projecto
nota técnica
mobilidade com tracção eléctrica Está em contagem decrescente a chegada dos veículos automóveis ligeiros com mobilidade apenas assente na energia eléctrica. As baterias de acumuladores, elemento fundamental para o armazenamento e disponibilização da energia necessária para o efeito, estão em desenvolvimento e em breve estarão disponíveis. O governo anunciou a inclusão no Orçamento do Estado, de uma verba de vinte e cinco milhões de euros, correspondendo ao financiamento/apoio com cinco mil euros a cada um dos primeiros cinco mil veículos eléctricos adquiridos.
veniência termoeléctrica, quer convencional, quer nuclear (que ainda não temos por cá), a dificuldade de redução de carga em tempos relativamente curtos conduz a um excesso de produção pode também ser solucionada com recurso ao armazenamento nos veículos eléctricos.
Há um paradigma que se altera na mobilidade e ainda nas consequências que essa alteração trará ao sector eléctrico.
Desta forma o diagrama de carga nacional poderia sofrer um “alisamento”, melhorando significativamente a sua eficiência.
O uso de combustíveis fósseis poderá ser substancialmente reduzido bem como as emissões de CO2. As baterias dos veículos poderão vir a ser preferencialmente carregadas nas horas de vazio, altura em que a energia é mais barata e ainda com a possibilidade de se aproveitar essencialmente a energia proveniente da geração eólica durante a noite. Nas horas de ponta, a rede poderá ser alimentada pelas baterias de acumuladores dos veículos que a ela estarão ligados, reduzindo o esforço e as perdas de transporte da energia nesses horários. As baterias dos veículos funcionariam assim como uma gigantesca bateria de acumuladores, ajudando a resolver um problema ancestral que é precisamente o da acumulação de energia que de outra forma seria desperdiçada, como é o caso da energia hidroeléctrica que por vezes, devido aos caudais afluentes elevados, leva ao descarregamento e consequente desperdício de água por falta de capacidade de armazenamento da mesma. Na energia de pro-
Para tudo isto, é necessário que a solução de mobilidade eléctrica seja compatível com as expectativas dos utilizadores, no que concerne à autonomia, ao peso e à durabilidade das baterias. Efectivamente, o peso das baterias na versão chumbo/ácido sempre se mostrou problemático, estando agora em desenvolvimento baterias de iões de lítio (Li-ion), que são muito mais leves, têm maior capacidade, descarregam-se a cem por cento sem problemas de durabilidade (as de chumbo ficam inutilizadas se isso acontecer), carregam-se sob fortes correntes reduzindo o tempo de carregamento e suportam temperaturas extremas (de -40º C a +80 ºC).
ARTIGO TÉCNICO graus de protecção: selecção de equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas 105 não sejas apanhado pelo touro! 107
ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL Weidmüller: instalações eléctricas para sistemas de telegestão na área do ambiente 133 M&M ENGENHARIA: dicas para o EPLAN Electric P8 135 GENERAL CABLE: nova gama de cabos exzhellent solar para instalações de energia fotovoltaica 137
DOSSIER ITED e ITUR 109
Josué Morais Director Técnico
Poderão estar reunidas, a breve trecho, as condições para a generalização da mobilidade eléctrica. Todos esperamos, e o planeta agradece!
FORMAÇÃO 139 REPORTAGEM interplay tour 2010: a interacção que faz a diferença 131
ited ficha técnica n.º 9 141 CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 143
ARTIGO TÉCNICO
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o electricista
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Lúcia Miranda e Marta Maltez QUITÉRIOS
graus de protecção
{SELECÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO E DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS }
Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos que devem estar assegurados para que possamos ter uma boa instalação. Diariamente, todos estamos sujeitos a agressões externas, muitas delas derivadas da época do ano em que nos encontramos. Possivelmente não nos protegemos o suficiente e o nosso organismo começa a dar sinais de alguma fragilidade. À semelhança do que se passa com o nosso organismo, também os materiais e as estruturas de protecção devem ser as adequadas às influências externas a que podem estar sujeitas. Numa instalação eléctrica deve ter-se em conta a selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas. Nas situações em que o ambiente não é o ideal e que pode introduzir riscos maiores ou menores à segurança das pessoas e ao desempenho dos componentes da instalação, devemos cumprir com os graus de protecção indicados e as influências externas a que a instalação estará sujeita. Nas Regras Técnicas (RTIEBT) cada condição de influência externa é designada por um código constituído sempre por um grupo de duas letras maiúsculas e um algarismo. A primeira letra designa a categoria geral das influências externas, sendo que: A – Ambiente; B – Utilização; C – Construção dos Edifícios. A segunda letra designa a natureza da influência externa e o algarismo caracteriza a classe de cada uma das influências.
Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos... Os Índices de protecção são especificados no RTIEBT na Secção 321 – Codificação das Influências Externas e Secção 512 – Selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas – ver Tabela 1.
contra a penetração de corpos sólidos e líquidos. É caracterizado por dois algarismos relativos às influências externas onde o equipamento será instalado. O código IK é caracterizado por um grupo de algarismos (00 a 10) e corresponde à protecção contra impactos mecânicos.
A Norma Europeia EN 60529 – “Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)” define os graus de protecção para os invólucros e a Norma EN 50102 – “Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipament against external mechanical impacts (IK Code)” define os graus de protecção contra impactos mecânicos para invólucros. Ambas as normas estão directamente relacionadas com as Regras Técnicas. Assim facilmente consegue-se saber qual o grau de protecção indicado para uma determinada instalação. Os códigos de protecção IP e IK indicam o grau de protecção dos invólucros para equipamento eléctrico, e ambos são seguidos de dois algarismos que de acordo com as normas mencionadas têm significados distintos. O código IP indica o grau de protecção
Os fabricantes de invólucros e equipamentos eléctricos são responsáveis por colocar no mercado produtos que cumpram com as normas em vigor. A verificação dos graus de protecção, contra corpos sólidos e líquidos, e impactos mecânicos deve ser realizada aos
o electricista
ARTIGO TÉCNICO
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CÓDIGO
CLASSIFICAÇÃO
CONDIÇÃO A OBSERVAR
CARACTERÍSTICAS PRESENÇA DE ÁGUA
AD1
Desprezável
Locais em que a presença da água é desprezável.
IPX0
AD2
Gotas de água
Locais que podem estar submetidos á queda de gotas de água na vertical.
IPX1
AD3
Chuva
Locais que podem estar submetidos à água caindo sob a forma de chuva numa direcção que faça um ângulo com a vertical não superior a 60°
IPX3
AD4
Projecção de água
Locais que podem estar submetidos a projecção de água em todas as direcções.
IPX4
AD5
Jactos de água
Locais que podem estar submetidos a jactos de água sob pressão em todas as direcções
IPX5
AD6
Jactos de água fortes ou massas de água
Locais que podem estar submetidos a vagas (de água)
IPX6
AD7
Imersão temporária
Locais que podem ser parcialmente ou totalmente cobertos de água.
IPX7
AD8
Imersão prolongada
Locais que podem ser totalmente cobertos de água de forma permanente.
IPX8
PRESENÇA DE CORPOS SÓLIDOS ESTRANHOS AE1
Desprezável
Ausência de quantidades apreciáveis de poeiras ou de corpos sólidos estranhos.
IP0X
AE2
Objectos pequenos
Presença de corpos sólidos estranhos cuja menor dimensão seja não inferior a 2,5 mm.
IP3X
AE3
Objectos muito pequenos
Presença de corpos sólidos estranhos cuja menor dimensão seja não inferior a 1 mm.
IP4X
AE4
Poeiras ligeiras
Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 10 < q < 35 mg/m2
AE5
Poeiras médias
AE6
Poeiras abundantes
Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 35 < q < 350 mg/m
2
Presença de depósitos de poeiras em quantidades diárias (q): 350 < q < 1000 mg/m2
não indicado IP5X
não indicado
ACÇÕES MECÂNICAS – PROTECÇÃO CONTRA IMPACTOS AG1
Fracos
Locais de habitação e análogos
IK02
AG2
Médios
Estabelecimentos industriais correntes
IK07
AG3
Fortes
Estabelecimentos Industriais submetidos a condições severas
IK08
Tabela 1 (Fonte: Portaria 949-A/2006 de 11 de Setembro (RTIEBT))
produtos, como ensaio de tipo, antecedendo a colocação no mercado.
os parâmetros de qualidade exigidos pelas normas aplicadas.
Os invólucros e equipamentos eléctricos abrangidos devem identificar claramente qual o grau de protecção (IP e IK), marcado directamente no produto ou na chapa de características e na documentação técnica que acompanha o produto.
Ao longo das Regras Técnicas (RTIEBT) está bem patente a preocupação relativa aos diferentes graus de protecção a aplicar aos equipamentos constituintes da instalação eléctrica. Em situações em que essa informação é omissa podemos fazer o paralelismo entre as diferentes influências externas a que o equipamento pode estar sujeito e os graus de protecção mínimos que devem ser garantidos.
Nos invólucros o grau de protecção contra a presença de água e corpos sólidos estranhos é garantido pelo perfil de vedação no aro e na porta. A aplicação deste produto é realizada por um autómato, através de uma utilização regular e com as características que conferem ao produto
Podemos fazer uma analogia entre os graus de protecção e as características das influências externas numa situação concreta contemplada no RTIEBT;
“O quadro de colunas deve ser instalado no interior do edifício”, significa que, relativamente à codificação das influências externas os códigos a considerar são; AE3 – Protecção contra a presença de objectos pequenos, AD2 – Protecção contra gotas de água e AG2 – Protecção impactos mecânicos médios. O que significa que o invólucro do quadro de colunas deve ter como requisitos mínimos os graus de protecção IP41 e IK07. A caracterização das influências externas e a sua codificação são parte integrante do projecto, e execução da instalação eléctrica, de forma a garantir a protecção contra contactos indirectos e a fiabilidade da instalação.
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o electricista Luís Peixoto Televes
não sejas apanhado pelo touro!
Sou do tempo em que a RTP sempre que abria um novo emissor regional, anunciava o facto publicitando-o em horário nobre, normalmente imediatamente a seguir ao telejornal. Nessas alturas apesar dos meios técnicos serem comparativamente mais limitados dos que os actuais, e sobretudo, da capacidade de produção de conteúdos ser mais lenta, a RTP não se furtava a informar os telespectadores de que um novo emissor havia entrado em serviço: “Informamos que entrou em serviço o retransmissor de RTP1 e RTP2 de Leiria. Este emissor nos canais 33 e 36 irá servir as localidades de Leiria, Marinha Grande e Fátima. Os telespectadores desta zona deverão reorientar as antenas de UHF para uma melhor recepção do sinal de televisão”. A RTP fomentava e divulgava a recepção da televisão analógica em todo o território nacional. A televisão chegava via hertziana aos locais mais remotos levando informação, cultura e divertimento. O hábito da televisão implantou-se na população, e ver televisão passou a fazer parte do dia-a-dia do português.
O processo de implantação de TDT, Televisão Digital Terrestre, não merece o mesmo destaque junto da população. A entidade responsável pela respectiva divulgação desta nova tecnologia nem de perto nem de longe, atingiu a população com o mesmo vigor e eficácia revelados pela RTP na altura do lançamento das emissões analógicas. A Portugal Telecom, entidade responsável por esta
divulgação e implantação da TDT em Portugal, exceptuando a criação de um Fórum na Internet, patrocinado pelo MEO, nada mais fez com visibilidade junto da população em geral, afim de promover a divulgação da TDT. A PT esqueceu-se mais uma vez da população do interior e sobretudo dos mais idosos. Esta franja da população – franja para os que estão em Lisboa sentados nos gabinetes – não sabe o que se passa no panorama das emissões terrestres de televisão, a in-
formação deste importante acontecimento não é convenientemente canalizada aos mais interessados. É pertinente questionar se interessará à PT que esta informação passe, sobretudo porque este operador tem interesses económicos mais elevados no cobre, na fibra e no satélite, todos eles associados à marca MEO. Interesses que são antagónicos ao desenvolvimento e divulgação da TDT. Mais interessante será para a PT ter os portugueses agarrados à Fibra, ao Cobre ou ao Receptor de Satélite, pois sempre cobrará milhares de euros em assinaturas e em mensalidades nos receptores. Ao contrário, se os portugueses tiverem conveniente acesso ao sinal TDT, seja livre ou de assinatura, a PT deixa de ter os portugueses na mão. Em toda a Europa comunitária existe TDT livre e de assinatura e no caso da TDT por assinatura o consumidor, dentro da normal lógica da concorrência, selecciona o operador que lhe interessa e deslocando-se à grande superfície mais próxima adquire o modulo de acesso condicional correspondente que depois de introduzido no ecrã plano lhe garante o visionamento das emissões terrestres pagas.
