ano 11 · nº 23 · Dezembro 2010
ARTIGO ANÁLISE INTEGRADA DO CICLO DE VIDA DE PONTES PROJECTO CENTRO DE ALTO RENDIMENTO DE MONTEMOR-O-VELHO
ECCS Eurocode Design Manuals
Foram recentemente lançados os primeiros dois manuais da colecção de manuais técnicos da ECCS “ECCS Eurocode Design Manuals”. Os manuais “Design of Steel Structures” e “Fire Design of Ste el Structures” são os primeiros de uma colecção de nove manuais (em inglês), principalmente destinados a fornecer orientações de cálculo de acordo com os Eurocódigos, sendo cada um dos manuais vocacionado para a abordagem de uma parte específica dos Eurocódigos relevantes para a construção
Metálica. Esta série de livros lançada pela ECCS fornece uma combinação de conteúdo teórico, uma explicação das prescrições dos códigos e exemplos de cálculo detalhados. Tendo em vista o objectivo de tornar esta colecção uma das principais referências na área de cálculo de estruturas metálicas, a ECCS chegou a acordo com a Ernst & Sohn, empresa que pertence ao grupo Wiley (uma das maiores editoras europeias), para a comercialização e distribuição destes manuais por toda a Europa.
Design of Steel Structures
Fire Design of Steel Structures
Design of Plated Structures
Autores Luís Simões da Silva (Portugal), Rui Simões (Portugal) e Helena Gervásio (Portugal)
Autores Jean-Marc Franssen (Belgium) e Paulo Vila Real (Portugal)
Autores Darko Beg (Slovenia), Ulrike Kuhlmann (Germany), Laurence Davaine (France) e Benjamin Braun (Germany)
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 454 páginas PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 452 páginas PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 285 páginas PVP: 55 euros | Preço Membro CMM: 44 euros
O livro aborda os conceitos fundamentais do Eurocódigo 3, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, introduzindo a sua aplicação prática. Neste livro, a modelação e análise estrutural são abordadas num capítulo que vai ajudar os projectistas na fase de projecto. São fornecidos abordagens e critérios de cálculo para os diversos tipos de elementos estruturais. Os princípios e aplicações de cálculo elástico e plástico de estruturas metálicas são detalhadamente desenvolvidos. São apresentados vários exemplos de cálculo, facilitando e assegurando uma transição suave dos códigos nacionais anteriores para o Eurocódigo.
O livro explica e ilustra as regras fornecidas no Eurocódigos para a concepção de estruturas de aço sujeitas ao fogo. Fornece uma introdução ao tema e explica como calcular as acções mecânicas (cargas) em situação de incêndio com base nas informações prestadas nas normas EN 1990 e EN 1991. Neste livro são analisadas questões que um projectista pode enfrentar ao avaliar a resistência ao fogo de um edifício, recorrendo a um caso de estudo. Ao adquirir o livro o leitor receberá a licença do programa informático “ElefirEN”, que permite aos projectistas calcular o desempenho de componentes de aço em situação de incêndio de uma forma rápida e precisa.
Este manual, que inclui diversos exemplos práticos, está dedicado ao projecto de elementos estruturais constituídos por placas, orientando o leitor para uma correcta e eficiente aplicação da EN 1993-1-5. O problema da encurvadura lateral por flexão-torção em estruturas metálicas laminares impõe estratégias e procedimentos de dimensionamento complexos, envolvendo a análise de estabilidade em estado pós crítico, a interacção entre diferentes modos de rotura, etc. Esta norma fornece procedimentos relativamente simples, que em geral conduzem a resultados mais fiáveis que os obtidos com complexa simulações numéricas.
Design of Cold-formed Steel Structures (previsto em 2011) Autores: Dan Dubina (Romania), Viorel Ungureanu (Romania) e Rafaelle Landolfo (Italy)
Design of Composite Structures (previsto em 2011) Autores: Markus Feldman (Germany) e Benno Hoffmeister (Germany)
Design of Joints in Steel and Composite Structures (previsto em 2011) Autor: Jean-Pierre Jaspart (Belgium), Klaus Weynand (Germany) e Jurgen Kuck (Germany)
Fatigue Design of Steel and Composite Structures (previsto em 2011) Autores: Alain Nussbaumer (Switzerland), Luís Borges (Switzerland) e Laurence Davaine (France)
editorial
Neste número da metálica é apresentado o projecto do Centro de Alto Rendimento / Centro Náutico de Montemor-o-Velho que é conhecido por ser uma das mais significativas e exemplares intervenções sobre a paisagem, construídas em Portugal nos últimos anos. Trata-se de um projecto urbano de grande dimensão, que se estende por uma área de 94 hectares, e que incluiu a abertura de um canal de aquecimento, o alargamento do canal de arrefecimento de apoio à pista existente, a construção de um percurso ciclável ao longo dos planos de água e uma via técnica para apoio ao treino e às provas com as infra-estruturas de apoio necessárias, a construção de um edifício para acolher o programa de apoio ao funcionamento do Centro e uma área reservada para o funcionamento independente do restaurante.
Paulo Cruz Director
O edifício metálico, de um só piso, é formado por uma única nave de grandes dimensões (5.380m2), modulada com base no módulo dos hangares, 24x6m. Este espaço, muito pragmático, é encerrado com um portão de correr contínuo, que garante simultaneamente o acesso ao edifício e ao Centro Náutico. Do seu uso depende a imagem exterior do edifício: desde um enorme contentor metálico a uma ampla praça coberta. O artigo técnico é dedicado à análise integrada do ciclo de vida de pontes, apresentando um exemplo de uma ponte mista rodoviária. Neste estudo foram utilizados os seguintes indicadores específicos: (i) impactos ambientais, (ii) custos iniciais e futuros, e (iii) impactos sobre os utilizadores. Estes indicadores foram quantificados numa abordagem probabilística. Este exemplo torna evidente que soluções mistas permitem reduzir os tempos de construção e minimizar a necessidade de manutenção, contribuindo para um melhor desempenho ao longo do ciclo de vida. Paulo Cruz
Revista da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Dep. de Engenharia Civil Universidade de Coimbra Polo II Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra - Portugal tel.: +351 239.79 72 19 tlm.: +351 96.50 61 249 fax: +351 239.40 57 22 internet: www.cmm.pt e-mail: cmm@cmm.pt nº 23 - Dezembro de 2010
sumário
1
editorial
2
notícias
8
artigo técnico análise de ciclo de vida de uma ponte rodoviária mista
projectos 14 centro de alto rendimento de montemor-o-velho / centro náutico
Director: Paulo Cruz Conselho Editorial: Dinar Camotim; João Almeida Fernandes; José Rodrigues; Leonor Côrte-Real; Luís Simões da Silva; Paulo Vila Real; Pedro Bandeira; Tiago Abecasis Propriedade: cmm – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Redacção, Design e Impressão: Engenho e Média, Lda. ISSN: 0874-3738 Depósito legal: 128899 Tiragem: 1500 exemplares
20 22 24 26
diversos legislação formação e eventos cmm publicações notícias ECCS Internacional
50 anos de construção metálica e mista na europa 30 parte 10 – 1998/99 agenda 32 calendário de eventos
Imagem da capa © Miguel Figueira GEP.CMMV
1 metálica 23 . dezembro 2010
notícias
Construção metálica do Fórum Sintra O empreendimento comercial é composto por uma estrutura metálica que pesa 1.280 toneladas e que está a ser executada pela empresa Seveme.
Grande parte das coberturas deste complexo é constituída por estruturas metálicas de geometrias muito variadas e de elevada complexidade de preparação, fabrico e montagem. Sobre estas estruturas existem 9 grandes elementos arquitectónicos conhecidos por jóias, que irão servir como entrada de luz zenital, uma vez que são integralmente revestidos em vidro. A Seveme explica que devido à “complexidade geométrica e à volumetria das peças a serem transportadas optouse, naturalmente, por ligações aparafusadas e com os nós ortogonais a receberem várias vigas em direcções distintas”. Todas as estruturas foram pintadas com uma tinta intumescente EF 60. As coberturas são revestidas com estruturas de alumínio e vidro serigrafado e algumas zonas por revestimentos opacos.
Nova estrutura de painéis fotovoltaicos A Parfel em parceria com a Rightnow desenvolveu uma nova estrutura de painéis fotovoltaicos - FA3000 INTEGRADO. O primeiro sistema deste género foi instalado em Mafra. A estrutura FA3000INTEGRADO é inovadora porque não está encostada à fachada da habitação, permitindo assim a colocação de equipamentos técnicos e ao mesmo tempo “prolongar” a inclinação da cobertura existente. www.parfel.pt
2 metálica 23 . dezembro 2010
O empreendimento é composto também por estruturas metálicas para receber pavimentos de vidro, por passadiços e pavimentos intermédios e por estruturas de elevadores panorâmicos. A empresa destaca toda a entrada nascente, devido às suas palas treliçadas com 56 m de vão e com uma projecção de 32 m em relação à cércea da fachada do edifício. Também as 7 salas de cinemas têm a estrutura das bancadas construída em estrutura metálica e lajes colaborantes. O peso total das várias estruturas metálicas ascendeu a 900 toneladas, tendo as serralharias atingindo as 380 toneladas.
notícias
Passadiços pedonais de estrutura metálica em Gondomar O Gabinete de Estruturas e Geotecnia (GEG) tem projectado várias obras de relevo ao longo dos últimos anos. O mais recente projecto de grande envergadura projectado pela GEG consistiu em sete passadiços pedonais metálicos, no âmbito do traçado da ciclovia do Programa Polis de Gondomar.
A obra ficou a cargo da MRG – Manuel Rodrigues Gouveia, S.A /OIKOS Construções, S.A. Longitudinalmente os passadiços acompanham a inclinação definida para a ciclovia, sendo o seu comprimento variável em cada caso. Transversalmente os passadiços são horizontais e têm uma largura de 3,20 m. vãos de 14,64 m e 19,52 m. A estrutura dos passadiços organiza-se numa treliça triangular de perfis tubulares metálicos CHS, dois constituindo as cordas superiores e um a corda inferior. Sobre as cordas superiores assentam os perfis HEB (espaçados de 1.22 m) que, funcionando como carlingas, são, também, o apoio do revestimento do passadiço.
PUB.
