Construção Magazine 47

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47 N° 47 . janeiro/fevereiro 2012 . 6.50

DOSSIER Reabilitação Low Cost / High Value

CONVERSAS António Almeida Henriques



ficha técnica diretor Eduardo Júlio ejulio@civil.ist.utl.pt

diretora executiva Carla Santos Silva carla.silva@engenhoemedia.pt

conselho científico Abel Henriques (UP), Albano Neves e Sousa (UTL), Álvaro Cunha (UP), Álvaro Seco (UC), Aníbal Costa (UA), António Pais Antunes (UC), António Pinheiro (UTL), Carlos Borrego (UA), Conceição Cunha (UC), Daniel Dias da Costa (UC), Diogo Mateus (UC), Elsa Caetano (UP), Emanuel Maranha das Neves (UTL) Fernando Branco (UTL), Fernando Garrido Branco (UC), Fernando Sanchez Salvador (UTL), Francisco Taveira Pinto (UP), Helder Araújo (UC), Helena Cruz (LNEC), Helena Gervásio (UC), Helena Sousa (IPL), Hipólito de Sousa (UP), Humberto Varum (UA), João Mendes Ribeiro (UC), João Pedroso de Lima (UC), Joaquim Figueiras (UP), Jorge Alfaiate (UTL), Jorge Almeida e Sousa (UC), Jorge Coelho (UC), Jorge de Brito (UTL), Jorge Lourenço (IPC), José Aguiar (UTL), José Amorim Faria (UP), José António Bandeirinha (UC), Júlio Appleton (UTL), Luis Calado (UTL), Luís Canhoto Neves (UNL), Luís Godinho (UC), Luís Guerreiro (UTL) , Luís Juvandes (UP), Luís Lemos (UC), Luís Oliveira Santos (LNEC), Luís Picado Santos (UTL), Luís Simões da Silva (UC), Paulo Coelho (UC), Paulo Cruz (UM), Paulo Lourenço (UM), Paulo Maranha Tiago (IPC), Paulo Providência (UC), Pedro Vellasco (UER, Brasil), Paulo Vila Real (UA), Raimundo Mendes da Silva (UC), Rosário Veiga (LNEC), Rui Faria (UP), Said Jalali (UM), Valter Lúcio (UNL), Vasco Freitas (UP), Vítor Abrantes (UP), Walter Rossa (UC)

redação Joana Correia redaccao@engenhoemedia.pt

gestora de produto Rita Ladeiro r.ladeiro@engenhoemedia.pt

marketing e publicidade Vera Oliveira v.oliveira@engenhoemedia.pt

grafismo avawise

assinaturas Tel. 22 589 96 25 construcaomagazine@engenhoemedia.pt

redação e edição Engenho e Média, Lda. Grupo Publindústria

propriedade e impressão Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 - 4300-144 PORTO Tel. 22 589 96 20, Fax 22 589 96 29 geral@publindustria.pt | www.publindustria.pt

publicação periódica Registo n.o 123.765

tiragem 6.500 exemplares

issn 1645 – 1767

depósito legal 164 778/01

capa

sumário 2

editorial

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dossier | “reabilitação low-cost / high value“

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conversas

António Almeida Henriques

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Intervenção mínima reabilitação máxima – josé aguiar

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Reflexões sobre o futuro do urbanismo em Portugal – nuno norte pinto e antónio pais antunes

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Cidade (cada vez mais) antiga: expectativa ou desistência – josé ant. raimundo mendes da silva

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Reabilitação urbana de qualidade e a baixo custo – eduardo júlio, luís canhoto neves, antónio leça coelho e rita bento

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soluções construtivas

Soluções de Reabilitação Urbana Low Cost

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soluções construtivas

Light Steel Framing – otimização da estrutura, conforto e custo

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i& d empresarial

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publi-reportagem

Emcephob Nanoperm P –Proteção de superfície de alto desempenho

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acústica

Influência das transmissões marginais no isolamento a sons aéreos – Proposta de abordagem simplificada

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estruturas de madeira

Anomalias comuns na aplicação de revestimentos de piso de madeira Parte 2 – seleção da madeira, pormenores construtivos, acabamento e manutenção

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estruturas metálicas

Construção Metálica: o potencial exportador da investigação

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sísmica

A 15.ª Conferência Mundial de Engenharia Sísmica

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notícias

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mercado

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estante

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projeto pessoal Filipe Reis Azevedo

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eventos

Fotografia © Davide Guglielmo

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Os artigos publicados são da exclusiva responsabilidade dos autores.

Próxima edição > Dossier Sistemas de Informação na Construção


estatuto Editorial

editorial Recentemente, o País tomou consciência da crise económico-financeira em que mergulhou. Com um endividamento público e privado sem precedentes, o novo Executivo decidiu cancelar a esmagadora maioria das obras públicas previstas e em curso. Se muitos são os exemplos de despesismo dos anteriores Governos no sector da Construção, a decisão política diametralmente oposta acarreta sérios riscos, devendo por isso ser seguido um caminho alternativo, exequível e de elevada eficiência, o qual só pode ser definido com o suporte técnico-científico de peritos. É neste contexto que surge o presente número da Construção Magazine, tendo sido endereçados convites a reputados especialistas de diferentes áreas – Urbanismo, Arquitectura, Análise de Risco, Engenharia Sísmica e Segurança contra Incêndio – para reflectirem sobre o problema e avançarem soluções, e ao Sr. Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, para ser o entrevistado do dossier temático e apresentar as medidas que o Governo tem planeadas neste âmbito. Eduardo Júlio Director

*O Professor Eduardo Júlio escreve de acordo com a antiga ortografia.

Título: Construção Magazine, Revista Técnico-Científica de Engenharia Civil Caracterização: Publicação periódica de informação científica e técnica. Objeto: Ciências e tecnologias no âmbito da engenharia civil. Enquadramento Ético: A Construção Magazine respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. Objectivo: Ser uma revista de interface: propõe-se promover as relações universidade-indústria-sociedade, estabelecendo pontes de comunicação capazes de promover o diálogo e fomentar a cooperação entre as instituições. Estratégias: Divulgação de tecnologias, investigação, produtos, serviços e ainda difundir atividades relevantes junto da comunidade empresarial, profissional e académica. Corpo Editorial: Diretor: Professor Universitário Diretor Executivo: Oriundo do corpo de colaboradores da Engenho e Média, Lda. Colaboradores: Engenheiros e técnicos que exerçam a sua actividade no âmbito do objecto editorial da revista, nos meios universitário e industrial. Conteúdo Editorial: Estruturas, Construções, Hidráulica, Geotecnia, Vias de Comunicação, Urbanismo, Ambiente e Arquitectura. Seleção de Conteúdos: 1. A seleção de conteúdos científicos será da exclusiva responsabilidade do Director e do Conselho Científico; 2. O noticiário técnico/informativo será proposto pelo Diretor Executivo ao Diretor; 3. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário, nas seguintes condições: 3.1. Sob o título de Publi-reportagem; 3.2. No formato de notícia com a aposição no texto do termo (publicidade). Organização Editorial: Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura e base da organização editorial da Revista compreende: Sumário; Editorial; Seção Científica; Secção Tecnológica; Feiras, Exposições, Congressos e Seminários; Bibliografia; Noticiário; Entrevista; Publi-reportagem; Publicidade. Espaço Publicitário: 1. A publicidade organiza-se por espaços de página e frações, encartes e publi-reportagem; 2. A tabela de publicidade é válida para todo o território nacional; 3. A percentagem de espaço publicitário não pode ultrapassar 1/3 da paginação; 4. A Direção da Construção Magazine poderá recusar publicidade que não se coadune com o objecto editorial e os princípios deontológicos da revista. 5. Não será aceite publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade.


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conversas

antónio almeida henriques

Entrevista conduzida por Eduardo Júlio Jornalismo por Joana Correia Fotografia por Luís N. Filipe

António Almeida Henriques ocupa, desde o ano passado, o cargo de Secretário de Estado Adjunto e da Economia e Desenvolvimento Regional do XIX Governo Constitucional. Com uma vasta experiência no mundo empresarial, António Ameida Henriques, sente-se perfeitamente à vontade com o setor da construção, da reabilitação e das grandes obras públicas. Em entrevista à CM, o Secretário de Estado, aponta a internacionalização do setor e a reabilitação como principais soluções para “reanimar” a construção nacional.

Construção Magazine (CM) – Uma das primeiras medidas deste Governo consistiu em travar as mega-obras públicas, e.g. linha ferroviária de alta velocidade, terceira travessia do Tejo, novo aeroporto de Lisboa, entre outras. Numa situação de forte endividamento nacional, esta medida faz sentido. Contudo, parar o setor da Construção tem, por um lado, implicações graves na Economia nacional e, por outro lado, ignorar a necessidade de manutenção das infraestruturas construídas tem custos acrescidos a médio-longo prazo, podendo mesmo colocar em risco a segurança de pessoas e bens. Qual é a sua posição sobre esta matéria? António Almeida Henriques (AAH) – A realidade financeira de Portugal deve impor-se e as grandes obras públicas deverão aguardar outra oportunidade. Não se trata, neste momento, de discutir o mérito de cada projeto ou da globalidade dos projetos. Nesta matéria, algumas obras não apresentam o devido retorno económico, outras têm melhores alternativas e outras são estratégicas mas não podem avançar agora. Creio que no momento em que as restrições ao crédito vão ser mais fortes do que nunca, o Governo vai ter, com certeza, o realismo de perceber que não pode estar a ajudar a desviar recursos que são tão necessários às empresas e à economia para outras obras que podem ser realizadas mais tarde e, algumas mesmo, deverão ser reequacionadas. O setor da construção é estratégico, mas não podemos nem devemos onerar gerações a fio, em projetos sem rentabilidade para o País. O setor da construção tem, por isso, que encontrar alternativas. O Governo tem estado na linha da frente para conseguir encontrar essas alternativas. CM – A que alternativas se refere? AAH – Em particular, temos vindo a ajudar a promover a internacionalização destas empresas, com um conjunto de missões empresarias e com ações concretas de Diplomacia Económica, com especial enfoque na renegociação do Acordo Quadro com a Venezuela. Enquanto Secretário de Estado, nos últimos seis meses, tive a oportunidade de acompanhar empresários dessa área aos mercados


da Colômbia, Brasil, Angola, Moçambique e Venezuela. De igual forma, estamos a permitir, facilitar e potenciar a execução de projetos na área da regeneração urbana, onde alocamos fundos significativos do QREN e operacionalizamos o Fundo JESSICA, de forma a permitir que o setor da construção possa desenvolver uma atividade com maior racionalidade económica para o País, em que a percentagem de incorporação nacional é bastante mais elevada do que se pode encontrar nas grandes obras públicas. CM – As cidades Portuguesas cresceram consideravelmente nas últimas décadas e, muitas vezes, de forma desregrada. Algumas consequências negativas deste facto são, por exemplo, o abandono dos centros históricos e o surgimento de “dormitórios” na periferia das cidades. Agora que é tempo de “parar” [a obra pública], não será igualmente tempo de “pensar” [as cidades]? AAH – Certamente que sim e a reformulação estratégica e técnica do QREN deu a devida atenção às alterações que são necessárias introduzir para se conseguir uma política de cidades. Contudo, é de salientar que desde a sua génese, o QREN deu atenção às cidades. Prova disso, são dois regulamentos em vigor desde o seu arranque, Parceria para a Regeneração Urbana e Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação nos Programas Operacionais

Regionais e um eixo prioritário “Desenvolvimento do Sistema Urbano nacional” no POVT. Agora e no curto prazo, será dado um novo impulso à Política de Cidades e à “Regeneração Urbana”, através da Implementação do novo Regulamento específico “Reabilitação Urbana”. Em particular, através da implementação das disposições transitórias, concluindo o processo de aprovação das operações individuais incluídas nos anteriores regulamentos e na implementação e monitorização da bolsa de observação no caso dos projetos da política de cidades. Vamos ser mais seletivos e exigentes. Desde logo, os projetos sem execução deverão dar lugar a novas aprovações de projetos viáveis. Mas vamos, igualmente, facilitar o acesso de projetos, tornando as candidaturas mais simples e menos burocráticas. A nova política de cidades aposta no reforço da convergência entre os apoios dos Programas Operacionais Regionais do QREN e a política de reabilitação urbana, nomeadamente as enquadráveis no Regime Jurídico da Reabilitação Urbana em Áreas de Reabilitação Urbana e a iniciativa JESSICA. CM – O Governo anterior, para além das iniciativas em termos de construção nova, ficou igualmente marcado por uma grande iniciativa em termos de reabilitação da construção existente: a Parque Escolar. Esta foi, sem dúvida, uma iniciativa pautada por muitos aspetos negativos e qualificada por

alguns de “despesista”. O que é que, em sua opinião, correu mal e, portanto, convém ter bem presente para evitar que se repita em iniciativas semelhantes do atual Executivo? AAH – A filosofia por que sustentava esse projeto estava correta e mereceu, desde sempre, o apoio do PSD. Infelizmente essa iniciativa ficou marcada por uma gestão muito pouco transparente e, muitas vezes, lesiva para o Estado. Mas apoiamos a filosofia e o melhoramento das escolas continuará a ser prioridade nos Planos Operacionais Regionais. Contudo, existe a necessidade de regular custos, mediante a introdução de custos padrão para todos os executores que operem em escolas, tal como ocorria até aqui na construção de Centros Escolares e de Escolas EB 2/3, que eram realizados pelos Municípios. CM – No seguimento da questão anterior, considera que, em matéria de obra pública, os erros graves que reconhecidamente foram cometidos no passado, devem-se essencialmente a decisões políticas mal fundamentadas tecnicamente? AAH – Infelizmente, foi isso mesmo o que aconteceu. Temos obras públicas muito mal fundamentadas tecnicamente. Todos nos lembramos ainda dos estudos anteriores sobre a rentabilidade económica das SCUTs, os quais afirmavam perentoriamente que as SCUTs se pagavam por si só, por via do efeito indutor destas infraestruturas no crescimento económico. Hoje, uma década depois,

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conversas conversas

“o setor da construção tem (...) que encontrar alternativas. o governo tem estado na linha da frente para conseguir encontrar essas alternativas.“ 6_cm

as SCUTs foram um dos principais encargos do Estado que levaram ao pedido de ajuda externa. De igual forma, durante muitos anos vimos o lançamento de obras sem os devidos estudos técnicos, as quais apresentavam claramente motivos meramente eleitoralistas e de ocasião. Foi sobretudo esta forma de se gerir o Estado, displicente e pouco responsável que nos trouxe hoje à situação atual. De tanto gastar onde não precisávamos, não temos hoje os recursos para o que é necessário. CM – Este número da Construção Magazine é, como sabe, dedicado à Reabilitação Low-Cost / High-Value. O anglicismo pode suscitar algumas críticas mas, em contrapartida, torna claro o que está em causa: reabilitar de forma a maximizar o valor do edifício, minimizando o seu custo em todo o seu ciclo de vida. Será esta, a solução de futuro para o setor da construção, nomeadamente para as PME? AAH – Claramente. Até porque, enquanto atividade económica, a reabilitação urbana gera emprego, dinamiza a economia e é um elevado valor acrescentado nacional. Existem, atualmente, cerca de 800.000 fogos a necessitar de obras, dos quais, 325.000 estão degradados e muito degradados. Há mais 500 mil alojamentos não habitados, o que representa um desperdício económico e patrimonial. Este é um grande potencial de mercado, que cabe dinamizar. No contexto da reprogramação estratégica do QREN e dos programas operacionais, a Política de Cidades e de Regeneração Urbana mereceram uma atenção especial. Esta tipologia não só será privilegiada em temos de ações a cofinanciar, como poderá ter um tratamento de natureza transversal na priorização de outros projetos a financiar nos programas operacionais, por exemplo, majorando ou obrigando a que a componente “regeneração urbana” faça parte. CM – A anterior (recentemente alterada) Lei do Arrendamento é apontada como um dos principais entraves à reabilitação urbana. A reforma é alavanca de dinamização do setor? AAH – Precisamos, de facto, de criar um enquadramento legal “amigo” do investidor, que potencie o valor económico da reabilitação e, assim, venha a atrair


projetos, investidores e parceiros. Chamo a atenção para o facto de o atual Governo ter já aprovado um novo diploma para a Requalificação Urbana. É um Diploma que assenta em duas vertentes essenciais: Simplificação Administrativa e Simplificação Técnica. A simplificação tem, no entanto, como contrapartida, a exigência de muita responsabilidade. Mais liberdade, mais eficiência, mais eficácia, mas um aumento significativo de Responsabilidade. Por exemplo, no âmbito deste novo enquadramento, serão criados procedimentos simplificados de controlo prévio de operações urbanísticas em que, respeitadas certas condições, as obras beneficiam de uma aprovação tácita no caso de não haver rejeição num prazo de 20 dias; A ação combinada do projeto Lei da Reabilitação com a alteração ao arrendamento urbano, e a aplicação do programa JESSICA, terá uma ação determinante na alteração do dia a dia das cidades e dos seus centros urbanos. E será um importante, diria mesmo, fundamental fator de reanimação da atividade económica local, em vetores como a recuperação do património e a dinamização do comércio tradicional. CM – Existe um Programa de Reabilitação do atual Executivo, integrante dos atuais Planos Municipais? AAH – Em matéria de municípios/ QREN, o Segundo Memorando de Entendimento materializou-se num conjunto adicional de dezasseis iniciativas tendentes a dar continuidade à promoção da execução dos investimentos de iniciativa municipal, de entre as quais releva o objetivo de acelerar a execução das ações no âmbito da Política de Cidades, bem como reforçar a articulação dos instrumentos do QREN com a política de reabilitação urbana. CM – Deverá haver articulação entre o Estado e o setor privado (proprietários, promotores imobiliários, empresas de construção)? Que regime económico-financeiro poderá estar disponível? Existirá um modelo de regulação da reabilitação urbana? AAH – É preciso atuar de forma diferente. O trabalho que temos vindo a realizar no meu gabinete vai no sentido de se encontrar uma

maior articulação entre o Estado e o Setor Privado. Permitam-me que fale, com um pouco mais de pormenor, de dois pontos que considero estratégicos, pelo seu grau de inovação e pela relevância que irão assumir nesta nova fase de política de cidades: O Fundo JESSICA e o novo Regulamento Específico da Reabilitação Urbana. O JESSICA é um instrumento de apoio, com uma dotação orçamental de 1.000 milhões de euros, e que será um primeiro passo que, se for bem-sucedido, poderá potenciar o aparecimento de outros fundos. É um instrumento inovador em vários sentidos. Em termos de participação no capital, por exemplo, este fundo é constituído por 130 milhões de euros provenientes do FEDER, cerca de 300 milhões de euros da banca e o restante de fundos privados. O Fundo conta já com três projetos aprovados, cujos contratos operacionais foram ontem assinados. Serão geridos, respetivamente, por um consórcio da Caixa Geral de Depósitos e do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana IP (IHRU), no montante aproximado de 51 milhões de euros; Banco BPI, no montante aproximado de 64 milhões de euros; e Turismo de Portugal IP, no montante aproximado de 15 milhões de euros. O JESSICA apoia-se numa filosofia nova, não de fundo perdido, mas de financiamento aos projetos que terão que apresentar retorno. É um fundo que se autossustentará, ou seja, o financiamento feito através do fundo, terá que ter um retorno e animar esse fundo, que ao longo dos anos financiará outros projetos. É uma política não de subsídio, mas de apoio e incentivo às boas iniciativas empresariais. Quanto ao novo Regulamento específico “Reabilitação Urbana”, que está em fase de implementação, vai dinamizar os POR e sua articulação com o apoio ao comércio local, no âmbito do QREN. Trata-se, neste caso, de uma ótica de cofinanciamento dos projetos, com base em incentivo não reembolsável e para operações tipificadas em regulamento específico. Conseguimos, com este novo regulamento, ultrapassar as dificuldades que o anterior regulamento colocava ao desenvolvimento dos projetos. O novo regulamento veio estimular

e facilitar o acesso ao programa, pois é mais simples e menos burocrático que o definido anteriormente. Vem, ainda, reforçar a convergência entre os Programas Operacionais Regionais do QREN e a política de reabilitação urbana. Com efeito, as alterações, instrumentos e regulamentos que já introduzimos e alterámos, vêm inovar em diversos e importantes aspetos. Procuramos, sobretudo, não onerar o mercado com taxas, impostos e custos de contexto. Pretendemos, antes, incentivar o papel dos diversos atores, permitindo-se que os projetos de reabilitação urbana possam ser estruturados de diversas formas, em parcerias com diferentes entidades, públicas e/ou privadas. As políticas avançadas procuram encontrar um equilíbrio entre a necessária regulamentação, o respeito pelo direito de propriedade, a função social da estruturação do espaço público e os efeitos que este introduz no bemestar económico e social. Só assim se poderá entrar numa nova fase de criação de riqueza e de modernização. CM – É conhecida a dificuldade de muitas instituições em executar os projetos com fundos estruturais (QREN), com grande expressão no setor da construção. Que medidas pensa poderem ser tomadas para minimizar o risco de perda de fundos e de investimento? AAH – Desde logo, com o aumento das taxas de cofinanciamento, diminuindo assim o esforço nacional. Em simultâneo, outro dos elementos relevantes é o redireccionamento das prioridades para setores em que a Contrapartida Nacional não seja pública, mas sim privada, sempre em linha com as prioridades nacionais, investindo por isso no emprego e nas empresas, criando condições para a sua recuperação e para o seu desenvolvimento e internacionalização. Também ao nível dos municípios este esforço deve ser feito. Para além do aumento da taxa de cofinanciamento, é necessário ser mais criativo, valorizando projetos e ideias sempre que esteja em causa a criação de valor nos territórios. Por exemplo, uma obra que comporte o acolhimento de investimento, a promoção do empreendedorismo, do tipo criação de um ni-

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“precisamos, de facto, de criar um enquadramento legal “amigo” do investidor, que potencie o valor económico da reabilitação e, assim, venha a atrair projetos, investidores e parceiros.” nho de empresas ou áreas empresariais, deve ser priorizada. A reprogramação estratégica do QREN promoverá este ajuste ao nível dos instrumentos de programação, promovendo o balanço possível entre execução dos fundos comunitários e equilíbrio das contas públicas nacionais. Especificamente no setor da construção e no contexto da reprogramação estratégica do QREN e dos programas operacionais, é muito importante o novo impulso que se dará à Política de Cidades e de Regeneração Urbana, sobretudo com um tratamento que se pretende que seja de natureza transversal. Tratamento de natureza transversal significa, por exemplo, a priorização de projetos a financiar nos programas operacionais, que incluam a componente “regeneração urbana” . CM – À semelhança de Espanha, considera que existe uma “bolha” no setor imobiliário? AAH – Ao contrário de Espanha, o rebentamento da “bolha” especulativa no setor imobiliário não foi muito evidente em Portugal. Naturalmente que o mercado imobiliário andou, nos últimos anos, sobreaquecido e existiu, como ainda existe, um excesso de oferta. Com a contração económica, que se juntou ao excesso de oferta, é natural que os preços tenham corrigido em baixa.