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ARTIGO TÉCNICO 108
Na nossa vizinha Espanha, país que muitos gostam de utilizar como exemplo de comparação quando lhes interessa, a TDT Livre quando arrancou disponibilizou mais 20 canais em tecnologia Digital em contraponto aos apenas 8 existentes em analógico até então. Desta forma a dinamização e o alerta à população para a nova tecnologia em Televisão foi eficaz. Havia motivos mais que suficientes para que o consumidor resolvesse iniciar o processo de adaptação à TDT. Como se não bastasse o governo espanhol lançou uma campanha nacional nas Televisões e nas ruas: Que no te pille el toro!
periormente incomparáveis com o analógico assim como a facilidades de gravação e gestão de conteúdos, utilizando-se receptores TDT livres.
Agora parece estarmos a voltar aos tempos idos. A PT não colocou como deveria a emissão HD livre no ar. A PT deseja desistir da obrigação que tem em colocar a TDT por assinatura no ar.
A TDT revela-se essencial para a população residente no Interior do país e sobretudo para a mais idosa cuja maioria tem a televisão como companhia diária.
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A TDT possibilita ao consumidor final aceder não só a qualidades de som e imagem su-
taxa da Televisão. Esta taxa chegou a estar associada ao total de equipamentos de TV que existia nas casas. No entanto a mesma foi abolida e mais tarde aparece a Taxa do Audiovisual integrada no consumo da energia eléctrica criada para financiar as emissões públicas da RDP e RTP2.
Em tempos idos, que ainda estão na nossa memória colectiva, nada mais era exigido aos nossos pais que não fosse pagarem a
Sendo a PT a entidade responsável pela divulgação da TDT Livre e por Assinatura, com o curioso patrocínio do MEO (!), leva-nos a tomar a precauções devidas para que não sejamos todos apanhados pelo Touro, e que como se diz em bom português, não tenhamos todos que pagar a vacas ao dono no final de cada mês.
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novas prescrições técnicas ITUR e ITED Nuno A. Couto dos Santos os novos armários ITED António Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto os novos armários ITUR António Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto ITUR Modesto de Morais, Instituto Electrotécnico Português nova formação ITED e ITUR Paulo Peixoto, ATEC Academia de Formação
dossier ITED E ITUR
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o electricista Nuno A. Couto dos Santos Eng.ª Telecomunicações Responsável Técnico ITED/ITUR
novas prescrições técnicas ITUR e ITED {quais as principais alterações introduzidas?}
No dia 1 de Janeiro de 2010, entraram em vigor as novas prescrições técnicas que regulam, a nível nacional, o sector das infraestruturas de telecomunicações, dentro e fora dos edifícios. Suportadas legalmente pelo decreto-lei N.º 123/2009 com a redacção que lhe foi conferido pelo 258/2009, estas prescrições respondem a um conjunto de necessidades existentes quer no âmbito da regulamentação técnica das infra-estruturas de acesso até à casa dos utilizadores, quer na definição de novas arquitecturas de distribuição dos serviços dentro das próprias edificações. A primeira edição do manual ITUR – Infra-estruturas de telecomunicações em urbanizações, loteamentos e conjuntos de edifícios, aprovada em Novembro de 2009 pelo ICP - ANACOM, define em termos de projecto e instalação os conceitos essenciais para a criação deste tipo de infra-estruturas. Estas infra-estruturas de acesso, à data da publicação desta peça técnica, já eram executadas, mas não existia qualquer norma ou regulamento que definisse quais os preceitos a seguir de forma a constituir uma infra-estrutura que salvaguardasse
as necessidades quer dos operadores, quer dos clientes finais. Esta regra técnica surge como um suporte técnico à garantia da construção de infra-estruturas de telecomunicações que permitam um aceso livre e não discriminatório aos diversos operadores, estimulando a concorrência e permitindo aos operadores oferecer aos seus clientes melhores serviços e a um preço mais reduzido. Uma das principais novidades deste regulamento é a definição de dois tipos de ITUR, as ITUR privadas – que são constituídas por uma rede de tubagem e cablagem e são pertença de uma entidade privada (por exemplo, um condomínio) e as ITUR públicas – que sendo constituídas apenas pela rede de tubagem, após a sua conclusão, são entregues ao domínio municipal para sua gestão e manutenção. Será nestas infraestruturas que os diversos operadores terão de fazer passar as suas redes de cablagem até chegar aos seus clientes. O manual ITUR juntamente com o DL N.º 123/2009 delegam no projectista e instalador toda a responsabilidade, quer da execução da obra como a aferição de conformidade. Assim, após a elaboração do projecto ITUR, o projectista terá como responsabilidade emitir um termo
de responsabilidade pelo projecto, que deverá ser parte integrante do projecto e uma cópia do mesmo deverá ser enviada para o ICP - ANACOM. Quanto ao instalador, depois de realizar os ensaios previstos nos procedimentos de avaliação de ITUR definidos pelo ICP - ANACOM, deverá emitir um termo de responsabilidade pela instalação, que atesta que a mesma se encontra em conformidade, quer com o projecto, quer com as regras técnicas aplicáveis. Só após a emissão deste termo de responsabilidade é que a obra se considera concluída, e aí os operadores de comunicações electrónicas poderão passar a usá-las. Também este termo de responsabilidade deverá ser enviado para o ICP ANACOM num período máximo de 10 dias. As ITED baseadas no Manual ITED 2ª Edição, sofreram um acréscimo significativo nos requisitos mínimos a salvaguardar em termos de cablagem. Exemplo disso é a utilização obrigatória de cabos de categoria 6, de cabos coaxiais com frequências de trabalho até aos 2,4 GHz e a instalação de fibras ópticas monomodo. Reflexo destas alterações surge também a necessidade de adaptar os elementos de distribuição das várias tecno-
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ited e itur 112
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logias (pares de cobre, cabos coaxiais e fibras ópticas) de forma a garantir as classes de ligação prescritas. A imposição técnica mais marcante destas novas regras é sem dúvida a obrigatoriedade de instalação de duas tomadas de fibras ópticas numa zona de acesso privilegiado – ZAP, em todas as fracções cuja utilização seja residencial. Esta obrigação está directamente relacionada com a disseminação dos serviços disponibilizados sobre os cabos de fibras ópticas, e que desta forma poderão ser entregues nas tomadas terminais dos clientes. Outras alterações significativas são também a obrigatoriedade de distribuição das redes de pares de cobre, CATV e fibra óptica em estrela, fazendo assim chegar um cabo directo do repartidor geral até cada uma das fracções. Relativamente à tubagem, houve uma diminuição expressiva nos diâmetros mínimos a garantir para a instalação dos cabos, nomeadamente com a possibilidade de
ser instalado um tubo de diâmetro comercial de 20 cm. A coluna montante passou a contar com tubagens específicas para cada uma
das 3 tecnologias e sem a obrigatoriedade de tubos de reserva. Passou a ser obrigatória a instalação de uma caixa de visita multioperador que será a fronteira entre a rede do
operador e a rede privada, obrigação esta não prevista no anterior regulamento. Em termos das dimensões das caixas reservadas para alojar os repartidores gerais, essas sofreram uma ampliação, nomeadamente no que diz respeito à profundidade. Tal como acontece no manual ITUR, também no ITED as responsabilidades do projectista e do instalador são acrescidas, sendo expressas pelos respectivos termos de responsabilidade que após a sua emissão, devem ser enviados para o ICP - ANACOM. A figura de certificação desaparece neste panorama, sendo a conformidade da instalação assegurada pelo instalador no mesmo princípio que se aplica no ITUR. Estes dois manuais complementam-se na sua essência, aumentam a qualidade das infra-estruturas de telecomunicações preparando-as para um vasto número de serviços a disponibilizar pelos operadores.
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o electricista António Gomes, Roque Brandão, Sérgio Ramos Departamento de Engenharia Electrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto
os novos armários ITED
O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomunicações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verificada neste sector em Portugal.
1› INTRODUÇÃO A satisfação das necessidades e a defesa dos interesses dos consumidores de comunicações electrónicas passa por infra-estruturas de telecomunicações modernas, fiáveis e adaptadas aos serviços disponibilizados pelos operadores de telecomunicações. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2008, de 30 de Julho, definiu como prioridade estratégica para o País no sector das comunicações electrónicas a promoção do investimento em redes de nova geração. O Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio e, posteriormente o Decreto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro de 2009, veio dar execução à definição do enquadramento aplicável ao desenvolvimento e investimento por parte de investidores ou operadores de comunicações electrónicas em redes de nova geração, mas também para o funcionamento de um mercado que se quer concorrencial. A 2.ª edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED) veio dar suporte técnico legal aos cumprimentos dos objectivos anteriormente mencionados, sendo significativamente inovador tanto em conceitos de infra-estrutura como em materiais, equipamentos e respectivas especificações, quando comparado com a 1.ª Edição. Nesta nova edição do Manual verifica-se a clara e presente preocupação de dotar os edifícios de infra-estruturas de telecomunicações capazes de suportar os novos serviços disponibilizados pelos operadores de telecomunicações (Redes de Nova Geração), bem como a adopção e cumprimentos das Novas Normas Europeias. Assim, assiste-se a um incremento das soluções a adoptar nas instalações, relativamente a três tecnologias obrigatórias:
Par de Cobre São admitidos apenas cabos de categoria 6 ou 7; Cabo Coaxial São admitidos cabos da categoria TCD-C-H, frequência máxima de 3000 MHz; › Fibra Óptica São admitidos cabos de fibra óptica do tipo monomodo. › ›
Assim, os armários ITED: Armário de Telecomunicações Individual (ATI), Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) e a Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU) terão de ser projectados e concebidos de forma a suportar todos os equipamentos adaptados e necessários às três diferentes tecnologias, e que assegurem concomitantemente os requisitos funcionais de cada uma delas. O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomunicações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verificada neste sector em Portugal.
2› ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES INDIVIDUAL – ATI Nas redes individuais de cabos é obrigatória a instalação de cabos de par de cobre, cabo coaxial e fibra óptica (no caso de fracções residenciais). O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) que faz fronteira entre a rede colectiva e a rede individual é constituído por três Repartidores de Cliente, designadamente: › Repartidor de Cliente Par de Cobre – RC-PC; › Repartidor de Cliente Cabo Coaxial – RC-CC; › Repartidor de Cliente Fibra Óptica – RC-FO.
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Assim, o ATI deverá ser constituído por estes três repartidores de cliente adaptados a cada tecnologia e a cada categoria de desempenho, e deverá ter espaço suficiente para poder albergar no seu interior equipamento activo inerente a essas mesmas tecnologias.
pamento poderá fazer parte integrante do corpo do ATI ou poderá ser independente. No caso de ser independente poder-se-á prever a existência de uma caixa de apoio ao ATI (CATI), cujas dimensões deverá ser igual à caixa do ATI. Existirá, pois, uma interligação entre caixas de forma a poder passar a cablagem necessária.
Conforme a secção 2.5.3.2.3 da 2ª Edição do Manual ITED, “…o ATI poderá ser constituído por uma ou duas caixas e pelos dispositivos (activos e passivos), de interligação entre a rede colectiva e a rede individual de cabos. Preferencialmente, o ATI será constituído por um armário bastidor.” A figura 1 ilustra a coexistência dos três repartidores de cliente existentes no interior do ATI.
Figura 2 . Exemplos de equipamentos activos a colocar no ATI.
A figura 3 ilustra um exemplo de uma Caixa de Apoio ao ATI (CATI).
Figura 1 . Repartidores de cliente existentes no ATI.
