante Alves
44 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Gerente de projetos – tempo

Horade fazermos um balanço e momentos de refexão.

Assim como em anos anteriores, neste não será diferente. Somos levados a pensar nesse período de 365 dias, o que aconteceu e o que não aconteceu. Mas, muito mais importante do que isso, é o que fzemos para chegar a essa conclusão.

Passamos o ano falando da crise econô mica e moral do nosso país, talvez essa última muito mais preocupante, que se arrasta por décadas; e a entonação, no entanto, é como se isso fosse recente.

Há quanto tempo ouço a respeito do gi gante adormecido? Desde que jogava futebol descalço nas ruas.

Confesso que não pararei para prometer a mim mesmo o que farei em 2017, apenas farei.

Lógico que não estou alheio e inatingível quanto ao que acontece no Brasil, especial mente relacionado a economia, mas quem toma as decisões não sou eu. Porém, moral mente falando, eu posso decidir qual o impac to disso na minha vida e o quanto isso me fará retardar os objetivos e sonhos.

Não podemos deixar que o que não está sob o nosso controle nos afete, pois se não está ou estará, não há porque se preocupar.

A preocupação, se é que é essa a palavra correta, deve estar no que podemos controlar e efetivamente mudar.

Fiz o meu business model canvas, fz meu pitch, fz meus planos, coloquei-os em prática. Sucesso em algumas coisas e outras não, al guns ajustes, algumas correções de rumo, mas a direção está corretíssima.

No entanto, acima de tudo, a coisa mais gratifcante foi a comunicação com outras pes soas no mundo inteiro. Que fazem você pensar diferente, ver coisas diferentes e, não obstan te, fazer diferente. Agindo na direção oposta das promessas anuais, que jamais cumpri.

2017 será um ano inesquecível do qual, te nho certeza, sentirei saudades; e só se sente saudades de coisas boas.

Porém, os anos subsequentes serão ainda melhores.

Descubra o gigante adormecido que existe em você e verá que ele é incomensurável. Grande abraço.

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@auracebio

Gerenciamento de projetos –paciência e autocontrole

paciência (pa.ci.ên.cia) sf (lat patientia) 1 Qualidade de paciente. 2 Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta. 3 Qualidade de quem espera com calma o que tarda. 4 Perseverança em continuar um trabalho, apesar de suas difculdades e demora.

autocontrole (au.to.con.tro.le) (trô) sm (auto4+controle) Controle de si mesmo; domínio dos seus próprios impulsos, emoções e paixões. Fonte: Michaelis.

Ufa!

Uma destas situações citadas já seria um grande transtorno, imaginemos a combinação de várias delas.

O que fazer então?

Em primeiro lugar, é necessário auto controle, que muitas vezes se confunde com paciência. Em situações de crise e tensão, o gerente de projetos deve ter os pés no chão, mapear o terreno, identifcar as pessoas, ela borar um plano de ação e priorizá-las.

Quem

é gerente de projetos sabe o quão importante é a sua função, bem como a difculdade em ser um.

Se você é um de nós, já deve ter se depara do com uma ou mais das situações abaixo: Momentos tensos, constantes mudanças de escopo, comunicação falha, papéis e res ponsabilidades mal defnidos, inexistência de análise de riscos, projetos mal dimensionados, equipe despreparada, descomprometimento com as entregas, falta de alinhamento com o planejamento estratégico da organização, do cumentação pobre ou inexistente, pouco ou nenhum apoio do sponsor ou dos executivos, fornecedores sem capacidade de entrega, re trabalho por falta de um controle de qualidade efetivo, tempo e custos não compatíveis com o escopo vendido, desintegração da equipe, só para citar os mais comuns.

Deve utilizar todas as suas habilidades de negociação para conseguir apaziguar e, pri mordialmente, integrar os stakeholders. Essa a sua principal missão.

Em momentos de desespero e até des tempero, as pessoas buscam um porto seguro e isso passa por quem tem autocontrole para analisar a melhor saída friamente e dar o de vido direcionamento, mesmo que não seja o ideal.

Para quem não sabe onde ir, qualquer ca minho serve. O GP deve dizer qual é a direção, para não se ir a qualquer lugar.

Por último, após tomar as devidas ações com o devido autocontrole, exercite a sua pa ciência e aguarde os resultados.

O peixe, mais cedo ou mais tarde, morderá a isca.

Boa pescaria. Grande abraço.

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@auracebio

Gerenciamento de projetos –conhecimento fnanceiro e custos

A prazo, à vista, alíquota, amortização, anuidade, aplicação, aval, benefciário (cedente), bloqueio, bo leto, cadastro positivo, carnê, carta de crédito, cartão de crédito, cartão de débito, CCF, CDB, cedente, CET, cheque, cheque especial, cheque pré-datado, con sorciado, consórcio, conta-corrente, conta inativa, conta de poupança, contemplação, contribuição (no consórcio), cota (no consórcio), crédito, crédito (no extrato), crédito consignado, crédito pré-aprovado, crédito rotativo (no cartão de crédito), credor, débito, débito (no extrato), débito automático, desbloqueio, despesa, devedor, dívida, empréstimo, empréstimo pessoal, encargo, extrato, fnanciamento, fundo co mum (no consórcio), fundo de investimento, fundo de reserva (no consórcio), garantia, grupo (no consórcio), hipoteca, inadimplência, infação, investimento, IOF, juros, juros compostos, juros simples, juros sobre juros, lançamentos futuros, lance, lance embutido, leasing/ arrendamento mercantil, linha de crédito, liquidação, margem consignável, meio de pagamento, mora, multa, mutuante, mutuário, mútuo, negativado, ne gociação, no azul, no vermelho, operação de crédito, orçamento familiar, pagador (sacado), pagamento mí nimo, parcelado, perfl do investidor, portabilidade de crédito, poupança, principal, reajuste, receita, recurso não procurado, renda bruta, renda líquida, renegocia ção, rentabilidade, resgate, restrição cadastral, retor no, risco, sacado, saldo devedor, saldo disponível, saldo provisionado, Serasa, SCPC, tarifa bancária, tarifa de adiantamento a depositante, taxa de administração, taxa de administração (no consórcio), taxa de perma nência, TR e valor amortizado.

Oquanto

conhecemos todos estes termos?

Essa lista faz parte do glossário simplifca do de termos fnanceiros do Banco Central do Brasil. Se transportarmos para a realidade de gerenciamento de projetos, área de conheci mento custos, alguns deles são bem familiares e comuns. Ou ao menos deveriam ser.

No entanto, apesar da obviedade de con trole orçamentário de um projeto ou qualquer outra operação que envolva dinheiro, é comum

não haver o mínimo. Nem ao menos uma pla nilha Excel, com as quatro operações básicas. Confunde-se faturamento com lucro, custo com preço, esforço com duração. O sucesso de um projeto não se resume a cumprir os prazos e entregar o produto, serviço ou resultado fnal: passa obrigatoriamente pelo controle de custos, baseado no orçamento, e, logicamente, lucro. A menos que se trabalhe numa entidade sem fns lucrativos ou o patrocinador não se importe em gastar sem critérios e indefnidamente. Pouco provável que se encontre um com essas caracte rísticas longe de um sanatório.

Não sou nenhum especialista fnanceiro e longe de mim querer dissertar a respeito dessas terminologias, mas é indispensável ao geren te de projetos conhecer o básico a respeito de controle de custos. No mínimo, o conceito de orçamento, custos, faturamento, lucro, despe sa, receita, gastos, ROI, CAPEX, OPEX e estudo de viabilidade, este último, antes de se iniciar um projeto.

