ano 13 · nº 25 · Fevereiro 2012
TÉCNICA "CASA GIRASSOL" E "IMÓVEIS NÃO IMÓVEIS" PROJECTOS PONTES MISTAS EM ANGOLA E MOÇAMBIQUE
ECCS Eurocode Design Manuals
Foi recentemente lançado o quarto manual da colecção de manuais técnicos da ECCS “ECCS Eurocode Design Manuals”. O manual “Fatigue Design of Steel and Composite Structures” junta-se aos primeiros três manuais “Design of Steel Structures”, “Fire Design of Steel Structures” e “Design of plated structures” de uma colecção de nove manuais (em inglês), principalmente destinados a fornecer orientações de cálculo de acordo com os Eurocódigos, sendo cada um dos manuais vocacionado para a abordagem de uma parte específica
Design of Steel Structures
Fire Design of Steel Structures
Autores: Luís Simões da Silva (Portugal), Rui Simões (Portugal) e Helena Gervásio (Portugal)
Autores: Jean-Marc Franssen (Belgium) e Paulo Vila Real (Portugal)
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 454 páginas PVP*: 70 euros | Preço Membro CMM*: 56 euros
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 452 páginas PVP*: 70 euros | Preço Membro CMM*: 56 euros
O livro aborda os conceitos fundamentais do Eurocódigo 3, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, introduzindo a sua aplicação prática. Neste livro, a modelação e análise estrutural são abordadas num capítulo que vai ajudar os projectistas na fase de projecto. São fornecidos abordagens e critérios de cálculo para os diversos tipos de elementos estruturais. Os princípios e aplicações de cálculo elástico e plástico de estruturas metálicas são detalhadamente desenvolvidos. São apresentados vários exemplos de cálculo, facilitando e assegurando uma transição suave dos códigos nacionais anteriores para o Eurocódigo.
O livro explica e ilustra as regras fornecidas no Eurocódigos para a concepção de estruturas de aço sujeitas ao fogo. Fornece uma introdução ao tema e explica como calcular as acções mecânicas (cargas) em situação de incêndio com base nas informações prestadas nas normas EN 1990 e EN 1991. Neste livro são analisadas questões que um projectista pode enfrentar ao avaliar a resistência ao fogo de um edifício, recorrendo a um caso de estudo. Ao adquirir o livro o leitor receberá a licença do programa informático “Elefir-EN”, que permite aos projectistas calcular o desempenho de componentes de aço em situação de incêndio de uma forma rápida e precisa.
Fatigue Design of Steel and Composite Structures
Design of Plated Structures * Ao preço indicado acresce o IVA à taxa aplicável.
dos Eurocódigos relevantes para a construção Metálica. Esta série de livros lançada pelo ECCS fornece uma combinação de conteúdo teórico, uma explicação das prescrições dos códigos e exemplos de cálculo detalhados. Tendo em vista o objectivo de tornar esta colecção uma das principais referências na área de cálculo de estruturas metálicas, o ECCS e a Ernst & Sohn, empresa que pertence ao grupo Wiley (uma das maiores editoras europeias), comercializam e distribuem estes manuais por toda a Europa.
Autores: D. Beg (Slovenia), U. Kuhlmann (Germany), L. Davaine (France) e B. Braun (Germany)
Autores: Alain Nussbaumer (Switzerland), Luís Borges (Portugal) e Laurence Davaine (France)
Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 285 páginas PVP*: 55 euros | Preço Membro CMM*: 44 euros
Publicado por ECCS | Ernst & Sohn, 317 páginas PVP*: 55 euros | Preço Membro CMM*: 44 euros
Este manual, que inclui diversos exemplos práticos, está dedicado ao projecto de elementos estruturais constituídos por placas, orientando o leitor para uma correcta e eficiente aplicação da EN 1993-1-5. O problema da encurvadura lateral por flexão-torção em estruturas metálicas laminares impõe estratégias e procedimentos de dimensionamento complexos, envolvendo a análise de estabilidade em estado pós crítico, a interacção entre diferentes modos de rotura, etc. Esta norma fornece procedimentos relativamente simples, que em geral conduzem a resultados mais fiáveis que os obtidos com complexa simulações numéricas.
Este volume aborda o tema específico da fadiga, um assunto com que muitos engenheiros não estão familiarizados, mas ainda assim relevante para o bom e adequado projecto de diversas estruturas metálicas. O livro aborda todas as questões relacionadas com o assunto: Bases para o dimensionamento à fadiga; Segurança e diversas formas de verificação; Determinação de tensões e gamas de tensões; resistência à fadiga; Campo de aplicação e limitações. Contém ainda exemplos de aplicação dos conceitos, métodos computacionais e verificações apresentadas.
Design of Cold-formed Steel Structures (disponível em 2012) Autores: Dan Dubina (Romania), Viorel Ungureanu (Romania) e Rafaelle Landolfo (Italy)
Design of Composite Structures (disponível em 2012) Autores: Markus Feldman (Germany) e Benno Hoffmeister (Germany)
Design of Joints in Steel and Composite Structures (disponível em 2012) Autores: Jean-Pierre Jaspart (Belgium), Klaus Weynand (Germany) e Jurgen Kuck (Germany)
editorial
Foi lisonjeado que aceitei o convite para assumir a direcção da edição da metálica. Tentarei dar seguimento ao excelente trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos seus já 24 números. Neste número é apresentado no artigo técnico um estudo no âmbito da construção sustentável mais especificamente na poupança energética. O projecto que se designa “Imóveis não imóveis” prevê o desenvolvimento de dois conceitos muito interessantes, um baseado na introdução da possibilidade de rotação de uma habitação (denominado de “Casa Girassol”) e outro na capacidade de estas poderem ser deslocáveis ou elevatórias. A funcionalidade de rotação das casas, que é neste artigo mais detalhada, permite o acompanhamento do movimento diurno e anual do Sol, optimizando assim os ganhos energéticos obtidos com a exposição solar e perspectivando grandes benefícios ecológicos.
Nuno Lopes Director
A indústria da construção dos países africanos de língua oficial portuguesa, apresenta-se como um mercado mais fácil e apetecível para as empresas nacionais do sector da construção. Como testemunho desta evolução (que se afigura necessária), é apresentado neste número um artigo sobre a execução de pontes mistas em Angola e Moçambique. São enunciadas de uma forma geral as principais particularidades a ter em conta no fabrico, transporte e montagem deste tipo de obras, podendo-se assim perceber algumas das dificuldades e respectivas soluções na exportação das estruturas metálicas e mistas para estes países. A formalização do departamento CMM industria é um dado de grande importância ao qual a metálica não poderia deixar de dar relevo. Este departamento pretende estar disponível e capaz para dar apoio aos associados na implementação de sistemas de Gestão da Qualidade e das normas técnicas de referência (como por exemplo a EN 1090-1:2009 – Execução de Estruturas Metálicas – Requisitos de conformidade), podendo ser também porta-voz das necessidades do sector. Este ano a CMM vai estar envolvida na organização de dois eventos de extrema relevância: a primeira edição do congresso luso-africano em construção metálica sustentável a ter lugar em Luanda a 27 de Julho, que nasce naturalmente face ao crescente envolvimento das empresas portuguesas em Angola, como é aliás ilustrado no artigo sobre pontes mistas; e a reunião geral anual do ECCS que será em Lisboa de 19 a 22 de Setembro. Serão duas excelentes oportunidades para os associados poderem consolidar e desenvolver o processo de internacionalização da indústria portuguesa de construção metálica. Nuno Lopes
Revista da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Dep. de Engenharia Civil Universidade de Coimbra Polo II . Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra - Portugal tel.: +351 239.79 72 19 tlm.: +351 96 50 61 249 fax: +351 239 40 57 22 internet: www.cmm.pt e-mail: cmm@cmm.pt nº 25 - Fevereiro de 2012 Director Nuno Lopes Conselho Editorial Dinar Camotim, João Almeida Fernandes, José Rodrigues, Leonor Côrte-Real, Luis Simões da Silva, Paulo Cruz, Paulo Vila Real, Pedro Bandeira,Tiago Abecasis Propriedade cmm – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Redacção, Design e Impressão Engenho e Média, Lda. ISSN 0874-3738 Depósito legal 128899 Tiragem 1500 exemplares Imagem da capa © Filipe Santos, VESAM
sumário
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editorial
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notícias
técnica 10 "casa girassol" e "imóveis não imóveis" projectos 14 pontes mistas em Angola e Moçambique 18 20 24 26
diversos legislação formação e eventos cmm publicações notícias ECCS Internacional
50 anos de construção metálica e mista na europa 30 parte 12 – 2000 agenda 32 calendário de eventos
1 metálica 25 . fevereiro 2012
notícias
Ponte pedonal na Parque da Bela Vista A empresa Metaloviana S.A. esteve envolvida na construção uma passagem superior Ciclo–Pedonal na zona Nordeste da cidade de Lisboa, que faz, a Norte e a Sul, a ligação do Parque da Bela Vista em Chelas com a Avenida Eng. Arantes de Oliveira nas Olaias. A ponte foi projectada pelo Arquitecto António Maria Braga e pela Sipca, Consultores de Engenharia, S.A. e executada pela Sá Machado & Filhos S.A. – Betão e Metaloviana S.A. – Aço.
Esta ponte foi idealizada para a transição entre os dois pontos sobre um vale, tendo sido condicionado a distância do tramo central para 56 m entre pilares de forma a vencer o atravessamento de uma das principais linhas de caminhos de ferro Norte-Sul existentes da REFER e futuramente o TGV a levar a efeito pela RAVE, garantindo um gabarit vertical mínimo de 12.50 m e 9.50 m respectivamente. A solução final idealizada é constituída por um tabuleiro integralmente feito em aço (cerca de 300 ton) com um vão total de 140 m apoiado em 2 pilares centrais e 2 encontros laterais feitos em betão branco. Para a montagem, todos os elementos (longarinas, tabuleiros e carlingas) foram enviados em peças separadas e transportados para o local e ligados em estaleiro de obra executado para o efeito ao nível do solo. A sua fixação foi realizada através de ligações aparafusadas pré-esforçadas com tramos sucessivos ligados entre si, intervindo na sua elevação final auto-gruas de grande capacidade, de 300 ton e 500 ton respectivamente localizadas junto aos pilares P1 e P2 da obra.