A adopção de um ATI do tipo bastidor poderá apresentar algumas vantagens práticas, nomeadamente no que se refere à facilidade de instalação e operação. No entanto, e independentemente da solução a adoptar, é necessário dotar os ATI de condições físicas que permitam a colocação de equipamentos que possibilitem a codificação/ descodificação e gestão de sinalização de suporte a serviços, distribuindo-os por diferentes áreas. Coexistirão, assim, de forma associada equipamentos activos, tais como: Figura 3 . Exemplo de uma possível solução ATI [Cortesia Quitérios].
› Tecnologia par de cobre Modem DSL, Router, HUB/switch;
› Tecnologia cabo coaxial
A figura 4 ilustra um exemplo de uma solução de um Armário de Telecomunicações Individual.
Modem cabo, Router, HUB/switch; › Tecnologia fibra óptica “Optical Network Terminal” (ONT), Router, HUB/switch. A figura 2 ilustra dois diferentes repartidores de cliente existentes nos novos ATI. A 2.ª Edição do Manual ITED determina que independentemente da solução a adoptar para o dimensionamento do ATI este deverá ter espaço suficiente para albergar no seu interior pelo menos dois equipamentos activos, sendo que o espaço para albergar esse equi-
Figura 4 . Exemplo de uma solução ATI [Cortesia Teka].
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A figura 5 ilustra um exemplo de solução de um ATI do tipo bastidor, o qual poderá ser utilizado para o sector residencial, comercial ou serviços.
Conforme especificado na 2ª Edição do Manual ITED, os edifícios com dois ou mais fogos deverão ser dotados de um ATE, cabendo ao projectista a decisão da necessidade da existência de dois ATE, um inferior e um superior face às necessidades de acesso aos serviços públicos de comunicações electrónicas bem como à tipologia do edifício. Genericamente, o ATE inferior deverá alojar os diversos repartidores gerais: › Repartidor Geral Par de Cobre – RG-PC; › Repartidor Geral Cabo Coaxial – RG-CC (de CATV); › Repartidor Geral Fibra Óptica – RG-FO. Sempre que houver ATE superior, este deverá albergar o Repartidor Geral Cabo Coaxial – RG-CC (de MATV/SMATV);
Figura 5 . Solução ATI – Bastidor de parede.
As caixas do ATI deverão, ainda, satisfazer os seguintes requisitos técnicos mínimos: › Essencialmente não metálicas (exemplo: plástico). Poderão no entanto conter partes metálicas, como por exemplo reforços de estrutura ou painéis para a fixação de tomadas e dispositivos. Todas as partes metálicas, quando existem, deverão ser ligadas ao terminal de terra. As portas poderão abrir da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda em função da melhoria de facilidade da sua montagem, bem como nos ensaios a realizar; › Resistentes à propagação da chama; › Identificadas com a palavra “Telecomunicações”, marcada de forma indelével na face exterior da porta. Existe, assim, uma grande flexibilidade na solução de ATI a adoptar pelos projectistas. Desta forma, potencia-se a adopção, por parte do projectista, da melhor solução para cada instalação, quer em termos técnicos, quer em termos económicos, e que corresponda às expectativas geradas pelo dono de obra, garantindo ainda ao utilizador final a exploração das infra-estruturas de telecomunicações em condições de grande qualidade.
3› ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE EDIFÍCIO – ATE O Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) faz fronteira entre as redes públicas de telecomunicações ou as redes provenientes das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjunto de Edifícios (ITUR) com a rede colectiva. Trata-se de um local, espaço ou armário de concentração, interligação e gestão das diferentes redes de cabos de pares de cobre, coaxiais e de fibra óptica.
O dimensionamento do ATE deverá ter em conta o espaço suficiente para o acesso de, no mínimo de 2 redes de operadores de comunicações electrónicas, por cada uma das três tecnologias. Ao projectista cabe dimensionar e caracterizar o ATE, em conformidade com as especificidades do edifício, podendo considerar as seguintes possibilidades: › Armário bastidor; › Armário único; › Armário compartimentado ou multi-armário. No caso do ATE ser do tipo armário bastidor este deverá ter dimensões apropriadas em função da dimensão, características e objectivos desejados para as instalações. O projectista poderá optar por dimensionar o ATE em forma de armário único ou compartimentado. Conforme especificado na secção 2.5.3.2.1 da 2ª Edição do Manual ITED, para edifícios com mais de 40 fogos o armário único deverá ter como dimensões mínimas 800 x 900 x 200 mm (Altura x Largura x Profundidade). A tabela 1 evidencia as dimensões mínimas que o ATE deverá ter quando do tipo multi-armário ou armário compartimentado.
Número de Fracções (n)
RG-FO (AxLxP)
RG-FO / RG-CC (AxLxP)
n 5
600 x 600 x 200
400 x 600 x 200
6 < n 12
600 x 600 x 200
500 x 600 x 200
13 < n 25
600 x60 0x 200
1050 x 600 x 200
600 x600 x 200
1250 x 600 x 200
26 < n 40
n > 40
O ATE faz parte integrante da rede colectiva de tubagens, tem acesso condicionado e é nele que se alojam os Repartidores Gerais (RG) das três tecnologias previstas.
As dimensões deverão ser definidas em função da dimensão, características e objectivos pretendidos para as instalações, e nunca inferiores para o número de fracções anteriores.
Tabela 1 . Relação entre as dimensões das caixas a utilizar e o número de fogo [Adaptado do Manual ITED 2ª Edição].
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A figura 6 ilustra um exemplo de solução de um ATE (tipicamente ATE – Inferior) constituído por multi-armário ou armário compartimentado, em que há uma separação física entre a tecnologia de fibra óptica e as de par de cobre e cabo coaxial.
› Repartidor Geral de Pares de Cobre; › Repartidor Geral de Cabo Coaxial; › Repartidor Geral de Fibra Óptica. Dada a especificidade da tecnologia de fibra óptica, o ATE poderá ter uma área independente para alojar o repartidor geral associado a essa tecnologia. Conforme ilustrado anteriormente, na figura 6, o ATE poderá ter um RG-FO independente dos RG-PC e RG-CC. No entanto, e caso seja projectado juntar o RG-PC e RG-CC deverá ser claramente indicado em projecto a acomodação dos equipamentos associados a cada um destes repartidores gerais através de um desenho de pormenor específico.
› Repartidor Geral de Pares de Cobre (RG-PC) Figura 6 . Exemplo de uma solução ATE – Multi-armário [Adaptado do Manual ITED 2.ª Edição].
O ATE superior contém RG-CC, para a rede de cablagem de recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva, no caso de edifícios de dois ou mais fogos. No ATE devem ser fixados os diversos repartidores gerais, pelo que o seu fundo deverá ser constituído por material apropriado à fixação desses componentes e que não se degrade ao longo do tempo. Preferencialmente, deverá ser constituído por fundo metálico ou plástico com malha reticulada e perfurada com capacidade de aparafusamento. A figura 7 ilustra possíveis soluções para o fundo de um ATE.
O RG-PC é todo o dispositivo que faz a interligação dos cabos de pares de cobre dos diversos operadores, à rede de cabos de pares de cobre do edifício. Este repartidor geral poderá ser composto por um Primário, onde se vão ligar os cabos de entrada dos vários operadores, cabendo a estes a sua instalação, eventualmente constituído por régua de derivação por cravamento simples com oito condutores utilizáveis, e por um Secundário (previsto pelo projectista ITED), onde se liga a rede do edifício, eventualmente constituído por conectores de oito condutores do tipo RJ45 e/ou réguas de derivação por cravamento que assegurem a Classe E (como mínimo). Sempre que necessário poderão existir cordões de interligação entre o Primário e o Secundário, conectorizados para a classe E. As figuras 9 e 10, adaptadas da 2.ª Edição do Manual ITED ilustram um possível esquema de pormenor de RG-PC. A figura 8 ilustra um bloco Secundário para ligação de pares de cobre de ligação Classe E.
Figura 8 . Exemplo de unidades modulares par de cobre classe E [Cortesia Brand Rex].
› Repartidor Geral de Cabos Coaxiais (RG-CC) Figura 7 . Exemplos de fundos de um ATE [Adaptado do Manual ITED 2ª Edição].
O ATE contém os diversos repartidores gerais adaptados a cada uma das tecnologias obrigatórias:
O RG-CC é todo o dispositivo que faz a interligação dos cabos coaxiais dos diversos operadores, à rede de distribuição em cabo coaxial do edifício. É no RG-CC que se inicia a rede de cabos coaxiais do edifício, num repartidor, numa união para interligação ou num amplificador.
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Figura 9 . Exemplo de esquema de ligação de pares de cobre do primário e secundário do ATE com um andar de bloco de ligação classe E [Adaptado do Manual ITED 2.ª Edição].
Figura 10 . Exemplo de esquema de ligação de pares de cobre do primário e secundário do ATE com dois andares de blocos de ligação classe E [Adaptado do Manual ITED 2.ª Edição].
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A 2.ª Edição do Manual ITED prevê que nos edifícios com 2 ou mais fogos deverá existir dois RG-CC, estando um normalmente localizado no ATE superior com distribuição descendente (associado a MATV ou SMATV), e outro no ATE inferior com distribuição em estrela (associado a CATV). A figura 11 ilustra um possível exemplo de um RG-CC (de CATV) com disponibilidade para 16 saídas e entrada de dois operadores distintos.
Figura 12 . Caixas próprias para o RG-FO [Cortesia Corning].
Figura 11 . Exemplo do RG-CC a colocar no ATE-Inferior [Cortesia Televes].
› Repartidor Geral de Cabos de FO (RG-FO) A 2.ª Edição do Manual ITED prevê a obrigatoriedade de dotar as instalações com fibra óptica.
Figura 13 . Exemplo de caixas tipo para o RG-FO e respectivas interligações [Cor-
Com efeito, para cada fogo dever-se-á prever 2 fibras ópticas, pelo que o RG-FO deve ser projectado (ao nível do secundário) com uma estrutura de acopladores de fibra óptica para ligar cada fracção autónoma.
Determina, ainda, que quer o ATE inferior quer o ATE superior deverão disponibilizar circuitos de energia 230 V AC, 50 Hz, para fazer face às necessidades de alimentação eléctrica, devendo ser disponibilizados um circuito com 4 tomadas com terra, do tipo schuko. Os circuitos de tomadas deverão estar protegidos por um aparelho de corte automático, sensível à corrente diferencial residual, de elevada sensibilidade e imunizado (de forma a evitar disparos intempestivos), localizado no quadro eléctrico de origem do circuito.
A topologia da cablagem em fibra óptica de uma rede colectiva de cabos, e á semelhança da rede colectiva de cabos de par de cobre e coaxial (CATV) deverá ser em estrela, caso seja projectado um cabo “drop”. No entanto o projectista poderá prever a instalação de uma coluna “riser” com ou sem pré-conectorização ou, ainda, um cabo de coluna sem pré-conecterização em que será executada a fusão das fibras a “pigtail” ou a sua ligação mecânica. Por questões expressamente de segurança o acesso ao RG-FO, tanto primário (operadores) como secundário deverá ser condicionado. Dada a especificidade e fragilidade dos componentes associados à tecnologia da fibra óptica, os operadores podem optar por se instalar no RG-FO com uma caixa própria fechada que assegure a sua componente do primário do RG-FO e se interligue aos acopladores de FO do Secundário do RG-FO por cordões de interligação ópticos.
tesia Corning].
Um outro aspecto importante, referenciado na 2ª Edição do Manual ITED, relativo aos aspectos construtivos dos ATE, diz respeito à necessidade de previsão de condições de arrefecimento destes espaços, preferencialmente por convecção, imposta pela existência nestes espaços de equipamentos activos, que libertam calor durante o seu funcionamento.
4› CONCLUSÕES
As figuras 12 e 13 ilustram possíveis soluções a adoptar para a instalação de repartidores gerais de fibra óptica.
Com a elaboração do presente artigo pretendeu-se contribuir, embora de uma forma sucinta, para o enriquecimento do conhecimento e das competências no âmbito dos armários ITED, à luz do novo enquadramento criado pela 2.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios, não dispensado, naturalmente, uma consulta detalhada e rigorosa do documento integral.