Comece com o básico, custeando os recur sos, sejam humanos ou não, e fazendo um con trole semanal do esforço gasto pela equipe ver sus o valor-hora ou fxo de cada um deles. Utilize técnicas de estimativas, além, claro, da experiên cia, para que se diminua a margem de erro entre o que será orçado e o que efetivamente será gas to durante a fase de execução.

Em geral, o esforço humano é o mais difícil de se controlar, pois caso haja falhas de estimativas ou mal elaboradas, a variação de custos poderá variar ao ponto de inviabilizar o projeto.

O gerente, como dono do projeto, deve cui dar do dinheiro destinado como se fosse seu e ter em mente que, se não conhecer conceitos fnan ceiros e de controle de custos, correrá o risco de jogar dinheiro no ralo. E, tenha certeza, respon derá por isso.

Grande abraço.

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50 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Crise virtual ou de fato?

Éinegável que alguns setores da economia estão em fase de retração. Tenho notado, particularmente em gestão, que novos proje tos estão escassos e muitos profssionais sen do demitidos. Tenho amigos nessa situação.

Porém, eu me pergunto: até que ponto a crise é realmente verdade e se é do tamanho que se noticia.

Há muito se sabe que o telefone sem fo, a boataria e as fofocas são extremamente nocivas, seja na economia ou na vida pessoal e profssional.

Porém, imaginemos que seja real.

A retração parece-me o pior caminho. Se ria como o médico receitar exercícios para a sua saúde e você comprar um X-box.

Um empresário, cujo pensamento seja manter a sua empresa lucrativa e queira o bem do país pensará em alternativas além da simples demissão ou corte de custos ir relevantes.

Demitir não é inovar, é somente o mesmo de sempre.

Será que diminuir a sua margem de lucro, aumentar as suas vendas e parar simples mente de culpar os impostos, que são pesa dos, sim, pelo pouco retorno social que rece bemos deles, não ajudaria?

Claro que, até certo ponto, estou sendo simplista só até certo ponto. Porém, é ine gável que as margens no país são muito maio res que as praticadas ao redor do globo.

Venho batendo na tecla que nos falta o sentimento de nação, em pensarmos no co letivo e em como poderemos chegar ao pri meiro mundo, juntos.

“Juntos”, signifca abrir mão de certos privilégios, em prol do Brasil, e partir para o ganha-ganha, pois da forma que está, jamais sairemos do perde-perde.

“Depois da tempestade vem...” Outra? Grande abraço.

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Oitemque mais me chamou a atenção e interessou foi sobre o ensino médio. Um, fala em bolsas para alunos pobres em escolas particulares. Quais escolas?

Outro, em melhorar o ensino médio, mas não especifíca como. Por que só o médio?

Os bons exemplos no mundo são claros: investir pesado em educação e aumentar o percentual do PIB nessa área.

Outro ponto é melhorar o ensino, seja ele particular ou não. No Brasil, há muito tempo ele virou apenas um negócio e não algo leva do a sério.

Por outro lado, muitas escolas públicas, com raras exceções, quando há aulas, passa ram a ser pontos de encontro para bate-papo e vadiagem, especialmente em pontos extre mos da cidade.

Não há mágica.

É urgente uma remodelação, não só no ensino médio, mas em todos os níveis.

Acabar com aprovações automáticas, criadas para melhorar as estatísticas de eva são. Alfabetizar as crianças para que, de fato, saibam ler e escrever ao fnal do ensino bá sico.

Com qualidade no básico, fundamental e médio, teremos realmente ensino superior. A partir daí, criar MBAs de verdade e não só no nome.

Sou do tempo em que ganhar uma meda lha por tirar uma nota alta era uma honra e motivo de reverência.

Hoje, é motivo de riso.

Passou da hora de mudar isso. Precisa mos de mais mestres no país.

Grande abraço.

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Programas de governo, para quem gosta de comparações
54 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Sete de setembro de 2021 e os amantes da Kiss FM

Apolarização, para leste e oeste, da into lerância.

No dia 7 de setembro de 2021, resolvi postar, num grupo de rock do Facebook, uma homenagem ao Brasil. Recebi uma ima gem por WhatsApp, onde havia uma estrada e, no fnal dela, a bandeira brasileira. Editei a foto e coloquei um foguete em forma de lá pis em direção a ela. Onde eu queria simbo lizar a importância da educação para o país.

Em alguns minutos, houve alguns likes e, num dado momento, alguém postou “fascis ta“, e um outro “esquerdista“ (ninguém do grupo nunca me viu ou me conhece).

Sem saber (e com intenção exatamente oposta) eu postei um barril de pólvora e as palavras acima foram o estopim. Começou um briga virtual generalizada que culmi nou com a retirada da postagem pelos ad ministradores. Para ser sincero, contando o ocorrido para um amigo, eu ri demais com a situação. Impossível não ter outra reação.

Levando para o lado mais sério do fato, percebemos como as coisas estão polariza das e as pessoas nem sabem o porquê. De repente, num grupo onde todos gostam da mesma coisa (no caso, o rock) começou um briga generalizada sem razão (se é que exis te razão em brigar) e sem o menor sentido.

E chegamos num ponto onde é preciso tomar cuidado com a cor da roupa que você vai comprar para não ser tachado disso ou daquilo e, quem sabe, não ser agredido.

Há muito tempo eu não voto em nin guém (imagine o que ouço quando falo isso para leste ou oeste) e continuarei assim até que eu ache que alguém merece o meu voto.

Até porque é meu direito democrático não querer votar em ninguém. Isso não sig nifca que não gosto ou não me importo com o Brasil e a situação em que vivemos desde 1964, ano em que nasci.

Brigar por esse ou aquele não signifca que está preocupado com o Brasil, pois o que demonstra isso são as suas atitudes en quanto cidadão e não a cor da camisa que você usa e as palavras de ordem que você grita em passeatas.

E de nada adianta se manifestar (um di reito) se, no dia a dia, não se faz absoluta mente nada para mudar de fato o país.

Por essas e outras coisas que não assis to mais TV e nem ouço rádio, leio apenas o indispensável para não fcar totalmente alie nado, mas sinto que chegamos no ponto em que nem mesmo há mais forças para correr atrás da cenoura inalcançável.

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56 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

A síndrome do copia e cola e o lero-lero generator

Existe

coisa pior que copiar e colar? Existe: o analfabetismo.

Eu, às vezes, utilizo falas de terceiros, po rém coloco entre aspas (“ “) e dou os devidos créditos. Assinar uma obra ou texto que não é meu é inaceitável.

Em redes sociais é frequente o copia e cola.

Muitas vezes o copiador nem se dá ao tra balho de ler, simplesmente repassa e espera receber os louros de algo que, em geral, nem sabe explicar.

Afora isso, descontraindo, existem os uti lizadores do lero-lero generator (pesquisem

no Google), onde você digita o assunto e a quantidade de caracteres e o sistema gera um texto sem pé nem cabeça.

Isso me faz lembrar as próximas eleições onde o copia e cola e, principalmente, o lero -lero, serão utilizados sem moderação.

Aqueles de leste e os de oeste, à distân cia, tirando suas conclusões e fazendo julga mentos, sem nunca terem ido ver pessoal mente e acreditando em avatares e rostos sem expressões, em folders regados a botox e Photoshop, vendendo uma imagem jovial... :-) Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 57 José Roberto Cavalcante Alves
58 Pensamentos Aleatórios
um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
de
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Parceria: eu ganho e você perde

Háuns dias conversei com um amigo a res peito de como foi o caminho dele para publicar um livro.

O que ele me falou a respeito da postura das editoras me deixou impressionado. Exi gem mundos e fundos (principalmente isto) e não pagam pelo intelecto.

Para me certifcar, já que sou taxado, muitas vezes como chato :-), contatei algu mas editoras. Umas atenderam de imediato e outras, não sei se não se interessaram ou não deram importância, levaram um pouco mais de tempo.