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Porém, o estudo mais recente sobre esta matéria, “A Atualidade do Setor Imobiliário Residencial: Ajustamentos e Desafios”, o qual foi apresentado há poucas semanas e é da responsabilidade da firma de consultoria Augusto Mateus & Associados, afirma que Portugal, tal como a Alemanha, não teve uma “bolha” especulativa no setor imobiliário, ao contrário de vários outros países europeus. De facto, entre 1996 e 2006, a valorização acumulada real dos preços da habitação excedeu os 80 por cento nos EUA, na Holanda e na Grécia, os 110 por cento em Espanha, os 140 por cento no Reino Unido e os 180 por cento na Irlanda. Pelo contrário, Portugal e Alemanha tiveram crescimentos inferiores a 10 por cento no mesmo período. Ou seja, ao contrário de países como Irlanda, EUA ou Espanha em que se verificaram correções substanciais nos preços do imobiliário face aos picos atingidos em 2006 ou 2007, em Portugal os preços não foram pressionados pelo rebentar da “bolha”. No entanto, em Portugal, poderá ser a quebra da procura a concretizar o risco de baixa dos preços da habitação, tratando-se muito mais de um abrandamento da atividade económica, a par de outros setores, do que propriamente uma correção baseada na especulação dos preços do imobiliária.

Perfil António Almeida Henriques nasceu em Viseu, em 1961. Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1986. Dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e associativa empresarial em diversos setores. Foi Deputado nas IX, X e XI legislaturas, foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura com a coordenação da área económica, tendo também exercido as funções de vice-presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República e de vicepresidente da Delegação da OSCE. Foi vice-presidente da CIP – Confederação da indústria Portuguesa, presidente do CEC/CCIC – Conselho Empresarial do Centro – Câmara de Comércio e Indústria e Presidente da AIRV – Associação Industrial da Região de Viseu. Desde julho de 2011 integra o XIX Governo Constitucional como Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional.


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reabilitação low cost / high value intervenção mínima reabilitação máxima José Aguiar Professor Associado da FAUTL jaguiar@fa.utl.pt

Demoramos décadas a concluir que a (boa ideia) da reversibilidade não era um conceito inteiramente honesto quando aplicado à conservação arquitetónica (perante tantas irreversibilidades práticas) o que nos propulsionou para aplicarmos outro conceito, ainda hoje fora das cartas, o da “repetibilidade”, i.e. a possibilidade de amanhã, sem danos, podermos reaplicar as soluções de reparação e os tratamentos que hoje fazemos. Nesse quadro, das intensas discussões eminentemente culturalistas do final do século XX, sobre a teoria do restauro e sobre o seu alargamento ao património urbano – que conduziu à objetiva necessidade de teorizarmos a reabilitação, i.e. definir a objetiva necessidade de salvar o que tem valor melhorando o desempenho das arquiteturas antigas para permitir o seu uso contemporâneo – o maior avanço disciplinar recente proveio de uma decisiva contribuição do saber e das competências

da nova engenharia: a teorização prática do conceito de intervenção mínima! Refiro-me obviamente aos novos paradigmas de intervenção construtiva e estrutural que se sintetizaram na Carta ICOMOS que hoje conhecemos com o título de Recomendações para a Análise, Conservação e Restauro Estrutural do Património Arquitetónico (traduzida para português por Paulo Lourenço e Daniel V. Oliveira da Universidade do Minho). No fim do século XX, a necessidade de reverter a todo o custo (da reversibilidade como conceito operativo) justificou aproximações excessivas, de um estruturalismo formalmente autojustificado que provocava cacofonia no diálogo entre formas de tempos diversos, prejudicando a leitura arquitetónica, ou antes, definindo novos textos que pouco tinham a ver com a objetiva necessidade de transmitir os antigos significado a conservar. Reabilitar tornou-se assim pretexto para um novo pro-

dutivismo pósmoderno e excessivamente formalista num momento em que rareavam projetos e obras ex nuovo. Surgiu depois uma nova engenharia, a que faz o fato à medida, i.e. a que abandona os antigos e sobredimensionados quocientes genéricos de cálculo, propondo estruturas de reforço obesas e omnipresentes, para uma nova praxis onde primeiro se produz conhecimento, analisando cuidadosamente o estado de conservação, as anomalias e as capacidades das estruturas concretas, e depois desenhando os reforços necessários, com a precisão milimétrica dos novos meios digitais, monitorizando antes durante e depois. E tudo isso para que? Para permitir que possa continuar a verdade tectónica das edificações e das arquiteturas, que não são só espaço , forma e função, mas são também e tão plenamente construção e estrutura. Não é a forma só, ou o espaço só que definem o essencial do valor das antigas edificações,

>1 > Figura 1: Guimarães: Velhos moradores convivendo com novos operários!

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reabilitação low cost / high value

o modus faciendi, as tecnologias empregues, os saberes construtivos e no uso dos materiais, o milagre das resoluções para garantir o equilíbrio estático, numa sábia economia de decisões onde em cada época se maximizou as relações custo benefício organizam um realidade mais vasta, tão essencial à reabilitação como a sempre mais óbvia e simples preservação de fachadas.

Atuação mínima O conceito de intervenção mínima, i.e. se puderes fazer menos não faças de mais, orientando-nos para soluções pouco intrusivas, modificou decisivamente as formas de hoje intervirmos em património em múltiplas escalas e dimensões. Se atuarmos minimamente podemos manter os moradores in situ evitando custosíssimos realojamentos (como nos ensinou Guimarães), evitamos inter venções pesadas e muito exigentes economicamente (e onde está hoje essa desmesurada capacidade financeira?), evitando a injustiça dos processos de segregação social que hoje explodem nos centros históricos das nossas maiores cidades. Lembro-me, quando se lançaram estas operações em Guimarães de apaixonadas discussões. Alguns técnicos acusavam o modelo proposto pelo GTL de Guimarães – de atuar caso a caso, com cautela, caminhando e medindo e projetando parcela a parcela –, de ser ineficaz, de provocar consequências sociais inesperadas na previsível reação dos velhos moradores perante a presença dos intrusivos operários-construtores, etc. etc.. Os mesmos técnicos que criticavam o modelo que tornou Guimarães um dos melhores exemplos europeu de reabilitação urbana, defendiam

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massivas operações (mais eficazes, diziam), quarteirão a quarteirão, em modelo similar às que resultaram na disparatada falência económica da ação de demasiadas Sociedades de Reabilitação Urbana, onde na última década despendemos tantos milhões de euros. A prática demonstrou exatamente o oposto; o modelo cauteloso de Guimarães foi muito mais produtivo e socialmente muito mais equilibrado ao evitar a “gentrification”: nessa cidade pude assistir à forma cordial como senhoras de provecta idade acolhiam os operários, por vezes oferecendo-lhes almoços alternativos (bem mais apetitosos do que os frugais farnéis que os operários Ucranianos traziam) e depois pedirem-lhes embalagens de Omo, quando dessem um saltinho à rua... ou fiscalizarem atentamente (melhor do que fiscais da Câmara) e depois correrem ao GTL para relatar erros e atropelos. Caso a caso, pouco intrusivamente, Guimarães e o seu GTL reabilitaram melhor e muito mais, com muito menos recursos, do que sucedeu com tantas SRU´s (modelo que deveria hoje e urgentemente ser objetivamente reavaliado). A salvaguarda da tipologia cadastral é um objetivo claramente definido nas cartas patrimoniais (por exemplo na Cartas das Cidades Históricas do ICOMOS), reconhecendo-se como fulcral, nos processos de conservação urbana, conseguir a manutenção das parcelas. Não é só o sistema de espaços públicos que permanece duradoiramente no tempo, a sucessão de (re) inscrições urbana tem por base um cadastro que originou sucessivos palimpsestos, numa pluralidade de tipologias arquitetónicas cuja permanência e diversidade é, funcional e formalmente, fundamental para a manutenção dos valores essenciais de qualquer cidade que consideremos como património urbano. A alteração cadastral - o reunir vários lotes para

demolir os interiores construindo novos edifícios de muito maior dimensão escondidos na estreiteza das antigas fachadas, i.e. o fachadsimo - acelera brutalmente os processos de alteração e de redução de valor urbano, como pioneiramente Gustavo Giovannonni estudou. A disponibilidade de tipologias díspares, das apertadas e de pequena dimensão, ou o oposto, em palacetes com fogos de grande dimensão, muito usuais nos tecidos urbanos históricos, é objetivamente um problema mas também uma grande oportunidade. A sociedade atual necessita deste tipo variável de fogos, bem distintos daqueles que projetamos e construímos massivamente em habitação nova: existem cada vez mais pessoas a residir sozinhas que não necessitam de fogos imensos; precisamos de residências temporárias que podem dar novos tipos de uso, em modelos de residência coletiva, e partilha dessas tipologias de maior dimensão; precisamos de novas soluções de habitação temporária, de novos tipos de“hostels”. A pequenez ou a partilha compensa-se pelas vantagens da centralidade, a desnecessidade de longos tempos de translação no transporte, a proximidade de tudo e de todos nos centros históricos. Atuar caso a caso em vez de promover gigantescos estaleiros que destroem sistematicamente quarteirões inteiros torna-se pouco a pouco uma alternativa com interesse e viabilidade económica: estude-se o extraordinário caso da LX FACTORY e o sucesso de promotores que queriam construir gigantescas torres e que acabaram gerindo uma intensa teia criativa que anima os antigos espaços das fábricas abandonadas de Alcântara! Se intervirmos minimamente organizamos estaleiros compatíveis com a modicidade da escala dos nossos tecidos históricos, dando sangue novo às pequenas (mais ágeis e adaptáveis),

> Figura 2: Lx Factory em Lisboa. > Figura 3: Intervenção artística na Cartuxa de Sevilha, dezembro de 2012.

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empresas e firmas que encontram aqui objetos à sua escala – regenerando o tecido produtivo e evitando o dumping das super empresas que não fazem fatos à medida. As demolições e energias são minimizadas, reutilizando-se também ao máximo os elementos preexistentes nas construções, o que torna cristalinos e óbvios os reflexos ecológicos destas soluções. Intervir minimamente é um passo numa série de outros sucessivos passos; e o restauro e a reabilitação não são o projeto final... são um dos muitos restauros e das sucessivas reabilitações de edifícios e apropriações de cidades herdadas que vieram de muito antes de nós e que gostaríamos que continuassem muito para lá – e apesar – de nós! É importante sublinhar estas conquistas da engenharia contemporânea, onde Portugal, diga-se, tem dado contribuições realmente substantivas (na projeção mundial de investigadores como Paulo Lourenço ou Delgado Rodrigues) e nos enormes avanços havidos nas principais universidades, numa nova e mais sensível pedagogia aos valores das preexistências e na preparação de novas gerações de projetistas e de empresas, muito mais aptos para lidar com a reutilização (e ocorrem-me num rompante os nomes como os de Aníbal Costa, António Lamas, João Appletton, Vasco Freitas e Victor Coias, mas também os das seguintes gerações, figurando entre os mais

destacados alguns dos articulistas deste número como Eduardo Júlio e Raimundo Mendes da Silva, mas também Jorge de Brito e outra mão bem cheia de grandes Engenheiros... com “E” grande, evidentemente).

Nova lei da reabilitação Relançar o tema da intervenção mínima é hoje particularmente importante. Prepara-se uma nova Lei da Reabilitação. Dos articulados que têm saído a público percebemos que se preveem nessa Lei avanços muito substantivos na simplificação de procedimentos e de redução das burocracias. Percebem-se também princípios positivos, como o estabelecer do princípio da bondade na melhoria das condições de desempenho promovendo a melhoria do conforto e da segurança, mais do que a impossível satisfação das exigências regulamentares desenvolvidas para aplicação à nova edificação. Novos e recente regulamentos (como o das acessibilidade ou da “térrmica”) eram objetivamente uma terrível ameaça para a possibilidades de reabilitar, lembremo-nos da estupidez de considerar um quadro de vãos em pedra como uma “ponte térmica” ou a necessidade regulamentar que obriga à remoção de antigos paramentos azulejares de enorme valor para colocar ... ETIC´s!

No entanto outros aspetos da nova Lei dita da Reabilitação, causam enormes apreensões: como pode Portugal cumprir os desígnios de conservar cidades inscritas na Lista do Património mundial quando se libertam os edifícios situados nessas áreas de todas as formas de controlo prévio e de acompanhamento cautelar, estará tudo bem se, em cidades de extraordinário valor histórico e artístico, apenas alterarmos o piso térreo e acrescentarmos mais um piso habitável na cobertura de cada edifício? Infelizmente a (re)anexação cadastral com tratamento fachadista tem sido a praxis mais usual na maioria dos nossos centros históricos, mesmo em alguns inscritos na lista do património mundial da UNESCO e pode ficar institucionalizada em artigos fundamentais desta nova Lei. Relembrando o essencial desígnio social – de que Reabilitar a cidade é restituí-la à estima pública!, como sublinhava Maria da Luz Valente Pereira do LNEC – importa relançar hoje o debate sobre os conceitos e os métodos da reabilitação, defendendo a procura de soluções pouco intrusivas e estabelecer o fundamental princípio da intervenção mínima que nos permite aspirar à reabilitação máxima; o oposto apenas pode resultar na perversão fachadista do costume. Na conservação do nosso património essencial I Hate [este tipo de] Business!


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reabilitação low cost / high value reflexões sobre o futuro do urbanismo em portugal Nuno Norte Pinto, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra, npinto@dec.uc.pt António Pais Antunes, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra, antunes@dec.uc.pt

INTRODUÇÃO Os últimos 60 anos foram caracterizados em Portugal pelo rápido processo de urbanização ao longo do qual as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto se formaram e várias cidades do litoral cresceram de forma muito significativa. Este processo chegou agora ao fim – já pouca população existe nos meios rurais – deixando problemas urbanísticos diferentes daqueles que marcaram o passado mais ou menos recente. Com efeito, enquanto até agora esteve sobretudo em causa responder às necessidades de expansão das cidades, daqui para a frente trata-se principalmente de melhorar a qualidade do ambiente construído. Nas respostas a desenvolver para os problemas que hoje enfrentamos é necessário ter em conta que, dado o contexto de dificuldades financeiras em que o país se encontra, não é mais possível recorrer a soluções – como por exemplo o Programa POLIS – que antes foram aplicadas com bastante sucesso, mas que exigiriam a mobilização de recursos neste momento indisponíveis. Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre aqueles que consideramos ser os principais desafios que atualmente se colocam ao urbanismo em Portugal, a título de contributo para o debate aprofundado que os diversos agentes envolvidos – proprietários e investidores, investigadores, técnicos e responsáveis da indústria, e cidadãos e decisores políticos

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– terão de realizar no sentido de estabelecermos de forma suficientemente consensual as orientações urbanísticas que devemos prosseguir no futuro e as políticas urbanas que permitirão concretizar essas orientações.

DESAFIOS ATUAIS Na altura em que decidimos aderir à Comunidade Económica Europeia (por volta de 1980), o país caracterizava-se ainda por um intenso movimento de urbanização e por problemas sérios de habitação, com centenas de milhares de portugueses a viverem em barracas e outras construções de génese ilegal, numa situação que o regresso de muitos compatriotas das ex-colónias tinha agravado substancialmente. Assim, foi necessário proceder à expansão das cidades, o que ocorreu primeiro de uma forma pouco planeada e depois tendo por base os Planos Diretores Municipais elaborados sob a vigência do Decreto-Lei 69/90, graças ao abundante financiamento providenciado pelos fundos estruturais europeus e, antes de eles estarem disponíveis, pelas ajudas pré-adesão. Na sequência dos investimentos realizados, a qualidade de vida nas cidades e vilas portuguesas alcançou um nível nunca antes experimentado pelas populações, que na maioria dos casos dispõem hoje de excelentes infraestruturas técnicas e sociais, de uma oferta de comércio

e serviços mais completa e diversificada, e de um espaço público mais agradável. A aposta na expansão das cidades acabou por ter como consequência o relativo abandono das zonas mais consolidadas (a despeito de alguns esforços feitos, por exemplo no âmbito do PROCOM e do Programa POLIS), fazendo com que tanto as áreas centrais de muitas cidades como algumas periferias densamente habitadas se tenham degradado significativamente. A reabilitação de umas e outras é um dos principais desafios urbanísticos que Portugal hoje enfrenta. Para isso, é necessário, que o sistema de planeamento seja capaz de responder adequadamente e em tempo útil – o que manifestamente não está a acontecer. (Re)Pôr este sistema a funcionar é outro desafio premente a que é preciso atender. No contexto de escassez de recursos públicos que atualmente caracteriza o país, é necessário que o setor privado desempenhe um papel mais ativo no processo, o que só acontecerá se tiver confiança para realizar os correspondentes investimentos. A criação de uma nova dinâmica para a qual se deverão mobilizar todos os agentes, entre proprietários, investidores e indústria da construção, é um outro desafio que se coloca ao Estado. Quanto à indústria da construção, ela também enfrenta um desafio importante – o de se reorganizar tanto em termos tecnológicos como organizativos para abordar o mercado específico da reabilitação urbana.


© Irum Shahid

© NUNO NORTE PINTO

REABILITAÇÃO URBANA Se nas últimas décadas as opções de planeamento focaram a expansão das áreas urbanas, os próximos anos deverão ser dedicados à reabilitação das áreas centrais das cidades e das periferias degradadas. A maior parte dos centros das cidades continuam a ser pouco atrativos para o investimento imobiliário, uma vez que não estão no topo das preferências do mercado, tanto de habitação como de comércio e serviços, que têm privilegiado as áreas de expansão. No caso de Lisboa, do Porto, e mesmo de Aveiro, Coimbra, Faro ou Setúbal, esta expansão acabou por realizar-se parcialmente nos municípios vizinhos muito por culpa de preços do solo mais reduzidos. Estas cidades e vilas periféricas tiveram nos últimos anos uma grande expansão da sua área urbanizada, tendo-se gerado uma quantidade significativa de espaços vazios no interior dos perímetros tradicionais cuja colmatação deve também ser um alvo prioritário dos planos futuros (em pé de igualdade com os centros históricos das cidades), sem prejuízo da utilização e ocupação do solo se manterem em níveis aceitáveis. Os terrenos industriais abandonados nos centros de muitas das nossas cidades (como São João da Madeira ou o Barreiro) têm de ser alvo de uma política dedicada que favoreça a renovação urbana equilibrada, em que os projetos a desenvolver tragam benefícios para o espaço urbano envolvente. Os centros

comerciais começam também a necessitar de atenção específica, com a primeira geração destes equipamentos a apresentarem sinais de abandono, constituindo novos problemas para as zonas urbanas envolventes.