A 2.ª Edição do Manual ITED especifica que o ATE deverá conter, obrigatoriamente, um barramento de terras, onde se vão ligar as terras de protecção das infra-estruturas de telecomunicações. Este barramento (barramento geral de terras das ITED - BGT) será por sua vez interligado ao barramento geral de terras do edifício.
Foi, realizada uma abordagem técnica, regulamentar e tecnológica sobre os Armários de Telecomunicações Individual e Armários de Telecomunicações de Edifício, salientados os aspectos principais de projecto determinados pela 2.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED).
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o electricista António Gomes, Roque Brandão, Sérgio Ramos Departamento de Engenharia Electrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto
os novos armários ITUR O presente artigo visa caracterizar os armários de telecomunicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações electrónicas em Portugal.
1› INTRODUÇÃO O Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a redacção conferida pelo Decreto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro, veio definir um conjunto de obrigações ao nível do projecto, com o objectivo de garantir a realização de infra-estruturas de comunicações electrónicas, abertas aos diversos operadores e capazes de assegurar os serviços disponibilizados pelos mesmos. Nesse sentido, o capítulo V do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, estabeleceu o regime de instalação das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios (ITUR) e respectivas ligações às redes públicas de comunicações electrónicas, bem como o regime de avaliação de conformidade de equipamentos, materiais e infra-estruturas. Posteriormente, a primeira edição do Manual ITUR veio determinar as especificações técnicas aplicáveis a este tipo de infra-estruturas, criando uma clara distinção entre:
sos cabos, equipamentos e dispositivos. Nas ITUR privadas, além do referido para as ITUR públicas, é também obrigatório o dimensionamento e a posterior instalação da cablagem par de cobre, cabo coaxial e fibra óptica, bem como das instalações eléctricas de suporte a equipamentos e sistemas de terras.
zações (ATU) é o ponto de interligação das redes públicas de comunicações electrónicas, com as redes de cabos da ITUR privada, sendo, ainda, o ponto de interligação com a rede colectiva dos edifícios no ATE, ou CEMU, no caso de moradias, caso não exista uma rede privada.
O diploma define, claramente, uma fronteira entre as ITUR públicas e as ITUR privadas e, complementarmente, determina, nas ITUR privadas, a existência de um ponto de acesso e derivação para cada rede colectiva dos diversos edifícios, por parte dos diferentes Operadores. Esse ponto, que deverá estar interligado com a rede de tubagens da urbanização, é designado por Armário de Telecomunicações de Urbanizações (ATU) e o seu dimensionamento é da inteira responsabilidade do projectista ITUR.
O ATU deve ser um espaço que possa albergar as três tecnologias de telecomunicações previstas no manual ITUR, nomeadamente a tecnologia de:
O presente artigo visa caracterizar os armários de telecomunicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações electrónicas em Portugal.
Para cada uma das tecnologias deverá existir um Repartidor de Urbanização (RU) individual, constituído por dois primários por tecnologia, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos das ITUR à rede pública de comunicações electrónicas, e por um secundário por tecnologia, onde se inicia a rede de cabos da ITUR.
2› CONSTITUIÇÃO DO ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÕES (ATU)
Conforme designado no Manual ITUR, para cada uma das tecnologias anteriormente referidas existirá um RU que, basicamente terá as seguintes funções:
› Projecto de ITUR pública; › Projecto de ITUR privada. No caso das ITUR públicas, é necessário o dimensionamento da rede de tubagens e câmaras de visita para a instalação dos diver-
› Par de cobre; › Cabo Coaxial; › Fibra óptica.
O Armário de Telecomunicações de Urbani-
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› Repartidor de Urbanização de Par de Cobre (RU-PC) › Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por régua de derivação de cravamento simples; › Secundário, onde termina a rede de cabos da ITUR. Será constituído por réguas de cravamento simples de categoria 3, como mínimo.
Poderá, ainda, existir um segundo RU-CC associado ao sistema de recepção de MATV ou SMATV.
› Repartidor de Urbanização de Sempre que o RU-PC for instalado em bastidores ou mini-bastidores, deve ser apresentado um desenho de pormenor.
› Repartidor de Urbanização de
Fibra Óptica (RU-FO) › Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por um painel de adaptadores do tipo SC/APC;
Como o ATU pode conter equipamentos activos, há a necessidade de existirem circuitos de alimentação eléctrica, nomeadamente 2 circuitos de 230 VAC, com 3 tomadas cada, protegidos por um disjuntor diferencial com um valor de sensibilidade não superior a 300 mA e ligados ao circuito de terra do ATU. O barramento geral de terra do ATU deverá ter capacidade para ligar, pelo menos 10 condutores de terra. Sendo possível verificar-se a dissipação de calor e consequente aquecimento do ATU, devido à existência de equipamentos acti-
PUB
Cabo Coaxial (RU-CC) › Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entida-
› Secundário, onde se inicia a rede de cabos de fibras ópticas da ITUR. A rede deve obedecer à topologia em estrela com recurso, por exemplo, a cabos multi-fibras. As fibras são terminadas em conectores SC/APC ligados em painéis de adaptadores.
de que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por conversor electro-óptico e/ou um amplificador; › Secundário, onde se inicia a rede de cabos coaxiais CATV da ITUR, com topologia a definir pelo projectista.
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vos, é necessário garantir a dissipação do calor nos mesmos, preferencialmente por convecção ou, caso não seja suficiente, através de ventilação forçada, fazendo-se uso dos circuitos de alimentação eléctrica já existentes no ATU. Cabe, assim, ao projectista a tomada de decisão sobre a forma de ventilação, de modo o garantir a correcta exploração do armário.
3› CARACTERIZAÇÃO DO ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÕES (ATU) O tipo e a dimensão do ATU, deverá ser definida pelo projectista, tendo em consideração as dimensões da ITUR.
Figura 1 . Armário de telecomunicações de urbanização [cortesia Vidropol].
Relativamente ao dimensionamento do ATU, o projectista pode considerar como referência a consideração de uma volumetria com 600 x 300 x 2200 mm (largura x profundidade x altura), por operador.
Relativamente ao tipo, os ATU, poderão ser: › Armários Exteriores; › Armários Bastidores; › Salas Técnicas. Em qualquer das situações, por razões de segurança, o acesso ao ATU deve ser condicionado por porta com fechadura normalizada do tipo RITA. Quando o ATU é instalado no exterior, por motivos funcionais e de segurança, este deve garantir índices de protecção adequados às influências externas, nomeadamente a protecção contra a penetração de corpos sólidos menores que 1 mm, a protecção contra a entrada de água projectada, e características mecânicas que permitam a resistência à compressão de 1250 N e 6 J de resistência ao choque. O ATU deverá ser fabricado com material auto-extinguível, resistente aos agentes químicos à corrosão e aos raios ultra-violeta, em conformidade com a norma CEI 604395. A Figura 1 ilustra o aspecto exterior de uma possível solução técnica para um ATU.
Quando o ATU ficar alojado numa sala técnica, esta deverá ter as dimensões mínimas especificadas na Tabela 1, sendo que a altura mínima da referida sala será de 2,7 m.
Tipo de Sala Técnica
Nº de Fracções Autónomas ou Unidades
Dimensões Mínimas [cm]
S0
até 32
200 x 200
S1
de 32 a 64
300 x 200
S2
de 65 a 100
300 x 300
S3
mais de 100
600 x 300
Tabela 1 . Dimensões das Salas Técnicas [Adaptado Manual ITUR].
As salas técnicas que servirão de espaço de telecomunicações com capacidade para alojamento de equipamentos e dispositivos de interligação de cabos deverão também albergar os repartidores das diferentes tecnologias de telecomunicações. Não existe, pois, uma única solução física para definir o ponto de interligação que delimita a fronteira entre uma rede pública e privada. A caracterização do ATU e as suas respectivas valências serão da competência exclusiva do projectista, o qual deverá estar perfeitamente identificado com as necessidades das comunicações electrónicas exigidas para o loteamento em questão, bem como pelo estrito cumprimento do estabelecido no Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações.
4› CONCLUSÕES Com a elaboração do presente artigo visou-se contribuir, embora de uma forma muito sucinta, para o enriquecimento do conhecimento e das competências no âmbito do projecto, em geral, de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações e, em particular do Armário de Telecomunicações de Urbanização, à luz do novo enquadramento criado pela 1.ª Edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações, não dispensado, naturalmente, uma consulta detalhada e rigorosa do documento integral.
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o electricista Modesto de Morais Coordenador da área de Redes de Nova Geração Instituto Electrotécnico Português
ITUR
{Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios}
O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para albergar redes de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbanizações) e privados (conjunto de edifícios - condomínios). O Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a rectificação n.º 43/2009, de 22 de Junho, e com a alteração ao Decreto-Lei n.º 258/2009, de 25 de Setembro, determina a revogação do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril. Este novo enquadramento legal, entre diversas novidades no que concerne às infra-estruturas aptas a albergar redes de comunicações electrónicas, impõe a substituição das anteriores regras técnicas para as Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – Manual ITED (que vigoravam desde Julho de 2004) por um novo conjunto de regras técnicas ITED (que vigoram desde Janeiro de 2009). Estas novas regras técnicas introduzem algumas simplificações, mas ao mesmo tempo impõem saltos tecnológicos, pois a instalação das redes de acesso em fibra óptica até à casa do assinante (FTTH) passou a ser obrigatória em todos imóveis novos ou reconstruídos. Para os imóveis já em utilização foram também estabelecidos requisitos técnicos e legais que enquadram a forma como os diferentes operadores de telecomunicações devem aceder a esses edifícios, favorecendo a partilha de infra-estruturas colectivas entre si.
Com a liberalização progressiva das telecomunicações e com a publicação da primeira versão da regulamentação ITED, em 2004, estabeleceu-se um vazio sobre a quem caberia a gestão das infra-estruturas de telecomunicações que têm vindo a ser criadas em domínio público. Neste contexto, o Decreto-Lei n.º 123/2009 (a partir do seu artigo 27.º) estabelece também um contexto legal, que permite a criação de regras técnicas para a construção e gestão de Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de edifícios – Manual ITUR.
O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para albergar redes de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbanizações) e privados (conjunto de edifícios condomínios). As ITUR privadas deverão conter, desde a sua construção, para além das condutas, caixas de acesso e armários, três tecnologias de comunicações: pares de cobre, cabo coaxial e fibra óptica. Estas redes ITUR garantem a interligação entre as redes dos diferentes operadores de telecomunicações (em condições concorrenciais) e as redes de telecomunicações existentes nos diferentes edifícios (ITED) servidos directamente por essas redes ITUR. A gestão das ITUR privadas é da responsabilidade dos condomínios respectivos. As ITUR públicas são constituídas unicamente por tubagens, caixas de acesso e armários. Estas infra-estruturas serão entregues à gestão dos municípios, à imagem do que acontece com as restantes infra-estruturas desenvolvidas em espaços públicos. Nas ITUR públicas são os diferentes operadores
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que incorporam as cablagens, bem como os restantes equipamentos indispensáveis ao seu bom funcionamento. A garantia de acesso em igualdade de circunstâncias aos diferentes operadores de telecomunicações é da responsabilidade dos municípios, que constituem as entidades gestoras dessas infra-estruturas. Os projectistas e instaladores envolvidos no desenvolvimento das ITUR (à semelhança do que acontece com as ITED) devem ser detentores das qualificações conformes com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 123/2009. Cada uma das entidades envolvidas no desenvolvimento de uma determinada infra-estrutura, na conclusão da mesma deverá entregar na Anacom os respectivos termos de responsabilidade (em modelo normalizado). AF REN (Converted)-5 9/4/07 6:42 PM Page 1 TodasINSTas1-2P infra-estruturas ITUR, quando
concluídas, devem ser georreferenciadas para (à imagem do que é determinado no Decreto-Lei n.º 123/2009 para outras infraestruturas passíveis de comportar redes de comunicações electrónicas), que essa informação seja incorporada no SIC – Sistema de Informação Centralizado. Este sistema poderá ser acedido por todas as entidades que pretendam utilizar essas mesmas infraestruturas para albergar as suas redes de comunicações electrónicas. Este novo enquadramento legal para as infra-estruturas de telecomunicações em espaços públicos e privados (exceptuando as redes privativas) representa uma verdadeira revolução quanto às tecnologias, acessos e gestão, não se podendo deixar de referir que existirão seguramente novas oportunidades de negócio para todas as entidades envolvidas. Neste contexto, salientamos em particular o papel dos municípios, que
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C
Composite
M
Y
CM
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CY CMY
agora fica claro quanto à sua responsabilidade na propriedade e na gestão das ITUR públicas. K
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Paulo Peixoto (Eng.º) ATEC Academia de Formação
nova formação ITED e ITUR Em 21 de Maio de 2009, as telecomunicações em edifícios sofreram uma alteração relevante decorrente da entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009, alteração essa que se manifesta tanto a nível conceptual do próprio projecto e instalação, bem como ao nível da formação dos técnicos. Com a entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009 de 21 de Maio, a área das telecomunicações sofreu profundas alterações. Estas mudanças reflectiram-se não só ao nível conceptual da própria instalação com alterações na estrutura geral do sistema de telecomunicações no edifício, nível de qualidade de sinal, novas tecnologias de transmissão e a criação do ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamento, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios), mas também ao nível da formação dos próprios técnicos que operam as redes ITED. Neste capítulo, toda a formação anteriormente vigente sofreu modificações de forma a qualificar os Técnicos de maneira apropriada para uma nova realidade, tendo como objectivo primordial a qualidade final do projecto e instalação.