Após vários contatos a conclusão: sem pre a mesma proposta, que algumas até cha maram de parceria. Eu invisto uma quantia — que não é baixa — e a editora me paga 10% de direitos autorais.

Negócio da China :-). Apesar de que, atualmente, esse tipo de negócio já não é tão mal visto assim. Mas, quando surgiu a expres são, era pejorativo.

Vamos pensar.

Eu invisto o meu dinheiro, o meu tempo, minha inteligência e sou remunerado em 10% por isso.

Questionei os motivos: “Nós temos mais de cinco mil livros publi

cados e autores renomados”. “Temos uma rede muito grande que fará o seu livro chegar aos mais remotos rincões”. “O trabalho da editora não é barato”. “Nenhuma editora no mundo fará dife rente disso”.

Fiz uma contraproposta, com o conceito de parceria em mente: a editora paga meta de do investimento eu pago a outra e 50% de direitos autorais para cada um.

Não aceitaram, não sei o motivo... :-) O que isso sugere? O trabalho da editora é caro, mas o meu é barato. E eu ainda pago... Oi?

Supervalorizam o deles e subvalorizam o meu. Aí fca fácil a parceria.

Conclusão: partirei para uma produção independente.

Felizmente existe a internet, onde é pos sível alcançar o mundo em instantes. E, correndo tudo bem, esse tipo de par ceria com o nome daquela cerveja preta, que prefro não citar aqui — pois crianças podem ler esse texto — esteja com os dias contados.

Editoras, por favor: consultem o Michae lis ou o Aurélio para saberem o signifcado de parceria

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 59 José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Nulo é o meu voto, não eu

“Você viu? No comício do candidato X tinha muito mais gente que no do candi dato Y”.

“Vou votar em quem estiver em pri meiro”.

“O voto nulo ou branco favorece o ci clano ou beltrano”. “Vou votar no menos ruim”. Qual é o menos ruim?” “Nossa, você defende o voto nulo?”

Eu não defendo voto algum, apenas exercerei o meu direito democrático de ir até uma urna e anular o meu voto. Nenhum é digno do meu precioso voto. Nenhum.

Mesmo que o voto não fosse obrigató rio, eu iria da mesma forma. Isso não signi fca que não me importo com a situação do país ou me exima de alguma responsabili dade sobre o seu destino.

O fato de eu anular o voto também não dá o direito do vencedor (se é que podemos chamar assim) de me excluir porque não votei nele (até porque o voto é secreto), pois o eleito, em tese, deveria pensar no Brasil como um todo e não so mente nos seus correligionários.

Mas, todos sabemos que não é assim que funciona. Esse tipo de comparação e postura, nas redes sociais só demonstra o quão somos atrasados em termos de de mocracia. Como se uma eleição fosse uma partida de algum esporte, com vencedo res e perdedores.

Se o país não crescer, ninguém ganha. Se o país não for prá cada um

Pode estar certo Não vai ser prá nenhum Esmola — Skank

De que adianta essa polarização e as piadas extremas, que, se forem ditas por um lado ou o outro, serviriam para ambos. Pois nada, nada mudou.

E chegou-se a um ponto tal que dis cordar virou sinônimo de inimizade e agressões e anular o voto, uma aberração. Como se fosse obrigatório escolher um lado, mesmo que nenhum nos agrade.

O que defne o quão preocupados es tamos com os destinos do país são nossas ações no dia a dia, acompanharmos os nossos flhos nas escolas, cobrar o síndi co uma postura profssional, exigir que o SUS fque cada vez melhor, não jogar lixo no chão, cuidar da árvore em frente a sua casa, não depredar patrimônio público e lutar para que nossas crianças tenham um futuro digno. Todas, sem exceções. Enfm, ter atitude de um cidadão.

Reclamar que os políticos são corrup tos e subornar o fscal, tentar dar uma cai xinha para o policial ao ser parado numa blitz são atitudes com, talvez, um impacto fnanceiro menor, mas um impacto moral tão grande quanto os escândalos prove nientes de Brasília, que nada mais são do que o espelho de nós mesmos.

Nulo é o meu voto, não eu.

Chegou a hora do Brasil virar uma na ção.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 61 José Roberto Cavalcante Alves
62 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

MBA, uma certifcação e o canto da sereia

Eagora? Minha carreira parece que estag nou, muitas vezes é isso mesmo. Devo ti rar uma certifcação, fazer um MBA ou mudar de carreira?

Pode ser necessário mudar de empresa, pois devemos procurar quem pensa como nós e está disposto a nos valorizar. E, difcil mente, alguém que não tenha a mesma visão apostará em você.

Se eu disser aqui que uma certifcação ou MBA não é importante, estarei contradizen do tudo o que disse até hoje sobre estudar e educação.

Estudar sempre traz algo de bom.

No entanto, é preciso tomar cuidado com a síndrome de “Maria vai com as outras” e, de repente, você virar um caçador de certifca dos.

Na vestimenta, assim como no mundo corporativo, existem os modismos. Métodos, processos, alquimias e magias de gurus, que dizem ser novidade ou inovação, para falar a palavra da moda, e nada mais são que a mes ma coisa de anos atrás com outro nome, uma

plástica aqui e outra ali, uma boa maquiagem e um banho de loja. Pronto: virou novo e re volucionário. Cuidado! Pode não ser. E o que fazer?

• Primeiro: pare, pense e defna o que pretende fazer.

• Segundo: passado o primeiro passo, procure cursos, pessoas, empresas que tenham a ver com o que você defniu.

• Terceiro: coloque em prática tudo o que aprender, pois conhecimento sem prática é vazio. Temos de testar o que aprendemos para nos certif carmos de que aquilo está correto e, se estiver, se não podemos melhorar de alguma forma.

Os teasers de aumento de rendimentos em pouco tempo, por conta de um MBA ou uma certifcação, podem não ser verdade, e, acredite, em grande parte, não são mesmo.

Fuja, mas muito rápido, do “canto da se reia”.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 63 José Roberto Cavalcante Alves
64 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos @auracebio

• Não copie e cole simplesmente, leia antes.

• O lugar comum pode não ser o melhor e nem o seu.

• Dê um Google, mas leia livros.

• Evite falar em resiliência, apenas seja.

• Coach e coaching não são a mesma coisa.

• Cheque a fonte. Se não tiver certeza, não repasse.

• Questione o autor e a sí mesmo. Ninguém é dono da verdade, nem nós.

• Não pegue fla sem saber onde vai dar. Talvez ela não sirva para você e nem precise pegá-la.

• Veja se não é possível fazer de outra forma; pode signifcar economia de tempo e, por conseguinte, de dinheiro.

• Empodere-se de conhecimento. Atenção com modismos.

• Não aceitar o porquê sim ou o porquê não como resposta faz parte da evolução.

• Cuidado com a fofoca digital: ela é muito mais perigosa que a(o) vizinha(o) debruçada(o) na janela.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 65 José Roberto Cavalcante Alves
Gerente de projetos – como não se tornar um papagaio de pirata
66 Pensamentos Aleatórios
Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio
de um

5 dicas para valorizar a sua certifcação PMP

Vários

meses depois, horas e horas de es tudos, cerca de mil exercícios realizados e dois simulados de quatro horas cada. Índice de acerto de 90%, lá se vão mais de dez anos desde que consegui a minha certifcação, em 2005. No entanto, qual o valor disso pra al guém além de mim mesmo e de quem pre senciou o feito?

Quase nenhum.

Tenho batido na tecla de que a certifca ção deve ser valorizada muito mais do que é, atualmente, pelo mercado de trabalho. Tan to em exigí-la de quem exerce a profssão de gerente de projetos quanto em termos de remuneração.

