INFORME COMERCIAL | 23 de setembro de 2009
Éa gota d`água
Este é o primeiro de oito cadernos sobre atitudes que geram bem-estar e mais qualidade de vida. Consciência ambiental não é o primeiro tema à toa. O planeta tem-se ressentido da nossa falta de ação. Por que você não toma uma atitude? Talvez essa seja uma resposta bem particular. Para ajudar na busca dela, conversamos com quem rompeu essa dificuldade de agir e tentamos explicar aqui o que se encontra do lado de lá – o lugar dos que compraram a briga e fazem sua parte, por menor que pareça.
INFORME COMERCIAL | 23 d
Cuidar do meio ambiente
faz bem à saúde Ninguém duvida de que é preciso rever hábitos se a intenção é amenizar os estragos na natureza. Mas não basta esta consciência. É preciso agir de tal forma que a satisfação pessoal se transforme no motor de uma mudança cultural.
Toda segunda quarta-feira do mês, Hideaki Iijima limpa o Parque da Aclimação, em São Paulo. O empresário japonês, que adotou o Brasil para morar, administra a rede paulista de salões de beleza Soho e integra a ONG Zeladoria do Planeta (www.zpb.org). No sábado passado, dia 19, a praia do Porto da Barra, em Salvador, recebeu o Coastal Clean up Day – o dia mundial de limpeza de praias. Lá estava Lisiane Braga, voluntária do Greenpeace e presidente do Instituto RAM de Reeducação Ambiental, que ajudou a organizar o evento na Bahia. Em Espumoso, no Rio Grande do Sul, desde que o médico Carlos Mânica se envolveu num projeto de gerenciamento de resíduos, o tratamento do seu lixo particular, em casa, nunca mais foi o mesmo. Perto ou longe, de modo grandioso ou sem grandes pretensões, não faltam exemplos de atitudes em benefício da saúde do planeta. Basta olhar em volta e vasculhar ONGs pela Internet. O contrário também persiste, infelizmente e para o espanto geral: ou você já deixou de flagrar gente jogando bagana de cigarro no chão ou lixo pela janela do carro? O que diferencia essas pessoas das citadas no início desse texto? Não é apenas a falta de consciência ambiental.
A conscientização (consciência + ação) ajudou Iijima, Lisiane e Mânica a darem o primeiro passo. O que os fez continuar foi o fato de encontrarem valor e resultados naquilo que executam, de modo a se sentirem recompensados. “No início, o Parque da Aclimação era muito sujo. Com o tempo, foi ficando mais limpo. O exemplo que damos sensibiliza os transeuntes, que passam a sujar menos. O senhor Iijima faz isso porque ama o Brasil que o acolheu. A Zeladoria do Planeta convida a todos que amam este país e este planeta a espalharem esse movimento de limpeza física e mental”, conclama Hiroaki Kokudai, secretário da organização. “Sinto o maior prazer no que faço. Sinto-me útil e realizada. Acredito que todos nós deveríamos contribuir com a coletividade de alguma forma, até para justificar o direito que tivemos de estar aqui. É uma relação de troca com benefícios mútuos. Talvez seja cômodo acordar, ir ao trabalho, voltar e dormir, mas até que ponto isto é vida em sua plenitude? Nossa capacidade construtiva é tão mais ampla! Por que então não ter uma atitude extra e fazer algo mais?”, pergunta Lisiane. “Para mim, está evidente que cuidar do ambiente é um gesto de inteligência humana”, diz Mânica.
Espalhe > Corre pelo twitter uma campanha de assinaturas virtuais (www.sealthedeal2009.org), pressionando por decisões concretas em dezembro, em Copenhagen (Dinamarca), durante a Conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas.
Acostume-se com os selos verdes
> Pesquise e saiba identificar o que dizem os selos nos produtos. E, claro, antes disso: prefira produtos cuja embalagem traz informações sobre sua origem. É a sua garantia. Atenção para diferenciar selos colocados pelos próprios fabricantes e os independentes, que certificam o produto de algo. Exemplos: o Ecocert (www.ecocert. com.br) certifica alimentos orgânicos e cosméticos naturais ou orgânicos; o Procel (www.eletrobras. gov.br/procel) certifica equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos.
Ambiente e saúde estão interligados O aumento de casos de alergias e o retorno agressivo de infecções antes controladas estão associadas ao desequilíbrio ambiental. “Não dá para separar meio ambiente e saúde. Estão interligados”, afirma o doutor Carlos Mânica, vicepresidente da Unimed Alto Jacuí. Otorrinolaringologista, ele garante: “Na década de 50, apenas 5% da população mundial manifestava alergias. Hoje, pesquisas apontam 40% a 50% da população. Grande parte dessas alergias está associada ao estilo de vida”. Conforme Mânica, em grandes cidades, onde a concentração de poluição é maior, as pessoas têm três vezes mais alergias. Os transtornos de saúde decorrentes do impacto de ações negativas sobre o planeta não param por aí. “Quando tínhamos estações mais bem definidas, quem apresentava rinite ficava assim uma parte do ano; hoje em dia não. A pessoa fica mal o ano inteiro, porque o clima está diferente”, exemplifica o doutor. O custo é bem caro: para o bolso (no gasto com remédios), na produtividade (ausências no trabalho),
no sono, no humor. Sem falar nas doenças infecciosas que levaram décadas para serem controladas. A ocorrência da dengue e da febre amarela está ligada à proliferação de mosquitos. “Temos de minimizar esses efeitos de alguma forma. O setor de saúde, sozinho, não tem condições”, pede Mânica, para quem ações concretas em prol do ambiente refletirão na saúde das pessoas a longo prazo. Desde 2006, a Unimed Alto Jacuí mantém um programa que dá o destino correto a resíduos tóxicos, como pilhas, baterias de celulares, medicamentos vencidos, agulhas e seringas descartáveis. O objetivo é evitar a contaminação de rios e ar com metais pesados ou o CO2 liberado de queimadas. “A gente queria fazer algo que envolvesse toda a comunidade”, explica. A campanha conseguiu: até agora, quase 1,4 mil litros de resíduos tiveram o destino certo na região. Leia mais sobre a iniciativa em www. unimedespacovida.com.br
Sim, ter atitude na v saúde. Toda atitude abre, é uma direção que a inércia e isso faz avanç relacionamentos, quaisqu e filho, na carreira, no as
O que fazer? > Não use a privada de lixeira. A cada descarga sem necessidade, é água tratada desperdiçada. As bacias sanitárias com caixa acoplada gastam, em média, 12 litros de água a cada vez que a descarga é acionada. > Um buraco de 2mm em um cano desperdiça até 3.200 litros de água em um dia. Portanto, elimine vazamentos. > Uma torneira pingando pouco mais de uma gota por segundo, em média, pode desperdiçar em um dia 46 litros
d´água. Evite o pinga-pinga. > Para manter a calçada limpa, é suficiente varrê-la, para que usar mangueira? Cada vez que a mangueira fica ligada por 15 minutos são perdidos 279 litros de água. > Não deixe a porta da geladeira aberta desnecessariamente nem por muito tempo, pois isso faz com que o frio “escape” e exige mais trabalho do motor para baixar a temperatura interna novamente.
> Evite acender lâmpadas durante o dia. Abra a janela e aproveite ao máximo a luz natural. > Não use o ferro elétrico ou aquecedores nos horários em que muitos outros aparelhos estejam ligados, pois há sobrecarrega da rede elétrica. > Evite mercadorias com muitas embalagens. Afinal, o que importa mesmo não é o que você está comprando? O resto vai virar lixo.
de setembro de 2009
Disposições pessoais e influência do meio determinam a capacidade de tomar atitudes pensando no bem comum. Deixe-se contaminar. Concentrese na área que mais lhe comove ou que mais combina com você e encontre lá alguma forma de colaborar com um mundo mais cheio de atitudes verdes.
vida faz muito bem à e é um caminho que se e se toma. Abandonamos çar, desenvolver os uer que sejam: pais specto afetivo. Luciane Falcão, psicanalista
> Não se desfaça de um alimento inteiro só porque parte dele estragou. Tire as partes estragadas, lave, corte o que se mantém em bom estado e consuma logo. > Amasse latinhas de alumínio, garrafas plásticas (sem as tampas) e outros tipos de lixo, para que eles ocupem menos espaço. > Isole o lixo seco do molhado e colabore com a coleta seletiva. Fonte: www.akatu.org.br
Atitude:
os benefícios de agirmos Fechar a torneira, reduzir o tempo do banho, separar o lixo, consumir menos. As recomendações ouvidas por aí são constrangedoramente simples. Por que não se popularizam, espontaneamente, como ações reais? Porque é preciso ter atitude. Quem adere de vez a hábitos de vida mais “verdes” ainda está perto da excentricidade, mesmo diante de tantas evidências de que o planeta sofre, concorda a psicanalista Luciane Falcão, diretora da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. É preciso ter atitude para agir conforme pregam as cartilhas em prol da preservação do ambiente. “A pessoa tem de se expor, e aí pode surgir um receio de crítica”, afirma. Ter atitude é exposição sim. Qual o preço? Vale a pena? As respostas dessas duas perguntas têm a ver, para a maioria das pessoas – considerando que o individualismo ainda é soberano ao “bem comum” – com o quanto se é atingido direta-
mente pela consequência da nãoatitude. “Esses problemas ambientais estão cada vez mais próximos da gente. Quando o desconforto nos atinge, quando pressiona ou dói, então agimos”, explica Luciane. É desse mesmo jeito que nascem as primeiras atitudes, lá na infância, para atender às mais básicas necessidades. “É possível perceber direitinho bebês com mais atitude e outros com menos. Parte dessa capacidade de ter atitude vem desde o nascimento”, diz Luciane. Um exemplo simples: o bebê sente fome, isso o incomoda, ele toma uma atitude, que pode ser chorar a plenos pulmões ou esperar mais um pouco. O leite aparece e, conforme o comportamento adotado, está feita uma ligação entre sua atitude e a resposta do meio. “Ao longo dos três primeiros anos da criança, esse jogo vai se incrementando”, afirma. Inicialmente, o “jogo” é com a mãe, e o jeito de ela agir vai influenciar a capacidade da criança de tomar atitudes ao longo da vida. Esse jogo está associado à construção da autonomia e da confiança.
“Tem de haver um investimento equilibrado. Se reforça pouco, a criança tende a se fechar, numa posição de espera, não se sente capaz. De outra forma, se investe demais, cria um reizinho, a quem todos devem estar disponíveis e ele não precisa tomar atitude nenhuma de fato”, compara ela. A forma como os adultos respondem à criança nesses momentos tem forte influência sobre como ela entende os resultados de suas iniciativas. O prazer sentido com o resultado de uma atitude é determinante para se usar (ou não) a energia de que se dispõe para mais atitudes na vida. Qual a medida, então? Depende do tamanho do desconforto. “Se você tem a vontade de tomar uma atitude e não consegue, está infeliz, bem, o que está impedindo? Às vezes, descobrimos sozinhos, às vezes com amigos e familiares ou com a ajuda de um profissional”, sugere Luciane. Esses aspectos individuais são importantes, mas não são únicos para determinar nossa (falta de) atitude. A educação e a cultura em que
se está inserido interferem. Nesse sentido, fica fácil entender por que se vê crianças bastante à vontade com atitudes pró-ambiente – muito mais do que seus avós. Mérito das campanhas e da lenta mas fundamental mudança cultural. Quanto mais “aceita” e aprovada pelo meio é a atitude, mais fácil é tomá-la. Pioneirismos são para poucos. “Uma atitude pioneira requer confiança, convicção, percepção apurada de uma necessidade do meio. Requer sensibilidade”, explica Luciane. “A gente precisa dessas pessoas que levantam bandeiras, mas tem muita gente também que faz coisas em benefício de outros sem alarde”. relembra. A progressão de consciência para ação só se repete quando o resultado gera satisfação. “Nesse sentido, atitudes que fazem o bem para o outro tocam na linha do afeto”, diz Luciane. E aí não se trata de pensar só nas consequências de suas atitudes mas de se “viciar” em recompensas revigorantes.
INFORME COMERCIAL | 23 de setembro de 2009
corpo são
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Lixo no lugar certo e frutas no quintal
Beber água em jejum faz bem?
Sorria mais
> Dr. Carlos Mânica responde:
Um sorriso pode “quebrar o gelo”. Aprendemos a sorrir porque isso facilita nossa aproximação e interação com as outras pessoas. Rir ajuda a controlar os sentimentos negativos, como insegurança e hostilidade, e a reduzir conflitos. Tudo isso contribui para a diminuição dos níveis de estresse no dia-a-dia. Por sua capacidade de aliviar as tensões, o ato de sorrir pode prolongar o nosso tempo Uma gostosa de vida, nos ajudando sessão de a ser mais saudáveis. gargalhadas Estudos científicos estimula órgãos mostram que quem usa o humor para lidar com e músculos. situações desagradáveis Quem ri é e desafiadoras tem um mais feliz sistema imunológico mais forte. Sorrir também expande os vasos sanguíneos, melhorando a circulação. Uma prolongada e gostosa sessão de gargalhadas estimula órgãos e músculos. Essas transformações físicas levam nosso cérebro a liberar endorfinas, neurotransmissores associados às sensações de prazer e satisfação. Assim, a ciência vem confirmando que quem ri é mais feliz!
Sim! Um copo de água, ao acordar, é suficiente para dar início a uma série de atividades, colocando a corpo a “funcionar”. Durante o sono, não ingerimos líquido, o corpo desidrata, portanto, é muito bom começar o dia atendendo à mais básica de suas necessidades. Células hidratadas fazem tudo funcionar melhor: rins, intestino, circulação... Além disso, durante o sono, acumulamos ácido no estômago, e a água com PH neutro reduz essa concentração.
> Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
Conforme dados do Cempre (associação pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem – www.cempre.org.br), apenas
7
%
Seja agindo diretamente no seu cotidiano imediato ou alcançando – literalmente – o quintal da casa das pessoas, a Unimed-RS acumula exemplos de responsabilidade ambiental. São iniciativas que envolveram a comunidade local e fazem refletir sobre a necessidade de mudar comportamentos quando o assunto é preservação da vida. Na Unimed Erechim, a campanha “Descarte de Medicamentos – Destino Ambientalmente Correto” despertou a população para os riscos de permitir o contato de remédios vencidos ou sobras com o esgoto ou lixo doméstico. “Diversas pesquisas comprovaram que a água que consumimos contém traços de medicamentos mesmo após o tratamento, o que pode se tornar extremamente danoso a longo prazo”, explica o Dr. Alcides Mandelli Stumpf. A Unimed Erechim também distribuiu material gráfico educativo sobre a importância do descarte adequado desses produtos. Colaboradores e pacientes diabéticos, hipertensos e obesos da Unimed Alegrete descobriram as vantagens de colher frutos e hortaliças direto do pé. O projeto incentivou a comunidade a montar pomar e horta no quintal de casa. Resultado: mais saúde e economia. Durante a campanha, foram distribuídas 50 mudas de laranjeiras, bergamoteiras, pessegueiros e videiras. O projeto envolveu ainda a adoção de dois canteiros no calçadão da cidade. “Envolvemos 61 pessoas na ideia. Os resultados, embora subjetivos, virão com o tempo”, afirma a enfermeira Denise Franco Bravo, uma das responsáveis pela iniciativa.
Mais saúde e economia: cultivo de hortaliças e árvores frutíferas em Alegrete
dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva. O desafio não é somente a adesão das pessoas, mas os modos de gerir o negócio, ainda muito oneroso.
Conheça mais detalhes do projeto Unimed Espaço Vida, que inclui a produção deste e de mais sete cadernos, acessando o endereço
www.unimedespacovida.com.br próximas edições
esta edição
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4/11/2009
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16/12/2009
6 /1/2010
27/1/2010
prevenção do estresse & bom humor
cuidados na infância
consciência ambiental
& atitude
doação de órgãos
& generosidade
& o brincar
controle emocional
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
atividades físicas
8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 14 de outubro de 2009
A corrente pelo bem No segundo dos oito cadernos especiais sobre atitudes que geram bem-estar e mais qualidade de vida, as informações sobre doação de órgãos e tecidos no Brasil servem como um convite para se pensar a prática da generosidade. Mais do que ser capaz de desapegar-se de algo, o exercício dessa virtude requer sensibilidade, a percepção daquilo que o outro está precisando. Mesmo que não se acerte de primeira, a tentativa é catalisadora. Acredite na corrente do bem.
