ano 11 · nº 22 · Setembro 2010
VANTAGENS DAS PONTES METÁLICAS E MISTAS DURABILIDADE E SUSTENTABILIDADE
ECCS Eurocode Design Manuals
Foram recentemente lançados os primeiros dois manuais da colecção de manuais técnicos da ECCS “ECCS Eurocode Design Manuals”. Os manuais “Design of Steel Structures” e “Fire Design of Ste el Structures” são os primeiros de uma colecção de nove manuais (em Inglês), principalmente destinados a fornecer orientações de cálculo de acordo com os Eurocódigos, sendo cada um dos manuais vocacionado para a abordagem de uma parte específica dos Eurocódigos relevantes para a construção
Metálica. Esta série de livros lançada pela ECCS fornece uma combinação de conteúdo teórico, uma explicação das prescrições dos códigos e exemplos de cálculo detalhados. Tendo em vista o objectivo de tornar esta colecção uma das principais referências na área de cálculo de estruturas metálicas, a ECCS chegou a acordo com a Ernst & Sohn, empresa que pertence ao grupo Wiley (uma das maiores editoras europeias), para a comercialização e distribuição destes manuais por toda a Europa.
Design of Steel Structures
Fire Design of Steel Structures
Autores Luís Simões da Silva (Portugal), Rui Simões (Portugal) e Helena Gervásio (Portugal)
Autores Jean-Marc Franssen (Belgium) e Paulo Vila Real (Portugal)
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 454 páginas PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 452 páginas PVP: 70 euros | Preço Membro CMM: 56 euros
O livro “Design of Steel Structures” aborda os conceitos fundamentais do Eurocódigo 3, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, introduzindo a sua aplicação prática. Neste livro, a modelação e análise estrutural são abordadas num capítulo que vai ajudar os projectistas na fase de projecto. São fornecidos abordagens e critérios de cálculo para os diversos tipos de elementos estruturais, apresentando os conceitos teóricos de base e procedimentos de cálculo em sintonia com as exigências Eurocódigo, de modo a obter uma única abordagem da teoria à prática. Os princípios e aplicações de cálculo elástico e plástico de estruturas metálicas são detalhadamente desenvolvidos. Ao longo do livro, são apresentados vários exemplos de cálculo, que irão facilitar a aceitação do Eurocódigo, assegurando uma transição suave dos códigos nacionais anteriores para o Eurocódigo.
O livro “Fire Design of Steel Structures” explica e ilustra as regras fornecidas no Eurocódigos para a concepção de estruturas de aço sujeitas ao fogo. Fornece uma introdução ao tema e explica como calcular as acções mecânicas (cargas) em situação de incêndio com base nas informações prestadas nas normas EN 1990 e EN 1991. São apresentados os modelos usados para representar as acções térmicas criadas pelo fogo e descritos os procedimentos usados no cálculo da temperatura do aço a partir da temperatura do compartimento. É indicado como as informações fornecidas na EN 1993-1-2 podem ser usadas para determinar a capacidade de carga de uma estrutura de aço, incluindo a avaliação da resistência ao fogo de ligações aparafusadas e soldadas. Neste livro são analisadas questões que um projectista pode enfrentar ao avaliar a resistência ao fogo de um edifício, recorrendo a um caso de estudo. Esta publicação apresenta os processos de cálculo de uma maneira lógica, dando conselhos práticos e úteis e fornecendo exemplos práticos fáceis de seguir que permitem aos projectistas explorar as vantagens desta nova abordagem no cálculo de estruturas em situação de incêndio. Ao adquirir o livro o leitor receberá a licença do programa informático “Elefir-EN”, que permite aos projectistas calcular o desempenho de componentes de aço em situação de incêndio de uma forma rápida e precisa.
Design of Cold-formed Steel Structures (previsto em 2010) Autores: Dan Dubina (Romania), Viorel Ungureanu (Romania) e Rafaelle Landolfo (Italy)
Design of Joints in Steel and Composite Structures (previsto em 2011) Autor: Jean-Pierre Jaspart (Belgium), Klaus Weynand (Germany) e Jurgen Kuck (Germany)
Design of Plated Structures (previsto em 2010) Autores: Darko Beg (Slovenia), Ulrike Kuhlmann (Germany), Laurence Davaine (France) e Benjamin Braun (Germany)
Fatigue Design of Steel and Composite Structures (previsto em 2010) Autores: Alain Nussbaumer (Switzerland), Luís Borges (Switzerland) e Laurence Davaine (France)
editorial
A crescente utilização em Portugal de soluções metálicas e mistas para a construção e reabilitação de pontes é hoje uma realidade incontestável. Se para os grandes vãos as soluções metálicas sempre foram as opções preferenciais – pela sua eficiência estrutural acrescida quando comparada com a das soluções de betão armado e pré-esforçado – o mesmo não sucedia para os vãos médios. Contudo, nas duas últimas décadas esta realidade alterou-se, profundamente, na maior parte dos países europeus. Portugal, não é excepção e as soluções mistas, aço-betão, impuseram-se, tanto no domínio ferroviário como rodoviário. Para tal foi crucial o esforço de investigação e ensino nestas matérias e o significativo investimento nesta área, que se traduziu num real aumento da oferta no domínio da tecnologia construtiva e metalomecânica.
Paulo Cruz Director
As vantagens estruturais, construtivas e ambientais, bem como do valor residual do aço, tornam as pontes mistas uma opção preferencial na maior parte dos países europeus, para o que muito contribuirá os reduzidos custos de manutenção e a excelente durabilidade. Efectivamente, a garantia da durabilidade da protecção anticorrosiva, passou dos 12 a 15 anos, para um mínimo de 20 a 25 anos. Os requisitos da norma europeia EN 12944, função da classe de agressividade do ambiente, fazem com que qualquer reparação significativa da protecção anticorrosiva numa ponte mista não seja deva ocorrer antes de um período inicial de 30 anos. O artigo em destaque, neste número da metálica, explicita as razões pelas quais as soluções metálicas e mistas aço-betão tenderão, cada vez mais, a imporem-se em Portugal como a opção ideal para a construção e reabilitação de pontes de médios e grandes vãos. Prevendo-se uma utilização crescente dos aços inoxidáveis para fins estruturais, apresenta-se, também, informação técnica que facilita o cálculo das temperaturas de perfis neste tipo de aços quando sujeitos a uma curva de incêndio padrão e que permitirá usar as mesmas metodologias apresentadas no Eurocódigo 3 para o aço carbono no cálculo da resistência ao fogo de elementos estruturais em aço inoxidável. Merece, ainda, especial referência a apresentação do Pavilhão Multiusos de Viana do Castelo, concebido pelo Arquitecto Eduardo Souto de Moura, com uma inequívoca ligação à Arquitectura Naval e que constitui um interessante espaço vocacionado para eventos culturais e desportivos. Paulo Cruz
Revista da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Dep. de Engenharia Civil Universidade de Coimbra Polo II Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra - Portugal tel.: +351 239.79 72 19 tlm.: +351 96.50 61 249 fax: +351 239.40 57 22 internet: www.cmm.pt e-mail: cmm@cmm.pt nº 22 - Setembro de 2010 Director: Paulo Cruz Conselho Editorial: Dinar Camotim; João Almeida Fernandes; José Rodrigues; Leonor Côrte-Real; Luís Simões da Silva; Paulo Vila Real; Pedro Bandeira; Tiago Abecasis Propriedade: cmm – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Redacção, Design e Impressão: Engenho e Média, Lda. ISSN: 0874-3738 Depósito legal: 128899 Tiragem: 1500 exemplares
sumário
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editorial
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notícias
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destaque vantagens das pontes metálicas e mistas
técnica 13 aços inoxidáveis estruturais: nomogramas e tabelas para cálculo da sua resistência ao fogo projectos 16 pavilhão multiusos de viana do castelo 20 22 24 26
diversos legislação formação e eventos cmm publicações notícias ECCS Internacional
50 anos de construção metálica e mista na europa 30 parte 9 – 1998 agenda 32 calendário de eventos
Foto da capa © Paulo Cruz
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notícias
O ICSA2010 reuniu em Guimarães cerca de 400 especialistas de mais de 40 países A Primeira Conferência Internacional de Estruturas e Arquitectura decorreu em Guimarães nos passados dias 21,22, e 23 de Julho e foi um grande sucesso. Cerca de 400 participantes, vindos de mais de 40 países diferentes, estiveram presentes na primeira edição da conferência organizada na Universidade do Minho. O ICSA10 contou com mais de 250 apresentações, 8 “keynote lectures” e 3 mini-simpósios e um seminário especial. O programa foi vasto e decorreram painéis de apresentações de artigos ou trabalhos de investigação em 5 salas ao mesmo tempo. As pessoas puderam dividir-se por aqueles painéis com os temas que mais lhes interessavam. A conferência destinou-se a investigadores e profissionais de todo o mundo com uma experiência em arquitectura e em engenharia estrutural, o que incluiu arquitectos, engenheiros estruturais e de construção, construtores e consultores de construção, pessoas ligadas à indústria da construção, académicos, investigadores, estudantes, fornecedores de materiais, gestores de projecto, gestores de activos, autoridades governamentais de desenvolvimento das infra-estruturas entre outros. Com este encontro internacional pretendia-se divulgar trabalhos/projectos de investigação sobre arquitectura e estruturas e ainda, promover um melhor entendimento e cooperação entre arquitectos e engenheiros. Mais especificamente, disseminou-se o conhecimento das mais avançadas técnicas, promovendo a compreensão
das aplicações complexas de engenharia e arquitectura e explorando os aspectos históricos e ontológicos da relação entre a arquitectura e a engenharia estrutural. De destacar, ainda, a presença de pessoas de renome a nível internacional como, por exemplo, o arquitecto Ian Ritchie. Este arquitecto tem uma grande reputação em termos de trabalhos de design e inovação, especialmente, em técnicas de construção e materiais. Igualmente importante, Júlio Martínez Calzón, engenheiro civil dedicado à concepção e projecto de pontes e estruturas de grande dimensão. Ambos já ganharam vários prémios internacionais e estiveram envolvidos em projectos e construções relevantes.
