Renováveis Magazine 7

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n° 7 · 3º trimestre de 2011 · ano 2 · 9.00 € · trimestral · ISSN 1647-6255 · www.renovaveismagazine.pt

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renováveis magazine revista técnico-profissional de energias renováveis

dossier

mini-hídricas

artigos técnicos

normas e legislação em sistemas fotovoltaicos inversores fotovoltaicos – design e planeamento instalações com bomba de calor

mundo académico

entrevista com Rui Castro, IST

case-study

pioneira na produção de energia renovável descentralizada

reportagem

genera reafirma a sua posição no mercado energético nova era da energia solar apresentada na intersolar formação em minigeração na weidmüller encontro anual da apisolar aproveitar ao máximo a força do sol


Pergunta-me de novo daqui a 25 anos.

Porque é tão importante ter uma potência estável?

PRE V ISÃO D E U M A E S TA BILIDA DE SU RPR EEN D EN T E . Os módulos solares da SCHOTT Solar garantem elevados rendimentos energéticos a longo prazo: alta estabilidade de potência, a qualidade de uma empresa tecnológica alemã de renome e a experiência na técnica solar desde 1958. Para mais informações: schottsolar.com/solar-yield

* Através de uma medição de potência realizada pelo “FraunhoferInstitut”, os módulos solares da SCHOTT Solar garantiram, em média, mais de 90% da sua potência original, 25 anos depois.

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FICHA TÉCNICA renováveis magazine 7 3º trimestre de 2011 Director Cláudio Monteiro cdm@fe.up.pt Corpo Editorial Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. +351 225 899 628 m.ferraz@renovaveismagazine.pt Director Comercial: Júlio Almeida T. +351 225 899 626 j.almeida@renovaveismagazine.pt Chefe de Redacção: Helena Paulino h.paulino@renovaveismagazine.pt Assessoria Ricardo Silva r.silva@renovaveismagazine.pt Design avawise em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães m.magalhaes@renovaveismagazine.pt Assinaturas T. +351 220 104 872 assinaturas@engebook.com www.engebook.com Conselho Redactorial Alexandre Fernandes (Adene) Álvaro Rodrigues (FEUP/Inegi) Ana Estanqueiro (LNEG) António Joyce (LNEG) António Sá da Costa (Apren) António Lobo Gonçalves (EDP RENOVÁVEIS) João Abel Peças Lopes (FEUP/Inesc) João Bernardo (DGEG) Joaquim Borges Gouveia (UA) José Carlos Quadrado (ISEL) Nuno Moreira (UTAD) Maria Teresa Ponce Leão (FEUP/LNEG) Rui Castro (IST) Colaboração Cláudio Monteiro, Rui Castro, Maria Manuel Costa, Luís Fernandes, Jorge Mafalda, Miguel Giménez, Lara Ferreira, António Sá da Costa, Hélder Teixeira, Andrea Schaan, Jorge Oliveira, Miguel Mascarenhas, Helena Coelho, Filipe Pereira, Carlos Sellas, Ralf Hartings, Thomas K. Larsson, Nuno Soutinho, Jürgen Geier, António Sérgio Silva, João Miranda, Miguel Ferraz, Helena Paulino Tiragem 5.000 Exemplares Periodicidade Trimestral Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt geral@publindustria.pt Proprietário e Editor Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo n.º 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo n.º 125808 INPI Registo n.º 452220 ISSN: 1647-6255 Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

renováveis magazine revista técnico-profissional de energias renováveis

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editorial Mini-hídricas – um recurso ainda com potencial de valorização

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espaço opinião As Opções Estratégicas da Política de Energias Renováveis em Portugal e os Desafios Tecnológicos

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espaço qualidade Comunicação, informação ou rumores… Melhorar ou não melhorar? (1.ª parte)

12 coluna riscos renováveis O Sol também se Segura? 14 coluna vozes do mercado Análise prévia de um projecto 16 notícias 38 40 44 48 52

dossier mini-hídricas Pequenas centrais hidro-eléctricas em Portugal: passado, presente e futuro Caracterização das Centrais Mini-Hídricas no território nacional Avaliação de potencial e viabilidade técnica e económica de Centrais Mini-Hídricas IFIM: metodologia para determinação do caudal ecológico

54 mundo académico “o sector energético apresenta uma grande vitalidade” ­– entrevista com Rui Castro, IST 58 60 64

artigo técnico Normas técnicas e legislação aplicável a sistemas fotovoltaicos Inversores fotovoltaicos – informações básicas sobre design e planeamento Instalações com bomba de calor com colectores horizontais enterrados

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Nova era da energia solar apresentada na Intersolar Europa Formação em minigeração na Weidmüller Encontro anual da APISOLAR Aproveitar ao máximo a força do sol

informação técnico-comercial 88 SCHOTT Solar: Suinicultura com energia solar 92 Soluções inteligentes de armazenamento de energia solar na IBC SOLAR 96 KOSTAL: como identificar a falha da minha instalação fotovoltaica? 100 Sundeck da SolarWorld – inovadora solução para instalações fotovoltaicas 102 SMA Solar Technology AG supera o seu resultado recorde registado no ano anterior 104 DEGERenergie: protecção contra o vento passível de aquecimento 106 MECASOLAR apresentou na INTERSOLAR o seu novo parafuso universal de cimentação MECASCREW 108 Krannich Solar aposta na distribuição de componentes para sistemas de energia solar fotovoltaica em Portugal 110 ABB – atingindo novos níveis 112 HYDREO/ENERGYTOP: microcentrais hidro-eléctricas 114 O universo da Bosch Solar Energy 116 FFONSECA: parques de energia eólica – medição . controlo . registo 120 Tecnologia de condensação da Buderus 122 RUTRONIK: componentes passivos em conversores solares 126 produtos e tecnologias 142 renováveis em casa Arranque do sistema solar fotovoltaico de ligação à rede 146 barómetro das renováveis

case-study 68 Pioneira na produção de energia renovável descentralizada

148 bibliografia 150 calendário de eventos

reportagem 70 Genera reafirma a sua posição no mercado energético

152 links

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editorial

Mini-hídricas – um recurso ainda com potencial de valorização

Cláudio Monteiro Director

ESTATUTO EDITORIAL Título “Renováveis Magazine” - revista técnico-profissional. O bjecto Tecnologias actuais e futuras de produção de energia através de Sistemas de Energias Renováveis. O bjectivo Difundir tecnologia, produtos, boas práticas e serviços, para profissionais com responsabilidades na concepção, execução e manutenção de instalações de Energias Renováveis. E nquadramento Formal A “Renováveis Magazine” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. C aracterização Publicação periódica especializada. E strutura R edactorial Director – Docente de reconhecido mérito científico. Director Executivo – Profissional no ramo de engenharia afim ao objecto da revista. Conselho Redactorial – Órgão de consulta e selecção de conteúdos. Colaboradores – Investigadores e técnicos profissionais que exerçam a sua actividade no âmbito do objecto editorial, instituições de formação e organismos profissionais. S elecção de Conteúdos A selecção de conteúdos é da exclusiva responsabilidade do director, apoiada pelo conselho editorial. O noticiário tecno-informativo é proposto pelo director executivo. A revista poderá publicar peças noticiosas com carácter publicitário nas seguintes condições: › identificadas com o título de publi-reportagem; › formato de notícia com a aposição no texto do termo publicidade. O rganização E ditorial Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: Editorial; Espaço Opinião; Espaço Qualidade; Notícias; Dossier Temático; Entrevista; Visita Técnica; Investigação e Tecnologia; Oportunidades de Negócio; Case-study; Reportagem; Publi-Reportagem; Mundo Académico; Informação Técnico-Comercial; Produtos e Tecnologias; Renováveis em Casa; Barómetro das Renováveis; Bibliografia; Eventos; Links; Publicidade. E spaço P ublicitário A publicidade organiza-se por espaços de páginas e fracções, encartes e publi-reportagens; A tabela de publicidade é válida para o espaço económico europeu; A percentagem de espaço publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação; A direcção da revista poderá recusar publicidade nas seguintes condições: › A mensagem não se coadune com o seu objecto editorial; › O anunciante indicie práticas danosas das regras de concorrência, não cumprimento dos normativos ambientais e sociais.

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Pagamos pelas renováveis o que elas custam e não o que elas valem. Os aproveitamentos mini-hídricos são certamente o tipo de aproveitamento de energias renováveis com maior valor. Existe ainda potencial para a valorização deste recurso, que não estamos a aproveitar. Ultimamente, devido às pressões da crise financeira, tem-se levantado muito a questão sobre qual a melhor forma de remuneração das energias renováveis. Será melhor um sistema de tarifa, um sistema indexado ao mercado de electricidade ou um mercado de certificados verdes? Será melhor uma solução de tarifa fixa ou uma tarifa decrescente ao longo dos anos? Será melhor um sistema de tarifa pré-definida ou um sistema de negociação em concurso? Quem ganha e quem perde com as diversas opções? Na minha opinião, o mecanismo mais eficaz é aquele que consegue atrair o interesse dos promotores, com o menor sobrecusto para o sistema de remuneração e, retirando o melhor proveito do valor do recurso renovável. Ou seja, uma solução de compromisso, em que todos beneficiam apenas o necessário. Esta convergência de aspectos só depende das tecnologias, não deveria depender dos agentes envolvidos. A tecnologia mini-hídrica é um exemplo interessante, em que é possível encontrar sistemas de remuneração mais proveitosos para todas as partes. A mini-hídrica tem alguma capacidade de regularização de produção. Cerca de 25% da produção mini-hídrica nacional pode ser regularizada diariamente. Isso é evidente nas variações bruscas de produção mini-hídrica das 8 às 23 horas, variações devidas ao tarifário com coeficiente de modulação bi-horário. Estas variações rápidas são prejudiciais para a operação do sistema eléctrico, são variações artificiais que podem ser evitadas. Na verdade, as mini-hídricas têm uma significativa capacidade de produzir à hora em que a energia tem mais valor. Uma indexação da remuneração ao mercado de electricidade poderia ser um valor acrescentado interessante para a operação do sistema eléctrico. Para além disso, permitiria aumentar os proveitos dos promotores, com uma adequada gestão individual da produção baseada na resposta ao preço de mercado. Com uma indexação a mercado, a produção minihídrica nacional poderia ser valorizada em mais 3% sem aumentar o sobrecusto. Nas mini-hídricas o custo de produção varia de local para local, pelo que não é boa solução admitir um valor único de tarifa, seria mais interessante um sistema de concurso em que é negociada a tarifa lote a lote. Desta forma, conseguir-se-ia um melhor aproveitamento do recurso, promovendo aproveitamentos com custos de produção mais elevados. Também se conseguiria um melhor ajuste da tarifa ao valor mínimo. Um sistema de concurso garante que a tarifa seja a mais competitiva possível. Num momento em que muito se discute o sobrecusto das renováveis devemos tentar encontrar soluções criativas de remuneração, mais justas e sustentáveis. Na remuneração das renováveis, ainda pagamos o custo que elas têm, mas a tendência será pagar o seu real valor. Felizmente, em breve o seu valor, para o sistema e para a sociedade, será superior ao custo. Cláudio Monteiro, Director


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As Opções Estratégicas da Política de Energias Renováveis em Portugal e os Desafios Tecnológicos

Rui Castro, Professor do Instituto Superior Técnico

Portugal conta, desde o ano passado, com dois documentos de definição da estratégia energética nacional para o horizonte de 2020 – a Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE2020) e o Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER). O primeiro define as grandes linhas estratégicas para o sector da energia e foi aprovado em Abril de 2010; o segundo operacionaliza a estratégia definida no primeiro e foi apresentado à Comissão Europeia no final de Junho de 2010, surgindo na sequência de directivas europeias, relativas à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis. A ENE2020 definiu metas ambiciosas no sector da energia. Portugal propõe-se reduzir a dependência energética face ao exterior, passando de 83% em 2008 para 74% em 2020, para o que pretende incorporar 31% de energias renováveis no consumo de energia final, ao mesmo tempo que reduz em 20% esse consumo, relativamente às projecções num cenário BAU (Business As Usual). Um dos eixos em que assentam estes objectivos é o reforço da aposta nas energias renováveis, designadamente na componente de utilização para produção de energia eléctrica, onde se pretende uma participação de 60% no consumo de electricidade no horizonte 2020. Nesse horizonte, foi definida a meta de ter em Portugal uma potência instalada em unidades de produção eléctrica de base renovável da ordem dos 20.000 MW. Para efeitos de comparação, registe-se que a potência instalada em todas as unidades de geração eléctrica existentes em Portugal era, no final de 2009, próxima de 17.000 MW, sendo que apenas cerca de metade é de base renovável.

O investimento em centrais fotovoltaicas convencionais de grande dimensão (...) deve ser encarado com prudência, dada a economia duvidosa deste tipo de projectos. Será preferível apostar em projectos de menor dimensão

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Referiremos apenas aquelas fontes renováveis que terão uma participação com maior significado no mix energético português no horizonte de 2020. Assim, no que respeita ao sector hidroeléctrico, o PNAER prevê a passagem de 4.800 MW (em 2009) para 9.500 MW. A previsível duplicação da capacidade instalada constitui uma medida globalmente positiva que tira partido das condições naturais existentes, as quais potenciam o aproveitamento desta fonte de energia renovável. Mais importante do que isto é o incremento previsto da potência de bombagem de 1.000 MW (em 2009) para 4.300 MW. Trata-se de uma medida imprescindível para ajudar a integrar a componente eólica prevista para 2020. Infelizmente, esta integração não será total, dadas as limitações de capacidade de armazenamento de água dos novos aproveitamentos hídricos. Em relação à vertente eólica, o PNAER aponta para uma meta de cerca de 6.900 MW em 2020, contra 3.600 MW em 2009. O cumprimento desta meta, que deverá esgotar o potencial dispo-

nível em terra, devido a constrangimentos de ordem técnica e ambiental, deverá ser encarada com prudência e o respectivo licenciamento só deve ser autorizado, depois de garantida a capacidade hídrica reversível necessária para a integração harmoniosa desta componente eólica. Dado o grau de maturidade e competitividade que a tecnologia eólica já atingiu, o actual tarifário bonificado garantido, de que as instalações de produção eólica têm beneficiado intensamente, conduz a valores de remuneração pela energia injectada na rede algo inflacionados. Assim, uma revisão em baixa do tarifário bonificado garantido, ou até mesmo a sua extinção, deve ser equacionada para as novas instalações a serem licenciadas. Ao mesmo tempo, impõe-se a definição de um tarifário específico ajustado ao eólico no mar (offshore), para que possam ser criadas condições de desenvolvimento da tecnologia offshore (o PNAER aponta para um valor conservador de 75 MW em 2020). No que concerne ao fotovoltaico, o objectivo é ter, em 2020, 1.500 MW, dos quais 500 MW em solar termoeléctrico de concentração. Trata-se de multiplicar por quinze a capacidade fotovoltaica instalada em 2009, o que representa uma meta ambiciosa, mas razoável, dado que é opinião mais ou menos consensual que o fotovoltaico representa a terceira vaga de desenvolvimento nas tecnologias renováveis, na sequência do hídrico e do eólico. Será avaliado primeiro os resultados dos projectos de demonstração de solar termoeléctrico, actualmente a decorrer, antes de autorizar novos licenciamentos desta tecnologia. Por outro lado, o investimento em centrais fotovoltaicas convencionais de grande dimensão (de potência pico da ordem dos 50 ou mais megawatts) deve ser encarado com prudência, dada a economia duvidosa deste tipo de projectos. Será preferível apostar em projectos de menor dimensão, preferencialmente instalados junto


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dos locais de consumo e beneficiando de uma tarifa menos generosa do que a actual, o que parece ser razoável, dada a diminuição continuada de custos associados a esta tecnologia, que se tem vindo a assistir nos últimos anos. Uma área-chave na prossecução dos objectivos genéricos de política energética é a eficiência energética. A poupança de energia, mantendo simultaneamente um nível equivalente de actividade económica, é a forma mais imediata e economicamente eficiente de enfrentar os desafios energéticos em matéria de sustentabilidade, segurança do aprovisionamento e competitividade. Apesar de ser geralmente aceite que os “negawatthora”, ou seja o consumo energético evitado pela poupança de energia, devem ser encarados como um recurso energético individual muito importante, a verdade é que os resultados obtidos neste domínio têm ficado aquém do previsto e do desejável. Como razões para este insucesso têm sido apontadas a aplicação deficiente da legislação em vigor, a falta de sensibilização dos consumidores e a ausência de estrutu-

Em suma, os documentos norteadores da política energética no horizonte 2020, em particular no que respeita ao desenvolvimento das energias renováveis, traduzem objectivos ambiciosos, mas exequíveis.

ras adequadas para mobilizar investimentos essenciais em edifícios, produtos e serviços eficientes em termos de energia e para promover a sua aceitação pelo mercado. Para tentar contrariar este estado de coisas, os Estados-Membros da União Europeia comprometeram-se a reduzir o consumo de energia final em 20%, relativamente às projecções efectuadas num cenário BAU, para o que acordaram em adoptar as medidas adequadas e eficazes, uma vez que concordaram que as estratégias em vigor não estavam a produzir os resultados esperados. O PNAER estabelece como meta para 2020 a manutenção do consumo de energia final praticamente ao nível de 2005. Neste particular, pensa-se que se poderia ter ido mais além, definindo um objectivo mais ambicioso, de redução efectiva do consumo energético relativamente a 2005, que traduzisse uma implementação eficaz das medidas propostas. Reconhece-se que a poupança de energia só pode ser atingida com sinais económicos adequados, os quais, no entanto, têm faltado até ao momento. Em suma, os documentos norteadores da política energética no horizonte 2020, em particular no que respeita ao desenvolvimento das energias renováveis, traduzem objectivos ambiciosos, mas exequíveis. Por forma a incorporar de forma segura estes níveis significativos de produção de base renovável no Sistema de Energia Eléctrica, a engenharia nacional tem pela frente alguns desafios que não são coisa pouca. De entre estes, podemos destacar os seguintes: (i) A concepção, desenvolvimento e implementação dos sistemas de controlo associados ao funcionamento em regime complementar das centrais hídricas com bombagem e dos parques eólicos; (ii) A ligação das instalações de energia eólica offshore à rede eléctrica onshore, designadamente o papel dos conversores electrónicos de potência; (iii) O desenvolvimento de novas tecnologias fotovoltaicas, como os filmes finos, e o aumento do seu rendimento, bem como dos sistemas solares termoeléctricos, que ainda é bastante baixo, da ordem dos 15%: (iv) A incorporação de sistemas electrónicos avançados de controlo do trânsito de potências que permitam operar o sistema eléctrico em condições de fiabilidade e segurança. Para ultrapassar estes e outros desafios e assim contribuir para promover a integração harmoniosa das fontes de energia renovável no sistema de energia eléctrica, espera-se que a colaboração entre as empresas e os centros de investigação associados às universidades possa ser fortalecida. Esta cooperação é uma condição necessária para que Portugal possa vencer mais este desafio que tem pela frente.

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comunicação, informação ou rumores…

Maria Manuel Costa, mane1976@hotmail.com

Em todos os contextos mundanos estamos perfeitamente habituados a ouvir falar de uma forma mais ou menos constante sobre os outros. Fala-se dos seus comportamentos, das suas atitudes, do que vivem, do que decidem, entre muitos outros. Em contexto organizativo também vivemos esta cultura do “rumor” ou, de forma mais directa a cultura do “cochicho”. Julgo que esta tendência natural e humana é também um traço cultural e, em particular dos “latinos”. Tudo começa quando acedemos a informações restritas, quando ouvimos conversas que interpretamos de forma descontextualizada e, pior que isso é, quando contamos a alguém alguma coisa que nós próprios não sabemos para que serve, sobre quem é e, porque é que o estamos a fazer. Uma lição curativa e pertinente para este mal “humano” é, o chamado “Teste do Filtro Triplo”, que julgo já ter referenciado num artigo anterior, o qual relembro como forma de “chamada de atenção”. Consiste na colocação de três perguntas simples e directas quando alguém vem ter connosco para nos contar algo sobre uma terceira pessoa. As perguntas são: 1 Tens a certeza absoluta de que aquilo que me vais dizer é verdadeiro? 2 O que me vais dizer é bom? 3 O que me vais dizer será útil para mim? Considerando o contexto do rumor, estas perguntas terão uma resposta negativa logo, quem tinha a intenção de me falar sobre alguém, para além de ficar sem vontade de o fazer, certamente lembrar-se-á da próxima vez que tencionar fazê-lo com qualquer outra pessoa. Um outro aspecto que me parece pertinente referir é, o papel dos gestores e chefias para “bloquear” esta “onda” de ineficiência. Este bloqueio, deverá ser feito através do “dar o exemplo”, filtrar alguns conteúdos que surjam com um aspecto aparente de informação útil e necessária, desmascarando-os com a colocação e interposição de algumas dúvidas ou questões, que vão fazer cair por “terra” a intenção “tóxica” do meu emissor. Com esta exposição não pretendo dissuadir os leitores para deixarem de opinar e “achar” algo sobre qualquer coisa, até porque se não fosse por mais nenhum motivo, vivemos num país democrático que nos concede esse direito como cidadãos. Contudo e isso sim, parece-me fundamental focar que, devemos ter uma consciência alargada sobre as críticas que tecemos aos mais variados assuntos, à forma como o fazemos, a quem nos dirigimos, e à intenção verdadeira das mesmas. Importa também salientar que todas as nossas acções (verbais, comportamentais, não verbais, entre outras) tem um impacto nas pessoas que nos rodeiam, por isso de hoje em diante, eu decido ter uma atitude Positiva, Evolutiva, Responsável e, o mais Justa possível sobre os tantos e tantos assuntos que nos invadem todos os dias, quer nos locais de trabalho, quer nos nossos lares ou em qualquer contexto em que nos encontremos!

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Uma lição curativa e pertinente para este mal “humano” é, o chamado “Teste do Filtro Triplo”, (...) o qual relembro como forma de “chamada de atenção”.



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melhorar ou não melhorar? (1.ª parte) Hoje em dia e todos os dias, nestes tempos turbulentos e de profunda crise, que teima em sibilar por cima das nossas cabeças, somos bombardeados com eventuais soluções para ‘todos’ os nossos problemas. Muitas delas são apenas superficiais, outras focam-se demasiadamente na parte genérica (o que fazer), outras parecem a cura milagrosa de todos os males que nos assolam.

Luis Fernandes, ProfitAbility Engineers luis.fernandes@ profitabilityengineers.pt

Arrisco-me a dizer que não existe, hoje em dia, uma única organização que não necessite de se reorganizar ou, pelo menos, repensar a forma como faz negócio. No entanto, a maioria das empresas aborda esta necessidade partindo do pressuposto que é possível “desenhar” o caminho futuro, de forma previsível, com base nas experiências do passado – na realidade, já não é suficiente eliminar os erros de ontem. Além do mais, foram muitas dessas experiências que nos colocaram neste estado. Algumas pessoas chamam a este processo ‘ver o filme todo’. Outras, que se trata de identificar oportunidades, descobrir novas direcções e redefinir mercados. Seja como for, tudo se resume à existência de uma Visão e de planos práticos e exequíveis para a tornar em realidade. O verdadeiro segredo está na implementação. Quem tem responsabilidades de gestão, todos os dias é confrontado com a necessidade de ‘cortar’, ‘corrigir’, ‘melhorar’, ‘mudar’ – procurar novos caminhos. Em cada um desses dias, esses profissionais, são bombardeados com as vantagens das metodologias de melhoria contínua (Lean Manufacturing, Lean Six Sigma, Six Sigma, Kaizen, entre outras) e o que podem fazer. No entanto, existe muito pouca informação de cariz prático sobre como implementar estas metodologias e, mais importante, sobre como liderar um projecto destes. Seja qual for o caminho escolhido, é importante pensar nos detalhes. A verdade é que cada empresa, que inicia este caminho, o faz em circunstâncias diferentes. Por isso, desde sempre que defendo que não há receitas mágicas, um único caminho correcto, uma só forma de fazer as coisas. Existem, isso sim, muitos factores a ter em conta e a considerar, antes de se iniciar o caminho da mudança. Seja em empresas, congressos, seminários ou acções de formação, sempre que pergunto: “Quantos de vós já ouviram falar do ’lean’?” Sem qualquer surpresa, quase todas as pessoas acenam positivamente. Quando pergunto: “E quantos estão a implementar?” o número de respostas positivas passa a cerca de metade. Muitas empresas não estão a fazer nada (ou quase nada), geralmente porque não sabem bem por onde começar! Além disso, as barreiras e dificuldades são muitas – e neste tempo de crise... têm muito mais em que pensar. A última questão, dirigida à metade que respondeu positivamente, é: “Quantos consideram os vossos esforços de implementação um sucesso extraordinário?”. Pois é... apenas uma resposta positiva (ou nenhuma, na maioria dos casos).

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Existe muito pouca informação de cariz prático sobre como implementar estas metodologias e, mais importante, sobre como liderar um projecto destes. Seja qual for o caminho escolhido, é importante pensar nos detalhes.

Se o esforço não for bem pensado e sustentado, e não abranger as áreas de suporte, esses benefícios e melhorias têm tendência a deteriorar-se, voltando tudo ao estado inicial.


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Claro! Os desafios encontrados são muito maiores do que se antecipava (ou do que os consultores venderam!). Alguém me disse, um dia destes, que “Experiência não é aquilo por que se passou... é o que se tira do que que se passou” – a mensagem é óbvia: deveremos aprender, mas aprender muito, tanto dos sucessos como dos insucessos. Os factores a ter em conta, são muitos. Nas próximas secções focarei alguns deles, em especial: 1 É preciso tempo; 2 A mudança não pode ser feita em “part-time”; 3 O Lean (ou o Six Sigma) é muito mais do que ‘ferramentas’; 4 A melhoria é um caminho que não tem fim; 5 Esteja preparado para as resistências e dificuldades; 6 São necessários Líderes, e não ‘managers’; 7 Esteja preparado para investir – em tempo e pessoas; 8 A melhoria não se limita à fábrica (ou às operações); 9 Não existem receitas mágicas; 10 Não copie – aprenda.

1. É preciso tempo Tal como prometido, vou começar a focar alguns dos factores a ter em conta durante a implementação de um qualquer esforço de melhoria contínua. Já tinha abordado (ao de leve) que passamos tempos difíceis – cada vez é mais difícil singrar numa economia que está débil, os constrangimentos são crescentes e os sinais são contraditórios. Todos estamos muito atarefados a resolver problemas, a apagar ‘fogos’ e, ainda por cima, a procurar negócio (ou a tentar manter o pouco que existe). Tudo isto para dizer que “não temos tempo”, mas mesmo tempo para nada! Cada vez é mais comum ouvir: “Óh senhor, tenha juízo! Agora não é tempo para essas coisas!” ou ainda “Isso, agora, não é estratégico!”. Enfim, sinais bem claros que o tempo não abunda.

Preparação da sessão Seguimento das acções

Introdução da sessão

Apresentação dos resultados

Compreensão do processo

Implementação das acções

Sessões KVP2 / Kaizen

Elaboração do plano de acção

Análise da situação actual

Brainstorming de desperdícios

Propostas de mwlhorias

Brainstorming de melhorias

Figura 1 Diagrama ProfitAbility Engineers para as sessões KVP2/Kaizen.

Uma coisa é certa, no esforço de melhoria contínua, tal como diz o velho ditado popular: “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Pois! Nem poderá esperar que o seja o seu esforço de melhoria contínua. Arrisco-me a dizer que rapidez do tipo “Vrrrruuuuuummmm, pim, já está” só está ao alcance das refeições pré-cozinhadas (como no anúncio televisivo do Arroz de Pato, da Nobre – por sinal, bem bom!). Nem tão pouco é algo que produza resultados sustentados num trimestre ou em seis meses. Quem o diz ou não sabe, ou é consultor (uuuppps!). A experiência diz-me que, no mínimo, só para consolidar os esforços iniciais e conseguir algumas mudanças duradouras pode levar entre 1 e 2 anos. E isto se tudo correr bem! E a partir daí, a viagem e o esforço nunca mais têm fim – é preciso não esquecer que a concorrência é forte (e assim devemos pensar, mesmo que não o seja) e não está a “dormir”. Como? Ah, pois! Claro que workshops Kaizen (ou Rapid Improvement Events), ou os 5S’s podem gerar benefícios e melhorias de forma rápida, de forma localizada. O facto é que se o esforço não for bem pensado e sustentado, e não abranger as áreas de suporte, esses benefícios e melhorias têm tendência a deteriorar-se, voltando tudo ao estado inicial. E aqui é que tudo começa a andar para trás, com crescente rejeição dos métodos e ferramentas, falta de paciência das pessoas e, finalmente, tudo volta a ser como “d’antes”.

2. A mudança não pode ser feita em “part-time” Apesar de ‘andar’ nisto há já alguns anos, ainda me espanto com a veleidade com que as pessoas encaram a melhoria contínua. Muitos continuam a acreditar (de forma quase fundamentalista) que a melhoria acontece por sorte ou por acaso. Há, ainda, quem pense que acontece à força! No mundo actual, o que interessa (e é valorizado) é a resolução dos problemas de hoje, a reacção rápida e eficaz aos problemas que aparecem como cogumelos, e a obtenção de resultados HOJE (no máximo, amanhã!). Neste tipo de ciclo vicioso, é muito difícil, sequer, conceber ter tempo para pensar em melhorias (com pés e cabeça) que demorem mais do que uma semana a implementar. renováveismagazine

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Qualquer esforço de melhoria, nasce de um conjunto de regras e princípios, e não de um conjunto de ferramentas.

Acha que já é perfeito? Por quanto tempo o será? Será Vaidade? Estará a avaliar correctamente as suas necessidades de desenvolvimento e mudança?

Quando se deseja mudar, de facto, há que fazer as coisas de forma diferente – não podemos continuar a fazer o que sempre fizemos e esperar resultados diferentes – ah, pois é! Uma das coisas que tem que se mudar é a atribuição de responsabilidades e autoridades (o famoso chavão, em Inglês, “empowerment”). Uma coisa é certa, e sem sombra de dúvidas, não se podem exigir reponsabilidades, sem a correpondente dose de autoridade. Pergunta directa e cristalina: Quem está a implementar os seus projectos de melhoria? Se a resposta for: “ Não sei bem o nome, mas é um dos moços, lá da Qualidade” arrisco a prever que dentro de pouco tempo se juntará ao grupo dos que afirmam: “Pois! Isso das melhorias é só teorias – mas aqui, é tudo mais difícil”. Se quer, realmente, que o seu esforço de melhoria funcione (com resultados tangíveis) deverá designar alguém que trate do assunto a 100%, sem distrações. Adicionalmente, deverá levar em conta que o esforço de melhoria necessita de apoio continuado da gestão da empresa – em toda a linha e em todos os momentos. É mesmo necessário querer mudar/ melhorar.

3. O Lean (ou o Six Sigma) é muito mais do que ‘ferramentas’ É impressionante o número de relatos de implementação de esforços de melhoria (Lean, Six Sigma, Lean Six Sigma, Process Excellence, entre outros) que se concentram na utilização das ferramentas. Ferramentas? Quais ferramentas? Perguntarão alguns… Outros dirão: “E há outra forma?”. É comum que apareçam artigos a destacar a importância dos “Value Stream Maps”, “Process Maps”, SIPOC’s, Supermercados, 5S’s, entre outras das centenas de ferramentas de gestão que existem na “caixa”. Não é raro ouvir: “Para começar o ‘Lean’, primeiro faz-se um VSM (há quem lhe chame MIFA), e depois...”. Será??? Há ainda o síndrome das ferramentas: “tenho tantas... qual é que utilizo? Não interessa! Vamos por ordem alfabética!” Costumo dizer, aos meus interlocutores: “Para quem apenas tem um martelo, todo o ‘problema’ é prego!”. A reacção, geralmente, é a gargalhada geral – mas ainda há quem ponha as culpas na qualidade do martelo. Na minha humilde opinião, um esforço de melhoria não nasce por acaso, nem daquilo que por aí se vê. Tem, forçosamente, que nascer da forma como se pensa e da visão de futuro que se possa ter. Qualquer esforço de melhoria nasce de um conjunto de regras e princípios, e não de um conjunto de ferramentas (na maior parte dos casos, disconexas e sem qualquer fio condutor que oriente a sua aplicação). Sem dúvida que a utilização de ferramentas de melhoria, permite a resolução de um problema ou “endireitar” um determinado processo – em essência, mudanças físicas. Na verdade, a parte “leonina” da mudança está na cabeça das pessoas – acha que é à “martelada” que as vai obrigar a pensar de forma diferente? Na verdade só com novos princípios e regras conseguiremos alcançar a melhoria duradoura (ou ‘sustentável’, que está na moda) porque, se os velhos hábitos se mantiverem, pode ter a certeza que os velhos problemas voltarão à superfície (mais cedo ou mais tarde). O que está a fazer para alterar os velhos paradigmas? Ainda haverá quem ‘ache’ que os problemas se resolvem por sorte? Ou à força?

4. A melhoria é um caminho que não tem fim! Ao longo da minha carreira, tenho visto e assistido a várias declarações de vitória : “Conseguimos! Somos ‘Lean’!”. São várias as empresas que o afirmam, e muitas mais empresas de consultoria que o afirmam acerca dos seus clientes... A verdade é que “Lean” é um processo sem-fim, contínuo, que exige esforço e aplicação constantes. Qualquer empresa pode ter como meta “ser Lean”, mas haverá sempre uma diferença (ainda que pequena) entre o estado, decerto excelente em que está, e o estado ideal. Não quero, com isto, dizer que não se deve iniciar o ‘caminho’, ou que nunca lá chegará. Muito pelo contrário – deve começar, já! Sem hesitações e sem medo de errar – faz parte da cultura “Lean” reconhecer os erros e actuar rapidamente para os eliminar. Se, em algum momento, tiver a ‘impressão’ que já é “Lean”, então é porque está a falhar nos princípios fundamentais. Lembre-se do 5º passo de Womack (em “Lean Thinking”) – Perfeição – acha que já é perfeito? Por quanto tempo o será? Será Vaidade? Estará a avaliar correctamente as suas necessidades de desenvolvimento e mudança? Apesar de estar na moda “bater” na Toyota, em virtude dos problemas da qualidade que recentemente vieram a público, acredita, realmente que a Toyota está a bater no fundo? Não é verdade! Apesar da abrupta descida de popularidade (e oportunidade para os seus detractores e concorrentes) a Toyota tem mostrado que sabe enfrentar os seus problemas – assumiu-os, desevolveu uma solução e implementou-a. Resultados? Nem por acaso, chegam notícias dos Estados Unidos, que a Lexus, nos últimos meses, voltou a suplantar os seus concorrentes mais directos (Mercedes, BMW, Accura, e outros). Em jeito de conclusão, só posso deixar um conselho: nunca deixe de procurar oportunidades de melhoria, apesar de considerar que está no ‘topo’. Num comentário a um dos meus posts anteriores, um leitor dizia (e com razão): “uma caminhada de 1.000 milhas começa com um simples passo” (Lao-Tsu). Arrisco-me a acrescentar, com um provérbio bem Português, “Grão a grão, enche a galinha o papo” (um pouco mais adequado à nossa cultura popular). Como ‘arremate’, e em linha com o tema, “Não te ponhas em bicos dos pés, que te podes desequilibrar” (Obrigado, Avózinha querida, pelo ditado). (continua na próxima edição)

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dossier energia solar tĂŠrmica

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coluna riscos renováveis

por Jorge Mafalda jorgemafalda@joaomata.pt

O Sol também se Segura? Como todos nós sabemos o Sol é a fonte principal de todas as energias renováveis, através do qual e de uma forma mais ou menos directa, nos é possível aproveitar os vários recursos naturais que aí têm origem, tal como o vento, as marés, os recursos hídricos e o próprio sol através da sua radiação directa. Neste contexto, poderão muitos dos que estão a ler este artigo interrogarem-se: como é que se segura o Sol? Como será intuitivo concluir nunca conseguiremos segurar o Sol. Contudo e ao nível das energias renováveis, poderemos vir a conseguir obter coberturas para as perdas de produção inerentes à falta dos recursos naturais que atrás identifiquei e que são originários no Sol. Assim e de uma forma mais directa, passarei a enquadrar historicamente qual o meu conhecimento e expectativa sobre a evolução deste tema, que gostaria de ver traduzido em cobertura de seguro, isto é: — Até agora tem sido possível obter coberturas de seguro para as perdas de exploração, como consequência da paralisação dos equipamentos, em virtude de danos que estes sofram, tanto de origem interna como de origem externa, mas nunca por não existir matéria prima, entendendo-se aqui que o “não existir” significa o seu produtor não ter para fornecer por ter acabado na origem e não o facto de ter deixado de existir por força de dano que tenha sofrido numa fase intermédia; — Paralelamente e com um enquadramento diferente, tem existido no mercado segurador os chamados seguros de Contingência, com os quais se poderá, na sua génese, estabelecer alguma analogia, com o nosso tema; — Nos últimos anos, têm sido dados passos importantes, no sentido de podermos evoluir, no caso das energias renováveis, para um estágio mais avançado desta cobertura, nomeadamente através de garantias para perda de vento, que têm vindo a ser exploradas de uma forma, digamos, um pouco resguardada;

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— Estamos, assim, confiantes que o próximo recurso natural a entrar no leque dos recursos seguráveis seja o Sol na sua forma mais directa, nomeadamente a sua radiação para aproveitamento fotovoltaico, que no caso de Portugal poderá ter um reflexo importante devido à quantidade disponível deste recurso, em grande parte do nosso território. Como será fácil concluir, toda esta evolução tem que ter por base a existência de tecnologia própria, que, de uma forma rigorosa, nos permita: 1. Criar bases de dados estatísticos, que credibilizem o histórico do recurso e permitam a sua análise segundo um enquadramento sazonal; 2. Aferir a capacidade do recurso existente e a sua tradução em horas equivalentes, para que, de uma forma isenta, seja possível calcular as perdas. Acreditando que, por parte do mercado segurador existe vontade para evoluir e desenvolver coberturas para riscos de ponta, como são estes que temos referido e que, por outro lado, todos os tecnólogos, fabricantes e promotores, na área das energias renováveis, têm demonstrado interesse numa gestão de risco mais cuidada, contribuindo e fomentando o desenvolvimento da tecnologia, poderemos estar confiantes que num futuro próximo, as Perdas de Exploração por Falta de Recurso natural seja uma prática comum, como o são neste momento as Perdas de Exploração por Avaria de Máquinas.

acreditando que por parte do mercado segurador existe vontade para evoluir e desenvolver coberturas para riscos de ponta, (...) poderemos estar confiantes (...) num futuro próximo



coluna vozes do mercado por Miguel Giménez Departamento de Projectos da Krannich Solar

Análise prévia de um projecto No âmbito das instalações solares fotovoltaicas, e à semelhança de outras, o mais importante, depois do próprio motor gerador de energia – ou seja, módulos e inversores –, é o sistema de fixação que irá proporcionar um suporte seguro a toda a instalação. À estrutura cabe dar um óptimo rendimento aos módulos, com a sua inclinação ideal, e dar também um suporte que permita aos módulos resistir às inclemências meteorológicas; e, acrescentando elementos de segurança, pode ainda suportar outros tipos de inclemência – a dos amigos do alheio. Actualmente todos conhecemos os dois tipos de instalações que existem, tendo em conta o lugar onde se situam: solos rústicos e coberturas. As estruturas em solos rústicos, aquelas que, são as mais completas, como também o é o seu sistema de ancoragem. Há que ter em conta que não existem elementos onde possam ser fixadas, como nas coberturas, vigas, pórticos… E também não há elementos que possam ser aproveitados para se reduzir a estrutura, visando dar aos painéis a elevação prevista. Pode-se dizer que, neste caso do solo rústico, é necessário criar uma estrutura de suporte no seu sentido mais amplo. A concepção das estruturas de solo rústico carece de especial cuidado, dado que os fenómenos meteorológicos, tais como a neve e, sobretudo, o vento, as afectam mais por estarem mais expostas, em campo aberto. É conveniente avaliar bem os valores de carga de neve, a zona de vento, a altitude do terreno e, em certos casos que depois veremos, será necessário, também, fazer um estudo geológico do terreno. Existem inúmeros sistemas de montagem que oferecem soluções para este tipo de estruturas – podem ser de aço galvanizado ou de alumínio, mas o seu denominador comum é a utilização de perfis com grande resistência às cargas, que permitem a colocação dos módulos com pórticos ou pontos de apoio mais distanciados entre si. Conseguem-se, assim, por outro lado, montagens mais rápidas e com menos fixações. 14

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A forma clássica de fixar estas estruturas ao solo é as sapatas de betão, que se colocam ao longo de uma fileira de módulos, sendo os pórticos ancorados às mesmas. Por outro lado, temos a fixação através de hastes de ancoragem, que consiste em alguns elementos cilíndricos de aço galvanizado, de cerca de 1.500 mm, terminados em ponta e com uma rosca que ajuda a efectuar a sua ancoragem. É para este tipo de fixação que se torna necessário o estudo geológico do terreno, o que é óbvio, pois vamos cravar escoras de metro e meio de comprimento ao longo de toda a instalação. Este tipo de fixações tem proliferado nos últimos anos, graças à consciência ecológica que leva a não vazar betão em áreas não urbanizadas e, diga-se de passagem, também para cumprimento de normativas ambientais do tipo ISO 14001, entre outros. Prós e contras dos dois tipos de ancoragem: No caso do betão, poupa-se material de estrutura, mas a despesa em obra civil aumenta consideravelmente. Por outro lado, as hastes de ancoragem exigem a utilização de maquinaria especial para a sua cravação e um estudo geológico do terreno. E um ponto a considerar na colocação das hastes de ancoragem, é que estas são de aço galvanizado e, especialmente quando o resto da estrutura é de alumínio, torna-se necessário isolar ambos os materiais com fita adesiva de neoprene, por exemplo, para evitar o temível par galvânico. Abordamos agora as estruturas e ancoragens em coberturas. Aqui as soluções são inumeráveis, como também o são os tipos de telhado que é possível encontrar. À semelhança do solo rústico, as estruturas podem ser construídas em aço galvanizado ou em alumínio. O alumínio é 300% mais leve do que o aço, facto que deve ser bastante considerado para não se sobrecarregar a cobertura. Sem prejuízo de todas estas possibilidades que temos ao nosso alcance, distinguem-se dois grandes grupos, atendendo à tipologia do telhado: plano ou inclinado. No caso dos telhados planos, normalmente terraços transitáveis pavimentados

Miguel Giménez Responsável pelo Departamento de Sistemas de Montagem do Departamento de Projectos da Krannich Solar.


coluna vozes do mercado

com tela asfáltica, betão, cobertura do tipo deck, ou outros, o que se privilegia é a estanquidade das fixações, já que são áreas onde a água da chuva não escoa com a mesma facilidade que nos telhados inclinados, podendo ficar estagnada momentaneamente e, desse modo, infiltrar-se pelas pequenas fendas que se encontrem no ponto de ancoragem. Nestes casos, é evidente que a estrutura deverá dar toda a inclinação necessária ao módulo solar, já que não é possível aproveitar a inclinação da cobertura. Nestas situações, pode-se fixar a estrutura ao telhado através de perfurações, elemento de sujeição e uma posterior selagem, o que é pouco recomendável, pois unicamente profissionais muito qualificados podem fazer aqui um bom trabalho; também é muito complicado garantir a estanquidade das fixações durante 25 anos. Por outro lado, existem as soluções das estruturas contrapesadas, às quais se acrescenta um complemento em forma de calha ou receptáculo na parte inferior da estrutura, onde é possível colocar ladrilhos, pedras, sacos de areia, e outros, que funcionem como lastro para todo o sistema. Nestes casos, há que prestar atenção ao estudo das cargas de vento e de neve que a estrutura irá suportar, devendo-se conhecer o peso necessário destes elementos, assim como a sobrecarga máxima da cobertura, a fim de não surgirem surpresas desagradáveis para os prováveis habitantes da parte inferior do telhado. Uma outra forma, também efectiva, mas menos limpa do que a colocação de contrapesos, é a “fabricação” no local de blocos de betão de obra. Atendendo às necessidades, é calculado o tamanho dos blocos, assim como a localização dos mesmos, ancorandose a estrutura a eles por meio dos habituais parafusos expansivos, por exemplo. Esta pequena construção de betão ajuda também a compensar os desníveis do terraço. O único inconveniente é o custo da mão-de-obra que este processo comporta. Há um tipo de coberturas planas que têm um recobrimento de gravilha, que serve para proteger a tela asfáltica que está por baixo. Este elemento, longe de ser um estorvo aquando da instalação dos módulos, é uma possível solução para a fixação da estrutura. Pode-se utilizar a própria gravilha como lastro da instalação, de maneira a

não acrescentar carga à cobertura. Para isso existem uns painéis de polietileno (PET) de, mais ou menos, 1.000 x 1.000 mm, de forma ondulada, que se colocam debaixo da gravilha: afasta-se a mesma, coloca-se o painel de PET, faz-se a ancoragem da estrutura a este painel e, de seguida, cobre-se novamente com a gravilha. Esta é uma das opções mais limpas. Há que ter em conta a espessura da camada de gravilha da cobertura e o diâmetro médio da pedra para estabelecer o peso que iremos colocar, e que cumprem os requisitos estáticos da instalação. Ultimamente, têm-se multiplicado as estruturas sem lastro e sem fixação à cobertura. São estruturas que elevam o módulo muito pouco – 10º – e que estão resguardadas pelos lados com chapas metálicas que servem de protecção para evitar que o vento entre e levante o módulo. Nesta montagem, encontram-se também perfis colocados entre as filas de módulos, perpendicularmente e ao longo de toda a montagem, fazendo com que toda a instalação completa seja só uma e evitando deslocações laterais. Para impedir este tipo de deslocações, também se utiliza a ancoragem com cabos de aço aos muretes que rodeiam a cobertura. Este tipo de montagens trouxe a solução para os telhados em que, por um lado, é impossível fazer furos na cobertura e, por outro, não podem suportar cargas excessivas. Nos telhados inclinados não há tantos problemas com os furos feitos nos mesmos, mas, ainda assim, há que proceder com muito cuidado. Entre os telhados inclinados, existem os típicos telhados de telha, muito comuns em toda a Europa e um pouco menos nestas latitudes ibéricas. Para a fixação, nestes casos, existe a peça universal que é a salvatelha, em forma de gancho, que já conhecemos, um grampo com várias curvaturas e uma base robusta; assim, levanta-se a telha, fixa-se a peça, e torna-se a colocar a telha, ficando apenas visível uma parte muito pequena, onde serão fixados os perfis que irão segurar os módulos. É uma fixação muito simples e limpa e os módulos ficam coplanares ao telhado. É a opção mais recomendável, já que costumam ser telhados com bastante inclinação, devendo apenas haver o cuidado de que fique espaço suficiente por baixo para a refrigeração dos módulos e, assim, não haver perda de rendimento devido a temperaturas extremas.

Por último, restam os telhados inclinados de coberturas industriais, onde existe um maior potencial para instalações solares no nosso país. Neste caso, dever-se-á procurar os elementos estruturais da nave, de forma a fazerse as ancoragens nos mesmos – vigas, pórticos, e outros. Devemos ter em conta que a chapa é apenas um invólucro da própria estrutura, pelo que não oferece garantias de fixação. Outro aspecto importante é fixar os parafusos auto-perfuradores, sempre que possível, pela zona das cristas da chapa trapezoidal. Caso seja deste tipo, evitar-se-á a probabilidade de surgirem goteiras. Aproveitando a pequena inclinação que têm estes telhados, pode-se reduzir bastante a inclinação efectiva da própria estrutura sem os afectar – mais ou menos, 30º de inclinação ideal do módulo. Para concluir, podemos ainda referir os casos de estruturas de integração sobre telhados inclinados ou fachadas. Estas consistem na substituição de elementos de construção, tais como telhas ou ladrilhos cerâmicos, pelos próprios módulos. As estruturas sobre mastros são casos muito especiais que não costumam verificarse em instalações de ligação à rede; é uma estrutura mais comum nas instalações isoladas para bombas de rega, dispositivos meteorológicos, entre muitos outros. renováveismagazine

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A primeira aplicação para iPhone da SEW-EURODRIVE SEW-EURODRIVE PORTUGAL Tel.: +351 231 209 670 . Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt . www.sew-eurodrive.pt

distribuidores espanhóis que pretendem internacionalizar-se e optam pelo mercado português como uma plataforma adequada para os seus projectos. Esta nova estrutura de vendas e serviços será adicionado ao apoio de marketing, que desde os escritórios em Sant Cugat del Vallés, oferecem o apoio à SMA Portugal. Desta forma, os clientes e distribuidores obtêm ferramentas directas de marketing, necessárias para divulgar e melhorar a imagem e os valores da SMA em terras lusitanas.

Mais uma vez o QREN abre as portas à energia Quer conhecer as normas de eficiência energética agora mesmo? A utilização de motores de elevado rendimento é de fulcral importância para aumentar a eficiência dos sistemas de automação. A SEW-EURODRIVE é a primeira a oferecer uma aplicação no domínio das comunicações móveis. A aplicação vai ajudá-lo a encontrar respostas para questões como: que classe de eficiência energética será obrigatória?, Em que país? e Quando?. Pode utilizar o “IE Guide” para obter informações sobre as novas normas globais de eficiência energética para motores de elevado rendimento com maior rapidez e facilidade. Esta é outra característica da extensa gama de serviços da SEW-EURODRIVE, especialista na tecnologia de accionamentos.

SMA Ibérica aposta no mercado português SMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L. Tel.: +34 902 142 424 . Fax: +34 936 753 214 info@sma-iberica.com . www.sma-iberica.com

Graças à trajectória profissional da filial SMA Ibérica Tecnología Solar, a central mundial do grupo na Alemanha, a SMA Solar Technology AG, confiou à SMA Ibérica a responsabilidade do mercado português. A partir de 2011, a subsidiária espanhola criará uma estrutura potente de vendas, a acrescentar à já existente de serviços, para dar suporte de qualidade aos distribuidores que a SMA já contabiliza em Portugal, assim como aos 16

FuturSolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica, Lda. Tel./Fax: +351 262 582 553 . Tlm: +351 919 849 729 geral@futursolutions.pt . www.futursolutions.pt

A Futursolutions informa que o IPSS e ADUPS vão ter oportunidade de se candidatar, a partir de 19 de Julho, ao novo programa de incentivos QREN Energia – Utilização Racional de Energia e Eficiência EnergéticoAmbiental em Equipamentos Colectivos, que pretende criar um quadro energético regional inovador, promovendo a consciencialização populacional para a eficiência energética e contribuindo para a redução de emissão de gases de efeito de estufa, tendo em conta os objectivos energéticos traçados pela Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020). O programa está dotado de um orçamento de 10.000.000€ e termina a 29 de Outubro do presente ano. No programa descrito são elegíveis os seguintes sistemas: Instalação de sistemas de eficiência energética, nas vertentes de isolamento e inércia térmicos para a redução

das necessidades energéticas de aquecimento/arrefecimento e iluminação eléctrica para redução do consumo de electricidade e de arrefecimento induzido; instalação de equipamentos de maior eficiência energética e sistemas de recuperação e ou gestão de energia que visem a melhoria e a redução da factura energética; instalação de sistemas de produção de energia térmica com base em radiação solar (colectores solares térmicos); instalação de equipamentos de produção de electricidade para consumo próprio, com base em fontes de energia renovável, que não injectem e não vendam energia à rede; e ainda instalação de sistemas de produção de energia térmica com base no aproveitamento de biomassa. A FuturSolutions procura incessantemente dar a conhecer o maior número de programas de incentivos que existem, e que muitas vezes, por falta de divulgação passam desapercebidos. Além disso enfatiza e acompanha este tipo de programas e incentivos, de forma a garantir soluções chave-na-mão aos clientes, desde a implementação de Sistemas Autónomos de produção de electricidade, que podem inferir sob pequenos projectos de bombas de água, rega, ou mesmo toda a sustentabilidade energética de um edifício. Da mesma forma possuem equipas especializadas na implementação de sistemas de produção de energia térmica, e aproveitamento da mesma, assim como temos técnicos competentes na área da Iluminação e Climatização.

DEGERenergie amplia o seu mercado na Índia DEGERenergie GmbH Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241 info@degerenergie.com . www.degerenergie.com

A DEGERenergie expandiu a sua cooperação com o operador do parque solar indiano, Reliance Industries Ltd. Para obter valores de referência para comparar com os >


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seus módulos solares fixos, a Reliance está actualmente a testar seis sistemas DEGERtraker 5000HD. Com mais de 45 mil sistemas instalados em todo o mundo, a DEGERenergie é um dos líderes mundiais nos sistemas de seguimento solar. O Departamento solar da Reliance Industries Ltd., entre outras coisa, é operador de um parque solar de 5 MW no estado de Rajasthan, onde são ainda utilizados apenas sistemas fixos. Actualmente a empresa colocou seis sistemas DEGERtraker do tipo 5000HD no mesmo local. O objectivo deste projectopiloto é comparar o rendimento da tecnologia de patente alemã com os actuais sistemas solares fixos. A DEGERenergia está presente no mercado indiano há alguns anos, e já instalou muitos sistemas neste subcontinente e mantém bons contactos comerciais com muitas empresas indianas graças à sua presença em feiras e às visitas regulares a clientes. Com a empresa Reliance, a empresa de Horb estabeleceu um relacionamento comercial de longo prazo baseado na confiança. Recentemente, um operador indiano decidiu colocar os sistemas da DEGERenergie em teste em Rajasthan enquanto simultaneamente obtém valores de medição fiáveis para decidir relativamente a investimentos em tecnologia solar com base em factores de confiança. A tecnologia patenteada pela DEGERenergie, Maximum Light Detection (MLD) torna possível melhorar o rendimento de instalações de energia solar até 45% quando comparados com os sistemas fixos.

ram de uma grande variedade de actividades nesta inauguração.