A solução estrutural dos passadiços apresenta uma quase repetitividade em todos eles, com excepção dos pilares que, por razões estruturais, são em betão. Segundo o GEG o que se pretendeu foi optimizar a solução, uniformizando-a para os diferentes passadiços, tanto por razões estéticas como económicas. Os passadiços desenvolvem-se em módulos múltiplos de 4.88 m, com
www.skinzipsystem.com
A PELE DO SEU EDIFÍCIO Dada a sua flexibilidade, o sistema SKINZIP, para coberturas e revestimentos, representa uma nova dimensão de possibilidade de projectos de edifícios de qualquer tipo. Esta solução construtiva, de grande elegância e performance técnica, permite revestir quase todas as formas arquitectónicas, dando ao projectista uma enorme liberdade criativa.
Obra: Escola Secundária de Almada | Promotor: Parque Escolar | Empreiteiro: Opway | Sub-Empreiteiro da cobertura Skinzip: Intertelha BLOCOTELHA PORTUGAL T. +351 244 498100 F. +351 244 481567 blocotelha@grupomeneses.com . www.blocotelha.com INTERTELHA T. +351 249 530270 F. +351 249 532465 intertelha@grupomeneses.com . www.intertelha.com BLOCOTELHA ESPAÑA T.+34 924248992 F. +34 924220016 blocotelha@blocotelha.es . www.blocotelha.es BLOCOTELHA MAROC T +212 22482292 F. +212 33482293 blocotelhamaroc@blocotelha.ma . www.blocotelha.com
3 metálica 23 . dezembro 2010
notícias
O FELIZ: Praça das Portagens da A3 na Maia Projecto de execução e montagem de uma estrutura metálica porticada cobrindo a totalidade da praça de portagem em ambos os sentidos de tráfego, à excepção da zona destinada à implantação dos Pórticos Free-Flow. A projecção em planta das coberturas ocupa uma área de aproximadamente 51 m x 14 m no sentido N/S e de 30 m x 14 m no sentido S/N.
Sentido Norte – Sul Os pórticos principais, em número de quatro e afastados de 10 m (vãos extremos) e 18.10 m (vão central), desenvolvem-se paralelamente ao eixo das vias de tráfego, apoiando-se sobre os ilhéus separadores. São constituídos por 2 montantes inclinados e ortogonais entre si, de secção transversal trapezoidal oca composta por chapas soldadas e cuja altura é variável ao longo do comprimento das peças atingindo um máximo de 1.0 m na intersecção dos montantes. Os pórticos vencem um vão total de 24.78 m e uma altura de cerca de 7.90m, servindo de apoio à estrutura da cobertura.
Ficha Técnica Dono de obra: Brisa Auto Estradas de Portugal, S.A. Autor: Frederico Valsassina Arquitectos Data do projecto: 2009 Data da obra: 2009-2010 Projecto de estabilidade da estrutura metálica: BETAR – Estudos e Projectos de Estabilidade, Lda. Empreiteiro geral: CONSÓRCIO Construções Gabriel A.S. Couto, S.A. / Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. Estrutura metálica: O FELIZ – Metalomecânica, S.A.
4 metálica 23 . dezembro 2010
A zona coberta, disposta sobre as cabines portageiras, é constituída por uma malha ortogonal de perfis metálicos apoiados sobre os pórticos numa área de 14.60 x 51.10 m2 e com balanços em consola de 6.50 m nas extremidades laterais e de 5.04 m na zona frontal da cobertura. Os perfis principais de secção HEB 260 encontram-se dispostos de modo a vencerem, por um lado, os vãos entre pórticos e as consolas laterais e, por outro, as consolas frontais de 5.04 m. Alinhados com a face superior dos banzos dos HEB 260 e perpendicularmente a estes, dispõem-se perfis de secção IPE 180 que, para além de servirem de apoio ao revestimento da cobertura, conferem aos perfis principais o necessário travamento para que se garanta a resistência a fenómenos de encurvadura.
notícias
Na secção de topo dos montantes, os vãos entre pórticos serão vencidos por um perfil de secção rectangular oca 1.50 m x 0.25 m composto por chapas soldadas. A ligação desta viga V1 aos montantes do pórtico respeitou os pontos seguintes, uma vez que todas as secções eram tubulares fechadas: — troços da viga V1, com 50cm de comprimento previamente soldados ao topo dos montantes em estaleiro; — cada troço de 50 cm teve na sua extremidade chapas interiores que permitiram o apoio da restante viga através de ligações aparafusadas cuja função foi a de facilitar o encaixe dos troços para maior facilidade de montagem. Após o encaixe foi feita a soldadura dos troços à restante viga e retirados os parafusos de modo a que a ligação ficasse imperceptível. As restantes ligações entre elementos da pala de cobertura foram aparafusadas.
Sentido Sul - Norte
PUB.
No sentido sul-norte a solução estrutural adoptada é em tudo semelhante à que acabámos de descrever, referindose neste caso a apenas dois pórticos principais afastados de 16.90 m.
Naves industriais
Modelo Ceptra Construção flexível e personalizada Frisomat calcula, desenha e constroi hangares e pavilhões há mais de 30 anos em todo o mundo, em conformidade com as normas e regulamentos de cálculo locais. Produção de elevada qualidade em aço galvanizado enformado a frio.
Contacte-nos. www.frisomat.pt Ceptra_CMM_2010.indd 1
12/01/2010 9:04:02 metálica 23 . dezembro 2010
5
notícias
Construção da ponte mais alta de Praga Foi recentemente inaugurada a nova circular rodoviária da capital checa, sendo que a parte da ponte que atravessa o vale de Lochkov é a mais alta estrutura deste tipo na região. A ponte tem 461 metros de comprimento e é sustentada por pilares oblíquos, pouco habituais neste tipo de construção. A Hempel foi a marca escolhida para “dar cor” a esta circular rodoviária. No total foram utilizadas 4.700 toneladas de aço.
Segundo a Hempel, os projectistas responsáveis por esta obra pretenderam criar uma estrutura diferente – que não fosse vista apenas como mais uma obra prática e de grande volumetria. “Naturalmente, era necessário proteger estas áreas com produtos anticorrosivos. Para a ponte de Lochkov, foi proposta a combinação de duas cores metalizadas: azul e prata. Para a cor azul foi utilizado o poliuretano HEMPEL’s 551DE/DB510 e, para a cor prateada, a última geração de poliuretanos, HEMPATHANE HS 55610. Para proteger 30.000 m2 de superfície metálica, foram utilizados cerca de 20.000 litros de tinta”, refere a Hempel.
seguida da aplicação de duas demãos de intermédio (40 μm e 80 μm). A demão final de 80 μm foi aplicada após a conclusão da betonagem do tabuleiro da ponte. Na parte dos trabalhos efectuados em oficina foi utilizado HEMPADUR FAST DRY 15560, uma cor especial pigmentada com óxido de ferro micáceo que permitiu alargar o intervalo de recobrimento entre as aplicações em oficina e em obra.
O sistema de pintura incluiu metalização – 100 μm nas superfícies interiores e 120 μm nas superfícies exteriores,
Os trabalhos da ponte de Lochkov começaram em Junho de 2007 e foi inaugurada em 20 de Setembro deste ano.
Martifer implanta parque fotovoltaico na ilha de Santiago Foi inaugurado no início de Novembro o segundo parque fotovoltaico na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. A obra esteve a cargo da Martifer Solar, detida pela Martifer SGPS, SA.
Instalado em estruturas fixas, este parque é um projecto chave-na-mão, desenvolvido na sua totalidade pela Martifer Solar e utiliza painéis solares produzidos na sua fábrica em Oliveira de Frades. Estima-se que este parque consiga produzir 8.120 MWh/ano. A infraestrutura ocupa uma área de 13 hectares e tem uma potência pico de 5 MW e é, até à data, a maior central fotovoltaica do continente africano. Anteriormente já tinha sido inaugurado um parque solar na Ilha do Sal, também construído pela Martifer Solar, com 2,5 MWp e possibilidade de ampliação para 5 MWp. A Martifer Solar afirma que as duas centrais “assegurarão cerca de 4% da electricidade total produzida em todo o arquipélago e evitarão a emissão de 13 mil toneladas por ano de CO2”. www.martifer.com
6 metálica 23 . dezembro 2010
notícias
Utilização de aço enformado a frio em obras de reabilitação Numa altura em que cada vez mais se fala na necessidade de reabilitação e conservação do parque edificado português surgem também outras questões ligadas aos materiais que devem ser usados neste tipo de obras específicas. O aço leve tem sido cada vez mais utilizado e as vantagens são muitas, segundo a Gestedi, empresa especialista em obras de construção com aço leve. “A nobreza do aço leve, o seu fácil manuseamento, transporte e as várias valências competitivas na reabilitação, demonstram que é por vezes a única alternativa”, afirma a empresa em comunicado.
Os responsáveis explicam que muitas vezes o aço leve é a única solução para substituir as madeiras nos edifícios antigos, permitindo “respeitar rigorosamente as arquitecturas patrimoniais dotando o edifício uma nova vida, seguramente mais longa que a anterior, e a criação mais ousada do reaproveitamento de novos espaços.”
Metalocar inicia produção de perfis compostos Segundo a Metalocar “esta solução construtiva que apresenta um melhor rácio rigidez versus peso é determinante na competitividade de edifícios metálicos de grande porte.” www.metalocar.pt
PUB.
A empresa de metalomecânica, Metalocar, começou a produzir perfis compostos em alternativa aos perfis laminados. Para isto, a empresar efectuou um investimento de 600.000 euros para a aquisição de uma linha robotizada para a assemblagem destes perfis a partir de chapa.
7 metálica 23 . dezembro 2010
artigo técnico
pontes: análise integrada do ciclo de vida
análise de ciclo de vida de uma ponte rodoviária mista Helena Gervásio e Luís Simões da Silva Universidade de Coimbra
Pontes e viadutos são elementos importantes em qualquer rede de infra-estruturas. Os seus custos de construção e manutenção são questões fundamentais tanto para o engenheiro projectista como para a concessionária. No entanto, num futuro próximo, o projecto de pontes e outras infra-estruturas vai exigir mais do que a conformidade com os requisitos habituais de segurança e restrições económicas. A perspectiva multidimensional da sustentabilidade requer a combinação dos critérios actuais com outros aspectos importantes, tais como a sociedade e o meio ambiente, geralmente considerando uma abordagem de ciclo de vida. Neste trabalho é apresentada uma metodologia integrada de ciclo de vida, considerando critérios ambientais, económicos e sociais, para avaliação de pontes e viadutos. A metodologia é aplicada a um viaduto rodoviária misto de aço-betão.