Mais uma edição do ICSAS A International Conference on Steel and Aluminium Structures (ICSAS) vai para a sua 11ª edição e terá lugar no próximo ano, de dias 13 a 15 de Julho na cidade de Kuching, Sarawak Malaysia. O objectivo da conferência é juntar especialistas e líderes internacionais para discutir e divulgar investigações recentes na área do aço e alumínio. Também o desenvolvimento do design e da construção com estes dois materiais serão temas de discussão no ICSAS11. O evento é destinado a engenheiros, fabricantes, arquitectos, designers, investigadores, académicos e
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estudantes de pós-graduação na área de estruturas de aço e alumínio. A conferência é organizada pelo Professor Associado Lau Hieng Hou da Curti University of Technology Sarawak Campus e pelo Professor Dr.Wan Hamidon Wan Badaruzzman da Universiti Kebangsaan Malaysia. A partir de Agosto já podem ser enviados os resumos dos trabalhos de investigação de todos aqueles que estão interessados em participar. Mais informações em http://icsas11.org/
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Professor Dinar Camotim, membro da direcção da CMM, recebe o Shortridge Hardesty Award 2010 A ASCE (American Society of Civil Engineers) atribui anualmente o Shortridge Hardesty Award a uma personalidade como reconhecimento de contribuições relevante, no âmbito do ensino e da investigação científica, no domínio da estabilidade estrutural. Shortridge Hardesty foi o primeiro presidente do Column Research Council (CRC), hoje Structural Stability Research Council (SSRC), e o referido prémio foi instituído, em sua memória, a partir de 1987.
Professor Dinar Camotim, na atribuição do Prémio
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No presente ano de 2010, a Comissão Executiva da ASCE decidiu atribuir este prestigiado prémio ao Professor Dinar Camotim, professor do DECivil/IST/UTL e investigador do ICIST. A deliberação refere que o prémio é atribuído “In recognition of sustained and substantial contributions to the field of structural stability during his career of active teaching and research”, tomando em consideração “how the scholarship and service have positively impacted many global design standards”. Realça-se ainda o facto de o Professor Dinar Camotim ter sido o primeiro investigador europeu a receber este prémio.
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Hempel investe na Polónia O Grupo Hempel, fabricante global de tintas, inaugurou em Abril uma nova fábrica perto de Buk, na Polónia. A mais recente unidade fabril da Hempel vai criar 100 novos postos de trabalho na região e, também, vai ajudar o Grupo a dar uma resposta mais eficaz à procura, cada vez maior, no mercado europeu de tintas. A Hempel fez um investimento na ordem dos 25 milhões de euros e a construção da unidade foi concluída em 9 meses. A inauguração contou com a presença do Presidente e Administrador Executivo do Grupo Hempel, Pierre-Yves Jullien, do embaixador da Dinamarca na Polónia, Hans Michael Kofoed-Hansen, de membros do Conselho de Administração e de outros representantes do Grupo Hempel. A fábrica na Polónia tem capacidade para produzir toda a gama de tintas Hempel, podendo atingir uma produção anual na ordem dos 40 milhões de litros, e, se necessário, expandir a capacidade até aos 60 milhões de litros por ano. A fábrica foi co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Programa Operacional da Economia de Inovação. Os funcionários fabris receberam cursos de formação, sobre os mais recentes métodos de produção, noutras unidades europeias da Hempel, entre elas Portugal. "Buk possui boas infra-estruturas e a sua localização permite-nos fornecer rapidamente os nossos clientes em toda a Europa. Recebemos um excelente apoio local para este projecto, e estamos muito satisfeitos com a rapidez com que foi concluído. A fábrica coloca-nos numa posição ainda mais vantajosa para fornecer aos nossos clientes europeus dos sectores industrial, marítimo, construção
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civil e náutica de recreio, a habitual elevada qualidade dos nossos produtos", afirmou Jacob Gulmann, vicepresidente do Grupo Hempel para a Europa. A nova unidade fabril, que substitui a unidade dinamarquesa encerrada em Maio, cumpre integralmente a legislação comunitária em matéria de saúde, segurança no trabalho e ambiente. Nestas áreas salientam-se um sistema de ventilação que assegura a permanente renovação de ar no edifício e ainda um sistema de movimentação de materiais que elimina parte do trabalho manual que é habitual na produção de tintas. Relativamente ao meio ambiente, o impacto será mínimo já que, segundo a Hempel, “não produzirá águas residuais industriais e libertará emissões gasosas muito baixas graças a uma unidade de limpeza incorporada no sistema de ventilação”.
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Coberturas de estacionamento com painéis solares A PARFEL, empresa nacional de fixação e suspensão industrial, associou-se à LOBOLAR e apresentaram uma nova solução para o estacionamento automóvel. Foi na 2ª Feira do Solar, no Museu da Electricidade em Lisboa, que estas empresas tiveram em exposição uma cobertura de estacionamento com painéis solares embutidos. Apesar de em Portugal ainda ser uma novidade, já há algumas empresas no estrangeiro que implementaram esta nova estrutura nos parques de estacionamento. É o caso da conhecida empresa de informática Dell que usou este sistema num dos parques empresariais mais importantes da empresa no Texas. Também a gigante Google já está a fazer o mesmo, estando os parques de estacionamento já em remodelação.
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Além de proteger os automóveis da luz e do calor, esta estrutura gera energia que depois pode ser usada nas necessidades básicas dos edifícios.
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Pecol abriu filial em Xangai A Pecol, empresa de produção de peças de fixação, expandiu-se para o oriente, abrindo uma filial em Xangai. A empresa afirma: “Para a Pecol, abrir uma filial em Xangai, representou não só perceber um mercado complexo, mas também tirar partido da localização privilegiada da cidade que é o grande centro económico de toda a China.” Segundo Rui Rapazote, director de mercado do Grupo Pecol, era obrigatório passar a ter, também, uma extensão da empresa-mãe no Oriente, uma vez que a maioria dos fornecedores da Pecol operam naquele mercado, pretendendo assim, uma optimização do processo de compras. Xangai foi a cidade escolhida porque é o centro económico da China e, por outro lado, apresenta boas condições para o estabelecimento de uma empresa estrangeira. Condições e serviços muito favoráveis e a localização (perto de pólos industriais fulcrais para o país) foram os factores que mais pesaram na decisão tomada pela Pecol.
Rui Rapazote explica que a abertura de uma filial surgiu “de uma necessidade e não de uma oportunidade”, isto porque apesar lá se concentrarem grandes indústrias do sector da fixação e construção de materiais, ainda há muitos problemas de qualidade e comunicação. Assim, estando lá presencialmente, permite reduzir os referidos problemas e “perceber o valor da carteira de contactos, know-how da indústria e de todo o processo de exportação.” Além disto, podem também promover-se a nível internacional, expandindo ainda mais o seu negócio. Hoje em dia, a Pecol exporta para países como os Estados Unidos, Brasil, Espanha, Itália e Angola. Futuramente na China, a empresa pretende alargar a sua carteira de clientes e estabelecer um centro de consolidação de cargas com vista à optimização de todo o processo logístico. A empresa Pecol serve mais de 25.000 clientes em Portugal e exporta para 25 países em todo o mundo.
Reabilitação de moradias em Aço Leve afectadas por incêndio A Gestedi foi a empresa responsável pelo trabalho de reabilitação de algumas moradias geminadas em aço leve, que ficaram afectadas por um incêndio devido a um curto circuito e ainda danificadas pela quantidade de água na resposta ao incêndio. Os materiais constituintes das moradias, lã e OSB interior (que divide as moradias) e exterior travaram o efeito da propagação do fogo, tendo o maior “estrago” sido causado pela já citada resposta ao incêndio, com uma quantidade de água muito significativa. Como a área ardida foi de alguns metros quadrados numa das paredes que constituem as chaminés, a intervenção foi de reforço do aço nas asnas da cobertura, substituição de cerca de metade do OSB, respectivo poliestireno extrudido e Onduline e recuperação da lã e gessos interiores.
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Paulo Osório ganha 1º prémio a nível internacional O antigo aluno da UTAD tem 29 anos e já foi distinguido a nível internacional com o 1º Prémio na categoria de “Outstanding Paper & Presentation”, no decorrer da 32º Conferência Internacional de Navegação, em Liverpool (Inglaterra). Paulo Osório é actualmente investigador da Universidade de Luxemburgo e está trabalhar num projecto com cooperação da ArcelorMittal e da Universidade Técnica de Delft. “Concepção Integrada de Estruturas de Aço em Ambiente Marítimo” é o nome do trabalho de investigação, que se insere no doutoramento de Paulo Osório, e é coordenado pelo Professor Odenbreit, da Universidade do Luxemburgo. altamente complexo, que depende de variados factores, é muito difícil estimar os seus efeitos e é por essa razão que existe uma grande incerteza durante a fase de concepção e dimensionamento. Com o desenvolvimento do projecto, prevê-se que será possível dimensionar estruturas económicas, mas sempre dentro dos níveis aceitáveis de segurança. Para já só foram apresentados os primeiros resultados, portanto, é um projecto com continuidade, esperando-se ainda mais resultados nos próximos tempos.
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O estudo desenvolvido pelo investigador tem como objectivo, segundo o comunicado da UTAD, o desenvolvimento de um método de concepção e dimensionamento de estacas-prancha de aço em ambiente marítimo, que tenha em conta os efeitos da corrosão com base em informação probabilística. As estacas-prancha metálicas são amplamente usadas em ambiente marítimo, principalmente para a construção de muros-cais, e neste tipo de ambiente, a corrosão do aço deve ser tida em consideração na fase de concepção e dimensionamento. Sendo a corrosão um fenómeno
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Super-escadas metálicas em Luanda Estão a ser montadas duas super-escadas de emergência no edifício Garden Towers, que faz parte do projecto Comandante Gika, actualmente o maior em construção em Luanda. A empresa Seveme é a responsável por estas construções metálicas.