Com o decreto-lei N.º 59/2000 e com a 1.ª edição do manual ITED a formação estava organizada da seguinte forma: › CURSO DE INSTALAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ITED Com a duração de 90 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 100 horas, com a organização das unidades em 4 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):
c 1471 1472 1473 1474
Designação da UFCD Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - interpretação de projectos Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de tubagens Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de cabos Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - orçamentação
Carga Horária 25 25 25 25
› CURSO DE PROJECTO ITED Com a duração de 70 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 75 horas, com a organização das unidades em 2 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):
c
Designação da UFCD
Carga Horária
1475
Elaboração de projecto de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios
50
1476
Competências informáticas de base
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Segundo o Artigo n.º 9 deste Decreto-Lei, estabelecia-se a qualificação do Projectista. Assim, em análise: 1. Podem ser inscritos como projectistas os técnicos que, de acordo com a Classificação Nacional das Profissões emanada do Instituto do Emprego e Formação Profissional e demais classificações constantes na legislação aplicável, se enquadrem nas áreas sócio-profissionais que permitem o exercício da actividade, nomeadamente: a) Engenheiros electrotécnicos, com o grau mínimo de bacharel, do ramo de telecomunicações ou do ramo de automação, controlo e instrumentação; b) Técnicos de telecomunicações; c) Técnicos de electrónica industrial; d) Electricistas que provem a respectiva qualificação profissional, nos termos das disposições legais aplicáveis. 2. A inscrição dos técnicos referidos na alínea d) do número anterior, só pode ter lugar depois de terem frequentado com aproveitamento os cursos habilitantes promovidos para o efeito pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, pelo ICP ou por entidades por este designadas.
nicações que se encontrem inscritos no ICP-ANACOM como projectistas ITED, na data de entrada em vigor do presente decreto-lei; c) As pessoas colectivas que tenham a colaboração de, pelo menos, um engenheiro ou um engenheiro técnico que cumpra os requisitos referidos na alínea a). Com a entrada em vigor do novo Decreto-Lei, e posteriormente com os novos manuais ITED (2.ª edição) e ITUR (1.ª edição), a formação passou a estruturar-se em Habilitante e de Actualização. Os cursos de formação ministrados pelas entidades formadoras devem respeitar os conteúdos programáticos, e a duração das unidades de formação de curta duração previstas no Catálogo Nacional de Qualificações, nos termos do Artigo 77º, nº 2, do DL 123/2009. A Formação Habilitante destina-se a novos técnicos das áreas ITED e ITUR e apresenta a duração de 100 horas, composta por 4 UFCDs para Instalador ITED. No caso da formação para Instalador ITUR, a formação terá a duração de 50 horas (2 UFCD) ou 150 Horas (6 UFCD) dependendo se o Técnico já frequentou os módulos para Instalador ITED ou não, respectivamente. De seguida apresentam-se os percursos formativos para a qualificação de Instalador ITED e ITUR:
Formação Habilitante
INSTALADOR ITED
De salientar a alteração na qualificação do projectista no Decreto-Lei N.º 123/2009 em vigor. Assim o Artigo 67º, alínea 1 fixa esta qualificação: 1. Podem ser Projectistas ITED: a) Os engenheiros e os engenheiros técnicos, inscritos em associações públicas de natureza profissional que, nos termos da lei que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos, se considerem habilitados para o efeito; b) Os técnicos de áreas de formação de electricidade e energia e de electrónica e automação, os técnicos detentores de certificação de curso técnico -profissional, com módulos ITED, com número de horas e conteúdos idênticos aos previstos para a formação habilitante, e outros técnicos de telecomu-
Formação Habilitante
INSTALADOR ITUR
Designação da acção/acções
Carga Horária Parcial
Instalações – ITED – Generalidades
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Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em Moradia Unifamiliar
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Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações
25
Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de Comunicações
25
Designação da acção/acções
Carga Horária Parcial
Instalações – ITED – Generalidades
25
Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em Moradia Unifamiliar
25
Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações
25
Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de Comunicações
25
Instalações ITUR – Generalidades
25
Instalações ITUR – Aplicações, Execução de uma Instalação ITUR Privada
25
Carga Horária Total
100
Carga Horária Total
150
DOSSIER
o electricista
revista técnico-profissional
129
A Formação de Actualização está destinada a todos os Técnicos inscritos na ICP-ANACOM à data de publicação do Decreto-Lei Nº 123/2009, segundo o artigo 103.º, alínea 1. O prazo de realização da formação de actu-
alização e, ainda remetendo para o artigo anterior, alínea 3, é de 1 ano após a publicação do aviso de aprovação dos manuais ITED e ITUR. A tabela seguinte indica qual ou quais as acções de formação de actualização que cada Técnico deverá realizar, tendo em vista a necessária actualização dos seus conhecimentos.
Carga Horária Parcial
Formação Actualização
Designação da acção/acções
INSTALADOR ITED
Instalações ITED – Generalidades e Aplicações – Actualização para Instalador ITED
50
Instalações ITED – Fibras Ópticas e Aplicações – Actualização para Instalador ITED
25
INSTALADOR ITED
PROJECTISTA ITED
Instalações ITED – Análise de Projectos e Aplicações – Actualização para Instalador
50
Instalações ITED – Antenas e Sistemas de Recepção e Transmissão
25
Instalações ITED – Elaboração de Projecto
50
Instalações – ITED – Generalidades
25
Instalações – ITED – Aplicações – Execução de Instalação em Moradia Unifamiliar
25
Instalações ITED – Fibras Ópticas - Aplicações
25
PROJECTISTA ITED
Carga Horária Total
50
Instaladores ITED que frequentaram com aproveitamento as UFCD definidas para a formação habilitante relativa ao anterior regime.
75
Instaladores ITED que não frequentaram qualquer formação habilitante.
75
Projectistas ITED que frequentaram com aproveitamento as UFCD definidas para a formação habilitante relativa ao anterior regime.
Projectistas ITED que não frequentaram qualquer formação habilitante. Esta formação também permite a inscrição como instalador ITED. 175
Instalações – ITED – Leitura, Interpretação e Execução de Projectos Integrados de Comunicações
25
Instalações ITED – Antenas e Sistemas de Recepção e Transmissão
25
Instalações ITED – Elaboração de Projecto
50
Destinatários
Nesta situação, a entidade formadora deverá ainda avaliar se o técnico tem as competências informáticas de base necessárias para a elaboração de projecto e, caso tal não aconteça, propor a frequência de uma UFCD para o efeito.
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REPORTAGEM
revista técnico-profissional
o electricista
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interplay tour 2010
{a interacção que faz a diferença}
A Siemens organizou o Interplay Tour 2010, entre 22 de Fevereiro e 5 de Março, que percorreu vários locais de Portugal onde comprovou a interacção entre o novo controlador SIMATIC S71200, uma gama completa de painéis SIMATIC HMI Basic, e o sistema de engenharia integrado SIMATIC STEP 7 Basic. Esta é uma solução de automação integrada, destinada especificamente para a classe de controladores compactos. A interacção entre o novo autómato SIMATIC S7-1200 da Siemens, uma nova gama de painéis SIMATIC HMI Basic Line e o sistema de engenharia comum SIMATIC STEP 7 Basic oferece uma solução de automação integrada e destinada à classe de micro-automação compacta. A Siemens demonstrou este facto durante o Interplay Tour 2010, que percorreu o país desde Braga até Faro com uma participação massiva de técnicos. O novo controlador SIMATIC S7-1200 é modular, compacto e versátil e está apto para uma gama variada de aplicações, sendo por isso uma solução de automação abrangente. Para além de apresentar um design flexível e expansível, o SIMATIC S7-1200 é uma interface de comunicação que satisfaz padrões da indústria das comunicações e uma gama variada de funções tecnológicas integradas. O desempenho optimizado dos novos painéis SIMATIC HMI Basic, totalmente compatíveis com o novo controlador SIMATIC S7-1200 tal como o sistema de engenharia SIMATIC STEP 7 Basic para controlador e HMI, garante um desenvolvimento simples, um arranque rápido, uma monitorização precisa e ainda um nível de utilização acessível. É exactamente a interacção entre estes
produtos e as suas características que lhe garantem eficiência para os pequenos sistemas de automação. Tudo isto fornece uma flexibilidade de soluções inteligentes através de um hardware escalonável, uma criação simples de redes através de uma comunicação coordenada e ainda uma engenharia simples e intuitiva para a programação e o comissionamento.
Conceito modular para uma automação compacta O SIMATIC S7-1200 possui uma interface integrada PROFINET, funções tecnológicas e um design escalonável e flexível, o que permite comunicações simples e soluções para tarefas tecnológicas, satisfazendo ainda os
requisitos individuais de automação em várias aplicações. A família de controladores SIMATIC S7-1200 pretende ir ao encontro das necessidades das máquinas do cliente, de uma forma individual. Isto permite uma projecção do sistema do controlador de uma forma escalonável. As futuras expansões do sistema também se tornam mais rápidas e simples, podendo ser ligado um painel de sinal a todas as CPUs, permitindo ao utilizador personalizá-las, acrescentando entradas/saídas digitais ou analógicas ao controlador sem afectar o seu tamanho físico. Podem ser ligados até oito módulos de sinal à CPU para apoio de outras entradas/saídas analógicas ou digitais. A interface PROFINET, integrada no SIMATIC S7-1200, assegura uma comunicação com o sistema de engenharia de programação SIMATIC STEP 7 Basic, com os painéis SIMATIC HMI Basic para visualização, com os controladores adicionais para a comunicação PLC-PLC e com dispositivos de outros fabricantes para integrações avançadas. Este novo controlador possui funções comprovadas pela Siemens: área da contagem e medida, velocidade e posição e controlo de ciclos operacionais, para além da simples funcionalidade de controlo do processo.
o electricista
REPORTAGEM
revista técnico-profissional
132
sendo flutuante entre o programa e os dados do utilizador. Além disso são fornecidos 2 MB de memória de carga integrada e 2 kB de memória de retenção integrada. O cartão de memória SIMATIC é opcional e transfere programas para múltiplas CPUs, podendo armazenar variados ficheiros ou actualizar o firmware do sistema do controlador.