8 metálica 23 . dezembro 2010
artigo técnico
pontes: análise integrada do ciclo de vida
programa SimaPro (2008). Uma análise do ciclo de vida ambiental envolve a quantificação de todos os encargos ambientais desde a produção de matérias-primas até o destino final dos materiais resultantes da demolição. Para cada processo é necessário quantificar todos os fluxos de entrada (materiais, energia, etc) e de saída (emissões para a atmosfera, água, solo, resíduos, etc).
3. Análise de Ciclo de Vida Económico A análise de ciclo de vida económica envolve todos os custos que ocorrem durante o ciclo de vida do viaduto. Assim, foram considerados: (i) os custos de construção (CC), (ii) os custos de operação e manutenção (OC), e (iii) o custo de fim de vida (EC). Nesta análise os custos futuros que ocorrem ao longo do ciclo de vida da estrutura são descontados para o seu valor-actual, utilizando a expressão (4):
1. Introdução Numa perspectiva de sustentabilidade, a análise de pontes e outras infra-estruturas requer uma abordagem de ciclo de vida que combine requisitos de segurança com aspectos ambientais, económicos e sociais. A metodologia de análise de ciclo de vida foi descrita em Gervásio e Simões da Silva (2008) e considera a avaliação dos desempenhos ambiental, económico e social de um viaduto ao longo do seu ciclo de vida, tendo como base a metodologia de ciclo de vida definida nas normas ISO 14040 (2006) e 14044 (2006). Embora estas normas digam respeito apenas ao critério ambiental, a mesma metodologia é utilizada para a avaliação dos critérios económico e social. A avaliação dos três critérios é feita separadamente, no entanto, todos os critérios partilham o mesmo objectivo e âmbito da análise e baseiam-se na mesma análise de inventário. O objectivo da análise de ciclo de vida é avaliar quais os processos, ao longo do ciclo de vida do viaduto, que mais contribuem para os impactos ambientais, económicos e sociais. O objecto da avaliação, a unidade funcional, é um viaduto misto aço-betão projectado para uma vida útil de 100 anos. No fim-de-vida da estrutura assumiu-se que a estrutura metálica seria reciclada. Neste caso, considera-se que o processo de reciclagem do aço evita a produção de aço novo pela via primária (a partir de matérias primas). Assim, todos os encargos ambientais associados a esta via poderão ser deduzidos da análise. Esta abordagem é conhecida como "método de substituição". Esta abordagem de ciclo-fechado é a metodologia adoptada pela Worldsteel Organization (2002).
2. Análise de Ciclo de Vida Ambiental A análise de ciclo de vida ambiental foi realizada de acordo com a metodologia CML (2001) e com recurso ao
onde, Ct é a soma de todos os custos relevantes ocorridos no ano t; N é o número de anos da análise; e d é a taxa de desconto utilizada.
4. Análise de Ciclo de Vida Social A análise de ciclo de vida social tem em consideração os impactos sofridos pelos utilizadores do viaduto, sempre que o local onde se insere a estrutura se encontra em obras (devidas à construção ou manutenção da mesma). Três tipos de custos foram considerados, conforme descrição nos parágrafos seguintes. Estes custos são dados pela diferença entre os custos relativos ao período em que existe actividade e os mesmos custos relativos a um período sem qualquer congestionamento. Assim, o custo do tempo perdido por um condutor viajando numa zona de obras é denominado “custo de atraso do condutor” (DDC). Este custo é dado pela diferença entre o custo do tempo perdido por um condutor durante uma viagem, numa determinada extensão, a uma velocidade normal e o tempo perdido a uma velocidade reduzida, devido a congestionamento relativo a obras. O custo devido à operação do veículo (VOC), o qual inclui quatro parcelas principais: o consumo de combustível, o custo dos pneus, o custo de manutenção e os custos de depreciação dos veículos. E finalmente, os custos de acidentes também relacionados com congestionamentos relativo a obras.
5. Descrição do Caso de Estudo O caso de estudo analisado neste trabalho é um viaduto misto, representado na Figura 1, com três vãos de 18,5 m + 40,8 m + 18,5 m. Este viaduto foi construído em 2008, perto da cidade do Porto, Portugal. O tabuleiro é misto definido por duas vigas de aço longitudinais e uma laje de betão. A estrutura principal é de aço da classe 9 metálica 23 . dezembro 2010
artigo técnico
pontes: análise integrada do ciclo de vida
S355, composta por duas vigas longitudinais compostas, restringidas lateralmente por perfis IPE.
Fig. 2 Construção do viaduto
Fig. 1 Planta e alçado do viaduto
5.1. Fases de produção de material e de construção Todos os dados relativos ao projecto e construção do viaduto foram gentilmente cedidos pela BRISA. Para a construção do viaduto foram necessárias cerca de 146 toneladas de aço. As principais quantidades e respectivos custos unitários estão indicados na Tabela 1.
Tab. 1 Principais quantidades e custos unitários
Elemento Estrutural
Classe
Fundações
Betão C25/30
223 m3
58 €/m3
Encontros
Betão C30/37
123
63 €/m3
Pilares
Betão C30/37
33
63 €/m3
Tabuleiro – laje de betão “in situ”
Betão C35/45
164
71 €/m3
Tabuleiro – laje de betão pré-fabricada
Betão C35/45
161
58 €/m3
Aço em armaduras
Aço A500
75 459 Kg
0.65 €/kg
Aço estrutural
Aço S355
145 678 Kg
1.20 €/kg
—
1 296 m2
11 €/mz
Pintura da estrutura metálica
A construção do viaduto demorou um total de 87 dias. A lista dos equipamentos utilizados para a construção foi fornecida pelo empreiteiro. O tempo necessário para cada equipamento foi estimado com base no plano de construção fornecido pelo empreiteiro e no rendimento dos respectivos equipamentos. A Figura 2 ilustra a construção de um viaduto semelhante ao analisado neste trabalho. 10 metálica 23 . dezembro 2010
5.2. Fase de operação do viaduto Esta fase começa quando o viaduto entra em serviço e termina quando o viaduto atinge o fim da sua vida. Durante este período é necessário estimar a vida útil das diversas componentes do viaduto, assim como respectivos custos. Neste trabalho, foi assumido um plano de manutenção e reabilitação da obra, o qual é indicado na Tabela 2, com base na vida útil estimada de Tab. 2 Plano de manutenção e reabilitação
Actividade
Primeira Intervenção
Intervalo de Tempo
Custo Unitário
Inspecções periódicas
2
2
1 000 €
Inspecção principal
5
5
2 000 €
Limpeza das juntas de dilatação
1
1
200 €
Substituição das juntas de dilatação
25
25
13 500 €
Substituição revestimento betuminoso
15
15
11 000 €
Substituição da viga de bordadura
25
25
11 000 €
Substituição das guardas de protecção
25
25
4 500 €
Substituição dos apoios
25
25
6 000 €
Revestimento das vigas de aço
25
25
300 €/m
Manutenção da estrutura de betão
25
25
50 €/m2
Reabilitação do tabuleiro
50
—
100 €/m2
artigo técnico
pontes: análise integrada do ciclo de vida
Fig. 3 Contribuição das diversas fases do ciclo de vida para cada categoria ambiental
cada componente da obra e em práticas de manutenção e reabilitação correntes na BRISA e outras concessionárias.
5.3. Fase de fim de vida Como já referido, na etapa de fim de vida foi assumido que a ponte seria demolida. Os dados para a demolição da estrutura basearam-se no projecto de demolição de uma ponte em betão, fornecido pela BRISA, e em informações recebidas directamente dos empreiteiros. Além disso, foi estimado que para tal seriam necessários um total de 23 dias. De acordo com a actual legislação é obrigatória a classificação dos materiais resultantes da demolição no local da obra. Após a classificação dos materiais, estes são reencaminhos para locais apropriados de acordo com as suas características e potencial para reciclagem. Assim, assumiu-se que a estrutura em aço seria reciclada num local a 100 km do local da obra. Assumiu-se também que os restantes materiais seriam transportados para um aterro de materiais inertes situado a uma distância de de 50 km.
6. Resultados da Análise Ambiental Na Figura 3 são apresentados os resultados da análise ambiental de ciclo de vida. Esta figura representa a
contribuição de cada fase, ao longo do ciclo de vida, para cada categoria ambiental. A fase de produção de materiais contribui com uma percentagem mínima de 4,9% na categoria de “depleção da camada de ozono”, e com um máximo de 56.4% na categoria de “aquecimento global”. A fase de construção contribui com uma percentagem mínima de 8.8% e uma percentagem máxima de 19.1% respectivamente nas categorias de “ecotoxicidade” e “oxidação fotoquímica”. A fase de operação contribui com uma percentagem mínima de 29.9% na categoria de “ecotoxicidade”, até um máximo de 63.4% na categoria de “depleção da camada de ozono”. Finalmente, a última fase contribui com um mínimo de -5.4% na categoria de “aquecimento global” e um máximo de 14.2% na categoria de “depleção da camada de ozono”. Todas as fases, com excepção da fase de produção de materiais, incluem a utilização de equipamento e congestão de tráfego causado pela actividade de construção. Em todos os casos, a congestão do tráfego é a maior responsável pela produção de impactos, mesmo na fase de fim-de-vida, ainda que com valores menores.
Fig. 4 Valor presente acumulado relativo ao ciclo de vida da ponte
11 metálica 23 . dezembro 2010
artigo técnico
pontes: análise integrada do ciclo de vida
Fig. 5 Valor presente acumulado (custo social) relativo ao ciclo de vida da ponte
A utilização de equipamento também contribui com valores elevados em todas as fases, particularmente nas categorias de “acidificação”, “eutrofização” e “aquecimento global”. 7. Resultados da análise económica A compilação dos custos de ciclo de vida conduziu ao valor presente total de 911.492,37 €, o que representa um custo de 973.08 €/m2. Foi utilizada uma taxa de desconto de 3.5%. Os custos anuais e o valor do custo presente acumulado do viaduto estão ilustrados na Figura 4.
8. Resultados da análise social A compilação dos custos sociais durante o ciclo de vida conduziram ao valor presente de 614.174,00 €, o que representa um custo de 656.00 €/m2. Os custos por ano e o valor do custo presente acumulado do viaduto estão ilustrados na Figura 5. Este custo é cerca de 67% do custo de ciclo de vida da estrutura, como indicado na secção anterior. Nesta análise foi considerando uma taxa de desconto de 3.5%. Este análise levou em conta os utilizadores do viaduto e os utilizadores da auto-estrada sob o viaduto.