SISTEMA LEGAL O sistema legal de planeamento atual apresenta-se completo pela primeira vez na prática do planeamento em Portugal. A última década foi de uma atividade intensa em matéria de implementação e melhoramento da legislação existente, e marcou também o início de uma nova orientação legal para a reabilitação urbana. Da referida atividade resultaram o primeiro Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território – ignorado logo depois de ter sido aprovado quando o Novo Aeroporto de Lisboa foi mudado da Ota para Alcochete numa decisão pouco feliz do ponto de vista do desenvolvimento coerente de um sistema nacional de transportes – e vários Planos Regionais de Ordenamento do Território. Para além disso, foi reforçado o âmbito e também o conteúdo dos PDMs e dos outros planos municipais através do Decreto-Lei 380/99, que agora passaram a contar com instrumentos de operacionalização que antes faltavam. Os resultados desta consolidação estão ainda por observar, uma vez que a dinâmica de planeamento é genericamente lenta, demorando a maioria dos planos muito mais

tempo a rever e aprovar do que o estipulado na lei e desejado pelos agentes. A incapacidade de rever os PDM dentro dos prazos definidos é um problema maior porque nos está a levar de volta à falta de transparência das decisões urbanísticas que caracterizava o país antes dos anos 1990. Nesses tempos coexistiam uns planos que estavam a ser elaborados e de que já havia algumas peças com uns anteplanos que vinham de trás mas que já não tinham validade técnica ou legal, tendo-se em conta uns ou outros – ou nenhuns – ao sabor das mais diversas circunstâncias. As razões que contribuem para as dificuldades em aprovar os PDMs serão várias, mas há uma que tem a ver com o facto de deles se esperar uma maior integração da base física com a base económica, assim como uma maior integração das decisões urbanísticas com decisões sectoriais sobre, por exemplo, os equipamentos escolares (cartas educativas) e a proteção civil. À partida, os objetivos de integração são sempre louváveis porque, em teoria, levam a melhores soluções. Mas, na prática, verifica-se que o incrementalismo (e.g., fazer as cartas educativas tendo em conta os planos urbanísticos e, mais tarde, rever os planos urbanísticos tendo em conta as cartas educativas) funciona muitas vezes melhor. A preocupação neste domínio deve ser a de tornar os processos de planeamento eficientes, de maneira a que, nos prazos esperados, produzam resultados simples de entender, e, como tal, permitam uma gestão transparente do

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território, pois noutras condições dificilmente o investimento em reabilitação urbana de que necessitamos será realizado.

PAPEL DO ESTADO O contexto de dificuldades financeiras que atravessamos levará a uma diminuição do papel do Estado (ao nível nacional mas também local) no desenvolvimento urbano, dando ao setor privado uma posição cada vez mais importante nesta matéria, incluindo no que respeita à definição de opções de planeamento. Para permitir que tal aconteça, o Estado deverá promover a simplificação processual tanto ao nível dos planos como ao nível do licenciamento. A fiscalidade do património deverá ser assumida como uma ferramenta real de planeamento e gestão, estimulando a inclusão de edifícios desocupados e terrenos livres no mercado. O reforço e alargamento dos programas de cofinanciamento público que, desde há alguns anos a esta parte, têm servido para incentivar os proprietários a reabilitar os edifícios é fundamental para transmitir aos agentes envolvidos a ideia de que a reabilitação é uma das linhas de força da política urbana em Portugal. Há por isso necessidade de prosseguir com uma política top-down de incentivo à reabilitação urbana que está já explicitada no novo regime jurídico da reabilitação e na atividade de entidades como as Sociedades de Reabilitação Urbana, as quais têm, com graus variáveis de sucesso, conseguido garantir uma certa dinâmica de transformação apesar da crise que já se sente no setor desde 2008. Esta política acaba por depender da mobilização dos agentes, proprietários e inquilinos, investidores e indústria da construção, de forma a congregar interesses minimizando as tensões que continuam a existir, quer por via do contexto socioeconómico, quer por via da complexidade processual. Nestas condições, cabe ao Estado o papel de simplificar os procedimentos administrativos, aliviando os correspondentes custos que são muito valorizados pelos agentes privados (proprietários e investidores), e de encontrar os recursos financeiros suficientes para alavancar o processo de reabilitação, mesmo tendo

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em conta os constrangimentos financeiros atuais. Apesar de ser desejável que a iniciativa privada tenha a liderança do processo, parece muito difícil que o mesmo avance sem uma intervenção decisiva do Estado como agente catalisador, como aliás acontece na totalidade dos casos de sucesso que se podem encontrar em cidades europeias de várias dimensões.

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO A indústria da construção é um dos setores económicos mais interessados na definição das linhas orientadoras das políticas urbanas a implementar nas próximas décadas. Se nos últimos anos a indústria esteve voltada para a edificação em massa e para grandes volumes de investimento em obras públicas, terá agora que se reestruturar para abordar um campo novo de ação, tecnológica e economicamente diferente, que é o da reabilitação urbana. Se, por um lado, as pequenas e médias empresas de construção estão já orientadas para esta escala de negócio, as grandes empresas terão de mudar para poderem entrar de forma competitiva neste mercado de construção desagregado, tanto na reabilitação do parque edificado como também na reabilitação das infraestruturas e dos espaços públicos. A indústria, que viveu anos dourados com o forte investimento em edificação e em infraestruturas feito em Portugal nas últimas décadas, tem agora pela frente enormes desafios. A internacionalização e a exportação do knowhow português em construção e obras públicas parecem bem encaminhadas, com diversas empresas a competirem de forma sólida em mercados internacionais com resultados muito positivos. No entanto, é também claro que estas empresas necessitam de manter a sua matriz de negócios em Portugal sob pena de verem definhar a sua principal base de suporte, com graves consequências para a sua sobrevivência enquanto grupos empresariais de capitais portugueses. É por isso necessário que a indústria da construção faça a devida reflexão sobre esta área de negócio, para que, das PMEs às grandes empresas, todas possam competir de forma qualificada neste mercado, garantindo um equilíbrio necessário do ponto

de vista socioeconómico para uma indústria que representa uma parte significativa do produto gerado pela economia nacional.

CONCLUSÃO A evolução muito positiva experimentada pelas cidades e vilas portuguesas nas últimas três décadas é um facto incontornável e claramente percebido pelas populações. O acesso a infraestruturas e serviços básicos, como o abastecimento e o saneamento de águas e as redes de equipamentos de ensino e de saúde, é uma conquista só possível graças ao grande esforço de qualificação urbanística vivido neste período. Ela resulta não apenas da oportunidade criada pela utilização dos fundos europeus mas também, e sobretudo, do esforço feito para dotar o território com um sistema de planeamento que, apesar de conter uma série de problemas na sua execução e implementação, foi capaz de providenciar uma estrutura de desenvolvimento para um país que tinha um grande atraso em comparação com os seus parceiros da União Europeia. Mas o investimento feito com o objetivo de dotar o país das infraestruturas necessárias para o desenvolvimento económico é também uma das causas para a situação difícil em termos financeiros que o Estado português enfrenta, e que põe em causa a satisfação das nossas necessidades atuais em matéria de desenvolvimento urbano – as quais, na fase do processo de urbanização em que o país se encontra, se situam sobretudo nos centros históricos e em periferias degradadas das principais cidades. Os agentes privados são também afetados por este contexto, uma vez que por mais boa vontade que tenham em contribuir para a reabilitação urbana, encontramse muitas vezes incapazes de mobilizar os recursos necessários, por via da disponibilidade limitada de crédito ao investimento. O contexto económico é verdadeiramente difícil, não só do ponto de vista do financiamento aos proprietários e investidores como também e sobretudo do ponto de vista da indústria da construção, fazendo com que só possa haver sucesso se for possível obter um elevado valor (high value) da reabilitação urbana através de operações de baixo custo (low cost).


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reabilitação low cost / high value cidade (cada vez mais) antiga: expectativa ou desistência

José Ant. Raimundo Mendes da Silva Prof. Doutor, Dep. Engenharia Civil - Universidade de Coimbra raimundo@dec.uc.pt

Convicção Discorrer sobre a cidade antiga, em particular sobre o seu estado de degradação e sobre as dificuldades da sua reabilitação, ou ficar enrolado num novelo de razões (ou meras intuições, por vezes contraditórias) que justifiquem a exigência de um desempenho exemplar ou, pelo contrário, a sua dispensa, ou, ainda, afirmar que, agora sim, é hora de intervir e que esta ou aquela medida vão desencadear um almejado processo irreversível de valorização destes núcleos urbanos antigos, começam a ser um “lugar-comum” num meio técnico, cultural e político que sabe não poder (nem querer) passar ao lado da cidade que já existe - quer a cidade já considerada como “antiga”, quer a que progressivamente vai ganhando esse “estatuto” ou essa “condenação” – mas que tem poucos meios de atuação e verifica que as estatísticas não indicam esta inversão firme, rumo à reabilitação. As afirmações que passam a “lugar-comum” são arrastadas para uma espécie de limbo de “inconsequência” mas não podem significar a desistência dos valores que lhe estão associados: é imperativo reabilitar, seja ou não um “lugar-comum”. Sem esta convicção, sem esta paixão, não se pode responder com eficácia ao desafio de reabilitação dos núcleos urbanos antigos, porque a tarefa é penosa, não é linear nem facilmente programável e não é concretizável nos ciclos rápidos a que nos habituámos de dois, quatro ou oito anos. A cidade antiga é um lugar de contrastes, é um lugar de complementaridades, é um lugar de complexidade, é um lugar de riscos e, sobre-

tudo, é um lugar de (in)certezas: − Há um futuro para a cidade antiga? − É possível viver (bem) nestes núcleos urbanos antigos? Com segurança? Conforto? Com custos controlados? − Podemos recuperar esta “cidade”? Qual é a alternativa? Deixá-la cair? Demoli-la e construir um edifício por quarteirão? − Qual é a nossa expectativa? Como gostávamos que fosse esta “cidade”? − O que podemos esperar (e exigir) da cidade antiga? Sabemos agir assertivamente? − Será a reabilitação “low cost” uma solução? Um contributo relevante? Nesta breve reflexão, iniciada com a afirmação das mais básicas convicções, estruturam-se as ideias em torno de mais cinco palavras-chave: estratégia / conhecimento / assertividade / tecnologia / sustentabilidade.

“lei das rendas” e sobre o novo enquadramento do licenciamento de operações de reabilitação, não podem ser alheios a estes planos. Está (felizmente) longe o tempo da convicção de que a reabilitação urbana era um assunto meramente técnico e dizia respeito, apenas, à arquitetura e à engenharia e à sua capacidade de intervenção sobre os edifícios. As componentes culturais, sociais e económicas vieram a impor a sua presença e não há, hoje, plano estratégico que possa ignorá-las. Todavia, é no contexto técnico de cada intervenção concreta que os seus atores (promotores, projetistas, construtores, licenciadores, financiadores, habitantes) têm mais incertezas, pela complexidade dos processos, pela falta de uma cultura de reabilitação, pela arbitrariedade que resulta da diversidade e complexidade do património construído, do seu estado de conservação e do desempenho esperado.

ESTRATÉGIA

Conhecimento

Em sociedade, as relações, deveres e direitos devem reger-se por um quadro regulamentar completo e articulado. Dos regimes jurídicos aos planos e aos regulamentos todas as peças são importantes. Este quadro regulamentar, ainda que essencial, não é suficiente para desencadear uma atividade regular de reabilitação, nem a adoção de boas práticas. Exige-se um Plano Estratégico nacional, articulado com a legislação, instrumentos e incentivos existentes ou a criar, devidamente articulado com planos estratégicos locais. A recente discussão dobre a

Os planos e as ações de reabilitação dos núcleos urbanos antigos exigem que se conheça, que se conheça bem, a cidade nas suas várias perspetivas. Do ponto de vista físico, é necessário conhecer as várias escalas (ao longe, na escala da cidade ou do quarteirão; as grandes praças; as ruas; as vielas, em que o próprio céu parece ter encolhido), é necessário conhecer os diversos níveis (o subsolo, o nível da rua e das montras, os andares superiores, tantas vezes devolutos ou habitados sem condições mínimas de salubridade, conforto e segurança e, com igual ou maior relevância, as cober-

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turas dos edifícios, sua primeira proteção). É, também, essencial conhecer a tipologia dos edifícios, a sua estrutura e organização, a sua volumetria, a organização das fachadas e a localização e características dos acessos verticais. É essencial distinguir os grandes edifícios, não só como maior presença, mas também, frequentemente, com maior potencialidade para albergar equipamentos âncora da atividade social e económica. As Universidades podem e devem ter um papel fundamental na procura deste conhecimento e na sua disponibilização, com tratamento e linguagens adequados, à cidade e aos seus agentes. A cidade antiga é um objeto notável de investigação para a engenharia, a arquitetura, a história, a sociologia e a arqueologia mas os resultados dessa investigação são, muitas vezes, pouco úteis porque o contexto académico em que são feitos exige um posterior mecanismo de adaptação e transferência para outros públicos-alvo. Em Coimbra, e socorrendo-nos do exemplo que nos está mais próximo, são muitos os estudos

da cidade antiga em que a Universidade tem participado. Refiram-se, a título de exemplo dois: o Processo de Reabilitação Urbana e Social da Baixa de Coimbra e o Projeto de Investigação sobre “Bases para o Restauro dos Revestimentos Históricos do Centro Histórico de Coimbra”. Na Baixa, o levantamento construtivo, estrutural, arquitetónico e sócio-demográfico, com resultados posteriormente tratados, foi devolvido à cidade sobre a forma de teses e outros estudos nos domínios da sociologia, da arquitetura, dos sistemas de informação e da engenharia/construção (alvenarias, pavimentos de madeira, vulnerabilidade sísmica, comportamento térmico e estratégias de sustentabilidade na reabilitação). No projeto dos revestimentos históricos, onde se privilegiou a Alta, estudaram-se as fachadas e os seus revestimentos mais antigos: o tipo de rebocos, a sua degradação, os ornamentos (fingidos, esgrafitos, etc.), os sistemas de pintura, a presença e ação nefasta dos sais e a cor (desde a sua identificação, à investigação

> Figura 1: Ilustração de opções não compatíveis com uma filosofia “low cost” responsável.

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sobre os pigmentos, à criação de uma paleta de cor e aos estudos para um futuro plano de cor daquela zona da cidade).

Assertividade Já afirmámos que é preciso reabilitar, que é preciso conhecer a cidade antiga, que são precisos uma filosofia e um plano, que não deve desprezar-se a força da paixão pelo processo mas não falámos do custo de tais convicções e da sua concretização. É possível reabilitar estes núcleos urbanos segundo uma filosofia “low cost”? O que é a nossa interpretação (de entre as muitas possíveis) de uma reabilitação “low cost”? A expressão “low cost” transformou-se num slogan publicitário a que associa um custo baixo compatível com uma procura das funcionalidades essenciais, se possível com qualidade média-alta, só possíveis pela eliminação do que é acessório ou mesmo supérfluo. No entanto, não chega a ideia genérica. É preciso


de desempenho): a segurança, o conforto, a economia, etc. Um “inquestionável respeito” pelas pessoas, pelos residentes antes de mais, pelos valores culturais, mas também pelos edifícios, pela sua “natureza”, pela sua coerência, pela sua função primordial, pela sua capacidade de mudança e adaptação. Também um grande respeito pelos promotores e pelos financiadores, não distorcendo a realidade e as expectativas. Quando conseguirmos conciliar estes diversos conceitos, teremos uma verdadeira reabilitação “low cost”.

Tecnologia A tecnologia, seja ela tradicional ou fruto das recentes evoluções do setor, pode e deve ser uma aliada determinante. Muitas das opções mais assertivas (e, por isso, potencialmente “low cost”) ou menos assertivas defendemse em pressupostos tecnológicos, mas na

verdade a opção está sempre do nosso lado e temos que criar capacidade crítica para decidir com base numa visão abrangente. É nossa convicção que, no domínio técnico da intervenção nestes edifícios de núcleos urbanos antigos, não é uma opção “low cost”: 1. Demolir como primeira opção, por parecer mais “vantajoso” 2. “(Des)inventar “a cidade sem respeito pelos materiais 3. Abandonar sistemas eficazes como os beirados ventilados 4. Intervir de forma episódica e dissonante 5. Ignorar a “arqueologia” na fase de projeto e levantamento 6. Manter infraestruturas aéreas (e excessivas) após a obra 7. Vazar estruturalmente o r/c e abandonar os pisos superiores 8. Descaracterizar revestimentos e envidraçados 9. Aplicar tintas e rebocos incompatíveis com o sistema

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concretizá-la para cada situação. Em reabilitação de núcleos urbanos antigos, advoga-se que a expressão “low cost” nunca pode vir sozinha e recomenda-se que seja acompanhada por outros dois estrangeirismos: “good value” e “high respect”. “Low Cost”, ou “limite dos custos”, ou custos contidos ou custos controlados, como se obtêm? Como se controlam os custos imediatos e os custos diferidos? Como se aumenta a durabilidade das soluções construtivas, como se diminuem os custos de manutenção e exploração? Um “valor adequado” (“good value”), isto é, um bom desempenho, uma resposta válida (não necessariamente excecional) às expectativas dos destinatários e da sociedade, como se atingem? E aqui, mais do que os regulamentos, é preciso ir revisitar as fontes e redescobrir o que é importante na construção (e na cidade). Por exemplo, ir revisitar a Diretiva Europeia dos Produtos de Construção de 1988 que elege como principais preocupações (exigências

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10. Invadir/destruir as fachadas com elementos intrusivos 11. Substituir coberturas de madeira por betão armado 12. Conservar apenas as fachadas, mas sem função estrutural

Com a mesma convicção, afirmamos que pode ser uma opção “low cost” (e “good value”/”high respect”): 13. Reabilitar antigos revestimentos ainda coesos 14. Reabilitar e reforçar corretamente os caixilhos de madeira 15. Usar tintas minerais e evitar descasques 16. Avaliar a capacidade estrutural independentemente do aspeto

> Figura 2: Ilustração de opções compatíveis com uma filosofia “low cost” responsável.

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17. Assumir de forma clara o atirantamento dos paredes 18. Desempenar os telhados com calços e nova ripa 19. Mobilizar e especializar a pequena indústria local 20. Reforçar os pavimentos de madeira com tarugos cruzados 21. Manter a ventilação natural e “educar” os utentes 22. Manter a ventilação do desvão das coberturas 23. Usar subtelha e grampos metálicos com telha canudo 24. Recuperar fasquiados e outras soluções tradicionais Ainda no domínio técnico, se fosse necessário resumir em meia dúzia de tópicos os princípios gerais de intervenção, deixando ao projetista a capacidade de os utilizar da foram mais assertiva, rumo a uma reabilitação “low-cost”, com a densidade do conceito já amplamente explicitada, não hesitaríamos em sugerir as seguintes opções: a) Manutenção e reforço das paredes estruturais; b) Manutenção da caixa de escadas, enquanto elemento “pivot” para a organização tipológica, reforçando-a estruturalmente e corrigindo-a funcionalmente, se necessário; c) Manutenção e reforço das estruturas de pavimentos; d) Manutenção e reforço da estrutura de cobertura que poderá ser redesenhada para correção de dissonâncias, mantendo o sistema e forma construtiva; e) Preservação e reintrodução de materiais ou técnicas tradicionais em rebocos, caixilharias, telhados; f) Adoção de materiais leves em paredes interiores em substituição dos sistemas construtivos ligeiros tradicionais; g) Libertação do logradouro e correção geral de dissonâncias.

Sustentabilidade Aquilo que estamos a tentar dizer é que uma reabilitação “low cost”, ou melhor “low cost / good value / high respect” tem que ser uma reabilitação “sustentável”. E aqui estamos a falar sobretudo do “valor”, isto é de um valor adequado, de uma aproximação clara entre as expectativas e o desempenho possível. Recordem-se, por isso, de forma breve, os princípios básicos da “construção sustentável”, ou seja a que contribui para um desenvolvimento sustentável entendido com aquele em que cada geração usa da melhor forma os recursos sem pôr em causa a sua utilização pelas gerações vindouras. Ao triângulo de decisão tradicional “custo, qualidade, prazo”, a filosofia da construção sustentável veio acrescentar novas preocupações e um novo paradigma, envolvendo preocupações ambientais, culturais, sociais e macro-económicas. Uma das maiores dificuldades é encontrar ferramentas de apoio a esta avaliação, sobretudo em domínios tão específicos como os núcleos urbanos antigos. Também aqui, as Universidades e os seus investigadores têm, ou devem ter, um papel determinante. No âmbito do projeto de reabilitação da Baixa de Coimbra, já atrás referido, foi possível a elaboração de uma tese de Doutoramento (da autoria de Ana Ramos) sobre os princípios da sustentabilidade nas ações de reabilitação dos núcleos urbanos antigos. Partindo da análise dos mais divulgados modelos internacionais e do conhecimento resultante do levantamento e da análise dos 720 edifícios da zona em estudo, foi possível criar um modelo com este propósito. O modelo organiza-se em Áreas / Parâmetros / Critérios / Indicadores. As Áreas principais são: − Sustentabilidade Local

− Sustentabilidade no Transporte − Sustentabilidade na Gestão de Recursos – Água − Sustentabilidade na Gestão de Recursos – Energia − Sustentabilidade na Gestão de Recursos – Materiais − Sustentabilidade do Ambiente Exterior – Emissões − Sustentabilidade do Ambiente interior − Sustentabilidade na Utilização A título de exemplo, refiram-se os parâmetros relativos à área de “Sustentabilidade na Gestão de Recursos – Materiais”: − Reutilização dos elementos principais existentes − Uso de materiais locais − Uso de materiais com potencial de reciclagem nas operações de reabilitação e de manutenção − Disponibilidade de dispositivos de recolha dos resíduos − Redução dos resíduos resultantes das operações de reabilitação e manutenção − Reciclagem de resíduos domésticos − Reciclagem dos resíduos provenientes das operações de reabilitação e manutenção − Gestão dos resíduos não recicláveis

Nota final Quanto custa a todos nós: a) um edifício que cai? b) uma cama de hospital por falta de condições primárias de salubridade e acompanhamento? c) um edifício devoluto? Quanto lucraríamos todos e cada um de nós: a) com uma habitação mais próxima do centro? b) com uma maior atratividade turística? c) com mais movimento nos centros urbanos antigos? Quanto lucraríamos todos com uma reabilitação... Low Cost / Good Value / High Respect?