No entanto, há alguns passos a serem seguidos para que ela, de fato, tenha o valor que merece.

Baseado em experiências, aí vão 5 dicas.

1. Auxilie e cobre, exatamente nessa ordem

As cobranças são inerentes a vida, o que dirá em projetos. No entanto, se a primeira ação for bem feita, grande chance de nem haver necessidade da segunda ou de ser num nível bem menos intenso.

2. Haja como um membro da equipe Muito mais do que o seu bóton, diploma ou placa de metal exaltando o seu feito, o que a equipe espera é que você faça parte dela.

Você tem, naturalmente, ascendência sobre ela. Respeito, valor e liderança, no entanto, são conquistas e não imposições de um pin na lapela.

3. Ouça

O corpo humano é dotado de dois ouvidos e uma boca. Isso, logicamente, signifca que você tem muito mais condições de ouvir do que falar. As teorias de gestão devem ser propagadas no momento apropriado. Prove que elas são válidas, sim, fazendo.

4. Abra a sua mente para o novo Obviamente, conhecimento nunca deve ser desprezado. Porém, é necessário, algumas vezes adaptar o seu imenso conhecimento de gestão ao cenário do projeto, e não o con trário. Dar abertura a equipe pode implicar em conhecer coisas novas, pois a medida que você é reconhecido como um membro e de confança, as pessoas trarão as novidades até você.

5. Peça ajuda, se necessário

Se você acredita nos heróis da Marvel, tenho um péssima notícia: eles não existem. Você não é um super-herói, siga esse conse lho: é melhor pedir ajuda a um membro da equipe do que a um médico.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 67 José Roberto Cavalcante Alves
68 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

5 passos, antes de demitir o gerente de projetos

Presenciei

e também já vivi diversas situa ções nos projetos de que participei. Na grande maioria daz vezes, alcançaram seus objetivos; outras, parcialmente; e, algumas vezes, fracassaram.

Mas uma coisa parece onipresente: nos momentos de crise, é necessário achar o res ponsável por ela. Não falarei aqui “o culpa do”, pois trata-se de uma palavra muito forte para uma atividade profssional.

Em grande parte desses momentos, to dos os refetores se voltam para o gerente de projetos, e as razões são as mais diversas possíveis: ele faz muito microgerenciamento, o problema é que ele faz macrogerenciamen to, ele não tem sangue nos olhos, ele não é motivador ou líder, ele não tem o perfl ideal para a função. E por aí vai. O resultado já co nhecemos: o gerente de projetos atualizan do o seu perfl no Linkedin.

Trabalhei em um projeto no qual eu subs tituí um GP, pois diziam que ele era ”muito téc nico". Depois fui substituído porque meu perfl era de gestor e era preciso ter os dois. E a per gunta que não quer calar: porque não planeja ram e defniram isso no início do projeto? Pas saram-se três anos, os resultados não foram alcançados e o projeto foi encerrado. O proble ma era, de fato, o GP? Parece-me que não.

Como qualquer outra profssão, os resul tados são o que contam. No entanto, é preci so haver ponderação e análise crítica fria em momentos de estresse e crise.

Listo 5 passos antes de demitir o GP: 1. Verifque se os recursos foram dimen sionados para atender as necessidades do projeto

Na ânsia de atender orçamentos apertados, parte-se para a montagem de equipes e exe

cução de projetos desproporcionais para os resultados que se quer alcançar. A suposta “economia no planejamento” mostra-se frá gil ao longo do tempo. O projeto se estende, a equipe é forçada a exceder o horário de tra balho, os resultados não são alcançados e o fracasso é iminente. Em casos extremos, não há equipamentos, ferramentas, infraestrutu ra, e cobra-se o aperto de um parafuso com as mãos.

2. Analise se os stakeholders do projeto estão envolvidos adequadamente É indispensável a participação e o apoio de todos os stakeholders internos. Particular mente aqueles com maior poder de decisão e infuência, e, em especial, o sponsor ou pa trocinador do projeto. Sem o devido apoio, o GP pouco pode fazer.

3. Peça para o GP elaborar um plano de ação Deixe a cargo do GP a função de identifcar onde estão os problemas do projeto. Ele deve elaborar um plano de ação envolvendo todos, desde a equipe até os stakeholders, e identifcar onde se está e onde se quer che gar. Acredite, é possível salvar o projeto e co locá-lo nos trilhos novamente.

4. Não procure culpados, busque aliados O velho- chavão “a união faz a força” é verdadeiro.

5. Faça uma autoanálise

O quanto você, se estiver numa posição de liderança e tiver poder de decisão, é respon sável pela situação e no que pode ajudar.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 69 José Roberto Cavalcante Alves
José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Desde

que comecei com o trabalho de divul gação do meu personagem, o Geplanus (gerente de projeto), tenho conversado com muita gente sobre minhas intenções, onde te nho ido, os eventos de que tenho participado, palestras que tenho dado. E surgem algumas perguntas: Quanto te pagaram? O que você vai ganhar com isso? Mas, você palestrou de graça? Você não cobrou nada?

Entendo os motivos das perguntas, já que vivemos num mundo onde o dinheiro é indis pensável e, em última instância, qualquer tipo de negócio objetiva ganhar dinheiro.

Mas, e se houver outros ganhos que não necessariamente dinheiro?

No início fz um planejamento, mapeei al guns aliados, defni segmentos de mercado que atacaria, ícones e pessoas infuentes em suas áreas de atuação e comecei os contatos. Criei muita expectativa, mas muita mesmo, principalmente relacionada a familiares e amigos próximos, algumas decepções e sur presas.

Contatei mentores e investidores-anjo (na esperança que agissem como tal e até recebi consultoria gratuita via WhatsApp) e cheguei a conclusão de que os investidores precisam tirar os olhos de aplicativos e da tecnologia da informação. Há muitas outras opções no mercado.

No início, as decepções e os “não” me abatiam sensivelmente. No entanto, com o passar do tempo, eu passei a praticar... a em patia. Tentar imaginar o outro e me colocar no lugar dele e compreender o porquê de ter ou não dado atenção ao que eu tinha a dizer. Em tempos de comunicação por redes sociais, muito fria e as vezes sem critério, nunca se sabe como o outro recebeu a informação. Se estava num bom dia ou se passava por algum tipo de problema ou, ainda, porque simples mente não se interessou. E o “não” começou a

ter menos importância. Mas o mais interessante é que a ajuda co meçou a vir de onde eu menos esperava e dos mais remotos lugares. Dei ênfase a gentileza, e...

E, na prática dessa gentileza, aprendi a conseguir muita coisa sem dinheiro. Eu tinha apenas um plano e muita vontade. Porém, como alcançaria meu objetivo sem ter que pagar em moeda? Lembrei que possuía uma qualifcação profssional, comecei a aprender muitas coisas novas e, a medida que aprendia, compartilhava. Quanto mais compartilhava, mais recebia em troca. E, sem dinheiro, passei a utilizar o... escambo: troca de bens ou servi ços sem uso de moeda, segundo o Michaelis. Uma palestra gratuita pode lhe abrir por tas e dar uma visibilidade inimaginável, além de novos amigos. E amigos ajudam amigos e torcem por eles. Uma gentileza pode lhe dar em troca atitudes e palavras que valem muito mais do que dinheiro. “Continue, não pare!”. E vocês não imaginam o quanto isso motiva e faz bem.

A empatia pode evitar confitos com os quais você não tem nada a ganhar e isso evita o gasto desnecessario de energia. E, a cada encontro, a cada conversa, seja presencial ou por outro meio, tirava totalmente o foco do dinheiro.

No começo, procurava as pessoas para apresentar o trabalho; agora, estou chegando num ponto em que está começando a aconte cer o contrário.