Ficha Técnica Promotor/Cliente: Câmara Municipal de Lisboa – Direcção Municipal de Ambiente Urbano Arquitectura: Arq. António Maria Braga Estruturas: Sipca, Consultores de Engenharia, S.A. Empreiteiros: Sá Machado & Filhos S.A. – Betão e Metaloviana S.A. - Aço
2 metálica 25 . fevereiro 2012
Solução proposta para o alargamento Os arcos são constituídos por duas vigas metálicas em “I” com 500 mm de largura e secção variável gerada pelo traçado do arco e variando entre uma altura máxima de 2.50 m e mínima de 1.25 m, sendo constituídas por banzos com espessura de 60 mm e alma com espessura máxima de 25 mm. Foram dispostos paralelamente e afastadas entre si de 4.50 m, travados por vigas horizontais (carlingas) localizadas no banzo superior e banzo inferior das longarinas e nas quais se apoiaram perfis metálicos longitudinais. O tabuleiro metálico foi feito apoiado sobre esses perfis metálicos longitudinais, colocados a intervalos regulares, com juntas de construção de 20 m. Os pilares que servem de apoio à estrutura metálica são executados em betão armado, sendo duplos e de secção rectangular, apoiados sobre uma base/fundação comum e apresentam um ligeiro afunilamento lateral no sentido superior, sendo travados superiormente e transversalmente por um arco também em betão armado.
www.metaloviana.pt
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Escada em caracol O Feliz – Metalomecânica, S.A. levou a cabo a execução de uma obra metálica, uma escada em caracol na entrada dos escritórios no lagar de azeite da Elaia, Herdade do Marmelo, em Ferreira do Alentejo. A escada. desenhada pelo Arquitecto Ricardo Bak Gordon, já foi destacada na arquitectura mundial. Esta escada faz parte de uma emblemática obra de 5500 m2 que permitiu que o grupo Sovena passasse a ter uma capacidade de extracção de 8 milhões de litros de azeite por ano, apenas nesta unidade de produção. O gabinete de projectos Struconcept e O Feliz desenvolveram, em parceria, a solução estrutural. A estrutura é composta na sua totalidade por chapas de aço dispostas em caixão, que acompanham a curva e suportam os degraus. As guardas também elas em chapas de aço, são parte integrante da estrutura resistente. Face à incapacidade resistente da laje aligeirada do piso 1 em garantir o encastramento no apoio superior da escada, foi necessário estudar uma solução de apoio que permitisse a transmissão das cargas directamente às vigas da superestrutura. O projecto foi desenhado pelo conhecido Arquitecto Bak Gordon. Segundo a empresa O Feliz, as maiores dificuldades prenderam-se com “esbelteza da solução pretendida pelo Arquitecto, bem como no arranque superior da escada que consiste num patamar em consola com cerca de 4.5 m”. Para contrariar estes problemas, foi necessário, no desenvolvimento da solução, controlar as deformações na extremidade do patamar bem como os fenómenos de instabilidade nos painéis de chapa. “Devido à grande dimensão da estrutura da escada, que apresentava condicionantes ao seu transporte e colocação em obra, foi dividida em 3 partes unidas in situ”, refere a empresa. www.ofeliz.pt
Ficha Técnica Dono da Obra: Grupo Sovena Empreiteiro Geral: Construsan – Engenharia e Construção, S.A. Sub-Empreiteiro da Estrutura Metálica: O Feliz – Metalomecânica, S.A. Arquitectura: Ricardo Bak Gordon Engenharia: O Feliz – Metalomecânica, S.A. / Struconcept, Lda. Prazo de Execução: 8 semanas Localização: Ferreira do Alentejo
3 metálica 25 . fevereiro 2012
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Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável A CMM vai promover no dia 27 de Julho de 2012 o primeiro Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável, que decorrerá na Universidade Agostinho Neto em Luanda, Angola.
Com o lançamento deste congresso a CMM pretende divulgar as mais recentes inovações no âmbito deste tipo de construção, dar a conhecer as linhas de orientação da investigação neste campo e difundir as principais inovações, com o objectivo de promover as potencialidades de parcerias entre Portugal e países africanos na construção metálica sustentável. Serão apresentadas obras importantes realizadas em África, mostrando o que de melhor se faz neste continente, bem como o trabalho desenvolvido pelas empresas Portuguesas. O congresso será, também, um local privilegiado para o intercâmbio de ideias e experiências entre os vários intervenientes na concretização dos empreendimentos representativos deste sector de construção (donos de obra, projectistas, construtores, etc.). www.cmm.pt/congresso
Gestedi: há 5 anos a apostar na reabilitação A empresa de soluções de construção Gestedi está há 5 anos a operar no mercado da reabilitação de edifícios e tem crescido nesta área. Começando pela recuperação de edifícios degradados, a Gestedi tem colaborado recentemente em vários projectos de construção social, quer em pequenas casas, quer em prédios de 4 pisos a serem edificados em países emergentes. Segundo a empresa, não era comum utilizar-se o aço leve galvanizado na reabilitação de edifícios. “Começou por ser utilizado nas moradias da classe média, passando a ser depois uma solução para a reabilitação e que está agora a responder à demanda da habitação social em altura (4, 8 e até 12 pisos)”, afirma a Gestedi. www.gestedi.pt
4 metálica 25 . fevereiro 2012
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Dolce Vita Tejo distinguido com ECCS Award O Dolce Vita Tejo foi o projecto português submetido pela CMM e vencedor do ECCS Awards 2011, tendo sido galardoado numa cerimónia que decorreu em Setembro, em Potsdam na Alemanha. O prémio acontece cada dois anos, é promovido pelo ECCS – European Convention for Constructional SteelWork e tem como objectivo promover o sector da construção metálica, distinguindo projectos excepcionais que demonstrem as vantagens da utilização do aço na construção, produção, economia e arquitectura.
Cada associação nacional membro do ECSS, submeteu no início de Abril de 2011, um projecto seleccionado entre construções realizadas pelos seus membros colectivos em qualquer país europeu, nos últimos três anos.
Dolce Vita Tejo Este centro comercial situa-se na Amadora, Lisboa, e abriu portas em 2009. A estrutura de metal deste grande empreendimento foi construída em 12 meses e esteve a cargo da Martifer. O projecto de arquitectura foi desenvolvido pelo Atelier One e Promontório Arquitectos Lda e o projecto de engenharia é da responsabilidade do Atelier One e Tal Projecto Lda
6 metálica 25 . fevereiro 2012
No total foram montadas 2000 toneladas de aço, dividido em duas áreas principais com uma área de 44000 m2. . A estrutura de aço do telhado da área do shopping é formada por uma grade rectangular 10x10m, com perfis ocos rectangulares 400x200mm, apoiado em colunas retangulares feitas por perfis ocos, bem como, um sistema de calha na parte superior que, ao mesmo tempo, dá apoio às membranas insufladas do telhado ("almofadas"). Para controlar as deformações foram utilizadas hastes tensionadas. A estrutura de aço do telhado da área da praça é parecida com a estrutura da área do shopping, com a diferença que a grade do telhado é apoiada em 15 arcos com vãos que medem entre 35 e 95 metros.
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CMM Indústria Com o objectivo de satisfação das necessidades da indústria metalomecânica, a CMM, Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista formalizou em Janeiro de 2012 o Departamento autónomo CMM Indústria de modo a actuar de forma activa com o sector alvo. A actividade germinou em Novembro de 2011 tendo actuado primariamente na implementação da EN 1090:1-2009 e no estabelecimento das boas práticas de uma metalomecânica, sendo que a empresa atingiu com sucesso a marcação CE no âmbito citado. A CMM Indústria pretende ir ao encontro dos associados e potenciais associados de modo a responder às questões basilares do sector, nomeadamente: CMM Indústria, Departamento CMM, Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista
Consultoria - nas áreas de sistemas de Gestão da Qualidade e normas técnicas de referência sector, como seja EN 1090-1:2009 – Execução de Estruturas Metálicas – Requisitos de conformidade; Implementação do seu produto QualitySteel que promove as boas práticas com visão no custo e qualidade final do produto. Formação/Qualificação – em áreas práticas industriais como soldadura e pintura; Fiscalização – desenvolvimento de actividade de modo a privilegiar as empresas metalomecânicas que pratiquem o estipulado por lei e boas práticas associadas; Normalização – ser porta-voz das necessidades do sector bem como comunicador das dificuldades de implementação perante normas já criadas ou em elaboração; Sustentabilidade – desenvolvimento de procedimentos no sentido de conduzir projectos sustentáveis.
ECCS Annual Meeting A CMM vai organizar este ano o ECCS Annual Meeting, em Lisboa, de 19 a 22 de Setembro. Este prestigiado evento internacional é realizado todos os anos por uma das associações nacionais, membro do ECCS – European Convention for Constructional SteelWork. Além das reuniões dos órgãos sociais do ECCS, este evento tem associadas conferências proferidas pelos melhores especialistas europeus na especialidade.
Estes tópicos foram definidos com o objectivo de apresentar aos arquitectos, engenheiros, construtores e fabricantes de aço uma nova abordagem Europeia para um futuro melhor e mais sustentável. No segundo dia deste evento destacou-se a cerimónia de entrega dos seguintes prémios: ECCS European PhD Award, European Architectural Student Awards, ECCS European Steel Design Awards 2011, ECCS Charles Massonnet Award 2011.
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O Annual Meeting 2011 decorreu de 21 a 23 de Setembro de 2011 em Potsdam, na Alemanha. Teve apresentações de arquitectos e engenheiros de reconhecido mérito
internacional com os seguintes temas: Segurança & Risco – Projecto Sísmico; Cidade do Futuro – Infra-estruturas Urbanas; e Aço Estrutural – Construindo o futuro
7 metálica 25 . fevereiro 2012
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Software H60 Calculator O Feliz está a disponibilizar gratuitamente um programa de cálculo automático para o dimensionamento de lajes mistas aço-betão com cofragem metálica H60, denominado de H60 Calculator. A partir de agora, os Projectistas de estruturas têm ao seu dispor uma nova ferramenta de cálculo automático para o dimensionamento de pavimentos em laje mista açobetão com cofragem metálica. De acordo com a empresa, a utilização de um software de cálculo pressupõe sempre que o utilizador conhece e domina os modelos de cálculo e dimensionamento envolvidos. A necessidade de considerar muitas situações, implica uma maior complexidade na programação e pode tornar o programa menos atractivo para as utilizações correntes. “Assim, no desenvolvimento do software H60 Calculator, procurou-se um equilíbrio entre a eficiência e a simplicidade de aplicação prática”, é referido. As situações menos correntes, tais como a aplicação de cargas concentradas importantes, a existência de furos e outros, não foram directamente incorporadas, devendo ser tratadas isoladamente e de acordo com a regulamentação aplicável.
apenas nos casos em que a estrutura de apoio da laje é suficientemente rígida para validar este pressuposto. As acções dinâmicas consideradas nesta verificação são exclusivamente as acções resultantes da movimentação de pessoas durante o uso normal do pavimento. Excluem-se, portanto, situações de excitação dinâmica devido a quaisquer outras acções, as quais devem ser analisadas caso a caso, tendo em conta as condições específicas de excitação.