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reabilitação low cost / high value reabilitação urbana de qualidade e a baixo custo Eduardo Júlio, ICIST, DECivil – Instituto Superior Técnico-UTL, ejulio@civil.ist.utl.pt Luís Canhoto Neves, DEC – FCT-Universidade Nova de Lisboa, luis.neves@fct.unl.pt António Leça Coelho, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, alcoelho@lnec.pt Rita Bento, ICIST, DECivil – Instituto Superior Técnico-UTL, rbento@civil.ist.utl.pt

1. ENQUADRAMENTO As intervenções realizadas nos últimos anos consistiram em reabilitar o “velho” como “novo”, ou seja, as estruturas existentes de edifícios e pontes foram inspecionadas, caracterizadas e o respetivo projeto de reabilitação foi elaborado de forma a garantir a sua segurança de acordo com os requisitos regulamentares definidos para a construção nova, incluindo o tempo de vida útil. Como resultado, algumas intervenções tiveram um custo da mesma ordem de grandeza da construção nova. A opção oposta de não intervir tem implicações a diversos níveis. Inicialmente, conduz a uma aceleração da degradação da estrutura, resultando num aumento do custo de intervenção, o qual cresce exponencialmente com o tempo. Pode-se argumentar que, não existindo hoje recursos financeiros, tem de se protelar a intervenção, apesar de se multiplicar várias vezes o custo associado, esperando que um dia as condições sejam mais favoráveis. Contudo, posteriormente, é a segurança da estrutura que fica comprometida, colocando-a em risco, assim como a vida dos seus utilizadores. A alternativa a estas duas abordagens, consiste em avaliar com rigor a integridade estrutural, ajustar o tempo de vida útil remanescente e restringir as solicitações a que a estrutura pode estar sujeita, i.e., implica a realização de uma análise de risco tendo por objetivo limitar a intervenção

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necessária a um reforço cirúrgico, com custos marginais, para assegurar a sua utilização em segurança, incluindo a segurança contra incêndio e a segurança sísmica.

2. ANÁLISE DE RISCO A inexistência de regulamentos específicos para a avaliação de estruturas existentes conduz, frequentemente, à necessidade de aplicação de ações de reforço de grande extensão, com custos desproporcionados aos reais benefícios obtidos. Com efeito, a avaliação de segurança de uma estrutura existente é um problema bastante diferente do dimensionamento de uma estrutura nova por três principais razões [1]. Em primeiro lugar, a incerteza nas propriedades dos materiais, comportamento estrutural e efeito das ações pode ser reduzida tirando partido de ensaios de materiais (Figura 1), ensaios de carga (Figura 2) ou medições de carga permanente ou tráfego. Em segundo lugar, a vida remanescente de uma estrutura é, em geral, menor que o horizonte de projeto inicial, conduzindo a menores valores máximos das ações. Em terceiro lugar, o maior custo inerente ao aumento de segurança permite, para uma estrutura existente, a utilização de margens de segurança menores. A segurança estrutural pode ser avaliada usando coeficientes globais de segurança,

coeficientes parciais ou análise de risco. O primeiro método caiu em desuso, pois verifica-se que a sua utilização conduz a margens de segurança muito variáveis de estrutura para estrutura. O método dos coeficientes parciais de segurança, base dos regulamentos em vigor em Portugal, baseia-se na consideração de valores de dimensionamento para todas as propriedades, calibrados em função da incerteza associada. Este método permite apenas garantir que a segurança é suficiente, não resultando numa medida da segurança. Mais ainda, os valores dos coeficientes parciais de segurança apenas são válidos quando a incerteza nos parâmetros e o nível de segurança pretendido são aqueles assumidos no processo de calibração. Assim, os métodos de análise de risco, baseados na análise probabilística da segurança, surgem como uma alternativa fundamental para a avaliação de estruturas existentes. Como referido, a margem de segurança alvo, assim como a incerteza nas propriedades dos materiais e das ações, variam de estrutura para estrutura, obrigando a uma avaliação, caso a caso, de todos os parâmetros. Embora seja mais complexa que uma análise baseada em coeficientes parciais de segurança, a análise probabilística é hoje acessível. As principais dificuldades de uma análise probabilística prendem-se com a maior exigência computacional, a necessidade de definir distribuições de probabilidades para todas as grandezas e o


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uso de metodologias de fiabilidade, como sejam a simulação de Monte-Carlo [2]. A primeira das dificuldades foi ultrapassada pela evolução dos meios computacionais disponíveis a baixo preço. Em termos de caracterização de variáveis, o Joint Committe on Structural Safety, responsável pelo desenvolvimento de formatos baseados em coeficientes parciais de segurança, desenvolveu um código modelo para a caracterização de resistências e ações, que pode ser integrado com informação proveniente da estrutura, como sejam resultados de ensaios ou medições de tráfego [3]. Por último, existem disponíveis implementações comerciais de métodos de fiabilidade que permitem uma avaliação simples de probabilidades de falha a um utilizador com conhecimentos básicos de fiabilidade estrutural. Estão assim reunidas as condições necessárias para um passo em frente na avaliação da

3. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

engenharia de segurança ao incêndio (ESI), a qual envolve diversas fases das quais se destacam as seguintes: – Escolha das bases para o projeto. – Escolha do método de cálculo. – E scolha da técnica de reabilitação.

Qualquer intervenção de reabilitação num edifício implica, em consequência de exigências existentes na legislação específica [4 e 5], a verificação da qualificação ao fogo da sua estrutura. Para que se torne possível alcançar, por um lado, os objectivos enunciados nos números anteriores e que se traduzem numa avaliação mais rigorosa da integridade estrutural que conduza a uma alocação de meios mais equilibrada e, por outro, respeitar as atuais exigências legislativas às quais o projetista não se pode furtar, é imprescindível que essa avaliação seja feita recorrendo a uma

No que se refere às bases para o projeto salienta-se a importância da determinação das ações térmicas (AT) a que a estrutura estará sujeita e dos métodos de verificação (MV) usados pelo projectista. As AT podem ser obtidas com base em curvas de incêndio nominais (padrão, para elementos exteriores ou de hidrocarbonetos) ou em modelos de incêndio natural (simplificados ou avançados). De entre as várias hipóteses possíveis os modelos de incêndio avançados são os que apresentam um maior rigor, permitindo alguns deles a consideração do efeito de diversos meios de segurança ao incêndio.

segurança de estruturas, de modo a evoluir para uma avaliação mais consistente e uma alocação de meios mais equilibrada.

> Figura 1: Ensaio de carotes e ensaio de provete metálico. > Figura 2: Ensaio de carga.

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reabilitação low cost / high value

1 Soalho de madeira não resinosa (espessura ≥ 3 cm e ρ ≥ 6 kN/m3) 2 Isolamento térmico (lã de rocha com espessura ≥ 5 cm) 3 Vigas de madeira

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Placa de gesso com espessura ≥ 1 cm Isolamento térmico (lã de rocha com espessura ≥ 5 cm) Vigas de madeira Soalho de madeira não resinosa (espessura ≥ 3 cm e ρ ≥ 6 kN/m3)

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Contudo, a atual legislação [4 e 5] obriga à utilização da curva ISO 834 [6], embora ela seja demasiado conservativa e não traduza com realismo os cenários de incêndio que ocorrem na generalidade das situações. No que concerne aos MV os projetistas poderão considerar a estrutura global, uma parte dessa estrutura ou os elementos estruturais isolados desprezando as ligações entre eles. Naturalmente que a opção do projetista por uma análise da estrutura completa contribuíra para otimizar os resultados obtidos. O método de cálculo utilizado deve ser um dos previstos nos Eurocódigos [7 e 8], podendo o projetista escolher entre os simplificados e os avançados, para além do recurso a tabelas. Os métodos avançados, concretizados em programas de cálculo automático baseados, geralmente, no método dos elementos finitos, são aqueles que permitem uma análise mais rigorosa. Das opções do projetista face às várias possibilidades de cálculo que tem ao seu dispor resultará uma maior ou menor otimização dos resultados obtidos e, consequentemente, uma variação dos custos finais da reabilitação, só sendo possível a minimização destes sem comprometer a segurança se forem escolhidas as bases para o projecto e os

métodos de cálculo mais rigorosos. Se a verificação da resistência ao fogo da estrutura existente conduzir à conclusão de que ela é igual ou superior à exigida pela legislação [5] não há necessidade de sofrer qualquer intervenção, caso contrário terá de ser protegida da ação térmica devida a um eventual incêndio. Essa proteção pode ser feita recorrendo a materiais diversos (argila, betão, gesso, pinturas intumescentes, etc.) ou sistemas, devendo o projetista optar pela solução que conduz a um menor custo e assegure os objetivos pretendidos, ilustrando-se nas Figuras 3 e 4 duas soluções para pavimentos de madeira. Tendo presente a necessidade de otimizar as soluções é necessário que a legislação nacional [4 e 5] passe a permitir outros meios de determinação das AT, incluindo o recurso a modelos de incêndio avançados, de modo a que não seja considerada uma ação térmica muito superior à que a estrutura poderá ficar sujeita numa situação de incêndio.

4. SEGURANÇA SÍSMICA Em Portugal, há a possibilidade de voltarem a ocorrer sismos com consequências semelhantes ao de 1755, com efeitos devastado-

res, associados a significativos danos, tanto humanos como nas construções. Atendendo ao facto de, atualmente, a concentração de pessoas em Lisboa e a sua capacidade de produção ser incomparavelmente superior à que existia em 1755, verifica-se facilmente que o número de pessoas a viver em construções com uma resistência sísmica semelhante às daquela época é de aproximadamente o triplo [9]. Isto é, não seria necessário consumar-se um sismo tão forte como o de 1755 para se chegar ao mesmo número de vítimas humanas e de danos muito severos no património construído. Consequentemente, existe uma necessidade urgente de proceder a uma reabilitação urbana de qualidade, para garantir a segurança das estruturas e proteger a vida dos seus utilizadores. O risco sísmico das estruturas resulta do produto de três factores: perigosidade, exposição e vulnerabilidade e é uma enorme ameaça à segurança dos cidadãos (Figuras 5 e 6) e ao desenvolvimento sustentado do nosso país. Para que o risco seja baixo, basta que um dos fatores referidos seja baixo. Em geral, não é possível reduzir a perigosidade sísmica (trata-se de um fenómeno natural que não é possível controlar), nem há a capacidade de atuar significativamente na exposição (não é

> Figura 3: Exemplo de solução de pavimento de madeira, incluindo isolamento térmico, com qualificação de resistência ao fogo. > Figura 2: Exemplo de solução de pavimento de madeira, incluindo isolamento térmico e placas de gesso, com qualificação de resistência ao fogo.

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possível limitar a fixação de populações em zonas de elevada perigosidade). Contudo, a engenharia sísmica dispõe presentemente de conhecimentos científicos e técnicos para reduzir a vulnerabilidade sísmica das estruturas; i.e., os conhecimentos existentes permitem avaliar e reforçar adequadamente edifícios e outros tipos de construções, permitindo assim que estas apresentem um comportamento adequado se voltarem a ser atuadas por sismos extremamente fortes. No entanto, a nível nacional há, neste momento, um vazio regulamentar no que respeita a intervenções em edifícios existentes, em especial para os edifícios de alvenaria, e à resistência sísmica dos mesmos. Dentro dos principais regulamentos existentes que abordam o tema, destacam-se, a nível europeu, o Eurocódigo 8 [10] que reserva a Parte 3 [11] (EC8-3) para a “Avaliação e reforço de edifícios existentes” e a regulamentação italiana, nomeadamente a norma OPCM 3274 de Maio de

2003 [12] e algumas alterações introduzidas nesta pela norma OPCM 3431 de Maio de 2005 [13]. Fora do panorama Europeu, refere-se a regulamentação americana, que é composta por diversos documentos que se complementam e abrangem a temática associada. Mesmo com a entrada em vigor do EC8-3 em Portugal, continua a existir uma lacuna da regulamentação na parte da decisão da necessidade de avaliar o desempenho sísmico de edifícios existentes e no que respeita ao nível e tipo de reabilitação a levar a cabo. Para além disso, no EC8-3 o processo de avaliação sísmica de uma estrutura existente tem o mesmo nível de exigência que o processo de reabilitação, tanto em termos de metodologia como em termos da definição da ação sísmica. Pelo contrário, o regulamento italiano permite reduzir o nível da ação sísmica na avaliação e reabilitação até um valor mínimo de 65% da utilizada em edifícios novos e os documentos norte americanos permitem a redução de 25%

da ação somente para a fase de avaliação [14]. Desta forma, o EC8-3, no seu estado atual e sem a definição adequada do correspondente anexo nacional, pode conduzir a situações em que as intervenções em estruturas existentes tenham um custo da mesma ordem de grandeza da construção nova, desincentivando significativamente a reabilitação urbana. É pois importante reduzir custos de intervenção, incorporando uma análise avançada de risco que tenha em conta o facto de se estar a intervir em estruturas existentes e não a projetar estruturas novas. Pode concluir-se que há ainda um caminho extenso a percorrer até se obter um documento com aplicação nacional que regule a intervenção em edifícios existentes, que seja de aplicação prática e que permita a donos de obra e projetistas a elaboração de projetos “possíveis” de executar com relações de custo-benefício adequadas. Só dessa forma se poderá potenciar a reabilitação e garantir


reabilitação low cost / high value

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condições de segurança adequadas do nosso património edificado para a atuação da ação sísmica.

5. NOTAS FINAIS A reabilitação urbana é a única via para inverter a degradação do espaço construído, revitalizar os centros históricos e reestruturar as periferias. No entanto, o paradigma da reabilitação não pode ser o adotado no passado recente (reabilitações com custo superior à construção nova; e instalações com

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um custo de funcionamento acima dos orçamentos dos donos-de-obra). Pelo contrário, a reabilitação deve ser low cost / high value, i.e., deve-se procurar maximizar o desempenho, minimizando o custo da intervenção. Contudo, há uma série de fatores essenciais que não podem ficar esquecidos neste processo, como por exemplo, a segurança dos edifícios à ação sísmica, a segurança contra incêndio, ou a robustez estrutural. Acresce ainda que a reabilitação urbana, além de conduzir a um melhoramento do comportamento estrutural dos edifícios, deve igualmente implicar um aumento da sua eficiência energética e do

seu conforto térmico e acústico. Aumentar significativamente o desempenho dos edifícios e, simultaneamente, reduzir os custos de intervenção pode parecer irrealista ou mesmo paradoxal. No entanto, este é um objetivo possível, desde que seja feita a abordagem técnica adequada, a qual deve incluir a formação avançada dos intervenientes, a elaboração de guidelines (e mais tarde legislação adequada) a seguir ao nível da conceção dos projetos de especialidade, sobretudo Arquitetura e Estabilidade, e a definição de cadernos de encargos detalhados a fornecer às empresas construtoras.

BIBLIOGRAFIA 1. Diamantidis, D., Assessment of Existing Structures. Joint Committee of Structural Safety JCSS, Rilem Publications SARL, The publishing Company of Rilem, 2001. 159. 2. Melchers, R.E., Structural reliability analysis and prediction. 1999: John Wiley Chichester. 3. Vrouwenvelder, A., Developments towards full probabilistic design codes. Structural Safety, 2002. 24(2-4): p. 417-432. 4. Decreto-Lei n.º 220/2008. D.R. 1.ª Série – N.º 220 – 12 de Novembro de 2008. Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndio. 5. Portaria n.º 1532/2008. D.R. 1.ª Série – N.º 250 – 29 de Dezembro de 2008. Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios. 6. NP EN 1991-1-2. Eurocódigo 1 – Acções em estruturas. Parte 1-2: Acções gerais – Acções em estruturas expostas ao incêndio. Março 2010. 7. NP EN 1992-1-2. Eurocódigo 2 – Projecto de estruturas de betão. Parte 1-2: Regras gerais. Verificação da resistência ao fogo. 2010. 8. NP EN 1992-1-2. Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço. Parte 1-2: Regras gerais. Verificação da resistência ao fogo. 2010. 9. Sousa Oliveira, C. 2008: “Efeitos naturais, impacte e mitigação”, Capítulo 3 no livro Sismos e Edifícios, Edições Orion, coordenador Mário Lopes, Lisboa, 51-140. 10. EN 1998-1:2003. Eurocode 8 - Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buidings”, Ref. Nº, 2004. 11. EN 1998-3, 2005. Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance, Part 3: Strengthening and repair of buildings”. 12. OPCM n. 3274, “Primi elementi in materia di criteri generali per la classificazione sísmica del territorio nazionale e di normative tecniche per le costruzioni in zona sísmica”, Suppl. ord. n.72 alla G.U. n. 105 del 8/5/2003, e successive modifiche ed integrazioni, 2003. 13. OPCM. n. 3431. “Ulteriori modifiche ed integrazioni all’Ordinanza n.3274 del 20/3/2003, recante ‘Primi elementi in materia di criteri generali per la classificazione sísmica del territorio nazionale e di normative tecniche per le costruzioni in zona sísmica’ ” Suppl. ord. n.85 alla G.U. n.107 del 10/5/2005, 2005. 14. Casanova,S.,Bento,R.2008:“Regulamentação Internacional sobre a Avaliação e Reabilitação Sísmica de Edifícios Existentes”, Anexo4 no livro Sismos e Edifícios, Edições Orion, coordenador Mário Lopes, Lisboa, 679-707.

> Figura 5: Colapso total de uma construção de alvenaria de pedra em Vila do Bispo, Algarve, durante o sismo de 28 de Fevereiro de 1969. > Figura 6: Danos na fachada de um edifício de dois pisos em Angra de Heroísmo (sismo de 1980).

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PROGRAMA

MOTIVAÇÃO

8:15 Receção dos participante

Os desafios que se colocam às coberturas de madeira são a procura de soluções inovadoras de sistemas estruturais, ligações, formas, materiais, acabamentos, indo ao encontro das atuais preocupações ambientais. Este seminário pretende constituir um fórum de discussão de ideias e soluções no domínio das coberturas de madeira, com a apresentação das tendências mais recentes, permitindo estabelecer a ponte com as soluções mais tradicionais e algumas reflexões sobre aspetos técnicos de desempenho e sustentabilidade na construção.

9:00 Abertura 9:15 Timber roofs – multifunctional structures – from design to fire safety Prof. Stefan Winter (TUMunique) 9:45 Metodologia para conservação de estruturas de madeira: Teoria e prática Prof. Paulo B. Lourenço (UMinho) 10:15 Telhados da cidade antiga: da expectativa ao desempenho Prof. Raimundo Mendes da Silva (FCTUC) 10:45 Café 11:15 Inspeção e monitorização de coberturas de madeira Dr.ª Helena Cruz (LNEC) 11:45 Análise e reforço de coberturas tradicionais Prof. Jorge M. Branco (UMinho) 12:15 Exemplos de intervenção em coberturas existentes Eng.º Filipe Ferreira (AOF) 12:45 Almoço 14:00 Coberturas em madeira, diferentes sistemas estruturais e métodos de pré-fabricação Eng.ª Sílvia Fernandes (Carmo Estruturas) 14:30 Velódromo Nacional de Sangalhos Arq.º Rui Rosmaninho 15:00 Rethinking the roof structure. Strategies to obtain more energy efficient roofs Arq. Manuel García Barbero 15:30 Estrutura de madeira revestida a telha cerâmica – Uma solução construtiva sustentável Eng.º Pedro Lourenço (Umbelino)

FORMATO

O seminário contará com a participação de diversos especialistas, nacionais e estrangeiros. As comunicações apresentarão os aspetos principais relativos às soluções tradicionais, ao seu reforço, à inspeção e monitorização, à inovação de novas soluções, à valorização arquitetónica e à eficiência energéticas. Serão apresentadas várias realizações nacionais e estrangeiras. Paralelamente decorrerá uma exposição técnica com os mais recentes desenvolvimentos em termos materiais e tecnológicos.