Portanto, para quem está começando, fo que naquilo em que você é bom. O “bem” é extremamente contagioso e não te cura, ain da bem, do prazer de realizar o seu sonho, em ser humano e agir como um.

Assista o flme Campo dos Sonhos. Gran de abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 71 José Roberto Cavalcante Alves
Não é você que tem de correr atrás do dinheiro, é ele que tem de correr atrás de você. Construa e ele virá

Como nasce uma história em quadrinhos do Geplanus?

Passo 1. A concepção da ideia

Por meio de leituras, conversas com amigos e em redes sociais, sugestões, ima gens e acontecimentos diários e passados, surge o assunto a ser abordado e de que forma isso será feito, com ênfase em al gum tema, comportamento ou sugestão de solução.

Passo 2. O briefng

Quadro a quadro (podem ser um, dois ou três), todos os diálogos são descritos, bem como o contexto em que eles se en contram. As expressões e reações dos personagens, assim como os detalhes das cenas, fcam a critério do cartunista, os conceitos são de responsabilidade do re dator. As histórias são escritas em portu guês e traduzidas para o inglês, o espanhol e o chinês.

Passo 3. O rascunho e a arte-fnal

A história é idealizada mentalmente pelo cartunista e, em seguida, rascunhada

em esboços e em linha com o roteiro def nido no briefng, pelo redator. Depois de revisado e aprovado o esboço, a arte ga nha traços defnitivos em nanquim e, de pendendo da preferência do desenhista, recebe cor digital, no Photoshop, ou cor em aquarela, no papel.

Passo 4. A nomeação

Todas as histórias são nomeadas em função do assunto que será abordado e os diálogos inseridos em cada quadro.

Passo 5. A publicação

As histórias são publicadas todas as segundas-feiras e disponibilizadas para os parceiros em um repositório. As histórias também são publicadas no LinkedIn, no grupo de humor em gerenciamento de projetos, destinado ao personagem.

Passo 6. A abrangência

Atualmente, 22 países em cinco conti nentes publicam as histórias.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 73 José Roberto Cavalcante Alves
74 Pensamentos
Alves @auracebio
Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante

“A criatividade é mais importante que o conheci mento. O conhecimento é limitado, enquanto a criatividade (relacionada a imaginação) abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando luz à evolução. Ela é, rigorosamente falando, um fator real na pesquisa científca”.

ma forma. Principalmente fora da minha área, tecnologia da informação. Comprei uma Echo dot (Alexa), sensacional. Notei que a minha resposta à desafos (palavra desgastada, mas não achei outra) e questionamentos melhorou absurdamente, e a velocidade nas decisões fca ram mais rápidas e cada vez mais precisas.

Tenho

uma opinião formada a respeito dessa discussão. Porém, não quero expô-la aqui, apesar de que, se você analisar o meu trabalho e o que escrevo, chegará a ela facilmente.

Recentemente li uma matéria de um in fuenciador no LinkedIn. Confesso que não sou fã desse tipo de coisa, infuenciadores e seus seguidores, acho isso uma grande bobagem. Porém, o assunto do artigo me chamou a aten ção e um dos pontos que achei mais relevante foi quando ele falou a respeito dos devoradores de livros e suas bibliotecas imensas (daquelas que aparecem às vezes na TV e você chega a duvidar se aquilo é real mesmo). Lêem deses peradamente, porém, jamais colocaram em prá tica o que leram. Num paralelo, seria como se eu tivesse me certifcado PMP (2005) e nunca tivesse colocado em prática o que aprendi. Se ria mais um livro na biblioteca ou, no meu caso, outro diploma emoldurado.

Um conhecimento egoísta e limitado.

No mesmo artigo, comentei e disse que fz exatamente o oposto. Como já falei várias ve zes, ler me deixa irritado, não gosto, apesar de ser preciso. Eu prefro a ação e fazer do meu jei to a seguir uma receita, mesmo consagrada por ícones e referências.

Gosto de fazer diferente.

Comecei a ler de tudo um pouco, tudo mes mo, tudo aquilo que me interessava de algu

E, com tanto estímulo, fui criando, criando e criando. E ligando assuntos, aparentemente desconexos, com facilidade e lógica incomuns. Passei a me surpreender comigo mesmo.

Quanto mais criava, mais fácil fcava assi milar coisas novas. Minha forma de falar foi se aperfeiçoando (sempre gostei de falar em pú blico e me expor) e, aos poucos, meus textos fcaram mais incisivos, rápidos, precisos e cer teiros.

O meu discurso passou a ser de impacto. De tirar o fôlego. Obviamente que, durante o processo de criação, se adquire conhecimento e, como sempre digo, conhecimento (dizem que dinheiro também) nunca é demais e, em algum momento, o que você aprendeu será usado, pode gravar isso. Experiência própria. E você saberá quando, onde e como.

Ler um livro abre a sua mente, mas colocar em prática o que leu, abre o universo; e o univer so é infnito. Claro que, lendo esse texto, você percebeu o quão tendencioso ele é sobre a es colha das alternativas do título.

Conhecimento ou criatividade? Qual o mais importante?

Nós, brasileiros, somos extremamente cria tivos, e isso é um diferencial que, jamais, gover no algum utilizou.

Quando juntarmos conhecimento e criativi dade... o Brasil será quase imbatível.

Aqui é o meu país. Grande abraço!

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 75 José Roberto Cavalcante Alves
O que é mais importante: o conhecimento ou a criatividade?
76 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Passado, presente ou futuro: qual o seu momento de vida?

Em que momento de vida você se encontra, independente da sua idade? Temos a incrí vel capacidade de relembrar coisas de pas sados remotos, isso é bom, mas isso é ruim. É bom quando usamos o que passou como aprendizado; é ruim quando usamos o que passou como algo que ainda está lá.

Física quântica?

Como algo que emperra o nosso avanço, limita e você ainda se incomoda com algo que alguém ou você fez e a todo momento vem à tona. Se isso acontece, signifca que o passado passou, mas da boca para fora. Não passou, ele é o presente e, sinto em lhe dizer, atrapalhará o seu futuro.

Eu gosto muito de rever amigos de facul dade, de 30 anos atrás, e lembrar bons mo mentos. Daqueles em que éramos tão jovens (Legião Urbana) e não medíamos consequên cias de determinados atos.

Fiquei muitos anos preso nesse tipo de memória, como que querendo retornar para o que jamais retornará. Cada um seguiu sua vida, seus percalços, seus sofrimentos e, aos poucos, as situações foram nos distancian do e os encontros, mais espaçados. Aliado a essa ideia de prisão no passado, as crenças limitantes, heranças de família e da nossa cultura, que nos dizem que o que tiver que ser, será.

Será sim, desde que você faça algo: agir. Não há misticismo, não há um deus ou deu ses, não há entidades, não há esoterismos e não há nada de sobrenatural.

É você quem deve fazer. É mais fácil pas

sar a responsabilidade para algo sem explica ção, pois se não tem explicação, não pode ser contestado.

Discordo veementemente disso: tem de haver uma explicação e há. Sempre houve e sempre haverá. Graças a homens que não aceitaram essa máxima que houve progres sos em várias áreas de conhecimento. Nosso país vive do imaginário e usam isso contra nós mesmos. Para haver colheita, você precisa plantar, arar, regar, adubar; sem isso não nascerá absolutamente nada, mes mo que você reze ou ore (tanto faz) junto a milhões de pessoas.

Desde que decidi mudar minha forma de pensar e agir, muita coisa mudou na minha vida, eu mudei. Claro que tive ajuda, mas eu resolvi agir.

Descobri coisas que nem sabia que exis tiam, comecei a fazer coisas que nem sabia que podia fazer. E o que existe de sobrenatu ral nisso? Nada, eu só quis fazer e fz.