Verificações de segurança Neste programa as verificações de segurança foram definidas de acordo com as recomendações das normas europeias em vigor para estruturas mistas, nomeadamente o Eurocódigo 4 e o Eurocódigo 3 para as verificações do perfil metálico. Nas verificações em fase de montagem adoptou-se o modelo de chapa perfilada simplesmente apoiada. As verificações de segurança consideradas nesta fase, para estados limites últimos foram: flexão positiva e esforço transverso. Para estados limites de serviço: deformação, incluindo o efeito de poça (pounding).
Dependendo do tipo de utilização do pavimento, determinado nível de vibração definido pelo parâmetro OS-RMS90 pode ser considerado aceitável, crítico (borderline) ou não recomendado. A publicação supramencionada estabelece seis classes de conforto dependentes do valor do parâmetro e assinala a classe considerada crítica para vários tipos de utilização. Do ponto de vista prático, as classes abaixo da crítica são consideradas aceitáveis e as acima da crítica são consideradas não recomendadas.
O software define ainda o vão máximo que a chapa metálica suporta, durante a fase de montagem, sem necessidade de recorrer aos tradicionais sistemas de escoramento provisório. Segundo O Feliz, na fase definitiva as verificações de segurança efectuadas, para estados limites últimos foram: flexão positiva e negativa, esforço transverso vertical e esforço de corte longitudinal. Para estados limites de serviço: deformação, fendilhação e vibração. É de destacar um ponto inovador nesta aplicação que foi a inclusão de verificação do estado limite de vibração. “Este efeito é considerável e não deve ser desprezado em soluções deste género, por se tratarem de soluções esbeltas”, explica a empresa. Entende-se por estado limite de vibração, a garantia de níveis de conforto compatíveis com o tipo de utilização esperado para o piso. Este compreende a própria laje e toda a estrutura de apoio que poderá ser formada por elementos com grau variável de rigidez. O tipo de análise permitido pelo software considera apoios rígidos (sem afundamento), pelo que a verificação do estado limite de vibração é válido 8 metálica 25 . fevereiro 2012
Na verificação do estado limite de vibração segue-se a metodologia preconizada na publicação ‘Design Guide for Floor Vibrations’ da Constructalia. Nesta é definido o parâmetro OS-RMS90 (One Step Root Mean Square) correspondente à vibração harmónica induzida no pavimento pelo passo representativo da circulação de pessoas. O índice 90 indica que 90% dos passos dados sobre o pavimento estão cobertos pelo valor usado para o parâmetro.
O valor do parâmetro OS-RMS90 é obtido a partir de gráficos. Estes gráficos são construídos de forma a obter a classe do pavimento em função do valor amortecimento modal, do valor da frequência própria de vibração do pavimento e do valor de massa modal associada ao modo de vibração em análise. O software de cálculo fornece os valores de frequência própria fundamental do piso e respectiva massa modal. Indica ainda, a classe do piso para o valor de amortecimento escolhido pelo utilizador. A aplicação foi desenvolvida pela O Feliz numa parceria com o Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra. Os ensaios e algoritmos de análise estática estiveram a cargo do Professor Doutor Rui Simões (DEC - Universidade de Coimbra). Os ensaios e algoritmos de análise dinâmica estiveram a cargo do Professor Doutor Carlos Rebelo (DEC - Universidade de Coimbra) e a programação foi desenvolvida pela empresa ZAnet Software, sob coordenação do Engenheiro Rui Belchior. O software encontra-se disponível para download em www.ofeliz.pt ou em CD que pode ser solicitado através do e-mail dt@ofeliz.pt. Para informações adicionais, deve ser contactado o Departamento Técnico
notícias
Grupo CILLO alarga a sua área de actividade O Grupo CILLO, detentor da Metalocar, adquiriu uma posição dominante na ©HETO Corporation, um fabricante português de centros de maquinagem CNC, com tecnologia de furação profunda. HETO iniciou a sua actividade em 2003, estando totalmente direccionado para a indústria de moldes de plástico, marcando posição no mercado internacional, tendo já instalado máquinas em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, República Checa, Brasil, México e Índia.
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A ©HETO Corporation ficará sediada em Oliveira de Azeméis, onde se situa grande parte da indústria de moldes desta região. “Este investimento representa uma opção estratégica do Grupo CILLO, por se tratar de uma área do sector metalomecânico com elevado valor acrescentado”, refere a CILLO.
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www.cillo.pt
9 metálica 25 . fevereiro 2012
técnica
"casa girassol" e "imóveis não imóveis"
"casa girassol" e "imóveis não imóveis" Filipe Bandeira Pedro Bandeira Dulcineia Neves dos Santos Jorge Filipe Bandeira
O projecto “Casa girassol”, recente vencedor da primeira edição do Prémio SIM – Movimento para a criatividade em Portugal, promovido pela Samsung, insere-se no conceito mais amplo dos “Imóveis não imóveis”. O projecto “Imóveis não imóveis”, com nome aparentemente incongruente, inspirado nos “tecidos não tecidos”, de que são exemplo algumas mantas de geotêxtil, tem como objectivo dar mobilidade às construções até agora designadas como imóveis, desenvolvendo casas rotativas, numa primeira fase e deslocáveis ou elevatórias, numa segunda fase.
10 metálica 25 . fevereiro 2012
técnica
A “Casa Girassol” é o primeiro modelo da primeira fase, visando a construção de uma habitação rotativa, que tem por base uma necessidade e uma oportunidade. A necessidade resulta da obrigação de tornar a construção sustentável, nomeadamente através da poupança energética, sobretudo na sua utilização, mas também na escolha dos materiais que a compõem. O facto de ser rotativa permite acompanhar o movimento diurno e anual do Sol e procurar a sua sombra nos períodos quentes, enfatizando a gestão de sistemas de controlo ambiental passivos. A oportunidade deriva da crescente aceitação do mercado em relação a novos materiais que permitem uma construção leve e energicamente eficiente associada também à disponibilidade de tecnologias acessíveis que permitem o aproveitamento de energias renováveis (painéis voltaicos, térmicos, aerogeradores, etc.) e a sua gestão racional. Na verdade o conceito de mobilidade das habitações não é novo, bastando pensar nas tendas das populações nómadas e nas actuais caravanas e auto-caravanas. A imobilidade das construções foi uma consequência do peso dos materiais com que eram feitas – pedra, betão, alvenaria, mosaicos, etc… A partir do momento em que a sociedade, em geral, e o mercado da habitação, em particular, passarem a aceitar e até valorizar a substituição das estruturas de betão por estruturas metálicas, de madeira ou de compósitos, a substituição das paredes de alvenaria por divisórias em gesso cartonado, ou painéis de contraplacado, a substituição de rebocos e mosaicos, por painéis fenólicos, vinílicos, flutuantes, alumínio, cortiça, etc. pode repensar-se o conceito de imobilidade das construções e ponderar as vantagens da sua mobilidade.
"casa girassol" e "imóveis não imóveis"
Além dos benefícios ecológicos já referidos, a possibilidade de rotação da uma habitação poderá ter outras vantagens funcionais, como por exemplo: a gestão na relação com a paisagem e contexto envolvente; a gestão do controlo de privacidade; a gestão da qualidade de luz, qualidade do ar e ambiente sonoro. A mobilidade num sentido mais amplo pode permitir outras vantagens, como por exemplo: elevar a casa em zonas inundáveis; elevar a casa proporcionando o melhor conforto e acessibilidade à cota desejável; elevar a casa para protecção da mesma em zonas isoladas. Para implementação do projecto Imóveis não Imóveis irá ser construída uma casa na zona de Coimbra, que será habitada por um dos elementos da equipa promotora e que funcionará como protótipo para ensaios e aperfeiçoamento do sistema. Embora dependente da topografia do terreno, que ainda está em fase de selecção, a casa terá, em princípio, dois pisos elevados e uma cave que funcionará como base fixa e em cujo tecto assentarão as pistas de rotação, constituídas por dois anéis:
11 metálica 25 . fevereiro 2012
técnica
¬ Um anel interior, em torno da abertura central onde será implantada a escada de acesso, onde roletes de eixo horizontal suportam a parte central da casa e roletes de eixo vertical que mantêm a posição do centro de rotação da casa; ¬ Um anel exterior, onde rodam os roletes que suportam a parte exterior da casa, sendo dois deles motorizados para gerar o movimento de rotação. A estrutura do piso fixo será em betão armado mas a estrutura da parte móvel será construída com perfis metálicos, sempre que possível leves (realizados com chapa perfilada). Os revestimentos serão igualmente leves, estimando-se que o peso por metro quadrado de construção não ultrapasse muito 1 kN/m2. Os vãos envidraçados serão dispostos preferencialmente numa direcção de forma a serem virados a favor ou contra o Sol. Serão adoptadas soluções especiais para a evacuação de esgotos e abastecimento de água gás e energia eléctrica, que se encontram em fase avançada de estudo. O ITeCons (Instituto de investigação ligado à Universidade de Coimbra) irá colaborar no estudo e ensaio das soluções a implementar. O controlo do movimento da casa será informatizado tendo o programa diversas opções, nomeadamente: ¬ Ciclos diários de acompanhamento do Sol; ¬ Ciclos diários / semanais em função das actividades de ocupação da casa; ¬ Procura automática de Sol / sombra em função de uma temperatura pré-programada; ¬ Controlo manual.
Conceito e engenharia dos Imóveis não Imóveis Filipe Bandeira Arquitectura Pedro Bandeira e Dulcineia Neves dos Santos Engenharia Ambiental Jorge Filipe Bandeira
12 metálica 25 . fevereiro 2012
"casa girassol" e "imóveis não imóveis"
Os painéis térmicos e/ou voltaicos terão movimento independente da casa permitindo orientar-se automaticamente para o Sol, mesmo quando a casa está orientada em posição diversa. O mesmo poderá ocorrer com um eventual aerogereador, em função da velocidade e orientação do vento. O processo produtivo da Casa Girassol, na sua componente material, baseia-se numa tecnologia construtiva corrente e decorrente do uso de materiais industriais, leves e sempre que possível, recicláveis. Darse-á prioridade à pré-fabricação e ao dimensionamento capaz de se compatibilizar com os recursos de transporte. O facto de um projecto com as características da Casa Girassol não ter à partida concorrência, não é necessariamente vantajoso. Sendo um projecto inovador pode levantar à partida alguma desconfiança do mercado. No entanto, sendo um dos co-autores do projecto simultaneamente cliente da Casa Girassol a produção de um primeiro edifício poderá ajudar a ultrapassar alguns receios e estimular outros interesses. Acredita-se que o perfil do cliente tipo desta casa corresponde a pessoas com espírito aventuroso, com uma consciência ecológica, que não deixa de valorizar os mais recentes avanços tecnológicos. No seu imaginário de auto-sustentabilidade a Casa Girassol apresenta-se como segunda casa em lugares afastados dos grandes centros urbanos. Não se procura um grande mercado mas um nicho eficiente, capaz que ultrapassar as fronteiras portuguesas.