INFORME COMERCIAL | 14
Uma decisão que
salva vidas Quem espera por órgãos para se curar de uma doença ou melhorar a qualidade de sua vida espera, antes de qualquer coisa, por uma decisão sua. A de ser ou não doador. Fale sobre o assunto em casa, com familiares
Mais do que abrir legalmente o caminho para a doação de órgãos e tecidos, ao incentivar que se converse em casa, com familiares, sobre a decisão de ser ou não doador, as campanhas sobre o tema no Brasil tentam fortalecer um dos pilares fundamentais para o funcionamento ideal do sistema: a educação, a busca por informações corretas e a sua propagação. Em caso de morte encefálica, conforme legislação vigente no país, é a decisão da família que prevalece. Por isso, é tão importante informar em casa se a intenção é ser doador. “A morte encefálica é uma morte trágica. Em algumas horas a pessoa estava bem e agora não está mais. A família fica desnorteada. Se alguém lembra na hora que a pessoa falou de sua intenção, fica mais fácil”, explica o doutor Valter Duro Garcia, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Com a autorização, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Estadual avisa as equipes de transplante para irem ao hospital remover os órgãos e levá-los ao local onde será realizado o transplante. A Central é que seleciona os receptores. Conversar em casa sobre o assunto também faz com que se busquem esclarecimentos. “Se você não entende bem o que é a morte encefálica, se não refletiu sobre a visão de sua religião sobre o tema, se não sabe como funciona o trabalho médico nessas horas... enfim, essas condições influenciam o momento de a família decidir”, afirma Garcia. “Um terço da população brasileira não é doadora. É muito alto”, lamenta ele, citando pesquisa recente.
Além da educação das pessoas, a organização interna dos hospitais é outro dos dois pilares frágeis do sistema, composto por quatro pilares (legislação, financiamento, educação e organização hospitalar), segundo Garcia. “No que se refere a financiamento e legislação, podemos melhorar, mas não são, atualmente, impeditivos”, informa ele. As realidades hospitalares, principalmente no que diz respeito à logística, são muito díspares. “Estamos trabalhando muito para reverter isso”, garante o presidente da ABTO. Afora a questão estrutural, a percepção da associação é de que uma maior humanização do atendimento hospitalar, nesse delicado momento, também tem peso. “A família está em choque, chega ao local, não consegue entrar, o parente está na UTI e, de repente, vem a notícia de morte. É uma situação muito delicada. É preciso uma humanização geral, desde o porteiro”, diz Garcia. Para 2010, estão planejados cursos de aperfeiçoamento para aqueles que atuam nas equipes de transplantes, em especial para os profissionais destacados para conversar com a família. “Nessa conversa, nunca forçamos. Focamos no positivo, na possibilidade de dar um sentido maior a uma tragédia, de aquela morte poder salvar uma vida. O perfil do entrevistador é importante”, explica o presidente. As campanhas incentivando a doação de órgãos têm procurado mostrar a reciprocidade da decisão pela doação. O foco é “um dia você também pode precisar”. Esse enfoque está baseado em estatísticas: segundo Garcia, há três vezes mais chance de se ingressar numa lista de espera por doação do que se tornar doador por morte encefálica.
RS: o desafio de reverter queda > O Brasil registrou aumento de 20% na taxa de doadores efetivos no primeiro semestre de 2009. A alta foi obtida em 14 Estados. O Rio Grande do Sul apresentou queda. “A estagnação que o país sofreu em 2007, pela qual o Estado passou ileso, parece ter chegado agora aqui. Mas estamos trabalhando e a situação pode ser revertida até o final do ano”, afirma Valter Duro Garcia, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
BR: Crescimento após “apagão” > Em 2007, um desestímulo, um afrouxamento do trabalho gerou o chamado “apagão” dos transplantes. Desde então, o Brasil vem se recuperando, através de campanhas e medidas de ajustes. Em dois anos, a taxa de doadores efetivos cresceu 53%. Fonte: Registro Brasileiro de Transplantes (RBT)
Estenda a mão > Comentar em casa, para amigos e/ou familiares, a intenção de ser doador é uma das recomendações das entidades ligadas ao tema. Aproveitando a força das redes sociais, a ABTO foi além. Criou um selo que pode ser inserido na foto do perfil de redes como blog, Flickr, facebook, orkut, Ning e twitter. No site www.abto.org.br/ estendaamao/, é possível ainda enviar um email para familiares e amigos, anunciando a intenção de ser doador ou apenas para divulgar a causa.
Tire suas dúvidas Quem pode doar Com exceção de quem tem doença infecciosa ativa ou câncer, qualquer pessoa pode ser doadora. Fumantes não são doadores de pulmões.
O que pode ser doado Vivos, podemos doar um rim, parte do fígado, do pulmão, do pâncreas, medula óssea e sangue. No caso de doador falecido, com a permissão da família, podem ser transplantados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas. A morte cerebral permite a doação de órgãos e tecidos. A morte cardíaca, apenas a de tecidos.
O que é morte cerebral É quando o cérebro para de funcionar. O órgão deixa de receber sangue e não executa mais suas funções vitais.
Constatação de morte cerebral segue procedimento rigoroso Pelo menos dois médicos, um deles neurologista, precisam comprovar a morte encefálica. São realizadas duas sessões de exames clínicos, no intervalo de seis horas. Além disso, é preciso a comprovação por um exame de imagem.
E então, decidiu sobre doar ou não doar seus órgãos? Avise sua família, seus amigos, seus colegas sobre sua decisão. Não precisa deixar nada escrito, nem registrado. Até pode, mas se sua família contrariar o que está escrito, vai valer a decisão dela. Deixar clara sua vontade tende a ser suficiente para ajudar os familiares nesse momento tão delicado. Para doações em vida, você precisa ter mais de 18 anos e o receptor ser cônjuge ou parente consanguíneo - sem parentesco, é necessária autorização judicial.
Medula óssea O procedimento para se tornar doador é fazer parte de um cadastro, mediante retirada de sangue. Uma pequena amostra possibilitará a verificação da compatibilidade genética de doador e receptor. Crianças e também gestantes podem doar. Na capital gaúcha, é a Santa Casa que faz o cadastro. Lembre-se de levar seus documentos.
Sangue A doação de sangue pode ser feita em qualquer hemocentro. O doador deve apresentar boa saúde, ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, entre outros critérios. Fonte: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO
de outubro de 2009
Em 16 de dezembro de 2005, minha filha de 18 anos saiu de casa para fazer um exame da faculdade. Logo depois, foi internada com aneurisma cerebral. No dia seguinte, meu sobrinho me perguntava se eu gostaria que ela doasse seus órgãos. Um choque percorreu meu corpo e lembrei que esse era um grande desejo dela. Foram retirados coração, rins, fígado, pulmões, veias, córneas, tudo. Sei que ela salvou muitas vidas. Penso na alegria de tantas pessoas quando souberam que seriam salvas. No dia 18, eu enterrava todos os meus sonhos como mãe, mas desenterrava em mim a alegria de ser um ser humano. Trechos do depoimento de Célia Regina Carpinell no site www.adote.org.br
Efeito dominó Relacionar a disposição de doar órgãos com o exercício da generosidade não é difícil. Mas a força dessa relação pode ir além de constatações óbvias – como a de que, por exemplo, mais de 20 pessoas podem ser beneficiadas a partir de um único doador; ou ainda considerar o alívio que essas vidas salvas causará a familiares e a amigos do doente, como num jogo de dominó. Questionado sobre o exercício da generosidade, o professor e terapeuta Pablo Mendes, doutorando em filosofia, lembrou de citar o filme “A Corrente do Bem” (Pay It Forward, 2000), que aborda o efeito positivo, e em cascata, de fazer o bem ao próximo. Sua lembrança está associada à construção de um ambiente, de uma atmosfera de generosidade – evidentemente mais saudável e revigorante do que um cenário carente dessa virtude. “Podemos pensar que a generosidade, como forma de qualidade
de vida, é uma opção para quem deseja ser feliz e percebe que, se conhecendo melhor e compreendendo com mais propriedade o mundo a sua volta, pode certamente contribuir mais e obter a paz, a felicidade desejada. Alguém que constata que a generosidade pode sim mudar para melhor o mundo a sua volta. Afinal, não saímos ilesos de nenhum relacionamento, pois aquilo que somos afeta as pessoas a nossa volta, como também o modo de ser destas pessoas nos afeta”, explica ele. As atitudes que o filme expõe não partem de uma necessidade evidente ou urgente – na pressão de uma catástrofe, como uma grande enchente, por exemplo, porque nesse caso estaria mais para solidariedade. “A generosidade independe da quantidade que se dá, mas do estado do doador. Dá-se apenas porque se gosta de dar, sem quaisquer outras finalidades ou razões” , ensina Mendes. Nem são isoladas, por mais generosas que possam ser ações individuais. No filme, estabelecer elos é parte do
jogo e, o mais importante: o bem feito pelo outro ou para o outro é uma atitude motivada por certa dose de idealismo. Práticas generosas têm algo de idealismo, de fé no bem – tanto que o professor recorre à ética aristotélica para comentar sobre o tema aqui proposto. “Ética é a conduta que designa as concepções morais nas quais um ser humano se apóia, nutre fé. Na obra Ética a Nicômaco, Aristóteles elenca a generosidade entre as virtudes relacionadas ao bem viver. Para ele, o homem tem um único objetivo a ser perseguido: o bem, que conduz à felicidade”, afirma. Clarisa Wolff Garcez, 61 anos, professora aposentada, é voluntária na ONG Via Vida, em Porto Alegre. Sim, Clarisa já avisou sua família que é doadora, mas não é por esse gesto que está citada aqui. Seu relato traz elementos que lembram a “corrente” do filme e também atestam os benefícios que ela própria experimenta, como explicou o professor. Clarisa dedica conhecimento, experiência, energia e parte de seu tempo a evitar que crianças transplantadas ou em lista de espera por órgãos percam completamente o contato com a escola. A Via Vida mantém uma pousada para receber pacientes – e lá há uma sala de aula. A professora não segue um programa de conteúdo. Seus alunos são crianças que vêm de longe, com realidades escolares diferentes. Então, depois de um contato com a escola de origem, identifica-se uma dificuldade que pode ser trabalha-
da, algo que estava incomodando. “A ideia é aliviar, ajudar, de modo que possam seguir os dias mais tranquilos. Teve o caso do menino que voltou pra sua cidade dizendo “eu tenho câncer, mas sei inglês!”. Entende?”, conta a professora, que faz esse tipo de trabalho há 10 anos no Hospital da Criança Santo Antônio e há quatro na ONG. “Sempre gostei de educação e de trabalhar com crianças. Na vida profissional, tive casos de alunos doentes e eu ia ao hospital, isso me despertou. Quando me aposentei, não queria ficar parada”, explica. Também ocorre de os pacientes da Via VIda assistirem a aulas em escolas próximas à ONG. A situação é bastante diferenciada para a escola, em função de possíveis ausências e ajustes de realidades pedagógicas. Mas é possível. No ano passado, a presença de uma paciente baiana em uma escola da capital gaúcha motivou a instituição a trabalhar o tema da doação de órgãos em uma ampla campanha entre os alunos. Uma reação inesperada, em cascata (ou corrente!?) e extremamente positiva. “Posso dizer que foi depois de aposentada que atingi a plena satisfação profissional. Esse trabalho é uma via de duas mãos: sentimos uma satisfação imensa ao ver que nossa ação melhorou alguma coisa na vida do outro”, diz a professora. Veja, na íntegra, o artigo do professor Pablo Mendes em www.unimedespacovida.com.br
INFORME COMERCIAL | 14 de outubro de 2009
corpo são
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Campanhas cadastram doadores de medula
Água com açúcar acalma?
Deixe ir, solte
> O Dr. Saul Katz, médico cooperado da Unimed Pelotas, responde:
Muitas vezes, em nossa vida, nos apegamos a algo, seja uma pessoa, um objeto, uma situação ou um lugar. Esse apego pode estar relacionado a um medo muito primitivo que carregamos conosco: o medo do abandono. Estamos programados para viver em grupo e nada nos assusta tanto quanto a idéia da solidão. Uma forma de tentarmos evitar a solidão é nos mantendo conectados com tudo o que é conhecido e familiar. A mudança, o novo, coloca nosso cérebro em alerta, pois mudar implica risco de perda. Tememos a mudança porque não Quando nos queremos perder aquilo desapegamos que nos dá, ou nos deu, conforto e segurança. de algo, Sentir-se inseguro é criamos espaço sentir-se só. para o novo Ao mesmo tempo que nossa segurança está associada à estabilidade das coisas familiares, nosso crescimento emocional depende de novas experiências. A transformação exige o abandono do que não nos serve mais, seja uma roupa ou um relacionamento. Quando nos desapegamos de algo, criamos espaço em nossas mentes para o novo. É assim que nos abrimos para as experiências transformadoras, aquelas que nos ensinam que somos capazes de sentir, pensar e realizar coisas que nunca imaginamos antes. A plenitude da vida reside em sermos tudo o que podemos ser, e cada experiência vivida nos aproxima mais disso.
Não há nada na literatura médica que ateste ou conteste cientificamente a qualidade sedativa da água açucarada. Entretanto, oferecida com atenção, carinho e com palavras reconfortantes pode, surpreendentemente, atingir o seu objetivo. É superstição ou crença em supostos resultados disseminada e muito utilizada na população leiga em medicina. Às vezes, pode se constituir em uma “doce” maneira de aguardar que a crise passe enquanto o médico, quando chamado, não chega. Ricardo Chaves
No dia 17 de novembro, em parceria com o Hemocentro de Porto Alegre e o Hemovale, de Lajeado, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP) convida toda a comunidade da região a se tornar doadora de medula óssea. Na data, ocorrerá a coleta de amostra sanguínea dos voluntários. Até lá, os interessados podem fazer um précadastro no site www.unimedvtrp.com.br. “Sabemos que a demanda por doadores é grande, e que tem muita gente disposta a doar. A Unimed está se dispondo a servir de ponte entre os potenciais doadores e o cadastro nacional, pois o serviço não é oferecido no interior do Estado”, afirma o presidente da Unimed VTRP, o cardiologista Carlos Antonio da Luz Rech. “Nossa expectativa é cadastrar, no mínimo, 300 pessoas”, conclui. O cadastro gerado será encaminhado ao Registro de Doadores de Medula do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A iniciativa buscará também desmistificar a doação, levando informação à comunidade. O transplante de medula óssea é alternativa de tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue. A medula óssea “doente” é substituída por células saudáveis, as do doador. Iniciativa semelhante é feita há dois anos pela Unimed Litoral Sul, que compreende Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Chuí e São José do Norte. Em parceria com o Hemocentro de Pelotas, campanhas (foto) mobilizam a comunidade com sucesso. Nas duas ocasiões, em 2008 e em 2009, sempre em agosto, as metas foram alcançadas, ou seja, se atingiu o número máximo de cadastros de que a estrutura montada dispunha. “A solidariedade das pessoas é surpreendente. O pessoal que mora nas ilhas vêm de ônibus de excursão para participar. Fizemos uma divulgação intensa. A Unimed virou referência na região, para quem procura informação sobre a doação de medula” conta Luciana Pacheco, da Comunicação da Unimed Litoral Sul.
> Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
Entre janeiro e junho de 2009, foram feitos
2.099
transplantes
de órgãos no país, conforme dados do Ministério da Saúde. Em 2008, no mesmo período, foram
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prevenção do estresse & bom humor
cuidados na infância
consciência ambiental
& atitude
ANS – nº 367087
Comunidade mobilizada no Litoral Sul
doação de órgãos
& generosidade
& o brincar
controle emocional
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
atividades físicas
8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 4 de novembro de 2009
É hora de parar O chefe incomoda, o trânsito perturba, o vizinho irrita, a fila do supermercado acaba com sua paciência na sexta-feira à noite. Sim, você sabe o nome disso: estresse. Difícil é entender por que a folga no final de semana não será suficiente para atenuar. Opa! É hora de parar. O terceiro dos oito cadernos Unimed Espaço Vida sobre atitudes que geram bem-estar e mais qualidade de vida convida os leitores a decifrar a mensagem que está por trás do estresse. A sensação de esgotamento é um sintoma de quê? Vamos lá: busque o ar puro, respire fundo e confie que, depois de uma auto-análise sincera e corajosa, a vida pode surpreendê-lo. Prevenção faz bem à saúde.