Podem ser adicionados até três módulos de comunicação a qualquer uma das CPUs SIMATIC S7-1200. Os módulos de comunicação RS485 e RS232 permitem comunicações em série ponto-a-ponto, configuradas e programadas com instruções ou através das funções da biblioteca, o protocolo da drive USS e os protocolos Modbus RTU Master e Slave, incluídos no sistema de engenharia STEP 7 SIMATIC Basic. A interface integrada PROFINET é utilizada para a programação e comunicação com o HMI e o PLC-PLC. Além disso, suporta a comunicação com dispositivos de outros fabricantes, utilizando protocolos abertos Ethernet. Esta interface possui uma ficha RJ45 auto-crossover e assegura a transmissão de dados a 10/100 Mbit/s. Para além disso suporta até 16 ligações Ethernet em simultâneo e TCP/IP nativo, ISO em TCP e comunicação S7. O controlador SIMATIC S7-1200 possui até seis contadores de alta velocidade, e tem integradas três entradas a 100 kHz e outras três entradas a 30 kHz para contagem e medição. Para controlar a velocidade e a posição de um motor de passo ou uma unidade com servo-accionamento existem duas saídas de cadeias de impulsos de alta velocidade a 100 kHz. Estas podem ser utilizadas, de forma alternada, como saídas de largura de impulso modulado para controlar a velocidade de um motor, a posição de uma válvula, ou o ciclo de funcionamento de um elemento de aquecimento. Neste controlador são possíveis até 16 ciclos de controlo PID para uma sintonia automática e para aplicações simples de controlo de processos em circuito fechado. É fornecida uma memória de trabalho integrada com até 50 kB,
Todo o equipamento SIMATIC S7-1200 tem engastes integrados que permitem uma montagem numa calha normalizada de 35 mm. Estes engates integrados também podem ser deslocados para uma posição mais afastada, deixando espaços para determinadas situações onde possa ser necessária a montagem de um painel. Este equipamento pode ser montado de forma horizontal ou vertical, garantindo assim mais opções de instalação. Todo o equipamento SIMATIC S71200 está equipado com blocos de terminais amovíveis, o que significa que a cablagem só tem de ser efectuada uma vez.
necessita de uma área de exibição maior. Estes painéis possuem um índice de protecção IP65 e, por isso, são adequados para ambientes industriais mais agressivos.
Cada um dos painéis SIMATIC HMI Basic possui uma interface integrada PROFINET, o que permite uma comunicação com o controlador e transmissão de dados de parametrização e configuração. A interface PROFINET, integrada no controlador SIMATIC S7-1200, torna a interacção entre o controlador e os painéis SIMATIC HMI Basic mais fácil e fiável. O uso de mostradores com capacidades gráficas permite visualizar gráficos vectoriais, representação de gráficos de tendências, textos, bitmaps e campos de entrada/saída. Estão ainda equipados com várias funcionalidades como sistemas de registo de alarmes, gestão de aceitação de instruções, geração de tendências, assim como uma biblioteca com diversos gráficos e objectos no âmbito do sistema de engenharia.
Compatibilidade com os painéis SIMATIC HMI Basic Os painéis SIMATIC HMI Basic foram concebidos para assegurarem uma compatibilidade com o novo controlador SIMATIC S7-1200. Estes painéis da Siemens apresentam-se como uma solução que se adapta às necessidades de visualização. Estes novos painéis SIMATIC HMI Basic possuem um ecrã táctil para uma utilização intuitiva com mostradores de 4”, 6” ou 10” e teclas programáveis com uma resposta táctil. Ainda existe um dispositivo com um ecrã táctil de 15” para aplicações, em que a visualização
Para mais informações
Siemens, S.A. Industry Sector | Industry Automation Tel.: +351 214 178 838 | Fax: +351 214 178 050 www.siemens.pt/eventos
Artigo Técnico-Comercial
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o electricista Luís Cristóvão – InstalControl em parceria com a Weidmüller, S.A.
weidmÜller
{Instalações eléctricas para sistemas de telegestão na área do ambiente}
Os sistemas de telegestão na área do ambiente têm como finalidade concentrar num único ponto as várias instalações dispersas. Essas instalações podem ser em várias vertentes do ambiente tais como saneamento, águas potáveis, resíduos sólidos, qualidade da água dos rios, entre outros. Quadro técnico pela InstalControl
Em cada um dos casos deveram ser levadas em conta as condições ambientais onde os equipamentos irão ser colocados, pois estamos perante condições adversas a todos os equipamentos eléctricos, quer pelos gases libertados nos casos de saneamento, quer pelos níveis de humidade. Assim, é importante que toda a instalação esteja devidamente protegida mecanicamente através de caminhos de cabo em PVC , as abraçadeiras deverão ser de clipe ou aperto mecânico por parafuso de plástico fixas por buchas plásticas e parafusos de aço inox AISI 304 como condição mínima sendo recomendado o AISI 316. Os cabos deverão fazer a entrada e saída das calhas, através de bucins, assim como na ligação a motores e instrumentação. A instrumentação deverá ser aplicada com suportes em aço inox e deverão evitar-se ligações no interior dos poços de bombagem, em câmaras de manobra e em todos os locais onde se possa libertar gás metano ou sulfídrico.
no aquecimento e no arrefecimento, através de resistência de aquecimento e ventilador para arrefecimento. Quando são utilizados variadores de frequência na variação de velocidade dos motores eléctricos das bombas deverá ter-se em conta a separação dos caminhos de cabos, quer da potência quer do comando e especialmente nos cabos de comunicações para os cabos de potência deverão ser utilizados cabos do tipo NYCWY para reduzir o efeito de ruído eléctrico, os condutores de sinais deverão ser flexíveis e providos de malha metálica. Em relação aos cabos de comuni-
Deste modo o quadro eléctrico deverá ficar colocado num compartimento separado, e todas as travessias deverão ficar completamente vulcanizadas em poliuretano expandido para evitar a passagem de gases e humidades. Os armários eléctricos deverão ser preferencialmente em poliester revestido a fibra de vidro e providos de termóstato com controlo
Descarregadores de sobretensão
cação os mesmos deverão ser adequados ao tipo de comunicação a que são destinados. Os sinais de campo como níveis, pressões, caudais do tipo analógicos deverão ser providos de isoladores galvânicos, embora quando as cartas do PLC possam ser protegidas tornar-se-á no futuro mais económico e mais fácil trocar, eventualmente, um isolador galvânico do que uma eventual carta de um PLC. As saídas digitais devem ser protegidas com relés, quer por uma questão de protecção ao PLC como também para facilitar a execução do sistema manual local em que o autómato, mesmo estando fora do serviço
o electricista
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Artigo Técnico-Comercial 134
não priva, na totalidade, o funcionamento da infra-estrutura. Para interligar este ponto à telegestão poderão ser utilizados vários tipos de comunicação, tais como: Fibra Óptica, ADSL, Modem Rádio, Modem GSM/GPRS. Em qualquer dos tipos de comunicação deverão ser respeitadas as boas regras de execução. Conversores de fibra óptica
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Com a oferta actual de comunicações podemos criar algumas redundâncias, para que o sistema de controlo nunca fique fora de serviço. Assim sendo é normal utilizar-se uma linha dedicada, através de fibra óptica em redundância com comunicação através de ADSL, e ainda com um modem GSM/GPRS. Deste modo o sistema funcionará, preferencialmente, através da linha de fibra óptica e caso exista um corte na fibra o sistema ligar-se-á ao sistema GSM/GPRS, e se não obter resposta será ligado pela tradicional linha de ADSL.
Deste modo temos todas as condições reunidas para podermos interagir com esta instalação remotamente, bem como analisar e tratar todos os dados. resta-nos instalar um SCADA no ponto denominado por central de despachos, ponto este onde convergem todas as informações oriundas quer de Estações Elevatórias, de ETAR, de Estações de Tratamento de Água Potável, de Estações de Triagem, de Aterros Sanitários, entre outros locais.
O SCADA permite-nos avaliar a cada momento o estado de cada estação, bem como operar remotamente cada uma das instalações. o tratamento dos valores chegados á telegestão são fundamentais e, com eles poderemos realizar históricos de todos os valores ficando-se desta forma com dados importantes para uma boa gestão de exploração bem como a gestão para uma manutenção preventiva, reduzindo desta forma as intervenções para manutenção curativa.
Para mais informações Weidmüller – Sistemas de Interface Tel.: +351 214 459 191 | Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt | www.weidmuller.pt INSTALCONTROL, LDA. Tel.: +351 244 724 737 | Fax: +351 244 724 738 geral@instalcontrol.pt | www.instalcontrol.pt
Artigo Técnico-Comercial
revista técnico-profissional
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o electricista Bernd Gischel e Manuel Peneda (adaptação) M&M Engenharia Industrial, Lda.
M&M ENGENHARIA
{Dicas para o EPLAN Electric P8}
As macros com valores pré-definidos são um tipo especial de macros do EPLAN Electric P8, e normalmente são macros de janelas equipadas com funcionalidades adicionais para agilizar a elaboração de projectos eléctricos. Adicionalmente às macros básicas com as suas habituais propriedades (características eléctricas, número de peças, entre outros), este tipo de macros permite colocar valores pré-definidos, estes que são activados através da introdução de um elemento controlador denominado Objecto Posicionador. Por exemplo, todos os dispositivos de uma macro de janela podem ser preenchidos por peças Siemens, e um segundo valor pré-definido pode corresponder a peças da marca Moeller. Esse valor pode servir para permutar na mesma macro, através de um clique entre os dados das peças Siemens e Moeller. Uma vez criadas e testadas as propriedades nelas contidas, essas macros aceleram o processo produtivo e são uma fonte livre de erros. As inúmeras possibilidades na criação de macros com valores prédefinidos é praticamente ilimitada.
O objecto mais importante quando falamos de macros com valores pré-definidos é o objecto posicionador definido com a imagem de uma âncora, e que pode ser inserido através do menu Inserir/Objecto posicionador permitindo mais tarde trocar entre os valores prédefinidos. Os valores pré-definidos são uma colecção de variáveis de objectos pré-seleccionados guardados numa macro de janela, e que são geridos num tipo de tabela “indexada ao objecto posicionador”, e
adicionalmente a todas as propriedades dos vários dispositivos preenchidas ou em branco. Contém informação suplementar relativa aos valores das variáveis. As variáveis permitem optar por um valor pré-definido e todas as propriedades dos vários dispositivos podem ser associadas a uma variável qualquer.
Para criar uma macro com valores pré-definidos são necessários apenas alguns passos: criação do circuito parcial com todos os dispositivos desejados e as respectivas funções associadas (número de peça, características técnicas, texto de função, entre outras), inserção do objecto posicionador (âncora) recorrendo ao menu Inserir/ Objecto posicionador. No EPLAN existem várias formas de indexar objectos a objectos posicionadores: todos os objectos são seleccionados e depois agrega-se o objecto posicionador e também é possível inserir objectos previamente assinalados através de uma área de selecção. Depois de escolhido o método o objecto posicionador pode ser aplicado junto da macro, e para isso, deve mover o objecto posicionador para a posição desejada usando o botão esquerdo do
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o electricista
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Artigo Técnico-Comercial 3
rato, posicionando-o com um clique. O EPLAN abre o diálogo Objecto posicionador, e neste campo deve atribuir um nome ao objecto posicionador. Seguidamente pode optar pelo separador Valores para definir as variáveis que podem ser apresentadas mais tarde para selecção, e para isso deve clicar com o botão direito na área em branco e seleccionar a função Nova variável. O EPLAN abre o diálogo Denominar nova variável, e depois de atribuir o nome, clica-se em OK a variável será implementada.
Posteriormente define-se os dados para os vários valores, clica-se novamente com o botão direito optando por Novo conjunto de valores. Será inserida uma nova coluna contígua à Variável onde deve atribuir uma designação a um conjunto de valores. Deve-se proceder de forma semelhante para criar um novo conjunto de valores. Para atribuir as variáveis e seus valores às propriedades dos dispositivos opte pelo separador Atribuição, e na coluna Variável seleccione as propriedades que pretende alterar. O diálogo pode ser fechado e gravado com o botão OK. Este conjunto de macros podem ser utilizadas de várias formas nos projectos, o número de aplicações é praticamente ilimitado e elimina a possibilidade de erros, como atribuir peça com dados incorrectos ou não alterar a secção de um cabo quando modifica a potência de um motor.
Artigo baseado no livro “EPLAN Electric P8 Reference Handbook” da autoria de Bernd Gischel, traduzido e adaptado por Manuel Peneda.