Depois de uma saudação inicial de Hans Mönninhoff, Presidente de Hannover, e os discursos de vários representantes da política e da economia alemã, o famoso filósofo e editor Richard David Precht falou na conferência sobre a moralidade. Uma variada programação de ócio para crianças e famílias com diversão garantida para jovens e adultos foi seguida de discursos de outras personalidades. O evento encerrou com um grande barbecue e a banda One2Groove encerrou a festa que se prolongou durante a madrugada.

“Innovations 2011 made by Rittal”

até às ferramentas de software inovadoras, o “Innovations 2011” descreve os últimos desenvolvimentos da “Rittal – The System” para o sector industrial e de tecnologias de informação. Num total de 52 páginas, o novo catálogo da Rittal reúne as mais importantes informações e especificações de diversas áreas de produtos: caixas e armários, distribuição de energia, climatização, infra-estruturas TI, software e serviços. Este catálogo torna-se assim, uma ferramenta de referência e adequado para todos os envolvidos no controle e engenharia do projecto, bem como os projectistas e operadores de datacenters e de instalações industrias. O “Innovations 2011” está disponível para download em www.rittal.pt, como também poderá ser solicitado, em forma impressa, através do contacto com os escritórios da Rittal ou com a sua rede de distribuição.

Acordo com Engebook assegura descontos especiais aos membros da Ordem dos Engenheiros Engebook - Conteúdos de Engenharia e Gestão Tel.: +351 220 104 872 . Fax: +351 220 104 871 apoiocliente@engebook.com www.engebook.com

Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt . www.rittal.pt

AS Solar inaugurou a nova sede “Plus Energy” AS Solar Ibérica de S.E.A. S.L. Tel.: +351 929 010 590 info-pt@as-iberica.com . www.as-iberica.com

A AS Solar inaugurou a nova sede da sua matriz em Hannover, no dia 1 de Junho. O edifício, além de ser uma construção “plus energy” é o único com esta concepção e estabelece novas normas no que diz respeito à energia e rendimento térmico. A sede foi remodelada a partir de um edifício em ruína que foi a sede da empresa Telefunken, nos anos 60. Cerca de 400 convidados disfrutra-

A Rittal compilou, num único catálogo, os muitos destaques que apresentou na Feira Internacional de Hanover – HMI 2011. Desde os novos conceitos de base de armários, passando pelas soluções de climatização e monitorização energeticamente eficientes,

A Engebook – Conteúdos de Engenharia e Gestão, do Grupo Publindústria, e a Ordem dos Engenheiros (OE) celebraram em Junho de 2011 um protocolo de colaboração, tendo em vista a criação de condições especiais para os membros desta instituição, em matéria de aquisição de produtos e serviços da Engebook. Através deste protocolo, os associados da OE terão acesso privilegiado a descontos exclusivos em livros de editoras como a Publindústria, o LNEC, Fundação Calouste > 17


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Gulbenkian, Edições Orion e a Schneider Electric. Simultaneamente, serão concedidas reduções adicionais em grande parte das editoras representadas no website da Engebook. A par destas regalias, os membros da Ordem poderão ainda usufruir de uma redução de 33% na assinatura anual das revistas técnico-profissionais “o electricista”, “renováveis magazine”, “robótica” e “manutenção” e de 10% na inscrição na 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas, que este ano decorrerão de 16 a 18 de Novembro (NERSANT, Torres Novas). A iniciativa vem reforçar a aposta que a Engebook/Publindústria tem vindo a fazer no alargamento da sua ampla oferta editorial junto das comunidades de engenharia e gestão industrial, não só nacionais como também de outros países de língua oficial portuguesa. Para poder usufruir dos descontos especiais, os membros da OE deverão consultar o website da Engebook, entrar no campo “novo utilizador” e facultar os dados solicitados. Convém não esquecer de, no campo “tipo de utilizador”, seleccionar a opção “membro OE”. A par disso, depois de preencherem os restantes campos, deverão correr a página até ao campo “documento” onde deverão adicionar uma cópia do cartão de membro da Ordem. Só depois de preencherem estes campos poderão usufruir das regalias ao seu dispor. Após o registo, poderão então seleccionar o(s) livro(s) e/ou revista(s) que pretenderem adquirir, e os descontos serão imediatamente efectuados.

IMO: Rolamentos com e sem dentado para aplicações de grande diâmetro REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001 geral@reiman.pt . www.reiman.pt

A IMO disponibiliza uma gama de rolamentos de grande diâmetro, com ou sem dentado (exterior ou interior) para aplicações de elevado desempenho como gruas, plataformas giratórias, seguidores solares, equipamentos médicos, entre outras. A gama standard permite até 3.464 kN de 18

carga estática e 556 kN de carga dinâmica, existindo sempre a possibilidade de desenvolver soluções à medida do cliente.

A IMO é representada em Portugal pela REIMAN.

ABB Solar Days ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com www.abb.pt

A ABB celebrará nos dias 12 e 13 de Setembro, em Barcelona, dois dias de jornadas denominadas ABB Solar Days, com o propósito de expor as últimas tecnologias para a optimização de centrais solares. Estas jornadas serão levadas a cabo no Palácio de Congressos de Castelldefels (Barcelona), e centrar-se-ão principalmente nos aspectos tecnológicos específicos que contribuem para aumentar a produtividade e eficiência dos sistemas solares, tanto fotovoltaicos como de concentração térmica. As diferentes sessões que constituem o programa do evento ABB Solar Days estarão a cargo de especialistas internacionais da ABB em tecnologia solar, de investigadores de algumas

das empresas mais avançadas nas áreas fotovoltaica e de concentração térmica, e de peritos de várias das principais instituições e centros de investigação solar europeus. A ABB Solar Days será, assim, um fórum indispensável para pessoas e entidades que queiram fazer parte, com êxito, do futuro da energia solar. Durante as sessões serão abordados os desenvolvimentos técnicos que permitem aumentar a viabilidade e rentabilidade dos sistemas de energia solar, seja mediante a redução de custos ao longo de toda a cadeia de valor do sector solar, desde a produção de painéis até à entrada em serviço das centrais de produção, seja por meio do aumento de produtividade das mesmas, ou da optimização do ciclo de vida dos activos proporcionado pelos mais avançados sistemas de controlo, manutenção e monitorização remotos. Da mesma forma, ao longo de ambas as jornadas serão debatidos os novos modelos de financiamento para os projectos de energia solar, o estado dos diferentes mercados e as principais iniciativas internacionais de promoção do sector.

Hoje vamos tornar real um sonho de uma criança O Sonho Cor-de-Verde da Rita Tlm: +351 915 042 616 info@ritaeasfadas.com www.ritaeasfadas.com . www.sonhodarita.com

O Sonho Cor-de-Verde da Rita é um livro e um projecto que nasceu há três anos por uma mãe que luta por sensibilizar a sociedade para a existência de pessoas portadoras de deficiência e também por melhorar as condições de vida da sua filha, portadora de paralisia cerebral. E também por este meio tenta arranjar fundos que lhe permitam construir uma casa simples e humilde, mas adaptada às grandes deficiências motoras da sua filha Ritinha, a personagem principal do livro e do projecto, com 8 anos. O projecto para esta casa está a ser desenvolvido a título solidário, por docentes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Para ajudar a construir este sonho verde da Ritinha – uma princesinha no seu sorriso que vê o mundo de olhos fechados e enfrenta-o >


»A energia solar é o petróleo do século XXI – só que é um recurso limpo. Com o SolarWorld, eu produzo a minha própria energia elétrica.*«

Oferecemos-lhe mais do que aquilo que poderia pedir ao Sol. Com os da SolarWorld, irá conseguir: > Mais energia limpa. > Mais independência energética. > Mais eficiência e fiabilidade. > Mais poupança. A escolha perfeita! www.solarworld.es

* O ator Larry Hagman, que protagonizou o barão do petróleo da série televisiva “Dallas”, que correu o mundo inteiro na década de 1980, é proprietário de uma das maiores instalações fotovoltaicas privadas dos E.U.A. com uma potência total superior a 100 kWp.


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com a solidão das palavras - basta apoiar solidariamente este projecto, quer seja através de apoio financeiro ou através da compra e divulgação de alguns exemplares do livro “O Sonho Cor-de-Verde da Rita” à venda através do website deste projecto, www.ritaeasfadas.com, ou do email, info@ritaeasfadas. Também pode contactar a mãe da Ritinha através do mesmo email e sugerir-lhe alguma forma de angariar fundos para construir este sonho, mas a mãe da Ritinha terá de dar o aval por escrito. Se quiser ajudar através de um donativo poderá fazê-lo através do NIB da Caixa Geral de Depósitos: 00350 350 000 087 500 0060. Porque um sonho, ainda que verde, precisa sempre de mãos que o ergam da sua terra imaginária e o transportem para a realidade!

No livro sentimos uma Maria Santos, uma mãe que tenta perceber o sentir da sua filha que não vê, não fala, não se movimenta. A ligação mãe-filha é sempre única, com interrelações que não se explicam por palavras, e por isso uma mãe consegue sentir e perceber o ser que está à sua frente, de alguma forma “diminuído” em relação aos outros, mas necessitando cada vez mais de todo o apoio para poder usufruir o mais possível da vida, com a máxima felicidade e qualidade. A mãe também nos conta, de uma forma mágica, que é urgente construir diariamente uma cultura de cidadania que passa por olhar de forma diferente os sonhos das crianças e dos jovens com deficiência em Portugal. E o livro ainda nos presenteia com uma surpresa, um audio-livro, que permite ser acessível a todas as crianças diferentes conhecer este sonho através de vozes conhecidas como Susana Félix, Marta Leite Castro,Tânia Ribas de Oliveira, Margarida Pinto Ribeiro, Mila Belo, Fernanda Freitas, Beatriz Bastos e Paula Teixeira que ainda deu voz à música Canção de Sonhar. 20

Schneider Electric construiu uma das maiores centrais fotovoltaicas da Europa Schneider Electric Portugal Tel.: +351 217 507 100 . Fax: +351 217 507 101 pt-comunicacao@pt.schneider-electric.com www.schneiderelectric.pt

Além disso, o Grupo irá também garantir o funcionamento da instalação a longo prazo, que depende directamente dos meios disponibilizados pela Schneider Electric em Itália (peças suplentes, serviço de avarias disponível 24, manutenção preventiva, entre outros). A Schneider Electric tem vindo a apostar cada vez mais em projectos energeticamente eficientes e que garantem a utilização dos recursos necessários sem margem para desperdícios maiores.

Exemplo de integração fotovoltaica no sector hoteleiro espanhol A AES SOLE Italia s.r.l, totalmente controlada pela AES Solar Energy limited, uma joint-venture entre a AES Corporation e a Riverstone Holdings LLC, seleccionou a Schneider Electric como principal fornecedora de EPC (Engineering, Procurement and Construction) para a construção, operacionalização e manutenção de um projecto ambicioso de energia solar na região de Puglia (Itália). A central fotovoltaica terá uma capacidade anual de 56 GWh, o que satisfaz as exigências energéticas de uma cidade de 40.000 habitantes, sem as 28.000 toneladas de emissões de carbono que uma central eléctrica produziria com a queima de combustíveis fósseis. Com uma capacidade máxima de produção de 43 MW, o parque é constituído por 600.000 painéis solares que ocupam um total de 1.000 m2. A Schneider Electric irá implementar uma solução integrada e actuar enquanto único interface para a gestão da unidade para a AES SOLE Itália. Os seus produtos e serviços abrangem todos os requisitos, desde a produção de energia até à distribuição, incluindo: estudos de engenharia, gestão de projectos & construção; estruturas mecânicas; subestações de inversores e de ligação à rede; sistemas de monitorização geral para a central energética; vedações, controlo de acesso, videovigilância, serviços de operacionalização e de manutenção. Através dos seus serviços de operacionalização e de manutenção, a Schneider Electric garantirá o desempenho global do sistema, ist é, o número de KWh verdadeiramente fornecidos à rede pela central energética, de acordo com a produção de painéis solares.

SCHOTT Ibérica, S.A. Tel.: +34 932 283 200 . Fax: +34 932 283 268 marketing.esbcn@schott.com www.schott.com/iberica

O hotel de 4 estrelas “Tres Reyes”, localizado em Navarra, apostou no fortalecimento da arquitectura solar sustentável, reforçando esta nova tendência e instalando inicialmente 1.263 módulos fotovoltaicos SCHOTT ASI Thru, integrados na fachada principal do edifício. Esta solução promete oferecer um valor acrescentado em termos estéticos, mas também melhorar o isolamento e o equilíbrio térmico, não esquecendo a importante protecção do meio ambiente mesmo durante as obras de instalação. A fachada principal deste edifício localizado no Parque de Taconera de Pamplona, entre a cidade velha e o alargamento da cidade, destaca-se pelo seu atractivo aspecto. Depois da conclusão das obras de reabilitação no início de 2010, o Hotel Tres Reyes dispõe de um chamariz que muitos >


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a climatização do mesmo, com as poupanças de custos que isso comporta. Os aspectos ecológicos têm sido objecto de atenção prioritária, inclusivamente durante os trabalhos de montagem, que não deviam alterar o normal funcionamento do hotel, nem tão pouco afecta as condições. Para garantir a sustentabilidade do meio ambiente e obter uma solução que perdure no tempo, o promotor exige qualidade nos materiais e nos procedimentos, com a correspondente gestão dos resíduos durante as obras de reabilitação. Depois do êxito desta primeira fase, seguir-se-á uma segunda fase: a instalação de 674 módulos fotovoltaicos adicionais (potência de pico: 14.168 W) juntamente com 3 inversores, na fachada do hotel. Serão ainda instalados módulos para uma superfície de 1.354 m2, e assim, a produção eléctrica anual estimada da instalação, composta por 1.937 módulos fotovoltaicos situa-se então em aproximadamente 21.430 kWh. Desta forma evita-se a emissão de 13.91 toneladas anuais de CO2.

Vulcano assina protocolo com Escola Profissional de Rio Maior Vulcano Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com . www.vulcano.pt

A Vulcano associou-se ao projecto “Uma Casa Portuguesa”, uma rede de espaços de alojamento local que visa valorizar os produtos portugueses e os recursos endógenos do território em que se inserem, com reduzido impacto para o ambiente, e onde os visitantes são convidados a viver uma experiência 100% portuguesa. A associação pretende promover >

PUB.

estabelecimentos hoteleiros não possuem: a fachada principal está coberta com uma grande superfície com módulos fotovoltaicos especiais. No caso destes módulos semi-transparentes, fabricados segundo uma tecnologia de capa fina, as células solares estão integradas no vidro laminado. Os módulos foram instalados seguindo a linha da fachada, sobrepostos uns sobre os outros e fixados mediante elementos mecânicos ocultos. Graças a isto, a instalação solar está completamente integrada na arquitectura do edifício. Por outro lado, os 1.263 módulos da SCHOTT “ASI Thru”, que interligados em série em forma de string alimentam 3 inversores de 5 kW de potência nominal cada um, alcançando uma potência pico de 25.260 W, gerando desta forma milhares de kWh de electricidade solar relativamente ao meio ambiente. Além disso, estes elementos solares instalados na fachada reforçam o isolamento do edifício, baixam as cargas de calor e frio e facilitam desta forma

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a cultura bem como a qualidade dos produtos portugueses, a valorização dos recursos endógenos, contribuindo para a dinamização das economias locais nos territórios de baixa densidade, e a integração de serviços de vários actores locais, através de workshops, percursos pedestres, passeios temáticos e eventos. A primeira unidade, que funcionará como protótipo, está a ser construída desde Janeiro deste ano em Ferraria de S. João, Concelho de Penela, e a sua inauguração está prevista para Setembro, data a partir da qual todos os seus utilizadores poderão usufruir deste espaço, conhecer os melhores produtos nacionais e comprá-los. A Vulcano, um dos parceiros ouro nesta iniciativa, disponibilizou equipamentos de aquecimento de águas, contribuindo juntamente com outros parceiros, para a qualidade e conforto de cada espaço interior da unidade. O projecto integra 54 parceiros, entre os quais a Vulcano, que se associa ao projecto na área das soluções para o aquecimento de águas. Para Nadi Batalha, coordenadora de marketing da Vulcano, “A Casa Portuguesa vem mostrar como o país se pode tornar mais competitivo recorrendo aos produtos nacionais e dinamizando as economias locais. Enquanto marca portuguesa é para a Vulcano uma honra integrar este projecto desde a sua génese, acreditando que este incentivo ao consumo nacional é imperativo perante a actual conjuntura económica que o país atravessa”.

Siemens investe 150 milhões de euros em centros de I&D para energia eólica Siemens, S.A. Tel.: +351 214 178 000 . Fax: +351 214 178 044 www.siemens.pt

A Siemens vai investir ao longo dos próximos dois anos mais de 150 milhões de euros na expansão e desenvolvimento do seu negócio na energia eólica. No âmbito deste esforço, serão criados na Dinamarca dois centros de Investigação & Desenvolvimento (I&D) para o desenvolvimento em soluções e produtos para este mercado de enorme potencial. Nos últimos 20 anos, a Siemens instalou em águas europeias mais de 600 turbinas eólicas offshore, com uma capacidade combinada de 22

mais de 1.800 MW, tendo assegurado para os próximos anos uma carteira de projectos offshore que totalizam 3.600 MW. Fruto da sua capacidade de inovação, a empresa acaba de instalar o protótipo da próxima geração de aerogeradores offshore em Høvsøre, na Dinamarca. A nova turbina eólica SWT-6.0120, com uma potência de 6 MW e um rotor de 120 metros de diâmetro, utiliza a inovadora tecnologia de accionamento directo e a comprovada tecnologia de rotor da Siemens. A nacelle e o rotor da SWT-6.0-120 pesam em conjunto menos de 350 toneladas, estabelecendo assim um novo padrão de baixo peso para aerogeradores offshore de grandes dimensões, o que contribuirá para uma significativa redução do custo da energia nos parques eólicos offshore, como também nas torres e estruturas de apoio.

A SWT 6.0-120 é o terceiro tipo de aerogerador de accionamento directo desenvolvido pela Siemens. Neste momento, a empresa está a realizar testes exaustivos para validar o desempenho do novo aerogerador antes do produto ser oficialmente lançado no mercado. O novo SWT-6.0-120 recorre a diversas tecnologias-chave comprovadas em aplicações offshore de aerogeradores de 3.6 MW da Siemens. A primeira série de aerogeradores eólicos de 6 MW apresentará a mesma pá B58, agora utilizada pela SWT3.6-120. Outras tecnologias implementadas no aerogerador eólico SWT-6.0-120 incluem o design IntegralBlade® da Siemens, ou seja, pás sem colagem de juntas. O primeiro protótipo de 6 MW vai ser agora submetido a um exaustivo processo de comissionamento e período de ensaio antes de passar para um

funcionamento automático. Durante 2011, a Siemens irá instalar protótipos adicionais de aerogeradores SWT-6.0-120 para teste e validação. Alguns aerogeradores de 6 MW da pré-série serão instaladas durante 2012 e 2013 para mais testes e optimização do desempenho da turbina. A produção em série está prevista para 2014.

IBC SOLAR aposta em Portugal como mercado estratégico IBC SOLAR Tel.: +34 961 366 528 . Fax: +34 961 366 529 www.ibc-solar.es

A IBC SOLAR AG, o maior integrador de sistemas de energia solar fotovoltaica do mundo, prepara-se para reforçar a sua presença em Portugal, um mercado que considera estratégico pelo enorme potencial na área das energias renováveis. Com um volume de facturação preliminar de 972 milhões de euros em 2010, a multinacional alemã aumenta assim para treze o número de países onde está presente. Juan Manuel Presa foi nomeado responsável pelo desenvolvimento da operação no mercado português e Ricardo Novaes será o Delegado Comercial do Grupo no país. Rudolf Sebald participou no evento de apresentação da empresa a parceiros, que decorreu em Lisboa e que contou com a presença de representantes das principais empresas, associações e universidades do país. Para além de anunciar um seminário de formação, que se realizou nos dias 1 e 2 de Junho, em Lisboa e no Porto, e a presença na Concreta em Outubro, a IBC SOLAR lançou o seu website oficial em português, (www.ibc-solar.pt). Segundo Rudolf Sebald, Director de Projectos da IBC SOLAR AG, “Portugal é um mercado estratégico para a IBC SOLAR pelo seu >


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enorme potencial na área das energias renováveis e, em particular, da energia solar fotovoltaica. Portugal possui mais de 50% das horas de luz solar que a Alemanha, que é actualmente a maior produtora desta energia na Europa.” A experiência, a aposta na qualidade dos produtos e serviços e a melhor garantia de potência do sector são alguns dos factores que têm contribuído para que o Grupo, fundado em 1982 por Udo Möhrstedt, se assuma como líder, na Alemanha e no mundo.

te mercado, e com bastante aceitação. Em França continuam a aprofundar as relações comerciais com a empresa “L’Air et La Lumiére”, distribuidora para a parte Norte de França bem como com a preparação da próxima feira Batimat em Paris (em Novembro) na qual serão apresentadas novidades ao mercado francês.

Nova apresentação online da Sputnik Engineering: moderna, linear e informativa Sputnik Engineering International AG Tel.: +41 323 465 800 . Fax: +41 323 465 829 info-international@solarmax.com www.solarmax.com

SKF com metodologia para avaliar a condição das massas lubrificantes no campo Chatron ganha prémio “Menção Honrosa - Inovação Tektónica 2011”

SKF Portugal – Rolamentos, Lda. Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650 geral.pt@skf.com . www.skf.pt

Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 . Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt

A Chatron esteve presente na Galeria de Inovação da Tektónica 2011, através do seu novo produto “Tubo Solar Roof window híbrido”, produto que veio a ser distinguido pelo Júri do evento com o prémio acima indicado. Coube a Carlos Brandão, sóciogerente da Chatron, a missão de receber o prémio e fazer um breve discurso agradecendo a distinção do júri nomeadamente por este ser atribuído a uma empresa portuguesa, que investe na inovação e dedicou-o a toda a equipa da Chatron e a todas as entidades que com ela trabalham diariamente no desenvolvimento de novos produtos. Encontra-se em andamento o processo de internacionalização da Chatron, tendo sido dados importantes passos no sentido de alargar a venda dos produtos Chatron no mercado Espanhol (durante a última edição da GENERA, em Madrid, de 11 a 13 de Maio), nomeadamente através dos tubos solares híbridos, também eles novidade nes-

A análise do lubrificante é uma parte vital da estratégia de manutenção preditiva. No entanto, até agora, isto tem sido quase totalmente relacionado com os óleos, apesar de que cerca de 80% dos rolamentos são lubrificados com massa. Após anos de pesquisa, a SKF desenvolveu uma metodologia que permite avaliar a condição da massa directamente no campo, o SKF Grease Test Kit foi lançado como mais um produto da sua extensa gama de massas, lubrificadores, ferramentas de lubrificação, sistemas de lubrificação, entre outros. Ao usar este kit de testes rápidos e fáceis, os utilizadores serão capazes de avaliar a condição das massas lubrificantes sendo que três testes diferentes são incluídos no protocolo: consistência (patente requerida), separação do óleo, e avaliação de contaminação. Desta forma, consegue avaliar-se as condições da massa e permite a tomada de decisões imediatas no campo. O SKF Grease Test Kit inclui orientações para uma correcta interpretação dos resultados obtidos através dos testes.

Independentemente de estar interessado num conjunto SolarMax, em inversores centrais ou numa solução de comunicação de dados MaxComm, encontra todas estas soluções na nova página de Internet da Sputnik Engineering AG. Com o objectivo de reduzir as buscas demoradas na Internet, a navegação nova, bem estruturada em www.solarmax.com, facilita a procura da informação necessária acerca de cada produto. Dados técnicos, apresentações do produto ou termos e condições da garantia são facilmente acessíveis. A área de descarregamento lista todas as brochuras de produto, instruções de funcionamento, documentação de dispositivos e certificados de uma forma inequívoca com os itens actuais da revista dedicada aos clientes SolarMax Globe, que poderá igualmente ser descarregada. Basta um clique para visualizar um menu onde consta toda a documentação de visualização necessária em vários idiomas, sendo que um novo dispositivo de visualização permite percorrer, ler, reduzir e aumentar, imprimir e recomendar a informação a terceiros, de uma forma simples. Caso pretenda visualizar toda a página de Internet noutro idioma, é possível comutar a qualquer momento. Além disso, e recorrendo à nova funcionalidade de pesquisa em todo o texto “MaxSearch”, o utilizador encontrará toda a informação de uma forma directa e linear. A nova página de Internet com formato moderno, renovado, informa ainda acerca do historial da empresa, a sua filosofia e rede de distribuidores internacionais da Sputnik. Tendo em consideração > 23


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Buderus Bosch Buderus Thermotechnik, S.A. Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 170 info.buderus@pt.bosch.com . www.buderus.pt

sões contaminantes. As árvores absorvem as emissões de CO2 e, portanto, estabilizam as concentrações na atmosfera deste gás com efeito de estufa. Por esta razão, salvar os bosques requer uma mudança no estilo de vida. Os bosques têm um papel muito importante na nossa vida, proporcionandonos muitos recursos naturais importantes, como a madeira, combustível, borracha, papel e plantas medicinais. A Buderus, através dos seus produtos eco-eficientes e utilizando energias alternativas, contribui para um melhor aproveitamento das energias disponíveis, a redução de CO2 e ainda para a protecção do meio ambiente.

Mais uma vez, a Buderus quer fazer eco ao dia Mundial do Meio ambiente, celebrado todos os anos no dia 5 de Junho, e que este ano teve como lema “Bosques: A natureza ao seu serviço”. Como parte da cultura empresarial desta marca, integrada na divisão de termotecnologia do grupo Bosch, o cuidado pelo meio ambiente está reflectida em cada uma das suas actividades e produtos. A marca Buderus especializou-se no desenvolvimento de sistemas inovadores de climatização que ajudam a reduzir as emissões de CO2, e perante a existência de recursos cada vez mais escassos, oferecem soluções para o meio ambiente, responsáveis e orientadas para poupar a maior quantidade de energia possível no futuro e reduzir as emis-

Graças às novas caldeiras de pellets da Buderus, os pequenos cilindros provenientes da serragem de madeira refinada e seca que

que a Sputnik Engineering está em franca expansão e permanentemente à procura de novos colaboradores, a página de Internet inclui ainda um quadro de anúncio de candidaturas em aberto.

Buderus com o dia Mundial do Meio Ambiente

depois é comprimida, são obtidos da poda de uma árvore e da limpeza dos bosques que não geram emissões de CO2, visto que a madeira queima-se com CO2 neutro. Isto significa que durante a combustão liberta-se a mesma quantidade de dióxido de carbono ao ambiente que a árvore absorveu anteriormente do ar. De igual modo, a geração de calor mediante os painéis solares da Buderus que aproveitam a energia solar para o aquecimento e água quente sanitária são proporcionadas pela energia gratuita do sol, completamente livre de emissões de CO2. As bombas de calor geotérmicas da Buderus extraem a energia da terra permitindo um abastecimento livre de emissões de CO2, e as caldeiras de condensação da Buderus chegam a níveis de eficiência energética superiores a 110%, contribuindo assim para reduzir as emissões de carbono. Para ser ainda mais eficiente, a Buderus desenvolveu uma ferramenta denominada Logasoft E+, que extrai uma série de recomendações e os seus potenciais de poupança estão relacionadas com a mudança da caldeira actual por outra mais eficiente, proporcionando de uma só vez poupanças de energia, custos e emissões de CO2. Com a entrada no mercado destes produtos, baseados no ar, no sol, na terra e na água, a Buderus contribui para respeitar a natureza, mediante novas soluções responsáveis com a envolvente meio ambiental. >


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Tubos Solares Chatron em várias unidades comerciais e fabris Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 . Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt

A nova Unidade fabril da Continental Mabor em Famalicão consome actualmente o mínimo de energia eléctrica em iluminação, graças à implementação de sistema de iluminação solar natural: tubos solares Chatron. O modelo adoptado foi o TS600, com dezenas de tubos solares, distribuídos pelas áreas de produção e de armazém da nova unidade. A construtora Gabriel Couto foi o empreiteiro responsável pela construção e também pela instalação dos tubos solares Chatron. A unidade comercial do Modelo Continente da Ribeira Grande, nos Açores, está a sofrer obras de melhoramento e a cobertura é uma das partes beneficiadas. Também aqui os equipamentos seleccionados para a iluminação solar natural foram os Tubos solares

Chatron, modelos TS600 e TS300. Esta instalação coube ao empreiteiro Açoriano João Vieira & Filhos, que se estreou como instalador de tubos solares Chatron. A nova zona fabril da fábrica de cabos eléctricos CELCAT, unidade de cabos eléctricos sedeada em Pêro Pinheiro, em Sintra, foi recentemente equipada e arrefecida com unidades Biocooler AE-30 VS. Trata-se de um alargamento e um upgrade da unidade fabril cuja fábrica já conta com unidades Evaporativas Chatron, desde Setembro de 2001. Dado o crescimento da venda dos tubos solares Chatron no mercado francês, e a importância que o “Avis technique” tem para poder ser integrado na construção de obras públicas, a Chatron iniciou recentemente o processo de obtenção do “Avis Technique – Conduit de lumière naturelle”. As previsões apontam que até final do ano a Chatron tenha todo o processo concluído, pelo que a partir de 2012 será possível instalar os tubos solares Chatron nos edifícios públicos do estado Francês.

AS Solar presente em eventos do sector AS Solar Ibérica de S.E.A. S.L. Tel.: +351 929 010 590 info-pt@as-iberica.com . www.as-iberica.com

Depois de expôr em Madrid, na GENERA e em Lisboa na Tetkónica durante o mês de Maio, a AS Solar esteve também presente numa feira internacional com destaque no mercado, a Intersolar, que decorreu em Munique do dia 8 até ao dia 10 de Junho, e onde uma vasta delegação internacional da AS Solar esteve disponível para responder a qualquer dúvida e facilitar informação sobre os produtos e marcas que a AS Solar distribui. A AS Solar também estará presente na Concreta, na cidade do Porto, e na PVSEC em Hamburgo, e ainda está responsável pela Conferência da Indústria Solar em Espanha, de 13 a 14 de Outubro em Madrid. >


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F.Fonseca lança a nova Revista Industrial 01|2011, versão “2 em 1” F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 . Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com . www.ffonseca.com

A F.Fonseca lança mais um número da sua revista semestral, 18.ª edição, em que a versão em papel tem a particularidade de ser apresentada num formato “2 em 1”. Este formato segue a filosofia da nova entidade visual, lançada em meados de 2010. A F.Fonseca divide esta edição em duas áreas distintas, uma dedicada à Automação Industrial e outra à área de Processo, Instrumentação & Ambiente. Na versão digital disponibilizam o formato de cada área em publicações independentes, para que possa aceder à informação que mais vai de encontro aos seus interesses. O acto de comunicar é imprescindível, e a F.Fonseca através da sua revista pretende dar a conhecer as últimas novidades e tendências nas tecnologias de vanguarda. Pode fazer download desta revista no website www.ffonseca.com, no menu downloads.

Os módulos ATERSA obtém o cerificado MCS ATERSA – Aplicaciones Técnicas de la Energía, S.L. Tel.: +351 915 178 452 . Fax: +351 914 747 467 atersa@atersa.com . www.atersa.com

O MCS (“The Microgeneration Certification Scheme”) é um sistema de certificação EN 45011, que certifica os módulos fotovoltaicos da ATERSA para a sua utilização em instalações fotovoltaicas no Reino Unido. O instituto BSI (“The British Standard Institution”) concedeu o certificado MSC depois de uma 26

auditoria da fábrica da ATERSA em Almussafes (em Valência), e o ensaio dos módulos. O MCS é um sistema de garantia de qualidade reconhecido internacionalmente, e que demonstra a qualidade e fiabilidade dos produtos certificados segundo rigorosas normas. O certificado MCS implica a avaliação dos produtos, dos processos de fabrico, dos materiais, procedimentos e captação de profissionais. Além disso, é uma exigência para comercializar módulos fotovoltaicos no mercado do Reino Unido dentro do programa de apoio financeiro do governo. A obtenção deste certificado complementa as acções da ATERSA para garantir a máxima qualidade e serviço aos seus clientes, que no ano de 1997 obteve o certificado AENOR ISO 9001, em Julho de 2009 obteve o certificado AENOR ISO 14001 que certifica a ATERSA de um sistema de Gestão Ambiental, de acordo com a norma UNE-EN ISO 14001:2004. Os módulos da ATERSA já contam com os certificados IEC 61215 e IEC 61730. A ATERSA adequa as exigências do mercado, certificando todos os seus produtos de acordo com as normas dos diferentes mercados, e continua com revisões anuais na sua fábrica de Almussafes (Valência), que avaliam os módulos fotovoltaicos produzidos debaixo de controles de qualidade mais exigentes.

Weidmüller em parceria com ESTPOR Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

A Weidmüller, empresa de capitais alemães sediada em Lisboa, mais exactamente em S. Domigos de Rana, assinou uma parceria com a ESTPOR, em Angola. Sendo um Distribuidor preferencial da Weidmüller para o mercado angolano, a ESTPOR distribuirá todos os produtos Weidmüller para o Sector Eléctrico e Electrónico, como bornes, fontes de alimentação, descarregadores de sobretensão, caixas ATEX, bucins ATEX, conversores de sinais, Ethernet Industrial, marcações para fios, cabos e todo o tipo de identificação de quadros eléctricos, e ainda uma gama completa de ferramentas para Corte, Descarne e Cravação.

A Weidmüller, através da ESTPOR, passa assim a estar presente no mercado angolano de uma forma permanente, e com os seus produtos em stock em Luanda e Viana. No dia 17 de Maio de 2011, teve lugar no auditório do Hotel Agatha, uma conferência em conjunto com a ESTPOR, apresentando a Weidmüller como uma das empresas líderes no sector dos Interfaces, e foi apresentado um breve portfólio dos seus mais de 35.000 produtos e soluções.

Smartwatt lança novo website e página no facebook: THINK ESCO® Smartwatt, S.A. Tel.: +351 220 114 366 . Fax: 351 220 114 368 info@smartwatt.pt . www.smartwatt.pt

A SMARTWATT colocou online no passado dia 15 de Julho o seu novo website, disponível em www.smartwatt.pt, bem como a sua página na rede social Facebook. Ambas as plataformas permitirão a divulgação de novidades dos sectores da eficiência energética e das energias renováveis, as grandes apostas da SMARTWATT, bem como a partilha e disponibilização de vasta informação, nomeadamente, sobre os serviços, produtos e inovações da empresa. Com tais lançamentos, a empresa de >


Refinando a energia do Sol

Com Krannich é possível A colmeia é uma maravilha arquitectônica onde 50.000 abelhas realizam instintivamente complexas reacções químicas enquanto resolvem problemas de matemática avançada. Tanto as abelhas cereras e as construtoras de celas como as recolectoras e “químicas”, que põem a gota de ácido fórmico para assegurar a conservação do mel, são fiadores de uma boa colheita no enxame.

Com a mesma eficácia se põem a seu serviço as “laboriosas abelhas” de Krannich Solar, desde o desenho com componentes de alta qualidade até o serviço pós-venda. Sem esquecer a assistência completa, o fornecimento ou a projecção, acompanhando-o desde o princípio, para colher ano após ano uma boa produção garantida com a sua instalação fotovoltaica.

Av. Alquería de Moret, 39, 46210 Picanya (Valencia) Tel. +34961594668 · Fax. +34961594686 · info@es.krannich-solar.com www.krannich-solar.com


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serviços de energia pretende aumentar a sua notoriedade, proximidade com o seu público-alvo e presença no mercado, apostando fortemente no canal digital para o fazer. A Smartwatt trabalha junto dos seus clientes na optimização da sua performance energética e na definição e implementação de estratégias que permitam um melhor controlo de custos e ganhos de eficiência energética, assessorando a criação de valor dentro das organizações e processos, tanto ao nível do sector público, como ao nível do sector privado, oferecendo um modelo One-Stop-Shop através de uma equipa multi-disciplinar e multi-tecnológica, com metodologias devidamente estruturadas e baseados em princípios como a independência e a competência.

ao interesse de cada participante. Durante o working lunch tiveram a oportunidade de trocar impressões e falar directamente com os oradores. Foi assim com sucesso que a Donauer Solar Systems viu a sua participação, em mais uma edição da feira Téktónica.

Recondicionamento de rolamentos SKF para a indústria eólica SKF Portugal – Rolamentos, Lda. Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650 geral.pt@skf.com . www.skf.pt

Encontro Técnico Internacional alerta para qualidade na instalação de energia solar Donauer Solar Systems, Lda. Tel.: +351 219 663 470 . Fax: +351 219 663 479 info@donauer.pt . www.donauer.eu

O retorno financeiro de uma instalação solar começa na escolha dos equipamentos. Um sistema de energia fotovoltaica instalado deverá produzir por mais de 25 anos, portanto, as decisões têm que ser tomadas cuidadosamente. Só uma instalação de alta qualidade e durabilidade, oferece a segurança que é essencial num investimento a longo prazo. Com o objectivo de alertar para a importância da qualidade na instalação, a Donauer Solar Systems, especialista em energia solar, organizou no âmbito da feira Tektónica um Encontro Técnico Internacional sob o tema “A Qualidade faz a diferença”. Vários representantes de marcas de renome internacional como Kostal, Kaco, DEGERenergie, Pairan, Intersol, Avancis e Conergy contribuíram com mini-workshops técnicos para o sucesso do evento. Os oradores da Donauer apresentaram os temas relacionados com a qualidade na instalação solar, soluções inovadoras para sistemas fotovoltaicos isolados e sistemas de montagem. Mais de 80 profissionais da área assistiram às apresentações que decorreram em sessões paralelas, permitindo uma maior abrangência temática e uma escolha correspondente 28

Os rolamentos são componentes principais das turbinas eólicas e estão sujeitos a diversos e elevados esforços. Os especialistas da SKF podem avaliar um rolamento e decidir se os danos que apresenta podem ser removidos por recondicionamento, diminuindo assim custos de manutenção. A SKF tem décadas de experiência em recondicionamento de rolamentos. Nos serviços de recondicionamento da SKF, todo o processo é realizado por especialistas, e de acordo com as rigorosas especificações SKF. O procedimento inicia-se com a limpeza, desengorduramento e desassemblagem dos rolamentos. Todos os componentes são então inspeccionados, com posterior emissão de um detalhado relatório de análise. Os rolamentos que não se encontrem danificados de forma a impedir o seu recondicionamento, podem ser restaurados através de procedimentos adequados, incluindo rectificação, polimento e substituição de componentes. Na verdade, um rolamento com cerca de 30% da sua vida útil restante pode ser recondicionado, sendo

que desta forma pode ocorrer uma redução substancial de custos de manutenção dos equipamentos. O processo de recondicionamento pode levar a uma redução de até 50% do custo de um rolamento novo, sendo igualmente possível proceder ao recondicionamento de chumaceiras. O recondicionamento requer até 90% menos energia do que a utilizada no fabrico de um novo rolamento. Prolongando a sua vida útil evita assim o consumo desnecessário de recursos naturais, reduzindo as emissões de CO2. Como resultado, para além de uma significativa redução de custos para o cliente, o recondicionamento também representa uma solução amiga do ambiente para as operações de manutenção, incluindo a destruição segura dos lubrificantes contaminados. Definir correctamente tempos de paragem para desmontagem e recondicionamento do rolamento é essencial para estabelecer a relação adequada de aumento de vida útil e redução de custos operacionais. Os benefícios máximos da contratação de um programa de recondicionamento são alcançados com a utilização de manutenção preditiva, como por exemplo, aplicando e explorando o sistema de monitorização online SKF WindCon. A SKF, enquanto um dos principais fornecedores mundiais de rolamentos, desenvolveu nos seus serviços uma gama de capacidades essenciais, recursos e infra-estruturas que garantem um serviço de recondicionamento de alta qualidade.

Engebook edita “Laboratórios de Energia Solar Fotovoltaica” Engebook - Conteúdos de Engenharia e Gestão Tel.: +351 220 104 872 . Fax: +351 220 104 871 apoiocliente@engebook.com www.engebook.com

A Publindústria/Engebook acaba de lançar no mercado do Ensino Técnico Profissional o livro “Laboratórios de Energia Solar Fotovoltaica”. Este manual é direccionado para os formandos dos cursos profissionais de energias renováveis, dos ministrados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e aos formadores/professores, facilitando – aos primeiros –, a sistematização das ideias a transmitir, simplificando a comunicação >


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entre ambos, e oferecendo – aos últimos –, a garantia da uniformização das acções de formação e resposta às necessidades colectivas ou individuais.

50 anos de experiência de qualidade da SCHOTT Solar SCHOTT Solar, S.L. Tel.: +34 (0) 932 283 213 . Fax: +34 (0) 932 283 263 solar.sales@schottsolar.com www.schottsolar.com

A SCHOTT Solar assumiu a tarefa de utilizar o potencial praticamente inesgotável do sol como fonte de energia renovável. Para isso, esta empresa produz módulos fotovoltaicos e receptores para centrais solares com tecnologia de colectores cilíndrico-parabólico.Como filial a 100% da SCHOTT AG, uma empresa de longa tradição com 125 anos de experiência tecnológica, a inovação também faz parte das máximas da SCHOTT Solar. As origens da empresa remontam aos finais dos anos 50 e actualmente, a SCHOTT Solar é um dos maiores fabricantes de todo o mundo e a uma empresa que unifica a competência em fotovoltaica e nos conhecimentos e experiências em tecnologia de receptores sobre o mesmo tecto. >

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A obra é também dirigida aos alunos do Ensino Superior, a engenheiros, empresas e técnicos do sector, sob uma óptica de resolução de problemas. O objectivo principal

continua a ser a existência de um livro que integre permanentemente os conhecimentos do saber fazer, através de uma prática experimental em consonância com as restantes disciplinas inerentes a esta área de formação. Para o efeito, procurou-se uma estruturação em 13 trabalhos laboratoriais, contemplados nos programas dos cursos profissionais de Técnicos de Energias Renováveis (variante de Sistemas Solares), e ainda no Curso Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos (Ref.ª 522212). Os autores, Filipe Pereira e Manuel Ângelo Oliveira, esperam ter conseguido um manual de fácil utilização, sobretudo por parte do aluno/formando a quem se principalmente se destina, que seja capaz de contribuir para uma aprendizagem mais estruturada e eficaz. Para os colegas professores/formadores aguarda-se que os venha a ajudar na orientação e programação das aulas, afirmando-se ainda como uma mais-valia na vida profissional de técnicos e engenheiros do sector.

Renewable energy consultants

THE POWER OF KNOWLEDGE Training courses for the renewable energy industry WIND FARM PERFORMANCE VERIFICATION AND OPTIMISATION 30 November 2011; Lisbon, Portugal A one day course for industry professionals wishing to learn more about the verification and optimisation of the performance of a wind farm. The course allows the attendees to benefit from GL Garrad Hassan’s extensive experience of project due diligence and avoid common mistakes and misconceptions. For more information: www.gl-garradhassan.com/en/Training_22425.php If you have any enquiries please email: training@gl-garradhassan.com All confirmed courses can be found at: www.gl-garradhassan.com/en/Training.php

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A SCHOTT Solar fornece todos os componentes fundamentais para a produção de energia fotovoltaica: desde os wafers e células solares até aos módulos de película fina, passando ainda pelos módulos cristalinos. Com instalações de produção a nível internacional, uma elevada competência e uma larga experiência na produção, combinadas com uma rede de distribuição mundial, assim como especialistas qualificados e com uma larga experiência, elevam a SCHOTT Solar a uma boa posição no mercado. A SCHOTT SOLAR possui o módulo de duplo vidro SCHOTT ASI, de capa fina e o módulo de duplo vidro Poly, um módulo policristalino vidro/lâmina com uma elevada potência nominal, e uma tolerância positiva de eficácia que assegura rendimentos elevados e sustentáveis.

SMA promove a integração na rede SMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L. Tel.: +34 902 142 424 . Fax: +34 936 753 214 info@sma-iberica.com . www.sma-iberica.com

A impecável integração de redes de energia solar é uma importante estratégia para manter a expansão da energia fotovoltaica. Por isso, a SMA Solar impulsiona de forma pró-activa a investigação neste âmbito, o que permite a injecção de corrente solar, mantendo uma grande estabilidade na rede. Partindo deste ponto, a SMA juntamente com outros fabricantes, concordou em equipar os seus produtos a partir de 2011, com um sistema adequado de desconexão por sobrefrequência. Isto significa que, a partir de agora, os inversores fotovoltaicos da SMA deixaram de ser ligados aos 50,2 Hz. Assim, com relativamente pouco esforço, a segurança do sistema e o fornecimento melhorará de for30

ma significativa, algo que vai beneficiar todos os clientes de energia. Pierre-Pascal Urbon, porta-voz do Conselho de Administração da SMA Solar, ditou que a correcta integração na rede da corrente solar será uma questão primordial nos próximos anos: “para garantir o crescimento da energia fotovoltaica é necessário integrar a percentagem crescente da corrente solar da produção energética na rede. A SMA já reconheceu a problemática da integração de redes e impulsionou a investigação de forma pró-activa.”

injecção de energia solar elevada. Deste modo, os operadores obtêm uma maior segurança na planificação, visto que provavelmente, as instalações não poderão ser reequipadas depois de 2012.”

ABB obtém encomendas no valor de 33 milhões de dólares na área solar em Itália ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com www.abb.pt

Até agora, e segundo o regulamento de ligação dos operadores de distribuição de rede, no caso de um aumento da frequência da rede, tinha de usar de forma súbita a instalação fotovoltaica na rede. A desconexão simultânea na rede de baixa tensão alemã de uma potência fotovoltaica instalada tão elevada nesse momento, poderia produzir desde instabilidade até apagões em grandes áreas. Portanto, com frequências de rede elevadas, as instalações fotovoltaicas já não se desligam por completo, mas a sua potência vai sendo reduzida de forma gradual. Partindo desta base, mais de dez fabricantes de inversores de fotovoltaicos, entre os quais se encontra a SMA, irão fornecer os seus produtos com um sistema adequado de desconexão por sobrefrequência. A SMA participou de forma decisiva na iniciativa e desde o dia 12 de Maio de 2011 tem implementado para os seus fornecimentos de fábrica o regulamento transitório da alemã FNN “Técnica de Rede/Funcionamento de Rede” (FNN pelas suas siglas em alemão) da VDE (Associação Electrotécnica Alemã). Bernd Engel, Vice-Presidente ditou que “com o compromisso de monitorizar a potência reactiva em função da frequência em instalações fotovoltaicas na rede de média tensão, também se pode garantir uma ampla estabilidade da rede, no caso de existir uma potência de

A ABB recebeu encomendas no valor de 33 milhões de dólares da Emmeesseenne, uma empresa com objectivos especiais, financiada por um fundo de investimento focado em energias renováveis, para fornecimento “chave-na-mão” de três centrais eléctricas fotovoltaicas de alta eficiência, próximo da cidade de Foggia, no sudeste da Itália. As encomendas foram registadas no quarto trimestre de 2010 e espera-se que as centrais estejam operacionais no terceiro trimestre de 2011. As três centrais, De Nittis 1, 2 e 3, estarão localizadas em instalações adjacentes e possuirão uma capacidade combinada de produção de 39 megawatts (MW). Ao substituir a produção de energia através de combustível fóssil, as centrais evitam 33 mil toneladas de emissões de CO2 anuais, o equivalente às emissões de cerca de 13 mil automóveis europeus. A ABB fornecerá as centrais com uma solução eléctrica e de controlo completa, incluindo as ligações à rede de transporte. Esta solução, baseada num conceito comprovado, é constituída por módulos previamente montados e testados em fábrica, que são depois enviados para a instalação, onde >


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conhecidas como Macchia Rotonda, estão também localizadas na área de Foggia e têm uma capacidade de produção combinada de 15 MW.

Resul Solar presente na Tektónica Resul – Equipamentos de Energia, S.A. Tel.: +351 218 394 980 . Fax: +351 218 394 981 geral@resul.pt . www.resul.pt

A Resul Solar esteve presente na última edição da Tektónica, a maior feira portuguesa de construção e obras públicas, que decorreu na FIL – Feira Internacional de Lisboa, de 3 a 7 de Maio. Este ano a empresa apresentou um novo conceito de espaço, numa área total de 54 m2, idealizado e projectado com a marca BAXIROCA, da qual a Resul é um dos mais importantes distribuidores em Portugal. Pedro Torres, Administrador da

Resul Solar, ditou que “não podíamos deixar de estar presentes neste evento tão importante, visto estarmos muito empenhados em afirmar a Resul Solar como uma das marcas mais prestigiadas em Portugal no sector dos equipamentos relacionados com a Energia Solar, Fotovoltaica e Térmica. Neste sentido, recordo que inaugurámos há pouco aquela que é a primeira loja de Energia Solar, no Parque Oriente - Bobadela-Sacavém, e a seguir à Tektónica iremos estar presentes na Genera 2011, uma >

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são implementados de forma rápida e flexível. As tecnologias avançadas de controlo e optimização do sistema permitem que as centrais operem a elevada eficiência. Todo o equipamento de energia e automação será optimizado para aumentar a produtividade e reduzir perdas. A solução inclui ainda tecnologias especialmente desenhadas para um controlo mais preciso e uma monitorização remota das centrais. “A especialização e experiência da ABB na execução de grandes projectos de energia solar numa base de ‘chave-na-mão’ foi um factor importante de sucesso”, afirmou Franz Josef Mengede, Director da área de negócio Power Generation da ABB, incluída na divisão Power Systems. “A solução é baseada no nosso conceito modular de grande sucesso para centrais eléctricas fotovoltaicas, que oferecem personalização, execução rápida e um elevado nível de produtividade.” A ABB está actualmente a concorrer para um contrato EPC similar para o mesmo cliente. As quatro centrais eléctricas fotovoltaicas,

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das maiores feiras internacionais de Energia e Meio Ambiente, que terá lugar em Madrid, de 11 a 13 de Maio.” O espaço da Resul Solar na Tektónica destacou-se pela sua elevada e iluminada torre com a imagem da marca, os visitantes contactaram com os equipamentos BAXIROCA, assim como com alguns painéis solares da Suntech. Em destaque estiveram soluções de aquecimento para a obtenção da máxima eficiência, Sistemas integrados de Caldeiras de Condensação, com destaque especial para a gama Platinum que permite poupanças no consumo de gás até 30% e que contribui, decisivamente, para melhorar o meio ambiente devido à sua reduzida emissão de CO2. A Resul Solar também apresentou soluções de Energia solar térmica associadas à nova Bomba de Calor Platinum BC, complementadas pelos Acumuladores Solar Easy, simples ou duplos. E ainda da BAXIROCA, soluções de aquecimento a biomassa: recuperadores a água (Serbal e Albizia) e recuperadores de calor de design (Idesia 850 e Idesia 1100), mas também pelas Salamandras a pellets, BIO AR e BIO ÁGUA, a gama de radiadores de design BAXIROCA by Cordivari; radiadores que exploram a esfera das emoções e apelam aos sentidos para dar forma a soluções de climatização, transformando-se em verdadeiras obras de arte que dão calor. A Suntech também esteve presente no stand da Resul Solar.

Visita da Escola da Sertã às instalações da SEW-EURODRIVE PORTUGAL SEW-EURODRIVE PORTUGAL Tel.: +351 231 209 670 . Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt www.sew-eurodrive.pt

Decorreu em Março mais uma visita de estudo às instalações da SEW-EURODRIVE PORTUGAL, realizada por 17 alunos e 3 professores do Curso Profissional de Técnico de Electrotecnia, no âmbito das disciplinas de Electrotecnia e Electrónica e Práticas Oficinais, e prevista no plano de actividades deste Curso da Escola Secundária da Sertã. Esta visita pretendia atingir os seguintes objectivos: desenvolver o sentido de responsabilidade; permitir uma melhor compreensão 32

dos conteúdos programáticos; contactar com processos de montagem de motores industriais; recolher informações sobre aplicações de motorização; identificar processos de ensaio, verificação e controlo de qualidade em sistemas electromecânicos; verificar a aplicação das normas de Segurança e Higiene no Trabalho.

e colocadas várias questões pelos alunos, e por fim, o moto-redutor foi transportado para um banco de testes onde foi colocado a funcionar para um teste de qualidade. Os professores que acompanharam a visita manifestaram a sua satisfação pela forma como foram recebidos e com o elevado grau de profissionalismo demonstrado pelos colaboradores da empresa, bem como a forma de organização da visita e acompanhamento dos alunos.