INFORME COMERCIAL | 4 de
Menos estresse,
mais saúde Uma rotina livre de pressões ajuda a prevenir doenças. Mas isso você sabe.
Esse texto pode estressá-lo. Se você já sabe o que é estresse, esse amontoado de frases será perda de tempo. E a falta de tempo, para tudo hoje em dia, não só explica em parte por que estamos todos estressados como justifica o pedido: pule esse texto e vá direto para o da página ao lado. Quem sabe aquele ali o surpreenda e, tomara, o desestresse. Ei, você ainda está aqui?! Ok, então vamos falar sobre o que você provavelmente já sabe. Dificuldade em relaxar, em ter prazer, dores de cabeça, desconfortos musculares, insônia, cansaço, irritação ou apatia: sim, estamos falando de estresse. Motivo: o tema do terceiro caderno Unimed Espaço Vida é prevenção de estresse. Estar de olho no nível de esgotamento diário é uma das maneiras eficazes de evitar as doenças. “O estresse pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças, que vão da asma às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas”, resumem as doutoras Elizabeth Fagundes e Cibele Lucas. Uma certa dose de estresse – o eustress – é necessária para lidar com situações que o organismo interpreta como perigo. A descarga de agentes hormonais de intensa ação orgânica, como a adrenalina e os corticóides, permite que se encare a adversidade de igual para igual. É o nosso corpo preparado para a defesa. O problema é quando essa ativação orgânica nunca cessa, ou seja, torna-se crônica. Quem tem lesão na camada interna das artérias coronárias provocada por obesidade, fumo, colesterol elevado, lembram as doutoras Elizabeth e Cibele, está sujeito a vários riscos quando sob perma-
nente bombardeio dos hormônios citados, tais como arritmia, angina e ataque cardíaco. Psicólogo e psicoterapeuta, Leonardo Araujo confirma: o estresse excessivo é uma grande fonte de doenças, dentre as mais comuns, as cardiovasculares. “Estudos recentes da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia concluíram que a liberação de cortisol em pessoas com estresse crônico leva à diminuição da telomerase, uma enzima que controla o envelhecimento das células. Ou seja, quem sofre de estresse crônico envelhece mais cedo e adoece mais”, acrescenta. A essa altura, o corpo e o comportamento do estressado já deu outros sinais: enxaquecas, dores nas costas e nuca, hipertensão, alta sensibilidade, depressão, apatia, nervosismo e... (complete você mesmo!). Até aqui, tudo entendido sobre o poder arrasador da condição de estresse permanente. Psiquiatra e psicoterapeuta, o doutor Vitor Rodrigues, refletindo sobre esse conceito usado amplamente para tudo hoje em dia, vai além e abre caminho para pularmos para o texto ao lado. “O estresse, por definição, é uma reação, e não um fator que provoque algo”, afirma. Portanto, se quisermos evitar o estresse, precisamos focar no que exatamente está disparando os hormônios – ou seja, no modo como reagimos às adversidades. “Alguém que perde um ente querido pode reagir de diversas maneiras. Basta pensarmos na diferença entre perder um progenitor ou um filho. Em cada caso, é uma tarefa do psiquismo muito complexa e dá uma boa ideia da complexidade que é deixar-ser abater ou não pelo estresse”.
Sinais de esgotamento > Dores de cabeça frequentes e dificuldade de desacelerar. > Problemas gastrointestinais e tensão muscular, principalmente costas e nuca. > Sensação de irritabilidade por motivos mínimos ou que antes não chamavam tanto sua atenção.
> Uma longa noite de sono não é suficiente para renovar a energia – pelo contrário, é difícil até pegar no sono. > Alterações na memória. Esquece coisas simples de lembrar ou “apaga” gestos ou ações que acabou de fazer, exemplo: chegou na esquina e não lembra se chaveou a porta ao sair de casa.
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e novembro de 2009
Otimismo,
“Hábitos saudáveis de vida, aliados a uma visão otimista do mundo, são fórmulas de longevidade e saúde.”
seu grande aliado
Leonardo Araujo, psicólogo e psicoterapeuta
Encarar os revezes com uma disposição positiva pode não resolver tudo, mas evita uma cilada: aumentar o problema.
> Produtividade em queda – seja no trabalho ou nas atividades pessoais.
> Dias de folga ou férias não mudam a sensação de cansaço.
> Se há identificação com as descrições acima, seu grau de estresse já está interferindo na relação com as outras pessoas. Ricardo Chaves
O que fazer > Seja franco consigo mesmo e aceite que é preciso rever sua rotina. O que anda bem? O que foi negligenciado? > Tente reformular sua vida, procurando reduzir as áreas geradoras de estresse. Quem sabe mais espaço para o lazer, para as atividades de que gosta e “andam esquecidas”? > Procure ajude psicoterápica. A principal atitude ainda é ref etir sobre o modo de viver e de trabalhar com as vivências e as emoções que a vida nos proporciona. > E o mais importante: não se estresse para resolver o estresse. Procure ajuda, se necessário. Estabeleça ações possíveis, realizáveis. E não precisa ser no plural. Pode ser UMA atitude. Depois de conquistada, tente outra. E depois outra... outra... outra... Veja mais detalhes em www.unimedespacovida.com.br
Para desestressar, uma historinha. Dois irmãos gêmeos estão de aniversário. O mais pessimista ganha uma Ferrari, e o mais otimista, uma lata cheia de estrume de cavalo. Como eles reagem? O pessimista: “Ih, e agora? Como vou manter esse carro? Não vou ter dinheiro... que dor de cabeça!”. O otimista: “Ganhei um cavalo, alguém viu ele por aí?”. Ginecologista e obstetra, especialista em Medicina do Sexo e presidente (2000/2002) da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP), José Carlos Riechelmann é quem lembrou dos gêmeos ao ser questionado sobre as consequências de atitudes otimistas ou pessimistas. O que isso tem a ver com prevenção de doenças e estresse? Muito. “A vida não é fácil, nem difícil, ela é desafiadora, e o que a torna uma coisa ou outra é o nosso olhar sobre ela”, afirma ele. Essa percepção do entorno, se entende na conversa com Riechelmann, passa intimamente pela relação que temos com o corpo – nosso primeiro universo, que registra as impressões do mundo e que traz, desde a infância, uma história e um jeito de lidar com esse mundo. “Não se é pessimista ou otimista simplesmente porque se quer. Este poder ou não poder ser não é apenas um ato de desejo consciente. Está relacionado com toda uma história de vida”, acrescenta o psiquiatra e psicoterapeuta Vitor Rodrigues, lembrando da força das vivências primitivas e infantis
Fique atento > Um bom termômetro do quanto você – por inteiro, corpo e mente – está bem é a sua capacidade de sentir prazer. Os prazeres corporais mesmo, sensoriais, de ouvir uma boa música a uma boa noite de sono, a capacidade de ficar quieto e de bem consigo mesmo, o prazer de relaxar, meditar, de saborear a comida e o do sexo.
na determinação da personalidade de cada um ao comentar a complexidade deste tema. O corpo que acusa dores e mau funcionamento em razão de uma vida estressante está permanentemente “enviando” informações ao inconsciente. Algumas delas rompem uma “barreira” e chegam ao consciente; outras não. Segundo Riechelmann, questões culturais e o modo como aprendemos a lidar com o corpo determinam a permeabilidade dessa barreira. Tal sintonia, ou capacidade de “ouvir” o próprio corpo, é fundamental quando pensamos em prevenção. Mas o médico aponta para uma sintonia ainda mais fina. “Quem desde criança tem uma boa relação com seu corpo, respeita a condição evolutiva natural, vê o corpo como algo bonito, bom, prazeroso, e isso está ligado a viver a sexualidade com naturalidade, mantendo um grau não exagerado de repressão, sem culpa, essa pessoa tende a ser um adulto de bem com a vida. O otimista é alguém assim”, explica. E continua: “Alguém que, ao contrário, não construiu uma relação amiga e tranquila com o próprio corpo acredita que ele incomoda o mundo inteiro. Então, precisa controlálo. Ao interferir no ritmo natural, entra em briga, cria dificuldades para o corpo. Uma hora, então, ele vai apresentar defeito”. É comum, lembra ele, pessoas muito tensas e controladoras apresentarem, por exemplo, constipação intestinal e é claro que isso vai se refletir na rotina da vida. “Vê a palavra enfezado... cheio de fezes. Em geral, o enfezado vai reagir de forma mau-humorada, pessimista”, associa. A questão parece ser: a vida é estressante ou o modo como você lida com ela é que é? O doutor Rodrigues se pergunta: “O que é ser otimista? O que é ser pessimista? Ser otimista é não
fazer plano de saúde porque uma força superior não me trará doenças? E ser pessimista é fazer três planos? Se for uma questão de escolha da postura diante da vida, eu prefiro o realismo”. Para Riechelmann, o otimismo, o bom humor é ter uma esperança inabalável, no sentido de entender que os problemas existem sim, mas há saídas, e a cada dia podemos caminhar um pouco em direção a elas. “Esperança, de esperar. O contrário: desesperar. O estressado em geral é um desesperado, não?”. E, para entender por que alguns esperam o melhor mais do que outros, o médico mergulha de novo na infância e avisa que isso passa também pelo modo que a mãe compreendeu as necessidades e as frustrações da criança. “O acolhimento, um colo amoroso, isso desenvolve a esperança”, afirma. Ok, e podemos mudar? É possível deixar de ser pessimista ou aprimorar nossa esperança na vida? Sim, é. Riechelmann comenta: “Num primeiro momento, não escolhemos essa condição. Imitamos alguém, ou os pais, ou o que vemos no entorno. Você vai vivendo daquele jeito até porque só conhece aquele. Até que se começa a fazer uma autocrítica. A consciência de que pode ser diferente é o primeiro passo. Você pode se reprogramar”. O que provoca a autocrítica? O convívio com pessoas que levam a vida de um jeito “diferente”, por um lado; e, por outro, a sensação de que algo não vai bem – que pode ser percebida sutilmente, se você se dá bem com seu corpo, ou percebida de modo drástico, ou seja, por meio de uma doença. Nesse caso, o estresse é um aviso. E, diante dele, com qual dos gêmeos você se parece?
INFORME COMERCIAL | 4 de novembro de 2009
corpo são
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Quem canta seus males espanta? Por quê?
Informação correta e autoestima elevada
Respire!
> Ana Maria Delabary, musicoterapeuta, responde: Sim. Sons, ritmos e letras são estímulos naturais. Um som que dá prazer em ouvir promove uma sensação positiva geral, fundamental para a promoção de mudanças internas. Através da música, o ser humano é capaz de expressar seus sentimentos de tal maneira que consegue se desfazer de uma série de más sensações. O corpo é o instrumento de que dispomos para nos comunicar. É por meio dele que jogamos fora os sentimentos negativos acumulados. Além disso, cantar está relacionado à respiração. Quando “consertamos” a respiração, para cantar, também ajudamos a controlar as emoções. O princípio da musicoterapia é usar a música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) como ferramentas para desenvolver potenciais ou restabelecer o funcionamento do organismo.
Viver em dia com a saúde é cada vez menos contornar doenças ou administrar remédios e muito mais adotar comportamentos preventivos. Estimular as pessoas a refletir sobre a qualidade de suas vidas e, a partir disso, conscientemente, mudar hábitos são os Musicoterapia melhora a principais objetivos de iniciativas em regiões memória de idosos atendidas pela Unimed. A Unimed Planalto Médio apostou em informação. Por quatro vezes este ano, reuniu uma equipe multidisciplinar para oferecer ao público em geral orientações sobre alimentação saudável, saúde da mulher e do homem. Os visitantes puderam verificar a pressão arterial e o cálculo de índice de massa corpórea, além de experimentar atividades como ioga, massagem, exercícios físicos e recreativos. As quatro edições reuniram mais de 1,3 mil pessoas. Segundo o médico Vanderlei Magalhães da Silveira, “tivemos uma ótima receptividade da comunidade. As pessoas se mostravam participativas,solicitando uma maior periodicidade dos eventos”. Na Região da Campanha, a Unimed local também traz uma significativa iniciativa quando a intenção é prevenir males. Há dois anos um projeto de Musicoterapia, por uma hora semanal, em Bagé, promove mudanças na vida de idosos. Segundo a musicoterapeuta Ana Maria Delabary, o programa é eficaz no tratamento, na prevenção e na reabilitação em diversas patologias. Os relatórios mostram evolução em termos de socialização, com reflexos na forma como eles se relacionam entre si e consigo mesmos, ou seja, autoestima. “Há benefícios na comunicação, expressão, memória e nas áreas emocional e motora. A indicação para participar do programa geralmente é feita pelos médicos cooperados. Interessados podem buscar mais informações na sede da Unimed Região da Campanha, em Bagé.
Respirar é essencial para o transporte de oxigênio e nutrientes no corpo, que é feito pela corrente sangüínea. O que garante a estimulação elétrica das células corporais e o adequado funcionamento do organismo. Mais: respirar atua no controle do fluxo do fluido linfático, que contém os glóbulos brancos do sangue, os protetores do organismo.. Assim, respirar contribui para uma corrente sangüínea saudável e sistemas linfático e imunológico eficientes, ou seja, condições de saúde que fortalecem mente e corpo. É por isso que uma má respiração pode estar associada à tensão muscular, estresse, ansiedade e mesmo depressão. Todos nascemos sabendo respirar adequadamente, então, por que desaprendemos? A respiração reflete, em grande parte, nossas emoções, podendo ser influenciada consciente ou inconscientemente por elas. Sentir-se inseguro ou reprimido altera negativamente A respiração a forma de respirar e a reflete, em postura corporal. Em grande parte, situações de excitação, respiramos mais nossas rápido. Sob o medo, a emoções respiração pode se tornar insuficiente. Em ambos os casos, ocorre tensão muscular. Um corpo tenso respira mal e potencializa as sensações desagradáveis. É importante ficar atento às alterações físicas e emocionais que geram sofrimento. O ato de respirar pode ser uma ferramenta muito útil na busca do bemestar físico e mental. Quem respira mais e melhor ajuda a criar um ciclo virtuoso que oxigena as células do corpo e nutre as emoções positivas. > Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
Como você “desestressa”? “Gosto dos encontros da musicoterapia porque fico mais tranquila.”
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prevenção do estresse & bom humor
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& o brincar
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INFORME COMERCIAL | 25 de novembro de 2009
Contato imediato À primeira vista, para uma criança crescer saudável, basta seguir um “manual”, que em geral é a soma de prover as necessidades básicas e fazer os estímulos adequados. Na prática, um detalhe faz toda a diferença: a qualidade do contato entre quem cuida e quem é cuidado. O quarto dos oito cadernos Unimed Espaço Vida faz uma visita ao universo infantil, a fim de frisar que o mais determinante para um crescimento saudável e feliz é a quantidade de amor que a criança recebe. Carinho faz bem à saúde. A recíproca será verdadeira. Quem cuida de uma criança tem a chance de (re)ver o mundo numa nova perspectiva. Porque volta a brincar. Das atitudes capazes de gerar bem-estar, esta é provavelmente a mais divertida. Entenda por quê.
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Cuidar de criança
não é brinquedo Os pequenos exigem vigia permanente, mas a maior proteção (ainda) é o amor.