Para mais informações M&M Engenharia Industrial, Lda. Tel.: +351 229 351 336 | Fax: +351 229 351 338 info@mm-engenharia.pt | info@eplan.pt www.mm-engenharia.pt | www.eplan.pt
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o electricista Xavier Gol Técnico-Comercial da General Cable
GENERAL CABLE
{nova gama de cabos Exzhellent Solar para instalações de energia fotovoltaica}
A General Cable contribui para o desenvolvimento das energias renováveis lançando uma nova gama de cabos para instalações de energia solar fotovoltaica. A gama Exzhellent Solar foi concebida para garantir uma máxima eficiência neste tipo de instalações. Os cabos da gama Exzhellent Solar são adequados para uma tensão máxima de 1,8 kV dc, que é o tipo de tensão gerada por estas instalações. Esta gama foi concebida para os circuitos de corrente contínua das instalações que ligam os painéis fotovoltaicos ao conversor, embora também possam ser usados em circuitos de corrente alternada até uma tensão de 0,6/1 kV. A concepção dos cabos Exzhellent Solar assenta em especificações muito exigentes que garantem uma vida útil mínima de 30 anos, mesmo quando usados nas condições ambientais extremas a que as instalações fotovoltaicas são submetidas (fixas ou móveis, aplicadas nas coberturas ou integradas na arquitectura).
Resistência a temperaturas extremas Os materiais de isolação e bainha dos cabos Exzhellent Solar ZZ-F suportam uma temperatura máxima no condutor de 120º C durante 20.000 horas (IEC 60216-1). Esta excelente resistência térmica permite que os materiais funcionem eficazmente, apesar das elevadas temperaturas atingidas pelos painéis solares e ambiente envolvente quando a instalação está a funcionar na totalidade, sem deterioração ou redução do desempenho.
Existem dois modelos básicos: 1. Tipo ZZ-F para instalações móveis, com condutor de Cobre estanhado de classe 5 (-F) e livre de halogéneos, com isolação e bainha reticuladas. O condutor estanhado melhora a resistividade das conexões (a qual devido ao elevado número de ligações influencia bastante o comportamento da instalação).
Máxima: 120 ºC IEC 60216-1 Mínima: -40 ºC IEC 60811-1-4
Os cabos Exzhellent Solar podem resistir a temperaturas mínimas até -40º C sem qualquer impacto nas suas características mecânicas. A sua instalação e desempenho em ambientes gelados estão desta forma garantidas. Esta gama muito larga de temperaturas de operação garante o comportamento óptimo dos cabos, independentemente do local da instalação.
Resistência às condições climatéricas 2. Tipo XZ1FA3Z-K para instalações fixas, com condutor de Cobre de classe 5 (-K), com isolação de polietileno reticulado, bainha interior zero halogéneo poliolefínica, armadura de Alumínio corrugado (FA3) e bainha exterior de poliolefina reticulada (Z).
Os cabos Exzhellent Solar garantem ainda a protecção a outras condições ambientais, para além das temperaturas atmosféricas. As instalações fotovoltaicas são, por definição, realizadas ao ar livre. Desta forma os materiais devem ser resistentes às acções atmosféricas, com ciclos variáveis e, por vezes muito rápidos, durante um longo período de tempo. Assim, estes cabos têm uma bainha altamente resistente ao efeito dos raios ultravioleta (UVA), que são os mais agressivos para os materiais poliméricos. Apesar disso podem ser instalados sem protecção, mesmo em locais de maior altitude, onde as radiações UVA são consideravelmente superiores do que em
o electricista
Artigo Técnico-Comercial
revista técnico-profissional
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Resistência às intempéries
Resistência aos raios ultravioleta (UV) UL 1581
Resistência ao ozono IEC 60811-2-1
Resistência à absorção de água IEC 60811-1-3
centração de cabos em algumas zonas, especialmente nas caixas de junção. Estas acumulações podem causar sobreaquecimento e aumentar o risco de incêndio. Os Exzhellent Solar constituem uma verdadeira gama de cabos de Alta Segurança (AS) que cumprem todas as normas de comportamento melhorado ao fogo. Combinam propriedades como a não propagação da chama (EN 60332-1-2) e a não propagação do incêndio (EN 60332-3-24), e assim minimizam o risco de propagação do fogo de um sítio para outro da instalação e os consequentes custos dos danos causados. Os riscos associados aos efeitos tóxicos da combustão dos materiais dos cabos são igualmente reduzidos. Estes materiais são livres de halogéneos (EN 50267-2-1) têm uma baixa emissão de gases tóxicos e corrosivos (EN 50267-2-2), e caracterizam-se por uma baixa opacidade de fumos emitidos (EN 61034-2).
zonas mais baixas. Os materiais são ainda resistentes aos efeitos do ozono e à absorção de água. Estas características garantem o eficaz funcionamento do cabo, mesmo na presença das mais adversas condições ambientais.
Excelente resistência mecânica As características mecânicas das bainhas dos cabos Exzhellent Solar conferem uma protecção eficiente contra a força exercida quando ocorre a colocação e instalação do cabo, prevenindo contra uma possível deterioração da isolação, a qual poderia contribuir para futuros incidentes. A bainha assegura ainda a funcionalidade da instalação em caso de eventuais incidentes que possam ocorrer durante o período de vida útil, devido à excepcional resistência à abrasão (EN 50305) e ao desgaste (EN 60811).
Não propagação da chama
Isento de Halógeneos
Não propagação do incêndio
Baixa Emissão de Fumos
Baixa emissão de gases tóxicos e corrosivos
Em situações de incêndio estas características de Alta Segurança minimizam os riscos para as pessoas e equipamento: quer os ligados à propagação, quer os efeitos nocivos da combustão dos materiais. O magnífico desempenho dos cabos Exzhellent Solar da General Cable assegura a máxima eficiência neste tipo de instalações fotovoltaicas, assim como garantem um período de vida útil de 30 anos e a integridade do serviço da instalação. Protecção anti-roedores
Elevada protecção mecânica
Os cabos XZ1FA3Z-K Exzhellent Solar para instalações fixas também incorporam armadura de Alumínio corrugado, combinando a alta resistência à acção dos roedores com um cabo mais leve e pequeno. Estes cabos, que ligam as caixas de junção aos conversores tendem a concentrar uma grande parte do escoamento da energia produzida. A sua integridade deve ser assegurada de modo a optimizar o desempenho da instalação, evitando qualquer incidente que inutilize parte da instalação e, consequentemente, tenha custos económicos.
Cabos de elevada segurança A estrutura típica de uma instalação fotovoltaica envolve a con-
O seu lançamento é um outro exemplo do compromisso da General Cable na contínua inovação em cabos de energia e da aposta no respeito ambiental e no incremento das energias renováveis. É igualmente um importante passo na política de responsabilidade social da empresa e na criação de tecnologia que contribua para o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Para mais informações General Cable Celcat Tel.: +351 219 678 500 | Fax: +351 219 271 942 info@generalcable-pt.com | www.generalcable.pt
FORMAÇÃO
o electricista
revista técnico-profissional
139
Hilário Dias Nogueira (Eng.º) com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.
formação
{Artigo técnico formativo Nº. 11} Neste número, apresentamos a resolução do exercício proposto na revista anterior. Apresenta-se também um novo exercício cuja resolução será incluída na revista número 32.
Resolução do Exercício 11 Observação: 1) Conforme foi proposto, e seguindo a legislação em vigor descrita na secção 525 e 803.2.4.2 já indicadas no exercício anterior, apresenta-se a resolução do novo exercício que foi requerido de acordo com o enunciado. Enunciado proposto na revista número 30: Qual a secção e protecção que deve ser escolhida para alimentar a potência de 20,7 kVA em cabo Trifásico XV (XLPE), que será estabelecido em vala de terreno muito seco (Cinzas), com protecção complementar e se destina ao troço de alimentação da instalação eléctrica de utilização de uso individual, com 58 metros de comprimento.
Dados a Utilizar
Potência Total Canalização: cabo XV Situação da canalização Modo de Instalação
Consultando o quadro, encontramos a corrente admissível, IZ = 31 A. (RTIEBT 523) A correspondente secção será, S = 1,5 mm2. 3º Verificação da queda de tensão absoluta e percentual (RTIEBT 525)
Vamos utilizar a fórmula simplificada, para circuitos Monofásicos, (aplicando o disposto no 803.2.4.2). Sabendo que o comprimento do ramal é 58 metros, vamos determinar a queda de tensão, u em volt, e em percentagem (Δu%): u=2x
P = 20,7 kVA, circuito trifásico 58 metros
rxL 0,0225 x 58 x IB = 2 x x 31 = 53,94 V S 1,5 Du% = 100 x
Enterrado em terreno seco-Cinzas
Protegida por conduta circular
1º Determinação da corrente de serviço por fase Utilizando a fórmula: 20700 S(VA) IB = = = 29,87 A 3 x U x cos j 3 x 400 x 1 2º Encontrar o Método de Ref. e determinar a corrente admissível e respectiva secção dos condutores do cabo. Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na parte 5/ Secção 52, Quadro 52H, Ref.ª 61, encontra-se o modo de instalação da canalização escolhida (cabo mono ou multicondutor em condutas enterradas), que é classificado como, Método de Referência D(7) A tabela a consultar para determinação da corrente admissível, da secção do cabo e o correspondente Método será: Quadro Q 52-C30 – canalizações enterradas. A corrente admissível da tabela: IZ ≥ IB : IZ ≥ 29,87 A
u 53,94 = 100 x = 23,45% U0 230
Como a queda de tensão se situa acima de 1,5%, a secção da canalização, para aquele comprimento, é inadequada. Então, analisando a correspondente tabela calculada no exercício da revista anterior, verifica-se: Circuitos Trifásicos - Condutores de cobre – Q.d.t 1,5 % Secção em mm Potência de Cálculo kVA
IB(A)/fase
6
10 16 25 35
50
70
95
120
150
306
383
Comprimento em metros 20,7
30
15
25
40
63
89
127
178
242
que para 20,7 kVA, pressupondo que uma fase possa estar em determinada altura com 30 A (6,9 kVA), a secção deve ser 25 mm², e o comprimento máximo não poderá exceder os 63 metros. Assim, como o comprimento da canalização indicada no exercício é 58 metro, o comprimento está dentro do previsto na secção já indicada - 803.2.4.2 das RTIEBT, e segundo os cálculos apresentados também a queda de tensão é menor do que 1,5%:
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Artigo técnico formativo 3
u=2x
rxL 0,0225 x 58 x IB = 2 x x 31 = 3,23 V S 25 Du% = 100 x
u 3,23 = 100 x = 1,40% U0 230
Nota: se não utilizássemos a fórmula aproximada este valor em %, seria mais baixo (está 20% acima dos valores reais).
A corrente admissível encontrada na tabela é de:
Iz (A)
Secção (mm²)
Factor de correcção (entubado)
Factor de correcção Q52-E6
Iz (A) corrigido
144 A
25
0,80*
0,70*
80,64 A
* - Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias os valores indicados na tabela devem ser afectados do factor de correcção de 0,80. * - Factores de correcção aplicável ao Iz dos cabos enterrados em solos que devido a sua resistividade térmica diferem de 1k.m/W afectam o cabo na sua capacidade de transporte. Calculando a protecção, encontramos o valor da corrente estipulada (calibre) do fusível de In=40 A e que verifica as duas condições das protecções. 1ª condição IB ≤ IN ≤ IZ , --> 29,88 A ≤ 40 A ≤ 80,64 A (RTIEBT 433.2) 2ª condição I2 ≤ 1,45 x IZ --> 64 A ≤ 116,9 A 4º Canalização eléctrica escolhida Cabo XV 4x25 mm2 entubado. Verificamos que para este comprimento de canalização, a queda de tensão é realmente de ter em conta. Quanto à secção de 25 mm², se optássemos por PVC- (VAV)-Tínhamos um Iz=123 A, sendo este valor afectado pelos factores de correcção e reduzido para 68,88 A, mantendo-se a mesma protecção (In=40 A). Fazendo a opção inicial de XLPE – (XV), o valor do Iz = 144 A, que com afectação dos factores de correcção passa para 80,64 A acarreta uma melhoria à capacidade da canalização, podendo apenas trazer um acréscimo de custo no cabo da instalação que pode ser analisado e ponderado. Assim, a optar por um cabo VAV a mais valia poderá ser apenas num mais baixo custo da obra. Exercício nº 12 Enunciado: Qual a secção, protecção e interruptor de corte geral que devem fazer parte da montagem de uma instalação eléctrica que alimenta um edifício com 3 pisos e tem 3 apartamentos T2 a 6,9 kVA monofásicos, 1 apartamento T2 duplex com 10,35 kVA também monofásico e 1 apartamento T4 a 20,7 kVA. O edifício tem 3 metros entre pisos e possui um quadro de serviços comuns com a potência de 10,35 kVA monofásico. Este edifício é alimentado a partir de uma portinhola que dista 2 metros do quadro de colunas.