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projectos
pontes mistas em Angola e Moçambique
pontes mistas em Angola e Moçambique
> Fig.1 Aspecto final da ponte sobre o Rio Luachimo em Angola, alçado Filipe Santos Vesam Engenharia S.A.
1. Introdução Face ao grande desenvolvimento da rede de estradas nestes dois países e à necessidade de execução de pontes económicas e de rápida execução, as pontes mistas tornaram-se a solução ideal para pequenos e médios vãos para estes países, tanto mais que estes dois países têm um código comum para a definição de acções sobre pontes SATCC [1] e bastante diferente do EC 1 [2]. A ponte mista (Aço - Betão) é provavelmente a solução estrutural mais executada em Angola, (a VESAM tem 22 pontes projectadas e executadas desde os 19 m até aos 81 m de comprimento total, ver Figura 1, sendo a grande maioria variantes a um projecto inicial em vigas pré-fabricadas de betão, tendo sido decisivo o seu baixo preço e peso). No entanto, as tradicionais pontes mistas executadas na Europa são de difícil aplicação nestes mercados, sendo as principais dificuldades: 1 Os meios de elevação, de baixa capacidade e onerosos; 2 Dificuldade em encontrar cofragem de madeira e o preço elevado da mão-de-obra para esta actividade; 3 Dificuldade em encontrar soldadores qualificados Este artigo descreve a experiência do autor, nas diferentes pontes executadas nestes mercados e apresenta ainda o trabalho de I&D que está a ser desenvolvido pela VESAM e pela Universidade de Coimbra na criação de um tipo de pontes específico para o mercado Africano.
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2. Fabrico Estas pontes são totalmente executadas por préfabricação em fábrica o que evita erros e garante o aumento de qualidade da solução final, ver Figura 2. Conforme será visto no ponto seguinte a solução para a ponte mista é realizada através de emenda das longarinas com cobre-juntas aparafusadas. O Fabrico de uma ligação cobre-juntas para união de duas longarinas é um processo complexo, pois obriga a uma precisão bastante elevada na execução dos furos. Este problema torna-se maior quando as longarinas possuem contra flecha. A manutenção de pontes ainda é uma actividade pouco desenvolvida nestes países. Assim é preferível aplicar um esquema de tratamento que tenha uma durabilidade espectável superior. Um cuidado especial deve ser dado à durabilidade das juntas de dilatação e dos aparelhos de apoio, tendo como referência a pouca manutenção destes equipamentos.
3. Fabrico Ainda não existem nestes mercados unidades fabris capazes de desenvolver longarinas com almas de grandes dimensões e construídas a partir de chapas. No entanto, é previsível que nos próximos anos esta situação se altere. Assim, o transporte marítimo é o meio utilizado para colocar os elementos estruturais nestes países e sabendo ainda que o transporte de vigas acima dos 12 m é significativamente mais dispendioso, temos como opção o transporte em contentores de “40’ Open Top”, ver
projectos
pontes mistas em Angola e Moçambique
Contentor 40’ OP
> Fig. 2 Pré-Montagem das longarinas
Máx. Carga Útil (Kg)
26280
Comprimento (m)
12010
Largura (m) (varia.)
2186
Altura (m)
2330
> Fig. 3 Transporte Marítimo Carregamento de longarinas em Cont.40’ OP (em cima) e Carga máxima e medidas de Cont.40’ OP (em baixo)
Figura 3. No entanto, este transporte obriga à interrupção dos elementos estruturais.
capacidade e onerosos, a solução multi-viga torna-se globalmente mais económica, ver Figura 4.
Nas superfícies para ligações mecânicas que trabalham por atrito, deve haver o cuidado de garantir que o esquema aplicado está de acordo com o coeficiente de atrito dessa superfície.
A utilização de chapa cofragem em pontes mistas, face a cofragem tradicional ou ao uso de pré-laje torna os tabuleiros significativamente mais rápidos e simples de executar.
As superfícies em contacto com o betão não devem ser pintadas devido às alterações das condições de aderência [3].
Todo o tabuleiro é realizado com chapa de cofragem interrompida sobre as longarinas [4], inclusivamente a zona lateral do tabuleiro que, normalmente, é em consola e que nesta solução é executada com chapa de cofragem graças a uma viga de bordadura. Esta viga tem três funções: elemento estrutural em fase metálica e em fase composta, elemento de cofragem durante a betonagem do tabuleiro e efeito estético, ver Figura 5.
4. Montagem A eficiência da solução estrutural pode ser medida pelo “rácio densidade” (kg/m2), quanto maior menos eficiente. Uma solução estrutural do tipo multi-viga com 3 longarinas, numa ponte com uma largura ate 12 m tem sempre um rácio de densidade pior que uma solução bi-viga. No entanto, face aos meios de elevação de baixa
É de salientar que a laje do tabuleiro não utiliza o efeito colaborante da chapa cofragem, uma vez que está exposta a um ambiente potencialmente corrosivo [5].
> Fig. 4 Aspectos de Montagem: Soluções multi-viga (esquerda) e Meios de elevação de baixa capacidade (direita)
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projectos
pontes mistas em Angola e Moçambique
> Fig. 5 Aspecto da montagem da chapa colaborante e viga de bordo
Refira-se que o facto de a solução estrutural ser multiviga beneficia o comportamento da chapa de cofragem, pois o vão a vencer é menor. A utilização de parafusos HRC “High Resistance Calibrated” permite uma economia no tempo despendido para aplicação e controlo do momento de aperto, sem agravamento do custo da solução [6]. O parafuso possui na extremidade uma zona que “parte” quando é atingido o momento de aperto correcto, ver Figura 6.
5. I&D A criação de soluções mistas para pontes nestes mercados não seria possível sem a contínua investigação
e desenvolvimento. Assim, estão a ser realizados um conjunto de estudos numéricos e experimentais sobre a utilização do efeito misto nas ligações cobre-juntas, assim como o comportamento da viga de bordadura descrita anteriormente. Outro dos desenvolvimentos que está a ser estudado nos tabuleiros multi-viga junto à zona dos apoios intermédios é a colocação de chapa colaborante ao nível do banzo inferior e posterior betonagem de uma segunda laje ganhando com isto uma maior área de compressão, logo uma redução da quantidade de aço. Para terminar a chapa de cofragem que se utiliza actualmente nas pontes é específica de edifícios,
< Quadro 1 Dificuldades e melhoramentos implementados, em comparação com pontes realizadas na Europa
Fase Produtiva
Dificuldade
Existência de um código para definição de acções sobre Pontes (SATCC).
Projecto Erro no fabrico devido a dificuldade de execução de furação cobre-juntas.
Pré-Montagem.
Pouca manutenção.
Esquema de Pintura mais resistente. Aparelhos de apoio e juntas de dilatação com maior período de vida.
Necessidade de execução das longarinas fora do país de montagem.
Vigas emendadas com cobre-juntas, considerando o efeito misto da laje.
Meios de elevação de baixa capacidade.
Soluções em Multi-viga em detrimento de Bi-viga.
Dificuldade em encontrar madeira e aplicadores de cofragem.
Utilização de chapa colaborante e viga metálica de bordo.
Dificuldade em aplicar momentos de aperto pelo método clássico.
Utilização de parafusos HRC.
Não conformidade devidas a vários problemas/erros de execução.
Recurso a pre-fabricação em fábrica por mão de obra qualificada.
Fabrico
Transporte
Montagem
Qualidade
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Diferença / Melhoramento implementado
projectos
pontes mistas em Angola e Moçambique
possuindo um conjunto de aspectos que podem ser melhorados, por exemplo como garantir o atravessamento da armadura inferior do tabuleiro pelos canelados
6. Conclusões O processo produtivo de pontes mistas em Angola e Moçambique possui singularidades específicas que o tornam bastante diferente do que é realizado na Europa, e que devem ser tidas em linha de conta de forma a tornar este tipo de soluções ainda mais económicas quando comparadas com soluções préfabricadas em betão armado.
> Fig. 6 Parafusos HRC: Alma com parafusos HRC (esquerda) e Diferentes parafusos HRC (direita)
Bibliografia [1] SADC, SATCC - Code of of Pratice for the Design of Road Bridges
No Quadro 1 (página anterior) são apresentadas as principais dificuldades e melhoramentos implementados ou ainda as diferenças face a pontes realizadas na Europa, divididas pelas diferentes fases produtivas das pontes mistas. Foram ainda apresentadas um conjunto de melhoramentos que estão a ser alvo de investigação e desenvolvimento na execução de pontes mistas.
and Culvert, 2001. [2] CEN, EN 1991-2 Eurocode 1: Basis of Design and Actions on Structures. Parte 2: Traffic Loads, Brussels. [3] Iles, D.C., The Steel Construction Institute, “Composite Highway Bridge Design (P356)”. [4] Santos F., Silva L. S. e Carmona R., CMM, VIII congresso de estruturas metálicas e mistas, “África Bridge, novos desenvolvimentos em pontes mistas”, Guimarães, 2011. [5] Santos F. e Gervásio H., CMM, VII congresso de estruturas metálicas e mistas, “Dimensionamento e execução de Pontes mistas segundo o SATCC, análise comparativa com o EC1”,
Lisboa, 2009.
[6] Santos F., Silva L. S., CMM, Manual de execução de estruturas
PUB.
metálicas, Coimbra, 2011.
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legislação e normalização
regulamento dos produtos de construção
o novo regulamento dos produtos de construção (305/2011) por Prof. Nuno Silvestre Professor Auxiliar do Instituto Superior Técnico
No dia 4 de Abril de 2011 foi publicado no Jornal Oficial da União Europeia o novo Regulamento dos Produtos de Construção (RPC). Este regulamento, n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho de 09/03/2011, estabelece as condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e revoga a Directiva 89/106/CEE, denominada Directiva dos Produtos de Construção (DPC).