REFERÊNCIAS — Ecoinvent Centre (2004), Ecoinvent data v1.3. Final reports ecoinvent 2000 No. 1-15. Swiss Centre for Life Cycle Inventories. Dübendorf. Retrived from: www.ecoinvent.ch. — Gervásio, H. and Simões da Silva, L. (2008), A probabilistic life
Na fase de construção apenas foi considerado o tráfego na auto-estrada porque o viaduto era novo e portanto sem circulação. Para além disto, para a fase de fim de vida, assumiu-se que o tráfego sobre o viaduto seria desviado para um percurso alternativo e portanto não foram considerados quaisquer impactos.
cycle analysis of a steel-composite bridge, in Ofner, R., Beg, D., Fink, O., Greiner, R. And Unterweger, H. (eds.), Eurosteel 2008 – 5th European Conference on Steel and Composite Structures Research - Eurocodes - Practice, ECCS, Belgium, pp 1263-1278. — Guinée, J., Gorrée, M., Heijungs, R., Huppes, G., Kleijn, R., de Koning, A., van Oers, L., Sleeswijk, A., .Suh, S. and Udo de Haes, H. (2001), Life Cycle Assessment: An operational guide to the ISO standards - Part 2b – Operational Annex.
9. Conclusões As duas principais causas de impactos ambientais e sociais ao longo do ciclo de vida do viaduto são o congestionamento de tráfego causado por obras e a utilização de equipamento.
Centre of Environmental Science (CML), Leiden University, The Netherlands. — IISI (2002), World Steel Life Cycle Inventory. Methodology report 1999/2000. Committee on environmental affairs. Brussels. — ISO 14040 and ISO 14044 (2006). Environmental management – life cycle assessment. International Organization for
Os viadutos mistos permitem construir em períodos de tempo mais curtos e permitem minimizar a necessidade de manutenção da estrutura ao longo do seu ciclo de vida, contribuindo para um melhor desempenho global ao longo do ciclo de vida. 12 metálica 23 . dezembro 2010
Standardization, Geneva, Switzerland. — SimaPro 7 (2008), Software and database manual, PRé Consultants, Amersfoort, The Netherlands.
projectos
montemor-o-velho
centro de alto rendimento de montemor-o-velho / centro náutico
© Luis Ferreira Alves
> Maquete do estudo preliminar
Depois da intervenção em 2002, no canal do século XVIII, para a prática do remo e canoagem, conseguimos em 2009 avançar com a obra do centro náutico de Montemoro-Velho integrado na rede nacional para o desporto de alto rendimento. Trata-se de um projecto urbano estruturante para Montemor e para a Região, quer nas escalas de proximidade, dado o impacto na frente ribeirinha de Montemor-o-Velho e nos demais núcleos urbanos do centro, quer pela expressão territorial, na forma como marca o centro do vale do Mondego. 14 metálica 23 . dezembro 2010
Efectivamente, este equipamento localiza-se no centro do vale e constrói a diagonal que simultaneamente materializa a articulação entre as suas margens e reestrutura o principal eixo urbano do vale. Rompe com o perfil monofuncional do vale estabelecendo-se como âncora para novos usos. Promove a recuperação do movimento
projectos
montemor-o-velho
> Arquivo de obra / © arquivo GEP.CMMV
entre as margens e o centro do vale, reconciliando a comunidade urbana com o seu território. Contribui para a re-significação do vale do Mondego, com a diversificação do seu perfil funcional, tornando-se fundamental para a qualificação do seu sistema urbano e consequentemente para a recuperação da centralidade de Montemor-o-Velho. programa O projecto base para a elaboração do Plano do Centro Náutico data de 1998. Passada quase uma década, os critérios de exigência actuais obrigaram a uma reavaliação profunda, tanto na parte a construir como na já executada. A pista de retorno é a alteração que melhor ilustra esta evolução: este canal, não considerado nas exigências dos organismos internacionais à data do projecto, é hoje um dado incontornável para a classificação da pista nos cenários mais exigentes de provas internacionais. O novo enquadramento funcional do Centro Náutico obrigou a uma reavaliação profunda em conformidade com
as exigências actuais e com soluções harmonizadas para um funcionamento mais abrangente. Tratou-se de uma alteração de programa ainda antes da alteração do projecto. A alteração do programa foi elaborada com base nas seguintes premissas: ¬ ao nível do dimensionamento, os parâmetros aplicáveis são os da realidade nacional no alto rendimento, num quadro de partilha de espaços e recursos pelas modalidades de Canoagem, Natação, Remo e Triatlo; ¬ possibilidade da inscrição do Centro Náutico ao nível dos grandes Eventos Internacionais, no cumprimento das mais exigentes condições aplicáveis. O projecto prevê portanto dois tipos de funcionamento: Uso Regular e Eventos. Ao nível do Uso Regular os valores apurados para o dimensionamento, rapidamente se fixaram com o apoio das federações e do IDP, em função do número de atletas, com o apuramento das restantes áreas associado a estes valores - 90 atletas em
< Esquemas de montagem da estrutura metálica exterior
15 metálica 23 . dezembro 2010
projectos
montemor-o-velho
ficha técnica
> Estruturas de apoio ao circuito de filmagens / © arquivo GEP.CMMV
Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho Centro Náutico Montemor-o-Velho Dono de Obra Câmara Municipal de Montemor-o-Velho Data do Projecto: Dez. 2008 . Construção: 2009/2011 Autor Miguel Figueira GEP.CMMV Colaboração Ana Buco, Ana Fróis, Gonçalo Cristo, João Alves, Pedro Vieira GEP.CMMV Coordenação Geral GEP.CMMV Estruturas Filipe Bandeira e Hugo Macedo, ITECONS; Bruno Graça, GEP.CMMV Instalações Eléctricas e Telecomunicações Macieira de Castro, Engenharia, Lda. Instalações Mecânicas Macieira de Castro, Engenharia, Lda. Climatização Macieira de Castro, Engenharia, Lda. Águas e Esgotos Bruno Graça, GEP.CMMV; Macieira de Castro, Engenharia, Lda. Paisagismo Daniel Monteiro, OF arquitectos Hidráulica Hidroprojecto Aerodinâmica (consultor) Almerindo Ferreira, ADAI Área de Intervenção: 940 000 m2 Empreiteiro Geral das Estruturas Metálicas (pontes e edifício) MRG Engenharia e Construção S.A. (Coimbra)
16 metálica 23 . dezembro 2010
> Maquetes de estudo das pontes metálicas / © arquivo GEP.CMMV
projectos
montemor-o-velho
> Projecto de execução. Componentes de especialidades
> Abertura dos canais em 2009 / © arquivo GEP.CMMV
permanência e um impacto de 1000 espectadores nos eventos. Ainda que pontualmente, em cenário de Eventos, a carga sobre as estruturas de apoio aos atletas venha a ser superior, o desfasamento próprio do ciclo das provas dilui o impacto para valores aproximados aos definidos.
1¬ a abertura do canal de aquecimento e alargamento do canal de arrefecimento de apoio à pista existente; 2¬ a construção de um percurso ciclável ao longo dos planos de água e uma via técnica para apoio ao treino e às provas com as infra-estruturas de apoio necessárias; 3¬ a edificação para acolher o programa de apoio ao funcionamento do Centro (hangares, balneários, centro médico e sala de massagens, ginásio, sala polivalente e gabinetes) e uma área reservada para o funcionamento independente do restaurante; 4¬ intervenções dirigidas à minimização dos impactos negativos sobre a pista, tanto ao nível da qualidade da água (desvio de uma vala que arrasta matéria poluente e consequente revisão dos sistemas de adução da água) como ao nível do impacto do vento dominante (constituição de uma barreira vegetal); 5¬ acessos, estacionamento e arranjos exteriores; 6¬ equipamento adequado ao bom funcionamento do Centro Náutico como é o caso da balizagem, dos barcos de apoio, dos pontões e dos sistemas de largada, dos sistemas de cronometragem e comunicações, mas também de outras estruturas temporárias para apoio a eventos.
Já ao nível dos Eventos a ponderação dos cenários é mais complexa, uma vez que o Centro Náutico deve ter a capacidade de receber eventos, desde a escala local até à escala internacional. Sendo certo que os custos associados variam com a escala do evento, na razão aproximada ao orçamento respectivo, optou-se por um cenário apoiado em estruturas não permanentes. Desta forma, flexibiliza-se a adequação caso a caso, com ganhos ao nível do espectáculo e dos custos de manutenção, como facilmente se depreende com o caso da bancada que, não sendo permanente, pode ser montada apenas quando é necessária e com o dimensionamento adequado ao público expectável. A intervenção, organizada em oito empreitadas, estendese por uma área de 941.914m2 e contempla:
< Projecto geral
17 metálica 23 . dezembro 2010
projectos
montemor-o-velho
> Vista aérea da zona de implantação e relação com a vila
> Estrutura de construção do edifício principal
edifício A implantação do edifício é decorrente da localização do cais e do acesso exterior. A circulação dos barcos desde o parqueamento dos atrelados até ao depósito no hangar, e desde este até ao acesso à água é directa, em percurso sequencial e rectilíneo. Este circuito organiza-se em cinco momentos: parqueamento de atrelados; primeira fase de montagem; hangar; segunda fase de montagem e afinação; rampa de acesso ao cais. O dimensionamento de cada uma das respectivas áreas é decorrente da dimensão do maior barco – shell 8. Assim, no perfil transversal temos o hangar com 24m e a modulação das áreas no exterior, aproximadamente com 30m, contando já com os canais de circulação e protecção. Na rampa de acesso ao cais, para facilitar as mudanças de direcção no acesso aos pontões, temos um valor próximo dos 35m. Os cerca de 100m de frente ocupados pelos hangares e restantes áreas funcionais servidos pelo acesso ao Centro Náutico a poente e pelo cais principal a nascente fecham os limites desta área, dimensionada para poder receber qualquer tipo de Eventos. O edifício é formado por uma única nave de grandes dimensões (5.380m2 com um piso), modulada com base no módulo dos hangares, 24x6m, que ocupa toda a frente disponível entre a vala que limita os campos a sul e o canal de acesso ao arrefecimento a norte. É encerrado com um portão de correr contínuo, que garante simultaneamente o acesso ao edifício e ao Centro Náutico. Funciona como porta do Centro Náutico, possibilitando o acesso directo a partir de cada um dos hangares ou a partir das áreas colectivas. Do seu uso depende a imagem exterior do edifício: desde um enorme contentor metálico a uma ampla praça coberta. A opção pela organização em um único piso resulta em quatro vantagens significativas: redução do impacto da estrutura no edifício possibilitando maior liberdade ao nível da solução arquitectónica e menor carga sobre o solo de fraca qualidade para a construção; possibilidade de iluminação natural em qualquer parte do edifício, dada a disponibilidade da cobertura; democratização ao nível da acessibilidade a qualquer parte do edifício; possibilidade de ampliação com estruturas temporárias, associada a qualquer das valências do programa permanente. Os hangares ocupam o espaço central, dividindo o espaço interior em três. No topo Norte fica o restaurante e no topo sul, as áreas de apoio aos atletas e as áreas administrativas, mas também a entrada de público em cenário de Eventos, já que é este o lado de maior proximidade com as áreas de público junto à pista.