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o electricista Paulo Monteiro Formador da ATEC - Academia de Formação
ficha técnica n.º 9
{Requisitos Técnicos Gerais, segundo o manual de ITED 2º edição de 24 de Novembro de 2009}
Repartidores Gerais Os repartidores gerais localizam-se regra geral num ATE, que faz parte da rede colectiva de tubagens, com acesso condicionado e apresentando as seguintes tecnologias: › Pares de cobre: RG-PC; › Cabos Coaxiais: RG-CC; › Fibra Óptica: RG-FO.
Sempre que o RG-PC for instalado em bastidores, recomenda-se a disposição destas unidades de acordo com a definição, descrição e desenho apresentado pelo projectista. Pelo que se apresenta um exemplo de ligação de um RG-PC em categoria 6.
Exemplo da localização dos repartidores num ATE:
Cor Azul, para cabos Fibra Óptica; Cor laranja, para cabos coaxiais; Cor verde, para pares de cobre; Cor cinzenta, para passagem comum das 3 tecnologias.
O fornecimento de material e a instalação de órgãos de protecção para o primário do RG-PC é da responsabilidade dos operadores públicos. A colocação destes órgãos deve ser feita em unidades modulares, e no caso de se aplicar descarregadores de sobretensão, estes devem ser ligados directamente ao terminal principal e terra do edifício por meio de um condutor que não seja identificado pela cor verde - amarela.
Repartidor Geral de Pares de Cobre (RG-PC) RG-PC é constituído por dois painéis de interligação (primário e secundário), bem como os cordões de interligação, que ligam o primário ao secundário na categoria adequada.
Repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC) RG-CC é constituído por dois painéis de interligação (primário e secundário), bem como os cordões de interligação que garantam a ligação do primário ao secundário.
A partir do secundário da RG-PC até ao RC-PC, dever-se-á utilizar uma distribuição em estrela, com o recurso a cabos de quarto pares de cobre, categoria 6 no mínimo.
Nos edifícios com 2 ou mais fracções autónomas deverão existir dois RG-CC, estando um normalmente localizado no ATE superior, com distribuição descendente (associado a MATV ou SMATV), e outro no ATE inferior, com distribuição em estrela (associado a CATV), com término no RC-CC.
Para comprimentos de cabos de PC superiores a 100 metros, deve-se criar pontos de distribuição intermédios, garantindo assim a categoria 6 entre os pontos de distribuição.
A rede CATV é obrigatória, e será sempre feita em estrela desde o
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secundário do RG-CC até ao primário do RC-CC. Serão calculadas, por fogo, as atenuações dos cabos e dispositivos entre o secundário de RG-CC e a tomada mais desfavorável. Os cálculos efectuados, para as frequências de 60, 90 e 750 MHz, devem ser indicados no projecto. Na figura seguinte apresenta-se uma possível constituição de um RG-CC.
A instalação do primário cuja responsabilidade é dos operadores públicos e a respectiva ligação ao secundário deverá ter em conta os seguintes aspectos: › A ligação entre o primário e o secundário deve de ser feita com patch-cords de comprimento mínimo de 1 m; › Obrigatoriedade de terminar as fibras em conectores, tendo em conta os eventuais problemas de segurança relacionados com fibras iluminadas. A seguir apresenta-se um exemplo de um RG-FO.
A rede MATV é obrigatória a partir de 2 ou mais fogos. No caso da Zona Digital-I, a não existência de antenas exteriores, fará parte do projecto uma garantia, com toda a informação recolhida pelo projectista, em que o edifício se encontra na referida zona de cobertura. O sistema de MATV inclui as antenas, dispositivos associados e elementos de protecção contra descargas de sobretensão. O sistema de ligação à terra é da responsabilidade do instalador da rede eléctrica do edifício.
Repartidor Geral de Cabo Fibra - Óptica (RG-FO) A ligação da fibra óptica no secundário do RG-FO, deve ser feita através de um painel de acopladores SC/APC a cada fracção residencial, no mínimo duas fibras.
ACRÓNIMOS NESTE ARTIGO ITED › Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios ATE › Armário de Telecomunicações de Edifício
A distribuição da rede colectiva de fibra óptica procede-se da seguinte forma:
ATE/Inf › Armário de Telecomunicações de Edifício inferior ATE/Sup › Armário de Telecomunicações de Edifício Superior PC › Pares de Cobre
› Cabo individual de cliente (“drop”) com ligação directa, ponto a ponto, do secundário do RG-FO ao primário do RC-FO de cada fracção; › Cabo de coluna com pré-conectorização, apenas na terminação que vai ligar ao RG-FO; › Cabo de coluna sem pré-conectorização, que obriga à fusão das fibras a “pigtails”, ou à sua ligação mecânica; › Excepcionalmente poderá considerar-se a existência de cabo “riser”, desde que exista um número elevado de fracções autónomas e desde que devidamente justificado pelo projectista.
CC › Cabo Coaxial FO › Fibra Óptica RC-PC › Repartidor de Cliente de Pares de Cobre RC-CC › Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial RC-FO › Repartidor de Cliente de Fibra Óptica RG-PC › Repartidor Geral de Pares de Cobre RG-CC › Repartidor Geral de Cabo Coaxial RG-FO › Repartidor Geral de Fibra Óptica BIBLIOGRAFIA › Manual ITED - ( Prescrições e Especificações Técnicas ) - 2.ª edição, 24 de Julho de 2009 pela ICP-ANACOM
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o electricista IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.
consultório electrotécnico O “Consultório Electrotécnico” continua a responder às questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos têm sido colocadas. O e-mail consultoriotecnico@ixus.pt está também disponível no website http://www.ixus.pt, onde também aguardamos pelas vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Dezembro e Fevereiro de 2010.
P1: Em que sub categoria, de estabelecimento recebendo público, posso classificar um Lar residencial destinado a dormitório de pessoas com deficiências? Será do tipo hospitalar, ou do tipo turístico ou estabelecimento simular? R1: A classificação mais indicada é a de um Estabelecimento tipo Turístico se não existir internamentos ou tratamentos, caso contrário, será do Tipo Hospitalar. P2: Em todos os tipos de instalações abrangidas pelas RTIEBT, os quadros eléctricos devem garantir a classe II de isolamento? Mesmo que estes estejam em local técnico devem garantir a classe II? R2: De acordo com o anexo V, da Secção 4 das RTIEBT, o quadro pode ser da classe I, ligado à terra, mas com protecção diferencial de entrada colocada de tal forma que assegure uma protecção idêntica à da classe II, ou ser dotado de isolamento suplementar durante a instalação, ou ser separados do invólucro (metálico) por um isolamento suplementar (ver figura 47GU, no referido anexo V). P3: Gostava de saber o que é necessário fazer para adquirir carteira profissional de electricista. Gostaria também de saber qual o custo a nível monetário, podendo assim assinar termos de responsabilidade dos trabalhos por mim efectuados. R3: Para obter a carteira profissional de “Técnico Responsável por instalações eléctricas”, tem de possuir uma experiência de 7 anos e realizar um RVCC Profissional (Novas Oportunidades), existente ao abrigo de um protocolo entre a DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) e o IEFP (Instituto de Emprego e formação Profissional). Sabemos existirem Centros de Novas Oportunidades (CNO) no Cerco do Porto, em Vila Real, em Chaves e Seia, entre outros que deverão existir no País. Consulte o Centro de emprego, pois podem ajudá-lo lá. Entretanto
enviamos em anexo o Decreto-lei N.º 229/2006 que altera o Estatuto de Técnico Responsável onde o assunto é referido no artigo 5º. P4: Gostaria de saber qual o IP e IK do quadro, tomadas e iluminação que devo ter para instalar numa dependência destinada a arrumos/adega? Qual deverá ser o valor máximo da terra que deverei ter. R4: O local em causa exige um IP55, devido aos gases eventualmente libertados (álcool). Quanto ao IK este deverá ser escolhido de acordo com as actividades do local. Se não existirem movimentos de cargas pesadas, poderá ser IK2. Caso haja movimentos de cargas pesadas, como por exemplo pipos ou outros equipamentos poderá ser necessário o IK7. O valor da resistência de terra segundo as Regras Técnicas, não deverá ultrapassar os 100 ohm nas condições mais desfavoráveis (Verão). P5: Segundo pude ver nas regras e atendendo à classificação dos locais, classifiquei-o da seguinte forma: AA4, AB4, AD1, AE2, AE4, BA1, BB1 O que me dá IP44 mínimo. A divisão é uma divisão arejada com janela completamente rebocada e pintada no interior com uma cuba em Inox (250L) para o vinho e completamente abrigado de qualquer entrada de água, sendo apenas a possível e natural humidade do ar. Quanto ao IK estava a pensar que IK 02, uma vez que não vão existir movimentos de cargas pesadas. Que comentários tecem sobre esta análise? R5: Relativamente ao IK deverá ser em condições normais o IK04. Relativamente ao IP será insuficiente face à libertação eventual de vapores do vinho ou até a um eventual derrame. Neste caso não seria AD1, mas sim AD3, ou superior dependendo das circunstâncias. Se o espaço for lavável com mangueira (jactos de água) então o IP mínimo deverá ser IP55.
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P6: Tenho uma questão sobre o ponto 801.2.1.2.4 das RTIEBT que diz o seguinte: “Quando for necessário adoptar medidas de protecção contra os contactos indirectos por corte automático da alimentação, devem ser seleccionadas as medidas que não obriguem ao corte dos circuitos ao primeiro defeito de isolamento.” Por exemplo para a alimentação das bombas de incêndio de um edifício, na alimentação ao quadro das bombas se for utilizado um transformador de isolamento será que é suficiente? Ou a resolução do problema tem mesmo de passar por um sistema IT com controlador permanente de isolamento (CPI)? R6: Só com o transformador de separação de circuitos e o uso de protecções contra sobreintensidades, a protecção contra contactos indirectos carece da ligação das massas ao Neutro e estaremos perante o sistema TN, que funciona ao primeiro defeito por disparo do disjuntor. A alternativa é efectivamente o esquema IT com o respectivo CPI e assim asseguramos que o funcionamento não se realiza ao primeiro defeito, conforme exigência das Regras Técnicas relativamente aos circuitos de segurança. P7: Esta regra aplica-se a que tipo de edifícios? Todos? Ou apenas aos edifícios com público e grandes parques de estacionamento? R7: Esta regra aplica-se a todos os Estabelecimentos que recebem público onde é necessário aplicar instalações de segurança. P8: Ainda em relação a este tema estive a ver um projecto elaborado por um colega em que a solução adoptada no projecto foi estabelecer as bombas de incêndio numa sala dedicada, acessível apenas a pessoal qualificado (BA4 e BA5) e colocar um dispositivo de monitorização permanente de corrente residual para os circuitos de alimentação às bombas, com aviso sonoro e visual de defeito de isolamento no interior da respectiva sala. A minha questão é se esta solução é correcta? Visto que nesta solução não é utilizado um transformador de isolamento nem CPI (em regime IT) ou utilizados equipamentos e cabos da classe II de isolamento? Apenas têm as saídas protegidas por fusíveis (sem diferencial)? A minha principal preocupação em relação a esta solução é a presença de tensões de contacto muito perigosas, mesmo tendo em conta que a instalação é só acessível a BA4 ou BA5? Pode esta solução ser implementada? R8: Têm sido “inventadas” muitas soluções para a não utilização do transformador de separação de circuitos. O facto de existir uma área técnica apenas acessível a pessoas (técnicos) classificadas como BA4 ou BA5, não invalida que em caso de incêndio, e por “ironia do destino” possa acontecer um defeito e a protecção funcionar a esse primeiro defeito. O facto de existir uma área técnica também exigiria um técnico responsável pela exploração o que nos parece difícil no caso de um prédio colectivo, por exemplo. Ainda assim, a solução indicada não nos parece indicada pelas razões apontadas atrás. Não temos, neste momento, conhecimento que a DGGE tenha emanado qualquer regra diferente das referidas nas Regras Técnicas.