Isso me fez romper com as amarras (pas sado), abriu-me os horizontes (futuro), e a vi ver intensamente o agora (presente).

Vivo, sem sombra de dúvidas, o meu me lhor momento profssional e pessoal. Uma avalanche de ideias e meu cérebro trabalhan do com sua capacidade máxima. Talvez perto dos 10%, conforme os cientistas.

Mas, falta apenas uma coisa para coroar a minha coragem, sim eu me elogio sim. Como um bom romântico, ainda falta... Um novo grande amor.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 77 José Roberto Cavalcante Alves
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Alves @auracebio
Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante

A tecnologia da informação, o metaverso e o diálogo

Sou afcionado por tecnologia da infor mação. Adoro a Echo Dot (Alexa) e sua inteligência artifcial. Fiz questão de frisar da informação, pois confunde-se quando se fala somente tecnologia. Imediatamente as pessoas ligam o tema a smartphones, com putadores e assemelhados essoas para usarem a tecnologia da informação a seu favor. Assim que deve ser: ela nos ajudar a vivermos melhor.

Tempos atrás, para ir a algum lugar desco nhecido, você perguntava a quem já tinha ido ou comprava um livro chamado Guia (muito utilizado pela extinta profssão de ofce-boy). Esse guia tinha atualizações anuais e continha o mapa da cidade com suas ruas e avenidas. O Waze aposentou essa ferramenta.

Havia também as páginas amarelas, ca ríssimos anúncios na revista que fazia jus ao nome — era amarela. Todo e qualquer comerciante que quisesse divulgar o seu ne gócio deveria estar inserido nela. A internet barateou e democratizou a exposição.

Na minha humilde opinião, atividades insalubres e perigosas devem ser feitas por máquinas. A indústria 4.0 virá para substituir e extinguir funções e profssões, mas, por ou tro lado, criará novas oportunidades.

O grande problema que enxergo é a ex cessiva dependência de artefatos eletrônicos. O WhatsApp está fora do ar, o mundo parou.

Uma mãe falando ao celular, num sho pping, leva o bebê num carrinho, que parece alucinado com um tablet (chupeta eletrôni

ca) emitindo luzes e sons intermitentes. Não há interação mãe e flho.

A tecnologia da informação aproximou as pessoas, mas a tecnologia da informação afastou as pessoas. Uma possível terceira guerra, cibernética, nos levará de volta às ca vernas ou ainda pior, a extinção. A quem inte ressa afastar as pessoas dessa maneira? Qual a necessidade de tanto controle?

Alguém assistiu ao flme 1984 (de onde surgiu essa doença chamada BBB no Brasil)? Há uns dias li uma matéria sobre o metaver so: mais uma invenção humana para afastar os humanos uns dos outros; o problema de sair do mundo paralelo é ter que atravessar a rua no mundo real.

E, aos poucos, estamos deixando de fa zer o básico: dialogar. Prefxo DI que signifca dois e LOGO que signifca palavra. Ou seja, ao menos dois trocando palavras, que viram ideias e que podem virar uma revolução.

Saudosismo à parte, uma certa nostalgia do tempo de jogar futebol descalço, carrinho de rolimã, brincadeiras de rua e realmente gastar energia e dormir por exaustão.

Hoje, estamos 24 horas no ar, 24 horas por dia online, 7 dias da semana, 365 dias no ano.

Nos fnais de semana eu dou um jeito de não fcar totalmente online e, com meus no vos amigos, na praia, criamos o nosso próprio mundo paralelo, só que no mundo real.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 79 José Roberto Cavalcante Alves
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José
Cavalcante Alves @auracebio
Aleatórios de um Gerente de Projetos
Roberto

A minha fome e a minha sede

Claro

que nunca morei na rua e não faço a menor ideia do que é dormir a mercê do tempo, passar fome e sede.

O máximo que já vivi, próximo a essa rea lidade, foi abrir a geladeira e ter apenas uma garrafa d’ água ou, num cenário pior, somen te o ar gelado. Ao menos tinha um local para dormir e, como dizem que o sono alimenta, aliviava.

Estou dizendo isso para que tenham pena de mim? Absolutamente. Creio que um dos piores sentimentos que alguém pode ter em relação a outros é pena, dó, comiseração ou outro sinônimo qualquer.

Durante o período em que fz faculdade, mal sobrava um tostão para comprar uma coxinha no boteco. No entanto, longe de me enfraquecer isso me fortaleceu. De acordo com o ditado que diz:

O que não te mata, te fortalece.

A minha fome e a minha sede não esta vam no estômago, nem nunca estarão.

O presente não era fácil, mas o foco es tava no futuro; tinha em minha mente onde

queria chegar e que aquela situação seria passageira, apesar de parecer interminável.

A minha determinação, modéstia a parte, é indestrutível e, quando muitos achavam que eu pararia, eu continuava e continuo.

Às vezes dou a impressão de que estou paralisado, mas é apenas uma forma de me reorganizar para voltar com mais força.

A minha profssão, gerente de projetos, escolhida muito mais por conta dessas cir cunstâncias que a vida nos impõe, me ensi nou muito. Aprendi a me comunicar melhor, a entender melhor as pessoas, a praticar a em patia, a planejar e assumir riscos que muitos evitam (gerenciamento de riscos é uma das áreas de conhecimento de gerenciamento de projetos).

O meu lado humano nunca esteve tão aforado e não consigo me ver inerte vendo tanta intolerância, insensibilidade e indiferen ça. É nossa obrigação (ou minha), nessa jorna da, fazer o que for possível para melhorar o mundo em que vivemos e deixar um legado.

Minha fome é de conhecimento e, para matar a sede, eu tomo mais um pouco disso. Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 81 José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

A banalização da infuência

Infuenciadores, seguidores, selfes no café da manhã, no almoço (comendo um PF — prato feito), no jantar, na academia, no carro, no parque e em todo lugar e a qualquer mo mento. E a necessidade (muitas vezes menti rosa) de mostrar que encontrou a felicidade e possui bens e pessoas, desejados por outros.

Como mudar essa realidade? Saindo da ilha para ver a ilha ou entrando na ilha para ver a ilha? Complicado.

O Brasil é um dos países que passam mais tempo em redes sociais e provavelmente um dos que menos frequentam salas de aula.

Me formei em 1990 e, pasmem, havia quem comemorava quando não havia aula, em especial numa faculdade paga (e não era barata). No entanto, há reclamações veladas quando o garçom ou garçonete demora para trazer a cerveja.

Tempos atrás, fui conselheiro de um con domínio e, como um bom gerente de proje tos, fquei três meses levantando todos os problemas que o prédio tinha. Rachaduras, mangueiras de incêndio que não funciona vam, botijões de gás e infraestrutura com data de vencimento expirada, áreas comuns deterioradas, extintores de incêndio que não funcionavam mais, vários itens de segurança sem o devido cuidado, dentre outros proble mas menos graves.

Laudo pronto e plano para resolver os problemas e pintar o prédio em dois anos. O que seria bom para todos, pois valorizaria os imóveis. Reunião de condomínio: pergunta de um morador, após exposto o cenário aci ma: “Quando vamos arrumar a churrasquei ra?”. Muitos o apoiaram. Vendi meu aparta mento e me mudei.

Projetei esse pensamento para o país. Não listarei aqui os principais infuen ciadores do Brasil mas, de antemão, numa análise pessoal, fco preocupado com o fu turo. Um povo que segue infuenciadores de consumo desmedido, que ensinam a fazer dancinhas sensuais (incluindo crianças), a se maquiar, cantam músicas evocando os gue tos (sem nenhuma preocupação em acabar com eles e levar luz) e outras aberrações sem o menor sentido para um país que precisa vi rar uma nação.