> Esquema de montagem da estrutura metálica exterior
18 metálica 23 . dezembro 2010
A área do restaurante é a única parte do edifício que não possibilita o acesso directo ao Centro Náutico. Um desnível com cerca de 0,6m limita a varanda que remata o percurso, condiciona de forma deliberada a possibilidade de atravessamento, valorizando a estada e a panorâmica sobre a pista a nascente e os campos a norte. Este sistema privilegia um cenário de gestão autónomo, considerado como a melhor opção para o funcionamento deste equipamento. Ao nível da solução arquitectónica
projectos
optou-se pela definição dos limites exteriores, libertando as possibilidades de organização no interior para a melhor resposta ao nível das propostas de concessão. Na parte sul, as áreas de apoio aos atletas e as áreas administrativas, organizam-se em núcleos apoiados por circulações nos sentidos longitudinal e transversal. Esta rede de circulação possibilita diferentes formas de gestão dos acessos, orientando o sentido de circulação em função dos cenários de utilização. A entrada, espaço generoso dimensionado para os grandes Eventos, tem num dos lados a área administrativa constituída por cinco gabinetes, e no outro as restantes áreas funcionais, organizadas sequencialmente da seguinte forma: sala polivalente (com as instalações sanitárias na parte nascente); ginásio; espaço de massagens/gabinete médico; e balneários, no topo mais próximo da pista. Em cenário de Eventos o circuito público é apenas de atravessamento. A sala polivalente é um espaço aberto que pode ser facilmente subdividido em espaços de menores dimensões, com acessos tanto do lado da entrada como do lado do ginásio, servindo qualquer dos grupos de utilizadores, atletas ou público, em função do cenário de funcionamento. A lógica de funcionamento para as instalações sanitárias é similar. Pode ser de uso restrito ou público consoante a dimensão dos Eventos; para a pequena dimensão podem servir o público, para a maior dimensão devem ficar reservadas ao uso interno. No espaço do ginásio privilegia-se o relacionamento interior / exterior, valorizando a direcção transversal por via da substituição das paredes nascente e poente por planos de vidro. Este espaço também pode receber outros usos em cenário de grandes Eventos, contando com o acesso à sala polivalente e o relacionamento directo com as circulações nas frentes Nascente e Poente. No lado do ginásio, oposto à sala polivalente, localiza-se o gabinete médico e as massagens. O primeiro tem acesso independente, sobre a pista, e o segundo tem acesso a partir do ginásio, dado o respectivo inter-relacionamento funcional. Este espaço está ainda preparado para servir o controle de doping.
montemor-o-velho
Os balneários e outras instalações associadas (sauna, turco ou jacuzzi) organizam-se em três núcleos, possibilitando modelos de utilização global ou parcial, com base no valor de dimensionamento para uma utilização regular; 90 atletas, divididos por género em 60/30. Os dois núcleos, no topo norte, têm possibilidade de funcionamento conjunto com partilha da sauna, turco e jacuzzi. Ainda assim, a solução arquitectónica salvaguarda a utilização não dependente do género, para uma resposta mais adequada ao tipo de prova, mas também a possibilidade de expansão dos vestiários para cargas pontuais superiores às descritas – situação mais provável na natação e no triatlo do que no remo e canoagem, atendendo ao ciclo próprio das respectivas provas. O acesso aos balneários é feito a partir dos percursos transversais. Os acessos a poente servem exclusivamente para a possibilidade de expansão, ocupando o espaço do corredor ou ainda, com recurso a estruturas temporárias, o espaço exterior. A área técnica, para a instalação da sauna, turco, e jacuzzi, permite a instalação destes equipamentos de forma independente da estrutura dos balneários, sem prejuízo da articulação necessária para o acesso directo ao espaço associado aos duches. As áreas de apoio aos atletas e as áreas administrativas descritas, organizam-se em núcleos autónomos em betão aparente, contando com a capacidade autoportante das paredes e lajes de tecto em sistemas distintos e em conformidade com o desempenho dos respectivos espaços. Nos espaços cujo desempenho térmico assim o exige, as paredes são formadas pela parede de betão+caixa de ar+bloco térmico. Também o bloco térmico foi aplicado e modulado para receber pintura directa sem qualquer recobrimento de reboco. A mesma nave que alberga estas áreas foi concebida totalmente em estrutura e revestimentos em aço galvanizado com base na modelação do hangares. Apesar de estruturalmente a nave estar dividida em três corpos separados por juntas de dilatação, a caracterização interior e exterior, apresenta uma imagem unitária, sendo que o uso apenas se distingue pela ocupação ao nível do interior. Na cobertura tipo “shed”, rodámos a localização das entradas de luz para garantir a orientação norte, aproximando o seu alinhamento da diagonal do módulo tipo do hangar 24x6m. A inclinação dos planos de cobertura na articulação com as vigas periféricas de nível implicou a “dobragem” nos topos, resultando num desenho de formas complexo que marca a imagem do edifício.
Arquitectura e engenharia fundem-se num desenho único, onde não há lugar a revestimentos acessórios ou infra-estruturas ocultas. Na obra tudo é aparente, contribuindo de forma consciente para a caracterização dos espaços. > Maquete da ponte de ligação à vila
19 metálica 23 . dezembro 2010
legislação e normalização
marcação CE
algumas definições relevantes na EN1090-1 por Prof. Nuno Silvestre Professor Auxiliar do Instituto Superior Técnico
Um dos aspectos essenciais da EN1090-1 diz respeito à Especificação do Componente, seja pelo fabricante (MPCS – “Manufacturer Provided Component Specification”) seja pelo cliente (PPCS – “Purchaser Provided Component Specification”). Este assunto foi abordado na edição anterior da Revista Metálica. Neste artigo, apresenta-se uma explicação sobre outras definições relevantes na aplicação da EN1090-1, tais como: 1 ¬ Produtos constituintes 2 ¬ Componentes estruturais 3 ¬ Kit estrutural 4 ¬ Relatório de projecto
Os produtos constituintes são materiais ou produtos utilizados na produção, com propriedades consideradas no cálculo estrutural ou relacionadas com a resistência mecânica e estabilidade da construção e partes associadas, e/ou a sua resistência ao fogo, incluindo aspectos de durabilidade e utilização. Na EN 1090-1, é reconhecido que as estruturas de aço e de alumínio são constituídas através de um processo de montagem que utiliza produtos constituintes, tais como perfis de aço, parafusos e consumíveis de soldagem. Mais relevante é o facto da aplicação da EN 1090-1 depender da utilização das Normas Harmonizadas para os produtos constituintes. Por exemplo, a EN 10025-1 – “Produtos estruturais de aço laminado a quente - Parte 1: Condições técnicas de fornecimento” é uma Norma Harmonizada que exige que os produtos de aço possuam níveis de resistência mínimos definidos (e.g., S275). Estes valores de resistência devem estar na base da avaliação da capacidade de carga de um componente produzido de acordo com a EN 1090-1.
Na EN 1090-1, é reconhecido que as estruturas de aço e de alumínio são constituídas através de um processo de montagem que utiliza produtos constituintes, tais como perfis de aço, parafusos e consumíveis de soldagem.
20 metálica 23 . dezembro 2010
Os componentes estruturais são componentes para serem utilizados como elementos com capacidade resistente a cargas, dimensionados para terem resistência mecânica e estabilidade estrutural e/ou resistência ao fogo, incluindo aspectos de durabilidade e utilização, podendo os componentes estruturais ser utilizados directamente como fornecidos ou ser incorporados na construção da estrutura. Um kit estrutural é um conjunto de componentes estruturais a serem montados e instalados no local (em obra). Um kit estrutural é definido como um produto de construção sempre que se trate de um conjunto de pelo menos dois componentes que necessitam de montagem em associação, para ser instalado permanentemente em obra. Para um kit estrutural respeitar a Directiva de Produtos da Construção (CPD), as seguintes condições devem ser satisfeitas:
legislação e normalização
marcação CE
¬ O kit deve ser colocado no mercado, permitindo ao comprador para adquiri-lo numa transacção de um único fornecedor. ¬ O kit deve ter características que permitam que as obras em que é incorporado também satisfaçam os requisitos essenciais, sempre que estas estejam sujeitas a regulamentos que contenham tais requisitos. Também é possível considerar os componentes estruturais de aço como um kit estrutural sempre que estes sejam fornecidos como componentes de um projecto de construção ou de fase(s) do projecto. Assim, são possíveis duas opções de Marcação CE por parte do empreiteiro de construção metálica: ¬ Aplicar a Marcação CE aos componentes individuais à medida que são entregues pelo fabricante, utilizando as especificações para a fabricação de componentes emitidas como referência; ¬ Aplicar a Marcação CE a um conjunto definido de componentes como um kit, utilizando como referência um conjunto de especificações de componentes. Genericamente, o empreiteiro de construção metálica também pode ser o fabricante (empresa metalomecânica) e, portanto, a distinção referida anteriormente não constitui geralmente um problema. No entanto, se o empreiteiro de construção metálica altera um kit de componentes fornecido por um fabricante, ou adiciona um componente a esse kit e, em seguida, utiliza a Marcação CE como uma demonstração de conformidade do kit, então o empreiteiro de construção metálica tornar-se-á o fabricante do kit ou os dos seus componentes. O relatório de projecto é constituído por documentos contendo toda a informação necessária para executar o dimensionamento estrutural do componente, tendo em vista a sua finalidade. Estes documentos deverão incluir os desenhos de concepção bem como todas as informações necessárias para o dimensionamento estrutural do componente.
No próximo número da revista, apresentar-se-ão as características estruturais essenciais inseridas na EN1090-1 e uma primeira abordagem aos métodos de avaliação.
21 metálica 23 . dezembro 2010
formação e eventos
Curso de formação sobre a norma EN1090
Decorreu nos passados dias 29 e 30 de Outubro, em Lisboa, o Curso de Formação na “EN1090-2: Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio Parte 2: Requisitos técnicos para as estruturas de aço (3ª edição).”