A DPC, em vigor desde 1989, permitiu cobrir todos os produtos da construção (i) destinados a serem incorporados de forma permanente nas obras de construção e (ii) que contribuem para a satisfação das exigências essenciais das obras. A DPC também permitiu até agora a avaliação de desempenho e a marcação CE de muitos milhares de produtos da construção, com base: ¬ Em mais de 400 normas harmonizadas (ENh), cobrindo cerca de 85% dos produtos de construção normalizados ¬ Em mais de 2400 avaliações técnicas europeias (ETA) emitidas, excluindo renovações e revisões. Os objectivos da revisão da DPC centraram-se essencialmente (i) no esclarecimento de conceitos básicos (significado e regime, obrigatório ou não, da marcação CE; aplicação da marcação CE pelas autoridades nacionais; papel das ENh e das ETA) e (ii) na necessidade de simplificação e credibilização da DPC, nomeadamente, na simplificação dos sistemas de avaliação de conformidade, redução de procedimentos administrativos, eliminação dos ETAG, reforço da harmonização de critérios e procedimentos para designação dos organismos notificados e melhor coordenação dos mecanismos de controlo de mercado. O novo RPC estabelece as condições para a colocação e disponibilização (relativo ao fabricante e ao distribuidor) de produtos de construção no mercado, fixando regras harmonizadas de (i) como expressar o desempenho dos produtos de construção relativamente às suas características essenciais e (ii) como utilizar a marcação CE nestes produtos. O novo Regulamento revoga a Directiva 89/106/CEE (DPC) e especifica algumas disposições transitórias à sua revogação: ¬ Os produtos de construção colocados no mercado nos termos da Directiva 89/106/CEE antes de 1 de Julho de 2013 estão conformes ao Regulamento 305/2011. ¬ Os fabricantes podem fazer a declaração de desempenho com base num certificado de conformidade ou numa declaração de conformidade emitidos antes de 1 de Julho de 2013, nos termos da Directiva 89/106/CEE. 18 metálica 25 . fevereiro 2012
¬ As directrizes para a provação técnica europeia publicadas antes de 1 de Julho de 2013, nos termos da Directiva 89/106/CEE, podem ser utilizadas como Documentos de Avaliação Europeus. ¬ Os fabricantes e os importadores podem utilizar como Avaliações Técnicas Europeias as aprovações técnicas europeias emitidas, nos termos da Directiva 89/106/ CEE, antes de 1 de Julho de 2013, durante o período de validade dessas aprovações. O documento do novo RPC tem 9 capítulos e 5 anexos: ¬ Cap. I – Disposições gerais ¬ Cap. II – Declaração de desempenho e marcação CE ¬ Cap. III – Deveres dos operadores económicos ¬ Cap. IV – Especificações técnicas harmonizadas ¬ Cap. V – Organismos de avaliação técnica ¬ Cap. VI – Procedimentos simplificados ¬ Cap. VII – Autoridades notificadoras e organismos notificados ¬ Cap. VIII – Fiscalização do mercado e procedimentos de salvaguarda ¬ Cap. IX – Disposições finais ¬ Anexo I – Exigências básicas das obras de construção ¬ Anexo II – Procedimento de adopção do Documento de Avaliação Europeia ¬ Anexo III – Declaração de desempenho ¬ Anexo IV – Gamas de produtos e requisitos aplicáveis aos OAT’s ¬ Anexo V – Avaliação e verificação da regularidade do desempenho O RPC entrou parcialmente em vigor no dia 24 de Abril de 2011, 20 dias após citação no JOUE. Os artigos já em vigor são: ¬ 1 e 2 – Objecto e definições ¬ 29 a 35 – Organismos de Avaliação Técnica (OAT) ¬ 39 a 55 – Autoridades notificadoras e organismos notificados ¬ 64 - Comité permanente da construção ¬ 67 e 68 – Relatório da Comissão e entrada em vigor ¬ Anexo IV – Gamas de produtos e requisitos aplicáveis aos OAT’s
formação e eventos
viii congresso cmm
Congresso de Construção Metálica e Mista – VIII CMM
Decorreu nos passados dias 24 e 25 de Novembro em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, a oitava edição do Congresso de Construção Metálica e Mista – VIII CMM, organizado pela Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista. O evento contou com mais de duas centenas de participantes e teve como objectivo divulgar as mais recentes inovações no âmbito deste tipo de construção, dar a conhecer as principais orientações da investigação neste campo e difundir as principais inovações com o objectivo de promover as potencialidades da construção metálica e mista.
Foi também um local privilegiado para o intercâmbio de ideias e experiências entre os vários intervenientes na concretização dos empreendimentos representativos deste sector de construção (donos de obra, projectistas, construtores, entre outros). Várias conferências aconteceram nestes dois dias de congresso, tais como: ¬ Living with Steel Arquitecto Neven Sidor, da Grimshaw; ¬ Cold-Formed Steel Structures in Seismic Area: Research and Applications Professor Raffaele Landolfo, da Univ. de Nápoles; ¬ Composite Steel-Glass Fins for the Lobby Façade of Iberdrola Tower Eng.º Francesc Arbós Bellapart, da empresa Bellapart, S.A.U.; ¬ Construção Metálica: Novas Fronteiras Professor António Reis, do IST; ¬ Best Use of Eurocode 3 for Member Design in Frame-Structures Professor Richard Greiner, da Universidade de Tecnologia de Graz; ¬ Mantos Metálicos Arquitecto Francisco Vieira de Campos, do Atelier menos é mais. 20 metálica 25 . fevereiro 2012
É de destacar, face à necessidade actual por parte das empresas para a introdução de Marcação CE para produtos e componentes metálicos de modo a que cumpram os requisitos da Norma EN 1090-1, a Palestra “CE Marking of Structural Steelwork - Implications for Manufacturers and Specifiers”, apresentada pelo Dr. Roger Pope, Consultor para o British Constructional Steelwork Association e Tata Steel Europe.
formação e eventos
viii congresso cmm
Decorreram também durante o congresso, os Seminários: DiSTEEL (Displacement Based Seismic Design of STEEL Moment Resisting Frame Structures) e Semi-Comp+ (Valorisation action of plastic member capacity of semi-compact steel sections – a more economic design). O número de artigos expostos no congresso obrigou è realização de sessões triplas o que revela não só a qualidade do evento, assim como a adesão da comunidade do aço (técnica e cientifica) a esta iniciativa.
Sessões comerciais e prémios No evento, a CMM promoveu o lançamento do Manual de execução de Estruturas Metálicas, da colecção Construção Metálica e Mista, o qual aborda os aspectos mais práticos da sua execução. Numa altura em que o tema da marcação CE de estruturas metálicas é um assunto transversal ao sector, o manual aprofunda a análise da Norma EN 1090. A novidade desta edição foi a realização de sessões comerciais, em que os patrocinadores que assim o entenderam, tiveram possibilidade de apresentar a sua empresa e os seus produtos.
Como é habitual, houve ainda espaço para a cerimónia de entrega dos prémios aos vencedores portugueses do European Steel Design Awards 2011. A obra vencedora foi o Dolce Vita Tejo. Os premiados foram: Dono de Obra: Dolce Vita Tejo , S.A.; Gabinetes de Arquitectura: Atelier One / Promontório Lda; Gabinetes de Engenharia: Atelier One / Tal Projecto Lda; Empreiteiro: Martifer Construções, S.A. Além de tudo disto, realizou-se uma exposição técnica no foyer do Centro Cultural Vila Flor, tendo estado representadas 17 entidades. Como é tradição nos Congressos CMM realizou-se um jantar de gala no primeiro dia do evento. Este jantar decorreu na Pousada de Santa Marinha. Os almoços foram oferecidos no restaurante Café-Concerto.
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formação e eventos
Formação CMM 2011 e 2012 No ano de 2011, a CMM organizou quatro cursos de média formação SUSCOS/ CMM e cinco cursos de curta duração. A tendência de aposta na formação por parte da CMM continua e, para este ano, já estão previstas sete novas formações técnicas.
Dos vários cursos que aconteceram em 2011 destacamos o “Robustness of Steel Structures”, que decorreu de 9 a 13 de Maio, em Coimbra. Esta nova formação teve uma duração de 40 horas e esteve a cargo da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista (CMM) e do programa doutoral SUSCOS – Sustainable Steel Construction. O objectivo principal foi apresentar as noções e conceitos importantes no estudo da integridade estrutural de edifícios sujeitos a eventos excepcionais. Os métodos de dimensionamento apresentados na regulamentação foram analisados criticamente através de aulas teóricas e exercícios. Foi estudado o caso específico de um incêndio como um acontecimento excepcional. Este curso contou com formadores de referência, tais como, Jean-Pierre Jaspart (Universidade de Liège, Bélgica, responsável do curso), John Vantomme (Escola Militar Belga), Frantisek Wald (CVUT, Rép. Checa), Jean-François Demonceau (Universidade de Liège, Bélgica), Ludivine Comeliau (Universidade de Liège, Bélgica), Sandra Jordão (UC, Portugal) e Aldina Santiago (UC, Portugal).
Formação técnica leccionada em 2011
2011 Cursos de curta duração CMM
Concepção e Dimensionamento de Ligações em Estruturas Metálicas e Mistas (3ª edição) 28 e 29 de Janeiro de 2011, Lisboa Projecto de Estruturas em “Aço Leve” (2ª edição) 25 e 26 de Fevereiro de 2011, Lisboa Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas (2ª edição) 25 e 26 de Março de 2011, Lisboa Optimização da Produção de Estruturas Metálicas, da Preparação à Montagem (3ª edição) 3 e 4 de Junho de 2011, Coimbra Dimensionamento de Estruturas Metálicas (NOVO) 27, 28 e 29 de Outubro de 2011, Lisboa
2011 Cursos de média duração SUSCOS/CMM
Sustainability of Constructions (NOVO) 14 a 18 de Março de 2011, DEC-FCTUC, Coimbra Wind towers: Design by FEM and technological features (NOVO) 28 de Março a 01 de Abril de 2011, DEC-FCTUC, Coimbra Robustness of Steel Structures (NOVO) 09 a 13 de Maio de 2011, DEC-FCTUC, Coimbra
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Novidades 2012 Para este novo ano a CMM já preparou uma série de cursos de formação que compõe a valiosa formação técnica da Associação. Além dos cursos habituais que já vão na 2ª, 3ª ou 4ª edição, como é o caso do “Projectos de Estruturas Mista Aço-Betão”, “Projecto de Estruturas em Aço Leve” ou do curso “Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas”, vão haver alguns cursos novos. O curso Marcação CE - EN1090: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio, Parte 1 e Parte 2 vai ser leccionado pela primeira vez. Este curso de formação surgiu do curso de formação: EN1090-2: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio Parte 2: Requisitos Técnicos para as Estruturas de Aço, que a CMM promoveu por 3 vezes de 2008 a 2010. Este ano e pela obrigatoriedade da certificação das estruturas metálicas, a CMM resolveu reformular um pouco este curso abordando também a EN 1090-1, tentando aproximar o curso às necessidades das empresas metalomecânicas. Este curso vai decorrer nos dias 9 e 10 de Março em Coimbra. O objectivo é dar a conhecer a norma EN 1090, preparando os formandos para aplicação futura desta norma. Terá a duração de 16 horas e destina-se a estudantes de engenharia civil, a engenheiros civis e a técnicos ligados à construção metálica. No mês de Junho poderemos também contar com um novo curso.“Execução de Estruturas Metálicas, Projeto, Detalhe, Fabrico e Montagem”, que está previsto para os dias 15 e 16, em Lisboa. Nesta formação o objectivo é optimizar a produção de estruturas metálicas, tendo por base o conhecimento detalhado de cada uma das fases, permitindo avaliar e corrigir soluções de projecto, recorrendo às mais avançadas ferramentas de detalhe de estruturas metálicas. Assim, desde o conhecimento detalhado de como se modela tridimensionalmente uma estrutura metálica, de um caderno de encargos de estrutura metálica, à interiorização de todas as fases de produção fabril, aos procedimentos de montagem, este curso irá permitir-nos, tanto na fase de projecto como de detalhe, criar soluções economicamente mais rentáveis. No final, toda a matéria leccionada será consolidada com um exemplo prático.O curso será dado num total de 16 horas e é direccionado para estudantes de engenharia civil, engenheiros civis e a técnicos ligados à construção metálica.