16:00 Café 16:30 El Metropol Parasol es algo más que una cobertura Eng.º David Rifá (Finnforest) 17:00 Dome Structures. Saldome 2 Eng.º Cristoph Häring (Häring) 17:30 Innovative timber roofs structures Prof. Yves Weinand (EPFL-IBOIS) 18:00 Debate

Coberturas de Madeira Seminário

18:30 Encerramento

Guimarães 19 abril 2012

COMISSÃO ORGANIZADORA

Paulo B. Lourenço, Jorge M. Branco

www.civil.uminho.pt/coberturas/ INFORMAÇÕES SEMINÁRIO COBERTURAS DE MADEIRA Universidade do Minho Departamento de Engenharia Civil Azurém, P-4800-058 Guimarães Tel 253 510218 . Fax 253 510217 Email sec.estruturas@civil.uminho.pt

ORGANIZAÇÃO

APOIOS


soluções contrutivas

Soluções de Reabilitação Urbana Low Cost

As soluções mais duradouras são, à partida, mais económicas a longo prazo, pelo que se a análise for feita tendo em conta a vida/ durabilidade expectável do edifício, conseguirse-á poupar recursos que se refletem quer a nível económico quer a nível ambiental.

Susana Quintal Departamento Técnico e de Marketing Sika Portugal S.A. quintal.susana@pt.sika.com

Depois de assumida a premência nacional na reabilitação urbana, são exigidas às empresas do setor da construção novas estratégias e soluções que acompanhem esta necessidade. A reabilitação “low cost” é uma solução atraente nesta fase. Num período de recessão e de grandes desafios a nível económico, torna-se imperativo o incremento de mecanismos de promoção e incentivo à reabilitação urbana através de benefícios fiscais ou apoio financeiro aos proprietários de edifícios. Na sua ausência ou carência, o fornecimento de solução de reabilitação “low cost” traduzse no efetivo acompanhamento e resposta às necessidades do mercado por parte das empresas através da apresentação de soluções de qualidade e económicas sendo, simultaneamente, soluções práticas e com processos de aplicação agilizados. É importante ainda que estas soluções assegurem a sua durabilidade para que o tempo de vida útil dos edifícios seja prolongado e os custos de manutenção reduzidos – é esta a mais correta estratégia de reabilitação “low cost”. As soluções mais duradouras são, à partida, mais económicas a longo prazo, pelo que se a análise for feita tendo em conta a vida/durabilidade expectável do edifício, conseguir-se-á poupar recursos que se refletem quer a nível económico quer a nível ambiental. Soluções mais duráveis reduzem à partida o número de intervenções de manutenção ao longo da vida útil dos edifícios, rentabilizando o investimento inicial.

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Os edifícios e infraestruturas construídos ao longo dos últimos 100 anos revestem-se, na atualidade, de elevado valor económico, cultural e social. Para garantir a manutenção desse valor são necessárias intervenções periódicas de reparação e reabilitação. À semelhança do que sucede com a obra nova, a Sika aporta um valioso contributo aos projetos de reparação e reabilitação. As nossas soluções nesta área cumprem os mais elevados requisitos em termos de qualidade e rentabilidade, contribuindo também para a sustentabilidade das intervenções. Na reabilitação de um edifício estão geralmente em causa diversos tipos de intervenções de raiz estrutural, funcional ou decorativa. A Sika

disponibiliza soluções capazes de responder a qualquer uma dessas necessidades aos donos de obra, empreiteiros ou especificadores. A impermeabilização é um fator fulcral na reabilitação de edifícios, pois a maior parte das anomalias que surgem são causadas por infiltrações ou pelo contacto permanente com água. Da impermeabilização depende a durabilidade dos restantes materiais e, por consequência, a durabilidade do edifício. Desde a fundação da empresa, as soluções para a reabilitação na vertente de impermeabilização foram sempre associadas à Sika. O nosso primeiro produto, Sika-1, foi desenvolvido em 1910 para a impermeabilização de uma obra de referência internacional, na Suíça.


Sendo a impermeabilização um dos aspetos mais importantes num projeto de reabilitação e uma área onde a Sika assume um papel de relevância no setor da construção, é um dos vetores onde mais investimos em Investigação & Desenvolvimento, o que nos permite uma abordagem integrada e com diferentes tecnologias, cada uma ajustada às necessidades distintas dos elementos que compõem uma intervenção de reabilitação. Sendo as fachadas o rosto de um edifício, a cara e o traço cultural de cada cidade, é importante que estas se mantenham saudáveis. Elas são constituídas por uma grande variedade de elementos construtivos: portas, janelas, juntas de dilatação, ombreiras, soleiras, revestimentos, betão, etc. onde estão presentes materiais distintos, cada um com comportamento diferente na presença de água. No que respeita à selagem de caixilhos, se esta for feita adequadamente contribui para diminuir as necessidades térmicas do edifico. Uma correta selagem evita a entrada de água por estas zonas e a consequente degradação dos materiais adjacentes, assim como o aparecimento de fungos. Para este tipo de trabalhos recorre-se, normalmente, a mastiques com boa aderência à base e de

grande resistência à exposição ambiental e ao envelhecimento. As juntas de dilatação são outro ponto importante num edifício, pois muitas vezes a selagem incorreta, degradada, ou até mesmo inexistente deixa que a água entre em contacto com a estrutura e leva ao aparecimento de graves anomalias no interior do edifício. Devido ao estado de degradação de muitos edifícios ou habitações no que respeita a fachadas, com maiores ou menores vãos e expressão, a mais evidente anomalia nos edifícios portugueses é a fissuração. Qualquer que seja o revestimento da fachada, o tratamento prévio da fissuração é imprescindível numa abordagem “low cost” da reabilitação. É importante que o revestimento tenha características que permitam acompanhar futuros movimentos, impedindo que a água penetre na estrutura, para além de ter boa resistência à intempérie e capacidade de deixar a estrutura respirar. Neste grupo, entre outros, enquadram-se as membranas elásticas, aplicadas como pintura. Mesmo quando o acabamento da fachada é realizado em cerâmico ou pedra, há que impermeabilizar estes materiais, mantendo o aspeto original dos mesmos, com uma impregnação transparente, repelente de água. A adoção des-

ta solução de reabilitação e impermeabilização previne simultaneamente o aparecimento de fungos e musgos. A fachada quando não integral, contém muitos elementos construtivos em betão aparente, onde é necessário complementar a sua impermeabilidade sem afetar a estética. Sendo o betão um material permeável pela sua natureza, e cuja durabilidade depende muito da prevenção de aparecimento de anomalias (como a delaminação e corrosão de armaduras), a utilização de impregnações hidrofóbicas permite colmatar as necessidades em termos de proteção e durabilidade. Tendo em conta que a fachada é o espelho do edifício, este artigo reflete as opções correntes de reabilitação com soluções Sika para este elemento. No entanto, para além destas, a Sika responde a muitas outras necessidades nomeadamente: reforço estrutural, impermeabilização de coberturas, terraços e varandas, reparação de betão, etc. Todas estas soluções devem ser encaradas não como soluções isoladas, mas como complementares e integradas num projeto comum de reabilitação, de forma a assegurar a qualidade e sustentabilidade da Construção. www.sika.pt

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soluções contrutivas

Light Steel Framing – otimização da estrutura, conforto e custo

Na reconstrução, quando é necessária a intervenção ao nível da estrutura, seja por haver degradação da existente, seja por uma necessidade de alteração da configuração, volumetria, ou alterações dos pontos de descarga de esforços, a solução escolhida é determinante quanto à dimensão da intervenção e, assim, quanto ao seu custo.

Francisco Vilhena Engenheiro, Dosmontes Construções francisco.vilhena@dosmontes.com

Requere-se o conhecimento e avaliação de diversas soluções para que se possa determinar qual ou quais as hipóteses mais convenientes, de modo a otimizar a intervenção e, consequentemente, o seu custo. A hipótese do betão e alvenaria, embora seja a solução mais enraizada na resolução de todas as questões, nem sempre se configura como a solução mais eficiente ou económica, já que o inerente acréscimo de peso sobre a estrutura antiga nem sempre é viável, obrigando frequentemente à criação de reforços de dimensão apreciável, podendo ir até às fundações, para que o edifício em recuperação possa receber as novas cargas. Os trabalhos resultantes em demolições, materiais, mão de obra e tempo, levarão a um custo obviamente elevado. A minimização das cargas e a otimização dos pontos onde as mesmas se irão aplicar é, na reconstrução, a chave para que a intervenção

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se possa dar a custos aceitáveis. Um método altamente eficiente e em franca expansão na utilização em reconstrução, devido à sua comprovada capacidade, versatilidade, simplicidade e muito baixo peso, é o sistema conhecido por estrutura metálica ligeira, em perfis de aço galvanizado, na tradução de “Light Steel Framing” ou, mais simplesmente, LSF. Utilizando perfis moldados a partir de chapa de aço galvanizado, com espessuras variando vulgarmente entre os 1,5 e 3mm, obtêm-se secções de resistência muito significativa e muito baixo peso. Aplicando repetidamente estes perfis ligeiros ao longo de toda uma superfície que se pretenda criar, seja uma laje ou uma parede, teremos cada perfil a suportar uma parte da carga total, a qual é assim distribuída em pequenas cargas, ao longo de toda a linha de apoio e descarga, com as óbvias vantagens que daí se advinham: menores cargas, menos reforços, menores intervenções, menos custo. Não havendo concentrações de cargas em pon-

tos únicos, há uma redistribuição de esforços ao longo de todas as paredes resistentes do edifício, com a consequente maximização da sua capacidade resistente. Quando o edifício existente requer uma intervenção de reforço estrutural, seja devido ao seu estado de degradação, seja por que a obra em causa implica uma ampliação da volumetria e, portanto, das cargas aplicadas, uma solução mista, onde se pode incluir o betão armado ou a estrutura metálica pesada, com a estrutura ligeira em aço galvanizado, pode ser a melhor combinação neste tipo de intervenções. A criação de um lintel de coroamento sobre as paredes exteriores, no topo do edifício, permitirá em muitas situações aumentar a capacidade resistente ou, no mínimo, consolidar a prevista anteriormente. Este lintel redistribuirá sobre o edifício as cargas aplicadas pela estrutura ligeira ao longo de todas as paredes resistentes. Na construção de lajes de piso, paredes exteriores, interiores e coberturas, das mais variadas formas e acabamentos, muita liberdade se pode


dar aos arquitetos que se disponham a tirar partido do muito que uma estrutura altamente interligada como esta lhes poderá proporcionar. Adotada pelos técnicos, rapidamente foi reconhecido o seu desempenho superior pelos habitantes, que usufruem de condições de conforto inatingíveis para o habitante das alvenarias. Se estruturalmente o seu comportamento é já tecnicamente reconhecido, no que se refere a conforto térmico e salubridade os materiais que envolvem esta estrutura metálica não serão menos reconhecidos, já que as suas características e desempenho são determinados para os fins a que se destinam. As placas de gesso laminado não serão unicamente puros revestimentos, mas atuam como reguladores da humidade ambiente. O espaço livre deixado entre os perfis, quando não é utilizado pelas infraestruturas que aí se distribuem, é preenchido por materiais como a lã mineral, que atua como isolante térmico e acústico.

Pelo exterior, ou sobre as lajes, o revestimento estrutural é feito com placas de OSB, material composto por lascas de madeira prensada, com características de resistência mecânica excelentes, fazendo uma interligação suplementar às ligações do aço. Fechando integralmente a estrutura, é ainda o suporte para o isolamento exterior suplementar. Numa cobertura, ou em qualquer parede exterior, o isolamento deve ser cuidado, não se devendo poupar na espessura dos materiais isolantes empregues, dado que o pouco custo envolvido na sobre espessura terá retorno garantido nos gastos energéticos e conforto alcançados. O baixo custo energético na obtenção da temperatura de conforto é devido à baixa inércia térmica destas paredes, sendo portanto rápida e fácil a modificação da temperatura interior. A temperatura no interior de qualquer casa resulta do balanço entre o fluxo de calor produzido, potência do aquecedor e o fluxo de calor dissipado, tanto maior quanto maior

a massa da parede e menor o isolamento. Há, portanto, uma temperatura máxima alcançável, dependente das características dos equipamentos de produção e conservação do calor. Numa parede em que, pelo lado interior, se tem uma placa de gesso laminado de 15 a 25mm de espessura, seguida de lã mineral, a massa de material a aquecer é diminuta e as características de isolamento são excelentes. Assim sendo, atinge se mais rapidamente uma temperatura de equilíbrio e o seu valor, para o mesmo equipamento de aquecimento, será mais alto. Pode se, portanto, não só poupar na energia consumida como, também, na potência do equipamento de aquecimento/ arrefecimento. Resumindo, quando avaliamos o valor de uma obra de reconstrução, devemos ter em conta uma grande variedade de resultados, considerando-se desde a solução construtiva adotada e especificações dos materiais, às suas funções e desempenho, características dos equipamentos instalados, não desprezando nunca os custos energéticos necessários à obtenção do tão desejado conforto. A economia trazida por um bom projeto, refere-se não só à avaliação da solução construtiva adotada e ao inerente custo da obra mas, também, ao desempenho da habitação e custos futuros na sua exploração e manutenção. Em ambas as perspetivas, a estrutura metálica ligeira tem um desempenho excelente sendo, por isso, crescente a sua utilização. www.dosmontes.com

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34_35 i&d empresarial

Membrana impermeabilizante de origem vegetal

A Derbipure é uma inovadora membrana desenvolvida pela empresa Derbigum. Esta é a primeira membrana 100% natural, isto é, os componentes são à base de plantas, livres de betumes e sem compostos sintéticos. A membrana conta com uma cobertura composta por uma mistura de resinas de madeira e resíduos de óleo vegetal oriundos da indústria de papel e madeira, entre outros. O revestimento é impregnado com um acrílico altamente reflexivo branco que dá um coeficiente de reflexão de 81%. Pode ser instalado sem ser necessário ar quente, bastando o adesivo orgânico que é 100% reciclável. Este material está certificado com o selo Cradle to Cradle. A membrana pode ser utilizada como um escudo de calor para reduzir as cargas de ar condicionado e / ou ventilação, economizando energia e reduzindo as emissões de CO2. Além disso, ao ter “pH neutro”, a Derbipure também é adequada para a recuperação de água das chuvas. Esta membrana impermeabilizante tem uma película protetora na parte superior que torna a instalação rápida e limpa. No final da instalação, a película é facilmente removida. A face superior dispõe também de uma faixa de 10 cm, sem a camada branca, para facilitar a soldadura da sobreposição.

www.derbigum.com

Características técnicas: − Flexibilidade a baixa temperatura: ≤20º C − Resistência à tração: 1000/1000 N/5cm − Estabilidade dimensional: ±0,3% − Resistência à rutura: 350 N − Resistência ao impacto: 20 kg

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Apresentação infográfica em www.youtube.com/watch?v=XLGG-bRG2vE


Novo sistema solar

O Solar-vent-Plus é um novo tipo de sistema solar que aproveita diretamente a energia do sol e com rendimento elevado. Através deste painel é possível manter um conforto adequado e agradável nas casas, indústrias ou outros locais que sejam beneficiados com estes sistemas. O Solar-vent-Plus capta e usa diretamente a energia solar acumulada nele através do efeito estufa provocado pelo sol ou de simples incidência luminosa (em dias encobertos poderá também aquecer, embora com rendimento inferior). Em versões industriais, o ar interior pode ser captado da nave, ser reaquecido e ser enviado de novo para o local. O custo energético desta solução é zero (caso esteja instalado com a versão módulo fotovoltaico para alimentação do ventilador) ou extremamente reduzido com a utilização de um ventilador sem módulo solar fotovoltaico (cerca de 80 W). Melhora a eficiência energética do edifício e reduz a fatura energética do edifício. Permite filtrar e renovar o ar interior do edifício, mesmo sem abertura de janelas ou sem uso de ventilação mecânica, contribuindo desta forma para evitar os maus cheiros, os excessos de humidade, bolores, fungos e os demais poluentes que normalmente se desenvolvem em espaços fechados e mal arejados. Além disso consegue pressurizar os espaços com ar quente e seco, forçando o ar viciado que lá exista a sair para o exterior, levando consigo a humidade em excesso.

www.chatron.pt

VANTAGENS: − Não necessita de líquidos anticongelantes ou outros, dado que o único fluido usado é o ar − Possibilidade de interligação com sistema de aquecimento ou de arcondicionado existente − Possibilidade de funcionamento 100% autónomo de energia elétrica através da adição de módulo fotovoltaico para fornecimento de energia elétrica para o ventilador

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PUBLI-REPORTAGEM

emcephob nanoperm p

Proteção de Superfície de Alto Desempenho

A MC-Bauchemie apresenta um sistema de proteção superficial na categoria de alto desempenho, com base na nano tecnologia. Os sistemas de proteção de superfície habituais atingem rapidamente os seus limites, pois não podem fornecer uma proteção abrangente e duradoura das superfícies da estrutura do edifício. Neste contexto, a MC-Bauchemie Research & Development desenvolveu um sistema de proteção de superfícies inovador que oferece uma proteção realmente duradoura e cujo espectro amplo de desempenho supera todas as soluções existentes.

O principal objetivo dos sistemas de proteção de superfície é proteger as estruturas de influências ambientais agressivas. Os requisitos de desempenho que recaem sobre tais sistemas estão estipulados nos regulamentos internacionais. Eles contêm especificações exatas em relação a resistência aos UV, a absorção capilar de água, a aderência ao substrato, a variadade de cores, bem como a resistência ao vapor de água e dióxido de carbono. Os valores daí resultantes são considerados como o padrão para todos os sistemas de proteção de superfície.

Desvantagens dos sistemas comuns A experiência tem demonstrado, contudo, que estes requisitos são altamente insuficientes. As tecnologias atuais ainda têm muitas insuficiências. Em primeiro lugar, e acima de tudo, trata-se da sua tendência para se sujarem facilmente. Isto acontece, nomeadamente, devido aos sistemas convencionais de proteção de superfície consistirem numa base de dispersão de polímero ligada através de secagem física. A consequência é uma estrutura de poros abertos, onde as partículas podem facilmente assentar, proporcionando as condições ideais para o crescimento de algas ou musgo. Outra desvantagem importante é o comportamento de criação de pó (chalking), ou seja, perda de espessura da camada como resultado das condições atmosféricas. Os revestimentos à base de dispersão polimérica perdem entre 3 a 5 µm por ano, o que reduz progressivamente o seu efeito protetor.

Danos causados pelos Graffitis Mas um outro inimigo ataca à noite: graffiters saem à rua para “decorar” no escuro e quanto mais nova e limpa fôr a superfície do edifício, maior é o “desejo de adornar”. Os sistemas de proteção de superfície comuns raramente permitem a remoção total de tal “expressão artística”. Isto significa que, infelizmente, um prédio novo ou pintado recentemente perde parte do seu apelo estético de imediato.

Sistema inovador de proteção de superfícies O objetivo da pesquisa da MC foi o de proporcionar aos empreendedores, projetistas e aplicadores um valor acrescentado real, ao fornecer um novo sistema que permite uma proteção total, garantindo a funcionalidade duradoura da estrutura de construção, bem como da sua estética. A solução é o Emcephob NanoPerm P, um sistema de proteção superficial na categoria de alto desempenho. É um organo-silício acrilato de poliuretano modificado, aquoso, pigmentado, com base na nano tecnologia. O seu amplo espectro de características técnicas é único, tornando-o num produto que oferece mais proteção do que qualquer outro sistema de proteção de superfície no mercado. Não só fornece uma proteção credível do betão e da contaminação, como também é uma excelente proteção dos edifícios em relação aos graffitis.

Requisitos cumpridos e até ultrapassados Todos os requisitos base da regulamentação em termos de resistência ao UV e à intempérie


Com uma espessura de camada seca de 200 µm consegue alcançar-se uma cobertura equivalente de betão de 4,4 m quando se usa Emcephob NanoPerm P!

são não só cumpridos como até alguns deles são largamente ultrapassados. Por exemplo, a resistência do Emcephob NanoPerm P contra a difusão do dióxido de carbono é maior do que 3.600 m – sendo que apenas é necessário um valor superior a 50 m. Com isto, o sistema reduz de forma muito eficaz a taxa de carbonatação. A resistência contra a difusão de vapor de água, que deve ser menor que 4 m, também é significativamente melhor, sendo de apenas 1,2 m. Assim, a capacidade de difusão que é necessária para as estruturas permanece intacta após a aplicação do Emcephob NanoPerm P. Mas o Emcephob NanoPerm P oferece muito mais: em contraste com os sistemas comuns a interligação física não é alcançada por meio de secagem física, mas através de uma reação química à nanoescala. Assim, através da incorporação de compostos de organo-silício, é criado um polímero de poliuretano altamente reticulado e resistente, que se destaca pela sua superfície totalmente impermeável e resistente aos riscos com baixa tensão superficial. Esta nova estrutura de superfície protege da contaminação da sujidade, musgo e algas com um efeito duradouro.