Minha flha uma vez me perguntou: “Quais são os seus ídolos?”

Eu disse: nenhum. Eu não tenho ídolos, apenas admiro algumas pessoas, porém não as sigo, leio o que escrevem ou dizem, analiso e vejo se se adequa a mim e a minha realidade no momento.

Outras pessoas: “Você é estranho” ou “Você é esquisito”. Eu: Não sou estranho e nem esquisito, só penso diferente.

Os padrões de infuenciadores, disse minados país afora, são vazios e de curta duração, pois em nada acrescentam na vida das pessoas que lhes garantam um futuro de fato. Apenas para satisfazer necessidades imediatas e mesquinhas, ícones que não são ícones são tratados como heróis nacionais, quando, na verdade, nada ou pouco fzeram pelo povo.

Vamos trabalhar para que os professo res, preocupados exclusivamente em ensi nar, sejam os reais infuenciadores de um país que ainda espera que o sobrenatural venha a resolver as suas afições.

Educação, não há outro caminho! Grande abraço.

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Valorize suas conquistas: são suas

Após

me formar, em 1990, fui efetivado, depois de um ano e três meses de estágio. Foram longos quatro anos e meio de faculda de e a recompensa, além do diploma, foi a carteira assinada como analista-programador.

O salário aumentou signifcativamente e a sensação incrível de mudança de padrão de vida e perspectiva de melhora, ainda mais. Os 20 anos na empresa possibilitaram-me a compra do primeiro carro zero quilômetro, a primeira casa própria e a frequentar lugares onde eu nunca havia estado. A dar a minha família um certo conforto, um convênio mé dico de primeira linha e a compra de bens de consumo. Resumindo, passei a fazer e a ter coisas antes apenas sonhadas.

Sempre fui ambicioso e ambição não é ruim; a questão é o que você faz para satis fazê-la e não deixar que se transforme em ganância.

Eu ambiciono alcançar o mundo com as minhas ideias, mas longe da dominação, até porque isso é impossível. Se eu não conse guir alcançar o mundo, ao menos o meu mun do eu tentarei mudar.

Tenho dito a várias pessoas o quanto é importante você conquistar. Nunca gostei de nada doado.

Até entendia a boa vontade das pessoas em tentar nos ajudar com doações quando éramos criança e viam as nossas difculdades enquanto família pobre da zona leste de São Paulo. Porém, eu me recusava a usar roupas usadas.

Orgulho? Não. Eu queria comprar com o meu próprio esforço.

Então, desde meu nascimento (minha pri meira conquista, a vida!) procuro valorizar o que consigo, mesmo que leve anos. Não im porta: eu consegui e isso ninguém pode me tirar. Claro que não consegui sozinho e agra deço a quem me ajudou.

A conquista traz confança, motiva, você se sente vivo e capaz de conquistar o mundo. Não compare suas conquistas e o que você tem com os outros. O que nos vendem como sucesso é vão e vazio. Importa o ser.

A vida é feita de altos e baixos e mesmo dinheiro, conforto e status não impedem o segundo.

Então olhe para o espelho todos os dias e diga a si mesmo:

Se eu quero, eu posso. Grande abraço.

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Mudança inesperada de planos: que bom

como se fosse hoje: estava cami nhando numa avenida conhecida da zona leste. Minha mente fazendo os planos para o dia, traçando o roteiro e me preparando para a rotina de trabalho e a volta para casa.

Lembro

Entre um pensamento e outro, recebi um telefonema: “Você vai ser pai”.

Naquela época em que os smartphones, creio eu, estavam em vias de se populariza rem, a fcha demorou a cair. Tal qual os tele fones analógicos, o processamento daquela notícia demorou alguns minutos.

O resultado foi inesperado, ao menos naquele momento. As lojas de artigos espor tivos, futebol, já não eram mais tão impor tantes assim ou o que havia mudado era o tamanho da chuteira que eu iria comprar. O tamanho das meias, do calção, da camisa do meu time predileto. Enfm, uniforme comple to, com outro manequim.

As lojas de bebês passaram a ser a refe rência e ali estavam os novos objetos do meu desejo. Seguindo os padrões sociais, estabe lecidos sei lá por quem, pensei no azul.

Um ultrassom após o outro e via o cresci mento do maior sonho da minha vida. A sen sação indescritível ao ver o pequeno coração batendo muito aceleradamente, como se an sioso por vir ao mundo exterior. Na verdade, era o meu.

Nove longos meses e chegou o dia. A es pera interminável na sala do hospital, olhando o telão anunciar a sua chegada, como um gol.

Outra vez seguindo os padrões sociais, estabelecidos por sei lá quem, vi que o azul, na verdade, era rosa.

Processando, de novo, como um telefone analógico, pensei em como levá-la ao fute bol. Quanta tolice.

Vários momentos desde o seu nascimen to, as paradas matinais na padaria, onde os funcionários já conheciam o seu humor, o abraço ao deixá-la na escolinha e ir para o trabalho e a saída do trabalho para buscá-la na escolinha, levá-la para casa, pular e rolar na cama.

Foram várias as tentativas de levá-la ao estádio. Na única, que talvez tenha aceitado por ainda ser muito pequena e ser novidade aquele passeio, ela se impressionou muito mais com o carrinho socorrendo o jogador machucado do que com o jogo.

Percebi que não adiantaria insistir.

Surpreendentemente, ela não queria ir aos jogos comigo, mas me acompanhou na minha pós-graduação, nas intermináveis reu niões de trabalho para a elaboração do nosso plano de negócios e jamais reclamou ou co brou uma troca para ir se divertir. A maturida de dela já era maior que a minha, e continua assim.

Hoje, na adolescência, a vejo se transfor mando numa mulher e, ao contrário de ou tros tempos, ela me leva para passear.

Muito mais ouvinte do que falante, ao contrário do pai, ela passa a sobriedade e calmaria que eu nunca tive. Eu e os meus an seios de mudanças rápidas, como se fosse possível controlar o incontrolável.

E a sua chegada provocou e continua pro vocando uma mudança inesperada de pla nos. Que bom!

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 87 José Roberto Cavalcante Alves
88 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Seja você a terceira via

Esquerda, direita, centro-direita, centro -esquerda, esquerda com viés de direita e direita com viés de esquerda, centro-di reita à esquerda, centro-esquerda à direita, esquerda radical, direita radical, esquerda moderada, direita moderada, centro-direita radical moderada, centro-esquerda modera da radical.

Cada um vota em quem acha mais ade quado ou certo, de acordo com os seus in teresses. Eu não voto em ninguém há algum tempo e creio que vá demorar para eu achar alguém digno do meu voto.

“Então você não se preocupa com o país?”

Absolutamente! Apenas é a minha forma de não concordar com nenhuma das opções, se é que são opções. E, talvez, eu me preo cupe muito mais do que os que se vestem de amarelo, porém vão passar as férias na Euro pa ou em Orlando, deixando de prestigiar o próprio país.

Aquele que acusava o que está no palan que hoje, virou aliado e aquele que era aliado, hoje acusa o que está no palanque. Apenas uma ciranda, seja no sentido horário (direita) ou anti-horário (esquerda) que nunca acaba e passa de geração em geração e culmina com assistencialismos com segundas intenções para manter a brincadeira de infância.

E qual seria a terceira via, afnal?

É chegada a hora de pararmos de espe rar governos ou promessas que nunca se cumprem e jamais se cumprirão. Não se trata aqui de desobediência civil ou protestos com queima de estátuas que representam abomi nações que não desejamos a volta. Mas, sim, agirmos enquanto cidadãos e pessoas que gostam do país.

É simples: quem gosta, cuida.