Totalmente dependente da mãe ao nascer, o bebê vai crescendo, e novas preocupações vão surgindo para quem cuida dele. Afinal, conquistar independência significa que a criança tem de experimentar o mundo e aí... Basta uma rápida olhada nesta página mesmo, em que cartazes resumem alguns dos riscos presentes na vida infantil. Asfixia, quedas, queimaduras, intoxicações, afogamento e manuseio de objetos e brinquedos: por todos os lados, ameaças e, portanto, a necessidade de um adulto vigilante. Mesmo que seja uma tarefa gigantesca garantir as necessidades básicas de uma criança e ainda ficar em estado de alerta permanente para evitar tantos possíveis acidentes, cuidar dos pequenos é mais do que isso. O determinante para uma infância feliz, garantem os pediatras acostumados a acompanhar a evolução das crianças, é a força afetiva com que se faz tudo isso. “É preciso zelo no sentido de amor. Essa necessidade sempre existiu, mas cada vez mais descobrimos a importância de uma infância acompanhada com carinho e amor. Porque isso vai deixar a criança segura. Então, não adianta só ela ter acesso a conforto material. É amor no sentido pleno da palavra o que ela precisa e assim vai retribuir à sociedade quando adulta”, explica o pediatra Nilso Zaffari. O ritmo de desenvolvimento e crescimento depende da herança genética, do
temperamento da criança, dos estímulos que recebe, entre outros fatores. Segundo o pediatra Ademar Edgar Trein, pais e familiares têm um papel fundamental nisso, cuidando para não exigir desempenhos incompatíveis com a fase em que ela se encontra. Mas o doutor Ademar também sublinha a dimensão afetiva: “Estímulos corretos, nos momentos certos, acompanhados de amor, afeto, carinho e compreensão, contribuirão para o pleno desenvolvimento do potencial da criança, fazendo com que se transforme em um adulto mais sadio, feliz e socialmente útil”, afirma. O incentivo ao parto natural, ao contato imediato do recém-nascido com a mãe e à amamentação é uma tendência que busca contemplar a dimensão afetiva a que se referem os pediatras. “O parto normal é o primeiro ato de amor. O contato imediato com a mãe também. O bebê não conhece outra pessoa a não ser a mãe. Quando o colocamos junto ao corpo dela, ele não se sente só. Daí em diante, o vínculo se dá através da amamentação”, descreve Zaffari. Depois? Depois, é o brincar. “Brincar é o ato de viver de uma criança, é o prazer dela”, resume o pediatra. Você lembra quando brincava? Uma criança na família faz essa pequena revolução: os adultos voltam a brincar – e sentem prazer nisso (entenda o motivo disso na página ao lado).
Prevenção de acidentes Precaução é palavra de ordem
Atenção para: > Cintos de segurança, em quaisquer equipamentos, são para serem usados. E corretamente. > Janelas devem receber grades ou redes de proteção. A forma de abri-las deve ficar longe do alcance das crianças. > Nas práticas esportivas, preocupe-se em comprar equipamentos de proteção compatíveis, como capacete e joelheiras. > Proteja áreas de risco em casa, tais como jardim com piscinas, armários com produtos químicos (desinfetantes, alvejantes, álcool, sabões, detergentes, cloro), depósitos com ferramentas. > Evite móveis baixos ou de fácil acesso por crianças junto a janelas ou sacadas. > Baldes cheios, tanques e bacias também oferecem risco. > Redobre o cuidado com velas, isqueiros, lampiões. > Evite brinquedos com correntes, cordas, fitas ou barbantes, com extremidades afiadas ou pontudas. > Cubra tomadas com protetores e revise a instalação da casa, em busca de fios desencapados. > Para bebês, cobertores pesados ou travesseiros muito fofos representam perigo, assim como fios soltos, cordas de venezianas, lençóis, cortinas e sacos plásticos. > Mais crescidas, o perigo passa a ser as brincadeiras de se esconder em armários ou locais com pouca ventilação.
Fontes: pediatras Nilso Zaffari (Unimed Erechim) e
Os cartazetes acima, reunidos pelo pediatra Ademar Ademar Edgar Trein (Unimed Vale do Sinos) > Nunca deixe uma criança sozinha sobre trocadores, sofá, Edgar Trein, fazem parte de uma campanha da Sociedade Brasileira de Pediatria em 1999 cama, cadeira etc, assim como em piscinas, mar, lagos. > Nunca permita o uso de andadores próximo de escadas. Em www.unimedespacovida.com.br, você > Nunca deixe uma criança cuidando de outra criança. encontra um detalhado relatório sobre o > Nunca mantenha perto da criança objetos pequenos, que ela possa inadvertidamente aspirar ou engolir. “mundo do zero aos três anos”, preparado > Nunca espalhe medicamentos pela casa. pelo pediatra Ademar Edgar Trein Eles devem ser guardados em local de acesso exclusivo de adultos. > Nunca cozinhe próximo dos pequenos. Mantenha a criança longe da cozinha e do fogão.
de novembro de 2009
Por que brincar
faz bem à saúde (até do adulto) Mário Brasil
Cuidar de criança é brinquedo sim! Brincar é uma experiência fundamental na infância. Os adultos que compartilham desses momentos ganham também. Quando brincamos, somos mais humanos do que nunca, garante a professora Tânia Fortuna, especialista* no assunto. São dela os comentários abaixo.
Porque é generoso O adulto que para e se volta para a infância, dos filhos, dos netos, sobrinhos, enfim, e passa a conhecer a cultura deles, os desenhos animados, as coisas que eles saboreiam, o que apreciam, a gíria, a linguagem com amigos, está sendo generoso. Mas a brincadeira é também generosa com este adulto ao acolhê-lo e dar-lhe a chance de entrar em contato com o novo, com a esperança, com a possibilidade de mundo reinventado. Cada ser que nasce carrega em si a perspectiva do novo, da mudança. Essa é a riqueza. O contato com novas gerações é o contato com o que está por vir, com aquilo que pode ser recriado, “recreado”.
Porque conecta A brincadeira tem o poder de integrar nosso eu: quando brincamos, entramos em contato com nossos sentimentos, desejos, impulsos e temores, bem como com nossas capacidades e conhecimentos. Tais componentes do nosso eu, muitos deles contraditórios ou francamente antagônicos, coexistem através da brincadeira. Além disso, entramos em contato com tudo o que não é eu, ou seja, o mundo material, o ambiente, os outros e seus sentimentos, atos e pensamentos. Também entramos em contato com o passado (nossa bagagem e a dos outros), com o presente (a brincadeira é feita de imediatez) e com o futuro (porque pode nos ligar ao que não existe, “é de mentirinha”).
É ser mais criativo e... A brincadeira se baseia na criação, na invenção de novos possíveis, na transformação do que não é em algo que pode vir a ser: brincando, posso ser qualquer coisa,
enfrentar e viver qualquer coisa, até mesmo aquilo que nem sei o que é e aquilo que sequer existe. Esta é a base para a criação: a instituição do novo; algo que não existe, passa a existir - ao menos mentalmente e, assim, quem sabe, abre caminho para que venha a existir de fato.
... menos individualista A brincadeira requer o outro, mesmo quando ela é solitária - neste caso, é como se houvesse um outro dentro de nós. Temos que reconhecer o outro na sua diferença e na sua singularidade. Até quando a brincadeira é predatória e altamente competitiva e quando nela predomina o egocentrismo, o fato de exigir um outro para se desenvolver faz com que ela instaure as condições para que se admita a existência de algo além de mim, algo que é alguém de quem eu preciso, tanto quanto este alguém precisa de mim.
Brincar alivia Uma das informações mais importantes que a brincadeira nos dá de quem brinca é a
gestão da angústia. Quando diante de uma realidade difícil de aceitar inventamos uma outra, ao mesmo tempo que protegemos o ego de alguma coisa muito dura, muito aflitiva e muito exigente. Um exemplo de gestão da angústia, em criança bem pequena, é quando ela brinca de se esconder atrás de uma fralda, fecha o olhinho e abre, fecha e abre, e cada vez que abre aqueles olhinhos, o alívio, alegria de reencontrar aquela figura da qual ela vinha brincando de se esconder. Por instantes, ela dominou a angústia de perder e experimentou a alegria de recuperar. Mais velha, ela constrói aquela super torre com todas aquelas peças, admira e... derruba! Derruba tudo para começar tudo de novo. É a alegria em ver o processo todo e se descobrir capaz de fazer e de gerir seu impulso destrutivo.
Brincar desenvolve Se observamos as sinapses que ocorrem durante a brincadeira, as conexões que nossos neurônios fazem enquanto estamos brincando, principalmente nos primeiros cinco anos de vida, vamos ver que
elas são mais frequentes e numerosas em certas regiões do cérebro, particularmente, no cerebelo, na base do cérebro, zona esta responsável pelo equilibrio dinâmico, pela nossa destreza motora. Então, uma criança que brinca, especialmente atividades motoras, está estimulando seu cérebro a se desenvolver em níveis de complexidade e com mais diligência e destreza do que uma outra criança que não pratica atividades lúdicas. Outro fator pelo qual é importante brincar é que as crianças entram no mundo da simbolização: uma coisa passa a ser como se fosse outra, sem ser a coisa em si. É uma revolução para o ser humano. Abre as portas para o desenvolvimento da linguagem, para o raciocínio abstrato mais tarde, para capacidade de representação do sentido mais amplo.
* Tânia Ramos Fortuna é Pedagoga, Especialista em Piaget, Mestre em Psicologia Educacional, professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da UFRGS e coordenadora geral do Programa de Extensão Universitária Quem quer Brincar?, da UFRGS. Não deixe de conferir outros comentários dela em www.unimedespacovida.com.br, sobre crianças e brinquedos.
INFORME COMERCIAL | 25 de novembro de 2009
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
mente sã
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Zelar pela infância é cuidar de nosso futuro
Aprenda algo novo a cada dia
O que é a sensação de nó na garganta? > Dr. Carlos Mânica (Unimed Alto Jacuí), otorrinolaringologista, responde: Essa sensação de aperto, sufoco no gogó, que sentimos de vez em quando, é geralmente causada por questões emocionais, como ansiedade, medo e depressão. Costuma se manifestar como uma sufocação passageira e pode vir acompanhada de outros sintomas físicos, como dor no peito, taquicardia (palpitações) e suores excessivos. Tudo isso é causado pela liberação do hormônio cortisol no sangue. O sintoma normalmente é aliviado pelo choro ou pela ingestão de algum alimento líquido ou sólido. Mas existem outras causas físicas associadas. Com os avanços tecnológicos recentes, foram descobertas outras doenças associadas a esses sintomas, como a doença do refluxo gastroesofágico, que é o retorno de alimentos do estômago até a garganta. Essa sensação ainda pode estar ligada ao aumento das amígdalas e de outros órgãos nessa região, como a tireóide, e à disfunções na deglutição. Por isso, caso você sinta com frequência essa sensação e ela aparentemente não esteja ligada a questões emocionais, é melhor procurar um médico.
Nada envenena tanto a nossa criatividade e nossa espontaneidade quanto a rotina. Contudo, apesar das obrigações rotineiras da vida, sempre é possível buscar desafios que podem trazer mais prazer e emoção à vida cotidiana. Como? Oferecendo à nossa mente um repertório mais amplo de experiências, e isso se faz aprendendo coisas novas. Nosso cérebro é ligeiramente “promíscuo”: ele gosta de novidades ou de aprender novos modos de fazer velhas coisas. O desafio cognitivo e emocional gerado pelo esforço da aprendizagem quebra a rotina, estimulando novas conexões no nível neuronal e fortalecendo A aquisição do a capacidade de novo, de uma ideia aprendizado. ou uma habilidade, A estimulação dos sentidos desencadeada promove bem-estar pelo aprendizado promove no cérebro a liberação de neurotransmissores associados ao prazer, como a dopamina. A “aquisição” do novo, seja uma ideia ou uma habilidade, promove bem-estar. A associação entre prazer e bemestar contribui para a felicidade. Além disso, conhecer é libertador! Quando conhecemos algo, descobrimos a real importância que isso pode ter, ou não, em nossa vida. Assim, deixamos de aceitar passivamente receitas prontas. Conhecer nos ajuda a questionar e a escolher. Aquele que não se dedica a conhecer, não faz escolhas, apenas aceita o que lhe é oferecido sem sequer saber se está fazendo a melhor opção. > Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
Conforme relatório no site da Unicef, as vacinas infantis nunca estiveram tão disponíveis. Por conta disso, entre 2000 e 2007, caiu
74%
Adoção de creche muda a vida de crianças em Santo Ângelo
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o número de mortes por sarampo.
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Infância cuidada é garantia de adultos mais saudáveis e felizes. Cientes dessa relação e de sua responsabilidade social, colaboradores da Unimed Missões e da Unimed Centro-RS reagiram. Em Santo Ângelo, a adoção da creche Cantinho da Alegria ajuda a mudar para melhor a perspectiva de aproximadamente 100 crianças. E de suas famílias também. “A creche hoje é uma escola, com lactário, atendimento odontológico, pediátrico, berçário... A gente mudou o perfil daquelas crianças. Hoje, usufruem de uma estrutura que lhes permite mamar, engatinhar até a alfabetização, num dos recantos mais pobres da cidade”, conta Luís Claudio Madureira, presidente da Unimed Missões. Em 2007, ao constatarem que um projeto que dependia de verba federal ainda não tinha saído do papel, os colaboradores propuseram uma parceria. Além de colaborar com trabalho voluntário de médicos, a cooperativa se comprometeu a buscar ajuda no comércio local para subsidiar todo o material de construção. A prefeitura doou o terreno e a mão-de-obra para a construção. Também conscientes de seu papel na sociedade, os colaboradores da Unimed Centro-RS se mobilizam num trabalho semelhante desde 2003, na Creche Sonho Encantado, em Cachoeira do Sul. Auxílio financeiro, atendimento odontológico, atividades de aprendizado, saúde, lazer, higiene pessoal e socialização estão entre as ações. O trabalho está consolidado e rendendo frutos. Agora é a vez dos pequenos transformarem o entorno: o projeto Plantando Vidas, que consiste no plantio de mudas de árvores nativas, é um exemplo. Crianças crescendo com consciência ambiental vão devolver ao mundo a aposta que fizeram nelas.
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prevenção do estresse & bom humor
cuidados na infância
consciência ambiental
& atitude
doação de órgãos
& generosidade
ANS – nº 367087
corpo são
& o brincar
controle emocional
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
atividades físicas
8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 16 de dezembro de 2009
Nos próximos dias, a correria de um ano inteiro pode virar caos. Quando nos damos conta, Natal ou Ano Novo é amanhã, e o tempo ficou curto para cumprir todas as exigências típicas dessas festas. Por isso, nas noites de confraternização pode faltar ânimo para fazer o mais esperado: relaxar. Até aqui, nenhuma novidade. No ano passado, foi a mesma coisa e você jurou que da próxima vez seria diferente. Hoje é dia 16, ainda dá tempo. O quinto caderno da série Atitudes que geram bem-estar cita as ansiedades dessa época para lembrar a importância de confiar. Em nós, nos outros, na vida. Não há nenhuma fórmula milagrosa aqui. Há, sim, duas dicas, uma para o corpo e outra para a alma: acalmese, respirando melhor, e compartilhe afeto com aqueles em quem confia. Assim, nas festas, os sorrisos sairão mais leves. Rir faz bem à saúde; imagine entre aqueles de quem gostamos e em quem confiamos?!
Tempo de acreditar
INFORME COMERCIAL | 16 d
Ceias, presentes, prazos, caos.
Relaxe... São inúmeras as possibilidades de sorrisos e risos nas noites de Natal e Réveillon. Mas quantos serão genuínos e conscientes?
Dezembro parece nos cobrar a felicidade, e até isso vira um fardo. Porque represa sentimentos acerca de fatos e situações (boas e não tão boas) de um ano inteiro, essa é uma época que testa nossa confiança na vida. Apenas confiantes, poderemos sorrir (rir, gargalhar...) com mais verdade. “É uma relação direta: se sentimos confiança, somos otimistas a respeito da vida e desenvolvemos o senso de humor”, explica Alda Oliveira, psiquiatra e psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Se confiar e sorrir se retroalimentam num espiral de bem-estar, então só precisamos chegar lá. Ou seja, preparar corpo e mente para a confiança e o otimismo fazerem a festa – literalmente! Só que isso não é tão fácil nessa época, e os motivos são significativos, conforme diagnósticos abaixo. “No fim de ano, muitas pessoas estão carregadas de ansiedade e angústia. O período natalino tem um significado de integração familiar, evocamos pessoas significativas, agora ausentes, por falecimento ou separações, que em épocas passadas partilhavam de nossa mesa. Só esse fato pode gerar culpas, saudades e depressão”, afirma David Zimerman, médico psicanalista, membro da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP). Alda complementa: “Num pano de fundo, algo mais importante se move: é a passagem do tempo, com tudo que deixamos para trás e que não volta mais. A percepção do envelhecimento, do qual ninguém escapa, e da morte”. Ansiedades e angústias es-
pantam sorrisos. Justamente por isso estragam a festa e a nossa saúde. “Um estado muito ansioso pode provocar desconforto físico e, inclusive, alguma forte somatização”, alerta David. “Emoções que não se expressam pelas lágrimas, choram através de outros órgãos”, diz ele. Além disso, um estado depressivo repercute no sistema imunológico, de modo que, com uma imunologia mais fragilizada, os vírus oportunistas podem provocar múltiplas doenças infecciosas. O oposto também é verdadeiro: um estado de felicidade contribui fortemente para um bem-estar geral, no organismo e no psiquismo. Se desejamos sorrisos genuínos nas festas de final de ano, precisamos oxigenar mente, corpo e espírito. Em outras palavras, relaxar – missão bastante individual, é verdade, para a qual, no entanto, há uma dica universal bastante simples: respire melhor. “As emoções afetam nossa respiração, sendo um exemplo a suspensão dela em um grande susto, ou sua aceleração e arritmia em um surto de ódio. O interessante é que o contrário também é verdadeiro: a respiração afeta as emoções. Isso é fundamental. Produzindo voluntariamente um padrão respiratório, reproduzimos um padrão emocional. Uma respiração completa e profunda produzirá uma sensação de plenitude e força”, garante o instrutor de ioga Thomaz Müller. É dele a sequência ao lado. Tente ali. Depois, quem sabe a serenidade não abre espaço para a confiança e os sorrisos?