As escadas ficam agregadas às fachadas das 2 torres de 17 pisos e altura de 70 metros. A sua concepção é cilíndrica, sendo o montante central um tubo de 1200x10 mm, no qual vão ligar por aparafusamento todos os degraus executados em cantoneiras curvas e chapa anti-derrapante. Na bordadura exterior dos degraus e também com função estrutural desenvolve-se uma barra de 300x10 com configuração helicoidal e que segue toda a geometria dos mesmos degraus. A amarração ao edifício faz-se ao nível dos patamares que ligam às frentes das lajes em cada piso, sendo os degraus forrados com a mesma chapa dos degraus. Pelo exterior funciona uma guarda de escada
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também com configuração helicoidal e de extrema complexidade de construção. Envolvendo toda a periferia das escadas aparece uma malha tecida em aço inox Aisi 316 que assenta numa estrutura secundária constituída por perfis UPN calandrados; este revestimento tem a particularidade de não ser aprumado verticalmente, dando a ideia de inclinação de todo o conjunto final. Para garantir toda a conformidade das ligações, que são milhares, optou-se por pré montar integralmente as escadas na fábrica. O material é expedido em contentores marítimos e montado em Luanda por equipas especializadas. O peso em aço totaliza as 200 toneladas.
vantagens das pontes metálicas e mistas
durabilidade e sustentabilidade
vantagens das pontes metálicas e mistas
durabilidade e sustentabilidade 1. Introdução A crescente utilização, na última década, em Portugal, das Pontes Metálicas e Mistas (PMM), é uma realidade incontestável. Se para os grandes vãos as soluções metálicas foram sempre as opções preferenciais pela sua eficiência estrutural acrescida em relação às soluções de betão armado pré-esforçado, o mesmo não sucedia para vãos médios. Esta realidade alterouse profundamente nas ultimas duas décadas, na maior parte dos países europeus. Portugal, não fugiu à regra e as soluções mistas, aço-betão, impuseram-se, tanto no domínio ferroviário, onde sempre foram as soluções preferenciais, como mais recentemente no domínio rodoviário. O crescente investimento nesta área, nos 9 metálica 22 . setembro 2010
vantagens das pontes metálicas e mistas
durabilidade e sustentabilidade
Viaduto do Metro do Porto, na Maia
domínios da investigação e ensino em Portugal, muito para tal contribuíram. É necessário que o conhecimento a nível técnico das PMM se alargue dos Projectistas aos Construtores e aos Donos de Obra, para que as opções correctas possam ser tomadas. O desconhecimento leva à opção mais simples - adoptar o que é tradicional, nem sempre necessariamente a melhor solução. Se do ponto de vista de facilidade construtiva e eficiência estrutural as soluções mistas nunca puderam ser preteridas em relação às soluções de betão, o mesmo não sucede quanto ao seu custo inicial e de manutenção. O primeiro aspecto - custo inicial, tem progressivamente vindo a esbater-se pelo aumento da oferta no domínio da tecnologia construtiva e da metalomecânica em Portugal. Para tal contribuiu também o crescente custo das pontes de betão devido aos custos de mão-de-obra e de requisitos de qualidade de execução. O segundo aspecto - custo de manutenção, é hoje em dia internacionalmente aceite como “um problema menor”. Efectivamente a garantia da durabilidade da protecção anticorrosiva, passou de 12 a 15 anos, para um mínimo de 20 a 25 anos.
Os requisitos da norma europeia EN 12944, função da classe de agressividade do ambiente, fazem com que qualquer reparação significativa da protecção anticorrosiva numa PMM não seja de todo de prever antes de um período inicial de 30 anos. Mesmo assim, na maior parte dos países europeus só são previstas reparações parciais findo esse período.
2. Pontes Metálicas e Mistas em Portugal A primeira obra de grande impacto no domínio das PMM em Portugal foi o viaduto de acesso à Ponte 25 de Abril – Tabuleiro Ferroviário, construído por lançamento incremental entre 1995 e 1998. Outros exemplos mais recentes são: as obras de arte especiais para o Metro do Porto – tabuleiros bi-viga; os tabuleiros em múltiplo caixão misto do viaduto sobre a A5; os tabuleiros em caixão unicelular, com consolas em laje com nervuras transversais do viaduto sobre o IC19 e o novo atravessamento ferroviário do rio Sado, em Alcácer do Sal.
Viaduto sobre o IC19 com um tabuleiro em caixão unicelular
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vantagens das pontes metálicas e mistas
durabilidade e sustentabilidade
O novo atravessamento ferroviário do rio Sado, em Alcácer do Sal (projecto GRID/GREISCH)
3. A Opção por uma PMM As vantagens estruturais, construtivas e ambientais, bem como do valor residual do aço, tornam as PMM uma opção preferencial na maior parte dos países europeus. Em obras urbanas, a facilidade de montagem, as menores interferências na manutenção de tráfego e a superior qualidade em relação a soluções prefabricadas de betão, em particular do ponto de vista estético, são vantagens a ter em conta numa análise comparativa. Nas obras em ambientes rurais e em zonas ambientalmente protegidas, as PMM impõem-se por serem soluções menos agressivas, em especial durante as fases construtivas, em particular sempre que podem ser montadas por lançamento incremental. Ganha-se em eficiência de montagem em de prazos de construção e reduzem-se os custos dos pilares e das fundações, devido à menor carga permanente da superstrutura, em particular em países em que a acção sísmica é significativa, como ocorre em Portugal.
competitivas as PMM. Por outro lado, a utilização de aços soldáveis de grão fino e termo-mecânicos, nas qualidades N/NL e M/ML, melhoram a tenacidade dos componentes metálicos e reduzem custos de soldadura. A melhoria da tecnologia a nível de materiais e de soldadura tem permitido chapas de banzo com espessuras que atingem 150 a 180mm, simplificando as secções transversais e aumentando a sua eficiência estrutural. Os problemas de manutenção, reduziram-se na prática aos problemas da manutenção da protecção anticorrosiva, um aspecto perfeitamente dominado nos dias de hoje. Assim, as PMM tenderão cada vez mais a constituírem uma nova geração de pontes em Portugal.
Naturalmente que ao incremento substancial de utilização de PMM não tem sido estranho o aumento significativo dos requisitos a nível da durabilidade das pontes de betão. Se esses requisitos constituem uma mais-valia para essas soluções, aumentam o seu custo inicial, tornando mais
De forma geral as PMM são estruturas que implicam a pré-fabricação conduzindo desta forma a um processo de construção mais eficiente, a uma maior rapidez de construção e à minimização dos riscos e prejuízos da obra e do estaleiro. Simultaneamente, sendo estruturas
As PMM contribuem para uma construção mais sustentável nos seguintes aspectos: (i) longa vida útil; (ii) durabilidade das componentes; (iii) flexibilidade na funcionalidade da estrutura; (iv) possibilidade de deconstrução; (v) reutilização e reciclagem.
Nova ponte ferroviária do rio Sado: ponte principal (projecto GRID/GREISCH) Ponte ferroviária sobre o Rio Sado, em Alcácer do Sal.
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vantagens das pontes metálicas e mistas
durabilidade e sustentabilidade
relativamente leves, conduzem à construção de fundações mais reduzidas, permitindo a preservação do solo de fundação e a redução da movimentação de terras. Na fase final da vida útil das PMM, e graças às características já enumeradas, é possível procederse a uma demolição organizada da obra de forma a poderem ser, eventualmente, reutilizados elementos da estrutura e optimizadas as componentes que podem ser recicladas. No caso da reciclagem, em cada tonelada de aço reciclado são poupados 1.25 toneladas de minério de ferro, 630 kg de carvão e 54 kg de calcário [1]. Além do mais, o processo de reciclagem requer menos energia, cria menos resíduos e provoca a emissão de menor quantidade de partículas poluentes do que a produção da mesma quantidade de aço a partir de matérias-primas. Note-se, ainda, que o aço pode ser reciclado inúmeras vezes sem perder qualquer uma das suas qualidades, contribuindo assim para a minimização do consumo de recursos naturais e para a maximização da reutilização desses mesmos recursos.
4. O problema e os custos da manutenção 4.1. A evolução da protecção anticorrosiva nos últimos 20 anos Correntemente as pontes são dimensionadas para uma vida útil de serviço superior a 100 anos. Durante este período é necessário manter a estrutura da ponte em condições de segurança. No que respeita as estruturas mistas aço-betão, é comum dizer-se que estas necessitam de uma frequente intervenção devida à manutenção do sistema de protecção anticorrosiva. No entanto, esta não é bem a realidade. A vida útil de um sistema de protecção anticorrosiva de uma ponte passou de 12 a 15 anos para um mínimo de 20 a 25 anos. De acordo com os últimos desenvolvimentos tecnológicos, em relação aos sistemas protecção anticorrosiva é de prever que numa obra bem concebida a primeira manutenção devida à substituição do sistema de protecção anticorrosiva ocorra num período superior a 30 anos [2].
4.2. A agressividade dos ambientes e a normalização Os principais factores que determinam a taxa de corrosão das estruturas metálicas são o intervalo de tempo em que a estrutura permanece molhada e a poluição atmosférica (ex. sulfatos, cloretos, etc.). Devido à variação das condições atmosféricas de local para local, não é possível generalizar o problema da corrosão. No entanto a norma EN ISO 12944 [3] define categorias de corrosividade para diferentes ambientes e classe de exposição e fornece esquemas de protecção contra a corrosão de acordo com a durabilidade requerida.
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4.3. Garantia de durabilidade e pormenorização a nivel de projecto O dimensionamento e a pormenorização de uma estrutura metálica pode afectar a durabilidade do sistema de protecção utilizado. A pormenorização das estruturas metálicas deve permitir que o sistema de protecção possa ser aplicado homogenamente em todas as superfícies, de forma a evitar a acumulação de água e a sujidade em determinados pontos da estrutura, que poderiam conduzir a problemas de corrosão localizados. Pelas mesmas razões devem ser evitados os reforços longitudinais (horizontais), as ligações aparafusadas, as soldaduras intermitentes, os ângulos reentrantes, etc. A norma EN ISO 12944-3 [3] fornece as linhas orientadoras para um bom dimensionamento e pormenorização de estruturas metálicas de forma a evitar problemas de corrosão.
4.4. As políticas de manutenção a nível dos vários países europeus A vida útil do sistema de protecção contra a corrosão em PMM depende, como já referido, das condições ambientais onde a obra está inserida e do tipo de sistema adoptado. Por outro lado, a escolha do sistema de protecção tem, normalmente, em consideração o respectivo custo e a minimização dos custos acumulados ao longo do seu ciclo de vida. No entanto, em alguns países existem normas que recomendam intervalos mínimos de manutenção. Assim, por exemplo, de acordo com a norma espanhola “ITPF05: Instrucción sobre las inspecciones técnicas en los puentes de ferrocarril” o intervalo de manutenção é de 15 anos, enquanto de acordo com a norma alemã “ZTV-Ing” esse intervalo é de 25 anos.