De nada adiantam as polarizações duran te as eleições; nos afastarmos de amigos e pa rentes, discussões acaloradas no WhatsApp ou em qualquer rede social e viramos revolu cionários sazonais.

Passadas as eleições, vamos nos preparar para ir para a praia, campo ou montanha e esperarmos mais quatro anos. Afnal, cansa toda essa discussão que não leva a lugar algum e é preciso recuperarmos a energia. Ou, quem sabe, apenas algo que nos dê asas. Você, enquanto terceira via, precisa parti cipar da reunião do seu condomínio, ir na reu nião de pais na escola do seu flho, na associa ção de moradores, cobrar o seu candidato e não terceirizar a sua responsabilidade. Afnal, o que você faz para mudar tudo isso que nos incomoda há anos?

As eleições estão logo aí, será mais uma oportunidade de consolidarmos a tal demo cracia do povo, pelo povo e para o povo.

Seja você a terceira via, mas não use car bono... :-)

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 89 José Roberto Cavalcante Alves
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Nascimento, 16/06/1964. Desde a infância, fssurado por futebol. Meu pai (que a for ça esteja com você, onde estiver), jogador de várzea, batia uma bola, ambidestro.

Ele me levava nas peladas. Eu olhava a gorduchinha (calma, não é bulling, é apenas uma bola de futebol) com carinho.

Naquele tempo, bola de capotão, molha va e encharcava, garotos com o meu físico de jogador de baralho tinham difculdade em chutá-la ensopada.

Eu, destro e, por conta da habilidade pa terna com a perna esquerda, queria também fazer o mesmo. Horas, quase o dia inteiro, chutando a bola contra a parede para apren der, só parava para ir à escola.

Meses de treinamento, consegui usar a canhota com maestria. O sonho de ser joga dor fcou no travesseiro.

“Isso não é para você, vá estudar”. Joga a dor para lá. Nas aulas de educação física, adi vinha: futebol... :-)

Foco nos estudos.

Medalhas, prêmios, meritocracia. Or gulho familiar e de mim mesmo. Na escola, plantei uma árvore (nome do jornalzinho: Mandacarú).

Em 1990, bacharel em administração de empresas, começa a jornada na área de TI (Tecnologia da Informação).

Faltavam duas coisas para realizar em vida: ser pai, 1999, com 35 anos. Minha flha, meu amor. Falta escrever um livro. Quem sabe ? :-)

Em 2005, certifcação (PMP: Project Ma

nagement Professional). Seis meses de es tudo, prova em inglês (eu nem sabia inglês direito e não sei ainda...rs), 200 questões, quatro horas, tenso.

Em 2010, demissão após 20 anos, sem chão. Seis meses para me recolocar.

Em 2011, volto aos estudos, MBA em Ges tão estratégica de TI, FGV Alphaville.

Em 2016, nasce meu alter ego, Geplanus, o gerente de projetos.

Projetos em várias empresas, sucessos e insucessos. Quase desisti, pensei em ven der água de coco. Não fui vender, mas mudei para a praia, a Grande, em agosto de 2021.

Em 2021, convite para ser diretor de pro jetos em uma empresa de TI. Os olhos brilha ram pela possibilidade de fazer do meu jeito.

Desasfo: em 2022, tomei a terceira dose da vacina contra a COVID. Esperança de lon gevidade.

Talvez eu não tivesse sido um grande jo gador, apesar de me achar ótimo (a opinião dos outros eu nem me importo em saber... rsrsrs) e acabasse como muitos, embriagado ou trabalhando em profssões não condizen tes com a fama que tiveram.

A vida não foi exatamente como imagi nei e com certeza não sou o melhor gerente de projetos do mundo e nem o melhor dire tor, mas eu me esforço e muito.

Determinado: nesse calor que faz aqui, eu tive a ideia de escrever algo que me def nisse nesse exato momento: Escrevendo torto por linhas certas. Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 91 José Roberto Cavalcante Alves
Escrevendo torto por linhas certas
92 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves @auracebio

Ainda hei!

Ainda hei de viver numa nação Onde a preocupação seja a evolução Onde a preocupação seja a educação Onde a preocupação seja todo mundo estar no mesmo nível intelectual e não somente social

Onde a preocupação seja fazer o outro alcançar você, não em posses Onde a preocupação seja compartilhar conhecimento

Onde a preocupação seja que as próximas gerações sejam melhores que a nossa

Onde a preocupação seja com a vida Onde a preocupação seja não se preocupar com o básico

Ainda hei de morar numa nação

Ainda hei de viver numa nação Onde a preocupação seja a evolução Onde a preocupação seja a educação Onde a preocupação seja todo mundo estar no mesmo nível intelectual e não somente social Onde a preocupação seja fazer o outro alcançar você, não em posses Onde a preocupação seja compartilhar conhecimento

Onde a preocupação seja que as próximas gerações sejam melhores que a nossa

Onde a preocupação seja com a vida Onde a preocupação seja não se preocupar com o básico

Ainda hei de morar numa nação

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 93 José Roberto Cavalcante Alves

Ignore

A ignorância é indefensável, porque ignora o óbvio, ignora a ciência, ignora o conhecimento e ignora a própria incapacidade ao ignorar

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 95
José Roberto Cavalcante Alves
96 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Eu escrevo...

Euescrevo para não ter que falar

Eu escrevo só para te mostrar

Eu escrevo tentando a razão

Eu escrevo escondendo a emoção

Eu escrevo tanta insensatez

Eu escrevo para esconder timidez

Eu escrevo buscando um caminho

Eu escrevo pensando em meu ninho

Eu escrevo reforçando a esperança

Eu escrevo buscando a criança

Que um dia deixei na infância.

Aqui é o MEU país...:-)

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 97 José Roberto Cavalcante Alves
98 Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos José Roberto Cavalcante Alves
@auracebio

Na grande viagem chamada vida, só nos resta saber viver

Nascemos

invariavelmente sozinhos e as sim partiremos.

Por mais amores e amigos que tenhamos, assim partiremos.

E o que fazer até lá?

Perdoe, grite, chore, repense, refaça e trabalhe forte e duro.

Limpe, reveja, ensine, compartilhe, exem plifque, ria, corra, berre e vibre como nunca.

Emocione-se, racionalize, racione, econo mize, abstraia, fltre e não se deixe levar por terceiros.

Ampare, viaje, explore, socorra, aprenda e esteja aberto a novidades.

Pense, avance, retroceda, aja, brinque, assim como um menino.

Despreocupe-se, lave, enxugue, seque, molhe e regue o seu canteiro ou vaso.

Relaxe, nade, reze, salte quantas ondas quiser e não apenas as sete do fnal do ano.

Questione, pergunte, informe-se, acultu re-se e use isso para o seu crescimento.

Sinta de verdade com o coração. Deixe -o bater forte e intensamente, ele foi feito para isso.

Voe, pouse, escale, mergulhe, patine, passe, drible as adversidades com serenida de, tranquilidade e maestria.

Porte-se como um cavalheiro e mestre. Peça licença, abra a porta e dê passagem.

Apaixone-se, ame e depois ame ou apai xone-se sem se preocupar com a ordem dos fatores, preocupe-se somente com o produ to.

Viva.

Na amizade, prefra qualidade a quanti dade, até porque será difícil a segunda.

A vida não tem grandes explicações, mas é intensa, boa e linda de se viver em qualquer lugar. É preciso saber viver.

Grande abraço.

Pensamentos Aleatórios de um Gerente de Projetos 99 José Roberto Cavalcante Alves

formato mancha tipografia papel número de páginas impressão e acabamento ano

16 x 23cm 13,4 x 20,4cm Ubuntu Pólen 80g/m2 48 Uiclap 2022

@auracebio

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