Sputnik, 20 anos de confiança e expansão contínua Sputnik Engineering International AG Tel.: +41 323 465 800 . Fax: +41 323 465 829 info-international@solarmax.com www.solarmax.com

À chegada às instalações da SEW-EURODRIVE PORTUGAL, a visita iniciou-se por uma zona onde os alunos observaram como se faz o armazenamento organizado de stock e, também, de todos os componentes já reparados por esta unidade fabril. De seguida, o grupo dirigiu-se para a zona de montagem onde foram visitadas as ilhas e explicados alguns procedimentos, para a montagem dos diversos tipos de moto-redutores. Na zona de exposição e ensaio, os alunos puderam observar um sistema de demonstração e ensaio de accionamento para elevação de varas de palco de teatros, utilizando motores de freio duplo, e o funcionamento de uma unidade de demonstração da SEW-EURODRIVE PORTUGAL, denominada MOVIMACHINE. De seguida os alunos dirigiram-se para a sala de formação da empresa onde Rui Costa fez a apresentação da empresa e a sua actividade no mundo e em Portugal. Depois de um pequeno intervalo em que todos os elementos do grupo foram convidados a tomarem uma bebida, o grupo dirigiu-se a um posto de trabalho preparado para poderem assistir à montagem completa de um motoredutor. Foi um momento muito interessante em que os alunos puderam acompanhar a montagem de um motor eléctrico, desde a aplicação de rolamentos, colocação do estator, até ao acoplamento do redutor, montado peça a peça. Durante a montagem foram explicados todos os procedimentos técnicos

A fabricante suíça Sputnik Engeneering celebrou os seus 20 anos na última edição da Intersolar, a maior feira de energia solar. A marca do inversor SolarMax tem sido permanenente sinónimo de confiabilidade máxima, qualidade suíça, e agora é sinónimo de 20 anos de experiência. Desde Maio de 2011 que a Sputnik tem novas ofertas, maiores garantias e por isso, enfatiza a credibilidade atribuída aos seus dispositivos. A garantia de 5 anos dada aos inversores de strings pode ser estendida até um máximo de 25 anos, e isto inclui apoio técnico durante a resolução de problemas e substituição de aparelhos com defeito. Christoph von Berger, Director e fundador da Sputnik Engineering AG referiu que, “queremos afirmar os nossos 20 anos de experiência e bom entendimento do nosso serviço ‘qualidade suiça’ para com o cliente. Com os nossos novos pacotes de garantia, os investimentos dos nossos clientes ficam protegidos de forma adequada.” >


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Crescente interesse na produção de energia solar para consumo próprio

para uso próprio, de forma a tornarem-se independentes dos custos crescentes de energia a longo prazo.”

DEGERenergie GmbH Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241 info@degerenergie.com . www.degerenergie.com

A DEGERenergie teve um grande sucesso na feira do sector industrial, Intersolar, em Munique, sobretudo no que diz respeito ás pequenas e médias empresas que denotaram um grande interesse na tecnologia MLD que lhes permite produzir energia solar para uso próprio. A verdade é que a tecnologia patenteada MLD para sistemas inteligentes fotovoltaicos de seguimento que a DEGERenergie desenvolveu está a ganhar cada vez mais aceitação no mercado. Michael Heck, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da DEGERenergie ditou que “tem havido um maior interesse por parte das pequenas e médias empresas na nossa tecnologia. Muitas delas pretendem produzir energia solar sobretudo

Segundo Michael Heck, a Intersolar voltou a provar de forma convincente a sua posição como feira líder para a indústria como um todo. “Tivemos muitas conversas interessantes. Os visitantes, a maioria de outros países, mostravam-se geralmente muito bem informados e vieram a Munique com projectos concretos. Sobretudo no que diz respeito às mudanças na >

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Os clientes que comprarem inversores SolarMax também podem ter contratos de garantia até 25 anos com as opções de “Full” e “Limited”. Juntamente com estas novas garantias, a Sputnik apresentou os inversores de strings das séries S e MT da SolarMax, os inversores centrais das séries S, TS e TSSV, tal como soluções de comunicação para sistemas de monitorização eficiente. Desde que a empresa foi fundada que Christoph von Bergen tem aumentado continuamente o número de locais de venda, de acordo com as necessidades do mercado e dos clientes. E isso é referido no próximo passo da empresa que irá expandir-se para a China, com uma nova subsidiária. “O mercado chinês tem agora muitas potencialidades e queremos participar desde o início”, confidenciou von Bergen. “Estou convencido que iremos estabelecer os nossos inversores SolarMax no mercado chinês, bem como todos os nossos produtos de elevada qualidade e com longa experiência no mercado.”

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política energética e de como isso pode dar ao mercado fotovoltaico um impulso poderoso.” Cada vez há mais empresas que pretendem ter um opção fotovoltaica como uma forma de se tornar independentes das empresas de serviços públicos. “E nós apenas o podemos fazer com a energia solar. Ao contrário dos outros tipos de energias renováveis, esta tem a vantagem de ser descentralizada, e sem custos: a energia é produzida onde é consumida.” E o mais gratificante para a DEGERenergie foi notar que muitos reconhecem as vantagens da tecnologia MLD de Horb: “Em uma e outra conversa recebemos elogios aos nossos sistemas. Até porque os números falam por si.”

ao máximo. Este painel monocristalino possui um desempenho superior na captação de luz solar, mesmo quando escassa, e está submetido aos mais elevados padrões de qualidade alemães, que se reflectem na sua elevada durabilidade e resistência. A garantia de cada painel vai até aos 10 anos e, estes contam ainda com uma garantia de produção de 80% até 25 anos. Estas características assim como a sua relação qualidade/preço conquistaram a FuturSolutions, que por sua vez o converteu numa nova aposta para oferecer o melhor aos seus clientes.

Vulcano recebe “Prémio Produto Inovação COTEC- Unicer” 2011 Conergy: o surpreendente monocristalino alemão FuturSolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica, Lda. Tel./Fax: +351 262 582 553 . Tlm: +351 919 849 729 geral@futursolutions.pt . www.futursolutions.pt

O mercado das energias não pára, e todos os dias optimizam-se soluções, de acordo com a demanda da evolução da tecnologia. O que hoje é bom, facilmente o deixa de ser amanhã. Esta é uma verdade universal com a qual nos deparamos todos os dias, em todas as áreas, o que decorre numa contínua mudança que tantos receiam. A FuturSolutions pretende estar sempre na linha da frente, e como tal, não se assusta perante a mudança, aposta nela! Desta forma a FuturSolutions apresenta ao mercado uma nova aposta, uma nova marca, um novo painel, criteriosamente seleccionado para os seus clientes. De origem 100% alemã, desde o fabrico da célula à assemblagem do painel, o novo Conergy promete dar garantias que valorizem a sua solução 34

Vulcano Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com . www.vulcano.pt

A Vulcano conquistou o 1.º lugar na edição de 2011 do “Prémio Produto Inovação COTEC – Unicer”, destinado a distinguir os produtos mais inovadores em Portugal. O CAE (Compact Advenced Electronics) conhecido comercialmente em Portugal como Sensor HDG, recebe assim esta prestigiada distinção, entre mais de 30 candidaturas, no âmbito do 8.º Encontro Nacional de Inovação COTEC. O Sensor HDG é considerado triplamente ecológico porque combina três benefícios inovadores: sistema de ignição por hidrogerador, economia de gás, e compatibilidade com as soluções solares. Este modelo consiste na primeira gama, a nível mundial, de esquentadores com modelação electrónica de gás sem ligação à rede eléctrica. Dispõe de um hidrogerador que se acciona automaticamente com a passagem de água e gera a energia necessária ao seu fun-

cionamento, sem recurso a qualquer fonte adicional de energia (electricidade). Com funcionamento termostático, o esquentador Sensor HDG da Vulcano permite seleccionar a temperatura desejada com exactidão, grau a grau (35º C a 60º C), mantendo-a sempre estável durante toda a utilização. A precisão da temperatura seleccionada permite uma poupança no consumo de gás e evita a junção de água fria. Este esquentador de exaustão natural é ainda totalmente compatível com as soluções solares Vulcano, tendo sido concebido para funcionar com água pré-aquecida proveniente de um sistema solar térmico. A utilização de energia solar térmica reduz ainda mais o consumo de gás, minimizando igualmente as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Eficiência energética, precisão no controlo da temperatura e preservação do meio ambiente são os principais argumentos que tornam o Sensor HDG, numa solução que responde às mais elevadas exigências do consumidor e às novas tendências da construção sustentável. A Vulcano volta a ser reconhecida pela aposta na inovação das suas soluções, vector essencial da sua estratégia.

DIRAK E-LINE: segurança electrónica e controlo de acessos REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001 geral@reiman.pt . www.reiman.pt

O E-LINE é a gama da DIRAK de produtos electromecânicos. A DIRAK, fundada em Abril de 1991, é uma empresa internacional com mais de 450 funcionários em todo o mundo. Com base nos requisitos específicos de cada cliente, a DIRAK desenvolve e fabrica sistemas mecânicos e electrónicos de fecho, vedação e accionamento para armários e bastidores eléctricos industriais. Com 10 anos de experiência na área das soluções electrónicas de fecho e segurança, a DIRAK é fabricante de sistemas de acesso e soluções de controlo para armários e bastidores. A optimização constante dos produtos, tanto em hardware como em software, assim como a concepção de novas soluções personalizadas, torna a DIRAK num forte parceiro de negócio e inovação. >


Switches Gigabit Alto rendimento para comunicações industriais Tolerância a falhas A maior disponibilidade da rede é proporcionada pela redundância da tipologia em anel, com um tempo de recuperação inferior a 20 ms.

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Recentemente a DIRAK adicionou novas soluções para armários industriais em aplicações ao ar livre ou em áreas de acesso público. Estas áreas apresentam desafios especiais devido ao risco de vandalismo. Com instalações de produção na Alemanha, EUA e Ásia, e uma rede de distribuição global através de subsidiárias e parceiros de distribuição, garantem o fornecimento de produtos DIRAK e serviço adequado em qualquer parte do mundo. Os produtos E-LINE são utilizados mundialmente em clientes como: Bank of America – North America, DELL – Texas, US Senate – Washington DC, e PEPSICO – Texas.

Rittal Portugal organiza 2.º Encontro Anual de Distribuidores

José Berardo, desde peças de arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria e cerâmica, com uma impressionante extensão temporal de milhares de anos. Este ano, dado o contexto político, económico e social, de que resultaram substanciais mudanças no mercado nacional, a Rittal redesenhou também o seu modelo estratégico de suporte ao negócio realizado através da rede de Distribuição, criando melhores condições para que este segmento de mercado cresça mais, mais rápido e melhor, levando a que a nossa rede de distribuição em Portugal assuma uma maior preponderância e importância no negócio global da Rittal e possa responder, de forma eficaz, ao crescimento que a empresa tem tido e às consequentes solicitações do mercado. Este novo modelo estratégico foi apresentado na reunião de trabalho, bem como as últimas novidades da Rittal. O evento terminou após um magnífico jantar onde foram entregues os prémios de “Melhor Distribuidor Indústria” e “Melhor Distribuidor TI”, 2010. O Encontro Anual de Distribuidores foi um grande sucesso, quer pela participação massiva dos distribuidores e pelo saudável convívio entre todos, quer pela demonstração de vontade de contribuir para o desenvolvimento deste novo modelo estratégico apresentado, com todas as vantagens que daí possam decorrer.

abordará temas actuais e prementes como a eficiência energética no global e igualmente nos espaços comerciais e infraestruturas. A gestão técnica de edifícios, o KNX como standard mundial de edifícios, sem esquecer a importante integração das energias renováveis nos edifícios multifamiliares serão outras das temáticas. Como não podia deixar de ser, a iluminação eficiente, os datacenters e a automação dos edificios também serão referidos no painel dos edifícios eficientes. No dia 17 de Novembro, no primeiro painel dedicado às telecomunicações será inicialmente abordada a 2.ª edição do Manual ITED e todas as questões e mudanças que lhe estão implícitas. O ITUR, as redes estruturadas e uma abordagem diferente da TDTsat. Da parte da tarde estará em cima da mesa outro painel – os accionamentos industriais. Sobre este assunto serão apresentadas comunicações sobre as aplicações eficientes com motores eléctricos de elevado rendimento tal como o accionamento mecatrónico com eficiência energética IE4, e não serão esquecidos temas sobejamente importantes a serem utilizados nos accionamentos industriais, como os variadores de frequência e os sistemas e aplicações de segurança.

VI edição das Jornadas Tecnológicas

A manutenção das instalações eléctricas industrais será o último painel da 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas e será discutido no último dia do evento, a 18 de Novembro. A importância de uma boa qualidade de energia eléctrica será explicada tal como as funcionalidades dos quadros e das protecções eléctricas, e ainda as particularidades da norma ATEX como um regulamento das características dos equipamentos a colocar nas zonas com perigo de explosão de acordo com a directiva europeia. Além disso também será abordada a disponibilidade e resiliência em sistemas críticos, as variadas comunicações de segurança e as suas respectivas características, e será ainda explicada a compensação do factor de potência. Para terminar o painel será abordada a conversão de sinais e electrónica e ainda a cogeração e gestão de energia. >

Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt . www.rittal.pt

Jornadas Tecnológicas Tel.: +351 225 899 626/8 . Fax: +351 225 899 629 geral@jornadastecnologicas.pt www.jornadastecnologicas.pt

A Rittal Portugal, mantendo os seus compromissos para com a sua rede de Distribuição, organizou no dia 2 de Junho, nas Caves Aliança, em Sangalhos, o 2.º Encontro Anual de Distribuidores, num ambiente descontraído e acolhedor. Neste espaço magnífico, o grupo teve a oportunidade de visitar a excelente exposição do “Aliança Underground Musuem”, onde se encontra uma parte das mais diversas colecções do Comendador 36

Continuando com o seu cariz itinerante, a 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas irá realizar-se de 16 a 18 de Novembro, nas instalações da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, em Torres Novas. As inscrições tal como as outras informações já se encontram disponíveis online, em www. jornadastecnologicas.pt. Como tem sido hábito desde a primeira edição, o Director da revista “o electricista”, Custódio Dias dará o mote para a abertura da 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas no dia 16 de Novembro. O primeiro painel


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Workshop da Weidmüller no INETE Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

instalações e métodos técnicos de execução, bem como exemplos de estudos pioneiros para esta actividade. Também foi abordado o importante tema da nova legislação em vigor. No final, Fernanda Torres, Directora da Escola e Ana Assis, Coordenadora dos Cursos TER, ficaram bastante agradadas e agradeceram a disponibilidade da Weidmüller para a realização do workshop, assim como a doação do equipamento ao INETE.

PROINSO fornece o seu primeiro projecto de 2 MW na Índia

A multinacional espanhola PROINSO, especializada na distribuição de módulos, conversores, sistemas de orientação solar e estruturas fixas para instalações solares fotovoltaicas, garantiu o seu primeiro contrato com a Índia, de fornecimento de um projecto solar de 2 MW, localizado no estado de Maharastra (centro oeste do país). A PROINSO levará a cabo o fornecimento ao longo do ano e, segundo fontes da empresa, actualmente negocia o fornecimento para outros projectos de energia solar fotovoltaica na Índia que ultrapassam os 20 MW de potência para 2011, tanto para promotores indianos como europeus com projectos na Índia. Na PROINSO destacase o grande potencial de crescimento do

A PROINSO e a MECASOLAR – empresas integradas no Grupo OPDE – têm previsto abrir antes do final do ano uma delegação na Índia, país para onde viajaram no mês de Abril em missão comercial com a Associação Espanhola para a Internacionalização e a Inovação de Empresas Solares (SECARTYS - SOLARTYS). Esta missão permitiu que ambas as empresas, que participaram no Renewable Energy Technology Cogress celebrado em Nova Deli, conhecessem a aposta que o Governo indiano fez na energia solar; os seus actuais planos para o desenvolvimento da energia solar nos próximos anos (National Solar Mission); assim como os diversos planos que estão a decorrer em algumas regiões. Durante a citada missão contactaram um elevado número de promotores, EPCistas e clientes. No final do ano, tanto a PROINSO como a MECASOLAR irão estar presentes na feira INTERSOLAR INDIA, de 14 a 16 de Dezembro. <

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Os alunos do 10.º, 11.º e 12.º do Curso de Técnico de Energias Renováveis (TER) realizaram um workshop, no Auditório do INETE – Instituto de Educação Técnica, sobre Energias Renováveis - Fotovoltaicas - Mini Geração. Este evento foi dinamizado pela empresa Weidmüller, com o objectivo de contactar com sistemas de protecção de sobretensões em sistemas de produção de energia fotovoltaica, soluções técnicas e novos equipamentos. Deodato Taborda Vicente iniciou os trabalhos com uma breve explicação sobre as energias limpas no país e no mundo, fazendo especial menção à oportunidade que todos os jovens deste curso terão no mercado de trabalho das instalações fotovoltaicas, e quais os tipos de instalações relacionadas com energias renováveis. Filipe Pereira da KleanEnergie4Life apresentou vários exemplos de

PROINSO – Solar Energy Supplies Tel.: +34 948 403 637 . Fax: +34 948 412 378 info@proinso.net . www.proinso.net

mercado de energia solar na Índia durante os próximos anos, já que as previsões apontam para que, em 2020, o país conte com 10.000 MW instalados.

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dossier mini-hídricas

pequenas centrais hidro-eléctricas em Portugal: passado, presente e futuro Lara Ferreira e António Sá da Costa, APREN

caracterização das Centrais Mini-Hídricas no território nacional Hélder Teixeira, Smartwatt

avaliação de potencial e viabilidade técnica e económica de Centrais Mini-Hídricas Andrea Schaan e Jorge Oliveira, Smartwatt

IFIM: metodologia para determinação do caudal ecológico Miguel Mascarenhas e Helena Coelho, Bio3

mini-hídricas 38


C

M

Y

CM

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CY

CMY

K


dossier mini-hídricas

pequenas centrais hidro-eléctricas em Portugal: passado, presente e futuro

O presente artigo visa abordar a evolução das Pequenas Centrais Hidro-eléctricas em Portugal, facultando uma pequena resenha histórica, passando pelo presente enquadramento do sector, e terminando com uma breve perspectiva para o futuro. Lara Ferreira e António Sá da Costa APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis. apren@apren.pt

Introdução A água é, desde há muito tempo, uma fonte de energia. Se no passado foi usada para moer cereais, para mover os pisões utilizados na indústria têxtil ou ainda para accionar as grandes serras das serrações de madeira, a energia da água é hoje em dia usada como fonte para produzir electricidade, nos chamados aproveitamentos hidro-eléctricos. Estes aproveitamentos, que se localizam nos cursos dos rios, integram um conjunto de elementos que vão desde a barragem, que barra o curso normal da água, ao circuito hidráulico, que conduz a água desde a barragem até à central propriamente dita, onde se encontram as máquinas geradoras de electricidade - os grupos turbina-gerador. A produtividade destes aproveitamentos muito depende da forma como a água corre naturalmente no rio, dependendo da esta40

ção do ano, variabilidade anual, e do facto do ano ser mais ou menos húmido - variabilidade interanual. Para poder garantir uma melhor distribuição deste recurso constroem-se barragens de maiores dimensões que permitem a criação de albufeiras que, em função da sua dimensão e do caudal de dimensionamento dos aproveitamentos, permitem fazer uma regularização do caudal dentro do ano ou entre anos. Os aproveitamentos hidro-eléctricos têm algumas características que lhes conferem propriedades únicas num sistema eléctrico moderno. Salientam-se, entre outros, o facto de produzirem electricidade fazendo uso de um recurso natural sem emissão de gases com efeito de estufa, a a possibilidade de armazenar energia, no caso de possuírem albufeira, e de poderem ser rapidamente accionados, atingindo a potência máxima em

menos de dois minutos. Enaltece-se ainda a sua capacidade de trabalhar numa gama muito alta de rendimento, em torno dos 90%, para uma grande variação de caudal, dependendo claro, do tipo de máquina usado. Das inúmeras classificações aplicáveis aos aproveitamentos hidro-eléctricos, refere-se a que diz respeito à potência. Assim, convencionou-se designar pequena central hidro-eléctrica (PCH) às que têm uma potência compreendida entre 1 e 10 MW. Esta é a definição de PCH aceite pela Comissão Europeia e pela European Small Hydropower Association (ESHA). Para as potências inferiores a 1 MW, aplicase a designação de micro-hídricas, e acima de 10 MW, grandes hídricas. Note-se, no entanto, que actualmente, se consideram grandes hídricas as que excedem 30 MW, e PCHs de transição as que se situam entre 10 e 20 MW.


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O presente artigo visa abordar a evolução das PCHs em Portugal, facultando uma pequena resenha histórica, passando pelo presente enquadramento do sector, e terminando com uma breve perspectiva para o futuro.

As Pequenas Centrais Hidro-eléctricas As PCHs possibilitam a produção de electricidade, a partir da energia potencial existente nas águas correntes de uma linha de água, convertendo a energia potencial de posição, existente numa massa de água, em energia cinética, aproveitando um desnível entre duas cotas. É esta energia que faz mover a roda de uma turbina, que por sua vez se encontra associada a um gerador, que possibilita a produção de electricidade. As PCHs têm sido vistas como uma valiosa solução para o fornecimento de electricidade a comunidades isoladas ou rurais, preenchendo uma lacuna na produção descentralizada. Possuem múltiplas vantagens associadas como: • A produção de electricidade de baixo custo, sem recurso a combustíveis fósseis – carvão e gás natural, e logo sem emissões de CO2 nem compra de licenças de emissão; • A elevada fiabilidade na produção de electricidade; • No caso de possuírem albufeira, a possibilidade de armazenamento e abastecimento de água às populações, indústria e agricultura; • O efeito mitigador de aspectos negativos de situações extremas, através da garantia de caudais ecológicos e da regularização de caudais, suavizando os efeitos quer de cheias, através do amortecimento dos caudais de ponta, quer de secas, com a garantia de caudais satisfatórios; • A promoção de turismo e actividades de lazer – desenvolvimento regional.

Em Portugal, a utilização da água para produção de electricidade inicia-se na última década do século XIX. Na primeira metade do século XX, a produção hidro-eléctrica desenvolveu-se para satisfazer consumos locais – pequenas instalações de moagem, fiação, tecelagem e lanifícios, bem como para a realização de iluminação pública. Neste período construíram-se centrais com potências da ordem de 100 a 200 kW, sendo a primeira a construída no rio Corgo, junto a Vila Real, com uma potência de 118 kW. O desenvolvimento industrial e económico no século XX levou a que a utilização de água dos rios para produção de electricidade proliferasse. Grandes empreendimentos foram então construídos, essencialmente nos rios Cávado, Zêzere e Douro.

Figura 2 Central hidro-eléctrica de Manteigas, no Parque Natural da Serra da Estrela (Grupo Generg). É um exemplo de aproveitamento hidro-eléctrico que assegura um perfeito enquadramento com a Natureza. É constituído por um pequeno açude, revestido a pedra local, equipado com um dispositivo de passagem de peixes. Figura 1 Central hidro-eléctrica de Canedo, em Trás-os-Montes (Grupo RP Global). Foi distinguida com o prémio Small Hydro Award da prestigiada revista International Water Power and Dam Construction, distinguindo a excelência na combinação de desafio tecnológico e respeito pelo ambiente.

No entanto, estas podem também ter associados alguns efeitos negativos, nomeadamente, a alteração do regime natural do rio, com os consequentes impactes na fauna piscícola e na flora ribeirinha.

No entanto, a partir da década de 80, registou-se um preocupante abrandamento na exploração deste recurso, apesar das políticas energéticas comunitária e nacional serem explícitas quanto à importância da exploração de recursos endógenos, através 41


dossier mini-hídricas

pequenas centrais hidro-eléctricas em Portugal: passado, presente e futuro

Figura 3 Potência instalada em pequenas centrais hídricas, por período, em Portugal (Fonte: REN).

de energias renováveis, que evitam não só o consumo de combustíveis fósseis (carvão e gás natural) para a produção de electricidade, mas também a emissão de gases com efeito de estufa. Actualmente, em Portugal, existem mais de 150 PCHs em funcionamento, com um total de potência instalada superior a 370 MW, segundo dados da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), contabilizando as Regiões Autónomas. A política energética nacional, actualmente definida pela Estratégia Nacional para a Energia - ENE 2020, define o reforço da utilização da energia hidro-eléctrica, nomeadamente a proveniente de PCHs. A opção pela energia hídrica permite reduzir a dependência energética do País, aumentando o aproveitamento de um recurso natural e renovável, para além de permitir a diversificação das fontes. Note-se que Portugal é um dos países da União Europeia com maior potencial hídrico por explorar. O Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidro-eléctrico (PNBEPH) foi instituído para promover a exploração deste potencial. No entanto, é de referir que programa semelhante deveria ser pensado para reanimar o sector das PCHs, tal como previsto no Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis – PNAER. 42

Figura 4 Evolução da potência instalada em PCHs em Portugal – 2015 e 2020 (Fonte: DGEG, APREN, PNAER).

Note-se que o PNAER refere que Portugal deverá possuir 750 MW de potência instalada em PCHs até 2020, ou seja, prevê a instalação de mais de 350 MW na próxima década, isto é, a duplicação da potência instalada nesta tecnologia. Portugal possui ainda potencial para produção de energia hidro-eléctrica por explorar, sobretudo no Continente, nas bacias hidrográficas localizadas a Norte do rio Tejo, em especial para as regiões hidrográficas dos rios Lima e Douro.

Segundo a DGEG, em 2010, existiam 21,9 MW de potência licenciada (desde atribuição de ponto de recepção), em PCHs, representando um aumento superior a 250% face a 2009. Este facto deve-se ao lançamento do concurso público, em Outubro de 2010, para a atribuição de concessões de utilização do domínio hídrico e de capacidade de injecção de potência na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP), para aproveitamentos hidro-eléctricos destinados à captação de água para a produção de energia eléctrica com capacidade instalada até 20 MW.

As potencialidades de produção de energia hidro-eléctrica estão directamente relacionadas com a orografia do território, que gera as quedas aproveitáveis, e com os recursos hídricos superficiais disponíveis que, por sua vez, determinam volumes turbináveis e a sua distribuição ao longo do ano, que é manifestamente irregular no território continental português. Pequenas Centrais Hídricas – Potencial (MW) Explorado 340 (1) (2)

(1)

Por Explorar 780

Total

Potencial por Explorar (MW) (3)

(3)

(2)

1.120

Renováveis - Estatísticas Rápidas, Março 2011 – DGEG Cenários da Evolução Previsional de Produção em Regime Especial 2005-2025 – REN

Tabela 1 Potencial hidro-eléctrico em Portugal Continental, no que concerne PCHs.

Minho

30

Lima

98

Cávado

22

Ave

29

Douro

420

Cenários da Evolução Previsional de Produção em Regime Especial 2005-2025 – REN

Tabela 2 Potencial hidro-eléctrico por explorar em Portugal Continental – bacia hidrográfica.

No entanto, é de notar que o processo de licenciamento é ainda moroso, representando uma barreira à implementação deste tipo de projectos. Sem uma efectiva alteração de


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procedimentos, não será possível o aproveitamento pleno do potencial identificado.

O futuro – medidas a implementar Do que atrás foi exposto pode inferir-se que o que falta fazer para atingir os objectivos é fácil. Nada mais enganador para quem está fora do sector. O licenciamento de uma PCH é moroso, dispendioso e com um resultado imprevisível. O tempo médio de licenciamento é de cerca de 10 anos, havendo casos em que este período excede as duas dezenas de anos. Esta situação é incompreensível nos dias de hoje. O PNAER prevê como medidas a implementar, a criação de um balcão único para o licenciamento de projectos de energias renováveis. Esta disposição tem sido defendida pela APREN há já vários anos, tendo sido finalmente reconhecida como uma medida necessária em Portugal. O balcão único é um sistema, que deverá ser implementado na entidade licenciadora da licença eléctrica – a DGEG, mas que englobará técnicos das várias entidades envolvidas no licenciamento. Neste sistema existirá, para cada processo, um técnico responsável, o gestor do projecto, que centralizará todo o processo de licenciamento, sendo com ele que o promotor deverá dialogar para o esclarecimento de assuntos relacionados com o processo. Todos os pareceres das entidades oficiais, necessários ao licenciamento, serão solicitados por este gestor, e terão prazos para serem emitidos; a ausência de emissão dentro dos prazos estipulados na lei traduzir-se-á na não oposição ao projecto e inexistência de condicionamentos específicos. Hoje em dia, quando os pareceres são solicitados pelo promotor, não se sabe quando nem mesmo se estes serão emitidos, motivo que leva ao bloqueamento de todo o processo, com o consequente alongamento imprevisível dos prazos. Paralelamente, poderá ser implementado um sistema de acompanhamento do licenciamento online, semelhante ao sistema implementado pelos CTT, para seguir a correspondência. Ainda, para acelerar e tornar mais eficiente o licenciamento ambiental, deverá ser altera-

da a composição das comissões de avaliação ambiental, devendo incluir pelo menos um técnico da entidade licenciadora, a DGEG, e aceitar em todas as reuniões da referida comissão, um representante do promotor, que não deverá ter direito a voto. Com estas simples medidas deverá ser possível assegurar que os prazos do licenciamento e o resultado dos mesmos sejam mais rápidos e consentâneos com os objectivos traçados para Portugal. Outra questão que deve igualmente ser revista é a forma de atribuição da licença para utilização da água para a produção de electricidade e respectivo ponto de ligação. Não se deve continuar a insistir em sistemas que exigem pagamentos previamente à efectiva atribuição de licenças, como se passou no final de 2010. É condenável que o produto destes pagamentos seja retirado do sistema eléctrico para financiar o Estado, sendo depois publicamente afirmado que as tarifas associadas às energias renováveis em regime especial são elevadas. Deve referir-se que nesta situação os promotores destes projectos actuam como financiadores do Estado, ficando com um direito de vir a ser ressarcidos das contribuições pagas, através das tarifas que são pagas pelos consumidores de Baixa Tensão Normal, durante o período de tarifa garantida. É ainda deixada uma nota aos critérios de atribuição de projectos de PCHs, que devem pautar-se pela qualidade das soluções técnicas apresentadas, a forma como optimizam os recursos hídricos em causa, bem como as características do local, respeitando sempre as condicionantes ambientais. Deveria também, de alguma forma, ser considerada a experiência dos projectistas e promotores, pois é uma forma de garantir o melhor uso de um recurso que é de todos nós, bem como deverá ser considerada, de uma forma apropriada, a capacidade financeira do promotor, para levar para a frente, num prazo razoável, o projecto que propõe. Com estas medidas, poderão ser fortemente reduzidas as movimentações especulativas que têm surgido, como também seriam

criadas condições para que, no caso dos projectos não serem implementados nesse prazo razoável, o projecto pudesse vir a ser atribuído a outro promotor. Apesar destas medidas ajudarem a tornar o processo mais expedito, não é certo que se consiga arrancar com a construção de novos processos a curto prazo. Também são sobejamente conhecidas as dificuldades em obter financiamento para projectos em Portugal, pelo que não se deverá parar, ou retardar, o processo de atribuição de novos projectos, pois é de esperar que quando estiverem em fase de procura de financiamento as dificuldades sentidas hoje em dia estejam já ultrapassadas. Por último, deverá ser encarada com particular atenção a disponibilização de pontos de ligação na rede de distribuição. Estes projectos de PCHs envolvem potências relativamente reduzidas, pelo que deverá ser feito um esforço adicional, pelo operador da rede de distribuição, em consegui-las a tensões e distâncias compatíveis com a dimensão de cada projecto.

Notas finais Portugal tem tradição no sector hidro-eléctrico, que começou no século XIX com as primeiras PCHs. No início da década de 1990, houve um ressurgimento da actividade, a que se seguiu um forte abrandamento no início do século XXI. A potência que faz parte dos objectivos entregues em Bruxelas, no ano passado, implica um esforço semelhante ao efectuado há cerca de 20 anos, que trouxe ao país resultados muito positivos. Não é impossível atingir 750 MW em PCHs em 2020; no entanto, para tal será necessária a cooperação de todas as entidades envolvidas, bem como a implementação das medidas vertidas no PNAER e as demais acima referidas, das quais se salientam: o balcão único, a composição da comissão de avaliação dos impactes ambientais e a forma de atribuição dos novos projectos. Vamos pois todos pôr mãos à obra e colaborar de forma a rapidamente ter de novo em marcha o projecto nacional das PCHs. 43


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caracterização das Centrais Mini-Hídricas no território nacional As Centrais Mini-Hídricas (CMH) estão entre os recursos renováveis que ainda podem ser aproveitados em Portugal, sendo do conjunto de todos os recursos renováveis as mais difíceis de compreender, devido às características de cada central, tanto na vertente técnica como na vertente da envolvente e do próprio recurso. Estas encerram em si características técnicas, que são específicas e únicas e que, desta forma, lhe conferem um estatuto de singularidade. Tendo em conta que a energia hídrica é uma das prioridades das políticas energéticas nacionais existe interesse em traçar o perfil das CMH em Portugal, através da sua caracterização e tipificação em função de estereótipos técnicos, da sua produção e da avaliação do seu recurso hidrológico. Hélder Teixeira Smartwatt helder.teixeira@smartwatt.pt

A caracterização técnica das CMH depende das condições morfológicas do local de instalação da central hidroeléctrica, que fortemente influencia a altura de queda, especifica a bacia de drenagem e define o fluxo de água. Como é evidente, todos estes factores interferem significativamente no desempenho energético de uma CMH, e para além disso traçam o tipo de configuração e de equipamentos a dimensionar. Assim, devem considerar-se factores chave como: a queda, o caudal, a potência instalada, a área da bacia hidrográfica e o tipo de turbinas.

Caracterização Técnica – Queda A altura de queda de água numa CMH reveste-se de uma das principais características, dado que influencia directamente a capacidade de potência a instalar, ou seja, a queda é sinónimo de energia potencial gravítica que irá ser transformada em energia mecânica, após a sua passagem pelas turbinas hidráulicas. Em Portugal existem zonas geográficas que ostentam características morfológicas 44

Queda (m)

Caudal (m3/s)

0-40

0-10

40-100

10-20

100-200

20-30

200-350

30-50

350-520

50-100

Figura 1 Mapa da Distribuição das Quedas nas CMH em Portugal.

Figura 2 Mapa da Distribuição do Caudal nas CMH em Portugal.


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exímias que lhe conferem estatuto para a exploração de recursos hídricos, conforme apresentado no mapa com a distribuição de queda nas CMH. É visível que a predominância, na ordem dos 40% das CMH instaladas, é para quedas entre os 0 e 40 metros. Sendo que, a maior queda existente em CMH é de 475 metros. – Caudal O fluxo de água evoca notoriedade, na medida em que este define a potência a instalar numa CMH. É a partir do caudal que contém associado energia cinética do movimento das águas e após a sua passagem pelas pás da turbina, acoplada a um gerador, irá possibilitar a conversão de energia mecânica de rotação em energia eléctrica. Em termos de caracterização, apresenta-se o mapa com a distribuição do caudal nas CMH em Portugal, onde se denota a existência de áreas fortemente qualificadas por

Potência (kW)

elevadas afluências. Concretizando, em cerca de 50% das CMH instaladas em Portugal a tipificação de caudais é para intervalos entre os 0 e 5 m3/s, evidenciando que na generalidade a existência de recurso natural é de baixa escala. – Potência As CMH são caracterizadas pelo seu valor de potência instalada, ou seja, pela quantidade de energia fornecida em cada unidade de tempo. Como é óbvio, existem regiões em Portugal com características insignes, conforme apresentado no mapa com a distribuição de potência instalada nas CMH. Em termos percentuais, a zona Norte é aquela que apresenta uma maior concentração de potência instalada, por km2. – Área da Bacia Hidrográfica As CMH têm o seu princípio de funcionamento utilizando como recurso a água, no entanto, nem toda a água induz interferência

Assim, a área da bacia é um factor que interfere nas CMH, apesar de estar indirectamente interligado com os valores de caudal. Como é óbvio, a área depende da geografia do terreno e difere de CMH para CMH, conforme apresentado no mapa com a sua distribuição nas CMH instaladas em Portugal. Pela caracterização comprova-se a existência de um leque diversificado de áreas de ba-

Área (km2)

0-1000

0-200

1000-2500

200-500

2500-4500

500-1000

4500-8500

1000-2000

8500-11500

2000-3500

Figura 3 Mapa da Distribuição da Potência das CMH em Portugal.

na produção de uma CMH. Somente a água que cai na área da bacia hidrográfica correspondente à CMH é que deve ser considerada e, mesmo essa está sujeita a fenómenos, desde intercepção com a vegetação, evaporação e até mesmo infiltração na crosta terrestre. Contudo, o factor que se reveste de importância é o escoamento superficial, a água excedente após atingida a capacidade de infiltração do solo. Essa água desloca-se para o curso de água abrangido pela área da bacia, e constitui um recurso disponível para a produção.

Figura 4 Mapa da Distribuição das Áreas da Bacia nas CMH em Portugal.

Tipo de Turbina Francis Kaplan Pelton

Figura 5 Mapa da Distribuição das Turbinas nas CMH em Portugal.

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dossier mini-hídricas

Caracterização das Centrais Mini-Hídricas no Território Nacional

cias, reforçando a ideia que Portugal possui uma geografia distinta ao longo do território, sendo que as áreas vão desde, em alguns casos de uns meros km2 para mais de um milhar de km2.

quer no tipo de turbina, quer na sua orientação. Vulgarmente, o usual é a combinação de turbinas do tipo Francis, de eixo vertical com turbinas do tipo Francis, de eixo horizontal. Assim, com o propósito de caracterizar e tipificar o tipo de turbinas usualmente instaladas nas CMH, apresenta-se na Figura 6 um histograma.

– Número e Tipo de Turbinas O órgão que determina a quantidade de potência a instalar numa CMH é a capacidade da turbina hidráulica dimensionada. Assim, o vulgar é a existência em cada instalação hidroeléctrica de uma/duas turbinas, e em caso excepcional, três.

Em território nacional, a turbina hidráulica com maior percentagem de utilização, em cerca de 60% das instalações Mini-Hídricas, é a do tipo Francis, justificável pela existência de baixas quedas e baixos caudais.

Em Portugal, existe uma distribuição uniforme do número de turbinas a instalar por CMH, sendo de referenciar que só existem dois casos com três turbinas. Em casos de aplicação de duas ou três turbinas estas podem ser combinadas de variadas formas,

Com o intuito de qualificar a sua distribuição ao longo do país, apresenta-se um mapeamento do tipo de turbina instalada nas CMH. O dimensionamento de uma turbina hidráulica parte da conjugação de dois factores, a queda e o caudal. Para o caso específico das CMH instaladas em Portugal e como forma de sustentar o estado da arte actual apresenta-se um gráfico que, consoante a altura de queda e os valores de caudais presentes, esclarece qual o tipo de turbina a instalar (Figura 7).

70% 60%

Frequência

50% 40% 30%

Como expectável para condições de baixos caudais e altas quedas aplicam-se turbinas do tipo Pelton, enquanto para elevados fluxos de água e baixas quedas instalam-se turbinas Kaplan. Nas situações intermédias, de médio caudal e queda, a instalação da turbina hidráulica deverá ser do tipo Francis.

20% 10% 0% Pelton

Francis

Kaplan

Tipo de Turbina

Figura 6 Histograma do Tipo de Turbinas Aplicadas nas CMH.

Caracterização da Produção Actualmente, com a compra e venda de energia eléctrica em mercado regulado de electricidade urge a preocupação de caracterizar a produção, quer a partir das fontes convencionais, quer a partir das fontes renováveis, para possibilitar a conjugação e definição das estratégias e políticas energéticas do País. Assim sendo, é fundamental e reveste-se de notoriedade caracterizar a produção nas CMH. E eis que emergem algumas questões, tais como: As CMH possuem capacidade de regularização? Toda a água que chega à CMH é turbinada? Quais as estratégias de exploração das CMH? Vulgarmente, o paradigma nas CMH é que estas ostentam uma capacidade de regularização escassa ou até mesmo inexistente, dado que maioritariamente as CMH instaladas são centrais a fio-de-água. Em termos de estratégia de exploração, é variável por promotor e caracteriza-se por apresentar produtibilidade em determinadas horas do dia, de modo a rentabilizar recursos naturais, mas essencialmente financeiros. Em todo o território português existe, efectivamente, uma tipificação da produção de energia eléctrica a partir das CMH, ou seja, entre as 8 e as 20 horas, sendo considerado o período de horas de cheia e de ponta. Neste período a remuneração

600 90% 500

80%

400

60%

Kaplan Francis Pelton

300

200

Produção (%)

Queda (m)

70%

50% 40% 30% 20% 10%

100

0% 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0 12 0

0 0

20

40

60

80

100

Horas

Caudal (m3/s)

Figura 7 Identificação do Tipo de Turbina através da Característica Queda versus Caudal.

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Figura 8 Característica de Produção de uma CMH em Função do Tempo.


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por MWh produzido, fornecido e entregue à rede eléctrica nacional é superior, evidenciando as políticas e estratégias de rentabilidade do negócio, por parte dos seus exploradores. Ao longo do ano, e com a aplicação de uma suavização nos perfis anuais de produção é possível tipificar e avaliar os comportamentos de produção nas CMH, conforme os gráficos das Figuras 9 e 10.

dância com o teoricamente previsto; • A maioria das CMH encontram-se sobredimensionadas, mas também existem casos de subdimensionamento para as situações de potência instalada de 10 MW, onde os promotores não pretendem alargar a potência com o objectivo de beneficiar da tarifa aplicada às CMH; • Normalmente, as CMH utilizam entre 15 a 25% da sua capacidade de produção instalada, isto é, só aproveitam cerca de 1/4 da totalidade da sua capacidade.

Assim, conclui-se que as CMH com perfil da Figura 10 têm regulação independente da existência ou não de recursos naturais, mas condicionalmente dependente das estratégias de operação, onde a necessidade de água para abastecimento é o que comanda a entrada em funcionamento. Enquanto o perfil representado na Figura 9 é demarcado por uma produção em função da existência de água, mas com estratégias de rentabilidade de negócio.

100% 90% 80% 70% Produção (%)

Esta retenção poderá ser utilizada, ou para o turbinamento em alturas do ano de recursos escasso (maior temperatura e menor pluviosidade), ou para o abastecimento de água, quer para as plantações em cultivo ou para a população. O perfil da Figura 9 é para CMH localizadas no norte do país e apresentam uma produção variável ao longo do ano, o que indicia a forte dependência com a existência de pluviosidade.

60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1

64

126

187

248

310

Tempo (dias)

Figura 9 Produção da CMH.

100%

Caracterização do Potencial Portugal, nos últimos anos, tem assistido a uma estagnação no projecto e instalação de novos aproveitamentos de cariz mini-hídrico. Até que, no final de 2010 surgiu o lançamento de concursos públicos com objectivo de atribuição de novas potências em CMH.

90%

É certo que o nosso país apresenta um potencial instalado inferior às capacidades que este usufrui, contudo urge a preocupação de ter conhecimento da percentagem de potencial explorado, por distrito, para identificar zonas/regiões susceptíveis para a instalação de novos projectos hidroeléctricos, em função do potencial disponível.

80%

Produção (%)

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1

64

126

187

248

310

Tempo (dias)

Figura 10 Produção da CMH.

É visível a existência de dois perfis típicos de produção. O perfil da Figura 10 é justificável pela localização da CMH, ou seja, está instalada na zona centro e sul do país onde as CMH têm dupla funcionalidade, para além da produção de energia eléctrica, e dado que possuem capacidade de armazenamento, permitem regular e armazenar a água.

Para a determinação do potencial disponível consideram-se como variáveis chave a altura de queda média em cada região, a quantidade de precipitação e o factor de utilização do rio. Na caracterização e tipificação das CMH, para além do conjunto de características técnicas enunciadas, podem expor-se outras inferências, tais como: • A eficiência real auferida a partir dos equipamentos instalados nas CMH nacionais é de 83%, revelando coerência e concor-

Potencial Explorado (%) 0%-5% 5%-30% 30%-45% 45%-60% 60%-75% CMH

Figura 11 Percentagem do Potencial Mini-Hídricos Explorado por Distrito.

Em suma, actualmente, a caracterização de CMH ainda não mereceu destaque ao contrário de outras tecnologias como a eólica e a solar, talvez devido à sua reduzida fracção de produção de energia. No entanto, dado que a energia hídrica é uma das prioridades contempladas pelas políticas energéticas nacionais, é de interesse a caracterização deste tipo de aproveitamento relativamente ao estudo e tipificação das características técnicas, à caracterização de produção e à caracterização do potencial do recurso hidrológico. 47


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avaliação de potencial e viabilidade técnica e económica de Centrais Mini-Hídricas

Andrea Schaan, andreabrandelli@gmail.com Jorge Oliveira (Smartwatt), jorge.oliveira@smartwatt.pt

Sistemas de Informação Geográfica O termo Sistemas de Informação Geográfica (SIG) aplica-se a “qualquer conjunto de procedimentos manuais ou baseados em computador destinados a armazenar e manipular dados referenciados geograficamente” retirando informações não só das suas características alfanuméricas, mas também da sua localização geográfica onde toda a informação disponível sobre um determinado assunto está relacionada geograficamente, permitindo a sua análise e representação gráfica, com o objectivo de gerar novas informações. A principal característica dos SIG é a habilidade de lidar com informações de diversas origens e formatos, podendo estas ser imagens, tabelas ou gráficos com aplicações em diversos campos de estudo. As capacidades de processamento do SIG fazem deles uma potente ferramenta para o planeamento de sistemas energéticos e têm sido utilizados em inúmeros projectos de energias renováveis com o intuito de avaliar os recursos disponíveis e solucionar problemas referentes à sua localização. 48

Para um planeamento energético completo, muitas variáveis devem ser levadas em consideração e os SIG aparecem como uma ferramenta adequada para o tratamento destes factores uma vez que permitem a avaliação simultânea e integrada destes elementos. Através desta ferramenta podem ser simulados vários cenários, a fim de encontrar a solução ideal de uma forma visual, eficiente e global, com um esforço de análise reduzido quando comparado a outras ferramentas para avaliação de recursos.

Métodos clássicos Antes do aparecimento dos SIG, a forma clássica utilizada para determinação do potencial hidro-eléctrico era o estudo de mapas topográficos associados a trabalhos de campo com a finalidade de verificar as informações obtidas. Apesar da simplicidade do método, a sua utilização requer uma grande disponibilidade de tempo, sendo dispendiosa do ponto de vista financeiro e pode apresentar problemas referentes à resolução e qualidade dos mapas disponíveis para utilização.

Seguindo esta tendência, algumas metodologias já foram desenvolvidas referentes ao planeamento de centrais mini-hídricas. Contudo, as principais aplicações estão direccionadas para a prospecção individual dos factores essenciais à avaliação de recursos ou então para as avaliações de impactos ambientais.

No que se refere à avaliação de caudal disponível, são utilizadas basicamente duas metodologias. Uma das metodologias utiliza o modelo hidrométrico, que tem como fonte de dados as séries históricas de caudal fornecidas pelas estações hidrométricas. Através de análises estatísticas é possível estabelecer relações entre os dados fornecidos e outras variáveis, como área de contribuição, tipo de solo e precipitação. A outra metodologia utiliza o modelo pluviométrico para o cálculo do caudal e depende da pluviosidade média sobre a área de estudo através dos dados fornecidos pelas estações mete-

Existe a necessidade de uma metodologia global, que permita verificar de forma integrada todos os parâmetros técnicos e económicos de um curso de água para implementação de centrais mini-hídricas.


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De uma forma geral, a avaliação de recursos disponíveis para centrais mini-hídricas era realizada caso a caso, e os SIG, neste âmbito, surgem com o intuito de promover uma análise mais alargada, permitindo a prospecção de recursos regionalmente.

Metodologia com recurso a SIG A metodologia desenvolvida para a prospecção de recursos disponíveis para aproveitamento de centrais mini-hídricas recorrendo a SIG passa pela caracterização do terreno, tendo como principal componente os seus atributos topográficos que determinam a hidrologia da região. Essas informações são retiradas do Modelo Digital de Terreno (MDT) em formato raster – Figura 1 – que fornece um conjunto de dados numéricos em plano cartográfico referente à altitude para cada ponto (célula) de uma determinada região.

Com este modelo, podemos extrair o perfil topográfico para qualquer curso de água de forma automática e, como exemplo, apresentamos o perfil para um rio (Figura 2) utilizando um MDT com resolução de 25x25m.

DIRECÇÃO DO FLUXO

Altitude (m)

orológicas. Com base nesta informação, a metodologia mais utilizada para a determinação do caudal foi desenvolvida pela Soil Conservation Services e baseia-se na combinação das características do solo, como infiltração e utilização, a fim de determinar o tempo de concentração e escoamento da bacia. Estes métodos dependem da disponibilidade de informações fornecidas pelas estações hidrométricas e pluviométricas, e que geralmente apresentam falhas no histórico de dados ou são ausentes na região de estudo.

Distância da Nascente à Foz (metros)

Figura 2 Perfil topográfico de um rio extraído a partir do MDT em ambiente SIG.

Para além dos elementos de topografia, através do MDT, é possível extrair também os elementos fundamentais para uma análise hidrológica, nomeadamente as linhas de drenagem e as bacias hidrográficas, uma vez que a sua caracterização é indispensável para qualquer estudo neste âmbito. Direcção de Fluxo: neste processo, determina-se, para cada célula do MDT (Figura 4) a direcção que o fluxo de água seguirá, baseado no princípio básico que se deslocará no sentido de mínimo potencial possível, apresentando 8 direcções possíveis, como representado na Figura 3. A imagem superior esquerda é uma representação esquemática do modelo digital do terreno, enquanto a imagem superior direita é o resultado da aplicação do código de direcção.

Figura 4 Representação da direcção do fluxo para a região norte de Portugal.

Acumulação de Fluxo: este processo calcula o fluxo acumulado referente ao somatório de todas as células do MDT que fluem para cada ponto a jusante no raster de saída. Se nenhum peso é fornecido, o valor apresentado em cada célula representará a área da bacia quando considerada a resolução do MDT. Na Figura 5, a imagem superior esquerda representa a direcção do percurso de cada célula, já a imagem no canto superior direito o número de células que fluem em cada célula de forma esquemática.

Figura 5 Esquema de acumulação de fluxo (ESRI, 2009). Figura 3 Esquema da Direcção de Fluxo (ESRI, 2009).

Figura 1 Modelo digital do Terreno para a região norte de Portugal.

A direcção de fluxo é então utilizada para calcular a acumulação de fluxo a jusante de cada célula, e pode ou não ser ponderada com informações de pluviosidade.

Entretanto, como referido anteriormente, é possível adicionar dados referentes à pluviosidade do local em estudo (Figura 6 - esquerda). Utilizando esta abordagem, o valor de cada célula da rede de drenagem (Figura 6 - direita) no raster de saída apre49


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Avaliação de potencial e viabilidade técnica e económica de centrais mini-hídricas

sentará o somatório de todas as células contribuintes a montante ponderadas, com os seus valores de precipitação.

Figura 6 Pluviosidade média anual para a região norte de Portugal e sua respectiva rede de drenagem determinada através do SIG.

Com o processamento destas informações, conseguimos extrair o comprimento de qualquer rio bem como a área da bacia e os valores acumulados de precipitação em qualquer ponto, fundamentais para a determinação do caudal. Através do SIG, conseguimos identificar rapidamente as estações hidrométricas e meteorológicas localizadas na bacia em estudo ou próximas da região (Figura 7), de onde serão retiradas as informações necessárias para a sincronização e validação dos dados obtidos. Os dados obtidos através do SIG poderão ainda ser utilizados como inputs de outros softwares de modelização, particularmente o HEC-RAS (Figura 8). Este software permite modelizar um

Figura 7 Distribuição das estações meteorológicas e hidrométricas da Bacia do Rio Sousa com mapa de precipitação média anual (mm).

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curso de água, para posteriormente encontrar as melhores soluções com base nas restrições e variáveis que devem ser consideradas, como o número e o tipo de barragens a construir, as restrições da altura de cada barragem, do volume da albufeira e da área inundada, entre outras. A conjugação das variáveis com a análise de cenários em cascata, permitirá determinar as melhores soluções hidro-eléctricas a implementar para o local em análise.

Figura 8 Exemplo de um aproveitamento em cascata no software HEC-RAS.

Para apoiar os seus clientes na decisão de projectos hidroelécticos, a Smartwatt desenvolveu um serviço para avaliação do potencial hidro-eléctrico baseado numa metodologia com recurso a SIG. Essa metodologia permite realizar simulações de produção para diferentes séries de caudais, determinar os proveitos esperados com base em simulação de estratégias de operação das centrais, optimizar a potência a instalar e a determinação da turbina bem como os custos esperados para os cenários considerados e simular a operação de centrais hidroeléctricas em cascata.

Conclusão A determinação dos caudais existentes ao longo de um curso de água em análise é fundamental para definir as melhores localizações para a implementação dos novos aproveitamentos e para calcular a potência a instalar em cada instalação. Com base numa metodologia com recurso a SIG, é possível determinar de forma mais sustentada, o recurso hídrico para cada ponto de um curso de água natural, e consequentemente permite a avaliação do melhor local para implementação de um aproveitamento hidro-eléctrico, conduzindo a uma análise técnico-económica mais fundamentada.