Ficou d
Resp Em situações de confronto e pressão, manter uma respiração completa e consciente é a chave para a estabilidade emocional, afirma o instrutor de ioga Thomaz Müller. A respiração completa consiste em utilizar as partes baixa, média e alta dos pulmões. Através dela, é possível dobrar a capacidade respiratória, produzindo maior vitalidade por causa do aumento da oxigenação celular. Resultado: bem-estar. Tente. > Coloque as mãos em seu abdômen. Toda vez que inspirar, projete-o para fora. E toda vez que expirar, retraia o abdômen para dentro. > Grave esta regra: ar para dentro, barriga para fora; ar para fora, barriga para dentro. Esta é a respiração baixa, abdominal, que utiliza intensamente a musculatura do diafragma e é responsável por 60% de nossa capacidade respiratória.
de dezembro de 2009
...confie e
sorria com vontade
Se o desafio é superar eventuais ansiedades e angústias de final de ano e irradiar sorrisos, risos e gargalhadas conscientes e genuínos, então, dezembro testa nossa confiança. Em nós, nos outros e no desconhecido. Os quatro pontos abaixo ajudam a refletir sobre nossa capacidade de confiar.
> Como surge
difícil?
pire! > A próxima etapa é a respiração média, 30% de nossa capacidade. Coloque as palmas das mãos em suas costelas, com o dedo médio de cada mão se tocando no centro do peito. > Pressione levemente as costelas com as palmas das mãos. Toda vez que inspirar, procure afastar as costelas lateralmente e você verá que os dedos se afastam. Quando for expirar, suas costelas se aproximam e seus dedos se tocam novamente. > A terceira é a respiração alta, que fazemos todos os dias. É aproximadamente 10% de nossa capacidade. Inspire elevando o peito, expire baixando-o. > Agora, junte as três fases, sem as mãos: inspire projetando o abdômen para fora, afaste as costelas e eleve o peito. Em seguida, expire, primeiro descendo o peito, em seguida aproxime as costelas e por fim retraia o abdômen para dentro. > E, então, como se sente?
A capacidade de confiar se desenvolve através do relacionamento com outra pessoa e daí vai ser interiorizada formando a autoconfiança. Confiança nos outros e autoconfiança dependem uma da outra. No início da vida são confianças diferentes, porque o adulto tem mais experiência e pode garantir melhor os cuidados necessários à manutençào da vida do bebê. A formação dos “núcleos básicos de confiança” começa, de fato, nos vínculos que se vão estabelecendo entre os pais e o bebê. Na medida em que o desenvolvimento da criança avança, ela vai se tornando capaz de se cuidar e cada vez, mais pode confiar em si mesma, em suas capacidades. A partir desse momento, as confianças em si e no outro devem se equiparar.
> Como se firma Confiança é um sentimento que se desenvolve ao longo de um relacionamento no qual somos correspondidos pelo outro de modo satisfatório. À medida em que repetimos a busca, e o outro corresponde, demonstrando que nos percebeu de forma realista, nos sentimos seguros, e um dos sentimentos que nasce dessa interação é a confiança. Por outro lado, se somos mal entendidos, nos sentimos inseguros e vamos desconfiar. Ao longo da vida, podemos desenvolvê-la em relacionamentos com pessoas (da família, da sociedade, da escola, amigos) ou com objetos, atividades. Mas também desenvolvemos a confiança em nossas capacidades através das atividades que exercemos sozinhos, a começar pelos nossos brinquedos quando crianças, depois com os livros, com nosso material de trabalhoou lazer.
> E se estiver faltando Se for uma insegurança leve, os bons relacionamentos ao longo da vida podem ir restaurando a confiança. Porém, confiar se torna mais difícil para uma pessoa cujos relacionamentos geraram decepções. A experiência de ser, por exemplo, traído gera defesas que se instalam e passam a funcionar como um escudo, uma máscara que, ao mesmo tempo, revela e protege da dor. Talvez essa pessoa necessite passar por um terapeuta, um analista, alguém que vai estar ali, no dia e na hora combinados, disposto a criar um ambiente seguro onde ela possa soltar a máscara e fazer crescer a confiança.
> Por que é importante A vida em si depende da existência de relacionamentos confiáveis. Alguém confiável significa que há bondade no mundo e dentro de nós. E que podemos sonhar e planejar a realização. Confiança e serenidade são sentimentos que indicam saúde: que os recursos pessoais receberam cuidados suficientes do meio ambiente e desabrocharam. Fonte: Alda Oliveira, psiquiatra e psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, e David Zimerman, médico psicanalista, membro da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP)
INFORME COMERCIAL | 16 de dezembro de 2009
corpo são
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Está sobrando sorriso (e saúde)
Faça as pazes com o passado Costumamos acreditar que as lembranças são imutáveis. Contudo, a ciência tem demonstrado que o que pensamos, fazemos e sentimos se associa a várias reações fisiológicas e neuroquímicas. Esse processo envolve a capacidade dos neurônios de se transformarem, de se adaptarem ao contexto da experiência. O que lembramos, portanto, é fruto das circunstâncias e de como reagimos a elas, fazendo com que sentimentos, ações e pensamentos alterem o funcionamento do sistema nervoso. Logo, as memórias não são amostras fiéis de fatos reais mas construções, modificadas de acordo com o momento e a situação na qual as invocamos. A história de Ou seja, a história de nossa vida é nossa vida é recriada toda recriada toda vez vez que a lembramos. Isso ocorre porque experiências que a lembramos novas geram ativações que contribuem para que os neurônios formem novas conexões. Novas conexões possibilitam à nossa mente dar novos significados e sentidos ao que vivemos, seja no presente, seja no passado. Quando nos atemos apenas ao que é ruim na vida, passado e presente são interpretados negativamente. Fazer as pazes com o passado – focando no que deu certo, no que funcionou, no que foi bom – é uma forma de reconstruí-lo positivamente. Quando buscamos o que é positivo no passado, damos novo sentido ao presente e criamos possibilidades para o futuro.
Dormir depois do almoço faz bem? > Dr. Paulo Henkin, nutrólogo da Unimed Porto Alegre, responde: Sim, faz bem à saúde. A sesta ou cochilo após o almoço tem sido algo de interesse da Medicina. Há muitos estudos que correlacionam este hábito com benefícios para a saúde – inclusive fazendo relação entre uma menor prevalência de doenças cardiovasculares entre as populações que têm o hábito de sestiar. Um melhor desempenho intelectual e físico também é observado. Recentemente, algumas pesquisas se dedicaram a analisar qual o tempo ideal que deve durar esta sesta: foi concluído que os maiores benefícios foram observados entre as pessoas com hábito de sestiar por mais ou menos 30 minutos diariamente. As explicações sobre os motivos destes benefícios ainda são pouco conhecidos.
Se alguém tem dúvidas de que rir faz bem à saúde, precisa acompanhar uma das visitas dos colaboradores da Federação Unimed/RS às crianças abrigadas no Lar de São José, em Porto Alegre. Entre as algariadas anfitriãs e os visitantes voluntários, muitos sorrisos. E, a cada encontro, energia renovada dos dois lados. O projeto de voluntariado, que revitaliza os colaboradores da empresa, foi criando em 2006. Cada colaborador tem 4h10min mensais para realizar trabalhos nas instituições parceiras da Unimed/RS. O Lar de São José é uma delas. Conforme relato de professoras e coordenadoras, a iniciativa foi lentamente mudando o comportamento das crianças, que estão mais tranquilas, disciplinadas e carinhosas. São 26 pequenos, com idades de seis a 10 anos. Ganhos saudáveis do lado de quem se dispõe a trabalhar pelo outro também: “O carinho que elas nos dão é imenso”. “Elas ficam loucas de felicidade quando chegamos às segundas-feiras”, conta a voluntária Ana Junqueira, 18 anos. Bruna Santos, coordenadora do trabalho de voluntariado, explica: “A dedicação ao trabalho voluntário é um exercício de autoconhecimento e aprendizado. O crescimento pessoal e profissional do colaborador que pratica o voluntariado é visível. O grupo está crescendo e tornando-se cada vez mais organizado, começamos a trabalhar com planos de ação para as atividades. Para 2010, estão previstas a criação de Oficinas de Música e Literatura”. A sensibilização de colaboradores tem crescido e, este ano, a festa de Natal será uma tarde no Parquinho da Redenção, com direito a brinquedos liberados e lanche. Tudo graças às doações em dinheiro dos colaboradores. A expectativa de uma tarde alegre e feliz é tão grande entre os voluntários como entre as crianças. Vão sobrar sorrisos no passeio – doses consistentes de saúde necessárias a qualquer idade.
Divulgação Unimed
> Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
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Conheça mais detalhes do projeto Unimed Espaço Vida, que inclui a produção deste e de mais sete cadernos, acessando o endereço
músculos. Na dúvida, capriche e estipule a sua própria contagem!
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prevenção do estresse & bom humor
cuidados na infância
consciência ambiental
& atitude
doação de órgãos
& generosidade
& o brincar
controle emocional
ANS – nº 367087
Os números variam, até porque depende do tipo de sorriso ou da intensidade do riso. Há textos que informam: sorrir/rir movimenta de 12 a mais de
Crianças estão mais tranquilas, disciplinadas e carinhosas
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
atividades físicas
8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 6 de janeiro de 2010
Preferência pela vida
Na série de cadernos Unimed Espaço Vida, já foram sugeridas cinco atitudes capazes de gerar bem-estar: a primeira, a própria capacidade de tomar uma atitude; a segunda, ser generoso; a terceira, ser otimista; a quarta, brincar mais; e a quinta, demonstrar serenidade. Cinco desafios lançados. Qual deles é o mais difícil de pôr em prática? Nesta edição, a sexta, a Unimed toca num dos problemas sociais mais graves da atualidade: o caos do trânsito. Os especialistas aconselham: dirija na defensiva. Mas a reflexão vai além e convida: seja gentil. Em geral, ficamos “chocados” quando alguém consegue ser. Então, choque alguém. Uma pessoa por dia. E teste se, enquanto ajuda a espantar o caos, você não é recompensado por uma sensação de bem-estar.
INFORME COMERCIAL | 6 d
Direção opressiva:
multar não é tudo Um trânsito mais saudável vai além do que se aprende na autoescola ou do que tenta garantir a legislação
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié! é uma canção do Pato Fu que começa assim: “As pessoas têm que acreditar / Em forças invisíveis pra fazer o bem / Tudo que se vê não é suficiente / E a gente sempre invoca o nome de alguém”. Para fazer o bem no trânsito, você precisa acreditar no quê? A possibilidade mais provável é esta: que um pardal, um agente de fiscalização ou um radar móvel vai multá-lo se flagrá-lo descumprindo a lei. Coordenador da Assessoria de Educação para o Trânsito (Asset) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, José Nilson Padilha Bueno cita um exemplo simples: você usa o cinto de segurança porque teme ser multado ou porque acredita que ele é um item imprescindível de segurança? Para Bueno, se o objetivo é um trânsito mais saudável, três eixos precisam estar em harmonia: a engenharia (boa sinalização, vias seguras), a educação dos motoristas (formação de valores) e a fiscalização da lei. “Em Toronto, no Canadá, o motorista infrator acompanha seu carro ser prensado. Na Alemanha, se o dono do bar não informar a fiscalização que um cliente bebeu demais e pegou o carro, também é punido. A fiscalização precisa ser rígida. Mas aí vem a questão: multar educa?”, questiona Bueno. De fato, nem tudo de que o trânsito precisa para ter um “clima” melhor está na lei. E aí fala mais alto a educação (ou os valores) de quem está atrás do volante. A educação, o nível de estresse, a noção de cidadania e mais uma porção de variáveis que podem (ou não) determinar como você se comporta quando está dirigindo um veículo, seja um automóvel, uma moto, uma bicicleta, uma carroça, um cavalo, um carrinho de mão. “Nosso desafio é fazer com que as pessoas vejam o trânsito como um problema social. As pessoas investem fortunas em segurança. Mas acham que o trânsito é um problema do outro e não seu. No entanto, morre mais gente no trânsito do que por casos de violência”, diz Bueno. Tomar a melhor atitude no trânsito – que, segundo os especialistas, é a defensiva – não se garante apenas na auto-escola ou conhecendo a legislação. Ambas as fontes
são básicas, mas na vida real, longe dos agentes de fiscalização ou dos pardais, vai valer aquilo que você acredita que deve e pode fazer. Especialista em Medicina do Trânsito, o doutor Ilson Schirmbeck aponta a falta de disciplina do brasileiro: “Temos conhecimento e informação, mas na hora de aplicar não temos disciplina”. Bueno, acostumado a campanhas educativas no trânsito, vai além: “Não estamos falando de motoristas educados, mas de pessoas educadas. Se você não é educado na vida, não será no trânsito”. O “problema” de fazer o bem, ou dirigir na defensiva, é que, em geral, as pessoas consideram que ser gentil as torna bobas, “fracotes” ou “diminuídas” diante dos outros, ou diante daquela camionete ou daquele superesportivo que está pedindo passagem, que cortou a sua frente ou que se adiantou para pegar a mesma vaga de estacionamento na qual você estava de olho. “O carro virou o rabo de pavão do homem. É usado para se mostrar, para competir com o outro”, explica Bueno. Para ele e para o doutor Schirmbeck, não é à toa que a maior parte das mortes no trânsito envolve jovens, que se sentem onipotentes e querem se exibir. “O jovem acha que pode tudo”, lamenta o médico, com mais de 50 anos de experiência no atendimento de acidentes. Mas, voltando ao início desse texto, por que você agiria pelo bem comum no trânsito? A resposta tem relação com o que você sente ao se comportar de um jeito ou de outro. E de como os outros vêem você ao fazer uma coisa ou outra. A aprovação ou desaprovação social tem peso. Precisamos de uma recompensa moral, ética para propagar o bem. Numa sociedade em que esses valores, a rigor, se desvalorizaram, essa recompensa tem de ser íntima. Sua consciência, seu guia. Senão, chegamos a um beco sem saída. A mesma música do Pato Fu citada diz o seguinte, em outro trecho: “Quem tem a paz como meta / quem quer um pouco de paz / Que tire o reboque que espeta / O carro de quem vem atrás”.
O que é direção defensiva? Direção defensiva é não se arriscar. É evitar, em vez de remediar, já que pode não haver tempo para isso. Segundo o médico Ilson Schirmbeck, especialista em Medicina do Trânsito, atitudes simples podem fazer uma grande diferença na hora de evitar acidentes: > Manter uma distância de pelo menos 25 metros do veículo da frente. > É responsabilidade do motorista que todos usem o cinto dentro do carro. Em caso de choque, o corpo de uma criança, por exemplo, projetado pela inércia, pode matar os ocupantes da frente. > A 90km/h, anda-se 25m/s. O tempo de reação das pessoas gira em torno de 0,65s. Ou seja, até perceber um risco no trânsito e reagir (frear), o carro já percorreu 17 metros aproximadamente. > Em caso de má visibilidade em função de mau tempo, o motorista deve se guiar pela linha branca que demarca o início do acostamento, dirigindo próximo dela. > Forçar ultrapassagem não é uma atitude defensiva. Repense a necessidade. > Seu autómovel precisa ser seguro. Mantenha a revisão em dia e os pneus em bom estado. Os itens obrigatórios têm de estar funcionando. > Ajustar o encosto da cabeça na mesma altura dela. Ponha a mão sobre a cabeça e veja se o topo do encosto está na mesma linha.