¬ REFERÊNCIAS [1] de Spot, M., “The application of structural steel to single-family residential construction”, Node Engineering Corp., Surrey, B.C., 2002. [2] CORUS, “Steel bridges – material matters. Corrosion protection”, 2010. [3] ISO 12944-3, “Paints and varnishes - Corrosion protection of steel structures by protective paint systems - Part 3: Design considerations”, 1998.
técnica
aços inoxidáveis estruturais
aços inoxidáveis estruturais nomogramas e tabelas para cálculo da sua resistência ao fogo Paulo M. M. Vila Real Prof. Catedrático da Universidade de Aveiro pvreal@ua.pt
1. INTRODUÇÃO A utilização de novos materiais estruturais foi desde cedo um dos principais desafios que se colocaram aos projectistas de estruturas. Recentemente, por razões que se prendem com a sua resistência à corrosão, aparência estética, facilidade de manutenção e resistência ao fogo, o aço inoxidável tem vindo a ser utilizado em estruturas de engenharia civil, nomeadamente em pontes e edifícios. Embora a sua origem remonte ao início do século XX, podemos considerar, ainda hoje, o aço inoxidável como um material estrutural moderno. De facto, só muito recentemente os projectistas começaram a utilizá-lo para fins estruturais, estando, apesar de tudo, ainda reservado a projectos de elevado valor arquitectónico em que o carácter inovador das soluções adoptadas constitui factor da sua valorização (vejam-se as figuras 1, 2 e 3). O alto custo inicial teste tipo de aço, aliado à existência de regras de dimensionamento limitadas, o número reduzido de secções disponíveis e a falta de conhecimento dos benefícios adicionais da sua utilização como material estrutural, são alguns dos motivos que levam os projectistas a não o utilizar. No entanto, uma análise mais cuidada evidencia uma boa competitividade do aço inoxidável relativamente ao aço carbono convencional, nomeadamente se forem comparados os custos do ciclo de vida e considerados os benefícios adicionais da sua utilização em termos de durabilidade, resistência ao fogo e capacidade de reciclagem.
Existe uma grande variedade de aços inoxidáveis, estando a sua escolha relacionada com a durabilidade sob diferentes ambientes corrosivos bem como a sua resistência mecânica. Os aços inoxidáveis agrupam-se em cinco categorias: martensíticos, ferríticos, austeníticos, austeníticos/ferríticos (Duplex) e endurecidos por precipitação. Nem todos os aços inoxidáveis são adequados para aplicações estruturais, particularmente quando há necessidade de se utilizarem elementos soldados. Os aços inoxidáveis austeníticos e duplex, são aqueles que historicamente mais se têm utilizado para fins estruturais. Os primeiros proporcionam uma boa combinação da resistência à corrosão e das propriedades
Fig. 1 Pilares e travessas em aço inoxidável. Aeroporto Sá Carneiro [1]
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técnica
aços inoxidáveis estruturais
Fig. 2 Ponte rodoviária na ilha Menorca, Espanha [2]
Fig. 3 Ponte pedonal em Sant Fruitós, Espanha [2]
de fabrico. Os aços inoxidáveis duplex possuem uma resistência mecânica elevada bem como uma alta resistência ao desgaste e à corrosão sob tensão. Os aços inoxidáveis mais utilizados são os das classes 1.4301 (também designado por 304) e 1.4401 (geralmente referenciado como 316), sendo o primeiro adequado para ambientes rurais, urbanos e ligeiramente industrializados, enquanto o segundo se recomenda para ambientes marinhos e industriais. O elevado custo dos aços inoxidáveis austeníticos deve-se principalmente ao excessivo preço do níquel. Tipicamente eles contêm 8-13% de níquel enquanto os aços ferríticos contêm uma quantidade substancialmente menor, razão pela qual se tem assistido nos últimos tempos a um crescente interesse por esta última categoria de aço inoxidável. O aço inoxidável ferrítico 1.4003 por exemplo contém 0.3-1.0% de níquel. As Tabelas 1 e 2 comparam as propriedades mecânicas relativas à resistência do aço S235 e do aço inoxidável 1.4301 (ou 304) à temperatura normal e a 600 ºC, respectivamente. Estas tabelas mostram que o aço inoxidável apresenta maior ductilidade do que aço carbono e que, embora à temperatura normal a sua resistência seja inferior, a altas temperaturas se verifica o contrário.
Apesar do aço carbono e do aço inoxidável apresentarem leis constitutivas bastante diferentes (ver fig. 4), as fórmulas de verificação da segurança deste último baseiam-se fundamentalmente nas que historicamente se têm desenvolvido para o aço carbono. Basta consultar a parte 1.4 do Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Regras suplementares para o aço inoxidável [3], para verificar que são muito semelhantes. Mais notório ainda é a utilização das mesmas fórmulas para os dois tipos de aço quando se trata de verificar a sua resistência em situação de incêndio, como preconiza a parte 1.2 do Eurocódigo 3 – Regras gerais – Verificação da resistência ao fogo [4]. Embora a versão final daquelas duas partes do Eurocódigo 3 tenham sido recentemente aprovadas, os investigadores continuam a trabalhar no sentido de obter um melhor conhecimento do comportamento estrutural do aço inoxidável, quer à temperatura normal quer em situação de incêndio, sendo de prever alterações em futuras versões do Eurocódigo 3. Prova disso é o facto da terceira edição do “Manual de dimensionamento de elementos estruturais em aço inoxidável” (2006) [5], editada quase em simultâneo com a aprovação daquelas
Tab. 1 Propriedades mecânicas a temperatura normal
Propriedades mecânicas
Aço carbono S235
Aço inoxidável 1.4301
Tensão de cedência (MPa)
235
210*
Extensão última
15%
45%
* Limite convencional de proporcionalidade a 0.2%
a)
Em situação de incêndio são admissíveis maiores deformações, razão pela qual a parte 1.2 do Eurocódigo 3 recomenda como tensão de cedência não a tensão limite convencional de proporcionalidade a 0.2% mas a tensão correspondente a uma extensão total de 2% indicada na tabela 2. Tab. 2 Propriedades mecânicas a 600 ºC
Propriedades mecânicas
Aço carbono S235
Aço inoxidável 1.4301
Tensão de cedência (MPa)
110.5*
146.6*
15%
35%
Extensão última
* Tensão correspondente a uma extensão total de 2%.
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b) Fig. 4 Relação tensão-extensão para o aço carbono S 235 e o aço inoxidável EN 1.4301 (304) a) À temperatura normal; b) A 600 ºC [6]
técnica
aços inoxidáveis estruturais
partes do Eurocódigo 3, apresentar já formulações distintas.
2. COMPORTAMENTO AO FOGO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS O aço inoxidável tem reconhecidamente uma resistência ao fogo superior à do aço carbono. Embora mais caro que este último, o aço inoxidável pode conduzir a estruturas competitivas em virtude de se poder evitar a utilização de material de protecção térmica.
2.1. Cálculo das temperaturas Com o objectivo de evitar a resolução da equação de condução de calor construiu-se o nomograma da Fig. 5 que facilita o cálculo das temperaturas de perfis em aço inoxidável quando sujeitos à curva de incêndio padrão ISO 834 em função do seu factor de massividade. Por exemplo um perfil com um factor de massividade de 100 m-1 atinge, quando submetido ao incêndio padrão, a temperatura de cerca de 500 ºC.
utilização de mecanismos de cálculo idênticos para os dois tipos de aço. Assim para que se possam utilizar com os aços inoxidáveis procedimentos de cálculo análogos aos do aço carbono define se aqui o factor de redução da tensão de cedência à temperatura normal que permite avaliar a tensão correspondente à extensão total de 2%, utilizada nos cálculos em situação de incêndio, do seguinte modo ky,θ =
fy,θ
Esta expressão permitiu construir a Tabela 3 que apresenta o factor de redução para os aços inoxidáveis estruturais mais utilizados. Por exemplo a tensão de cedência a 600ºC do aço inoxidável 1.4301 vale, de acordo com a Tabela 3: fy,600ºC = ky,600ºC x fy = 0.6982 x 210 = 146.6 [MPa] Este valor está representado no gráfico da Fig. 1 b). Tab. 3 Factores de redução para os aços inoxidáveis 1.4301 e 1.4401
Fig. 5 Nomograma para cálculo da temperatura de perfis em aço inoxidável sujeitos à curva de incêndio padrão ISO 834, para diferentes valores do factor de massividade Am/V [m-1] [6]
fy,θ = ky,θ fy Embora este factor de redução seja fornecido no Eurocódigo 3 para ao aço carbono, para o aço inoxidável o Anexo C da Parte 1.2 deste Eurocódigo fornece directamente a tensão de cedência a temperaturas elevadas através da fórmula fy,θ = f0.2p,θ + k2%,θ ( fu,θ – f0.2p,θ ) onde f0.2p,θ é a tensão limite convencional de proporcionalidade a 0.2% à temperatura θ, k2%,θ é um factor de correcção para determinação de fy,θ e fu,θ é a tensão de ruptura à tracção à temperatura θ. Isto inviabiliza a
fy
fy
Temperatura do aço inoxidável θa [ºC]
2.2. Tensão de cedência a temperaturas elevadas Toda a formulação exposta na Parte 1.2 do Eurocódigo 3 baseia-se na avaliação da tensão de cedência a temperaturas elevadas, fy,θ, à custa de um factor de redução, ky,θ, da tensão de cedência à temperatura normal, fy, de acordo com a expressão:
1
= f0.2p,θ + k2%,θ ( fu,θ – f0.2p,θ )
ky,θ 4301
4301
20
1.3838
1.3273
100
1.1402
1.1964
200
0.9131
1.0711
300
0.8618
1.0161
400
0.8247
0.9334
500
0.7526
0.8775
600
0.6982
0.8174
700
0.5728
0.6996
800
0.4095
0.5413
900
0.2279
0.2795
1000
0.1053
0.1451
1100
0.0477
0.0678
1200
0.0000
0.0000
3. CONCLUSÕES Prevendo-se uma utilização crescente dos aços inoxidáveis para fins estruturais, apresentou se um nomograma que facilita o cálculo das temperaturas de perfis neste tipo de aços quando sujeitos à curva de incêndio padrão e deduziram-se factores de redução da tensão de cedência de modo a poderem ser utilizadas, no cálculo da resistência ao fogo de elementos estruturais em aço inoxidável, as mesmas metodologias apresentadas no Eurocódigo 3 para o aço carbono. REFERÊNCIAS [1] TAL PROJECTO, LDA, Lisboa. [2] PEDELTA, SL, Barcelona. [3] EN 1993-1-4, (2006) (European standard). Eurocode 3: Design of steel Structures. Part 1.4: Supplementary Rules for Stainless Steels. CEN (Comité Européen de Normalisation), Brussels, Belgium. [4] EN 1993-1-2, (2005) (European standard). Eurocode 3: Design of steel Structures. Part 1.2: Structural fire design. CEN (Comité Européen de Normalisation), Brussels, Belgium. [5] Euroinox and The Steel Construction Institute– “Design Manual for Structural Stainless Steel, 3rd edition, 2006 [6] Jean-Marc Franssen; Paulo Vila Real – “Fire Design of Steel Structures”, ECCS Eds., ISBN 978-92-9-147-099-0 and Ernst & Sohn a Wiley Company, ISBN 978-3-433-02974-9, 2010.