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IFIM: metodologia para determinação do caudal ecológico O aumento de impactes nos ambientes dulçaquicolas e a procura de medidas de minimização eficazes apresentam desafios consideráveis. De uma forma geral, as alterações ao regime hidrológico dos cursos de água a jusante dos aproveitamentos hidroeléctricos (AH) conduz a importantes modificações no ambiente, com consequências diversas e muito significativas ao nível dos ecossistemas e da estrutura e diversidade das comunidades bióticas. Com vista à minimização dos impactes têm sido definidos caudais ecológicos, que permitem assegurar a conservação e a manutenção dos ecossistemas aquáticos e ripícolas, bem como a produção das espécies com interesse comercial e/ou desportivo. Miguel Mascarenhas e Helena Coelho Bio3 - Estudos e Projectos em Biologia e Valorização de Recursos Naturais info@bio3.pt

IFIM Das várias metodologias disponíveis para a determinação de caudais ecológicos, distinguem-se o interesse pelos métodos cujos critérios se baseiam na relação entre o habitat e o caudal. É neste contexto que surge a metodologia incremental para determinação de caudais, IFIM (ou seja, Instream Flow Incremental Methodology). A metodologia

Figura 1 Identificação de várias fase do ciclo de vida.

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IFIM foi desenvolvida em 1982 pelo Cooperative Instream Flow Service Group do U.S. Fish and Wildlife Service, com vista à resolução de problemas de gestão ao nível dos recursos hídricos. Inicialmente implementada em 5 fases sequenciais (identificação do problema, planeamento, implementação do estudo, análise

Figura 2 Barbus bocagei.

de alternativas e resolução do problema), a base da sua utilização recorre à definição de critérios de aptidão de habitat de uma determinada espécie piscícola (podendo ser aplicada a outras espécies), a dada fase do seu ciclo de vida (alevim, juvenil ou adulto – Figura 1), com o intuito de determinar a variação do habitat disponível em função do caudal existente.


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Sendo que a generalidade das espécies ocupa diferentes habitats consoante a fase do seu ciclo de vida (por exemplo, reproduzem-se num habitat e vivem a fase adulta em outro), é importante destacar a relevância de estudar separadamente as várias etapas do ciclo de vida, com particular relevância para a fase reprodutiva, base da sustentabilidade das espécies. A variável de decisão gerada consiste na superfície ponderada utilizável (SPU), isto é, a área de habitat disponível para as espécies-alvo. Como tal, estimam-se as alterações na área de habitat disponível para cada etapa do ciclo de vida ou actividade (como reprodução, alimentação), em função das mudanças ao nível do regime hidrológico do troço fluvial. Os caudais ecológicos recomendados pela aplicação desta metodologia resultam de uma análise integrada de dados hidráulicos e biológicos.

intransponíveis. Espécies piscícolas como o barbo do Norte (Barbus bocagei na Figura 2) e o bordalo (Squalius alburnoides) são frequentemente seleccionadas para a aplicação desta metodologia. Para cada espécie alvo, cujos critérios de aptidão de habitat serão posteriormente considerados, estabelecem-se curvas de preferência de habitat relativamente à profundidade e velocidade da água e ao tipo de substrato. As curvas de preferência são usualmente representadas por curvas univariadas e adimensionais, variando entre 0 (mínima preferência) e 1 (máxima preferência), as quais expressam a aptidão de uma espécie (e/ou estado do ciclo) em relação aos vários parâmetros ambientais.

em proporção equivalente aos mesohabitats identificados previamente em toda a extensão do troço fluvial a jusante do AH e onde, simultaneamente, ocorrem as espécies seleccionadas. Esta caracterização desenvolve-se através da definição de transeptos transversais, nos quais são definidas células passíveis de uma caracterização homogénea em termos de profundidade, velocidade, substrato, entre outros. Os dados de microhabitat obtidos são integrados num modelo hidrodinâmico de simulação de habitat, uni ou bidimensional (como River2D, PHABSIM, RHYHABSIM, MESOHABSIM, entre outros), com vista à definição da área de habitat disponível em função do caudal e sempre considerando as várias fases do ciclo de vida da espécie e as variações de caudal. Considerando a curva SPU em função do caudal para cada etapa do ciclo de vida da espécie alvo, o ponto máximo corresponde ao valor de caudal para o qual as condições de disponibilidade de habitat são maximizadas, permitindo uma eficiente manutenção da fauna piscícola em níveis óptimos ou desejáveis. É com base neste valor que se estabelece o caudal ecológico, maximizando para cada espécie, em dado estado do ciclo de vida, a área de habitat disponível.

Metodologia A metodologia IFIM é frequentemente utilizada para estimar caudais ecológicos com base em espécies modelo de fauna piscícola. A sua utilização pressupõe a definição de determinados conceitos e a obediência de vários pressupostos, entre os quais o de que a dinâmica populacional da fauna piscícola está relacionada com a disponibilidade do habitat. A metodologia é composta por um programa de trabalhos com varias acções que se desenvolvem em trabalho de campo e laboratorial, aos quais procede uma escolha criteriosa da área de estudo, das variáveis ambientais e espécies alvo, e da época para realização do estudo.

A análise para a definição final do caudal é rigorosa mas flexível, considerando sempre que, embora a sua escolha assente em critérios de maximização, será sempre condicionada a uma fase particular do ciclo de vida da espécie, podendo actuar de forma negativa para os diferentes estados.

A metodologia IFIM é particularmente sensível às várias etapas do ciclo de vida das espécies, o que se traduz num cuidado redobrado para a obtenção de dados ao longo de intervalos temporais e espaciais alargados.

Figura 3 Pesca eléctrica.

As espécies alvo são seleccionadas de forma ponderada, em função das espécies representativas da Bacia Hidrográfica em causa, considerando um compromisso entre presença-abundância na área de estudo, as espécies com estatuto de conservação e as espécies migradoras cuja rota pode ser condicionada pela existência de barreiras

A área de estudo é seleccionada de forma a conter o máximo de diversidade de mesohabitats representativos do troço afectado pela instalação do AH. Em cada troço é efectuada a caracterização de microhabitats (largura do leito incluindo área de cheia, caudal, tipo de substrato, profundidade, vegetação riparia, entre outros) representativos e

Conclusão O IFIM, apesar de não ser uma metodologia nova, tem vindo a ser recentemente usado para o cálculo dos caudais ecológicos em diversos projectos de aproveitamento hidroeléctrico. É sem dúvida uma ferramenta importante de apoio à tomada de decisão, principalmente no que se refere ao equilíbrio entre a produtividade associada a um empreendimento hidroeléctrico e a manutenção de caudais que permitam manter os ecossistemas aquáticos existentes no curso de água em causa. 53


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Rui Castro é já um português incontornável na investigação e ensino das várias fontes de energia renovável. Decidiu partilhar um pouco do que sabe e fazer o primeiro livro escrito em português sobre energias alternativas, focando-se sobretudo na eólica, fotovoltaica e mini-hídrica. A necessidade de aposta nesta área tornam esta obra como obrigatória para quem pretenda aprender um pouco mais sobre o assunto. O autor conta-nos como tudo começou...

“o sector energético apresenta uma grande vitalidade” por Helena Paulino

renováveis magazine (rm): De onde surgiu a ideia de escrever um livro como “Uma Introdução às Energias Renováveis”? Sentiu que havia uma lacuna na área académica de uma obra sobre este assunto? Rui Castro (RC): A história deste livro é muito fácil de contar. Ao longo da minha vida enquanto professor do Instituto Superior Técnico (IST) sempre estive ligado ao ensino de disciplinas com conteúdos no domínio das energias renováveis. Como material de apoio ao ensino, disponibilizado aos alunos, fui publicando um conjunto de fascículos, versando os tópicos abordados no âmbito dos conteúdos programáticos da disciplina “Energias Renováveis e Produção Descentralizada”, que faz parte do plano curricular do Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Nasceu assim a colecção com o mesmo nome da disciplina que foi sendo actualizada e melhorada ao longo dos anos, beneficiando das inúmeras sugestões de alunos e colegas professores. Tomando como base este acervo, decidi transformá-lo, adaptando-o, actualizando-o, acrescentando-o e melhorando-o, no livro recentemente publicado pela IST Press. rm: Considera o seu livro um manual de ensino imprescindível a qualquer estudante ou profissional? RC: O livro é, em primeiro lugar, um manual de ensino, testado ao longo de anos no IST, cujos destinatários privilegiados são os alunos das universidades onde são ministrados cursos de energias renováveis. Mas o livro tem interesse, também, para os engenheiros que, no exercício da sua profissão, tenham necessidade de recordar e aprofundar conhecimentos na área da engenharia das fontes de energia renováveis para produção de electricidade e da sua integração no 54

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sistema de energia eléctrica. Numa perspectiva mais abrangente, o livro será, com certeza, útil a todos aqueles, e são cada vez mais, que se interessam, por dever de ofício ou por autodidactismo, pela temática das energias renováveis. rm: A Professora Ana Estanqueiro considera que o seu livro tem um ponto forte relativamente aos outros, a parte didáctica, presente através dos vários exemplos e problemas ilustrativos que auxiliam à compreensão. Quais são os outros pontos fortes do seu livro, e como se destaca dos outros? RC: Tanto quanto é do meu conhecimento, não existe, em Portugal, nenhum outro livro com o mesmo enquadramento do meu. As grandes linhas de força do meu livro são duas. Por um lado, o livro pretende ensinar a fazer o cálculo da energia que pode ser fornecida pelas instalações de produção baseadas em fontes renováveis, usando metodologias científicas. Por outro lado, o livro pretende dar uma visão sobre os problemas colocados pela integração destas fontes de energia no sistema de energia eléctrica existente, através de casos de estudo, usando modelos e ferramentas computacionais adequados. Estes objectivos são conseguidos com o auxílio de exemplos resolvidos e de problemas com indicação da solução. rm: Mas no cômputo geral, este livro pretende dar mais destaque às energias renováveis ou à sua aplicação directa na produção de electricidade, através das 3 fontes de energias alternativas? RC: O livro visa apresentar os conceitos fundamentais relacionados com a engenharia das fontes de energia de base renovável que se perspectivam com mais interesse para Portugal, no curto/médio pra-


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zo – mini-hídrica, eólica e fotovoltaica. Sendo certo que estes conceitos são transversais e multidisciplinares, a abordagem aos mesmos é feita do ponto de vista da engenharia electrotécnica e de computadores, na perspectiva da sua integração no sistema de energia eléctrica.

“A aposta tem de ser na melhoria do rendimento da conversão em energia eléctrica” rm: Resumindo um pouco o que escreveu na sua obra, quais são as maiores vantagens da energia mini-hídrica, da energia eólica, e da energia solar fotovoltaica? RC: Esta obra não é um livro de opinião, onde são apresentadas e discutidas ideias e políticas energéticas. É um livro técnico que apresenta os conceitos técnicos associados às energias renováveis que se perspectivam com maior interesse para Portugal num futuro próximo, usando metodologias científicas. A principal razão para a incorporação de fontes de energia renováveis no “mix” energético prende-se com a sua natureza limpa, e, portanto, ambientalmente benigna. Acresce que, hoje em dia, algumas destas tecnologias já são economicamente competitivas com as tecnologias convencionais baseadas em recursos fósseis. Isto é verdade, em geral, para o eólico, e, em certas condições, para o hídrico. Para o solar, infelizmente, ainda não é verdade. rm: Em que situações devemos optar por um destes tipos de energia alternativa e não por outra? RC: Até ao momento, as opções têm sido essencialmente motivadas por critérios de natureza económica. É isto que explica o desenvolvimento verificado no eólico, por contraste com o solar fotovoltaico, que ainda é muito caro. A ideia tem sido apostar na tecnologia mais barata para cumprir um determinado objectivo ambiental. rm: O que há a melhorar em cada uma delas e dos equipamentos de que dependem? RC: A nível tecnológico, a aposta tem de ser na melhoria do rendi-

mento da conversão do recurso renovável em energia eléctrica. Aqui há muito trabalho a fazer, em particular nos painéis fotovoltaicos que têm rendimentos máximos, em operação comercial, que não vão além de 15%. Outro domínio que requer ainda muito esforço de investigação é o do armazenamento. O armazenamento é uma das soluções para resolver o eterno problema do balanço entre a geração e o consumo. No entanto, no estado actual de desenvolvimento tecnológico, os equipamentos de armazenamento de energia são incapazes de assegurar a manutenção deste equilíbrio. rm: Se pudesse apostar num tipo de energia renovável que nos permitisse ficar independentes das energias fósseis, em qual apostaria? Ou faria uma abordagem mais geral, e apostaria em todo o tipo de energia alternativa que nos permitisse ficar menos dependentes de combustíveis fósseis? RC: Obviamente que a solução passa por diversificar as fontes energéticas, designadamente as renováveis, apostando nas suas complementaridades, capazes de proporcionar uma gestão de recursos que seja sustentável, tanto em termos económicos como ambientais. Este duplo objectivo é muito difícil de conseguir, como mostra a experiência portuguesa, em que o balanço entre sustentabilidade económica e ambiental ainda não é claro.

Percuso académico em torno de fontes de energia renovável rm: Acredita que com as conclusões do seu mestrado e a sua inerente investigação conseguiu desenvolver a área das mini-hídricas em Portugal? E até mesmo, abrir mais campos de investigação nessa área? RC: A minha tese de mestrado intitulava-se “A utilização de geradores de indução em Pequenas Centrais Hidroeléctricas” e estava integrada no contrato de desenvolvimento industrial “Pequenas Centrais Hidroeléctricas”, financiado pelo Ministério da Indústria e que envolvia o IST, através dos seus departamentos de engenharia electrotécnica e de computadores, de engenharia mecânica e de en-

“Obviamente que a solução passa por diversificar as fontes energéticas, designadamente as renováveis, apostando nas suas complementaridades, capazes de proporcionar uma gestão de recursos que seja sustentável, tanto em termos económicos como ambientais.” renováveismagazine

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“o sector energético apresenta uma grande vitalidade”

genharia civil, e duas empresas industriais – a Efacec e a Sorefame. Os resultados da investigação feita no âmbito deste contrato foram um dos suportes do grande desenvolvimento registado em Portugal, nos anos 80 e início dos anos 90, na área das mini-hídricas. rm: Também foi um impulsionador ao fazer um doutoramento sobre a integração de energia eólica na rede eléctrica. Isto numa altura em que o assunto não era abordado ou sequer discutido. Tem noção de que também nesta área pode ter aberto muitos horizontes? RC: A minha tese de doutoramento intitulava-se “Equivalentes dinâmicos de parques eólicos” e versava um assunto mais académico e não tão eminentemente prático como o da tese de mestrado. A minha tese de doutoramento foi concluída em 1994, a altura em que, em Portugal, começava a despertar o interesse pelo aproveitamento da energia eólica. Eu costumo citar uma frase atribuída à Madre Teresa de Calecutá e que basicamente diz o seguinte: “Sei que a minha contribuição é apenas uma gota no oceano. Mas se eu não a desse, o oceano não a teria.” rm: Em todo o seu percurso académico e de investigação houve alguém que tivesse contribuído de forma fulcral para o seu desenvolvimento profissional? RC: Naturalmente que houveram várias pessoas que me marcaram ao longo da minha carreira. Não posso, no entanto, deixar de destacar duas pessoas. Em primeiro lugar quero prestar uma sentida homenagem à memória do Professor Domingos Moura, figura emblemática da área da Energia em Portugal, de quem tive a honra de ter sido assistente e a quem devo muito daquilo que sei hoje. Também não posso deixar de referir o meu colega, Professor Ferreira de Jesus, que faz o favor de me apoiar há mais de vinte anos, desde os tempos em que foi o orientador das minhas teses de mestrado e de doutoramento. Para descrever a intensidade da nossa relação profissional e pessoal, basta dizer que quando tenho alguma dúvida é sempre a ele que recorro em primeiro lugar e, regra geral, fico esclarecido.

“A minha área de investigação é a integração das fontes de energia renovável no sistema de energia eléctrica” rm: Numa época em que se fala tanto de energia renovável, porque acha que ainda não foi publicado um livro semelhante em Portugal? RC: Não foi certamente por falta de qualidade da investigação na área da integração das fontes de energia renovável no sistema eléctrico praticada em Portugal. O que acontece é que existe actualmente uma grande pressão para publicar os resultados dessa investigação na literatura internacional, o que prejudica a sua divulgação, a nível nacional, com objectivos pedagógicos. rm: No caso do Professor Rui Castro há alguma área específica que investigue ou pretenda investigar mais em específico, num futuro próximo? RC: Neste momento, estou particularmente interessado em duas áreas de investigação. Por um lado, nos problemas colocados pela ligação à rede eléctrica em terra (onshore) dos parques eólicos no mar (offshore), designadamente usando ligações em corrente contínua. Por outro lado, no estudo do comportamento das centrais termosolares, que configuram um aproveitamento da energia solar distinto do que é feito nos conhecidos painéis fotovoltaicos. Nestas centrais, a energia solar é inicialmente convertida em energia térmica, através do uso de elementos reflectores que concentram os raios solares num receptor, onde um meio de transferência de calor é aquecido. Posteriormente, a conversão da energia térmica em energia eléctrica é feita de forma convencional, com o accionamento de uma turbina que faz girar um gerador. Em termos genéricos, a minha área de investigação é a integração das fontes de energia renovável no sistema de energia eléctrica. Aliás, acabo de propor, juntamente com o meu colega, Professor Ferreira de Jesus, uma nova disciplina do Programa de Doutoramento em Engenharia Electrotécnica e de Computadores do IST que visa precisamente fornecer metodologias avançadas de estudo neste tópico. rm: E qual o estado da investigação em Portugal na área das energias renováveis? RC: Na área da integração das fontes de energia renovável no sistema de energia eléctrica existem, em Portugal, dois grandes grupos de investigação com trabalho de qualidade reconhecido internacionalmente: o INESC-Porto, no grupo liderado pelo Professor João Peças Lopes, e, no IST, o Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e Energia (cie3), no qual me integro.

“O sector energético apresenta, actualmente, uma grande vitalidade” rm: Acredita que Portugal conseguirá cumprir as metas exigentes da ENE 2020 (Estratégia Nacional para a Energia)? RC: As metas apontadas na Estratégia Nacional da Energia 2020 (ENE 2020) são, de facto, bastante ambiciosas. O objectivo genérico é obter 31% da energia final e 60% de electricidade a partir de fontes de energia renováveis, em 2020. Segundo dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em 2010, as renováveis contribuíram 56

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“A aposta na promoção das energias renováveis, que tem sido o vector dominante da política energética dos últimos anos, contribuiu decisivamente para a pujança do sector da energia eléctrica em Portugal.” com cerca de 24% para o consumo de energia final. O investimento em capacidade hídrica reversível, como complemento e “alisamento” da eólica, é indispensável e está previsto. Mesmo assim, o objectivo apontado na ENE 2020 de ter 8.500 MW de potência eólica instalada em 2020 (actualmente temos cerca de 4.000 MW) parece-me exagerado, tanto por questões relacionadas com a integração na rede eléctrica, como por limitações físicas. Para o solar estão previstos 1.500 MW, o que me parece ajustado, tendo em conta que esta tecnologia se posiciona como a 3.ª vaga tecnológica, depois da hídrica e da eólica. rm: O que ainda é necessário fazer para nos tornarmos completamente independentes dos combustíveis fósseis? RC: Penso que esse tempo é ainda muito longínquo. A questão da “não-despachabilidade” das instalações de produção baseadas em recursos renováveis, em especial, no eólico e solar, é muito sensível porque o sistema de energia eléctrica tem características únicas que o diferenciam de todos os outros. A mais importante dessas características é que, em cada instante, a produção de electricidade tem de igualar o consumo acrescido das perdas, uma vez que a energia não se adequa a ser armazenada na sua forma eléctrica. Como o padrão de consumo de energia eléctrica é altamente variável no tempo é necessário que o sistema possua fontes de energia controláveis, capazes de promover o encontro entre geração e consumo. Isto, no estado actual da tecnologia, é conseguido, em larga medida, usando as fontes energéticas baseadas em combustíveis fósseis, que são “despacháveis”, ou seja, controláveis. Este encontro entre a produção e a carga pode ser conseguido de outra forma, actuando do lado da procura, com mecanismos de gestão activa da carga, com a contribuição dos veículos eléctricos, mas as redes actuais ainda não estão preparadas para funcionarem segundo este novo paradigma. As dificuldades apontadas lançam novos desafios ao sistema de energia eléctrica que exigem soluções viáveis. Os primeiros passos neste sentido estão a ser dados, através da promoção do conceito subjacente às “smart grids”, mas muito trabalho há ainda a fazer para que a operação das redes passe a ser centrado na carga e não na geração, como é actualmente. rm: Numa época de crise mundial, o sector da energia parece estar melhor do que nunca. Considera que as energias renováveis estão a contribuir para esse facto? Ou talvez a própria sociedade esteja

mais consciente da eficiência energética e esteja a consumir energia de uma forma mais racional? RC: De facto, o sector energético apresenta, actualmente, uma grande vitalidade. Uma prova disto é o facto da área de especialização de Energia do curso de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores do IST ser o que regista uma maior procura por parte dos estudantes. Sem dúvida que a aposta na promoção das energias renováveis, que tem sido o vector dominante da política energética dos últimos anos, contribuiu decisivamente para a pujança do sector da energia eléctrica em Portugal. Na área da utilização racional da energia há ainda um caminho mais longo a percorrer. Do meu ponto de vista, poupanças significativas seriam conseguidas se houvesse uma política de estímulo ao uso racional de energia, a qual, a meu ver, teria de assentar em incentivos financeiros. rm: Com o conhecimento que detém do mercado, considera que há suficientes técnicos portugueses de energia renovável, e com bons conhecimentos da área? RC: As universidades portuguesas têm feito um esforço assinalável para fornecer uma formação de qualidade na área das energias renováveis. Basta dizer que em todas as instituições de ensino superior (universidades e politécnicos) existem disciplinas de energias renováveis e, em muitas delas, existem cursos de licenciatura ou de mestrado dedicados exclusivamente às energias renováveis. Tendo em atenção a reconhecida capacidade científica dos professores e investigadores portugueses, não tenho dúvidas em afirmar que a formação que é dada nesta área é, globalmente, de qualidade e os técnicos formados são bons profissionais.

Perfil Rui Castro licenciou-se, em 1985, em Engenharia Electrotécnica e de Computadores no Instituto Superior Técnico, obtendo, na mesma instituição, os graus de mestre e doutor em 1989 e 1994, respectivamente. É docente do Instituto Superior Técnico desde 1985, sendo presentemente professor auxiliar a exercer funções na área científica de Energia do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Ao longo da sua actividade docente tem sido responsável por disciplinas do mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (MEEC). Actualmente, é responsável pela disciplina de “Energias Renováveis e Produção Descentralizada” do MEEC. Orientou três teses de doutoramento e mais de trinta teses de mestrado. Os seus principais interesses científicos têm motivado uma actividade de investigação centrada na área das energias renováveis e na sua interligação com o sistema de energia eléctrica, na área da análise estacionária e dinâmica dos sistemas de energia eléctrica e, também, em aspectos relacionados com a economia da energia eléctrica. Complementarmente à actividade de investigação, tem tido uma actividade regular de prestação de serviços à sociedade no âmbito de projectos de consultoria técnica a empresas – REN, EDP, EDA, EEM, entre outras. Publicou perto de uma centena de artigos em conferências nacionais e internacionais e participou na elaboração de cerca de duas dezenas de relatórios de actividades desempenhadas no âmbito de projectos em que esteve envolvido.

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artigo técnico

normas técnicas e legislação aplicável a sistemas fotovoltaicos As instalações eléctricas fotovoltaicas devem respeitar as RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão). Existe neste momento muito pouca informação específica sobre protecções para este tipo de instalações. Alguma da informação existente consiste em regras recomendáveis para instalações FV que constam na norma IEC 60364-7-712, que refere particularidades de instalações FV e também na norma EN 50438 que define regras de ligação da microgeração à rede de distribuição de baixa tensão. Apenas serão feitas referências a algumas recomendações sobre protecções de sistemas FV, dos componentes e dos seus utilizadores. Filipe Pereira Engenheiro Electrotécnico (ISEP) Professor na Escola Secundária D. Sancho I

Classe III, mas é recomendável a utilização de módulos com protecção Classe II.

de curto-circuito do gerador, e estar protegido contra falhas de terra e curto-circuitos.

Módulos fotovoltaicos • Os módulos deverão estar certificados de forma a garantir a protecção das pessoas contra choques eléctricos. Esta protecção deve ser garantida nos módulos através da protecção Classe II; • A certificação subentende a prova da conformidade do módulo à norma IEC 61215 em módulos cristalinos e IEC 61646 em módulos silício amorfo; • Para uma tensão inferior a 120 V, é possível instalar material eléctrico de protecção

Cablagem • Os cabos utilizados na parte posterior dos painéis devem suportar no mínimo uma temperatura de 80º C; • Os cabos devem ser resistentes à radiação UV e flexíveis; • Para uma eficaz protecção de terra e de curto-circuito, são recomendados cabos isolados monopolares para os condutores positivos e negativos; • Para as instalações fotovoltaicas localizadas em lugares onde existe o risco de descargas atmosféricas, deverão ser usados cabos com ecrãs/blindagens; • De acordo com a norma europeia IEC 60364-7-712, o cabo da fileira tem de ser capaz de transportar 1,25 vezes a corrente

Fusíveis de fileira • O circuito em DC deverá ter uma protecção com fusíveis. Para pequenos sistemas fotovoltaicos com menos de 4 fileiras, não se devem utilizar fusíveis, optando por dimensionar os cabos para suportar as correspondentes correntes de curto-circuito.

Figura 1 Instalação de módulo fotovoltaico sobre superfície.

Figura 2 Modelo conceptual de um sistema fotovoltaico (Fonte: Jiro Ohno).

Sabendo de antemão que este tema necessita de mais informação e esclarecimentos, apresentam-se aqui algumas normas mais importantes a reter aquando de um projecto e de uma instalação fotovoltaica. A íntegra das normas consta do livro que irá ser publicado sobre instalações solares fotovoltaicas.

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Díodos de bloqueio • Estes díodos só devem ser utilizados para módulos que não cumpram a protecção Classe II. Normalmente estes díodos são introduzidos na caixa de junção geral do gerador, juntamente com dissipadores de calor.; • A norma IEC 60364-7-712, diz-nos que os díodos de bloqueio de cada fileira não são


artigo técnico

necessários, se forem usados módulos do mesmo tipo, com uma protecção de Classe II, certificados para suportar 50% da corrente nominal de curto-circuito quando polarizados inversamente e no caso do desvio da tensão do circuito aberto entre as diferentes fileiras individuais do gerador fotovoltaico, não seja superior a 5%.

Interruptor principal DC • A norma IEC 60364-7-712 determina a necessidade de instalação de um aparelho de corte da ligação acessível entre o gerador fotovoltaico e o inversor; • O interruptor principal DC deve ser bipolar de forma a separar o circuito positivo do negativo; • Deverá ter um poder de corte razoável para permitir a abertura do circuito DC em riscos de segurança.

DC do gerador fotovoltaico ou através da instalação AC do edifício. Assim sendo deverse-á ter em conta as seguintes regras: • Se já existir um sistema de protecção contra descargas atmosféricas no prédio, o gerador fotovoltaico deverá ser ligado ao mesmo; • Os sistemas fotovoltaicos situados em locais favoráveis ao aparecimento de descargas atmosféricas devem possuir uma própria protecção contra descargas atmosféricas; • Deverá evitar-se a instalação dos componentes do sistema FV (painéis, inversores, entre outros) afastados das estruturas de escoamento da descarga; • O sistema de protecção externo contra descargas atmosféricas individuais deverá ser construído de acordo com o que é prescrito no Guia Técnico de Pára-Raios, editado pela DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia; • Para a protecção interna contra descargas atmosféricas, é obrigatória a ligação equipotencial dos elementos condutores (guia técnico de pára-raios, norma IEC 364-5-54).

Figura 3 Exemplo de interruptor de corrente contínua com medição electrónica de fuga à terra.

Caixa de junção geral • A ligação equipotencial ou o condutor de terra deverão ser ligados à caixa de junção geral; • Esta caixa deve ser de protecção Classe II, em que os terminais positivos e negativo deverão estar isolados um do outro no interior da caixa de junção; • Aquando da sua instalação no exterior, esta deverá ter no mínimo protecção IP 54 e devem ser resistentes aos raios UV.

Protecção contra descargas atmosféricas e sobretensöes Os sistemas FV estão sujeitos ao efeito de descargas atmosféricas directas ou sobretensões devidas a descargas indirectas na proximidade da instalação, induzidas na instalação

de isolamento. Neste caso recomenda-se a ligação das armações dos módulos à terra para áreas fotovoltaicas iguais ou superiores a 10 m2; • Para assegurar a equipotencialização dos diferentes circuitos de protecção, é aconselhado o uso de condutores de ligação com uma secção transversal mínima de 10 mm2 (cobre).

Protecção de sistemas FV contra descargas atmosféricas em edifícios protegidos • Se já existe um sistema de protecção contra descargas atmosféricas, o gerador fotovoltaico deverá ser associado a este sistema de protecção; • No caso dos captores de haste vertical, as varetas dos pára-raios poderão ser utilizadas de forma a garantir que o cone de protecção abranja o sistema em conformidade com o estipulado no guia técnico do Pára-Raios.

Ligação à terra de equipotenciais • Se a exposição das estruturas dos painéis requererem uma protecção contra descargas atmosféricas directas, é obrigatória a ligação à terra, mesmo que exista um transformador de isolamento e que esteja fora da zona equipotencial; • Os inversores sem transformador de isolamento devem ter instalado um dispositivo universal sensível à corrente residual tanto do lado AC como DC. Nestes casos devem ser ligados à terra de equipotenciais todas as armações e estruturas da instalação.

Figura 4 Exemplo de interruptor de corrente contínua com descarregador de sobretensões.

Protecção de sistemas FV contra descargas atmosféricas em edifícios não protegidos • Se o prédio não tiver um sistema de protecção contra descargas atmosféricas, a estrutura de suporte do gerador fotovoltaico deverá ser ligada à terra e incorporada na união equipotencial; • O gerador fotovoltaico deve ser ainda ligado à terra, sempre que são utilizados inversores que não possuem transformador

Contadores Os equipamentos eléctricos usados numa unidade de microprodução devem ser portadores da marca CE, mostrando assim que se encontram abrangidos pela Directiva de BT do DL n.º 6/2008. O inversor a utilizar deverá estar de acordo com a norma EN 50438 ou DIN VDE 0126-1-1, sendo necessário mostrar junto da DGEG um certificado que prove a aptidão do inversor. O SRM disponibiliza uma lista dos inversores possíveis de se usar, de acordo com a informação cedida pela DGEG.

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artigo técnico

inversores fotovoltaicos – informações básicas sobre design e planeamento

O inversor é o coração de qualquer sistema fotovoltaico: converte directamente a corrente dos módulos fotovoltaicos em corrente alternada compatível, alimentado-a na rede pública. Simultaneamente, controla e monitoriza todo o sistema. Desta forma, assegura por um lado que os módulos fotovoltaicos funcionam sempre na sua potência máxima em função da sua radiação e temperatura. Por outro lado, monitoriza continuamente a rede de energia e é responsável pelo cumprimento de diversos critérios de segurança. SMA Ibérica Tecnologia Solar, SL

O inversor certo para qualquer sistema Está disponível no mercado um grande número de inversores fotovoltaicos – mas os aparelhos estão classificados com base em três importantes características: potência, design relacionado com a corrente contínua, e topologia do circuito.

1. Potência A alimentação de potência disponível começa com dois kilowatts e estende-se até aos megawatt. As alimentações mais comuns são de 5 kW para sistemas domésticos privados instalados em telhados, 10-20 kW para sistemas industriais (por exemplo, fábrica ou telhados de celeiros) e 500-800 kW para a utilização em centrais de energia fotovoltaica. 60

2. Cablagem do módulo O design relacionado com a CC diz respeito à cablagem desde os módulos fotovoltaicos ao inversor. Nesta ligação, distinguem-se o string, o multi-string e os inversores centrais, em que o termo “string” se refere a uma série de módulos ligada em série. Os inversores multi-string possuem duas ou mais entradas string, cada uma com o seu próprio MPP tracker (Ponto de Potência Máximo, ver em baixo). Estes são uma escolha particularmente lógica quando o gerador fotovoltaico é composto por diferentes sub-áreas orientadas de formas diferentes ou parcialmente à sombra. Os inversores centrais apenas possuem um MPP tracker apesar da alimentação de energia relativamente alta. Eles estão especialmente bem equipados para centrais de larga escala com um gerador homogéneo.

3. Topologia do circuito Relativamente à topologia do circuito, fazse a distinção entre inversores unifásicos e trifásicos e entre aparelhos com ou sem transformador. Inversores unifásicos são geralmente usados em pequenos sistemas; em sistemas fotovoltaicos maiores tem de ser usada uma rede de vários inversores unifásicos ou trifásicos devido à carga desequilibrada de 4.6 kVA. No entanto, os transformadores destinam-se ao isolamento galvânico (necessário em alguns países) e permitem a ligação à terra do módulo fotovoltaico (necessário para alguns tipos de módulos). Sempre que possível, contudo, são usados inversores sem transformador. São um pouco menores e mais leves do que os aparelhos com transformador e funcionam com maior eficiência.


artigo técnico

1. Conversão de perda reduzida Uma das mais importantes características de um inversor é a sua eficiência de conversão. Este valor indica que porção de energia “inserida” como corrente directa retorna na forma de corrente alternada. Os aparelhos modernos podem funcionar com uma eficiência de cerca de 98 por cento.

3. Monitorização e segurança Por um lado, o inversor monitoriza o campo energético do sistema fotovoltaico e assinala qualquer problema. Por outro lado, também monitoriza a rede eléctrica a que está ligado. Por isso, se ocorrer um problema na rede eléctrica, ele tem de desligar imediatamente o sistema da rede eléctrica por razões de segurança ou para ajudar a apoiar a rede – dependendo dos requisitos do operador da rede eléctrica local.

Além disso, na maioria dos casos, o inversor tem um aparelho que pode interromper com segurança a corrente dos módulos fotovoltaicos. Uma vez que os módulos fotovoltaicos estão sempre activos quando a luz incide

PUB.

2. Optimização energética A curva característica da energia de um módulo fotovoltaico está altamente dependente da intensidade da radiação e da temperatura do módulo – por outras palavras, de valores em constante alteração ao longo do dia. Por esta razão, o inversor tem de encontrar e observar continuamente o ponto

de operação perfeito na curva característica de energia, de forma a “revelar” a energia máxima do conversor fotovoltaico em qualquer situação. O ponto de operação perfeito é chamado “ponto de potência máximo” (MPP), e a procura e o seguimento do MPP é chamado “MPP tracking” (seguimento MPP). O MPP tracking é extremamente importante para a alimentação de energia de um sistema fotovoltaico.

© Constantin Meyer - SMA Solar Technology AG

Tarefas do inversor fotovoltaico As tarefas de um inversor fotovoltaico são tão variadas quanto exigentes:

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artigo técnico

© Andreas Berthel - SMA Solar Technology AG

© Constantin Meyer - SMA Solar Technology AG

Inversores fotovoltaicos – informações básicas sobre design e planeamento

sobre eles, não podem ser desligados. Se o cabo do inversor for desconectado durante o funcionamento, isto pode provocar a formação de um perigoso arco de luz, que não se extingue devido à corrente directa. Se o aparelho de corte estiver integrado directamente no inversor, os trabalhos de instalação e de cablagem serão reduzidos consideravelmente.

4. Comunicação As interfaces de comunicação no inversor permitem um controlo e uma monitorização de todos os parâmetros, dados operacionais e rendimentos. É possível encontrar dados e definir parâmetros para o inversor através da conexão em rede, fieldbus industrial como RS485, o SMA Bluetooth® sem fios. Na maioria dos casos, os dados são encontrados através de um datalogger, que reúne e prepara os dados de diversos inversores e, se desejado, transmite-os para um portal de dados online gratuito (por exemplo, Sunny Portal da SMA).

5. Gestão da temperatura A temperatura na caixa do inversor também influencia a eficiência da conversão. Se subir demasiado, o inversor terá de reduzir a sua potência. Em algumas circunstâncias, a potência do módulo disponível poderá não ser usada na totalidade. Por um lado, a localização da instalação afecta a temperatura, pelo que um ambiente constantemente fresco é o ideal. Por outro, está directamente dependente da operação 62

do inversor: até uma eficiência de 98 por cento significa uma perda de energia de dois por cento – na forma de calor. Se a energia do sistema for 10 kW, a capacidade térmica máxima ainda é de 200 W. Por isso, é muito importante um sistema de refrigeração eficiente e fiável para a inclusão – como o conceito de refrigeração “OptiCool” da SMA. A estrutura térmica perfeita dos componentes permite que eles dissipem o seu calor directamente para o ambiente, enquanto que toda a caixa funciona ao mesmo tempo como um dissipador de calor. Isto permite que os inversores funcionem na sua capacidade máxima, mesmo com temperaturas superiores a 50° C.

6. Protecção Uma inclusão resistente a intempéries, perfeitamente construída em conformidade com o grau de protecção IP65, permite que o inversor seja instalado em qualquer lugar ao ar livre. A vantagem: quanto mais próximo dos módulos o inversor poder ser instalado, tanto menor será o gasto quando comparado com a dispendiosa cablagem de CC.

Planeamento de sistemas fotovoltaicos O planeamento profissional e o design do sistema levam em consideração as condições do local de instalação no que diz respeito à selecção de módulos e de cablagem: inclinação do telhado, qualquer sombra e, claro, o alinhamento. Na Alemanha, o rendimento máximo é conseguido quando os módulos

estão virados para sul num ângulo de aproximadamente 35 graus. Em seguida, a selecção de um inversor adequado em termos de desempenho e tecnologia é absolutamente essencial. A capacidade nominal do gerador fotovoltaico pode ser até dez por cento superior à capacidade nominal do inversor. Se um inversor estiver demasiado subdimensionado, isto pode reflectir-se num efeito negativo no rendimento do sistema, uma vez que o inversor deixa de conseguir processar parte da energia fornecida pelo módulo durante períodos de elevada radiação. Também é importante que a voltagem CC máxima nunca exceda a voltagem de entrada permitida do inversor – caso contrário poderá haver danos no inversor. Basicamente, cada sistema fotovoltaico é único e tem de ser desenhado conforme a localização específica e as necessidades envolvidas. Para facilitar o planeamento do sistema aos instaladores, os fabricantes, como a SMA, oferecem ferramentas de planeamento profissionais. Existem softwares gratuitos, como Sunny Design, que permitem aos especialistas em energia solar desenhar um sistema fotovoltaico personalizado para os seus clientes. O programa acede a uma base de dados com todos os sistemas fotovoltaicos actuais e dados meteorológicos de elevada resolução, verifica os componentes técnicos, calcula os comprimentos dos cabos e as secções transversais e fornece dados para uma avaliação económica do sistema. Preparando o caminho para um sistema fotovoltaico perfeito.


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1. Inserir o conector sem isolamento

2. Carregue na mola e encaixe

3. Aperte o conector. Terminado!

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artigo técnico

instalações com bomba de calor com colectores horizontais enterrados No subsolo encontra-se acumulada uma quantidade considerável de energia, sobretudo de origem solar e geotérmica. A energia solar encontra-se acumulada a baixa profundidade, ao passo que a energia geotérmica está predominantemente acumulada nas zonas mais profundas. A energia do subsolo pode ser utilizada com a ajuda dos seguintes meios: águas de furo ou de poço, colectores horizontais concebidos com tubos em plástico e que recolhem o calor a baixa profundidade, sondas verticais concebidas através da introdução de tubos em material plástico em furos profundos com 100 a 200 metros, e postes energéticos concebidos através da inserção de tubos em material plástico nos postes de cimento das fundações. Iremos, de seguida, abordar as instalações com colectores horizontais. CALEFFI Portugal

São instalações que utilizam o calor que se encontra acumulado nas camadas mais superficiais da terra: calor que, até a uma profundidade de 5 metros, se encontra disponível a temperaturas variáveis entre 8 e 13° C (ver diagrama apresentado em baixo). Este calor deriva, sobretudo, do sol e da chuva. De facto, até uma profundidade de 5 metros, a energia geotérmica não dá qualquer contribuição significativa, pois produz menos de 1 caloria por cada 10 metros quadrados de terreno.

Portanto, é necessário instalar estes colectores em zonas onde pode chegar, sem qualquer impedimento, o calor proveniente do sol e das chuvas.

bra significativas. Estes colectores podem ser concebidos com tubos em polietileno, polipropileno ou polibutileno, colocados a uma profundidade variável entre 0,8 e 2,0 m.

Para tal, não se deve cobrir o terreno, debaixo do qual estão colocados os colectores, com construções (garagens, pré-fabricados, arcadas), nem com pavimentos impermeabilizados ou terraços.

Nos tubos é feito circular um fluido composto por água e anti-gelo.

– 2,0 m das zonas de sombra causadas por edifícios em redor, muros, árvores, sebes ou outros obstáculos; – 1,5 m das redes das instalações enterradas de tipo não hidráulico: redes eléctricas, de telefone e de gás; – 2,0 m das redes das instalações enterradas de tipo hidráulico: redes de água sanitária, de águas de esgoto e de águas pluviais; – 3,0 m das fundações, poços de água, fossas sépticas, poços de escoamento e afins.

Deve-se também evitar que plantas, sebes ou outros arbustos possam criar zonas de som64

A disposição dos colectores pode ser do tipo de serpentinas ou anéis e deve respeitar as seguintes distâncias mínimas:

Ao projectar os sistemas de captação do calor, é necessário evitar não só os subdimensionamentos, como também os sobre-


artigo técnico

O dimensionamento destes colectores efectua-se com base no rendimento térmico do terreno, que é influenciado, sobretudo, pela sua densidade e pela quantidade de água nele contida (ver Tabela abaixo).

dimensionamentos, isto é, é necessário evitar soluções que possam roubar demasiado calor ao subsolo. Um arrefecimento excessivo do terreno pode, de facto, ter consequências graves, quer para o funcionamento da bomba de calor, quer para a vegetação, sobretudo no caso de congelação das raízes.

Potência térmica específica gerada pelo subsolo com colectores horizontais de serpentinas Tubo W/m

Terreno arenoso seco

10-15

4-6

Terreno arenoso húmido

15-20

6-8

Terreno argiloso seco

20-25

8-10

Terreno argiloso húmido

25-30

10-12

Terreno saturado de água

30-40

12-16

Para não arrefecer demasiado o terreno, as serpentinas devem ser aplicadas com entre-eixos amplos: entre 40 e 50 cm.

Aconselha-se a ter em conta saltos térmicos de 3-4° C. Além disso, é conveniente não ul-

PUB.

São colectores que necessitam de superfícies amplas, que devem ser mantidas como relvado, equivalentes a cerca de duas ou três vezes a superfície a aquecer.

Superfície W/m2

Tipo de subsolo

Colectores de Serpentinas São normalmente colocados a profundidades variáveis entre 0,8 e 1,2 metros. Se forem fabricados com tubos em PE-X, utilizam-se os diâmetros 20/16 e 25/20,4.

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São colocados em vários planos e a profundidade varia entre 0,6 e 2,0 metros. Se forem fabricados com tubos em PE-X, utilizam-se artigo técnico os diâmetros 20/16 e 25/20,4.

colectores de anéis devem desenvolver-se em planos (geralmente 2, 3 ou 4) com distâncias entre eles não inferiores a 40 cm, e o calor extraível de cada metro de tubo pode considerar-se igual ao indicado na tabela relativa aos colectores de serpentinas.

Colector de fosso com três anéis

instalações com bomba de calor com colectores horizontais enterrados

trapassar o comprimento de 100 metros para cada serpentina, para evitar perdas de carga demasiado altas, isto é, para não reduzir demasiado o rendimento global da instalação.

80 Em relação aos colectores de serpentinas, ocupam menor superfície de terreno e necessitam de menores movimentos80 de terra.

Ao determinar as perdas de carga deve ser considerada quer a temperatura de trabalho do fluido, quer os aumentos relacionados com o uso de anti-gelo. Com uma bomba de calor que inclui o circulador para a fonte fria, as perdas de carga e o caudal dos colectores devem ser compatíveis com as prestações deste circulador. Os dados têm como base as seguintes hipóteses:

40

802, 3 ou 4) com se em planos (geralmente distâncias entre eles não inferiores a 40 cm, 80 de cada metro de tubo e o calor extraível pode considerar-se igual ao indicado na tabela relativa aos colectores de serpentinas. 40 40

Fosso com 2 anéis

Fosso com 3 anéis

O dimensionamento dos anéis é também praticamente igual ao das serpentinas. – Entre-eixos das serpentinas 40 cm; Deve-se, todavia, considerar que o comprimento – Horas de funcionamento anuais 1.800; – Coeficiente de trabalho COP igual a 4; dos anéis está relacionado com o dos fossos e, O dimensionamento dos anéis é também –Em Superfície do terreno relação aos livre; colectores de serpentinas, por isso, pode ultrapassar os 100 m. Nestes praticamente igual ao das serpentinas. Deve– Superfície do terreno não impermeabiliocupam menor superfície de terreno e casos, deve escolher-se tubos com diâmetros se, todavia, considerar que o comprimento zada. necessitam de menores movimentos de terra. dos anéis está relacionado com dos fosOs anéis podem ser fechados ou abertos, encapazes de manter as perdas de cargaodentro sos e, por isso, pode ultrapassar os 100 m. quanto que os fossos se podem desenvolver dos limites aceitáveis, isto é, dentro de limites Os anéis de podem ou geometrias abertos,muito variadas Nestes casos, devem escolher-se tubos com em relação Colectores Anéis ser fechados com que disponível. não penalizem demasiado o rendimento diâmetros capazes de manter as perdas de tipo e à extensão do terreno São colocadosque em vários planos e ase profundienquanto os fossos podemaodesenvolver carga dentro dos limites aceitáveis, isto é, dade varia entre 0,6 e 2,0 metros. Se forem global da instalação. com geometrias muito variadas em relação ao Com fossos do tipo apresentado em baixo, fabricados com tubos em PE-X, utilizam-se tipo e à extensão do terreno disponível. os colectores de anéis devem desenvolveros diâmetros 20/16 e 25/20,4.

Fossos com anéis fechados

dentro de limites que não penalizem demasiado o rendimento global da instalação.

Fossos com anéis abertos Nota: Este Artigo Técnico faz parte da revista periódica da Caleffi “Hidráulica” (n.º 28) e que pode ser consultada no website www.caleffi.pt.

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case-study

pioneira na produção de energia renovável descentralizada A instalação fotovoltaica da central eléctrica Schwäbisch Hall GmbH, continua a manter o seu recorde de produção após quase uma década. Desde o ano de 2001 que a central eléctrica Schwäbisch Hall GmbH é pioneira na produção de energia renovável, mediante uma instalação fotovoltaica na sua cobertura com módulos policristalinos da IBC SOLAR. De facto, a central produz 60% da energia consumida na região de Schwäbisch Hall.

A instalação solar sobre cobertura tem uma produção média anual de 851 kWh/KWp e evita a emissão de 700 g de CO2 por kWh, além de permitir abastecer 27 fogos, tendo em conta um consumo anual por fogo de 3.272 kWh. O projecto foi executado chave-na-mão pelo especialista em energia fotovoltaica, IBC SOLAR, que em 2001 já contava com 19 anos de experiência no sector. Para optimizar o rendimento da instalação, a IBC SOLAR optou pelo que então eram os novos inversores sem transformador da SMA. Além disso, optimizou-se a distribuição dos módulos na cobertura para evitar perdas de potência geradas por sombras. Os 840 módulos solares, modelo IBC-120S MEGALINE, que desde Dezembro de 2001 continuam a funcionar a pleno rendimento, foram instalados sobre a cobertura da empresa mediante um sistema de fixação que garante a manutenção da função impermeabilizante e de protecção da cobertura. Martin Menschl, director da instalação, afirmou que “tendo em conta a regulação de energias renováveis na Alemanha, podemos afirmar que estamos satisfeitos com os benefícios obtidos durante estes anos. A instalação é um exemplo de produção de energia renovável descentralizada e funciona bem, especialmente se considerarmos que se trata de uma instalação pioneira sobre cobertura, que foi construída há quase 10 anos. Como é

normal, desde a entrada em funcionamento em 2001, ocorreram alguns incidentes, mas contámos sempre com o apoio da IBC SOLAR, que sempre nos deu uma solução satisfatória para garantir o nosso investimento.” Em resposta à declaração de Martin Menschl, Markus Maier, actual responsável pelo departamento Service & Engineering da IBC SOLAR AG, engenheiro de projectos encarregado da monitorização da instalação, afirmou: “é com muito agrado que verificamos que a central eléctrica Schwäbisch Hall está satisfeita com o trabalho que a IBC SOLAR executou durante quase 10 anos. Graças à alta qualidade dos produtos utilizados, estamos convencidos de que a instalação continuará a funcionar perfeitamente durante toda a sua vida útil.” Markus Maier adicionou: “uma grande vantagem de uma fonte de energia descentralizada, como uma instalação fotovoltaica sobre cobertura, é que se evitam as perdas de energia associadas ao seu transporte, já que a electricidade produzida é consumida praticamente no mesmo local onde é obtida. Na Alemanha, este tipo de instalações já existem há muitos anos. Em Espanha, há um ano que o segmento das grandes instalações sobre solo está em crescimento. A IBC SOLAR tem uma enorme experiência neste segmento de mercado, o que constitui, sem dúvida, uma grande vantagem para os nossos clientes.” Projecto inicial

Localização: 74523 Schwäbisch Hall País: Alemanha Tecnologia: policristalino Entrada em funcionamento: 31 de Dezembro de 2001 Potência nominal: 100,80 kWp Tipo de módulo: IBC-120S MEGALINE Número de módulos: 840 Tipo de inversor: SMA CA 2000 Número de inversores: 42 Tipo de instalação: sobre cobertura Ângulo de inclinação: 15 ° Orientação: Sul (25º Oeste) Leituras: Sunny Boy Control Plus

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renováveismagazine



reportagem

Na sua 14.ª edição, a GENERA, Feira Internacional de Energia e Meio Ambiente, reuniu de 11 a 13 de Março de 2011 na Feria de Madrid, 635 empresas participantes oriundas de 33 países e registou uma afluência de 23.762 visitantes. A revista “renováveis magazine” marcou presença e solidificou a sua posição no mercado internacional.

Genera reafirma a sua posição no mercado energético

© Sebastian Marjanov

por Helena Paulino

Com 635 empresas participantes e mais de 23 mil visitantes vindos de cerca de 60 países de todo o mundo, a GENERA comprovou ser o principal ponto de encontro das energias renováveis e eficiência energética no mercado espanhol, com um panorama mais abrangente, a nível internacional. Estiveram presentes empresas e organizações de importantes sectores como a cogeração, gás, petróleo, carbono, energia, geotérmica, eficiência energética, hidráulica, solar térmico e solar fotovoltaico, biomassa e resíduos, biocombustíveis, hidrogénio, células de combustível, solar termo-eléctrico, serviços energéticos e outras energias alternativas. Organizada pela IFEMA e promovida pelo Instituto para a Diversidade e Poupança de Energia, a GENERA voltou a confirmar a sua importância como cenário de encontro

a GENERA comprovou ser o principal ponto de encontro das energias renováveis e eficiência energética no mercado espanhol, com um panorama mais abrangente, a nível internacional

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renováveismagazine

e intercâmbio de experiências e conhecimentos na indústria das fontes alternativas de produção e poupança energética. Além disso, graças à complementaridade da ampla oferta empresarial e à troca de conhecimento das últimas tendências e inovações, a GENERA reafirmou-se mais uma vez, pela 14.ª edição, como uma plataforma de referência no sector das energias renováveis e eficiência energética.

Elevada representação internacional No que diz respeito ao impacto da feira a nível profissional em toda a Espanha, é de destacar a ampla afluência de visitantes de outros países, que alcançou 47% no total. Os profissionais espanhóis vieram sobretudo da Catalunha, Andaluzia, Castilla-Léon, Valência e


reportagem

ainda do país Basco. No que diz respeito aos visitantes internacionais, destaca-se a ampla representação de profissionais de Portugal e outros países da União Europeia, como a Itália, Alemanha e França, mas é igualmente de mencionar a notável presença de visitantes vindos da América Latina, com representação de 16 países diferentes, e que significou 15% dos visitantes estrangeiros, confirmando a crescente importância da GENERA alémfronteiras do continente europeu.

Zona MOVELE destacou veículo eléctrico A GENERA reflectiu a crescente importância por todo o mundo do veículo eléctrico e mobilidade sustentável com a criação de uma nova área, denominada Zona MOVELE, um espaço promovido pelo IDAE com o objectivo de reunir todo o sector da mobilidade eléctrica em torno de um evento de referência. A Zona MOVELE teve reservado um espaço físico, diferente da feira expositora em si, onde estiveram presentes organismos e instituições participantes no Plano MOVELE, o equivalente ao português Mobi.E, e cuja

A Zona MOVELE teve reservado um espaço (...) onde estiveram presentes organismos e instituições participantes no Plano MOVELE, o equivalente ao português Mobi.E, e cuja alternativa tecnológica oferece um grande potencial a curto e médio prazo

alternativa tecnológica oferece um grande potencial a curto e médio prazo. Esta zona destinava-se ao público em geral, mas sobretudo a empresas e profissionais interessados em conhecer a realidade actual e imediata da mobilidade eléctrica.