CHECK LIST Autocrítica Os itens abaixo são para sua reflexão. Considerar as ideias bobas ou relevantes diz muito sobre seu comportamento no volante (e na vida). > Você acredita que a condição do trânsito é um problema seu ou apenas do outro? > Você acha que as ruas são lugares de competição ou de convivência pacífica? > Ao perceber um pedestre atravessando na faixa de segurança, você para o veículo que está dirigindo (moto, carro, bicicleta...)? > O motorista do carro ao lado acelera e pede passagem para entrar na via em que você trafega. Você dá a preferência ou acelera também?
> O ônibus precisa atravessar a via para entrar no corredor. Você reduz a velocidade e dá passagem para o coletivo ou acha que ele está se valendo do seu tamanho para passar na sua frente?
de janeiro de 2010
ê
Direção gentil. Hein? Numa hora dessas? É preciso convicção para interromper o círculo vicioso de hostilidades e egoísmo que se espalha por estradas e ruas
> Quando transporta crianças, faz dentro da lei ou acha que se ela se comportar no banco de trás não haverá problemas? (veja em www. unimedespacovida.com.br o que a legislação diz sobre transporte de crianças) > Você faz questão que as pessoas em seu carro usem o cinto de segurança também no banco de trás? > A buzina é uma extensão de sua boca? Usa como xingamento ou apenas para alertar algum risco a pedestres ou a outro veículo? > Motocicletas e bicicletas são tratadas como veículos (que são) ou você considera que são algo menor, que atrapalha o trânsito? > Você usa o cinto por segurança ou porque teme ser multado? > Como motociclista ou ciclista, você respeita a sinalização ou acha que a legislação serve só para automóveis? Fonte: Assessoria de Educação para o Trânsito (Asset) da Empresa Pública de Transpote e Circulação (EPTC), de Porto Alegre
Uma grande intersecção em círculo. A placa com setas em movimento concêntrico representa bem por que motivo é tão difícil exercer atitudes gentis no trânsito – ou mesmo fora dele. Quando o ambiente ou a cultura (ou ambos) reforçam atitudes agressivas ou egoístas, forma-se um círculo vicioso, no qual atos questionáveis pelo bom senso se explicam em função dos atos dos outros. Saída à esquerda? Saída à direita? Sempre há. Mas é preciso convicção para interromper o giro que não leva ninguém a lugar algum. “Iniciativas como esse caderno e campanhas têm esse valor, o de fazer as pessoas refletirem sobre a importância da retomada dos valores humanos”, analisa Ruggero Levy, psicanalista e diretor do Instituto de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Entre os territórios em que o ser humano transita, está o das pulsões de vida e de morte. A pulsão de vida explica os impulsos amorosos, a prática do bem, com a gente mesmo e com os outros. A pulsão de morte está associada à agressividade, aos impulsos destrutivos. De novo: com a gente mesmo e com os outros. “No ambiente cultural atual, o indivíduo se sente muito pressionado por vários fatores hostis, como o excesso de violência, a vida sacrificada, sofrida. Embora não se justifique, dá para entender que no anonimato do trânsito se expressem tendências mais agressivas, que existem em estado latente”, explica Levy. Ainda a agravar o status de caos desse círculo vicioso de atitudes nada gentis no trânsito, está um outro território inerente à condição humana: a medida de nosso narcisismo e de nossa preocupação com o outro. Onde acaba a preocupação com a gente mesmo - necessária, fundamental para a autoestima - para dar lugar ao respeito e à consideração pelo outro - necessária, fundamental para o convívio social? “Essa oscilação também tem a ver com uma série de fatores, entre os quais, pessoais, sociais, familiares... Imersos numa
cultura que estimula o narcisismo, de desconfiança, de que levar vantagem sempre é o melhor, dá para entender porque desconsiderar o outro motorista é uma atitude que prevalece no trânsito”, afirma o psicanalista. Mas por que interromper o movimento que gira sempre para o lado do hostil e do narcisismo? Aí, entramos no território das sutilezas - para o qual é preciso mais sensibilidade e tempo (cadê?) de percepção. O círculo vicioso hostil não é bom para ninguém. E não se trata de uma reprovação externa, ou invocar o nome de alguém, como diz a música citada no início do texto ao lado. “Sempre que a gente agride ou trata mal alguém, há um sentimento que nos atormenta, que é a culpa. Agora, toda vez que praticamos uma ação reparadora, amorosa, a gente sente algo positivo, uma gratificação, um bem-estar”, garante o doutor Levy. “Porque todos nós temos, dentro de nós, os indivíduos normais, uma instância moral, que reprova a agressão e aprova a atitude amorosa, em geral. Porque a gente se sente em paz”, afirma ele. E acrescenta: “É a nossa consciência moral, presente em indivíduos normais, exceto em psicopatas”. O psicanalista lembra que estamos comentando situações gerais, e que há exceções, para o bem e para o mal. Aí, pensamos nas pessoas que, apesar de tudo, passam ao largo do círculo vicioso e são gentis e amorosas. Como se explicam? Ou você não fica chocado quando alguém é gentil no trânsito? “Há uma tendência predominante, mas há inúmeras microculturas, famílias e nichos que valorizam outros princípios. A família tende a ser o elemento central, o ambiente em que o sujeito forma seu caráter, seus valores”, diz Levy. Se nos sentirmos valorizados por uma atitude, vamos repeti-la. Vira um ciclo vicioso benigno. E nem precisa de muita explicação para entender que uma vida menos hostil, com atitudes mais gentis, faz bem para a saúde.
INFORME COMERCIAL | 6 de janeiro de 2010
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
mente sã
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Trânsito: espaço de convivência pacífica
Mude, e o mundo muda em volta de você
> Doutor Ademar Edgar Trein, pediatra Unimed Vale do Sinos, responde: Não, não faz mal. Inclusive, em pediatria recomendamos que a criança ande descalça, na grama, na areia... O contato direto com o chão, o movimento dos dedos nessas condições, a pressão, tudo isso ajuda a formar a curvatura do pé. Coisa que os sapatos dificultam. Para criança, andar descalça ajuda a dar firmeza, ajuda no desenvolvimento dela. Evidentemente, não vamos fazê-la andar no asfalto quente, claro. O que devemos evitar, em adultos ou crianças, é o contraste de temperatura. A menos que nossa imunidade esteja em desequilíbrio. Estando o meio interno em equilíbrio, o chão frio não é risco. O que causa doença é a presença de vírus, bactérias ou fungo. Se não há isso, o corpo não fica doente. A ideia de que chão frio é prejudicial vem de antigamente. Os antigos diziam que podia dar caxumba e que, no caso dos meninos, “recolhia”, ou seja, eles teriam uma infecção nos testículos. Sabemos que em países frios as pessoas se jogam em águas congeladas, como na Sibéria, para comemorar algo e nada acontece. São hábitos.
Em uma colisão a
80 km/h
Ao longo da história humana, a busca por uma vida plena sempre foi motivo de reflexões e, no passado, a Filosofia descrevia a conquista da felicidade como resultado das nossas posturas éticas, das nossas práticas na vida. O mundo seria tão bom quanto nossas ações! Hoje, parece que estamos perdendo essa dimensão ética e, cada vez mais, os fins justificam os meios. Quando priorizamos apenas o que nos traz mais vantagens imediatas, mesmo que não seja bom, adequado, justo, aceitável etc, abrimos espaço para a insatisfação. Pois, ao mesmo tempo que conseguimos separar racionalmente o que deve Quando violamos ser feito do que pode ser nossos princípios, feito, não conseguimos crenças e sonhos, fazer isso afetivamente. entramos em É assim que perdemos o conflito equilíbrio interno. Cada vez que violamos nossos princípios, crenças e sonhos em troca de satisfação imediata, entramos em conflito afetivo. Isso pode nem ser percebido conscientemente, mas age dentro de nós, gerando ansiedade, medo, dúvida, ressentimento, culpa e preocupação, nos levando a uma constante insatisfação com nós mesmos e a vida que levamos… É um ciclo vicioso. Por mais alto que nossos desejos e necessidades gritem, não podemos satisfazêlos sem levar em consideração as suas consequências sobre nós mesmos e os outros. Como os filósofos da Antiguidade nos ensinaram, o mundo é um reflexo daqueles que o habitam. E a nossa felicidade tem a dimensão e a qualidade do que fazemos no mundo que ajudamos a construir. > Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP) Divulgação Unimed
Andar de pés descalços no piso frio faz mal?
Coordenador da Assessoria de Educação para o Trânsito (Asset) da Empresa Pública de Transpote Coletivo (EPTC), de Porto Alegre, José Nilson Padilha Bueno garante: em escolas, os projetos de educação para o trânsito só funcionam se houver um comprometimento da comunidade. Foi nisso que se baseou uma iniciativa do Espaço Vida da Unimed Vale do Caí. Em 2006 e 2008, em parceria com a prefeitura, através da Secretaria de Educação, e com a Brigada Militar, sete escolas de Montenegro desenvolveram atividades que visavam à formação de um motorista mais educado. “Nesses dois anos, não temos indicativos dos resultados dessa iniciativa, mas acreditamos que apostar nos jovens tem um retorno mais consistente do que tentar mudar antigos motoristas, que já têm seus vícios”, afirma o coordenador do projeto no Espaço Vida, doutor Dirceu Mauch. O intervalo de um ano entre uma edição e outra do projeto ocorreu para que houvesse uma renovação entre os alunos do Ensino Médio, público alvo da campanha. Palestras, atividades dirigidas por professores, modalidades de concurso e pesquisas estavam entre as ações propostas nas escolas. O trabalho durou todo o ano letivo. Envolveu familiares também. O entorno das escolas recebeu sinalização, demonstrando a preocupação com ações efetivas. Em 2008, as palestras foram proferidas no teatro da cidade. Em 2009, a iniciativa foi premiada pela Associação Comercial de Montenegro.
uma criança de 10kg é projetada com um peso aproximado de
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Campanha envolveu toda a comunidade
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8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 27 de janeiro de 2010
Com o horário de verão, as tardes são mais longas. Parques, praças e academias lotam. O clima e a vontade de perder os quilinhos de inverno são estímulos. Mas e quando tudo isso cessar? No penúltimo caderno Unimed Espaço Vida – Atitudes que geram bem-estar, o tema é a importância da prática regular de atividades físicas. Preguiça, falta de tempo e nenhuma afinidade com o trio camiseta, tênis e boné são as desculpas. Na tentativa de derrubar uma a uma, ampliar a reflexão sobre o tema e associá-lo a uma mudança real de atitude, este caderno fala também sobre o prazer de encarar desafios, de encorajar-se. É uma intimação - afinal, o motivo é nobre: praticar exercícios faz bem à saúde.
A caminho da mudança
INFORME COMERCIAL | 27
Aiaiai... a preguiça
está vencendo?
Razões para abandonar a comodidade e incluir de vez uma hora de atividade física orientada pelo menos três vezes na semana não faltam. Desculpas também não.
O repertório de desculpas é vasto, mas o foco aqui cai sobre três das mais difíceis de contornar: sinto preguiça, me falta tempo e não gosto. Antes de derrubar esses três pretextos um a um, aqui vai um resumo daquilo que você já sabe. As facilidades modernas reduziram muito a necessidade de mínimos esforços físicos, e a falta de atividades que ponham o corpo para se mexer inteiramente gerou um problema: nos acostumamos ao sedentarismo. “São muitos e perigosos os riscos do sedentarismo, desde a maior prevalência de enfermidades cardiovasculares, como a cardiopatia isquêmica e a hipertensão arterial, até o desenvolvimento das enfermidades cronico-degenerativas, tais como a osteoporose e as artroses, passando pelos quadros de ansiedade e depressão, mais comuns e mais graves nas pessoas sedentárias”, alerta o cardiologista Luiz Fernando Hormain. “A insuficiência de movimentos diminui a capacidade cardíaca e respiratória, gera instabilidade das articulações e a fragilidade muscular”, afirma Luis Teixeira Rocha, orientador físico. Acostumar-se com o sedentarismo, portanto, é um risco. E é justamente o costume que derruba a primeira desculpa, a preguiça. Bem que tentamos encontrar um motivo neuroquímico para explicar por que é tão difícil começar, mas, segundo o neurologista Norton Goulart, não tem nada a ver. “Considerando uma pessoa normal, saudável, sem nenhuma patologia que afete sua disposição, a preguiça não se explica fisiologicamente. Está associada ao costume, aos hábitos, que vêm de família ou estão relacionados ao meio em que se vive, até mesmo o clima. E hábitos são coisas arraigadas, difíceis de mudar”, explica ele. Ou seja, preguiça é falta de estímulo. Desculpa 2: falta tempo. Ah, com certeza falta. Mas falta para tudo hoje em dia, e a vida precisa continuar. E o que você faz? Prioriza, escolhe o que vai fazer e o que não vai. Lembrou da agenda?
Inclua lá sua uma hora de atividade física três vezes por semana. O doutor Goulart faz isso há 30 anos. “A gente inclui na agenda trabalhar, tomar banho, comer, se divertir. Tem de pôr uma atividade também. E não negociar aquele horário”, ensina ele. Tente pensar de uma outra forma: há outras coisas que fazemos na vida que não são exatamente prazerosas. E, no entanto, fazemos. Por quê? Não espere ter de “baixar o colesterol” para cumprir o compromisso sem culpa. Não é luxo cuidar do corpo, é necessidade. “Eu não sei se a caminhada me faz mais bem emocional ou físico”, incentiva Norton, já abrindo caminho para derrubar a desculpa 3. “Não gosto”. Gosta, sim. Aqui, a prova está nos processos neuroquímicos desencadeados pela atividade física. “As endorfinas liberadas são estimulantes naturais, causam uma sensação de felicidade, alívio, semelhante a antidepressivos e sem os efeitos colaterais destes”, explica o neurologista. Se os mecanismos cerebrais não explicam a preguiça, o contrário sim. As sensações agradáveis recém descritas evitam que uma pessoa que tenha conquistado o hábito de se mexer volte a ser sedentária. “Depois de incluir o hábito por seis meses a um ano, não se larga mais. Sente-se falta”, garante o médico. Se o seu corpo vai, naturalmente, gostar daquela horinha de exercícios, lhe resta caprichar no entorno. Esse é o ponto: gostar do entorno. A escolha da atividade, o local de prática, a companhia, a roupa que se usa, a hora destinada, o clima – tudo interfere naquele “não gosto”. Construa um entorno prazeroso, faça o que está a seu alcance para mudar o contexto, investigue! Além de ser em nome de uma boa causa, é um excelente exercício de auto-conhecimento. Porque do resto as endorfinas se encarregam. Resumindo: não tem nada de errado com você, só é preciso mudar. Mas mudar não é fácil. Em alguns casos, pode ter contornos heróicos! Por isso, o texto da próxima página.
Os riscos do sedentarismo > É considerado fator primário para a ocorrência de doenças do coração, como a cardiopatia isquêmica e a hipertensão arterial.
> Está relacionado a diabetes, estresse, obesidade abdominal, osteoporose e artroses. Também agrava quadros de depressão e ansiedade.
> Diminui a capacidade cardiorrespiratória, gera instabilidade das articulações e a fragilidade muscular, contribuindo para um processo de degeneração, dificultando, assim, o funcionamento natural do corpo.
Então... comece a se mexer > Prazer gera prazer O fundamental é que o exercício seja adequado às condições biológicas do indivíduo e cause prazer. Não se comprometa com uma atividade que não tem nada a ver com você. Depois de iniciada, o corpo ajuda. Há liberação de endorfinas, verdadeiros “tranquilizantes” naturais, que provocam prazer.
> Vai experimentando Não existe uma “tabela” de carga de exercícios físicos adequada, porque há diferenças etárias, de condicionamento fisico-atlético, enfermidades co-existentes e predisposição individual. Uma recomendação padrão é de que as pessoas pratiquem exercícios aeróbicos (e em geral se fala em caminhada) por 40-50 minutos, no mínimo de 3 a 4 vezes por semana, sem carregar pesos, com roupas e calçados adequados, com controle médico e o acompanhamento de um profissional capacitado.