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projectos
pavilhão multiusos
pavilhão multiusos de viana do castelo
© Luis Ferreira Alves
O edifício está implantado na zona prevista no plano, alinhando a Sul com um dos edifícios projectado pelo Arq. Fernando Távora. Formalmente o edifício define-se por uma mesa onde pousará uma caixa de alumínio, e todos os equipamentos necessários para o funcionamento das diversas actividades promovidas no seu interior.
Em frente ao alçado norte prevê-se uma praça arborizada com alamedas que marcam as entradas do Pavilhão. Nesta praça existirá uma rampa de acesso ao piso –1.
© arquivo E.S. Moura
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© Luis Ferreira Alves
projectos
pavilhão multiusos
> Cortes gerais: implantação
ficha técnica
< Cortes transversais 3 e 4
Pavilhão Multiusos em Viana do Castelo Alameda 5 de Outubro . Viana do Castelo Autor Eduardo Souto de Moura Datas do Projecto: 2000/2004 . Data Obra: 2008Cliente VianaPolis – Sociedade para Desenvolvimento do Programa Polis em Viana do Castelo, S.A. Colaboradores Diogo Guimarães, Ricardo Rosa Santos, João Queiróz e Lima, Jana Scheibner, Luís Peixoto, Manuel Vasconcelos, Tiago Coelho, Rita Lima Engenharia de Estruturas G.O.P. Engenharia de Electricidade G.O.P. Engenharia de Instalações Mecânicas G.O.P. Projecto Acústico Dorsserblesgraaf Instalação de Equipamento para Espectáculos Companhia do Som, Lda. Instalação de Equipamentos Desportivos Soluções, Consult., Gestão e Formação em Desporto, Lda. Projecto de Sinalética António Queirós - Design, Lda.
Registos de obra \ © arquivo E.S. Moura >
Construtor 1ª fase: Mesquita/Praínhas 2ª fase: Martifer/Praínhas
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projectos
pavilhão multiusos
Registos de obra \ © arquivo E.S. Moura >
Planta do piso -1 >
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Registos de obra \ © arquivo E.S. Moura >
projectos
pavilhão multiusos
O Pavilhão Multiusos será um espaço vocacionado para eventos culturais e desportivos. Os acessos principais serão realizados nos topos Norte e Sul, existindo nos restantes alçados, entradas de serviço. O seu interior será amplo e permeável, possibilitando a visão sobre o rio ao nível do piso de entrada. Pretende-se que a sua transparência o torne o mais leve possível, junto dos outros edifícios.
> Croquis de projecto \ © Eduardo Souto Moura
Implantação >
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legislação e normalização
marcação CE
a norma europeia EN 1090-1 por Nuno Silvestre
O princípio fundamental da marcação CE baseia-se na declaração do fabricante atestando que seus produtos satisfazem as características de desempenho definidas como essenciais para a sua aplicação no domínio da construção.
Com este objectivo, o fabricante deve: 1) Conhecer os requisitos em termos de características de desempenho definidas como essenciais e os valores necessários à sua satisfação. Para os componentes de aço estrutural, estes requisitos estão definidos na cláusula 4 da EN 1090-1. 2) Utilizar métodos de ensaio especificados para avaliar se os produtos estão em conformidade com os requisitos especificados. Para os componentes de aço estrutural, estes métodos de avaliação estão definidos na cláusula 5 da EN 1090-1. 3) Implementar um sistema de controlo para uma produção regular. Para os componentes de aço estrutural, o sistema de avaliação da conformidade é definida na cláusula 6 da EN 1090-1. 4) Marcar os produtos de modo correcto, utilizando uma classificação adequada e sistema de designação. Para os componentes de aço estrutural, o sistema de marcação é definida nas cláusulas 7 e 8 da EN 1090-1. Estes aspectos constam na EN 1090-1 – “Execução de estruturas de aço e estruturas de alumínio - Parte 1: Requisitos para avaliação da conformidade dos componentes estruturais” e assumem grande relevância na Marcação CE dos componentes de aço estrutural. Como se referiu no número anterior, a EN 1090-1 faz parte de um conjunto de Normas Europeias Harmonizadas que lidam com produtos metálicos estruturais e auxiliares, incluindo um anexo ZA, obrigatório em todas as Normas Harmonizadas. A EN 1090-1 insere aspectos relacionados com a produção de componentes estruturais para suporte de carga e também os kits de componentes para utilização em estruturas. Os componentes podem ser produzidos de aço laminado a quente, a frio ou produzidos com outras 20 metálica 22 . setembro 2010
tecnologias. Também podem ser fabricados de secções com diversas formas, produtos planos (chapas, folhas, fitas), barras, peças fundidas, peças forjadas de aço ou alumínio, sem ou com protecção contra a corrosão por revestimento ou tratamento de superfície (e.g., anodização do alumínio). A norma não abrange a avaliação da conformidade dos componentes de coberturas suspensas (tectos falsos), carris de rolamento ou de escorregamento para aplicação em sistemas de transporte ferroviário. Os quatro aspectos mencionados anteriormente (1 a 4) serão explicados detalhadamente nos próximos números da revista. Por agora, foquemo-nos num conjunto de definições que servem de base a estes quatro aspectos, cuja explicação imediata é essencial para a sua compreensão. A primeira definição, e talvez uma das mais relevantes, diz respeito à especificação do componente. A especificação do componente é um documento (ou conjunto de documentos) que fornece toda a informação necessária e requisitos técnicos para a produção de um componente estrutural. Refere-se ainda que a EN 1090-1 aplica-se tanto à produção em série como à produção individual do componente. Se um componente é produzido em série ou individualmente, são necessários detalhes específicos antes de realizar o fabrico. O documento com todas as informações necessárias e os requisitos técnicos para a produção é designado de especificação do componente. Um dos princípios a ser observado na Marcação CE é que o fabricante deve ser claro na declaração de conformidade dos seus componentes. A maneira mais simples de atingir este objectivo corresponde a iniciar o processo com base numa especificação definitiva do componente e, em seguida, garantir que o componente foi produzido em conformidade com essa especificação.
legislação e normalização
marcação CE
a EN 1090-1 insere aspectos relacionados com a produção de componentes estruturais para suporte de carga e também os kits de componentes para utilização em estruturas.
A EN 1090-1 inclui um Anexo A informativo que fornece directrizes para a preparação e elaboração da especificação do componente. O anexo distingue os seguintes casos típicos: ¬ Especificação do componente pelo fabricante (MPCS – “Manufacturer Provided Component Specification”). Este caso é o mais comum, no qual os detalhes (geometria e propriedades do material) e/ ou dimensionamento do componente são declarados pelo fabricante e aceites pelo empreiteiro de construção metálica. Neste caso, a EN 1090-1 permite duas opções: ¬ Opção 1: o fabricante declara apenas os detalhes (geometria e propriedades do material) do componente. O fabricante anexa a especificação ao próprio componente e providencia a Marcação CE que garante que o componente está em conformidade com as suas especificações. Neste caso, o fabricante não providencia qualquer garantia em relação ao dimensionamento do componente. A EN 1090-1 associa esta opção ao Método 1 (Anexo A) no Guia de Aplicação L (Anexo ZA.3) e na utilização dos Eurocódigos. Se esta é a opção que o fabricante utiliza frequentemente, então esta limitação deve ser claramente inserida no âmbito da declaração de conformidade do fabricante. ¬ Opção 2: o fabricante declara não só os detalhes (a geometria e as propriedades do material) do componente, mas também as características estruturais (como a capacidade de carga), resultante do relatório de projecto. O fabricante deve comprometer-se a efectuar o dimensionamento do componente e a incluir na marcação CE uma garantia de que o trabalho de dimensionamento foi
realizado de acordo com o relatório de projecto. A EN 1090-1 associa esta opção ao Método 2 (Anexo A) no Guia de Aplicação L (Anexo ZA.3) e assume que o relatório de projecto poderia ser inteiramente baseado nas partes relevantes do Eurocódigos. Este facto é particularmente útil para os fabricantes de produtos padronizados, tais como madres de aço enformadas a frio, destinadas à venda em toda a Europa. Assim, o produto deve ser fornecido com uma especificação de componente que forneça, para além das suas dimensões e propriedades dos materiais constituintes, um conjunto de dados indicando, por exemplo, as capacidades de carga do componente em função dos vãos e fixações calculadas com base no Eurocódigo relevante. Os dados fornecidos devem ter em consideração os valores dos parâmetros adoptados a nível nacional (NDPs) nos Anexos Nacionais e permitidos pelos Eurocódigos. ¬ Especificação do componente pelo cliente (PPCS – “Purchaser Provided Component Specification”). Neste caso, o fabricante não realiza nenhum dimensionamento e simplesmente fornece um produto que respeita plenamente a PPCS juntamente com a documentação de apoio necessária. A EN 1090-1 associa esta opção ao Método 3a (Anexo A) no Guia de Aplicação L (Anexo ZA), pois tal permite que os componentes a serem fornecidos com base na escolha do cliente possam ser dimensionados com base noutros regulamentos que não os Eurocódigos. No próximo número da revista, continuar-se-á a dar uma visão explicativa sobre a EN1090-1 e as suas vertentes, fundamentais na marcação CE dos produtos da construção metálica.
Um dos princípios a ser observado na Marcação CE é que o fabricante deve ser claro na declaração de conformidade dos seus componentes.
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formação e eventos
A CMM organizou 3 cursos de formação em 4 meses
A Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista realizou cursos de formação específicos nos meses de Fevereiro, Março e Maio, destinados a estudantes de engenharia civil, engenheiros civis e a técnicos ligados à construção metálica.