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No entanto, não são apenas estes dados que confirmam o papel da GENERA como um grande evento anual para o sector das energias renováveis e eficiência energética. Também o elevado perfil profissional dos visitantes que acorreram à feira voltou a confirmar a sua posição de referência, tendo a organização ditado que 21% dos visitantes eram profissionais com cargos de Gestores e Directores Gerais, e 27% pertenciam a Departamentos de Engenharia, Concepção

e Planeamento. No que diz respeito à actividade das empresas expositoras, são de destacar as de Consultoria, Engenharia e Design, a somar 12% do total, seguidas da Administração Pública e empresas de Serviços Energéticos, cada sector representando 8% dos expositores.

renováveismagazine

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reportagem

GENERA reafirma a sua posição no mercado energético

© Sebastian Marjanov

Nesta área encontramos fabricantes e importadores de veículos eléctricos, empresas especializadas na instalação de centros de recarga, empresas de serviços energéticos, entidades especializadas no financiamento de frotas de automóveis, e ainda representantes de instituições público e privadas implicadas no desenvolvimento de tecnologias referentes à mobilidade eléctrica. E assim surgiam aos nossos olhos as novas propostas e desenvolvimentos destas empresas e entidades envolvidas nos mais recentes desenvolvimentos técnicos relacionados com o veículo eléctrico. Este novo espaço da GENERA permitiu a presença de profissionais do sector automóvel, que correspondeu a 7% do total de expositores.

Aquisição de conhecimentos e apresentação de inovações Neste sentido, as variadas e numerosas JORNADAS TÉCNICAS, organizadas pelas principais organizações e organismos da indústria, ofereceram uma visão muito ampla da actualidade nos diferentes campos na área das energias renováveis e da eficiência energética. As melhores empresas e alguns dos melhores especialistas do sector abordaram temas fulcrais relacionados com o desenvolvimento das energias renováveis. Assim, estas JORNADAS TÉCNICAS desempenharam na perfeição o seu papel de 72

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plataforma de intercâmbio de conhecimentos e experiências profissionais nas mais variadas áreas de actividade. Nas JORNADAS TÉCNICAS foram abordados muitos temas prementes actualmente e obviamente relacionados com as energias renováveis e eficiência energética, como aspectos relacionados com o seu desenvolvimento. Houve um intenso debate sobre as necessidades actuais e futuras em matéria de energia, assim como a urgente necessidade de existir cada vez mais uma maior eficiência e segurança energética. No primeiro dia houveram comunicações direccionadas para a geotermia, certificação energética de edifícios e ainda decorreu o V Congresso de Energia Solar Térmica e Jornadas sobre as Tecnologias de Hidrogénio e as Células de Combustível. Também decorreu uma sessão dedicada à geração mini-eólica e ainda Jornadas sobre o potencial exportador da energia fotovoltaica. Nos dias 12 e 13 de Maio decorreu uma Conferência sobre Bioenergia e Tratamentos Energéticos de Resíduos. No dia 12 de Maio, o IDAE apresentou uma linha de financiamento de projectos estratégicos para 2011, e ainda decorreu uma sessão sobre o planeamento espanhol no que diz respeito às energias renováveis. O dia 13 de Maio foi marcado pela indústria fotovoltaica, numa sessão onde foi debatido o seu futuro segundo uma nova legislação.

Outras comunicações foram apresentadas e muitas experiências de empresas do sector foram examinadas, num espaço onde não faltou debate de ideias, aquisição de novos conhecimentos e apresentação de inovações para o futuro.

Actividades paralelas: fórum de discussão e conhecimentos A GENERA tornou-se, mais uma vez, no epicentro do sector da energia renovável e eficiência energética através das múltiplas actividades realizadas em paralelo e em simultâneo com a exposição em si. Estas actividades desempenharam um papel vital e foram uma espécie de reunião e espaço de discussão e conhecimento das tendências do mercado e dos mais recentes desenvolvimentos no sector. Da mesma forma, a GENERA estabeleceu-se novamente como um fórum imprescindível para o debate e troca de conhecimentos entre os profissionais. Por outro lado, o Fórum GENERA converteu-se, novamente, num espaço escolhido pelas empresas para apresentar e explicar os seus novos produtos e serviços através de comunicações devidamente formuladas. E assim aproveitaram a presença na GENERA dos principais decisores e profissionais da indústria das energias renováveis e eficiência energética para apresentar os seus produtos de forma comercial. Igualmente notável foi a 4.ª edição da Galeria da Inovação, para a qual foram eleitos 25 dos mais de 70 projectos apresentados inicialmente. Os projectos escolhidos formaram uma crescente gama de propostas inovadoras em termos de eficiência energética, energias renováveis e protecção do meio ambiente, e tornaram este espaço num verdadeiro epicentro das principais tendências de investigação e desenvolvimento em todo o sector das energias renováveis.

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20/06/11 11:16


reportagem

A Intersolar Europa, a maior exposição do mundo da indústria solar, decorreu de 8 a 10 de Junho em Munique, e contou com números surpreendentes de expositores e visitantes. Para 2012 o evento já tem data: de 13 a 15 de Junho, com a sua conceituada conferência a ser realizada de 11 a 15 de Junho.

por Helena Paulino

nova era da energia solar apresentada na Intersolar Europa Cerca de 77 mil visitantes de 156 países e 2.280 expositores estiveram presentes na Intersolar de 8 a 10 de Junho e ficaram ambos muito satisfeitos com os temas abordados e as novas tecnologias apresentados na Intersolar Europa. Este ano a exposição centrouse essencialmente na revolução energética, e por isso, apresentou soluções tecnológicas para um futuro movido a energia solar. Os expositores apresentaram as suas novas tecnologias e serviços nas áreas de energia fotovoltaica, tecnologia de produção PV e tecnologia solar térmica, num espaço de exposição que abrangeu os 168 mil metros quadrados no novo Centro de Exposições de Munique, com 15 salas de exposição e uma área de exposição ao ar livre. A Intersolar comemorou mais uma vez este ano um crescimento significativo em todas as áreas de exposição, contando com números significativos de expositores internacionais, oriundos de exactamente 47 países. Os visitantes e expositores apreciaram sobretudo a Exposição Especial “PV ENERGY 74

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WORLD” que demonstrou claramente a mistura de energia do futuro em desenvolvimento na Alemanha. As quatro áreas temáticas de “Rede Inteligente de Energia - Smart Grid”, “Edifícios Inteligentes e E-Mobilidade”, “Cidades Inteligentes” e “Tecnologia Inteligente PV e Economia” mostraram como a quota de energia solar no total de energia consumida pode ser aumentada no futuro para valores surpreendentes. Markus Elsässer, CEO da Solar Promotion GmbH, de Pforzheim, ditou que “graças ao aumento crescente da consciencialização em torno do abastecimento energético, a Intersolar Europa cresceu mais uma vez – como organizador, esta é uma boa notícia obviamente. No entanto é a qualidade do evento que é mais importante para nós. Acredito que conseguimos responder a muitas questões sobre a oferta futura de energia e, ao fazê-lo, mostramos os últimos desenvolvimentos da tecnologia, com o brilho e poder da luz presente em muitas soluções de energia solar. Muitos expositores e visitantes concordam com o nosso sucesso. Queremos discutir e desenvolver ainda mais

esta temática no futuro e, assim, realçar possíveis soluções de tecnologia solar.” A Solar Promotion GmbH é um dos organizadores da Intersolar Europa e trabalha em cooperação com a Freiburg Wirtschaft Touristik und Messe GmbH (FWTM). Klaus W. Seilnach, CEO da FWTM, está igualmente muito satisfeito com a exposição da Intersolar: “para nós, como organizadores,

Este ano a exposição centrou-se essencialmente na revolução energética, e por isso, apresentou soluções tecnológicas para um futuro movido a energia solar.


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a Intersolar Europa deste ano, foi particularmente moldada pelo elevado nível de participações internacionais, tanto ao nível dos expositores como dos visitantes, e sem esquecer a riqueza das inovações. Notamos que as empresas estão a dar mais abertamente resposta aos desafios enfrentados pelos mercados de energia solar, e por isso estão optimistas em relação ao futuro.” A Intersolar Europa é apoiada pelas principais associações da indústria solar: a Associação Alemã de Indústria Solar (BSW – Solar) como parceiro exclusivo da Intersolar Europa, a Sociedade Alemã de Energia Solar (DGS), a Federação Europeia de Indústria Solar Térmica (ESTIF), a Sociedade Internacional de Energia Solar (ISES), e o Grupo SEMI PV, contando ainda com o apoio da Associação Europeia de Indústria Solar (EPIA).

Tecnologia de produção PV em ascensão Este ano, uma área de exposição, mais exactamente todo o Pavilhão A5, foi dedicada à tecnologia de produção PV, de forma a responder a todos os pedidos. Neste local, os players mais importantes do mercado da tecnologia de produção PV, oriundos de todas as partes do mundo, apresentaram as suas inovações, produtos e serviços, em áreas como a automação, a produção de células e módulos, tecnologia de película fina, software, gases e produtos químicos e vidro solar. “Recebemos um feedback muito positivo dos expositores da área de produção de tecnologia

PV e encontrávamos ali um óptimo ambiente de discussão e troca de conhecimentos. Muitas empresas querem aumentar o seu envolvimento na Intersolar Europa do próximo ano, ao aumentar o seu espaço de exposição. A Intersolar Europa encontra-se, portanto, muito bem no seu caminho de alcançar uma posição de afirmação neste sector. Esta não é apenas uma espécie de elogio à Intersolar Europa, mas também ao seu forte compromisso nos últimos anos com o Grupo SEMI PV”, concluiu Heinz Kundert, Presidente da SEMI Europe, uma associação da indústria global de equipamentos e produtores especializados na área do fotovoltaico. Heinz Kundert foi o parceiro responsável pelo Pavilhão A5.

Presença das empresas mais inovadoras da indústria Este ano, em cooperação com a Associação Alemã de Indústria Solar (BSW - Solar), os organizadores da Intersolar Europa premiaram, pela quarta vez consecutiva, as empresas mais inovadoras da indústria fotovoltaica com o Prémio Intersolar. Na categoria de “Fotovoltaica” os vencedores foram a Autarcon GmbH, de Kassel, a BELECTRIC Drive GmbH de Kolitzheim, e a Aluminium Féron GmbH & Co.KG, de Düren. Na categoria de “Tecnologia Solar Térmica” o júri galardoou a Absolicon Solar Concentrator AB, Härnösand, da Suécia, Dr. Vetter Gesellschaft für Medizinische Datentechnik, Bio- und Umwelttechnik mbH, Baden-Baden, e ainda a Savo-Solar Oy, de Mikkeli, na Finlândia em colaboração com

Hydro Aluminium Precision Tubin, de Tønder na Dinamarca. Na categoria de “Tecnologia de Produção PV”, o cobiçado prémio foi apresentado a Decker Anlagen-bau GmbH, de Berching; Manz Automation AG, de Reutlingen; e NanoFocus AG, de Oberhausen, todos da Alemanha. O prémio destacou, mais uma vez, o dinamismo da indústria e aquilo que a tecnologia solar pode fazer para o fornecimento de energia sustentável no futuro. “A mensagem da Intersolar Europe 2011 é: se há uma estrutura sólida prevista para a indústria solar, a Alemanha em 2020 não terá dificuldades em responder a 10% do seu consumo de energia e uma parte crescente das suas necessidades de aquecimento através da utilização da energia solar”, referiu Carsten Körnig, Director Geral da Associação Alemã da Indústria Solar.

Economia e ciência juntos na Conferência Intersolar Europa Mais de 2 mil especialistas científicos e económicos foram convocados para a Conferência Intersolar Europa no Centro de Congressos Internacional de Munique, para discutir os últimos desenvolvimentos nos mercados internacionais de energia fotovoltaica e solar térmica, tal como os últimos desenvolvimentos de tecnologia de ponta. A conferência decorreu durante dois dias e em simultâneo com a exposição. Com um crescimento claramente notado nos números e experienciado no sucesso do evento, a Conferência Intersolar Europa também

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Nova era da energia solar apresentada na Intersolar Europa

A Intersolar Europa ocorre anualmente no novo Centro de Exposições de Munique e actualmente é a maior exposição da indústria solar, deixando para trás uma longa história com 20 anos. Em 2010, contabilizou 1.884 expositores internacionais e mais de 72 mil visitantes.

terminou com muito sucesso. De 6 a 10 de Junho, cerca de 200 especialistas económicos e científicos falaram dos últimos desenvolvimentos na tecnologia e na política nos mercados internacionais de energia solar, em todas as vertentes da energia fotovoltaica, tecnologia de produção em PV e tecnologia solar térmica. Foram contabilizados mais de 2.000 visitantes nestas conferências e eventos paralelos, que se envolveram em discussões com especialistas internacionais. A descoberta, a aquisição de conhecimentos, a partilha de experiências e a previsão do futuro da energia fotovoltaica foram os grandes dinamizadores desta conferência e que resultou no seu contributo positivo no que diz respeito ao enriquecimento de quem participou no certame.

Família Intersolar em expansão Com mais de 3 mil visitantes e mais de 100 mil visitantes de todos os continentes, a Intersolar assume-se como uma série de exposições mundiais para a indústria solar. A Intersolar Europa ocorre anualmente no novo Centro de Exposições de Munique e actualmente é a maior exposição da indústria solar, deixando para trás uma longa história com 20 anos. Em 2010, contabilizou 1.884 expositores internacionais e mais de 72 mil visitantes. A Intersolar Europa foca-se sobretudo nos sectores da energia fotovoltaica, tecnologia de produção PV e tecnologia solar térmica. Desde a sua fundação que se estabeleceu como a mais importante plataforma da indústria para os fabricantes, 76

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fornecedores, distribuidores e prestadores de serviços e por suscitar tanto interesse, garante um elevado número de visitantes e expositores todos os anos. Os eventos paralelos, como a Conferência Intersolar Europa, consolida os temas da exposição e permite um diálogo e discussão com os melhores especialistas da área de todo o mundo. Em 2010, mais de 150 profissionais apresentaram as suas comunicações a cerca de 2 mil participantes, com os quais discutiram temas actuais do sector e falaram abertamente sobre a evolução do mercado solar, em termos tecnológicos e políticos ou legislativos. Para além da Intersolar Europa, a Intersolar da América do Norte em São Francisco foi lançada em 2008. Este evento foi seguido pela Intersolar Índia no ano seguinte, que se realiza no Mumbai desde 2010. A partir de 2011, a Intersolar China foi adicionada ao portfólio da Intersolar. As exposições Intersolar na América do Norte e na Índia são organizadas pela subsidiária internacional, Solar Promotion International GmbH, de Pforzheim, e Freiburg Management und Marketing International GmbH (FMMI). A Intersolar China é igualmente organizada pela Solar Promotion International GmbH e FMMI, em cooperação com a MMI Asia.

Intersolar Europe Solar Promotion GmbH Tel.: +49 7231 585 980 . Fax: +49 7231 585 982 www.intersolar.de


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O MESMO RAIO DE SOL produz nos nossos módulos mais energia solar. Foi sempre assim, mas agora mais do que nunca. Isto acontece porque, desde o início, incluímos nos nossos cálculos a degradação inicial e, graças à tolerância de produção positiva, os nossos clientes recebem mais do que aquilo que pagaram. Todos estes factores resultam em que, comparativamente com os nossos módulos anteriores, conseguimos um aumento de até 5 % na produção de energia os nossos módulos actuais. Existem poucos módulos ao sol com tão bom desempenho. www.suntech-power.com/b2b/es


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por Helena Paulino

formação em minigeração na weidmüller Na sequência do sucesso dos seminários realizados em 2009 e 2010 sobre Energias alternativas e Energia Fotovoltaica – microgeração da teoria à prática, a Weidmüller organizou três seminários dedicados à Minigeração, um tema cada vez mais actual e discutido.

Com a entrada em vigor do novo DecretoLei n.º 34-2011, de 8 de Março, a Weidmüller decidiu organizar um seminário sobre minigeração, de forma a esclarecer todas as dúvidas legislativas e técnicas que possam surgir aos profissionais do sector. Isto porque, desde a entrada em vigor deste novo Decreto-Lei, a minigeração apresenta-se como uma oportunidade de uma empresa ou particular produzir energia para ser vendida à rede, com um regime jurídico que permite a injecção na rede. O produtor poderá mesmo vender energia à rede através de dois regimes remuneratórios: regime bonificado (com 3 escalões) e regime geral (a electricidade produzida é vendida em condições de mercado). A minigeração tem algumas vantagens que passam pela criação de uma fonte de rendimento para o futuro, taxas de rendimento acima de 10% para a maioria dos projectos , um risco reduzido do investimento para além de uma menor dependência face aos aumentos do custo de energia. Perante tudo isto, a Weidmüller sentiu que havia uma enorme necessidade do mercado em saber mais sobre as novas leis relativas à minigeração, e por isso realizou 3 seminários em 3 cidades distintas: 16 de Abril no Palace

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Hotel Monte Real em Leiria, 30 de Abril no Grande Real Villa Itália em Lisboa, e no dia 7 de Maio estiveram presentes na Invicta, no Sheraton Porto Hotel & SPA. Para os cerca de 300 participantes estes foram dias de muita formação, resposta a muitas dúvidas, esclarecimento de muitos factores na teoria enquanto lei, e na prática com exemplos concretos.

Produção de energia por Fontes de Energia Renovável Deodato Vicente, Director Geral da Weidmüller Portugal abriu o seminário explican-


reportagem revista técnico-profissional

do a importância da minigeração no sentido de apostar cada vez na sustentabilidade do nosso planeta. Passou a palavra a Josué Morais que abordou os desafios que se avizinham com a implementação da minigeração. Apresentou uma tabela onde demonstrou o desenvolvimento de outras formas de energia produzida em Portugal através de Fontes Renováveis (hídrica, eólica, biomassa com ou sem cogeração, resíduos sólidos urbanos, biogás, energia fotovoltaica, energia das ondas). Concluímos que desde o ano de 2002 até Outubro de 2010, segundo estatísticas da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), houve um aumento de 10.167 GWh para 27.654 GWh. Números a ressalvar num momento em que se aposta cada vez mais nas energias alternativas, e em que se tenta preservar a sustentabilidade do mundo. No que toca à evolução da potência instalada em termos de energias renováveis

Para os cerca de 300 participantes estes foram dias de muita formação, resposta a muitas dúvidas, esclarecimento de muitos factores na teoria enquanto lei, e na prática com exemplos concretos.

notamos um aumento de 4.934 MW registado no ano de 2002 para 9.405 MW em 2010. Quase o dobro! No que diz respeito à minigeraçao, Josué Lima Morais explicou que o novo Decreto-Lei estabelece um regime jurídico aplicável à produção de electricidade, e 3 escalões de potência de ligação: Escalão I até 20 kW inclusive, o Escalão II com ligações superiores a 20 kW e inferiores ou iguais a 100 kW, e finalmente o Escalão III com ligações com capacidade superior a 100 kW e inferiores ou iguais a 250 kW. Mas existem regras a considerar no que diz respeito ao acesso à actividade de miniprodução: instalar uma unidade de miniprodução no local servido por uma instalação de utilização com contrato de compra e venda de electricidade; uma potência de ligação à rede até 50% da potência contratada. Não

esquecer que a energia consumida na instalação de utilização deve ser superior a 50% da energia produzida pela instalação de miniprodução. Josué Morais explicou ainda como se irá processar ao registo e ligação à rede: será disponibilizada uma plataforma SRMini em www.renovaveisnahora.pt; o registo e a emissão do certificado de exploração da unidade de miniprodução são processados no SRMini; a realização da inspecção deve ser solicitada através do SRMini até 6 meses para instalações de Baixa Tensão, ou 8 para as restantes, ou ainda 24 meses no caso das mini-hídricas e 16 meses em regimes jurídicos de contratação pública ou validação de incidências ou impactes ambientais.

Instalações fotovoltaicas de minigeração A segunda parte da apresentação de Josué Morais consistiu na apresentação de três exemplos concretos de instalações fotovoltaicas de minigeração. Numa instalação industrial da Maia com contrato em Baixa Tensão a potência contratada é de 41.4 kVA, tal como na instalação na Cooperativa Agrícola da Régua. No primeiro exemplo, em 2010 tiveram um consumo de energia eléctrica activa de 30.412 kWh e energia reactiva de 3.920 kVArh, e no segundo registou-se um consumo de energia eléctrica activa de 29.530 kWh e de energia reactiva de 2.850 kVArh. Em ambos os exemplos há renováveismagazine

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Formação em Minigeração na Weidmüller

É importante a concepção de um sistema de monitorização que permita rentabilizar o investimento e diminuir o tempo de detecção de problemas. Quanto mais detalhada e precisa for a informação, mais facilmente poderemos ajustar a instalação, e obter os melhores resultados e o máximo rendimento.

condicionantes: a potência de ligação máxima deve ser de 20,7 Kw, o valor máximo de energia produzida deve situar-se nos 60.824 kWh na instalação na Maia e 59.060 kWh na Régua, e devem ser realizadas auditorias e implementadas medidas correctivas com retorno até 2 anos. Ambas fazem parte do Escalão I, com potência de ligação da minigeração de 20 kW, no primeiro caso com painéis fotovoltaicos de 22,8 kWp e no segundo caso de 24,5 kWp, e inversores trifásicos de 10 kW (2 unidades). Na Maia a instalação está feita num telhado inclinado e na Régua a instalação é feita em dois inversores solares. O terceiro caso, uma instalação industrial do Carregado, difere das anteriores por

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ter um contrato em Média Tensão. Assim a potência contratada é de 300 kW, no ano de 2010 teve um consumo de energia activa de 750.000 kWh e reactiva de 355.000 kVArh. A potência de ligação máxima situa-se nos 150 kW, com um valor máximo de energia a produzir de 1.500.000 kWh, sendo igualmente necessárias a realização de auditorias energéticas à instalação industrial e a implementação de medidas correctivas com retorno até 4 anos. Esta é uma solução pertencente ao Escalão III, com uma potência de minigeração de 150 kW, painéis fotovoltaicos de 177,5 kWp, inversores trifásicos de 25 kW (6 unidades), instalação em dois seguidores solares e ainda uma ligação à rede na contagem de Baixa Tensão.

Detalhes contam nas instalações fotovoltaicas No que diz respeito à manutenção de instalações fotovoltaicas, a Weidmüller possui uma solução completa para a micro e minigeração. Todos estes produtos foram apresentados porque é consensual a importância da concepção de uma instalação escolhendo com detalhe os equipamentos e materiais que melhor se adequam à instalação em si. A Jbox é uma caixa de ligações para módulos fotovoltaicos, e é de ressalvar que os módulos são os componentes mais importantes de uma instalação fotovoltaica porque se forem de qualidade poderão evitar problemas. As caixas de strings da Weidmüller são de muitas classes e tipos: caixas para microprodução e miniprodução, de agrupamento, de


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segundo nível, e de strings com e sem monitorização. Um sistema que nos permita registar a tensão de todos os módulos numa string, durante um período em que os módulos estão a trabalhar em conjunto é a definição do Clinic Solar System. Os detalhes são importantes para a Weidmüller e provam-nos os seus conectores certificados, como o Multi-Stripax PV que assegura um corte preciso e profissional, um óptimo descarne de cabos solares e uma multifunção que acelera o processo. O CTF PV WM4 e o CTX PV são dois modelos de alicate para uma boa cravação de contactos estampados e torneados, e permite um posicionamento correcto dos contactos. O Software SolfClinics é um sistema de gestão, de fácil configuração e manuseamento, que gere diferentes equipamentos como caixas

de strings ou inversores, não está limitado pelo número de equipamentos e pode integrar mais do que uma instalação. Mas até que ponto é rentável e necessário monitorizar um parque fotovoltaico ou uma instalação? Durante os 25 anos de uma instalação fotovoltaica irão ocorrer perdas de eficiência derivadas de módulos danificados, sujidade, problemas de missmatching, degradação de componentes, questões ambientais, e outras. Por isso é importante a concepção de um sistema de monitorização que permita rentabilizar o investimento e diminuir o tempo de detecção de problemas. Quanto mais detalhada e precisa for a informação, mais facilmente poderemos ajustar a instalação, e obter os melhores resultados e o máximo rendimento. Mas o que podemos monitorizar numa instalação fotovoltaica? Por exemplo, o contador da empresa, a informação dos inversores, as caixas de strings e o nível do string e do módulo.

Importância dos cabos numa instalação fotovoltaica A General Cable também participou na formação da Weidmüller onde falou nos cabos destinados às instalações solares fotovoltaicas. Isto porque os cabos tem um papel fulcral numa instalação fotovoltaica e, por isso, devem ter determinadas características: resistir a temperaturas elevadas ou muito baixas, resistir às intempéries (desde os raios ultravioletas, ozono e à absorção de água), ter segurança eléctrica, e proteger dos roe-

dores e do fogo e além de serem flexíveis e adequados para instalações móveis. Devem ser cabos de elevada segurança, estando livres de halogéneo, ter uma baixa emissão de gases corrosivos e não propagação da chama e ter uma vida útil mínima de 25 anos. A General Cable possui cabos devidamente certificados para instalações fixas como módulos fotovoltaicos fixos CC, ou para instalações com seguidores para módulos com seguidores CC. Segundo ditam as novas regras, nas ligação entre módulos e ligação módulos e caixa de ligações é necessário instalar um cabo com características muito específicas, de forma a garantir o serviço em condições extremas e durante a vida útil dos equipamentos (cerca de 30 anos). No caso da ligação caixa de ligações e inversor e ligações inversor e transformador, a armadura metálica evita que os roedores ataquem o isolamento e provoquem um curto-circuito, e uma consequente interrupção do serviço. Além disso, um cabo armado está protegido contra possíveis rasgões, golpes, arrancamentos da bainha ou outras agressões mecânicas que possam ocorrer durante o lançamento do cabo ou depois disso, durante acções de manutenção.

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt

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por Helena Paulino

encontro anual da APISOLAR A APISOLAR – Associação Portuguesa da Indústria Solar realizou o 1.º encontro anual de associados no passado dia 28 de Junho, no Hotel Vip Executive Zurique, em Lisboa. Este foi um dia preenchido por um workshop sobre minigeração, uma reunião geral da APISOLAR e um debate sobre o sector em Portugal.

Da parte da manhã decorreu um workshop dedicado à apresentação do regime de incentivos à minigeração, onde se falou sobre o Decreto Lei 34/2011, os esquemas de interligação com a rede eléctrica e ainda as estatísticas e certificação de equipamentos (DGEG). No final os participantes debateram os temas apresentados, e algumas dúvidas foram respondidas por parte dos oradores. Na reunião geral da APISOLAR, a Direcção desta associação apresentou resumidamente o relatório intercalar de actividades e de contas de 2011. Os associados da APISOLAR receberam os seus respectivos Cartões de Associados e foram ainda apresentados todos os protocolos já estabelecidos e os que ainda estão em negociação. A parte da tarde deste encontro foi marcada por um debate alargado sobre o sector solar em Portugal e a sua evolução ao longo dos anos, nomeadamente tendo em conta o actual contexto político e económico nacional. Nesta reflexão alargada estiveram todos os participantes no evento, desde os associados da APISOLAR bem como representantes da ADENE, ISQ, APREN, RNAE, AFIC, APIRAC e YUNIT. As políticas públicas direccionadas para o sector solar foram amplamente discutidas, segundo diferentes ângulos e perspectivas, e a colaboração entre associações e instituições foi evidencia-

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da como facilitadora da criação de massa crítica e reforço da representatividade e visibilidade do sector. Em simultâneo e durante todo o dia, a APISOLAR promoveu uma mostra de serviços e produtos de empresas associadas e não associadas ligadas ao sector solar como a Baxiroca, Donauer, IBC Solar e Mprime.


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AS Solar

Lighting the Way.

Distribuidor oficial de sistemas de energia solar fotovoltaica

AS Solar Headquarters, Hannover (Alemanha)

C/ Resina 37, Nave 2 28021 Madrid Tel.:+34 91 723 16 00

Regime de miniprodução vista à lupa Maria João Rodrigues, Presidente da APISOLAR, abordou numa apresentação o tema central do workshop: o novo regime jurídico aplicável à minigeração. Lembrou que tanto a microgeração como a minigeração são sinónimos da produção de electricidade por intermédio de instalações de pequena e média potência, associadas a um ponto de consumo. Os regimes da microprodução, publicado em 2007 e revisto em 2010, e da miniprodução, publicado já em 2011, constituem-se como uma evolução do regime denominado por produtor-consumidor, publicado em 2002. No novo regime jurídico, a minigeração tem 3 escalões com quotas anuais, limitações e requisitos díspares. Em termos de quotas anuais, e em 2011, ao 1.º Escalão foram afectos 11,25 MW; ao 2.º 16,9 MW e ao 3.º 16,85 MW. As limitações são várias e diferentes de escalão para escalão, tendo apenas como comum produção renovável = 2x o consumo anual. O Escalão I é dirigido a instalações até 20 kW, o Escalão II até instalações até 100 kW e o 3.º Escalão até 250 kW. Os requisitos comuns a ambos os escalões são um contrato de compra e venda de electricidade celebrado com o mesmo comercializador. Nos três escalões é obrigatória uma auditoria energética com implementação de medidas de eficiência energética igual ou inferior a 2 anos no Escalão I, 3 anos no Escalão II e 4 anos no Escalão III. Os métodos e procedimentos necessários em cada um dos Escalões foram outros dos pontos abordados, com as diferenças intrínsecas a cada escalão e cumprimento de determinadas regras. O regime remuneratório é igualmente diferente para cada um dos Escalões.

www.as-iberica.com

Fotografia: Tom Baerwald

Fotografia: Tom Baerwald

C/La Resina, 37 Nave 2 28021 Madrid +34 91 723 16 00

APISOLAR - Associação Portuguesa da Indústria Solar Tel.: +351 219 260 920 · Tlm.: +351 961 853 071 apisolar@apisolar.pt · www. apisolar.pt

Delegação Portugal +351 929 01 05 90 info-pt@as-iberica.com

AS Solar Ibérica pertence ao Grupo AS Solar Alemanha | Espanha | Portugal | Canadá | Marrocos | Itália | França | Países Baixos | Roménia

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aproveitar ao máximo a força do sol por Helena Paulino

A Sputnik Engineering aproveita a energia do sol há cerca de 20 anos, contribuindo de forma significativa para a protecção do meio ambiente e a geração de energia renovável. Tudo isto através dos inversores SolarMax, de elevado rendimento e destinados a instalações solares ligadas à rede.

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“Chegámos à conclusão há muitos anos de que a energia solar pode e deve contribuir de forma significativa para a produção de energia eléctrica. Por isso fundamos em 1991, a Sputnik Engineering, de forma a comercializarmos a energia solar em benefício da protecção do meio ambiente. Desde o início que nos concentramos no desenvolvimento e produção de inversores solares ligados à rede eléctrica”, explicou Christoph von Berger, e terminou garantindo que “como engenheiros e pioneiros temos contribuído de forma decisiva para o êxito na utilização da energia solar. E como as nossas ideias e acções obedecem a um conceito sustentável, já estamos à procura de solução para o dia de amanhã.” Os princípios da Sputnik passam pela valorização do cliente e ainda pela liberdade dada aos

funcionários de agirem e pensarem de forma independente, o que significa que cada profissional da Sputnik pode contribuir de forma individual com os seus pontos fortes. Desta forma garantem uma equipa motivada e em constante desenvolvimento através de formações, o que permite à empresa crescer de forma sustentável. As sugestões são encaradas, nesta empresa, como um processo natural. A Sputnik Engineering foi fundada em 1991 e tem a sua sede em Biel, na Suíça, uma província sobejamente conhecida pela sua tradição no fabrico de relógios. Actualmente, a Sputnik é conhecida por desenvolver, produzir e colocar à prova de forma exaustiva os inversores de elevado rendimento SolarMax, destinados a instalações solares ligadas à rede.


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Desde o ínicio que os especialistas desta empresa suíça se concentraram naquilo que melhor sabiam fazer: fabricar inversores fotovoltaicos de forma inovadora. Os dispositivos produzidos com a marca SolarMax são distribuídos em cada vez mais países.

Cliente, a motivação do trabalho desenvolvido na Sputnik Um dos requisitos da Sputnik é garantir que os clientes recebem produtos de qualidade e possuem um serviço e assistência de qualidade, somada à pontualidade e facilidade. Na realidade, o cliente ocupa o centro das atenções no trabalho realizado diariamente na Sputnik: os seus desejos e necessidades constroem a motivaçao da empresa. A Sputnik também acompanha os seus clientes desde a primeira concepção de parques fotovoltaicos, seguindo uma selecção dos produtos indicados até uma contínua monitorização da instalação. Na Sputnik também são organizados cursos de formação para distribuidores, instaladores e profissionais da manutenção de instalações solares, que podem decorrer na sede da empresa ou numa das suas filiais, ou até mesmo directamente nas instalações do cliente. Para isso criaram o Centro de Formação SolarMax e desenvolveram um conceito de ensino modular que pode ser alterado a qualquer momento para se adaptar às necessidades de cada cliente.

Os princípios da Sputnik passam pela valorização do cliente e ainda pela liberdade dada aos funcionários de agirem e pensarem de forma independente, o que significa que cada profissional da Sputnik pode contribuir de forma individual com os seus pontos fortes.

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Serviços de consultoria em engenharia Sistemas de monitorização online Serviços de monitorização e diagnóstico Gestão de stock Reparações mecânicas e recondicionamento Serviços de alinhamento da torre

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Ferramentas de manutenção Ferramentas para tensionamento de parafusos Massas lubrificantes Sistemas automáticos de lubrificação

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reportagem

Aproveitar ao máximo a força do sol

Em Janeiro de 2008, a subsidiária sol-E Suisse da BKW FMB Energie AG colocou em operação o sistema mundial de PV em maior altitude, no Jungfraujoch nos Alpes suíços, 3.500 metros acima do nível do mar. O Jungfraujoch é conhecido pelas suas condições climatéricas extremas. Para este desafiador projecto a BKW instalou quatro inversores SolarMax 3000 Sputnik Engineering.

Monitorização é a solução! As soluções de comunicação da Sputnik são fiáveis e eficientes como os dispositivos. Os equipamentos standard SolarMax possuem uma interface de comunicação com relatórios, visualizações, análises e avaliações de todos os dados e parâmetros importantes. Para isso desenvolveram uma monitorização de sistemas eficaz que podem monitorizar até 100 inversores em simultâneo. O MaxTalk visualiza os valores medidos no computador, o MaxVisio permite visualizar instalações in loco, e o MaxWeb xp é um registo de dados de comunicação e monitorização contínua. Ainda possuem o portal Web SolarMax que permite um acesso a instalações fotovoltaicas através da Internet, e o MaxControl é indicado para um funcionamento perfeito de uma instalação PV com inversores centrais SolarMax, com uma monitorização contínua. Com todas estas ferramentas torna-se mais fácil para o cliente a monito-

rização da sua instalação fotovoltaica, com rápidas substituições do dispositivo e serviço qualificado no local. Na Sputnik pode encontrar inversores para instalações pequenas e médias, ou para grandes centrais inversores de parques fotovoltaicos. Disponibilizam-no com um correcto dispositivo para todos os tipos de instalação fotovoltaica. Desta forma a confiança na marca Sputnik é crescente, tal como a eficiência de todos os dispositivos colocados em todos os tipos de condições de funcionamento. Para que tudo isto decorra da melhor forma, todos os inversores SolarMax passam por um adequado teste rigoroso antes de serem utilizados na prática, e a tecnologia de ponta que os caracteriza é fundamental para o sucesso das instalações fotovoltaicas. Tudo isto é garantido pelo teste e certificação realizado pelo Institute VDE. Os inversores da SolarMax possuem uma garantia de 5 anos, tendo a opção de ser prolongada para 12 anos. Sempre a pensar no cliente, a Sputnik desenvolveu o pacote MaxControl para os inversores centrais, que oferece aos clientes uma completa oferta de serviços e soluções de monitorização.

5 anos de Sputnik Ibérica Em 2006, a Suptnik era um dos primeiros fabricantes de inversores com escritório em Espanha. Em pouco tempo, o inversor central SolarMax 100C converteu-se num dos equipamentos mais vendidos, tendo já sido instalados quase 3.000 unidades apenas em Espanha. A GENERA 2011 foi a primeira fei86

renováveismagazine

ra em Espanha onde foi apresentada a nova série de inversores SolarMax MT, com potências de 10, 13 e 15 kW, um rendimento até 98%, uma saída trifásica, fácil instalação tanto no exterior como no interior, e ainda um máximo rendimento e flexibilidade graças a vários tracker MPP. Para Fernando Sánchez García, Gestor da Sputnik Engineering Ibérica, “a nossa avaliação relativamente à GENERA é muito positiva. A afluência de visitantes ao nosso stand foi boa e com números superiores aos do ano passado. Considero que o mercado espanhol está maduro o suficiente para esperar por clientes estrangeiros que querem fechar negócios durante uma feira. Essas alturas são mais próprias de um arranque de mercado e isso é o que está a ocorrer em Espanha.” E acrescentou que, “para a Sputnik o primordial é que a GENERA é, de facto, o ponto de encontro com todos os nossos clientes e potenciais clientes, com os quais já estabelecemos uma relação. Deste ponto de vista, os resultados são muito bons porque temos conseguido sentar todos os nossos parceiros de forma a fazer uma revisão do ano que passou e dos projectos marcados para os próximos meses. E aproveitamos para celebrar este ano, o 5.º Aniversário como Sputnik Ibérica e o 20.º Aniversário da Sputnik AG, o qual foi um momento muito especial para nós.”

Sputnik Engineering International AG Tel.: +41 323 465 800 . Fax: +41 323 465 829 info-international@solarmax.com . www.solarmax.com


ENERGIAS RENOVÁVEIS. O FUTURO TRIPLICOU-SE.

DISPONÍVEIS OS COMPONENTES PARA INSTALAÇÕES COM FONTES ALTERNATIVAS Finalmente, o Homem desenvolveu tecnologias capazes de beber nas fontes renováveis do planeta, reduzindo assim o desperdício e respeitando o ecossistema. A Caleffi, desde sempre atenta às temáticas ligadas à relação Homem/Ambiente, propõe ao mercado três grandes famílias de produtos altamente qualificados, que reúnem os desafios do futuro: poupança energética, fiabilidade no tempo e funcionalidade.

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SCHOTT Solar: Suinicultura com energia solar Com 1.150 módulos fotovoltaicos de capa fina instalados sobre o seu telhado, a pecuária López Pomar gerará uma potência nominal de 100 kW e cerca de 1.300 kW/hora por kW instalado, evitando uma pegada de carbono equivalente a 102 toneladas de CO2 anuais. SCHOTT Solar, S.L.

Quem disse que uma pecuária de suinicultura não pode ser vantajosa para o meio ambiente? A pecuária López Pomar, situada em Ontinar de Salz, província de Zaragoza, conseguiu-o instalando um total de 1.150 módulos fotovoltaicos de capa fina SCHOTT Solar ASI 100 W no telhado, cuja superfície é de cerca de 6.000 m2. O objectivo é evidente: reduzir consideravelmente o custo energético e as emissões de CO2. O desafio de adaptar-se sempre à actualidade é algo que os proprietários da suinicultura López Pomar conhecem e praticam. Com mais de 28 anos de experiência e cerca de 1.110 cabeças de suínos deram uma reviravolta ao mercado da agricultura, investindo em tecnologias acreditadas, como a da SCHOTT Solar, para atribuir uma pegada ecológica às suas instalações e, deste modo, ser cada vez mais eficientes tirando o máximo partido dos recursos naturais, neste caso, do sol. O projecto, iniciado em Abril de 2010 e ligado à rede no dia 3 de Novembro de 2010, é composto por 1.150 módulos fotovoltaicos de capa fina SCHOTT Solar “ASI 100 W”, 88

pelo que se prevê que esta suinicultura, que conta com uma potência nominal de 100 KW, gerará cerca de 1.300 kWh por kW instalado. Este número evita a emissão para a atmosfera de 102 toneladas de CO2 por ano, compensando, deste modo, a contaminação produzida por uma instalação com estas características.

Inovação de capa fina sobre o telhado Melhores retornos do investimento, uma maior conversão de energia a alta temperatura e um inultrapassável rendimento na captação tanto da radiação directa como difusa, são apenas algumas das vantagens destes módulos de capa fina SCHOTT Solar para alcançar grandes resultados em locais onde tal não era possível. Da mesma forma, a qualidade da tecnologia de capa fina de SCHOTT Solar permite melhorar a captação da luz difusa, garantindo à energia solar novas possibilidades de viabilidade no mercado, com novas aplicações e com melhores expectativas económicas.

Segundo Javier López, gestor da suinicultura López Pomar, ponderaram a utilização de módulos de capa fina por não poderem instalar os módulos com a orientação ideal, visto que os telhados são ondulados e nesta zona os ventos podem ser muito fortes (Cierzo).

Figura 1 Módulos FV de capa fina instalados sobre o telhado da Suinicultura Granja López Pomar.

“A marca SCHOTT Solar confere à instalação qualidade e prestígio. Dadas as circunstâncias, esta tecnologia era a melhor opção pois permite melhores retornos do investimento, graças a uma maior conversão de energia a alta tempe-


PUB.

meia-pagina vertical - 8Julho2011.pdf 1 07-07-2011 18:57:19

ratura e a um maior rendimento na captação, tanto de radiação directa como difusa. Além disso, estes módulos são muito estáveis perante alterações de temperatura, e a perda de rendimento em relação aos módulos de silício cristalino é mínima”, afirmou.

ENERGIAS RENOVÁVEIS SISTEMAS SEGURANÇA DOMÓTICA

Geração de energia limpa: um benefício extra Além dos aspectos económicos e da rentabilidade, Hans-Joachim Reif, Director General da PV5 Solar Concept España, empresa que actuou como conselheira durante a instalação, além de fornecer os materiais componentes da mesma, destaca também a importância da consciencialização ecológica neste projecto. Os camponeses, agricultores e criadores de gado deram-se conta de que já não é possível ganhar dinheiro apenas com a produção agrícola e/ou agricultura/pecuária. “Hoje em dia, é preciso ir mais além e, embora o valor de geração renovável, em geral, e solar, em particular, tenha descido cerca de 45%, falamos de um negócio que foi e continuará a ser rentável a médio e longo prazo”, referiu Reif. A instalação perfeitamente integrada com módulos da SCHOTT Solar confere uma melhor imagem pecuária e gera uma poupança de emissões de CO2 que compensa as emissões contaminantes, próprias deste tipo de explorações. “E como os proprietários da pecuária sabem que se trata de um negócio a longo prazo, foram muito exigentes no momento de escolher um módulo de alta qualidade e prestigio”, comentou Alberto Zúñiga do Departamento de Marketing da Schott Solar.

MINIGERAÇÃO A tarifa aplicável vigora durante um período de 15 anos. A tarifa de referência é fixada em € 250/MWh (0.25€/kw). No âmbito do regime bonificado, poderá ter uma produção de cerca de 90.000€/ano permitindo o retorno do investimento em menos de 8/9 anos. A rentabilidade neste tipo de investimento aproxima-se dos 14%. C

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INOVAÇÃO TECNOLOGIA QUALIDADE

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Módulos resistentes ao amoníaco e a outros contaminantes Os odores, o amoníaco e as partículas de pó fazem parte da idiossincrasia das explorações agrícolas e pecuárias. Especialmente o amoníaco é a substância com maior nível de emissões como produto residual agressivo, o que pode acelerar o envelhecimento dos módulos fotovoltaicos e, como consequência, influenciar negativamente a sua potência e rendimento. A SCHOTT Solar, em colaboração com a Sociedade Alemã de Agricultura (DLG e.V.), desenvolveu, em 2010, um procedimento padronizado de ensaio para módulos solares destinados ao sector agropecuário. No centro de ensaios em Groß-Umstadt, os seus técnicos simularam as condições às quais os módulos fotovoltaicos têm de resistir na agricultura e na pecuária. Após a realização dos testes, constatou-se que os módulos fotovoltaicos da SCHOTT Solar “ASI™ 110 DG (97-105 KW) de vidro duplo superaram o ensaio e são idóneos para a utilização na agricultura e na pecuária, resistindo inclusivamente à influência ambiental de um celeiro durante mais de 20 anos. “Os ensaios demonstraram que os módulos da SCHOTT Solar são resistentes ao ar ambiental com amoníaco de um celeiro e, portanto, degradam-se menos do que os instalados numa vivenda

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SCHOTT Solar: Suinicultura com energia solar

Dados do projecto As naves sobre as quais se encontra a instalação FV têm uma superfície com cerca de 6.000 m2 . A instalação, com 115 KW, tem uma superfície de aproximadamente 1.800 m2 e é composta por 1.150 módulos. Para a fixação da estrutura de alumínio foi utilizada a mesma fixação do telhado já existente. A “PV5 Solar Concept España” forneceu todo o material fotovoltaico para esta fábrica de produção solar e esteve presente como consultora durante toda a instalação.

normal”, explicou Winfried Gramate, Director responsável pelo projecto da DLG, que ainda acrescentou: “Apenas os módulos de alta qualidade, resistentes a condições extremas e com uma longa vida útil, podem ter um elevado rendimento durante muito tempo”. “O módulo optimizado de vidro duplo SCHOTT ASI é uma versão mais avançada do vidro/lâmina, para o qual recorremos à nossa tecnologia acreditada de vidro duplo. Mediante este tipo de construção, o módulo é ainda mais resistente contra as influências ambientais de todo o tipo, o que torna o módulo de vidro duplo SCHOTT ASI num produto ideal para os clientes do âmbito agrícola e pecuário, em que certos contaminantes do ar agressivos, como por exemplo os vapores de amoníaco, resultam num problema importante para as instalações solares. O nosso módulo solar é actualmente o único módulo de capa fina com o selo do ensaio “Resistência ao amoníaco” da Sociedade Alemã para a Agricultura DLG”, comentou Thomas Block, Product Manager Strategy and Business Development da SCHOTT Solar AG. Com os seus produtos de elevada qualidade, a SCHOTT Solar permite aproveitar

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EQUIPA Promotor: ONTINAPORC S.L (sócios: Javier López e Javier Pirla) Responsáveis pelo projecto: Hans-Joachim Reif PV5 Solar Concept España Fabricante dos módulos: SCHOTT Solar Distribuidor dos módulos: PV5 Solar Concept España Director Comercial: Erwann Folgalvez Engenharia global: Inalco, S.L. Engenharia eléctrica: Solar Alto Aragón dados técnicos Tipo de instalação: Conectada em rede Superfície útil de captação: 1.800 m2² Módulos fotovoltaicos: SCHOTT Solar ASI 100 W Inversores: 10 inversores “FRONIUS” IGPLUS 120 10 KW Potência nominal: 100 KW Potência pico total: 115 KW Produção prevista: 1.300 KW/hora por KW instalado

o potencial praticamente inesgotável do sol como fonte de energia renovável. Para isso, a SCHOTT Solar produz componentes fundamentais para aplicações fotovoltaicas e centrais solares de tecnologia cilindro-parabólica. Esta empresa é um dos poucos fabricantes integrados de waffers de silício cristalino, células solares e módulos na indústria fotovoltaica.

Figura 2 Detalhe do módulo SCHOTT Solar.

Na tecnologia de capa fina, a SCHOTT Solar encontra-se entre as empresas de referência, graças à sua experiência com mais de 20 anos. Na área da produção de tubos receptores para centrais termosolares de tec-

nologia cilindro-parabólica, a SCHOTT Solar é considerada líder do mercado e tecnológico. Os tubos receptores são componentes chave das grandes centrais termosolares que geram, de forma centralizada, electricidade a partir da energia solar utilizando a tecnologia cilindroparabólica, sendo capazes de garantir o abastecimento eléctrico de cidades inteiras. A SCHOTT Solar possui centros de produção na Alemanha, na República Checa, nos EUA e na Espanha. A capacidade inovadora e a competência tecnológica da empresa remontam a finais dos anos 50. A SCHOTT Solar é uma filial a 100% do grupo tecnológico internacional SCHOTT. A SCHOTT desenvolve materiais especiais, componentes e sistemas para as indústrias de aparelhos domésticos, farmacêutica, tecnologia solar, electrónica, óptica e de automação. Com cerca de 17.500 colaboradores, o Consórcio SCHOTT gerou no exercício 2009/2010 vendas mundiais de aproximadamente 2,9 mil milhões de €.

SCHOTT Solar, S.L. Tel.: +34 (0) 932 283 213 . Fax: +34 (0) 932 283 263 solar.sales@schottsolar.com . www.schottsolar.com



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soluções inteligentes de armazenamento de energia solar na IBC SOLAR A IBC SOLAR AG, fornecedor de sistemas fotovoltaicos na Alemanha e um dos líderes mundiais do sector apresentou na Intersolar duas soluções para o consumo próprio, baseadas no armazenamento de energia para instalações fotovoltaicas. Os proprietários de instalações fotovoltaicas poderão utilizar uma percentagem muito maior da energia que produzem, inclusive em dias nublados. Além disso, a IBC SOLAR apresentou na mesma feira, a sua gama de módulos IBC, um novo inversor e uma estrutura de montagem especial para tectos de metal trapezoidal. IBC Solar

Além da apresentação destes novos produtos, os projectos de grande dimensão, as soluções para instalação isolada e os planos estratégicos da IBC SOLAR na Alemanha e em mercados internacionais foram os temas principais desta edição da Intersolar.

Soluções inteligentes de armazenamento O consumo próprio é o foco de interesse primordial da IBC SOLAR para a última edição da Intersolar. O especialista em energia fotovoltaica apresentou duas soluções de armazenamento de energia que permitem às famílias consumir autonomamente até 60% das suas necessidades de electricidade com energia solar. A IBC SOLAR apresentou uma solução completa que inclui os módulos fotovoltaicos, um inversor, o sistema de baterias, assim como a SolGuard GRG que gere automaticamente a utilização da energia solar. O sistema de gestão inteligente dá prioridade à utilização directa da electricidade produzida e aos electrodomésticos antes de carregar as baterias. Quando as baterias estiverem totalmente 92

carregadas, todo o excesso de energia é conduzido para a rede pública. “Desde 2009, os consumidores domésticos têm a oportunidade de utilizar a electricidade gerada pela sua própria instalação fotovoltaica. Deste modo, obtêm uma tarifa reduzida como está definido na Lei de Energias Renováveis (EEG), em vigor na Alemanha, assim como uma redução nos custos de electricidade”, afirmou Norbert Hahn, Membro do Conselho de Administração da IBC SOLAR AG. “Ao fomentar o consumo próprio, reduzem-se os custos totais de financiamento de energia renovável e equilibrase a carga de energia fornecida à rede pública.”

Os consumidores domésticos actuais podem utilizar cerca de 15% da sua energia solar. Com o IBC SolGuard, apresentado no ano passado, a percentagem duplicou até 30%, já que o dispositivo combina o controlo dos sistemas fotovoltaicos e dos equipamentos domésticos individuais. Ao utilizar uma solução de armazenamento de energia, os proprietários de vivendas podem consumir uma maior quantidade de energia produzida pela sua própria instalação: o inversor da bateria controla a carga e a descarga da bateria, carregando, por exemplo, uma bateria de iões de lítio quando a energia solar não é utilizada directamente. A IBC SOLAR introduz duas tecnologias diferentes de baterias: IBC SolStore 3.5 Li, um sistema de baterias baseadas na tecnologia de iões de lítio/polímero e o IBC SolStore 6.8 Pb, um sistema de armazenamento que utiliza a tecnologia comprovada de chumbo/ ácido. A IBC SOLAR demonstrou esta solução de iões de lítio na feira Intersolar. Esta solução tem um número muito elevado de ciclos de carga, uma eficiência de carga de 95% e está equipada com um ecrã táctil inte-


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grado que apresenta a capacidade actual da bateria. Este tipo de bateria é uma tecnologia comprovada, especialmente popular nos sistemas de ligação a rede.

Bombas de água com energia solar As zonas rurais mais afastadas serão beneficiadas pela nova fonte de energia solar de acção hidráulica da IBC SOLAR. As bombas impulsionarão a água, transportando-a até longas distâncias com maior eficiência do que os motores diesel convencionais. Como são activadas com a energia solar, não necessitam de uma bateria de armazenamento e constituem uma opção mais respeitadora do meio ambiente e, portanto, uma alternativa ecológica para fornecer às aldeias, ganadarias ou explorações agrícolas a água que necessitam. Na Intersolar, a IBC SOLAR apresentou aos visitantes o sistema de bomba de água solar, implementado recentemente em projectos sem ligação a rede, assim como em sistemas híbridos.

Gama de módulos IBC Além das soluções de armazenamento de energia, a IBC SOLAR também dispõe de

um portfólio de módulos IBC com as melhores prestações de garantia linear de potência, tanto em módulos monocristalinos como policristalinos, que asseguram o máximo rendimento do investimento realizado pelos clientes. Mediante a sua própria instalação de testes, a sua câmara climática e a sua câmara de simulação solar ou “Flasher”, a IBC SOLAR pode garantir que todos os seus módulos cumprem os critérios de qualidade mais estritos.

Montagem rápida: TopFix200 para tectos de metal trapezoidal A IBC SOLAR ampliou a sua oferta de estruturas e sistemas de montagem para satisfazer as necessidades de montagem sobre cobertura trapezoidal. Componentes à medida e abraçadeiras pré-montadas garantem uma instalação rápida e fácil. Uma vez que o sistema utiliza rebites em vez de parafusos, que requerem um maior trabalho manual, poupa-se cerca de 20% no tempo de instalação, em comparação com os sistemas convencionais de montagem. O TopFix200 pode utilizar-se com quase todos os tipos de módulos e adapta-se à maioria dos telhados

de chapa trapezoidal. Devido ao ajuste de altura, o sistema também pode ser instalado em tectos irregulares. Materiais resistentes como o alumínio e o aço garantem uma maior durabilidade do produto.