Além disso, devido ao comportamento robusto da superfície, o criação de pó (chalking) já não representa um problema. Adicionalmente, os graffiters ficam sem tela, dado a superfície ser resistente a solventes, graffitis e outras desfigurações que podem ser removidos sem qualquer problema, usando o Emcephob Basic Cleaner especialmente desenvolvido para combinar com Emcephob NanoPerm P. Emcephob NanoPerm P é hidrofóbico e, portanto, altamente repelente de água e resistente, o que o torna apto para ser utilizado em zonas de salpicos e noutras áreas sujeitas a exposição severa à água. Adicionalmente, também é resistente à geada, aos sais de congelamento e descongelamento, possuindo um certificado da categoria B1 de resistência ao fogo em construções, de modo que o produto é adequado para uso em projetos que também requeiram uma maior proteção ao fogo (por exemplo, um túnel). Por tudo isto, a nova superfície de proteção da MC tem um âmbito de aplicação muito mais amplo, no setor da proteção das construções, do que os sistemas comuns.

O teste de comparação mostra claramente a vantagem da limpeza de Emcephob NanoPerm P: qualquer água que escorra sobre esta superfície, tal como a água da chuva, atua como um eficaz processo de limpeza.

www.mc.bauchemie.pt

Propriedades – Poliuretano bicomponente, base água – Repelente à sujidade e à água – Resistente às intempéries e aos raios UV – Resistente à abrasão – Resistente ao ataque de cloreto – Resistente à carbonatação – Permeável à difusão de vapor de água – Aplicação por rolo ou pulverização – Protege contra pichamento


34_35 acústica Influência das transmissões marginais no isolamento a sons aéreos – Proposta de abordagem simplificada Diogo Mateus, Prof. Auxiliar do DEC/FCTUC, Dir. Técnico do Lab. CONTRARUIDO

A transmissão sonora entre dois compartimentos é um fenómeno complexo, que envolve geralmente transmissões diretas (quando existe um elemento de separação comum aos dois compartimentos) e transmissões secundárias (através dos elementos adjacentes ou de espaços laterais). A Figura 1 esquematiza o processo de transmissão que pode ocorrer entre dois compartimentos adjacentes. Em fase de projeto, a quantificação da transmissão por estas vias pode ser efetuada através dos modelos indicados na norma EN 12354-1:2000.

> Figura 1: Caminhos de transmissão possíveis entre duas salas adjacentes.

Considerando como referência a ilustração apresentada na Figura 1, o índice de redução sonora aparente R’w, resultante da contribuição dos diferentes caminhos de transmissão, pode ser determinado a partir da seguinte expressão:

Onde os parâmetros Dn,e,w e Dn,s,w correspondem respetivamente aos índices de isolamento através de “pontos fracos” e por via indireta (não marginal), dificilmente quantificáveis para a generalidade das situações, e os parâmetros RDd,w, RFf,w, RFd,w e RDf,w correspondem a índices de redução sonora respetivamente por via direta e pelos três caminhos de via marginal de cada elemento. S corresponde à área de separação comum entre compartimentos adjacentes. Para situações correntes de construção tradicional, com lajes em betão (maciças ou aligeiradas) e paredes em alvenaria, e sem “defeitos” de construção, entre as várias vias indicadas as mais relevantes correspondem habitualmente às transmissões por via direta e por via marginal, existindo uma interdependência entre estas vias. No entanto, para valores de Rw iguais ou inferiores a 40 dB, a influência das transmissões marginais é geralmente desprezável. Para valores de Rw entre 40 e 55 dB, as quebras de isolamento originadas pelas transmissões marginais variam habitualmente entre 1 e 5 dB, conforme metodologia simplificada proposta na Tabela 1. Para valores de Rw superiores a 55 dB, e em especial para elementos de separação reforçados

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com elementos aligeirados (por exemplo em gesso cartonado e caixa de ar com absorvente sonoro), as quebras podem ser muito significativas, recomendando-se a aplicação dos métodos de cálculo preconizados pela norma EN 12354-1:2000. Refira-se que, os valores apresentados na Tabela 1 (ver página seguinte) encontram-se tendencialmente do lado da segurança, em especial quando os elementos marginais possuem massas elevadas e/ou menor grau de encastramento na junção com o elemento direto. O índice Rw , que ocorre apenas por via direta, pode ser obtido experimentalmente em laboratório, nomeadamente através de resultados divulgados pelo fabricante ou publicados em documentação técnica (ver coluna de acústica dos números 41 e 43 desta revista), ou estimado, através de modelos de previsão. Com base no índice Rw, na quebra de isolamento por transmissão marginal (K) e nas caraterísticas do local recetor (volume V), área de separação direta (S) e tempo de reverberação de referência (T0), que é igual ao requisito T ou igual a 0,5, quando não se aplica requisito T, é possível determinar o índice de isolamento sonoro padronizado DnT,w a partir da seguinte expressão:

Considere-se, por exemplo, a separação entre dois quartos adjacentes da mesma prumada vertical de um edifício multifamiliar, com 4,0x3,5 m2 de área de piso e 2,6 m de pé direito, com duas paredes de fachada, em alvenaria de tijolo de 15+11 cm, e duas interiores, em alvenaria de tijolo de 11 cm, e uma laje de separação em betão com blocos de aligeiramento, com cerca de 450 kg/m2, incluindo enchimento de piso. Nestas condições, se for considerado um índice Rw de 53 dB para o piso, o valor estimado para R’w, com base na abordagem simplificada anteriormente proposta, é próximo de 49 dB (considerando K = 4dB) resultando um


Isolamento conferido pelo elemento de separação direto

Quebra de isolamento sonoro (K = R’w – Rw)

Rw ≤ 40 dB

≈ 0 dB

40 < Rw ≤ 45 dB

≈ 1 dB

45 < Rw ≤ 50 dB

≈ 1 a 3 dB

50 < Rw ≤ 55 dB

≈ 3 a 5 dB

Rw > 55dB

Cálculo detalhado através da norma EN 12354-1:2000

> Tabela 1: Quebras de isolamento sonoro (K) entre compartimentos adjacentes, originadas por transmissões marginais, para situações correntes de construção tradicional pesada (com lajes em betão, maciças ou aligeiradas, e paredes em alvenaria).

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sucesso na construção exige um profundo conhecimento dos materiais e das tecnologias de construção empregues, sendo fundamental uma adequada interligação entre a acústica e as restantes especialidades envolvidas em projeto. Uma solução construtiva com um previsível elevado desempenho acústico pode resultar num fracasso completo, se forem cometidos alguns erros de execução, mesmo que de pequeníssima dimensão, que muitas vezes passam despercebidos em obra.

Cempalavras

índice DnT,w próximo de 48 dB [DnT,w = 53 – 4 + 10Log(36,4/(6,25 x 0,5 x 14))]. Com a aplicação do método da norma EN 12354-1:2000, admitindo Rw = 52dB para as paredes de fachada, e Rw = 41dB para as divisórias interiores, obtém-se um valor de DnT,w próximo de 49 dB (ou indiretamente um K = 3dB). Caso se proceda ao reforço da laje com um teto falso, que garanta um índice DRw = 10dB , o valor global de Rw aumenta para 63 dB, mas, da aplicação da norma EN 12354-1:2000, o valor de DnT,w aumenta apenas para 53 dB (que indiretamente permite chegar a um K = 9dB). Nestes casos, o aumento significativo de DnT,w implica geralmente o reforço também dos elementos marginais. Apesar desta abordagem simplificada poder conduzir a resultados diferentes dos obtidos com métodos mais detalhados, os desvios são geralmente muito menos relevantes que os que podem resultar de um processo construtivo incorreto e/ou de más decisões tomadas em obra. Tal como se tentou demonstrar nesta coluna de acústica, em edições anteriores, a obtenção de

O BUREAU VERITAS ATESTA A

QUALIDADE NA REABILITAÇÃO Cada vez mais e com maior intensidade, a sociedade exige aos Promotores e Empresas melhor controlo dos seus produtos e serviços, para assegurar ao cliente e utilizador a confiança da qualidade do imóvel. Neste âmbito, o Bureau Veritas presta serviços como Organismo de Controlo Técnico (OCT) e tem como objectivos garantir a qualidade da obra e informar as companhias seguradoras sobre os riscos presentes na cobertura do seguro decenal. n Assessoria técnica na construção n Peritagens e auditorias técnicas n Gestão de projectos n Estudo de patologias n Segurança em obra n Technical Due Diligence n Certificação energética de edifícios n Construção sustentável (LEED, BREEAM, GREEN RATING) n Acústica A inspecção por uma terceira parte independente proporciona uma mais-valia na análise dos riscos técnicos e valor acrescentado para o seu negócio, minimizando custos futuros referentes a sinistros. Bureau Veritas Portugal www.bureauveritas.pt info@pt.bureauveritas.com 707 200 542


36_37 estruturas de madeira Anomalias comuns na aplicação de revestimentos de piso de madeira Parte 2 – seleção da madeira, pormenores construtivos, acabamento e manutenção Helena Cruz, Investigadora Principal do LNEC INTRODUÇÃO As anomalias verificadas em revestimentos de piso de madeira, durante a sua aplicação ou numa fase precoce de funcionamento, têm normalmente origem numa associação de erros básicos que poderiam facilmente ter sido evitados. No número CM43 foram referidos alguns problemas de durabilidade e estabilidade dimensional relacionados com a insuficiente secagem da betonilha, o teor de água da madeira desajustado e deficiências de colagem. Neste número são abordados problemas relacionados com a má seleção da madeira, pormenores construtivos desfavoráveis, defeitos de acabamento e erros de manutenção. Estes textos refletem a experiência do LNEC em matéria de acompanhamento de obras e diagnóstico de anomalias. Os exemplos aqui apresentados ilustram anomalias correntes mas não esgotam, naturalmente, a diversidade de situações que podem ocorrer.

Seleção da madeira A escolha da madeira deve ter em atenção, não só as suas características visuais mas igualmente a sua estabilidade dimensional, durabilidade e resistência ao desgaste ou dureza. Estas características devem constar das Fichas Técnicas do produto ou ser consultadas em publicações técnicas especializadas, co-

> Figura 1: Comportamento diferenciado de duas madeiras com diferente estabilidade dimensional.

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nhecida a espécie florestal (preferencialmente a respetiva designação botânica). Uma boa estabilidade dimensional da madeira (baixos coeficientes de retração e baixo fator de anisotropia) limita as consequências das variações do seu teor de água, quer no decurso da aplicação quer ao longo da sua vida útil. Deve por isso ser uma característica prioritária, sobretudo quando se esperam grandes variações higrotérmicas ambientais, e/ou quando se pretende usar réguas de grandes dimensões ou realizar panos de pavimento com áreas generosas na direção transversal ao fio da madeira (Figura 1). Deve ser tido em conta que o teor de água da madeira varia normalmente ao longo do ano, com diferenças entre o inverno e o verão geralmente da ordem de 2 a 4% em pisos interiores correntes. Note-se que esta variação natural é já razão frequente de conflitos, porque os ciclos naturais de abertura e fecho das juntas entre réguas nem sempre são bem aceites por alguns utilizadores, que esperam um comportamento “mais inerte” do que o material pode apresentar. Consequências mais graves, com prejuízos significativos, advêm naturalmente quando se verificam empenos sensíveis ou as juntas se tornam insuficientes para acomodar as variações dimensionais da madeira, que se destaca da base. Na aplicação de réguas multicamada, o aspeto ondulado da superfície pode também surgir como resultado de uma composição mal equilibrada, no que se refere à retração dos

> Figura 2: Marcas de saltos de sapatos.

materiais usados nas diversas camadas e/ou permeabilidade da face e da contraface. Em consequência, as réguas tendem a “mexer” mais numa face do que na outra quando sujeitas a variações ambientais. O comportamento do material pode ser previamente verificado por meio de ensaios de estabilidade dimensional, comparando por exemplo diversas soluções alternativas. A resistência à abrasão e ao punçoamento devem ser adequadas ao tráfego, sendo particularmente importantes em espaços públicos. No entanto, mesmo em utilizações pouco exigentes, o emprego de madeiras brandas (como por exemplo a Casquinha) torna difícil evitar marcas de saltos de sapatos (Figura 2), riscos da movimentação de móveis ou desgaste acentuado em degraus. A anomalia mais comum relacionada com a falta de durabilidade de madeira aplicada em pavimentos, é o seu ataque por carunchos. Em espécies Folhosas isto pode ser facilmente evitado com a rejeição de peças com faixas de borne (Figura 3), uma vez que apenas o borne é suscetível de ataque por estes insetos. No caso de espécies Resinosas, que têm significativa percentagem de borne, esta estratégia não é viável, mas a aplicação de um produto preservador inseticida, após o afagamento, evitará futuras infestações. Este cuidado deve estender-se aos sarrafos usados para assentamento de soalho ou outros elementos ocultos, já que a utilização de restos de madeira de menor durabilidade ou

> Figura 3: Faixa de borne em madeira de Folhosas (a rejeitar).


costaneiras com borne, infestados, ocasiona muitas vezes o aparecimento de orifícios de saída na face exposta do soalho, atravessado pelos carunchos provenientes dos sarrafos.

Pormenores construtivos É fundamental não esquecer que a madeira é um material higroscópico, cujo teor de água varia continuamente em função das condições ambientais. Embora o eventual acabamento com produtos impermeáveis retarde as trocas de vapor de água, as réguas sofrerão sempre variações dimensionais, que terão de ser absorvidas pelas juntas entre réguas. Naturalmente que a folga normalmente deixada ao nível dos rodapés ajuda a absorver parte dessa variação, no entanto, o aperto excessivo das réguas durante a aplicação é contraproducente. Note-se que em grandes panos de pavimento o inchamento total da madeira na direção perpendicular às fibras pode atingir vários centímetros, sendo a capacidade de deformação da cola normalmente muito inferior à requerida para que a deformação acumulada da madeira possa transferir-se até ao rodapé sem romper toda a junta colada pelo caminho. São particularmente propícios a problemas os revestimentos colados constituídos por grandes réguas (e proporcionalmente poucas juntas) e estendendo-se em panos contínuos de grandes dimensões na direção perpendicular às fibras da madeira (em que as suas variações dimensionais são máximas). Devem também ser objeto de cuidado especial, os pavimentos de madeira que possam ser sujeitos a humidificação acidental, caso falhem por ex. as juntas ou vedantes que as separam do exterior ou de zonas de lavagens, vedantes esses cuja durabilidade é naturalmente inferior à vida útil do pavimento (Figura 4). Essas situações de risco devem tanto quanto possível ser evitadas através do projeto. Caso contrário, devem ser estudadas medidas de proteção adicional da madeira que limitem os danos em situação de acidente.

preparação da superfície, a má aplicação e cura dos produtos, a incompatibilidade com eventuais produtos de tratamento da madeira ou outros produtos de revestimento anteriores, a reação química dos produtos com a madeira e ainda a exsudação de extrativos, naturais em certas espécies florestais, que pode ser potenciada ou apenas evidenciada pelo acabamento. Estas anomalias traduzem-se geralmente em manchas diversas, aspereza da superfície e variações de cor e de brilho. O diagnóstico da situação passa pelo conhecimento das características dos diversos produtos envolvidos, a análise cuidada da situação e eventuais ensaios laboratoriais. Numa outra categoria de anomalias, inclui-se as que resultam do emprego de produtos de acabamento com resistência insuficiente (Figura 5) face ao tipo de tráfego ou da sua aplicação em camada demasiado fina, aspeto que pode em geral ser despistado facilmente por medições feitas em obra e/ou ensaios complementares.

Utilização e manutenção A utilização e a manutenção inadequadas dos pavimentos podem também ser causadoras

de anomalias. Hoje em dia, a facilidade de manutenção é geralmente um critério de escolha incontornável, multiplicando-se o número de soluções que permitem a limpeza com pano húmido (seguida de secagem com pano seco). Um erro frequente consiste na limpeza das superfícies com água abundante, o que permite a infiltração de água nas juntas e a consequente alteração de cor (mais visível em madeiras claras) (Figura 6), o inchamento dos bordos das réguas e a degradação da camada de proteção (película plástica ou verniz). Também o desconhecimento dos métodos e produtos de limpeza adequados a cada tipo de pavimento, levam por vezes à utilização de processos demasiado abrasivos, que podem destruir de forma irreversível não só o acabamento mas a própria folha decorativa de madeira em réguas constituídas por diversas camadas. Estes aspetos devem ser considerados na aplicação de revestimentos de madeira em pavimentos de casas de banho e cozinhas, em que a humidade, a molhagem frequente e os derrames e salpicos de matérias gordurosas, todos eles inconvenientes, são, de facto, inevitáveis. Por estas razões é essencial escolher soluções técnicas adequadas ao tipo de utilização e disponibilizar aos utilizadores a informação necessária.

> Figura 4: Solução construtiva dependente da eficácia e durabilidade dos vedantes.

Acabamento As anomalias associadas ao acabamento são variadas e muitas vezes têm múltiplas causas. Incluem, entre outras, a falta de limpeza e má

> Figura 5: Baixa dureza e resistência ao desgaste.

> Figura 6: Manchas devidas a absorção de água de limpezas.

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estruturas metálicas Construção Metálica: o potencial exportador da investigação Luís Simões da Silva, Professor Catedrático, DEC, UCoimbra

Na última coluna sobre construção metálica abordámos o potencial exportador da formação avançada, tendo apresentado o exemplo do programa de formação avançada SUSCOS. Desde essa altura, em julho de 2011, foi-nos comunicado pela Comissão Europeia a aprovação do curso de mestrado europeu Erasmus Mundus em Construção Metálica Sustentável (www.suscos.eu). Este reconhecimento da alta qualidade da formação avançada neste setor, juntando o mesmo consórcio de universidades europeias líderes no setor da Construção Metálica (Universidade de Coimbra, Universidade de Liège (Bélgica), Universidade técnica de Lulea (Suécia), Unversidade Técnica de Praga (Répública Checa), Universidade “Politehnica” de Timisoara (Roménia) e Universidade de Nápoles “Federico II” (Itália), complementado por uma rede de âmbito mundial de parceiros associados (universidades e empresas) potencia ainda mais este êxito exportador. O curso terá início em setembro de 2012 na Universidade de Coimbra (1º semestre), sendo o 2º semestre lecionado na Universidade Técnica de Praga e as dissertações de mestrado desenvolvidas numa das 6 universidades parceiras, de acordo com a escolha individual de cada aluno.

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É universalmente reconhecido que a qualidade do ensino universitário só é possível quando acompanhada por excelência na investigação. A investigação científica nacional no setor da construção metálica atingiu progressivamente ao longo dos últimos quinze anos um patamar de qualidade internacional de assinalar, ocupando um justo lugar de liderança no panorama internacional. Muito deste reconhecimento foi atingido através de salutar concorrência internacional, nomeadamente em concursos para projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico europeus, financiados pela Comissão Europeia. É interessante concretizar com números estas afirmaçãoes: comparativamente com as restantes áreas do conhecimento, de acordo com números da recente apresentação pública do Plano Estratégico da Universidade de Coimbra para 2011-2016, o Grupo de Construção Metálica, que é constituído por 0.06%

COMPFIRE

dos docentes da Universidade de Coimbra, é responsável por 12%! dos projetos europeus em curso na mesma universidade. Em termos financeiros, mais uma vez exemplificando com números da Universidade de Coimbra e do Grupo de Construção Metálica da unidade de investigação ISISE, os projetos de I&D representam um volume de negócios superior a 7 M€, correspondendo a um valor acrescentado por trabalhador elevadíssimo. Para finalizar, gostaríamos de assinalar que cada vez mais, as empresas (nacionais e estrangeiras) reconhecem as mais valias que podem retirar da colaboração com as unidades de investigação. Deixamos assim um novo desafio para o setor do ensino superior português e para os líderes académicos (reitores) e políticos: potenciem o crescimento dos nichos de excelência com políticas competentes e não desperdicem recursos a alimentar exclusivamente a máquina burocrática!


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sísmica A 15.ª Conferência Mundial de Engenharia Sísmica

Mário Lopes, Professor Auxiliar – DECivil, Instituto Superior Técnico

Realizar-se-á de 23 a 29 de setembro em Lisboa a 15.ª Conferência Mundial de Engenharia Sísmica, organizada pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) que agrupa quase toda a comunidade científica portuguesa desta área. Pelo número de resumos de artigos recebidos (mais de 5800) será provavelmente a maior Conferência internacional de sempre desta área científica. Estas Conferências realizam-se regularmente de 4 em 4 anos desde 1956 e constituem o principal fórum de divulgação e discussão do que de mais avançado se faz e investiga no mundo inteiro na área da engenharia sísmica e da prevenção dos efeitos de sismos e tsunamis.