> Divirta-se tentando Não existe uma atividade ideal, e nem uma é melhor do que a outra. Procure algum exercício que combine com seu estilo de vida. Se já tentou a caminhada e não foi adiante, não insista. Tente outra coisa. E outra. E outra...
> Monte uma estratégia, com começo, meio e fim Para emergir da cama ou do sofá, trace um objetivo. “Hoje, só hoje, vou ...”. Para o durante, convoque um amigo ou amiga que já pratica atividade - ele/ ela será seu motivador. Um exemplo bem-sucedido é o do neurologista Norton Goulart, que começou a caminhar estimulado pela pela mulher Miriam. Até então, se perguntava: qual a graça disso? “Hoje, caminho mais do que ela”, revela ele, que transmitiu o hábito para as filhas. E, no final, recompense-se: um banho especial, uma massagem, um prato saudável, uma bebida refrescante.
> Que tal? Para quem busca novos contatos sociais, são recomendados os esportes coletivos, como vôlei, basquete, futebol ou grupos de caminhadas ou corridas. Para os mais introvertidos, a natação é uma boa ideia. A musculação é um exercício fundamental para quem busca uma melhora funcional para as atividades cotidianas. A dança é uma excelente sugestão para quem busca divertimento, e as lutas marciais aliviam tensões psíquicas e ajudam no desenvolvimento do raciocínio, do autocontrole e da confiança.
> Atenção Evite caminhadas ou corridas em beira de estradas. O risco de acidente é alto, apontam estatísticas. Fontes: Luis Teixeira Rocha, orientador físico, Luiz Fernando Hormain, médico cardiologista da Unimed Litoral Sul, e Norton Goulart, neurologista da Unimed Santa Rosa
O principal erro é se submeter a uma grande carga de e avaliação médica, correndo riscos, desde uma simples d do miocárdio. O exercício físico exige planejamento e s regularidade. A descontinuidade faz com que se perc mesmos riscos do sedentaris
7 de janeiro de 2010
Vamos lá,
enfrente, com coragem! A liberação de neurotransmissores como a endorfina e a dopamina gera prazer e, a partir de um determinado momento, evita que se abandone a atividade física regular. Mas é preciso começar.
3
Conquistas repercutem em outras áreas
Superação é a palavra de ordem nos primeiros meses. Assim, adotar definitivamente uma atividade física regular fica muito próximo de um... ato heróico! Coragem para começar mesmo estando muito acima do peso, mesmo se sentindo um peixe fora d’água. Coragem para deixar o carro em casa e caminhar ou pedalar até o trabalho. Coragem para acordar mais cedo e encaixar uma hora de suor antes do trabalho. Coragem para vestir um abrigo e sair na chuva mesmo. Coragem para, quem sabe, se inscrever em uma competição. Enfim, não importa o objetivo. Desafie-se. Prove de sua coragem. Por quê? Porque faz bem à saúde. Duvida? Leia abaixo motivos para acreditar.
1
Superar metas revela nosso potencial
Como saber do que somos capazes se não somos desafiados a testar nossos limites? As dificuldades que encontramos ajudam a revelar forças desconhecidas, mostram o quanto precisamos melhorar e aprender para nos tornarmos a pessoa que desejamos ser. Transformarse requer mudança, ruptura, renovação. Encontrar um obstáculo no caminho dos nossos planos é a única maneira de nos forçarmos a abrir mão de velhos hábitos e de velhas crenças. O obstáculo entre nós e o nosso real desejo é capaz de revelar o potencial para a superação. Quando o obstáculo parece ser maior do que as forças, devemos parar e avaliar o porquê de percebermos as coisas dessa maneira. Há muitas formas de transpor uma barreira, e nem todas as pessoas encontram as mesmas soluções no mesmo tempo, pois o que funciona para um não funciona para todos.
2
Encorajar-se causa prazer
exercícios de forma brusca, sem distensão muscular até um infarto segurança. O benefício está na ca condicionamento, com os smo. Luiz Fernando Hormain, médico cardiologista da Unimed Litoral Sul
O desafio nos força a avaliar o que realmente é importante para nossa vida. Quando algo é realmente importante para nós, descobrimos que somos capazes do impensável. A ausência de desafios faz com que tudo na vida pareça igual; é como se a certeza de que os acontecimentos se darão de uma determinada forma nos levasse a uma espécie de letargia motivacional. Não dá para disperdiçar energia e tempo com o que não é significativo para a nossa vida. Aí reside o prazer da superação. Quando vencemos um desafio, nos sentimos mais coerentes, mais de acordo com os nossos desejos e motivações. Reconhecer o valor de uma ação nossa dá significado à vida que estamos vivendo, sentir que estamos dispostos a lutar pelo que queremos gera coragem e confiança, e isso dá muito prazer!
Quando atingimos uma meta e/ou vencemos um desafio, em qualquer área da vida, nos sentimos mais confiantes. A superação sempre exige que desenvolvamos, ou aperfeiçoemos, uma habilidade. Ou seja, superação sempre está associada à transformação. Não é possível atingir uma meta, alcançar um objetivo sem mudarmos algo em nossa forma de fazer, pensar e sentir. Por isso o efeito positivo obtido com a superação, numa área qualquer da vida, desencadeia todo um processo de reavaliação da autopercepção, levando a nos vermos como mais capazes. Tudo isso melhora a autoestima e nos predispõe a nos sentirmos mais motivados a correr riscos, a tentar coisas que nunca fizemos antes, ou a ir mais longe e mais fundo naquilo que já fazemos.
4
Autoconhecimento domina receios
A coragem tem a ver com autoconfiança, logo, baixa auto-estima e pouca confiança na própria capacidade tendem a nos fazer hesitar frente ao desafio. Em função disso, o medo do fracasso leva muita gente a hesitar. Quando nos lançamos no enfrentamento de um desafio, é fundamental considerar a possibilidade do insucesso, e se preparar para lidar com ele, caso ocorra. A pessoa que se sente insegura, pouco confiante, não suporta pensar no fracasso. Isso acontece porque ela se vê como tão incapaz que não consegue pensar nisso como oportunidade de aprendizado e de correção das próprias limitações. Esse tipo de visão gera muita ansiedade, fortalecendo o medo, que ganha força e leva à paralisação. Seguramente, enfrentar o medo de fracassar requer coragem! Um outro medo que também paralisa é o do sucesso. A possibilidade do sucesso gera medo porque, ao sermos bemsucedidos, criamos expectativas mais altas, sobre nós e sobre os nossos feitos. Quanto mais consciência temos do que sentimos, pensamos e queremos, mais chances temos de identificar o que realmente importa, e o desejo é um dos grandes “gatilhos” para a expressão da coragem. É fundamental desejarmos muito aquilo que buscamos. Há muitas formas de ser corajoso, e a maioria delas não envolve feitos extraordinários, força descomunal ou grandes malabarismos, mas exige uma enorme dose de disposição para agir de acordo com o próprio coração.
Fonte: Angelita Viana Corrêa Scardua é Mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUC), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP). Leia entrevista completa em www.unimedespacovida.com.br
INFORME COMERCIAL | 27 de janeiro de 2010
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Unimed pelo Rio Grande
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Mais amigos e mais qualidade de vida
Você é o que você come
Por que esfregamos/levamos a mão a um machucado/batida, como se quisesse fazer passar a dor? “Quando ocorre um estímulo doloroso em alguma região do corpo, como, por exemplo queimadura, picada de um alfinete, batida ou outro, é desencadeado um reflexo que provoca a contração dos músculos do local afetado, fazendo com que o membro seja afastado e retirado do estímulo. Este reflexo é chamado “reflexo da dor” e sua intensidade e o tipo de movimento gerado por ele vão depender do nervo que é estimulado”, explica a médica Monia Di Lara Dias, anestesiologista e clínica médica. “Por este motivo retiramos rapidamente a mão quando em contato com uma superfície quente, e levamos reflexamente a outra mão na tentativa de afastar o estímulo doloroso”, afirma ela. Segundo o neurologista Norton Goulart, além desse gesto instintivo de proteção, levar a mão ao local de um traumatismo pode aplacar a sensação de dor. “Não levamos a mão exatamente no ponto onde bateu. Tocamos ao redor e exercemos pressão na pele do entorno. O ponto da batida acumula substâncias, seja sangue, seja líquido inflamatório. A dor é causada por esse aumento de pressão local. Quando levamos a mão ao redor e pressionamos a pele, aumentamos o volume, abrimos mais espaço/área para aquele acúmulo, aliviando a pressão que ele está provocando no local, que é o que está fazendo doer”.
Conforme a Organização Mundial da Saúde, pelo menos
2,6 milhões
> Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
Caminhar. Quem duvida dos benefícios que um dos mais básicos movimentos de que o corpo humano é capaz de promover precisa conhecer duas iniciativas do Espaço Vida Unimed – uma no Cassino e outra em Porto Alegre. Regularmente, e com acompanhamento de educadores físicos, um grupo que encarou o compromisso com a qualidade de vida se reúne para oxigenar corpo e mente. Enfermeiros e instrutores atestam avanços no condicionamento físico de quem não conseguia caminhar uma quadra sem se sentir cansado, além de perdas de peso e melhora na autoestima dos participantes. Milagre? Não. Determinação. O resto o corpo faz, reagindo quimica e fisiologicamente. Segundo a técnica de Enfermagem Raquel Martins, a atividade reduz o estresse e a ansiedade: “E reduz as chances de depressão, além de melhorar a circulação sanguínea e fortalecer o músculo cardíaco”, afirma. Os participantes reconhecem que a atividade dá prazer, por ser em grupo, motivação, por causa dos efeitos positivos, e segurança, por ser orientada. Em Porto Alegre, a caminhada ocorre nas terças e quintas-feiras, às 9h e às 18h15min, no Parque Farroupilha. As inscrições são gratuitas e seguem abertas para novos participantes. No Cassino, a atividade ocorre na beira da praia até 11 de fevereiro, todas as terças, quintas e sábados, com saída às 8h30min, da frente da Passarela. O projeto é mantido o ano inteiro, apenas no verão se transfere para beira-mar – renovando o cenário e a motivação. Atualmente, cerca de 70 pessoas participam da iniciativa que ocorre pelo quarto ano consecutivo. A caminhada é aberta à comunidade, conta com o suporte do serviço SOS, ambulância e equipe médica com enfermagem.
Divulgação Unimed
Na espécie humana, o ato de se alimentar está tão associado às emoções como qualquer outra atividade que nos pareça essencial à sobrevivência, seja fazer sexo ou trabalhar. Para nós, o alimento se associa ao que entendemos por estilo de vida, identidade, personalidade. Por isso, muitas vezes, a escolha de um alimento pode expressar o que sentimos. Quando sentimentos associados à raiva e ao estresse povoam nossa mente, o cérebro ativa mecanismos muito primitivos de proteção e defesa, capazes de despertar reações primárias de ataque como rasgar e morder. Já quando estamos ansiosos, nos tornamos dispersos e inquietos; o ato repetitivo Seja qual for a sua de levar pequenas porções à boca nos ajuda a manter o escolha alimentar, diversifique! foco. É aí que entra em cena o desejo por comidas como pipoca, chips, salgadinhos, castanhas etc. Alimentos com cores e formas variadas podem ser a opção de quem está entediado. A repetição exasperante dos mesmos estímulos, dia após dia, destrói os neurônios. A tendência é que tentemos combater o fastio com a comida. Açúcar, gordura e carboidrato tendem a ser a escolha alimentar de 10 entre 10 pessoas com algum tipo de carência afetiva. Pessoas carentes se sentem desmotivadas e, por isso, podem se sentir compelidas a buscar energia em alimentos calóricos como chocolate e massas. Seja qual for a sua escolha alimentar, procure diversificá-la. Ao experimentarmos diferentes alimentos, exercitamos nossa capacidade de adaptação, estimulamos nosso cérebro, renovando nosso potencial de aprendizagem. Tente, também, prestar atenção aos efeitos que o alimento tem sobre o seu bem-estar emocional. Afinal, o ato de comer deve oferecer prazer e satisfação tanto para o corpo quanto para a mente!
Atividade é orientada por educador físico
Conheça mais detalhes do projeto Unimed Espaço Vida, que inclui a produção deste e de mais sete cadernos, acessando o endereço
de pessoas morrem anualmente por excesso de peso ou obesidade.
www.unimedespacovida.com.br
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27/1/2010
prevenção do estresse & bom humor
cuidados na infância
consciência ambiental
& atitude
doação de órgãos
& generosidade
& o brincar
controle emocional
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
ANS – nº 367087
corpo são
atividades físicas
17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito
INFORME COMERCIAL | 17 de fevereiro de 2010
Embora pareça, à primeira vista, este não é exatamente um caderno sobre terceira idade – expressão, aliás, que mais atrapalha do que ajuda. E, se todos os sete cadernos anteriores foram, a rigor, sobre viver, este último é sobre um pouco mais do que isso. É sobre conviver. Mais do que conviver com a diferença imposta pelo abismo que o tempo pode abrir entre duas ou mais gerações, abordar a terceira idade é um pretexto para falar do exercício da convivência com a gente mesmo, com o que fizemos, fomos, com o que esperávamos ser, com nossas expectativas e nossa realidade. Um dia, esse “cara-a-cara” chega. E aí parece que todas as virtudes e sentimentos abordados nos sete cadernos anteriores se revalorizam, ganham maior importância. O oitavo e último caderno da série Unimed Espaço Vida – Atitudes que geram bem-estar, curiosamente, abraça todos os anteriores. E talvez não haja representação mais apropriada para o conjunto deles do que o semblante de um senhor ou de uma senhora cheio de sabedoria, serenidade, dignidade e vivacidade.
Viver bem, não importa a idade
INFORME COMERCIAL | 17 d
Aceite a
metamorfose e... Esqueça o que você acha que é a terceira idade. Por você e por aqueles que viveram mais do que você. Acolha o que é... diferente! Não por acaso o tema da página ao lado é respeito.
Este não é um texto sobre a terceira idade. É sobre a inevitável passagem do tempo e sobre o quanto a consciência das implicações disso influencia a qualidade da vida que se leva (em qualquer idade). Implicações como as seguintes: problemas cardiovasculares (insuficiência cardíaca, cardiopatia isquêmica), problemas neurológicos (alterações da memória, doenças como Alzheimer, AVC, entre outras), diminuição da capacidade visual, do paladar, olfato, tato, aumento do risco de osteoporose e osteoartrose, rugas, pele flácida, perda de massa muscular. Esse cenário nada animador está, sim, relacionado ao processo de envelhecimento. Mas há inúmeros fatores capazes de determiná-los. A má notícia: por mais que nos apliquemos no contrário, não temos controle sobre todos, até porque não agem isolados, mas combinados de forma diversa. A boa notícia: a Medicina avança de forma consistente para atenuar ou contornar limitações do corpo humano provocadas pela passagem do tempo e, além disso, tem comprovado que a má notícia acima está perdendo força. Sim, falamos da eficiência e da sofisticação de uma atitude simples: a prevenção. “As limitações fazem parte da vida e do processo de envelhecimento humano, no entanto, não podem ser sinônimo de restrição, de incapacidade. Tais limitações têm base nas etapas pregressas que transcorreram sem muito cuidado. Não há dúvida de que a prevenção é o
melhor caminho e a manutenção de atividades laborais, intelectuais e físicas trarão bons frutos a todos”, afirma o médico Cloer Vescia Alves. Seguir uma “cartilha” preventiva, no entanto, não basta. Até porque cada pessoa tem sua história e suas particularidades: nem tudo que vale para uma funcionará com a outra. Nossa capacidade de esbanjar saúde e vigor por mais tempo tem relação direta não só com as escolhas que fazemos e os hábitos que adotamos preventivamente, mas com a consciência com que isso é feito. É a intenção e como nos percebemos diante da vida que manterão acesa a vontade de viver. “A idade é algo biológico e fisiológico, não existe um padrão de sinais ou sintomas que determinem matematicamente o início da chamada terceira idade. O que mais interfere no “tempo” é a maneira de pensar e agir. Existem jovens velhos e idosos jovens. Claro que o organismo se manifesta lentamente com modificações claras de envelhecimento, mas o critério básico é a personalidade e a maneira de ver a vida.” , afirma a especialista em geriatria Ana Amélia Cipriani Dias. “A medicina estética se encarrega de produzir intermináveis soluções para minimizar o impacto dos anos na face, nos cabelos, enfim. O corpo poderá se manter em condições interessantes; no entanto, a mente e o espírito necessitam estar livres para voar, trazendo, a partir deste desprendimento, a afirmação de um estado mais de escolha do que um modelo a ser seguido”, complementa Cloer.