O primeiro a ter lugar foi o “Projecto de Estruturas em Aço Leve” que decorreu nos dias 26 e 27 de Fevereiro, no Hotel Holiday Inn, em Lisboa. O principal objectivo foi ensinar e informar sobre a concepção de projecto de estruturas em “aço leve”. Por outro lado, também se apresentou detalhadamente a norma EN 1993-1-3. Os formadores do curso foram o Prof. Nuno Silvestre, o Eng.º Dinar Amotim, o Eng.º Filipe Santos e o Eng.º António Santos e a coordenação esteve a cargo do Prof. Nuno Silvestre e do Eng.º Luís Figueiredo Silva. No mês seguinte, foi organizado um outro curso de formação, já na sua segunda edição, “Optimização da produção de estruturas metálicas, da preparação à montagem”. Decorreu de 25 a 27 de Março no Hotel Ipanema Porto, no Porto. O que se pretendeu foi explicar como optimizar a produção de estruturas metálicas, tendo por base o conhecimento detalhado de cada uma das fases, permitindo avaliar e corrigir soluções de projecto, recorrendo às mais avançadas ferramentas de detalhe de estruturas metálicas. A formação teórica foi vasta, partindo-se do conhecimento detalhado de como se modela tridimensionalmente uma estrutura metálica, de um caderno de encargos de estrutura metálica, à
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interiorização de todas as fases de produção fabril, aos procedimentos de montagem, o que permite na fase de projecto e detalhe criar soluções economicamente mais rentáveis. No final, foi dado um exemplo prático para consolidar toda a matéria leccionada. Os Engenheiros Filipe Santos e Luís Figueiredo Silva foram os responsáveis pela coordenação do curso e a formação esteve a cargo do Eng.º Filipe Santos e do Eng.º Gabriel Coimbra. A fechar este ciclo de cursos de formação organizados pela CMM, está um outro, que decorreu nos dias 28 e 29 de Maio. A segunda edição do curso de formação “Projecto de Estruturas Mistas Aço-Betão” teve lugar no Hotel Ipanema Porto, no Porto. O principal interesse desta formação foi dar a conhecer a norma EN 1994-1, preparando os formandos para o projecto de estruturas mistas aço-betão. A coordenação deste curso esteve a cargo do Prof. Rui Simões e Eng.º Luís Figueiredo Silva e teve como formadores o Prof. Rui Simões, a Prof.ª Isabel Valente e o Eng.º Rui Alves. Informação mais detalhada poderá ser consultada em www.cmm.pt/formacao.
Cursos de Formação 2010 CMM - Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Departamento de Engenharia Civil da FCTUC – Pólo II – Rua Luís Reis Santos 3030-788 COIMBRA Telefone: +351 239 797 219 Fax: +351 239 405 722 Website: www.cmm.pt/formacao E-mail: formacao@cmm.pt
plano de formação para o 2º semestre de 2010 Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas Data: 24 e 25 de Setembro de 2010 Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: José Miguel Castro, Prof. (FEUP) Formadores: José Miguel Castro, Prof. (FEUP), Carlos Rebelo, Prof. (FCTUC), Rita Bento, Prof. (IST), Tiago Abecasis, Prof. (FCTUC) Local: Hotel Holiday Inn, Lisboa Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
EN1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio
Parte 2: Requisitos Técnicos para as Estruturas de Aço (3ª edição) Data: 29 e 30 de Outubro de 2010 Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Helena Gervásio, Prof. (FCTUC) Formadores: Helena Gervásio, Prof. (FCTUC) e outros especialistas convidados Local: Lisboa Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Avaliação da Sustentabilidade em Edifícios Metálicos Data: 26 e 27 de Novembro de 2010 Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Helena Gervásio, Prof. (FCTUC) Formadores: Helena Gervásio, Prof. (FCTUC) e outros especialistas convidados Local: Lisboa Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | 3º formando da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
INFORMAÇÕES
Drª Zínia Antunes CMM - Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Departamento de Engenharia Civil da FCTUC – Pólo II Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra Telefone: 239797219 | Tlm: 965 061 249 | Fax: 239405722
para mais informações consulte: www.cmm.pt/formacao
publicações
destaque eccs
Fatigue Design of Steel and Composite Structures Autores: Alain Nussbaumer, Luís Borges e Davaine Laurence Publicado por ECCS | Ernst & Sohn, 317 páginas | publicação prevista em 2010 PVP: 55 euros | Preço Membro CMM: 44 euros
Este volume aborda o tema específico da fadiga, um assunto com que muitos engenheiros não estão familiarizados, mas ainda assim relevante para o bom e adequado projecto de diversas estruturas metálicas. O livro aborda todas as questões relacionadas com o assunto: Bases para o dimensionamento à fadiga; Segurança e diversas formas de verificação; Determinação de tensões e gamas de tensões; resistência à fadiga; Campo de aplicação e limitações. Contém ainda exemplos de aplicação dos conceitos, métodos computacionais e verificações apresentadas.
Em 2007, a ECCS decidiu lançar uma nova colecção de Design Manuals e livros didácticos, essencialmente destinados a fornecer orientações sobre o uso dos Eurocódigos em projecto. Esta nova coleção oferece uma mistura de conteúdos teóricos “leves”, explicação das prescrições dos códigos e exemplos detalhados de projectos. Este volume aborda o tema específico de fadiga, um assunto com que muitos engenheiros não estão familiarizados, mas muito relevante para alcançar um projecto satisfatório em diversas estruturas de aço. Os efeitos de cargas repetitivas sobre estruturas de aço, como pontes ou torres, têm sido extensamente estudados desde a década de 1960. Este trabalho, bem como as lições aprendidas com o fraco desempenho de algumas estruturas, levaram a uma melhor compreensão do comportamento à fadiga. Este conhecimento tem sido implementado em recomendações internacionais, em especificações nacionais e internacionais e em códigos desde a década de 1980. A nível europeu, as recomendações ECCS (publicação ECCS n.° 43, de 1985) continha as primeiras regras unificadas acerca da fadiga, seguidas depois pelo desenvolvimento dos Eurocódigos estruturais. Este livro é destinado a engenheiros a exercer. Contém toda a informação necessária para o dimensionamento à fadiga de estruturas de aço de acordo com o Eurocódigo 3, parte 1-9 e as partes sobre a fadiga associadas a outros tipos de estrutura específicas. Lausanne, 2010 Prof. Alain Nussbaumer, in Prefácio
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Alain Nussbaumer é Professor de construções metálicas (laboratório ICOM) no Instituto Federal Suíço de Tecnologia, Lausanne (EPFL). Membro do CEN TC 250-SC3 e presidente do Comité Suíço SIA 263 sobre estruturas metálicas. Membro e ex-presidente do Comité Técnico TC6 - Fadiga de ECCS. Luís Borges é Engenheiro Estrutural na BG Consulting Engineers Ltd, Lausanne. Doutorado na EPFL no domínio da fadiga de pontes tubulares. Especialista em estruturas de aço e compósitas de aço-betão. Membro do Comité Técnico TC6 - Fadiga de ECCS. Davaine Laurence é Engenheiro Senior da SNCF. Especialista em pontes de aço e compósitas de aço-betão. Doutorado na ENPC no domínio da estabilidade de vigas revestidas para aplicação em pontes. Membro do Comité Técnico TC6 - Fadiga de ECCS. Para mais informações acerca do livro visite: www.eccspublications.eu
publicações
outras publicações
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Eds.: Luís Simões da Silva, Elsa Caetano, Paulo Piloto, Carlos Martins e Tiago Abecasis (2007, 687 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros
Steel Bridges: Avanced Solutions & Technologies – Conference Proceedings PVP: 22 euros | Preço Membro CMM: 17,60 euros
Construção Metálica e Mista 5 Eds.: António Lamas, Carlos Martins, Tiago Abecasis e Luis Calado (2005, 882 pp.)
P114 - Preliminary Worked Examples according to Eurocode 3, Part 1-3 PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 12 euros P119 - Rules for Member Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and Design Guidelines PVP: 35 euros | Preço Membro CMM: 28 euros P123 - Worked examples according to EN1993-1-3 PVP: 30 euros | Preço Membro CMM: 24 euros P124 - The Testing of Connections with Mechanical Fasteners in Steel Sheeting and Sections, 2nd Edition PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 12 euros P125 - Buckling of Steel Shells – European Design Recommendations, 5th Edition PVP: 49 euros | Preço Membro CMM: 39,20 euros P126 - European Recommendations for the Design of Simple Joints in Steel Structures PVP: 25 euros | Preço Membro CMM: 20 euros P127 - Preliminary European Recommendations for the Testing and Design of Fastenings for Sandwich Panels PVP: 17 euros | Preço Membro CMM: 13,60 euros
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 4 Eds.: António Lamas, Luís Calado, João Ferreira e Paulo Vila Real (2003, 782 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros OUTRAS Publicações CMM
OUTRAS Publicações ECCS
P085 - Design Handbook for Braced or Non Sway Steel Buildings According to EC3 PVP: 25 euros | Preço Membro CMM: 20 euros
Construção Metálica e Mista 3 Eds.: António Lamas, Paulo Vila Real e Luís Simões da Silva (2001, 735 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 2 Eds.: António Lamas, Luís Simões da Silva e Paulo Cruz (1999, 905 pp.) PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Construção Metálica e Mista 1 Eds.: António Lamas, Paulo Cruz e Luís Calado (1997, 905 pp.)
PVP: 15 euros | Preço Membro CMM: 10 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª Edicão) Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios Ed.: Rui Simões (2007, 224 pp.)
PVP: 22,50 euros | Preço Membro CMM: 17,50 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas: Métodos Avançados Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, Parte 1-5: Estruturas constituídas por placas Eds.: Luís Simões da Silva e Helena Gervásio (2007, 432 pp.)
PVP: 35 euros | Preço Membro CMM: 29 euros Manual de Ligações Metálicas Eds.: Luís Simões da Silva e Aldina Santiago (2003, 150 pp.)
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Disponível para download gratuitamente para membros CMM em www.cmm.pt
25 metálica 22 . agosto 2010
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Stockholm Waterfront Estocolmo, Suécia | 2010
© White Arkitekter AB / Jarl Asset Management AB
Apesar da sua situação como eixo económico e importante centro financeiro e cultural, Estocolmo tem há muitos anos uma lacuna na falta de um equipamento moderno e central para congressos internacionais, conferências, simpósios e eventos.