Do ponto de vista da economia, conferências deste tipo estimulam e fortalecem o turismo. Esta Conferência encherá muitos hotéis da região de Lisboa durante uma semana e atrairá visitantes a outras zonas de Portugal, muitos dos quais voltarão se gostarem da sua estadia. Na prática a Conferência fará entrar em Portugal cerca de 10 milhões de euros na altura da sua realização e provavelmente mais ainda a médio e longo prazo. No entanto a relevância da Conferência ultrapassa muito o modesto contributo que dá para a economia portuguesa, mas está no significado da sua realização em Lisboa. Em primeiro lugar deve realçar-se que a escolha dos locais para realização destas Conferências é feita por um comité internacional onde estão representados dezenas de países. A candidatura da SPES enfrentou a candidatura da sua congénere francesa, uma candidatura com mérito, bem organizada, apoiada financeira e institucionalmente pelo Governo francês e com recursos dezenas de vezes superiores aos da candidatura portuguesa. Por isto, a escolha de Lisboa só foi possível graças a dois fatores: a organização da candidatura propriamente dita, na qual colaborou a Empresa CPL Events e, acima de tudo, à credibilidade e prestígio internacional da comunidade científica portuguesa da área da engenharia sísmica. Este prestígio e credibilidade resulta da contribuição portuguesa

para o progresso científico nesta área, que se tem refletido na participação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e das Universidades portuguesas em numerosos projetos de investigação internacionais, em particular europeus, e em numerosos artigos técnicos e científicos publicados em conferências e revistas internacionais da especialidade. Outro sintoma da capacidade e prestígio da engenharia sísmica portuguesa foi a escolha do LNEC pela Comissão Europeia para durante mais de uma década secretariar a elaboração no novo regulamento europeu para as zonas sísmicas, o Eurocódigo 8. Assim, neste momento em que o país está deprimido pelas consequências da crise financeira e é notícia internacionalmente quase sempre por razões negativas, é bastante positivo podermos mostrar ao nosso povo e ao mundo que também somos um país capaz de se distinguir por razões positivas, reconhecidas internacionalmente, num domínio técnico exigente. Do ponto de vista do setor da construção esta Conferência e as razões subjacentes à sua realização em Portugal são mais um contributo para o capital de reconhecimento técnico internacional da engenharia portuguesa que o setor da construção deve aproveitar como vantagem competitiva para promover a sua internacionalização. www.15wcee.org

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reconhecimento pela aep

gyptec distinguida com prémio “caso de excelência de boas práticas ambientais”

A Gyptec desempenha uma Boa Prática Ambiental porque consegue otimizar o método de transporte de gesso, mais propriamente, o método de transporte intermodal (via férrea + rodoviária). A operação consiste no transporte de gesso da central termoelétrica da EDP em Sines, para a GYPTEC Ibérica na Figueira da Foz. No regresso é transportado calcário para a central, que possui um ramal interno, de cariz industrial, permitindo a entrada direta do comboio. A viabilidade do método é assegurada pelo transporte de gesso da Central de Sines com retorno de calcário, produto necessário à Central para o processo de dessulfurização.

“A concretização desta medida permite tornar o transporte de matéria-prima ambientalmente e economicamente sustentável e ao mesmo tempo contribuir para a dinamização e revitalização da linha férrea e das atividades económicas associadas, promovendo a sustentabilidade social e criação de postos de trabalho. O sucesso desta medida só é possível graças às sinergias existentes entre as empresas Gyptec, EDP e Takargo Rail do Grupo Mota-Engil e o Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa”, afirma a Gyptec em comunicado. Na prática, estas medidas traduzem-se na redução de consumo de combustível (diesel) e uma redução signif icativa na emissão de CO2. De acordo com a empresa, o transporte intermodal apresenta um consumo de combustível menor do que o transporte rodoviário, permitindo uma diminuição de 40% das emissões de CO2.

A AEP – Associação Empresarial de Portugal tem vindo a desenvolver os projectos “Resíduos Menos” e “Benchmark A + E”, apoiando as empresas portuguesas na utilização das melhores práticas em matéria de gestão integrada de resíduos e na gestão eficiente de energia, com vista ao aumento da sua competitividade e sustentabilidade.

© JOÃO CUNHA

A Boa Prática Ambiental apresentada pela GYPTEC Ibérica – Gessos Técnicos, S.A. foi considerada uma das melhores, estando no “top ten” das melhores prática ambientais selecionadas e distinguidas como Casos de Excelência pelo júri do da AEP.

www.gyptec.eu

apresentação pública da rede científica para o desenvolvimento do território Foi apresentada oficialmente no dia 23 de janeiro a Rede Científica para o Desenvolvimento do Território (Instituto do Território). Trata-se uma ONG, que junta as mais importantes universidades e pólos tecnológicos portugueses em matéria de investigação e conhecimento nos domínios do Território e do Desenvolvimento Territorial. O Instituto do Território nasceu em outubro passado com o objetivo de reforçar a capacidade do país no que diz respeito a informação sobre o território. Pretendem criar “soluções, instrumentos e doutrinas que permitam ao País defender melhor os seus recursos, aproveitá-los com mais inteligência e sucesso e “navegar menos à vista” no que respeita à sua organização territorial”. O IT foi fundado pela Câmara Municipal do Fundão; Cesnova – Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa; Escola Treino de Mar; Instituto Politécnico de Leiria; Instituto Politécnico de Lisboa; Instituto de Soldadura e Qualidade; Jornal dos Arquitetos; Laboratório Nacional de Engenharia Civil; Universidade Atlântica; Universidade dos Açores; Universidade do Algarve; Universidade de Aveiro; Universidade da Beira Interior; Universidade Lusófona; Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências e Tecnologia; Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro; Urbe. Tem ainda parceiros por bono: Cap Gemini –Consultora multinacional de Gestão; Deepstep – Agência de Comunicação; Sérvulo Correia e Associados – Sociedade de Advogados. Esta Rede é aberta, podendo vir a integrar outras instituições e individualidades.

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Filipe Magalhães e Salomé Soares foram distinguidos pela Fundação Engº António de Almeida no passado dia 13 de janeiro, por causa da originalidade, mérito científico e interesse socioeconómico das suas dissertações de mestrado. Ambos são investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Filipe Magalhães apresentou um trabalho que permite avaliar a “saúde estrutural” das pontes e barragens. O projeto “Operational Modal Analysis for Testing and Monitoring of Bridges and Special Structures” ganhou o prémio Prof. Doutor Joaquim Sarmento. “A análise modal operacional é uma técnica experimental que permite identificar propriedades dinâmicas importantes de uma dada estrutura, que poderá ser uma ponte, a cobertura de um estádio ou uma barragem, sem perturbar o seu normal funcionamento”, expli-

© FEUP

fundação eng. antónio de almeida premeia investigadores da feup ca o investigador da FEUP. Acrescenta ainda que esta técnica pode ser aplicada através da realização de ensaios pontuais, normalmente realizados em estruturas relevantes após a sua construção ou após obras de reabilitação ou no processamento de dados recolhidos por sistemas de monitorização contínua. Desenvolvidas no ViBest, as técnicas experimentais do trabalho agora premiado foram aplicadas a várias estruturas relevantes, como o Viaduto de Millau (França), Ponte Humber (Reino Unido), Ponte Infante D. Henrique e a cobertura do Estádio do Braga. Filipe Magalhães refere que a aplicação no contexto de sistemas de monitorização permite avaliar de forma continuada a “saúde estrutural” da infraestrutura instrumentada, tendo sido criado um software, designado DynaMo, para processamento online de dados. C

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Já o Prémio Fundação Eng. António de Almeida foi entregue a Salomé Soares, investigadora do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da FEUP. A tese, intitulada “Remoção de nitratos por redução catalítica com hidrogénio” teve como objetivo o desenvolvimento de uma nova tecnologia para a remoção de nitratos em águas por redução catalítica na presença de hidrogénio.

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nova lei do arrendamento Já está pronta a nova lei do arrendamento que entrará em vigor em 2012. A lei, que foi aprovada no passado dia 29 de dezembro, em conselho de ministros, traz mudanças significativas ao atual regime. Uma das alterações mais importantes é a atualização das rendas congeladas, num espaço de cinco anos. Os que beneficiem de rendas antigas e não provarem a sua incapacidade financeira, vão ter em breve a sua renda atualizada.

Este novo mecanismo de negociação vai implicar que o inquilino com uma renda antiga proponha um valor que considera ajustado ao mercado atual pela casa onde habita, cabendo ao senhorio decidir se o aceita ou recusa. Se o senhorio o considerar injusto, terá de pagar uma indemnização ao inquilino no valor de 60 rendas. A prevista atualização das rendas antigas vai ter em conta os recursos económicos dos inquilinos e será gradual.

empreendedorismo e internacionalização são o futuro da engenharia civil Durante a conferência “A Engenharia Civil – que futuro?”, promovida em janeiro pela Ordem dos Engenheiros, em Lisboa, ficou acordado que é necessário apostar fortemente no empreendedorismo e na internacionalização. “Ao contrário do que acontece nos dias de hoje, em que 90% dos alunos de Engenharia Civil acabam por exercer essa profissão em Portugal, o futuro é de mobilidade geográfica e igualmente de especialização em diferentes áreas – como a gestão. Também relevante é a componente da formação contínua e a capacidade empreendedora que conduza à criação de empresas próprias e à aposta na internacionalização”, afirmou Fernando Branco do Instituto Superior Técnico. Além disto, foi também apontada, pelo Professor, a necessidade de mudanças estruturais no ensino. Numa visão mais “empresarial”, José Luís Machado do Vale, da Somague, partilha da mesma opinião. O chairman da Somague referiu que “a Engenharia portuguesa está a par do que se faz lá fora” e que os seus profissionais detêm níveis de desenvolvimento, inovação e competitividade muito elevados. Contudo, admite que “a atividade internacional não é fácil” e exige condições favoráveis e uma boa reputação. “Devemos entrar onde temos oportunidade, mas sempre preservando as empresas-mãe em Portugal”, diz. Cristina Machado, presidente do Colégio de Engenharia Civil da Ordem dos Engenheiros, referiu ainda a mudança no exercício da profissão que tem vindo a alterar-se, prevendose que venham a ser ainda mais profundas. www.ordemengenheiros.pt

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Os inquilinos que falharem o pagamento de cinco rendas seguidas ou intervaladas no espaço de um ano correm o risco de serem despejados. Apesar de facilitar os despejos, este novo regime continua a dificultar a resolução de conflitos, permitindo que a solução para os conflitos se arrastem em tribunal. O Governo pretende ainda criar uma estrutura, o Balcão Nacional de Despejos, que vai permitir os despejos mais céleres e evitar manobras dilatórias.

marca de azulejos portuguesa distinguida a nível internacional Pela 4ª vez consecutiva que a Boca de Lobo, empresa de azulejos nacional, é escolhida como marca tendência pela prestigiada agência de tendências Nelly Rodi. Depois da apresentação e sucesso do primeiro Heritage, um cabinet de edição limitada composto por um painel de azulejos pintado à mão inspirado na azulejaria nacional, surge agora o Heritage Sideboard que veio consagrar esta homenagem à azulejaria. “Esta seleção como tendência para 2012 é mais uma prova de que a nossa paixão pela recuperação das artes manuais do nosso país faz todo o sentido e há um mundo inteiro preparado para as admirar se as soubermos transmitir e comunicar, os artesãos são ainda alguns pelo país espalhados e temos que fazer com que estas artes não se acabem,” refere Ana Gomes da Direção de Marketing da Boca de Lobo. “Não havia melhor forma para iniciar este ano de 2012. Para mim é um prazer trabalhar com estes artesãos que ainda temos em Portugal são uma inspiração todos os dias. O azulejo português vai mesmo conquistar o mundo!”, afirma. www.bocadolobo.com


reabilitação da torre taipei de eletricidade e água e redução de resíduos. Ao nível global do edifício, a eficiência energética melhorou 30%, comparando com os valores de um edifício médio, gerando uma economia de mais de 500.000€ nos custos de energia. A certificação LEED Platina significa que o complexo economiza 2.995 toneladas métricas por ano de emissões de CO2 de eletricidade, gás e petróleo - o que corresponde à preservação, em vez de corte, de mais de 9 hectares de floresta – e alcança uma poupança de 28.000 toneladas de água, de 1.261 toneladas de lixo e de 4,8 milhões de quilowatts de eletricidade por ano. Além da Siemens, a Steven Leach Associates também teve intervenção no edifício, sendo uma das principais empresas de design de interiores na Ásia, e defensora de longa data

da arquitetura sustentável. Tal como a EcoTech International, um dos principais especialistas no mercado do movimento internacional da construção de edifícios “verdes” de alta performance. www.siemens.pt

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A torre TAIPEI 101, o edifício mais alto de Taiwan e o segundo mais alto do mundo, foi alvo de obras de reabilitação tendo em vista a obtenção do certificado LEED-EBOM de Platina (Liderança em Energia e Design Ambiental para Edifícios já Existentes: Operação e Manutenção),que é o nível de certificação mais elevado para edifícios “verdes”. A Siemens trabalhou em parceria com a equipa de gestão do TAIPEI 101, implementando algumas soluções que tornam o edifício eficiente. Foram implementadas soluções, desde exaustores, lâmpadas economizadoras, a centrais de refrigeração e de tratamento de ar e acionamentos de velocidade variável, que visavam a automação do edifício e a sua eficiência energética. Foi possível alcançar uma poupança de 10% em termos de consumo

concluída reabilitação da ponte metálica da régua

© Estradas de portugal

A ponte pedonal sobre o rio Douro, conhecida como Ponte da Régua, já está aberta ao público, depois der terem sido concluídas as obras de reabilitação. A empreitada de reabilitação foi lançada pela Estradas de Portugal, implicando um investimento de cerca de 1,7 milhões de euros. O objetivo era reabilitar e reforçar os encontros, os pilares e toda a estrutura metálica, bem como repôr as características originais da estrutura, nomeadamente colocar pavimento em madeira, reconstruir o pavimento em granito nos seus acessos e eletrificar com vista a dotar a ponte de iluminação decorativa. A Ponte metálica sobre o rio Douro será para uso exclusivamente pedonal e de bicicleta.

www.estradasdeportugal.pt


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a importância da reabilitação A Tintas Robbialac, SA vai estar presente no 4º Congresso Português de Argamassas e ETICS, que vai decorrer em março de 2012, em Coimbra. O evento é promovido pela APFAC e a Robbialac vai apresentar uma das suas obras de reabilitação. Em Portugal assistimos a um crescimento do peso da reabilitação versus obra nova, e a Tintas Robbialac, SA acompanha esta tendência através da aplicação do seu Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior. A Tintas Robbialac, S.A., através da marca Viero e contando com uma experiência de mais de 22 anos, está presente no mercado do isolamento

térmico pelo exterior, com o Sistema Cappotto que, aplicado em obra nova ou reabilitação, conf er e uma excelente pr es taç ão na obtenção de bons níveis de conforto térmico, permitindo de forma simples o enquadramento regulamentar, com inequívoco contributo para a obtenção das condições de eficiência energética dos edifícios. São vários os trabalhos que a Tintas Robbialac, S.A. tem vindo a desenvolver neste setor e que demonstram o interesse dos municípios no melhoramento dos bairros existentes e que futuramente se reflectirá de forma muito positiva nas condições de vida dos moradores. www.viero.com.pt

viessmann e grupo velux estabelecem parceria

www.velux.pt

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A Viessmann e a Velux deram início a uma cooperação conjunta com o objetivo de alcançar um número maior de clientes. O Grupo VELUX irá entregar à Viessmann a distribuição dos depósitos de água e unidades de controlo em determinados mercados e a Viessmann irá co-distribuir painéis solares integrados VELUX juntamente com os seus produtos. “A nova parceria amplia a nossa vasta gama de produtos para todos os tipos de combustíveis e de áreas de aplicação. Para além dos nossos coletores planos e de tubo de vácuo, podemos agora também oferecer coletores integrados VELUX, que se integram no telhado de uma forma estética. Acreditamos que esta ação irá fortalecer as vendas em ambas as empresas”, diz o Thomas Schweisfurth, Diretor Comercial na Viessmann. A partir de agora, a VELUX pode comercializar os seus coletores solares térmicos integrados e respetivos acessórios através da rede de distribuição da Viessmann. Os depósitos de água quente, unidades de controlo e componentes Viessmann continuarão a ser fornecidos e suportados pela Viessmann através da sua rede de vendas já estabelecida. “A força do Grupo VELUX é no telhado e não na casa das máquinas. Se queremos alcançar as necessidades dos nossos clientes com uma vasta gama de depósitos de água quente, os custos seriam desproporcionalmente altos. De forma a podermos manter a nossa capacidade de oferecer ao cliente final a melhor solução em sistemas solares térmicos, optamos por formar uma parceria com um principal fabricante internacional Acreditamos firmemente que a melhor solução, em termos estéticos assim como funcionais, consiste em combinar coletores solares integrados VELUX com os depósitos de água quente e unidades de controlo Viessmann”, diz Jacob Schambye, Diretor de Marcados do Grupo VELUX. Estão abrangidos por este acordo vários países, tais como, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Itália, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia e Suíça. Como consequência da nova parceria, o Grupo VELUX deixará de comercializar depósitos de água quente nestes mercados.


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esquemas cin certificados pela norma iso

A CIN adotou a norma ISO 12944 na elaboração e conceção dos seus esquemas de proteção anticorrosiva. Esta norma é considerada cada vez mais uma referência mundial na definição de esquemas de pintura para a proteção anticorrosiva de estruturas de aço.

Além disso, a empresa dispõe de vários certificados de ensaio segundo a parte 6 da NP EN ISO 12944, que confirmam que os esquemas de pintura que a CIN propõe superam as exigências mínimas desta norma e respondem a situações que vão para além das previstas na parte 5 da referida norma. A norma ISO 12944 é composta por 8 partes: NP EN ISO 12944-1:1999 Introdução geral; NP EN ISO 12944-2:1999 Classificação de ambientes; NP EN ISO 12944-3:1999 Conceção e disposições construtivas; NP EN ISO 129444:1999 Tipos de superfície e de preparação de superfície; EN ISO 12944-5:2007 Protective Paint Systems; NP EN ISO 12944-6:1999 Ensaios de desempenho em laboratório; NP EN ISO 12944-7:2000 Execução e supervisão dos trabalhos de pintura NP EN ISO 12944-8:2001 Desenvolvimento de especificações para obras novas e manutenção. A CIN explica que os esquemas variam em função do grau de corrosividade ambiental a que os mesmos irão estar submetidos (C2, C3, C4, C5I, C5M, Im1, Im2 e Im3), da durabilidade do esquema (Baixa: 2-5 anos, Média: 5-15 anos e Alta: >15 anos) e, também, do grau

de preparação da superfície. Por isso, refere que ao selecionar um esquema de pintura, é imprescindível saber quais as condições a que as estruturas vão estar expostas, desde humidade, temperatura, agressividade química e mecânica, radiação UV, entre outras. A preparação da superfície executada é determinante para o comportamento e durabilidade de qualquer revestimento de pintura. De acordo com a CIN, a seleção e execução do método de preparação de superfície assumem uma importância muito relevante em qualquer tratamento anticorrosivo. Os esquemas de pintura a proteção anticorrosiva de estruturas metálicas podem ser intermináveis. “O seu sucesso reside na facilidade em estabelecer um esquema de proteção anticorrosiva de acordo com a utilização a dar às estruturas, à sua localização e à durabilidade desejada, combinando diferentes tipos de revestimentos, espessuras e preparação de superfícies, ao mesmo tempo que indica como preparar uma especificação técnica e como realizar o acompanhamento e a inspeção dos trabalhos”, refere a CIN. www.cinprotective.com

Estrutura para Ambiente Marítimo

aplicação de proteção em Torres Eólicas

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sotecnisol aposta na reabilitação A Sotecnisol está a lançar um novo serviço de Reabilitação Sustentável. Este serviço abrange todas as áreas da empresa e está direcionado para a melhoria dos edifícios existentes e reduzir os consumos atuais. Com esta nova oferta, a Sotecnisol pretende apresentar ao mercado uma oferta inovadora em duas áreas de negócio: reabilitação de edifícios e sistemas de renovação sustentáveis. A empresa tem várias obras de reabilitação de edifícios no seu portfolio, passando agora a associar também a componente energética. Segundo a empresa, o resultado final, é um edifício que consome menos energia mas com maior conforto. “Reabilitar não é resolver problemas temporariamente. Deve ser encarado como uma solução adequada aos problemas detetados, resolvendo-os a nível estético, mas também económico e funcional”, explica José Luis Castro, Presidente da Sotecnisol.