O curso organizado pela Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista teve como objectivo dar a conhecer a norma EN 1090-2 de forma a preparar os formandos para aplicação futura desta norma. A formação durou 16 horas e teve como coordenadores o Professor Rui Simões (Coordenador Cientifico) e o Eng.º Luís Figueiredo Silva. Como formadores o cursou contou igualmente com o Prof. Rui Simões (FCTUC) e com o Prof. Altino Loureiro (FCTUC), a Eng.ª Leonor Côrte-Real (Hempel) e o Eng.º Adriano Santos (CMB - Construções Metálicas da Beira).
O programa foi composto por uma introdução e enquadramento da norma, seguindo-se em particular informação mais detalhada acerca dos constituintes dos produtos em aço, a sua preparação e assemblagem, soldaduras, ligações aparafusadas, execução, tratamento superficial, tolerâncias geométricas, inspecção, teste e correcção. O curso destinou-se a estudantes de engenharia civil, a engenheiros civis e a técnicos ligados à construção metálica e revelou-se uma mais-valia formativa.
Para informação mais detalhada sobre as próximas acções poderá consultar www.cmm.pt/formacao
22 metálica 23 . dezembro 2010
formação técnica 2011 Concepção e Dimensionamento de Ligações em Estruturas Metálicas e Mistas (3ª ed.)
Dimensionamento de Estruturas Metálicas (novo curso)
Data e Local: 28 e 29 de Janeiro de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Eng.º Tiago Abecasis, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Eng.º Tiago Abecasis (Tal Projecto), Prof. Rui Simões (FCTUC), Prof. Altino Loureiro (FCTUC), Eng. José Miguel Pontes (Bysteel), Eng. Filipe Rodrigues (Refer) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Data e Local: 8, 9 e 10 de Fevereiro de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Luís Costa Neves, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Luís Costa Neves (FCTUC), Prof. Sandra Jordão (FCTUC), Eng. Tiago Abecasis (Tal Projecto), Eng. Dinis Maia Rebelo (Fametal), Eng. Miguel Pontes (bysteel) Preços: Geral - 600 € | Membros CMM - 4800 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 320 € (só membros colectivos da CMM)
Projecto de Estruturas em "Aço Leve" (2ª ed.)
Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas: Bysteel (2ª ed.)
Data e Local: 25 e 26 de Fevereiro de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Nuno Silvestre, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Nuno Silvestre (Instituto Superior Técnico), Prof. Dinar Camotim (Instituto Superior Técnico), Eng. Filipe Santos, (Vesam), Eng. António Santos (Gestedi) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Data e Local: 25 e 26 de Março de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. José Miguel Castro, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. José Miguel Castro (FEUP), Prof. Carlos Rebelo (FCTUC), Prof. Rita Bento (IST), Prof. Tiago Abecasis (FCTUC) Preços: Geral - 600 € | Membros CMM - 480 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 375 € (só membros colectivos da CMM)
Optimização da Produção de Estruturas Metálicas, da Preparação à Montagem (3ª ed.)
Projecto de Estruturas Sujeitas à Acção do Fogo (2ª ed.)
Data e Local: 8 e 9 de Abril de 2011, Coimbra Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Eng.º Filipe Santos, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Eng.º Filipe Santos (Vesam), Eng.º José Miguel Pontes (Bysteel) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Data e Local: 27 e 28 de Maio de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Paulo Vila Real, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Paulo Vila Real (Universidade de Aveiro), Prof. Aldina Santiago (Universidade de Coimbra), Dr. Sílvio Saldanha (TRIA), Prof. Nuno Lopes (Universidade de Aveiro) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Avaliação da Sustentabilidade em Edifícios Metálicos
Projecto de Estruturas Mistas Aço-Betão (3ª ed.)
Data e Local: 17 e 18 de Junho de 2011, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Helena Gervásio, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Helena Gervásio (FCTUC); Prof. Luís Bragança (Universidade do Minho); Prof. Ricardo Mateus (Universidade do Minho). Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Data e Local: 8 e 9 de Julho de 2011, Coimbra Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Rui Simões, Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Rui Simões (FCTUC), Prof. Isabel Valente (U. Minho), Eng.º Rui Alves (Socometal) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
INFORMAÇÕES
Drª Zínia Antunes CMM - Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Departamento de Engenharia Civil da FCTUC – Pólo II Rua Luís Reis Santos - 3030-788 Coimbra Telefone: 239 797 219 | Tlm: 965 061 249 | Fax: 239 405 722
para mais informações consulte: www.cmm.pt/formacao
publicações
destaque eccs
Design of Plated Structures Dimensionamento de elementos estruturais constituídos por placas Autores: Darko Beg, Ulrike Kuhlmann, Laurence Davaine, Benjamim Braun Publicado por ECCS | Ernst & Sohn, 285 páginas | 2010 PVP: 55 euros | Preço Membro CMM: 44 euros
Este manual, que inclui diversos exemplos práticos, está dedicado ao projecto de elementos estruturais constituídos por placas, orientando o leitor para uma correcta e eficiente aplicação da EN 1993-1-5. O problema da encurvadura lateral por flexão-torção em estruturas metálicas laminares impõe estratégias e procedimentos de dimensionamento complexos, envolvendo a análise de estabilidade em estado pós crítico, a interacção entre diferentes modos de rotura, etc. Esta norma fornece procedimentos relativamente simples, que em geral conduzem a resultados mais fiáveis que os obtidos com complexa simulações numéricas.
Darko Beg é professor de estruturas em aço e responsável de estruturas metálicas, na Universidade de Liubliana, Faculdade de Engenharia Civil e Geodésica. Fez parte da equipa que redigiu o EuroCódigo 3, Part 1-5: Elementos estruturais constituídos por placas. É membro da CEN/TC250/ SC3 e membro de três comités técnicos ECCS: TC8 – Estabilidade, TC10 – Ligações e TC13 – Dimensionamento sísmico. Preside ainda ao Comité Técnico Nacional de Estruturas Eslovaco. Ulrike Kuhlmann é professora de estruturas metálicas, de madeira e mistas, na Universidade de Estugarda, Alemanha, e preside ao Instituto de Projecto de Estruturas. Preside ao CEN/TC250/SC3 Estruturas em Aço e o Grupo de Trabalho Técnico 8.3 – Lajes, da ECCS. Era membro da equipa que fez a conversão da ENV 1993-1-1 para EN 1993 e está, desde então, profundamente ligada à redacção de Códigos.
24 metálica 23 . dezembro 2010
Laurence Davaine é engenheira de pontes no Departamento de Engenharia de Pontes da Administração Francesa de Ferrovias (SNCF) em Paris, França. Anteriormente exerceu funções no SETRA (Centro Técnico de Engenharia de Pontes) para o Ministério Francês dos Transportes. É membro do grupo de trabalho técnico 8.3 – Lajes, da ECCS e está envolvida na CEN/TC250/SC3 Estruturas em Aço da EN 1993-2 (pontes). Benjamin Braun é investigador no Departamento de Engenharia Estrutural do Instituto Federal de Investigação e Engenharia (BAW) em Karlsruhe, Alemanha. Trabalhou anteriormente no Instituto de Projecto Estrutural da Universidade de Estugarda onde foi co-responsável pela redacção do Anexo Nacional Alemão ao Eurocódigo 3 - Parte 1-5. É membro do grupo de trabalho técnico 8.3 – Lajes, da ECCS. Para mais informações acerca do livro visite: www.eccspublications.eu
publicações
outras publicações
Design of Steel Structures PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
Construção Metálica e Mista 7 Eds.: Luís Simões da Silva, J. Almeida Fernandes, António Baptista, Elsa Caetano, Paulo Piloto (2009, 758 pp.)
Fire Design of Steel Structures PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
PVP: 45 euros | Preço Membro CMM: 35 euros Construção Metálica e Mista 6
Eurosteel 2008 – Conference Proceedings PVP: 40 euros | Preço Membro CMM: 32 euros
Eds.: Luís Simões da Silva, Elsa Caetano, Paulo Piloto, Carlos Martins e Tiago Abecasis (2007, 687 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros
Steel Bridges: Avanced Solutions & Technologies – Conference Proceedings PVP: 22 euros | Preço Membro CMM: 17,60 euros
Construção Metálica e Mista 5 Eds.: António Lamas, Carlos Martins, Tiago Abecasis e Luis Calado (2005, 882 pp.)
P114 - Preliminary Worked Examples according to Eurocode 3, Part 1-3 PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 12 euros P119 - Rules for Member Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and Design Guidelines PVP: 35 euros | Preço Membro CMM: 28 euros P123 - Worked examples according to EN1993-1-3 PVP: 30 euros | Preço Membro CMM: 24 euros P124 - The Testing of Connections with Mechanical Fasteners in Steel Sheeting and Sections, 2nd Edition PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 12 euros P125 - Buckling of Steel Shells – European Design Recommendations, 5th Edition PVP: 49 euros | Preço Membro CMM: 39,20 euros P126 - European Recommendations for the Design of Simple Joints in Steel Structures PVP: 25 euros | Preço Membro CMM: 20 euros P127 - Preliminary European Recommendations for the Testing and Design of Fastenings for Sandwich Panels PVP: 17 euros | Preço Membro CMM: 13,60 euros
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 4 Eds.: António Lamas, Luís Calado, João Ferreira e Paulo Vila Real (2003, 782 pp.) OUTRAS Publicações CMM
OUTRAS Publicações ECCS
P085 - Design Handbook for Braced or Non Sway Steel Buildings According to EC3 PVP: 25 euros | Preço Membro CMM: 20 euros
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 3 Eds.: António Lamas, Paulo Vila Real e Luís Simões da Silva (2001, 735 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 2 Eds.: António Lamas, Luís Simões da Silva e Paulo Cruz (1999, 905 pp.) PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 1 Eds.: António Lamas, Paulo Cruz e Luís Calado (1997, 905 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª Edicão) Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios Ed.: Rui Simões (2007, 224 pp.)
PVP: 22,50 euros | Preço Membro CMM: 17,50 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas: Métodos Avançados Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, Parte 1-5: Estruturas constituídas por placas Eds.: Luís Simões da Silva e Helena Gervásio (2007, 432 pp.)
PVP: 35 euros | Preço Membro CMM: 29 euros Manual de Ligações Metálicas Eds.: Luís Simões da Silva e Aldina Santiago (2003, 150 pp.)
PUB.
Disponível para download gratuitamente para membros CMM em www.cmm.pt
25 metálica 23 . dezembro 2010
notícias eccs
www.steelconstruct.com
Prémio Europeu de Pontes Metálicas Estocolmo, Suécia | 2010 A European Convention for Constructional Steelwork (ECCS) promoveu em 2010 a segunda edição do European Steel Bridges Award (Prémio Europeu de Pontes Metálicas). A primeira edição realizou-se em 2008, em Guimarães, e será organizado em todos os anos pares.