formação técnica em 2012 Marcação CE – EN1090: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio, Parte 1 e Parte 2 (1ª ed.) - NOVO Data e Local: 9 e 10 de Março de 2012, a definir Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Rui Simões (Coordenador Científico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Rui Simões (FCTUC), Prof. Altino Loureiro (FCTUC), Eng.ª Leonor Corte-Real (Hempel), Eng.º Adriano Santos e Eng.ª Filipa Santiago (CMM) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Projecto de Estruturas Mistas Aço-Betão (3ª ed.) Data e Local: 20 e 21 de Abril de 2012, Coimbra Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Rui Simões (Coordenador Científico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Rui Simões (FCTUC), Prof. Isabel Valente (U. Minho) e Eng.º Rui Alves (Socometal) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Projecto de Estruturas em "Aço Leve" (3ª ed.) Data e Local: 4 e 5 de Maio de 2012, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Nuno Silvestre (Coordenador Cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Nuno Silvestre (IST), Prof. Dinar Camotim (IST), Eng.º Filipe Santos (Vesam) e Eng.º António Santos (Gestedi) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª ed.) Data e Local: 24, 25 e 26 de Maio de 2012, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Eng.º Tiago Abecasis (Coordenador Cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Eng.º Tiago Abecasis (TalProjecto) e outros especialistas (a definir) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Execução de Estruturas Metálicas, Projecto, Detalhe, Fabrico e Montagem (1ª ed.) - NOVO Data e Local: 15 e 16 de Junho de 2012, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Eng.º Filipe Santos (Coordenador Cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Eng.º Filipe Santos (VESAM) e Eng.º Miguel Pontes (Metalocar) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas (3ª ed.) Data e Local: 29 e 30 de Junho de 2012 Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. José Miguel Castro (Coordenador Cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. José Miguel Castro (FEUP), Prof. Carlos Rebelo (FCTUC) e Eng.º Tiago Abecasis (TalProjecto) Preços: Geral - 400 € | Membros CMM - 320 € | Membros OE - 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa - 250 € (só membros colectivos da CMM)
INFORMAÇÕES
Drª Zínia Antunes CMM - Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Departamento de Engenharia Civil da FCTUC – Pólo II Rua Luís Reis Santos - 3030-788 Coimbra Telefone: 239 797 219 | Tlm: 965 061 249 | Fax: 239 405 722
para mais informações consulte: www.cmm.pt/formacao
publicações
destaques
Manual de Execução de Estruturas Metálicas
Construção Metálica e Mista 8
Autores: Filipe Santos e Luís Simões da Silva
Editores: Luís Simões da Silva, CMM; Paulo Cruz, UM; Nuno Lopes, UA; J. Almeida
Editora: CMM 110 páginas Novembro 2011 PVP: 21,20 euros Preço Membro CMM: 16,96 euros
Este livro pretende mostrar aos projectistas o que são e como se interligam as diferentes fases da produção de estruturas metálicas, desde a orçamentação à montagem, apresentando uma abordagem baseada na optimização da componente humana no processo de produção. Descreve ainda um conjunto de “Notas de Orientação” que pretendem dar indicações práticas sobre “Como fazer bem” a sua actividade.
Fernandes, LNEC; António Baptista, LNEC
Editora: CMM 950 páginas Novembro 2011 PVP: 42,40 euros Preço Membro CMM: 33,92 euros
Esta publicação reúne todas as comunicações apresentadas no VIII Congresso de Construção Metálica e Mista, organizado pela CMM, que teve lugar nos dias 24 e 25 de Novembro de 2011, em Guimarães. Este livro reúne mais de 85 artigos entre comunicações e palestras.
Thin Walled Structures – Recent Research Advances and Trends (2 volumes)
Design of Cold-formed Steel Structures
Autores: Dan Dubina e Viorel Ungureanu
Autores: Dan Dubina, Viorel Ungureanu e Rafaelle Landolfo
Editora: ECCS, 338 páginas | 2011 PVP: 100,70 euros | Preço Membro CMM: 80,56 euros
Disponivel brevemente
Cada evento científico dedicado às Estruturas de Paredes Finas oferece a oportunidade de conhecer soluções desafiantes e verdadeiras conquistas. As actas do ICTWS 2011 - Recentes Avanços na Investigação e Tendências, que se realizou em Timisoara, Roménia, de 5 a 7 de Setembro de 2011, estão organizadas em dois volumes, contém nove palestras principais apresentadas por cientistas proeminentes e 115 trabalhos, de autores de 33 países. Estes trabalhos estão agrupados em nove temas principais: Encurvadura; Análise pósencurvadura e modos de rotura; Comportamento de estruturas de paredes finas sob ações extremas; Ligações em estruturas de paredes finas; Estruturas de aço enformado a frio; Estruturas mistas; Estruturas para armazenamento; Estruturas não planas e espaciais; Estruturas de placas. 24 metálica 25 . fevereiro 2012
Este manual aborda o dimensionamento das estruturas metálicas enformadas a frio em edifícios, baseado no Eurocódigo 3, em particular na norma EN 1993-1-3. Com este propósito, o livro contém o essencial dos conhecimentos teóricos e as regras de projecto para secções e placas metálicas enformadas a frio, assim como os respectivos elementos e ligações para a aplicação em edifícios. O livro inclui figuras e exemplos de dimensionamento, num total de 600 páginas. Estão expostos, em mais de 200 páginas, exemplos relevantes de trabalhos realizados, o que permite ao leitor uma melhor compreensão.
publicações
outras publicações
Thin Walled Structures - Recent Research Advances and Trends (2 volumes) PVP: 100,70 euros | Preço Membro CMM: 80,56 euros
Manual de Execução de Estruturas Metálicas Autores: Filipe Santos e Luís Simões da Silva (2011, 110 pp.)
PVP: 21,20 euros | Preço Membro CMM: 16,96 euros
Design of Steel Structures PVP: 74,20 euros | Preço Membro CMM: 59,36 euros
Construção Metálica e Mista 8
Fire Design of Steel Structures PVP: 74,20 euros | Preço Membro CMM: 59,36 euros
PVP: 42,40 euros | Preço Membro CMM: 33,92 euros
Design of Plated Structures PVP: 58,30 euros | Preço Membro CMM: 46,64 euros
Eds.: Luís Simões da Silva, J. Almeida Fernandes, António Baptista, Elsa Caetano, Paulo Piloto (2009, 758 pp.)
Fatigue Design of Steel and Composite Structures PVP: 58,30 euros | Preço Membro CMM: 46,64 euros
Construção Metálica e Mista 6
Eds.: Luís Simões da Silva, Paulo Cruz, Nuno Lopes, J. Almeida Fernandes e António Baptista (2011, 950 pp.)
Construção Metálica e Mista 7
PVP: 37,10 euros | Preço Membro CMM: 29,68 euros
Eds.: Luís Simões da Silva, Elsa Caetano, Paulo Piloto, Carlos Martins e Tiago Abecasis (2007, 687 pp.)
Steel Bridges: Avanced Solutions & Technologies – Conference Proceedings PVP: 23,32 euros | Preço Membro CMM: 18,66 euros P085 - Design Handbook for Braced or Non Sway Steel Buildings According to EC3 PVP: 26,50 euros | Preço Membro CMM: 21,20 euros P114 - Preliminary Worked Examples according to Eurocode 3, Part 1-3 PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros P119 - Rules for Member Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and Design Guidelines PVP: 37,10 euros | Preço Membro CMM: 29,68 euros P123 - Worked examples according to EN1993-1-3 PVP: 31,80 euros | Preço Membro CMM: 25,44 euros P124 - The Testing of Connections with Mechanical Fasteners in Steel Sheeting and Sections, 2nd Edition PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros P125 - Buckling of Steel Shells – European Design Recommendations, 5th Edition PVP: 51,94 euros | Preço Membro CMM: 41,55 euros P126 - European Recommendations for the Design of Simple Joints in Steel Structures PVP: 26,50 euros | Preço Membro CMM: 21,20 euros P127 - Preliminary European Recommendations for the Testing and Design of Fastenings for Sandwich Panels PVP: 18,02 euros | Preço Membro CMM: 14,42 euros
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Construção Metálica e Mista 5 Eds.: António Lamas, Carlos Martins, Tiago Abecasis e Luis Calado (2005, 882 pp.)
OUTRAS Publicações CMM
OUTRAS Publicações ECCS
Eurosteel 2008 – Conference Proceedings PVP: 31,80 euros | Preço Membro CMM: 25,44 euros
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Construção Metálica e Mista 4 Eds.: António Lamas, Luís Calado, João Ferreira e Paulo Vila Real (2003, 782 pp.)
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Construção Metálica e Mista 3 Eds.: António Lamas, Paulo Vila Real e Luís Simões da Silva (2001, 735 pp.)
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Construção Metálica e Mista 2 Eds.: António Lamas, Luís Simões da Silva e Paulo Cruz (1999, 905 pp.)
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Construção Metálica e Mista 1 Eds.: António Lamas, Paulo Cruz e Luís Calado (1997, 905 pp.)
PVP: 15,90 euros | Preço Membro CMM: 12,72 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª Ed.) Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios Ed.: Rui Simões (2007, 224 pp.)