Este serviço está disponível através de diferentes tipos de solução: New House que consiste em soluções de reabilitação da envolvente exterior do edifício, reabilitação de estruturas e tratamento de todo o tipo de patologias; Confort House que se trata de uma solução para fachadas e coberturas, vãos envidraçados e iluminação natural; Energy House que compreende várias soluções de energias renováveis, sistemas de climatização e de iluminação. As intervenções poderão ser meras correções de patologia e/ou soluções que visem a melhoria do comportamento térmico e redução do consumo de energia. Estes três packs podem ser contratados de forma individual ou integrada de acordo com as necessidades de cada cliente. www.sotecnisol.pt


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gama de soluções eficientes A Junkers tem lançado várias gamas de produtos que permitem tornar os edifícios mais eficientes a nível energético. A empresa, afirma que cada projeto, novo ou de reabilitação é um projeto único e irrepetível mas que têm que ter em conta um fator comum: a preocupação com a Eficiência Energética. A climatização e a produção de água quente sanitária são alguns dos fatores que mais consomem energia nas nossas habitações. Nesse sentido, a Junkers tem procurado desenvolver e testar novos produtos e novos sistemas para a produção de água quente sanitária ou para a climatização das habitações, energeticamente mais eficientes e mais amigos do ambiente. Gama Completa de Soluções de Sistemas Solares Térmicos Paralelamente, à instalação de um Sistema Solar Térmico é necessária a instalação de um sistema de apoio que garanta água quente à temperatura de conforto, quando a radiação solar não é suficiente, situação que normalmente ocorre em dias de céu encoberto. A utilização como sistema de apoio a um sistema solar de Esquentadores Termoestáticos, permite uma redução nos custos energéticos, uma vez que o esquentador só entra em funcionamento quando a água proveniente do sistema solar está abaixo da temperatura de conforto. Esta

gama é direcionada para o setor doméstico uni e multifamiliar, setor terciário e industrial. A instalação conjunta de painéis solares e destes aparelhos maximiza o rendimento do Sistema Solar reduzindo os custos energéticos, ao reduzir significativamente a fatura energética. “Corretamente dimensionado um Sistema Solar Térmico permite poupar em média anualmente, mais de 70% da energia que se gasta habitualmente para aquecer a água sanitária”, garante a Junkers. A Junkers desenvolveu também uma gama de esquentadores termostáticos, que permitem escolher a temperatura de saída da água quente, grau a grau, poupando água, energia e aumentando significativamente o conforto. Gama de ar condicionado Os equipamentos de ar condicionado Junkers com Classificação Energética Classe A, garantem a temperatura perfeita, frio ou calor, com poupança de energia.Todos os aparelhos de ar condicionado possuem Tecnologia Inverter

DC, um baixo nível sonoro e dupla saída de ar que permite uma melhor distribuição do ar pelo espaço a climatizar. Bombas de calor ar-água A empresa comercializa também bombas de calor reversíveis ar/água de alta eficiência energética, as Supraeco. Os sistemas baseados em bombas de calor ar/água extraem energia do ar exterior e transferem-na para a habitação, permitindo a sua climatização (frio-calor). A grande novidade destas bombas de calor é a possibilidade de, para além de climatizar a habitação, produzir água quente sanitária. O sistema Supraeco da Junkers, é composto por 2 unidades, uma unidade exterior Inverter DC, para absorver a energia do ar exterior e uma unidade interior que tem um módulo hidráulico com distintas variantes em função do benefício requerido: climatização e/ou serviço de água quente sanitária. www.junkers.pt

pedestais reguláveis Buzon Pedestal Internacional S.A. é o primeiro fabricante Europeu de suportes “Buzon” em polipropileno reguláveis milímetro por milímetro de 35 à 850mm. Os suportes podem suportar cargas de mais de 1000Kg /suporte e são especialmente concebidos para a construção de terraços, coberturas com caixa de ar para melhoria das condições térmicas e acústicas das edificações, zonas para peões, caminhos, coberturas ajardinadas, plataformas, solos técnicos sobrelevados. Os suportes Buzon podem resistir aos UV, de 30° C à 120° C. Com o corretor de pendente, os pedestais BUZON podem fazer as correções das pendentes de inclinação de 0 a 5%. Buzon Pedestal Internacional introduz um sistema de terraço em madeira com um novo e único sistema de clipes sem parafusos (matéria prima POM – acetato copolimero). O “COMPÓSITO CLIPS” sistema é colocado sobre os novos suportes Buzon DPH® SYSTEMA. A Buzon Pedestal Internacional é representada em Portugal pela empresa João Casanova – Soluções Ecológicas, Lda. www.buzoniberica.com

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novo aerogerador para locais de baixo recurso eólico O ECO122 é o novo aerogerador desenvolvido pela Alstom, especialmente destinado a velocidades de vento de 7.5 m/s. Este equipamento permite um fator de capacidade do parque eólico de 42%, equivalente a 3600 horas anuais de operação à potência nominal. Conta com um rotor de 122 metros de diâmetro e com uma área de 11700 m2. O ECO 122 é a última evolução da plataforma de aerogeradores Alstom ECO 100. “Pás maiores conseguem captar mais potência de forma mais eficiente, e com esta área de varrimento muito maior do que a das máquinas atuais, a ECO 122 fixou um novo padrão a nível mundial para locais com baixo recurso”, afirma Alfonso Faubel, Vice Presidente Sénior

da área de negócio Wind da Alstom. Face a outros aerogeradores, o ECO 122 produz aproximadamente mais 25% de energia numa determinada área de terreno, quando comparada com os aerogeradores atuais de 1,5-2 MW. Ao mesmo tempo, com este equipamento é necessário instalar menos máquinas. De acordo com a Alstom, com o ECO122, notamse reduções significativas no investimento de capital. Um parque eólico equipado com este tipo de aerogeradores poderá ter os custos das instalações complementares (BoP), reduzidos em 10-15%, quando comparado com um parque equipado com máquinas de 1,5-2 MW, devido à necessidade de menos fundações, plataformas e estradas, e menor rede de cabos.

A primeira ECO 122 será instalada em meados de 2012 com as primeiras entregas ao mercado previstas para o início de 2013. www.alstom.com · www.alstom.com/wind

tendências barbot Neste novo ano a Barbot vai apostar em “Back to Basics”, ou seja, a essência das coisas, a natureza e os elementos.Em 2012 a tendência nas cores passará, segundo a empresa de tintas, por um “regresso às origens em que o essencial se sobrepõe ao acessório e onde o conforto eleva a estética.” Tons crus, românticos e inspiradores ou cores-conforto ao estilo vintage é a aposta da Barbot. Em 2012 as novas cores da Barbot assumem mais do que uma missão decorativa, inspirando uma mudança do “mood” de uma casa. “Pequenas mudanças que têm um efeito imediato no seu dia a dia e que prometem mergulhá-la em emoções positivas e inspiradores”, afirma a Barbot. Este ano estão disponíveis três grupos de cores: cores autênticas; cores vintage; cores pastel. www.barbot.pt

teto falso “slim floor” A HORMIPRESA apresentou um novo tipo de teto pré-fabricado, comumente chamado de teto falso. Com este sistema não é necessário levantar vigas e facilita a passagem das restantes instalações. Além disso, permite reduzir a altura do edifício, obtendo-se um resultado final do ponto de vista estético. Segundo a empresa, este tipo de teto permite incorporar o sistema de iluminação de forma eficiente, sendo fácil de montar e reduzindo o tempo de execução. O teto “slim foor” destina-se a edifícios de vários andares e, especialmente, para grandes espaços abertos com vãos até 12 m. É autoportante e resiste a esforços horizontais depois de estarem prontos os nós estruturais. É composto por pilares (metálicos, de betão prefabricado ou mistos), vigas mistas “DeltaBeam” e placas alveolares, utilizando elementos de betão de alta qualidade (de HA-35 a HP-50) e tem resistência ao fogo de até 180 min.

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www.hormipresa.com


controlo do consumo de eletricidade A Schneider Electric (SE) apresentou uma nova gama Unica Wireless que permite tornar a casa mais eficiente, aumentando o conforto e reduzindo gastos. Esta gama dá a possibilidade de alterar as habitações, de forma a torná-las mais confortáveis e a possibilitar uma maior poupança energética, sem recurso a obras. Com estes equipamentos pode-se, por exemplo, controlar a iluminação e os estores com um simples pressionar de botão, sem ser necessário deslocar-se do local onde se encontra. Esta característica permite uma maior eficiência energética, uma vez que, ao mesmo tempo que o emissor diminuiu a intensidade luminosa em 25%, torna possível uma poupança energética de aproximadamente 20%. A Unica Wireless possibilita a diminuição em 10% da tensão na linha de iluminação, duplicando, desta forma, o tempo médio de vida das lâmpadas. “Num quadro tradicional, uma habitação, nomeadamente, um quarto, inclui uma instalação elétrica no qual se inclui um interruptor para a iluminação e um interruptor para os estores. Caso se pretenda colocar mais dois interruptores na cabeceira da cama para possibilitar o controlo automático dos estores e regular a iluminação, seria necessário passar por um processo que, muitas vezes, acaba por demover as pessoas de melhorar o seu apartamento: a abertura de roços para passar cablagem, fechar os roços e pintar o quarto. Com a nova solução da Schneider Electric, é apenas necessário alterar os interruptores convencionais (da iluminação e dos estores) pelos recetores UNICA WIRELESS, colocar dois emissores na cabeceira da cama podendo ainda complementar com um comando à distância sem ter de fazer qualquer tipo de obras na divisão. A partir desse momento passa a ser possível comandar os estores e a iluminação de uma forma simples e confortável”, explica Schneider Electric.

www.schneider-electric.com/pt

tecnologia super resolução para aplicações termográficas A Testo fez um upgrade ao seu software que permitiu aumentar a resolução na qualidade de imagem em todas as câmaras termográficas . Com a Tecnologia de Super Resolução Testo, a utilização de métodos e algoritmos fiáveis aumenta consideravelmente a resolução das imagens térmicas. Permite que as imagens térmicas tenham quatro vezes mais pixels e o dobro da resolução. A Tecnologia de Super Resolução Testo utiliza dois métodos. Em primeiro lugar, uma sequência de várias imagens é guardada cada vez que

é tirada uma imagem. Os cálculos são feitos a partir desta sequência de imagens e o resultado é uma imagem de elevada resolução. Os pequenos movimentos resultantes dos movimentos naturais das mãos de qualquer pessoa, enquanto a imagem térmica está a ser tirada, são utilizados por este método. Isto cria uma sequência de imagens com uma aproximação mínima entre cada uma delas. O algoritmo especial da Testo utiliza a informação e pixels adicionais para criar uma imagem do objeto medido com maior resolução.

Em segundo lugar, a qualidade da imagem é melhorada baseada no conhecimento detalhado das características da lente por infravermelhos. Isto é alcançado ao otimizar as propriedades da imagem da lente através do cálculo. “A Tecnologia de Super Resolução Testo não é um método de interpolação em que os valores intermédios artificiais são criados sem necessidade de informação adicional. Em vez disso, as leituras corretas são calculadas, podendo ser comparadas a uma resolução de deteção superior”, destaca a Testo. A Tecnologia de Super Resolução Testo está disponível em todas as câmaras termográficas Testo lançadas a partir de 1.10.2011. Para os modelos testo 875, testo 876, testo 881 e testo 882 já adquiridos, a Tecnologia de Super Resolução pode ser ativada através da atualização do software. www.testo.pt

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sistemas passivos de proteção sísmica

uma abordagem baseada no desempenho de amortecedores de líquido sintonizado O presente livro foca-se num tipo específico de sistemas passivo de proteção sísmica, aquela que recorre a amortecedores de líquido sintonizado. Os amortecedores de líquido sintonizado incluem-se na categoria dos amortecedores de vibrações passivos o que significa que não é necessário qualquer tipo de instrumentação sensível para o seu controlo, sendo como tal a sua instalação e custos de manutenção muito reduzidos quando comparados com outros dispositivos. “De facto, os amortecedores de líquido sintonizado têm vindo a apresentar um bom compromisso entre a mitigação efetiva de vibrações para ações de caráter dinâmico e o custo associado à sua implementação em estruturas novas ou pré-existente”, pode ler-se no prefácio. Esta trabalho pretende fazer uma investigação e o estudo com mais detalhe do comportamento dinâmico amortecedores de líquido sintonizado, bem como a avaliação

do seu desempenho quando isolados ou incluídos em sistemas estruturais, que apresentem vulnerabilidade significativa e que, de alguma forma, sejam representativas do parque habitacional português. “Pretendeu-se com a presente investigação dar resposta a uma necessidade e interesse crescentes por parte da comunidade científica de contextualizar os denominados amortecedores de líquido sintonizado nos sistemas passivos de proteção sísmica, tentando apresentar soluções da sua implementação na realidade portuguesa com base em um estudo cientifico com vincadas bases analítico-experimentais”, é referido pelos autores. A u t o r a : Mar ia João Falcão . E d i t o r a : L NEC . D a t a

de ediç ão:

2011

ISBN: 978-972-49-2223-2 . Páginas : 566 . P reço: 84,00 euros . à venda em www.engebook.com

gestão de conhecimento em projetos Este livro foca-se em aspetos relevantes da área da Gestão por Projetos, que se tornou no modelo de desenvolvimento, crescimento e sucesso das organizações modernas. Apresenta vários casos reais de implementação da Gestão de Conhecimento em Projetos em empresas e instituições internacionais, o livro demonstra que o conhecimento é parte essencial do processo de crescimento dos negócios. São também disponibilizados aos leitores os resultados de um inquérito realizado a dezenas de gestores de projeto certificados, sobre como evitar os desvios de um projeto. Tem também informação detalhada sobre o modelo Project Management Learning System (PMLS), que ajuda a tomar

a melhor decisão para recuperar o desempenho de um projeto. A obra está dividida em vários capítulos: Gestão de Conhecimento; Gestão de Projeto; Gestão de stakeholders em projetos; Gestão de stakeholders em projetos; Earned Value Management; Integração de Gestão de Conhecimento e do modelo PMLS com o PMBOK® Guide; Centro de Competência de Gestão de Conhecimento. O livro dirige-se a profissionais de todos os setores de atividade, académicos, investigadores e estudantes. A utor : Leandro Pereira . Editora : FCA . Data de edição: 2011 . ISBN: 978-972-722697-9 . Páginas : 256 . P reço: 22,20 euros

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projeto pessoal

Filipe Reis Azevedo Engenheiro bi Nasceu na Maia no ano de 1969. Licenciou-se em Engenharia Civil e começou a sua jornada pela empresa LUCIOS, da qual é administrador. É casado, pai de três filhos, um com 10 anos, outro com 7 e o mais novo ainda apenas com um mês e meio. Confessa a sua paixão pelo FCPorto, sendo o sócio nº 14940.

sonho de criança Escrever e viajar pelo mundo fora.

o seu maior desafio Educar e preparar os filhos para o futuro.

um arquiteto de referência Mies Van Der Rohe (1886-1969)

uma obra de referência O estádio do Dragão. Pela obra e pelo que representa.

uma aposta no futuro A reabilitação urbana nos centros históricos.

hobby favorito Viajar, Squash e Futebol.

dos projetos mais desafiantes, seleciona A Reabilitação do Quarteirão das Cardosas e a internacionalização da empresa.

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eventos

encontro nacional de betão estrutural Vai decorrer de 24 a 26 de outubro de 2012, no Porto, o Encontro Nacional de Betão Estrutural. Organizado em parceria pelo Grupo Português de Betão Estrutural (GPBE) e pela FEUP, o BE2012 pretende ser um ponto de encontro da indústria da Construção. Num ambiente descontraído, estarão reunidos construtores, projetistas, investigadores e empresas de materiais, onde se difundirão os conhecimentos mais atuais no domínio das estruturas de betão. “Na presente conjuntura económica, em que a indústria da Construção e a Engenharia Civil portuguesas enfrentam inegáveis dificuldades, o BE2012 constituir-se-á num amplo fórum de discussão técnica e de contactos, com vista a transformar os atuais desafios em novas oportunidades”, afirma a organização. Serão aprofundados os temas mais recentes durante este Encontro Nacional. Desde a conceção e projeto, aos novos materiais, à construção de obras de betão e à reabilitação. A alteração da normalização de execução de estruturas de betão, a implementação dos Eurocódigos e as novas tendências contidas no fib Model Code 2010 serão outros temas abordados. Estará em destaque a temática das barragens de betão, também introduzida no BE2012 dado o atual envolvimento do país na conceção, construção e reabilitação deste tipo de obras. No decorrer do evento será atribuído o Prémio Jovens Mestres, que irá distinguir as melhores dissertações de mestrado que forem apresentadas a concurso, centradas na temática do betão estrutural. Além disso, paralelamente ao Encontro, estará a decorrer uma Exposição Técnica, que proporcionará aos participantes o contacto com novos materiais, novas tecnologias e realizações recentes e, aos expositores, oportunidade de exibir os seus produtos e serviços. http://paginas.fe.up.pt/~be2012/

congresso português de argamassas e etics Coimbra vai acolher, de 29 a 30 de março, o 4º Congresso Português de Argamassas e ETICS. O evento acontece a cada dois anos e é organizado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS com o apoio do Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção – ITeCons. Reúne fabricantes, utilizadores, investigadores, projetistas, prescritores e outros atores do Setor de Argamassas e ETICS, para debater as tendências atuais e o desenvolvimento de novos produtos. A organização tem como objetivo proporcionar à Investigação Portuguesa (Escolas, Instituições e Empresas) a possibilidade de divulgar os seus trabalhos sobre Argamassas e ETICS. Este ano o tema principal é a Inovação no setor. O evento vai contar com a participação de outros países, nomeadamente do Brasil e países da União Europeia, com o objetivo de promover a troca de conhecimentos e experiências. www.congressosapfac.com

calendário de eventos

PCF 2012

Fraturas de Materiais – 13ª Conferência Nacional

2 e 3 fevereiro 2012

Coimbra Portugal

SPM e FCTUC www.dem.uc.pt/pcf2012/

4º Congresso Port. Argamassas e ETICS Argamassas e ETICS

29 e 20 março 2012

Coimbra APFAC Portugal www.congressosapfac.com

Paint Expo Tecnologias Industriais de Revestimento

17 a 20 abril Karlsruhe 2012 Alemanha

Fair Fair www.paintexpo.de DEC-UMinho www.civil.uminho.pt/coberturas/

Coberturas de Madeira

Seminário sobre Coberturas de Madeira

19 abril 2012

Guimarães Portugal

TEKTÓNICA 2012

Feira Internacional de Construção e Obras Públicas

8 a 12 maio 2012

Lisboa AIP - FIL Portugal www.tektonica.fil.pt

icnmmcs

“Mechanics of Nano, Micro and Macro Composite Structures”

18 a 20 junho Turim 2012 Itália

UP e TP http://paginas.fe.up.pt/~icnmmcs/

24 a 26 outubro 2012

FEUP http://paginas.fe.up.pt/~be2012/

Encontro Nacional Betão Estrutural de Betão Estrutural

Porto Portugal

As informações constantes deste calendário poderão sofrer alterações. Para confirmação oficial, contactar a Organização.

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Sistema de isolamento de paredes e protecção dos edifícios pelo exterior, aplicável em projectos novos ou de renovação, conferindo uma atractiva economia nos custos de energia 0171

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ISOLAMENTO TÉRMICO PELO EXTERIOR O GA D

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e acabamento do edifício com manutenção reduzida.

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PRINCIPAIS VANTAGENS Economia de energia

Economia acentuada nas necessidades de consumo energético para aquecimento e arrefecimento dos espaços habitados.

Diminuição do risco de condensações no interior da parede

Melhoria do conforto térmico de Verão e de Inverno, devido ao aumento da inércia térmica interior

Redução das pontes térmicas

Diminuição da espessura das paredes exteriores, aumentando a área habitável

Colocação em obra sem perturbar os ocupantes

Aumento da inércia térmica do interior dos edifícios, já que a totalidade da massa da parede da fachada se encontra disponível para acumular os ganhos internos de energia.

Diminuição da necessidade de ocupação de área útil no interior, já que a espessura necessária para o material de isolamento é transportada para o exterior.

Redução ou até mesmo eliminação das pontes térmicas lineares, permitindo um isolamento térmico sem interrupções nas zonas da estrutura.

Facilidade de utilização em reabilitação térmica de fachadas, já que os trabalhos são realizados sem utilização dos espaços interiores.

*Em obras de eficiência energética (Isolamento Térmico pelo Exterior). Portaria 303/2010, de 8 de Junho, que determina benefícios fiscais na dedução à colecta para este ano.

para mais informações vá a www.viero.com.pt


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As placas de gesso laminado Gyptec são certificadas e reconhecidas internacionalmente pela sua excelente qualidade.

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A placa Gyptec com isolamento permite aumentar o conforto dentro de casa, reduzindo os custos energéticos.

O sistema de construção a seco é um método rápido, limpo e económico para modernizar o interior dos edifícios.

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Permite alterar a modulação interior dos edifícios adequando-os a uma arquitetura moderna.

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Figueira da Foz

T (+351) 233 403 050

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