Projecto a concurso: Ponte Pedonal em Sant Fruitos del Bages, Espanha, 2009
Podiam concorrer pontes metálicas e mistas cujas estruturas metálicas fossem produzidas nos paísesmembro da ECCS de pleno direito, cuja construção tivesse sido concluída entre 31 de Maio de 2008 e 31 de Maio de 2010. Os membros da ECCS foram convidados a submeter projectos até 28 de Fevereiro de 2010. A comissão organizadora recebeu 38 candidaturas nas seguintes categorias: ¬ Pontes ferroviárias e rodoviárias (14 candidaturas); ¬ Passadiços (21 candidaturas); ¬ Renovação de pontes existentes (grande recuperação, expansão ou reabilitação ou substituição parcial) utilizando aço (3 candidaturas). A cerimónia de entrega dos Prémios realizou-se em Istambul, no dia 23 de Setembro de 2010. Nas três categorias, foi atribuído um prémio e/ou certificado de mérito durante o Simpósio Internacional sobre “Steel Structures: Culture and Sustainability 2010”.
26 metálica 23 . dezembro 2010
notícias eccs
www.steelconstruct.com
Primeira Categoria Pontes ferroviárias e rodoviárias
Prémio Ravine Fontaine Viaduct Reunion Island, França, 2009 Cliente: Région Reunion Arquitectos: Yves Faup - Frédéric Zirk, Architectes (Atelier Méridional Joël Nissou Architectes) / Pierre G. Dezeuze, Architecte associé Engenheiros: Bureau d’études Greisch; T-ingénierie; Coyne et Bellier; Seti; Getec Réunion, Cimolai Empreiteiro de Estruturas Metálicas: Cimolai
O viaduto foi construído entre 2007 e 2009. A plataforma, com 200m de comprimento e 20,1m de largura, é uma estrutura mista aço-betão. A estrutura metálica é formada por um par de vigas caixão longitudinais, com uma altura ligeiramente superior a 1 m e uma largura de 2 m, com um afastamento de 8 m. As vigas caixão longitudinais estão ligadas umas às outras e são reforçadas com perfis em “T” espaçados de aproximadamente 4 m. As vigas
caixão também formam uma superfície de suporte para as pré-lajes do tabuleiro de betão armado. O arco, que se desenvolve ao longo de aproximadamente 170m, é formado por um caixão metálico de altura variável. Nos encontros a altura é superior a 5 m e a largura é de aproximadamente 2,6. No fecho do arco o caixão tem apenas 1 m de altura e 10 m de largura. O peso total é de 2000 t.
Menção Honrosa Lange Brücke Potsdam (ponte sobre o Havel) Stadt Potsdam, Alemanha, 2009 Cliente: Stadt Potsdam, Alemanha Arquitecto: Henry Ripke Architekten Engenheiro: Klähne Bauchspieß Empreiteiro de Estruturas Metálicas: Genthiuer Stahl-und Metallbau
A ponte sobre o “Neue Fahrt” tem uma extensão de 68,20 m. Trata-se de uma construção mista, com um tabuleiro em betão armado e vigas em aço de altura
variável espaçadas de cerca de 2,50 m. As longarinas são suportadas em três arcos metálicos com os vãos de 30,30 m, 19,40 m e 13,60 m.
Outros projectos a concurso:
Ponte Ayvacyk-Eynel, Samsun, Turquia, 2009
Viaduto La Vall Den Bas-Mas Rubio, Vall den Bas, Estrada Olot-Vic, Espanha, 2008
Ponte Al Halfaia (Auto-estrada) – Projecto sobre o rio Nilo entre Omdurman and Halfaia, Khartoum, Sudan, 2010
27 metálica 23 . dezembro 2010
notícias eccs
www.steelconstruct.com
Segunda Categoria Passagens Pedonais e de Velocípedes
Prémio Footbridge Over the “Rhein-Herne-Channel” Gelsenkirchen, Alemanha, 2009 Cliente: RVR-Regionalverband Ruhr Arquitecto: Schlaich Bergermann und Partner-Sbp Engenheiro: Schlaich Bergermann und Partner-Sbp Empreiteiro de Estruturas Metálicas: Stahlbau Raulf
A nova ponte suspensa atravessa o canal Rhein-Herne Canal. O tabuleiro em curva, com um vão principal de 141 m, está suspenso no bordo exterior por um conjunto de cabos fixados a um mastro na margem Norte, com 45 m de altura. Os cabos principais estão ancorados tangencialmente à plataforma, aproximadamente a 24 m
dos encontros. 30 cabos de suspensão em aço inoxidável, com um espaçamento de 3 m entre si, estão ligados à suspensão principal. De forma a reduzir o comprimento dos cabos de suspensão, a meio vão foi considerada uma suspensão secundária, em forma de catenária.
Menção Honrosa Bremerhaven Glazed Pedestrian Swing Bridge Bremerhaven, Alemanha, 2009 Cliente: BEAN Bremerhavener Entwicklungsgesellschaft Alter/ Neuer Hafen Arquitecto: WTM Engineers Engenheiro: WTM Engineers Empreiteiro de Estruturas Metálicas: RSM Rogge Stahl-und Maschinenbau
A ponte é constituída por duas partes imóveis e pela ponte giratória móvel, que uma vez aberta fica desligada do conjunto principal. Quando aberta, a ponte compreende três subsistemas: uma viga de dois vãos de 2 x 21 m, uma consola dupla balanceada com vãos de 2 x 20,5 m e uma viga com um vão de 17 m. Quando a ponte está fechada, a sua
estrutura de suporte é uma viga continua de 5 vãos (21,0 m / 21,0 m / 22,7 m / 21,3 m / 17,0 m). O suporte intermédio é um pilar metálico com uma secção tubular de aproximadamente 2m de diâmetro e um rolamento de esferas com uma cremalheira circular na intersecção da superestrutura da ponte com a cabeça do pilar. Peso total: 300 t.
Outros projectos a concurso:
Ponte Pedonal junto ao Castelo Strakonice, Strakonice, República Checa, 2009
28 metálica 23 . dezembro 2010
Ponte Pedonal e Velocípede Victor-Neels-Brucke sobre o Lago Urft (Eifel National Park), Schleiden-Gemund, Alemanha, 2009
Ponte Pedonal em Zumaia, Guipuzkoa, Espanha, 2008
notícias eccs
www.steelconstruct.com
Terceira Categoria Renovação de pontes existentes
Prémio New Life for an Old Historical Steel Bridge over the Mures River in Savarsin • Roménia, 2008 Cliente: County Council Arad Engenheiros: Prof. Radu Bancila, Dr.Ing. Edward Petzek, Prof. Vasile Bondariuc, Dr.Ing. D. Boldus Empreiteiro de Estruturas Metálicas: Amarad Arad
Esta ponte é a primeira estrutura a ser intervencionada, no âmbito de um vasto programa de reabilitação de uma série de pontes históricas. A ponte, em bow-string, tem uma extensão total de 159,20 m e é constituída por quatro vãos de 39,8 m. Para a plataforma, foi escolhida como solução uma estrutura mista. A espessura da nova plataforma em betão é de 22 cm. Foram utilizados pernos de 22 mm. Peso total: Estrutura inicial 422 t, Reforço 92 t (0,6 t /m) Total: 514 t.
PUB.
Cerimónia da entrega dos prémios
Liderar pela Qualidade e pela Diferença
Perfis Tubos Estruturais Chapa Industrial Chapa Arox Barras Comerciais Nas qualidades S235 S275 S355 Liderar pela Qualidade e pela Diferença
Corte de Perfis e Tubos até 600 mm Catálogos técnicos em www.jsoarescorreia.pt
Armazéns:
Maia Palmela Guarda Vila Real Tel.: +351 229 865 700 · Fax: +351 229 865 791 · jsc@jsoarescorreia.pt
29 metálica 23 . dezembro 2010
50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 10 – 1998/99
Cultural and Congress Centre Lucerne, Suíça Para este centro, situado nas margens do lago QuatreCantons, a ideia chave era “jogar com um plano horizontal, uma extensa plataforma agregando os três edifícios e as suas actividades conexas” – sala de concertos, sala multi-funções e museu. O elemento principal e unificador deste projecto é a enorme e delicada cobertura que se prolonga 45 m
em consola para além do perímetro envolvente dos edifícios. A sua estrutura metálica é constituída por uma malha de vigas integrando três diagonais que reforçam a secção em consola. A flecha máxima é da ordem de um centímetro. Todo um repto construtivo para conseguir preservar a horizontalidade do bordo desta estrutura.
Arquitectura: Architecture Jean Nouvel . Engenharia: Elektrowatt Ingenieurunternehmung, Plüss + Meyer Bauingenieure
Oriente Road and Rail Terminal Lisboa, Portugal Esta estação ferroviária e terminal rodoviário, construído para a Expo’98 de Lisboa, dispõe-se ao longo de três níveis, sob uma plataforma onde circulam os comboios. As quatro duplas plataformas são cobertas por uma cobertura envidraçada de 238 x 78 m, formada pela justaposição de dez fiadas de “guarda-chuvas” com 23 m de altura, que fazem lembrar árvores estilizadas num plano quadrado: o tronco começa a alargar-se a um quarto da altura, em quatro ramos curvos ligados por madres de forma triangular invertida à diagonal do quadrado. A estação rodoviária articula-se neste conjunto, através de uma galeria envidraçada ao nível do hall da gare. Uma série de toldos, semelhantes a palmeiras, abrigam as escadas que conduzem ao nível inferior onde circulam os autocarros. Esta estação reflecte um estilo de arquitectura que é simultaneamente expressivo e integrado, onde as super-estruturas metálicas florescem sobre uma base altamente estilizada. Arquitectura: Santiago Calatrava
30 metálica 23 . dezembro 2010
50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 10 – 1998/99
Terminal 3 - Copenhagen Airport Kastrup, Dinamarca Visto do céu o terminal 3 do Aeroporto de Copenhaga parece um avião de papel. A sua imensa cobertura de 10.000 m2, em forma triangular alberga o tráfego de passageiros: o hall das chegadas e a área de trânsito localizam-se na base do triângulo; o hall das partidas no centro e o acesso à estação ferroviária no vértice. A cobertura é constituída por duas cascas triangulares de dupla curvatura suportadas por vigas laterais com 6 m, ligando as duas fachadas laterais e as vigas longitudinais de vão-único; na ligação das duas uma clarabóia permite a entrada da luz no edifício. Arquitectura: Vilhelm Lauritzen . Engenharia: Erik K. Jørgensen
Terminal 2, Hall F Roissy-Charles de Gaulle Airport Roissy-en-France, França Os passageiros são recebidos num vasto hall que se estende ao longo de todo o edifício, envolvido por uma casca de betão, com um vão de 74 m, suspensa numa estrutura metálica. Duas penínsulas em vidro e aço, com 212 m de comprimento, estão ligadas ao hall estendendo-
se sobre a pista e “projectando” os passageiros para o céu. Catorze aviões podem acostar simultaneamente, através de mangas telescópicas em vidro. A estrutura da cobertura envidraçada, de vão-único e sem juntas de dilatação, é constituída por 50 treliças em aço, progressivamente mais pequenas, desde o vão inicial e rodando em torno de um eixo vertical até ao bordo da cobertura. O impulso no bordo é transferido para uma viga-caixão. Uma sobre-cobertura em chapa metálica perfurada atenua o efeito do sol. Arquitectura: Paul Andreu, Aéroports de Paris Engenharia: ADP, architecture & engineering management, RFR
31 metálica 23 . dezembro 2010
agenda
calendário de eventos
evento
organização
local
data
informações
Concepção e Dimensionamento de Ligações em Estruturas Metálicas e Mistas (3ª ed.)