PVP: 23,85 euros | Preço Membro CMM: 19,08 euros Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas: Métodos Avançados Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, Parte 1-5: Estruturas constituídas por placas Eds.: Luís Simões da Silva e Helena Gervásio (2007, 432 pp.)
PVP: 37,10 euros | Preço Membro CMM: 29,68 euros Manual de Ligações Metálicas Eds.: Luís Simões da Silva e Aldina Santiago (2003, 150 pp.)
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Disponível para download gratuitamente para membros CMM em www.cmm.pt
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25 metálica 25 . fevereiro 2012
notícias eccs
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Wind Energy and Power Plants Seminar Investigação em torres para turbinas eólicas Este seminário/workshop, originalmente organizado para 40-50 pessoas, atraiu um grande número de participantes, atingindo, no final, mais de 200 pessoas. A temática foi bastante atrativa e contou com prestigiados oradores, tanto nacionais como internacionais. Foi organizado pela Turkish Constructional Steelwork Association (TUCSA) em cooperação com o ECCS, a divisão turca de European Association for Renewable Energies (EUROSOLAR Turquia) e a Turkish Wind Energy Association (TÜREB).
O Seminário mostrou claramente as oportunidades existentes na Turquia para o desenvolvimento deste sistema de energia inovador. Foi esclarecido pelas autoridades locais que se houvesse um verdadeiro e crescente interesse nas energias renováveis, aumentariam o emprego e a gestão de recursos da mesma forma. Investir nesta área tornou-se a prioridade do Ministro da Energia na Turquia. Estão previstos incentivos para investimentos em energias renováveis em conjunto com um aumento radical da capacidade total em recursos de energias renováveis num futuro próximo (até 2015, aumentar em 12 mil MgW). O potencial da Turquia também foi demonstrado através de estudos das zonas mais ventosas do país. Os mapas de áreas de vento foram apresentados e representam um enorme potencial industrial.
O Professor Milan Veljkovic da Universidade de Lulea e do ECCS Management, apresentou as recentes inovações e resultados de investigação em torres para turbinas eólicas. Segundo o Professor Veljkovic, a energia eólica representa apenas 5% do consumo eléctrico na UE27. Ele apresentou as oportunidades de mercado para as torres eólicas, comparando projectos e preços entre torres de betão, híbridas e torres em treliça e mostrando a vantagem real do aço neste segmento. O Professor insistiu nas oportunidades para o desenvolvimento de mercados paralelos ao das torres eólicas: por exemplo em equipamentos de elevação e indústria de transporte (guindastes, camiões e navios). Apresentou também em detalhe um projecto de investigação intitulado Histwin, que resultou em novas bases e orientações de projecto, e ainda exemplos de ligações livres de manutenção. A presença de autoridades locais e parceiros industriais, assim como dos académicos a apresentarem resultados de investigações recentes, fez deste evento um verdadeiro sucesso, o primeiro de uma série de Seminários/Workshops iniciados no ECCS pelo TMB, em estreita colaboração com os nossos Membros da Associação Nacional.
© Anssi Mäkelä, Pemamek Oy, Finland
26 metálica 25 . fevereiro 2012
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ICSA 2013 2ª Conferência Internacional de Arquitectura e Estruturas A conferência internacional que faz a ponte entre a arquitectura e a engenharia estrutural volta em 2013 com o ECCS como patrocinador institucional principal.
O evento ICSA2013 destina-se tanto a investigadores como a profissionais, incluindo arquitectos, engenheiros estruturais e de construções, construtores e consultores de construção, fornecedores de materiais, fabricantes de produtos e outros especialistas e profissionais envolvidos na concepção e realização de projectos de arquitectura, estruturais e de infra-estruturas. No seguimento do sucesso da primeira edição, esta conferência será realizada novamente em Guimarães.
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www.icsa2013.com
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Modelo Astrigma Construção flexível e personalizada Frisomat calcula, desenha e constroi hangares e pavilhões há mais de 30 anos em todo o mundo, em conformidade com as normas e regulamentos de cálculo locais. Produção de elevada qualidade em aço galvanizado enformado a frio.
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metálica 25 . fevereiro 2012
notícias eccs
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© Marion Schmieding / Alexander Obst / Dirk Laubner /Berlin Airports - gmp Architekten / JSK International
Airport Berlin Brandenburg International BBI Berlim, Alemanha | 2012
A região de Berlim-Brandemburgo tem actualmente três aeroportos: o aeroporto Schönefeld que sofreu um rápido crescimento, a sudeste de Berlim, e os do centro da cidade - os aeroportos Tegel e Tempelhof. O futuro está em Schönefeld. O antigo Aeroporto Central de GDR está a ser expandido para se tornar o Airport Berlin Brandenburg International BBI. Os aeroportos da baixa, Tegel e Tempelhof, serão fechados. Com o BBI, a região da capital irá oferecer aos viajantes de negócios, turistas e empresas um aeroporto de alta tecnologia com grandes ligações, com voos internacionais, uma auto-estrada de ligação própria e uma estação de comboio muito próxima do terminal. O transfer do aeroporto demorará 20 minutos para uma distância de 20 quilómetros até ao centro de Berlim. O tão planeado novo e importante Aeroporto de Berlim projectado em parceria pelos arquitetos gmp e IGK IGR será um aeroporto da nova geração - custo-benefício, funcional, linhas claras e curtos percursos a pé, integrados no ambiente urbano funcional, com espaço suficiente para extensões e alterações formando no entanto um visual completo. A espinha dorsal de todo o complexo é um eixo central que funciona entre as duas pistas paralelas centradas no terminal. Todos os edifícios secundários do Aeroporto da Cidade (Airport City) estão organizadamente ligados ao terminal e combinam com o mesmo em forma e altura, garantindo assim uma impressão visual de qualidade.
A data prevista de conclusão das obras é 2012 Cliente Flughafen Berlin Schönefeld GmbH, Technische Planung & Bau BBI Division Arquitectura gmp Architekten - JSK International Engenharia Schlaich, Bergermann and Partner - Schüssler-Plan Empreiteiro de Estruturas Metálicas Eiffel Deutschland Stahltechnologie GmbH
28 metálica 25 . fevereiro 2012
O terminal principal com o átrio projectado, é dividido em dois níveis principais que separam as chegadas e as partidas tanto do lado-terra como do lado dos movimentos aéreos. O edifício foi concebido com um átrio de dimensões generosas, bem iluminado e coberto por uma estrutura de filigrana de aço e vidro.
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© VMX architects
GA Terminal para Schiphol Airport Schiphol-Oost, Holanda | 2011
O projecto maximiza esse benefício, mantendo os passageiros e o avião tão juntos quanto possível. Na aterragem os passageiros são deixados no interior do edifício num local de passagem, abrigando-os da chuva, vento ou câmaras. No lado dos movimentos aéreos a cúpula dá exactamente esse mesmo conforto ao embarcar no avião. No topo do terminal existem também espaços de escritório para empresas de aviação relacionadas, e no piso inferior uma garagem de estacionamento para os passageiros e funcionários. A forma do edifício proporciona uma privacidade extra, graças à existência da cúpula no lado dos movimentos aéreos, limitando a visibilidade para os passageiros no embarque, mas permitindo que a luz entre nos escritórios e no lado-terra. Orienta ainda a vista nos escritórios para cima, em direcção ao céu, em vez de orientar para baixo, para os passageiros que chegam.
Os VMX Arquitects foram contratados para projectar um novo Terminal GA para o Schiphol Airport. O GA (General Aviation) é o nome internacional para voos privados e de negócios. O novo edifício está localizado em Schiphol-Oost, ao longo da plataforma GA em Airside (lado dos movimentos aéreos) e acessível a partir de Thermiekstraat pelo lado-terra. A vantagem da General Aviation consiste no facto de se atingir o avião quase que directamente, sem filas de espera e com a privacidade ideal para quem precisa (famílias reais, chefes de Estado ou celebridades).
Área 6.600m2 Projecto 2007 Execução 2009-2011 Custo total 8 milhões Euros Cliente Schiphol Real Estate Arquitectura VMX architects (Don Murphy, Leon Teunissen, Hugo Kok) Engenharia Van Rossum Empreiteiro FRISO bouwgroep
29 metálica 25 . fevereiro 2012
50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 12 – 2000
The Millennium Dome Londres, Reino Unido (2000)
© Peter Nathusius
© M.Tarvainen
A principal atracção para a comemoração do milénio em Londres, esta enorme tenda com 320 metros de diâmetro, cobre não menos de 80.000 m2, a maior superfície coberta do mundo. O tecido de PTFE está suspenso por uma rede de cabos a 12 postes reticulados aerodinâmicos, dispostos numa abóboda dentro do recinto e cada um deles eleva-se até 100 metros. O tamanho do volume cria um verdadeiro microclima. Tanto minimalista como monumental, bem situado num meandro do rio Tamisa, a cúpula continua a ser uma referência na nova paisagem da zona leste de Londres.
Arquitectura: Richard Rogers Partnership Engenharia: Buro Happold Direcção da Construção: McAlpine/Laing Joint Venture Empreiteiro da Construção Metálica da Cobertura e do Cabo Estrutural: Watson Steel Ltd.
Baltic Sea Tower, Itamerentori Office Building Helsínquia, Finlândia (2000) © Cedam/Bertrand Lemoine / Eve Jouannais
Localizado perto do centro da cidade, este edifício marca a entrada ocidental de Helsínquia. Tem cinco alas de cinco níveis e uma torre de 16 pisos. Colunas de aço e vigas e lajes em betão pré-fabricado são a espinha dorsal do edifício. Foi projectado para minimizar as exigências de serviço e o consumo de energia, para reduzir custos de manutenção e melhorar o isolamento ao ruído e a segurança, tendo as fachadas uma pele dupla. O aço auto-patinado utilizado para a estrutura da fachada ecoa o uso generalizado de tijolo vermelho nesta parte da cidade. Em certas áreas da torre foi também usado aço inoxidável.
Arquitectura: Helin & Siitonen Oy . Engenharia: Finnmap Consulting Oy
30 metálica 25 . fevereiro 2012
50 anos de construção metálica e mista na europa
parte 12 – 2000
Solferino Footbridge Paris, França (2000) direcção ao centro. A construção com chapas soldadas foi fabricada com alta precisão e biselada para ficar o mais próximo possível da inicialmente projectado em aço moldado. Estas mudanças na forma estrutural dependem se este é visto a alguma distância, de onde a mesma parece ser uma curva aberta que joga com a luz e permite que o olhar a ultrapasse, ou de perto, caso em que parece ser uma estrutura ramificada como a coluna vertebral de um animal, que arqueia as costas sobre o rio.