É preciso agir Inserindo-se como agente capaz de promover e auxiliar no que propõe este caderno, a Unimed está iniciando um projeto ambicioso em todo o Estado. Nos últimos dias, 25 gestores mergulharam em cursos de capacitação, tomando contato com novos protocolos, ferramentas e indicadores construídos para que permitam ações práticas de promoção em saúde e prevenção de fatores de risco e de doenças. O projeto, que soma teoria e acompanhamento permanente de resultados, inclui ações institucionais que visem a mudanças de atitudes na sociedade. “A grande premissa é a detecção precoce de fatores que possam comprometer a saúde das pessoas, de modo que, atacados e monitorados, garantam, lá na frente, na terceira idade, uma melhor condição de saúde”, explica Cloer Alves, gestor de Desenvolvimento Humano da Federação Unimed/RS.
Atitudes premiadas com o tempo Médicos apontam atitudes que, tomadas o quanto antes, são dicas de ouro para uma vida longa e mais feliz. Afinal, vale mais acrescentar anos à vida ou vida aos anos?
> Estabeleça firmes objetivos presentes e futuros A aproximação do final de um ciclo, em qualquer circunstância, nos remete a uma dimensão muito maior em termos de reflexão e inventário das ações ao longo do caminho, bem como nos coloca em contato com sentimentos com os quais não temos parâmetros. O resultado (profissional, financeiro e afetivo) poderá ser próximo ou muito afastado do que consideraríamos como sendo o adequado ou motivo de nossa busca; entre as ações e reações da trajetória de uma vida, restarão vivências que poderão ser mais ou menos marcantes, cujos reflexos se farão sentir, certamente, no momento em que a reflexão encontrar seu tempo para acontecer, com mais ênfase na terceira idade.
> Estimule a memória A manutenção da memória é fundamental para que se preserve a independência na idade avançada. Os estudos demonstram que manter diversos focos de interesse, aprendizado e leitura é um fator de longevidade para a memória, mas existem vários outros ligados a um estilo de vida saudável. Por isso, a estimulação através da leitura, de exercícios de memória, palavras cruzadas e jogos como xadrez são bem-vindos. Valer-se de dispositivos eletrônicos para isso ainda funciona como forma de interação com os mais novos, ativando o cérebro e promovendo bem-estar, pela convivência. Evitar o estresse e tratar a depressão também são fundamentais para o estado da memória.
> Alimente-se de forma saudável e controle fatores de risco, como excesso de peso, diabetes, fumo e álcool Frutas, verduras, legumes, peixe e uma boa hidratação são indispensáveis para uma saúde equilibrada. Nunca é tarde para se começar a buscar o equilíbrio na alimentação, mas os resultados serão melhores quanto mais precoces e adequados forem os cuidados. Somos resultado também daquilo que ingerimos. A alimentação adequada tem relação direta com prevenção de doenças, como obesidade, diabetes e a hipertensão arterial.
> Faça atividades físicas regulares As atividades aeróbicas ao ar livre são mais indicadas, ainda que alguns exercícios isométricos (musculação) possam ser
interessantes para a manutenção do vigor físico. A natação, por ser de baixo impacto, é uma das práticas mais adotadas na terceira idade, assim como a dança. No universo da atividade física, o limite não é o modelo estabelecido, mas, sim, o sentir-se bem, e isso depende de cada indivíduo. Assim, não deveríamos nos surpeender com os saltos de pára-quedas, prática de windsurf, dentre outras atividades que possam ser executadas também por idosos. Por que: melhora o sono e traz benefícios cardiovasculares e uma melhor condição de recuperação do organismo, assim como propicia maior proteção à ocorrência de estresse. O sedentarismo, por sua vez, está associado à ocorrência de obesidade e problemas cardiovasculares, por exemplo, e na terceira idade está relacionado à ocorrência de osteoporose.
> Mantenha relações afetivas e sexuais saudáveis Conserte, perdoe. Relações saudáveis são fonte de agradáveis lembranças. Os idosos que desfrutam de uma boa relação afetiva, em geral, costumam sofrer menos eventos depressivos, que podem ter como fator contribuinte o isolamento e a rigidez afetiva. Sexo é parte fisiologicamente ativa no ser humano e não há contra-indicações para que seja praticado em qualquer idade, a não ser que se interponham doenças que alterem a sua prática. A geriatria desenvolve-se com enorme potencial para propiciar cada vez mais qualidade e menores restrições a um novo estilo de vida escolhido pelo idoso, associada às modernas soluções na área da ginecologia e da andrologia/urulogia. O sexo pode ser visto como uma maratona, ou seja, todos percorrem o caminho, competindo cada um na sua categoria.
> Trate a questão material como meio facilitador, mas busque a compreensão da espiritualidade O que hoje nos faz feliz, talvez, após alguns anos, “não tenha mais lugar” no nosso cotidiano. A mente terá que se adaptar à nova realidade com algumas limitações. A espiritualidade abre caminho para a melhor compreensão do que está à frente no processo de envelhecimento, enquanto a materialidade nos impõe sérias limitações.
Fontes: Ana Amélia Cipriani Dias, especialista em Geriatria (Unimed Nordeste/RS), médico Cloer Vescia Alves, gestor de Desenvolvimento Humano da Federação Unimed/RS, e Eliane Gomes Andara Beuren, pós-graduada em Geriatria (Unimed Vale do Sinos)
de fevereiro de 2010
...aproveite
cada fase da vida
Respeite os mais velhos. Quem nunca ouviu essa frase? Em tom solene, com o dedo indicador em riste, uma ordem de cima para baixo, sem maiores explicações. E como parece ser difícil cumprir “ordens” sem entender o porquê.
Mas e se dissecarmos a frase? Será que ela não fica mais palatável? Mais carregada de sentido? Mais desafiante? E seu propósito mais recompensador? Eis a proposta deste texto: rejuvenescer essa frase tão velhinha. O primeiro passo é repensar o que é o respeito, de modo a perceber o que há de refrescante nele – sim, porque se pensou em algo rígido, opressivo e mudo, pare! Caminho errado. Dificilmente o respeito será recrutado se não acolhermos a diferença. Basta uma olhada ao redor para comprovar que, na atualidade, pipocam as diferenças: as chamadas minorias ganharam voz, há uma abertura – tímida em alguns momentos, exagerada em outros – para o que é diferente. Pronto, sem saída: se você, jovem ou mais velho, aprecia essa diversidade e se dispõe a preservá-la porque sente que o mundo será melhor assim, então, sua capacidade de respeitar será necessária. E isso pode ser difícil. Vai desistir? Professor e terapeuta, Pablo Mendes, doutorando em filosofia, reflete: “Ser diferente é inevitável! Nossa época deixa latente este fato. Por isso, dialogar e respeitar as diferenças nunca
foi postura tão pertinente como é agora. Mas exercer o respeito torna-se tarefa difícil quando estamos lidando com aquilo que nos incomoda, contraria, foge da jurisdição dos nossos hábitos e costumes, mesmo que tal questão alheia não seja atitude ilegal ou nociva a ninguém. Ser nobre de princípios e ações em momentos bons, totalmente favoráveis a nós é tarefa fácil. Difícil é fazer despertar a arte do respeito nos momentos em que somos afetados negativamente por aquilo que toca fundo em nossas fraquezas e intolerâncias.” Para o professor, o respeito transforma. “O respeito agrega. É elemento essencial nas relações, pois sem ele não há como dialogar, compartilhar, trocar”, afirma. Não se trata de impor essa ou aquela verdade, mas de construir uma terceira: “Jamais saímos ilesos de um relacionamento. Aquilo que nós somos afeta, contagia os outros a nossa volta. A cada diálogo e relação com respeito às diferenças, surgem novas ideias, pensamentos oriundos das mudanças sociais, do movimento contínuo da existência, da história. O respeito proporciona sempre a descoberta”, conclui. O segundo passo: agora, é entender o que são “os mais velhos”. O que pensam, o que querem, do que gostam, do que riem, do que choram e por quê? Quanto mais afasta-
do de “pré” conceitos sobre essa fase da vida, mais legítima será a tentativa de respeito. Pense em um exemplo simples: é comum ver um jovem casal, prestes a ter o primeiro filho, mergulhar em sites e livros que explicam a infância. Com os mais velhos, dá para perguntar direto (não que buscar informação seja ruim). É mais fácil respeitar o que admiramos. E é bom lembrar: para “lá” todos iremos. “A maioria das pessoas, principalmente os jovens, não tem nenhuma noção do envelhecer, como se isso fosse “só para os outros, para mim não”. Se conhecemos bem todas as etapas da vida, se nos preparamos para as mesmas, a terceira idade se torna algo natural ao ser humano”, diz a geriatra Ana Amélia Cipriani Dias. Além disso, conhecer essa fase da vida propicia a empatia, o que abre caminho para o respeito, a gentileza, o melhor convívio. “Ter consideração é a capacidade de se colocar no lugar do outro e ver o que ele precisa, o que sente e o que ele já fez. Nesse caso, gratidão também: quem tem capacidade de gratidão pelo que o mais velho já proporcionou, ao natural o respeita”, analisa Ruggero Levy, psicanalista e diretor do Instituto de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Para tudo o que foi dito até aqui, não fica errado pensar numa outra frase: respeite os mais novos. Mas, a rigor, a questão aqui não deveria ser uma disputa: respeite os mais velhos x respeite os mais novos. A disputa existe e é, até certo ponto, necessária. “O conflito de gerações é inevitável e ele sempre se renova. O jovem, no auge de seu entusiasmo, tende a querer desprezar o que é mais velho. Isso depende de um trabalho de amadurecimento, aprendizagem, da desilusão consigo mesmo, para reconhecer o valor de quem já viveu mais”, lembra Ruggero Levy. Professor Mendes concorda: “tanto os mais velhos quanto os mais novos devem praticar o respeito. Pois o “antigo” contido na experiência das pessoas longevas compõem alicerces fundamentais para a formação humana. Nesse sentido é inegável o quanto as pessoas longevas têm a ensinar às pessoas mais jovens, assim como a recíproca é verdadeira. Pois a atualidade, o tempo presente dependerá sempre do antigo e do novo combinados”. A questão parece ser então, antes de mais nada, uma intenção, um meio, sem importar a quem: respeite. Respeitemonos. Sem dedo em riste, mas lado a lado, seja qual for a idade. “Ao praticarmos este respeito às diferenças, ou pelo menos tentarmos com vontade e entusiasmo, ganhamos a preciosa oportunidade de aprender com nossos próprios erros e também com os erros alheios”, afirma Mendes.
INFORME COMERCIAL | 17 de fevereiro de 2010
mente sã
Dicas de saúde escondidas no cotidiano
Dicas de saúde escondidas nos textos de autoajuda que circulam por aí
Por que grávidas têm desejos?
Você é feliz? Se não o é, o que falta para que você possa alcançar a tão sonhada felicidade: amor, dinheiro, amigos, trabalho...? Se você não se considera uma pessoa feliz, é muito provável que, assim como outros não felizes, acredite que a felicidade depende de algo que você não tem. Os estudos sobre a felicidade têm revelado que fatores como riqueza, beleza, juventude e sucesso não tornam as pessoas mais felizes. Tanto é que a psicologia da felicidade vem identificando pessoas que se consideram felizes entre pobres e ricos, jovens e velhos, escolarizados e analfabetos, anônimos e Por que alguns célebres, saudáveis e doentes. são felizes e Mas, se a felicidade é possível nas mais variadas condições outros não? de existência, então por que alguns são felizes e outros não? Basicamente, o que distingue os felizes dos não felizes é a confiança na capacidade de conduzir a própria vida. Sentir-se responsável pelas próprias escolhas, dispondo-se a assumir as consequências disso, estimula o desenvolvimento de potencialidades como o otimismo, a criatividade, a coragem, a fé, a auto-iniciativa, a tolerância e a autocrítica. Tais características são fundamentais para a experiência da felicidade; e, o melhor de tudo, é que elas não dependem de ninguém, só da gente! Assim, quando nos sentimos capazes de lutar contra as adversidades e de saborear nossas conquistas temos muito mais chances de sermos felizes do que quando esperamos encontrar a felicidade num evento específico. Afinal, toda vida tem seus altos e baixos, e se soubermos aprender a viver melhor com cada um deles descobrimos que a felicidade é a vida inteira, pois, o momento ruim nos ensina a valorizar o bom, e este nos fortalece para enfrentar aquele. > Fonte: Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUCSP), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP)
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da população brasileira será igual ao de jovens com até
anos
Júlio Soares/Fotobjetiva
Pena Filho/Agência RBS Os desejos são reais mesmo e derivam de, pelo menos, dois aspectos. Um deles é o metabólico. A gravidez altera significativamente o estado do metabolismo feminino, e a mulher sente necessidades, inclusive a de comer mais. E isso pode se traduzir em variar o cardápio, até o ponto de querer experimentar algo fora do comum. Há vezes que isso está relacionado a alguma carência vitamínica, e não está descartada a investigação junto ao obstetra. Mas o aspecto mais importante é o psicológico. Uma certa ansiedade faz parte do quadro. A mulher fica preocupada consigo, com o estado de saúde do bebê, pensa se tudo vai dar certo, as complicações possíveis... O lado emocional se altera, e ansiedade também influencia o apetite. É importante salientar que há de se ter bom senso quanto aos desejos, no sentido de não se descuidar dos componentes nutricionais realmente necessários à mulher e ao bebê e, principalmente, de evitar sobrepeso.
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A melhor idade: uma conquista diária
Ninguém é responsável por sua felicidade
> Francisco Pilla, ginecologista e obstetra, presidente da Unimed Vale do Sinos, responde:
Segundo o IBGE, em 2050 o percentual de maiores de
Unimed pelo Rio Grande
Na Serra, as Academias da Melhor Idade (Amei) têm proporcionado a senhores e senhoras os benefícios da prática regular de atividades físicas ao ar livre, de forma orientada e prazeirosa. A primeira Amei da região entrou em funcionamento em setembro de 2008, no Parque Getúlio Vargas (dos Macaquinhos), para proporcionar a pessoas com mais de 45 anos um circuito de atividades físicas formado por 10 aparelhos dispostos ao ar livre, aberto à comunidade. A Unimed Nordeste-RS – por meio de seu departamento de Responsabilidade Social e de Medicina Preventiva – e a Prefeitura Municipal – representada pelas secretarias da Saúde, do Meio Ambiente e do Esporte e Lazer – assinam o projeto. Depois disso, foram inauguradas outras cinco unidades, também em parceria com as respectivas prefeituras: três em Caxias do Sul (no Parque Cinquentenário e nos bairros Desvio Rizzo e Galópolis), uma em Nova Roma do Sul (ao lado do Campo Municipal) e outra em Farroupilha (no Parque dos Pinheiros). A proposta, que é um convite a uma vida não apenas longeva, mas com qualidade e bem-estar, tem conquistado cada vez mais adeptos. Os participantes recebem orientações de profissionais qualificados, como o tempo ideal em cada série de exercícios, além de corrigir posturas, sanar dúvidas, aferir pressão arterial e controlar os sinais vitais. Nos demais horários do dia – e aos fins de semana –, os aparelhos podem ser utilizados por pessoas de qualquer idade. Segundo os idealizadores das Ameis, entre os efeitos, estão a maior mobilidade das articulações, o fortalecimento dos grupos musculares e a decorrente melhora da flexibilidade e da coordenação motora, que propicia um aumento da capacidade cardiorrespiratória.
Prática de exercícios variados ao ar livre
Leia mais sobre o trabalho de medicina preventiva da Unimed RS em
www.unimedespacovida.com.br
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cuidados na infância
consciência ambiental
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ANS – nº 367087
corpo são
doação de órgãos
& generosidade
& o brincar
controle emocional
& serenidade
direção defensiva
& gentileza
atividades físicas
8 17/2/2010 & superação de desafios
maturidade feliz & respeito