Um novo hotel, centro de conferências e edifício de escritórios está a ser construído ao lado de um centro intermodal de transportes. A Estação Central de comboios expressos de e para o aeroporto de Arlanda e o terminal de autocarros estão a poucos passos de distância. Com a sua localização central, e uma vista espectacular sobre Estocolmo, o Edifício Waterfront oferece um espaço para escritórios, com um elevado grau de eficiência e adaptações técnicas. Além disso, o edifício responde aos mais altos padrões de impacto ambiental e energético. O hotel dispõe de 418 quartos, com vistas espectaculares sobre Riddarfjärden e Stockholm City Hall. O complexo consiste numa grande sala de congressos adequada tanto para eventos locais como internacionais. Dada a flexibilidade de todo o projecto, o espaço pode ser usado para variadíssimos fins, desde exposições a concertos, reuniões, congressos internacionais, conferências, etc. Além disso, o Centro de Negócios nos pisos 2 e 3 conta com uma série de salas de reuniões de pequena, média e grande dimensão adaptáveis a todos os tipos de plateias. Este complexo inclui também uma sala onde podem ser servidas refeições, inclusivamente com lugares sentados para até 2.000 convidados, assim como uma variedade de restaurantes capazes de servir convidados durante grandes eventos. A maior parede deste desafiante projecto é composta por uma estrutura metálica treliçada de com 15 metros de 26 metálica 22 . setembro 2010
altura e 50 metros de comprimento. Essa estrutura será montada suportes provisórios e será soldada no local. A parede irá suportar as treliças do telhado, sendo que a maior delas pesará cerca de 40 toneladas. O hotel e centro de congressos têm conclusão prevista para 2010, enquanto que os escritórios foram concluídos em Outono de 2009. Stockholm Waterfront website: www.waterfrontbuilding.se
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TGV station Liège-Guillemins Liège, Bélgica | 2009
© Thomas Mayer
A nova estação do arquitecto Santiago Calatrava abriu a 19 de Setembro de 2009. Tem 9 vias e 5 plataformas (três de 450 metros e duas de 350 metros). Todas as vias da estação foram modernizadas para permitir chegadas e partidas de alta velocidade.
A nova estação, que combina elementos metálicos, de vidro e de betão branco, inclui uma cúpula monumental, com 200 metros de comprimento e 35 metros de altura, que saúda em particular o comboio de alta velocidade de Paris-Colónia.
pedonais. Transversalmente, os arcos são ligados por madres. Arcos e madres configuram o padrão da grelha da abóbada. Esta cobre uma extensão de aproximadamente 200 metros e atinge o seu ponto uma altura de 40 metros. Pesa 3.500 toneladas.
Indo desde as plataformas até às pontes pedonais, o aço substitui o betão. Toda a estrutura é composta por quatro partes principais: as pontes pedonais, a abóboda, os toldos e os abrigos de plataforma, que no total representam 10 mil toneladas de aço. As pontes pedonais têm 14 metros de largura, têm uma distância entre elas de mais de 160 metros. Foram necessárias 3.000 toneladas de aço para construir as 2 pontes pedonais.
As entradas da estação são cobertas por toldos, em forma de boné. A sua construção requereu 2,5 mil toneladas de aço: 1,4 mil para o toldo do lado da cidade e 1.100 para o lado da colina.
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A abóboda de 73 metros de largura, é composta por 39 arcos equidistantes, que distam cerca de 2 metros de distância uns dos outros, e apoiam-se nas pontes
Os cinco abrigos das plataformas prolongam a abóbada em mais de 200 metros, para as 3 plataformas longas, e em mais 150 metros, para as 2 plataformas mais curtas. Mil toneladas de aço foram necessárias para construí-las. Fonte: http://en.euro-liege-tgv.be
HEMPEL Soluções globais de pintura que respeitam o meio ambiente HEMPEL (Portugal), Lda. Vale Cantadores | 2954-002 Palmela | Tel: 212 351 022 | Fax: 212 352 292 | Email: sales-pt@hempel.com | www.hempel.pt 27 metálica 22 . setembro 2010
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Rolex Learning Center Lausanne, Suíça | 2010
A topografia confere uma extraordinária fluidez ao plano amplo flexível do edifício - um fluxo que é enfatizado por catorze espaços vazios na estrutura, de dimensões variáveis. Estes são envidraçados e criam uma série de pátios exteriores suavemente arredondados, como os arquitectos os descrevem. Os pátios são espaços sociais e estabelecem uma ligação visual entre o interior e o exterior.
© EPFL
O Rolex Learning Center foi projectado pelo gabinete de arquitectura japonês SANAA, inaugurado a 22 de Fevereiro de 2010. Centralmente localizado no campus da EPFL, o edifício é, essencialmente, uma estrutura contínua espalhada ao longo de 88.000 m2: O edifício é rectangular em planta, embora aparente ser mais orgânico na sua forma devido ao modo como a sua cobertura e pavimento ondulam suavemente, sempre em paralelo. Com poucas estruturas de suporte visíveis, o edifício toca o terreno levemente, deixando um extenso espaço aberto que atrai as pessoas de todos os lados no sentido da entrada principal. O edifício é composto por duas “cascas” no interior, que estão sob 11 arcos tensionados. A menor “casca” apoiase em quatro arcos, de 30-40 metros de comprimento, enquanto a maior “casca” descansa sobre sete arcos, de 55-90 metros de comprimento. Os arcos são suportados por 70 cabos subterrâneos pré-esforçados. A estrutura é mista; as vigas principais são IPE400 ou secções alveolares de 400 milímetros, as madres são vigas laminadas para as áreas curvas e os IPE300 para áreas
planas. Estas estão cobertas por uma chapa nervurada. As vigas apoiam em tubos circulares de 127 milímetros de diâmetro, excepto em torno dos pátios onde estas se apoiam num anel feito com tubos de secção quadrada. O principal desafio do projecto para o fabricante da estrutura metálica foi a geometria não repetitiva e complexa do edifício, que exigiu um grande número de elementos diferentes (cerca de 4.000 elementos estruturais e 1500 posições diferentes de montagem). Os 14 pátios, com suas curvas tridimensionais diferentes e incomuns, complicaram ainda esse cenário. A deformação esperada do piso sobre o qual a estrutura metálica é montada pode chegar a 15 centímetros em determinados locais.
28 metálica 22 . setembro 2010
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Simpósio intercional integrado nos eventos da Assembleia Geral da ECCS
Steel Structures: Culture & Sustainability 2010 www.sscs2010.com
Integrado nos eventos da Assembleia Geral (AG) da ECCS, em Setembro de 2010, este evento conta com o apoio de todos os membros da ECCS, o que inclui naturalmente a CMM. Para além deste apoio a CMM também estará representada na organização do evento através do Presidente Luís Simões da Silva, que ocupará o cargo de vice-presidente da Comissão Científica. Istambul foi seleccionada Capital Europeia da Cultura para o ano de 2010, que coincide com o ano da realização dos eventos da AG da ECCS em solo turco. Ambos os eventos são um bom presságio para a realização deste simpósio dirigido a arquitectos, engenheiros, fabricantes e construtores, arquitectos paisagistas e urbanistas, onde se discutirão os novos horizontes para as estruturas metálicas e a sua relação com a cultura contemporânea, procurando novos rumos do ponto de vista europeu para um futuro melhor e mais sustentável.
Manhã
20 Setembro Segunda
ECCS Steel Bridges Award Cermony
Welcome Reception
23 Setembro Quinta
Symposium Dinner onboard a pleasure boat while cruising on the Bosphorus
Gala Dinner at Esma Sultan Seaside Mansion
24 Setembro Sexta
ECCS Executive Board Meeting
Steel Day
ECCS Annual General Meeting
Presidents & Directors Dinner at the roof of The Marmara Hotel
1. Aspectos históricos e culturais 2. Conceitos de projecto estrutural 3. Sustentabilidade: Soluções em relação à sociedade, Ambiente e Economia 4. Contexto Urbano 5. Estruturas e arquitectura › Edifícios de grandes vãos › Edifícios altos › Soluções inovadoras 6. Questões Estruturais › Estabilidade › Ligações › Aspectos construtivos › Estado limite último › Efeito do vento › Resistência aos sismos › Isolamento Sísmico e Controlo de Vibrações › Fogo › Estruturas Espaciais › Soluções Mistas › Estruturas Enformadas a Frio › Regulamentos › Casos de Estudo
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Noite
22 Setembro Quarta
Symposium
Taede
Arrivals in Istambul and check in
21 Setembro Terça
Para além de realizações e investigação na área das estruturas metálicas este simpósio contemplará também aspectos sociais e culturais nos seguintes temas:
Liderar pela Qualidade e pela Diferença
Perfis Tubos Estruturais Chapa Industrial Chapa Arox Barras Comerciais Nas qualidades S235 S275 S355 Liderar pela Qualidade e pela Diferença
Corte de Perfis e Tubos até 600 mm Catálogos técnicos em www.jsoarescorreia.pt
Armazéns:
Maia Palmela Guarda Vila Real Tel.: +351 229 865 700 · Fax: +351 229 865 791 · jsc@jsoarescorreia.pt
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50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 9 – 1998
Biblioteca da Universidade de Delft Delft, Holanda Delicadamente erguida como uma folha de papel, a cobertura ajardinada desta grande biblioteca universitária é suportada por um conjunto de esbeltos pilares que libertam completamente o seu espaço interior. No seu centro, um enorme cone suportado por apoios metálicos oblíquos domina a composição e permite que a luz inunde a sala de leitura, ao mesmo tempo que protege os outros quatro níveis de salas de estudo. Foi também dada especial atenção à climatização natural dos espaços.
Arquitectura: Mecanoo . Engenharia: ABT adviesbureau voor bouwtechniek
Estádio de França Saint-Denis, França
Arquitectura: Michel Macary, Aymeric Zublena / Michel Regembal, Claude Costantini . Engenharia: Ingerop, CSTB Nantes
Suspenso e perfurado por 18 “agulhas de aço”, a coroa branca do Estádio de França emerge da paisagem dos subúrbios do Norte de Paris e parece flutuar acima das bancadas. O elemento mais espectacular deste equipamento é a cobertura em forma de lente elíptica, composta por uma estrutura de aço que pesa 9.000 toneladas, ou 17.000 toneladas se incluirmos o peso de todos os equipamentos sobre ele instalados. Com uma 30 metálica 22 . setembro 2010
espessura máxima de cinco metros e uma largura de 95 metros, esta estrutura foi construída a partir de elementos montados no local e posteriormente erguida por secções de 350 toneladas, usando duas gruas. Para além das 18 torres atirantadas, o bordo externo está ancorado ao solo por dois tirantes verticais. No interior do anel, um tecto de vidro translúcido difunde a luz e reduz o contraste no campo relvado.