© Marc Mimram
A ponte pedonal que cruza o Sena, num único vão com a sua base em arco muito tenso, descansa em ambos os lados nas cantarias das margens inferiores. Os peões podem optar por um de dois percursos: o tabuleiro principal liga as margens superiores, enquanto outro liga as margens inferiores. Dois poderosos arcos erguidos em seis secções assentam em cada uma das margens e separam-se em dois no seu centro. Carregam uma série de apoios duplos em consola contraventados, em forma de V, que se inclinam em
Arquitectura: Marc Mimram . Engenharia: Marc Mimram Ingénierie, Sogelerg
Atrium Roof of the Great Court, British Museum Londres, Reino Unido (2000) 6000 peças elementares. O resultado espectacular mostra como os computadores podem, hoje em dia, libertar os projectistas das limitações da geometria e da repetitividade dos elementos necessários, de forma a alcançar formas arbitrárias e plásticas que são estruturalmente optimizadas.
© Foster and Partners
© Andrew Dunn
Cobrir o pátio rectangular do Museu Britânico colocouse como um problema delicado, pois teve que se levar em conta a forma circular da anterior sala de leitura da Biblioteca Britânica. A grelha estrutural que foi por fim adoptada é o resultado da sobreposição de três funções para se chegar a uma malha triangular composta por
Arquitectura: Foster and Partners . Engenharia: Buro Happold . Constructor: Waagner Biro Stahl Glas Technik AG, Vienna
31 metálica 25 . fevereiro 2012
calendário de eventos
evento
organização
local
data
informações
7th International Conference on Advances in Steel Structures
Southeast University (Nanjing, China)
Nanjing, China
14 a 16 Abril 2012
www.icass2012.net
Steel Bridges 2012 Sustainably bridging the future: the steel way Design and best practices
ECCS e Syndicat de la Construction Métallique de France
Paris, França
18 a 20 Abril 2012
www.steelbridges2012.com
NASCC The Steel Conference 2012
American Institute of Steel Construction
Grapevine, Texas, EUA
18 a 21 Abril 2012
www.aisc.org/nascc
6th International Conference on Composites in Construction Engineering (CICE)
International Institute for FRP in Construction (IIFC)
Roma, Itália
13 a 15 Junho 2012
www.conference.cice2012.it
ASCCS 2012 10th International Conference on Advances in Steel Concrete Composite and Hybrid Structures
Department of Civil and Environmental Engineering (National University of Singapore) e Singapore Structural Steel Society.
Singapura, Singapura
2a4 Julho 2012
www.asccs2012.com.sg
I Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável
Departamento de Arquitectura da Universidade Agostinho Neto
Luanda, Angola
27 Julho 2012
www.cmm.pt/congresso
NSCC 2012 - Nordic Steel Construction Conference
Norwegian Steel Association e University of Science and technology - NTNU
Oslo, Noruega
5a7 Setembro 2012
www.nordicsteel2012.com
ECCS Annual Meetings 2012
ECCS
Lisboa, Portugal
19 a 22 Setembro 2012
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formação
coordenação
local
data
horário
Marcação CE – EN1090: Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas de Alumínio, Parte 1 e Parte 2 (1ª ed.)
Prof. Rui Simões (Coordenador Científico)
Coimbra, Portugal
9 e 10 Março 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
Projecto de Estruturas Mistas Aço-Betão (3ª ed.)
Prof. Rui Simões (Coordenador Científico)
Coimbra, Portugal
20 e 21 Abril 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
Projecto de Estruturas em “Aço Leve” (3ª ed.)
Prof. Nuno Silvestre (Coordenador Cientifico)
Lisboa, Portugal
4e5 Maio 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª ed.)
Eng.º Tiago Abecasis (Coordenador Cientifico)
Lisboa, Portugal
24, 25 e 26 Maio 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
Execução de Estruturas Metálicas, Projeto, Detalhe, Fabrico e Montagem (1ª ed.)
Prof. Rui Simões (Coordenador Cientifico)
Lisboa, Portugal
15 e 16 Junho 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
Dimensionamento Sísmico de Estruturas Metálicas (3ª ed.)
Prof. José Miguel Castro (Coordenador Cientifico)
Lisboa, Portugal
29 e 30 Junho 2012
9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30
NOVO
NOVO
32 metálica 25 . fevereiro 2012
cursos de formação CMM
agenda
A 400 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.a400.pt A2P Consult, Lda. www.a2p.pt Armando Rito Engenharia, S.A. www.arito.com.pt Berd – Projecto, Investigação e Engenharia de Pontes, S.A. www.berd.eu Betar – Consultores, Lda. www.betar.pt C.G.F. – Coordenação, Gestão e Fiscalização de Obras, Lda. www.cgf.pt Civi4 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.civi4.pt CIVILINSP, Inspecções Técnicas, Lda. www.civilinsp.pt Construsoft – Software para a Indústria de Construção, Lda. www.construsoft.pt CURBI, Lda. www.curbi.pt Dendro – Engenharia e Arquitectura, Lda. www.dendro.pt DhPro – Serviços de Engenharia Civil, Lda. www.dhpro.pt EDM – 3D, Lda. www.edm–3d.pt GAPRES – Gabinete de Projectos, Engenharia e Serviços, S.A. www.gapres.pt GIPAC – Gab. de Informática e Projecto Assistido por Computador, Lda. http://portugal.abes–international.com/ GOP – Gabinete de Organização de Projectos, Lda. www.gop.pt GRID – Consultas, Estudos e Projectos de Eng., Lda. www.grid.pt JETSJ Geotecnia, Lda. www.jetsj.pt J.L. Câncio Martins – Projectos de Estruturas, Lda. www.jlcm.pt LCW Consult, S.A. www.lisconcebe.pt
LEB, Lda. www.leb.pt Lisboa 98 – Estudos e Projectos, S.A. www.suakay.com Lusomanu, Lda. www.lusomanu.pt LUSOMELT – Fornecimento de Bens e Serviços, Lda. lusomelt@mail.telepac.pt Mecanotubo – Construção e Estruturas, S.A. mecanotubo@mecanotubo.pt MUTO Consultores www.muto.pt Omega – Serviços de Engenharia, Lda. www.omega.com.pt Perry da Câmara e Associados, Consultores de Engenharia Lda. www.pcaengenharia.pt PPSEC – Engenharia, Lda. www.ppsec.pt PROAFA, Serviços de Engenharia, S.A. www.afaconsultores.pt PROCIFISC – Engenharia e Consultadoria, Lda. www.procifisc.pt Proengel – Proj. Engenharia e Arquitectura, Lda. www.proengel.pt Projegui - Projectos de Construção Civil de Guimarães, Lda. www.projegui.pt Safre Estudos e Proj. de Engenharia, Lda. www.safre.pt SISCAD – Tecnologias de Informação, Lda. www.siscad.pt SOPSEC – SOC. PREST. SERVIÇOS ENGª CIVIL, Lda. www.sopsec.pt TALPROJECTO – Projectos, Estudos e Serviços de Eng., Lda. www.talprojecto.pt TRIA - Serviços, Materiais e Equipamentos, Lda. www.tria.pt Trimétrica Engenharia Lda. www.trimetrica.com.pt VESAM Cold–Form, Lda. www.vesam.pt
Projecto e Consultadoria
A. Portugal Alves – Produtos Siderúrgicos, S.A. www.aportugalalves.com Antero & Cª, S.A. www.anteroeca.com FAF – Produtos Siderurgicos, S.A. www.faf.pt Florêncio Augusto Chagas, S.A. www.fachagas.pt J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. www.jsoarescorreia.pt Parfel – Sociedade de Equipamentos Indústriais, Lda. www.parfel.pt PECOL – Sistemas de Fixação, S.A. www.pecol.pt
Importadores e Armazenistas de Aço
CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A. www.cin.pt EUROGALVA – Galvanização e Metalomecânica, S.A. www.eurogalva.pt HEMPEL (Portugal), Lda. www.hempel.pt SIKA Portugal, S.A. www.sika.pt
ACABAMENTO E PROTECÇÃO Ferpinta – Ind. de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A. www.ferpinta.pt
Produtores de Tubos de Aço
Departamento de Engenharia Civil – FCTUC www.dec.uc.pt Departamento de Engenharia Civil – Universidade de Aveiro www.civil.ua.pt Escola Superior de Tecnologia de Viseu – I.P.V. www.estv.ipv.pt Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Bragança www.estig.ipb.pt Faculdade de Ciências e Tecnologia – Univ. Nova de Lisboa www.fct.unl.pt Instituto Politécnico da Guarda www.ipg.pt Instituto Superior Técnico – DECivil – ICIST www.civil.ist.utl.pt LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil www.lnec.pt Universidade de Trás–os–Montes e Alto Douro www.utad.pt/pt/departamentos/acent/engenharias/
Instituição de Ensino
Todos os contactos e informações sobre produtos e serviços dos membros da CMM podem ser consultados em www.cmm.pt, sendo a informação disponibilizada da responsabilidade de cada membro.
Arcen Engenharia, S.A. www.arcen.pt Bysteel, S.A. www.dstsgps.com/content.asp?startAt=2&categoryID=600 Constálica – Elementos de Construção Metálicos, S.A. www.constalica.pt Faustino & Ferreira – Sociedade Construções Metálicas, S.A. www.faustinoeferreira.com Frisomat, S.A. – Comércio e Indústria de Materiais de Construção www.frisomat.pt GARSTEEL – Construções Metálicas, Lda. www.garsteel.pt GESTEDI – Construção e Investimentos Imobiliários, Lda.. www.gestedi.pt Intertelha, Lda. www.intertelha.com Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. www.martifer.pt METALOCAR – Indústria de Metalomecânica, S.A. www.metalocar.pt METALOCARDOSO – Construções Metálicas e Galvanização, S.A. www.metalocardoso.com Metalogalva – Irmãos Silvas, S.A. www.metalogalva.pt METALONGO – Metalúrgica de Valongo, Lda. www.metalongo.pt MetaloViana – Metalurgia de Viana, S.A. www.metaloviana.pt NORFERSTEEL – Construções e Metalomecânica, S.A. www.norfer.com O Feliz Metalomecânica, S.A. www.ofeliz.pt Perfisa – Fábrica de Perfis Metálicos, S.A. www.perfisa.net SEVEME – Indústrias Metalúrgicas, S.A.. www.seveme.com TEGOPI – Indústria Metalomecânica, S.A. www.tegopi.pt
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Participação activa com a Indústria Metalomecânica Soluções e Propostas à medida do Cliente Inovamos e acrescentamos Valor
Criamos novos produtos e implementamos sistemas de gestão que promovem o crescimento dos nossos clientes
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Inovação e Normalização
Sustentabilidade
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