Uma comunicação eficaz: IBC ServeMaster 8000TL Pro Por último, mas não menos importante, a IBC SOLAR possui o IBC ServeMaster 8000TL Pro, um novo inversor de grande alcance. O inversor não inclui transformador e funciona com uma eficiência máxima de 98%, assegurando um alto rendimento, inclusive se os módulos estiverem parcialmente sombreados ou montados com várias orientações. Um caminho para uma tecnologia de equilíbrio nas variações de tensão, que geralmente ocorrem na rede pública e que podem provocar uma redução na potência do inversor. O ServeMaster8000TL permanece ligado à rede e, portanto, pode fornecer uma potência maior do que aquela que é gerada pelos módulos. Um servidor Web integrado estabelece um canal de comunicação directa com o SolPortal IBC, através de DSL.

IBC SOLAR aposta em Portugal como mercado estratégico

IBC SOLAR aposta em Portugal como mercado estratégico

A IBC SOLAR AG, o maior integrador de sistemas de energia solar fotovoltaica do mundo, prepara-se para reforçar a sua presença em Portugal, um mercado que considera estratégico pelo enorme potencial na área das energias renováveis.

website oficial em português, www.ibc-solar.pt. Segundo Rudolf Sebald, Director de Projectos da IBC SOLAR AG, “Portugal é um mercado estratégico para a IBC SOLAR pelo seu enorme potencial na área das energias renováveis e, em particular, da energia solar fotovoltaica. Portugal possui mais de 50% das horas de luz solar que a Alemanha, que é actualmente a maior produtora desta energia na Europa.” A experiência, a aposta na qualidade dos produtos e serviços e a melhor garantia de potência do sector são alguns dos factores que têm contribuído para que o Grupo, fundado em 1982 por Udo Möhrstedt, se assuma como líder, na Alemanha e no mundo.

Com um volume de facturação preliminar de 972 milhões de euros em 2010, a multinacional alemã aumenta assim para treze o número de países onde está presente. Juan Manuel Presa foi nomeado responsável pelo desenvolvimento da operação no mercado português e Ricardo Novaes será o Delegado Comercial do Grupo no país. Rudolf Sebald participou no evento de apresentação da empresa a parceiros, que decorreu em Lisboa e que contou com a presença de representantes das principais empresas, associações e universidades do país. A IBC SOLAR lançou o seu

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Soluções inteligentes de armazenamento de energia solar na IBC SOLAR

Qualidade e confiança na IBC Solar Fundada em 1982 pelo físico Udo Möhrstedt, em Bad Staffelstein, a IBC SOLAR AG é líder na Alemanha em sistemas de energia solar fotovoltaica e, actualmente, o maior integrador de sistemas desta energia a nível mundial. Totalmente dedicada à energia solar fotovoltaica, a IBC SOLAR tem como core business a distribuição de sistemas e componentes fotovoltaicos, operando também ao nível da concepção de projectos (modelo “chave na mão”, operação e manutenção, promoção de projectos) e serviços de engenharia (análise, monitorização, manutenção).

A empresa possui delegações em Espanha, França, Itália, Grécia, Malásia, Holanda, Reino Unido, Turquia, China, Áustria e República Checa, estendendo agora a sua presença directa a Portugal. Os seus projectos estão presentes em todo mundo. Em 2010, bateu o recorde de um Gigawatt em vendas como integrador de sistemas, contando já com mais de 100.000 instalações. Uma potência instalada de um Gigawatt corresponde a uma redução anual de cerca de 500.000 toneladas de CO2. Graças à sua ampla experiência, a IBC SOLAR é um grupo líder no sector global da energia fotovoltaica que oferece soluções integrais para a produção de energia eléctrica a partir da luz solar. A empresa cobre todos os serviços que um projecto implica, desde o planeamento até a entrega de instalações “chave na mão”. Até à data, a IBC SOLAR implementou, em todo o mundo, mais de 1,4 GW, em mais de 100.000 sistemas fotovoltaicos. Estes projectos vão desde grandes parques solares, que fornecem energia eléctrica à rede geral, até sistemas independentes de abastecimento próprio. 94

PROJECTOS DA IBC SOLAR

Escola Alemã de Lisboa Lisboa, Portugal (2005)

Projecto-piloto em Curaçau Curaçau, Antilhas Neerlandesas (1999/2000)

Parque de exposições de Stuttgart (Alemanha) Stuttgart, Alemanha (2009)

Neuburg an der Donau, Baviera (Alemanha) Baviera, Alemanha (2006)

Biopark em Gerenzano, Itália Gerenzano, Itália (2008)

Armazém de maquinaria agrícola em Fulda/Künzell Fulda/Künzell, Alemanha (2004)

Exploração agrícola em Rödental-Spittelstein Rödental-Spittelstein, Alemanha (2003)

Edifício plurifamiliar em Memmelsdorf, Alemanha Memmelsdorf, Alemanha (2003)

Ejea de los Caballeros Saragoça, Espanha (2010)

Valverde de Leganés Badajoz, Espanha (2008)

Castuera Badajoz, Espanha (2008)

Cooperação com Enercoop em Crevillente Alicante, Espanha (2008)


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Outubro 2011 A IBC SOLAR comercializa os seus próprios equipamentos, componentes fotovoltaicos e sistemas através de uma extensa rede de parceiros empresariais. Como empreiteiro principal, planeia e executa importantes projectos solares segundo contratos “chave na mão”. Com os seus programas integrais de manutenção e monitorização, garante um óptimo rendimento das suas instalações. Esta empresa aposta firmemente na qualidade, e por isso, apenas oferece componentes que cumprem rigorosos padrões de qualidade. Submete os seus produtos a controlos estritos com o fim de garantir produtos de excelente rendimento e durabilidade. As mais de 100.000 instalações fotovoltaicas implantadas pela IBC SOLAR em todo o mundo são o fiel reflexo da sua aposta num programa de qualidade integral. Entre os rigorosos controlos executados pela IBC SOLAR contam-se auditorias aos fabricantes, inspecções aos processos de fabrico, controlos de produtos finais e testes efectuados por institutos independentes (TÜV, VDE, SGS e o Fraunhofer-Institut).

O físico UDO MÖHRSTEDT, fundador da IBC SOLAR Udo Möhrstedt nasceu em 1940, em Reckinglausen. Licenciado em Física pela Wilhelms-Üniversität Münster e pela LudwigÜniversität Gießen em 1967, iniciou a sua vida profissional na VARTA AG, em Frankfurt. Em 1982 mudou-se para Staffelstein para fundar a empresa IBC Solartecchnick. O passo seguinte foi a criação da FEG, em 1992 em Sömmerda, para o desenvolvimento, produção e comercialização de componentes electrónicos e transformadores para instalações fotovoltaicas. A marca própria de módulos, a Megaline, surge em 1998 com elevados critérios de qualidade e produção exclusiva por parte de fabricantes certificados. Em 2000, a IBC Solartechnik passa a designar-se IBC SOLAR AG, iniciando um processo de expansão e internacionalização, que passou pela criação de várias filiais na Europa e na Ásia. Udo Möhrstedt é um pioneiro da energia solar, sendo mesmo considerado um visionário. Acérrimo defensor da energia solar e da sustentabilidade ambiental, foi distinguido com vários prémios como o “Technologie-Transfer-Preis” pelo seu empenho e dedicação, e é frequentemente convidado para liderar conferências e palestras.

IBC SOLAR, S.A.U. Filial de Espanha Tel.: +34 961 366 528 . Fax: +34 961 366 529 www.ibc-solar.pt

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KOSTAL: como identificar a falha da minha instalação fotovoltaica? Os inversores PIKO da KOSTAL Solar Electric facilitam a localização de possíveis falhas na instalação graças à monitorização completa por String e leituras de irradiação e temperatura. Carlos Sellas Engenheiro Industrial KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L.

O inversor funciona correctamente? Existe algum defeito numa série de módulos? Habitualmente detecta-se uma anomalia numa instalação ao observar que a leitura de produção não coincide com a que estimamos obter. Algumas vezes, o problema é mais evidente ao detectar que a produção de um inversor é notavelmente menor do que a de outro próximo. Perante esta situação devemos analisar o problema e dar uma solução rápida para evitar maiores perdas de produção. Para este fim, é fundamental aceder a um sistema de monitorização que permita abordar o problema, desde uma visão geral até encontrar a origem da falha.

Datalogger de série integrado Os inversores PIKO armazenam até 3 meses ou um ano, conforme a resolução escolhida, os dados pormenorizados da produção fotovoltaica e as incidências. Isto permite ter uma base de dados fiável para a sua análise posterior. Se usarmos alguma ferramenta de monitorização como o PIKO Master Control (PMC) ou o PIKO Solar Portal, já não teremos qualquer limite temporal de armazenamento.

PIKO Master Control (PMC) O PMC mostra os dados de produção em tempo real. Todos os inversores PIKO têm entradas independentes com os seus seguidores de PMP correspondentes. Isto torna possível monitorizar independentemente os valores (P, V, I) de cada String. Podemos aceder aos dados de funcionamento de cada inversor fazendo um simples clique na barra correspondente. No campo da direita aparecem os dados em questão (Figura 1). Os inversores podem ser identificados através do seu endereço IP ou atribuindo-lhes um nome concreto. A sua descarga é gratuita a partir da página da Internet da KOSTAL Solar Electric.

Sensor PIKO O sensor PIKO consiste num sensor combinado de irradiação, temperatura ambiente e temperatura de módulo. Liga-se directamente ao cartão de comunicações do inversor PIKO, do qual recebe a tensão de

Figura 1 Monitorização remota de instalação com PMC (20 PIKO 5.5).

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Figura 2 Sensor PIKO.


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alimentação. Não é necessária qualquer interface adicional. O PMC permite uma análise de produção do campo fotovoltaico em comparação com a irradiação e a temperatura (ambiente e de módulo). Numa situação normal, ambas as curvas, a de produção e a do sinal de irradiação devem seguir a mesma forma (Figura 3).

Figura 3 Avaliação da produção versus irradiação.

PIKO Solar Portal O PIKO Solar Portal é uma aplicação da Internet de monitorização de instalações FV com múltiplas funções. Permite até 6 actualizações diárias de informação de produção e de estado da instalação fotovoltaica (Figura 4). • Avisos via email O PIKO Solar Portal permite também a supervisão remota de potência e energia da instalação, outras funções interessantes. Podemos programar avisos via email para uma série de incidências determinadas: erro de isolamento, corrente de fugas elevada, produção baixa segundo uma percentagem de desvio e outros. • Funções do utilizador O PIKO Solar Portal foi concebido de acordo com uma estrutura de funções do utilizador e uma lista de instalações, segundo a qual cada utilizador tem um nível de acesso diferente. É o administrador da instalação quem atribui funções e pode modificar os parâmetros da instalação fotovoltaica. • Gratuito O seu custo de manutenção e o registo de utilizador são gratuitos.

Acesso aos dados via Ethernet ou GSM Os inversores PIKO incluem de série todas as interfaces de comunicação possíveis. O conector Ethernet RJ45 permite a ligação directa a partir de um computador a um ou vários inversores. Assim, é possível criar uma instalação através do PMC (Figura 1).


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KOSTAL: COMO IDENTIFICAR A FALHA DA MINHA INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICA?

Todos os modelos partilham da mesma filosofia de produto:

Figura 4 Monitorização remota de instalação com PMC (20 PIKO 5.5).

A mesma rede de inversores pode configurar-se para enviar dados para o PIKO Solar Portal se estiverem ligados a um router. No caso de não existir ligação à Internet na instalação, é possível a ligação ao portal da Internet através de um Modem GSM. Só é necessário um Modem para enviar dados de até 30 inversores PIKO.

Rede LAN, ADSL, PC

Modem GSM (hast)

Sensor PIKO, Alarmes E/S de pulsos

Display externo, outros

Figura 5 Monitorização remota de instalação com PMC (20 PIKO 5.5).

Os inversores PIKO Os inversores PIKO da KOSTAL Solar Electric oferecem uma interessante gama de inversores de ligação à rede, monofásicos e trifásicos: Tipo

P. Nominal (W)

PIKO 3.0

Monofásico

2.800

1

PIKO 3.6

Monofásico

3.300

2

PIKO 4.2

Trifásico

3.680

2

PIKO 5.5

Trifásico

5.000

3

PIKO 8.3

Trifásico

7.600

2

PIKO 10.1

Trifásico

10.000

3

Modelo

98

• Compactos e leves Os inversores PIKO sem transformador são compatíveis com as normas actuais de instalações em BT. O PIKO 10.1 só pesa 34 kg. • Vasta gama de entrada [180 V - 950 V] Permite uma grande flexibilidade no dimensionamento da instalação. • Entradas com PMP independentes Optimiza a produção sobretudo em campos com diferente orientação ou com sombras. Permite a ligação de Strings de comprimentos diferentes em cada entrada. Oferece também a opção de ligação em paralelo para aumentar a corrente de entrada. • Datalogger de série, PIKO Solar Portal e PMC gratuitos O inversor PIKO é um sistema íntegro de monitorização que não necessita da aquisição de qualquer componente adicional.

A empresa O Grupo KOSTAL é uma empresa familiar independente, especializada no desenvolvimento de soluções electrónicas e mecatrónicas de primeira linha para uma vasta gama de aplicacões industriais. A empresa foi fundada em 1912 por Leopold Kostal. Como empresa de gerência familiar, a KOSTAL emprega hoje mais de 10.000 colaboradores em 31 locais e 17 países diferentes. Os inversores multi-string PIKO desenvolvidos pela KOSTAL oferecem uma vasta gama de funções para cada sistema FV. Cada inversor PIKO é um produto de qualidade, fabricado na Europa e dentro do Grupo KOSTAL, e foi submetido às mesmas normas de qualidade estritas que os produtos da divisão KOSTAL Automotive.

Nº PMP

Figura 6 PIKO 10.1 - KOSTAL inversor trifásico.

KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L. Tel.: +34 961 824 934 . Fax: +34 961 824 831 www.kostal-solar-electric.com



informação técnico-comercial

Sundeck da SolarWorld – inovadora solução para instalações fotovoltaicas O Sundeck é um revestimento de aço galvanizado, recoberto por uma capa de poliester adicional para evitar a sua corrosão a longo prazo, sobre a qual se fixam directamente os módulos da SolarWorld. SolarWorld Ibérica

Esta solução está especialmente indicada para novas construções industriais e onde serão instalados painéis solares para garantir uma maior eficiência energética do edifício, visto que substitui a chapa de cobertura sandwich e serve para fixar os módulos. Com apenas uma estrutura, a SolarWorld garante duas soluções: chapa de cobertura e estrutura de montagem para os módulos. No caso da reabilitação, esta solução também pode ser aplicada se estiver prevista uma instalação fotovoltaica.

uma forma harmoniosa a estética e o design na sua cobertura. Os módulos solares de melhor qualidade, os Sunmodule Plus, garantem um melhor rendimento na instalação. O Sundeck é aparafusado directamente à subestrutura do telhado, com uma montagem modular, integrando-se de uma forma adequada aos módulos e à cobertura. A fixação dos Sunmodule Plus da Sundeck é feita através de parafusos de aço inoxidável préfeitos em grampos de plástico que agilizam e facilitam a sua instalação.

No caso de coberturas inclinadas com telhas também é muito aconselhada a sua integração, já que substitui a camada de telhas pela chapa de aço galvanizada. A sua concepção impede as infiltrações de água, garantindo com as suas paredes laterais à instalação, a estanquicidade total.

Este produto da SolarWorld inclui grampos para guiar a cablagem por debaixo dos módulos. Inclui os acabamentos perimetrais standard ou paredes, que rodeiam a instalação e permitem isolar a instalação de água.

O Sundeck está em conformidade com a geração de energia orientada para o futuro, renovável e social, enquanto combina de 100

• Em conformidade com o CTE; • Substitui a cobertura nas instalações industriais, com uma consequente poupança na infra-estrutura na obra ou em reabilitação; • Estanquicidade garantida no que diz respeito às infiltrações de água; • Banho de poliéster que o protege da corrosão; • Ventilação traseira dos módulos garantida. A Sundeck é entregue com um kit completo com todos os componentes necessários para a sua instalação fotovoltaica. É composto por módulos Sunmodule, a estrutura, fixação pré-fabricada, cablagem contínua até ao inversor e um inversor apropriado. A SolarWorld oferece, assim, uma solução para a independência energética.

As vantagens deste novo produto da SolarWorld são várias: • Fácil e rápida integração; • Adaptável a qualquer tipo de cobertura;

SolarWorld Ibérica Tel.: +34 914 905 999 . Fax: +34 916 574 968 info@solarworld.es . www.solarworld.es



informação técnico-comercial

SMA Solar Technology AG supera o seu resultado recorde registado no ano anterior Volume de negócios duplicado para 1.900 milhões de euros. Margem EBIT recorde de 26,9%. Grande fluxo de caixa graças a uma baixa intensidade de capital. Proposta de dividendos de 3,00 euros, liderando os valores de energia solar do índice TecDAX. 1.500 novos postos de trabalho. Sem alteração nas previsões de vendas e resultados.

© Andreas Berthel - SMA Solar Technology AG

© Andreas Berthel - SMA Solar Technology AG

SMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L.

Figura 1 Fachada solar do Edifício SMA, em Hessen (Alemanha).

A SMA Solar Technology AG (SMA) continuou a ser bem sucedida na sua estratégia de crescimento durante o ano de 2010. As vendas consolidadas duplicaram para valores na ordem dos 1.900 milhões de euros (ano anterior: 900 milhões de euros). Além disso, a SMA alcançou resultados consolidados antes de impostos e interesses (EBIT) de 516 milhões de euros (ano anterior: 228 milhões de euros), obtendo assim um novo resultado recorde correspondente a uma margem EBIT de 26,9% (ano anterior: 24,4%). Os benefícios líquidos consolidados, que aumentaram para cerca de 365 milhões de euros, registaram igualmente uma duplicação (ano anterior: 161 milhões de euros). Para 2010, a 102

Figura 2 Instalação fotovoltaica no Estádio do 1. FC Kaiserslautern.

Direcção e o Conselho de Administração da SMA propôs à Assembleia Geral de Accionistas de 26 de Maio de 2011 um aumento dos dividendos até 3,00 euros por acção. Os dividendos propostos sublinham a alta rentabilidade da SMA e colocam-se claramente acima dos dividendos das empresas de referência cotadas na bolsa alemã. Em 2010, com uma estimativa de 17 a 20 gigawatts (GW) de nova potência fotovoltaica instalada, o mercado mundial cresceu acima do esperado. A SMA beneficiou desta evolução dado ser o único fornecedor, a nível mundial, a oferecer uma carteira de produtos com inversores para todas as apli-

cações, todos os níveis de potência e para cada tipo de módulo. Com uma potência total de inversores vendidos na ordem dos 7,8 GW (ano anterior: 33,4 GW), a cota de mercado situou-se entre os 39% e os 45%, valor semelhante ao registado no ano anterior (2009: aproximadamente 40%). A internacionalização assume uma importância cada vez maior para a SMA. Em 2010, cerca de 45% do volume de negócios foi gerado em mercados que não o alemão (ano anterior: 38%). A SMA espera que este crescimento acentuado se mantenha no futuro, sobretudo nos mercados estrangeiros, tendo por isso instalado fábricas de produção em


informação técnico-comercial

Denver (EUA) e em Toronto (Canadá). Tal como acontece na Alemanha, a SMA também deseja adaptar as capacidades à procura nestes mercados, num curto espaço de tempo e com uma elevada flexibilidade. Além disso, a empresa criou empresas de distribuição e de serviços na Índia e Inglaterra. Durante o ano de 2010, a SMA duplicou a sua capacidade de produção anual para 11 GW. Em 2011 prevê-se a criação de outras empresas de distribuição e de serviços nos mercados de energia solar de elevada taxa de crescimento no Japão e na Tailândia. “Os mercados internacionais de energia fotovoltaica continuam a ganhar relevo. A SMA, enquanto líder tecnológico e do mercado mundial com 17 filiais em quatro continentes, está preparada para completar a sua internacionalização”, afirmou Günther Cramer, porta-voz do Conselho de Administração da SMA Solar Technology AG. “Graças à nossa extraordinária flexibilidade e à expansão decorrente da nossa capacidade de produção, estamos bastante preparados para enfrentar a elevada volatilidade dos mercados da energia solar. Iremos criar novas fábricas de produção nos mercados com potencial de desenvolvimento, que nos permitam aproveitar oportunidades de forma rápida e eficaz.”

O desenvolvimento de produtos da SMA foi galardoado diversas vezes durante o ano de 2010. “Continuaremos a aumentar a nossa vantagem tecnológica em 2011, e a marcar novas tendências na indústria da energia solar através de mais inovações. Para tal, este ano aumentámos o orçamento de Investigação e Desenvolvimento para cerca de 100 milhões de euros”, referiu Günther Cramer. Estão planeados mais investimentos durante o ano em curso, sobretudo em edifícios e maquinaria, representando cerca de 150 a 200 milhões de euros. A situação confortável de capital próprio, com um coeficiente de fundos próprios de 58% (ano anterior: 56%) e os 500 milhões de euros em activos líquidos, permitem à SMA prosseguir a sua ambiciosa estratégia de crescimento e investimento. Simultaneamente, a empresa encontra-se totalmente preparada para enfrentar flutuações a curto prazo na procura. A SMA continua também a ser uma entidade empregadora muito procurada. Em 2010, foram criados mais de 1.500 novos postos de trabalho. Em Fevereiro de 2011, foi distinguida na competição federal “Great Place to Work” como o melhor empregador na Alemanha, pela sua cultura empresarial única.

A SMA acredita que os mercados fotovoltaicos ainda se encontram, contudo, numa fase inicial de desenvolvimento. A adesão às energias renováveis goza de um forte apoio ao nível social. Por esta razão, o Conselho de Administração da SMA acredita que a procura de instalações fotovoltaicas conhecerá um importante crescimento a médio prazo. No entanto, e devido às alterações sofridas nos programas de apoio em importantes mercados europeus de energia solar, o Conselho de Administração da SMA previu uma estagnação temporária no mercado em 2011, não excluindo mesmo um cenário de crescimento ligeiramente negativo. O Conselho de Administração confirmou as suas previsões e espera um volume de vendas entre 1.500 a 1.900 milhões de euros, com uma margem EBIT a descer ligeiramente para 21% a 25%. A SMA irá continuar a sua estratégia de sucesso e aprofundará a sua internacionalização. No futuro, os mercados exteriores proporcionarão importantes impulsos de crescimento. Na sua qualidade de líder tecnológico, a SMA irá introduzir, em 2011, inovações de produto que contribuirão decisivamente para uma significativa redução nos custos de investimento, funcionamento e manutenção de uma instalação fotovoltaica.

SMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L. Tel.: +34 902 142 424 . Fax: +34 936 753 214 info@sma-iberica.com . www.sma-iberica.com

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Enquanto líder tecnológico, a SMA tem vindo, há vários anos, a investir de forma consistente em Investigação e Desenvolvimento. Em 2010 investiu um total de 83 milhões de euros neste departamento, que conta com 600 enge-

nheiros. As inovações de produto introduzidas no mercado, em 2010, permitem não apenas reduzir em 35% os custos da tecnologia de sistemas em grandes projectos de energia solar, como também enfrentar os grandes desafios colocados pela integração em rede.

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informação técnico-comercial

DEGERenergie: protecção contra o vento passível de aquecimento Novidade disponível para o mercado canadiano a partir de Junho de 2011 Especialmente a pensar em regiões extremamente frias, a DEGERenergie desenvolveu uma nova protecção contra o vento passível de aquecimento. A partir de Junho de 2011 este equipamento estará disponível como acessório em cada dispositivo de seguimento solar DEGER. DEGERenergie GmbH

Figura 1 Andreas Schwedhelm, DEGERenergie.

Figura 2 Parque fotovoltaico de Conersa (Espanha), para a empresa Proingec Consultoría.

Com mais de 45.000 sistemas instalados em todo o mundo, a DEGERenergie está posicionada como líder do mercado global de sistemas de seguimento solar. Os sistemas de seguimento solar da DEGERenergie conquistaram, recentemente, regiões com condições climatéricas extremas. É o caso do Canadá, por exemplo, onde a empresa sediada em Horb já entregou vários milhares de sistemas, numa zona em que os Invernos são caracterizados frequentemente por temperaturas extremamente baixas e tempestades de neve.

fortes, reduzindo assim a superfície exposta ao vento.

A pedido de clientes canadianos e dos parceiros de instalação, a DEGERenergie desenvolveu recentemente um sensor de vento cujo funcionamento é seguro, mesmo com 40 graus (Celsius) abaixo de zero. A protecção contra o vento origina o movimento automático dos módulos solares para uma posição horizontal em caso de tempestades 104

A Certificação UL/CSA do equipamento, obrigatória para produtos técnicos comercializados nos mercados americanos ou canadianos, está pendente. A aprovação está agendada para Maio de 2011, sendo que a nova protecção contra vento estará disponível a partir de Junho de 2011. “Com esta novidade estamos a aumentar ainda mais a segurança dos nossos sistemas, mesmo em condições rigorosas de Inverno como as que se registam em países nórdicos ou noutras regiões montanhosas”, afirmou Andreas Schwedhelm, Vice-Presidente da Engineering DEGERenergie. “A nossa nova protecção contra o vento, passível de aquecimento trabalha com fiabilidade mesmo durante tempestades fortes e com temperaturas extremamente baixas.”

A DEGERenergie foi fundada em 1999 por Artur Deger, sendo actualmente líder de mercado em sistemas de seguimento de energia solar. A empresa está representada em Espanha, Grécia e América do Norte, com subsidiárias próprias, cooperando com distribuidores locais e parceiros de assistência técnica em muitos países espalhados pelo mundo. A tecnologia de Detecção de Luz Máxima (MLD) patenteada pela DEGERenergie permite aumentar o campo de energia das unidades de energia solar em 45 por cento comparativamente com sistemas fixos.

DEGERenergie GmbH Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241 info@degerenergie.com . www.degerenergie.com



informação técnico-comercial

MECASOLAR apresentou na INTERSOLAR o seu novo parafuso universal de cimentação MECASCREW O parafuso de cimentação universal “mecascrew” permite adaptar-se a todo o tipo de terrenos e estruturas para instalações fixas fotovoltaicas, sem ter de usar betão. É fabricado em aço galvanizado a quente, de acordo com a norma ISO 1461, o que lhe dá uma máxima durabilidade e a possibilidade de ser reciclado. Este novo produto vem juntar-se ao actual catálogo de produtos da MECASOLAR: sistemas de orientação solar de dois eixos, sistemas de orientação solar de 1 eixo sazonal e estruturas fixas; produtos desenhados e fabricados pela MECASOLAR que contam com uma elevada implementação e reconhecido prestígio. Além de fornecer o parafuso, a MECASOLAR oferece o serviço de fixação no parque e a instalação da estrutura fixa, incluindo a realização dos estudos topográficos e geotécnicos. PROINSO – Solar Energy Supplies

A MECASOLAR, multinacional espanhola especializada no desenho, fabrico e distribuição de sistemas de orientação solar e estruturas fixas, lançou no mercado o seu próprio parafuso de cimentação para ins-

Figura 1 Instalação no MECASCREW.

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talações solares fotovoltaicas, que foi desenhado e fabricado pela empresa. O novo produto, baptizado como “mecascrew”, foi apresentado em dois importantes encontros internacionais do sector: o Intersolar Europa em Munique de 8 a 10 de Junho; e o Intersolar North America, que decorreu em San Francisco de 12 a 14 de Julho. A MECASOLAR ainda lançou a sua página web, www.mecasolar.com, a qual com 438 mil visitas anuais, uma média de 1.200 visitas diárias, tornou-se num ponto de referência para o sector. Tal como o website da PROINSO, www.proinso.net, empresa do Grupo OPDE, contabiliza 1.800 visitas diárias, somando 650 mil anuais.

este que o converte num parafuso universal, dado que a cabeça do parafuso pode ser personalizada para as diferentes estruturas. Ambas as vantagens garantem-lhe um carácter universal.

O parafuso de cimentação que a MECASOLAR incluiu na sua carteira de produtos, adapta-se em qualquer momento à orografia e às necessidades do terreno (moles, médios e duros), após ter sido testado pela equipa técnica da empresa. É, por isso, compatível em todo o tipo de estruturas fixas para instalações fotovoltaicas do mercado, ponto

Figura 2 Área visível do MECASCREW para fixação.

A vasta experiência da empresa permitiulhe desenhar um parafuso de cimentação versátil, que se adapta às necessidades das estruturas solicitadas pelo cliente. Além disso, é fabricado em aço galvanizado a quente, de acordo com a norma ISO 1461, o que


informação técnico-comercial

Versatilidade

Adaptável e compatível com qualquer tipo de estrutura do mercado, tipo de terreno e orografia do mesmo

Material

Aço 5275

9.000 Kg

Tratamento

Revestimento superficial em aço galvanizado a quente (aplicado depois do fabrico), segundo a normativa ISO 1461

5.000 Kg

Comprimento

1,75 m e 1,25 m

1.000 Kg

Máxima carga de arrancamento

8.800 kg (orientativo segundo tipo de terreno)

Garantia

25 anos face a corrosão para terrenos com pH superiores a 6 e resistência óhmica superiores a 800 Ohm-cm (sempre e quando o terreno não tenha sido alterado em relação às condições geotérmicas iniciais).

Tempo de instalação

Entre 3-4 MW com 1 máquina em 10 dias (dependendo da Estrutura Fixa e do Terreno).

SOLO COESO Tracção final de Arrancamento

7.000 Kg

3.000 Kg

0 Kg Mole

Médio

Firme

Resumo das características do parafuso de cimentação da mecasolar.

Muito Firme

Duro

SOLO GRANULAR Tracção final de Arrancamento 10.000 Kg 8.000 Kg 6.000 Kg 4.000 Kg 2.000 Kg 0 Kg Pouco Denso

dá ao parafuso uma máxima durabilidade. A MECASOLAR conta com fábrica em Espanha, Itália, Grécia, Canadá e Estados Unidos, instalou até 2010 mais de 282 W em todo o mundo. Na MECASOLAR enfatizam a sua satisfação por ter conseguido, “oferecer uma solução integral e universal ao cliente e poder satisfazer assim as suas necessidades, adaptando-se às mesmas em qualquer momento”. Outra das vantagens deste novo produto é que não é necessária a utilização de betão para a instalação da estrutura, permitindo assim a sua fácil instalação, com a consequente redução nos tempos de montagem e acondicionamento do terreno. Neste sentido, na MECASOLAR enfatizam que o seu novo parafuso de cimentação exige um trabalho quase nulo de acondicionamento do terreno, já que não é necessário fazer terraplanagens nem alisamentos do terreno, com a consequente poupança nos trabalhos de construção civil. Deste modo, as estimativas realizadas pela empresa apontam para que o tempo de instalação, em função da estrutura fixa e do terreno, se situe à volta dos 3 ou 4 MW numa semana e apenas com uma máquina, convertendo-o num dos mais rapidamente instaláveis do mercado. É também destacado pela sua facilidade de extracção, reduzindo o impacto ambiental e os custos de desinstalação. Além disso, por ser fabricado em aço galvanizado é reciclável.

Médio

Denso

Muito Denso

O parafuso de cimentação da MECASOLAR, mecascrew, oferece uma garantia de 25 anos face à corrosão para terrenos com PH superiores a 6 e resistência óhmica superiores a 800 Ohm-cm; sempre e quando o terreno não tenha sido alterado em relação às condições geotécnicas iniciais.

Serviço Especial de Instalação A instalação do novo parafuso de cimentação mecascrew conta basicamente de quatro fases: Topografia (levantamento topográfico da parcela); Geotecnia (estudo do terreno); Fixação do Parafuso ao terreno (instalação automatizada através de maquinaria especifica guiada por GPS) e a Instalação da estrutura fixa, tudo isto adaptandose aos prazos e requisitos do cliente. A MECASOLAR inclui no seu serviço de instalação: • Estudo Topográfico: Realização de levantamento topográfico da parcela para a obtenção do plano topográfico à escala necessária com curvas de nível (para o correcto encaixe da central solar); • Estudo Geotécnico: Determina a natureza, espessura, distribuição e propriedades geotécnicas de cada um dos materiais existentes na parcela de estudo. Deste modo, é determinado se aparece o nível freático; a possível agressividade do terreno e/ou da água; a carga permitida, assim como todas as características físicas, químicas e geotérmicas dos materiais;

Figura 3 Perfuração do MECASCREW no solo.

• Instalação GPS do Parafuso: A instalação do mecascrew realiza-se automaticamente através da implantação emitida pelo software que tem a máquina instaladora de parafusos; • Instalação da estrutura fixa.

PROINSO – Solar Energy Supplies Tel.: +34 948 403 637 . Fax: +34 948 412 378 info@proinso.net . www.proinso.net

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informação técnico-comercial

Krannich Solar aposta na distribuição de componentes para sistemas de energia solar fotovoltaica em Portugal Com o objectivo de continuar a crescer e a reforçar a sua presença no mercado português, a Krannich Solar, contratou Paulo Luz como Director Comercial da marca em terras lusas. A sucursal espanhola fica assim actualmente com 36 especialistas. O Director Comercial em Portugal apoiará Sandra Albornoz, responsável pelo mercado luso. Com esta contratação, e com a criação de um escritório no Porto, fica em aberto a possibilidade da abertura de uma sucursal da Krannich Solar em Portugal.

Krannich Solar

Dar apoio aos clientes da Krannich Solar em Portugal, ampliar o portfólio e abrir novos canais de comercialização de componentes para instalações fotovoltaicas, de forma a ir de encontro às necessidades dos consumidores portugueses de energia solar fotovoltaica são as principais directivas de Paulo Luz. Com a presença no mercado português a empresa alemã espera, em termos de potência comercializada, alcançar os 510 MW, uma subida ambiciosa relativamente aos 250 MW conseguidos no ano transacto. Em Portugal, o crescimento tem sido contínuo, tendo apresentado em 2009, 780 kW, e em 2010, 2,5 MW de potência comercializada. Relativamente a esta nova aposta da empresa alemã, Jochen Beese, Director Gerente da sucursal espanhola da Krannich Solar, considerou que “após um crescimento significativo da nossa quota no mercado português e face à nova normativa sobre minigeração, detectámos a necessidade de reforçar a nossa presença no país vizinho. Com esta nova admissão, apostámos fortemente na consolidação da nossa posição no mercado português e preparamonos para a futura abertura de uma sucursal da Krannich em Portugal. Orientados para prestar um bom serviço e dar apoio aos nossos clientes, continuaremos a melhorar com o objectivo de 108

estar mais perto deles e lhes oferecer o nosso bom savoir-faire, os últimos avanços de um sector em constante desenvolvimento e a nossa confiança num futuro sustentável.”

Figura 1 Paulo Luz, novo Director Comercial para Portugal da Krannich Solar.

Com uma vasta experiência no sector industrial e depois de ter ocupado diversos cargos de responsabilidade em empresas B2B, o

novo Director Comercial da Krannich Solar tem-se dedicado às energias renováveis, em particular à energia solar fotovoltaica. A sua última experiência profissional foi de Director Comercial da Solar Project, empresa portuguesa especialista em sistemas de energias renováveis para os segmentos doméstico e industrial e uma das líderes do mercado, onde levou a cabo a expansão do negócio. Paulo Luz desempenhava funções de Key Account Manager, gerindo directamente as grandes contas da empresa, ocupando-se da organização da equipa comercial e da análise e prospecção do mercado para o desenvolvimento da companhia e dando apoio aos franchisados da empresa. Licenciado em Administração de Empresas, Paulo Luz completou os seus estudos no Porto, cidade onde também iniciou a sua trajectória profissional em empresas do sector das telecomunicações. Mais tarde, decidiu ampliar a sua formação no sector das energias renováveis com a Schüco International, aprofundando os seus conhecimentos no âmbito da energia solar térmica e fotovoltaica. Finalmente, chegou à Krannich Solar para se juntar à equipa da distribuidora de componentes para instalações solares e continuar a apostar nas energias limpas e no desenvolvimento sustentável.


informação técnico-comercial

Facturação com crescimento de 71% em 2010 A Krannich Solar é uma empresa de distribuição de componenetes para sistemas de energia solar fotovoltaica criada em 1995, na Alemanha, e que figura nas cinco empresas líderes europeias do sector. A sua posição de destaque no mercado europeu deve-se a um aumento de 59% da potência comercializada em 2010, sendo que em 2009 alcançou os 120 MW comercializados, e ao reconhecimento internacional tendo recebido o Prémio Promotor Academia na Tektónica 2011, que decorreu na FIL - Feira Internacional de Lisboa.

reia do Sul, Grécia, França, República Checa, Chile, Benelux e Reino Unido e tem vindo a apresentar um acentuado crescimento no volume de facturação atingindo os 71% em 2010, com um valor de cerca de 520 milhões de euros. A trabalhar no mercado português desde 2009, a empresa alemã triplicou as vendas no nosso país no último ano, apresentando uma facturação de 6 milhões de euros, contrastantes com os 2 milhões alcançados em 2009. É de salientar que, durante este período deu-se a alteração da legislação do sector em Portugal, o que contribuiu para uma estagnação do mercado. Para 2011, e aproveitando a nova legislação da microgeração, a empresa alemã espera atingir no nosso mercado uma facturação na ordem dos 10 milhões de euros.

Com uma forte presença internacional, o grupo empresarial encontra-se em países como Alemanha, Espanha, EUA, Itália, Co-

Krannich Solar Tel.: +34 961 594 668 . Fax: +34 961 594 686 info@es.krannich-solar.com . www.krannich-solar.com

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Com o objectivo de construir uma relação de longo prazo com os clientes, a empresa alemã oferece uma vasta selecção de componentes para instalações fotovoltaicas, apostando num conjunto significativo de serviços de suporte técnico bem como na sua melhoria.

Os serviços prestados pela Krannich Solar incluem a concepção e a implementação das instalações fotovoltaicas, o desenvolvimento de unidades fotovoltaicas, o controlo de qualidade, a assistência pós-venda e a logística. Actualmente, a grande aposta é no desenvolvimento de unidades fotovoltaicas, um serviço disponível em todos os mercados em que intervém. Graças à sua sólida posição no mercado fotovoltaico, a Krannich Solar avalia o financiamento dos projectos dos seus clientes junto das entidades bancárias. A empresa aplica aos projectos dos seus colaboradores a due diligence, tanto técnica como legal, nas etapas de análise, desenvolvimento e transacção. Desse modo, assegura o fornecimento, a instalação e o arranque de cada sistema ao abrigo do serviço.

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informação técnico-comercial

abb – atingindo novos níveis O novo centro de ensaios em ultra-alta tensão (UHV) da ABB é o mais avançado para ensaios em CC a nível mundial. Os ensaios em alta tensão são necessários para a certificação dos novos equipamentos, sendo pois essencial a disponibilidade de infra-estruturas adequadas. Ralf Hartings e Thomas K. Larsson

O transporte eficiente a longa distância de energia eléctrica limpa, originada em fontes renováveis, é um dos desafios que enfrentam muitas economias actuais. Uma das formas de o vencer tem sido – em países como a China, a Índia e o Brasil – a utilização do transporte de alta tensão em corrente contínua (HVDC), a tensões de 800 kV ou superiores. Mas a satisfação da crescente procura mundial de energia eléctrica envolve desafios enormes em várias frentes, desde como fazer chegar mais energia a locais de difícil acesso, até ao cumprimento de estritas regulamentações ambientais.

Ao longo dos anos, o centro de alta tensão da ABB em Ludvika, na Suécia, tem estado na frente do desenvolvimento da tecnologia de transporte em alta tensão. Os ensaios em alta tensão são prérequisitos para a certificação dos novos equipamentos, e a ABB tem realizado investimentos significativos para assegurar a disponibilidade de infra-estruturas adequadas. Mas tornou-se clara em 2007 a necessidade urgente de aumento da capacidade de ensaio em ultra-alta tensão (UHV) do centro. Na sequência da conclusão com sucesso do desenvolvimento de um novo transformador e de isoladores de atravessamento para 800 kV 110

CC, do surgimento na China e na Índia de novos projectos de ultra alta tensão em CC (UHVDC), e também de um interesse crescente na ultra-alta tensão em CA (UHVAC), revelou-se inadequada a capacidade de ensaio disponível para isoladores UHVDC e válvulas HVDC1, tanto do ponto de vista do nível máximo de tensão e correspondentes distâncias de isolamento, como do tempo de ensaio disponível. As novas instalações de ensaio foram concebidas com base nos requisitos previstos para os futuros sistemas de transporte de energia eléctrica 1.200 kV CA e 1.000 kV CC. Estes níveis de tensão requerem certas margens de segurança, quer para os ensaios de tipo, quer para os ensaios de limites. Estes últimos, ainda que não exigidos formalmente, ajudam na determinação dos riscos de falha na operação em regimes nominal e de sobretensão, possibilitando a adopção de acções para a sua redução a um mínimo absoluto, requerida pelo impacte dramático que as falhas nos sistemas UHV têm na disponibilidade do sistema de transporte e na capacidade de fornecimento de energia a milhões de pessoas.

Foram considerados necessários os seguintes níveis máximos de tensão de ensaio: CC: 2.000 kV; CA: 1.700 kV; uma tensão de choque de manobra: 2.500 kV; uma tensão de choque atmosférico: 3.600 kV. Com base nestes níveis de tensão, as dimensões das instalações de ensaio foram determinadas pelo tipo de sobretensão para o dimensionamento, tensão de choque de manobra; as dimensões máximas previstas para um isolador de atravessamento de 1.000 kV CC; e


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uma tensão suportável em ar definida por vários peritos e compilada pelo CIGRÉ (“Conseil International des Grands Réseaux Électriques”). Possuindo um interior com 35 m de altura, 40 m de largura e 60 m de comprimento, a “UHVen” 2 da ABB tornou-se na instalação de ensaios em UHVDC mais avançada a nível mundial. Pode também ser utilizada para ensaios dieléctricos de isoladores de atravessamento de CC e de CA, e para ensaios de válvulas HVDC para sistemas de transporte de energia eléctrica com as tensões nominais mais elevadas no mundo. Um dos principais desafios para qualquer instalação de ensaios em alta tensão é garantir uma blindagem adequada, assegurando que, por um lado, os ensaios não afectam o fornecimento de energia às indústrias locais e ao público em geral e, por outro lado, os próprios ensaios não são afectados por perturbações eléctricas externas. No ensaio de isoladores de atravessamento é necessário determinar se o isolador gera descargas internas não inferiores a 5 pC (picoCoulomb), sendo exigido um nível de perturbações eléctricas de fundo não excedendo um ou dois pC. Para a satisfação deste requisito é fundamental numa instalação de ensaio com níveis de tensão UHV, uma blindagem eléctrica adequada: uma blindagem deficiente permitirá que os acoplamentos entre o objecto em ensaio e fontes de tensão, que funcionam como antenas de elevada dimensão, injectem no sistema as mais ínfimas perturbações externas. A solução adoptada para este problema foi a construção de uma gaiola de Faraday dentro do edifício exterior. Embora o conceito da gaiola de Faraday seja simples em teoria, a sua implantação numa instalação industrial destas dimensões – equipada com três gruas e muitas portas – representa um desafio substancial. A gaiola é isolada electricamente do edifício envolvente, por meio de milhares de pequenos isoladores, e é ligada à terra através de uma grelha interligada de varetas metálicas de 16 metros de comprimento, enterradas no subsolo das instalações de ensaio.

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certificações. Disponibilizamos aos nossos clientes assistência técnica, que acompanha o planeamento e o projecto de instalações de energia fotovoltaica e térmica.

Notas: 1

Ambos são desenvolvidos e produzidos em Ludvika: os isoladores de atraves-

samento UHVDC são produzidos pela Divisão ABB Components, e as válvulas HVDC pela Divisão Power System, Grids. Sem estas novas instalações para ensaios UHVDC, a ABB não teria a possibilidade de fornecer soluções UHVDC, com ten-

Donauer Solar Systems

sões nominais de 800 kV CC e superiores. 2

o seu parceiro certo

A designação “UHVen” resulta de uma combinação da sigla inglesa “UHV” (“Ultra-

High Voltage”) e da palavra sueca para “coruja” (“uven”), ave muito comum na região de Dalarna em que o centro de ensaios está situado.

ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com . www.abb.pt

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Portugal

Alemanha

Bélgica

França

Itália

Républica Checa


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HYDREO/ENERGYTOP: microcentrais hidroeléctricas A hidro-eletricidade permite transformar a energia da água em eletricidade. Como parte do desenvolvimento das energias renováveis, a energia hidro-eléctrica conhece actualmente um ressurgimento do interesse em toda a Europa e no mundo. Dado os anos de existência, a energia hídrica é a energia renovável mais madura disponível hoje. EnergyTop – Instalações Eléctricas e Topografia, Lda.

A hidro-electricidade actual não terá que estar necessariamente indexada à construção de grandes barragens, que implica grandes impactos ambientais associados à criação de grandes reservatórios e construção de grandes linhas de transportes. Para evitar os impactos ambientais acima descritos apareceram as Mini ou Micro-Centrais, possibilitando a reabilitação de antigos moinhos, a utilização do caudal presente na saída de uma estação de tratamento residual ou na entrada de uma estação de tratamento de água. O aparecimento das Mini ou Micro-Centrais permite a construção de pequenas unidades descentralizadas perto das zonas de consumo, evitando assim os impactos ambientais e perdas no transporte de energia. As potências actuais estão compreendidas entre 50 e 3.000 kW, dependendo do recurso existente. Na maioria dos países, a electricidade produzida é vendida na rede nacional num quadro técnico e jurídico definido em cada país. Mesmo na construção destas pequenas hídricas, a consideração ambiental não é esquecida, sendo efectuado um estudo para apreciação das entidades competentes e criado um sistema de circulação de peixes. Os aspectos a ter em conta para viabilizar a instalação das Mini ou Micro-Centrais entre outros serão os seguintes: 112

– Condições de ligação Nas condições de ligação deve ser verificada a hipótese da rede local permitir a ligação de Mini ou Micro-Centrais (informação a ser prestada pelo Distribuidor), o que para pequenas potências normalmente não existem condicionalismos.

– Queda A altura da queda é o primeiro elemento importante a entrar em conta na determinação da energia hidráulica de um local.

resultado da multiplicação do caudal da turbina pela queda correspondente bruta, pelo coeficiente de gravidade (9,81) e pelo rendimento dos diferentes equipamentos (em média 75-85%). De acordo com o local de instalação, circuito hidráulico e caudal, as turbinas podem ser de vários tipos: A turbina KAPLAN é como uma hélice de barco. É ideal para quedas baixas (2-20 metros) e grandes caudais (entre 1.000 l/s e 40 m3/s).

Trata-se da diferença de altitude entre o nível a montante, na entrada da instalação, e o nível a jusante onde se devolve o caudal ao rio. A altura da queda pode ser Muito Baixa (menos de 2 metros), Baixa (entre 2 e 10 metros), Média (entre 10 e 100 metros), Alta (entre 100 e 400 metros) ou Muito Alta (superior a 400 metros).

– Caudal O caudal turbinado é o segundo elemento utilizado no cálculo da potência hidráulica de um local. Vários parâmetros precisam de ser abordados e definidos, a fim de escolher o valor adequado, tendo em conta vários critérios: o caudal natural do rio e as suas variações sobre 10 anos.

– Potência A potência eléctrica que pode ser obtida a partir de uma instalação hidro-eléctrica é o

O ajuste do caudal é realizado através de pás móveis, em alguns casos acompanhadas de um distribuidor ajustável que melhora o desempenho em baixas aberturas. A paragem da turbina é conseguida por uma válvula automática, uma ventosa ou um distribuidor móvel. A turbina FRANCIS parece-se com a roda de uma bomba. É apropriada para as


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ENERGYTOP. Empresa portuguesa sediada na Maia com um quadro técnico de engenharia com profundo conhecimento nesta área pelo trabalho desenvolvido há mais de 20 anos, e um curriculum de vários aproveitamentos construídos em Portugal poderá assumir a responsabilidade de:

quedas médias (de 10 a 100 metros) e os caudais médios (entre 500 e 5.000 l / s). As diretrizes móveis regulam o caudal. A válvula borboleta automática e o distribuidor param a turbina.

As agulhas móveis colocadas nos injectores regulam o caudal. Uma válvula de borboleta automática e as molas de fecho das agulhas comandam a paragem da turbina.

A turbina PELTON parece-se com um pequeno moinho: um ou mais jactos de água são enviados sobre uma roda de conchas. É adequado para altas queda (entre 100 e 400 metros) e caudais pequenos (entre 10 e 1.000 l / s).

As agulhas móveis colocadas nos injectores regulam o caudal. Uma válvula de borboleta ou esférica automática e as molas de fecho das agulhas comandam a paragem da turbina. A turbina TURGO é um compromisso entre a turbina Francis e a turbina Pelton. Um ou dois jactos de água são enviados sobre uma roda. É adequado para as quedas intermediárias (50 a 150 metros) e aos caudais médios (entre 300 e 1.500 l / s).

Diferentes componentes de uma central Para um funcionamento contínuo e sustentável, uma central hidroeléctrica deve ter um mínimo de componentes: uma turbina (Kaplan, Francis, Pelton, Turgo), um aspirador (para turbinas Francis e Kaplan), em alguns casos, um multiplicador de velocidade de correia ou mecânico, uma máquina rotativa (375, 428, 500, 600, 750 ou 1.000 rpm), uma conduta forçada (dependendo da configuração), uma válvula de entrada, um conjunto de grelhas para proteger a turbina e os peixes, um limpa grelha automático para limpeza de grades, armários eléctricos de protecção, potência e comando, um contador eléctrico para a facturação da produção e a compra da electricidade necessária para o funcionamento dos serviços auxiliares.

Construir com HYDREO/ENERGYTOP HYDREO fabrica equipamentos para barragens e centrais hidroeléctricas há mais de 35 anos. HYDREO assegura o desenvolvimento, fabricação e comercialização de uma ampla gama de turbinas hidroeléctricas e de equipamentos para obras fluviais destinados a utilizadores públicos ou privados. Assegura, além disso, a manutenção, exploração e renovação das instalações existentes.

– emissão de parecer após um contacto ou visita ao local; – elaboração de todo o projecto de licenciamento nas várias entidades; – escolha da melhor turbina em termos de rendimento para o local em parceria com a sua representada Hydreo; – elaboração do projecto de execução; – montagem dos equipamentos electromecânicos e hidromecânicos; – elaboração de todos os automatismos para a central em regime abandonado, incluindo o desenvolvimento de um sistema Scada, que permite ao promotor seguir a central à distância; – assumir responsabilidades na área da exploração; – assumir responsabilidade na área da manutenção preventiva e correctiva, durante a fase de exploração do aproveitamento.

Graças à experiência da EnergyTop nesta área e ao facto da sua representada, conhecida mundialmente pelas numerosas gamas standard, e à possibilidade de fabricação à medida, a EnergyTop é capaz de oferecer para cada equipamento a melhor solução técnica e financeira. EnergyTop – Instalações Eléctricas e Topografia, Lda. Tel.: +351 229 021 086 . Fax: +351 229 023 249 energytop@energytop.pt . www.energytop.pt

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o universo da Bosch Solar Energy Com cerca de 2.000 colaboradores e sediada em Erfurt, na Alemanha, a Bosch Solar Energy é a nova área de negócios do Grupo Bosch. De células e módulos solares até ao desenvolvimento de centrais de produção de energia solar, a Bosch Solar Energy oferece produtos fotovoltaicos de elevada qualidade que produzem electricidade a partir da energia do Sol. Desta forma contribui diariamente para a protecção do meio ambiente e combate as alterações climáticas. Robert Bosch Unipessoal, Lda.

A Bosch Solar Energy fornece células e módulos solares de categoria superior com elevados rendimentos anuais, até mesmo com níveis reduzidos de radiação solar. O requisito fundamental para garantirem valores eficientes reside na tecnologia de ponta e nos excelentes processos de produção. Desde 2009, a Bosch Solar Energy já construiu centrais de produção de energia solar chave-na-mão, com tecnologias avançadas e rentabilidades elevadas. Como fornecedor de sistemas, a Bosch Solar Energy pretende oferecer aos seus clientes, a médio prazo, todos os componentes necessários para construir centrais de produção de energia solar. Enquanto empresa forte e mundialmente activa no sector fotovoltaico, a Bosch Solar Energy contribui com os seus produtos para a redução do dióxido de carbono durante a produção de energia. Pretende que, no futuro, a energia fotovoltaica represente uma parcela significativa da oferta de energias renováveis. Mas sabe que para atingir este objectivo necessita de melhorar a performance das células e módulos solares e, em simultâneo, reduzir os custos do seu fabrico e desenvolver os conceitos de células e módulos solares do futuro. Tudo isto faz parte da visão global da Bosch Solar Energy enquanto líder tecnológico e orientado para um futuro de crescimento sustentado, caracterizado pelo fornecimento de uma energia segura e limpa, e simultaneamente com preços competitivos. “A marca Bosch é conhecida, há muitos anos em todo o mundo, pela sua competência técnica e presença internacional. Procuramos responder a essa identidade com a inovação nos nossos produtos e soluções. Esse é o nosso compromisso diário.” Holger von Hebel, CEO

Portfólio de produtos da Bosch Solar Energy O objectivo da Bosch Solar Energy passa por ser líder tecnológico e um parceiro de confiança, garantindo uma boa relação preço/ performance e produtos de elevada qualidade. Para isso agregam os diversos Departamentos e as suas diferentes competências em tudo aquilo que oferecem aos seus clientes.