50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 9 – 1998
UFA Multiplex Cinema Dresden, Alemanha Este equipamento, que resulta da combinação de dois volumes, foi concebido como parte integrante do espaço público. O edifício do cinema aloja oito salas que podem acomodar um total de 2.600 espectadores e o “Crystal” – um volume de vidro e estrutura metálica – que combina as funções de recepção e de praça.
Arquitectura: Coop Himmelb(l)au . Engenharia: Bollinger + Grohmann
East Bridge Storebælt, Dinamarca
A maior ponte suspensa da Europa sobre o Estreito Grande Belt, faz parte de um conjunto impressionante de obras de arte, totalizando 18 quilómetros de comprimento e foi projectada para unir a Península da Jutlândia com a Ilha Zelândia, na qual Copenhaga está situada. Com os seus 1624 metros de extensão e as suas torres de betão com uma altura de 254 metros, a East Bridge é particularmente espectacular. O tabuleiro é em caixão metálico. Arquitectura: Dissing + Weitling arkitektfirma . Engenharia: CBR joint venture (Cowi & Rambøll)
31 metálica 22 . setembro 2010
agenda
calendário de eventos
evento
organização
local
data
informações
SDSS’Rio 2010 International Conference on Stability and Ductility of Steel Structures
Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro Brasil
8 a 10 Setembro 2010
www.coc.ufrj.br/sdss2010 sdss2010rio@coc.ufrj.br
Steel Structures – Culture & Sustainability 2010
ECCS e TUCSA – Turkish Constructional Steelwork Association
Istambul Turquia
20 a 22 Setembro 2010
www.sscs2010.com tucsa@tucsa.org
Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
24 e 25 Setembro 2010
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
IALCCE2010 2nd International Symposium on Life-Cycle Civil Engineering
National Taiwan University of Science and Technology
Taipe Taiwan
27 a 30 Outubro 2010
www.ialcce2010.org claudia6511@mail.ntust.edu.tw
EN1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
29 e 30 Outubro 2010
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
Avaliação da Sustentabilidade em Edifícios Metálicos
CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Lisboa Portugal
26 e 27 Novembro 2010
www.cmm.pt/formação › inscrição on-line
CINCOS´10 Congresso de Inovação na Construção Sustentável
Plataforma para a Construção Sustentável
Curia Portugal
4a6 Novembro 2010
www.centrohabitat.net
ISTS 13 13th International Symposium on Tubular Structures
Dep. of Civil Engineering University of Hong Kong
Hong Kong China
15 a 17 Dezembro 2010
ASCP’2011 2º Congresso Nacional sobre Segurança e Conservação de Pontes
Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Coimbra Portugal
29 Junho a 1 Julho 2011.
http://ascp2011.ascp.pt secretariado@ascp.pt
International Conference on Applications of Statistics and Probability in Civil Engineering
ETHZ, Swiss Federal Institute of Technology
Zurique Suíça
1a4 Agosto 2011
www.ibk.ethz.ch/fa/icasp11
Eurosteel 2011 6th European Conference on Steel and Composite Structures
University of Pécs, Budapest University of Technology and Economics e University of Miskolc
Budapeste Hungria
31 Agosto a 3 Setembro 2011
www.eurosteel2011.com
6th International Conference on Thin Walled Structures
Department of Steel Structures and Structural Mechanics, Universitatea “Politehnica” de Timisoara
Timisoara Roménia
5a7 Setembro 2011
www.ct.upt.ro/ictws2011.htm
Parte 2: Requisitos Técnicos para as Estruturas de Aço (3ª edição)
Agenda ECCS › The European Convention for Constructional Steelwork Cursos de formação CMM › Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
32 metálica 20 . setembro 2010
www.hku.hk/civil/ISTS13/ claudia6511@mail.ntust.edu.tw
A 400 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.a400.pt A2P Consult, Lda. www.a2p.pt Armando Rito Engenharia, S.A. www.arito.com.pt B(A) ª – Balthazar Aroso Arquitectos, Lda. www.balthazar–aroso.com Berd – Projecto, Investigação e Engenharia de Pontes, S.A. www.berd.eu Betar – Consultores, Lda. www.betar.pt C.G.F. – Coordenação, Gestão e Fiscalização de Obras, Lda. www.cgf.pt Civi4 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.civi4.pt Construsoft – Software para a Indústria de Construção, Lda. www.construsoft.com CURBI, Lda. www.curbi.pt Dendro – Engenharia e Arquitectura, Lda. www.dendro.pt DhPro – Serviços de Engenharia Civil, Lda. www.dhpro.pt EDM – 3D, Lda. www.edm–3d.pt Engilaje, Lda. engilaje@sapo.pt GAPRES – Gabinete de Projectos, Engenharia e Serviços, S.A. www.gapres.pt GEG – Gabinete de Estruturas e Geotecnia www.geg.pt GIPAC – Gab. de Informática e Projecto Assistido por Computador, Lda. http://portugal.abes–international.com/ GOP – Gabinete de Organização de Projectos, Lda. www.gop.pt GRID – Consultas, Estudos e Projectos de Eng., Lda. www.grid.pt ITEA – Instituto Técnico de la Estructura en Acero www.arcelormittal.com/itea JetSJ, Geotecnia, Lda. www.jetsj.pt J.L. Câncio Martins – Projectos de Estruturas, Lda. www.jlcm.pt
JSJ – Consultadoria e Projectos de Engª, Lda. www.jsj.pt LEB, Lda. www.leb.pt Lisboa 98 – Estudos e Projectos, S.A. www.suakay.com LISCONCEBE – Consultoria Projectos Especiais Eng., Lda. www.lisconcebe.pt Lusomanu, Lda. www.lusomanu.pt LUSOMELT – Fornecimento de Bens e Serviços, Lda. lusomelt@mail.telepac.pt Mecanotubo – Construção e Estruturas, S.A. mecanotubo@mecanotubo.pt Omega – Serviços de Engenharia, Lda. www.omega.com.pt Perry da Câmara e Associados, Consultores de Engenharia Lda. www.pcaengenharia.pt PPSEC – Engenharia, Lda. www.ppsec.pt PROAFA, Serviços de Engenharia, S.A. www.afaconsultores.pt PROCIFISC – Engenharia e Consultadoria, Lda. www.procifisc.pt Proengel – Proj. Engenharia e Arquitectura, Lda. www.proengel.pt Safre Estudos e Proj. de Engenharia, Lda. www.safre.pt SISCAD – Tecnologias de Informação, Lda. www.siscad.pt Soproeng, Lda. www.soproeng.pt SOPSEC – SOC. PREST. SERVIÇOS ENGª CIVIL, Lda. www.sopsec.pt TALPROJECTO – Projectos, Estudos e Serviços de Eng., Lda. www.talprojecto.pt TOP – Informática, Lda. www.topinformatica.pt Trimétrica Engenharia Lda. www.trimetrica.com.pt URBITEME – Sociedade de Consultores e Projectistas, Lda. urbiteme@netcabo.pt VESAM Cold–Form, Lda. www.vesam.pt
Projecto e Consultadoria
CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A. www.cin.pt EUROGALVA – Galvanização e Metalomecânica, S.A. www.eurogalva.pt HEMPEL (Portugal), Lda. www.hempel.pt
Acabamento e Protecção
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. www.refer.pt
DONO DE OBRA
Todos os contactos e informações sobre produtos e serviços dos membros da CMM podem ser consultados em www.cmm.pt, sendo a informação disponibilizada da responsabilidade de cada membro.
A. Portugal Alves – Produtos Siderúrgicos, S.A. www.aportugalalves.com Antero & Cª, S.A. www.anteroeca.com FAF – Produtos Siderurgicos, S.A. www.faf.pt Ferpinta – Ind. de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A. www.ferpinta.pt Florêncio Augusto Chagas, S.A. www.fachagas.pt J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. www.jsoarescorreia.pt Parfel – Sociedade de Equipamentos Indústriais, Lda. www.parfel.pt PECOL – Sistemas de Fixação, S.A. www.pecol.pt
Importadores e Armazenistas de Aço
Departamento de Eng. Civil – FCTUC www.dec.uc.pt Departamento de Engenharia Civil – UBI http://deca.ubi.pt Escola Superior de Tecnologia de Tomar – I.P.T. www.estt.ipt.pt Escola Superior de Tecnologia de Viseu – I.P.V. www.estv.ipv.pt Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Bragança www.estig.ipb.pt Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Guarda www.estg.ipg.pt Faculdade de Ciências e Tecnologia – Univ. Nova de Lisboa www.fct.unl.pt Instituto Superior Técnico – DECivil – ICIST www.civil.ist.utl.pt LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil www.lnec.pt Secção Autónoma de Engenharia Civil – Univ. de Aveiro www.civil.ua.pt Universidade de Trás–os–Montes e Alto Douro www.utad.pt/pt/departamentos/acent/engenharias/
Instituição de Ensino
Arcen Engenharia, S.A. www.arcen.pt Bysteel, S.A. www.dstsgps.com/content.asp?startAt=2&categoryID=600 Constálica – Elementos de Construção Metálicos, S.A. www.constalica.pt Electrofer II – Construções Metálicas Lda. www.electrofer.pt Faustino & Ferreira – Sociedade Construções Metálicas, S.A. www.faustinoeferreira.com Frisomat, S.A. – Comércio e Indústria de Materiais de Construção www.frisomat.pt GARSTEEL – Construções Metálicas, Lda. www.garsteel.pt GESTEDI – Construção e Investimentos Imobiliários, Lda.. www.gestedi.pt Intertelha, Lda. www.intertelha.com Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. www.martifer.pt METALOCAR – Indústria de Metalomecânica, S.A. www.metalocar.pt METALOCARDOSO – Construções Metálicas e Galvanização, S.A. www.metalocardoso.com Metalogalva – Irmãos Silvas, S.A. www.metalogalva.pt METALONGO – Metalúrgica de Valongo, Lda. www.metalongo.pt MetaloViana – Metalurgia de Viana, S.A. www.metaloviana.pt NORFERSTEEL – Construções e Metalomecânica, S.A. www.norfer.com O Feliz Metalomecânica, S.A. www.ofeliz.pt Perfisa – Fábrica de Perfis Metálicos, S.A. www.perfisa.net Rodrigo Matias Magalhães, Herdeiros pedromatias@ptnetbiz.pt SEVEME – Indústrias Metalúrgicas, Lda. www.seveme.com TEGOPI – Indústria Metalomecânica, S.A. www.tegopi.pt
Metalomecânica