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
28 e 29 Janeiro 2011
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
COST C25 - International Conference “Sustainability of Constructions”
COST, EU RTD Framework Programme e ESF
Innsbruck Austria
3a5 Fevereiro 2010
www.cost.esf.org http://80.109.152.2/c25/
Projecto de Estruturas em “Aço Leve” (2ª ed.)
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
25 a 26 Fevereiro 2010
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas (2ª ed.)
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
25 a 26 Março 2010
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
Optimização da Produção de Estruturas Metálicas, da Preparação à Montagem (3ª ed.)
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Coimbra Portugal
8e9 Abril 2011
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
ASFE´10 Conference Applications of Structural Fire Engineering
COST
Praga Rep. Checa
29 e 30 Abril 2011
http://fire.fsv.cvut.cz/ifer/
NASCC The Steel Conference
American Institute of Steel Construction
Pittsburgh EUA
11 a 14 Maio 2011
www.aisc.org
Eurofire 2011 Fire safety engineering: Trends and practical applications
Interscience Communications
Paris França
25 a 27 Maio 2011
www.eurofireconference.com
Projecto de Estruturas Sujeitas à Acção do Fogo (2ª ed.)
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
27 e 28 Maio 2011
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
ASCP’2011 2º Congresso Nacional sobre Segurança e Conservação de Pontes
Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Coimbra Portugal
29 Junho a 1 Julho 2011
http://ascp2011.ascp.pt
Eurosteel 2011 6th European Conference on Steel and Composite Structures
University of Pécs, Budapest University of Technology and Economics e University of Miskolc
Budapeste Hungria
31 Agosto www.eurosteel2011.com a 1 Setembro 2011
6th International Conference on Thin Walled Structures
Department of Steel Structures and Structural Mechanics, University of Timisoara
Timisoara Roménia
5a7 Setembro 2010
Agenda ECCS › The European Convention for Constructional Steelwork Cursos de formação CMM › Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
32 metálica 23 . dezembro 2010
www.ct.upt.ro/ictws2011.htm
A 400 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.a400.pt A2P Consult, Lda. www.a2p.pt ARMANDO RITO Engenharia, S.A. www.arito.com.pt B(A) ª – Balthazar Aroso Arquitectos, Lda. www.balthazar–aroso.com BERD – Projecto, Investigação e Engenharia de Pontes, S.A. www.berd.eu BETAR – Consultores, Lda. www.betar.pt C.G.F. – Coordenação, Gestão e Fiscalização de Obras, Lda. www.cgf.pt CIVI4 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.civi4.pt CONSTRUSOFT – Software para a Indústria de Construção, Lda. www.construsoft.pt CURBI, Lda. www.curbi.pt DENDRO – Engenharia e Arquitectura, Lda. www.dendro.pt DHPRO – Serviços de Engenharia Civil, Lda. www.dhpro.pt EDM – 3D, Lda. www.edm–3d.pt ENGILAJE, Lda. engilaje@sapo.pt GAPRES – Gabinete de Projectos, Engenharia e Serviços, S.A. www.gapres.pt GEG – Gabinete de Estruturas e Geotecnia www.geg.pt GIPAC – Gab. de Informática e Projecto Assistido por Computador, Lda. http://portugal.abes–international.com/ GOP – Gabinete de Organização de Projectos, Lda. www.gop.pt GRID – Consultas, Estudos e Projectos de Eng., Lda. www.grid.pt ITEA – Instituto Técnico de la Estructura en Acero www.arcelormittal.com/itea JETSJ, Geotecnia, Lda. www.jetsj.pt J.L. Câncio Martins – Projectos de Estruturas, Lda. www.jlcm.pt
JSJ – Consultadoria e Projectos de Engª, Lda. www.jsj.pt LEB, Lda. www.leb.pt LISBOA 98 – Estudos e Projectos, S.A. www.suakay.com LISCONCEBE – Consultoria Projectos Especiais Eng., Lda. www.lisconcebe.pt LUSOMANU, Lda. www.lusomanu.pt LUSOMELT – Fornecimento de Bens e Serviços, Lda. lusomelt@mail.telepac.pt MECANOTUBO – Construção e Estruturas, S.A. mecanotubo@mecanotubo.pt OMEGA – Serviços de Engenharia, Lda. www.omega.com.pt PERRY DA CÂMARA e Associados, Consultores de Engenharia Lda. www.pcaengenharia.pt PPSEC – Engenharia, Lda. www.ppsec.pt PROAFA, Serviços de Engenharia, S.A. www.afaconsultores.pt PROCIFISC – Engenharia e Consultadoria, Lda. www.procifisc.pt PROENGEL – Proj. Engenharia e Arquitectura, Lda. www.proengel.pt SAFRE Estudos e Proj. de Engenharia, Lda. www.safre.pt SISCAD – Tecnologias de Informação, Lda. www.siscad.pt SOPROENG, Lda. www.soproeng.pt SOPSEC – SOC. PREST. SERVIÇOS ENGª CIVIL, Lda. www.sopsec.pt TALPROJECTO – Projectos, Estudos e Serviços de Eng., Lda. www.talprojecto.pt TOP – Informática, Lda. www.topinformatica.pt TRIMÉTRICA Engenharia Lda. www.trimetrica.com.pt URBITEME – Sociedade de Consultores e Projectistas, Lda. urbiteme@netcabo.pt VESAM Cold–Form, Lda. www.vesam.pt
PROJECTO E CONSULTADORIA
A. PORTUGAL ALVES – Produtos Siderúrgicos, S.A. www.aportugalalves.com ANTERO & Cª, S.A. www.anteroeca.com FAF – Produtos Siderurgicos, S.A. www.faf.pt Florêncio Augusto CHAGAS, S.A. www.fachagas.pt J. SOARES CORREIA – Armazéns de Ferro, S.A. www.jsoarescorreia.pt PARFEL – Sociedade de Equipamentos Indústriais, Lda. www.parfel.pt PECOL – Sistemas de Fixação, S.A. www.pecol.pt
IMPORTADORES E ARMAZENISTAS DE AÇO
FERPINTA – Ind. de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A. www.ferpinta.pt
PRODUTORES DE TUBOS DE AÇO
Todos os contactos e informações sobre produtos e serviços dos membros da CMM podem ser consultados em www.cmm.pt, sendo a informação disponibilizada da responsabilidade de cada membro.
CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A. www.cin.pt EUROGALVA – Galvanização e Metalomecânica, S.A. www.eurogalva.pt HEMPEL (Portugal), Lda. www.hempel.pt
ACABAMENTO E PROTECÇÃO
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. www.refer.pt
DONO DE OBRA
Departamento de Eng. Civil – FCTUC www.dec.uc.pt Departamento de Engenharia Civil – UBI http://deca.ubi.pt Escola Superior de Tecnologia de Tomar – I.P.T. www.estt.ipt.pt Escola Superior de Tecnologia de Viseu – I.P.V. www.estv.ipv.pt Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Bragança www.estig.ipb.pt Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Guarda www.estg.ipg.pt Faculdade de Ciências e Tecnologia – Univ. Nova de Lisboa www.fct.unl.pt Instituto Superior Técnico – DECivil – ICIST www.civil.ist.utl.pt LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil www.lnec.pt Secção Autónoma de Engenharia Civil – Univ. de Aveiro www.civil.ua.pt Universidade de Trás–os–Montes e Alto Douro www.utad.pt/pt/departamentos/acent/engenharias/
INSTITUIÇÃO DE ENSINO
ARCEN Engenharia, S.A. www.arcen.pt BYSTEEL, S.A. www.dstsgps.com/content.asp?startAt=2&categoryID=600 CONSTÁLICA – Elementos de Construção Metálicos, S.A. www.constalica.pt ELECTROFER II – Construções Metálicas Lda. www.electrofer.pt FAUSTINO & FERREIRA – Sociedade Construções Metálicas, S.A. www.faustinoeferreira.com FRISOMAT, S.A. – Comércio e Indústria de Materiais de Construção www.frisomat.pt GARSTEEL – Construções Metálicas, Lda. www.garsteel.pt GESTEDI – Construção e Investimentos Imobiliários, Lda.. www.gestedi.pt INTERTELHA, Lda. www.intertelha.com MARTIFER – Construções Metalomecânicas, S.A. www.martifer.pt METALOCAR – Indústria de Metalomecânica, S.A. www.metalocar.pt METALOCARDOSO – Construções Metálicas e Galvanização, S.A. www.metalocardoso.com METALOGALVA – Irmãos Silvas, S.A. www.metalogalva.pt METALONGO – Metalúrgica de Valongo, Lda. www.metalongo.pt METALOVIANA – Metalurgia de Viana, S.A. www.metaloviana.pt NORFERSTEEL – Construções e Metalomecânica, S.A. www.norfer.com O FELIZ Metalomecânica, S.A. www.ofeliz.pt PERFISA – Fábrica de Perfis Metálicos, S.A. www.perfisa.net RODRIGO MATIAS MAGALHÃES, Herdeiros pedromatias@ptnetbiz.pt SEVEME – Indústrias Metalúrgicas, Lda. www.seveme.com TEGOPI – Indústria Metalomecânica, S.A. www.tegopi.pt
METALOMECÂNICA