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renováveismagazine

Figura 1 Célula solar cristalina.

Figura 2 Módulo solar cristalino.

O elevado nível de desempenho e know-how da Bosch Solar Energy reflectem-se na sua gama de produtos: Células solares cristalinas: • Monocristalinas; • 3 barramentos (busbar) Benefícios: • Elevado rendimento anual mesmo com níveis de radiação reduzidos; • Processibilidade eficiente com reduzidas tolerâncias de potência; • Fiabilidade no fornecimento, a curto e médio prazo, dada a sua elevada capacidade de produção; • Tecnologia de 3 barramentos reduz as perdas de transmissão no módulo e melhora o seu desempenho. Módulos solares cristalinos: • Monocristalinos; • Policristalinos; • com 48 ou 60 células solares. Benefícios: • Utilização dos melhores componentes segundo as normas europeias; • Excelente processo de produção ao longo da cadeia de criação de valor, garantindo estabilidade a longo prazo; • Maior rendimento devido ao gradiente positivo da potência.


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Figura 3 Módulo solar de película fina.

Figura 4 Centrais de energia solar, em projecto “chave-na-mão”.

Módulos solares de Película Fina à base de Silício: • Micromorfo; • Cobertura em vidro temperado; • Com ou sem moldura. Benefícios: • Utilização de materiais não tóxicos; • Instalação simples graças aos seus componentes standard; • Boa eficácia em telhados orientados a Este, Oeste e telhados com pouca inclinação; • Maior rendimento devido ao gradiente positivo da potência. Centrais de produção de energia solar: • Tecnologia cristalina • Película Fina • Potência nominal do sistema a partir de 1 MWp Benefícios: • Projectos de parques de produção de energia solares chave-na-mão para o cliente; • Investimento garantido devido à sólida estrutura da empresa; • Implementação de projectos em todo o mundo graças a uma rede internacional; • Bosch Solar Energy reúne know-how e parceiros de renome.

Lubrificação Automática SKF SKF System 24

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parques de energia eólica – medição . controlo . registo

Eng.º Nuno Soutinho (adaptação) F.Fonseca, S.A. Texto adaptado: Wind Power Plants – Measure· Control· Record – JUMO

Visão geral Num parque eólico, a energia cinética em forma de vento é convertida em energia eléctrica. O rotor recebe a energia cinética e passa a mesma ao gerador, para gerar a corrente eléctrica. A distinção tecnológica entre vários aerogeradores, é feita entre não ter caixa de velocidades e aqueles com sistemas de velocidade variável, tipo engrenagens, para adaptar a velocidade do vento á velocidade do rotor e obter a necessáriavelocidade constante no gerador. A energia gerada é então transferida através de um posto de transformação à rede eléctrica. Um parque de energia eólica é, assim, um sistema complexo, em que há diversas tarefas de medição a serem resolvidas. Sendo no mar (Offshore) ou no continente (Onshore), a JUMO tem o instrumento ade-

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quado para garantir o funcionamento do seu parque eólico sem problemas. A JUMO não só oferece uma vasta panóplia de produtos para medição de temperatura, pressão e humidade, mas também uma experiência de muitos anos em parques eólicos.

O controlo do clima dentro da cabine pode ser feito através de um termo-higrómetro JUMO 907021/20, sendo desta forma monitorizada a temperatura e humidade para evitar a corrosão.

Uma parte destes sensores pode ser aplicada durante a fase do desenvolvimento de Engenharia e outra poderá ser aplicada durante a instalação ou após a mesma, com o objectivo de garantir uma manutenção preventiva! Fiabilidade e Exactidão O controlo do ângulo das pás do rotor faz parte de um sistema hidráulico em que a pressão do mesmo é medida pelo JUMO CAN trans p 402056, assim como a temperatura a ser medida pela sonda de rosca JUMO 902044.

Para evitar o ponto de orvalho no pavimento da cabine podem ser utilizadas as sondas de superfície JUMO 902550 ou termóstatos de superfície JUMO ATH-SW 603035. São ainda utilizados sensores de pressão diferencial para monitorizar os filtros do sistema de ventilação que removem o calor dissipado na cabine e armários.

São utilizados sistemas de aquecimento do rotor para evitar que as pás do mesmo não congelem e provoquem danos ou erros de cálculo. A medição da temperatura é feita por sondas JUMO de superfície 902550 ou penetração 902153.

Robustez Em alguns aerogeradores, a velocidade do rotor, sendo dependente da intensidade do vento, vai ser ajustada pela caixa de velocidades variável para obter a velo-


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cidade constante necessária do gerador. A enorme inércia a que estão sujeitos os dentes das engrenagens, exige um sofisticado sistema de lubrificação. É assim essencial medir a pressão e temperatura do óleo. Nestas circunstâncias é apropriada a utilização do termóstato JUMO 608301 ou a sonda de temperatura de rosca JUMO 902030/80, com acessórios especiais de montagem e conexão. Para que sejam compensados os efeitos de expansão térmica, tolerâncias de

fabrico e para que seja conseguido o melhor contacto térmico com o processo. Para a

medição de pressão são utilizados transmissores JUMO MIDAS HP 401005. As últimas versões estão equipadas com saída de sinal através do transmissor de dois fios 4-20 mA ou protocolo CAN. A monitorização da temperatura interna no gerador deve ser feita para evitar a sobrecarga do mesmo. Durante a construção do gerador são integrados nos suportes dos pólos, sensores JUMO com chip de platina 906121. 117


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Parques de Energia Eólica – Medição . Controlo . Registo

Alta disponibilidade do sistema Sistema de Travagem Durante a operação, o sistema é travado ajustando o ângulo das pás do rotor, para efeitos de paragem de emergência ou paragem manual de manutenção. Os rotores são também parados por um sistema pressurizado de travagem de discos. Este sistema é monitorizado pelo transmissor JUMO MIDAS HP 401005. 118

Monitorização meteorológica A operação de um parque eólico é afectada por vários parâmetros climatéricos, sendo os mais importantes a velocidade e direcção do vento, pressão atmosférica, temperatura e humidade do ar. Em parques eólicos Offshore, a resistência à água do mar é muito importante e daí existirem os transdutores de conduta JUMO da série 907020/41 com um revestimento especial que medem a humidade e temperatura.


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Para suportar a medição dos restantes parâmetros, pode ser utilizada a mini-estação meteorológica HD2003 da marca DeltaOhm, como anemómetro ultra-sónico de 3 eixos com a possibilidade de medição da velocidade e direcção do vento, e ainda a possibilidade de medição de temperatura, pressão e humidade relativa.

Inovação Controlo de climatização interna da torre O peso de várias toneladas da cabine sobre a torre, exige muito rigor na sua construção e as torres de aço, em especial, exigem determinadas condições climatéricas no seu interior para evitar os danos causados pela humidade tal como a corrosão. Logo existem termohigrómetros JUMO 907021 desenhados para utilização de interior, que estão instalados a vários níveis de altura.

Se a ventilação natural for insuficiente, poderá existir um desumidificador para garantir uma humidade relativa inferior a 60%.

Monitorização no posto de transformação Os sistemas de refrigeração vão dissipar o calor libertado pelos transformadores para o exterior para evitar o sobre-aquecimento podendo ser utilizado o termohigrómetro JUMO 907032. Existe ainda uma sonda de temperatura de rosca, JUMO 902030 para medir a temperatura do óleo dos transformadores. Na próxima edição da Renováveis Magazine abordaremos a temática de Controlo com os PCS Industriais e módulos remotos de aquisição Advantech e de Registo, com Dataloggers Testo e DeltaOHm e registadores JUMO.

F.Fonseca S.A. Tel.: +351 234 303 900· Fax: +351234 303 910 ffonseca@ffonseca.com· www.ffonseca.com

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tecnologia de condensação da Buderus Económicas e compatíveis com o meio ambiente. Estas são as principais vantagens da tecnologia de condensação das caldeiras Buderus. Ao decidir utilizar esta tecnologia nas suas instalações domésticas ou industriais beneficia-se sempre de duas coisas: uma importante poupança económica e uma alta protecção do meio ambiente, o que ajuda activamente a reduzir as emissões de CO2 e a melhorar o equilíbrio ecológico da nossa terra. Buderus Bosch Termotecnologia, S.A.

Três novos produtos de diversas potências para instalações domésticas e industriais A Buderus apresenta na sua gama três novos modelos de caldeiras de condensação pensadas para satisfazer as exigências de qualquer casa ou indústria. Todas elas incorporam uma ampla gama de tecnologias altamente eficientes que podem ser integradas para satisfazer as diferentes necessidades da instalação. Neste sentido, a marca Buderus, que pertence à divisão Bosch Termotecnologia, trabalhou consecutivamente para que cada produto se encaixe perfeitamente nas necessidades de cada sistema. Desta forma, podem combinar-se, sem problema, as diferentes tecnologias, de acordo com as necessidades de cada um. Por exemplo, as caldeiras de condensação com instalações solares, bombas de calor e caldeiras de biomassa especialmente com acumuladores de água quente sanitária. Também os sistemas de regulação da Buderus apoiam os sistemas respectivos com os que geram calor. Tudo isto facilita não só a instalação em si, como também ajuda a gerir a energia de forma mais económica e a proteger o meio ambiente.

Experiência da Buderus em condensação fornece maior segurança ao utilizador Através da Buderus o utilizador usufrui da grande experiência da marca que desenvolve desde há mais de 25 anos a tecnologia de condensação sempre com o objectivo de produzir o máximo de calor com o mínimo 120

de energia. Para isso, utilizam-se apenas os melhores materiais que são tratados por sua vez com os métodos produtivos mais modernos. O resultado final é uma tecnologia de condensação da Buderus que está na vanguarda do sector.

Caldeira de condensação Logamax plus GB172 Com a nova caldeira de condensação Logamax plus GB172 pensada para instalações domésticas, não só poupará diariamente muito dinheiro e energia, como também poupará tempo durante a sua instalação. Esta

inovadora caldeira vem de fábrica totalmente equipada com todos os componentes necessários para o sistema de aquecimento: bomba de três velocidades, vaso de expansão, válvula de segurança e válvula de três vias para a preparação da água quente sanitária. A caldeira Logamax plus GB172 destaca-se pelo seu rendimento normalizado de até 109%. Um valor quase ao limite do teoricamente possível. Mas a Buderus pensou além do consumo eléctrico. Por exemplo activando o modo standby que pode ser utilizado quando não se necessita de aquecimento. Uma solução inteligente que torna possível a redução do consumo eléctrico em mais de metade relativamente a outras caldeiras do mesmo segmento.

Caldeira de condensação a gás Logano plus GB402 A caldeira Logano plus GB402 da Buderus é uma inovadora caldeira de condensação a gás que reúne muitas vantagens e que representa conceitos de aquecimento planificados e convincentes, oferecendo elevados níveis de qualidade em todas as componentes. Devido ao seu desenho compacto e robusto, esta caldeira requer pouco espaço para a sua instalação, tornando-se assim na caldeira ideal tanto para projectos de renovação como de nova construção e para edifícios e instalações de tamanho médio e grande.

Figura 1 Caldeira Buderus Logamax plus GB172.

O potencial de poupança de espaço chega até 50% em comparação com as gerações de


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trabalhos de serviço técnico e de manutenção. A caldeira Logano plus GB402 convence também pela manutenção simples do seu queimador que se pode montar e desmontar com facilidade.

Figura 2 Caldeira Buderus Logano plus GB402.

A manutenção é facilitada pelas grandes aberturas de inspecção, o fácil acesso aos componentes e à manutenção extremamente simples do queimador e dos elementos de fundição.

Buderus Bosch Termotecnologia, S.A. Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 170 info.buderus@pt.bosch.com . www.buderus.pt

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caldeiras anteriores. O peso é extraordinariamente favorável já que só necessita aproximadamente de 1 kg de peso por kW produzido. O permutador de calor de alto rendimento é produzido em alumínio e permite ter uma grande flexibilidade e diversidade na elaboração de projectos. Outra vantagem é que todos os componentes importantes da caldeira são acessíveis, desde a parte frontal ou lateral da mesma, o que facilita enormemente os

Óptima distribuição da potência Com cinco níveis de potência diferentes, as caldeiras Logano plus GB402 dispõem de uma ampla gama de potências de 320 a 620 kW. Devido ao seu potente permutador de calor ligeiro de alumínio e ainda porque o bloco da caldeira está isolado, conseguese um aproveitamento elevado da energia. Além disso, devido ao seu queimador modulante de pré-mistura de gás e devido ao sistema automático inteligente de combustão, a Logano plus GB402 alcança um rendimento de 110%, destacando-se, assim mesmo, pelo seu funcionamento silencioso, trabalhando na sala da caldeira a menos de 60 dB, mesmo na potência mais elevada.

Facilidade na elaboração de projectos: a manutenção simples Independentemente que se trate da instalação ou do posterior serviço, o desenho avançado da caldeira Logano plus GB402 poupa, desde o primeiro momento, tempo e custos. Por exemplo, o queimador já vem montado, aprovado de fábrica e, além disso, regulou-se previamente para o tipo de gás respectivo, pelo que se pode colocar imediatamente em serviço.

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componentes passivos em conversores solares A escolha certa pode melhorar a eficácia e a esperança de vida útil Com cerca de 15%, a eficácia das últimas células solares é tudo menos satisfatória. No entanto, o desempenho geral de um sistema fotovoltaico (FV) depende não apenas da célula solar, o conversor também desempenha um papel decisivo. Na maioria das vezes, a importância reside nos componentes, tais como semicondutores de energia, microcontroladores e componentes passivos. Contudo, isso não se justifica, pois eles desempenham um papel essencial nos dispositivos eficazes e duradouros com um elevado grau de eficácia de conversão de energia. Bobinas de armazenamento, transformadores, condensadores e resistências de sensores são os mais importantes. Jürgen Geier Field Application Engineer Foil-/Tantalum-/Ceramic-Capacitors Rutronik Elektronische Bauelemente GmbH

filtrar picos de tensão. Os transformadores geram diferentes quantidades de tensão e cumprem a função de isolamento galvânico. Normalmente, ambos os componentes são enrolados em volta de um núcleo em ferrite, sendo que o material de ferrite representa a maior parte da eficácia do componente.

Os transformadores e as bobinas têm de ser especialmente escolhidos no momento da concepção, de modo a garantir uma excelente transferência ou fornecimento das várias tensões de alimentação. As bobinas são essencialmente utilizadas em conversores, nos circuitos de entrada e saída e para 122

Para aplicações de alta voltagem, como os conversores solares, os fabricantes desenvolveram ferrites macias especiais (MnZn) com excelentes propriedades de perda de energia. Estas ferrites alcançam âmbitos de frequência de até 500 kHz e demonstram os melhores resultados com temperaturas de funcionamento entre os 60 e os 100° C, o que corresponde ao âmbito de temperatura dos conversores utilizados na tecnologia de energia solar. A Sumida e a WahHing, tal como a Blinzinger Elektronik fornecem núcleos de ferrite de elevado volume especialmente adequados para a utilização em conversores solares, graças às suas capacidades de elevada potência. As soluções personalizadas, assim como as colunas de ar fabricadas individualmente ou os formatos especiais do núcleo de ferrite, ajudam a optimizar o efeito de armazenamento da energia.

Resistores shunt para detectar a corrente com precisão Os shunts de ohm baixo são utilizados para medir a corrente em conversores solares. Este procedimento pertence claramente ao campo da engenharia de medição de precisão e não é uma tarefa trivial para os engenheiros de electrónica energética.


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Resístor de Película Espessa Revestimento Protector

Película Resistiva

Placa Metálica

Eléctrodo Resina Moldada

Elemento Resistivo

Substrato Cerâmico

Substrato Cerâmico

Eléctrodo

Eléctrodo

Película Resistiva Revestimento Protector Eléctrodo

Os shunts são fornecidos sob a forma de película espessa ou resistor metálico. Os resistores de película espessa são aplicados num substrato cerâmico e configurados para o valor pretendido através do corte por laser. Este processo de corte produz uma estrutura de enrolamento não homogénea. Em metal, ou placa metálica, os resistores, em contraste, o elemento resistivo é homogéneo, pois é completamente composto de metal sem o corte a laser. Os resistores de película espessa são mais baratos, mas para além de um coeficiente de temperatura (CT) pior, eles também têm uma desvantagem mais grave: devido à sua estrutura de enrolamento, ocorre uma indutividade em série adicional no chip, além da indutividade parasitária existente, que ignora a forma pura da lei Ohm. Em conclusão, os resultados da detecção de corrente calculados através do shunt num circuito de energia são distorcidos, principalmente em circuitos comutados que funcionam no âmbito de frequência kHz, com uma subida acentuada da corrente. No entanto, para que o conversor solar funcione com a maior eficácia possível, é essencial um valor correcto. Os resistores de placa metálica utilizados para detectar corrente, em contraste, produzem um resultado constante e não distorcido, pois não sofrem qualquer corte a laser e, portanto, não produzem qualquer indutividade adicional. Eles são fornecidos

Elemento Resistivo

com uma ampla variedade de resistências e valores CT de até ±75 ppm/K. Além disso, proporcionam medições extremamente precisas e estão protegidos contra choques térmicos graças à sua composição. O seu âmbito de temperatura de funcionamento está entre os -55 e os 180° C. Para a medição de corrente no conversor solar intermédio ou circuitos de saída, a série TLR (chips em placa metálica) da KOA e a série Vishay Power Metal Strip® são especialmente recomendadas. Os seus âmbitos de resistência estão entre 0.001 Ohm e 10 Ohm. Todas as variantes foram concebidas para a montagem em superfícies, com os tamanhos 0402, 1225, 2512, 4528, 5931 e uma potência nominal entre 0,1 W e 6 W.

Os condensadores electrólitos nem sempre são a primeira escolha Os condensadores utilizados em circuitos de energia, ligações DC/DC também têm, por exemplo, um efeito evidente na eficácia de conversão da energia do conversor. Um factor chave é a medida em que os condensadores conseguem cumprir uma variedade de requisitos, como a baixa resistência de série efectiva, a baixa indutividade de série efectiva e a resistência a altas correntes e correntes de alta frequência, a resistência de elevado isolamento, os elevados valores de capacitância e a estabilidade térmica e eléctrica.

Normalmente, a ferramenta de eleição é um condensador electrólito, pois, à primeira vista, parece ser a opção mais barata. Os condensadores electrólitos (ou, simplesmente, os electrólitos) são caracterizados por características como a queda da capacitância dependente da frequência em frequências mais altas e a sua capacidade para suportar a subida da corrente. Os critérios de selecção decisivos são o nível de corrente necessário (corrente de oscilação) e o tempo de vida útil. Como os electrólitos mudam o seu comportamento à medida que envelhecem, caracterizado especialmente pelo aumento da ESR, factor de perda e valores de impedância e capacitância decrescente, antes de avariarem completamente, o fim do seu tempo de vida útil é normalmente calculado como -20% do valor C. Ao mesmo tempo, a reserva da capacitância de electrólitos é normalmente assumida como sendo até +30%. Esta situação significa que são exigidos valores da capacitância frequentemente mais elevados, do que seria realmente necessário para fins de regulação. Como a tensão nominal dos electrólitos é de, no máximo, 500 VDC, dois ou mais têm de ser conectados em série, de modo a permitir tensões mais altas. Isto significa que os electrólitos nem sempre são a melhor escolha para serem utilizados no circuito intermédio. Tendo em conta as cada vez maiores exigências de temperatura, oscilação e tensão, a eficácia e o tempo de 123


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Componentes passivos em conversores solares

vida útil já não são alcançados. Os condensadores de lâminas enroladas apresentam aqui os seus benefícios: em medições e testes, eles demonstram um tempo de vida útil de mais de 100.000 horas, enquanto o tempo de vida calculado dos electrólitos está entre 2.000 e, um máximo, de 100.000 horas, embora, na realidade, isto varie de acordo com a temperatura ambiente. Os condensadores de lâminas enroladas também são mais resistentes à temperatura e podem lidar com correntes mais elevadas. A sua tensão nominal está entre 300 e 6.000 VDC com um pico de tensão entre 1,2 e 1,6 vezes a tensão nominal. Isto coloca-os num patamar muito acima dos electrólitos, com uma taxa a 500 VDC e picos de tensão entre 1,15 e 1,3 vezes a tensão nominal.

A resposta de frequência dos condensadores de lâminas enroladas também é significativamente melhor que a dos electrólitos. Eles têm propriedades auto-regeneradoras, o que os torna menos sensíveis a picos de sobretensão. Como resultado, o condensador não falha repentinamente, mas em vez disso perde lentamente a sua capacitância. A sua extremamente baixa indutividade permite configurações de conexão de até 5 nH. Além disso, os condensadores de lâminas enroladas demonstram uma resposta ESR significativamente melhor. Por exemplo, se forem necessários 500 μF a 700 VDC e 10 kHz, um condensador de lâminas enroladas com uma ESR de cerca de 2,5 mOhm é suficiente. Seriam necessários dois electrólitos para a mesma aplicação, produzindo 120 mOhm. A diferença em ESR entre 124

os condensadores de lâminas enroladas e os electrólitos é, portanto, de 1:50. Para os condensadores de lâminas enroladas, o seu mais baixo factor de perda dieléctrica também é uma vantagem, tal como a sua menor dependência da frequência que é um factor chave no caso de correntes parasitárias de alta frequência.

Um exemplo real realça a diferença entre os vários tipos de condensadores: num conversor trifásico (50 Hz, 1.000 VDC, tensão máxima de oscilação de 100 V, capacitância mínima de 500 μF, corrente de oscilação 50 A, temperatura ambiente 300 Hz e 75° C), seriam necessários nove condensadores electrólitos (três conjuntos paralelos de condensadores conectados em série), adoptando um volume de 2,95 l. Em contraste, utilizando os condensadores de lâminas enroladas, apenas seriam necessários dois componentes, ocupando 1,58 l e com valores de capacitância que permaneceriam estáveis durante muitos anos. Contudo, estas vantagens têm um custo. Apenas os custos do componente para dois condensadores de lâminas enroladas excede esses nove electrólitos. No entanto, se os custos gerais forem tidos em conta, a solução do condensador de lâminas enroladas é mais barata. Utilizando os electrólitos em óptimas condições, estes poderão provavelmente alcançar um tempo de vida útil de cerca de 100.000 horas ou 10 anos. No entanto, deve ser tido em consideração que as especificações do

fabricante referentes ao tempo de vida útil são feitas com base numa carga de oscilação máxima. Com uma carga relativamente mais baixa, o tempo de vida útil aumenta em proporção ao Regulamento Arrhenius (o tempo de vida duplica por cada 10° C de temperatura mais baixa). Se isto é ou não suficiente para ser usado num determinado conversor terá de ser decidido caso a caso. Regra geral, aplica-se o seguinte: quanto mais altas forem as exigências em termos de corrente, temperatura, tensão e corrente, mais provável será que os condensadores de lâminas enroladas sejam o componente de eleição.

Está disponível uma gama de produtos no mercado para ambos os tipos. Os electrólitos de alta fiabilidade são disponibilizados pela Kemet, Panasonic e Rubycon, enquanto a Samwha, Yageo e Jamicon fornecem modelos padrão. No sector dos condensadores de lâminas enroladas, a Kemet, Vishay, Wima e AVX oferecem produtos de alta qualidade. A gama de produtos disponível torna a selecção mais difícil, e raramente é possível dizer qual a melhor solução sem uma investigação mais profunda. O aconselhamento neutro do representante é frequentemente uma fonte de apoio essencial.

RUTRONIK Elektronische Bauelemente GmbH Tel.: +351 252 312 336 . Fax: +351 252 312 338 rutronik_pt@rutronik.com . www.rutronik.com


VI jornadas tecnológicas 16-18 Novembro 2011 | Torres Novas

inscrições em

edifícios eficientes

telecomunicações

accionamentos industriais manutenção das instalações eléctricas industriais


produtos e tecnologias

SCHOTT Solar apresenta nova geração de módulos robustos de duplo vidro

Gama CabinetLine para a cablagem de Ethernet Industrial

SCHOTT Solar, S.L. Tel.: +34 (0) 932 283 213 . Fax: +34 (0) 932 283 263 solar.sales@schottsolar.com . www.schottsolar.com

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

O novo produto inovador da gama SCHOTT Solar é duplamente vantajoso: a reconhecida tecnologia de capa fina e a resistente construção de vidro duplo permitem a este módulo ter elevadas prestações e uma grande durabilidade. Alcança elevadas captações inclusivamente com luz difusa e uma orientação não muito boa no telhado. O duplo vidro faz com que seja mais resistente aos factores ambientais de todo o tipo. Este novo módulo fotovoltaico já se encontra disponível no mercado. O módulo de duplo vidro SCHOTT ASI é uma evolução do reconhecido módulo vidro/lâmina da empresa que utiliza esta testada tecnologia de vidro duplo, desenvolvida e optimizada nas sedes de SCHOTT Solar de Jena e Alzenau, na Alemanha. Graças à sua construção de duplo vidro, o módulo SCHOTT ASI é, assim, mais resistente aos factores ambientais de todo o tipo. Isto converte-o num produto idóneo para a agricultura, onde as substâncias nocivas contidas no ar, tais como por exemplo os vapores de amoníaco, representam um grande problema. O certificado também é uma marca de qualidade “Resistente ao Amoníaco” da DLG (Sociedade Agrícola Alemã). O módulo de duplo vidro SCHOTT ASI é de utilização universal, tanto para aplicações em telhados como para aplicações no solo. Para além disso alcança grandes captações com luz difusa, em lugares com uma ventilação deficiente à retaguarda, temperaturas ambientais elevadas ou uma orientação do telhado pouco favoráveis. Outras vantagens do produto: graças ao baixo preço por metro quadrado e Wp, este módulo é muito mais económico. Além disso, com um melhor sistema de interligação é possível alcançar classes de potência mais elevadas, de até 107 W. O novo módulo com vidro duplo SCHOTT ASI incorpora 2 caixas de ligação monofásicas e conectores LC4 de Lumberg. A SCHOTT Solar está comprometida com a redução de materais contaminantes, e por isso, os módulos cumprem a Directiva Europeia RoHS (Restriction of the use of certain Hazardous Substances). Esta Directiva restringe a utilização de determinadas substâncias perigosas nos aparelhos eléctricos e electrónicos, assim como na utilizaçao de substâncias perigosas em aparelhos ou componentes no geral. A SCHOTT Solar garante sobre o módulo de duplo vidro SCHOTT ASI uma garantia de potência linear de 30 anos, que assegura elevadas captações aos operadores de instalações. Os módulos SCHOTT ASI estão certificados pela TÜV Rheinland segundo o IEC 61646, edição 2 e IEC 61730, segundo a classe de protecção II, e está de acordo com as normativas europeias.

A nova gama de cabos de ligação CabinetLine da Weidmüller está disponível em várias cores para distinguir as diferentes redes. Os cabos de ligação CabinetLine estão disponíveis nas cores cinza, azul, roxo e violeta em combinação com o material de revestimento LSZH e Cat. 6A. Por outro lado, a CabinetLine também se encontra disponível na cor verde, com um revestimento de PUR ou PVC e Cat. 5. As vantagens passam pelo facto dos cabos CabinetLine Weidmüller estarem equipados com manguitos sinalizadores TM que permitem uma etiquetagem clara e simples. Além disso, todas as variantes protegem o clipe do conector para facilitar a extracção do cabo de um rack ou de um conector fêmea RJ45. Este produto pode ser aplicado em armários de distribuição em condições ambientais normais, é adequado para temperaturas de 0 até +60º C e possui uma blindagem normal.

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PLANTOHYD S-NWG: óleos hidráulicos biodegradáveis e não poluentes FUCHS Lubrificantes Unip. Lda. Tel.: +351 229 479 360 . Fax: +351 229 487 735 fuchs@fuchs.pt . www.fuchs.pt

Na Alemanha, em Junho de 1999, foi eliminada a classificação de poluição na água WGK 0 e o organismo VwVwS, que regula as substâncias e os materiais que poluem a água, estabeleceu uma nova classificação: NWG (não poluidor para a água) e WGK 1, WGK 2 e WGK 3 (classes de poluição para a água). Nessa altura e perante os novos requisitos estabelecidos para os produtos quanto à poluição na água, a FUCHS desenvolveu uma gama de produtos que é não-poluidora para a água: os produtos PLANTOHYD S-NWG. Estes produtos são formulados à base de Ésteres sintéticos biodegradáveis e de aditivos que não apresentam quaisquer riscos toxicológicos. Cumprem e excedem as especificações: ISO 15380 e ISO 6743-4, HEES. Estes produtos devem ser usados quando existe o perigo de um derrame do óleo hidráulico para o solo, águas superficiais ou águas freáticas. Quando essas fugas de óleo ocorrem, o produto é retido pelas >


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camadas superiores do solo onde é rapidamente biodegradado. Este processo é especialmente importante em áreas de construção, recursos hídricos, agricultura e floresta. Estes produtos são parcialmente miscíveis com óleos minerais pelo que essa compatibilidade deve ser sempre verificada. Em termos de temperaturas de funcionamento, estes óleos podem funcionar de -30º C a 90º C, com picos superiores por períodos curtos. Os óleos PLANTOHYD S-NWG apresentam as seguintes vantagens: não poluem a água (classe NWG); são rapidamente biodegradáveis (OECD 301 B); não tóxicos, fisiologicamente neutros e isentos de metais pesados; excelente comportamento a baixas temperaturas; uma elevada resistência à oxidação e envelhecimento; um elevado Índice de Viscosidade e boa protecção contra o desgaste tal como uma boa separação do ar; é insolúvel em água e separa-se rapidamente da água (desemulsificador).

HIWIN: Série QH, movimento linear silencioso com tecnologia Sinchmontion TM REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001 geral@reiman.pt . www.reiman.pt

O desenvolvimento da série QH da HIWIN é baseado num sistema de quatro caminhos de esferas num arco de contacto circular. Esta série possui todas as vantagens da gama HIWIN-HG, aos quais acresce o movimento suave, lubrificação mais eficiente, movimento silencioso e um maior tempo de vida em funcionamento. Assim sendo, esta série tem uma alargada gama de aplicações industriais, especialmente em indústrias de alta tecnologia com elevadas velocidades, baixo nível de ruído de funcionamento e reduzida geração de partículas. A série HIWIN-QH é completamente compatível com a série HIWIN-HG. O reduzido ruído de funcionamento é conseguido pela interposição de separadores SynchMotionTM, entre os elementos rolantes, de forma a melhorar a circulação das esferas. O eliminar do contacto entre os elementos rolantes permite uma drástica redução do ruído provocado pelo funcionamento e choque entre elementos rolantes. Projectadas para a auto-lubrificação, as esferas são separadas por estruturas semelhantes a anéis com um furo passante. O design especial do circuito de lubrificação permite que o espaço interior dos anéis de separação acumule lubrificante, reduzindo os intervalos de lubrificação. A série HIWIN-QH é >

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produtos e tecnologias

pré-lubrificada. Os testes de funcionamento em cursores de pré-carga 0,2C mostram que após 4.000 km de funcionamento não aparentam existir danos nos elementos rolantes ou caminhos de circulação. Em guiamentos lineares convencionais, os elementos rolantes no lado da carga iniciam o movimento nos caminhos de circulação, criando fricção contra-rotacional quando encontram outros elementos rolantes. Esta situação resulta numa acentuada variação de resistência ao rolamento. A série HIWIN-QH previne esta situação ao manter os elementos rolantes permanentemente afastados e com um movimento sincronizado. Desta forma a energia cinética de rolamento permanece estável, reduzindo flutuações de resistência ao rolamento. A série HIWIN-QH tem um bom desempenho a alta velocidade devido à estrutura de separadores SynchMotionTM , o que permite uma separação dos elementos rolantes que resulta numa menor resistência ao rolamento pela eliminação da fricção entre esferas adjacentes.

que passará através do estreito Siliguri, sendo entregue numa terceira subestação receptora em Agra; nesta, será transformada de novo em corrente alterna para distribuição aos utilizadores finais. Esta solução multiterminal reduz consideravelmente os custos, em comparação com a alternativa de construir linhas diferentes desde cada uma das centrais hidroeléctricas até Agra. Será um projecto chave-na-mão, que inclui a concepção, a engenharia, o fornecimento, a instalação e a entrada em serviço. Trata-se da segunda ligação multiterminal HVDC construída pela ABB, tendo a primeira sido realizada na América do Norte, entre 1990 e 1992. O transporte UHVDC é um desenvolvimento da tecnologia HVDC, na qual a ABB foi pioneira há mais de 50 anos, e representa um avanço em capacidade e eficiência das duas últimas décadas.

Siemens lançou novo sistema de controlo remoto por infravermelhos KNX ABB constrói super auto-estrada eléctrica na Índia ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com . www.abb.pt

A ABB foi seleccionada pela empresa de electricidade Power Grid Corporation of India Ltd. (PGCIL) para fornecer um sistema de transporte de electricidade em ultra alta tensão por um valor de 900 milhões de dólares e uma capacidade recorde de 8 mil MW. A ligação transportará energia hidroeléctrica do noroeste da Índia à cidade de Agra, a uma distância de 1.728 quilómetros. A ABB foi seleccionada para este projecto juntamente com a Bharat Heavy Electricals Limited (BHEL), uma importante empresa de electricidade estatal, que se encarregará do resto do projecto, que tem um valor total de mais de 1.100 milhões de dólares. A encomenda será registada assim que forem satisfeitos os requisitos financeiros. A linha de ultra alta tensão contínua (UHVDC) funcionará a 800 kV e terá uma capacidade de conversão de 8.000 MW, a maior construída até agora. Quando estiver em pleno funcionamento poderá transportar electricidade suficiente para satisfazer as necessidades de 90 milhões de utilizadores médios do país. O emprego de ultra alta tensão minimizará as perdas e melhorará a eficiência. Peter Leupp, Director da Divisão Power Systems da ABB, comentou que “a linha do noroeste até Agra representa um novo patamar no transporte de electricidade a ultra alta tensão, e sublinha a liderança global da ABB na tecnologia HVDC. É com muita satisfação que podemos continuar a apoiar a Índia no desenvolvimento da sua infraestrutura eléctrica.” Este sistema será a primeira ligação UHVDC com três subestações conversoras: duas subestações de envio que converterão a tensão alterna em contínua para transportar a electricidade numa única linha

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Siemens, S.A. Tel.: +351 214 178 000 . Fax: +351 214 178 044 www.siemens.pt

A divisão Building Technologies da Siemens reforçou o seu portfólio de sistemas de gestão de edifícios, através da oferta de produtos de controlo remoto por infravermelhos em KNX que permitem o controlo conveniente e fiável das funções das divisões, tais como iluminação, protecção solar e climatização. O controlo remoto através de infravermelhos (IV) é particularmente adequado para ambientes nos quais as soluções por rádio, por razões legais ou técnicas, não são permitidas, como é o caso dos hospitais. O novo sistema é baseado numa tecnologia de transmissão industrial, mais fiável do que as tecnologias de infravermelhos standard. O controlo remoto por infravermelhos representa também uma óptima alternativa aos sistemas via rádio em edifícios de escritórios, porque garante uma operação livre de falhas em divisões como salas de conferências ou reuniões, onde existe um elevado nível de tráfego de rádio. O sistema inovador de infravermelhos faz parte dos sistemas Gamma instabus da Siemens para a gestão de edifícios. Os novos dispositivos incluem um comando remoto transmissor de IV, transmissores de IV para montagem em parede de uma, duas e quatro teclas, um receptor/descodificador de IV de dimensões reduzidas para instalação no tecto e botões de uma, duas, três e quatro teclas (conforme a série de aparelhagem) com receptor/descodificador integrado. Assim as funções das divisões podem ser controladas remotamente através de sinais de IV, sem necessidade de contacto visual entre o transmissor e o receptor. Os transmissores de IV para montagem em parede, em >


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branco, estão disponíveis no design DELTA style com botões de um, dois ou quatro canais, incluem um LED para controlo do estado da bateria e permitem a configuração de até 64 canais. Os custos de instalação são mínimos, uma vez que o transmissor pode ser fixo ou aparafusado directamente na parede ou na zona de trabalho. Os transmissores têm um alcance de oito metros (omnidireccional). Como alternativa pode ser utilizado um controlo remoto através de infravermelhos que comanda até 16 funções e que tem um alcance de até 20 metros (omnidireccional). O receptor/descodificador de infravermelhos, que pode ser instalado discretamente no tecto, ou o botão com receptor/ descodificador de IV integrado actuam como uma interface/ gateway KNX. Os receptores convertem os sinais de infravermelhos de até 32 “canais” em telegramas “bus”, o que activa os dispositivos eléctricos KNX para controlar as funções da divisão. As aplicações que podem ser implementadas por infravermelhos incluem um comando on/off (ligar/desligar), assim como um regulador de intensidade luminosa (função dimming), controlo de protecção solar (controlo de estores, venezianas, toldos, entre outros), controlo de cenários e selecção da temperatura ambiente. Os sinais de IV são limitados à divisão em que estão instalados uma vez que não podem ser transmitidos através de paredes ou vidro. As soluções de IV apresentam assim uma vantagem face às soluções de radiofrequência, uma vez que evitam possíveis interferências entre comandos realizados em divisões distintas. No entanto, um mesmo comando remoto manual pode ser levado para diferentes divisões dentro do edifício e utilizado para controlar as funções individuais de cada divisão, nas quais se encontra instalado o receptor/descodificador IV.

ISOFOTON apresentou módulos ISF-280 e ISF-480 e tecnologia HCPV ISOFOTON Tel.: +34 914 147 800 . Fax: +34 914 147 900 isofoton@isofoton.com . www.isofoton.com

A participação da ISOFOTON na feira Intersolar, um evento de referência no sector das energias renováveis, foi considerado positivo. Entre outras inovações, a ISOFOTON apresentou os seus módulos pretos ISF-280 e ISF480, que possuem 70 e 120 células, respectivamente. Estes módulos estão disponíveis com um revestimento branco, preto ou transparente. De acordo com Javier Mestres, Director Comercial da ISOFOTON, “devido ao seu tamanho, potência e escolha de cores, estes módulos são a solução adequada >


produtos e tecnologias

para a integração de arquitectura em projectos.” Tal como sucede com o restante portfólio de produtos ISF, estes módulos feitos de silício monocristalino e micro vidro estruturado, garantem um desempenho elevado e estão sujeitos a elevados controles de fabrico. A ISOFOTON é uma das poucas empresas mundiais que tem a tecnologia de fabrico deste tipo de módulos. Na Intersolar, o stand da ISOFOTON foi visitado por profissionais oriundos de Itália, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Kuwait. Estes visitantes estavam maioritariamente interessados nos módulos de alta concentração HCPV. Vicente Díaz, Director da HCPV da ISOFOTON ditou que “esta tecnologia é particularmente adequada para áreas com elevados níveis de luz solar e altas temperaturas. Para estes locais, esta tecnologia oferece uma alta concentração e um melhor desempenho, que pode ser até 50% maior do que com os módulos convencionais.”

Caixas Klippon® TB MH e TB QL de aço inoxidável da Weidmüller Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

Durante décadas, as séries de caixas Klippon® TB da Weidmüller revelaram-se de grande utilidade em ambientes industriais agressivos e, simultaneamente, continuam a marcar a diferença no mercado. As caixas Klippon® são sinónimo de uma boa capacidade, qualidade e soluções globais, atributos que podem ser aplicados tanto nos produtos como no rendimento dos seus serviços. Os desenhos mais recentes da série Klippon® TB MH (multi-articulado) e o Klippon® TB QL (com fecho de quarto de volta) satisfazem as normas actuais relativamente a equipamentos para utilização em atmosferas explosivas (ATEX, IECEx), tal como normas para caixas vazias EN 62208 e EN 60079. Da mesma forma, respondem às necessidades cada vez maiores dos clientes que se encontram num ambiente industrial cada vez mais globalizado. Tanto a série de caixas Klippon® TB MH como a TB QL são feitas de aço inoxidável com polimento electrolítico (1,4404/316L) e estão disponíveis em doze tamanhos e com três profundidades diferentes. A Klippon® TB MH foi concebida para cumprir as especificações do grau de protecção IP 66/67, ao passo que a Klippon® TB QL está classificada como IP 66. É possível fixar até quatro placas de vedação de 3 mm (opcionalmente de 6 mm) com parafusos M6 de cabeça hexagonal. Projectadas para uma utilização sem restrições com temperaturas entre os -60º C e os 135º C, todas as caixas estão equipadas com uma junta de vedação em silicone. Todas as séries de caixas estão certificadas com as últimas normas internacionais, como ATEX, IECEx, GOST Ex, cULus e o Registo Marítimo Russo.

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Vapor e climatização solar industrial GRUPO VAJRA Tel.: +351 289 401 040 . Fax: +351 289 432 357 info@vajra.pt . www.vajra.pt

A VAJRA, na procura de soluções inovadoras e eficientes, apresenta uma nova gama de sistemas solares industriais com colectores cilindroparabólicos, que operam a temperaturas na ordem dos 180º/200º C. Neste tipo de serviço, as instalações são adaptadas a cada caso e fornecidas ‘chave na mão’. Cobrem um vasto leque de necessidades, que inclui a climatização com chillers de absorção de dois níveis, a produção de vapor industrial, a produção de energia eléctrica e a dessalinização. Estas soluções podem ser fornecidas individualmente ou em simultâneo. Em comparação com instalações de ar-condicionado solar com colectores de baixa temperatura (80º a 100º C), que apenas operam com chillers de absorção de um nível, este tipo de sistemas solares de média temperatura (200º C) tem a vantagem de reduzir a área de captação e o preço em mais de 50%.

Novo olhar para o futuro na KOSTAL KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L. Tel.: +34 961 824 934 . Fax: +34 961 824 831 www.kostal-solar-electric.com

A KOSTAL Solar Electric desenhou os passos seguintes na situação actual da energia fotovoltaica. Longe dos cenários de grandes centrais solares, o mercado imobiliário e residencial começa a consolidar-se cada vez mais, oferecendo os seus grandes benefícios a empresas e particulares, controlando a geração e os pontos de consumo e criando um sistema eléctrico mais sustentável. Na última edição da GENERA foram apresentados três novos produtos: o inversor PIKO 10.1 de 10 kW de saída nominal CA, o inversor PIKO 4.2 de 3.68 kW de saída nominal CA especialmente adaptado ao mercado português; e como novo acessório o Sensor PIKO de radiação, temperatura-ambiente e temperatura do módulo. A KOSTAL Solar Electric oferece uma gama de produtos de inversores fotovoltaicos de ligação à rede de elevada qualidade e adapta-os às necessidades do mercado português e espanhol. A gama de inversores PIKO oferece 4 modelos de inversores trifásicos até 10 kW de potência nominal (PIKO 10.1), e para instalações mais pequenas possuem os inversores monofásicos PIKO 3.0 e PIKO 3.6. Todos os >


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equipamentos incorporam múltiplas funções de monitorização e registo de dados, incluídos de série. A concepção e as prestações dos inversores PIKO permitem ao instalador poupar diferentes elementos da instalação e de manutenção: elemento de desconexão do campo fotovoltaico, caixas de ligação e monitorização de strings, datalogger ou um portal da Internet de monitorização. Para ultrapassar o prejuízo sentido no sector com a proposta de troca no RD 661/2007 e RD 1578/2008, aplicadas com carácter retroactivo, este sistema de tarifas ajudou a desenvolver um sector cada vez mais competitivo nos custos e com um importante know-how, adquirido a nível nacional. Há cada vez mais clientes a conhecer as vantagens de um sistema Net Metering ou Auto Consumo e o impacto que terá nas facturas da luz a médio prazo, sem prejudicar as poupanças das emissões de CO2 que supõem cada kW fotovoltaico instalado. Neste sentido, o posicionamento da KOSTAL Solar Electric acredita no futuro fotovoltaico em Espanha e apoia convictamente todos aqueles que mantenham a mesma visão. E assim, todos os agentes implicados no fabrico de componentes e instalações fotovoltaicas devem apostar numa energia fotovoltaica mais competitiva e adaptá-la a outros níveis de tarifa.

Tecnologia de condensação da Buderus Buderus Bosch Buderus Thermotechnik, S.A. Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 170 info.buderus@pt.bosch.com . www.buderus.pt

As caldeiras de condensação da Buderus são económicas e compatíveis com o meio ambiente, e por isso, quem as adquire beneficia em simultâneo de duas vantagens: uma importante poupança económica e uma alta protecção do meio ambiente, o que ajuda activamente a reduzir as emissões de CO2 e a melhorar o equilíbrio ecológico. A Buderus apresenta 3 novos modelos de caldeiras de condensação pensadas para satisfazer as exigências de qualquer casa ou indústria, tendo a Buderus trabalhado consecutivamente para que cada produto se encaixe perfeitamente nas necessidades de cada sistema. Por exemplo, as caldeiras de condensação com instalações solares, bombas de calor e caldeiras de biomassa especialmente com acumuladores de água quente sanitária. Também os sistemas de regulação da Buderus apoiam os sistemas respectivos como os que geram calor, o que facilita a instalação e ajuda a gerir a energia de forma mais económica e a proteger o meio ambiente. >


produtos e tecnologias

Com a nova caldeira de condensação Logamax plus GB172 pensada para instalações domésticas poupará diariamente dinheiro e energia, e tempo durante a sua instalação. Esta inovadora caldeira vem totalmente equipada com todos os componentes necessários para o sistema de aquecimento: bomba de três velocidades, vaso de expansão, válvula de segurança e válvula de três vias para a preparação da água quente sanitária. A caldeira Logamax plus GB172 destacase pelo seu rendimento normalizado de até 109%. Mas a Buderus pensou além do consumo eléctrico: activando o modo standby que pode ser utilizado quando não se necessita do aquecimento. Uma solução inteligente que torna possível a redução do consumo eléctrico em mais de metade. A caldeira Logano plus GB402 da Buderus reúne muitas vantagens e representa conceitos de aquecimento planificados e convincentes, oferecendo elevados níveis de qualidade em todas as componentes. Devido ao seu desenho compacto e robusto, esta caldeira requer pouco espaço para a sua instalação, tornando-se assim adequada para projectos de renovação como de nova construção e para edifícios e instalações de tamanho médio e grande. O potencial de poupança de espaço chega até 50% em comparação com as gerações de caldeiras anteriores. O permutador de calor de alto rendimento é produzido em alumínio e permite ter uma grande flexibilidade e diversidade na elaboração de projectos.

SKF SYSTEM 24 com novo lubrificador SKF Portugal – Rolamentos, Lda. Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650 geral.pt@skf.com . www.skf.pt

A SKF Maintenance Products (Mapro) lançou um novo sistema de lubrificação automática monoponto, o sistema SKF série LAGE 24. A vasta experiência da SKF no que respeita a rolamentos é a base para o desenvolvimento de uma ampla gama de lubrificadores de alta qualidade que o ajudam a garantir as melhores práticas de lubrificação. Ao longo da última década, a família de lubrificadores automáticos SKF SYSTEM 24 provou ser a melhor do mercado, oferecendo soluções fiáveis para uma ampla gama de aplicações de lubrificação. A nova adição à família SKF SYSTEM 24, a série LAGE é um lubrificador automático monoponto, impulsionado por um sistema eletromecânico.

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Altamente fiável e flexível na operação, o novo lubrificador é adequado para uma vasta gama de aplicações e diversas condições de funcionamento. A libertação de lubrificante é ajustável pelo utilizador de 1, 3, 6, 9 ou 12 meses, e com o apoio do programa da SKF DialSet (disponível a partir de mapro.skf.com), é possível calcular de forma rápida e eficaz as quantidades e intervalos de tempo necessários para variadas aplicações e condições de funcionamento. Com a configuração feita, o lubrificador vai libertar a quantidade adequada de lubrificante para a aplicação necessária para o período de tempo estipulado, sem necessidade de intervenção por parte do utilizador. Os lubrificadores são fornecidos com uma ampla gama de lubrificantes de alta qualidade, especialmente desenvolvidos para o respectivo campo de aplicação. Os lubrificadores SKF SYSTEM 24 LAGE levam a uma diminuição dos custos de operação pois são reutilizáveis. Quando o depósito de lubrificante termina, este pode ser novamente atestado, voltado a conectar ao sistema electromecânico. Fornecido já pronto a usar, o lubrificador tem uma fácil instalação, activação e não requer qualquer formação específica.

Schneider Electric lança oferta dedicada a OEMs Schneider Electric Portugal Tel.: +351 217 507 100 . Fax: +351 217 507 101 pt-comunicacao@pt.schneider-electric.com . www.schneiderelectric.pt

A Schneider Electric lançou em Portugal uma oferta exclusiva dedicada ao desenvolvimento de soluções para fabricantes de máquinas. A Flex Control é a oferta que o mercado industrial esperava para captar novas oportunidades de negócio, baseada num estudo aprofundado de mercado, e compreende PLCs, variadores de velocidade, consolas HMI, controladores de eixos e servo-accionamentos sob um único software: SoMachine e pretende responder às necessidades de racionalização de projecto, fabrico e comercialização de máquinas. Através de um conjunto de arquitecturas testadas e validadas, o Flex Control pretende minimizar o tempo de projecto e de lançamento das novas máquinas. Os componentes deste novo software dirigido a OEMs, integram a possibilidade de controlo de todo o sistema que o rodeia, permitindo a gestão descentralizada da máquina, sem necessidade de recorrer a um PLC. Actualmente todas as gerações enfrentam os desafios de um mundo tecnológico em mudança onde a poupança, a produtividade e eficiência no trabalho se torna imprescindível para conseguir mais com a utilização de menos recursos. O sector Power – OEM tem vindo a acompanhar esta mudança e o desenvolvimento económico, nacional >


2011

EM SIMULTÂNEO COM:


produtos e tecnologias

e internacional, onde a discussão de soluções integradas e das principais tendências do sector originam muitas vezes a prestação de serviços que sejam facilitadores e mais valiosos para esta indústria. Para este sector, a inovação surge como um factor crítico de sucesso, adoptando cada marca, características distintivas. O Flex Control corta com o paradigma tradicional de soluções dirigidos a OEMs e apresenta diferentes componentes que contribuirão para a evolução do sector e racionalização de tempo e recursos.

Rittal CRAC (Computer Room Air Conditioning) System Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt . www.rittal.pt

Rittal Computer Room Air Conditioning (CRAC Systems) foram especificamente desenhados e concebidos para a climatização e extracção de ar quente dos Datacenters, salas de servidores ou espaços com ambiente complexo e sensível. O principal objectivo é assegurar uma temperatura constante e controlar os níveis de humidade, garantindo assim que o sistema opere de maneira mais económica. Dependendo do equipamento e do projecto, os CRAC Systems satisfazem os requisitos específicos para várias situações de salas, contendo sempre as seguintes funções base: elevada segurança funcional, alta eficiência energética e desenhado para trabalhar de forma contínua. Dependendo do seu equipamento os CRAC Systems podem ser usados para a climatização, ventilação, humidificação e desumidificação, filtragem e aquecimento do ar individual de edifícios ou áreas industriais, não sendo concebido para tratamento do ar em ambientes domésticos. Os CRAC Systems consistem numa estrutura com os componentes de ventilação e de uma área reservada às unidades funcionais. A estrutura de suporte, disponível em várias alturas, com um ventilador EC (electronically commuted) integrado, é instalada sob pressão ou em piso sobrelevado. Se o piso sobrelevado não existir ou for muito baixo, em vez da estrutura de apoio é usada uma caixa de ventiladores, onde, quando necessário, podem ser conectadas condutas para melhorar o fluxo do ar. Para a manutenção, dois a quatro painéis de chão colocados na área dos ventiladores devem ter a possibilidade de serem removidos. O armário integra componentes, como permutadores de calor, componentes eléctricos e electrónicos, e dependendo do projecto tem a possibilidade de integrar unidades adicionais, tais como compressores, humidificadores e desumidificadores, resistências, entre outros. O envolvente é, normalmente aberto no topo

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para permitir a entrada de ar quente do local de instalação. O armário é directamente colocado em cima da estrutura de apoio, formando-se assim uma combinação da unidade operacional, da qual apenas a parte superior fica visível. Todos os componentes importantes são facilmente acessíveis através das portas frontais do armário. As necessidades de serviço de manutenção, reparação ou colocação em funcionamento são mínimos. Os sistemas podem ser instalados, directamente, uns ao lado dos outros sem dificuldade e sem perda de espaço. O ventilador, colocado no interior na estrutura de apoio, permite disponibilizar uma maior área para o permutador de calor ou mesmo uma maior área de filtragem. Este atrai o ar quente do local da instalação através da parte superior, que se encontra aberta. O ar é arrefecido através do permutador de calor utilizando água (CW – Cold Water) ou ar evaporado (DX – Direct Evaporation), e a seguir distribuído pelo ventilador inserido na estrutura de apoio, sob forte pressão, injectando-o no piso sobrelevado.

Primeira ilha de energia renovável do mundo ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com . www.abb.pt

Localizada a cerca de 1.500 km a Sul da costa espanhola, no oceano Atlântico, El Hierro é a mais pequena e a mais longínqua das Ilhas Canárias. Tal como outras ilhas remotas, El Hierro produz electricidade recorrendo ao gasóleo transportado do continente. O impacte ambiental é significativo: cerca de 18.200 toneladas de CO2 por ano, resultantes apenas das emissões provocadas pela produção de energia – um efeito negativo que o projecto de energias renováveis eliminará. Este projecto que fornecerá 80% da electricidade necessária aos 11.000 habitantes da ilha, consiste num parque eólico de 11,5 MW e numa central hidroeléctrica com sistema de bombagem de 11,3 MW. Os restantes 20% serão produzidos por colectores solares térmicos e sistemas fotovoltaicos ligados à rede. A ABB desempenha neste projecto um papel principal, fornecendo uma solução de energia e automação que electrificará e controlará a central hidroeléctrica, e integrará na rede da ilha a energia produzida pelo vento e turbinas hídricas. A solução integra uma nova subestação de interligação, equipada com quadros de média tensão UniGear e UniMix, que receberão a electricidade produzida por cinco turbinas eólicas e pelas turbinas hídricas, e a fornecerão à subestação principal >


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da ilha através de uma rede de transformadores e de um sistema inteligente de protecção Relion® REB 670. Um desafio importante que a ABB teve de enfrentar foi a instalação de um sistema automático de controlo de produção (Automatic Generation Control, AGC), que mantém a estabilidade da frequência e tensão na central, através da partilha da necessidade de energia activa e reactiva nos geradores e linhas. Isto permite que os geradores operem de modo a que a instalação possa suportar maiores variações. Nas duas centrais hidroeléctricas, motores, variadores de velocidade e transformadores de tipo seco da ABB assegurarão um alto nível de fiabilidade no desempenho das bombas, e assegurarão a eficiência de todo o processo, consumindo níveis mínimos de energia e reduzindo o desgaste dos equipamentos. Todo o projecto de energia renovável será controlado por um sistema DCS (Distributed Control System). Baseado na plataforma de automação System 800xA da ABB, a solução controlará as quatro turbinas hídricas, o processo de bombagem, a nova subestação de interligação e a subestação já existente, e comunicará com o novo parque eólico. Comunicando com o parque eólico, a solução de controlo da ABB regulará automaticamente o caudal de água do reservatório superior, para produzir electricidade na central hidroeléctrica sempre que a electricidade produzida pelo vento for insuficiente. A energia eólica em excesso será usada para bombear a água que será usada quando o vento for escasso, para o reservatório superior. A ABB foi seleccionada pela Elecnor, a empresa responsável pelo projecto de engenharia, “procurement” e construção (EPC).

Trojan Battery amplia gama de soluções solares AGM Trojan Battery Tel.: +34 981 297 000 . Fax: +34 981 298 757 daisa@infonegocio.com . www.trojanbattery.com

A empresa Trojan Battery, fabricante mundial de baterias deepcycle, expandiu a sua linha de produtos AGM para o mercado das energias renováveis com o lançamento dos modelos U1-AGM e 22-AGM. As novas baterias deep-cycle AGM possuem a potência necessária para os sistemas habitacionais de energia solar ligados à rede e não ligados à rede, iluminação solar, aplicações de potência que requerem diariamente capacidades cíclicas de energia. Juntamente com estes modelos U1-AGM e 22-AGM a linha AGM da Trojan cresceu e apresenta agora uma maior variedade de tamanhos de baterias. Bryan Godber, Vice-Presidente da Área das energias renováveis da Trojan Battery ditou que “como o mercado global para sistemas solares continua a crescer, a Trojan está a expandir a sua oferta de baterias para a área das Energias Renováveis, incluindo produtos especificamente desenhados para estas aplicações. Os sistemas de energia renovável dependem da descarga diária da bateria e do seu sistema cíclico de recarga de potência. A linha de baterias AGM da Trojan tem características de ciclo de >


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energia em curso, óptima performance e durabilidade. Elas são adequadas para uma grande variedade de aplicações de energia renovável.” O novo U1-AGM e 22-AGM foram desenhados para responder a diversas aplicações solares, desde a iluminação na estrada a sinais de trânsito e segurança na iluminação, até sistemas habitacionais ligados ou não à rede, o que inclui aplicações de potência industrial e de reserva. Além disso, as novas baterias AGM são indicadas para sistemas solares em locais remotos que não possuem acesso à rede ou onde é muito dispendioso ligar a potência numa determinada área. Nestas aplicações, potência fiável e baixa manutenção são factores chave que contribuem para um desempenho global e manutenção do sistema. A U1-AGM e 22-AGM, juntamente com a linha completa de baterias AGM da Trojan estão isentas de manutenção e distinguem-se pelos elementos de design que optimiza o seu desempenho. Uma única combinação de chapa espessa e design de grelha, bem como um separador de fibra de vidro fornece uma elevada densidade de potência na performance da bateria e estende o ciclo de vida das baterias. As baterias deep cycle AGM da Trojan são tolerantes a temperaturas baixas, ao choque e resistentes à vibração. Elas também possuem uma resistência interna baixa para uma maior descarga de potência e uma maior eficiência na carga, tornando-se assim numa boa escolha para muitas aplicações. Apoiadas por mais de 85 anos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de baterias deep cycle, as baterias da Trojan U1-AGM e 22-AGM foram especificamente concebidas para atender às mais diferentes necessidades de aplicações solares.

graças ao controlo sinusoidal. Isto significa que os componentes electrónicos sensíveis operados pelo mesmo sistema de alimentação estão menos sujeitos a interferências. Para máquinas com tempos de ciclo particularmente rápidos, os servo-controladores MOVIAXIS® podem incluir os módulos de alimentação compactos MXP81, caracterizados pelas reduzidas dimensões e pela facilidade de instalação. Estes módulos também armazenam temporariamente a energia de modo a reduzir perdas e desperdício de calor. Se a energia de frenagem ultrapassa a capacidade de armazenamento, a energia é eliminada através de uma resistência de frenagem integrada. Mesmo com apenas alguns módulos MOVIAXIS® é possível aumentar a eficiência energética de todo o sistema de accionamentos e deste modo contribuir para a estratégia do uso sustentável da energia. A SEW-EURODRIVE continua focada no desenvolvimento de componentes de accionamentos que permitam aos seus clientes realizar mais economias de energia e elevar os seus níveis de eficiência. O conceito effiDRIVE® adopta uma abordagem sistémica da economia de energia, que envolve o desenvolvimento de componentes modulares mais eficientes, o serviço de consultoria em energia, em que a SEW-EURODRIVE coloca a sua experiência ao serviço dos clientes, e a procura de soluções de eficiência para aplicações concretas.

Tubo Solar – Roof Window híbrido Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 . Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt

Economia de energia em máquinas e sistemas com MOVIAXIS® SEW-EURODRIVE PORTUGAL Tel.: +351 231 209 670 . Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt . www.sew-eurodrive.pt

Os servo-controladores multi-eixo MOVIAXIS® foram desenvolvidos com os objectivos da versatilidade, dinamismo e eficiência energética. A energia gerada na frenagem pode ser armazenada e reutilizada através de um módulo MXC, que pode ser combinado com todos os módulos de alimentação MXP. Outro passo no sentido da eficiência energética é a funcionalidade do módulo de alimentação regenerativo MXR. Este módulo fornece uma tensão DC link constante, independentemente das flutuações na alimentação da rede eléctrica. O módulo também assegura o retorno da energia excedentária ao sistema de alimentação. Os harmónicos são evitados quase completamente

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Esta é uma versão do Tubo Solar Roof window associada com um kit fotovoltaico e com um kit de iluminação LED de reduzido consumo, que permite a iluminação nos períodos nocturnos ou diurnos com luz natural reduzida. Esta é uma solução muito compacta, sem necessidade de instalação eléctrica especial dado que todo o kit já vai montado e pronto a funcionar. Para além do painel fotovoltaico, regulador de carga e bateria, o kit apresenta no seu interior uma placa electrónica com microprocessador desenvolvida pela Chatron e que irá ler, quantificar e processar a quantidade de luz que chega em cada instante à cúpula, dando ordens quer para a carga/descarga da bateria quer para a comutação para a rede eléctrica, quando as baterias estão descarregadas, e também para o abrir e fechar do registo de fecho do tubo solar (caso este acessório exista na instalação). No fundo é um mini-sistema de domótica aplicado à iluminação natural e solar fotovoltaica. A iluminação pode ser manuseada por um interruptor de impulso ou interruptor vulgar, sendo que o programa se encarrega de corrigir eventuais erros por omissão ou por desleixo (por exemplo desliga a iluminação caso seja dia e o interruptor permaneça ligado, evitando a descarga desnecessária das baterias, entre outras funções). >


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Novidades da SCHOTT Solar na GENERA 2011

REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001 geral@reiman.pt . www.reiman.pt

SCHOTT Solar, S.L. Tel.: +34 (0) 932 283 213 . Fax: +34 (0) 932 283 263 solar.sales@schottsolar.com . www.schottsolar.com

A Invertek disponibiliza resistências de frenagem específicas para a gama OPTIDRIVE. Para utilização em aplicações que exigem a imobilização rápida de equipamentos que accionam elevadas inércias, as resistências de frenagem OPTIBRAKE auxiliam os variadores OPTIDRIVE a gerir a energia eléctrica devolvida pelo motor durante a frenagem, convertendo-a em calor. O software OPTIDRIVE protege o OPTIBRAKE de sobrecargas, não sendo necessários relés adicionais de protecção. As caixas de tamanhos 2 e 3 já prevêem espaço para acomodação da instalação das resistências de frenagem sem necessidade de espaço adicional. Em aplicações mais exigentes, estas podem ainda ser ligadas com configurações em série ou paralelo.

O SCHOTT ASI, o produto inovador da família de módulos de duplo vidro da SCHOTT Solar, possui uma comprovada tecnologia de capa fina e uma sólida construção de duplo vidro que convertem este módulo num gerador de potência de elevada durabilidade. Este módulo de qualidade garante a absorção de elevados valores de energia, inclusive mesmo em condições de luz difusa e com uma orientação nem sempre adequada. O duplo vidro faz com que este módulo seja assim mais resistente a agentes ambientais de todos os tipos. Outro produto inovador é o módulo de duplo vidro SCHOTT POLY 185: um módulo solar que satisfaz as exigências em termos de qualidade e estética. O módulo SCHOTT Poly 185 baseou-se no >

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Invertek: Resistências para frenagem dinâmica

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SCHOTT Poly 290, que anteriormente já venceu um teste independente PV+, realizado pela TÜV Rheinland e pela revista Solarpraxis AG, com a máxima qualificação. O módulo SCHOTT POLY 235 convence pela sua potência nominal elevada e a sua tolerância positiva da potência nominal garante elevados valores de captação. Este é um produto vantajoso para os instaladores porque a sua resistência às correntes de retorno minimiza os meios utilizados para a sua interligação e a sua base maciça de alumínio anodizado torna-o resistente às intempéries. O módulo monocristalino de elevada potência SCHOTT Mono 190 alcança um rendimento das células superiores de 17,5% e um rendimento do módulo até 14,5%. Desta forma tem as melhores condições para ser utilizado sobre coberturas de pequenas dimensões porque a gama SCHOTT Mono garante grandes captações energéticas mesmo em pequenos espaços. Também como fabricante de componentes para centrais termosolares, a SCHOTT Solar aposta numa qualidade máxima. Com o tubo receptor SCHOTT PTR70, a equipa de investigadores da SCHOTT Solar abriu novas vias no que diz respeito ao desenho e tecnologia de materiais, ao desenvolver um tubo receptor que, devido às suas características mecânicas e ópticas, adapta-se de forma idónea a condições operativas extremas existentes nas centrais termosolares de tecnologia cilindrico-parabólica. Este tubo receptor já estabeleceu novas referências na actualidade

RIDERSERIES FG: Acopladores por relé com contactos guiados forçados para monitorização de sinais Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

A Weidmüller adicionou à sua RIDERSERIES um relé com contactos guiados forçados. Com um diagnóstico de cobertura de 99%, estes relés com contactos guiados forçados encontram-se entre os componentes testados nos sistemas de segurança. Com contactos relacionados, os relés garantem uma comutação síncrona de dois pares de contacto, o que garante que no caso de ocorrer uma falha (por exemplo, devido a uma sobrecarga podese soldar um contacto) o sinal de contacto mantém o mesmo estado de comutação. Ao rever/consultar o sinal de contacto e comparar os valores de controlo teóricos com os valores de controlo reais (segurança) permite introduzir medidas para proteger o homem e a máquina de um eventual erro.

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A prova de vibrações é um clipe de metal que proporciona uma aderência segura, inclusivamente em condições ambientais mais adversas. Tem diferentes possibilidades de ligação porque a base está opcionalmente disponível com a comprovada tecnologia de ligação do parafuso ou com uma tecnologia de ligação directa para uma poupança de tempo. Distingue-se por ser cómodo porque, no caso de ocorrer um erro ou avaria, é possível uma substituição rápida sem necessidade de eliminar o cabo. A relé de segurança com controlo de saída permite que, mediante uma interligação de dois relés de comutação com controlo de segurança ou com dispositivos de paragem de emergência, é possível desenvolver circuitos eficazes de controlo de segurança, de acordo com a estrutura proposta, que possuem uma referência directa na normativa EN ISO 13849-1 (categoria 3 e 4). O diagnóstico é feito in loco, porque ao juntar o módulo com LED e díodo de protecção de polaridade (RIM 2 6/24 VDC GN) na base, podemos ter diagnóstico e protecção.

GIS compacto e verde da ABB ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 ∙ Fax: +351 214 256 390 comunicacao-corporativa@pt.abb.com ∙ www.abb.pt

A ABB apresentou a sua série de aparelhagem isolada por gás (GIS) ENK de 72.5 kV. As suas notáveis características incluem uma superfície 25% mais pequena, em comparação com produtos existentes com desempenho similar, e uma redução de 50% da quantidade de gás SF6 usada. A compacidade e modularidade da GIS torna-a adequada para instalação em locais onde o espaço é limitado, como, por exemplo, em cidades. É ainda possível a sua instalação em espaços interiores. A ABB disponibiliza ainda GIS para aplicações marítimas e móveis. A empresa foi pioneira no lançamento da primeira GIS em 1965 e é uma das líderes mundiais em tecnologia GIS de alta tensão, com mais de 20.000 unidades instaladas e em funcionamento em todo o mundo. A série ENK integra uma tecnologia de “plug-and-switch” e uma interface inteligente com o secundário para satisfazer os requisitos de futuras redes inteligentes. Outras novas características notáveis são a maior facilidade de operação, como o rápido acesso ao mecanismo de accionamento a partir do painel frontal, além dos transformadores de corrente, situados no exterior do compartimento de gás. Com as ligações plug-in do barramento e envio de unidades completas e testadas em fábrica, a GIS ENK pode ser instalada fácil e rapidamente no local. Está classificada para uma tensão nominal de 72.5 kV e disponível para correntes nominais de até 2.500 A e 40 kA em curto-circuito em versões que cumprem as normas IEC e IEEE.” >


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F.Fonseca apresenta Sensores de posição Magnetoestrictivos Temposonics série E2 da MTS F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 . Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com . www.ffonseca.com

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A MTS Sensors redesenhou a nova geração de sensores da série E, destacando como os principais pontos de referência a eficiência e o custo reduzido. Com esta série de sensores de posição magnetoestrictivos Temposonics série E2 da MTS Sensors obtém a performance adequada para a sua aplicação – nem mais nem menos. Assim, pode beneficiar das vantagens da magnetoestricção a custos optimizados. Tal como todos os sensores Temposonics, os transdutores desta série medem a posição absoluta sem desgaste, contacto, ou recalibração, durante anos. Os novos modelos proporcionam retrocompatibilidade com as versões anteriores da série E. As dimensões dos sensores são as mesmas ou inferiores, e utilizam os mesmos pontos de fixação. A ligação

foi alterada para fichas M12. Para ligações com fichas M16 passam a existir cabos adaptadores. O novo desenho desta série incorpora os avanços mais recentes da tecnologia magnetoestrictiva. Todos os modelos foram redesenhados e receberam electrónica de última geração, com enfoque numa performance consistente e duradoura. Como resultado da nova tecnologia usada, os sensores da nova série E atingem um índice de protecção mínimo IP67, com resistência ao choque e vibração de 100g e 10g, respectivamente. Esta nova série de sensores E2 da MTS está disponível com comprimentos de 50 a 2.500 mm, com saídas analógicas e Start/Stop. Para uma maior redução de custos e espaço, os modelos analógicos reportam duas posições simultaneamente, quando usados dois magnetos. Estes sensores oferecem uma resolução de 0.01 mm e repetibilidade de 0.03%. Se for necessária uma precisão superior, existem modelos avançados, sendo disso exemplo a Série R. Os sensores de posição magnetoestrictivos Temposonics série E2 apresentam inúmeras vantagens, desde um novo modelo com perfil l reduzido, a dimensões muito compactas. Tem saídas em Corrente, Tensão e Start/Stop, uma gama de medição desde 50 mm até 2.500 mm e ficha M12: ligações de baixo custo com cabos pré-fabricados. Incorpora a possibilidade de medição de 2 posições simultâneas com 1 sensor. Apresenta um índice de protecção elevado até IP69K e o magneto move-se através >

Formação

Financiada

Técnico instalador de sistemas fotovoltaicos: 125 horas (Formações Modulares Certificadas - Tipologia 2.3) › Energia solar: 50 horas UFCD (4580)

› Projecto de sistema solar fotovoltaico – instalação: 25 horas UFCD (4591)

› Sistemas solares fotovoltaicos: 50 horas UFCD (4587)

Condições de acesso: idade igual ou superior a 18 anos e com escolaridade entre o 9º e 12º Ano.

Formador: Eng.º Pinto Ferreira Local das Sessões: › Ixus, Formação e Consultadoria - Centro de Negócios do Bonfim* * Rua Monte do Bonfim, n.º 120, 4300-350 Porto;

Nota: Os formandos receberão subsídio de alimentação e o respectivo certificado de habilitações

Apoios:

Governo da República Portuguesa

Informações e Inscrições IXUS, Formação e Consultadoria, Lda. Tel.: 22 519 13 90 Fax: 22 519 13 99 E-mail: geral@ixus.pt | forma@ixus.pt Site: www.ixus.pt

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produtos e tecnologias

da cabeça electrónica (modelo EP). Ao nível de características, os modelos EP e EL apresentam um perfil l de alumínio para tecnologia de automação industrial e cilindros hidráulicos, enquanto os modelos ER são sensores com cilindro, haste e electrónica integrada. Os EH apresentam uma versão com haste compacta desenhada para instalação em cilindros hidráulicos. Ao nível de saídas existem em: Tensão: 0…10 V ou 10…0 V; Corrente: 4…20 mA ou 20…4 mA e Start / Stop: Pulsada por RS422. A Gama de medição dos modelos EP e EL é: Analógica 50-2.500 mm; Digital 50-3.000 mm, do ER 50-1.500 mm e do EH 50...2.500 mm. Ao nível de resolução o Analógico é infinito, dependente do controlador e imposto pelo ripple da saída (<0,01% F.S.), sendo que no digital 5 μm depende do controlador. Ao nível de aplicabilidade na indústria, os sensores Temposonics série E2 são adequados para as indústrias de plástico e borracha, metal, ferramentas e montagem, madeira e papel, armazéns e embalagem, líquidos, geração de potência, alimentar e bebidas, entre outras.

aos agentes do meio ambiente e a climas adversos. Este vido não só repele a chuva, como também protege contra a água de condensação, o vapor, gases como o amoníaco e o metano, numerosos ácidos e soluções alcalinas, assim como gases, azeites e dissolventes. Estas substâncias não podem penetrar até à capa activa de células de módulo, como acontece com os módulos de vidro e lâmina convencionais. A SCHOTT Poly também está preparada para resistir às cargas de pressão e sucção causados pelo vento, as tempestades, o gelo e a neve. De acordo com a certificação IEC e TÜV, a carga suportada por cada módulo é de 5.400 Pa. Isto corresponde a uma zona 3 de carga por neve e uma zona 4 de carga por vento, assim como com velocidades de vento até 200 km/h, com um factor de segurança 3.

Novo inversor PIKO 4.2 para microgeração em Portugal KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L. Tel.: +34 961 824 934 ∙ Fax: +34 961 824 831 www.kostal-solar-electric.com

O módulo de duplo vidro resistente: SCHOTT Poly 185 SCHOTT Solar, S.L. Tel.: +34 (0) 932 283 213 ∙ Fax: +34 (0) 932 283 263 solar.sales@schottsolar.com ∙ www.schottsolar.com

A SCHOTT Solar lançou no mercado um novo módulo multicristalino, fabricado com uma tecnologia de duplo vidro única no género. O novo SCHOTT Poly 185 enfatiza uma vez mais o compromisso com a alta qualidade mediante a utilização de vidro nas faces inferiores e superiores, este novo módulo de elevada potência e grande durabilidade é mais resistente aos factores climáticos, sobretudo às tempestades, ao gelo e à neve. A SCHOTT Solar assume uma garantia linear deste produto em mais de 30 anos. O novo SCHOTT Poly 185 baseou-se no SCHOTT Poly 290, e caracteriza-se por ser compacto ao ter 48 células e aproveitar de forma óptima a superfície das coberturas. O instalador também sai favorecido por este módulo ser instalado de uma forma rápida e simples. Além disso, a sua maior resistência às correntes de retorno minimiza os trabalhos de interligação. Para a sua tecnologia de duplo vidro, a SCHOTT Solar desenvolveu um método de protecção patenteado que pode acabar com as pressões elevadas e com o vácuo. Este método é, consequentemente, menos agressivo para as células e permite assim a implementação de qualidade e estabilidade de larga duração do módulo. Este módulo solar apresenta uma qualidade de fabrico muito elevada e, graças ao vidro adicional na face superior do mesmo, é bastante resistente

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A KOSTAL Solar Electric Ibérica apresenta um inversor especialmente adaptado para instalações de microgeração de 3,68 kW com as seguintes características técnicas: potência de saída máxima: 4.200 W, potência de saída nominal: 3.680 W, detectores de 2 MPP e uma grande gama de entrada de 180 V a 950 V. O PIKO 4.2 é uma unidade trifásica de tamanho reduzido e que lhe permite tornar o inversor PIKO 4.2 capaz de produzir potência de saída máxima, enquanto previne sobrecargas na rede, uma vez que a corrente total está dividida em três fases. Existem muitos casos de instalações onde o inversor aumenta a tensão da rede como resultado de um baixo nível de consumo ou uma linha especialmente longa. Nestas situações, o inversor fotovoltaico desligará e parará de produzir. O inversor PIKO 4.2 reduz significativamente este efeito uma vez que a corrente de saída é três vezes inferior à dos inversores monofásicos de classificação de potência equivalente. O inversor PIKO 4.2 está equipado com dois detectores MPP independentes, o que ajuda a optimizar o rendimento energético em vários ângulos de inclinação ou em condições de sombra e permite também a ligação de strings de módulos de um número ou tipo diferente. O PIKO 4.2 aceita uma grande gama de valores de CC de entrada, fornecendo uma maior flexibilidade de concepção. Para além disso, o amplo alcance de funcionamento MPP significa que o inversor pode arrancar mais cedo e desligar-se mais tarde, aumentando o número de horas de funcionamento e, consequentemente, a energia produzida. O inversor PIKO 4.2 está em conformidade com as disposições da legislação portuguesa em vigor (Lei 118 – A/2010), e encontra-se disponível para distribuição. >


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Unimec: série Aleph em Tecno-Polímero

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt . www.weidmuller.pt

REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 ∙ Fax: +351 229 618 001 geral@reiman.pt ∙ www.reiman.pt

A nova e inovadora solução de 6 mm de largura para converter e isolar os sinais analógicos. A nova gama de produtos ACT20M integra uma tecnologia inovadora e com uma máxima funcionalidade numa caixa para componentes electrónicos, de apenas 6 mm de largura. Até dois canais por módulo permitem poupar espaço no armário de distribuição. A elevada separação galvânica de 2,5 kV e uma precisão de até 0,05% aumentam a fiabilidade e segurança no processo. A gama de produtos inclui isoladores passivos (1 ou 2 canais), um conversor de temperatura universal, um conversor DC e um divisor de sinais. As suas ligações oferecem recursos adicionais, como uma repartição de sinais com alimentação do sensor. A configuração é feita através de um micro-switch ou de um software FDT/DTM. A alimentação dos módulos ACT20M é feita com cablagem directa ou através de um bus de carril DIN.

As novas exigências do mercado, o crescimento do número de aplicações com cargas reduzidas e o espírito de inovação e investigação levaram a UNIMEC a realizar uma nova série de gatos mecânicos de rosca trapezoidal, com uma elevada relação preço/qualidade: a série Aleph. Esta nova linha inclui dois tamanhos que se distinguem pela utilização de componentes em tecno-polímero de elevada resistência mecânica. Com uma estrutura bastante semelhante aos gatos mecânicos convencionais de metal, os gatos mecânicos da série Aleph mantêm as mesmas funcionalidades na manipulação de cargas, nomeadamente as características de irreversibilidade de movimento. A tecnologia de fabrico deste equipamento, em particular das engrenagens e as características do material (polyarilammide) utilizado, permitem o seu funcionamento mesmo sem lubrificação. Os gatos mecânicos da série Aleph podem trabalhar individualmente ou em grupos acoplados por cardans, caixas angulares, entre outros. <

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ACT20M, Conversor de sinais analógico da Weidmüller

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renováveis em casa

arranque do sistema solar fotovoltaico de ligação à rede Neste artigo explicar-lhe-ei, passo a passo como instalar e efectuar o arranque de um sistema fotovoltaico ligado à rede (com uma potência de 4,14 kWp), num telhado inclinado (a 15º, necessitando de uma estrutura que aumente essa inclinação para cerca de 35º) numa vivenda de dois andares. Filipe Pereira Engenheiro Electrotécnico (ISEP) Professor na Escola Secundária D. Sancho I

Serão instalados 18 módulos, com uma potência individual de 230 Wp. Poderiam ser instaladas duas fileiras de 9+9 módulos do nosso gerador FV, mas, devido à falta de área e também a possíveis sombreamentos que poderiam ocorrer se houvessem mais fileiras, teremos de dividir o gerador em dois campos de 11+7 módulos. Será usado um inversor da SMA, o Sunny Boy 3800.

Figura 2 Estrutura de montagem.

Figura 1 Pormenor do gerador FV (Fonte: KleanEnergie4Life, LDA.).

1. Fixação dos ganchos no telhado A fixação do gerador poderá ser feita recorrendo a um sistema de montagem da Intersol, como mostra a Figura 2.

2. Montagem das secções horizontais de fixação dos módulos As secções horizontais de fixação dos módulos (calhas) são furadas nos pontos onde devem ser aparafusadas às secções verticais 142

(diâmetro mínimo dos parafusos: 6 mm). O comprimento standard destas secções é de 4 m. As secções que forem demasiado compridas são cortadas para a dimensão apropriada, enquanto que as demasiado curtas são combinadas com as secções que referimos a seguir, usando fixações especiais (juntas de expansão de aproximadamente 6-7 mm). Todos os materiais usados para a assemblagem da subestrutura do gerador (secções, ganchos do telhado, entre outros), assim como os grampos e outros materiais de fixação, devem ser resistentes à corrosão e conciliáveis com os restantes materiais. O espaçamento entre os ganchos do telhado e as dimensões dos parafusos será escolhido conforme as especificações do fabricante (Figura 3).

3. Montagem dos módulos Depois de terem sido montadas as calhas de fixação dos módulos, estes são inseridos no seu interior. O formato e a assemblagem destas estruturas garantem que os módulos assentam firmemente e sem vibrações.


renováveis em casa

UV e as elevadas temperaturas que se verificam no exterior. Também é possível ligar os cabos do módulo directamente (sem tomadas) às caixas de junção deste, desde que os módulos estejam concebidos para tal.

Figura 3 Pormenor da estrutura dos módulos fotovoltaicos.

Os módulos são aparafusados aos limites das calhas de fixação através de grampos angulares. São então inseridos finos separadores resistentes à água (por exemplo, em neopreno) entre o grampo angular e a armação do módulo. Os grampos permitem que seja gerada suficiente tensão mecânica nas armações dos módulos, para que não possam vir a ser criadas oscilações ou vibrações sonoras. Ter o cuidado de instalar o módulo fotovoltaico com a cablagem da caixa de junção voltada para baixo. Nunca, em qualquer circunstância, abrir a caixa de junção.

Figura 4 Instalação dos módulos fotovoltaicos (Fonte: kleanEnergie4Life, LDA.).

Durante a colocação, os módulos ficam ligados electricamente uns aos outros, usando cabos de módulos que são fixados às calhas (Radox 1 x 4 mm2) e tomadas-fichas.

4. Encaminhamento dos cabos de fileira pelo telhado Os cabos deverão ser encaminhados através de tubagem específica que suporte os raios

Figura 3 Pormenor da estrutura dos módulos fotovoltaicos.

5. Ligação do gerador à terra O gerador é de seguida ligado à terra (16,0 mm2 Cu) através de condutores que serão ligados ao barramento de terra do edifício. Uma vez que a estrutura de suporte é condutora, é preciso uma ligação equipotencial adicional num ponto adequado da mesma. Esta ligação deve ser mantida tão curta quanto possível.

6. Instalação da canalização eléctrica no interior da casa Os cabos eléctricos que derivam das fileiras deverão ser encaminhados pelo caminho mais curto possível directamente para a caixa de junção do gerador ou para o inversor. Neste ponto, deve-se ter uma especial atenção para assentar cabos protegidos contra falhas de terra e curto-circuitos. Dado que estes cabos são condutores activos, devem ser marcados como tal, especialmente se forem encaminhados juntamente com outros cabos no interior da vivenda (frequentemente existem circuitos ou condutas comuns). Os cabos de fileira são electricamente ligados aos terminais da caixa de junção do gerador (cuidado com as tensões > 120 V DC). Os descarregadores de sobretensão garantem a protecção adequada, enquanto que o interruptor principal bipolar de corte do lado DC permite o corte em seguran-

ça do sistema em carga (por exemplo, para efeitos de manutenção). Para tensões em DC menores que 50 V, os contactos do interruptor principal DC devem estar espaçados, pelo menos 5 mm, de forma a permitirem um isolamento seguro. As especificações do fabricante na placa do interruptor devem indicar qual o valor de tensão máxima permitida.

7. Instalação do inversor O inversor da SMA incorpora um interruptor de corte do lado DC e deverá ser instalado num local apropriado. Neste caso, foi instalado numa garagem tendo em conta a temperatura ambiente, a capacidade de dissipação do calor, a humidade relativa e o ruído. Para efeitos de serviço e manutenção, o inversor foi montado de forma a tornar-se facilmente acessível. No caso de ser uma instalação em que exista uma grande distância entre a caixa de junção do gerador e o inversor, deverá ser instalado um ponto de isolamento adicional antes do inversor. Isto permite um isolamento seguro do cabo principal DC que alimenta o inversor.

Nota: Uma linha de dados permite a transferência dos parâmetros do sistema para um computador.

O painel de visualização do inversor permite aceder e avaliar o estado de funcionamento do mesmo e o valor da energia produzida.

8. Arranque do sistema fotovoltaico Para colocar em serviço a instalação fotovoltaica deve-se: 1 Assegurar que o inversor não apresenta danos devido ao transporte; 2 Verificar a tensão da instalação fotovoltaica em circuito aberto. Esta não deve exceder a máxima tensão DC do inversor (consultar datasheet do inversor); 3 Conectar o terminal positivo da string (+) com a entrada positiva do Inversor 143


renováveis em casa

Arranque do sistema solar fotovoltaico de ligação à rede

(+) e o terminal negativo da string (–) com a entrada negativa do inversor (–); VERIFICAR A CORRECTA POLARIDADE!!! 4 Conectores de fichas CC na parte inferior da caixa não utilizadas fechadas com tampões de fecho; 5 Verificar a correcta conexão do cabo AC ao inversor; 6 Fechar o interruptor DC incorporado no inversor; 7 Conectar o circuito AC ligando o disjuntor do quadro eléctrico fotovoltaico; 8 Olhar para o display, de modo a verificar se o inversor está a dar algum tipo de erro ou se está no modo de funcionamento.

Figura 8 Pormenor do contador e portinhola (Fonte: KleanEnergie4Life, LDA.).

10. Inspecção da unidade de microgeração Aquando da inspecção do sistema são feitas as seguintes medições eléctricas: Figura 6 Etapas para colocação da instalação FV em funcionamento (Fonte: SMA).

Nota: Jamais desconectar o inversor da instalação fotovoltaica antes de isolar a tensão alternada (no quadro eléctrico de instalação fotovoltaica desligar o disjuntor)!

Desligar o sistema fotovoltaico O sistema fotovoltaico deve ser manipulado por um técnico qualificado. Para desconectar o inversor do gerador fotovoltaico deve-se: 1 Desligar o disjuntor do quadro eléctrico AC; 2 Desligar o interruptor de corte DC; 3 Desconectar as strings do inversor.

Figura 7 Etapas para desconectar o inversor do gerador fotovoltaico (Fonte: SMA).

9. Interligação à rede eléctrica pública A saída do inversor AC deverá ser ligada à rede principal através de aparelhos de protecção (fusíveis, disjuntores de linha) e através do contador.

• Resistência de terra; • Resistência de isolamento do gerador fotovoltaico – Curto-circuito no lado DC, isolar o descarregador de sobretensões, medir entre um condutor e a ligação equipotencial; • Resistência do isolamento da linha principal DC; • Tensão de circuito aberto do gerador – Isolar o sistema, medir a tensão entre os condutores positivo e o negativo; • Tensão de circuito aberto de cada fileira; • Corrente de curto-circuito de cada fileira; • Queda de tensão em cada díodo (para os sistemas com díodos de fileira) – Provocar um curto-circuito no sistema, medir a corrente paralela ao díodo; • Queda de tensão em cada fusível (para os sistemas com fusíveis de fileira) – Isolar o sistema, retirar os fusíveis de fileira e medir a corrente em cada uma das fileiras. Diferenças das tensões das fileiras: • Para sistemas com díodos de fileira – Isolar o sistema, medir a diferença de tensão antes do díodo; • Para sistemas sem díodos de fileira – Remover os fusíveis de fileira e medir a diferença de tensão na fileira 1.

Bibliografia

No nosso exemplo, existem duas caixas (Figura 8). Uma é para a caixa do contador de consumos de energia eléctrica com modem de dados, e a outra é a portinhola, de acordo com as Condições Técnicas de Ligação. 144

• Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica, Filipe Pereira & Manuel Oliveira, 2011-07-06 • Kleanenergie4Life, LDA. • SMA



barómetro das renováveis

barómetro das renováveis Junho 2011 O barómetro das energias renováveis pretende manter informados os nossos leitores sobre a evolução das potências instaladas e das correspondentes produções de energia. A informação apresentada sobre potências instaladas tem como fonte as estatísticas rápidas da DGEG de Março de 2011 e a informação sobre produção tem como fonte a informação de produção diária desagregada disponibilizada no website da REN até 30 de Junho de 2011. Cláudio Monteiro, com a colaboração de António Sérgio Silva

mo períodos, observa-se um incremento da produção fotovoltaica de 46% e da PRE térmica de 10%. Uma boa notícia é que o consumo, no último semestre, relativamente ao semestre homólogo de 2010, desceu 1,4%. É também de salientar que, pela primeira vez, no dia 15 de Maio, pelas 7h00 registou-se uma produção PRE superior ao consumo.

das grandes hídricas. No último semestre, de Janeiro e Junho, apesar dos incrementos de potência instalada, continua-se a assistir a uma menor fracção de produção renovável, relativamente ao semestre homólogo do ano anterior, devido essencialmente a menos 28% de produção na hídrica e menos 7% de produção na eólica. Por outro lado, comprando os mes-

A potência instalada de Fontes de Energia Renovável (FER), somou 9.784 MW no final de Março de 2010. Crescendo relativamente a Dezembro de 2010 mais 292 MW de eólica. Surge actualmente 2.952 MW de potência licenciada por instalar, distribuída da seguinte forma: 301 MW de eólica, 332 MW de biomassa, 139 MW de mini-hídrica, MW de fotovoltaico e 2.180 MW adicionais

Potência Instalada FER (MW) (Julho 2010) Potência Instalada (MW)

Potência Instalada FER (MW)

Potência Licenciada (MW)

(Março 2011)

Potência Instalada FER (MW Potência Instalada FER (MW) (Outubro 2009)

16

Licenciada Licenciada (Outubro 2009)

188

621

135

instalada

Instalada instalada

Licenciada

4497

360

5000

3802

334

5,6

5000

4500

88

4500

4000 4000

Grande Hídrica (>10 MW)

Eólica

Biomassa (c/ cogeração)

119,4

PCH (<= 10 MW)

Resíduos Sólidos Urbanos

58

Fotovoltaica

4,2

22

787

787

3500 3500

84 106

Biomassa (s/ cogeração)

Biogás

Ondas/Marés

3000 3000 Figura 1 Potência instalada da Fontes de Energias Renováveis (FER) em Março 2011. Fonte: baseado nas estatísticas rápidas da DGEG. 2500 2500 4515 4515 3455

2000 2000

3455

1500

1500

Consumo Mensal

1000

1000

500

500

(GWh)

0

0 Grande Hídrica Eólica (>10 MW) Grande Hídrica

Produção PRE Onda Produção Mensal ( PRE Fotovoltaica PRE Produção Mensal (GWh) PRE Fotovoltaica Produçao não renovável PRE Ondas PRE Fotovoltaica PRE Hidráulico Produção Mensal (GWh) PRE Hidráulico Produçao não renovável PRE Ondas PRE Fotovoltaica PRE Hidráulico Albufeira SEP PR 5500 44% FER 5500 PRE Hidráulico Produção Mensal (GWh) Albufeira SEP Produçao não renovável PRE Ondas PRE Fotovoltaica Albufeira SEP PRE Térmico Fio Á 5000 44% FER Produção Mensal (GWh) 5000 PRE Térmico Produçao não renovável PRE Ondas PRE Fotovoltaica 5500 PRE Hidráulico Albufeira SEP PRE Térmico Fio Água SEP 44% FER 60% FER PRE E 4500 47% 5500 Produção Mensal (GWh) 5000 Albufeira SEP 60% FER 4500 Fio Água sep Produçao não renovável PRE Ondas PRE Fotovoltaica PRE Hidráulico PRE Térmico Fio Água SEP PRE Eólico 47% FER 44% FER Produção não renovável Produçao não renovável

Eólica

(>10 MW)

PRE Ondas PRE Ondas

Produçao não renovável

4000

40% FER 38% FER 35% 33% FER 38% FER 40% FER 3500 5500 35% FER 5000 60% FER 4000 3500 47% FER 44% FER 35% FER 35% 33% FER 40% FER 38% FER 3000 68% FE 5500 35% FER 5000 40% FER 60% FER 47% FER 3500 4500 35% FER 4000 3000 84% FER 44% FER 35% FER 33% FER 40% FER 38% FER 68% FER 5500 35% FER 40% FER 5000 mensalmente4500 55% FER 60% FER 2500 4000 3500 Fonte: baseado na 47% FER Figura 2 Energia produzida pelas Fontes de Energias Renováveis (FER). informação de produção diária35% FER disponível 35% FER no website 84% FER da REN. 3000 44% FER 40% FER 38% FER 33% FER 2500 68% FER 35% FER 5000 40% FER 55% FER 60% FER 47% FER 4500 35% FER 4000 3500 2000 3000 35% FER 2000 33% FER 2500 40% FER 38% FER 35% FER 60% FER 47% FER 4500 35% FER 40% FER 55% FER 4000 3500 3000 2500 35% FER 1500 2000 33% FER 1500 38% FER 40% FER 146 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 1000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 0 2500 2000 1500 1000 500 jan‐09 Fev Mar jan‐09 Abr 0 Fev Mai M

GWh

PRE Térmico Fio Água SEP 4000 60% FER 47% FER

GWh

4500 Albufeira SEP

GWh

5000 PRE Hidráulico 44% FER 4500

GWh

5500 PRE Fotovoltaica

GWh

PRE Ondas

GWh

GWh

GWh

Produçao não renovável

PRE Eólico PRE Eólico


Depois do enorme sucesso do regime da Microgeração, mais destinado ao segmento doméstico, o novo regime da Minigeração, regulado pelo DL 34/2011, já permite também que as empresas procedam à instalação de unidades fotovoltaicas de pequena e média dimensão, para a produção e venda de electricidade nos.

Principais características do regime: - Venda à rede da totalidade de energia produzida - Garantia de 10 anos dos módulos fotovoltaicos oltaicos - Rentabilidades até 15% - Pay Back entre 8 e 10 anos

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bibliografia

Laboratórios de Energia Solar Fotovoltaica

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PVP € 18,00

Autores: Filipe Pereira, Manuel Oliveira ISBN: 9789728953775 Editora: Publindústria Páginas: 164 Edição: 2011 Obra em Português Venda online em www.engebook.com

Este manual é direccionado para os formandos dos cursos profissionais de energias renováveis, aos ministrados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e aos formadores/professores, facilitando – aos primeiros –, a sistematização das ideias a transmitir, simplificando a comunicação entre ambos, e oferecendo – aos últimos –, a garantia da uniformização das acções de formação e resposta às necessidades colectivas ou individuais. A obra é também dirigida aos alunos do Ensino Superior, a engenheiros, empresas e técnicos do sector, sob uma óptica de resolução de problemas. O objectivo principal continua a ser a existência de um livro que integre permanentemente os conhecimentos do saber fazer, através de uma prática experimental em consonância com as restantes disciplinas inerentes a esta área de formação. Para o efeito, procurou-se uma estruturação em 13 trabalhos laboratoriais, contemplados nos programas dos cursos profissionais de Técnicos de Energias Renováveis (variante de Sistemas Solares), e ainda no Curso Técnico de Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos. Índice: Trabalho Prático N.º 1 - Célula solar fotovoltaica. Trabalho Prático N.º 2 - Ligações de células solares fotovoltaicas. Trabalho Prático N.º 3 - Manuseamento de um solarímetro ou medidor de radiação solar. Trabalho Prático N.º 4 - Ensaio de um módulo fotovoltaico. Trabalho Prático N.º 5 - Ligação de módulos fotovoltaicos em série, paralelo e misto. Trabalho Prático N.º 6 - Baterias para sistemas fotovoltaicos. Trabalho Prático N.º 7 - Trabalhos com reguladores de carga digitais. Trabalho Prático N.º 8 - Onduladores (inversores) de onda quadrada modulada. Trabalho Prático N.º 9 - Bombeamento fotovoltaico. Trabalho Prático N.º 10 - Instalação de um sistema solar fotovoltaico a 12V em DC numa vivenda. Trabalho Prático N.º 11 - Instalação de um sistema solar fotovoltaico a 230 V em AC numa vivenda. Trabalho Prático N.º 12 - Instalação de um sistema de iluminação pública com um candeeiro solar. Trabalho Prático N.º 13 - Instalação de um sistema de microgeração fotovoltaica com uma potência de ligação de 3,68 kW à rede eléctrica.

Protecção das Redes Eléctricas de Distribuição, Transporte e Interligação

€ 27,00 inclui 10% desconto

PVP € 30,00

Autor: Manuel Delgado ISBN: 9789728953867 Editora: Publindústria Páginas: 500 Edição: 2011 Obra em Português Venda online em www.engebook.com

Este livro põe à disposição um conjunto de conhecimentos, métodos e ferramentas necessários a uma abordagem teórica e prática na solução de diversos problemas ligados à Protecção das Redes Eléctricas de Distribuição, Transporte e Interligação. Ao longo dos seus 19 capítulos são examinados os seguintes temas: Necessidade de protecção nas redes eléctricas, Noções de relé de protecção e de sistema de protecção, Tipos de ocorrências anormais nas redes eléctricas, Repercussões das correntes de curto-circuitos, Características que asseguram a qualidade dos sistemas de protecção, Comparação técnico-económica do ponto de vista da protecção entre as diferentes redes, Evolução histórica dos equipamentos de protecção das redes eléctricas, Transformadores de corrente e o seu interesse para as protecções, Protecção de tensão, Protecção de frequência, Protecção de máxima intensidade, Protecções dos transformadores de potência, Protecção diferencial longitudinal para linhas aéreas e cabos subterrâneos, Protecção de barramentos, Protecção contra as falhas dos disjuntores, Protecção de distância, Sistema de teleprotecção, Protecções das baterias de condensadores e uma série de funções de protecção especiais tais como, Protecção contra a ligação manual ou automática de um disjuntor sobre defeito, Protecção contra uma mínima pressão de disjuntor, Protecção contra um condutor rompido, caído ao solo do lado AT de um transformador de distribuição passivo em antena, Protecção de bloqueio do disparo da protecção do painel de inter-barras durante a transferência de um painel de um barramento para um outro, Protecção de bloqueio da ligação do transformador de potência em caso de defeito interno, Protecção contra o retorno de potência activa numa rede sã, Protecção de disparo por discordância dos pólos de um disjuntor, Protecção relativa à mudança de barramento de um painel, Protecção com a limitação da corrente de defeitos à terra e, finalmente, Protecção e Religação automática. A obra termina com vários apêndices contendo diversos exercícios resolvidos que se revestem de um grande interesse didáctico para os leitores. Índice: Introdução. Exigências para um bom comportamento funcional das redes eléctricas. Qualidades dos sistemas de protecção contra os defeitos. Considerações económicas sobre os sistemas de protecção das redes de distribuição e de interligação e de transporte. Realização da selectividade nos sistemas de protecção. Evolução histórica nos dispositivos de protecção. Normas. Alimentação das protecções. Protecção de tensão. Protecção de frequência. Protecção de máxima intensidade. Protecção dos transformadores de potência. Protecção diferencial longitudinal para linhas aéreas ou cabos subterrâneos. Protecção de barramentos. Protecção contra as falhas dos disjuntores. Protecção de distância. Sistemas de teleprotecção. Protecção das baterias de condensadores. Funções de protecção especiais das redes eléctricas.

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biblografia

Uma Introdução às Energias Renováveis: Eólica, Fotovoltaica e Mini-hídrica

€ 40,00

Autor: Rui Castro ISBN: 9789898481016 Editora: IST Press Páginas: 470 Edição: 2011 Obra em Português Venda online em www.engebook.com

O livro em referência constitui uma obra de inegável interesse e importância no actual contexto energético-ambiental português, que se traduz por uma forte aposta na promoção da melhoria da eficiência energética e no aproveitamento das fontes de energia renováveis, em particular as três que no livro são tratadas mais detalhadamente: eólica, fotovoltaica e mini-hídrica. O livro aborda a temática das energias renováveis de uma forma metódica, rigorosa e, regra geral, bastante aprofundada, preenchendo uma lacuna em termos da bibliografia técnica de autores portugueses nesta matéria. É de realçar ainda a importância do livro do ponto de vista académico, orientado para um público-alvo bem caracterizado – o engenheiro electrotécnico – constituindo uma obra de referência para os estudantes deste ramo da engenharia, quer a nível da licenciatura ou pós-graduação, quer a nível de mestrado e doutoramento. O seu carácter didáctico está bem patente na profusão de exemplos práticos, em cada um dos capítulos do livro, bem como na proposta de problemas a resolver pelos leitores/estudantes, permitindo aferir o grau de conhecimento e compreensão adquiridos. A extensa, adequada e actual lista de referências bibliográficas é outro aspecto a salientar, contribuindo para a credibilização da obra quanto ao rigor científico e orientando para o aprofundamento de determinadas matérias, quando necessário (conteúdo elaborado por Pedro Paes, Direcção de Sustentabilidade e Ambiente da EDP). Índice: Introdução. Avaliação Económica. Energia Mini-Hídrica. Recurso Eólico. Energia Eólica. Equipamento Eléctrico dos Geradores Eólicos. Recurso e Tecnologias Solares. Energia Solar Fotovoltaica. Energias Renováveis e Co-geração.

ABC das Regras Técnicas – Inclui CD com tabelas de cálculo

€ 22,50 inclui 10% desconto

PVP € 25,00

Autor: Hilário Dias Nogueira ISBN: 9789728953836 Editora: Publindústria Páginas: 112 Edição: 2011 Obra em Português Venda online em www.engebook.com

O conteúdo deste livro, que se baseia nas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), pretende elucidar e transmitir os conhecimentos essenciais e necessários para que, tanto os estudantes como os profissionais principiantes, encarem o mundo do trabalho com realidade e confiança. Tendo como objectivo essa aplicação (RTIEBT), foi concebido por forma a contemplar de um modo prático os assuntos que se consideraram como os mais interessantes, principais e indispensáveis à realização futura de pequenos projectos de execução das instalações eléctricas de utilização. Índice: Aplicação das RTIEBT (Decreto-lei n.º 226/2005, de 28 de Dezembro e que estabeleceu a sua aprovação pela Portaria 949/A 2006 de 11 de Setembro). As RTIEBT no aspecto de mais interesse e com algumas aplicações práticas: Instalações eléctricas que carecem de projecto. Características das instalações eléctricas: As influências externa; Atribuição de indices de protecção. Regras para instalações em locais especiais: Locais contendo banheiras ou chuveiros; Piscinas e semelhantes; Radiadores para sauna; Estaleiros; Instalações eléctricas em estabelecimentos agro-pecuários; locais condutores exíguos; Ligação à terra de instalações de equipamentos de tratamento de informação. Tipo de canalizações, métodos de referência e tabelas de correntes admissíveis. Cálculo das secções segundo as condições estipuladas pelas RTIEBT: Noções sobre quedas de tensão; Cálculo das canalizações; Cálculo das quedas de tensão; Protecções contra sobreintensidades; Coordenação entre a secções dos condutores e os dispositivos de protecção. Localização e definição de instalações: Quadro de entrada; Corte geral; Habitações. Protecções: Selectividade e fiabilidade; Diferenciais na origem da instalação; Secção dos condutores. Instalações colectivas: Ducto para as instalações colectivas e entradas; Derrogação; Protecção contra contactos indirectos; Entrada estabelecida a partir de instalação colectiva. Ligações à terra e condutores de protecção: Esquemas de ligação à terra; Protecção contra contactos indirectos por corte automático no sistema TT; Escolha de eléctrodos de terra; Quadro das resistividades do solo; Valores médios da resistividade do solo. Inspecção de instalações: Modos e suportes de verificação; Ensaios e medições. Ficha de verificação. Índice remissivo das RTIEBT (n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro de 2006 - Diário da República, 1.ª Série – n.º 175).

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calendário de eventos

SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS Designação

Temática

Local

Data

Contacto

WavEC

Energias Renováveis Offshore e o seu Potencial em Regiões Ultra-Periféricas

Madeira, Portugal

15 Setembro 2011

WavEC www.wavec.org mail@wave-energy-centre.org

Green Cities

Conferência sobre Eficiência Energética em Edifícios e Espaços Urbanos

Málaga, Espanha

6a8 Outubro 2011

FYCMA www.fcyma.com info@fycma.com

Expo Energia

Conferências sobre Novos Mercados na Energia

Lisboa, Portugal

8 a 10 Novembro 2011

About Media www.expoenergia2011.about.pt conferencias@about.pt

VI Jornadas Tecnológicas

Evento de Informação/ Formação no Sector Electrotécnico

Torres Novas, Portugal

16 a 18 Novembro 2011

Revista “o electricista” www.jornadastecnologicas.pt inscricao@jornadastecnologicas.pt

SusTEM 2011

Conferência sobre Gestão Sustentável de Energia Térmica

Newcastle, Reino Unido

25 a 27 Novembro 2011

PRO-TEM www.research.ncl.ac.uk/pro-tem j.l.chin@ncl.ac.uk

Designação

Temática

Local

Data

Contacto

Power Expo

Feira sobre Energia Eficiente e Sustentável

Saragoça, Espanha

27 a 29 Setembro 2011

Feria de Zaragoza www.feriazaragoza.es info@feriazaragoza.com

Concreta/Endiel

Feira Internacional de Construção e Obras Públicas

Porto, Portugal

18 a 20 Outubro 2011

Exponor www.concreta.exponor.pt info@exponor.pt

Zero Emission Rome 2011

Feira dedicada às Energias Renováveis

Roma, Itália

14 a 16 Novembro 2011

Fiera Roma www.zeroemissionrome.eu artenergy@zeroemission.eu

Enersolar

Feira de Energias Renováveis

Milão, Itália

16 a 19 Novembro 2011

Fiera Milano www.enersolar.biz info@enersolar.biz

Expobioenergía

Feira sobre Bioenergia

Valladolid, Espanha

18 a 20 Novembro 2011

Expobioenergía www.expobioenergia.com tania.duro@expobioenergia.com

FEIRAS

150 renováveismagazine



links

The European Small Hydropower Association É o website de referência europeu da pequena produção hidro-eléctrica. Apresenta notícias, publicações e eventos sobre o tema.

www.esha.be

Guide to Mini-Hidro Developments Excelente guia online da British Hydro Association, contendo procedimentos e tecnologia associados a mini-hídricas.

www.british-hydro.org/mini-hydro/

Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos É um website essencial para quem trabalha em projectos de mini-hídricas em Portugal. Contém informação detalhada e bem organizada de séries históricas de registo de recursos hídricos.

www.snirh.pt

152 renováveismagazine


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